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Órgão de divulgação do Senado Federal Ano X – Nº 1.909 – Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004 Reforma da Justiça pode ter votação final hoje na CCJ Em reunião extraordinária, às 11h, comissão deve analisar os destaques ainda pendentes para que a proposta seja enviada ao Plenário Página 4 DECISÃO Edison Lobão (E), presidente da CCJ, espera terminar a votação dos destaques ao relatório de José Jorge sobre a reforma do Judiciário Plenário deve examinar sete MPs para liberar pauta A medida provisória que altera o Estatuto do Desar- mamento para flexibilizar o porte de arma de fogo por guardas municipais é o primeiro item da pauta do Plenário do Senado, hoje. Outras seis MPs aguardam deliberação, entre elas a que proíbe os bingos. Ou- tra medida provisória na pauta é a que regulamenta a partilha de recursos da Contribuição de Interven- ção no Domínio Econômi- co (Cide). O dinheiro, des- tinado à recuperação de rodovias, deve ser rateado entre estados, Distrito Fe- deral e municípios. ORDEM DO DIA A MP que altera o Estatuto do Desarmamento é o primeiro item a ser votado hoje pelos senadores no Plenário Página 3 Brasil quer energia nuclear para fins pacíficos, afirma Sarney O presidente do Senado, José Sarney, considerou inaceitável comparar o Brasil a países que pesquisam o átomo para fins bélicos. Sarney fez a declaração ao comentar notícia do The Washington Post segundo a qual o governo brasileiro estaria dificultando o acesso de inspetores de armas nucleares à instalação de enriquecimento de urânio situada em Resende, no Rio de Janeiro. Página 2 Sarney: país não aceita ser colocado sob suspeição Começa análise das emendas ao relatório do PPA São 373 os destaques a serem decididos pela Comissão de Orçamento a partir de hoje. Página 3 Roosevelt Pinheiro Roosevelt Pinheiro J. Freitas

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Page 1: pode ter votação final hoje na CCJ€¦ · 2 Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004 E-mail: jornal@senado.gov.br Tel.: 0800-612211 - Fax: (61) 311-3137 MESA DO SENADO FEDERAL

Órgão de divulgação do Senado Federal Ano X – Nº 1.909 – Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

Reforma da Justiçapode ter votaçãofinal hoje na CCJ

Em reunião extraordinária, às 11h, comissãodeve analisar os destaques ainda pendentespara que a proposta seja enviada ao Plenário

Página 4DECISÃO Edison Lobão (E), presidente da CCJ, espera terminar a votaçãodos destaques ao relatório de José Jorge sobre a reforma do Judiciário

Plenário deve examinar sete MPs para liberar pautaA medida provisória que

altera o Estatuto do Desar-mamento para flexibilizaro porte de arma de fogopor guardas municipais é oprimeiro item da pauta doPlenário do Senado, hoje.Outras seis MPs aguardamdeliberação, entre elas aque proíbe os bingos. Ou-tra medida provisória napauta é a que regulamentaa partilha de recursos daContribuição de Interven-ção no Domínio Econômi-co (Cide). O dinheiro, des-tinado à recuperação derodovias, deve ser rateadoentre estados, Distrito Fe-deral e municípios.

ORDEM DO DIA A MP que altera o Estatuto do Desarmamento é o primeiro item a ser votado hoje pelos senadores no Plenário Página 3

Brasil quer energia nuclear parafins pacíficos, afirma Sarney

O presidente do Senado, José Sarney, considerou inaceitável comparar o Brasila países que pesquisam o átomo para fins bélicos. Sarney fez a declaração aocomentar notícia do The Washington Post segundo a qual o governo brasileiroestaria dificultando o acesso de inspetores de armas nucleares à instalação de

enriquecimento de urânio situada em Resende, no Rio de Janeiro.

Página 2Sarney: país não aceita sercolocado sob suspeição

Começa análisedas emendas aorelatório do PPA

São 373 os destaques aserem decididos pela

Comissão de Orçamentoa partir de hoje.

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2 Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

www.senado.gov.brE-mail: [email protected].: 0800-612211 - Fax: (61) 311-3137

MESA DO SENADO FEDERAL

Presidente: José Sarney1º Vice-Presidente: Paulo Paim2º Vice-Presidente: Eduardo Siqueira Campos1º Secretário: Romeu Tuma2º Secretário: Alberto Silva3º Secretário: Heráclito Fortes4º Secretário: Sérgio ZambiasiSuplentes de Secretário: João Alberto Souza,Serys Slhessarenko, Geraldo Mesquita Júnior,Marcelo Crivella

Endereço: Praça dos Três Poderes, Ed. Anexo Ido Senado Federal, 20º andar - Brasília - DFCEP 70165-920

Diretor-Geral do Senado: Agaciel da Silva MaiaSecretário-Geral da Mesa: Raimundo Carreiro SilvaDiretor da Secretaria de Comunicação Social: Armando S. RollembergDiretor-adjunto da Secretaria de Comunicação Social: Helival RiosDiretora do Jornal do Senado: Maria da Conceição Lima Alves (61) 311-3333Editores: Djalba Lima, Edson de Almeida, Eduardo Leão, Iara Altafin e José do Carmo AndradeDiagramação: Iracema F. da Silva, Osmar Miranda, Sergio Luiz Gomes da Silva e Wesley BezerraRevisão: Eny Junia Carvalho, Lindolfo do Amaral Almeida, Miquéas D. de Morais e Rita AvellinoTratamento de Imagem: Edmilson FigueiredoArte: Cirilo QuartimArquivo Fotográfico: Elida Costa (61) 311-3332Circulação e Atendimento ao leitor: John Kennedy Gurgel (61) 311-3333Agência SenadoDiretor: Antonio Caraballo (61) 311-3327Chefia de reportagem: Valéria Ribeiro e Valter Gonçalves Júnior (61) 311-1670Edição: Helena Daltro Pontual (61) 311-1151 e Marco Antonio Reis (61) 311-1667

O noticiário do Jornal do Senado é elaborado pela equipe de jornalistas da Subsecretaria AgênciaSenado e poderá ser reproduzido mediante citação da fonte.

Impresso pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações

Sete medidas provisórias ainda trancam a pauta de votações doPlenário, que realiza sessão hoje, às 14h30. O primeiro item a servotado (MP 157/03) altera o Estatuto do Desarmamento, para permitiro porte de armas por guardas de municípios com população maiorque 50 mil habitantes, quando em serviço. Deve ser examinado aindaprojeto (PLV 19/04) que regulamenta a partilha da Contribuição deIntervenção no Domínio Econômico (Cide) entre estados e municípios.

Plenário analisa mudança no Estatuto do Desarmamento

O presidente do Senado, José Sarney, recebe hoje,às 12h30, o almirante-de-esquadra Kleber Lucianode Assis. Ele será empossado amanhã comosecretário-geral do Comando da Marinha.

Sarney recebe novo secretário-geral da Marinha

Em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que se reúne hojeàs 10h, projeto de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS) estabelecendoque a União deve dar auxílio financeiro aos Institutos Históricos e Geográficos(PLS 132/03). A proposta será analisada ainda pela Comissão de Educação (CE).Além disso, os senadores votam medida que muda a distribuição dos recursosdo Fundo de Participação dos Municípios (PLC 108/03).

Auxílio a institutos históricos em exame na CAE

Denúncias sobre agentes norte-americanosinfiltrados no Brasil, bem como de que o governodos EUA estaria custeando a Polícia Federalbrasileira são temas da reunião conjunta das

Comissões ouvem ex-colaborador de agências de inteligência

Os últimos destaques à proposta de reforma do Judiciário (PEC 29/00) devem servotados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) hoje, a partir das 11h. Acomissão já examinou 133 das 165 emendas apresentadas pelos parlamentares. Apósa conclusão da votação, o texto poderá ser analisado pelo Plenário.

CCJ deve concluir votação da reforma do Judiciário

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deveiniciar hoje, às 14h30, a votação dos destaquesapresentados ao relatório sobre o PlanoPlurianual (PPA) 2004-2007. O texto foi aprovadona quinta-feira. Além disso, serão analisadosavisos do Tribunal de Contas da União (TCU)sobre auditorias realizadas em órgãos públicos.

Destaques ao PPAA Comissão de Constituição, Justiça e Cidada-nia (CCJ) examina amanhã, às 10h, projeto (PLS208/03) que institui penas mais rígidas paraquem promover o trabalho escravo e propostaque proíbe a comercialização de bebidasalcoólicas em condições de consumo imediatoem postos de gasolina (PLS 148/03).

Pena para trabalho escravo

A agenda completa, incluindo o número de cada proposição, está disponívelna Internet, no endereço www.senado.gov.br/agencia/agenda/agenda.asp

Comissões Mista de Atividades de Inteligência e deRelações Exteriores (CRE), hoje, às 18h30. Oscolegiados ouvem um ex-colaborador de agênciasamericanas com base no Brasil.

O encontro será na Presidência da Casa. Às 15h30,Sarney preside a ordem do dia no Plenário, em queserão votadas medidas provisórias que trancam apauta de votações. O presidente do Senado, José

Sarney, disse que é inaceitávelcomparar o Brasil a países quepesquisam o átomo para finsbélicos. O senador fez a afirma-ção durante cerimônia de possedo ministro Edson Vidigal comopresidente do Superior Tribunalde Justiça (STJ). Sarney foi abor-dado pela imprensa para co-mentar a notícia do The Wa-shington Post segundo a qual oBrasil estaria dificultando o aces-so de inspetores de armas nucle-ares à instalação brasileira de en-riquecimento de urânio, situadaem Resende, no Rio de Janeiro.

– Não podemos aceitar o nos-so nivelamento com a Coréia doNorte nem com o Irã, que sãopaíses com uma tradição de nãoaceitarem as regras internacio-nais de controle sobre energianuclear – afirmou.

Sarney, que foi presidente daRepública, declarou que o Bra-sil nunca se negou a aceitar es-sas regras.

– O Brasil sempre manifestouque nosso objetivo é a utiliza-ção do átomo para fins pacífi-cos. E isso está na nossa Cons-tituição. De maneira que nãohá como aceitarmos um proce-dimento que nos coloca sobsuspeição – ressaltou.

Indagado sobre as circuns-tâncias dessa pressão política,Sarney lembrou que, em nívelinternacional, a posição doBrasil sempre foi muito nítidaa respeito de energia nuclear.

– Nossa posição tem sido cla-ra, contra a utilização da ener-gia nuclear para fins bélicos.Então, não há como se possacomparar o Brasil com a Coréiado Norte e com o Irã, que sãopaíses que se manifestaramsempre pela independência epor armas nucleares – obser-vou.

Sarney assistiu à posse deVidigal ao lado do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva; dovice-presidente José Alencar; dopresidente da Câmara dos De-putados, João Paulo Cunha; dopresidente do Supremo Tribu-nal Federal, Maurício Corrêa; edo procurador-geral da Repú-blica, Cláudio Fonteles.

PazEleito para presidir o STJ de

2004 a 2006, Vidigal tomou pos-se falando de paz. Disse que aJustiça é um instrumento rea-lizador do entendimento e queé dever do Judiciário buscar aconciliação e estimular as solu-ções alternativas para os con-flitos. O ministro afirmou quea função do juiz sempre foi eli-minar embates e trabalhar paraevitá-los. Nessa argumentaçãoem favor da paz, ele citou JesusCristo, o padre Antonio Vieira eos músicos do Rappa.

Também assinalou que a be-ligerância entre advogados, Mi-nistério Público, juízes e repre-sentantes dos três Poderes “nãoajuda em nada, só serve paratirar o sossego da República”.Lembrando o mandamentoconstitucional de que Executi-vo, Legislativo e Judiciário sãoindependentes e harmônicosentre si, Vidigal observou queos integrantes desses Poderesestão sempre a bradar por in-dependência, importando-semuito pouco com a harmonia.

Sarney: Brasil quer energia nuclear para fins pacíficos

DEFESA Declaração foi feita durante cerimônia de posse doministro Edson Vidigal (entre o presidente Lula e Sarney) no STJ

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3Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

CAE decideautorização definanciamentopara São Paulo

A Comissão Mista de Orça-mento (CMO) começa a anali-sar hoje os 373 destaques apre-sentados ao projeto do PlanoPlurianual 2004-2007, que vaiorientar os investimentos pú-blicos ao longo dos próximostrês anos. Uma vez concluída avotação dos destaques, a pro-posta será apreciada pelo Con-gresso Nacional, em sessãoconjunta.

Na última quinta-feira, a co-missão acolheu, ressalvados osdestaques, o parecer elaboradopelo segundo relator da maté-ria, senador Sibá Machado (PT-AC), que manteve a meta desuperávit fiscal equivalente a4,25% do Produto Interno Bru-to (PIB). O relator anterior,Roberto Saturnino (PT-RJ), ha-via previsto no parecer inicial –rejeitado pela comissão – redu-ção paulatina do superávit, atéchegar a 3,25% do PIB em 2007.

A votação do parecer de Sibáocorreu um mês depois de suaapresentação aos integrantesda CMO. Durante várias sema-nas, a base governista tentou,sem sucesso, submeter o textoa votação, mas esbarrava naobstrução promovida pelaoposição. Na quinta-feira, osoposicionistas tentaram man-ter a obstrução, mas os parla-mentares governistas garanti-ram o quórum para a aprova-ção do parecer.

Ao anunciar em Plenário aaprovação do texto básico pelacomissão, ainda na quinta-fei-ra, Sibá Machado ressaltou queseu parecer abre a possibilida-de de o governo obter, junto aoFundo Monetário Internacio-nal (FMI), apoio a um novométodo de cálculo do superá-vit primário, de forma a permi-tir maiores investimentos eminfra-estrutura. O senador lem-brou que o PPA prevê cresci-mento de 5,5% da economiaem 2007.

Orçamentoanalisa os

destaques aoPPA 2004-2007

A Comissão de Assuntos Eco-nômicos (CAE) deve votar hojepedido de autorização formu-lado pelo governo de São Pau-lo para a contratação de finan-ciamento externo junto aoBanco Interamericano de De-senvolvimento (BID), com ga-rantia da União, no valor deUS$ 20 milhões. Também estána pauta da CAE projeto de leido então senador Ademir An-drade (PLS 52/02) que modifi-ca a lei que institui critériospara a distribuição dos recur-sos do Fundo de Amparo aoTrabalhador (FAT). Outra pro-posição em pauta (PLS 132/03),do senador Pedro Simon(PMDB-RS), estabelece que aUnião concederá auxílio finan-ceiro anual a uma instituiçãocultural, em cada unidade daFederação, que se destine àpreservação da memória histó-rica e geográfica regional.

A CAE deverá votar aindaprojeto de lei da Câmara quealtera a lei sobre fixação doscoeficientes de distribuição dosrecursos do Fundo de Partici-pação dos Municípios (FPM)para inserir, entre os benefi-ciários da reserva do FPM,aqueles integrantes de regiõesmetropolitanas com popula-ção igual ou superior a 129.049habitantes.

Um outro projeto de lei daCâmara incluído na pauta daCAE é o de iniciativa do Execu-tivo que altera a legislação so-bre a produção, circulação ecomercialização do vinho e de-rivados da uva e do vinho. Oúltimo item da pauta é o proje-to de lei da Câmara que acres-centa dispositivo ao Código deDefesa do Consumidor, deter-minando que, nos contratos decompra e venda de móveis ouimóveis mediante pagamentoem prestações, o devedor ina-dimplente terá direito à resti-tuição das parcelas quitadas.

Plenário deve votar seteMPs para desobstruir pauta

Uma das medidaspermite porte de armade fogo para guardasem cidades com maisde 50 mil habitantes

Sete medidas provisórias(MPs) devem ser votadas pelossenadores para liberar a pautado Plenário. Para esta semanaforam marcadas duas sessões:uma de caráter deliberativo,hoje, e outra, não-deliberativa,amanhã. As MPs, que se trans-formam em projetos de lei deconversão (PLVs) se modifica-das, têm prioridade regimental,impedindo votações de outrasmatérias enquanto não foremexaminadas. Assim, outrositens que já aguardam delibe-ração, como o empréstimo deUS$ 100 milhões para a prefei-tura de São Paulo (PRS 68/03),somente poderão ser votadosapós decisão no Plenário sobreas MPs.

Primeiro item da pauta doPlenário, a MP 157/03 altera oEstatuto do Desarmamento,

aprovado em dezembro, parapermitir o porte de arma defogo, quando em serviço, porguardas de municípios commais de 50 mil habitantes. Orelator, senador Renan Ca-lheiros (PMDB-AL), propôspermissão de porte de arma defogo também para integrantesde guardas municipais de mu-nicípios com menos de 50 milhabitantes, mas que integremregiões metropolitanas.

Em seguida, os senadoresdevem deliberar sobre a parti-lha dos recursos da Cide comos estados, o Distrito Federal eos municípios. A MP 161/04torna obrigatório o repasse tri-mestral de 25% do que for ar-recadado para aplicação emprogramas de infra-estruturade transporte. Os percentuaisde participação de cada unida-de da Federação para 2004 jáestão estabelecidos na MP.

Também aguarda deliberaçãoa MP 162/04, que possibilita atransferência de R$ 3,4 bilhõespara estados, DF e municípiosa fim de compensar perdas naarrecadação do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias eServiços (ICMS) referente a ex-portações. Quarto item da pau-ta, a MP 163/04 possibilitou areforma ministerial do iníciodeste ano.

Já a MP 164/04 instituiu a co-brança da contribuição para osProgramas de Integração Soci-al e de Formação do Patrimô-nio do Servidor Público (PIS-Pasep) e da Contribuição parao Financiamento da Seguri-dade Social (Cofins) sobre asimportações de bens e servi-ços de residentes ou domici-liados no exterior.

A regulamentação de contra-tos de gestão entre a AgênciaNacional de Águas (ANA) e en-tidades para as quais a agênciapode delegar funções, como as-sociações de bacias hidrográ-ficas, está na MP 165/04.

A última na lista de medidasprovisórias e PLVs que obstru-em a pauta é a proibição de ex-ploração de todas as modalida-des de jogos de bingo e de jogosem máquinas eletrônicas, co-nhecidas como caça-níqueis,em vigor desde 20 de fevereiro.

DELIBERAÇÃO Senadores deverão votar desde a partilha dos recursos da Cide até a proibição dos bingos

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Comissão mista ouve colaborador de agências dos EUAEm conjunto com a Comissão de Relações

Exteriores e Defesa Nacional (CRE), a Comis-são Mista de Controle das Atividades de In-teligência tomará hoje, às 18h30, o depoi-mento do “senhor Maurício”, colaborador bra-sileiro de agências norte-americanas de in-teligência baseadas no país. Ele falará sobreas informações prestadas pelo ex-chefe noBrasil do Federal Bureau of Investigations(FBI) – a polícia federal norte-americana –

Carlos Alberto Costa à revista Carta Capital.Na reportagem, Costa denuncia que a Polí-cia Federal brasileira estaria sendo “compra-da” pelos Estados Unidos.

Em data a ser acertada, Costa também seráouvido por ambas as comissões, que são pre-sididas pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP)– foto. Durante reunião na semana passadada CRE, Suplicy anunciou que a denúncia se-ria tema de outras reuniões, neste mês, da

comissão mista. Deverão ainda ser convida-dos a falar sobre o tema o ministro da Justi-ça, Márcio Thomaz Bastos; o diretor-geral daPolícia Federal, Paulo Lacerda; e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucio-nal, general Jorge Armando Felix.

Participam desta comissão os presidentesdas Comissões de Relações Exteriores e De-fesa Nacional da Câmara e do Senado e oslíderes da maioria e da minoria de cada Casa.

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4 Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

Duciomar propõe indenização para comissionadosProposta de emenda àConstituição (PEC) que garanteaos servidores com cargos emcomissão o direito a indeniza-ção quando forem exonerados,no valor de 1/12 de suaremuneração para cada mês deexercício no cargo, foi apresen-tada pelo senador Duciomar

Costa (PTB-PA).A proposta estabelece, ainda, acontinuidade da assistência àsaúde, para o servidor e suafamília, pelo período de quatromeses após o desligamento doserviço público.Duciomar explicou que a PEC sedestina a garantir um mínimo de

proteção aos servidores públicosque exercem cargos de livrenomeação e exoneração. Emboranão sejam efetivos, frisou osenador, “eles são indispensáveispara o bom andamento do serviçopúblico”. Para ele, não é justo queum servidor que exerceu cargo emcomissão, muitas vezes por vários

anos, fique destituído de qual-quer amparo, uma vez que seuregime de trabalho não prevêFundo de Garantia do Tempode Serviço (FGTS).– A intenção da proposta éamparar o servidor, enquanto nãoencontra novo emprego –explicou o parlamentar.

AJUDA Proposta garanteum mínimo de proteção aoservidor, diz Duciomar

O senador Romero Jucá(PMDB-RR) apelou ao governopara que cumpra o que foi de-terminado pela Comissão deAnistia do Ministério da Justi-ça e pague as indenizações pe-cuniárias aos perseguidos po-líticos do regime militar. “O nãocumprimento do que foi de-terminado configura-se inacei-tável, sob o ponto de vista hu-mano, uma preocupante ano-malia em termos jurídicos e,politicamente, um grave equí-voco”, afirmou.

Jucá disse que tem recebidovários apelos em seu gabinete,e o último deles o fez decidir-sepor um pronunciamento for-mal. “Desta feita, é a CâmaraMunicipal de Sacramento, emMinas Gerais, que, por intermé-dio da presidente Hilma Tere-zinha Nascimento e Fonseca,me apresentou requerimentodo vereador Wesley De Santi deMelo”, explicou o senador.

O vereador apela em favor doex-militar da Aeronáutica JairBaltazar Pinto, que teve seupleito aprovado pela TerceiraCâmara da Comissão de Anis-tia, em sessão realizada no dia31 de outubro de 2002. Segun-do Jucá, a decisão do órgão, re-latada pela conselheira JulianaMagalhães, não deixa dúvidas:ela recomenda “a indenizaçãopecuniária”.

Jucá cobrareparação a

ex-perseguidospolíticos

ANISTIADOS Romero Jucáinforma que vem recebendoapelos em seu gabinete

A inclusão da autonomia ad-ministrativa da Defensoria Pú-blica da União na reforma doJudiciário, a exemplo das de-fensorias públicas dos estadose do Distrito Federal, foi suge-rida, em discurso no Plenário,pela senadora Lúcia Vânia(PSDB-GO) ao relator da pro-posta, José Jorge (PFL-PE).

Lúcia Vânia explicou que,muitas vezes, as pretensões ju-rídicas da população carentevoltam-se contra o próprio Es-tado, em ações contra a União,o INSS, a Caixa, o Banco do Bra-sil e outros órgãos públicos fe-derais.

– A Defensoria Pública daUnião tem como sua única eexclusiva função constitucio-nal dar às populações carentesacesso à Justiça. Dessa forma,nada mais correto do que a au-tonomia e a independência deseus defensores.

São justamente essas causas,segundo a senadora, que tor-nam o cidadão pobre aindamais indefeso e impotente.

– Infelizmente, é comum oEstado negar o benefício a pes-soas que realmente têm o direi-to de obtê-lo, na maioria dasvezes, por falta de docu-mentação ou por problemas demera formalidade. E geralmen-te são pessoas extremamentecarentes – assinalou.

Lúcia Vânia querautonomia para

a DefensoriaPública da União

MISSÃO Lúcia Vânia lembra queórgão garante acesso daspessoas carentes à Justiça

CCJ pode concluir votaçãoda reforma do JudiciárioFaltam ser examinadosdestaques sobre temaspolêmicos, como ocontrole externo e asúmula vinculante

A Comissão de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ) deveconcluir hoje, em reunião mar-cada para as 11h, a votação dosdestaques apresentados ao pa-recer do senador José Jorge(PFL-PE) sobre a proposta deemenda constitucional que es-tabelece a reforma do Poder Ju-diciário. Dos 165 destaques,133 já foram analisados.

As duas últimas reuniões docolegiado foram dedicadas aoexame dessas sugestões demudança no relatório, tendo acomissão acolhido algumasdelas. Entretanto, ainda nãoforam votados destaques so-bre temas tidos como funda-mentais da reforma, como ainstituição dos conselhos na-cionais de Justiça e do Minis-tério Público, e a criação dasúmula vinculante para deci-sões do Supremo Tribunal Fe-deral (STF), a serem seguidaspelos demais tribunais. Ambosos pontos estão no texto daPEC 29/02 aprovado pela Câ-mara dos Deputados e manti-do no relatório de José Jorge.

Na semana passada, o presi-dente da CCJ, senador EdisonLobão (PFL-MA), suspendeu a

reunião, por considerar neces-sário que os senadores tives-sem tempo suficiente para ana-lisar esses temas consideradospolêmicos. Caso a comissãonão consiga terminar hoje oexame do relatório, a votaçãocontinuará na reunião ordiná-ria de amanhã, às 10h, cujapauta é composta por outrasproposições.

O primeiro item da pauta deamanhã da comissão é a PEC 7/92, que tramita em conjuntocom outras duas. A propostaestabelece os números mínimoe máximo de vereadores pormunicípio, que seriam propor-cionais ao número de eleitores.O relator da matéria é o sena-dor Jefferson Péres (PDT-AM),que apóia a medida já aprova-da pela Câmara.

Também faz parte da pauta o

projeto de lei (PLS 208/03) queinstitui penas mais severas pa-ra quem promover trabalho es-cravo no Brasil. A proposta é dosenador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e tem parecer favorável dosenador César Borges (PFL-BA), que aproveitou sugestõesdo senador Antonio Carlos Va-ladares (PSB-SE).

Controle externoO senador Tasso Jereissati re-

cebeu na tarde de ontem a visi-ta de um grupo de desembar-gadores do Tribunal de Justiçado Estado do Ceará, que vieramdiscutir a proposta de reformado Judiciário.

Os magistrados se manifesta-ram favoráveis ao controle ex-terno e à súmula vinculante. Je-reissati agradeceu as sugestõesdo grupo e acertou com os de-sembargadores novos contatospara a produção de normascomplementares à reforma, demodo a dar efetividade às me-didas modernizadoras do Po-der Judiciário.

Participaram do encontrocom o senador, além do presi-dente do tribunal cearense,João de Deus Barros Bringel, osdesembargadores FernandoXimenes, Gizela Nunes da Cos-ta, Haroldo Rodrigues, Luiz Ge-rardo Brígido e José CláudioNogueira.

DECISÃO Edison Lobão (à esquerda, com José Jorge) concedeu maistempo para que senadores pudessem analisar as emendas

CONTRIBUIÇÃO Desembargadores do Ceará discutiram com TassoJereissati (C) pontos que consideram essenciais para a reforma

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5Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

Valadares: “Não existemprovas contra Capiberibe”“Será que 70 se-

nadores que vota-ram a favor daemenda paralelada Previdência,no fim do anopassado, estavammentindo quandodisseram que ogoverno garantiasua votação naCâmara?” O ques-tionamento foifeito da tribunapelo senador Pau-lo Paim (PT-RS),ao cobrar empe-nho do governo para que a cha-mada PEC paralela não seja al-terada pelos deputados. Aemenda restitui aos funcioná-rios públicos alguns benefíciosretirados pela reforma da Pre-vidência.

Paim afirma que agora ele e“todos os outros 70 senadores”estão surpresos com as altera-ções que o relator da paralelana Câmara, deputado JoséPimentel (PT-CE), está apre-sentando.

– Nós votamos a reforma daPrevidência acreditando napalavra do governo de que asmudanças introduzidas emnegociação no Senado, pormeio da emenda paralela, se-riam respeitadas pelos depu-tados. Eu ainda estou confian-te em que o governo cumpriráo acordo com os senadores –observou Paulo Paim.

O parlamen-tar gaúcho pe-diu apoio parao seu projeto decorreção, no dia1º de maio pró-ximo, do saláriomínimo pelainflação regis-trada pelo Índi-ce Geral de Pre-ços – Disponi-bilidade Inter-na (IGP-DI).Amatéria estabe-lece tambémacréscimo real

de R$ 0,20 por hora do saláriomínimo. Com isso, o valor po-derá subir dos atuais R$ 240para cerca de R$ 310.

Se aprovado o projeto, quetem como relator o senadorGeraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), o salário mínimo final-mente chegará ao nível de US$100. Mais: o acréscimo de R$0,20 por hora significará au-mentos reais garantidos paraos próximos anos.

– É isso que estamos procu-rando há muito tempo – afir-mou.

Mesquita Júnior ponderouque esta é uma das oportuni-dades que tem o CongressoNacional de melhorar a situa-ção de milhões de brasileiros,e manifestou-se favorável àmatéria, que está em tramita-ção na Comissão de AssuntosSociais (CAS).

O senador Antonio CarlosValadares (PSB-SE) defendeuontem em Plenário o senadorJoão Capiberibe (PSB-AP), líderde seu partido, que está amea-çado de perder o mandato, emprocesso em julgamento peloTribunal Superior Eleitoral(TSE). Valadares ressaltou queas acusações contra o represen-tante do Amapá se baseiam emdepoimentos de apenas duastestemunhas, que posterior-mente foram flagradas confes-sando que receberam dinheiropara fazer as acusações decompra de votos por R$ 26.Mesmo assim, informou Va-ladares, o ex-procurador-geralda República Geraldo Brindeirodecidiu denunciar Capiberibee sua esposa, Janete, eleita de-putada federal.

– O Senado Federal está soba ameaça de uma violênciainaudita. João Capiberibe pode

se tornar vítima de injustiçahistórica. As duas testemunhaspedem, em gravação disponí-vel a todos os senadores, R$ 20mil para mudarem seus depoi-mentos e admitem que recebe-ram dinheiro para prestar osdepoimentos originais –afir-mou o parlamentar

Antonio Carlos Valadaresclassificou o processo contraCapiberibe de absurdo, e asse-verou que se trata de “um plei-to fundamentado em provasfragilíssimas e em desacordo

Senador lembra queo Ministério Públicoestadual e o TREreconheceram ainocência do colega

com os fatos”. E lembrouainda que o Ministério Pú-blico estadual e o TribunalRegional Eleitoral reco-nheceram que não há pro-vas contra o senador.

Valadares apontou paraa trajetória política de Ca-piberibe e de sua esposa,que lutaram contra a dita-dura militar e, ao se exila-rem do país, “em vez deirem para a Europa, par-tiram para a África paraajudar populações caren-tes”.

Roberto Saturnino(PSB-RJ) assinalou queCapiberibe tem uma bio-

grafia limpa e admirável, e quetem enfrentado a hostilidadede verdadeiras máfias. Deacordo com Arthur Virgílio(PSDB-AM), a possível cassa-ção de João Capiberibe lhe soacomo uma violência.

O senador Pedro Simon(PMDB-RS) atestou a “integri-dade, pureza, sobriedade ecompetência de João Capibe-ribe”. O senador Ramez Tebet(PMDB-MS) chamou atençãopara a fragilidade das provascontra o colega.

JUSTIÇA Valadares destaca ahonestidade de Capiberibe

Paim pede à Câmara quenão altere PEC paralela

Garibaldi lembra que emendafoi aprovada por unanimidade

O senador Ga-ribaldi Alves(PMDB-RN) fezapelo para que aCâmara dos De-putados aprove achamada PEC pa-ralela da reformada Previdência,que ameniza al-guns dos aspec-tos da reformaprevidenciária,que retirou direi-tos dos servidorespúblicos. Ele lem-brou que a PECparalela foi aprovada por una-nimidade no Senado.

Garibaldi citou a senadoraSerys Slhessarenko (PT-MT),que havia denunciado, na se-mana passada, que o relatórioapresentado na Câmara esta-

ria desfiguran-do a propostaaprovada no Se-nado. O senadordisse que, emnome do bomrelacionamentoentre os con-gressistas, a Câ-mara deveriarespeitar o a-cordo feito en-tre as duas Ca-sas, que teve,inclusive, o avaldo Palácio doPlanalto.

Garibaldi afirmou que todosos senadores com voz ativa nacelebração do acordo, comoPaulo Paim (PT-RS), Serys e elepróprio, estão sendo cobradospelos servidores, quando vão asuas bases eleitorais.

A senadora Serys Slhes-sarenko (PT-MT) leu em Plená-rio moção de apoio ao senadorJoão Capiberibe e à sua mulher,deputada Janete Capiberibe –ambos do PSB do Amapá –,aprovada pelos participantesda 3ª Conferência da Amazô-nia, em Porto Velho (RO). Osparlamentares enfrentam pro-cesso de cassação no TribunalSuperior Eleitoral (TSE).

No documentro, os partici-pantes da conferência tornampúblico o apoio aos dois, sus-tentando que existem váriosindícios de manipulação no atode denúncia. Instaurado o pro-cesso, conforme a moção, con-firma-se que os próprios de-nunciantes afirmaram em juízoterem sido pagos para deporcontra o senador e sua mulher.

Os conferencistas confiamque os ministros do TSE impe-dirão que os adversários do se-nador e da deputada, que osacusam de fraude e corrupçãoeleitoral nas eleições de 2002,

O senador José Jorge (PFL-PE) prestou ontem solidarieda-de ao senador João Capiberibe(PSB-AP), que está com o man-dato ameaçado por conta deação em julgamento no Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE). Oparlamentar pernambucanoacha que o julgamento deveriaser realizado pelo Senado, enão pelo TSE.

José Jorge argumentou que,nesta Casa, o senador JoãoCapiberibe teria “amplo direi-to de defesa e não seria cassa-do por questões pequenas”.

O senador do PFL chamou aatenção dos seus colegas parao fato de que Capiberibe gover-nou um estado do norte dopaís, em que a falta de recursose as condições geográficas tor-nam a administração muitomais complicada, mas que agiusempre “com muita tranqüili-dade”, a mesma que estaria em-prestando ao seu mandato noSenado.

José Jorge sesolidariza comcolega do AP

Serys lê moção de apoio aosenador processado pelo TSE

consumem “um ato que amea-ça a soberania do voto”.

A senadora informou queestá sendo enviado a Brasíliaabaixo-assinado favorável aJoão Capiberibe e sua esposa,que contém nomes de impor-tantes lideranças da Amazô-nia.

– A história de João Capi-beribe não condiz com essetipo de procedimento do qualvem sendo acusado – afirmouSerys Slhessarenko.

DEFESA PÚBLICA Serys defendeCapiberibe e diz que acusadoresforam pagos para depor

Garibaldi afirma que seuseleitores estão cobrando avotação da matéria

Paim diz que 70 senadoresestão surpresos com asmudanças feitas à emenda

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6 Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

Raupp pedea senadores

que priorizemvotações

Valdir Raupp (PMDB-RO)conclamou ontem o Senado adeixar o caso Waldomiro Diniza cargo da Polícia Federal e doMinistério Público. Além dorespeito que merecem essasinstituições, argumentou o se-nador, a Casa tem uma agendade votações impossível de serconcluída neste semestre.

Raupp se disse surpreso coma atenção que o Congresso vemdando ao caso Waldomiro,flagrado pedindo propina aoempresário do jogo de azarCarlinhos Cachoeira. Em suaavaliação, “está claro” que o atopraticado pelo ex-assessor foiuma atitude isolada. O senadorlembrou que quando governa-va Rondônia teve sobressaltossemelhantes e houve casos emque promotores tentaram for-jar provas contra seu governo.

Ao lembrar que somente dé-cadas depois o país ficou saben-do que Getúlio Vargas nada ti-nha a ver com a atitude do seuchefe de segurança, que tentouassassinar Carlos Lacerda, o se-nador frisou que “tardiamenteas pessoas concluíram que ahistória teria sido melhor se talfato ficasse circunscrito a suapequenez”. Na opinião deRaupp, os senadores deveriamdeixar Waldomiro no anonima-to e retomar a pauta de votação.

Raupp destacou ainda a 3ªConferência da Amazônia, queocorreu em Porto Velho no fimde semana.

DIMENSÃO Para Valdir Raupp,há fatos que devem “ficarcircunscritos a sua pequenez”

Alvaro: fatosmostram vínculoentre WaldomiroDiniz e petistasO senador Alvaro Dias (PSDB-

PR) comentou reportagempublicada na edição desse fimde semana da revista IstoÉ Di-nheiro, segundo a qual Waldo-miro Diniz, ex-assessor parla-mentar da Presidência da Re-pública, foi sócio do secretáriode Comunicação da Presidên-cia, Luiz Gushiken, em uma fa-zenda localizada em Goiás.

– O governo empenha-se deforma incrível no objetivo dedeterminar o afastamento deseus integrantes da figura deWaldomiro Diniz. Mas isso vaise tornando cada vez mais im-possível, já que a cada dia fatosnovos revelam o vínculo estrei-to e forte entre ele e o PT.

A respeito da afirmação dopresidente Lula em Mato Gros-so do Sul de que faria muitomais no seu governo “do quemuita gente fez em 500 anos”,o senador disse que esse tipo depromessa chega a ser “debo-che, cinismo, desrespeito eagressão à inteligência da po-pulação do país”. O senadortambém relacionou os diversosprogramas anunciados pelogoverno federal que, a seu ver,não teriam saído do papel.

Alvaro também se solidarizoucom o senador João Capiberibe(PSB-AP) e sua esposa Janete Ca-piberibe. Ele lembrou da postu-ra ética do parlamentar e mani-festou sua crença de que o Tri-bunal Superior Eleitoral farájustiça inocentando o casal.

REPORTAGEM Alvaro destacainformação de que Waldomirofoi sócio de Luiz Gushiken

Virgílio propõe depoimentosde Serra e Dirceu no Senado

TUMULTO Arthur Virgílio pedeunião de políticos em torno dagovernabilidade

Senador querexplicações sobre osepisódios envolvendoWaldomiro Diniz eJosé Roberto Santoro

O líder do PSDB, Arthur Vir-gílio (AM), apresentará hoje re-querimento para que a Comis-são de Fiscalização e Controle(CFC) convide o ministro daCasa Civil, José Dirceu, e o pre-sidente do PSDB, José Serra,para prestarem depoimentos.Eles deverão falar a respeitodos episódios envolvendo o ex-assessor da Presidência Waldo-miro Diniz e o subprocurador-geral da República José RobertoSantoro, bem como sobre asdenúncias de corrupção e deconspiração que “estão pairan-do sobre as cabeças de todos osbrasileiros”.

O senador explicou que nãoestá propondo “um circo”. Osdepoimentos devem ser sepa-rados, para que todos os sena-dores possam perguntar, a ume ao outro, tudo que desejem.

bate o país no fato de que ogoverno não apresenta respos-tas sobre as denúncias de irre-gularidades e de episódios decorrupção.

Para o líder, há uma clara in-tenção de manipulação de in-formações. Ele repeliu a pala-vra “conspiração”, para qualifi-car a conversa entre o subpro-curador José Roberto Santoro eo empresário do jogo de azarCarlos Augusto Ramos, o Carli-nhos Cachoeira.

– Repilo a tentativa de arras-tar para o atoleiro do governoLula o PSDB e seu presidente,José Serra – disse.

Arthur Virgílio fez um apeloaos congressistas para que nãoabdiquem de sua responsabi-lidade de procurar a verdade.Segundo ele, o melhor instru-mento de que dispõe o Legisla-tivo é a comissão parlamentarde inquérito (CPI), e seu parti-do, o PSDB, continuará pressi-onando a fim de que ela sejainstalada para “investigar tudoe todos”.

O senador pediu aos brasilei-ros para que confiem no Brasil.

Segundo Virgílio, cada depoen-te terá, da mesma forma, opor-tunidade de explicar ao Con-gresso, e principalmente à na-ção, os seus atos. “Serra já medisse que aceitará.”

Arthur Virgílio citou críticasao governo Lula, feitas pelojornal The New York Times epela revista Veja. Para ele, em-bora sejam pontos de vista di-ferentes, ambos centram suaanálise da crise em que se de-

COMPROMISSO PauloOctávio diz que governocorrigirá valor

O senador Paulo Octávio (PFL-DF)agradeceu ontem ao presidenteLuiz Inácio Lula da Silva a atençãoque ele vem dedicando ao DistritoFederal. De acordo com o senador,o governo atendeu seu pedido deque fosse corrigido erro no cálculodo valor do Fundo Constitucionaldo Distrito Federal. Paulo Octávio in-

Paulo Octávio agradece a Lula por recursos para o DFformou que, por erro do Ministériodo Planejamento, o DF receberia, noorçamento deste ano, R$ 240 mi-lhões a menos.

Paulo Octávio explicou que o pri-meiro valor anunciado pelo gover-no – R$ 3,7 bilhões –, para a manu-tenção das áreas de saúde, educa-ção e segurança, não tomou por

base a receita corrente líquida daUnião calculada no período de ju-lho a junho. O parlamentar destacouque o governo federal comprome-teu-se, na quinta-feira passada, aencaminhar um projeto ao Congres-so fazendo a correção.

O representante do Distrito Fede-ral informou também que o gover-

no enviará projeto ao Congressopara repasse de R$ 60 milhões neces-sários ao ajuste que beneficiará 70mil servidores, entre médicos, profes-sores e servidores das áreas de saú-de e educação. A medida, disse o se-nador, foi anunciada pelo ministroGuido Mantega, do Planejamento,para a bancada federal do DF.

Saturnino: crítica do The New YorkTimes visa defender interesses dos EUA

Logo após o discurso do líderdo PSDB, Arthur Virgílio (AM),o senador Roberto Saturnino(PT-RJ) pediu a palavra emnome da liderança do PT paraafirmar que a matéria do jornalThe New York Times, citada peloparlamentar da oposição, “nãotem a menor credibilidadequando se trata de interessedos grandes capitais nas eco-nomias periféricas”.

– Sobre as questões da Veja,não há fatos novos para respos-tas. Quanto ao jornal norte-americano, sabemos dos seusinteresses e dos seus pecados.Sabemos ainda que o presiden-

te Lula não agrada aos interes-ses norte-americanos. Vemosas ações deles na Alca e certa-mente eles não estão satisfeitos

com a decisão brasileira de seaproximar comercialmente daChina, da Rússia e da Índia –afirmou Roberto Saturnino.

Para o senador, os brasileirosdevem colocar em dúvida asafirmações de jornais norte-americanos quando tratam deassuntos sobre os quais enten-demos muito mais que eles,pois estamos aqui vivenciandotudo, enquanto eles nem sem-pre conseguem entender osproblemas do país.

– Os comentários do The NewYork Times devem ser vistos sobo prisma do interesse dos gran-des capitais – disse.

POSTURA Americanos nãogostam da política comercialbrasileira, afirma Saturnino

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7Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

Crescimento está sendoretomado, diz Mercadante

Emprego tambémcomeça a aumentar,destaca senador,que elogia a atuaçãode Palocci e Meirelles

FORÇA Governo não estáinteressado em reduzir poderdo MP, afirma Mercadante

O líder do governo, senadorAloizio Mercadante (PT-SP),afirmou que a economia brasi-leira está em claro processo derecuperação. Mercadante res-saltou os últimos índices eco-nômicos, que, disse, demons-tram retomada do crescimen-to e geração de empregos. Eledestacou as políticas de crédi-to para a modernização da agri-cultura e da indústria. Confor-me o senador, tem sido acerta-da a política econômica imple-mentada pelo ministro da Fa-zenda, Antonio Palocci, e pelopresidente do Banco Central,

Henrique Meirelles.– A safra agrícola é recorde, o

saldo da balança comercialtambém é recorde neste mês,as reservas cambiais são de R$25 bilhões e o Brasil não preci-sa sacar a ajuda do Fundo Mo-netário Internacional a que temdireito. As perspectivas são decrescimento sustentado – assi-nalou o senador.

Mercadante elogiou as medi-das de crédito anunciadas peloministro do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior,Luiz Fernando Furlan, que ga-rantem até R$ 15 bilhões emcrédito para investimentos naindústria. Ele também desta-cou o fomento à agricultura,que receberá R$ 2,25 bilhões ajuros baixos.

Ministério PúblicoO senador negou que o go-

verno esteja interessado em di-

minuir o poder do MinistérioPúblico. Segundo Mercadante,a indicação de Cláudio Fon-teles para procurador-geral daRepública, eleito por seus pa-res, demonstra o interesse dogoverno em manter o MP comoinstituição forte.

O senador Antonio CarlosMagalhães (PFL-BA) protes-tou ontem contra a discrimi-nação do Executivo aos es-tados governados pelo PSDBe pelo PFL. O senador con-siderou “uma ingratidão”esse tipo de atitude paracom a Bahia, já que o presi-dente Luiz Inácio Lula da Sil-va recebeu no estado suamaior votação e tem tido acontribuição dos parlamen-tares da Bahia na aprovaçãode matérias importantes em tramitação no Con-gresso.

De acordo com o senador, os recursos repas-sados pelo governo federal no ano passado quecorrespondem a transferências voluntárias –verbas relacionadas a acordos, convênios e ajus-tes feitos entre União e estados – aumentarampara governos do PT ou de partidos aliados, ediminuíram para os liderados pela oposição. Ci-tando matéria da Folha de S. Paulo, de domin-go, o senador informou que o índice médio deaumento para os quatro estados petistas foi de84,1% em 2003, enquanto, para os 11 estados ad-ministrados pelo PSDB e pelo PFL, o aumentofoi de apenas 6%. Para a Bahia, houve um de-créscimo de 30,6%, destacou o senador.

O que ocorre nos estados é acompanhado nascapitais, disse o senador, que divulgou dados dojornal O Estado de S. Paulo. De acordo com asinformações, oito capitais governadas pelo PTtêm 58,1% das transferências da União, sendoque o maior repasse, em torno de R$ 22 milhões,foi dirigido à prefeita Marta Suplicy, que dispu-ta a reeleição em São Paulo.

Para Antonio Carlos,governo discrimina

oposicionistasCitando o problema das en-

chentes e das invasões de terras,o senador José Jorge (PFL-PE)reivindicou ontem melhor tra-tamento do presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva a Pernambuco.Na opinião do parlamentar,nunca um presidente foi tãoruim para o estado, com o agra-vante de que Lula é pernambu-cano de Garanhuns.

José Jorge notou que a deter-minação do presidente de queninguém faria reforma agráriana marra não está sendo obedecida. Apenas noúltimo fim de semana, 24 propriedades ruraisde Pernambuco foram invadidas por 8 mil sem-terra. Como resultado, enfatizou ele, ninguémcompra terras no estado. E quem já as tem nãoinveste com receio de perder o capital aplicado.

Com relação aos estragos causados pelas últi-mas cheias, José Jorge observou que há uma len-tidão muito grande no repasse de verbas desti-nadas à reconstrução das casas destruídas. Deacordo com o senador, os jornais têm noticiadoque o governo liberou R$ 43,7 milhões para a re-construir residências em Pernambuco, mas de-vido a entraves burocráticos a verba só será efe-tivamente convertida em obras num espaço deseis meses a um ano.

– O meu pedido ao presidente Lula é que go-verne, tome providências – disse José Jorge, lem-brando que o governo tem 35 ministros.

O senador mencionou também as perdas doestado com as transferências orçamentárias vo-luntárias, que, segundo o jornal Folha de S. Pau-lo, estariam sendo usadas em benefício dos es-tados governados pelo PT.

José Jorge cobraagilidade na ajudaaos desabrigados

José Jorge pede queLula dê mais atenção

a Pernambuco

ACM: estadosgovernados peloPT são favorecidos

O senador Pedro Simon(PMDB-RS) defendeu ontem aProcuradoria Geral da Repúbli-ca (PGR) dos ataques que vemsofrendo de integrantes do PTe do governo, em decorrênciada divulgação de fita em que osubprocurador-geral José Ro-berto Santoro pressiona o em-presário do jogo de azar, Car-los Augusto Ramos, o CarlinhosCachoeira, a cooperar numainvestigação capaz de “derru-bar” o governo petista.

Simon afirmou que, inde-pendentemente do comporta-mento de Santoro, os procura-dores têm agido com muitocuidado na defesa da lei e nabusca de punição para os cor-ruptos. Ele lembrou que, histo-ricamente, o PT defendeu oMinistério Público e fez chegarao órgão denúncias graves. Porisso, o parlamentar estranhaque integrantes do partido, eaté o ministro da Justiça, Már-cio Thomaz Bastos, venhamdefendendo a “lei do cabresto”para os procuradores.

– Não há como negar equívo-cos, por exemplo, de promoto-res recém-formados que pro-cessam prefeitos sem recursosmateriais para realizar obras,mas daí a querer calar os pro-curadores há uma diferençamuito grande – ponderou Pe-

dro Simon.Para mostrar a importância

do papel dos procuradores, osenador citou o episódio dadestruição de provas pela polí-cia de Alagoas relacionadas aoCaso PC. “Querer tirar os pro-curadores das investigaçõesseria dar espaço à ação de pes-soas interessadas na impunida-de. E um perigo tão grandequanto esse seria calar a voz doMinistério Público.”

– Se quando os procuradoresfalam, não há punição, imagi-nem com a “Lei da Mordaça” –disse o senador, referindo-se aoprojeto de lei em tramitação noCongresso que impede os pro-curadores de se pronunciaremou divulgarem informações so-bre os casos que estiverem in-vestigando.

Ao lamentar que alguns pro-curadores tenham abusado deseus poderes no exercício dafunção, fazendo política e ata-cando autoridades para ocuparespaço nos jornais, o senadorTasso Jereissati (PSDB-CE) ar-gumentou que o fato não podeservir para que o Senado se-quer cogite a possibilidade dediminuir o papel desempenha-do pelo Ministério Público.

Jereissati rebateu também asnotícias que procuram envol-ver o presidente do PSDB, ex-senador José Serra, em atos deescuta pública. O parlamentarenfatizou que esse tipo de ati-tude, que tenta tirar a credibili-dade de todos, só reforça a ne-cessidade de se aprofundar asinvestigações em torno do casoWaldomiro Diniz, ex-assessorda Casa Civil da Presidência daRepública, flagrado pedindopropina.

O parlamentar se solidarizoutambém com o senador Anto-nio Carlos Magalhães (PFL-

BA), que protestou contra a dis-criminação que os estados go-vernados por políticos de opo-sição estariam sofrendo do go-verno federal quanto à distri-buição de recursos. Jereissaticitou o caso do estado do Cea-rá, que teve redução drásticanos recursos recebidos daUnião em 2003. O senadoranunciou que vai convidar abancada do Ceará para protes-tar junto ao governo e pedirmais verba para o estado.

CONDENAÇÃO Simon não aceita“Lei da Mordaça” para calarmembros do Ministério Público

Simon defende liberdadede ação dos procuradores

Jereissati é contra redução dopapel do Ministério Público

REPÚDIO Tasso Jereissatirebate notícia envolvendo JoséSerra em escuta telefônica

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8 Brasília, terça-feira, 6 de abril de 2004

João Ribeirocobra término

da FerroviaNorte-Sul

O senador João Ribeiro (PFL-TO) manifestou confiança deque o presidente Luiz InácioLula da Silva cumprirá promes-sa de finalizar a Ferrovia Nor-te-Sul. Ele disse que, se for con-cluída, a obra promoverá gran-

PRODUÇÃO Obra contribuirápara a agricultura do Tocantins,segundo João Ribeiro

Mesquita Júnior quer decisãosobre atos do Supremo

DEMORA Decreto de 1974 dogoverno paulista ainda não foianalisado, diz Mesquita Júnior

Senador lembra queesperam votaçãoofícios declarandoinconstitucionais 97leis estaduais e federais

O senador Geraldo MesquitaJúnior (PSB-AC) lembrou, emPlenário, que ofícios do Supre-mo Tribunal Federal (STF) aoSenado, comunicando que de-clarou inconstitucionais notodo ou em parte 97 leis esta-duais e federais, esperam pelovoto dos senadores, alguns as-sinados há décadas. A normamais antiga é um decreto de1974 do governo paulista.

– Não me parece razoável queum ato do STF declarando in-constitucional um decreto dogovernador de São Paulo este-ja há anos pendente de delibe-ração do Senado – observou.

tituição federal, para que nãotenham de assumir tal respon-sabilidade.

Em aparte, o senador JoséJorge (PFL-PE) informou terapresentado projeto que auto-riza a votação dos vetos de for-ma separada na Câmara e noSenado – e não como hoje, emsessão conjunta do Congresso.A medida, argumentou, facili-tará a apreciação dos vetos.

Mesquita Júnior também sau-dou viagem do presidente LuizInácio Lula da Silva ao Acre, nes-ta semana, quando será anun-ciada a revitalização, na Amazô-nia, do Correio Aéreo Nacionale a inauguração do Hospital doIdoso, em Rio Branco.

O senador solidarizou-se como senador João Capiberibe (PSB-AP) e sua mulher, deputadaJanete Capiberibe, que sofremprocesso de cassação no Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE).

Dias atrás, Mesquita Júniorhavia lamentado a existênciade 190 vetos presidenciais a es-pera de exame do Congresso.

Para ele, os senadores devemresolver a situação, ou votandoos ofícios ou mudando a Cons-

Mozarildo aplaude inauguração denova rota do Correio Aéreo Nacional

O senador Mozarildo Caval-canti (PPS-RR) manifestou sa-tisfação com a revitalização doCorreio Aéreo Nacional (CAN)na região amazônica, a partirdo Acre. A inauguração da novarota deve ser realizada hoje, emRio Branco, pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva. Con-forme Mozarildo, quase 100 milpessoas que moram em áreasde difícil acesso do estado se-rão beneficiadas com atendi-mento médico e remédios.

Mozarildo explicou que onovo projeto do CAN prevê queas aeronaves C-98 da Força Aé-rea Brasileira (FAB), utilizadasnas novas linhas, poderão fazero transporte de enfermos para

hospitais com maiores recur-sos, e que os assentos vagos nosaviões poderão ser usados porpessoas que precisarem viajar.

Nessa etapa, serão benefici-ados os municípios de Manoel

Urbano, Feijó, Tarauacá, Mare-chal Thaumaturgo e Cruzeirodo Sul, todos no Acre, masMozarildo afirmou haver pla-nos para expandir o atendi-mento a Roraima e Amapá.

EducaçãoMozarildo Cavalcanti lamen-

tou o fato de o Brasil ter menosjovens entre 18 e 24 anos ma-triculados no ensino superiordo que a Bolívia.

– É significativo que 20% dosjovens bolivianos estejam cur-sando universidades, enquan-to apenas 9% dos jovens brasi-leiros detêm o mesmo privilé-gio – disse, lembrando que aeconomia da Bolívia é 61 vezesmenor do que a brasileira.

APOIO Mozarildo ressalta que100 mil moradores do Acredeverão ser beneficiados

PRÊMIO Tebet elogia Daianedos Santos, medalha de ourona Copa de Ginástica no Rio

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) fez homenagem à atleta brasi-leira Daiane dos Santos, medalha deouro na modalidade solo da etapado Rio da Copa do Mundo de Ginás-tica. O senador elogiou a eficiência,a graça e a beleza da ginasta, alémde mencionar as conquistas de todaa equipe, especialmente as dos ir-mãos Diego e Daniele Hypólito.

Tebet homenageia ginastas brasileiros premiados– Mais belo e puro do que o vôo

de Daiane, somente sua simplicida-de em não causar expectativasquanto a uma medalha de ouro nasOlimpíadas de Atenas – disse.

Tebet ressaltou que os resultadosdo time brasileiro, que incluem ain-da Mosiah Rodrigues (medalha deprata no cavalo com alças) e CamilaComin (prata na trave e bronze no

solo), foram fruto de muito esforço,treinamento e dedicação, ao lado doque ele chamou de “imprescindívelapoio oficial”.

– A emoção de homenagear essamenina-moça e seu vôo de borbo-leta, ao som do Brasileirinho, aumen-ta quando enxergamos o resultadode uma geração de atletas que estáemergindo, superando obstáculos,

preconceitos e falta de apoio, infra-estrutura e todas as dificuldades ro-tineiras nas famílias de origem mo-desta.

Para Tebet contribuíram para avitória brasileira a ConfederaçãoBrasileira de Ginástica; o ComitêOlímpico Brasileiro; o técnico ucra-niano Oleg Ostapenko; e o ministrodos Esportes, Agnelo Queiroz.

MAIS VAGAS Eduardo defende acriação da cota social, baseadaem renda, nas universidades

A sessão de ontem do Senado Federal foi presidida pelos senadores Paulo Paim, Eduardo Siqueira Campos,Alberto Silva, Roberto Saturnino e Geraldo Mesquita Júnior e pela senadora Serys Slhessarenko

de impulso na agricultura to-cantinense, garantindo melhorescoamento das safras. Mesmosem a ferrovia, destacou, o se-tor agrícola no estado cresceu400% nos últimos três anos.

João Ribeiro convidou em-presários agrícolas de todo opaís a se mudarem para o To-cantins, ressaltando que o es-tado dispõe de terras férteis ebaratas, com grande oferta deágua e apoio governamental.

– O empresário será recebidocom tapete vermelho – assegu-rou João Ribeiro.

O senador citou os municípi-os de Santa Rosa e Pedro Afon-so como exemplos da nova faseda agricultura do Tocantins,com grandes safras de soja, ar-roz e milho. Ele elogiou o tra-balho realizado nos últimosanos pelo Secretário de Agri-cultura, Raimundo Nonato Pi-res do Santos.

– Através da agricultura é quevamos tirar o país das dificul-dades que atravessa – afirmouo senador pelo Tocantins.

O senador Eduardo SiqueiraCampos (PSDB-TO) saudou osnovos secretários da Juventudeda prefeitura de Palmas, capi-tal do Tocantins, e do governodo estado. Conforme disse, Jo-ão Maurício Roriz e Márcia Bar-bosa darão continuidade a umasérie de projetos vitoriosos vol-tados aos jovens tocantinenses.

Eduardo lembrou que os doissecretários já assinaram convê-nios com a Justiça Eleitoral parao registro dos jovens com vis-tas à participação nas eleiçõesde outubro. Segundo ele, JoãoMaurício “estudou publicidadee tem o título de MBA (Masterin Business Administration) emmarketing político. O senadorressaltou também que o traba-

Eduardo saúdasecretários daJuventude no

Tocantins

lho desenvolvido pela prefeitu-ra de Palmas tem sido premia-do como reconhecimento doesforço na abordagem dasquestões do jovem.

O parlamentar sugeriu ao go-verno que adote políticas efe-tivas para o primeiro empregoe criação de vagas em univer-sidades, públicas e particula-res, para pessoas de baixa ren-da – que ele chamou de “cotasocial”. O critério, explicou, se-ria a renda, e não a raça.

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