poder judiciário resumo

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Poder Judiciário - Apresentação A função do Poder Judiciário no âmbito do Estado democrático consiste em aplicar a lei aos casos concretos para assegurar a soberania da Justiça e a realização dos direitos individuais nas relações sociais. A estrutura do Poder Judiciário é formada por instâncias judicantes cuja estrutura visa concretização dos princípios do processo legal, contraditório e da ampla defesa. Em regra, a primeira instância corresponde ao órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário. As decisões por ela proferidas poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, composta por órgãos colegiados, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria. Cabe às instâncias superiores, também, em decorrência de sua competência originária, apreciar determinadas ações que, em razão da matéria, lhes são apresentadas diretamente, sem que tenham sido submetidas, anteriormente, à apreciação do juízo inferior. A competência originária dos tribunais está disposta na Constituição Federal. A organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários órgãos que o integram nos âmbitos estadual e federal. À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da Justiça Federal comum ou especializada. A Justiça Federal é composta pelos tribunais regionais federais e juízes federais. Compete à Justiça Federal o julgamento de ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas. A justiça especializada é composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar. À Justiça do Trabalho compete julgar as ações oriundas da relação de trabalho. À Justiça Eleitoral compete a organização, a fiscalização e a apuração das eleições que ocorrem no país, bem como a diplomação dos eleitos. E, à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. São órgãos do Poder Judiciário: Supremo Tribunal Federal (STF): órgão máximo do Poder Judiciário. Tem como competência precípua a guarda da Constituição Federal. É composto por 11 ministros nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal. Aprecia além da matéria atinente a sua competência originária, tal como o julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade, recursos extraordinários cabíveis em razão de desobediência ou violação à Constituição Federal. Superior Tribunal de Justiça (STJ): cabe a guarda do direito nacional infraconstitucional mediante harmonização das decisões proferidas pelos tribunais regionais federais e pelos tribunais estaduais. Compõe-se de no mínimo 33 ministros nomeados pelo presidente da República. Aprecia além da matéria referente à sua competência originária, recursos especiais cabíveis quando contrariadas leis federais. Tribunais Regionais: julgam ações provenientes de vários Estados do país, divididos por regiões. São eles: os Tribunais Regionais Federais (divididos em 5 regiões), os Tribunais Regionais do Trabalho (divididos em 24 regiões) e os Tribunais Regionais Eleitorais (divididos em 27 regiões). Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal: organizados de acordo com os princípios e normas das Constituições Estaduais. Apreciam, em grau de recurso ou em razão de sua competência originária, as matérias comuns que não se encaixam na competência das justiças federais especializadas. Juízos de primeira instância são onde se iniciam, na maioria das vezes, as ações judiciais estaduais e federais (comuns e especializadas). Compreende os juízes estaduais, os federais e os da justiça especializada (juízes do trabalho, eleitorais, militares). A Justiça Federal, no Brasil, integra o Poder Judiciário e organiza-se em primeiro e segundo graus de julgamento. Na maioria dos casos, o interessado dará entrada em seu processo na Justiça Federal de 1º grau, e somente no caso de haver recurso da decisão proferida a matéria será apreciada pelos Tribunais Regionais Federais, o 2º grau da Justiça Federal. A Constituição Federal (arts. 106 a 110) define a competência de toda a Justiça Federal, ou seja, em que casos deve o interessado recorrer a uma de suas instituições quando se julgar lesado em seus direitos. São exemplos da competência da Justiça Federal de 1º grau: matéria não criminal: sempre que a União, uma de suas autarquias ou empresas públicas, forem autoras, rés, ou tiverem interesse jurídico, como assistentes ou oponentes, em qualquer processo, salvo as que envolverem matéria de competência das Justiças Eleitoral e do Trabalho, de falência ou acidentes de trabalho. matéria criminal: crimes políticos; crimes praticados contra bens, serviços ou interesses da União, de uma de suas autarquias ou empresas públicas, desde que não sejam matéria da competência das Justiças Militar ou Eleitoral. crimes contra a organização do trabalho, o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira. No primeiro grau, os juízes federais atuam nas Seções Judiciárias, sediadas na capital de cada um dos estados da Federação, e, às vezes, em Varas Federais situadas em cidades mais importantes ou populosas desses estados. Vinculam-se a um dos Tribunais

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Page 1: Poder Judiciário RESUMO

Poder Judiciário - Apresentação

A função do Poder Judiciário no âmbito do Estado democrático consiste em aplicar a lei aos casos concretos para assegurar a soberania da Justiça e a realização dos direitos individuais nas relações sociais.

A estrutura do Poder Judiciário é formada por instâncias judicantes cuja estrutura visa concretização dos princípios do processo legal, contraditório e da ampla defesa. Em regra, a primeira instância corresponde ao órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário. As decisões por ela proferidas poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, composta por órgãos colegiados, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria.

Cabe às instâncias superiores, também, em decorrência de sua competência originária, apreciar determinadas ações que, em razão da matéria, lhes são apresentadas diretamente, sem que tenham sido submetidas, anteriormente, à apreciação do juízo inferior. A competência originária dos tribunais está disposta na Constituição Federal.

A organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários órgãos que o integram nos âmbitos estadual e federal. À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da Justiça Federal comum ou especializada.

A Justiça Federal é composta pelos tribunais regionais federais e juízes federais. Compete à Justiça Federal o julgamento de ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas.

A justiça especializada é composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar. À Justiça do Trabalho compete julgar as ações oriundas da relação de trabalho. À Justiça Eleitoral compete a organização, a fiscalização e a apuração das eleições que ocorrem no país, bem como a diplomação dos eleitos. E, à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. São órgãos do Poder Judiciário:

Supremo Tribunal Federal (STF): órgão máximo do Poder Judiciário. Tem como competência precípua a guarda da Constituição Federal. É composto por 11 ministros nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal. Aprecia além da matéria atinente a sua competência originária, tal como o julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade, recursos extraordinários cabíveis em razão de desobediência ou violação à Constituição Federal.

Superior Tribunal de Justiça (STJ): cabe a guarda do direito nacional infraconstitucional mediante harmonização das decisões proferidas pelos tribunais regionais federais e pelos tribunais estaduais. Compõe-se de no mínimo 33 ministros nomeados pelo presidente da República. Aprecia além da matéria referente à sua competência originária, recursos especiais cabíveis quando contrariadas leis federais.

Tribunais Regionais: julgam ações provenientes de vários Estados do país, divididos por regiões. São eles: os Tribunais Regionais Federais (divididos em 5 regiões), os Tribunais Regionais do Trabalho (divididos em 24 regiões) e os Tribunais Regionais Eleitorais (divididos em 27 regiões).

Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal: organizados de acordo com os princípios e normas das Constituições Estaduais. Apreciam, em grau de recurso ou em razão de sua competência originária, as matérias comuns que não se encaixam na competência das justiças federais especializadas.

Juízos de primeira instância são onde se iniciam, na maioria das vezes, as ações judiciais estaduais e federais (comuns e especializadas). Compreende os juízes estaduais, os federais e os da justiça especializada (juízes do trabalho, eleitorais, militares).

A Justiça Federal, no Brasil, integra o Poder Judiciário e organiza-se em primeiro e segundo graus de julgamento.

Na maioria dos casos, o interessado dará entrada em seu processo na Justiça Federal de 1º grau, e somente no caso de haver recurso

da decisão proferida a matéria será apreciada pelos Tribunais Regionais Federais, o 2º grau da Justiça Federal.

A Constituição Federal (arts. 106 a 110) define a competência de toda a Justiça Federal, ou seja, em que casos deve o interessado

recorrer a uma de suas instituições quando se julgar lesado em seus direitos.

São exemplos da competência da Justiça Federal de 1º grau:

matéria não criminal: sempre que a União, uma de suas autarquias ou empresas públicas, forem autoras, rés, ou tiverem

interesse jurídico, como assistentes ou oponentes, em qualquer processo, salvo as que envolverem matéria de

competência das Justiças Eleitoral e do Trabalho, de falência ou acidentes de trabalho.

matéria criminal: crimes políticos; crimes praticados contra bens, serviços ou interesses da União, de uma de suas

autarquias ou empresas públicas, desde que não sejam matéria da competência das Justiças Militar ou Eleitoral.

crimes contra a organização do trabalho, o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

No primeiro grau, os juízes federais atuam nas Seções Judiciárias, sediadas na capital de cada um dos estados da

Federação, e, às vezes, em Varas Federais situadas em cidades mais importantes ou populosas desses estados. Vinculam-se a um dos

Tribunais Regionais Federais, conforme a região jurisdicional em que a Seção Judiciária ou Vara Federal se insira. Atualmente,

existem em todo o território nacional 478 juízes federais de 1º grau, sendo 287 titulares e 191 substitutos.

Como dito, em alguns estados, além da Seção Judiciária existente na capital, foram instaladas Varas Federais em outras

cidades, com jurisdição sobre municípios específicos, a fim de interiorizar a atuação da Justiça Federal, facilitando e barateando o

acesso do cidadão à justiça, bem como evitando a sobrecarga de processos nas Varas da capital do estado.

Assim, se em determinado estado existe apenas a Seção Judiciária localizada em sua capital, todos os processos deverão

dar entrada nesta Seção, que tem jurisdição territorial sobre todos os municípios; caso existam Varas Federais em outras cidades do

estado, o lugar em que o interessado deverá ingressar em juízo dependerá de a qual Vara ou Seção encontre-se vinculado o

município em que tenha ocorrido a lesão a seu direito.

Page 2: Poder Judiciário RESUMO

COMPETÊNCIA "RATIONE MATERIAE"

A natureza do direito material que rege a relação jurídica delimita o que se conhece por competência ratione materiae, ou seja, determinada em razão da natureza do direito material que rege a relação jurídica levada a conhecimento do órgão jurisdicional.

No âmbito constitucional, o critério ratione materiae é adotado para estabelecer a competência dos diversos órgãos em que se divide o Poder Judiciário (servindo de critério, por exemplo, para a distribuição da competência das chamadas Justiças Especiais, que serão abordadas mais adiante).

Especificamente no que diz respeito ao direito processual penal, a competência pode, também, ser determinada por certas características relativas ao direito material incidente sobre os fatos apreciados. Fala-se, assim, na determinação da competência em razão da natureza da infração.

Esse critério adotado pela Constituição Federal ao estabelecer que os crimes dolosos contra a vida devem ser necessariamente submetidos ao julgamento do Tribunal do Júri (art. 5° XXXVIII, d).

Além disso, o critério da natureza da infração também é adotado nas leis de organização judiciária (art. 74, caput, do Código de Processo Penal), cuja elaboração fica a cargo dos Estados da Federação.

COMPETÊNCIA "RATIONE PERSONAE"

De acordo com uma qualidade (característica circunstancial) das pessoas envolvidas no litígio, a competência pode ser de um ou de outro órgão jurisdicional.

Por questões de política criminal, entende-se que determinadas pessoas, ao desempenhar certas funções ou ocupar certos cargos, devem ser julgadas por órgãos diferentes daqueles que ordinariamente julgariam os demais infratores.

Nos processos em que figurem como rés essas pessoas, portanto, a competência será de determinados órgãos, que serão competentes segundo o critério ratione personae, enquanto as mesmas infrações, se praticadas pelas demais pessoas, serão juladas por outros órgãos.

O critério ratione personae é utilizado, por exemplo, para a determinação de algumas hipóteses em que serão competentes as justiças estaduais, casos esses que serão abordados em detalhes adiante. Também é esse o critério adotado nos casos em que se estabelece a competência por prerrogativa de função (vulgarmente, foro privilegiado), segundo o qual a competência para o julgamento de certas causas é, excepcionalmente originária de um tribunal, ficando afastada, dessarte, a atuação dos órgãos julgadores que atuam na primeira instância.

TERMOS JURÍDICOS COMUNS

Termo estrangeiro Significado em português(sentido jurídico)

Aberratio delicti Erro na execução do crime.Aberratio ictus Erro de alvo, de golpe, de tino.Aberratio rei Erro de coisa.Ab initio Desde o começo, a princípio.Ab intestato Sem testamentoAb irato No ímpeto da ira.Abolitio criminis Abolição do crime.Accessorium sequitur principale O acessório segue o principal.Accipiens Credor de boa fé de prestação

que não lhe é devida.

Acidente in itinere Aquele ocorrido no trajeto que o empregado utiliza para ir ao trabalho e voltar

A contrario sensu Pela razão contrária, em sentido contrário.

Actio in personam Ação pessoal ou sobre pessoa.Actio in rem Ação real ou sobre a coisa.Actio quanti minoris Ação de diminuição de preço.Actor probat actionem O autor prova a ação.Ad argumentandum tantum Apenas para argumentar.Ad causam Para a causa.Ad cautelam Por cautelaAd corpus Por inteiro.Ad hoc Substituição temporária para o

caso específico.

Ad judicia Para o foro em geral, para fins judiciais.

Page 3: Poder Judiciário RESUMO

Ad litem Para o litígio; para o processo; procuração ou mandato para determinado processo.

Ad mensuram Por medida ou preço.Ad negotia Para os negócios. Diz-se de

procuração outorgada para a efetivação de negócio ou extrajudicial.

Ad perpetuam rei memoriam Diligências requeridas e promovidas com caráter perpétuo, quando haja receio de que a prova possa desaparecer; para a perpétua memória da coisa.

Ad quem Juiz ou Tribunal de instância superior para onde se encaminha o processo.

Ad quo Juiz ou Tribunal de onde se encaminha o processo.

Ad referendum Na dependência de aprovação de autoridade competente.

Ad rem Afirmativa diretamente à coisa.Ad valorem Segundo o valor.Animus abutendi Intenção de abusar.Animus adjuvandi Intenção de ajudar.Animus dolandi Intenção dolosa, de prejudicar.Animus furtandi Intenção de furtar.Animus jocandi Intenção de brincar, gracejar.Animus laedendi Intenção de ferir.Animus lucrandi Intenção de lucrar.Animus manendi Intenção de fixar residência

definitiva, de permanecer.

Animus necandi Intenção de matar.Animus nocendi Intenção de prejudicar; ser

nocivo a (substituir uma obrigação por outra).

Animus possidendi Intenção de possuir.Animus simulandi Intenção de simular.Animus solvendi Intenção de pagar.Animus violandi Intenção de violar.Apud acta Nos autos, junto aos autos.A quo Juiz ou Tribunal de instância

inferior de onde provém o processo; dia ou termo inicial de um prazo.

Bens pro diviso Bens divisíveis.Bens pro indiviso Bens divisíveis.Bis in idem Incidência de duas vezes sobre

a mesma coisa; bitributação.

Caput Cabeça.Caso sub judice Caso sob julgamento.Caução de damno infecto Caução de dano temido.Causa cognita Causa conhecida.Causa debendi Causa da dívida.Causa detentionis Causa da detenção.Causa petendi Causa de pedir.Citra petita Aquém do pedido.

Page 4: Poder Judiciário RESUMO

Cláusula ad judicia Mandato outorgado para foro em geral.

Competência ratione loci Aquela que se determina em razão da residência ou domicílio ou do lugar da coisa.

Competência ratione materiae Aquela que se determina em razão da ordem, da categoria ou da natureza da jurisdição.

Competência ratione valori Aquela que se determina em função do valor da causa.

Contra legem Contra a lei.Corpus delicti Corpo de delito.Corpus iuris civilis Trabalhos legislativos

elaborados durante o reinado do imperador romano Justiniano.

Culpa in comitendo Culpa em cometer.Culpa in custodiendo Culpa em guardar.Culpa in eligendo Culpa em escolher.Culpa in ommitendo Culpa em omitir.Culpa in vigilando Culpa em vigiar.Dano ex delicto Dano causado por ilícito penal

com repercussão na área cível.

Data venia Com o devido consentimento.Debitum conjugale Débito conjugal.De cujus Falecido, morto.De lege ferenda Da lei a ser criada.De lege lata Da lei criada.Dolo res ipsa Dolo presumido.Dolus bonus Dolo bom.Dolus malus Dolo mau.Erga omnes Contra todos.Error facit Erro de fato.Error in objecto Erro sobre o objeto.Error in persona Erro sobre a pessoa.Error iuris Erro de direito.Ex abrupto De súbito.Ex adverso Do lado contrário.Ex iure Conforme o direito.Ex lege De acordo com a lei, por lei.Ex locato Locução que se usa para

exprimir relação locativa, existente entre locador e locatário, por força de contrato.

Exequatur Execute-se; cumpra-se; autorização dada pelo STF para que atos processuais requisitados por autoridades estrangeiras sejam cumpridas no país.

Ex more De acordo com o costume, conforme o costume.

Ex nunc Que não retroage.Ex officio De ofício.Extra petita Fora do pedido, além do pedido.Ex tunc Que retroage.Ex vi Por força; por determinação de;

em decorrência do que preceitua a lei.

Page 5: Poder Judiciário RESUMO

Ex vi legis Por efeito da lei.Exceptio rei iudicato Exceção de coisa julgada.Fac simile Reprodução fiel de um original.Facultas agendi Faculdade de agir.Forum rei sitae Foro da situação da coisa.Fumus boni iuris Fumaça do bom direito.Gratia argumentandi Para argumentar.Habeas corpus Remédio jurídico para assegurar

liberdade de locomoção ou movimentar o corpo sem constrangimento jurídico.

Habeas data Concede-se para obter informações atinentes à pessoa junto aos bancos de dados e para retificação destes.

Hic et nunc Aqui e agora, imediatamente.Honoris causa Para honra; denominação

honorífica universitária conferida a título de homenagem.

Ilegitimidade ad causam Ilegitimidade para causa.Ilegitimidade ad processum Ilegitimidade para o processo.Impotentia coendi Impotência de conceber.Impotentia generandi Impotência de fecundar.In dubio pro reo Em dúvida a favor do réu.In fine No fim.In initio litis No início da lide.In limine No começo.In limine litis No começo da lide.Interpretatio cessat in claris A interpretação cessa quando a

lei é clara.

Inter vivos Entre vivos.Intuitu personae Em consideração à pessoa.In verbis Nestes termos.Ipsis litteris Textualmente, com as mesmas

letras.

Ipsis verbis Sem tirar nem pôr, com as mesmas palavras; com as próprias palavras.

Ipso facto Só pelo mesmo fato; pelo mesmo fato; por isso mesmo; conseqüentemente.

Ius in re Direito real.Iuris tantum De direito, o que decorre do

próprio direito.

Iuris et de iure De direito e por direito.Iura in re alinea Direitos sobre coisa alheia.Iter criminis Itinerário do crime.Ipso iure Pelo mesmo direito.Ius Direito.Ius civile Direito civil.Ius fruendi Direito de gozar.Ius genitum Direito das gentes.Ius naturale Direito natural.Ius non scriptum Direito não escrito.Ius persequendi Direito de perseguir.Ius possessionis Direito de posse.Ius possidendi Direito de possuir.Ius postulandi Direito de postular.

Page 6: Poder Judiciário RESUMO

Ius privatum Direito privado.Ius publicum Direito público.Ius puniendi Direito de punir.Ius sanguinis Direito do sangue.Ius scriptum Direito escrito.Ius soli Direito de solo.Lato sensu Sentido irrestrito.Legitimatio ad causam Legitimação ou legitimidade

para a causa.

Legitimatio ad processum Legitimação ou legitimidade para o processo.

Lex Lei.Libertas quae sera tamen Liberdade, ainda que tardia.Mens legis Espírito da lei.Meritum causae Mérito da causa.Modus acquirendi Modo de adquirir.Modus faciendi Modo de fazer.Modus operandi Modo de trabalhar.Modus probandi Modo de provar.Modus vivendi Modo de viver.Mora accipiendi Mora do credor.Mora debitoris Mora do devedor.Mora solvendi Mora do devedor.More uxorio Concubinato.Mutatis mutandis Muda-se o que deve ser

mudado.Neminem laedere A ninguém ofender.Nemo iudex sine lege Não há juiz sem lei.Nihil obstat Nada obsta.Nomen iuris Denominação legal.Non bis in idem Não incidência duas vezes

sobre a mesma coisa.

Norma agendi Norma de agir.Notitia criminis Notícia do crime.Nula poena sine lege Não há pena sem lei.Nullum crime sine lege Não há crime sem lei.Numerus clausus Número restrito.Obligatio dandi Obrigação de dar.Obligatio faciendi Obrigação de fazer.Obligatio in solidum Obrigação solidária.Obligatio propter rem Obrigação acessória real.Onus probandi Ônus da prova.Opus citatum (Op. cit.) Obra citada.Pacta sunt servanda Cumpram-se os contratos.Pari passu No mesmo passo.Patria potestas Pátrio poder.Per capita Por cabeça.Persecutio criminis Persecução do crime.Persona Pessoa.Pleno iure Pleno direito.Posse ad interdicta Aquela que se exerce por

interditos possessórios.

Posse ad usucapionem Aquela que se exerce por usucapião.

Post scriptum (P.S.) Depois do escrito.Praeter legem Fora da lei.Presunção iuris et de iure Presunção absoluta, não admite

prova em contrário.

Page 7: Poder Judiciário RESUMO

Presunção iuris tantum Presunção relativa, que admite prova em contrário.

Procuração apud acta Procuração judicial, transladada nos próprios autos.

Pro forma Por formalidade.Pro labore Pelo trabalho.Pro rata Em proporção.Pro soluto Para pagamento.Pro solvendo Para pagar.Pro tempore Temporariamente.Ratione contractus Em razão do contrato.Ratione materiae Em razão da matéria.Ratione personae Em razão da pessoa.Ratione valori Em razão do valor.Rebus sic stantibus Mesmo estado de coisas.Reformatio in melius Reforma para melhor.Reformatio in peius Reforma para pior.Rei sitae Onde a coisa se encontra.Rejeição in limine Rejeição liminar.Res Coisa.Res aliena Coisa alheia.Res communis Coisa comum.Res derelictae Coisa abandonada.Res extra commercium Coisa fora do comércio.Res furtiva Coisa furtada.Res iudicata Coisa julgada.Res publicae Coisa pública.Secundum legem Segundo a lei.Sine die Sem data.Sine iure Sem direito.Sine qua non Sem a qual não.Si vis pacem para bellum Se queres a paz, prepara-te

para a guerra.

Status quo Estado em que se encontra.Stricto sensu Entendimento estrito.Sub iudice Pendente ao juiz.Sui generis Especial.Sursis Suspensão condicional da pena.Suum cuique tribuere Dar a cada um o que é seu.Testis unus, testis nullus Testemunha única, testemunha

nula; uma só testemunha, nenhuma testemunha.

Vacatio legis Vacância da lei.Venda ad corpus Venda pela totalidade da coisa.Venda ad mensuram Venda pela medida da coisa.Verbi gratia (V. g.) Por exemplo, a saber.Vox populi, vox Dei. A voz do povo é a voz de Deus.