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Capa PATAGÔNIA Pocket Guide Roteiros Especiais Distribuição gratuita

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Guia de viagem de parte da Patagonia Chilena e Argentina

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Page 1: Pocket Guide Patagonia

Capa

PatagôniaPocket guideRoteiros Especiais

Distribuição gratuita

Page 2: Pocket Guide Patagonia
Page 3: Pocket Guide Patagonia

Sobre os AutoresHá mais de 12 anos a paixão pelas viagens e pela nature-

za moveu a Família Müller a viajar pelo Brasil e pelo mundo em busca de aventura e ecoturismo, iniciando um traba-lho que além da diversão, tem como principais objetivos fortalecer laços familiares, comprometer as pessoas com a preservação da natureza e com o respeito pela diversidade cultural. Atualmente a Família Müller tornou-se referência no segmento de viagens em família devido à credibilidade conquistada com seu trabalho desenvolvido por meio de suas reportagens em revistas e sites, palestras e viagens ex-perimentais para grupos. Um dos livros editados pela família – Para onde nós vamos? Os roteiros de viagem da Família Müller, foi também o primeiro livro do mundo impresso em papel produzido a partir do resíduo plástico.

Atualmente a Família Müller é referência no segmento de viagens em família e a credibilidade deste trabalho atraiu a atenção da mídia sendo convidados a participar de progra-mas de entrevistas como o Programa do Jô, exibido pela rede Globo, Cidades e Soluções, comandado por André Trigueiro e exibido pelos canais Globo News e Futura, Good News, exibido pela RedeTV, entre outros, e mídias impressas como o jornal O Estado de São Paulo, Revista Istoé e Istoé Dinheiro.

Livros publicados• Para onde nós vamos? Os roteiros de viagem da Família

Muller

• Bem vindo a Florida! Guia para explorar o Sunshine State

“Convidamos você leitor a viajar conosco por esta série de Roteiros Especiais e descobrir em sua próxima viagem

alguns dos lugares mais fascinantes que tivemos a oportunidade de conhecer.”

Família Müller4

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Maciço Paine – Parque Nacional Torres del Paine

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Patagônia A Patagônia é uma região localizada no extremo

sul da América do Sul, que abrange parte da Argen-tina e do Chile. Um território virgem, pouco explo-rado e de poucos habitantes. Uma região riquíssima em recursos naturais e de uma beleza incomparável.

O nome “Patagônia” foi dado por Fernão de Magalhães. Uma das versões diz que os habitantes vestidos com peles, cabelos hirsutos e pintura no rosto, teriam lhe lembrado Patagón, monstro lite-rário, personagem de uma famosa novela medieval do século XVI, mas a versão mais aceita é a que o navegante teria ficado impressionado com o ta-manho das pegadas de um dos povos nativos, os Tehuelches, e inspirado o nome neste fato.

A região da Patagônia reúne lagos, rios, monta-nhas, vales e oceanos, numa sucessão de imponen-tes paisagens, um lugar único onde a natureza se manifesta em todo o seu esplendor.

Neste Pocket Guide, sugerimos um Roteiro Especial que inclui alguns dos destinos que compõe parte da Patagônia Argentina e Chilena, numa jorna-da emocionante pela região mais austral do planeta. Praia com icebergs – Glaciar Grey –

Parque Nacional Torres del Paine

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A viagemSe você tem tempo limitado para viajar por este ro-

teiro, o ideal é contratar uma agência que organize sua viagem: passagens aéreas, hotéis, traslados e passeios, pois isto vai facilitar bastante suas férias, minimizando o tempo gasto “in loco” para contratar estes servi-ços. Por outro lado, quem não tem nenhuma pressa, e tempo suficiente para “perder” pesquisando preços de passeios, hotéis e aéreo, pode vir a economizar algum dinheiro, realizando o roteiro “a seu modo”.

Não há vôos diretos a partir do Brasil para as ci-dades da Patagônia, é preciso fazer escalas em Bue-nos Aires (Argentina), ou Santiago (Chile). Neste ro-teiro, iniciamos a viagem entrando por Buenos Aires e seguindo para Ushuaia e retornamos ao Brasil via Santiago. Vale à pena passar pelo menos um dia em cada capital para conhecer ambas as cidades.

Melhor épocaAs estações do ano em ambos os países são em

épocas semelhantes as do Brasil. No verão (de de-zembro a meados de fevereiro), as temperaturas amenas, a possibilidade de avistar vários animais e

desfrutar da natureza atrai uma maior quantidade de turistas, com isto os preços sobem e nem sempre há lugares suficientes nos passeios contratados, é pre-ciso reservar tudo com antecedência. No outono já é bem mais frio, a paisagem muda de cor revelando as belas paisagens da estação. O feriado de Páscoa é muito importante para argentinos e chilenos mui-tos viajam nesta época para a Patagônia, o melhor é evitar este feriado, ou fazer reservas com o máxi-mo de antecedência possível. O inverno é bom para quem pretende esquiar e desfrutar da neve, muitos passeios não acontecem nesta época. A primavera é uma ótima opção, a estação de esqui de Ushuaia (Cerro Castor) normalmente fica aberta até a pri-meira quinzena de outubro e muitos dos passeios também reiniciam suas atividades nesta época.

DocumentosTanto na Argentina como no Chile a carteira de

identidade (RG) original (cópias ainda que autenti-cadas não são aceitas) basta como documento de identificação, no entanto, tenha atenção para que a sua foto seja correspondente à sua imagem atual, e também a dos seus filhos, não adianta fotos de

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bebês, quando seus filhos já passam do primeiro ano de vida, nestes casos, tire uma segunda via da cartei-ra de identidade, ou viaje mesmo com o passaporte.

Ainda no avião em direção à Argentina, você re-ceberá um formulário em duas vias a ser preen-chido que deverá ser entregue na imigração. Uma das cópias ficará retida com eles e outra com você, guarde-a em lugar seguro, pois deverá devolve-la ao sair da Argentina. Em caso de perda deste formulá-rio, para minimizar a questão, explique-se de uma maneira tímida e simplista, que deve tê-lo perdido, eles não aprovarão o seu descuido, mas fornecerão outro para que você preencha.

DinheiroArgentina: Peso - circulam notas de: 2, 5, 10,

20, 50 e 100 pesos. O dólar é bem aceito em to-dos os lugares turísticos, no entanto o ideal é que sempre leve um valor razoável de pessos com você para que não caia nas “armadilhas do câmbio”.

Chile: Peso – circulam notas de: 1000, 2000, 5000, 10.000 e 20.000 pesos. O dólar é aceito nos locais turísticos, mas o melhor é ter sempre pesos à mão.

Em ambos os casos, você pode trocar algum valor que chegue para o taxi, algumas refeições e gastos pequenos, ainda aqui no Brasil. Para levar quantias mais altas os cartões de débito interna-cionais são seguros e aceitos em todos os lugares turísticos. Os cartões de crédito também são bem aceitos, mas fique atento a taxa de IOF.

Para saber o valor do câmbio na época da sua viagem, consulte o site: www.xe.com

Na bagagemA região patagônica tem um clima inconstante,

no mesmo dia podem fazer temperaturas frias que se alternam com um sol ardido (raramente quente demais) e chuvas, por isto o melhor é estar sempre prevenido para não perder os melhores passeios por conta do tempo.

Na mala: uma jaqueta grossa impermeável (caso escolha o inverno para sua estada, ela deve ser apropriada para o esqui, assim como a calça), um ou dois fleeces: um mais pesado e outro leve (encontrados facilmente em lojas de aventura e lo-jas de marcas especializadas em esportes), camise-

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ta e calças térmicas (para usar debaixo das roupas, também encontradas em lojas de aventura e lojas de marcas especializadas em esportes), um bom corta vento, uma ou duas calças bermudas (aquelas que têm zíperes no meio das pernas), que são ver-sáteis, ou, calças confortáveis para as caminhadas, e que podem ser vestidas por cima da calça térmi-ca, boné, óculos de sol, protetor solar com alto fa-tor de proteção, protetor labial e importantíssimo: um adaptador com plug universal para carregar a bateria de câmeras e notebooks. Os vôos para a América do sul normalmente permitem um ou dois volumes que juntos pesem 23 Kg / por pessoa, mas fique atento, pois nos vôos internos (caso não com-pre todas as passagens a partir do Brasil) permitem apenas 20 Kg.

Fuso horárioA Argentina tem o mesmo horário do Brasil, já

o Chile está há uma hora a menos, mas antes de viajar é sempre bom consultar se algum dos países adotou “horário de verão”.

Shopping Ibirapuera | Morumbi Shopping | Shopping D&DShopping Villa-Lobos | Rua do Rocio, 250 | Shopping Bourbon

Shopping Vila Olímpia | Shopping Park São Caetano

www.andiamo.com.br

Um lugar reservado para saborear

Momentos Especiais

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Ushuaia - Argentina

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Aterrissar em Ushuaia é uma experiência inte-ressante. Pela minúscula janela do avião você se vê em meio a imensas montanhas, depois, mais monta-nhas, e nada de aeroporto! O piloto faz manobras de um lado para o outro e de repente você está deslizando pela pista, um alívio! E é exatamente aqui, pelo fim do mundo, que inicia esta jornada por um dos lados mais belos da Patagônia.

Por muitos anos relegada ao fim do mundo, Ushuaia hoje se aproveita deste título para atrair turistas que chegam até a cidade em busca de histó-ria, ecoturismo e aventura. Imaginamos que na épo-ca na qual a cidade era apenas “um presídio no fim do mundo”, aqueles que por aqui passaram talvez não tenham se dado conta das belezas naturais que envolvem esta região remota.

Ushuaia é um dos poucos lugares com o privilégio de reunir mar, montanhas e neve. Toda esta diversida-de tem um preço, a cidade é bem fria! Turistas desavi-sados muitas vezes são surpreendidos ao meio do dia com uma rajada de vento gelado, afinal Ushuaia está a pouco mais de mil quilômetros da Península Antártica, mas nem o clima instável desmerece a beleza e hospi-talidade da fascinante capital argentina da Terra do Fogo.

A cidadeCaminhar pela orla do porto, com vista para o

lendário Canal de Beagle, e perambular pela Calle San Martin, entre lojas, cafés, chocolaterias e restaurantes, são maneiras de explorar o lado urbano de Ushuaia. Também na San Martin se encontra o Centro de

Informações Turísticas, onde funcionários

muito atenciosos ajudam os turistas a organizar os

passeios em Ushuaia, e onde é possível carimbar seu

passaporte com a temática do Fim do Mundo.

Na imperdível visita ao Presídio e Museu Marítimo o passado, não tão glorioso da cida-de, está expresso em detalhes em dois dos cinco pavilhões do museu. Um deles ainda é mantido exatamente como na época de funcionamento do presídio, caminhando neste corredor triste e gela-do, você é literalmente envolvido no clima de deso-lação que reinava na “Maldita Cárcere de Ushuaia”.

Ushuaia é considerada uma das principais portas de entrada para a Antártida, daqui partem os navios que levam turistas e pesquisadores para o continen-te gelado, este atributo não poderia ficar de fora, para contar um pouco sobre as antigas expedições,

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o corredor superior de um dos pa-vilhões abriga o Museu Antárti-co. Já o Museu Marítimo, tam-bém dentro dos limites do presídio, mostra a evolução da construção naval durante os últimos cinco sé-culos, e conta por meio de maque-tes dos modelos das embarcações, a história das expedições que che-garam a Terra do Fogo. Figuras e fo-tos dos Yámanas, índios que viviam na região antes da chegada dos co-lonizadores europeus, também es-tão expostas neste pavilhão. Estes antigos habitantes usavam apenas uma tapa sexo para se vestir, numa região tão fria, encontraram no fogo uma opção para aquecerem--se. Contam os guias que quando Fernão de Magalhães chegou por aqui, avistou pequenas fogueiras por todos os lados, e por conta destas fogueiras dos Yámanas, nomeou a região de “Tierra del Fuego”. Orla do porto, com vista para o lendário Canal de Beagle

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Trem do Fim do Mundo A sua viagem no tempo não estará completa até

você embarcar no Trem do Fim do Mundo. A estação ferroviária mais austral do planeta está localizada a 8 km da cidade, e conta com um pequeno centro de visitantes e uma ótima cafeteria. O trem cruza cenários bucólicos e recantos históricos, adentran-do o Parque Nacional da Terra do Fogo, numa das paradas, na cascata Macarena, pode-se avistar uma réplica de um assentamento Yámanas.

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Parque Nacional da Terra do Fogo

O parque nacional mais austral do continen-te guarda paisagens e vistas de tirar o fôlego: la-gos, o mar, praias, florestas e montanhas nevadas, compõem um dos mais belos cenários naturais de Ushuaia. O parque localiza-se por volta de 11 km do centro e se a sua intenção é ter liberdade para caminhar pelas trilhas e curtir as melhores vistas, nossa dica é alugar um carro e passar o dia no par-que. Outra opção é contratar um transfer, várias empresas fazem o transporte para o parque de hora em hora a partir da cidade pela manhã e de volta do parque ao fim do dia.

Na portaria você paga o valor da entrada e re-cebe o mapa com as informações sobre as trilhas e atrativos, com ele em mãos, escolha as opções que mais lhe agradam e planeje seu dia. Antes de come-çar as caminhadas, passe no Centro de Visitantes e conheça a história que envolve o parque e esta região patagônica.

Em nossa visita ao parque, optamos começar pela Laguna Verde, depois caminhamos pela Senda Al

Mirador (mirante), que dá vista para a Baia Lapataia, descemos caminhando até o marco final da Ruta 3, e já no chamado “Circuito Lapataia”, seguimos pelo Paseo de la Isla, uma caminhada curta, mas não me-nos encantadora. Turistas portadores de limitações físicas, cadeirantes, ou idosos, podem também se-guir tranqüilos pelas passarelas de madeiras perfei-tamente integradas à natureza, e a partir dos miran-tes observar a belíssima paisagem.

Senda Costera uma boa caminhada

Esta trilha que margeia o Canal de Beagle é considerada uma das mais belas do parque. Sua extensão total é de 8 km, no entanto, não é preciso grande preparo físico para percorrê-la, já que a maior parte da caminhada é por terreno plano, mas leve com você um bom lanche e água. As paisagens são de tirar o fôlego! Picos nevados emolduram praias de águas cristalinas que se alternam nas cores verde, azul e turquesa. A água gélida não permite o banho, mas promove a conservação ambiental. Em algumas passagens a caminhada segue para dentro do bosque, verde e úmido. A trilha leva de um ponto a outro do parque, podendo ser percorrida com início na Bahia Ensenada até as proximidades do Lago Roca, ou vice-versa.

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Vista da Baía Lapataia - Parque Nacional Terra do Fogo

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Ainda no “Circuito Lapataia”, a Senda da Laguna

Negra também não apresenta dificuldade, por este motivo todas as excursões guiadas pelas agências locais trazem os turistas aqui, a trilha leva o turista a conhecer um pouco da vegetação do parque e ter-mina num lago de coloração escura, uma boa opção para quem pretende caminhar pouco.

Outra opção para belas vistas e curtas caminha-das: siga de carro até o Lago Roca e Lago Acigami, e antes de deixar o parque, caminhe pela Senda da Isla, praticamente isolada dos turistas, é uma trilha curta que circunda uma pequena ilha em meio ao lago.

A fauna no parque é composta de guanacos, rapo-sas vermelhas, castores canadenses e coelhos, com sorte você poderá avistá-los durante as caminhadas.

Parque Nacional Terra do Fogo - Paso da Isla

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Na cidade, algumas agências oferecem o passeio pelo parque a bordo de botes infláveis ou caiaques, uma opção diferente e prazerosa para aproveitar pelo menos parte do dia.

Dentro do parque há pouca estrutura de ali-mentação, perto das áreas de camping existem lan-chonetes, mas que nem sempre estão abertas, no Centro de Visitantes há um restaurante, nossa dica é carregar sempre algum lanche, petiscos, um cho-colate para esquentar, e água. Leve dinheiro, pois cartões de crédito não são aceitos em nenhum lu-gar comercial do parque, tampouco para o passeio no Trem do Fim do Mundo.

Parque Nacional Terra do Fogo – Senda da Isla

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Castores

No Centro de Visitantes soubemos que em 1946, 25 casais de castores americanos foram introduzidos na Tierra del Fuego com o objetivo de comercializar a pele do animal. Os castores encontraram um ambiente bastante favorável na região, bem semelhante ao seu hábitat natural e reproduziram-se rapidamente, pois não havia predadores, tampouco competidores naturais, tornando-os uma praga na região. Praga, não apenas pela grande quantidade de animais, mas pelos danos que causam ao ecossistema local. Para se alimentar, gastar os dentes e construir diques, eles cortam as árvores causando o desaparecimento dos bosques e represamento das águas, produzindo paisagens devastadoras.

Dentro do Parque Nacional a população de castores é controlada e o turista poderá observar o impacto produzido por estes animais percorrendo os 400m da Senda Castorera.

Castorera

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parada. O catamarã vira-se de todos os lados para que ninguém perca a oportunidade de fotografar os lobos marinhos dos melhores ângulos. Segunda para-da: Farol do Fim do Mundo, o último do lado argentino, antes do continente Antártico, por fim, an-tes de retornar, a parada é na Ilha dos Pássaros, habitada por uma imensa quantidade de cormoranes, que muitos pensam tratar-se de pingüins devido à semelhança das cores e tamanhos. Nós contratamos esta navegação com a Tolkeyen Patagônia, ou-tras agências na Calle San Martin e também nas pro-ximidades do porto, comercializam o mesmo passeio.

Navegações e excursões Os catamarãs que levam turistas para navegar

pelo Canal de Beagle partem do porto, em ponto! Por isto ao escolher participar de uma das navega-ções esteja preparado para ser pontual. A foto de Ushuaia que normalmente encontramos nas revistas, aparece na sua frente assim que você deixa o porto. A vista da cidade de construções coloridas emol-durada pelas montanhas nevadas e pelo mar, deste ponto, é bela! A excursão marítima navega pelo Ca-nal de Beagle até a Ilha dos Lobos, a primeira

Navegações – legenda: Cormorones e Farol do Fim do Mundo

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Ilha dos Lobos e Ilha dos Pássaros

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Para visitar a Pinguinera Martillo, a melhor opção, e fica aqui nossa dica, é com a agência Pira-tour, pois é a única com autorização que permite o desembarque na Ilha, onde é possível ficar bem pertinho dos pingüins. Incluindo também o trajeto de ônibus até a Estância Harberton, a mais antiga, da parte argentina da Terra do Fogo, onde é servido um chá com especialidades patagônicas aos turistas.

Pinguin de Magalhães

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Neve, muita neve!A temporada de esqui no Cerro Castor em

Ushuaia é uma das mais longas da América do Sul, normalmente chega a estender-se até a primeira quinzena de outubro. A estação, muito procurada por equipes de esquiadores e praticantes de todo mundo, possui uma das melhores neves esquiáveis deste lado do continente americano. A montanha abriga pistas para todos os níveis de esquiadores, os equipamentos e o teleférico são modernos e bem conservados. Também até meados de outubro, os diversos centros invernais localizados ao redor da cidade oferecem outras opções de diversão na neve, como por exemplo, o passeio em trenós puxados por cães.

Esqui

Se você nunca teve a oportunidade de esquiar, mas gostaria de experimentar este esporte, aproveite nossas dicas:

Reserve dois dias para ficar na montanha, pois apenas ao final do primeiro dia você realmente sentirá o gostinho de descer uma rampa sem cair.

Contrate uma aula de esqui, se puder, contrate o professor por duas horas para que ele possa lhe acompanhar nas primeiras descidas na rampa de treino.

Contrate as aulas e alugue o equipamento na loja no Cerro Castor. Com certeza é mais caro do que alugar na cidade, mas sem dúvida, extremamente mais compensador, pois caso haja qualquer problema com seu esqui, será facilmente resolvido (retornar à cidade para consertá-lo, levará mais que meio dia do tempo da sua viagem) , você poderá usufruir da aula já na montanha, o que facilita, e muito, o aprendizado e o aproveitamento. Caso vá esquiar por dois dias, como sugerimos, os seus esquis e botas ficarão reservados para você, já devidamente balanceados e ajustados para seu peso e altura.

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A pequena estação de esqui do Glaciar Martial fecha antes, mas aqui, o principal atra-tivo não é esquiar, e sim encarar a subida a pé, ou pelo teleférico e desfrutar da incrível vista de toda a cidade de Ushuaia e do Canal de Beagle. Não deixe de caminhar um pouco mais até a pri-meira vista do glaciar.

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Off-roadO passeio pelos lagos a bordo de veí-

culos 4X4 também é uma ótima opção tu-rística. Nós contratamos a agência Canal Fun, que oferece um roteiro exclusivo que passa pelo Lago Escondido e continua por uma parte mais deserta e belíssima do lago Fagnano. A aventura termina com uma cur-ta caminhada pela margem do lago até um pequeno rancho onde é servido um chur-rasco à moda portenha, acompanhado de vinho e do visual encantador do lago e das montanhas. Algumas raposas que ocupam a área aparecem em busca de comida e fa-zem a alegria de todos.

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Lago Fagnano

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De Ushuaia à Punta Arenas

Navio Via Australis

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Seguindo o roteiro neste lado da Patagônia, dei-xamos a Argentina e partiremos para o Chile. Você pode pegar um vôo partindo de Ushuaia para Punta Arenas, já no Chile, ou navegar....

Navegar pelos fiordes patagônicos sempre foi um sonho. As histórias contadas em livros por grandes aventureiros que navegaram por aqui, as reportagens de viagens, sempre foram uma fonte de inspiração, “um dia vamos lá”, pensava constan-temente ao ler estes relatos. A bordo do navio Via Australis, vimos o sonho transformar-se em re-alidade, navegando por três noites de Ushuaia até Punta Arenas no Chile.

O Via Australis não é um navio transatlântico como os que cruzam os mares brasileiros, ou caribenhos, a proposta desta navegação é bem diferente e inspira-dora. Durante a navegação estão incluídos na progra-mação: palestras, documentários e filmes que retra-tam a flora, a fauna, a cultura e histórias da Patagônia, o complemento ideal para os passeios.

A cabine muito confortável e o balanço do mar embalam o sono, mas a expectativa do pas-seio da manhã tira da cama bem cedinho os turis-tas aventureiros. Primeira parada: Cabo Horn.

É aqui que desembarcamos em pequenos botes (os zodiacs), para chegar ao ponto mais meridio-nal da América do Sul, encontro entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

A caminhada até o monumento é íngreme, che-gar aqui é um privilégio, grandes navegadores mor-reram lutando contra a forte correnteza, tempesta-des, grandes ondas e ventos que imperam no Mar de Drake, o monumento foi erguido em home-nagem e memória destes desbravadores. A família que vive na ilha pelo período de um ano, pois a cada

Cabo Horn

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Page 28: Pocket Guide Patagonia

ano uma família diferente a ocupa, orienta os navios e cuida do farol e, entre outras funções, recebe os turistas com simpatia e alegria.

O próximo desembarque, ainda no mesmo dia, é na Baía Wulaia, um dos maiores assentamentos dos Yámanas na região. Um pequeno museu conta toda a história deste povo e também do desem-barque de Charles Darwin, e do capitão Fitz

Roy neste lugar, durante a viagem a bordo do

HMS Beagle. Aqui o grupo se divide: ou seguem

por uma caminhada até um mirante pelo bosque

de Magalhães, de onde se avista toda a baía, ou por

uma curta trilha pela praia. Ao final do programa,

antes do embarque, os grupos se encontram na

praia para tomar um chocolate quente, que é muito

bem-vindo!

Baía Wulaia

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Na segunda noite no navio, adentramos a “Avenida das Geleiras”, como é chamado o conjunto de glaciares batizados com nome de al-guns países. Em nossa viagem. perto das 23h, os passageiros ainda acordados tiveram o privilégio de avistar uma das mais belas paisagens de toda a navegação: abaixo da luz da lua cheia, as montanhas nevadas e, entre elas o majestoso Glaciar Itália, des-cendo prateado até o mar.

Glaciar Itália à luz da Lua

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Nós que vivemos no lado tropical da América do Sul, dificilmente fazemos idéia do que significa fisicamente um glaciar. Ouvimos dizer, olhamos algumas fotos, mas nada se compara à visão de um glaciar bem de pertinho, é uma experiência sem proporção. Os zodiacs (botes) que partem do Via Australis, navegando pelo Fiorde Alaka-luf, seguem na direção dos glaciares Piloto e

Nena, no caminho cascatas de degelo descem montanha à baixo desaguando do mar. Em menos de dez minutos começa-se a avistar uma pequena parte do glaciar Piloto, uma visão emocionante! Logo o motor do zodiac diminui a velocidade e

para de frente para os dois glaciares: à frente, o

glaciar Nena, o mar congelado evitou que o bote

chegasse mais perto. À esquerda, a imponência do

Zodiacs

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Page 31: Pocket Guide Patagonia

glaciar Piloto, com sucessivas camadas de neve e

gelo que deslizam até o mar, a imensa massa gela-

da alterna sua cor originalmente branca com um

azul intenso ao receber a luz do sol, privilégio dos

glaciares mais antigos, normalmente os que pas-

sam dos mil anos.

Um dos desembarques mais esperados por

quem viaja a bordo do Via Astralis é na Ilha

Magdalena, o motivo: pingüins!

Logo nas primeiras horas da manhã, os turis-tas embarcam nos zodiacs, em direção à ilha. Foi muito interessante observar a reação das pessoas: havia uma agitação no bote, todos se esticando para cá e para lá, movendo as cabeças, até que alguém falou: “Já estou vendo!” pronto, aí foi! To-dos queriam ver os pingüins dali mesmo! Os guias pediam insistentes para que “todos permaneces-

sem sentados até a parada total do bote”, pediam para segurarmos a ansiedade, pois logo estaría-mos bem pertinho dos pingüins. Antes de des-cer, as recomendações: estávamos “invadindo” o ambiente natural destes animais, que nesta época (outubro) estão cavando seus ninhos, enfeitando-os

Glaciar Nena

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Page 32: Pocket Guide Patagonia

Isla Magdalena – Pinguinera

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Page 33: Pocket Guide Patagonia

e aguardando pelas fêmeas, que os reconhecem pelo canto, uma linda história de amor! Mais: de-vemos caminhar devagar, não podemos tocá-los, muito menos invadir seu espaço, o corredor por onde caminharíamos é delimitado para que pos-samos respeitar os ninhos. Ok, estamos prontos! Um a um deixamos o bote, abaixo do pequeno píer por onde desembarcamos, muitos pingüins de Magalhães nadando, cantando, andando, uma vi-são singular! A trilha demarcada segue até o farol da ilha, que abriga um pequeno museu com fotos, histórias e mapas, mas o tempo para chegar até ele foi bem maior do que o esperado para a cur-ta caminhada. Isto, porque a cada passo não ha-via ninguém que não parasse para tirar uma foto, inúmeras fotos! Justificadas, não é sempre que se tem a oportunidade de ficar tão pertinho destas encantadoras aves!

O próximo desembarque que se dá no porto

de Punta Arenas encerra a viagem à bordo do Via

Australis.

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Page 34: Pocket Guide Patagonia

Punta Arenas

Orla de Punta Arenas – Antigo Píer e restos da Fragata inglesa Lord Lonsdale

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Page 35: Pocket Guide Patagonia

A passagem por Punta Arenas não pode ser em branco. Vale à pena hospedar-se na cidade por pelo menos duas noites. A capital da região de Magalhães é a principal da Patagônia Chilena. A cidade está si-tuada às margens do Estreito de Magalhães, e foi o mais importante porto de navegação entre os Oce-anos Atlântico e Pacífico até a abertura do Canal do Panamá.

Punta Arenas foi fundada e povoada por imi-grantes europeus, estima-se que a maior parte da população seja descendente de croatas, a cidade in-clusive conta com um monumento em homenagem a estes imigrantes.

A arquitetura do centro histórico reflete a in-fluência europeia nas chamadas “Casas Patri-moniales”, casarões e edifícios antigos que foram restaurandos, localizados principalmente em volta da Plaza de Armas, ou Plaza Muñoz Game-ro. É aqui também que está o famoso monumento erguido em homenagem a Fernão de Magalhães. Diz a cultura local que quem passa a mão, ou beija os pés do índio selknam que compõe a escultura, vai voltar à Patagônia. Pelo jeito, a maior parte dos turistas Monumento erguido em

homenagem a Fernão de Magalhães

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Page 36: Pocket Guide Patagonia

pretende retornar, a cor do pé do índio destoa do restante da estátua devido ao desgaste causado pelas mãos de todos que passam por ali. Na praça também está localizado um quiosque vitoriano datado de 1912 onde funciona o Cen-tro de Informações Turísticas.

Passear pela orla marítima, a apenas três quadras da praça, é muito agradável, uma série de estátuas re-ferentes à Patagônia e ao Estreito de Magalhães enfeita o limite com o mar. Os píers do antigo porto ficam reple-tos de barulhentas aves e formam be-las vistas com os navios ao fundo. Ao lado sul estão os restos da fragata in-glesa Lord Lonsdale e o Parque María Behety.

Outro atrativo imperdível é o Museu Salesiano, um dos mais importantes museus da Patagônia, criado em 1893 por missionários. O acervo conta com quatro andares de exposição que inclue a his-tória, religião, missões, etnografia, fauna, Museu Salesiano

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Page 37: Pocket Guide Patagonia

flora, mineralogia, aviação, paleontologia, indústria e comércio da Região Magalhânica.

O cemitério da cidade também é considerado um atrativo turístico, entre as tumbas e monumen-tos, o paisagismo com árvores podadas em forma cones, compõem um visual bem diferente, forman-do um belo jardim fúnebre.

Punta Arenas possui uma Zona Franca onde é possível fazer compras com isenção de impostos. Não a visite na esperança em encontrar produtos e preços como os do Paraguai ou Estados Unidos, é bem diferente, mas vale dar uma parada por aqui, informe-se no seu hotel para saber como chegar utilizando os serviços dos “taxis coletivos”.

Cemitério

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Parque Nacional Torres Del Paine

Maciço Paine

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Partindo de Punta Arenas, são quase cinco

horas de viagem até o parque. Pela janela da van

que faz o traslado a partir do porto, do aeropor-

to ou hotel da cidade, a paisagem começa monó-

tona, fazendas, campos, nada de muito especial.

Passando a cidade de Puerto Natales, tudo

muda: a estrada não é mais asfaltada, a paisagem

monótona se transforma aos poucos numa su-

cessão de montanhas, maciços nevados, lagos

azuis e verdes, emoldurados pelo céu e pela bela

vegetação patagônica.

Ficar hospedado dentro do parque é a melhor das opções. Uma delas leva você aos refúgios, ba-ratos, mas desconfortáveis, principalmente se você não é mais um jovem e viaja com a família, há tam-bém hosterias. A melhor opção é instalar-se confor-tavelmente num hotel 5 estrelas e assistir ao nascer do sol com vista para o maciço Paine, da cama, pela imensa janela da sua suíte. É caro? Sim. Mas o hotel Explora, vale cada centavo! Isto somado a ficar próximo de todas as trilhas e belezas naturais do parque, ao sistema all incluse, guias experientes, SPA pós-caminhada, ou cavalgada, palestras e o contato

com gente do mundo inteiro, é uma daquelas “coi-sas na vida que não tem preço!”

Há também outras opções de hospedagem em

Puerto Natales, ou nos arredores do parque em

bons hotéis, os mais estruturados incluem os pas-

seios no parque, alimentação e traslados.

Senda dos Aonikenk

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O Parque Nacional Torres del Paine é um dos lugares mais lindos do mundo! Não apenas na opinião da pesquisa internacional de turismo ecoló-gico realizada nos anos 90, mas de todos que ali es-tavam compartilhando conosco desta viagem, gente que viaja pelos cinco continentes.

Às 23 horas já não há mais nenhum turista cir-culando pelos hotéis, as atividades começam bem cedo. No Hotel Explora Salto Chico, todos os dias, às 19h00 os hóspedes se reúnem no bar com os guias para organizar as caminhadas, ou caval-gadas, do dia seguinte. Há muitas opções dentro do parque, o Explora oferece caminhadas de dia inteiro, com direito a piquenique, ou de meio dia, quando voltamos para almoçar no hotel. Os guias conhecem cada trilha como a palma das mãos, isto faz com que analisem seu perfil e indiquem às melhores opções, desta forma, sua experiência será sempre positiva. “Experiência”. É esta mesmo a palavra que faz jus aos dias nos quais explora-mos o parque.

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O Glaciar GreyNormalmente há duas expedições que partem

com objetivo de avistar o famoso Glaciar Grey: por uma caminhada de 12 km, que o leva até bem perto do glaciar, de onde você pega um barco e vai até sua base, voltando pela praia, ou, para os menos dispos-tos, uma travessia de barco e uma caminhada curta até a praia de onde se avista, de longe, o glaciar. Ainda uma outra opção, que exige uma pré-reserva, leva o turista de barco da praia às proximidades do glaciar. Sem titubear, ficamos com a caminhada. A maioria dos turistas optam por caminhar. Com os outros hóspedes do hotel Explora, fomos divi-didos em grupos, cada grupo, de no máximo oito pessoas, acompanhado por um guia. A caminhada não requer grande esforço. As vistas são espetacu-lares, num dos mirantes surge à primeira vista do Glaciar Grey.Enorme! Aceleramos o passo, pois o barco que nos levaria próximo a geleira, deixa o píer às 13h00. Pontualmente embarcamos em di-reção ao glaciar, navegar entre os icebergs requer prática, principalmente se for um barco relativa-mente pequeno. Manobras para todos os lados e em pouco tempo, estávamos aos pés do Glaciar

Grey. As visões que tivemos dos glaciares a bordo do Via Australis foram apenas um aperitivo compra-dos a grandeza do Grey. Majestoso, quase tão azul quanto o céu! Enquanto nos amontoávamos para tirar as melhores fotos, integrantes da tripulação nos ofereciam whisky ou pisco sour (uma bebida típica do Chile e do Peru) com pedras de gelo que se soltaram do glaciar. Este gelo leva mais tempo para derreter, devido à compactação, mantendo por mais tempo o sabor e o malte da bebida. Juntos, brindamos o momento! A navegação agora segue entre grandes icebergs até a praia, onde ficaram “os menos dispostos”...

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Muita aventura em um rio emocionante para prática de rafting.

Gestão naÁrea de Turismo

OTA 0002Diferenciais PróximAventura Canoar

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EIRAS DE CLASSE

III a IV(IV+)

• Atividades lúdicas durante a descida (maior tempo no rio).• Toda segurança da empresa pioneira em rafting no Brasil e em Socorro, certificada ABNT/INMETRO.

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Primeira visão do Glaciar Grey

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A trilha que segue até a base das torres é puxada! São por volta de 18 quilôme-tros percorridos em terreno acidentado, é preciso um bom preparo físico para encarar a caminhada. O grupo enfrenta longas subidas, ventos fortes e antes de chegar à base das tor-res, a parte mais difícil: a subida pela morena – acumulação de pedras e barro. Inesperada-mente, as três gigantes torres de granito surgem à sua frente, abaixo delas, um lago azul es-verdeado, formado pelas águas que derretem dos glaciares. O conjunto é, sem dúvida, um dos lugares mais formosos da Ter-ra! Neste momento, ninguém se lembra do esforço que foi chegar até ali.

Trilha para base das Torres

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Caminhadas, cavalgadas e o churrasco no Quincho

São muitas as opções para explorar o parque, 250 km de trilhas demarca-das. O objetivo principal de quem ca-minha, ou cavalga por elas, é admirar o conjunto de beleza e diversidade na-turais. Lagos, rios, cachoeiras, geleiras, florestas, plantas, os animais e os maci-ços graníticos, logo você vai notar que aqui, a natureza está sempre em movi-mento. Este fato se vê da forma mais simples nas nuvens que a cada minuto vão e vem, cobrindo e descobrindo os maciços que compõe a imponente cor-dilheira Paine: os Cuernos del Paine, que possui pontas retorcidas, os mais altos que são o Paine Grande e o Cer-ro Fortaleza, ambos com mais de 3.000 metros de altitude, e as Torres del Pai-ne, que tem formato de três grandes “torres”, este, o maciço que deu nome ao parque.

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O nome Paine, tem origem indígena e significa azul,

isto porque, em alguns momentos nos dias de sol, os

maciços, vistos de um ângulo específico, destacam-se

com uma coloração azulada.

A caminhada ao mirante do Lago Nordenskjold,

é leve e fácil, apenas 6 km, praticamente planos. Uma óti-

ma opção para quem não tem nenhum preparo físico,

nem por isto é menos interessante. A trilha segue a mar-

gem do Lago Pehoé, com vista para o maciço. A primeira

parada é no Salto Grande, uma queda d’água de cor verde

azulada formada pelo lago, paramos também na praia for-

mada pelo Pehoé e depois seguimos direto ao mirante.

O Lago Nordenskjold, com suas águas verdes esmeralda

estende-se abaixo do maciço, um cenário espetacular!

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O Sarmiento é o maior lago do parque. O per-curso da caminhada que leva à suas margens, é de apenas 4 quilômetros, aqui também não é preciso nenhum preparo físico para percorrer a trilha. A ve-getação é mais densa e bonita, muitas aves circulam ao nosso redor e a vista do maciço Paine acompanha toda a caminhada. A primeira visão do lago aparece logo no início. Suas águas, de um azul intenso, são margeadas por trombolitos, uma formação de carbo-nato cálcio que confere ao lago uma beleza especial.

A caminhada pela Senda dos Aonikenk per-corre 7,5 quilômetros. Nesta trilha há oportunidade de avistar animais que compõe fauna do parque, já na entrada avistamos um guanaco, ficamos em silên-cio e chegamos bem perto para tirar algumas fotos,

o incrível é que parece que os animais pousam para os turistas. Conforme você adentra a trilha, mana-das de guanacos aparecem à sua frente, sacamos as câmeras, e realmente parecia que todos eles têm mesmo uma tendência para “modelo”. Brincadeiras à parte, além das fotos, o objetivo da caminhada, é observar como se comportam estes animais neste ambiente. Encontramos ossadas de guanacos, uma delas, bem fesquinha, este, teria sido atacado por um puma possivelmente na noite anterior, a lei do mais forte mantém o equilíbrio natural neste complexo ecossistema. Uma raposa bebe água no lago e nos observa de longe. A trilha prossegue por espaços abertos com vistas panorâmicas até chegar às pare-des rochosas que guardam inscrições rupestres dos Aonikenk, habitantes primitivos desta região.

Lago Sarmiento

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Há muitas opções para quem gosta de caval-gar, para iniciantes e também para quem já tem experiência e prefere uma cavalgada mais intensa. Existem alguns estábulos que atendem a todos os turistas do parque. A partir do estábulo do Explo-ra, escolhemos o roteiro da Laguna Linda. De-pois de devidamente equipados com capacetes e polainas, partimos. Nas duas horas que cavalgamos em direção ao norte, atravessando lagos e pampas, avistamos a cordilheira Paine, a Lagoa Negra e che-gamos à Lagoa Linda, na volta ao estábulo, passa-mos pelas escarpas de morros rodeados de árvores queimadas, uma paisagem bucólica, que combina bem com a cavalgada. Fizemos também a cavalga-da no Quincho, onde o atrativo é percorrer flo-restas de lenga (árvores típicas do Chile), avistar o morro Nido de Condores, passar às margens do Rio de las Chinas, e na maior parte da cavalgada, estar de frente para a vista do maciço das Torres del Paine.

Por onde quer que você ande, dentro do parque, a visão dos maciços da cordilheira Paine são sua mais constante companhia, sempre avistados de di-ferentes ângulos, o que intensifica toda a sua beleza.

No último dia, dos quatro que a maior parte dos hóspedes fica no hotel, todos se reúnem para um

churrasco no Quincho (uma espécie de ran-cho) do Explora, para uma grande confraterniza-ção. O cordeiro preparado à moda patagônica é a grande vedete do churrasco, mas não faltam opções para quem não come carne, ou prefere um fran-go, ou um peixe. O lugar fica exatamente de frente para o maciço das torres. Muitos do grupo ainda não tinham tido a oportunidade de avistá-las, assim, o melhor lugar para tirar fotos e fazer vídeos era bem disputado. Já ouvimos falar muitas vezes que a comida une os povos, nada mais verdadeiro. Ali se juntaram cristãos, árabes, judeus, ateus, e gente dos cinco continentes, todos compartilhando o mesmo espaço, trocando gentilezas e experiências, e cla-ro, aproveitando as delícias da culinária patagônica. Cena de um mundo ideal!

As atividades no Parque Torres del Paine são intensas e extremamente gratificantes. Não há uma trilha ou lugar no qual você não se emo-ciona com as vistas alucinantes que a natureza produziu por aqui. Chega a ser difícil saber para onde olhar. E sem dúvida a experiência desta via-gem vai nos acompanhar por muito tempo, nos dando bons motivos para voltar à rotina com “outros olhos”.

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Cavalgada – Torres del Paine

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Para terminar...A Patagônia é um destino para aqueles que de-

sejam mais do que uma simples viagem, é um lugar feito sob medida para viver experiências intensas e marcantes, rodeado de muita história, cultura e de uma das mais belas diversidades naturais do planeta. A melhor época para usufruir da maior parte dos atrativos, é de início de outubro a início de maio, algumas atividades encerram-se em abril, assim, an-tes de partir para o paraíso, informe-se sobre tudo o que pretende fazer por lá. A certeza, é que esta viagem vai superar todas as suas expectativas!

Nossas sugestões de hospedagem e restaurantes:

USHUAIA

Onde ficar:

CILENE DEL FARO Suites & Spawww.cilenedelfaro.com

HOSTERIA ROSA DE LOS VIENTOS www.hrosadelosvientos.com.ar

BED & BREACKFAST LA CASA DE TEREwww.lacasadetere.com.ar

Onde comer

RESTAURANTE TIA ELVIRA

www.tiaelvira.com

GUSTINO RESTAURANTE

www.gustino.com.ar

MARIA LOLA RESTO

www.marialolaresto.com.ar

UN LUGAR – EMPANADAS DELIVERY

Gdor Deloqui, 415 - Tel: 02901 42468

TRAVESSIA MARÍTIMA USHUAIA – PUNTA ARENAS

CRUCEROS AUTRALIS

Todas as informações sobre as rotas dos navios

Australis estão no site:

www.australis.com

PUNTA ARENAS

HOTEL PLAZA

www.hotelplaza.cl

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TORRES DEL PAINE

EXPLORA PATAGÔNIA – SALTO CHICO

Reservas no Brasil: 11 3805 3726

www.explora.com

Para outras opções consulte os sites das Secretarias de Turismo:

Ushuaia: www.turismoushuaia.com

Punta Arenas: www.welcomechile.com/puntaarenas/

Puerto Natales: Porta de entrada para o Parque Nacional Torres del Paine.

www.torresdelpaine.com

Sites úteis:Para consultar comentários sobre hotéis, passeios e

restaurantes:www. Tripadivisor.com.br

Para consultar a previsão do tempo:www.yr.nowww.accuweather.com

Família Müller: www.familiamuller.com.br

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