poesia marginal. ditadura militar (1964 – 1985) ou 1988... ou 1989

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POESIA MARGINAL

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POESIA

MARGIN

AL

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DITADURA

MILITAR

(1964 – 1985)ou 1988...ou 1989...

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Instabilidade política durante o governo de João Goulart;

Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais;

Alto custo de vida enfrentado pela população; Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de

Base (mudanças radicais na agricultura, economia e educação);

Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil;

apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares brasileiros;

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Governo Militar (1964-1985)Governo Militar (1964-1985) O plano político é marcado pelo O plano político é marcado pelo

autoritarismo, supressão dos direitos autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, constitucionais, perseguição política, prisão e tortura dos opositores, e pela prisão e tortura dos opositores, e pela imposição da censura prévia aos meios imposição da censura prévia aos meios de comunicação;de comunicação;

Na economia há uma rápida Na economia há uma rápida diversificação e modernização da diversificação e modernização da indústria e serviços, sustentada por indústria e serviços, sustentada por mecanismos de concentração de renda, mecanismos de concentração de renda, endividamento externo e abertura ao endividamento externo e abertura ao capital estrangeiro.capital estrangeiro.

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Principais características do regime militar no Principais características do regime militar no BrasilBrasil

Cassação de direitos políticos de opositores;Cassação de direitos políticos de opositores; Repressão aos movimentos sociais e manifestações de Repressão aos movimentos sociais e manifestações de

oposição;oposição; Censura aos meios de comunicação;- Censura aos Censura aos meios de comunicação;- Censura aos

artistas (músicos, atores, artistas plásticos);artistas (músicos, atores, artistas plásticos); Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos

sindicatos;sindicatos; Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB

(oposição controlada);(oposição controlada); Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha

contrários ao regime militar;contrários ao regime militar; Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os

opositores ao regime;opositores ao regime; ““Milagre econômico”: forte crescimento da economia Milagre econômico”: forte crescimento da economia

(entre 1969 a 1973) com altos investimentos em (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.infraestrutura. Aumento da dívida externa.

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Abertura Política e transição para a Abertura Política e transição para a democraciademocracia

Teve início no governo Ernesto Geisel e Teve início no governo Ernesto Geisel e continuou no de Figueiredo;continuou no de Figueiredo;

Abertura lenda, gradual e segura, conforme Abertura lenda, gradual e segura, conforme prometido por Geisel;prometido por Geisel;

Significativa vitória do MDB nas eleições Significativa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974;parlamentares de 1974;

Fim do AI-5 e restauração do habeas-corpus em Fim do AI-5 e restauração do habeas-corpus em 1978;1978;

Em 1979 volta o sistema pluripartidário; é Em 1979 volta o sistema pluripartidário; é criada a Lei de Anistia.criada a Lei de Anistia.

Em 1984 ocorreu o Movimento das “Diretas Já”. Em 1984 ocorreu o Movimento das “Diretas Já”. Porém, a eleição ocorre de forma indireta com a Porém, a eleição ocorre de forma indireta com a eleição de Tancredo Neves.eleição de Tancredo Neves.

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Usar a arte como instrumento de agitação política é um caminho natural contra a repressão.

Os festivais de música do final da década de 1960 revelam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina.

Com o AI-5, as manifestações artísticas são reprimidas e seus protagonistas, na grande maioria, empurrados para o exílio.

Na primeira metade dos anos 70 são poucas as manifestações culturais expressivas, inclusive na imprensa, submetida à censura prévia.

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Imprensa alternativa

Durante a ditadura aparecem no Brasil cerca de 150 periódicos regionais e nacionais de oposição ao Regime Militar.

Denunciam a tortura, as violações dos direitos humanos, a falta de liberdade, o arrocho salarial e a degradação das condições de vida dos trabalhadores.

O marco inicial da imprensa alternativa ocorre em 1969, com O Pasquim. Depois aparecem o Bondinho (1970), Polítika (1971), Opinião (1972), o Ex (1973), entre outros.

A partir de 1974, a imprensa alternativa adquire o caráter de porta-voz de movimentos ou grupos da esquerda. Destacam-se os jornais Movimento (1974), Versus (1975), Brasil Mulher (1975), Em Tempo (1977), e Resistência (1978).

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• “Poesia Marginal revela-se como processo criador duplamente revolucionário na linguagem, posto que poético e político em seu nascedouro, trazendo como arma o resgate da oralidade perdida com o surgimento da escrita, agravada pela impressão. Dupla face, com tradição vanguardista. 

• O poeta é um ser em relação com a palavra, com a fala. Tem todas as fomes do pão da palavra, e tem “essa fome” do “sonho faminto subnutrido de liberdade, engolindo o gosto da própria fome”, como já disse um desses marginais da poesia. Revela-se a outras fomes, de proteínas, de mulher e de justiça.”

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A libertação promovida pela estética marginal descreve uma trajetória que vai do mais engajado texto a uma maior experimentação performática, na pura busca do fazer inerente à contracultura, presente nas comunidades alternativas, onde se curtia o exoterismo e a poesia, como parte de um barato total, também como forma de protesto. “Maysa Miranda”

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Influenciada pela primeira fase do Modernismo brasileiro, pelo Tropicalismo e por movimentos de contracultura, tais como o rock, o movimento hippie, histórias em quadrinhos e o cinema, a poesia marginal é tendente à coloquialidade, à espontaneidade, à experimentação rítmica e musical, ao humor, à paródia e à representação do cotidiano urbano

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Poesia Marginal é uma antologia poética que reuni 5 poetas da década de 70, mas que  continuam presentes nos dias de hoje. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Chacal (Ricardo Carvalho Duarte), Francisco Alvim e Paulo Leminski ,formavam o grupo.

Do grupo reunido nesta antologia, apenas Francisco Alvim e Chacal estão vivos e em atividade. Os outros companheiros de geração foram ficando, infelizmente, pelo caminho.

O primeiro foi Ana Cristina, que cometeu a indelicadeza de se matar, aos 31 anos, em 1983; depois, Cacaso, que em l987, aos 43 anos, teve uma parada cardíaca e se foi; por último em 1989, partiu  Paulo Leminski, o genial "cachorro louco", que tinha vindo para bagunçar o coreto bem comportado da poesia.

(adaptado do livro Poesia marginal/editora ática)

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Metáforas: consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre  as duas.

“O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais”(Carlos Drummond de Andrade)

“O samba é o pai do prazerO samba é filho da dor”.(Caetano Veloso)

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Uma lata existe para conter algo

Mas quando o poeta diz: "Lata"

Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo

Mas quando o poeta diz: "Meta"

Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta

Que determine o conteúdo em sua lata

Na lata do poeta tudonada cabe

Pois ao poeta cabe fazerCom que na lata venha caber

O incabívelDeixe a meta do poeta, não

discutaDeixe a sua meta fora da

disputaMeta dentro e fora, lata

absolutaDeixe-a simplesmente

metáfora

Metáfora – Gilberto Gil

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Antítese: é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido através do confronto de ideias opostas.

“Onde queres prazer sou o que dói (...) E onde queres tortura, mansidão (...) E onde queres bandido sou herói.”  Caetano Veloso

"Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio.“ Renato Russo

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Aliteração: é  a figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes.

“Em horas inda louras, lindasClorindas e Belindas, brandasBrincam nos tempos das BerlindasAs vindas vendo das varandas.”

Fernando Pessoa

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Metalinguagem: é a linguagem que serve para descrever ou falar sobre outra linguagem ou sobre a própria linguagem.

“este livro é casto, ao menos na intenção; na intenção é castíssimo.”

Memórias póstumas de Brás Cubas

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cacaso

francisco alvimchacal

paulo leminski

Ana Cristina Cesar

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Os olhos da ingrata que nunca nos beija, a luz de um corpo que apaga os caminhos, os seios submersos da sereia. Todas as velocidades e vacilos do coração que, de tão lento, quase para; ou solta faísca e incendeia o horizonte. De quantas maneiras se diz o desejo?

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Fogo-FátuoFogo-Fátuo

  

Ela é uma mina versátilEla é uma mina versátilo seu mal é ser muito volúvelo seu mal é ser muito volúvel

apesar do seu jeito volátilapesar do seu jeito volátilnosso caso anda meio insolúvelnosso caso anda meio insolúvel

se ela veste seu manto diáfanose ela veste seu manto diáfanosai de noite e só volta de diasai de noite e só volta de dia

eu escuto os cantores de ébanoeu escuto os cantores de ébanoe espero ela chegar da orgiae espero ela chegar da orgia

ela pensa que eu sou fogo-fátuoela pensa que eu sou fogo-fátuoque me esquenta em banho-mariaque me esquenta em banho-mariase estouro sou pior que o átomose estouro sou pior que o átomoainda afogo essa nega na pia.ainda afogo essa nega na pia.

(Chacal)(Chacal)

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Os olhinhos do poeta Os olhinhos do poeta

Nada mais esquisito do que o trabalho do escritor, Nada mais esquisito do que o trabalho do escritor, pelo que implica de violência e delicadeza. pelo que implica de violência e delicadeza. Delicadeza de quem, como criança, empina Delicadeza de quem, como criança, empina palavras no céu do papel, e violência dos que palavras no céu do papel, e violência dos que convertem o verso em “tiro no que encarquilha a convertem o verso em “tiro no que encarquilha a linguagem”. Os poemas desta seção falam das linguagem”. Os poemas desta seção falam das ambiguidades e impasses diante da folha em ambiguidades e impasses diante da folha em branco. Convite para uma luta que pode deixar “um branco. Convite para uma luta que pode deixar “um filete de sangue nas gengivas” ou acaba no zero a filete de sangue nas gengivas” ou acaba no zero a zero.zero.

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Tenho uma folha brancaTenho uma folha branca

e limpa à minha espera:e limpa à minha espera:

mudo convitemudo convite

tenho uma cama brancatenho uma cama branca

e lima à minha espera:e lima à minha espera:

mudo convitemudo convite

tenho uma vida brancatenho uma vida branca

e limpa à minha espera:e limpa à minha espera:

(Ana Cristina Cesar)(Ana Cristina Cesar)

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O bicho alfabetoO bicho alfabetotem vinte e três patastem vinte e três patas

ou quaseou quase

por onde ele passapor onde ele passanascem palavrasnascem palavras

e frasese frases

com frasescom frasesse fazem asasse fazem asas

palavraspalavraso vento leveo vento leve

o bicho alfabetoo bicho alfabetopassapassa

fica o que não se escrevefica o que não se escreve(Paulo Leminski)(Paulo Leminski)

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Se o mundo não vaiSe o mundo não vai

Faz tempo que os escritores Faz tempo que os escritores abandonaram suas torres de marfim e abandonaram suas torres de marfim e desceram até a rua. A opressão desceram até a rua. A opressão política, o medo, a desigualdade política, o medo, a desigualdade social, a solidão, a vontade de cair social, a solidão, a vontade de cair fora, tudo isso aparece nos versos a fora, tudo isso aparece nos versos a seguir, pela visão crítica e irônica seguir, pela visão crítica e irônica desses poetas.desses poetas.

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DiscordânciaDiscordância

Dizem que quem cala consente Dizem que quem cala consente

eu por mim eu por mim

quando calo dissinto quando calo dissinto

quando falo quando falo

mintominto

(Francisco Alvim)(Francisco Alvim)

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EleEle

Inteligente ?Inteligente ?

Não sei. DependeNão sei. Depende

do ponto de vista.do ponto de vista.

Há, como se sabe,Há, como se sabe,

três tipos de inteligência:três tipos de inteligência:

a humana, a animal e a militara humana, a animal e a militar

(nessa ordem).(nessa ordem).

A dele é do último tipo.A dele é do último tipo.

Quando rubrica um papel põe dia e hora e os papéisQuando rubrica um papel põe dia e hora e os papéis

caminham em ordem unida.caminham em ordem unida.

(Francisco Alvim)(Francisco Alvim)

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AS APARÊNCIAS REVELAMAS APARÊNCIAS REVELAM

  

Afirma uma Firma que o BrasilAfirma uma Firma que o Brasil

confirma: confirma: “Vamos substituir o“Vamos substituir o

Café pelo AçoCafé pelo Aço”.”.

  

Vai ser duríssimo descondicionarVai ser duríssimo descondicionar

o paladar.o paladar.

  

Não há na violênciaNão há na violência

que a linguagem imitaque a linguagem imita

algo da violênciaalgo da violência

propriamente dita?propriamente dita?

(Cacaso)(Cacaso)

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ReclameReclame

Se o mundo não vai bemSe o mundo não vai bem

a seus olhos, use lentesa seus olhos, use lentes...ou transforme o mundo...ou transforme o mundo

ótica olho vivoótica olho vivoagradece a preferênciaagradece a preferência

(Chacal)(Chacal)

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A vida que paraA vida que para

Muitas vezes a poesia nasce do Muitas vezes a poesia nasce do espanto, de uma espécie de espanto, de uma espécie de interrupção no curso natural das interrupção no curso natural das coisas, e se constitui como uma forma coisas, e se constitui como uma forma de conhecimento. Basta um pequeno de conhecimento. Basta um pequeno desvio na direção do olhar para que o desvio na direção do olhar para que o mundo se apresente sob nova luz.mundo se apresente sob nova luz.

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UlissesUlisses

O búzio junto ao ouvidoO búzio junto ao ouvidoouço o marouço o mar

O mar: apenasO mar: apenasquarteirão e meio de onde moroquarteirão e meio de onde moro

Prefiro ouvi-lo no búzioPrefiro ouvi-lo no búzio

(calmo,calmo)(calmo,calmo)No quartoNo quarto

(a vida que pára)(a vida que pára)ouço o mar.ouço o mar.

(Francisco Alvim)(Francisco Alvim)

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COMPLEMENTO - COMPLEMENTO - ATUALIDADEATUALIDADE

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Abaixo, as principais atribuições do Abaixo, as principais atribuições do órgão.órgão.

Esclarecer os fatos e as circunstâncias dos Esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações dos direitos casos de graves violações dos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988; - humanos ocorridos entre 1946 e 1988; - promover o esclarecimento dos casos de promover o esclarecimento dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior;autoria, ainda que ocorridos no exterior;

Identificar e tornar públicos as estruturas, Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de circunstâncias relacionadas à prática de violações dos direitos humanos;violações dos direitos humanos;

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