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NEWS SEXTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2011 PME ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA A ANUBISNETWORKS, empresa por- tuguesa especialista em soluções de se- gurança IT, para Internet Service Pro- viders, operadores de telecomunicações e empresas, está a abrir o seu segundo escritório no Reino Unido em Reading, concretizando mais um passo na sua estratégia de internacionalização. O primeiro escritório da AnubisNet- works no Reino Unido foi aberto em 2010, seguindo-se a entrada na Alema- nha e em Espanha. “Prevemos que num futuro próximo possamos continuar a aumentar a nossa presença interna- cional”, afirmou ao PME NEWS, o CEO da AnubisNetworks, Francisco Fonseca. Líder de mercado em segurança informática de correio electrónico em Portugal, a AnubisNetworks conquis- tou o seu primeiro grande cliente inter- nacional, um operador global de teleco- municações móveis com mais de 120.000 colaboradores, em 2009. Este negócio tornou imperativo a conquista de novos mercados, permitindo acom- Anubis expande no Reino Unido CGD lança instrumentos de apoio às exportadoras A CAIXA Geral de Depósitos (CGD) está a apoiar as empresas com vocação exportadora, “como factor decisivo de sustentabilidade para o tecido empre- sarial nacional e para a economia do País”, salientou ao PME NEWS fonte oficial da instituição. O acesso a créditos documentários e remessas documentárias de exporta- ção é um dos mais importantes instru- mentos disponibilizados pelo banco público e visa “reforçar a segurança das operações, reduzindo-lhes a mar- gem de desvio e risco”. No primeiro caso, garante-se “o bom pagamento ao exportador” com condi- ções especiais em África (PALOP) e Ásia (China). Em ambos os casos, “poderão antecipar-se receitas de exportação – com menores prazos de recebimento e maior possibilidade de fundos para novas exportações”. Paralelamente, a Caixa promove um conjunto de acordos e linhas conces- sionais que visam apoiar a exportação nacional de bens de capital e serviços para mercados emergentes ou em vias de desenvolvimento, integrando-as nos planos de desenvolvimento local e ga- rantias partilhadas com os seus respec- tivos Estados – nomeadamente em projectos de infra-estruturas. Também com “claro efeito na contenção do risco”, a CGD celebrou acordos com instituições supranacionais em mer- cados de risco mais elevado. Em alternativa, a empresa pode ainda recorrer às linhas Trade Finance (com abertura de cartas de crédito ao importador, orientam-se para a expor- tação de mercadorias e permitem eli- minar o risco de recebimento, bem co- mo proceder ao adiantamento das car- tas de crédito) que lhe permitem nego- ciar condições de pagamento com for- necedores ao mesmo tempo que garan- tem o total recebimento das suas exportações – não só para África, como também para a Ásia; América, Europa Central e Europa Oriental. Como forma de atender à exposição às mudanças das taxas de câmbio e taxas de juro locais, a Caixa disponibi- liza igualmente garantias e avales ban- cários na ordem externa. A Caixa está presente em 23 países, que são responsáveis por cerca de 80% das exportações nacionais. A sua rede de 450 agências é reforçada por um vasto conjunto de acordos multilate- rais com bancos supranacionais como o BEI, BERD, IFC, KFW e CEB. FIBERSENSING Esta PME portuguesa vai fornecer a sua tecnologia de sensores de Bragg em fibra óptica ao projecto internacional ITER Pág. V EMPREENDEDORES Conheça os negócios das start ups Sakprojecto, Korange e Waydip, vencedoras da 2º edição do concurso da Associação Industrial da Região de Viseu Pág. x e XII ENTREVISTA O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola defende que é impor- tante que as marcas portuguesas se “espanholizem” ou se internacionalizem ao máximo e que os produtos e serviços oferecidos ao mercado espanhol representem um valor acrescentado claramente perceptível em Espanha Págs. VI e VII Enrique Santos A DESIGNER Vanda Amor junto da cadeira porta-bebés “Bilby”, desenhada pela Grandesign para a marca Polisport. Este acessório inovador está a ser comercializado por esta PME por- tuguesa em vários países, entre os quais França, Alemanha, Suécia e Japão. Foto DR INOVAÇÃO: Polisport internacionaliza cadeirinha “Bilby” INTERNACIONALIZAÇÃO A PROMOÇÃO de uma incubadora de empresas regional e multissectorial constitui um dos projectos prioritários da nova direcção da Associação Empre- sarial do Baixo Ave (AEBA), cuja estra- tégia passa igualmente por uma “forte aposta na consultoria e formação”. A direcção da AEBA, presidida por Manuel Pontes (Coveni), inclui conhe- cidos empresários portugueses, com realce para Luís Portela (BIAL), Filipe Vila Nova (Salsa Jeans), José Manuel Fernandes (FREZITE) e Pedro Silva (Ri- con). A criação da incubadora insere-se no objectivo estratégico de “reforço da competitividade do tecido empresarial do Baixo Ave, criando mecanismos de suporte para as empresas competirem no mercado global”. A AEBA foi constituída em 2000 por um conjunto de 17 empresários, tendo vindo a assumir uma importância crescente na região. Actualmente, reúne mais de meia centena de empresas, tendo registado um volume de negócios superior a dois milhões de euros em 2010. Empresários do Baixo Ave projectam incubadora INTERNACIONALIZAÇÃO panhar o crescimento Internacional da empresa. “A conquista deste negócio foi funda- mental para se avançar com a estratégia de internacionalização da AnubisNet- works. A consolidação da nossa presença no mercado português e o facto de ofere- cermos soluções tecnológicas a nível global, leva-nos a enveredar por uma es- tratégia de internacionalização para vá- rios países”, salienta Francisco Fonseca. O reconhecimento desta bem sucedida estratégia de internacionalização veio recentemente, com a atribuição do prémio ‘Business Internationalisation Award’, entregue pelo UK Trade & Investment. A AnubisNetworks foi fundada em 2006 e é uma empresa privada de capital nacional, que surgiu pelas mãos de espe- cialistas em segurança informática e serviços de correio electrónico. Tem como missão contribuir para tornar a Internet um local seguro para estar e comunicar. Entre os seus principais accionistas encontram-se o grupo de pro- motores e a InovCapital. Especial SOLUÇÕES DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA Pág. VIII PUB

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NEWSSEXTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2011

PMEESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA

A ANUBISNETWORKS, empresa por-tuguesa especialista em soluções de se-gurança IT, para Internet Service Pro-viders, operadores de telecomunicaçõese empresas, está a abrir o seu segundoescritório no Reino Unido em Reading,concretizando mais um passo na suaestratégia de internacionalização.

O primeiro escritório da AnubisNet-works no Reino Unido foi aberto em2010, seguindo-se a entrada na Alema-nha e em Espanha. “Prevemos que numfuturo próximo possamos continuar aaumentar a nossa presença interna-cional”, afirmou ao PME NEWS, o CEOda AnubisNetworks, Francisco Fonseca.

Líder de mercado em segurançainformática de correio electrónico emPortugal, a AnubisNetworks conquis-tou o seu primeiro grande cliente inter-nacional, um operador global de teleco-municações móveis com mais de120.000 colaboradores, em 2009. Estenegócio tornou imperativo a conquistade novos mercados, permitindo acom-

Anubisexpandeno Reino Unido

CGD lança instrumentos de apoio às exportadorasA CAIXA Geral de Depósitos (CGD) estáa apoiar as empresas com vocaçãoexportadora, “como factor decisivo desustentabilidade para o tecido empre-sarial nacional e para a economia doPaís”, salientou ao PME NEWS fonteoficial da instituição.

O acesso a créditos documentários eremessas documentárias de exporta-ção é um dos mais importantes instru-mentos disponibilizados pelo bancopúblico e visa “reforçar a segurançadas operações, reduzindo-lhes a mar-gem de desvio e risco”.

No primeiro caso, garante-se “o bompagamento ao exportador” com condi-ções especiais em África (PALOP) e Ásia(China). Em ambos os casos, “poderãoantecipar-se receitas de exportação –com menores prazos de recebimento emaior possibilidade de fundos paranovas exportações”.

Paralelamente, a Caixa promove umconjunto de acordos e linhas conces-sionais que visam apoiar a exportaçãonacional de bens de capital e serviçospara mercados emergentes ou em viasde desenvolvimento, integrando-as nosplanos de desenvolvimento local e ga-rantias partilhadas com os seus respec-

tivos Estados – nomeadamente emprojectos de infra-estruturas. Tambémcom “claro efeito na contenção dorisco”, a CGD celebrou acordos cominstituições supranacionais em mer-cados de risco mais elevado.

Em alternativa, a empresa podeainda recorrer às linhas Trade Finance(com abertura de cartas de crédito aoimportador, orientam-se para a expor-tação de mercadorias e permitem eli-minar o risco de recebimento, bem co-mo proceder ao adiantamento das car-tas de crédito) que lhe permitem nego-ciar condições de pagamento com for-necedores ao mesmo tempo que garan-

tem o total recebimento das suasexportações – não só para África,como também para a Ásia; América,Europa Central e Europa Oriental.

Como forma de atender à exposiçãoàs mudanças das taxas de câmbio etaxas de juro locais, a Caixa disponibi-liza igualmente garantias e avales ban-cários na ordem externa.

A Caixa está presente em 23 países,que são responsáveis por cerca de 80%das exportações nacionais. A sua redede 450 agências é reforçada por umvasto conjunto de acordos multilate-rais com bancos supranacionais comoo BEI, BERD, IFC, KFW e CEB.

FIBERSENSINGEsta PME portuguesa vaifornecer a sua tecnologiade sensores de Bragg emfibra óptica ao projectointernacional ITER Pág. V

EMPREENDEDORESConheça os negócios dasstart ups Sakprojecto,Korange e Waydip,vencedoras da 2º ediçãodo concurso daAssociação Industrial daRegião de Viseu

Pág. x e XII

ENTREVISTA

O presidente da Câmarade Comércio e IndústriaLuso-Espanholadefende que é impor-tante que as marcasportuguesas se“espanholizem” ou seinternacionalizem aomáximo e que osprodutos e serviçosoferecidos ao mercadoespanhol representemum valor acrescentadoclaramente perceptívelem Espanha

Págs. VI e VII

Enrique Santos

A DESIGNER Vanda Amor junto da cadeira porta-bebés “Bilby”, desenhada pela Grandesignpara a marca Polisport. Este acessório inovador está a ser comercializado por esta PME por-tuguesa em vários países, entre os quais França, Alemanha, Suécia e Japão. Foto DR

INOVAÇÃO: Polisport internacionaliza cadeirinha “Bilby”

INTERNACIONALIZAÇÃO

A PROMOÇÃO de uma incubadora deempresas regional e multissectorialconstitui um dos projectos prioritáriosda nova direcção da Associação Empre-sarial do Baixo Ave (AEBA), cuja estra-tégia passa igualmente por uma “forteaposta na consultoria e formação”.

A direcção da AEBA, presidida porManuel Pontes (Coveni), inclui conhe-cidos empresários portugueses, comrealce para Luís Portela (BIAL), FilipeVila Nova (Salsa Jeans), José ManuelFernandes (FREZITE) e Pedro Silva (Ri-con).

A criação da incubadora insere-se noobjectivo estratégico de “reforço dacompetitividade do tecido empresarialdo Baixo Ave, criando mecanismos desuporte para as empresas competiremno mercado global”.

A AEBA foi constituída em 2000 por

um conjunto de 17 empresários, tendovindo a assumir uma importânciacrescente na região.

Actualmente, reúne mais de meiacentena de empresas, tendo registadoum volume de negócios superior a doismilhões de euros em 2010.

Empresários do Baixo Ave projectam incubadora

INTERNACIONALIZAÇÃO

panhar o crescimento Internacional daempresa.

“A conquista deste negócio foi funda-mental para se avançar com a estratégiade internacionalização da AnubisNet-works. A consolidação da nossa presençano mercado português e o facto de ofere-cermos soluções tecnológicas a nívelglobal, leva-nos a enveredar por uma es-tratégia de internacionalização para vá-rios países”, salienta Francisco Fonseca.

O reconhecimento desta bem sucedidaestratégia de internacionalização veiorecentemente, com a atribuição doprémio ‘Business InternationalisationAward’, entregue pelo UK Trade &Investment.

A AnubisNetworks foi fundada em2006 e é uma empresa privada de capitalnacional, que surgiu pelas mãos de espe-cialistas em segurança informática eserviços de correio electrónico. Temcomo missão contribuir para tornar aInternet um local seguro para estar ecomunicar. Entre os seus principaisaccionistas encontram-se o grupo de pro-motores e a InovCapital.

EspecialSOLUÇÕESDE SEGURANÇAE VIGILÂNCIA Pág. VIII

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NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE, O Mirante e Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Editora-executivaHelena Rua

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteCarlos HipólitoMarta Simões

FotografiaVictor Machado

Director comercial João Pereira – 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContaasAlexandra Pinto – 217922096

Isabel Silva – 217 922 094

Tiragem total81 000 exemplares

Ficha Técnica

A SOCIEDADE de advogados por-tuguesa Isabel Neves & Associados, es-pecializada no apoio à criação, conso-lidação e desenvolvimento de empre-sas, estabeleceu uma parceria com asua congénere espanhola Área GlobalAbogados & Consultores.

Esta parceria tem como objectivo acriação de uma plataforma ibéricapara responder, em especial, ao mer-cado das PME nos dois países.

“A crescente procura por parte declientes espanhóis motivou-nos paraestreitar laços de cooperação comprofissionais desse país”, tendo leva-do à “constituição formal de umaparceria com uma sociedade de advo-gados que partilhasse a nossa visão e

filosofia e que tem grande experiên-cia junto de empresas de média di-mensão com presença internacio-nal”, explica a advogada Isabel Neves.

A responsável pela firma portu-guesa salienta em comunicado que“esta plataforma ibérica distingue-sede outros escritórios estabelecidosem Portugal e Espanha” justamentepelo seu posicionamento para PME,uma vez a concorrência dá “respostaa outro tipo de mercado e empresas,em especial grandes multinacionais”.

As duas sociedades contam comuma equipa de profissionais dedica-dos a diferentes disciplinas legais, como objectivo de oferecer “um aconse-lhamento de qualidade que respondecom a maior precisão às necessidadesdos clientes”.

O MICROEMPREENDEDOR NelsonVerdades foi o vencedor do prémio pe-cuniário de 45 mil euros lançado peloMillennium bcp a quem apresentasseo melhor projecto de negócio, no âm-bito do Dia Internacional das Pessoascom Deficiência.

Em comunicado, o Millennium-bcp informa que o negócio de NelsonVerdades consiste na concretizaçãode um escritório de arquitectura em

Almada e que, dada a sua deficiência,o microempreendedor “pretende de-senvolver todos os projectos e pres-tações de serviço na área da consulto-ria e remodelação de espaços, no sen-tido de proteger as pessoas portado-ras de deficiência, que representam10% da população nacional”.

Além do prémio, o micoempreen-dedor poderá ainda usufruir de umalinha de financiamento complemen-tar concedida ao abrigo das regras demicrocrédito do Millennium bcp.

O microcrédito é considerado uminstrumento eficaz no combate à po-breza e à exclusão social, por ser uminstrumento potenciador do empre-endedorismo, da redução da subsí-diodependência e do combate ao de-semprego.

Através do microcrédito, segmen-to em que é líder em Portugal, o Mil-lennium bcp já apoiou a criação de2075 negócios, que geraram aproxi-madamente 3205 novos postos detrabalho.

Bcp premeia microempresárioMICROCRÉDITO

DECORRE até 12 de Junho o prazo deentrega de candidaturas ao concursoVodafone Mobile Clicks que visa“encontrar e premiar as melhoresstart-ups com projectos na área deInternet Móvel a nível europeu”. A formalização das candidaturas éfeita online.

Os cinco melhores candidatos identificados nesta fase nacional doconcurso terão de apresentar os seusprojectos a um júri numa sessão quese realizará dia 26 de Julho na sede daVodafone Portugal.

O júri, constituído por dois repre-sentantes da Vodafone Portugal equatro elementos nacionais e in-ternacionais (Pedro Oliveira – direc-tor da “Exame Informática” e StuffPortugal, Mário Valente – partner daMaverick SGPS e gestor do fundo derisco Seed Capital, Rudy de Waelle –criador da Mobile 2.0 Europe e YuriVanGeest – fundador do Mobile Mon-day e TEDx de Amesterdão), privi-legiará factores como originalidade e

inovação, viabilidade técnica e finan-ceira, valor para os utilizadores equalidade da equipa de gestão.

Desta ronda sairá o finalista por-tuguês, que se juntará aos seis fina-listas dos restantes países na final doVodafone Mobile Clicks 2011, quedecorrerá de 14 a 16 de Setembro nofestival PICNIC, em Amesterdão.

A Vodafone Portugal participanesta iniciativa pelo segundo anoconsecutivo, tendo o vencedor dafinal do ano passado sido o represen-tante português: a CardMobili.

A edição de 2011 vai contar comum número recorde de sete paísesparticipantes (Alemanha, Espanha,Holanda, Irlanda, Portugal, ReinoUnido e Turquia) que irão, cada um,seleccionar uma start-up para parti-cipar na final internacional, de ondesairão os três vencedores.

A Vodafone vai atribuir um totalde 225 000 euros em prémios, es-tando reservados 150 000 euros parao primeiro classificado, 50 000 eurospara o segundo e 25 000 euros para oterceiro.

Vodafone procura start upsna área da internet móvel

EMPREENDEDORISMO

A AEP – Associação Empresarial dePortugal está a organizar uma missãoempresarial ao México, que terálugar na Cidade do México de 3 a 8 deJulho.

Segunda maior economia da Amé-rica Latina, com uma expectativa decrescimento de 4% para os próximosdois anos, bem como um aumento doconsumo privado, a economia mexi-cana reveste-se de grande atractivida-de para a internacionalização dosprodutos e serviços nacionais, desta-ca a AEP na sua página oficial.

A missão ao México insere-se noprojecto de promoção de Portugal edas empresas exportadoras portu-guesas nos mercados internacionais,que a AEP definiu como prioridade.

AEP promovePME nacionaisno México

EXPORTAÇÕES

Isabel Neves & Associados faz parceria ibérica

A NET – Novas Empresas e Tecnologi-as, Business and Innovation do Porto(BIC Porto) está a disponibilizar gra-tuitamente um espaço de “cowork-ing” nas suas instalações aos empre-endedores que participem no EIBTnet,programa de apoio à criação de Em-presas Inovadoras e de Base Tecnológi-ca, apoiado pelo ON2 – O Novo Norte,que decorre até 31 de Março de 2012.

Trata-se de um open space parti-lhado, o que, segundo a NET, “traz avantagem da sinergia de conheci-mentos, troca de experiências e cri-ação de parcerias”. Aí, o empreende-dor dispõe de “um posto de trabalhoonde desenvolve o seu projecto, oplano de negócios e todas as activi-dades inerentes à criação ou consoli-dação da sua empresa”.

NET lança espaçode partilha paraempreendedores

INOVAÇÃO

A GEOSOLVE e o grupo ISQ vão rea-lizar, nos dias 31 de Maio, no Ta-guspark em Lisboa, e 1 de Junho, noPorto, um seminário prático sobre arealização de ensaios de carga di-nâmica em estacas.

O encontro destina-se preferenci-almente a engenheiros civis ou ou-tros técnicos de formação superior adesenvolver actividades na área daconstrução, estudantes de Engenha-ria e de áreas relacionadas com aconstrução.

Geosolve debate engenharia e construção

CONSTRUÇÃO

O FÓRUM Excelência Portugal 2011realizar-se-á a 27, 28 e 29 de Junho noMuseu do Oriente, em Lisboa, reu-nindo três eventos: o 36.º Colóquio daQualidade, a Conferência BPM (Busi-ness Process Management) Lisbon2011 e o 2.º Encontro SPQS (SociedadePortuguesa de Qualidade em Saúde).

O encontro é organizado pela Asso-ciação Portuguesa para a Qualidade(APQ).

Junho é mês de “excelênciana qualidade”

FÓRUM

ADVOGADOS

O PRESIDENTE DO BES, Ricardo Salgado, com Macedo Vieira, administrador da Lipor, premiada com uma menção honrosa no BESBiodiversidade 2011. O concurso, que foi vencido, ex aequo, pelos projectos de um banco de dados de extractos naturais desenvolvi-do pela Bioalvo e de conservação de pastagens ricas em leguminosas da empresa Fertiprado e do Instituto Nacional de RecursosBiológicos, atribuiu também uma menção honrosa ao projecto Planeta Vivo. Foto Victor Machado

BIODIVERSIDADE 2011: BES premeia as PME mais sustentáveis do ano

A CIFIAL, empresa portuguesa quefabrica e comercializa soluções com-pletas de banho (torneiras, cerâmi-cas, mobiliário) e sistemas integradospara portas (ferragens, puxadores, fe-chaduras, controlo de acesso electró-nico) reforçou a sua posição no mer-cado dos Estados Unidos da Américaatravés da introdução de novas li-nhas de ferragens e da apresentaçãode novos produtos de banho.Os novos produtos foram apresenta-dos na KBIS – Kitchen & Bath Indus-try Show, maior evento mundial deexposições internacionais dedicadasà cozinha e indústria de banho (40 mil visitantes e 600 expositores),que se realizou em Las Vegas. O objectivo da Cifial é adequar ealargar a oferta de produtos no mer-cado norte-americano para aumentara sua quota de mercado, que actual-mente já representa 55% da fac-turação da empresa, salienta LuísMarques, presidente da Cifial USA,em comunicado de imprensa.

CIFIAL querreforçar posiçãonos EUA

TORNEIRAS

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NACIONAL IIISEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

VisãoLegalRUI TAVARES CORREIASÓCIO DA ABREU & MARQUES E ASSOCIADOS

O arresto como forma de protecção do crédito

Acrise que tanto se debate apenas veio agudizar uma situação que já antesera bastante comum: a dificuldade de tornar efectiva na prática a cobrançade créditos. Com efeito, a necessidade de recorrer à acção declarativa de

condenação para, na maior parte dos casos, obter título que permita iniciardiligências executivas sobre o património do devedor e que os procedimentosexpeditos de cobrança de créditos, como a injunção, não conseguem evitar e amorosidade das próprias acções executivas, que pesem embora as reformas efec-tuadas, se mantém, fazem com que, muitas vezes, o credor se veja perante aausência ou quase ausência de bens do devedor que possam responder pela dívi-da. Há já bastante tempo, porém, que se encontra consagrado na lei processualum procedimento cautelar destinado a evitar tas situações.

O arresto, que denomina não apenas esse procedimento cautelar, mas tam-bém a apreensão provisória de bens que no seu âmbito é feita, destina-se exacta-mente a evitar que o titular de um crédito perca a sua garantia patrimonial.

O credor, para obter o seu decretamento, terá de demonstrar indiciariamenteo crédito que detenha e o risco de perda da garantia patrimonial. Se a demons-tração do crédito se revela, as mais das vezes, de relativa facilidade, sendo paratal irrelevante a natureza desse crédito e não sendo necessário que antes tenhasido objecto de reconhecimento judicial, maiores dificuldades levanta a prova doperigo de perda da garantia patrimonial.

Historicamente, são duas as situações que levam a tal demonstração: a dissi-pação de bens por parte do devedor e a iminente ou actual mas não declaradainsolvência do devedor. Ambas exigem que o credor efectue uma investigaçãosobre o devedor de modo que possa alegar as situações de facto que as demons-trem. Não obstante tais dificuldades, a celeridade do procedimento, em que ésempre dispensada a audiência prévia do devedor – que apenas será ouvido de-pois da apreensão dos bens, se esta tiver lugar – tornam o arresto a medida ade-quada para evitar a demora decorrente do reconhecimento judicial dos créditos.

“Transportes – novos caminhos para crescer” é o último livro do especialista em ino-vação e colaborador do Oje, Jack Soifer (na foto ao fundo), escrito em co-autoria comLuís Silva e António Aguiar. Prefaciado pelo presidente da TAP, Fernando Pinto, e peloantigo ministro da Indústria e Energia, Mira Amaral, o livro foi apresentado na Socie-dade de Geografia, em Lisboa, por este último. Os autores sugerem pequenos investi-mentos de 500 milhões de euros nas infra-estruturas de transportes já existentes emvez dos 6 mil milhões de euros do TGV. Entre as sugestões está a de fazer do aeropor-to da Portela, em Lisboa, um “hub” para integrar e interligar os vários meios de trans-porte de passageiros e aproveitar a pista de Montijo para transportes de baixo custoe de carga. E fazer um 3º carril em algumas linhas ferroviárias, de forma a permitir aintrodução da bitola europeia para carga e passageiros, por ex. dos portos de Sines eAveiro, para a França, via Castelo Branco. Foto/ Victor Machado

TRANSPORTES: 3.o carril para permitir bitola europeia

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ANÁLISEIV SEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

A EDUCAÇÃO É A CHAVE MESTRAPARA A SAÍDA DA CRISE!

T alentos, todos temos! Mas é precisoter vontade de desenvolver, de apren-der e de trabalhar, trabalhar muitopara vencer o desafio da crise! Não há

verdadeira gestão da mudança sem uma apos-ta clara na Educação! A competitividade deum país passa, e muito, pela Educação dosseus recursos humanos.

Parece um paradigma quase irrefutável o deque o talento e o valor dos recursos humanosde um país, de uma organização, de um pro-jecto, de uma equipa, ou até do seu líder sãoessenciais para a sua competitividade e para oseu sucesso.

Mas será que passamos da teoria à prática?O que Portugal tem feito, ou melhor, o que éque não tem, em termos de políticas e demedidas para a Educação?

Para começar, Portugal investe menos emeducação do que a média dos países da OCDE(Organização para a Cooperação do Desenvol-vimento Económico), conforme publicado em2007 e em 2010. Números recentes indicamque por cada aluno no sector público, Portu-gal investiu cerca de 5200 euros por ano, quecomparam com cerca de 6400 euros, que re-presentam a média dos países da OCDE, fican-do-se pelo 15.º lugar (e não ultrapassa os 5,6%do PIB, abaixo da média que é 6,2%), o que émanifestamente insuficiente para apostar naspessoas, nas empresas e nos referenciais deresponsabilidade e meritocracia.

Contrariamente, países como os EstadosUnidos, a Áustria e a Suíça estão no “podium”e tiveram níveis de investimento na Educaçãoentre os 11 100 e os 10 100 euros por ano, poraluno, apresentando níveis de competitivida-de muito mais elevados.

É necessária visão estratégica! A Educaçãotem de ser enquadrada num âmbito integradocom a inovação, a produtividade e a compe-titividade dos sectores e dos nichos em quePortugal é ou pode ser naturalmente diferen-ciador. Mas, ao invés, o investimento do Esta-do português naquele sector diminuiu em re-lação ao que se registava há 15 anos, represen-tando 11,6% do total da despesa pública por-

tuguesa, valor abaixo da média da OCDE, quefoi de 13% (2010).

Paradoxalmente, a despesa pública portu-guesa aumentou muito significativamente ejá em 2009, representava cerca de 51% do PIB.O 7.º lugar da União Europeia!

Portugal gastou muito mais do que devia egastou onde não devia!

Ao invés dos sectores da Educação, da Inves-tigação e Desenvolvimento e da Inovação, esteaumento da despesa concentrou-se nos custosde funcionamento da máquina da Administra-ção Pública, essencialmente em despesas cor-rentes, em subsídios e em pagamentos de ju-ros de dívida pública, o que representou maisde 90%. Mas a qualidade dos serviços públicosem Portugal é baixa, desde os seus processosadministrativos à justiça.

O que Portugal precisa é que se invista comcritério na Educação. No âmbito do ensinosuperior, de acordo com um modelo integradoe em rede de “clusters”, focando o desenvolvi-mento e a competitividade territorial (sectorese nichos), considerando as vantagens compe-titivas regionais, as empresas locais e as habi-litações e capacidades dos recursos humanos,nomeadamente dos que estão desempregados(50,8% são jovens com habilitações superio-res).

Um dos referenciais-chave deste “cluster”deve ser a potenciação de massa crítica de re-cursos e de competências, ligando várias re-

giões que representem acessibilidade econó-mica relevante com escala e impacto interna-cional e que, simultaneamente, tenha presen-te a cadeia de valor integrada no que respeitaàs actividades de educação, de investigação edesenvolvimento, de apoio à protecção de pro-priedade intelectual, à comercialização dasinovações e ao investimento por parte das em-presas, das sociedades de capitais de risco edos “business angels”.

Essa rede de “clusters” deveria privilegiar apartilha de recursos e a diminuição radicaldos custos fixos de suporte a essas actividades,transformando custos fixos em variáveis, ali-nhando oferta e procura, ao mesmo tempoPortugal resolveria o problema de sobrecapa-citação e da deslocalização de institutospolitécnicos e de universidades periféricas quenão aproveitam sinergias, nem economias deescala.

Por outro lado, existem exemplos excelen-tes de internacionalização por parte de algu-mas universidades com bastante peso específi-co, mas é necessário ganhar mais massa críti-ca e indexar os níveis de orçamentação apro-vados aos resultados e ao mérito conseguidos.

Transversalmente, é preciso desenvolver no-vos programas de educação, mais práticos einternacionais, com enfoque no empreende-dorismo e na inovação, desde a escola primária,passando pelo ciclo básico até às universidades,premiando a criatividade, estimulando a inicia-tiva e o exemplo. É necessário também toleraro fracasso, se o mesmo envolver empenho ededicação, e corresponder à etapa intermédiado processo empreendedor e inovador! Semessa cultura, não fomentamos a iniciativa!

Quanto às crianças e aos jovens, é precisotambém rever os processos de aprendizagem,que são demasiado piramidais e autocráticos,e adoptar modelos pedagógicos dinâmicos as-sentes no lúdico e na descoberta mútua! A ca-pacidade de criar produtos inovadores de umpaís depende disso! E recentrar o desenvolvi-mento neurocognitivo e neuromotor nas acti-vidades da escola, especialmente nos ciclosprimário e básico, com programas em que

actividade motora desportiva esteja, de facto,interligada com a perspectiva multidiscipli-nar, devolvendo a possibilidade das crianças serelacionarem com as capacidades de pensar oslimites e riscos do seu próprio corpo e da suainteracção com o território e com os outros,na sala de aula e no recreio, no ginásio, que édeterminante para estimular o autoconheci-mento, a aprendizagem, a iniciativa, a relaçãocom os outros, e a capacidade de superação desi mesmas!

A prioridade é elevada, pois a taxa de aban-dono escolar em Portugal é superior a 35%!Um país que não promove processos de esti-mulação cognitiva e motora nas suas criançase nos seus jovens cria gerações de “gestorestotós”, autocráticos e sem verdadeira capaci-dade de liderança empresarial, além dos pro-blemas óbvios de saúde, de obesidade e ex-cesso de peso, que representam já 30% emPortugal.

O “benchmark” internacional mostra queescolas e universidades estrangeiras de topo jáestão a introduzir essas metodologias na for-mação e no coaching de alunos e de executi-vos com excelentes resultados!

O problema é sério! Entre os 25 e os 34 anos,Portugal apenas consegue que 30% da sua po-pulação aceda ao ensino superior. Mas pior, dosque chegam, 54 000 licenciados, mestres edoutorados vão para o desemprego (INE 2010)e parte dos restantes e dos melhores talentosfoge para os países estrangeiros em busca demelhores oportunidades. Criar e reter talen-tos, precisa-se, mas para isso é necessário apos-tar na Educação, segundo uma visão integrada,como um dos pilares essenciais do nosso de-senvolvimento económico, social e cultural.

Filipe Castro Soeiro é professor convidado da NOVASchool of Business & Economics, especialista eminovação, empreendedorismo e em negócios interna-cionais, membro do Board of Directors da APBA –Associação Portuguesa de Business Angels e daGEW – Global Entrepreneurship Week, apoiada pelaKauffman Foundation, e co-autor de Lucrar na Crise.

A educação tem de ser enqua-drada num âmbito integrado coma inovação, a produtividade e acompetitividade dos sectores edos nichos em que Portugal é oupode ser diferenciador

Estratégia

FILIPE CASTRO SOEIROPROFESSOR DA NOVA SCHOOL OF BUSINESS & ECONOMICS E MEMBRO DO BOARD OF DIRECTORS DA APBA

O INESC-ID, Laboratório de Investigação asso-ciado ao Instituto Superior Técnico (IST), lide-ra o projecto Cloud TM, uma investigação quevisa a criação e a avaliação de uma plataformapara o desenvolvimento de serviços em ambi-entes de “computação em nuvem”, financiadapela Comissão Europeia, no âmbito do progra-ma FP7, que engloba um investimento de 1,7milhões de euros.

Segundo explica o IST, o “Cloud TM visa de-senhar, implementar e avaliar uma platafor-ma para o desenvolvimento de serviços emambientes de computação em nuvem”, deforma a resolver um problema crítico rela-cionado com o desenvolvimento de aplicaçõesdistribuídas de larga escala, a gestão de aces-sos concorrentes a objectos partilhados.

Neste âmbito, o projecto Cloud TM propõe--se “oferecer um modelo de programação sim-ples e intuitivo para a implementação de ser-viços em ambientes de computação em nu-vem”; “minimizar os custos de monitorizaçãoe administração, automatizando a alocação derecursos da nuvem”; e “maximizar a capacida-de de escala e eficiência dos serviços do utili-zador”.

O consórcio conta com a colaboração de in-vestigadores do grupo de Sistemas Distribuí-dos e do grupo de Engenharia de Software, co-ordenado por Paolo Romano do INESC, sendotambém integrado por uma equipa de investi-gadores da Universidade de Roma La Sapienza,pela software open source Red Hat e pela Al-gorithmica.

INESC-ID lidera investigaçãopaga pela Comissão Europeia

DECORRE até dia 20 de Outubro o prazo de can-didatura ao programa “Talents”, que visaapoiar a participação de 35 jovens designers eu-ropeus na Ambiente, Feira Internacional dedi-cada aos sectores “dining”, “living” e “giving”.

A mostra especial “Talents” está inseridana Ambiente, que se realizará em Frankfurtde 10 a 14 de Fevereiro de 2012, com a parti-cipação de cerca de 4300 expositores interna-cionais.

“Através do programa “Talents”, jovensdesigners no início da sua carreira têm a pos-sibilidade de apresentar gratuitamente o seutrabalho a um vasto público profissional”, sa-lienta em comunicado a organizadora do cer-tame, Messe Frankfurt.

Durante o certame, os jovens talentos têm

a oportunidade de contactar com a imprensainternacional especializada, com fabricantes ecom distribuidores de todo o mundo.

Os jovens criativos podem concorrer ao “Ta-lents” em três áreas diferentes: artigos paramesa, no “Dining – hall 4.0”, artigos para a ca-sa, no “Loft – hall11.0” e joalharia e acessóriospessoais, no “Carat – hall 9.3”.

Aos jovens designers que tenham sido selec-cionados para integrar o “Talents”, a MesseFrankfurt oferece gratuitamente o stand queinclui tapete, instalação eléctrica, iluminação,bilhetes de expositor e convites, segurança du-rante o período nocturno, o registo no catálo-go oficial do “Talents”, material para promo-ção, produção de brochura e poster, divulga-ção junto da imprensa.

Talents 2012 oferece participação em feira de Design

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ACTUALIDADE VSEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

AFiberSensing, empresa tecnoló-gica portuguesa, integra o con-sórcio que ganhou o contrato

para o fornecimento de sensores ópti-cos e unidades de medição optoelec-trónicas ao ITER (International Fu-sion Energy Organization), revelouao PME NEWS Rui Lousa, CEO daempresa.

O contrato assinado entre o con-sórcio constituído pela FiberSensinge a Smartec (empresa suíça do grupoRoctest) e o ITER visa assegurar “ofornecimento de um sistema de gran-de escala para a monitorização dasbobinas supercondutoras do reactorde fusão nuclear ITER, bem como odesenvolvimento e qualificação detecnologia-chave para o subsistemade monitorização e controlo da novageração de reactores nucleares”.

O ITER é um projecto científicocujo propósito é o “desenvolvimentode uma fonte de energia nova, limpae sustentável, através da produção ecomercialização da energia de fusãonuclear (o processo que ocorre nonúcleo do Sol), procurando ser umaalternativa às convencionais fontesde dependência energética”.

A fusão nuclear, ao que explica aFiberSensing, é um processo de pro-dução de energia que consiste na fu-são dos núcleos de dois átomos le-ves, como, por exemplo, o hidrogé-nio, o hélio, o deutério ou o trítio,para formarem elementos maispesados, com redução da massa dosreagentes. A fusão nuclear é o pro-cesso responsável pela produção daenergia do Sol e das outras estrelas.O Sol recorre à sua imensa massa e à

força da gravidade para produzir asreacções de fusão. As principais van-tagens deste processo, salienta a Fi-berSensing, são que a energia defusão nuclear não emite partículastóxicas para a atmosfera (ao contrá-rio das energias fósseis), nem pro-duz resíduos nucleares nocivos aoser humano (ao contrário da energianuclear actual).

Rui Lousa, CEO da empresa, sa-lientou ao PME NEWS que “a partici-pação neste projecto inovador à es-cala mundial e de grande dimensãocientífica é mais um reconhecimentoobjectivo da capacidade da tecnologiados sensores de Bragg em fibra ópti-ca, bem como uma demonstração ca-bal da capacidade das empresas por-tuguesas em competir com sucessonos mercados internacionais.”

A FiberSensing, fundada em 2004,é uma empresa tecnológica por-tuguesa, que se dedica ao desenvolvi-mento e produção de sistemas avan-çados de monitorização baseados emsensores de Bragg em fibra óptica.Entre os seus accionistas encontra-sea InovCapital e o INESC Porto – Insti-tuto de Engenharia de Sistemas eComputadores do Porto –, além dogrupo de fundadores da empresa,investigadores do INESC Porto. Con-siderando a elevada sofisticação datecnologia que fabrica, a empresaapostou na internacionalização, assu-mindo desde o início da sua activi-dade um posicionamento global, aosubmeter com êxito vários projectosnacionais e internacionais ou atravésde parcerias com vários grupos in-ternacionais de referência.

Actualmente, a FiberSensing operaa nível internacional com parceirosespalhados pelos quatro continentese mais de 100 clientes em todo omundo, maioritariamente nos EUA,Brasil, Espanha, Alemanha, Suíça,França, Grécia, Itália, Hungria,Taiwan e Colômbia.

Os principais mercados de actua-ção são os sistemas de monitoriza-ção para infra-estruturas de produ-ção e distribuição de energia, asgrandes obras de engenharia civil egeotécnica e as indústrias aeronáu-tica e espacial. Entre os projectos demaior referência recentemente de-senvolvidos e participados pela Fi-bersensing destacam-se os contra-tos com a AIRBUS, com a ESA(Agência Espacial Europeia) e agoracom o ITER.

FIBERSENSING GANHA CONTRATO AO ITER

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Esta start up portuguesa vai fornecer a sua tecnologia ao projecto científico ITER, que visa o desenvolvimento de uma fonte de energia nova com base na fusão nuclear

Redes de Bragg (gratings) em fibra óptica armazenadas em stock (utilizadas nos sen-sores). Representam a tecnologia de base da FiberSensing

Sensor de deformação embutido em betão armado numa ponte na Áustria, para monitorização da deformação da estrutura

Rui Lousa, CEO da FiberSensing

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ENTREVISTAVI SEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

“É IMPORTANTE QUE AS MARCASPORTUGUESAS SE ‘ESPANHOLIZEM’ OUSE INTERNACIONALIZEM AO MÁXIMO”

Quantas empresas portuguesas estão instala-das em Espanha? Calcula-se que tenham presença permanenteem Espanha cerca de 500 empresas partici-padas por capital português. Na Câmara fize-mos recentemente um estudo e identificámos400 empresas, que facturaram, em 2009, maisde 11 milhões de euros com mais de 21 milpostos de trabalho.

A ideia que se tem é de que a maioriaa são gran-des empresas. Isso corresponde à realidade?É natural que os grandes investimentos sejamda responsabilidade dos grandes grupos eco-nómicos portugueses, como a EDP, a Galp, aCimpor, a Sovena, a Sonae, Amorim, até por-que arrastam outros investimentos de menordimensão. De referir também a banca com aCaixa Geral de Depósitos, o Banco EspíritoSanto e o grupo Banif. Nos últimos anos, ou-tros grupos têm vindo a apostar fortementeno mercado espanhol, como é o caso do grupoDelta, Renova, Luís Simões, Barbosa e Almei-da, CIN, Logoplaste e Bial, assim como empre-sas de base tecnológica como a Ydreams,Altitude, Newvision e um outro grupo do sec-

tor da construção e engenharia cada vez commaior presença no mercado espanhol.

Quais os sectores de actividade mais atraactivospara as portuguesas?Cerca de 74% do investimento português emEspanha realizado na última década (2000 aSetembro de 2010) está concentrado no sectordo comércio e serviços financeiros.

Quais as regiões de Espanha mais procuradaspelas portuguesas?Sem dúvida a Comunidade Autónoma de Ma-drid. Absorveu cerca de 33% do total do inves-timento português em Espanha, conta commais de 170 empresas portuguesas em sec-tores como o comércio grossista (21%), servi-ços financeiros (20%) e logística (12%).

Há liinhas de crédito de apoio às exportaçõespara Espanha? Há outros apoios preferen-ciais?Como sabe, no âmbito europeu os apoios pú-blicos às exportações não existem. É a bancacomercial a principal fonte de financiamentodas exportações. O que existe por parte das

diversas entidades públicas são programas deincentivos dirigidos principalmente às PME depromoção e aumento da competitividade daoferta exportadora portuguesa.

Desde já convido as empresas que queiraminformação sobre apoios e incentivos à expor-tação que nos contactem e com todo o gostodaremos seguimento ao pedido, tanto cominformação especializada como propiciandoos contactos adequados.

O que é que uma PME que queira ir para Es-panha deve saber?Desde logo ter uma estratégia clara para omercado espanhol e para isto é fundamentalconhecer e estudar a fundo as característicasdo mercado (legislação, incentivos, etc.), asidiossincrasias e os hábitos e atitudes do mer-cado de consumo, em alguns aspectos bemdiferentes do mercado português. É importan-te que as marcas portuguesas se “espanho-lizem” ou se internacionalizem ao máximo enaturalmente que os produtos e serviços ofe-recidos ao mercado espanhol representem umvalor acrescentado claramente perceptível emEspanha.

A dimensão geográfica e demográfica domercado espanhol e o alto grau de descentrali-zação política e económica das 18 comunida-des autónomas são factores que devem sertidos em conta. No caso de Portugal, a proxi-midade geográfica com a Galiza, Castela eLeão, Estremadura e Andaluzia apresenta van-tagens competitivas em relação a outras re-giões espanholas.

ENRIQUE SANTOS, PRESIDENTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA

Estima-se que tenham presença permanente em Espanha cerca de 500 empresas participadas porcapital português. A maioria está em Madrid e opera no comércio e serviços financeiros. Com a 8.ªposição no ranking dos principais fornecedores de Espanha, Portugal exporta sobretudo veículosautomóveis, máquinas e aparelhos mecânicos. A radiografia é da Câmara de Comércio e IndústriaLuso-Espanhola. Por Almerinda Romeira (texto) e Victor Machado (fotos)

Convido as empresas quequeiram informação sobreapoios e incentivos à exportação que nos contactem.Daremos seguimento ao pedido,tanto com informação especializada como propiciandoos contactos adequados

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Penso que a contratação de consultores es-pecializados podem ajudar a tomar as decisõesacertadas no momento de entrar no mercadoespanhol e outro aspecto importante prende--se com a contratação de gestores, que deveigualmente ser cuidada.

Quais são as vantagens competitivas do mer-cado espanhol em relação aos demais merca-dos?As vantagens são enormes e de diversa dimen-são, desde logo a proximidade geográfica quebeneficia o transporte, simplifica a logística epermite internacionalizar sem desconcentrare por tanto reduzir custos. Outro factor semdúvida importante é o cultural, apesar das di-ferenças os usos são parecidos, a língua com-preensível, a legislação e as práticas comerci-ais similares.

Por outro lado, o mercado espanhol não édesconhecido para os empresários portugue-ses que o conhecem através das suas visitasfrequentes às feiras espanholas, viagens turís-ticas ou profissionais. Há, por outro lado, umaoferta de serviços de empresas locais, algumasportuguesas já instaladas que oferecem ser-viços de grande qualidade e que servem deplataforma de apoio à entrada de empresasportuguesas, veja-se o caso de escritórios deadvogados, transportes, entidades financeirassólidas e com produtos atractivos, seguros,entre outros.

Quual o peso das exportações portuguesas paraEspanha em 2010? O que significam esses nú-meros em compparação com há 30 anos? Querazões explicam o crescimento do peso do co-mércio entre os dois países nas últimas trêsdécadas?Ainda não disponho dos dados definitivos de2010 das vendas portuguesas para Espanha,mas deverão fechar o ano nos 8,4 mil milhõesde euros, o que significa que a Espanha con-tinua a ser o principal cliente de Portugal,absorvendo cerca de 27 % do total das expor-tações portuguesas. Para ter uma noção docrescimento das exportações portuguesas, em1986 Portugal vendia para Espanha cerca de789 milhões de euros.

Sobre a evolução das relações económicas ecomerciais, diria que apesar de nos finais dosanos 70 estas relações começarem a dinami-zar, ainda no âmbito do acordo da Espanhacom a EFTA da qual Portugal era membro, foia partir da integração dos dois países na entãoCEE em 1986 que se inicia um novo período decrescimento e dinamização das relações bila-terais, aproveitando a liberalização dos regi-

mes aduaneiros, a livre circulação de pessoas,bens e capitais e uma nova atitude de proximi-dade e cooperação.

Quais os três produtos que mais exportamospara Espanha? Nos últimos anos, têm sido os veículos auto-móveis, as máquinas e aparelhos mecânicos eas matérias plásticas e transformados. A fun-dição (ferro e aço) tem tido um peso tambémimportante oscilante entre o terceiro e quartolugar no ranking.

Quanto ppesam as importações portuguesas deEspanha?No período de Janeiro a Outubro de 2010, últi-mos dados oficiais a que tive acesso, o merca-do espanhol importou de Portugal produtos eserviços no valor de 7014,2 milhões de euros,o que representa cerca de 3,6 % do total dasimportações espanholas que neste períodoatingiram os 195 355,3 milhões de euros. Por-tugal situa-se, assim, na 8.ª posição no rankingdos principais fornecedores de Espanha.

Qual o peso do investimento directo espanholem Portuggal? Em que sectores de actividade seconcentra mais?Os últimos dados do investimento bruto es-trangeiro em Portugal indicam que entreJaneiro a Setembro e Outubro de 2010 os

investimentos espanhóis representaram cercade 13,1% do total dos investimentos brutosem Portugal, o quarto maior investidor. Dereferir que não está contabilizado uma impor-tante operação no sector da fabricação de be-bidas, outros sectores neste período foram aconstrução, transporte e logística e serviçosfinanceiros.

Numa perspectiva mais abrangente, diriaque a presença espanhola em Portugal que su-pera as 2000 empresas está presente em quasetodos os sectores de atividade com maior in-cidência na construção, alimentação, têxteis,banca, segurança, turismo, combustíveis eenergia e imobiliário.

Qual é o contributo das empresas espanhollaspara o PIB e o emprego em Portugal?Não lhe posso dar dados actuais, mas têm cer-tamente um peso muito relevante na criaçãode riqueza e postos de trabalho. No final de2007, e de acordo com o nosso estudo detalha-do de um universo de 807 empresas com capi-tal maioritariamente espanhol, conclui-se queas mesmas facturaram 16 mil milhões de eu-ros e empregavam 82 mil pessoas.

Que papel está reservado à Península Ibéricaenquanto eixo de desenvolvimento europeu?O mercado ibérico será aquilo que Portugal eEspanha souberem e forem capazes de fazer,nada está reservado.

Num processo de globalização dos merca-dos, a construção de um mercado ibérico temtodo o sentido e é um processo natural de de-senvolvimento dos mercados. Nos últimosanos, alguns grupos económicos e até PMEtêm alcançado dimensão suficiente para com-petir fora, crescendo no mercado ibérico,aproveitando as tais vantagens competitivas aque fiz referência anteriormente.

ENTREVISTA VIISEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

A integração de Portugal eEspanha na então CEE, em 1986,iniciou um novo período decrescimento e dinamização dasrelações bilaterais, aproveitandoa liberalização dos regimes aduaneiros, a livre circulação de pessoas, bens e capitais

Nos últimos anos, alguns grupos económicos e até PMEtêm alcançado dimensão suficiente para competir fora,crescendo no mercado ibérico, aproveitando as tais vantagenscompetitivas

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Enrique Santos apresenta-nosa Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

Esta Câmara de Comércio ostenta o estatuto de Cámara Oficialde Espanha em Portugal, contando igualmente com o reconheci-mento por parte do Governo português de entidade de utilidadepública. É também membro fundador da Federação de Câmarasde Comércio Espanholas na Europa e foi recentemente condeco-rada pelo rei Juan Carlos de Espanha com a Placa de HonorOrdem Isabel a Católica, pelo importante papel desempenhadono estreitamento das relações económicas entre os dois países. Por outro lado, a sua história de cerca de 40 anos, acompanhan-do de perto e, em alguns casos, tendo sido parte intervenienteem alguns dos acontecimentos que tornaram possível a aproxi-mação dos mercados, confere-lhe um conhecimento e uma expe-riência a tal ponto que tem vindo a ser considerado um impor-tante interlocutor junto das autoridades dos dois países emquestões relacionadas com o comércio e as relações económicasentre Portugal e Espanha.A Câmara, por outro lado, conta actualmente com cerca de 1000empresas associadas e como referi anteriormente temos sidotestemunhas da espectacular evolução nos últimos anos e nestesentido temos realizado um esforço muito importante de adap-tação às novas exigências, melhorando os serviços e diversifican-do a oferta dos mesmos, apoiando e facilitando aos empresáriose quadros de ambos os países os seus negócios com o mercadovizinho, proporcionando informação, formação e assessoria, pro-movendo iniciativas que criem negócios, como por exemplo mis-sões empresariais, seminários, conferências, difundindo oportu-nidades de negócios, etc. Editamos uma revista mensal bilingue,“Actualidade Economia Ibérica”, de venda livre e com umaimplantação cada vez maior junto das empresas espanholas eportuguesas e publicamos diversas obras de consulta (guias)relacionadas com o investimento ou características de mercados.Dispomos de uma página web que comporta informação útilpara as empresas que se interessem por esta temática, como porexemplo, as actividades da Câmara, feiras, estatísticas, contactosde interesse, oportunidades comerciais, bolsa de trabalho e noti-cias relacionadas com as relações luso-espanholas, etc. Destacaria também a formação que há vários anos mantém umintenso calendário de cursos dados por especialistas em dife-rentes áreas (gestão, vendas, marketing, espanhol dos negócios,comércio externo, etc.) e de referir que acolhemos nas nossasinstalações diversas agências de promoção espanholas quedurante um período de tempo realizam diferentes acções de pro-moção dirigidas aos empresários das suas respectivas regiões eelaboram informação sectorial sobre o mercado português.

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ESPECIALVIII SEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

A segurança é uma preocupação cada vez maiordas empresas, à qual o mercado responde comsoluções inovadoras na área da segrança priva-da, vigilância humana, sistemas de alarme, logística de valores e protecção contra incêndios

A Prosegur entra no mercado dos nebulizadores com uma nova solução de segurança: O ActiFog.Trata-se de uma inovação que impede o assaltante de ver aquilo que está a roubar no interior deum espaço, dando tempo útil à polícia para se dirigir ao local. Este equipamento de segurança, que se destina exclusivamente ao segmento empresarial, protegeatravés de uma densa névoa – inofensiva, produzida a partir de água e glicol – que elimina total-mente a visibilidade, não deixando quaisquer resíduos. Além da dispersão de névoa e respectivoimpedimento imediato do assalto, a Prosegur é também alertada da intrusão através do disparo dosistema, procedendo à gestão do sistema com as autoridades. A presença do ActiFog será mais notória em estabelecimentos que movimentem elevados mon-tantes de dinheiro ou artigos de valor elevado como: joalharias, lojas de artigos de luxo, locais deexposição de obras de arte e locais que contenham cofre ou armazéns.“A Prosegur tem vindo a investir na inovação e está focada em adaptar os seus produtos à reali-dade do mercado. Daí complementar as actuais soluções de segurança da empresa”, diz RodrigoNeves, gestor de Produto & Inovação.

Combate ao crime Empresa líder do mercado português, onde pontifica há 30 anos, a Prosegur está a lançar no mer-cado outro serviço especialmente vocacionado para as pequenas e médias empresas (PME), mascom abrangência ao segmento residencial: as Patrulhas de Intervenção Rápida.Este novo serviço de vigilância presencial e itinerante permite o acesso directo e em tempo real aolugar de localização independentemente de qual for a parte do País. Até à data os sistemas desegurança actuam, por norma, após as ocorrências. “Com esta nova opção, o cliente pode decidir ograu de segurança de que necessita e as zonas que devem receber as visitas periódicas”, sublinha odirector de Marketing da Prosegur em Portugal, Francisco Carvalho.Esta operativa de segurança é composta por 120 vigilantes e 45 viaturas que estarão à disposiçãodos cerca de 50 mil clientes da Prosegur. Este serviço tem dois objectivos claros, primeiro a resposta rápida a eventos de alarmes dosclientes empresariais, ou residenciais e segundo dissuadir eventuais assaltos via rondas e patrulhaspor diversas áreas públicas e privadas. Diferentes pontos de risco tais como as zonas comuns, aces-sos, jardins e zonas de jogo para crianças, instalações desportivas (piscinas, espaços desportivos…)são igualmente verificados exaustivamente prevenindo as intrusões ou roubos nas instalações, assabotagens e actos de vandalismo e as inundações, incêndios ou descuidos de manutenção. A indústria, hotéis, escolas, instalações desportivas passam também a usufruir destes serviços deforma a prevenir as intrusões ou roubos nas instalações e zonas de acesso. “Este serviço de segurança foi inteiramente adaptado às necessidades dos nossos clientes, a umpreço acessível. Pode ser combinado com outros serviços de segurança, e a capacidade de reacçãoé imediata”, salienta Francisco Carvalho. A Prosegur prevê que cerca de 20% do seu portefólio de clientes venha a aderir a esta solução comoresultado de uma maior necessidade demonstrada de proteger o património privado e público.

SOLUÇÕES DE SEGURANÇAE VIGILÂNCIA PARA PME

A Sisvend, empresa de segurança prova evidente de manipulação, que há 15 anos opera em Portugal,aderiu às redes sociais, com a criação e divulgação de páginas no Facebook e LinkedIn.Marineuza Côrte Real, marketing manager da Sisvend, disse ao PME NEWS que a empresa acreditaque as redes sociais lhe permitirão divulgar de “uma forma mais directa e pedagógica os benefícios eobjectivos da segurança prova evidente de manipulação, um sector ainda muito dominado por algu-ma falta de informação”. Desenvolvendo soluções para assegurar negócios e operações desde 1996, a Sisvend é líder do seusector em Portugal, tendo 55% de quota do mercado, uma carteira de mais de 2000 clientes empre-sariais, infra-estruturas próprias de logística e impressão, uma forte presença em Espanha através dasucursal Sisvend SLU, e obtido um crescimento de 25% em 2010. Uma fatia de 9% do seu volume denegócios já corresponde a exportações para fora da Comunidade Europeia.“O segredo destes 15 anos está no rigor, qualidade e inovação que fazem da empresa um parceiro dereferência”, salienta Marineuza Côrte Real, acrescentando que por isso tem “mantido a relação delongo prazo com os seus principais clientes e fornecedores”.Nos próximos anos, refere a marketing manager, fazendo jus à sua missão empresarial de “trabalharpara nichos de mercado onde realmente possamos conhecer os nossos clientes ajudando-os a crescere a prosperar”, a empresa continuará a sua “estratégia de diferenciação pelo conhecimento aprofun-dado das operações dos seus clientes e sectores de mercado, investindo principalmente na qualidadee eficiência das suas soluções, no design de novos produtos e em estratégias de cross-selling”.Ciente de que desenvolver o mercado é difícil, e mais difícil ainda é manter a posição de liderança, aSisvend tem outros planos que já estão a ser implementados desde 2010 e que ainda em finais desteano ou no início de 2012 lançará com pompa e circunstância. “Fica aqui a promessa de que sairá com a antecipação de um mês, em exclusivo nas nossas páginasdo Facebook e Linkedin. Assim convidamo-los a subscrevê-las”, salienta Marineuza Côrte Real.

Sisvend adere ao Facebook e LinkedInEste é o primeiro passo da celebração de 15 anos de negócios em Portugal e antecede o anúncio, através destasmesmas redes sociais, do próximo grande lançamento daempresa previsto para finais deste ano, início de 2012

Marineuza Côrte Real, marketing manager da Sisvend

Ladrões sem visão A solução ActiFog, que a Prosegur está a lançar no merca-do português, é profundamente inovadora: impede assaltosatravés de névoa

xxxxx

A Prosegur presta serviços de consultoria de segurança, vigilância activa, telecontrolo e televigilân-cia, protecção anti-intrusão, protecção contra incêndios, tratamento de valores, gestão de ATM elogística de valores. Em Portugal conta com 12 delegações e cerca de 7500 colaboradores. AProsegur integra o grupo com o mesmo nome, que está presente em 13 países, com uma equipa de55 000 colaboradores, uma rede de 500 delegações e uma frota superior a 2200 veículos blindados

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OPINIÃO IXSEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

Gestãoda inovaçãoNUNO NAZARÉCONSULTING DIRECTOR DA ALMA CONSULTING GROUP

Maioria das empresasdesperdiça benefíciosfiscais à I&D

Orecentemente divulgado European Innovation Scoreboard 2010 apre-senta uma imagem muito positiva da Inovação em Portugal. De facto,Portugal subiu sete posições no ranking entre 2007 e 2010, ocupandoactualmente a 15.ª posição no espaço da União Europeia a 27, resulta-

do que nos coloca na liderança dos países “moderadamente inovadores”.Além disso, Portugal foi o país que mais cresceu na União Europeia nestaárea e aquele que melhor progrediu nos indicadores relativos à despesa dasempresas em I&D. Portugal é também um dos países em que houve ummaior crescimento no número de PME que inovam, com mais de 10 traba-lhadores.

Estes resultados vêm corroborar as conclusões do Barómetro do Finan-ciamento da Inovação 2010 da Alma Consulting Group, estudo europeu cujoobjectivo foi medir o impacto dos instrumentos públicos de financiamentoà inovação na actividade das empresas. Neste estudo, comprovou-se que,entre as empresas portuguesas participantes, mais de metade referiu teraumentado o orçamento e os efectivos em I&D entre 2007 e 2009. Entre asempresas portuguesas que participaram no estudo, 81% das quais são PME,foram notórios também os efeitos de estímulo do SIFIDE (Sistema deIncentivos Fiscais à I&D Empresarial) à intensificação das actividades de I&De à revitalização da economia, sendo que 53% das empresas que beneficia-ram do SIFIDE de 2009 pretendem reinvestir o benefício recebido em I&D e70% vão contratar, em 2011, novos efectivos para actividades de I&D.

Face a um panorama tão optimista, não deixa de ser interessante verificara fraca adesão das empresas com actividades de I&D ao SIFIDE. Segundo orelatório relativo à actividade do SIFIDE, divulgado pela Fundação para aCiência e Tecnologia (FCT), pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia,Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) e pela Agência de Inovação(ADI) em Fevereiro de 2010, foram apresentadas 588 candidaturas a este pro-grama em 2008, à data. Neste sentido, e analisando os dados oficiais do nú-mero de empresas que declaram efectuar actividades de I&D, 65% das em-presas com potencial continuam sem aderir a este programa, não obstanteser um dos incentivos mais generosos a nível europeu.

O SIFIDE permite às empresas usufruir de uma dedução directa à colectade IRC, podendo recuperar até 82,5% do valor investido em I&D. Este pro-grama incide em projectos já iniciados, em que as deduções têm efeitos ime-diatos, sendo acumuláveis até seis anos e compatíveis com outros apoios.Desde modo, o peso das despesas inerentes aos projectos de I&D é atenuadoe as empresas ficam com mais recursos que poderão reinvestir em novasactividades de I&D, contribuindo assim para o seu desenvolvimento susten-tado.

Existindo bons indicadores em termos de Inovação e I&D e dispondo deum programa com as mais-valias do SIFIDE, não há razões plausíveis para asempresas portuguesas perderem esta oportunidade de optimizarem os seusrecursos, continuando a apostar em I&D e tornando-se assim mais compe-titivas. As empresas deverão por isso apresentar as suas candidaturas a esteprograma até ao final de Maio, antes de entregarem a declaração anual derendimentos, para poderem beneficiar ainda este ano de uma dedução à co-lecta, em sede de IRC.

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EMPREENDEDORISMOX SEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

VISEU INCENTIVAEMPREENDEDORISMO

A empresa vencedora doconcurso tem em fase deconcretização um produtoinovador que promete re-

volucionar o mundo do desporto eprevenir o maior receio de um atle-ta – as lesões.

Rui Pina sonhou um dia dar apli-cação inovadora aos compósitos,materiais moldáveis de elevada re-sistência ao choque e extremamenteleves. Como mercado de elevado po-tencial identificou o futebol. Em2008, juntamente com Filipe Si-mões, constituiu a Sakproject, umprojecto que está em fase de criaçãoe cujo principal produto são cane-leiras personalizadas para jogadoresde futebol.

Filipe Simões disse ao PME NEWSque estas caneleiras equipam, pon-tualmente, já jogadores um poucopor toda a Europa e em destinos tãoremotos como a Arábia Saudita. O passo seguinte na vida da empresa,que, neste momento começa a terinício, é a criação de uma rede eu-ropeia de distribuição de produtos.

A “introdução de caneleiras per-sonalizadas aumenta não só o con-forto que o atleta sente durante ojogo, devido à leveza e ajuste per-feito, como o seu desempenho, dadoque o jogador se sente mais protegi-do e naturalmente mais confiante”,salienta Filipe Simões

Não dispondo na fase inicial delaboratórios nem de equipamentos,a Sakproject, segundo conta o em-preendedor, contactou diversos la-

boratórios nacionais de pesquisa so-bre materiais, tendo também con-tactado alguns especialistas na áreada protecção humana para mais ra-pidamente perceber “o caminho cer-to” para “um produto de eleição”.Sendo os promotores deste conceitoprofessores, todo o (imenso) tempodedicado a este projecto foi conse-guido à custa de uma redução signi-ficativa do seu tempo de lazer.

“É com muito orgulho que assu-mimos que todo este projecto foi de-senvolvido com dinheiro dos pró-prios promotores”, salienta, lem-brando os “anos intensos de traba-lho e de investimento financeiro”,que começam agora a gerar “algu-ma visibilidade e potencial de retor-no”. É a prova de que em Portugalum empreendedor tem de fazer umesforço enorme para pôr em práticaas suas ideias. Existem mecanismosde financiamento, mas, de acordocom quem bateu a algumas portas,a maioria exige candidaturas exten-sas e especializadas que, mais umavez, “obrigam a um investimento decapitais nem sempre existente nasfases iniciais de projectos inova-dores”.

A Sakproject deixou há muito deser um passatempo de dois amigospara se tornar uma empresa “comelevado potencial”, que tendo emconta os serviços subcontratados jácriou 12 empregos. Neste momento,parte do processo produtivo ainda éassegurado por terceiros através deserviços subcontratados, mas em

breve, estes professores tornadosempreendedores esperam vir a rea-lizar toda a produção nas suas insta-lações.

Se o processo de internacionaliza-ção correr como esperado, a médioprazo será de esperar a necessidadede cerca de 20 funcionários. “A in-ternacionalização está gravada noADN da Sakproject”, afirma FilipeSimões, explicando que todo o con-ceito foi pensado com base em doispressupostos: “facilitar a recolha deinformação tridimensional dos atle-tas em qualquer ponto do mundo emanter a produção em Portugal”. O primeiro parceiro da Sakprojectno exterior operará na Holanda, Bél-gica e Luxemburgo, estando já a serultimados os pormenores destaparceria, revela.

As start ups Sakprojecto, Korange e Waynergy venceram a II edição doPrémio Inovação e Empreendedorismo lançado pela Associação Industrial daRegião de Viseu (AIRV). Fomos conhecer os pontos fortes das três empresas,como estão a ser financiadas, as dificuldades que sentem e o lugar que a internacionalização ocupa nas suas estratégias. Por Almerinda Romeira

Pontos fortes

O conceito da Sakproject assenta napersonalização gráfica de formato,ao alcance de todos. Os materiais deúltima geração utilizados são ele-mento fundamental na dissipaçãodas energias geradas no momentodos inevitáveis impactos durante ojogo. Além disso, os jogadoresdefinem exactamente o contorno dacaneleira sobre a sua perna e quaisas cores e composição gráfica.

Contactos: [email protected]

O Concurso

O concurso da AIRV pretende difundir e despertar ointeresse pelo empreendedorismo, apelar ao surgi-mento e facilitar a criação de novas empresas compotencial inovador e diferenciador no âmbito daactividade empresarial, científica e tecnológica. Nasua 2.a edição, o concurso, que tem âmbito nacional,recebeu 19 candidaturas e atribuiu uma menção hon-rosa ao projecto Granipoly, um produto ecológico queresulta do aproveitamento de resíduos de pedreiras.

Professor Veiga Simão, presidentedo júri, ao centro, ladeado por RuiPina (à esq.) e Filipe Simões

A actividade desta empresade base tecnológica incidena produção de sistemasrobóticos autónomos, sem

necessidade de intervenção huma-na.

João Duarte Barbosa, CEO (chiefexecutive officer) da Korange – Ro-botic Systems, conta que o projectosurgiu há cerca de dois anos, com aparticipação no LabE (Laboratório deEmpreendedorismo) da UATec –Unidade de transferência de Tec-nologia da Universidade de Aveiro.O objectivo era entrar na compe-tição nacional de criação de empre-sas Graduate Programme/Millen-nium BCP e culminou com a con-quista do segundo lugar. O mesmolugar obtiveram agora no concursoda AIRV.

Primeiro foi formada a equipamultidisciplinar que iria trabalharno LabE, só depois, com base nascompetências dos seus elementos,se desenvolveu a ideia. E foi assimque, através de um brainstormingnas residências universitárias daUniversidade de Aveiro, onde mora-vam alguns dos promotores, surgiua ideia do desenvolvimento de umrobô para manutenção de espaçosverdes, aproveitando o know-howda equipa de engenheiros de elec-trónica e do seu gosto pela robótica.A partir daqui, a ideia foi sendo tra-balhada e desenvolvida, procedeu-seao estudo de viabilidade da ideia, es-tratégia e estabelecimento de par-cerias que permitissem tornar o pro-jecto forte e com real possibilidadede concretização. Depois da partici-

Sakproject Caneleiras personalizadas para jogadores de futebol

Korange Robô para manutenção de espaços verdes

A equipa Korange

(esq. p/ dta.) A equipa da KorangeJoão Duarte Barbosa, Sérgio Pires,Duarte Mineiro (Espírito SantoVentures), Fernando de Almeida eCosta, José Casal

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EMPREENDEDORISMO XISEXTA-FEIRA27 de Maio de 2011

Pontos fortes

Os pontos fortes da empresa são aambição e vontade dos promotores ea sua formação multidisciplinar, a lig-ação a uma universidade de excelên-cia, principalmente na área da robóti-ca, o estabelecimento de parceriassólidas, o know-how da equipa deengenharia, o carácter inovador doproduto e o carácter transversal datecnologia desenvolvida.

Contactos: http://www.korange.pt

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O projecto Waynergy, daempresa Waydip, consistena criação de “um novotipo de pavimento”, que

“possui no seu interior um sistemainovador”, que “não causa descon-

forto ou esforço adicional a quem outiliza”, e que “é suficiente” para“permitir a um sistema que está nointerior, gerar energia eléctrica”.

Francisco Duarte, que lançou esteprojecto com Filipe Casimiro, con-

tou ao PME NEWS que a ideia doprojecto surgiu no âmbito de umconcurso lançado pela EDP, com vis-ta ao desenvolvimento de soluçõesque promovessem a eficiência ener-gética em habitações, tendo começa-do na Universidade da Beira Interioro desenvolvimento do conceito degerar energia eléctrica a partir dopavimento. No entanto, foi já apósterminar o mestrado em Engenha-ria Electromecânica que os promo-tores deram continuidade ao projec-to, tendo começado a estudar outrastecnologias com maior viabilidadepara darem vida à ideia.

Como financiaram o projecto? Com a participação em concursos deinovação, tendo vencido o PrémioInovação EDP Richard Branson e aISCTE-IUL MIT Portugal VentureCompetition (na área de Sistemas Sus-tentáveis de Energia e Transportes).

Em que fase se encontra o projec-to? A empresa foi criada há escassosmeses, estando ainda a terminar odesenvolvimento dos primeiros doisprodutos: “waynergy people” e“waynergy vehicles”. Consiste nu-ma equipa de investigação e desen-volvimento, que se dedica ao desen-

volvimento e optimização do projec-to “waynergy”, com vista à criaçãodos produtos atrás mencionados,bem como de outros produtos resul-tantes de projectos de cariz inovadordesenvolvidos pelos promotores, nasáreas de energias renováveis, eficiên-cia energética e ambiente.

O que produz? Actualmente, está a terminar o de-senvolvimento dos produtos “way-nergy people” e “waynergy vehi-cles”. Estes consistem em soluçõespara aplicar no pavimento, que cap-tam a energia cinética associada aomovimento de pessoas e veículos,transformando-a em energia eléctri-ca. Estes produtos podem ser aplica-dos em zonas de grande afluênciade pessoas (“waynergy people” –centros comerciais, estações detransportes públicos, passeios, pas-sadeiras, ginásios, discotecas, esco-las, entre outros) ou de grandeafluência de veículos (“waynergyvehicles” – estradas, auto-estradas,portagens, estações de serviço, par-ques de estacionamento, lombas,entre outros), permitindo aos utili-zadores gerar a sua própria energia.

Que factores diferenciam a Way-nergy da concorrência?

Em relação ao projecto Waynergy,os factores que o diferenciam daconcorrência são a tecnologia, dife-rente das tecnologias actuais paragerar energia eléctrica a partir domovimento de pessoas ou veículos,a sua grande aplicabilidade, pois omesmo sistema pode gerar energia apartir do movimento de uma crian-ça, ou de um camião, dependendoda aplicação pretendida, bem comopode ser aplicado no interior deedifícios ou em zonas exteriores su-jeitas a condições climatéricas ad-versas, a sua fácil implementação,pois o sistema pode ser aplicado porcima do actual pavimento ou emsubstituição do mesmo. O preçotambém é inferior ao dos produtosexistentes no mercado, conseguindoainda gerar mais energia por metroquadrado face à concorrência.

A internacionalização da empresaestá nos vossos propósitos? Sim, através de parcerias interna-cionais com empresas já estabeleci-das nos mercados-alvo, no sector dasenergias renováveis e da eficiênciaenergética, possuindo já know-howdesses mercados, bem como clientese os canais adequados para imple-mentar os nossos produtos nessesmercados.

pação no concurso, entusiasmadoscom o resultado obtido, os promoto-res continuaram a melhorar o planode negócios e procuraram financia-mento.

Quais foram as principais dificul-dades sentidas no arranque do ne-gócio?O projecto como empresa ainda seencontra num estado prematuro (foiconstituída em Maio de 2010), sendoa principal dificuldade encontradaaté ao momento ter obtido financia-mento para arrancar com o projectoe passar ao desenvolvimento de umprotótipo funcional, fase em quenos encontramos actualmente.

Como o estão a financiar?O financiamento adveio de um pro-grama de incentivo à criação do pró-prio emprego, promovido pelo IEFP(Instituto de Emprego e FormaçãoProfissional) em parceria com algu-mas entidades bancárias e umasociedade de garantia mútua.Em que se fase se encontra a em-presa? De momento, a empresa tem trêspromotores dedicados a tempo in-teiro ao projecto e ainda não se en-contra em fase de comercialização.O produto que está em desenvolvi-mento é um robô para manutençãode espaços verdes de pequena e mé-dia dimensão (até 700 m2), sem ne-cessidade de intervenção humana.Estamos também a trabalhar emparceria com o IEETA (Instituto de

Engenharia Electrónica e Telemáti-ca de Aveiro) e com a HortiRelva,uma empresa de Viseu de constru-ção e manutenção de espaços ver-des, com vista ao desenvolvimentode um produto de completa eficiên-cia e excelência, perfeitamenteadaptado às necessidades do merca-do. A entrada no mercado está pre-vista para Maio de 2011.

Que factores a diferenciam da con-corrência?O robô utiliza tecnologia inovadora,conjugando vários tipos de sensorespara evitar obstáculos, sendo a prin-cipal inovação um sistema de locali-zação e planeamento, permitindo si-tuar-se na área de intervenção e de-terminar o espaço já cortado. A loco-moção é feita por motores eléctricos.

O produto potencia a rendibilidadedas empresas, assim como permiteuma maior margem de manobra dosseus recursos, além da comodidadeproporcionada, esta última carac-terística em especial para o segmentodos consumidores particulares.

A internacionalização está nos vos-sos propósitos? Sendo um produto inovador no mer-cado, a internacionalização é natu-ralmente uma evolução da políticacomercial da empresa. Contudo,queremos primeiro estabelecer-nosno mercado nacional e só depoisapostarmos na internacionalização,primeiro para o mercado ibérico eeuropeu e posteriormente para mer-cados de elevado potencial para onosso produto, como o norte-ameri-cano. Na fase inicial, a venda onlineserá um primeiro potenciador paraa internacionalização da empresa.

WaynergyPavimento que gera energia eléctrica

O presidente daAIRV, João Cotta,ladeado pelosempreededores FilipeCasimiro (esq.) eFrancisco DuarteFoto/DR

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