Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.

Plantas para o futuro: Plantas Ornamentais

MARIANE ELIS BERETTA - UFRGS MARA REJANE RITTER - UFRGS PAULO BRACK - UFRGS

marianeberetta@yahoo.com.br

A flora brasileira tem dado uma contribuição valiosa ao conjunto das plantas de emprego ornamental e paisagístico. A ocorrência de uma grande diversidade vegetal no Brasil e no Rio Grande do Sul permite uma produção diferenciada de plantas ornamentais, selecionando-se as espécies mais adaptadas a cada região. Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo denominado Plantas para o Futuro. Os objetivos deste estudo são identificar as espécies ornamentais nativas do Estado subutilizadas e/ou com potencial para utilização comercial na floricultura, bem como propiciar uma base de dados que permita uma maior divulgação deste conhecimento. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica que buscou verificar as espécies já utilizadas e, uma consulta a especialistas de diferentes grupos vegetais para seleção de outras espécies com potencial de uso. Devido ao grande número de espécies encontrado, optou-se por excluir as de hábito arbóreo, selecionando-se apenas as trepadeiras, arbustivas, herbáceas, aquáticas e epífitas. Para as espécies selecionadas, buscaram- se informações como área de ocorrência natural, processos e condições de multiplicação e cultivo, formas de utilização (como em paisagismo, arranjos florais e folhagens) e multiplicidade de uso (medicinais, corantes, fibrosas, entre outros). Entre as 113 espécies selecionadas, destacam-se Aechmea nudicaulis, Aspilia montevidensis, Calliandra tweediei, Cereus alacriportanus, Combretum fruticosum, Cortaderia selloana, Eichhornia crassipes, Epidendrum fulgens, Heliconia velloziana, Justicia carnea, Macfadyena unguis-cati, Philodendron bipinnatifidum, Pyrostegia venusta e Rumohra adiantiformis. Algumas destas espécies já são bastante utilizadas, outras têm um grande potencial de uso. A falta de informações e conhecimento técnico sobre as plantas ornamentais nativas causa um desestímulo no cultivo das mesmas por produtores do Estado. A difusão de idéias e de informações sobre o tema evitará o desaparecimento das espécies devido à exploração irracional, que está diretamente ligada à carência de pesquisas na área.

Apoio: CNPq/Instituto de Biociências-UFRGS, PROBIO/MMA