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MINISTRIO DA SADE SECRETARIA DE ATENO A SADE DEPARTAMENTO DE ATENO BSICA

PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENO BSICA (PMAQ) MANUAL INSTRUTIVO ANEXO FICHA DE QUALIFICAO DOS INDICADORES

SumrioLista de Abreviaes .................................................................................................................................... 4 1. rea: Sade da Mulher.......................................................................................................................... 5 1.1INDICADOR:proporodegestantescadastradaspelaequipedeAtenoBsica...............................................5 1.2INDICADOR:mdiadeatendimentosdeprnatalporgestantecadastrada........................................................7 1.3Indicador:proporodegestantesqueiniciaramoprnatalno1trimestre......................................................8 1.4INDICADOR:proporodegestantescomoprnatalemdia...............................................................................9 1.5INDICADOR:proporodegestantescomvacinaemdia.....................................................................................10 1.6INDICADOR:razoentreexamescitopatolgicosdocolodoteronafaixaetriade15anosoumais.............12 1.7INDICADOR:proporodegestantesacompanhadaspormeiodevisitasdomiciliares......................................13 2. rea: Sade da Criana ...................................................................................................................... 14 2.1INDICADOR:mdiadeatendimentosdepuericultura .........................................................................................14 . 2.2INDICADOR:proporodecrianasmenoresde4mesescomaleitamentoexclusivo .......................................16 . 2.3INDICADOR:proporodecrianasmenoresde1anocomvacinaemdia.........................................................18 2.4INDICADOR:proporodecrianasmenoresde2anospesadas........................................................................19 2.5INDICADOR:mdiadeconsultasmdicasparamenoresde1ano......................................................................20 2.6INDICADOR:mdiadeconsultasmdicasparamenoresde5anos ....................................................................21 . 2.7INDICADOR:proporodecrianascombaixopesoaonascer...........................................................................22 2.8INDICADOR:proporodecrianasmenoresdeumanoacompanhadasnodomiclio......................................24 2.9 INDICADOR: cobertura de crianas menores de 5 anos de idade no Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional(SISVAN)...................................................................................................................................................25 Nmero de menores de cinco anos com estado nutricional acompanhado no SISVAN..........................25 X 100......................................................................................................................................................................25 Nmero de menores de cinco anos cadastradas no mesmo local e perodo.............................................25 3. rea: Controle de Diabetes Mellitus e Hipertenso Arterial Sistmica .......................................... 26 3.1INDICADOR:proporodediabticoscadastrados..............................................................................................26 . 3.2INDICADOR:Proporodehipertensoscadastrados ...........................................................................................28 3.3INDICADOR:mdiadeatendimentospordiabtico.............................................................................................31 3.4INDICADORMdiadeatendimentosporhipertenso.........................................................................................33 3.5INDICADOR:proporodediabticosacompanhadosnodomiclio....................................................................35 3.6INDICADOR:proporodehipertensosacompanhadosnodomiclio .................................................................36 . 4. rea: Sade Bucal ............................................................................................................................... 37 4.1INDICADOR:mdiadaaocoletivadeescovaodentalsupervisionada..........................................................37 4.2INDICADOR:coberturadeprimeiraconsultaodontolgicaprogramtica...........................................................39 4.3INDICADOR:coberturade1consultadeatendimentoodontolgicogestante...............................................40 2

4.4INDICADOR:razoentreTratamentosConcludosePrimeirasConsultasOdontolgicasProgramticas...........42 4.5INDICADOR:mdiadeinstalaesdeprtesesdentrias....................................................................................44 4.6INDICADOR:mdiadeatendimentosdeurgnciaodontolgicaporhabitante..................................................46 4.7INDICADOR:taxadeincidnciadealteraesdamucosaoral ............................................................................47 . 5. rea: Produo Geral.......................................................................................................................... 48 5.1INDICADOR:mdiadeconsultasmdicasporhabitante.....................................................................................48 5.2INDICADOR:proporodeconsultasmdicasparacuidadocontinuado/programado.......................................49 5.3INDICADOR:proporodeconsultasmdicasdedemandaagendada................................................................51 5.4INDICADOR:proporodeconsultamdicadedemandaimediata....................................................................53 5.5INDICADOR:proporodeconsultasmdicasdeurgnciacomobservao......................................................55 5.6INDICADOR:proporodeencaminhamentosparaatendimentodeurgnciaeemergncia............................57 5.7INDICADOR:proporodeencaminhamentosparaatendimentoespecializado................................................58 5.8INDICADOR:proporodeencaminhamentosparainternaohospitalar.........................................................59 5.9INDICADOR:mdiadeexamessolicitadosporconsultamdicabsica...............................................................60 5.10INDICADOR:mdiadeatendimentosdeenfermeiro.........................................................................................61 5.11 INDICADOR: mdia de visitas domiciliares realizadas pelo Agente Comunitrio de Sade (ACS) por famlia cadastrada...................................................................................................................................................................63 5.12INDICADOR:proporodeacompanhamentodascondicionalidadesdesadepelasfamliasbeneficiriasdo ProgramaBolsaFamlia...............................................................................................................................................64 6. rea: Vigilncia - Tuberculose e Hansenase ................................................................................... 65 6.1INDICADOR:mdiadeatendimentosdetuberculose..........................................................................................65 6.2INDICADOR:mdiadeatendimentosdehansenase...........................................................................................67 7. rea: Sade Mental ............................................................................................................................. 69 7.1INDICADOR:proporodeatendimentosemSadeMental,excetodeusuriosdelcooledrogas.................69 7.2INDICADOR:proporodeatendimentosdeusuriodelcool...........................................................................71 7.3INDICADOR:proporodeatendimentosdeusuriodedrogas..........................................................................72 7.4INDICADOR:taxadeprevalnciadealcoolismo...................................................................................................74 Bibliografia: ................................................................................................................................................. 76

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Lista de AbreviaesAB Ateno Bsica ACS Agente Comunitrio de Sade ANS Agncia Nacional de Sade CEO - Centros de Especialidades Odontolgicas DATASUS - Departamento de Informtica do SUS ESF Estratgia Sade da Famlia IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica MS Ministrio da Sade NASF - Ncleo de Apoio Sade da Famlia PMAQ Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio PNCT - Programa Nacional de Controle da Tuberculose PNI Programa Nacional de Imunizao PPI Programao Pactuada e Integrada PPT - Plano Preventivo Teraputico Prograb- Programao em Gesto por Resultados da Ateno Bsica SB Sade Bucal SIA Sistema de Informaes Ambulatoriais SIAB Sistema de Informao da Ateno Bsica SINASC Sistema de Informaes Sobre Nascidos Vivos SISVAN - Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional SUS Sistema nico de Sade TDO - Tratamento Diretamente Observado UBS Unidades Bsicas de Sade UF Unidade da Federao

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FICHAS DE QUALIFICAO DOS INDICADORES DO PMAQ

1. rea: Sade da Mulher1.1 INDICADOR: proporo de gestantes cadastradas pela equipe de Ateno Bsica. Conceito: percentual de gestantes cadastradas pela equipe de Ateno Bsica em relao ao total de gestantes estimadas para rea de adscrio da equipe, no perodo considerado. Analisa a captao das gestantes para realizao do Pr-natal com a equipe de Ateno Bsica da rea onde as gestantes residem, permitindo a anlise da proporo de gestantes cadastradas no SIAB, em funo do quantitativo de gestantes estimadas para determinado local e perodo. O resultado pode ser influenciado por vrios fatores: condies socioeconmicas da populao, cobertura de planos privados de sade, etc. Dados extrados de uma base limpa do SIAB apontam uma captao mdia de 43% das gestantes no cadastramento das equipes da Sade da Famlia, com uma variao entre 27% (AC) e 49% (MG). Esse indicador permite subsidiar os processos de planejamento, gesto e monitoramento das aes voltadas ateno pr-natal, parto, puerprio e ateno sade da criana, tanto para as equipes de ateno bsica, como para a gesto municipal. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de gestantes cadastradas pela equipe de Ateno Bsica em determinado local e perodo Nmero de gestantes estimadas na rea de equipe*, no mesmo perodo

X 100

* Estimadas com base na proporo de gestantes usurias do SUS para o municpio.

Gestantes estimadas na rea da equipe = proporo de gestantes usurias do SUS estimadas para o municpio x populao feminina cadastrada na faixa etria de 10 a 59 anos. Gestantes usurias do SUS estimadas para o municpio = (Total de gestantes estimadas para o municpio x proporo de populao feminina usuria do SUS na faixa de 10 a 59 anos) Total de gestantes estimadas para o municpio = nascidos vivos do ano anterior + 10% Populao feminina usuria do SUS na faixa de 10 a 59 anos = Populao feminina na faixa etria de 10 a 59 anos - Populao feminina na faixa etria de 10 a 59 anos beneficiria de assistncia ambulatorial de planos privados de sade. Exemplo: Populao feminina na faixa etria de 10 a 59 anos do municpio (IBGE): 31.965 Populao feminina na faixa etria de 10 a 59 anos beneficiria de assistncia ambulatorial de planos privados de sade do municpio: 5.677 Populao fem. usuria do SUS na faixa de 10 a 59 anos do municpio= 31.965 - 5.677 = 26.288 Proporo da pop. fem. usuria do SUS no municpio: (26.288 X 100) / 31.965 = 82% ou 0,82 Nascidos vivos do ano anterior para o municpio (SINASC): 1.202 Total de gestantes estimadas para o municpio: 1.202 + 10% = 1.3225

Total de gestantes usurias do SUS estimadas para o municpio: 1.322 x 0,82 = 1.084 Proporo de gestantes usurias do SUS sobre o total da populao feminina de 10 a 59 anos do municpio: (1.084 / 31.965) x 100 = 3,4% ou 0,034 N de mulheres de 10 a 59 anos cadastradas pela equipe: 1.355 Nmero de gestantes estimadas na rea de equipe: 1.355 x 0,034 = 46 Nmero de gestantes cadastradas pela equipe: 35 Proporo de gestantes cadastradas pela equipe de Ateno Bsica: (35 / 46) X 100 = 76% Fonte: Numerador: Ficha A do SIAB Denominador: SINASC (nascidos vivos); disponvel em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvbr.def IBGE (populao feminina de 10 a 59 anos); disponvel em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/popbr.def ANS (Populao feminina de 10 a 59 anos beneficiria de assistncia ambulatorial de planos privados de sade); disponvel em: http://www.ans.gov.br/anstabnet/anstabnet/deftohtm.exe?anstabnet/dados/TABNET_02.DEF Periodicidade: mensal Limitaes: Diagnstico tardio de gravidez. Aes que promovem a melhoria do indicador: Busca ativa das gestantes na rea de abrangncia da equipe, por meio de visitas domiciliares regulares, para cadastramento e incio precoce do pr-natal. Capacitao/atualizao os profissionais das equipes com vista qualificao dessa ao e alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Acompanhamento das taxas de natalidade na rea de abrangncia da equipe ou do municpio para anlise de tendncias e interpretao de resultados desse indicador.

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1.2 INDICADOR: mdia de atendimentos de pr-natal por gestante cadastrada. Conceito: analisa a mdia de atendimentos de pr-natal, realizados por mdico e enfermeiro da equipe de Ateno Bsica, por gestante cadastrada em determinado local e perodo. Ao estimar a mdia de atendimentos por gestante cadastrada, permite uma anlise da suficincia da oferta desses atendimentos diante da demanda potencial das gestantes cadastradas. Dados extrados de uma base limpa do SIAB apontam, em 2010, uma mdia de 7 atendimentos/gestante, com uma variao entre 5 (SP e MG) e 9 (AL, PB, SE, CE). Mtodo de clculo: Nmero de atendimentos de pr-natal em determinado local e perodo Nmero de gestantes cadastradas no mesmo local e perodo

Fonte:

Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB.

Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, dentro de suas competncias especficas, para melhorar o acesso e qualidade das aes de pr-natal e a alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Implantao de protocolo para as aes de pr-natal e monitoramento da conformidade das prticas das equipes de Ateno Bsica em relao aos parmetros de qualidade estabelecidos, inclusive no que diz respeito humanizao desse tipo de atendimento. Garantia de disponibilidade suficiente de insumos, equipamentos, exames e medicamentos necessrios ao atendimento de pr-natal, segundo os parmetros de qualidade vigentes. Garantia de acesso a referncias especializadas para os casos de pr-natal de alto risco. Busca ativa das gestantes na rea de abrangncia da equipe, por meio de visitas domiciliares regulares, para cadastramento e incio precoce do pr-natal. Acompanhamento das taxas de natalidade e da cobertura populacional por planos privados de sade, na rea de abrangncia da equipe ou do municpio, para anlise de tendncias e melhor interpretao de resultados desse indicador. Atualizao sistemtica do cadastro de usurios, a fim de garantir um monitoramento adequado do indicador e favorecer a continuidade do cuidado: aes de busca ativa de gestantes, acompanhamento prioritrio das famlias com gestantes nas visitas domiciliares, busca de gestantes faltosas s consultas de pr-natal, visita ao recm-nascido e purpera, etc.

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1.3 Indicador: proporo de gestantes que iniciaram o pr-natal no 1 trimestre. Conceito: percentual de gestantes cadastradas que iniciaram o pr-natal no 1 trimestre, em determinado local e perodo. Esse indicador avalia a precocidade do acesso ao acompanhamento pr-natal. A captao de gestantes para incio oportuno do pr-natal essencial para o diagnstico precoce de alteraes e interveno adequada sobre condies que vulnerabilizam a sade da gestante e da criana. Segundo dados extrados de uma base limpa do SIAB (2010), em mdia, 79% das gestantes acompanhadas pelos ACS teriam comeado o pr-natal no 1 trimestre, com uma variao entre56% (AC) a 89% (SP). Mtodo de clculo: Nmero de gestantes acompanhadas que iniciaram o prnatal no primeiro trimestre em determinado local e perodo Total de gestantes cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Periodicidade: Mensal Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Limitaes: O desconhecimento da data da ltima menstruao e inconsistncias no registro da idade gestacional. Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, dentro de suas competncias especficas, para melhorar a captao precoce de gestantes e a alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Busca ativa das gestantes na rea de abrangncia da equipe e atualizar periodicamente no SIAB os dados referentes ao cadastro de gestantes e ao incio do pr-natal.

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1.4 INDICADOR: proporo de gestantes com o pr-natal em dia. Conceito: percentual de gestantes que esto com o pr-natal em dia em relao ao total de gestantes cadastradas, em determinado local e perodo. Em alguma medida, esse indicador permite inferir as condies de acesso ao pr-natal. Esse indicador depende da adeso da gestante ao atendimento de pr-natal e do acolhimento e acessibilidade da equipe de ateno bsica. O incio do pr-natal no primeiro trimestre e a regularidade das consultas so condies essenciais para o alcance de um nmero satisfatrio de atendimentos com qualidade. A ateno pr-natal deve ter uma mdia de 7 atendimentos durante a gestao (pelo menos uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e trs no terceiro trimestre), alm da consulta de puerprio. Esse indicador permite avaliar a adeso e regularidade ao acompanhamento Pr-Natal. Dados extrados de uma base limpa do SIAB apontam que, em 2010, 90% das gestantes acompanhadas pelos ACS estariam com o pr-natal em dia, com uma variao entre 66% (DF) a 96% (MT). Mtodo de clculo: Nmero de gestantes com o pr-natal em dia, em determinado local e perodo Total de gestantes cadastradas, no mesmo local e perodo

X 100

Fonte:

Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

Periodicidade: Mensal Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Aes que promovem a melhoria do indicador: Captao precoce das mulheres com suspeita de gravidez para incio oportuno do prnatal. Estratgias para facilitao do acesso e adeso ao atendimento de pr-natal (humanizao do atendimento, flexibilizao de horrios, lembrete das consultas agendadas, busca ativa de gestantes faltosas as consultas do pr-natal, etc.) Capacitao dos profissionais da ateno bsica para alimentao adequada e oportuna do SIAB. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao / contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Capacitao dos profissionais por meio da implantao de protocolo de ateno pr-natal e monitoramento da conformidade das condutas ao preconizado no protocolo.

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1.5 INDICADOR: proporo de gestantes com vacina em dia Conceito: percentual de gestantes cadastradas que esto com a vacina toxide tetnico em dia, no mesmo local e perodo. Esse indicador mede a cobertura vacinal de toxide tetnico entre as gestantes cadastradas na rea da equipe de Ateno Bsica, a partir dos dados provenientes do acompanhamento das gestantes por meio de visitas domiciliares regulares. influenciado por fatores socioeconmicos e culturais, assim como pelas condies de acesso da populao Unidade Bsica de Sade. Em geral, os segmentos populacionais com nveis socioeconmicos menos favorecidos apresentam menores coberturas vacinais. A cobertura de planos privados e a utilizao de clnicas privadas de vacinao no devem interferir de forma significativa nesse indicador, considerando que a imunizao uma das aes bsicas mais utilizadas por todas as classes sociais na rede pblica de servios do SUS e que essa informao deve ser coletada nas visitas a todos os domiclios da rea da equipe, referindose situao vacinal de cada gestante acompanhada, independente do local onde tenha sido imunizada. Esse indicador subsidia o planejamento, gesto e avaliao das aes voltadas para a ateno pr-natal, em especial a vacinao de gestantes contra o ttano. Dados de 2010, obtidos de uma base limpa do SIAB, apontam que 93% das gestantes acompanhadas pelos ACS (vinculados ESF) estariam com a vacinao em dia, com uma variao entre de 67% (DF) a 98% (CE). Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de gestantes com vacina em dia em determinado local e perodo Nmero de gestantes cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Periodicidade: mensal Limitaes: Interpretao incorreta dos critrios adotados para classificar as gestantes de acordo com a situao vacinal. Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, dentro de suas competncias especficas, para melhorar a cobertura vacinal de gestantes e a alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Realizar busca ativa das gestantes na rea de abrangncia da equipe e atualizar periodicamente no SIAB os dados referentes ao cadastro de gestantes e s gestantes vacinadas. Privilegiar as famlias com gestantes nas visitas domiciliares da equipe.10

Implantar estratgias para melhorar a cobertura vacinal das gestantes: mobilizao de todos os profissionais da equipe para verificao da situao vacinal das gestantes em todas as oportunidades; atividades educativas para conscientizao das gestantes; iniciativas de facilitao do acesso, como flexibilizao dos horrios de aplicao das vacinas, etc.

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1.6 INDICADOR: razo entre exames citopatolgicos do colo do tero na faixa etria de 15 anos ou mais Conceito: expressa a produo e a oferta de exames citopatolgicos do colo do tero (Papanicolaou) na populao feminina com 15 anos ou mais em determinado local e perodo. Esse indicador possibilita verificar se as equipes de Ateno Bsica esto realizando aes de rastreamento do cncer do colo do tero. Ressalta-se que, alm da baixa incidncia de cncer em mulheres jovens, h evidncias de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que em mulheres mais maduras (Sasieni, 2009). Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre anticoncepo, doenas sexualmente transmissveis e prticas de sexo seguro. Essas medidas podem ser implementadas sem a necessidade da incluso no programa de rastreamento (USA/CDC, 2006). Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de exames citopatolgicos do colo do tero, em mulheres na faixa etria de 15 anos ou mais*, em determinado local e perodo Populao feminina cadastrada, nesta faixa etria, em determinado local e perodo *A faixa etria prioritria para rastreamento do cncer do colo do tero na populao feminina continua sendo de 25 a 64 anos; como no SIAB s possvel obter o indicador na faixa etria acima de 15 anos, no primeiro ciclo de avaliao do PMAQ ser utilizada essa faixa etria. Fonte: Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB

Periodicidade: Mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, quanto s diretrizes do Programa de Controle do Cncer do Colo do tero: periodicidade, populao alvo, mtodo e a alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Orientao populao quanto necessidade do exame e realizar busca ativa das mulheres na idade de 25 a 64 anos, para realizao do exame citopatolgico conforme normas preconizadas pelo Programa de Controle do Cncer de Colo de tero. Nota: Para a faixa etria 15 anos ou mais, no h parmetro consensual para anlise deste indicador, pois o parmetro de 0,3 refere-se exclusivamente populao alvo do programa (25 a 64 anos), dentro da frequncia recomendada (1 exame a cada 3 anos). 12

1.7 INDICADOR: proporo de gestantes acompanhadas por meio de visitas domiciliares. Conceito: percentual de gestantes acompanhadas por meio de visitas domiciliares, em relao s cadastradas, em determinado local e perodo. Mede a proporo de gestantes acompanhadas por meio de visitas domiciliares e permite avaliar possveis dificuldades na realizao das visitas, alm de subsidiar o planejamento, gesto e avaliao das aes voltadas para a ateno pr-natal. O objetivo desse acompanhamento o monitoramento da situao de sade de todas as gestantes da rea, independente de onde elas estejam fazendo o pr-natal, de modo a estimular a adeso regular ao pr-natal, estimular hbitos de vida e condutas saudveis e seguras, alm da possibilidade de identificar situaes de risco que exijam intervenes oportunas para proteo da gestante e do concepto. Mtodo de clculo: Nmero de gestantes acompanhadas por meio de visitas domiciliares em determinado local e perodo Total de gestantes cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Funo do Indicador no PMAQ: Monitoramento Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitar os profissionais da equipe para alimentao correta e oportuna do SIAB. Capacitar os profissionais da equipe para a melhoria da qualidade do acompanhamento domiciliar das gestantes, reforando a importncia de executar todas as aes previstas para essas visitas: detectar precocemente as gestantes, estimular o incio do pr-natal no 1 trimestre, verificar o carto da gestante em cada visita (pr-natal em dia, vacinao em dia,...), reforar a importncia da adeso regular ao pr-natal e estimular hbitos de vida saudveis para a gestante e o beb, entre outros.

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2. rea: Sade da Criana2.1 INDICADOR: mdia de atendimentos de puericultura Conceito: nmero mdio de atendimentos de puericultura (Acompanhamento de Crescimento e Desenvolvimento), realizados por mdico ou enfermeiro, por criana menor de 2 anos cadastrada na equipe de Ateno Bsica, em determinado local e perodo. O atendimento de puericultura permite o diagnstico precoce de problemas relacionados ao crescimento, estado nutricional, desenvolvimento neuropsicomotor e comportamental, alm da preveno de doenas imuno-prevenveis e promoo de hbitos de vida saudveis, entre outros. Esse indicador mede a relao entre a produo de atendimentos de puericultura e as crianas menores de 2 anos acompanhadas pela equipe de Ateno Bsica no domiclio, avaliando a potencial suficincia da oferta desses atendimentos ambulatoriais, caso a produo fosse igualmente distribuda por todas essas crianas. Apesar das aes de puericultura no se limitarem s crianas menores de 2 anos, esta faixa etria est sendo priorizada pela Rede Cegonha. Considerando o nmero de atendimentos de puericultura preconizados para menores de 1 ano (7 / ano) e crianas entre o 1 e 2 ano de vida (2 / ano), e o nmero mdio de crianas menores de 2 anos segundo o censo 2010, a mdia de atendimentos de puericultura para crianas nessa faixa etria seria de 4,5 / criana / ano. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de atendimentos de puericultura (mdico e enfermeiro) para menores de 2 anos Nmero de menores de 2 anos*acompanhados no mesmo local e perodo*Menores de 2 anos o nmero de crianas com idade at 23 meses e 29 dias da Ficha C ( a cpia do carto da criana que fica com o ACS) utilizada para acompanhamento domiciliar pelo ACS, registrado no consolidado SSA2. No relatrio SSA2 a somatria de crianas de 0 a 11 meses e 29 dias com crianas de 12 a 23 meses e 29 dias.

Fonte:

Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao tcnica da equipe, particularmente dos profissionais que fazem o acompanhamento domiciliar, para identificar e captar precocemente as crianas, iniciando de forma oportuna a puericultura na unidade bsica de sade. Capacitao de mdicos e enfermeiros para qualificar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianas, melhorando a confiana tcnica dos profissionais e a satisfao dos usurios com essas aes. Monitoramento desse indicador e utilizao dos resultados para programar as aes de puericultura e reorganizar os processos de trabalho, com vistas expanso do acesso das crianas a essas aes de sade.14

Garantia de condies adequadas para realizao dessas aes pelas equipes de Ateno Bsica, com suficincia de equipamentos, vacinas, insumos e medicamentos e suplementos essenciais sua execuo de forma resolutiva.

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2.2 INDICADOR: proporo de crianas menores de 4 meses com aleitamento exclusivo

Conceito: percentual de crianas acompanhadas no domiclio que esto sendo alimentadas exclusivamente com leite materno at os 120 dias de vida, em determinado local e perodo. Estima a frequncia da prtica do aleitamento materno exclusivo nos primeiros quatro meses de vida. Nveis de prevalncia elevados esto associados a boas condies gerais de sade e de nutrio da populao infantil, sugerindo potencial resistncia s infeces. Segundo resultados regionais obtidos de uma base limpa do SIAB (2010), em mdia 76% das crianas acompanhadas pelos ACS nessa faixa etria estariam em aleitamento materno exclusivo, com uma variao entre 70% (NE) a 82% (N). Um estudo realizado em 2008 sobre aleitamento materno exclusivo em crianas menores de 6 meses nas capitais brasileiras, apontou uma prevalncia de 41%, com variao entre 56% (Belm) e 27% (Cuiab) (Brasil, 2009). ALERTA: A faixa etria recomendada para o aleitamento materno exclusivo at 6 meses, mas, devido atual forma de agregao das faixas etrias no SIAB, esse indicador ser monitorado para a faixa de at 4 meses. Depois dos 6 meses, a amamentao deve ser complementada com outros alimentos, mas bom que a criana continue sendo amamentado at 2 anos ou mais. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de menores de 04 meses com aleitamento materno exclusivo* em determinado local e perodo Nmero de menores de 04 meses** acompanhadas no mesmo local e perodo

X 100

* o nmero de crianas com idade at 3 meses e 29 dias que esto em aleitamento exclusivo, registrado no consolidado SSA2. **Menores de 4 meses o nmero de crianas com idade at 3 meses e 29 dias da Ficha C ( a cpia do carto da criana que fica com o ACS) utilizada para acompanhamento domiciliar pelo ACS, registrado no consolidado SSA2.

Fonte:

Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Anlise das condies de sade e nutrio dos lactentes e orientar medidas oportunas para que a maioria das crianas seja mantida em aleitamento materno exclusivo at completar seis meses de vida. Realizao de atividades de grupo de gestantes com enfoque na orientao e preparao para o aleitamento materno. Aes educativas para a gestante e sua famlia, tanto nas consultas como nas visitas domiciliares, orientaes sobre a importncia do aleitamento materno exclusivo e dar suporte s possveis dificuldades das mes em aleitamento.16

Priorizao das famlias com crianas at 2 anos nas visitas domiciliares, enfatizando a importncia do aleitamento exclusivo at os seis meses de idade e a manuteno do aleitamento associado a outros alimentos at os dois anos de idade.

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2.3 INDICADOR: proporo de crianas menores de 1 ano com vacina em dia Conceito: percentual de crianas menores de 1 ano imunizadas de acordo com o esquema vacinal vigente para essa faixa etria, em determinado local e perodo. Devem ser considerados os seguintes tipos de vacinas e respectivo esquema, de acordo com o perodo de anlise: - Tetravalente (contra difteria, ttano, coqueluche, meningite e outras infeces pela bactria haemophilus influenza tipo b), 3 doses em menores de 1 ano; - Poliomielite oral, 3 doses em menores de 1 ano; - Tuberculose BCG, 1 dose em menores de 1 ano; - Hepatite B, 3 doses em menores de 1 ano; Esse indicador estima a proporo da populao infantil menor de 1 ano imunizada de acordo com o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizao (PNI). A meta operacional bsica do Programa Nacional de Imunizao (PNI) vacinar 100% das crianas menores de 1 ano com todas as vacinas indicadas no calendrio bsico. Segundo dados extrados de uma base limpa do SIAB (2010), 97% das crianas menores de 1 ano acompanhadas pelos ACS estariam com a vacinao em dia, com uma variao entre 96% (NE, N) a 99% (CO). Valores mdios elevados podem encobrir bolses de baixa cobertura em determinados grupos populacionais, comprometendo o controle das doenas imuno-prevenveis. A desagregao dos dados por microrea pode demonstrar essas variaes e intervenes em reas especficas. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de menores de 01 ano com vacina em dia*, em determinado local e perodo Nmero de menores de 01 ano cadastrados no mesmo local e perodo *Com esquema vacinal em dia Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Busca ativa das crianas menores de 01 ano na rea de abrangncia da equipe e atualizao peridica do cadastro no Sistema de Informao de Ateno Bsica - SIAB, por meio de visitas domiciliares regulares. Verificao da situao vacinal na Caderneta de Sade da Criana em todos os atendimentos, aproveitando oportunidades para atualizar o esquema vacinal e orientar as famlias sobre a sua importncia. Monitoramento peridico desse indicador com vistas programao de aes para melhoria da cobertura vacinal: campanhas, busca ativa, aes educativas, flexibilizao de horrios de atendimento, mutires de imunizao em reas de difcil acesso, etc.

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2.4 INDICADOR: proporo de crianas menores de 2 anos pesadas Conceito: este indicador expressa o percentual de crianas menores de 2 anos pesadas entre as acompanhadas no domiclio, em determinado local e perodo. Mede a cobertura de crianas de 02 anos pesadas, em relao ao total das acompanhadas no domiclio. A mensurao peridica do peso das crianas permite a identificao precoce de situaes de risco e necessidades de interveno associadas com baixo peso, desnutrio ou sobrepeso. Considerando que as famlias com crianas devem ser priorizadas nas visitas domiciliares e que a mensurao do peso constitui uma atividade essencial para o acompanhamento das crianas, espera-se que a totalidade das crianas com menos de 2 anos sejam regularmente pesadas. Segundo dados obtidos de uma base limpa do SIAB, mais de 90% das crianas acompanhadas na Sade da Famlia seriam pesadas, com uma variao regional entre 85% (N) a 91% (NE). Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de menores de 2 anos*pesadas em determinado local e perodo Nmero de menores de 2 anos**acompanhados no mesmo local e perodo

X 100

*Menores de 2 anos pesadas o nmero de crianas com idade at 23 meses e 29 dias registrado no consolidado SSA2. No relatrio SSA2 a somatria de crianas de 0 a 11 meses e 29 dias pesadas com crianas de 12 a 23 meses e 29 dias pesadas. **Menores de 2 anos o nmero de crianas com idade at 23 meses e 29 dias da Ficha C ( a cpia do carto da criana que fica com o ACS) utilizada para acompanhamento domiciliar pelo ACS, registrado no consolidado SSA2. No relatrio SSA2 a somatria de crianas de 0 a 11 meses e 29 dias com crianas de 12 a 23 meses e 29 dias. Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Busca ativa de crianas que no frequentam os servios de sade. Pesagem da criana em toda oportunidade de atendimento e atualizao do peso na Caderneta de Sade da Criana. Melhoria da qualidade dessas informaes no SIAB, vinculando essas aes vigilncia alimentar e nutricional realizada por meio do SISVAN nas comunidades. Realizao de aes de vigilncia alimentar e nutricional, no mbito da ateno bsica para a populao adscrita. Monitoramento com regularidade desse indicador, utilizando seus resultados para a programao de aes e reorganizao dos processos de trabalho da equipe com vistas melhoria da sua cobertura. Garantia de disponibilidade de equipamentos antropomtricos em quantidade e condies de funcionamento adequadas.19

2.5 INDICADOR: mdia de consultas mdicas para menores de 1 ano Conceito: nmero mdio de consultas mdicas por criana menor de 1 ano, em determinado local e perodo. Permite analisar a suficincia da produo de consultas mdicas para essa faixa etria em relao demanda potencial das crianas menores de 1 ano acompanhadas pela equipe nos domiclios, no mesmo local e perodo. Esse indicador considera, alm dos atendimentos mdicos programticos (puericultura), as consultas de urgncia e demanda agendada, permitindo uma anlise mais abrangente da acessibilidade da equipe para as doenas prevalentes nessa faixa etria e outras demandas espontneas. Ele permite avaliar a adequao do volume da produo de consultas mdicas em relao s necessidades da populao, subsidiando processos de planejamento, gesto e avaliao voltados para a assistncia mdica sade da criana. ALERTA: importante que os registros de atendimentos de puericultura realizados pelos mdicos tambm sejam registrados na Ficha D de consultas mdicas por faixa etria, para no subestimar a oferta de atendimentos mdicos que esse indicador pretende mensurar. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de consultas mdicas para menores de 1 ano, no mesmo local e perodo Nmero de menores de 1 ano acompanhados, no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao dos profissionais da equipe para alimentao adequada do SIAB e acompanhamento domiciliar das famlias cadastradas. Capacitao dos mdicos para a qualificao dos atendimentos criana, promovendo maior segurana e resolubilidade do profissional nessas aes e maior confiana e satisfao da populao com o trabalho da equipe. Reorganizao dos processos de trabalho da equipe de Ateno Bsica para melhorar a acessibilidade ao atendimento mdico de forma oportuna. Aperfeioamento do acolhimento e classificao de risco para melhoria do acesso da demanda espontnea (urgncias e demanda agendada). Monitoramento peridico desse indicador, utilizando seus resultados para programao de aes e reorganizao de processos de trabalho da equipe. Garantia de disponibilidade de equipamentos, insumos e medicamentos para o atendimento de qualidade em Sade da Criana.

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2.6 INDICADOR: mdia de consultas mdicas para menores de 5 anos Conceito: nmero mdio de consultas mdicas por criana menor de 5 anos cadastrada, em determinado local e perodo. Permite analisar a suficincia da produo de consultas mdicas para essa faixa etria em relao demanda potencial das crianas menores de 5 anos cadastradas pela equipe nos domiclios, no mesmo local e perodo. Esse indicador considera, alm dos atendimentos mdicos programticos (puericultura), as consultas de urgncia e demanda agendada, permitindo uma anlise mais abrangente da acessibilidade da equipe para as doenas prevalentes nessa faixa etria e outras demandas espontneas. Com base em parmetros de programao da Programao Pactuada e Integrada (PPI) e do Prograb - metade dos atendimentos de puericultura e estimativa de doenas prevalentes na infncia -, estima-se uma mdia anual de 1,7 consultas mdicas por criana menor de 5 anos. Segundo dados extrados de uma base limpa do SIAB (2010), a mdia de consultas mdicas por criana nessa faixa etria estaria em 1,7, variando de 1,6 (SE) a 1,9 (S e N). Esse indicador permite avaliar a adequao do volume da produo de consultas mdicas em relao s necessidades da populao, subsidiando processos de planejamento, gesto e avaliao voltados para a assistncia mdica sade da criana. ALERTA: importante que os registros de atendimentos de puericultura realizados pelos mdicos tambm sejam registrados na Ficha D de consultas mdicas por faixa etria, para no subestimar a oferta de atendimentos mdicos que esse indicador pretende mensurar. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de consultas mdicas para menores de 5 anos, no mesmo local e perodo Nmero de menores de 5 anos cadastrados, no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB. Denominador: Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao dos profissionais da equipe para alimentao adequada do SIAB e acompanhamento domiciliar das famlias cadastradas. Capacitao dos mdicos para a qualificao dos atendimentos criana, promovendo maior segurana e resolubilidade do profissional nessas aes e maior confiana e satisfao da populao com o trabalho da equipe. Reorganizao dos processos de trabalho da equipe de Ateno Bsica para melhorar a acessibilidade ao atendimento mdico de forma oportuna. Aperfeioamento do acolhimento e classificao de risco para melhoria do acesso da demanda espontnea (urgncias e demanda agendada). Monitoramento peridico desse indicador, utilizando seus resultados para programao de aes e reorganizao de processos de trabalho da equipe. Garantia de disponibilidade de equipamentos, insumos e medicamentos para o atendimento de qualidade em Sade da Criana.21

2.7 INDICADOR: proporo de crianas com baixo peso ao nascer Conceito: percentual de crianas com peso ao nascer inferior a 2.500 gramas, em determinado local e perodo. Compreende a primeira pesagem do recm nascido, preferencialmente realizada durante a 1 hora de vida, no Hospital ou Maternidade onde nasceram Esse indicador calculado com base na proporo de registros de nascidos vivos cuja primeira pesagem foi menor que 2.500 g e o total de nascidos vivos. Essa informao pode ser obtida no Pronturio, na declarao de nascido vivo ou na Caderneta de Sade da Criana. Mede, percentualmente, a frequncia de nascidos vivos de baixo peso, em relao ao total de nascidos vivos e pretende antes de tudo verificar em que medida as equipes de AB esto identificando esse grupo de risco para acompanhamento prioritrio. A ocorrncia de baixo peso ao nascer expressa retardo do crescimento intrauterino ou prematuridade e representa importante fator de risco para a morbimortalidade neonatal e infantil. Portanto, trata-se de um grupo de risco que deve ser identificado e acompanhado com prioridade mxima pelas equipes de AB. O indicador serve como preditor da sobrevivncia infantil: quanto menor o peso ao nascer, maior a probabilidade de morte precoce. Valores em torno de 5-6% so encontrados em pases desenvolvidos, e convenes internacionais estabelecem que esta proporo no deve ultrapassar 10%. Segundo dados de 2009 do SINASC, a mdia nacional seria de 8,4%, variando de 6,7% (TO) a 9,68% (DF). Segundo dados extrados de uma base limpa do SIAB, 9,5% dos nascidos vivos cadastrados pelas equipes da ESF seriam de baixo peso, com uma variao entre 8% (NE) a 11% (S). Propores elevadas de nascidos vivos de baixo peso esto associadas, em geral, a baixos nveis de desenvolvimento socioeconmico e de assistncia materno-infantil, no s referentes ao pr-natal, mas tambm prematuridade relacionada ao excesso de partos cirrgicos. Esse indicador pode subsidiar iniciativas de interveno na qualidade do pr-natal e orientar condutas de risco das gestantes que vulnerabilizam ao baixo peso ao nascer (tabagismo, alcoolismo e outras). Pode ser utilizado para processos de planejamento, gesto e avaliao de polticas e aes voltadas para a promoo da sade reprodutiva, bem como proteo e ateno sade infantil. Esse indicador no influenciado apenas pela qualidade do pr-natal ou por fatores de risco sobre os quais as equipes possam atuar, mas tambm por outros aspectos, como a qualidade da assistncia ao parto e interrupo prematura da gestao. importante observar que as maiores frequncias de baixo peso ao nascer so apresentadas por estados onde a proporo de partos cesreos tambm est acima da mdia nacional. Funo do Indicador no PMAQ: monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de crianas com peso ao nascer menor que 2.500 g, em determinado local e perodo Nmero de nascidos vivos no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB. Periodicidade: mensal22

X 100

Aes que promovem a melhoria do indicador: Busca ativa das gestantes, purperas e nascidos vivos na rea de abrangncia da equipe, realizao do cadastro e acompanhamento mensal dos mesmos por meio de visitas domiciliares, com atualizao regular do Sistema de Informao de Ateno Bsica - SIAB. Capacitao dos profissionais para qualificao das aes de pr-natal, aumentado a segurana dos profissionais e a satisfao das usurias com o atendimento. Discusso em Grupos de Gestantes sobre temas relevantes para preveno de fatores de risco, prematuridade e baixo peso ao nascer (tabagismo, alcoolismo, etc). Monitoramento desse indicador para subsidiar o planejamento e avaliao das aes para melhoria da qualidade do pr-natal e a ateno Sade da Criana. Melhoria do acesso e qualidade do registro de peso ao nascer nas maternidades, casas de parto e hospitais.

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2.8 INDICADOR: proporo de crianas menores de um ano acompanhadas no domiclio Conceito: este indicador mede o percentual de crianas menores de um ano residentes que foram acompanhados por meio de visitas domiciliares dentre as cadastrados pela equipe, em determinado local e perodo. Esse indicador expressa a proporo de crianas menores de 1 ano acompanhadas por meio de visitas domiciliares regulares. O objetivo dessa ao o acompanhamento desse grupo prioritrio de forma proativa pela equipe, de modo a monitorar sua situao de sade, estimular a realizao de aes preconizadas para essa faixa etria (consultas de puericultura em dia, vacinao em dia, aleitamento materno,...), identificar precocemente situaes de risco para encaminhamento oportuno e realizar aes educativas junto famlia para melhoria da qualidade do cuidado criana, entre outros. Funo do Indicador no PMAQ: monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de crianas menores de 1 ano acompanhadas em determinado local e perodo Nmero de crianas menores de 1 ano cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Melhoria da qualidade dos registros das visitas domiciliares a crianas, nas fichas de acompanhamento das famlias. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao / contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Capacitao da equipe para qualificar as aes de acompanhamento domiciliar das crianas menores de 1 ano: identificao precoce de recm-nascidos para a 1 visita domiciliar e cadastramento, atualizao peridica do cadastro, priorizao desse grupo prioritrio nas visitas programadas, orientaes para melhoria da qualidade do cuidado e proteo sade da criana, etc.

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2.9 INDICADOR: cobertura de crianas menores de 5 anos de idade no Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional (SISVAN). Conceito: percentual de crianas menores de cinco anos de idade cujo estado nutricional foi acompanhado no mbito da Ateno Bsica por meio do Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) em determinado espao geogrfico, no perodo considerado. Mede a proporo de crianas menores de cinco anos que tiveram o estado nutricional acompanhado dentro das aes de puericultura da ateno bsica sade, por meio do Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional SISVAN.Nas crianas menores de cinco anos, a vigilncia nutricional por meio do SISVAN permite avaliar indicadores como peso-para-idade, altura-paraidade e ndice de Massa Corporal (IMC) para idade, permitindo o clculo de importantes prevalncias, tais como desnutrio (ponderal e crnica), eutrofia (para quaisquer dos indicadores), excesso de peso e obesidade. O indicador de desnutrio infantil no Pacto pela Sade (baixo peso para idade em crianas menores de cinco anos) obtido a partir do SISVAN, portanto a melhoria da cobertura desse sistema tambm promove o alcance da meta pactuada pelo municpio. Funo do Indicador no PMAQ: monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de menores de cinco anos com estado nutricional acompanhado no SISVAN X 100 Nmero de menores de cinco anos cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional SISVAN. Denominador: Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Limitaes: Em alguns municpios brasileiros, o acompanhamento nutricional do SISVAN limitado ao acompanhamento das crianas beneficirias do Programa Bolsa Famlia, gerando um vis na cobertura do pblico-alvo. Aes que promovem a melhoria do indicador: Melhorar a qualidade das aes de puericultura: acompanhamento nutricional do mximo de crianas no territrio das equipes, busca ativa de crianas que no frequentam os servios de sade, disponibilidade de equipamentos antropomtricos nas unidades, etc. Capacitao dos profissionais da AB para melhoria da alimentao do SISVAN e do SIAB, assim como a sua utilizao para o diagnstico individual e coletivo, e orientao das aes das equipes em relao agenda de alimentao e nutrio nas comunidades. Realizao de aes de vigilncia alimentar e nutricional no mbito da ateno bsica para a populao adscrita.

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3. rea: Controle de Diabetes Mellitus e Hipertenso Arterial Sistmica3.1 INDICADOR: proporo de diabticos cadastrados Conceito: este indicador expressa o percentual de diabticos cadastrados dentre os diabticos estimados para a populao de 15 anos ou mais, residente em determinado local e perodo. Apesar dos protocolos e estudos sobre as aes de controle do diabetes focalizarem a populao com 18 anos ou mais, considerando a impossibilidade atual de desagregao das faixas etrias do SIAB, no 1 ciclo de avaliao do PMAQ ser considerada a faixa etria de 15 anos ou mais. A importncia do diagnstico populacional para controle dessa doena se justifica amplamente, pois alm da sua prevalncia estar aumentando, o diabetes lidera como causa de cegueira, doena renal, amputao, alm de expor a um aumento de mortalidade, principalmente por eventos cardiovasculares. Para o cadastro so consideradas diabticas as pessoas com essa doena referida pela famlia, mas cujo diagnstico tenha sido estabelecido por um mdico. Esta informao de registro no momento da visita domiciliar (Ficha B DIA) e est disponvel no Cadastro da Famlia (Ficha A) do Sistema de Informao da Ateno Bsica SIAB. Diabticos estimados no 1 ciclo de avaliao do PMAQ, sero considerados os resultados da ltima Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD-2008) sobre o percentual de adultos com 15 anos ou mais que referiram diagnstico mdico de Diabetes Mellitus. Esse indicador estima a captao de pessoas com diabetes na populao de15 anos ou mais cadastrada, isto , em que medida a equipe de Ateno Bsica tem conhecimento dos diabticos da sua rea de adscrio. Portanto, essa informao contribui tanto para a anlise das condies de sade da populao como para a avaliao das aes das equipes para o controle do Diabetes Mellitus. O cadastramento dos diabticos o primeiro passo para a programao e organizao dos processos de trabalho da equipe voltados ao controle dessa doena, na medida em que a equipe que no conhece os diabticos da sua rea de adscrio, no tem condies de acompanhamento adequado desse grupo de risco. Parmetros de programao preconizados pelo Ministrio da Sade (Brasil, 2006) definem que pelo menos 65% dos diabticos estimados deveriam ser acompanhados pelas equipes de ateno bsica. No entanto, considerando que apenas 50% dos diabticos tenham o diagnstico mdico, imprescindvel a busca ativa de novos casos. Segundo os resultados obtidos de uma base de dados do SIAB, 52% dos diabticos estimados estariam cadastrados pelas equipes da Sade da Famlia, variando de 33% (AP) a 68% (SP). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios de 2008 (PNAD), a prevalncia mdia referida de diabticos entre pessoas com 15 anos ou mais seria de 4,5%, com uma variao de 2,6% em Roraima a 6% em So Paulo (Tab. 1, pg. 30), diferena que pode expressar tanto desigualdades de acesso ao diagnstico como variaes na exposio a fatores de risco. Esse indicador pode subsidiar o planejamento, gesto e avaliao de polticas e aes preventivas e assistenciais relativas ao Diabetes Mellitus e as doenas associadas, tais como estimativa de demanda de medicamentos e da necessidade de profissionais e servios especializados para tratamento das doenas causadas pelo diabetes, como doena renal crnica.26

Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho

Mtodo de clculo: Nmero de diabticos cadastrados em determinado local e perodo Nmero estimado* de diabticos de 15 anos ou mais no mesmo local e perodo

X 100

*Nmero estimado de diabticos na rea coberta pela equipe de ateno bsica = (Pessoas com 15 anos ou mais cadastradas na rea coberta pela equipe X parmetro de prevalncia estadual) / 100. Fonte: Numerador: Ficha A do SIAB. Denominador: PNAD 2008 e Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Limitaes: Considerando que a confirmao diagnstica de Diabetes Mellitus feita com base laboratorial (glicemia plasmtica), a dificuldade de acesso a servios de apoio diagnstico pode determinar uma subestimativa da prevalncia de Diabetes Mellitus na comunidade. Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, dentro de suas competncias especficas, para melhorar o diagnstico e cadastramento de pessoas com diabetes. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Busca ativa de pessoas com diabetes e/ou com fatores de risco para Diabetes Mellitus na comunidade (obesidade, antecedentes familiares, sintomas sugestivos, etc), por meio de campanhas de rastreamento, informao e/ou levantamentos. Realizao de processos educativos, priorizando a promoo de hbitos de vida saudveis, o auto-cuidado e a busca de casos suspeitos de Diabetes Mellitus.

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3.2 INDICADOR: Proporo de hipertensos cadastrados Conceito: este indicador expressa o percentual de hipertensos cadastrados dentre os hipertensos estimados para a populao de 15 anos ou mais, residente em determinado local e perodo. Apesar dos protocolos e estudos sobre as aes de controle da hipertenso focalizarem a populao com 18 anos ou mais, considerando a impossibilidade atual de desagregao das faixas etrias do SIAB, no 1 ciclo de avaliao do PMAQ ser considerada a faixa etria de 15 anos ou mais. A importncia do diagnstico populacional para controle da hipertenso se baseia na sua alta prevalncia e vrios efeitos adversos sade, incluindo, entre outras, mortes prematuras, ataques cardacos, insuficincia renal e acidente vascular cerebral. Para o cadastro so consideradas hipertensas as pessoas com essa doena referida pela famlia, mas cujo diagnstico tenha sido estabelecido por um mdico. Esta informao de registro no momento da visita domiciliar (Ficha B HA) e est disponvel no Cadastro da Famlia (Ficha A) do Sistema de Informao da Ateno Bsica SIAB. Hipertensos estimados no 1 ciclo de avaliao do PMAQ sero considerados os resultados da ltima Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD-2008) sobre o percentual de adultos com 15 anos ou mais que referem diagnstico mdico de Hipertenso Arterial. Esse indicador estima a captao de pessoas com hipertenso arterial sistmica na populao de 15 anos ou mais cadastrada, isto , em que medida a equipe de Ateno Bsica tem conhecimento dos hipertensos da sua rea de adscrio. O cadastramento dos hipertensos o primeiro passo para a programao e organizao dos processos de trabalho da equipe voltados ao controle dessa doena, na medida em que a equipe que no conhece os hipertensos da sua rea de adscrio, no tem condies de acompanhamento adequado desse grupo de risco. A hipertenso arterial est associada exposio a fatores de risco, entre os quais se destacam o consumo elevado de sal, tabagismo, estresse e obesidade. O risco de hipertenso arterial tambm aumenta com a idade. Segundo parmetros da programao preconizados pelo Ministrio da Sade (Brasil, 2006) pelo menos 80% dos hipertensos estimados deveriam ser acompanhados pelas equipes de ateno bsica. Segundo os resultados obtidos de uma base de dados limpa do SIAB, 63% dos hipertensos estimados estariam cadastrados nas equipes da Sade da Famlia, variando de 39% (PA) a 79% (MG). Essas diferenas podem expressar tanto desigualdades de acesso ao diagnstico como variaes na exposio a fatores de risco. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD), em 2008 a prevalncia de hipertenso referida entre pessoas com mais de 15anos teria variado entre menos de 12% no Amap a mais de 22% no Rio de Janeiro, sendo que a mdia brasileira estaria em 18% (Tab.1, pg. 30). Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho

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Mtodo de clculo: Nmero de hipertensos cadastrados em determinado local e perodo Nmero estimado* de hipertensos de 15 anos ou mais no mesmo local e perodo

X 100

*Nmero estimado de hipertensos na rea coberta pela equipe de ateno bsica = (Pessoas com 15 ou mais anos de idade cadastradas na rea coberta pela equipe X parmetro de prevalncia estadual) / 100. Fonte: Numerador: Ficha A do SIAB. Denominador: PNAD 2008 e Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao de todos os profissionais das equipes, dentro de suas competncias especficas, para melhorar o diagnstico e cadastramento de pessoas com hipertenso. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Realizar busca ativa de pessoas com hipertenso e/ou com fatores de risco para essa doena na comunidade (obesidade, antecedentes familiares, sintomas sugestivos da doena e de suas complicaes, etc), tanto por meio de campanhas como pelo rastreamento regular da hipertenso. recomendado o rastreamento a cada dois anos nas pessoas com presso arterial menor que 120/80 e rastreamento anual se a presso sistlica estiver entre 120 e 139 mmHg ou a diastlica entre 80 e 90 mmHg. Instituir, como rotina de atendimento da equipe de sade, a avaliao da presso arterial de todas as pessoas adultas que comparecerem unidade de sade para algum atendimento. Subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao de polticas e aes preventivas e assistenciais relativas Hipertenso e s doenas associadas, tais como estimativa de demanda de medicamentos e da necessidade de profissionais e servios especializados para tratamento das doenas causadas pela hipertenso, como doena renal crnica. Capacitao dos profissionais da equipe para identificao de pessoas com exposio a fatores de risco e orientao para o auto-cuidado (reduzir consumo de sal, controlar o peso, praticar atividade fsica regular, evitar tabagismo e uso excessivo de lcool, etc).

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Tabela 1 Prevalncias estimadas de Hipertenso Arterial Sistmica e Diabetes Mellitus na populao de 15 anos ou mais, por UF. Brasil, 2008. UF Rondnia Acre Amazonas Roraima Par Amap Tocantins Maranho Piau Cear Rio G. Norte Paraba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Esprito Santo Rio de Janeiro So Paulo Paran Santa Catarina Rio G. do Sul Mato G do Sul Mato Grosso Gois Distrito Federal Brasil Fonte: PNAD 2008 Hipertenso 13,7 14,9 13,4 12,2 12,1 11,7 14,8 13,1 16,3 15,4 16,4 18,0 19,7 16,2 16,7 16,6 20,8 20,2 22,1 19,3 18,8 18,8 20,0 20,0 16,4 17,2 15,4 17,9 Diabetes 4,0 2,9 3,6 2,6 3,3 4,0 3,6 3,3 2,8 3,9 4,0 3,7 4,5 4,1 4,4 3,2 4,7 4,6 5,5 6,0 5,1 4,7 5,0 4,7 4,5 4,1 4,4 4,5

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3.3 INDICADOR: mdia de atendimentos por diabtico Conceito: nmero mdio de atendimentos para a populao diabtica com 15 anos ou mais, residente em determinado local e perodo. O atendimento dos portadores de diabetes nas unidades bsicas de sade realizado por mdicos e enfermeiros das equipes, cujo registro se d na Ficha D Ficha para Registro de Atividades, Procedimentos e Notificaes, e consolidado no relatrio PMA2 Relatrio de Produo e de Marcadores para Avaliao, do Sistema de Informao da Ateno Bsica SIAB. O nmero de diabticos levantado por meio das visitas domiciliares (Ficha B DIA) e registrado como doena referida pela famlia no Cadastro (Ficha A) do SIAB. Esse indicador permite avaliar a adequao do volume de atendimentos s necessidades potenciais da populao diabtica cadastrada, supondo que esses atendimentos fossem igualmente distribudos para cada um dos diabticos da rea da equipe. Portanto, no se trata de um indicador de acesso, mas sim da oferta de atendimentos para pessoas com diabetes. Segundo os resultados obtidos da base de dados do SIAB, a produo registrada de atendimentos para diabticos seria suficiente para uma mdia de 4,5 atendimentos por diabtico cadastrado na Sade da Famlia, variando de 3 (RS) a 6 (CE). Segundo parmetros de programao preconizados pelo Ministrio da Sade (Brasil, 2006), espera-se que pelo menos 65% dos diabticos estimados sejam acompanhados pelas equipes de ateno bsica. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de atendimentos de mdico e de enfermeiro para pessoas com diabetes em determinado local e perodo Nmero de pessoas com diabetes com 15 anos ou mais cadastrados no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB. Denominador: Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao dos profissionais das equipes para alimentao adequada e oportuna do SIAB. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Capacitao dos profissionais das equipes nas aes de controle do diabetes com base em protocolo(s) baseados em evidncias (Cadernos da Ateno Bsica n 14, 16 e 29) e monitorar sua implantao, avaliando a conformidade das condutas s melhores prticas. A melhoria da qualidade dos atendimentos aos diabticos promove o aumento da confiana da populao na equipe, aumento da utilizao da UBS e maior adeso aos tratamentos; Humanizao do cuidado ao paciente diabtico, respeitando sua autonomia e promovendo o autocuidado.

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Adequao dos horrios e condies de atendimento s necessidades dos usurios, considerando que a populao economicamente ativa geralmente tem dificuldade de faltar ao trabalho para acompanhamento de problemas de sade. Melhoria da acessibilidade no s ao atendimento programado, mas tambm s urgncias. Disponibilizao dos exames complementares definidos nos protocolos de controle da diabetes, assim como a servios de referncia especializada. Garantia de oferta regular e suficiente de medicamentos definidos nos protocolos de controle da diabetes. Atividades educativas e de promoo sade para diabticos e familiares, com o objetivo de estimular o autocuidado, a adeso ao tratamento e s recomendaes em termos de mudana de estilo de vida (alimentao, atividade fsica, lazer). Organizao de grupos de ajuda mtua, como grupos de caminhada, trocas de receitas, tcnicas de autocuidado, entre outros. Priorizao das famlias com diabticos nas visitas domiciliares, sob responsabilidade das equipes. Busca ativa de diabticos na comunidade, por meio de campanhas de rastreamento e/ou levantamento cadastral. Atualizao do cadastramento de todos os usurios, a fim de favorecer aes de vigilncia e busca de faltosos, visando continuidade do cuidado. Agendamento das consultas de controle necessrias e desenvolver estratgias para lembrar os pacientes das consultas (visita do ACS, telefonema, entrega domiciliar de lembrete da consulta).

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3.4 INDICADOR - Mdia de atendimentos por hipertenso Conceito: nmero mdio de atendimentos na populao hipertensa com 15 anos ou mais, residente em determinado local e perodo. O atendimento de hipertensos na unidade bsica de sade realizado por mdico e enfermeiro, cujo registro se d na Ficha D Ficha para Registro de Atividades, Procedimentos e Notificaes, e consolidado no relatrio PMA2 Relatrio de Produo e de Marcadores para Avaliao, do Sistema de Informao da Ateno Bsica SIAB. Os dados de cadastro so de registro no momento da visita domiciliar (Ficha B HA) e esto disponveis como doena referida pela famlia (Hipertenso arterial (HA) no Cadastro da Famlia (Ficha A) do SIAB. Esse indicador permite avaliar a adequao do volume de atendimentos s necessidades potenciais da populao hipertensa cadastrada, supondo que esses atendimentos fossem igualmente distribudos para cada um dos hipertensos da rea da equipe. Portanto, no se trata de um indicador de acesso, mas sim da oferta de atendimentos para pessoas com hipertenso. Entre os fatores que podem influenciar a utilizao das unidades bsicas de sade para o controle da hipertenso podemos citar: fatores socioeconmicos, condies de acesso (distncia da UBS, horrio de atendimento,...), cobertura de planos privados de sade, confiana da populao na equipe de sade da unidade bsica, entre outros. Segundo os resultados obtidos da base de dados do SIAB, a produo registrada de atendimentos para hipertensos seria suficiente para uma mdia de 3,5 consultas por hipertenso cadastrado na Sade da Famlia, variando de 2 (RS) a 5 (CE). Segundo parmetros de programao preconizados pelo Ministrio da Sade (Brasil, 2006) espera-se que pelo menos 80% dos hipertensos estimados sejam acompanhados pelas equipes de ateno bsica. Esse indicador subsidia a anlise da assistncia ao hipertenso, permitindo a avaliao de variaes geogrficas (micro reas, reas, etc) e temporais na oferta de atendimentos aos hipertensos que sugiram situaes de desigualdade e tendncias que demandem aes e estudos especficos. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho. Mtodo de clculo: Nmero de atendimentos mdicos e de enfermeiro para hipertensos em determinado local e perodo Nmero de hipertensos com 15 anos ou mais cadastrados no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2 do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao dos profissionais das equipes para alimentao adequada e oportuna do SIAB. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto.33

Capacitao dos profissionais das equipes para as aes de controle da hipertenso com base em protocolo(s) de controle de diabetes baseados em evidncias (Cadernos da Ateno Bsica n 14, 15 e 29) e monitoramento da conformidade das condutas da equipe s prticas preconizadas nos protocolos implantados. Melhoria da qualidade dos atendimentos aos hipertensos, promovendo o aumento da confiana da populao na equipe, aumento da utilizao da UBS e maior adeso ao tratamento; Humanizao do cuidado pessoa com hipertenso, promovendo sua autonomia e o autocuidado. Adequao dos horrios e condies de atendimento s necessidades de sade da populao, considerando que a populao economicamente ativa geralmente tem dificuldade de se ausentar do trabalho para acompanhamento de problemas de sade. Melhoria da acessibilidade no s ao atendimento programado, mas tambm s urgncias. Disponibilizao dos exames complementares definidos nos protocolos de controle da diabetes, assim como a servios de referncia especializada. Garantia de oferta regular e suficiente de medicamentos definidos nos protocolos de controle da diabetes. Priorizao as famlias com hipertensos nas visitas domiciliares, sob responsabilidade das equipes. Busca ativa de hipertensos na comunidade, por meio de campanhas de rastreamento e/ou levantamento cadastral. Atividades educativas e de promoo sade para hipertensos e familiares, com o objetivo de estimular o autocuidado, a adeso ao tratamento e as recomendaes em termos de mudana de estilo de vida (alimentao, atividade fsica, lazer). Atualizao do cadastramento de todos os usurios, a fim de favorecer aes de vigilncia e busca de faltosos, visando continuidade do cuidado. Agendamento das consultas de controle necessrias e desenvolvimento de estratgias para lembrar os pacientes das consultas (visita do ACS, telefonema, entrega domiciliar de lembrete da consulta)

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3.5 INDICADOR: proporo de diabticos acompanhados no domiclio Conceito: este indicador mede o percentual de diabticos residentes que foram acompanhados por meio de visitas domiciliares dentre os cadastrados pela equipe, em determinado local e perodo. O cadastro e o acompanhamento mensal so realizados no momento da visita domiciliar. So considerados diabticos acompanhados aqueles que receberam pelo menos uma (01) visita domiciliar no ms de referncia. Esse indicador expressa a proporo da populao diabtica acompanhada por meio de visitas domiciliares regulares. Avaliar as variaes geogrficas (micro reas, reas etc) e temporais do acompanhamento dos diabticos cadastrados, identificando principais dificuldades para a realizao das visitas domiciliares. Dados de uma base limpa do SIAB apontam que, em 2010, 92% dos diabticos cadastrados eram acompanhados pelos ACS, variando de 90% (S) e 98% (N). Subsidiar o planejamento, gesto e avaliao das aes voltadas para a populao adulta e para aes de controle da Diabetes Mellitus. Funo do Indicador no PMAQ: monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de diabticos acompanhados em determinado local e perodo Nmero de diabticos cadastrados no mesmo local e perodo

X 100

Fonte:

Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Melhoria da qualidade dos registros das visitas domiciliares a diabticos, nas fichas de acompanhamento das famlias. Estabelecimento de estratgias de acompanhamento de pessoas diabticas que no costumam estar em casa no horrio das visitas domiciliares. Estabelecimento de metas de acompanhamento domiciliar das pessoas com diabetes e acompanhamento de resultados alcanados. Capacitao da equipe para qualificar as aes de acompanhamento dos diabticos: identificao da presena de fatores de risco e encaminhamento para investigao diagnstica; encaminhamento para atendimento na unidade diante da presena de sinais de complicaes ou problemas no tratamento; acompanhamento e estmulo adeso ao tratamento medicamentoso (quando for o caso) e s orientaes de dieta, atividades fsicas, controle de peso, cessao do hbito de ingerir bebidas alcolicas.

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3.6 INDICADOR: proporo de hipertensos acompanhados no domiclio Conceito: este indicador mede o percentual de hipertensos residentes na rea da equipe que foram acompanhados por meio de visitas domiciliares dentre os cadastrados, em determinado local e perodo. Os registros do cadastro e do acompanhamento mensal so realizados no momento da visita domiciliar. *So considerados hipertensos acompanhados aqueles que receberam pelo menos uma (01) visita domiciliar no ms de referncia. Este indicador expressa a proporo da populao hipertensa acompanhada por meio de visitas domiciliares regulares. Tambm pode subsidiar o planejamento, gesto e avaliao das aes voltadas para a populao adulta e para aes de controle da hipertenso arterial. Dados extrados de uma base limpa do SIAB apontam que, em 2010, 92% dos hipertensos cadastrados eram acompanhados pelos ACS, variando de 89% (S) a 97% (N). Funo do Indicador no PMAQ: monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de hipertensos acompanhados em determinado local e perodo Nmero de hipertensos cadastrados no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio SSA2 do SIAB. Denominador: Relatrio SSA2 do SIAB.

X 100

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Estabelecimento de estratgias de acompanhamento de pessoas hipertensas que no costumam estar em casa no horrio das visitas domiciliares. Estabelecimento de metas de acompanhamento das pessoas com hipertenso pelos ACS e acompanhamento de resultados. Capacitao dos profissionais da equipe para qualificar as aes de acompanhamento dos hipertensos: identificao da presena de fatores de risco e encaminhamento para investigao; acompanhamento e estmulo adeso ao tratamento medicamentoso (quando for o caso) e s orientaes de dieta, atividades fsicas, controle de peso, cessao dos hbitos de fumar e ingerir bebidas alcolicas. Melhoria da qualidade dos registros dos ACS, nas fichas de acompanhamento das famlias. Monitoramento dos dados de cobertura cadastral dos hipertensos, sob responsabilidade da equipe.

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4. rea: Sade Bucal4.1 INDICADOR: mdia da ao coletiva de escovao dental supervisionada Conceito: cobertura mdia de pessoas participantes na ao coletiva de escovao dental supervisionada realizada em determinado local e perodo. Este indicador estima a proporo pessoas que poderiam ser beneficiadas pelas aes de escovao dental com orientao/superviso de um profissional de sade bucal, visando preveno de doenas bucais, mais especificamente crie dentria e doena periodontal. Considerando que, na maioria dos locais, a escovao dental supervisionada ser realizada com dentifrcio fluoretado, este indicador tambm permite estimar o acesso ao flor tpico, o meio mais eficaz de preveno de doenas bucais, alm da oportunidade de consolidar o hbito de escovao. Deve-se assinalar que o foco desse indicador est na expanso do acesso a essa ao e no na frequncia com que ela realizada. Por isso, situaes em que a ao desenvolvida de forma trimestral, igualam-se quelas em que a frequncia menor. Segundo a Portaria 95/2006, a frequncia (concentrao por pessoa) de escovao dental supervisionada direta pode ser semestral, quadrimestral ou trimestral (Brasil, 2006) e o Guia de recomendaes para o uso de fluoretos no Brasil orienta que no h evidncia cientfica da efetividade dessa ao quando o intervalo superior a 12 meses, mas realiz-la numa frequncia maior do que quatro vezes por ano no implica ganhos adicionais relevantes no processo educativo, onerando desnecessariamente os recursos alocados atividade (Brasil, 2009). A frequncia de realizao (trimestral, quadrimestral ou semestral) uma deciso a ser tomada no nvel local em funo da anlise de recursos disponveis, melhor adequao tcnica, viabilidade, dentre outros fatores a considerar na programao local. Segundo dados do SIA-SUS, em 2010 a produo desses procedimentos potencialmente seria suficiente para uma cobertura mdia nacional de 33% com uma variao de 2% (DF) a 89% (CE). Esse indicador pode contribuir para o planejamento e monitoramento das aes de preveno, promoo e autocuidado realizadas pelas equipes de sade bucal, subsidiando processos de gesto e avaliao de polticas de sade bucal. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de pessoas participantes na ao coletiva de escovao dental supervisionada realizada em X 100 determinado local e perodo* Populao cadastrada no mesmo local e perodo

Fonte:

Numerador: Relatrio PMA2-Complementar do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB

Periodicidade: trimestral, semestral ou anual.37

Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao / atualizao dos profissionais das equipes com vista qualificao dessa ao e alimentao correta e oportuna do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Programao de aes coletivas voltadas para a preveno em sade bucal. Garantia de disponibilidade suficiente de insumos necessrios ao desenvolvimento dessa ao pelas equipes (ex.: kits de escova e creme dental fluoretado, materiais educativos de escovao dental). Articulao intersetorial para expanso do acesso a essas aes (escolas, centros comunitrios, comunidades teraputicas, etc).

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4.2 INDICADOR: cobertura de primeira consulta odontolgica programtica Conceito: proporo da populao cadastrada pela equipe de Ateno Bsica com acesso a tratamento odontolgico. Este indicador reflete a proporo de pessoas que tiveram acesso ao tratamento odontolgico do programa de sade bucal desenvolvido pela equipe. Por meio dessa consulta odontolgica programtica o indivduo ingressa no programa, a partir de uma avaliao / exame clnico odontolgico realizado com a finalidade de diagnstico e elaborao de um Plano Preventivo Teraputico - PPT. Portanto, as primeiras consultas odontolgicas s devem ser registradas quando o plano preventivo teraputico for elaborado. Este indicador aponta a tendncia de insero das aes odontolgicas nos programas de sade como parte de cuidados integrais, a exemplo do que ocorre em vrios programas de sade: mental, mulher, trabalhador, adolescente, idoso, etc. No devem ser considerados para clculo desse indicador os atendimentos eventuais, como os de urgncia/emergncia, que no tem seguimento previsto. Segundo dados do SIA-SUS, em 2010 a produo desses procedimentos daria uma cobertura mdia nacional de 17%, com uma variao de 5,9% (RO) a 64% (TO). No entanto, preciso considerar o problema de sub-registro hoje existente dessa produo. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD-2008) aponta que mais de 40% dos entrevistados teria ido ao dentista nos ltimos 12 meses, variando de 26% (AL) a 48% (PR e SC). No entanto, apenas 35% das pessoas entrevistadas teriam utilizado o SUS no seu ltimo atendimento odontolgico, variando de 11% (DF) a 66% (PB). Este indicador pode contribuir para analisar a cobertura da populao que teve acesso a tratamento odontolgico e para o planejamento e monitoramento de aes de sade bucal na ateno bsica realizadas pelas equipes, alm de subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao de polticas e aes voltadas para o acesso ao atendimento odontolgico. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de primeiras consultas odontolgicas programticas no perodo X 100 Populao cadastrada no mesmo local perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2-Complementar do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao/atualizao dos profissionais da Ateno Bsica para melhorar a qualidade dessas aes e a alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/ contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Planejamento do processo de trabalho da equipe de sade bucal de forma a garantir acesso amplo da demanda programada. Programao das aes de atendimento, considerando critrios para classificao de risco. Garantia de disponibilidade suficiente de insumos e equipamentos para a realizao dos Planos Preventivo-Teraputicos (PPT) dentro da resolubilidade esperada na Ateno Bsica.39

4.3 INDICADOR: cobertura de 1 consulta de atendimento odontolgico gestante Conceito: proporo de gestantes cadastradas pela equipe que tiveram acesso a atendimento odontolgico. Este indicador expressa a cobertura de gestantes com acompanhamento odontolgico em relao s cadastradas pela equipe. Compreende o registro de primeira consulta odontolgica realizada pelo cirurgio-dentista s gestantes cadastradas, visando, principalmente, prevenir agravos de sade bucal que possam comprometer a gestao e o bem estar da gestante. A Ateno Odontolgica gestante compreende a realizao de avaliao diagnstica, restauraes e cirurgias, quando indicadas considerando-se o perodo da gestao, alm de aes de educao e preveno. Espera-se a ocorrncia de, no mnimo, uma avaliao odontolgica a cada trimestre de gestao. Entretanto, para efeito de clculo desse indicador ser registrada no SIAB apenas a 1 consulta gestante e, se houver necessidade de implementar um plano preventivo teraputico, tambm ser feito o registro no campo 1 atendimento odontolgico do SIAB e do SIA. Os atendimentos subsequentes 1 consulta sero registrados apenas no S I A SUS, e quando esse tratamento for concludo, ser registrado no campo respectivo do SIAB. Portanto, as consultas de urgncia e aquelas a fim de executar o plano de tratamento no devem ser consideradas no campo de 1 atendimento gestante. Todo servio de sade deve estabelecer, como rotina, a busca ativa das gestantes de sua rea de abrangncia. Para isso, os profissionais de sade bucal devem trabalhar de forma integrada com os demais profissionais da ateno bsica, tanto nas atividades educativas em grupo como no acompanhamento de pr-natal. Este indicador pode contribuir para o planejamento e monitoramento das aes realizadas pelas equipes de sade bucal, particularmente o acesso de gestantes a atendimento odontolgico, subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao de polticas e aes voltadas para o acesso ao atendimento odontolgico e programao de trabalho. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de gestantes atendidas em primeira consulta pelo cirurgio dentista da equipe de sade bucal em determinado local e perodo X 100 Nmero de gestantes cadastradas no mesmo local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2-Complementar do SIAB Denominador: Ficha A do SIAB

Periodicidade: mensal Limitaes: Dificuldades relacionadas a fatores culturais, que explicam o medo da gestante consulta odontolgica, principalmente relacionada ao uso de raios-X. Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao / atualizao dos profissionais da equipe responsveis pela alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados,40

negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Integrao entre os profissionais da sade bucal e os outros membros da equipe de ateno bsica para a programao de aes e encaminhamento das gestantes cadastradas e acompanhadas no pr-natal. Capacitao dos profissionais de sade para qualificar as aes de acompanhamento/tratamento odontolgico na gestao, tanto no que diz respeito humanizao e qualidade tcnica dos atendimentos, quanto nas abordagens educativas para estimular o autocuidado e dirimir medos infundados da populao sobre o tratamento odontolgico na gestao. Garantia de disponibilidade suficiente de insumos e equipamentos para a realizao dos Planos Preventivo-Teraputicos (PPT) dentro da resolubilidade esperada na Ateno Bsica. Planejamento do processo de trabalho e programao das aes da equipe de sade bucal, de forma a garantir acesso amplo ao atendimento da demanda programada de pr-natal, considerando inclusive a utilizao de critrios para classificao de risco.

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4.4 INDICADOR: razo entre Tratamentos Concludos e Primeiras Consultas Odontolgicas Programticas Conceito: relao entre Tratamentos Concludos e as Primeiras Consultas Odontolgicas Programticas. Este indicador mede a relao entre tratamentos concludos e primeiras consultas odontolgicas programticas. Permite avaliar se a equipe mantm uma boa relao entre acesso (nmero de primeiras consultas odontolgicas programticas) e resolubilidade (nmero de tratamentos concludos), ou seja, em que medida a equipe est concluindo os tratamentos iniciados. Considerando a frmula de clculo desse indicador, temos duas possibilidades: a) Resultado menor que 1 (um): indica que o nmero de tratamentos concludos foi menor do que os tratamentos iniciados. Porm, quando esse resultado muito menor do que 1, isso pode apontar dificuldade de concluso dos tratamentos iniciados. b) Resultado maior que 1 (um): indica que tratamentos esto sendo concludos sem que novos tratamentos sejam iniciados. Essa situao aponta para uma possvel falha na capacidade de promover acesso a novos pacientes. Este indicador pode contribuir para o planejamento e monitoramento do acesso e da resolubilidade do atendimento da equipe de sade bucal, alm de subsidiar processos de planejamento, gesto e avaliao das aes de sade bucal. Funo do Indicador no PMAQ: Avaliao de Desempenho Mtodo de clculo: Nmero de Tratamentos Concludos (TC) pelo cirurgio dentista da equipe de sade bucal em determinado local e perodo Nmero de Primeiras Consultas Odontolgicas Programticas realizadas pelo cirurgio dentista da equipe de sade bucal em determinado local e perodo Fonte: Numerador: Relatrio PMA2-Complementar do SIAB Denominador: Relatrio PMA2-Complementar do SIAB

Periodicidade: mensal Aes que promovem a melhoria do indicador: Capacitao /atualizao dos profissionais responsveis pela alimentao do sistema de informao da ateno bsica. Capacitao /atualizao do cirurgio dentista da equipe de ateno bsica para a qualificao dos atendimentos e melhoria da adeso aos tratamentos. Estratgias para garantir a adeso aos tratamentos programticos (humanizao do atendimento, busca ativa de faltosos, lembrete aos usurios das consultas agendadas, etc) Monitoramento e avaliao da qualidade e consistncia dos dados informados pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evoluo de resultados, negociao/contratualizao de metas, definio de prioridades de apoio institucional e educao permanente, assim como assessoramento gesto. Garantia de disponibilidade suficiente de insumos e equipamentos para a realizao e concluso dos Planos Preventivo-Teraputicos (PPT) dentro da resolubilidade esperada na Ateno Bsica. Garantia de disponibilidade suficiente de referncias especializadas que condicionem a continuidade e concluso dos tratamentos iniciados.42

Planejamento do processo de trabalho da equipe de sade bucal de forma a garantir acesso e resolubilidade no atendimento populao adscrita.

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4.5 INDICADOR: mdia de instalaes de prteses dentrias. Conceito: nmero de instalaes de prteses dentrias implantadas em relao ao total estimado da populao que necessita do tratamento reabilitador. Compreende o registro do nmero de instalaes de prteses dentrias, sejam elas prteses totais, parciais removveis ou fixas, realizadas pelo cirurgio dentista, sobre o nmero estimado de pessoas que necessitam de prtese entre as cadastradas. A reabilitao prottica uma das prioridades da Poltica Nacional de Sade Bucal, fruto de grande demanda da populao. Uma das diretrizes dessa Poltica a incluso do tratamento de reabilitao prottica na Ateno Bsica. Nos municpios onde este tipo de tratamento referenciado aos Centros de Especialidades Odontolgicas (CEO) ou servios especficos, dever da equipe referenciar e acompanhar o paciente. Embora, para efeitos de clculo, esteja sendo considerada apenas a populao com necessidade de prtese total, todos os tipos de reabilitao devem ser ofertados populao, como prteses parciais removveis e coroas unitrias. Assim, este indicador contribui no planejamento das aes, permitindo visualizar quanto da demanda de reabilitao de prtese dentria est sendo atendida. Por sua natureza, um indicador cumulativo, ou seja, quanto maior o perodo, melhores sero os resultados. Este indicador pode contribuir para o planejamento e monitoramento das aes de reabilitao prottica, realizadas ou acompanhadas pela equipe de sade bucal. Funo do Indicador: Monitoramento Mtodo de clculo: Nmero de instalaes de prteses dentrias realizada pela equipe de sade bucal, em determinado local e perodo Populao cadastrada em determinado local e perodo x 0,03* *segundo dados do SB Brasil 2010, estima-se que pelo menos 3% da populao necessita de prtese total em ao menos um maxilar. Font