poesia do sec. xxi

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Table of Contents

Direitos Autorais

De Passagem ...

Prefácio

Poesia do Séc. XXI

* BRASIL

Minha Terra

De Favela e malandros ...

Ode à Djavan

*PROSA POÉTICA

PARA NÃO PENSAR

Análise Do Ego

*MINIMALISTAS

Apelo AO Pássaro Genuíno

O Homem Afixado

Para Chegar Lá

Peixada

* VOZ DO QUE CLAMA

Liberdade

Comum aparencia

Fim Ao Capitalismo

Ditadura Familiar I

Ditadura Familiar II

* PECULIAR

Saudade

Divagação

2

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41

Meu Deus

APÊNDICE

Posfácio

3

Direitos Autorais

Autor

kL

Editor

kL- Papyrus Editor

Copirraite © 2014 Kaique Luan de Barros

Primeira publicação usando Papyrus, 2013

Embora toda precaução tenha sido tomada na preparação deste livro, aeditora e o autor não assume nenhuma responsabilidade por erros ouomissões, ou por danos resultantes da utilização das informações aquicontidas.

4

De Passagem...

A Verdade é uma. Para ela existem vários pontos de vista que sãocaminhos para alcançá-la e, concomitantemente, várias interpretaçõesdela concebe-se. Quanto ao ponto de vista, necessário faz-se ter um,contudo, em relação à interpretação é preciso tomar cuidado, pois averdade não pode ser denegrida!

Soli Deo Gloria!

5

Prefácio

Tenho certeza de que estes poemas possam tocar profundamente ossentimentos de quem os ler. E meu objetivo não é fazer com que omaior número de pessoas leia-os. São poesias, muitas vezesminimalistas e prosas poéticas.

Os escrevi em momentos esparsos com insights de inspiração e muitasvezes um esforço para estruturar. Geralmente eles são inspirações dereflexões, outras inspirações de livros e também inspirações de estudos,principalmente da língua portuguesa. Claro, não que eu seja umestudioso da nossa língua, mas como todos precisamos aprendê-la,exatamente nesses momentos de aprendizagem busquei dissertarpoeticamente sobre o que estudava. Minhas preocupações são com asociedade, a família, a alma humana embora não em tentar decifrá-las,acho que o poeta não faz isso, a todo o momento dizer, mesmo queabstratamente tudo o que gritava em mim. Sim! Gritava, rangia, urrava.Pense somente que sou uma pessoa muito quieta, introvertida, solitáriaembora acompanhada, inexpressiva até quando muito emocionada,pense que sou sozinho e que tenho prazer na solidão, por mais que eusaiba que ela muitas vezes me dá dor de cabeça. Ora! Restou-me aescrita.

Pense num rapaz fogoso, inquieto na mente e sem achar um rumo quepudesse fazer que se entregasse de vez ao mundo. Este fui eu e aindaconservo parte deste rapaz. Já deve ter percebido que sou sagitariano.Realmente um amante do meu signo.

Ah, se gostar compartilhe nas redes sociais. Este e-book é gratuito, masnão livre de direitos autorais, hein!

6

Poesia do Séc. XXI

A poesia do séc. XXI não tem rima

Tem padrão, padrão rebeldia

É abreviada

Neologista sem ser gíria

Não tem inspiração, tem sentimento

Age sem pensar, pensa sem agir

É curta e grossa

Abre as portas para o novo

Não tem fronteira, cultura ou religião

Idolatra o eu

Xinga, pune, revolta-se

É o retrato de si mesma

7

Incógnita, insana

É minha poesia, minha pregação

8

*BRASIL

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Minha Terra

Chuva que cai depois dum calor escaldante

Refresca a terra e o ar abafado

Que deixa o plantio mais verdejante

E o animal ma floresta mais amuado

Terra brasileira, país tropical

Nação estrangeira inveja minha terra

Segue o teu riso ó Brasil real

E deixe o outro seguir sua serra

Aproveite a beleza da chuva e do sol

Enquanto és vivo para aproveitar

Quando faleceres deixarás o paiol

E não terás mais vida para analisar

Renasça esperança no meu interior

De ver os filhos desta terra mais felizes

Rompida a fome e crueldade exterior

Castigado o horror e desfeita as cicatrizes

11

De Favela e malandros do Brasil

Até onde vão essas putarias?!

Quando esse bando de malandros ignominiosos

Vão arrumar seus trapos de bagagens

Práticas imorais de homens ociosos

Cheios de velharias

E traquinagens?

Por quanto tempo os urubus do funk vão sobreviver?

Até quando conseguirão

Arrastar os idiotas para o pancadão

Achando que dar, cheirar, chupar é viver?

Vejo de minha janela

Uma cambada de moleques nas esquinas

Que já não estudam, me parece

O que falam é tudo vão

Coisa de favela:

Drogas, msn, proibidão, moto, meninas

Coisas fúteis, fúteis de quem carece

De ser mais são

O português correto negligenciam

Atropelam as palavras, falam gírias

Desrespeitam as leis e os policiais

Pensam ser perigosos e donos da comunidade

Mesmo os menores em idade12

Gostam das putarias

Vivem intensamente os carnavais

E, se lessem isto - "Vai se foder" - Falar-me-iam

13

Ode à Djavan

Entre pétalas de flores

De todas as cores

Um elo artesanal

Em verdes do campo

Onde acampo

Em noite de lua escultural

Uma Flor de Lis eu vi

E cantada em CD ouvi

Entendi . . .

Percebi . . .

Que aquela voz colossal

Que canta amores

Em suas dores

É voz de amor fidalgal

É rosa branca

Sobre a manta

Do alvo canto florestal

Por Djavan estendida

Que canta sem medida

Sua música genial

14

*PROSA POÉTICA

15

16

PARA NÃO PENSAR

Seria melhor não pensar?

Descansar

das perguntas que fazemos à mente?

Qual o melhor bem estar?

Não crer ou acreditar

piamente?

Todavia, penso sem deixar

de pensar:

Quem pode com a mente

deixar de estar

a pensar

monotonamente?

O pensar sempre acaba por vagar

Naquilo que queremos negar

Infelizmente

Quaisquer tentativas de deixar

o andar

da gente

nesse imenso universo de acreditar e desacreditar

serão falhas, sem errar

E falhar

conscientemente

é desacreditar

de tudo o que um dia por tanto pensar

se acreditou fortemente

17

Análise Do Ego

Vivo lutando constantemente contra meu Ego

E nesse apego

Fico imaginando

Será que se eu fizer

Tudo o que meu Ego quer

Esquecerei daqueles que estão precisando

Num instante eu paro e penso

A chegar num consenso

E percebo que ele é vão

Pois, enquanto a vida dura

O Ego nem bate, nem fura

A pedra do coração

Antes a endurece ainda mais

Sem deixar jamais

O próprio amor

No entanto, ajuda a conquistar

Um bem estar

Aplacando a dor

Mas, isso é para aqueles que querem pela conquista

Fugir de sua desgraça malvista

Por si mesmo somente

E é pela conquista, aplauso, fama

Que o Ego torna egocêntrico quem ama

Embora dê simplesmente18

O que deseja o ser

Por prazer

Verá então o ser que tudo o que o Ego buscou

Para se livrar de suas mazelas

Meras bagatelas

Só serviu pra crer que se enganou

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*MINIMALISTAS

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21

Apelo ao Pássaro Genuíno

Escafedeu-se

Sumiu-me a criatividade

Voou as asas da Inspiração

Voou o Pássaro

"Os poemas são pássaros"

disse Mario Quintana

Não! Os poemas são ideias de Pássaros diversos

Que vêm e vão embora do poeta que escreve

Volta Pássaro!

Volta, por favor!

22

O Homem Afixado

Amor feliz

De Mário Leal

Solapado foi, de entristecer

Para ela felizmente

Deslealdade infeliz

Da garota ideal

Que o deixou no entardecer

Chorando intensamente

# Acrescenta-se de notas elucidativas no Apêndice desta obra.

23

Para Chegar Lá

Partiu em viagem de táxi

[automóvel]

Chegou ao primeiro destino

[aeroporto]

Cumpriu com a obrigação

[burocracia]

Logo estaria no

[sambódromo]

# Acrescenta-se de notas elucidativas no Apêndice desta obra.

24

Peixada

Peixe

P

e

i

x

i

n

h

o

o

ã

x

i

e

P

Peixe grande

Peixe pequeno

Tantos peixes!

25

Um cardume de assados

Na mesa do pescador

# Acrescenta-se de notas elucidativas no Apêndice desta obra.

26

*VOZ DO QUE CLAMA

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28

Liberdade

Liberdade inexistente

Liberdade irreal

Vida sem liberdade

Morte sem liberdade

Ateísmo sem liberdade

Cristianismo sem liberdade

Liberdade inexistente

Liberdade irreal

Liberdade não existe

Liberdade é vontade

Vontade é ser

Segundo sua própria vontade

A lei é ser

A vontade é liberdade

Liberdade não existe

Liberdade é irreal

Liberdade é conquista

O bem maior da dignidade humana

E ainda é irreal

29

Comum Aparência

Conquista = Alguém pisando no próximo

Alguém pisando no próximo = Crueldade

Crueldade = Audiência

Revolta = Consequência da audiência

Consequência da audiência = Dó e indignação

Dó e indignação = Hipocrisia

Hipocrisia = Aparência

Aparência = Ausência do Eu

Está cada dia mais difícil

Ser

Sincero

E

Verdadeiro

Num mundo cheio de aparências

30

Fim Ao Capitalismo

O pobre como eu chora

Chora com o capitalismo

Sonha com a economia ideal

República ideal

Anarco-Comunismo

Governo sem poder

Sem soberania

Governo de equidade

Governo da gente

Parlamento do povo

Democracia do povo

O povo . . .

Hum!!!

O povo sonha com o fim da politicagem

Com a ascensão da política

Com o fim dos partidos

O povo sonha com um Estado

Que seja realmente seu

O povo quer governar

O povo só opina, fala

Não fala; grita, protesta, chora

31

O povo é pobre!!!

O povo é louco!!!

O povo endoideceu!!!

A soberania, os bancos, o capitalismo

Endoideceu o povo!!!

O povo é pobre e infeliz

O povo pede Fim ao Capitalismo

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Ditadura Familiar I

Sofrer calado

Angustiar-me friamente

Sem poder estar alegre

Arrasado! Arrasado!

Anseio expressar-me

Não posso me conter

Querem me deter

Não consigor aplacar-me

Enfim, preciso me apaziguar

Não é essa a única tensão

Tudo, em suma, é prisão

Quero gritar, gritar . . .

Que merda essa vida desventurada!

Para quê Deus concede a liberdade?

Para pelos homens ser disseminada?

Tédio infernal o nervoso que sinto!

Chega! Chega! Quero me libertar!

Estou afogado, assolado!

Não, não é militar

É princípio de Ditadura Familiar

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Ditadura Familiar II

Não me rendo

Não mudo

[transformação]

Só mudo

[tácito]

Imponham regras!

Ditem minhas atitudes!

Falem!

Não conseguirão

Tomar meu tesouro

Roubar minha riqueza

Mudar meu pensamento

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*PECULIAR

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36

Saudade

Sinto saudade de meus primeiros anos

a saudade de ser puro

sem malícia

sem ressentimento e impudências

sem ódio, avareza

pecado ou perfídias

A saudade de antes de ir à escola

tomar mamadeira,

deitado no sofá,

com a mão na orelha,

assistindo Barney

A saudade de mamar no peito de mamãe,

deitar no colo de mamãe,

dormir na cama de mamãe

com medo do bicho

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Divagação

Perco-me . . .

Em mares nunca dantes navegados

Em céus nunca antes viajados

A madrugada . . .

Faz de sua vítimas

Capachos seus

Para não pestanejarem

Como os pensamentos meus

Também vítimas

Viajarem

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Meu Deus

Está aqui no agora

Parte de mim

No eterno espaço-tempo

Sem limites

Força motriz

Energia Universal

Consciência Cósmica

Estou aqui

Parte de si

No eterno espaço-tempo

Sem limites

Força motriz

Energia Universal

Consciência Cósmica

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Apêndice

Explicação às poesias minimalistas:

Foram redigidas tendo um caráter gramático, são elas que, no momentoem que estudava a nossa língua busquei inspiração para dissertarconforme o que estava pesquisando. É uma maneira que encontrei defixar meus estudos e não deixar com eles se perdessem no tempoesvaindo-me da memória.

#OHomemAfixado: Não é difícil entender esse poema minimalista. Estouusando palavras cheias de afixos, sufixos para construir uma poesiasimples, sem rodeios. Essa foi a pura intenção, fazer um poema comafixos e sufixos. Ex.: en, er, mente.

#ParaChegarLá: Outra poesia minimalista que uso mais uma vez doestudo da gramática portuguesa para minha inspiração. Aqui se trata deum poema com "hibridismo" (composição numa palavra com morfemasde língua estrangeira). As palavras híbridas são as que estão emcolchetes. É um fenômeno da filologia, está em todas as línguas.

#Peixada: Aqui, uma gama de substantivos, começando pelo "Peixe" queé um substantivo comum, seguido por "Peixinho" e "Peixão", os dois, éclaro, se referem ao substantivo principal do texto que é "Peixe". Oprimeiro é diminutivo, o segundo aumentativo, e ambos são sintéticos,pois não precisam de uma outra palavra para dar a impressão deaumento ou diminuição, bastando, simplesmente, o sufixo. Oaumentativo e diminutivo analítico que é o contrário do sintético segue-se logo depois no texto, "Peixe grande" e "Peixe pequeno". Logo depoisencontramos ainda outro substantivo em relação ao peixe que é"cardume", substantivo coletivo. Note-se ainda a brincadeira em usar"Peixão" invertido no sentido vertical, intenção de trazer ao texto umaquebra de paradigma.

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Posfácio

E aí gostou? Espero que sim. Você foi muito importante pra mim por terchegado até aqui. Meus cumprimentos e saudações.

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kL

20 de fevereiro de 2014

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