plataforma digital aproxima agentes da reciclagem

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Entrevista dos idealizadores da Rede Resíduo, Isac Wajc e Francisco Luis Biazini para o Jornal Valor Econômico, publicada no dia 30 de outubro de 2013

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Page 1: Plataforma digital aproxima agentes da reciclagem

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30/10/2013 - 00:00

Plataforma digital aproxima agentes da reciclagem

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A internet está serv indo para aproximar produtores de resíduos e recicladores. A Rede Resíduo e a B2Blue

são exemplos. A primeira é uma iniciativa que começou em 2006 para atuar com logística reversa, passando

pela comercialização de resíduos, v ia bolsa de negociações em plataforma digital. Transformou-se há dois

anos numa rede, envolvendo geradores (construtoras, demolidoras, distribuidoras de energia, governos),

recicladores (cooperativas, empresas, tratadores), compradores, aterros, transportadores, entre outros

interessados.

Na Rede, os geradores cadastram no sistema os lotes de resíduos que querem vender, trocar, doar ou

destinar, e as empresas que procuram materiais para seus processos ou os recicladores de cada tipo de

resíduo manifestam o interesse pelas oportunidades de negócios, em um sistema de bolsa de mercadorias e

serv iços.

"Identificamos as empresas clientes em potencial e seus stakeholders. Fora isso, fazemos um serv iço de

consultoria, voltada à inovacão e projetos, e a gestão da própria plataforma", diz Isac Wajc, sócio de

Francisco Luiz Biazini Filho na Rede Resíduo, ambos idealizadores e desenvolvedores da plataforma.

Francisco explica que a Rede é um ecossistema sustentável para a geração de resíduos. "Nossos principais

diferenciais são logística reversa, conhecimento na área de resíduos e inovação. Buscamos não vender um

software, mas um conceito de sustentabilidade, de gestão e de governança", afirma Isac Wajc.

Sem a v isão dessa nova economia, adverte Francisco, a Rede não teria uma sustentação importante. De

2006 a 2013, os investimentos na empresa contabilizaram R$ 1 ,5 milhão em recursos próprios e R$ 1

milhão em verba de fomento não-reembolsável proveniente de recursos de inovação. De 2010 a 2013, a

Rede Resíduos movimentou aproximadamente R$ 1 milhão, e a perspectiva para 2014 deve ser semelhante.

Lançada em julho 2012 com investimento próprio de R$ 200 mil, a B2Blue saltou em um ano de 200 para

quase 8 mil cadastrados, entre meados 2012 e este mês de outubro. Os anúncios que custavam no ano

passado em média R$ 10 mil, hoje, em caráter promocional, valem R$ 7 mil. O volume de negócios

anunciados chega a R$ 13 milhões, informa May ura Okura.

Fundadora da B2Blue, a gestora ambiental de 27 anos conta que a plataforma passou por várias melhorias e

agora conta com uma equipe de TI interna.

"Recebemos desde casca de ovo, que pode ser usada como esfoliante na indústria cosmética, até derivados

de abate de frigoríficos. Na B2Blue descobrimos novas possibilidades de descarte de resíduos. Conectar

agentes e ver que todo resíduo pode ser uma matéria-prima, pode ser um novo negócio, e esse é o grande

desafio", conclui a jovem empreendedora. (ADL)