poesia vilancete castelhano de gil vicente, carlos de oliveira
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Poesia Vilancete castelhano de Gil Vicente, Carlos de Oliveira; plural 9, Raiz editoraTRANSCRIPT
PoesiaPlural 9, Raiz Ed, p. 289
Carlos de Oliveira, Trabalho Poético
Vilancete castelhano de Gil Vicente
Carlos de Oliveira(1921-1981)
Por mais que nos doa a vida
nunca se perca a esperança;
a falta de confiança
só da morte é conhecida.
Se a lágrimas for cumprida
a sorte, sentindo-a bem,
vereis que todo o mal vem
achar remédio na vida.
E pois que outro preço tem
depois do mal a bonança,
nunca se perca a esperançaenquanto a morte não vem.
Poema curto, frequentemente
cantado, comum na Península
Ibérica, no Renascimento.
Apresenta o tema no início e
desenvolve-se em versos de
redondilha (cinco ou sete sílabas
métricas).
1. O tema do poema é a esperança.
2. Nunca se deve perder a esperança, mesmo no
maior sofrimento.
2.1. “Por mais que nos doa a vida” – (v.1)
Oração subordinada adverbial concessiva
3. “a falta de confiança/ só da morte é
conhecida” –(v.3-4)
Só a morte anula a esperança.
4. “Se a lágrimas for cumprida/ a sorte, sentindo-a bem,/ vereis que todo o mal vem/ achar remédio na vida.”
Se levarmos a vida a chorar, todo o mal
vem ter connosco, ou seja, quanto mais choramos mais infelizes ficamos.
5. “E pois que outro preço tem/depois do mal a bonança,/nunca se perca a esperança/enquanto a morte não vem.”
Os versos 9-12 são a conclusão.
1. Estrutura formal:
Vilancete constituído por uma estrofe de 12 versos de redondilha maior (sete sílabas métricas),
Por /mais/ que /nos /do/ a a/ vi da
co m rima emparelhada e interpolada, segundo o esquema
a bb aa cc a c bb c