plataforma verifact · 2020. 1. 14. · • o laudo documental emitido pela plataforma. pessoas...

77
Maringá – PR Fone 44 4052.9410 [email protected] – www.sipercom.com.br Página 1 de 77 Plataforma Verifact PARECER TÉCNICO Versão 1.4 – 10/01/2019.

Upload: others

Post on 27-Jan-2021

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 1 de 77

    Plataforma Verifact

    PARECER TÉCNICO

    Versão 1.4 – 10/01/2019.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 2 de 77

    Resumo Este parecer técnico teve por objetivo analisar a Plataforma Verifact, observando segurança e adequação metodológica com base em práticas forenses: • os processos metodológicos para captura técnica de provas digitais em plataforma SaaS (Software as a Service ou

    Software como Serviço), e; • o laudo documental emitido pela plataforma. Pessoas comuns e colaboradores de diversas organizações utilizam-se da Internet no seu cotidiano para realizar

    diversas atividades e, muitas vezes, se deparam com situações que precisam ser registradas de maneira imediata para

    constituir uma evidência digital ou provar fatos.

    A Plataforma Verifact é destinada a pessoas que tenham conhecimentos básicos de tecnologia, tornando-os capazes

    de adquirir alguns tipos de evidências digitais a partir de dados voláteis no seguinte cenário:

    • Em um ambiente isolado de navegação na Web virtualizado em nuvem, com algumas restrições para torna-lo protegido contra fraudes, criado sob demanda apenas para fins da aquisição de potenciais evidências digitais, direcionado exclusivamente à URL especificada previamente à captura, onde toda a navegação é gravada em vídeo, sem possibilidade de pausa, ambiente este que é posteriormente destruído;

    • Onde são aplicadas técnicas de aquisição e preservação de evidências digitais semelhantes àquelas utilizadas em investigações e perícias e, agregando garantias de integridade aos dados coletados e ao laudo produzido.

    No contexto atual que vivenciamos de transformação digital esta plataforma poderá ser muito útil para indivíduos e

    organizações.

    Foi testado o processo utilizado na plataforma e obtidos os artefatos produzidos em todos eles e conclui-se que:

    • A metodologia adotada pela plataforma foi considerada consistente e aceitável para os fins aos quais se propõe. Destacando-se que é um método não intrusivo e ainda que a vídeo captura agrega a percepção de contexto e linha do tempo, o que pode ser útil em muitos casos. As práticas utilizadas em perícia digital também aplicadas na metodologia utilizada na plataforma, bem como outras técnicas utilizadas na captura (URL fixa no início, navegação limitada, indicação visual, etc.) podem facilitar ou embasar uma eventual perícia posterior. Além disso, agregam maior consistência aos artefatos produzidos.

    • A plataforma oferece uma experiência considerada praticamente normal de navegação em um ambiente virtualizado, com desempenho suficiente durante a captura para navegar, escutar áudios e visualizar vídeos

    • O método de validação da integridade do laudo funciona adequadamente, é considerado válido se utilizados computadores, aplicativos e origens das cadeias de certificação confiáveis. A técnica de controle de integridade dos dados funciona, é bastante efetiva e largamente utilizada no âmbito de perícias digitais.

    • A possibilidade de utilizar-se da plataforma para aquisição de evidências digitais de maneira imediata, a qualquer tempo e logo após o conhecimento de algum fato, possibilita ao indivíduo evitar a espoliação da potencial evidência digital e aumentar o seu valor como prova.

    • Ao comparar com uma Ata Notarial, considerando seu conteúdo meramente narrativo com produção de prova de existência, o resultado produzido pela Plataforma Verifact, no caso específico que ela se propõe a registrar, pode ser considerado mais consistente e confiável que o registro feito em tabeliães na atualidade, visto as boas práticas forenses que permitem uma avaliação acurada por um perito especializado ou assistente técnico, medidas de segurança para prevenir fraudes, metodologia utilizada de registro e preservação, e por fim, uma prova de existência também feita por meio regulamentado no país (carimbo de tempo ICP/Brasil).

    • Quanto ao laudo documental, considera-se válido e consistente o suficiente para os fins aos quais se destina, ressaltando-se ainda que, de posse de cópias do laudo e dos demais artefatos produzidos na captura, o indivíduo poderá fazer uso deles, mesmo que a plataforma não esteja disponível, por qualquer motivo ou que a captura já tenha sido removida da plataforma.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 3 de 77

    Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................ 5

    1.1. Objeto das análises........................................................................................................ 5

    1.2. Exclusões ....................................................................................................................... 6

    2. Fundamentação ................................................................................................................ 6

    2.1. O desafio da transformação digital ................................................................................ 6

    2.2. Diretrizes para atividades envolvendo a produção de evidências digitais ....................... 7

    2.3. Ata notarial ................................................................................................................... 9

    2.4. Carimbo de tempo......................................................................................................... 9

    2.5. Função de verificação .................................................................................................. 10

    3. Nosso entendimento ....................................................................................................... 10

    4. Análise dos processos metodológicos .............................................................................. 11

    4.1. Metodologia da análise ............................................................................................... 11

    4.1.1. Alvos dos testes ....................................................................................................... 11

    4.1.2. Evidências dos testes ............................................................................................... 11

    4.1.3. Verificação dos artefatos ......................................................................................... 11

    4.2. Processo de cadastro na Plataforma Verifact ............................................................... 12

    4.3. Processo de aquisição de potenciais evidências digitais ............................................... 14

    4.3.1. Iniciar captura.......................................................................................................... 16

    4.3.2. Criação e inicialização de ambiente.......................................................................... 17

    4.3.3. Gravação da captura ................................................................................................ 17

    4.3.4. Capturas de tela ...................................................................................................... 18

    4.3.5. Conclusão da captura .............................................................................................. 18

    4.3.6. Processamento da captura ...................................................................................... 19

    4.3.7. Notificação do usuário ............................................................................................. 19

    4.3.8. Obtenção e verificação dos artefatos ....................................................................... 20

    4.3.8.1. Laudo .................................................................................................................. 21

    4.3.8.2. Vídeo captura ...................................................................................................... 23

    4.3.8.3. Capturas de tela ................................................................................................... 24

    4.3.8.4. Metadados Técnicos ............................................................................................ 24

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 4 de 77

    4.3.9. Compartilhar captura............................................................................................... 26

    5. Análise de laudo documental emitido pela plataforma .................................................... 28

    5.1. Estrutura do laudo ....................................................................................................... 28

    6. Conclusões ...................................................................................................................... 31

    6.1. Processo de aquisição de potenciais evidências digitais ............................................... 31

    6.2. Laudo documental emitido pela plataforma ................................................................ 33

    7. Encerramento ................................................................................................................. 33

    8. Referências ..................................................................................................................... 34

    Anexo I – Termos de uso Verifact -versão beta ........................................................................ 36

    Anexo II – Exemplo de Laudo da Plataforma Verifact ............................................................... 61

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 5 de 77

    1. Introdução O presente trabalho tem por objetivo apresentar um parecer técnico, observando segurança e

    adequação metodológica com base em práticas forenses, sobre:

    • análise dos processos metodológicos para captura técnica de provas digitais em

    plataforma SaaS (Software as a Service ou Software como Serviço), e;

    • análise de laudo documental emitido pela plataforma.

    1.1. Objeto das análises O objeto das análises contidas neste laudo é a plataforma e as ferramentas disponibilizadas no

    sitio da Internet www.verifact.com.br, de agora em diante chamada de Plataforma Verifact,

    apenas sob os aspectos mencionados anteriormente.

    Consultando o Nic.br é apresentada a propriedade do registro do domínio (algumas informações

    sensíveis foram removidas):

    % Copyright (c) Nic.br

    % The use of the data below is only permitted as described in

    % full by the terms of use at https://registro.br/termo/en.html ,

    % being prohibited its distribution, commercialization or

    % reproduction, in particular, to use it for advertising or

    % any similar purpose.

    % 2018-12-11T18:08:01-02:00

    domain: verifact.com.br

    owner: Alexandre João Munhoz

    ownerid:

    country: BR

    owner-c: AJM249

    admin-c: AJM249

    tech-c: AJM249

    billing-c: AJM249

    nserver: aiden.ns.cloudflare.com

    nsstat: 20181211 AA

    nslastaa: 20181211

    nserver: connie.ns.cloudflare.com

    nsstat: 20181211 AA

    nslastaa: 20181211

    saci: yes

    created: 20180914 #18806143

    changed: 20180914

    expires: 20190914

    status: published

    nic-hdl-br: AJM249

    http://www.verifact.com.br/

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 6 de 77

    person: Alexandre João Munhoz

    e-mail:

    country: BR

    created: 20050104

    changed: 20050519

    % Security and mail abuse issues should also be addressed to

    % cert.br, http://www.cert.br/ , respectivelly to [email protected]

    % and [email protected]

    %

    % whois.registro.br accepts only direct match queries. Types

    % of queries are: domain (.br), registrant (tax ID), ticket,

    % provider, contact handle (ID), CIDR block, IP and ASN.

    1.2. Exclusões Ressalta-se que NÃO é escopo deste trabalho:

    • A avaliação dos aspectos legais relacionados à Plataforma Verifact, portanto, não serão

    abordados, exceto, do ponto de vista técnico, aspectos específicos que por ventura

    sejam importantes para eventual justificativa ou argumentação;

    • A avaliação técnica da implementação da Plataforma Verifact em si, isto é, do ambiente

    e seus componentes de infraestrutura, hardware ou software sob qualquer aspecto,

    tão pouco, técnicas de criptografia utilizadas no armazenamento ou no tráfego de

    informações entre os componentes internos à plataforma.

    2. Fundamentação Nesta seção apresentaremos informações, aspectos e conceitos importantes, os quais são

    considerados como linhas de base para elaboração deste parecer.

    2.1. O desafio da transformação digital Estamos vivenciando a transformação digital [1]. Como a IDC descreve [2], “a transformação

    digital é o uso de tecnologias de terceira plataforma para criar valor e vantagem competitiva por

    meio de novas ofertas, novos modelos de negócios e novos relacionamentos”.

    Exemplos impressionantes dessa transformação:

    • 55% das startups já adotaram uma estratégia de negócios digital em comparação com

    38% das empresas tradicionais [3];

    • O Google processa atualmente mais de 70.000 requisições de busca por segundo e mais

    de 4,5 bilhões por dia [4];

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 7 de 77

    • Estima-se em 5,32 bilhões em 2018 o número de acessos móveis contratados ao redor

    do mundo [5];

    • No primeiro trimestre de 2018 o Facebook atingiu a marca de 2,2 bilhões de usuários

    ativos, dos quais 127 milhões no Brasil [6].

    Um dos resultados de tudo isso é que pessoas e organizações estão utilizando cada vez mais

    novas tecnologias, as quais produzem volumes antes inimagináveis de dados e informações.

    O desafio neste cenário é como garantir direitos e deveres em meio a esta enxurrada de dados

    e informações.

    2.2. Diretrizes para atividades envolvendo a produção de

    evidências digitais Atualmente existem diversas iniciativas em âmbito global e em diversos países para

    padronização ou direcionamento de atividades envolvidas na produção de evidências digitais.

    Neste contexto, diversos aspectos têm significativa implicação e tornam tais iniciativas muito

    mais desafiadoras, são eles:

    • atender às legislações, normas e regulamentos de diversas jurisdições;

    • acompanhar as evoluções tecnológicas e dos crimes cibernéticos;

    • acompanhar o exponencial crescimento no volume de dados armazenados por sistemas

    computacionais.

    Em 2012, para assegurar a integridade de evidências digitais para sua admissão em ações legais,

    disciplinares e outras, a ISO – International Organization for Standardization publicou a norma

    27037 – “Diretrizes para Identificação, coleta, aquisição e preservação de evidência digital”, a

    qual ganhou versão traduzida para o português em 2013 pela ABNT [7].

    A norma fornece as diretrizes para as atividades de identificação, coleta, aquisição e preservação

    de evidência digital, mas, também aborda os princípios da evidência digital (relevância,

    confiabilidade e suficiência) e, os aspectos-chave no manuseio de evidência digital

    (auditabilidade, justificabilidade e repetibilidade ou reprodutibilidade).

    O balizamento teórico deste parecer considera os seguintes conceitos apresentados na referida

    norma [7]:

    Conceito Definição

    Aquisição Processo de criação de cópia de dados em um conjunto definido

    Auditabilidade É um aspecto-chave, o qual por meio de uma documentação

    adequada dos processos seguidos em todas as ações realizadas

    poderá ser avaliado de maneira independente para certificar se

    foram seguidos métodos, técnicas e/ou procedimentos.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 8 de 77

    Carimbo de tempo Parâmetro de variação do tempo que indica o momento específico

    que diz respeito a uma referência de tempo comum

    Coleta Processo de recolhimento de itens físicos que contêm potencial

    evidência digital

    Confiabilidade Propriedade de resultados e comportamentos pretendidos

    consistentes. Princípio que agrega a possibilidades de auditoria e

    repetição aos processos empregados na manipulação de

    potenciais evidências digitais.

    Cópia de evidência

    digital

    Cópia de evidência digital que foi produzida para manter a

    confiabilidade da evidência, incluindo tanto a evidência digital

    como os meios de verificação no qual o método de verificação

    pode ser incorporado ou ser independente das ferramentas

    utilizadas na verificação.

    Dados voláteis Dados que são especialmente propensos a alterações e que

    podem ser facilmente modificados

    Espoliação Ato de realizar ou permitir modificação(ões) na potencial

    evidência digital que afete o seu valor como prova

    Evidência digital Informações ou dados, armazenados ou transmitidos em forma

    binária, que podem ser utilizados como evidências

    Função de verificação Função unidirecional usada para verificar se conjuntos de dados

    são idênticos, comumente implementadas utilizando funções

    hash, tais como MD5, SHA1, SHA2, etc.

    Justificabilidade Para atender a esse aspecto-chave, as ações e métodos utilizados

    na manipulação de potencial evidência digital devem ser

    justificadas, a qual pode ser demonstrada com base nas escolhas

    adotadas para recolher as potenciais evidências digitais.

    Relevância Princípio que considera que o material adquirido é relevante para

    a investigação e que contém informação que agregue valor à

    investigação de um incidente específico e, de que há uma

    justificativa aceitável para ter sido adquirida.

    Repetibilidade Propriedade de um processo conduzido para obter os mesmos

    resultados de testes em um mesmo ambiente de teste (mesmo

    computador, disco rígido, modo de operação etc.)

    Reprodutibilidade Propriedade de um processo para obter os mesmos resultados de

    testes em um diferente ambiente de teste (diferente computador,

    disco rígido, operador etc.)

    Suficiência Princípio que considera que o material recolhido (adquirido ou

    coletado) é suficiente para realização das investigações

    necessárias.

    Valor de hash O resultado da função hash em uma série de bits

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 9 de 77

    Também são referências importantes para este parecer, as seções “7.1.3.1.2 – Atividades de

    base: aquisição de dispositivo digital ligado” e “7.1.3.1.3 – Atividades adicionais: aquisição de

    dispositivo digital ligado” da norma [7], mencionam respectivamente:

    • A necessidade da rápida aquisição de dados de dispositivos ainda em execução, a qual

    pode ser realizada de maneira remota e os dados voláteis sejam armazenados, por

    exemplo em um arquivo ZIP, cujo valor de hash seja calculado e documentado, e ainda,

    que o processo seja realizado utilizando programas ou ferramentas confiáveis;

    • Data e hora das ações sejam documentados e obtidos a partir referências confiáveis.

    2.3. Ata notarial O Art. 384 do CPC [8] estabelece a Ata Notarial como um meio válido de prova, o qual tem sido

    utilizado em diversas situações envolvendo evidências digitais.

    Para [9], “a Ata Notarial é uma forma pela qual o tabelião, mediante solicitação das partes

    interessadas, lavra um instrumento público de narrativa daquilo que foi verificado em seus

    sentidos, sem omissão de opinião, para, na conclusão, tê-la com a mesma finalidade de provas

    pré-constituídas para serem avaliadas na esfera judicial, extrajudicial e administrativa a partir

    dos fatos nela colhidos, observando-se um detalhe: o tabelião é o responsável pela veracidade

    do que vai à Ata Notarial e, consequentemente, sua validade perante os que a ela recorrem”.

    2.4. Carimbo de tempo No Brasil, o uso de carimbo de tempo ou timestamp é facultativo [10]. Um carimbo tempo

    seguro fornece prova de que um conjunto de dados existia em um horário específico. Podem

    ser usados para estabelecer quando uma ação eletrônica ocorreu, tal como uma transação ou a

    assinatura de um documento. [11]

    Alguns dos benefícios de sua utilização são [12]:

    • Temporalidade;

    • Tempestividade;

    • Segurança;

    • Eficácia probatória;

    • Redução de custos;

    • Confiabilidade.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 10 de 77

    2.5. Função de verificação As funções de verificação ou funções de autenticação unidirecionais [13] são utilizadas para a

    verificação de integridade de um conjunto de dados (contidos em um arquivo ou uma mídia de

    armazenamento). Elas geram uma saída de tamanho fixo, chamado valor de hash, a partir de

    um conjunto de dados de qualquer tamanho, porém, a partir desta saída, não é possível

    recuperar o conteúdo original.

    A verificação de integridade é garantida pois, se qualquer porção deste conjunto de dados for

    alterada, o resultado da verificação da função será diferente.

    Algoritmos atualmente utilizados como função de verificação e respectivos tamanhos de saídas

    geradas são: MD5 (128 bits), SHA-1 (160 bits) SHA-2 256 (256 bits), SHA-2 512 (512bits).

    3. Nosso entendimento Pessoas comuns e colaboradores de diversas organizações utilizam-se da Internet no seu

    cotidiano para realizar diversas atividades e, muitas vezes, se deparam com situações que

    precisam ser registradas de maneira imediata para constituir uma evidência digital ou provar

    fatos.

    A Plataforma Verifact é destinada a pessoas que tenham conhecimentos básicos de tecnologia,

    tornando-os capazes de adquirir alguns tipos de evidências digitais a partir de dados voláteis no

    seguinte cenário:

    • Em um ambiente isolado de navegação na Web virtualizado em nuvem, criado sob

    demanda apenas para fins da respectiva aquisição de potenciais evidências digitais,

    onde toda a navegação é gravada em vídeo, sem possibilidade de pausa, ambiente este

    que é posteriormente destruído;

    • Ambiente restrito direcionado exclusivamente à URL especificada previamente à

    captura, sem possibilidade de abertura abas ou janelas adicionais, com componentes

    desativados, tais como Java e Adobe Flash;

    • Sem possibilidades de download ou upload de arquivos;

    • Com teclas de comandos especiais desativadas, tais como teclas de função (F1... F12),

    Ctrl, Alt, etc.);

    • Aplicando técnicas de aquisição e preservação de evidências digitais semelhantes

    àquelas utilizadas em investigações e perícias;

    • Agregando garantias de integridade aos dados coletados e ao laudo produzido.

    No contexto atual que vivenciamos de transformação digital mencionado anteriormente esta

    plataforma poderá ser muito útil para indivíduos e organizações.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 11 de 77

    4. Análise dos processos metodológicos

    Nesta seção serão analisadas questões relacionadas aos processos metodológicos utilizados para a chamada captura técnica de provas digitais realizada na Plataforma Verifact.

    4.1. Metodologia da análise Esta análise foi produzida com base em testes realizados na Plataforma Verifact, fazendo uso

    de créditos disponibilizados pela empresa responsável.

    4.1.1. Alvos dos testes Estes testes tiveram como alvo os seguintes sites / aplicativos:

    • https://www.youtube.com

    • https://web.whatsapp.com

    • https://facebook.com

    • https://assine.vivo.com.br

    4.1.2. Evidências dos testes As seguintes evidências digitais dos testes foram adquiridas:

    • Capturas de telas;

    • Artefatos produzidos pela Plataforma Verificat.

    Com o intuito de facilitar a leitura e, visto que o objetivo desta seção é uma avaliação quanto

    aos processos metodológicos adotados na Plataforma Verificat, apenas algumas destas

    evidências serão apresentadas ao longo deste parecer.

    Alguns trechos destas evidências foram removidos para proteger dados sensíveis, porém, sem

    afetar o intuito ilustrativo de sua apresentação neste parecer.

    4.1.3. Verificação dos artefatos A verificação dos artefatos foi realizada com base no que é proposto nos Termos de Uso da

    plataforma, nas orientações do próprio laudo produzido na plataforma, nas referências

    apresentadas na seção de fundamentação deste parecer, bem como em boas práticas e técnicas

    de forense computacional/digital comumente utilizadas nos cenários de testes.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 12 de 77

    Para a verificação de integridade dos artefatos a partir de funções de verificação foi utilizada a

    ferramenta “sha512sum.exe” que faz parte do conjunto de ferramentas do Cygwin1.

    4.2. Processo de cadastro na Plataforma Verifact O processo de cadastramento na Plataforma Verificat segue o padrão utilizado por diversas

    outras plataformas disponíveis na Internet e envolve:

    1. O fornecimento de informações básicas de uma pessoa física:

    Figura 1 - Tela de cadastro de usuário na Plataforma Verifact

    2. A aceitação dos termos de uso, uma cópia textual dos Termos de Uso foram adquiridas

    em 20/11/2018, a qual encontra-se no Anexo I – Termos de uso Verifact -versão beta:

    1 https://cygwin.com

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 13 de 77

    Figura 2 - Aceitação dos Termos de Uso da Plataforma Verifact

    3. E a validação do endereço de e-mail cadastrado:

    Figura 3 - Mensagem sobre a validação do endereço de e-mail

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 14 de 77

    Figura 4 - E-mail sobre a validação do endereço cadastrado na Plataforma Verifact

    4.3. Processo de aquisição de potenciais evidências digitais O processo de aquisição de potenciais evidências digitais e na Plataforma Verifact é chamado

    de “captura técnica de provas digitais”.

    Após uma pessoa física cadastrar-se, a qual será a solicitante e operadora da captura técnica de

    provas digitais, ela poderá seguir os passos do processo de captura, conforme demonstrado na

    Figura 5:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 15 de 77

    Figura 5 - Diagrama simplificado do processo de captura técnica de provas digitais com a Plataforma Verifact

    Iniciar Captura

    • O usuário informa Site (URL), Título e Informações complementares

    • Aceita os termos aplicáveis

    Criação de ambiente

    • Ambiente virtualizado é criado e inicializado dentro da plataforma

    • Usuário é direcionado para o navegador virtual

    Gravação da captura

    • Toda a navegação na área de captura do navegador virtual é gravada em vídeo, incluindo áudio, se houver

    Captura de tela (opcional)

    • Opcionalmente o usuário adquire captura de telas durante a navegação

    Conclusão da captura

    • O usuário comanda a conclusão da captura

    Processamento da captura

    • A ferramenta informa ao usuário sobre o processamento da captura

    Notificação do usuário

    • O usuário é notificado por e-mail sobre a conclusão do processamento da captura

    Obtenção dos artefatos

    • O usuário pode obter o laudo e demais arquivos vinculados à captura realizada

    Compartilhar captura (opcional)

    • Opcionalmente o usuário poderá compartilhar a captura realizada

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 16 de 77

    4.3.1. Iniciar captura O início da captura ocorre a partir da página “Nova captura”, onde é possível encontrar vídeos

    tutoriais sobre o funcionamento da ferramenta e sua utilização para os mais variados tipos de

    capturas.

    Nesta página o usuário deve:

    • Fornecer Site (URL) alvo do início da captura, título da captura e informações

    complementares que serão utilizados pela empresa.

    • Aceitar os termos aplicáveis;

    • Clicar no botão “Iniciar captura” para comandar seu início:

    Figura 6 - Nova captura

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 17 de 77

    4.3.2. Criação e inicialização de ambiente A partir deste ponto um ambiente virtual e exclusivo é criado para a chamada captura técnica:

    Figura 7 - Criação de ambiente

    O ambiente é então inicializado e o usuário é direcionado para ele:

    Figura 8 - Inicialização de ambiente

    4.3.3. Gravação da captura Deste pondo em diante toda a navegação na área de captura do navegador virtual é gravada em

    vídeo, incluindo áudio, se houver. Um registro de tempo de gravação é exibido acima da área de

    captura:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 18 de 77

    Figura 9 – Destaque do tempo de gravação da captura

    Bem como um identificador da captura e a data e tempo coordenado universal (UTC) na parte

    inferior, dentro da área de captura:

    Figura 10 - Destaque do identificador da caputra e horário UTC

    4.3.4. Capturas de tela Opcionalmente, capturas de telas (screen shots) podem ser comandadas a partir do ícone

    localizado no canto superior direito da área de navegação:

    Figura 11 - Ícone de captura de tela

    4.3.5. Conclusão da captura Para concluir a captura, o usuário deve clicar no botão localizado no acima da área de navegação:

    Figura 12 - Botão concluir captura

    E, confirmar a sua finalização:

    Figura 13 - Conclusão da captura

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 19 de 77

    4.3.6. Processamento da captura Após confirmar a finalização da captura o usuário é notificado que os artefatos serão

    processados e disponibilizados em até 20 minutos em sua área exclusiva para download:

    Figura 14 - Processamento da captura

    4.3.7. Notificação do usuário Ao final do processamento da captura, um e-mail de notificação é enviado ao usuário, com um

    link direto para sua visualização e download dos artefatos:

    Figura 15 - E-mail de notificação sobre a conclusão da captura

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 20 de 77

    4.3.8. Obtenção e verificação dos artefatos Os artefatos produzidos pela ferramenta podem ser obtidos a partir da página de “Detalhes da

    captura”.

    Estes artefatos estão divididos em 4 (quatro) arquivos distintos, um PDF, um MP4 e 2 (dois)

    arquivos ZIP. Estes arquivos recebem os nomes no padrão _,

    onde pode ser “laudo”, “video”, “imagedata”, “metadata”

    Os 3 (três) arquivos ZIP constam com seus valores de hash exibidos na mesma página de

    “Detalhes da captura”, bem como, dentro do laudo em PDF. Os 4 arquivos, de acordo com o

    respectivo tipo são:

    • “laudo” – Laudo da captura;

    • “vídeo” – Vídeo captura;

    • “imagedata” – Imagens registradas;

    • “metadata” – Metadados técnicos.

    Figura 16 - Detalhes da captura

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 21 de 77

    4.3.8.1. Laudo A verificação de integridade dos laudos, dos testes realizados foi feita como estabelecido nele

    próprio, na seção 3.1 reproduzida a seguir:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 22 de 77

    Portanto, um laudo com assinatura por carimbo de tempo é considerado íntegro, autêntico e

    válido quando exibido da seguinte forma:

    Figura 17 - Laudo com assinatura por carimbo de tempo validada

    Todos os laudos dos testes realizados foram validados com sucesso com a utilização deste

    método.

    A análise do conteúdo do laudo será apresentada na seção 5.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 23 de 77

    4.3.8.2. Vídeo captura A vídeo captura em formato MP4 pode ser reproduzida sem maiores problemas, incluindo

    áudio, se for o caso e os recursos gráficos adicionados, conforme seção 2.3 do laudo: uma

    indicação visual do clique e a legenda da captura:

    Figura 18 - Exemplo de reprodução de vídeo captura em um computador com Windows 10

    A integridade do artefato foi verificada com sucesso, pela produção de seu valor de hash a partir

    do arquivo obtido (Figura 19) e comparação com o valor de hash constante do laudo (Figura 20):

    Figura 19 - Verificação do valor de hash do arquivo da vídeo captura

    Figura 20 - Valor de hash do arquivo da vídeo captura apresentado no laudo

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 24 de 77

    4.3.8.3. Capturas de tela O arquivo ZIP tipo “imagedata”, contém um arquivo ‘info.csv’2 e as imagens de capturas de tela

    adquiridas. O arquivo ‘info.csv’ contém as seguintes informações, uma linha para cada arquivo

    de imagem de captura de tela:

    • data/hora UTC – tempo coordenado universal em que foi realizada a captura da tela

    • tipo – images;

    • nome arquivo – nome do arquivo de imagem de captura de tela no formato

    .png;

    • tamanho (bytes) – tamanho em bytes do arquivo de imagem de captura de tela;

    • SHA512 – valor de hash do arquivo de imagem de captura de tela;

    • descrição – URL de onde foi adquirida a imagem de captura de tela.

    A integridade do artefato foi verificada com sucesso, pela produção de seu valor de hash a partir

    do arquivo obtido (Figura 21) e comparação com o valor de hash constante do laudo (Figura 22):

    Figura 21 - Verificação do valor de hash do arquivo ZIP de capturas de telas

    Figura 22 - Valor de hash do arquivo ZIP de capturas de telas apresentado no laudo

    4.3.8.4. Metadados Técnicos Conforme seção 2.2.1 do Laudo, “Consta do resultado da captura um pacote de arquivos ZIP

    com os metadados técnicos. Dentro desse pacote, há ainda o arquivo ‘info.csv’, que descreve

    cada arquivo de metadado e seu correspondente código hash individual”...:

    2 “Os arquivos Comma-separated values, também conhecido como CSV, são arquivos de texto de formato

    regulamentado pelo RFC 4180, que faz uma ordenação de bytes ou um formato de terminador de linha, separando

    valores com vírgulas.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Comma-separated_values, acessado em 04/12/2018.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 25 de 77

    • “Código HTML de página - Inicialmente os códigos HTML da página são capturados a

    cada transição de url verificada na navegação. Imediatamente após a transição da url,

    são monitoradas mudanças dinâmicas no conteúdo do código a cada 60 segundos, caso

    verificada qualquer alteração, uma nova captura do código HTML é realizada para a

    mesma url”;

    • Informações de domínio: São capturadas também informações referentes ao domínio

    acessado durante a navegação. Cada domínio acessado possuirá um arquivo JSON

    (formato comumente usado em softwares) constando informações do serviço WHOIS

    (dados do registro do domínio), lista de endereços IP nos formatos IPV4 e IPV6 (o

    segundo, se disponível) associados ao domínio, servidores DNS usados na consulta, e,

    se disponível, informações públicas do certificado SSL usado na encriptação do acesso

    via protocolo HTTPS.

    • Registro de acessos do browser: Registro de urls de todos os recursos acessados pelo

    browser internamente, o qual é feito anteriormente à encriptação do protocolo HTTPS,

    sendo possível verificar os endereços completos das requisições.

    • Histórico navegação urls: Registro de todas urls acessadas pelo browser durante a

    navegação do usuário. Diferente do item anterior por conter somente os endereços

    comumente mostrados na barra de navegação do browser.”

    A integridade do artefato foi verificada com sucesso, pela produção de seu valor de hash a partir

    do arquivo obtido (Figura 23) e comparação com o valor de hash constante do laudo (Figura 24):

    Figura 23 - Verificação do valor de hash do arquivo ZIP de metadados técnicos

    Figura 24 - Valor de hash do arquivo ZIP de metadados técnicos apresentado no laudo

    Os seguintes arquivos estão incluídos neste ZIP:

    • ‘info.csv’ - contém as seguintes informações, uma linha para cada arquivo contido neste

    ZIP:

    o data/hora UTC – tempo coordenado universal da criação do arquivo;

    o tipo – PAGESOURCE, DOMAIN_INFO, ALOG, NLOG;

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 26 de 77

    o nome arquivo – nome do arquivo no formato -

    _.;

    o tamanho (bytes) – tamanho em bytes do arquivo;

    o SHA512 – valor de hash do arquivo;

    o descrição – descrição do arquivo ou URL relacionada.

    • ‘navigation_< identificador_da_captura >.csv’ – contém o “histórico navegação urls” e

    as seguintes informações, uma linha URL acessada:

    o data/hora UTC – tempo coordenado universal em que foi acessada a URL;

    o url – URL acessada;

    • ‘requests_browser_< identificador_da_captura >.csv’ – contém o “registro de acessos

    do browser” e as seguintes informações, uma linha para cada requisição registrada:

    o data/hora UTC – tempo coordenado universal em que foi registrada a

    requisição;

    o método – qual o método utilizado na requisição, normalmente GET ou POST;

    o caminho – qual o caminho e eventuais parâmetros da requisição;

    o host – qual o endereço servidor foi requisitado;

    o http – versão de protocolo HTTP utilizada na requisição;

    • ‘domaininfo__< identificador_da_captura >.json – um ou mais arquivos

    contendo “Informações de domínio”;

    • ‘source-_.html – um ou mais arquivos

    contendo “código HTML de página”.

    4.3.9. Compartilhar captura O usuário pode compartilhar capturas a partir da página de “Detalhes da captura”, clicando no

    botão:

    Figura 25 - Botão Compartilhar Captura

    Na janela “Compartilhamento seguro” o usuário clica no botão “Criar no link”:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 27 de 77

    Figura 26 - Janela de compartilhamento de captura

    O link é então criado e o usuário pode copiá-lo, assim como a sua senha para compartilhamento

    por e-mail ou outro meio.

    Figura 27 - Link de compartilhamento de captura criado

    De posse do link e senha, acesso pode ser realizado por qualquer navegador:

    Figura 28 - Acesso ao link de compartilhamento de captura

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 28 de 77

    Se o usuário que compartilhou o link clicar novamente no botão “Compartilhar Captura” na

    página de “Detalhes da Captura”, poderá visualizar a quantidade de acessos já realizados

    utilizando o link compartilhado:

    Figura 29 - Contador de acessos ao link de compartilhamento de captura atualizado

    5. Análise de laudo documental emitido pela plataforma Nesta seção serão analisadas questões relacionadas ao laudo documental emitido pela

    plataforma. Um exemplo encontra-se no Anexo II – Exemplo de Laudo da Plataforma Verifact.

    5.1. Estrutura do laudo O documento do laudo possui o mínimo de 12 páginas e a quantidade total varia, principalmente

    em função da quantidade de capturas de telas realizadas, sendo que cada uma é apresentada

    em uma página individual, contendo também o tempo coordenado universal e a URL da captura,

    como no exemplo abaixo:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 29 de 77

    Figura 30 - Exemplo de página de laudo com captura de tela

    Em todas as páginas, no cabeçalho é impressa a logomarca Verifact e no rodapé é impresso o

    identificador da captura, o número da página e o número total de páginas e, segue a estrutura

    apresentada na Tabela 1, onde também é apresentado um resumo do conteúdo de cada

    seção/subseção.

    Tabela 1 - Estrutura do laudo emitido pela Plataforma Verifact

    Seção Resumo do conteúdo

    Capa Logo marca VERIFACT;

    Título do documento

    Identificador único do documento

    Introdução Explanação resumida sobre a plataforma / ferramenta

    Certificação Apresenta os “Selos” “Carimbo de tempo” e “Captura Técnica”

    1. Detalhes da captura Identificador - único do documento

    Site início captura – URL alvo da aquisição de evidências

    Iniciada em – data / hora UTC do início da aquisição em vídeo

    Finalizada em – data / hora UTC do fim da aquisição em vídeo

    Tempo de captura – tempo de duração da aquisição em vídeo

    1.1 Autor da captura Nome

    Documento

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 30 de 77

    Email

    Celular

    IP de acesso à Verifact

    1.2 Arquivos captura Lista os arquivos e respectivos valores de hash constantes da respectiva captura

    1.3 Imagens registradas

    Lista as imagens de capturas de telas comandadas pelo usuário

    1.4 Histórico de navegação

    Exibe o histórico das URLs acessadas durante a captura e respectivo tempo coordenado universal

    1.5 Informação de domínios

    Apresenta as informações dos principais domínios acessados

    2. Sobre a ferramenta Sem conteúdo

    2.1 A captura em ambiente controlado e com medidas antifraude

    Descreve sucintamente como a captura é realizada, precauções de segurança que o usuário pode tomar e ressalta-se a responsabilidade do usuário quanto ao conteúdo da captura

    2.2 Captura em Websites

    Explica sobre a captura de websites a partir de um navegador / browser seguro

    2.2.1 Metadados técnicos

    Informa como são apresentados e quais metadados técnicos são coletados.

    2.3 Vídeo captura Apresenta a justificativa para a utilização da vídeo captura, os recursos agregados à ela e os padrões utilizados.

    2.4 Registro de imagens

    Informa como são disponibilizadas imagens de capturas de telas (screenshots) eventualmente adquiridas.

    2.5 Integridade dos arquivos capturados

    Apresenta informações sobre como a integridade dos arquivos está vinculada ao valor de hash criptográfico produzido e qual a função utilizada

    2.6 O laudo PDF Destaca quando e qual o formato do laudo gerado

    2.7 Assinatura Digital ICP/Brasil com carimbo de tempo

    Explica as funções do carimbo de tempo aplicado ao documento, bem como as vinculações aos órgãos e entidades responsáveis pela emissão.

    2.8 Horário UTC Aborda o uso do Horário UTC dentro da plataforma / ferramenta.

    2.9 Observações gerais

    Apresenta observações pertinentes.

    3. Validação manual da captura

    Descreve as possibilidades de auditabilidade e reprodutibilidade

    3.1 Integridade do laudo

    Explana sobre o que consiste a verificação da integridade do laudo

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 31 de 77

    3.1.1 Validação de integridade através de leitores de PDF

    Descreve os passos a serem seguidos para validação da integridade do laudo utilizando um leitor PDF e a cadeia de certificação da ICP-Brasil

    3.2 Integridade dos arquivos da captura (vídeo e pacote metadados)

    Apresenta informações sobre a verificação da integridade dos arquivos da captura, ressaltando que não se trata de uma garantia quanto à veracidade do conteúdo capturado.

    3.3 Coerência das informações da captura

    Recomenda verificações quanto à coerência dos dados da captura, bem como requisitar ajuda de um perito

    3.4 Atalhos para ferramentas de software

    Oferece links para ferramentas úteis para validação manual da captura

    3.5 Serviços de validação NÃO oferecidos na versão Beta

    Faz menção às validações não disponíveis nesta versão

    4. Aspectos jurídicos essenciais

    Apresenta aspectos de cumprimento de requisitos de segurança da informação, bem como o embasamento legal para diversos aspectos

    5. Considerações sobre a versão beta

    Destaca considerações importantes sobre a versão

    6. Conclusões Nesta seção serão apresentadas as conclusões deste parecer técnico.

    6.1. Processo de aquisição de potenciais evidências digitais Foi testado o processo utilizado na plataforma e obtidos os artefatos produzidos em todos eles

    e as constatações serão apresentadas nesta seção:

    • A metodologia adotada pela plataforma foi considerada consistente e aceitável para os

    fins aos quais se propõe.

    • A plataforma oferece uma experiência considerada praticamente normal de navegação

    em um ambiente virtualizado, com desempenho suficiente durante a captura para

    navegar, escutar áudios e visualizar vídeos. A experiência do usuário poderá ser afetada

    pela sua disponibilidade de banda ou ainda pelo desempenho do site para o qual a

    captura foi direcionada.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 32 de 77

    • Destaca-se que é um método não intrusivo e ainda que a vídeo captura agrega a

    percepção de contexto e linha do tempo, o que pode ser útil em muitos casos.

    • A possibilidade de utilizar-se da plataforma para aquisição de evidências digitais de

    maneira imediata, a qualquer tempo e logo após o conhecimento de algum fato,

    possibilita ao indivíduo evitar a espoliação da potencial evidência digital e aumentar o

    seu valor como prova.

    • O método de validação da integridade do laudo funciona adequadamente, como

    apresentado em 4.3.8.1 e, é considerado válido se utilizados computadores, aplicativos

    e origens das cadeias de certificação confiáveis.

    • A técnica de controle de integridade dos dados, com base em função de verificação e

    algoritmo SHA-2 512 (512bits) é bastante efetiva e largamente utilizada no âmbito de

    perícias digitais.

    • É evidente que os princípios fundamentais que governam a evidência digital, conforme

    apresentado em [7], quais sejam a relevância, confiabilidade e suficiência, serão

    atendidos apenas se a captura for conduzida com cautela. Por este e outros motivos,

    dependendo do caso, tal como recomendado nos termos de uso da plataforma é

    importante a leitura destes termos, assistir aos tutoriais e a consulta a um advogado.

    Neste sentido também, avalia-se que os artefatos produzidos pela plataforma não

    podem ser considerados, por exemplo, como substitutos de uma Ata Notarial, porém,

    podem formar um meio de prova consistente, seja em um momento ou ocasião na qual

    não seja viável obtê-la imediatamente ou inda, o custo seja muito elevado.

    • Ao comparar com uma Ata Notarial, considerando seu conteúdo meramente narrativo

    com produção de prova de existência, o resultado produzido pela Plataforma Verifact,

    no caso específico que ela se propõe a registrar, pode ser considerado mais consistente

    e confiável que o registro feito em tabeliães na atualidade, visto as boas práticas

    forenses que permitem uma avaliação acurada por um perito especializado ou

    assistente técnico, medidas de segurança para prevenir fraudes, metodologia utilizada

    de registro e preservação, e por fim, uma prova de existência também feita por meio

    regulamentado no país (carimbo de tempo ICP/Brasil).

    • As práticas utilizadas em perícia digital também aplicadas na metodologia utilizada na

    plataforma, bem como outras técnicas utilizadas na captura (URL fixa no início,

    navegação limitada, indicação visual, etc.) podem facilitar ou embasar uma eventual

    perícia posterior. Além disso, agregam maior consistência aos artefatos produzidos.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 33 de 77

    6.2. Laudo documental emitido pela plataforma Foi avaliado o laudo documental produzido pela plataforma e as constatações serão

    apresentadas nesta seção:

    • Nenhum aspecto foi observado que implique em diminuição de sua consistência ou do

    seu valor como documento que possa embasar investigações ou proposituras de ações.

    • Desta forma, considera-se que o documento também é válido e consistente para os fins

    a que se destina.

    • Ressalta-se ainda que, de posse de cópias do laudo e dos demais artefatos produzidos

    na captura, o indivíduo poderá fazer uso deles, mesmo que a plataforma não esteja

    disponível, por qualquer motivo ou que a captura já tenha sido removida da plataforma.

    7. Encerramento As conclusões deste parecer técnico limitam-se aos aspectos mencionados na introdução deste

    documento e à versão corrente da Plataforma Verifact.

    Este documento não poderá ser utilizado para respaldar ou contestar a utilização da Plataforma

    Verifact ou suas ferramentas em casos específicos.

    Este documento conta com 77 páginas, incluindo seus anexos.

    Maringá-PR, 10 de janeiro de 2019.

    Uelinton B. dos Santos / Perito Digital

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 34 de 77

    8. Referências

    [1] J. Caudron e D. Van Peteghem, Digital Transformation: A Model to Master Digital

    Disruption, Bookbaby, 2014.

    [2] IDG Communications, Inc, “2018 STATE OF DIGITAL BUSINESS TRANSFORMATION,” IDG

    Communications, Inc, 2018.

    [3] L. Columbus, “The State Of Digital Business Transformation, 2018,” Forbes Media LLC, 22

    04 2018. [Online]. Available:

    https://www.forbes.com/sites/louiscolumbus/2018/04/22/the-state-of-digital-business-

    transformation-2018. [Acesso em 04 12 2018].

    [4] Internet Live Stats, “Google Search Statistics,” Internet Live Stats, [Online]. Available:

    http://www.internetlivestats.com/google-search-statistics/. [Acesso em 04 12 2018].

    [5] Statista, “Number of unique mobile subscribers worldwide from 2010 to 2020 (in billions),”

    Statista, [Online]. Available: https://www.statista.com/statistics/371780/unique-mobile-

    subscribers-worldwide-from-2008/. [Acesso em 04 12 2018].

    [6] F. Oliveira, “Facebook chega a 127 milhões de usuários mensais no Brasil,” Folha de São

    Paulo, 18 07 2018. [Online]. Available:

    https://www1.folha.uol.com.br/tec/2018/07/facebook-chega-a-127-milhoes-de-

    usuarios-mensais-no-brasil.shtml. [Acesso em 04 12 2018].

    [7] ABNT, ABNT NBR ISO/IEC 27037:2013 Tecnologia da informação — Técnicas de Segurança

    - Diretrizes para Identificação, coleta, aquisição e preservação de evidência digital, Rio de

    Janeiro: ABNT, 2013.

    [8] Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, “Código de

    Processo Civil: LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015,” 16 03 2015. [Online]. Available:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. [Acesso em

    04 12 2018].

    [9] C. Queiroz e R. Vargas, Investigação e Perícia Forense Computacional: certificações, leis

    processuais e estudos de caso, Rio de Janeiro: Brasport, 2010.

    [10] ICP-Brasil, “Visão Geral do Sistema de Carimbos do Tempo na ICP-Brasil DOC-ICP-11 v.1.3,”

    2015.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 35 de 77

    [11] A. Nash, W. Duane, C. Joseph e D. Brink, PKI: Implementing and Managing E-Security,

    Berkeley: Osborne/McGraw-Hill, 2001.

    [12] Valid Certificadora, “CARIMBO DE TEMPO: POR QUE ELE DÁ MAIS CONFIABILIDADE À

    CERTIFICAÇÃO?,” Valid Certificadora, 11 07 2016. [Online]. Available:

    http://blog.validcertificadora.com.br/?p=7991. [Acesso em 04 12 2018].

    [13] P. M. d. S. Eleutério e M. P. Machado, Desvendando a computação forense, São Paulo:

    Novatec, 2011.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 36 de 77

    Anexo I – Termos de uso Verifact -versão beta

    Do Objeto

    Este documento corresponde aos Termos de Uso da plataforma Verifact. Estabelece, pois, uma

    descrição do serviço prestado, incluindo o funcionamento técnico, a finalidade e os limites de

    utilização. Aborda, ainda, as regras que irão reger a relação entre o usuário e a plataforma,

    sobretudo as obrigações e as prerrogativas inerentes a cada um. Ao aceitar estes Termos de

    Uso, portanto, o usuário compromete-se a seguir as diretrizes aqui apontadas. Razão porque se

    recomenda a leitura integral e detalhada deste documento.

    O acesso aos serviços da Plataforma somente será possível mediante o prévio preenchimento

    de cadastro e a concordância com estes Termos de Uso.

    Da Descrição do Serviço

    Sobre a ferramenta

    A Verifact disponibiliza ferramenta que viabiliza a captura técnica de fatos ocorridos ou

    retratados em websites ou aplicações, incluindo os mais expressivos provedores de informação

    ou de serviço. Com interface amigável e usabilidade aprimorada, pode ser operada por qualquer

    usuário com conhecimentos básicos de tecnologia. Além disso, esta ferramenta foi concebida

    para oferecer um alto nível de segurança, justamente para que o resultado final seja um registro

    claro e incontestável da captura no ambiente digital.

    Esta ferramenta também permite a captura em forma de imagem durante a navegação pelo

    browser virtualizado. Diferentemente da tecla print screen padrão, porém, a imagem capturada

    não é copiada para a área de transferência do sistema operacional, mas sim vinculada aos

    resultados da captura principal em vídeo. Nesses resultados, constará também a indicação do

    momento da captura em que foi(ram) efetuado(s) o(s) registro(s) da(s) imagem(ns) via

    screenshot.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 37 de 77

    Findo o procedimento, a Verifact emitirá um laudo técnico. Esse documento, somado a um

    arquivo de vídeo e um pacote ZIP de metadados digitais, compõe a captura técnica. Além disso,

    caso o usuário tenha utilizado a função screenshot da Verifact, a(s) imagem(ns) capturada(s)

    estará(ão) armazenadas em um terceiro arquivo, ao qual se fará remissão no próprio laudo.

    Captura técnica com medidas antifraude

    A captura da prova digital é realizada em um ambiente com medidas antifraude, que permite ao

    usuário navegar normalmente, porém, sem a possibilidade de alterar os conteúdos acessados

    ou o resultado da captura. A cada nova captura, um novo ambiente é criado, evitando qualquer

    influência de outros dados na situação corrente. Ao finalizar, os dados pertinentes da captura

    (vídeo, metadados técnicos e eventuais capturas de imagem - screenshot) e da averiguação do

    sistema (metadados de acesso exclusivo Verifact) são compilados e salvos de forma encriptada

    em um servidor seguro de armazenamento. Todos os dados residuais da coleta são então

    removidos do ambiente de modo seguro por meio do método Gutmann com sobrescrição com

    dados randômicos por 5 vezes em cada arquivo, evitando qualquer possibilidade de recuperação

    ou acesso indevido.

    A ferramenta condiciona o usuário a iniciar a captura a partir de um domínio (ex:

    www.facebook.com.br), sem a possibilidade de acessar subpáginas ou urls com parâmetros.

    Então, o usuário deve percorrer todo o caminho entre o domínio inicial e a situação que deseja

    registrar dentro do site indicado. Não é permitida a alteração manual da URL durante a

    navegação. Também não é permitida a pausa da captura durante seu curso, ou seja, toda a

    interação do usuário com o conteúdo é gravada ininterruptamente. Portanto, o resultado final

    refletirá toda a navegação no ambiente, do início ao fim.

    No decorrer da captura também são coletados metadados técnicos, que podem apoiar a análise

    de um especialista sobre a veracidade do conteúdo.

    Por fim, considerando que o início do ambiente de captura e a gravação de vídeo são acionados

    em processos diferentes, pode haver uma pequena diferença entre o tempo de uso verificado

    nas datas e a duração da vídeo-captura, sem qualquer prejuízo aos objetivos da prova coletada.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 38 de 77

    Vídeo Captura

    A gravação em vídeo permite uma verificação clara e transparente da situação digital, livre de

    qualquer distorção capaz de desvirtuar a interpretação do conteúdo capturado, bem como de

    imagens estáticas e sem contexto.

    Dois recursos gráficos são adicionados à gravação: a representação gráfica do cursor no

    momento do clique e a legenda da captura. Dois círculos vermelhos concêntricos permitem

    observar claramente os momentos em que os cliques são efetuados. Já a legenda exibe o código

    identificador e a hora corrente UTC, facilitando a identificação do vídeo.

    Caso precise digitar alguma senha durante a captura, o usuário poderá valer-se do teclado virtual

    disponibilizado pela Verifact, a qual, ao fim da captura, deletará todos os registros do conteúdo

    digitado.

    O vídeo é gravado no formato MP4 usando os codec H.264 (vídeo) e ACC (áudio), ambos

    comumente disponíveis e compatíveis com sistema operacionais mais usados atualmente.

    Devido à otimização realizada para reduzir o tamanho do vídeo, pode haver uma perda mínima

    de qualidade visual, porém isso não implica em prejuízo na consistência do registro.

    Metadados técnicos

    Consta do resultado da captura um pacote de arquivos ZIP com os metadados técnicos. Dentro

    desse pacote, há ainda o arquivo ‘info.csv’, que descreve cada arquivo de metadado e seu

    correspondente código hash individual. Esses medatados facilitam o trabalho de perícia para

    uma validação técnica da prova digital, caso surjam eventuais dúvidas sobre sua veracidade.

    Abaixo, uma descrição breve dos tipos de arquivo de metadados:

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 39 de 77

    Código HTML de página: Inicialmente os códigos HTML da página são capturados a cada

    transição de url verificada na navegação. Imediatamente após a transição da url, são

    monitoradas mudanças dinâmicas no conteúdo do código a cada 60 segundos; caso verificada

    qualquer alteração, uma nova captura do código HTML é realizada.

    Informações de domínio: São capturadas também informações referentes ao domínio acessado

    durante a navegação. Cada domínio acessado possuirá um arquivo JSON (formato comumente

    usado em softwares) constando informações do serviço WHOIS (dados do registro do domínio),

    lista de endereços IP nos formatos IPV4 e IPV6 (o segundo, se disponível) associados ao domínio,

    servidores DNS usados na consulta, e, se disponíveis, informações públicas do certificado SSL

    usado na encriptação do acesso via protocolo HTTPS.

    Registro de acessos do browser: Registro de urls de todos os recursos acessados pelo browser

    internamente, o qual é feito anteriormente à encriptação do protocolo HTTPS, sendo possível

    verificar os endereços completos das requisições.

    Integridade dos arquivos capturados

    Imediatamente após a captura, são gerados códigos hash SHA512 dos arquivos resultantes da

    captura (vídeo e pacotes zip de metadados). A integridade dos arquivos pode ser verificada a

    qualquer momento; para isso, basta gerar um novo código hash do arquivo e compará-lo com o

    hash constante do laudo da captura, que está protegido de alterações, procedimento explicado

    em seguida neste documento.

    Sobre o hash SHA512: Este cálculo criptográfico gera uma representação mínima do conteúdo

    do arquivo em um código de 64 bytes, convertidos em uma representação hexadecimal de 128

    caracteres. Caso o arquivo tenha qualquer parte do seu conteúdo alterada, mesmo um único

    caractere, o novo código gerado será divergente do inicial. Por essa razão, o recurso de calculos

    hash é comumente usado para a verificação de integridade de arquivos.

    Integridade do laudo

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 40 de 77

    Finalizado o tratamento dos dados da captura, é gerado um laudo com detalhes sobre a coleta

    e explicações gerais. O arquivo é criado no formato PDF/A-2B, padrão que busca a

    compatibilidade futura do documento com novas ferramentas de leitura. O documento também

    é assinado digitalmente com a aplicação de um carimbo de tempo ICP/Brasil.

    Carimbo de tempo

    O carimbo corresponde a uma assinatura criptográfica que cumpre duas funções: 1) comprovar

    a data e a hora em que o arquivo foi gerado, com a hora coletada a partir dos relógios atômicos

    brasileiros; 2) proteger o documento contra alterações, comportamento semelhante ao da

    assinatura digital. Se houver alteração do conteúdo do documento, portanto, o carimbo perderá

    sua validade. Este sistema, porém, permite que sejam inseridas novas assinaturas digitais sem a

    perda de sua validade.

    O selo conferido pelo carimbo de tempo possui data de expiração de dois anos. Caso seja

    necessário estender a vida do documento, deverá ser realizada nova assinatura, novamente com

    o recurso do carimbo de tempo. Esta ação irá garantir a integridade e a facilidade da validação

    da prova no futuro.

    Horário UTC

    Todos os registros da captura são feitos no horário na faixa UTC. O horário UTC, ou Tempo

    Coordenado Universal, consiste no fuso horário referência a partir do qual são calculados os

    horários de todas as zonas do planeta. Escolheu-se este formato de horário para a ferramenta

    de captura com o objetivo de evitar interpretações divergentes ou equivocadas, sobretudo em

    razão das alterações promovidas pelo horário de verão e da variação de fusos horários dentro

    do território brasileiro. Para converter para seu horário local, basta observar o número do GMT

    em que se encontra. Por exemplo a hora 18h00 UTC é equivalente a 15h00 no GMT -3.

    Segurança

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 41 de 77

    A estrutura lógica da Verifact foi projetada com diversas práticas de segurança, destinadas a

    conferir integridade às capturas técnicas efetuadas dentro da ferramenta, justamente para

    resguardar ao máximo o valor delas como prova de fatos ocorridos ou retratados no ambiente

    digital. Os detalhes não são fornecidos por questão de segurança, porém, dentre as medidas,

    destacam-se as seguintes:

    A captura ocorre fora do computador do usuário, em um ambiente virtualizado e com medidas

    antifraude, buscando evitar adulteração do conteúdo por parte do usuário autor da captura ou

    terceiros;

    As senhas digitadas pelo usuário durante a captura por meio do teclado virtual oferecido pela

    Verifact são deletadas ao fim do procedimento;

    Os arquivos resultados da captura também são gravados de forma criptografada nos serviços de

    armazenamento, com a geração de uma chave diferente para cada captura;

    A geração do laudo é realizada poucos minutos após a finalização da captura, reduzindo a janela

    de possibilidades para tentativas de invasão para adulteração do conteúdo;

    O uso de códigos hash e arquivo PDF selado com carimbo de tempo, ambos facilmente

    verificáveis, para garantir a integridade dos dados após sua captura;

    Toda a comunicação com o usuário e entre servidores é feita de forma criptografada em níveis

    considerados seguros por especialistas;

    Diversas medidas técnicas como o uso de senhas seguras em todos os serviços, suas trocas em

    intervalos regulares, firewall para proteção, comunicação autenticada e assinada entre

    servidores, entre outras;

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 42 de 77

    As informações sobre a captura são mantidas em bancos de dados com proteção de assinaturas

    criptográficas baseadas em algoritmos post quantum, ou seja, tecnologias que oferecem

    proteção para a capacidade de computadores quânticos e evitam que os dados sejam

    modificados.

    Validação manual da captura

    A Verifact disponibiliza ferramenta que permite validar manualmente a integridade do laudo e

    dos arquivos da captura técnica. Esse procedimento permite identificar se houve qualquer

    alteração, acidental ou maliciosa, posterior à finalização dessa captura. Incluem-se, em primeiro

    lugar, a verificação da integridade do laudo e, a partir disso, dos arquivos da captura. Os detalhes

    técnicos e as instruções sobre essa validação estão descritos no laudo técnico, gerado a partir

    da captura técnica.

    Das limitações técnicas

    O ambiente possui, entre outras, as seguintes limitações técnicas:

    Com exceção do mouse, do teclado e dos dispositivos de reprodução de som, o ambiente da

    captura não interage com nenhum outro tipo de periférico, como impressora, leitor de

    certificado digital, token, etc.;

    Durante a captura técnica, não é possível efetuar upload ou download de arquivos;

    Garante-se tão somente a compatibilidade da ferramenta com sites cujo conteúdo seja

    disponibilizado em HTML (todas as versões), CSS (todas as versões) e Javascript. No browser

    virtualizado, portanto, são desativados recursos como extensões, bem como execução de

    aplicações flash e java, o que poderá impedir o acesso do usuário a determinados conteúdos ou

    mesmo a visualização de vídeos;

    Só é possível navegar em uma única aba do browser, o que pode inviabilizar a navegação em

    sites que direcionam o conteúdo a uma nova aba;

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 43 de 77

    A captura está limitada ao total de 60 minutos. Caso esse tempo não seja suficiente, o usuário

    deverá finalizar a captura corrente e continuar o registro em uma nova captura;

    A captura técnica é otimizada através de codificadores de áudio e vídeo, para reduzir o tamanho

    do arquivo e facilitar sua movimentação. Essa otimização pode produzir uma pequena perda de

    qualidade, o que não afeta a consistência da prova;

    Segurança operacional

    A ferramenta Verifact cumpre com rigor estes requisitos essenciais de segurança operacional: i)

    autenticação; ii) confidencialidade; iii) integridade; iv) não-repúdio; e v) tempestividade.

    Quanto à autenticação, vale ressaltar que a autoria do documento produzido via Verifact é

    certificada e identificada por meio do registro de acesso do usuário à plataforma, via login e

    senha, que estão diretamente vinculados ao cadastro por ele realizado– conforme autoriza o

    art. 411, do Código de Processo Civil.

    Quanto à confidencialidade, a Verifact assegura que os arquivos oriundos da captura técnica e

    as informações capturadas por meio da ferramenta não serão obtidas por terceiro sem o

    consentimento expresso ou tácito – via disponibilização do link de compartilhamento, por

    exemplo - do usuário, ressalvada a hipótese de autorização judicial, nos termos do art. 15, 3º da

    Lei Federal nº12.965/2014 (Marco Civil da Internet).

    Quanto à integridade, trata-se da garantia de que os dados capturados não serão acidental ou

    maliciosamente alterados. Na fase beta, o laudo é protegido com um carimbo de tempo

    criptográfico, sobre o qual poderá o usuário agregar sua assinatura digital. Ressalta-se, neste

    ponto, que não se trata de uma garantia relativa à veracidade do conteúdo da captura, que é de

    integral responsabilidade do usuário, mas sim à constatação de que o objeto da captura não foi

    alterado. Além disso, a validade do carimbo de tempo será de 2 (dois) anos; após esse período,

    caberá ao usuário assinar novamente o documento, caso entenda necessário estender essa

    validade, conforme instruído supra.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 44 de 77

    Quanto ao não-repúdio, a Verifact disponibiliza ferramenta que permite validar manualmente a

    integridade do laudo e dos arquivos da captura técnica. O procedimento permitirá identificar se

    houve qualquer alteração, acidental ou maliciosa, posterior à finalização dessa captura. Incluem-

    se, em primeiro lugar, a verificação da integridade do laudo e, a partir disso, dos arquivos da

    captura. Os detalhes técnicos e as instruções sobre essa validação estão descritos no laudo

    técnico, gerado a partir da captura técnica.

    Quanto à tempestividade, por fim, após a finalização da captura técnica, o laudo será expedido

    com carimbo de tempo emitido pela autoridade certificadora Brasileira no fuso horário UTC.

    Esse registro de tempo opera como uma âncora temporal, que prova a existência de um

    documento em data e hora determinadas. Já o registro no fuso horário UTC (Tempo Coordenado

    Universal), referência traçada pelo Meridiano de Greenwich, evita interpretações dúbias ou

    equivocadas pelo horário de verão e/ou pela variação dos fusos horários dentro do território

    nacional. Vale reiterar, ainda, que os carimbos do registro de tempo emitidos na versão beta

    terão validade de dois anos. Verifique o método de validação para mais detalhes.

    Da prestação e utilização dos serviços

    O acesso aos serviços somente será possível mediante a realização prévia de cadastro de conta

    na plataforma “Verifact”, no qual o usuário deverá informar, além de outros dados, endereço

    de e-mail e senha pessoal intransferível.

    O usuário compromete-se a fornecer dados pessoais verdadeiros, precisos, atuais e completos

    durante o procedimento de cadastramento, bem como a manter atualizadas as informações

    prestadas para viabilizar o funcionamento adequado dos sistemas Verifact.

    A Verifact poderá encerrar a assinatura caso identifique falsidade ou má--fé empregadas pelo

    usuário, podendo impedir seu posterior regresso aos serviços oferecidos, sem direito a qualquer

    tipo de compensação. A rescisão, nessa hipótese, será previamente comunicada ao usuário.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 45 de 77

    O usuário compromete-se a conservar sob sigilo seus dados cadastrais e de acesso. É, pois,

    responsável pelo uso que deles é feito, bem como pelas operações efetuadas em sua conta.

    Em caso de perda do login e/ou senha, o usuário deverá acessar o recurso específico de

    recuperação de senha existente na plataforma e realizar os procedimentos necessários para a

    devida recuperação das informações.

    É vedado o acesso ou a utilização da conta em mais de um dispositivo simultaneamente. Em

    caso de tentativa de login ou utilização do serviço de forma simultânea, a Verifact poderá

    desconectar o usuário de sua conta. Além disso, a reincidência da conduta poderá ensejar o

    encerramento da conta e/ou o bloqueio ao acesso e à utilização do serviço.

    Durante a versão beta, o serviço de captura técnica será oferecido de maneira gratuita a um

    número restrito de usuários previamente cadastrados e selecionados, no escopo de que se

    possa testar empiricamente a ferramenta, identificar eventuais bugs e aprimorar o seu

    funcionamento até a concepção da versão comercial. Em nenhuma hipótese, portanto, é

    permitida a cessão – gratuita ou onerosa -, a venda, o aluguel, o empréstimo, ou qualquer outra

    forma de transferência ou alienação do cadastro do usuário na plataforma Verifact, sob pena de

    imediato encerramento da conta e/ou bloqueio ao acesso e à utilização do serviço.

    Efetivado o cadastro do usuário na plataforma, a Verifact disponibilizará gratuitamente uma

    quantia específica – variável de acordo com a avaliação prévia da plataforma - de créditos

    gratuitos, que poderão ser utilizados nos limites estabelecidos neste documento. Finda essa

    quantia, a Verifact não se obriga a conceder novos créditos de maneira gratuita, embora possa

    fazê-lo mediante prévia avaliação.

    A Verifact não se responsabiliza por atos de terceiros que, por fato atribuível ao usuário,

    apropriem-se das imagens ou informações exibidas na plataforma.

    Recomendações e restrições sobre o uso em processos judiciais

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 46 de 77

    A lei admite que as partes empreguem todos os meios legais e os moralmente legítimos para

    provar a verdade dos fatos alegados no processo e, assim, influir na convicção do juiz (art. 369,

    Código de Processo Civil/2015).

    A captura técnica, como dito, trata-se de serviço realizado por meio da ferramenta Verifact, que

    permite registrar fatos ocorridos ou retratados em websites ou aplicações. A plataforma oferece

    como resultado dados técnicos periciáveis e instrumentos tecnológicos que permitem uma

    captura com alto nível de segurança, os quais, inclusive, são passíveis de comprovação por meio

    de avaliação técnica.

    Todavia, o conceito de captura técnica não é regulamentado por lei. Não está previsto no rol de

    provas típicas do Código de Processo Civil (arts. 369 e seguintes, CPC/2015). Nem poderia, vez

    que o seu modo de operação é, até então, inédito. Logo, essa ferramenta não tem por escopo

    exercer a função de outros meios de prova previstos em lei, como, por exemplo, a ata notarial

    (art. 384, NCPC). Está voltada justamente para a disrupção.

    Vê-se, portanto, que, embora não esteja especificamente descrita na lei, a captura técnica pode

    tecnicamente ser aceita como meio de prova em juízo.

    Por óbvio, a Verifact não oferece qualquer garantia de admissão da captura técnica pelo

    Judiciário, seja em primeira ou segunda instâncias, seja nas Cortes Superiores. A propósito, nem

    mesmo os meios de prova típicos (isto é, previstos em lei) podem garantir que os fatos por meio

    deles registrados terão efetividade como prova em juízo. Ao lavrar a ata notarial, por exemplo,

    o escrivão limita-se a descrever a situação a ele apresentada, mas não pode garantir que o

    documento produzido será admitido em juízo, nem que os fatos capturados serão reputados

    verdadeiros.

    Recomenda-se, pois, ao usuário a consulta a um advogado para saber se este serviço é o mais

    recomendado para o registro do seu caso.

    Isso poderá aumentar significativamente a efetividade do resultado da captura técnica como

    prova de fatos jurídicos em um processo.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 47 de 77

    A Verifact não se responsabiliza por eventual recusa da captura técnica como meio de prova,

    em juízo ou fora dele, seja por motivos técnicos seja por falha na execução. Reitera-se, neste

    ponto, que o juízo é livre para valorar as provas e julgar o caso como lhe aprouver, situação que

    está integralmente fora da zona de controle da Verifact. A responsabilidade pela não aceitação

    ou não utilização da captura técnica é, pois, integralmente do usuário.

    A Verifact, em decorrência do exposto, não se responsabiliza por eventuais custas processuais

    relacionadas a provas periciais ou à necessidade de inspeção da captura técnica por profissional

    designado pelo juízo.

    A Verifact não poderá ser nomeada assistente técnica pelo usuário, salvo por contratação e

    autorização expressas (por escrito), sob pena de responder o usuário que efetuou a captura por

    todas as perdas e danos decorrentes do ato, bem como de multa equivalente a cinco salários

    mínimos vigentes à época do fato.

    A Verifact não poderá ser indicada como testemunha ou amicus curiae nos casos em que a

    captura técnica for utilizada, sob pena de responder o usuário que efetuou a captura por todas

    as perdas e danos decorrentes do ato, bem como de multa equivalente a cinco salários mínimos

    vigentes à época do fato.

    A Verifact não tem qualquer obrigação de se manifestar em processos judicias ou casos

    extrajudiciais, nem de fornecer parecer técnico para o usuário que utiliza a captura técnica como

    meio de prova.

    A obrigação de informar sobre o funcionamento e as especificações técnicas da ferramenta

    caberá, pois, integralmente ao próprio usuário, especialmente quando utilizada a via judicial.

    Complexidade da virtualização e possíveis instabilidades

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 48 de 77

    A ferramenta provê um acesso remoto a um ambiente virtualizado e controlado para as

    capturas. Devido à sua complexidade técnica, podem ocorrer instabilidades durante o processo

    de coleta, como lentidão na navegação na área de coleta, perda de comunicação com o servidor,

    entre outras.

    Em caso de perda de conexão com os servidores, a plataforma aguardará o retorno do usuário

    por até 5 minutos. Passado esse período, haverá o cancelamento automático da captura. Caso

    ocorra, caberá ao usuário retornar à ferramenta e realizar nova captura.

    É possível que ocorram instabilidades técnicas também no servidor de captura. Nesse caso, para

    manter a segurança e a integridade da coleta, a ferramenta irá cancelar totalmente o processo

    durante a navegação e a coleta dos dados. Caso o problema persista, entre em contato com

    nosso suporte para a avaliação e a correção do problema. Essas falhas são incomuns, mas

    passíveis de acontecer em até 3% dos casos.

    Diante dessas possíveis instabilidades, bem como do fato de que a ferramenta está em fase beta

    – de testes, portanto -, a Verifact não garante nem se responsabiliza pela perda de informações

    causada por estas instabilidades técnicas.

    Não é recomendado o uso da ferramenta para gravar eventos que ocorram ao vivo, em tempo

    real.

    O acesso ao site objeto de captura é realizado pelo servidor de virtualização, o qual pode estar

    em data centers localizados no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa. Não há possibilidade

    de escolha da localidade por parte do usuário, o que poderá prejudicar os resultados dos

    mecanismos de busca que utilizem a localização geográfica para determinar o conteúdo.

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 49 de 77

    Ressalta-se, ainda, que os serviços Verifact estão submetidos a constantes atualizações e

    aprimoramentos, destinados sobretudo a lapidar a ferramenta ou corrigir eventuais falhas.

    Também por esse motivo, portanto, a ferramenta poderá sofrer instabilidades técnicas.

    Da autoria

    A responsabilidade pelo direcionamento do conteúdo da captura é integralmente do usuário.

    Cabe, pois, a ele apontar o contexto e indicar de maneira inequívoca os pontos relevantes que

    pretende provar por meio da captura. A Verifact não tem controle, e não assume

    responsabilidade pelo conteúdo, políticas de privacidade ou práticas de qualquer site de

    terceiros. Além disso, a Verifact não pode e não censura nem edita conteúdo de qualquer site

    de terceiros.

    Caso a captura seja direcionada de maneira falha, as consequências da fragilidade da prova

    serão imputadas exclusivamente ao usuário que a conduziu. Para que as capturas sejam mais

    efetivas, recomenda-se ao usuário que leia as instruções dispostas neste documento e no site

    Verifact, assista aos tutoriais, bem como consulte um advogado. Isso otimizará a captura e

    permitirá melhor aferição dos pontos mais relevantes de prova para o caso concreto.

    O usuário é, em suma, responsável por quaisquer consequências relativas ao conteúdo

    capturado.

    A Verifact não respalda, apoia, nem garante a integridade, veracidade, precisão ou

    confiabilidade de qualquer conteúdo capturado por meio de sua ferramenta.

    Se da captura técnica resultar conduta delituosa, a responsabilidade será integralmente

    atribuída ao usuário, que, como dito, é quem está no volante da ferramenta. O princípio lógico

    aqui é o mesmo que de qualquer instrumento passível de utilização indevida, para algum fim

    diverso daquele para o qual foi criado. Assim também o são o veículo automotor, a faca, o

    alicate, o maçarico, a motosserra, etc.. Todos criados para aprimorar tarefas que o ser humano

    precisa realizar, mas com potencial de servir de instrumento para a realização de delitos, o que

    não torna as montadoras de carros ou as fabricantes de utilidades domésticas responsáveis pelo

    ocorrido. Em suma, portanto, a Verifact não poderá ser responsabilizada pela utilização indevida

  • Maringá – PR Fone 44 4052.9410

    [email protected] – www.sipercom.com.br Página 50 de 77

    da ferramenta de captura técnica, sobretudo no que tange à prática de delitos, como a violação

    de direito autoral, a extorsão, a exploração sexual, a pedofilia, entre outros.

    A Verifact, aliás, respeita os direitos de propriedade intelectual de terceiros e espera que seus

    usuários façam o mesmo, em especial durante a utilização da ferramenta.

    A Verifact não endossa quaisquer opiniões ou fatos danosos expressados pelo usuário ou por

    terceiro por meio do serviço.

    Do compartilhamento da captura

    Da captura técnica resultam um arquivo de vídeo e um pacote ZIP de metadados digitais. Como

    esclarecido, a Verifact garante o armazenamento desses arquivos pelo prazo de seis meses,

    contados da data da respectiva captura. O acesso a eles, porém, é reservado ao usuário que

    efetuou a captura. Só ele poderá acessá-los, por meio de login e senha em sua conta Verifact.

    A Verifact não compartilha nem torna públicos os arquivos resultantes da captura. Somente o

    usuário poderá, pois, compartilhar, copiar, repassar ou divulgar esses arquivos. A

    responsabilidade decorrente dessas condutas será, desse modo, integralmente do usuário.

    A Verifact disponibiliza ao usuário a opção de acessar os arquivos por meio de um link – DNS -,

    que também ficará disponível pelo mesmo prazo de seis meses. Assim como no caso dos

    arquivos, a divulgação do link de acesso ao conteúdo da captura - em um processo judicial, por

    exemplo - é de integral responsabilidade do usuário. A Verifact não compartilha nem torna

    público, de maneira alguma, o aludido link de acesso. Só o usuário, de espontânea vontade,

    poderá fazê-lo, assumindo, por consequência, os riscos dessa conduta.

    Cancelamento da captura

  • Maringá – P