plataformas 4 - caderno da edição 42 da revista crane brasil

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Nº 4 – ANO I • JUL/AGO Foco em equipamentos compactos e mais fáceis de transportar Autopropelidas Eletrificação nas redes Investimentos de concessionárias aquecem a demanda; fabricantes respondem com lançamentos Cestas Aéreas

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PLATAFORMAS O "boom" das cestas aéreas; novos conceitos nas autopropelidas

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Page 1: Plataformas 4 - Caderno da edição 42 da revista Crane Brasil

Capa Plataformas

Nº 4 – ANO I • jul/AgO

Foco em equipamentos compactos e mais fáceis de transportarAutopropelidas

Eletrificação nas redesInvestimentos de concessionárias aquecem a demanda; fabricantes respondem com lançamentos

Cestas Aéreas

01.Capa_Plataformas.indd 1 7/25/15 5:54 PM

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Cestas aéreas por»Haroldo Aguiar

O reajuste da tarifa da energia elé-

trica, que penalizou a economia,

está produzindo reflexo positivo

em um segmento específico da in-

dústria: o de cestas aéreas. Como

contrapartida ao reforço no caixa,

as distribuidoras de energia assu-

miram maior responsabilidade em

relação à qualidade do serviço, o

que implicará investimentos na

expansão e manutenção de suas

respectivas redes de alta e baixa

tensão. Esse cenário aponta para

um crescimento na demanda des-

se tipo de equipamento, seja por

parte das concessionárias ou de

seus prestadores de serviços.

Para turbinar ainda mais esse qua-

dro, a transferência das redes de

iluminação pública para a gestão

das prefeituras, uma determina-

ção polêmica da agência regulado-

ra do setor elétrico, a Aneel, aponta

para um aquecimento nas vendas

de cestas aéreas. Apesar da con-

testação dos municípios, eles

deverão investir em frotas para

a manutenção dessas redes e as

podas de árvores, ou, mais prova-

velmente, contratar fornecedores

que assumirão esse serviço.

Independentemente do caminho

adotado, os fabricantes do setor

dão como certa a expansão desse

mercado. “Nos próximos anos, ele

deverá crescer de 20% a 30% ao

ano”, avalia Gustavo Faria, diretor

de utilities da Terex. A concessio-

nária Elektro, por exemplo, que dis-

tribui energia para 228 municípios

de São Paulo e do Mato Grosso do

Sul, acaba de adquirir 21 veículos

para manutenção em suas redes

de alta e baixa tensão. A empresa

opera com uma frota de 1.350 pica-

pes e caminhões leves, equipados

com cestas aéreas, guincho-broca

e outros implementos necessários

aos serviços.

Outras empresas do setor seguem

o mesmo caminho, mas Carlos

Eduardo Gonçalves, diretor co-

mercial da Load Control, destaca o

pioneirismo da Cemig e da Copel,

concessionárias de energia de

Minas Gerais e Paraná, respecti-

vamente. “Elas são rigorosas no

cumprimento ao Anexo 12 da NR-

12.” Gonçalves se refere aos requi-

sitos de segurança incorporados à

norma há um ano, para operações

com cestos aéreos, que apesar de

terem força de lei, ainda são negli-

genciados no mercado. Segundo

ele, isto não se aplica às duas dis-

tribuidoras, que exigem o cumpri-

mento desses requisitos em seus

equipamentos e nos novos contra-

tos com prestadores de serviços.

Redes uRbAnAsEntretanto, para Gustavo Rigon,

executivo da unidade de negócios

plataformas e cestas aéreas da

PALFINGER, dificilmente as compa-

nhias elétricas repetirão os níveis

de consumo desses equipamentos

nos últimos anos. “O mercado de-

verá ser movimentado mais pelas

prefeituras e pelos prestadores de

serviços, que demandam produtos

não isolados.” Por esse motivo, ape-

sar de a empresa produzir os dois

tipos de equipamentos, ele vislum-

bra maior procura por plataformas

montadas sobre veículos leves, que

contam com estações de trabalho

ELÉTRICASIMPULSIONAM O MERCADO

Carlos Eduardo Gonçalves,

da Load Control

demanda aquecida:

consumo de cestas aéreas cresceu 300% em dois anos

Investimentos das concessionárias em suas redes aquecem a demanda por cestas aéreas e fabricantes respondem com lançamentos

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Cestas aéreas

ções, proporcionando baixo con-

sumo de combustível e economia

nos custos operacionais. “Como se

trata de um equipamento simples,

de baixa manutenção, ele atinge

uma vida útil de 15 anos ou mais”,

completa o especialista.

novos pRodutosNa avaliação de Thiago Santos Vi-

tola, diretor comercial da Masal, o

consumo de cestas aéreas deve ter

crescido cerca de 300% no mercado

brasileiro, nos últimos dois anos, de-

vido à nova realidade do setor. “Em-

presas que encomendavam no má-

ximo três unidades entraram com

pedidos de 40 equipamentos e lo-

cadoras que não dispunham dessa

linha incorporaram as cestas aéreas

ao seu portfólio”, afirma o executivo.

A empresa, que produz guindas-

tes articulados, florestais e ou-

tros equipamentos de elevação,

conta com uma linha de cestas

aéreas, isoladas ou não, que ope-

ram na faixa da 9,6 a 17 m de al-

tura de trabalho. Equipados com

uma ou duas cestas em fibra, de

136 kg de capacidade, os equipa-

mentos realizam um ângulo de

giro de 410º e contam com esta-

bilizadores dotados de válvula

de retenção pilotada, horímetro

e protetor lateral, quando monta-

dos em caminhão.

Já a Imap, que fabrica guindastes

veiculares, implementos hidráuli-

cos, cestas aéreas e outros equi-

pamentos, aposta em um modelo

para operar em locais de difícil

acesso, quando o instalador preci-

sa superar uma barreira para exe-

cutar seu trabalho. Para atender

a essa necessidade, ela lançou a

cesta aérea LA 14.000 Other Side,

que atinge 13,5 m de altura e con-

ta com três segmentos de lança,

realizando giro infinito no primeiro

deles e giro de 340º no segundo.

“Isto permite elevar o cesto atrás

de uma árvore ou da rede de ilumi-

nação pública, além de permitir um

melhor posicionamento no local de

trabalho, o que contribui para redu-

zir impacto no trânsito e os riscos

de acidente”, pondera José Alfredo

Marques da Rocha, diretor presi-

dente da Imap. Equipado com cesta

de 136 kg de capacidade, o modelo

também exige menos espaço para

as manobras durante a operação,

conforme explica o executivo. “Es-

peramos uma demanda maior por

esse produto no segundo semestre,

pois além dos prestadores de ser-

viço, esse mercado começou a ser

desbravado também por locadores.”

O Grupo Consenso, por sua vez, que

comercializa componentes para

compressores de ar e guindastes

importados, além de produzir uma

linha de guindastes articulados e

cestas aéreas, lançou os modelos

Aero 10/10i e 13/13i, que atingem

10,2 m e 13 m de altura, respecti-

vamente. Segundo Daniel Piotto, di-

retor geral da empresa, o primeiro

é indicado para veículos com peso

bruto total (PBT) de no mínimo 2,8 t

e outro, de 5 t. “Ingressamos nes-

sa área após firmar uma parceria

com a italiana Oil&Steel, em 2012,

e agora trabalhamos para diminuir

o peso dos equipamentos, com o

objetivo de viabilizar sua monta-

gem em veículos ainda menores”,

conclui o executivo.

�Gustavo Rigon, da palfinger

�Gustavo Faria, da terex

�Thiago Santos Vitola, da Masal

�José Alfredo Marques da Rocha, da Imap

mais espaçosas em lugar dos pe-

quenos cestos na ponta da lança.

Para atender a esta demanda, a

PALFINGER lançou a plataforma

P200, que atinge uma altura de

trabalho de 19,8 m e um alcance

máximo horizontal de 8,4 m. O

equipamento realiza um ângulo

de giro de 370º e, devido ao seu

design compacto e baixo peso es-

trutural, de apenas 3.320 kg, pode

ser implementado em veículos

compactos, o que facilita seu aces-

so para trabalhos em redes urba-

nas ou locais com pouco espaço.

Segundo Rigon, o equipamento foi

desenvolvido na Itália e integra a

linha de plataformas aéreas Smart,

da PALFINGER, indicada para servi-

ços de manutenção em geral e que

cobre a faixa de 13 a 18 m de altura

de trabalho. “Eles geralmente são

não isolados e, para trabalhos em li-

nha energizada, contamos com uma

linha de produtos que cobre a faixa

de 10 a 24 m de altura.” A empresa

produz plataformas de alcance ain-

da maior, para aplicação em chassis

de caminhões mais pesados, in-

cluindo a WT 700, que atinge 70 m

de altura e é indicada para os merca-

dos de óleo e gás, obras industriais,

de usinas eólicas e infraestrutura.

Outra que aposta na demanda

de equipamentos para trabalhos

em redes urbanas é a Terex. Para

atender a essa necessidade das

companhias elétrica, prefeituras

e seus fornecedores de serviços,

ela acaba de lançar a linha Skycity,

totalmente desenvolvida no Brasil.

Segundo Gustavo Faria, o equipa-

mento pode ser utilizado em linhas

vivas ou redes de telecomunica-

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Nos últimos anos, o mercado de cestas aéreas no cenário na-cional ganhou grande destaque, devido aos diversos incentivos federais, às Normas Regulamentadoras e aos programas bem--sucedidos de apoio à indústria brasileira, como o financiamen-to FINAME, Cartão BNDES, Leasing, CDC, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a aquisição de tais equipamentos foi facilitada. Com isso, em pleno cenário de recessão econômica, o mercado de cestas e plataformas aéreas encontra-se em constante expansão. Mesmo assim, as indústrias lutam para se diferenciarem de seus concorrentes e, principalmen-te, para vencer os concorrentes estrangeiros. Com uma oferta me-lhor de preço, a indústria nacional recorre à tecnologia para fazer seus produtos valerem a pena. O grande desafio é alinhar o baixo custo com o emprego de tecnologia de ponta. Atualmente, esse tem sido o maior desafio da Guiton, fabricante nacional de cestas aéreas isoladas e não isoladas há quase 18 anos no mercado.

Os diversos incentivos econômicos têm aquecido o mercado e as facilidades de financiamento colaboram, porém, se-gundo o CEO da empresa, Marcos Chiarinelli, acreditar somente nesses fatores não é o suficiente. “É preciso ter consciência que investir em tecnologia nem sem-pre significa gastar valores absurdos”. É só olhar ao redor, pois a tecnologia nos rodeia. Ao acompanhar

o trabalho em campo identificamos um possível problema que poderia ocorrer durante sua operação. Em cestas aéreas acima de 20 metros de altura de trabalho tanto o sistema hidráulico como o elétrico ficavam expostos e visualizamos que aquilo poderia causar algum incidente. Com isso resolvemos adotar o rádio con-trole e eliminamos várias interligações entre a parte aérea e a torre, sem alterar substancialmente no valor final do produto. Isso é inovação”, exemplifica Chiarinelli. Segundo o CEO, este é somente um dos exemplos de tecnologia que pode ser emprega-da nas cestas aéreas.

Ele destaca a importância de inovar também na hora de ga-rantir a segurança. “Não podemos esquecer que cestas aéreas elevam pessoas. São vidas em jogo. Por isso, toda e qualquer tec-nologia empregada, quando é para prevenir acidentes e garantir a integridade física dos operadores, é bem-vinda”. A Guiton tem investido nos últimos anos em sistemas complexos de segurança. “Antes de pensar em lucrar, temos que garantir que o equipa-

mento funciona corretamente e que não oferece riscos aos operadores. Hoje nossos equipamentos não possibilitam que o ope-rador realize um procedimento incorreto no início ou na finalização da operação do equipamento”.

É preciso inovar de maneira que os cus-tos envolvidos na produção não sofram des-

necessário aumento e simultaneamente ofereçam benefícios reais. Um exemplo disso é o uso do contro-

le remoto em cestas aéreas acima 20 metros de altura de trabalho. É uma alternativa que facilita o trabalho e não vai,

substancialmente, afetar o valor final.

A Guiton investiu nos últimos anos, em um sistema de rádio controle dentro nas normas estabelecidas pela ANATEL para os equipamentos com acima de 20 metros de altura de trabalho iso-lados ou não, fossem fabricados de forma simples, segura e confi-ável. Nem sempre investir em tecnologia significa dispor de mui-tos investimentos. Pode-se simplificar o uso do equipamento na operação com tecnologias já existentes. No final, o que conta é a capacidade do fabricante de aderir a novas tecnologias e soluções para atender o cliente final.

Quando o trabalho apresenta riscos, é indispensável que o equipamento ofereça dispositivos de segurança para garantir a in-tegridade física de seus operadores. Utilizamos hoje os melhores componentes existentes no mercado em relação a parte hidráulica, elementos estruturais e softwares cálculo de elementos finitos. Tan-to que realizamos ensaios destrutivos periódicos em laboratórios credenciados para atestar a qualidade dos componentes vitais para a segurança de nossos equipamentos.

Há uma tendência hoje, dada a situação econômica atual, da montagem de equipamentos / veículos cada vez mais compactos no mercado, com equipes multifuncionais, reduzindo a frota, buscando reduzir custos e dinamizar a sua utilização.

Pensando em garantir a segurança e a durabilidade do equipa-mento e diante dos problemas ocorridos em campo a Guiton, se preocupou em desenvolver melhorias para que se reduza a parada dos equipamentos, evitando gastos desnecessários para o cliente e reduzindo em manutenção.

Com um mercado cada vez mais competitivo, é preciso sempre estar um passo à frente de nossos concorrentes. A cada lança-mento, é preciso inovar com qualidade, segurança e tecnologia visando e qualidade deixando muito claro aos clientes de que este é o seu diferencial.

Inovação tecnológica em cestas aéreas isoladas

Inovação

Segurança de pessoas

Segurança do equipamento

Tecnologia

“Compactação”

Pesquisa e desenvolvimento

Por Guiton®

PUBLI EDITORIAL

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Cestas aéreas por»Haroldo Aguiar

Atuando há 18 anos na fabricação

de cestas aéreas e guindastes ar-

ticulados, a Guiton Equipamentos

Hidráulicos foca no conhecimento

do mercado e na excelência de seus

produtos para atender à demanda

de prefeituras, concessionárias de

energia e de seus fornecedores de

serviços. Sua linha de cestas isola-

das abrange modelos de até 26 m

de altura de trabalho, para insta-

lação em veículos com peso bruto

máximo (PBT) de 27 t, mas a em-

presa aposta em um equipamento

com alcance de 9,5 m de altura,

lançado na M&T Expo 2015, para

suprir a demanda para serviços em

redes urbanas.

“Como ele pode ser implementado

em veículos leves, de até 3 t de PBT,

proporciona uma boa relação custo

benefício e pode operar em áreas

com pouco espaço para acesso à

rede”, afirma Marcos Chiarinelli,

CEO da Guiton. O baixo custo opera-

cional se deve ao sistema de acio-

namento da lança hidráulica, por

polia eletromagnética, que permite

operar o equipamento com o motor

da picape desligado, o que se traduz

em menor consumo de combustí-

vel e menos desgaste mecânico.

“Além disso, ele dispensa lubrifica-

ção”, completa o executivo.

Com capacidade para 136 kg, a

cesta conta ainda com pontos de

energia elétrica e de ar comprimido,

para que o instalador possa manu-

sear máquinas de solda e outras

ferramentas necessárias ao seu tra-

balho. Segundo Jacques Chovghi Ia-

zdi, consultor da Guiton, especializa-

do em plataformas e cestas aéreas,

o equipamento pode ser fornecido

em versão com isolamento ou não.

“Ele atende à norma ANSI/SIA A92.2,

de 2009, que regula a montagem de

plataformas em chassi de veículos, e

à NBR 16092, sobre cestos aéreos”,

diz o especialista.

Entre outras características, o

equipamento é dotado de um siste-

ma que impede a partida do motor

do veículo enquanto as duas pato-

las traseiras estiverem estendidas.

“Prezamos muito os dispositivos

de segurança, pois temos consci-

ência que esses equipamentos são

desenvolvidos para elevar pessoas

e não cargas”, pondera Marcos

Chiarinelli. Ele destaca que os equi-

pamentos da marca contam com

um sistema que não permite a mo-

vimentação do veículo enquanto a

tomada de força estiver ativada.

“Desenvolvemos esse mecanismo

para preservar o câmbio, pois ob-

servamos que alguns operadores

cometiam esse erro, provocando

danos ao trem de força”, explica o

executivo. Diante da demanda pre-

vista nesse mercado, Chiarinelli

mostra-se otimista e espera en-

cerrar 2015 com um crescimento

de 15% em relação ao ano passa-

do. “Há poucos meses, vendemos

100 unidades apenas para o grupo

JSL, que locou esses equipamen-

tos para a Eletrosul e AES Eletro-

paulo”, ele completa.

Nova cesta aérea da Guiton incorpora sistemas de

segurança e de proteção ao câmbio do veículo

UM OLHO NO CUSTO E OUTRO

NO DESEMPENHO

Jacques Iazdi e Marcos Chiarinelli: foco nas redes urbanas

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JUL/AGO | 7

AF_anuncio NLMK_Quend.pdf 1 7/23/15 16:55

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8 | JUL/AGO

Plataformas Aéreas por»Haroldo Aguiar e Ricardo Gonçalves

Embora o mercado brasileiro de pla-

taformas de trabalho aéreas (PTAs)

não tenha atingido o nível de ma-

turidade alcançado nos Estados

Unidos, onde existem mais de 500

mil unidades em operação – ou

o equivalente a quase metade da

frota mundial, segundo avaliações

da entidade que reúne os profissio-

nais desse setor, a IPAF – também

está longe daquela fase de con-

solidação, até alguns anos atrás,

quando esse tipo de equipamento

começava a se popularizar no país.

Com um parque de mais de 30 mil

PTAs em operação – também se-

gundo projeções da IPAF – o Brasil

já dispõe de normas reguladoras

bem definidas para a segurança

nos trabalhos em alturas. Dessa

forma, com o mercado conscien-

tizado, o equipamento já marca

presença nos canteiros de obras e

projetos de manutenção predial ou

industrial espalhados por todos os

cantos do país.

A última edição da M&T Expo refle-

tiu esse novo patamar do mercado

brasileiro. Para atender à demanda

dos usuários por equipamentos

produtivos e que ofereçam baixo

custo operacional, os fabricantes

apresentaram inovações em suas

linhas de PTAs. A Terex, por exemplo,

brindou os clientes brasileiros com

a maior plataforma aérea em seu

portfólio: a Genie SX-180. Trata-se

de uma lança telescópica que atin-

ge 56,69 m de altura de trabalho e

um alcance máximo horizontal de

24,38 m, possibilitando a realiza-

ção de serviços em locais de difícil

acesso, como obras de refinarias e

usinas eólicas, entre outros.

“Apesar de ser um equipamento de

grande porte, seu diferencial é o

chassi em forma de X, que permite

recolher os eixos e reduzir as di-

mensões do carro para transportá-

-lo em uma carreta convencional”,

afirma Raphael Cardoso, diretor da

divisão Aerial Work Plataform da

Terex. Com isso, sua largura pode

diminuir de 5,03 m, com os eixos

estendidos, para 2,49 m. Além da

facilidade e menor custo de trans-

porte, uma demanda crescente

para esse tipo de equipamento, ela

conta com sistema autonivelador

e jib giratório de 3,05 m.

Fabricantes apresentam a última palavra em plataformas aéreas autopropelidas

O QUE O MERCADO TEM DE

MELHOR

estande da terex: inovações na linha Genie

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JUL/AGO | 9

53 m 70 m 90 m

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10 | JUL/AGO

Plataformas Aéreas

A JLG, por sua vez, que tem o Brasil

como principal mercado na Amé-

rica Latina, apresentou a nova

versão de sua lança articulada

450AJ, totalmente redesenhada.

O equipamento tem capacidade

para 249,5 kg, 10% a mais do que

outros modelos da mesma cate-

goria, atingindo uma altura de tra-

balho de 16 m, quando montado

com jib, e um alcance horizontal

de 7,6 m. Segundo Ricardo Bertoni,

gerente de vendas da JLG Latino

Americana, outra característica da

plataforma é a utilização de menos

mangueiras hidráulicas. “Com uma

área de 11 mil m² para estoque de

peças, conseguimos agora aten-

der pedidos de nossos clientes em

apenas dois dias”, diz ele.

Outra novidade da empresa foi o

lançamento do manipulador teles-

cópico 4017RS, que eleva 4 t de

carga a uma altura de até 17,10 m.

O equipamento pode ser contro-

lado por joystick ou a partir de

comandos na cabine, que foi proje-

tada para proporcionar maior visibi-

lidade e conta com assento dotado

de suspensão mecânica. “Trata-se

de um manipulador indicado para

aplicação em ambientes severos,

como canteiros de obras e minera-

ção”, diz Alan Loux, vice-presidente

de marketing da JLG Industries.

Entre os principais lançamentos

da Haulotte, o destaque ficou com

a plataforma de articulada HA20

RTJ PRO, cujo cesto realiza rotação

de 180º e permite maior acessibi-

lidade, devido ao movimento pen-

dular vertical positivo e negativo

(140º). Ela possui jib, quatro rodas

direcionais, eixo oscilante e, como

sua distância do solo é de apenas

42 cm, pode ser utilizada como um

equipamento todo-terreno. “Outro

destaque, mas que não foi trazido

para a M&T Expo, é a plataforma do

tipo tesoura Optimum 8”, diz Gui-

lherme Santos, gerente geral da

Haulotte do Brasil.

O modelo possui dimensões de

1,88 m x 0,76 m, o que possibilita

acesso a locais restritos, contan-

do ainda com dispositivo antibas-

culante e raio de giro de 1,80 m.

Segundo Luca Riga, gerente de

marketing da Haulotte para a Amé-

rica Latina, o equipamento permite

trabalhos em alturas de até 7,8 m e

tem capacidade máxima de 230 kg.

“Conquistamos um importante pas-

so, com os novos equipamentos

cabendo dentro de um contêiner”,

ele completa.

Já a aposta da Skyjack se concen-

trou na plataforma aérea SJ86T,

lançada para possibilitar traba-

lhos em alturas de até 26,82 m e

com alcance máximo horizontal

de 22,10 m. Dotado de rotação

contínua de 360º, o novo modelo

se destaca pelas dimensões com-

pactas, de 0,91m de comprimento

por 2,44 m de largura. “O mercado

brasileiro de PTAs tem um poten-

cial impressionante e pode tripli-

car ou até mesmo quadruplicar

nos próximos anos”, avalia Rafael

Bazzarella, gerente de vendas da

Skyjack Brasil. Ele projeta esse ní-

vel de crescimento em função dos

ganhos de custo e de segurança

obtidos com sua utilização, algo

que os usuários vão percebendo

cada vez mais rapidamente com a

popularização das PTAs.

Ricardo bertoni da JLG: estrutura agiliza o atendimento pós-venda

Luca Riga da Haulotte: equipamentos mais compactos