planodiretorde goiania (completo)

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PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA 2006

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Atualidades de goias

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2006PLANO DIRETOR DE GOINIA

Porque ontem precisou-se procurar uma populao para dar vida e sentido a Goinia, hoje preciso buscar uma autntica morada humana para abrigar sua populao. Equipe do Instituto de Planejamento Municipal - (IPLAM) 1985

5PREFEITURA MUNICIPAL DE GOINIAPrefeito Municipal - Iris Rezende Secretaria do Governo Municipal Flvio Peixoto da Silveira Secretaria Municipal de Planejamento Francisco R. Vale Jnior Secretaria Municipal do Meio Ambiente SEMMA Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econmico - SEDEM Secretaria Municipal de Cultura Secretaria Municipal de Educao Secretaria Municipal de Turismo Secretaria Municipal da Sade Companhia de Processamento de Dados do Municpio - COMDATA DERMU/ COMPAV/ COMURG/ COMOB Superintendncia Municipal de Trnsito SMT Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo CMTC Fundao Municipal de Desenvolvimento Comunitrio - FUMDEC Procuradoria Geral do Municpio Fundao Orquestra Sinfnica Assessoria de Assuntos Comunitrios Secretaria Municipal de Fiscalizao Urbana Secretaria Municipal de Comunicao Conselho Municipal de Poltica Urbana COMPUR rgos estaduais e federais

6CRDITOS TCNICOS Coordenador do Grupo Executivo Adv Francisco Rodrigues Vale Jnior Coordenadora Geral Adm ngela Vasconcellos Furtado Assessoria Jurdica Adv Iara Oliveira Reis Apoio Jurdico AdvJoo Amaral Batista Tcnico Fernando Peroto Lobo Consultor Tcnico Arqt Luiz Fernando Cruvinel Teixeira

EIXO ESTRATGICO DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL Coordenador Tcnico Gol. Silvio Costa Mattos Gegrafa Maria Santana Xavier Visconde Eng. Civil Digenes Aires de Melo Adv. Henique Alves Luiz Pereira Eng. Civil Joncio Alves de Almeida Bil. Gergia Ribeiro Silveira de Santana Gegrafo Antnio Soares MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE Coordenadora Tcnica Arq. Valria Fleury de Carvalho Penido Gerentes Temticos Arq. Alberto Aureliano Bailoni Eng. Maria de Jesus Morais Barbosa Arq. Ivanilde Maria Rezende Abdalla Eng. Ana Damascena Eng. Joaquim Antnio Jayme Arq. Ediney Bernardes de Paiva Eng. Benjamim Kennedy M. da Costa EIXO ESTRATGICO ORDENAMENTO FSICO TERRITORIAL Coordenador Tcnico - Prof. Ramos Albuquerque Nbrega Gerentes Temticos: Arqt Celimene Machado Faria Arantes Adv.Eliane Auxiliadora Coutinho Moraes Arqt Maria Helena Antunes de S. Camelo Eng Ngila Emiliano Garcia Tcnicos: Arqt Cludia Gomide Guimares Arqt Rita de Cssia Coutinho Teixeira Arqt Virginia Incio Mathias Costa Econ Wilson de Sena Rosa

EIXO ESTRATGICO DESENVOLVIMENTO ECONMICO Coordenadora Tcnica Adm Sandra Sarno Rodrigues dos Santos Gerentes Temticos Agronma Maria das Graas Souza Pimentel Gestor Celeocy Borges Cotrim Economista Leonardo Morais Aguiar Tcnico Jos Magalhes Faria L.Mod. Maria de Almeida Mendes Tcnico Maria Jos Cardoso

EIXO ESTRATGICO DESENVOLVIMENTO SOCIOCULTURAL Coordenadora Tcnica Gegrafa Edy Lamar W. da Silva Achcar Gerentes Temticos Psicloga Carla Cristina tina de Arajo Gomes Prof Fernanda Vasconcelos Furtado Sociloga Maria de Lourdes Corsino Peres Nutricionista Arlete Gomes Cabral Eng Agrnoma Maria Cladia Honorato da Silva e Souza Agrimensor Francisco das Chagas Magalhes Sobrinho EIXO ESTRATGICO GESTO URBANA Coordenadora Tcnica Arq Marta Horta Figueiredo de Carvalho Gerente Temticos: Assistente Social Dilma Pio de Santana Tecnlogo Elir Jos de Sousa Arqt Maria Aparecida Cuevas Gegrafo Vicente Francisco de Carvalho Tcnico Lus Carlos das Dores ATUALIZAO NORMATIVA Coordenador Tcnico Arq Douglas Branquinho Gerentes Temticos Adm Jairo da Cunha Bastos Arq Iolane Prudente Marques Arq Csar Ricardo N. da Rocha Arq Jonas Henrique L. Guimares Arq Lucy de Paula T. Almeida Adm Paulo Eduardo R. Santos Apoio Tncico em Geoprocessamento Arq Sarah Rassi de Almeida Geoprocessamento Flvio Yuaa Tecnloga Critas Roque Ribeiro

8Apoio Tcnico e Operacional Tcnico Joeli Guimares Tcnico Jeovah Quintino da Silva Economista Regina Machado Souza Contadora Soraya Pedroso Estagirio David Lopes Jnior Estagiria Luciana Vanessa Valeta Economista Regina Machado Souza Colaboradores Estagirio Erikons de Assuno Ferreira Mantinada Estagirio Fernando Gomes de Souza Estagirio Liliam Adriana da Assumpo Estagirio Lorena Alves e Silva Economista Rodrigo Resende de Mello Estagirio Vincius Gomes de Aguiar

Editorao grfica Jovennet Comunicao - www.jovennet.com.br Apoio Tcnico e Operacional Instituto Desenvolvimento Tecnolgico do Centro-Oeste - ITCO Consultores Tcnicos Eng Juan Luis Mascar Arq Nabil Bonduki Reviso e Consultoria de Redao Arq Mrcia Metran de Mello

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SUMRIOApresentao. Introduo. Demografia. EIXOS EXTRATGICOS. Eixo Estratgico Sustentabilidade Socioambiental. Eixo Estratgico Mobilidade e Transporte. Eixo Estratgico OrdenamentoTerritorial. Eixo Estratgico Desenvolvimento Econmico. Eixo Estratgico Sociocultural. Eixo Estratgico Gesto Urbana. Eixo Estratgico Atualizao Normativa. Formulao do Plano Diretor. Referncias Bibliogrficas. 11 1 2 9 59 109 141 1 26 21 1 61

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APRESENTAOGOINIA METRPOLE REGIONALRecorrendo-se etimologia, verifica-se que a palavra metrpole origina-se do grego metra (matriz, tero, ventre) e polis (cidade), portanto metrpole tem o sentido de cidade me. O que se deseja para a Goinia Metrpole Regional no foge muito do sentido etimolgico de cidade me. Ela deve ser um foco em evidncia, um plo de grande influncia econmica, social e administrativa em sua regio. Esse devir assemelha-se aos anseios que levaram criao da nova capital de Gois em 19. Goinia nasceu como smbolo de modernidade e progresso. Significou uma quebra no isolamento econmico, social, cultural e poltico do estado em relao ao restante do pas. Era um passo a mais na Marcha para o Oeste, que visava o desenvolvimento e conquista do territrio brasileiro rumo ao Amazonas. Sem o surgimento de Goinia e sua influncia no desenvolvimento do Centro-Oeste, Braslia no poderia se viabilizar anos depois. Assim como So Paulo uma metrpole global e Braslia uma metrpole nacional, hoje, o verdadeiro destino de Goinia ser uma metrpole regional. Um centro urbano de grande porte que possua os melhores equipamentos e condies de qualidade de vida para seus habitantes. Mas, para que tal pressgio se realize preciso estratgia, ou seja, um Plano Diretor que comporte um modelo metodolgico que estabelea formas de implementao de aes concretas, pois ele uma ferramenta, um instrumento para a viabilidade dos anseios dos cidados.

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INTRODUOO Estatuto da Cidade, ou Lei Federal 10.52/2001, regulamenta a poltica urbana no Brasil. Ele um documento fundamental, pois norteia as mais importantes definies sociais do uso do solo urbano. Sua fora mobilizadora est, principalmente, na gesto democrtica popular que pressupe, por meio do processo de discusso, a participao dos cidados na construo do modelo de cidade. por isso que ele prev, como documento bsico da poltica municipal de desenvolvimento urbano, o Plano Diretor de Goinia. Levando-se em considerao que o Plano Diretor traa o futuro da cidade, quem capacitada a dizer o caminho a ser percorrido a comunidade, pois so os moradores que vivenciam o dia-a-dia, as carncias, os efeitos da globalizao que foram cises na sociedade, os baques econmicos que levam a uma qualidade de vida inferior e a falta de acesso aos bens urbanos. Como quem faz o retrato das carncias a base consultada, o novo desenho da cidade deve refletir a vontade da populao. O ponto chave do Estatuto das Cidades, deve-se salientar, a clara inteno de minimizar a diviso social do territrio urbano, decorrente da livre mercantilizao do solo e das intervenes do poder poltico e de diferentes estratos da populao. luz dessas novas orientaes, os governos das cidades precisam adotar postura condizente com as perspectivas que se delineiam como desafios, renovando sua prtica de planejamento. Os indicativos precpuos para a construo dos instrumentos do Plano Diretor de Goinia foram o desenvolvimento sustentvel, a identificao e suprimento das principais demandas sociais, a participao da comunidade e a consolidao e implementao das aes de desenvolvimento. Demandas so necessidades prementes, carncias que precisam ser satisfeitas sob pena de afetarem os sistemas social, econmico e fsico da cidade. Se frustradas, dificultam o cotidiano de cada cidado e, no mbito da coletividade, formam tendncias negativas de carter estrutural que impedem o desenvolvimento sustentvel. As demandas sociais identificadas resultaram diretamente do amplo processo de consulta e debate popular promovido durante a construo da Agenda 21 Municipal, a reviso do Plano Diretor (2002 a 2004) e a realizao da 1 Conferncia das Cidades. O modelo conceitual adotado partiu do diagnstico feito por meio das leituras tcnicas e comunitrias para estabelecer os princpios gerais que nortearam todo o

14plano. Esses princpios foram pactuados na 2 Conferncia das Cidades em setembro de 2005. Assim, pode-se dizer que o cerne conceitual do P.D.G. composto de quatro princpios orientadores da poltica urbana: igualdade, oportunidade, qualidade e transformao. O princpio da igualdade perante a lei proclamado como um valor fundamental, no s pelas constituies dos diferentes pases, mas tambm pelas duas mais importantes declaraes solenes de direitos: A Declarao Universal dos Direitos do Homem e a Conveno Europia dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. o princpio da igualdade que permeia todos os outros, em todas as instncias. Mas, para se criar as condies de igualdade necessrio que se abram novas oportunidades, portanto o princpio da oportunidade indispensvel. Para que a cidade seja igual para todos preciso que todos tenham oportunidade em todos os mbitos como na educao, sade, trabalho, lazer, moradia, transporte, etc. Se h igualdade, abrem-se novas oportunidades. Mas, para que emerjam novas oportunidades preciso transformar. nesse sentido que surge o princpio da transformao. Transformao ao, gesto. Ela est em tudo. o fio condutor dos outros princpios e dever abarcar a cidade e o cidado. O conjunto de transformaes gera qualidade. Qualidade para o meio ambiente, para o espao, para a mobilidade etc. O princpio da qualidade depende do princpio da transformao. Em ltima anlise, a transformao um meio para se garantir qualidade. Na verdade, os princpios da igualdade, oportunidade, transformao e qualidade esto interligados. So conceitualmente interdependentes e s funcionam em conjunto, de forma dinmica. Pelo princpio da igualdade, primordialmente, almeja-se reduzir as carncias mais urgentes do goianiense em relao s condies bsicas. Para isso, necessrio formar uma estrutura de apoio social. Sua funo neutralizar os cenrios negativos que so formados pelos bolses de pobreza onde grassam a baixa renda familiar, o desemprego e a violncia. A inteno promover uma oferta de habitao diversificada em um contexto urbano qualificado. Assim, pretende-se assegurar aos excludos o direito cidade. Sob a gide do princpio da oportunidade amplia-se o leque de ofertas no campo da sade, habitao, educao, emprego e urbanizao, alm de viabilizar o crescimento da renda e reparti-la eqitativamente, amenizando as diferenas regionais por meio de mecanismos de distribuio. As aes nesse sentido permitem ao cidado a mobilidade, o acesso aos equi-

15pamentos urbanos, garantia do emprego, segurana da propriedade, educao, profissionalizao, integrao social e diversidade das atividades culturais. O princpio da qualidade visa atender s demandas de auto-estima da populao. Nesse sentido, o P.D.G. prev aes que visem a qualificao dos espaos urbanos em geral, ampliando a qualidade dos servios e garantindo a mobilidade e acessibilidade s diferentes reas da cidade. Sabe-se que a cidade de Goinia, no imaginrio de sua populao, apresentase de forma negativa. Isso se deve, principalmente, baixa qualidade dos espaos pblicos, tratados de forma inadequada ou relegados ao abandono. necessrio mudar essa realidade requalificando a malha urbana e os logradouros pblicos, oferecendo aos cidados uma cidade bela com lugares adequados ao lazer e cultura. Goinia merece ser uma cidade digna de admirao! Alm disso, preciso que as qualidades inerentes s cidades grandes sejam reconhecidas pelo goianiense, ainda muito preso ao estilo de vida restritivo das pequenas cidades, esquecendo-se da liberdade e diversidade cultural prprias das metrpoles. H muito, os goianienses pleiteiam um centro urbano mais agradvel, que concilie as escalas da metrpole com as do ncleo original da cidade, onde se passeava distraidamente pelas caladas, contemplando-se a paisagem urbana como um flaneur - sntese de qualidade de vida a um s tempo contempornea e humana. A arte urbana, por sua vez, dever ser conceituada de forma mais significativa, menos amadora, adequando-se aos espaos pblicos com concepes ousadas e maduras, mais afeitas a uma metrpole importante. Alm disso, deve-se estudar as possibilidades de se aproveitar esteticamente os cursos dgua, evidenciando-os na paisagem, levando-se em considerao que a gua o principal agente de significao para uma cidade. Seria benfico para o imaginrio urbano que se criassem grandes ncleos de reas verdes disponveis para a populao em forma de parques e bosques. Os existentes so muito apreciados, mas insuficientes em relao rea total da urbe. Em suma, as aes em favor do meio-ambiente construdo e natural e do patrimnio histrico e cultural so articuladas para se construir uma estrutura urbana que faa de Goinia uma cidade com mais qualidade. O princpio da transformao objetiva aprimorar as vocaes econmicas, espaciais, cientficas e tecnolgicas existentes em Goinia, no intuito de atender s novas demandas provocadas pela sociedade da informao. Nessa direo, as aes tm em vista o fortalecimento das atividades econ-

16micas e de inovao interligadas entre si. Goinia, como centro urbano inserido nas escalas regional, nacional e global, necessita de uma estrutura mais eficiente. S assim, estar preparada para os constantes desafios do avano da tecnologia e do relacionamento das naes e seus povos. O P.D.G. apia o desenvolvimento da economia e do emprego, criando as condies espaciais e institucionais para implantao de servios avanados que tm como suporte a tecnologia da comunicao. Os programas e projetos relativos ao princpio da transformao so: centro de excelncia esportiva, centro avanado de sade, centro de diversidade cultural, centro de excelncia do agro negcio, plos de tecnologia. As aes com vistas transformao aliadas s aes do princpio de qualidade faro de Goinia um plo estratgico que abarcar infra-estrutura tecnolgica adequada, sistemas de empresas auxiliares fornecedoras de servios e suportes e um mercado de trabalho especializado.

EIxOS ESTRATGICOSA partir de estratgias pactuadas na 2 Conferncia das Cidades, estabeleceram-se seis eixos estratgicos que, em conjunto, permitiram abranger as diferentes demandas levantadas e, individualmente, foc-las segundo suas caractersticas especficas. As aes formuladas dentro de cada eixo tiveram como referncia bsica os princpios da igualdade, oportunidade, qualidade e transformao. Os eixos estratgicos so: sustentabilidade socioambiental, ordenamento territorial, mobilidade, acessibilidade e transporte, eixo sociocultural, desenvolvimento econmico e gesto urbana. Foi a partir do desenvolvimento desses eixos que se idealizou um modelo espacial que correspondeu viso de futuro desejada pela comunidade. Para cada eixo estratgico correspondeu um conjunto de programas e projetos. Os programas so aes que devem ser implementadas para atingirem objetivos mais especficos. Sua viabilidade assegurada por projetos. O projeto tem o sentido etimolgico de lanar para frente, vir a ser, ou seja, um instrumento para a concretizao de uma idia, um desejo, uma inteno. Assim, pode-se definir como modelo espacial a representao grfica no espao do conjunto das diretrizes, programas e projetos fundamentais, elaborado de acordo com os princpios e estratgias que promovero o desenvolvimento urbano de Goinia. O modelo espacial, o plano regulador e o sistema municipal de gesto e plane-

1jamento definem o Plano Diretor de Goinia. Vale esclarecer que o plano regulador o regime urbanstico que estabelece as regras para cada terreno em relao ao parcelamento do solo, da edificao ou instalao de uma atividade. um instrumento disciplinador e incentivador do processo de desenvolvimento sustentvel do municpio.

CONCEPO GERAL DO PROCESSO METODOLGICO:passos para a elaborao do modelo espacial Para alcanar o modelo espacial desejado para Goinia foi necessrio seguir um roteiro metodolgico. Como primeiro passo buscou-se o desenvolvimento de cada eixo estratgico, identificando, classificando e conceituando os assuntos ou proposies importantes, ou seja, os temas relevantes. Os temas relevantes correspondem s demandas sociais que vieram tona durante o processo participativo de diagnstico. Para identific-los foi preciso estar consciente de que o P.D.G. no tem como objetivo resolver todos os problemas e potencializar todos os aspectos positivos do municpio. Valeu, nesse caso, a sensibilidade para perceber, no mbito do diagnstico, os contedos mais significativos. Nessa fase procurou-se identificar: as situaes indesejadas no municpio e os procedimentos cabveis para sua modificao; os fatores que dificultam o desenvolvimento urbano e as formas de torn-los favorveis; os elementos positivos facilitadores da vida na cidade e as maneiras de potencializ-los. Vale lembrar que os contedos relativos ao desenvolvimento de cada eixo estratgico no podem ser ambguos, devem ser conceitualmente e espacialmente precisos. A partir do trabalho com os temas relevantes conceberam-se os Cenrios desejados para o futuro da metrpole e estabeleceram-se os meios, ou seja, as diretrizes, os programas e os projetos, para realiz-los. O passo seguinte foi a inscrio desses meios no espao.

CONCEPO DOS CENRIOSA ttulo de definio, pode-se dizer que os cenrios so as situaes desejadas para o futuro da cidade, fundamentadas em suposies coerentes sobre as diversas combinaes entre os problemas e as oportunidades. Para constru-los, fz-se necessrio seguir alguns passos. Em primeiro lugar formularam-se os objetivos gerais de cada eixo estratgico, em outras palavras, definiram-se os alvos a serem atingidos.

18A seguir identificaram-se e analisaram-se os temas crticos de cada eixo estratgico, levando-se em considerao os fenmenos e as variveis chaves; conceberam-se os cenrios alternativos referentes aos temas relevantes e observaram-se suas interfaces com os outros eixos estratgicos. Finalmente, definiram-se os Cenrios desejados, avaliando-se as implicaes referentes aos temas analisados e sua influncia na qualificao das potencialidades e soluo dos problemas. Em decorrncia desse processo, formularam-se os meios para atingir os objetivos, ou seja, elaboraram-se as diretrizes, os programas e os projetos. Os programas e os projetos foram inscritos no territrio municipal com o objetivo de promover a viso espacial das intervenes programadas. Ao conjunto dessas intervenes, sejam de carter fsico territorial ou institucional, denomina-se modelo espacial. Seu contedo composto por textos explicativos e mapas que localizam, no territrio municipal, as diversas propostas de interveno urbana.

CONCLUSO DO PLANO DIRETOR INTEGRADO DE GOINIADesde a identificao dos temas relevantes at a construo dos Cenrios desejados, as equipes responsveis pela elaborao do P.D.G. obedeceram a um processo contnuo de avaliao pblica dos contedos desenvolvidos. Esse procedimento garantiu que o modelo espacial resultante fosse pactuado durante todo o seu desenvolvimento. Nesse sentido, as propostas formuladas puderam ser difundidas continuamente no intuito de possibilitar populao interessada o conhecimento antecipado dos contedos do documento preliminar do P.D.G. Constitudo por textos, mapas e tabelas, o documento preliminar do P.D.G. a elucidao do diagnstico e das propostas discutidas com a comunidade durante o desenvolvimento do modelo espacial. Como convm a um plano participativo, ele dever, conforme previsto pelo Estatuto da Cidade, ser referendado em audincia pblica, convocada pelo executivo municipal, conforme a norma 025 do Conselho Nacional das Cidades. As modificaes necessrias para o ajuste de condutas sero realizadas antes do envio do Projeto de Lei do Plano Diretor para a Cmara Municipal. O documento final do P.D.G. ser constitudo pelos diagnsticos e propostas referendadas pela audincia pblica. Em anexo, estaro a Lei do Plano e os Instrumentos de Poltica Urbana. Seu contedo ser formado por textos explicativos, mapas, grficos e tabelas.

19SITUAO ATUAL DO MUNICPIOSnteseGoinia concebida e projetada em 19 para abrigar uma populao de 50.000 habitantes. Bem nascida, em pleno cerrado entre chapadas, veredas e a suavidade da topografia do planalto central. Experimentando a amenidade do clima, a vastido da bacia hidrogrfica e a extensa cobertura vegetal, se integrou, beleza da paisagem, encantando queles que aqui chegavam. Goianos de outras localidades do estado, paulistas, mineiros, gachos, nordestinos e outros acalentados pelo sonho da marcha para o oeste, ficaram e criaram razes. Cresceu sob o olhar de seu idealizador, Pedro Ludovico Teixeira, que almejava para a capital menina, um futuro promissor. Ainda hoje, 2 anos passados, pode-se dizer que a capital mantm seu esprito original, vivo e atuante, capaz de comover as pessoas. Encanta a exuberncia colorida da sua arborizao, que, a cada ano, brinda o morador com o colorido das floradas dos ips, amarelos, rosa, roxos e brancos, contrastando com o clima do inverno e as folhas secas das outras rvores. As grandes avenidas que cortam a cidade em todas as direes, as largas caladas abrigadas em generosas sombras, a grata surpresa de tantas praas urbanizadas e floridas, bosques e parques, canteiros e rtulas, que neutralizam a monotonia urbana dos traados especulativos. Essa ambincia urbana, enfim, to rica em traos e valores culturais, ainda compe uma morada afvel. Sua vitalidade e vigor manifestam-se no ritmo acelerado das suas construes e na demanda pelos servios sociais e infra-estrutura, na medida em que cresce com diferentes dinmicas e em diferentes direes. De forma legal ou ilegal. O comrcio variado e a prestao de servios ultrapassam sua rea de influncia alm dos limites estaduais, colocando Goinia ao lado dos mais desenvolvidos centros do pas. O orgulho do morador consciente, entretanto, se contm quando verifica que a cidade vai sendo invadida pelas mazelas da decomposio urbana. Os cursos dgua ontem lmpidos e caudalosos crregos - transformando-se em espaos degradados pela devastao e poluio ambiental, degradam a paisagem ldica que contribuiu, para a escolha da capital.

20As edificaes implantadas em locais imprprios, prejudicando, as reas de preservao ambiental e aumentando as densidades em reas j comprometidas pela falta de aerao e iluminao, sobrecarregam o trnsito, aumentam o calor e a poluio sonora e do ar. A cidade vai crescendo vertiginosamente, esparramando-se pelas beiradas de sua periferia sob presses dos interesses privados do comrcio imobilirio, se contrapondo especulao daqueles detentores das reas centrais urbanizadas e beneficiados por incentivos urbansticos, aguardando maior valorizao de seus imveis. Com isso a descontinuidade orgnica da ocupao gera os vazios urbanos, densidades demogrficas desequilibradas, contraditrias e conflitantes e segregao espacial. Ao mesmo tempo leva o poder pblico a ampliar as redes de atendimento da sade, educao e assistncia social. Esse quadro reflete-se na circulao, e o grande contingente de trabalhadores que utiliza o transporte coletivo, paga o tributo crescente, malbaratando no trnsito lento preciosas horas do seu tempo de descanso e lazer, e principalmente, de liberdade. As moradias da populao de baixa renda se multiplicam. So precrias com servios insuficientes ou nenhum servio, nos fundos de vale, reas de risco e nas periferias um anel de pobreza vai circundando a bela cidade e sufocando o orgulho dos cidados. O complexo quadro das situaes e contradies marcam o crescimento de Goinia no zoneamento em vigor e no uso e ocupao do espao urbano, em contradio com os interesses elementares dos moradores da cidade, ou seja, com as condies desejveis da habitabilidade. Alm disso, esse descompasso reflete-se na infra-estrutura, as redes de abastecimento da gua e energia ainda se fazem necessrias e a saturao ameaa a rede de esgotos e as galerias de guas pluviais em determinados setores da cidade. A rede viria, numa extenso de 4.650.000km, ainda carece de adequaes fsicas e de gerenciamento, para garantir a fluidez do trnsito e do transporte coletivo. Abrigar a populao confortavelmente indispensvel. Percebe-se claramente que uma parte da populao se distribui na cidade em bairros e setores dotados de infra-estrutura e da prestao dos servios pblicos, outra, que embora com poder aquisitivo, ainda no dispe da oferta de todos os servios. Por ltimo, quela que no dispe da oferta dos referidos servios e nem mesmo seriam capazes de pagar as taxas mnimas no caso da implantao dos benefcios pelo poder pblico.

21A situao se agrava porque neste grupo que se encontram aqueles que chegam a Goinia em busca de novas oportunidades, sem qualquer qualificao profissional, formal ou informal. Da a forte presso sobre o mercado de trabalho, contribuindo inclusive para a baixa remunerao dos trabalhadores. Mesmo dispondo de uma cidade dotada de bosques, parque e praas urbanizadas, equipamentos esportivos distribudos por quase todos os bairros, a populao se recente da oferta de oportunidades e alternativas de lazer e recreao. A programao dos eventos culturais e artsticos ainda restrita a uma parcela dos cidados, mesmo havendo espaos disponveis na cidade. Enquanto isso os shoppings centers passam a ser a maior opo de entretenimento das pessoas. Mesmo sob a ameaa do caos urbano, a cidade sobrevive, ainda que dispersa e cheia de contrastes. Sobrevive tambm nas vrias formas de encontro dos moradores, na vizinhana, nas relaes resultantes dos espaos condominiais e, sobretudo, do esforo das instituies e prestadores de servios, que urgem tornar a cidade equilibrada, harmnica, sustentvel e acolhedora e cativante, tanto para o morador como para o visitante. Essa a cidade que se reconstri para atender s necessidades prementes e futuras, corrigindo os erros, intervindo no espao que busca se renovar e se reorganizar, adequando no s o seu desenho, mas equilibrando o desenvolvimento das suas funes da cidade enquanto espao e lugar do morador.

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DEMOGRAFIA1. EvOLUO DA POPULAOConsidera-se que a populao de Goinia em sua fase de construo era formada pelos residentes de Campinas, os habitantes das reas rurais prximas e 4.000 imigrantes. A tabela 1 mostra a evoluo da populao por dcadas, de 1940 a 1980, e dos dois ltimos censos demogrficos do IBGE, 1991 e 2000.

No ano de 1940, a populao apresentou pequeno crescimento, totalizando 48.166 pessoas. Em 1950 chegou a 5.89 habitantes, 40. na rea urbana e 1.056 na zona rural, superando as expectativas iniciais, considerando-se que a cidade foi planejada para 50.000 habitantes. Na dcada de 1950, Gois recebeu fluxos de pessoas vindas de Minas Gerais e do Nordeste, iniciando-se um ciclo imigratrio significativo para o aumento da populao da capital. No ano de 1960, Goinia contou com 151.01 habitantes, apresentando um expressivo crescimento na populao urbana, 1.462 pessoas, enquanto na rea rural viviam 1.551. Em 190 totalizaram-se 80. pessoas, das quais 6.056 no espao urbano e, apresentando uma soma estvel em relao dcada anterior, 1.1 na zona rural. O nmero de habitantes da rea urbana chegou, em 1980, a 15.526 pessoas, porm a populao rural apresentou variao negativa, 1.844 residentes, essa reduo correspondeu a 21,9%.

24Segundo os resultados do Censo Demogrfico de 1991, a populao de Goinia alcanou 922.222 habitantes. No ano de 2000 subiu para 1.09.00, incluindo as .201 pessoas da rea rural; a rea urbana correspondeu a 99,% do total. A pesquisa Nacional de Amostra por Domiclios divulgou que a populao, no ano de 2001, chegou a 1.116.541 pessoas. Para o ano de 2005, o IBGE estimou 1.201.006 habitantes. Na tabela 2, observa-se que, no perodo compreendido entre 1991 e 2005, a populao aumentou a cada ano, apresentando uma variao significativa em 199, 2000 e 2004, maior que a do estado de Gois no mesmo perodo.

O IBGE no dispe de informaes estatsticas sobre a projeo da populao de Goinia quanto ao nmero de habitantes at o ano de 2018. Assim, diante da necessidade de obter dados mais prximos da realidade para a elaborao do Plano Diretor, a equipe tcnica, por consenso, adotou o ndice de crescimento de 1,85% ao ano para projetar o nmero de habitantes de 2006 a 2018, conforme registra a tabela , levando em considerao o ndice de crescimento de 1991 a 2000.

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2. CARACTERIzAO2.1. GneroA tabela 4 mostra que o Censo Demogrfico do IBGE de 2000 registrou uma populao urbana de 1.085.806 pessoas na cidade de Goinia, correspondendo a 21, % dos habitantes do estado de Gois. Quanto ao gnero, a predominncia era do sexo feminino.

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2.2. Faixa EtriaComo mostra a tabela 5, a populao urbana de Goinia, de acordo com o Censo Demogrfico do IBGE de 2000, era predominantemente adulta. Havia 22.981 pessoas com idades entre 20 e 29 anos. Os mais jovens, entre 10 e 19 anos, totalizavam 214.812 habitantes.

No cartograma 1, observa-se que a regio Noroeste concentrava o maior nmero de crianas nas faixas etrias de 0 a 4 e 5 a 9 anos. Em seguida estava a regio Sul. As regies Sudeste e Vale do Meia Ponte, por sua vez, apresentavam os menores quantitativos de crianas nessas faixas.

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O cartograma 2 destaca que a populao com faixa etria acima de 50 anos encontrava-se mais concentrada na Regio Central, apesar de que era bastante significativa tambm nas regies Sul e Campinas.

2.3. EscolaridadeNa tabela 6 constata-se, em relao a anos de estudos, que o maior nmero de pessoas estudou de 4 a e de 11 a 14 anos. Essa formao diz respeito ao ensino fundamental incompleto e ao ensino mdio. As pessoas sem instruo ou

28com menos de um ano de estudo correspondiam a 6,4% do total, ou seja, 21.004 indivduos. Somavam-se .525, 12,04%, os habitantes com 15 ou mais anos de estudos. Nota-se, a partir dos dados observados, que o percentual da populao com formao completa em curso superior ainda era inexpressivo. Vale ressaltar que os dados citados so de cidados que se declararam responsveis pelos domiclios particulares permanentes.

3. DISTRIbUIO ESPACIALA cidade est divida em 12 regies administrativas e sua populao distribuda conforme a tabela .

29Segundo dados do Censo Demogrfico do IBGE de 2000, a Regio Sul abrigava o maior nmero de pessoas. O aumento considervel de habitantes desde 1991 foi devido verticalizao de alguns de seus bairros. Tambm a busca de qualidade de vida pode ter influenciado a migrao da populao central para essa e outras regies, considerando-se que o fortalecimento de atividades comerciais e a fixao de prestadores de servios em alguns bairros mudaram a sua caracterstica inicial de bairros residenciais. A Regio Central contava com uma quantidade expressiva de habitantes, embora o nmero de pessoas nessa rea tenha diminudo em relao ao indicado no censo de 1991. As regies que tiveram maior taxa de crescimento na dcada de 1990 foram a Sudoeste, apresentando crescimento anual de 1,4 %, e Noroeste, com 9,02%. Destaca-se a influncia de loteamentos clandestinos na regio. Observa-se que as regies Macambira Cascavel e Central apresentaram taxa de crescimento negativa e Campinas manteve-se estvel. Percebem-se vazios urbanos na Regio Sul e uma tendncia de ocupao causada por investimentos do mercado imobilirio na construo de condomnios verticais no Parque Amazonas e Jardim Gois, contribuindo para o aumento da densidade demogrfica na regio. A aprovao de loteamentos denominados condomnios fechados na Regio Sudeste tornou-a muito atrativa, dinamizando sua ocupao. A taxa de crescimento da populao de Goinia, na ltima dcada, foi de 1,95 % ao ano, enquanto que a do estado de Gois atingiu 2,46% no mesmo perodo.

0Como mostra a tabela 8, embora a Regio Sul concentrasse a maior quantidade de moradores, 15,22% do total, as regies Central e Campinas possuam a maior densidade demogrfica, respectivamente 6.21,55 e 6.15,85 hab/Km. Ressaltase, ainda, que a densidade demogrfica do municpio de Goinia em relao ao nmero de habitantes estimados para 2005 alcanou o correspondente a 1.658,66 hab/Km. Na tabela 9, pode-se observar que a populao da Regio Metropolitana de Goinia, constituda atualmente por 1 municpios, possua um total de 1.94.1 habitantes em 2005.

4. IMIGRAESDentre os componentes que contriburam pra a evoluo demogrfica da cidade, identifica-se a imigrao como fator decisivo. Conforme a tabela 10, baseada em levantamentos realizados pelo IBGE em 1996, verifica-se que, a partir de 1996, imigraram para Goinia 4.605 pessoas. Desses imigrantes, 20.095, ou 42% do total, vieram de municpios do prprio estado de Gois. Apenas 220 pessoas procederam de outros pases, 164 ignoravam seu local de origem e 486 no sabiam onde residiam. Os demais 26.640 provieram de outros estados do Brasil. Desse contingente, o maior nmero de pessoas, acima de 2.000 em cada esta-

1do, emigraram do Tocantins, Par, Bahia, So Paulo, Distrito Federal, Maranho, Minas Gerais e Mato Grosso, em ordem decrescente. Nos demais estados registrou-se imigrao populacional, para Goinia, abaixo de 00 indivduos. Pode-se inferir, pela anlise desses dados, que h sobrecarga de demandas no atendidas no mbito fsico e socioeconmico de Goinia. Assim, os servios urbanos deixam a desejar, promovendo a excluso, gerando pobreza advinda da falta de emprego e renda, crescimento acelerado do subemprego e do trabalho informal, deficincias no atendimento sade e educao, mendicncia, ocupao desordenada do solo, aumento da violncia etc.

Os dados da tabela 11 informam que Goinia continuou atraindo gente de outras unidades da federao. Segundo os dados do Censo Demogrfico de 2000, no universo de 1.09.00 habitantes, 265.045 pessoas, ou 24,2 % do total, nasceram em outros estados. A maioria era proveniente da Regio Sudeste, Nordeste e Norte. Os estrangeiros correspondiam a 0,28% da populao. No possvel fazer uma comparao entre o fluxo imigratrio de 1996 e o de 2000. No primeiro buscou-se saber a origem das pessoas, no segundo o local de nascimento.

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5. OCUPAO DA POPULAOOs dados disponveis sobre a ocupao das pessoas no municpio de Goinia foram tomados da Relao Anual de Informaes Sociais, pesquisa referente ao mercado formal de trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Deve-se ressaltar que os trabalhadores considerados no residiam apenas no municpio de Goinia, haja vista que a capital oferece trabalho a moradores de outras cidades, principalmente as que integram sua regio metropolitana. Segundo os dados na tabela 12, os setores de servios e administrao pblica foram os que mais empregaram. Nos anos analisados, representaram mais de 50% do total de empregos em Goinia. Nesse caso, a ocupao na administrao pblica foi bastante representativa porque a cidade sede do Governo Estadual. Percentualmente, os setores de comrcio, indstria de transformao e agropecurio apresentaram crescimento em todos anos, apesar de que o ltimo apresentou insignificante participao em relao ao todo. Os setores de extrao mineral e servio industrial de utilidade pblica, por sua vez, obtiveram queda, assim como o ramo da construo civil, apesar do seu expressivo aumento no perodo de 2000 para 2004.

5.1. Por GneroComo demonstra a tabela 1, setores como o de servios e indstria de transformao apresentaram equilbrio entre os dois gneros, resultado previsvel para reas de atuao que comportam trabalhadores de ambos os sexos. Observa-se que houve a predominncia da populao feminina na administrao pblica. Como as mulheres tm mais predisposio para o estudo, a probabilidade de serem aprovadas em concursos pblicos maior. Nos demais setores a predominncia do sexo masculino foi bastante visvel. Nesse mbito, em sua maioria, as atividades exigem esforo fsico ou no so apropriados para o sexo feminino.

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5.2. Por faixa etriaNo perodo analisado na tabela 14, a maioria dos trabalhadores formais se encontrava na faixa de 0 a 9 anos. O comrcio, por absorver um perfil mais jovem, comportava trabalhadores com idades de 18 a 24 anos. Os servios e a indstria de transformao tambm empregaram bastante os jovens entre 18 a 24 anos. Esse fato pode ser justificado pela baixa remunerao aplicvel a profissionais com pouca experincia no mercado. Em percentuais, pequena a participao dos trabalhadores na faixa etria de 65 anos ou acima. Em termos absolutos, eles so mais expressivos no setor de servios e administrao pblica. No ltimo caso, haja vista a necessidade de concursos, o empregador mantm a mo-de-obra por longo perodo, a maioria dos funcionrios permanece no emprego at a aposentadoria.

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5.3. Por grau de instruoNos anos observados na tabela 15, os setores que empregaram maior quantidade de profissionais com curso superior completo foram a administrao pblica, o comrcio e os servios. Com exceo da administrao pblica que reduziu de 11.89 para 02 funcionrios, no perodo de 1990 a 2004, todos os demais setores vinham aumentando a quantidade de empregados analfabetos, como tudo indica, por causa dos baixos salrios devidos aos mesmos. A participao da categoria outros, que inclui os trabalhadores com 4, 8 srie e 2 grau incompletos e ignorados, correspondeu aproximadamente 5% do mercado de trabalho formal em todos os anos.

6Pela somatria dos dados obtidos, observa-se que a maioria dos empregados estudou at a 8 srie ou completou o 2 grau.

EIXOS EXTRATGICOS

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O foco principal deste eixo estratgico o desenvolvimento sustentvel, aqui entendido como o crescimento que compatibiliza as atividades econmicas, a preservao, a conservao e a recuperao dos recursos naturais e do meio ambiente natural e construdo, a eqidade social e a qualidade de vida da populao, atual e futura, do municpio de Goinia.

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EIXO ESTRATGICO SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

411. REALIDADE SOCIOAMbIENTAL DO MUNICPIO DE GOINIA1.1. O processo de metropolizao, uso e ocupao do solo e os problemas scioambientais da capitalGoinia hoje uma metrpole regional, cuja populao caminha para um milho e quinhentos mil habitantes. Como regio metropolitana, abarca quase dois milhes de pessoas. Os seus problemas socioambientais so inmeros e relacionam-se, principalmente, com seu processo de urbanizao, responsvel pela fragmentao do espao urbano, segregao e excluso social. Na poca da construo da nova capital (dcada de 190), os operrios se instalaram em precrios barraces fora do permetro urbano determinado pelo plano urbanstico, pois no dispunham de moradias em locais pr-estabelecidos. Assim formaram-se as primeiras reas de posses, denominao local para invases e favelas ao longo do crrego Botafogo. Esse processo se intensificou nas dcadas seguintes com as sucessivas invases de reas pblicas, muitas delas de preservao ambiental como nascentes e de fundos de vales, formando inmeros enclaves disseminados no tecido urbano da capital, constituindo muitas reas de risco. A partir da dcada de 190, quando se intensificaram os fluxos imigratrios para Goinia ocasionados pela modernizao no campo, formaram-se grandes bolses de pobreza. Dessa forma, desencadeou-se um processo de periferizao da capital por meio de loteamentos irregulares e clandestinos, implantados com parco planejamento nas franjas da zona de expanso urbana ou na zona rural da capital, muitas vezes em conurbao com os municpios vizinhos. Inicialmente, esse processo de segregao foi induzido pelo governo estadual, ganhando fora a partir de 198 com a implantao de sucessivos grandes assentamentos urbanos de baixa renda na Regio Noroeste da cidade. Posteriormente o agente foi o capital imobilirio privado, que hoje estende essa prtica por regies como a Sudoeste, Leste etc. O grande crescimento populacional agravou os problemas e exacerbou os conflitos. Assim, como em todas as outras grandes cidades do pas, os ndices de violncia cresceram com o aprofundamento das desigualdades sociais devido crise econmica e ao conseqente desemprego. No bojo desse cenrio est a ocupao desordenada do solo.

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42O processo de periferizao e segregao de grandes contingentes de populao de baixa renda foi o grande responsvel pela ampliao do permetro urbano de Goinia. Esse fenmeno provocou sucessivas mudanas na lei de zoneamento da capital, empurrando para cada vez mais longe a moradia dos mais pobres e agravando os problemas socioambientais. Assim, pode-se afirmar que os principais problemas socioambientais do municpio de Goinia esto hoje basicamente relacionados: 1. Ao desmatamento excessivo da cobertura vegetal original, na zona rural por causa da agricultura e da pecuria e na zona urbana pelo parcelamento urbano mal planejado. Estima-se que restam menos de 5% da cobertura vegetal primitiva no territrio do municpio e a maioria das unidades de conservao ou reas protegidas ainda no tm um sistema de gesto integrado e eficaz. 2. poluio dos corpos dgua, principalmente os que drenam a malha urbana por causa da falta de tratamento dos esgotos industriais e domsticos. Essa situao foi sensivelmente amenizada com a implantao da Estao de Tratamento de Esgoto de Goinia, mas ainda apresenta problemas devido aos esgotos clandestinos que so descarregados nas galerias pluviais e nos corpos dgua que cortam a malha urbana e s parcelas da cidade no integradas a ETE como as reas perifricas das regies Noroeste, Leste, Sudoeste e outras. 3. ocupao desordenada do Solo Urbano e conseqente formao de espaos segregados desprovidos de saneamento, galerias pluviais e equipamentos urbanos. 4. proliferao de reas de risco que provoca o agravamento de processos erosivos e de assoreamentos. 5. Aos freqentes alagamentos das vias da malha urbana consolidada devido aos altos ndices de impermeabilizao do solo, s galerias pluviais sub dimensionadas ou assoreadas e ao aumento de rea de captao provocado pela expanso urbana. 6. s alteraes climticas que provocam a formao de ilhas de calor nas regies mais densamente povoadas e impermeabilizadas. 7. poluio atmosfrica resultante das inverses trmicas ocasionadas pela considervel quantidade de poluentes na atmosfera, sobretudo monxido de carbono proveniente do grande volume de veculos e trfego intenso. 8. poluio visual causada pela quantidade excessiva de propaganda impressa em outdoors, placas, faixas etc. 9. Ao intenso trfego de veculos na malha urbana e aos inmeros pontos crticos de engarrafamento, que limitam cada dia mais a mobilidade e a acessibilidade.

4A ausncia de cobertura vegetal natural, principalmente a retirada de mata ciliar das drenagens, potencializa os processos erosivos e de assoreamentos. Isso contribui para desmoronamentos de barrancos de drenagens taludes e o alagamento de margens. Assim, criam-se reas de risco, sobretudo porque comum a ocupao das reas lindeiras e de fundos de vales do permetro urbano, por moradores de baixa renda. A diminuio das reas verdes contribui para reduzir os ndices de umidade e aumentar o desconforto da populao. Dados estatsticos confirmam que ocorreu em Goinia um decrscimo de % na umidade do ar entre 190 e 1990, ou seja, 1% a cada dez anos. Hoje, Goinia possui cerca de 10 reas protegidas, legalmente reconhecidas. Grande parte delas vem sofrendo um processo contnuo de degradao ambiental. Algumas j esto totalmente invadidas. Como nem todas essas reas esto sob a jurisdio do poder pblico municipal, h dificuldades em administr-las de forma nica e integrada. A maioria das unidades de conservao no conta com um plano de manejo para sua adequada utilizao. Outro problema que essas reas protegidas esto quase totalmente dentro das atuais zonas Urbana e de Expanso Urbana. Como o poder pblico municipal, na prtica, nunca legislou ou gerenciou o espao rural, exetuando-se o Parque Altamiro Moura Pacheco (UC estadual), a atual Zona Rural do municpio carece de unidades de conservao. A falta de interao entre os rgos parceladores e os ambientais faz com que muitas reas destinadas a parques e proteo ambiental fiquem submetidas apenas a acordos do empreendedor com o rgo de planejamento, sem a devida implementao pelo rgo ambiental ou por serem decretadas Unidades de Conservao com dimenses inadequadas para a preservao. Um bom exemplo de implantao de parque linear, no municpio de Goinia, o Parque Macambira Anicuns. Em relao gua potvel, pode-se considerar que a populao de Goinia relativamente bem servida. Segundo dados da SANEAGO, 92% das pessoas contam com servio de abastecimento de gua tratada. A gua que abastece a capital de superfcie e vem da Estao de Tratamento de gua do rio Meia Ponte (ETA Meia Ponte), situada no rio homnimo, prximo barra do ribeiro So Domingos, na Regio Noroeste de Goinia, e da ETA do Joo Leite, afluente do rio Meia Ponte, situada na Regio Norte de Goinia. de fundamental importncia que se divulgue o significado desses corpos dgua e os locais de captao de gua para abastecimento pblico para a qualidade ambiental e de vida da populao, pois a conscincia de seus significados poder ajudar em muito a preservao dos mesmos.

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44A Regio Noroeste de Goinia caracterizada por loteamentos de alta densidade para baixa renda, hoje cornubados com outro parcelamento, de caractersticas semelhantes, no municpio limtrofe de Goianira. O processo de uso e ocupao do solo dessa rea a grande preocupao em relao vida til da ETA do Meia Ponte porque ela umas das regies de Goinia que no esto integradas Estao de Tratamento de Esgoto. Assim, faz-se urgente disciplinar o uso desse solo, visando proteger o ponto de captao de gua do Meia Ponte, bem como aprovar e implementar a APA da bacia hidrogrfica do ribeiro So Domingos, abrangendo terras dos municpios de Goinia e de Goianira. A ETA do Joo Leite est situada em uma bacia hidrogrfica mais conservada e conta com instrumento legal de proteo aprovado, a APA do Joo Leite. Sua adutora est em fase de construo final, com perspectiva de abastecer Goinia e sua Regio Metropolitana at 2025. A poluio dos corpos dgua que cortam a malha urbana de Goinia se d, principalmente, pelos dejetos domiciliares e industriais. Esse um dos principais problemas ambientais da capital, pois a maior parcela dos detritos jogada in natura nos afluentes do rio Meia Ponte que drenam a malha urbana do municpio. Esse problema est sendo parcialmente solucionado pela implantao do sistema da Estao de Tratamento de Esgoto (ETE), situada nas imediaes do Bairro Goinia II, Regio Norte da Cidade. Ela vem tratando os esgotos provenientes da margem direita do rio Meia Ponte, a mais intensamente urbanizada da capital. A ETE de Goinia, entretanto, trata aproximadamente 0% dos dejetos gerados na capital e no coleta os que so gerados na margem esquerda do rio Meia Ponte. Isso ocorre, sobretudo, na bacia hidrogrfica do ribeiro Caveirinhas, Regio Noroeste da capital com uma populao em torno de 150 mil habitantes, onde os dejetos ainda so lanados in natura na rede de drenagem natural, contribuindo para poluio do rio Meia Ponte. O mesmo acontecendo em outras regies perifricas como a Regio Leste, Regio Sudoeste e outras. Outros problemas agravam a degradao do rio Meia Ponte. O assoreamento natural devido ocupao desordenada do solo urbano da capital e um grande volume de entulhos e lixo que para ele so canalizados por serem depositados nos fundos de vale de seus afluentes. Isto sem falar no fato de que o tratamento de esgoto feito na referida ETE de fase primria de apenas 0%, sendo feita apenas remoo de slidos grosseiros, areia e outros sedimentos o que termina ainda contribuindo para poluio do rio com a diluio dos afluentes tratados neste corpo dgua.

45Em relao aos resduos slidos domiciliares, pode-se dizer que toda a cidade atendida com coleta regular, diria (diurna e noturna) ou duas a trs vezes por semana, dependendo da regio e do bairro. O local de disposio final um aterro sanitrio controlado situado no entorno da via de sada para Trindade, que ter sua rea de descarga ampliada, pois apresenta capacidade apenas para os prximos trs anos. O acondicionamento dos resduos domsticos pela populao em algumas regies e bairros deixa a desejar, demandando campanhas educativas. Os Resduos Slidos dos Servios de Sade so coletados pela COMURG por um caminho e dois fiorinos. So recolhidas 240 ton/ms e no h uma boa coberde fiscalizao dos rgos competentes. Dentre eles esto a falta de elaborao de planos de gerenciamento dos resduos slidos dos servios de sade e a no cobrana de taxas de servio em relao coleta e disposio dos resduos, inviabilizando a continuidade dos servios pelo poder pblico municipal. Quanto aos resduos industriais, responsabilidade do gerador dar-lhes uma destinao adequada, pois o municpio no conta ainda com local apropriado. Outro problema o destino dos resduos slidos da construo civil, ou entulhos da construo civil. Como no existe espao reservado para eles, so despejados nos terrenos baldios, fundos de vale ou, em menores percentagens, levados para o aterro sanitrio. Algumas iniciativas surgiram no sentido de promover parcerias do poder pblico municipal, indstria da construo civil e empresas transportadoras, visando diminuir o volume de rejeitos nas construes, reaproveit-los e dar uma destinao adequada para as sobras. Essas proposies, entretanto, no tm obtido continuidade. Dentre elas, vale citar a parceria entre a Prefeitura de Goinia, a UnB e FURNAS, visando a elaborao de um plano de gerenciamento integrado de resduos slidos da indstria da construo civil. A varrio das ruas, a poda das rvores e a capina e roagem dos lotes e reas publicas so feitas pelo poder pblico municipal. Porm, como na maioria das capitais brasileiras, no existe um programa sistemtico e abrangente de reciclagem dos resduos. As tentativas tm sido muito pontuais e sem grande reflexo no municpio como um todo. Merecem referncias a prtica, implantada pela Universidade Catlica, de reaproveitamento dos resduos domsticos no bairro Dom Fernando na Regio Leste da cidade, a organizao de uma cooperativa de catadores de lixo no Conjunto Vera Cruz e uma experincia piloto desenvolvida pela Secretaria Municipal de Meio tura dos estabelecimentos de sade. Percebem-se vrios problemas relativos falta

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46Ambiente no bairro Sonho Verde, todas ainda muito tmidas para as dimenses da metrpole goiana. Em relao ocupao desordenada do solo urbano, alm das dificuldades socioambientais relacionados e as ocupaes de baixa renda descritas, pode-se alinhar problemas associados aos processos erosivos do tipo em sulcos, que podem evoluir para ravinas e voorocas. Essas eroses pem em risco as moradias de muitas pessoas, no centro e na periferia, causam grandes prejuzos com a destruio de equipamentos urbanos e tornam-se reas de despejos de entulhos da construo civil, de lixo e de esgotos, constituindo-se verdadeiros focos irradiadores de poluio ambiental e doenas. Associado eroso est o assoreamento dos corpos dgua que, com a capacidade de carga de seu leito reduzida, extravasam suas guas para fora, provocando alagamento de vias, moradias etc. No mesmo sentido trabalha o assoreamento da rede de galeria pluvial, na maioria das vezes agravado pelo fato da populao jogar lixo e entulho de construo dentro dos bueiros. Entupidas as galerias, impossvel escoar os grandes volumes das guas provenientes das reas impermeabilizadas por asfalto, residncias, prdios, grandes estacionamentos etc., provocando alagamentos e potencializando mais ainda os focos erosivos dentro do sistema de macro drenagem. Os altos ndices de impermeabilizao do solo urbano da capital tambm diminuem a recarga do lenol fretico, j bastante impactado pelo grande nmero de poos artesianos perfurados, a maioria das vezes de forma clandestina, tornando-se agentes de contaminao do lenol de gua subterrnea. Alm dos altos nveis de impermeabilizao do solo urbano, outro grande problema da capital a incapacidade do sistema de drenagem pluvial escoar toda a gua que escorre nos dias de chuvas intensas. Existem inmeros pontos crticos, principalmente no Centro, Campinas, Setor Bueno, Setor Pedro Ludovico e outros. Se no forem feitos investimentos em drenagem, em curto prazo, a situao s tende a se agravar, transformando os pontos crticos em reas de risco. As reas ocupadas consideradas de risco so aquelas que expe seus habitantes a pssimas condies de moradia em funo de sua localizao, de particularidades fsico-ambientais e do padro construtivo de baixa renda, gerando insalubridade e, principalmente, apresentando riscos reais de acidentes, ameaando a vida das pessoas. Atualmente existem vrias reas de risco associadas ao processo de ocupao da malha urbana da capital. A Defesa Civil catalogou, em 2005, dezoito reas de risco em Goinia, com grau variando de baixo a alto. A maioria est situada nas faixas

4lindeiras aos corpos dgua que cortam a zona urbana da capital, quase sempre em reas pblicas de preservao ambiental. O Plano Diretor de Drenagem de Goinia foi baseado no clculo de vazes a serem escoadas nos cursos dgua que drenagem a malha da capital, bem como nas projees de ocupao definidas no Projeto de Reviso do Plano Diretor Urbano de Goinia de 2004. De acordo com o referido projeto, as micro bacias que formam as cabeceiras do Ribeiro Anicuns teriam ocupao tipicamente rural e de baixa densidade. Como o projeto de reviso do Plano Diretor no foi aprovado na poca (200/04), estando ainda em processo de elaborao, o novo Plano Diretor de Goinia, dever definir as novas diretrizes de ocupao urbana para o municpio, baseadas em anlises do comportamento das vazes nas cabeceiras do Ribeiro Anicuns para verificar seus valores conforme a ocupao que for prevista para essa regio. Para tal utilizou-se como base de clculo das vazes atuais escoadas nas cabeceiras do Ribeiro Anicuns, o Plano Diretor de gua e Esgotos de Goinia, estudo que analisou atravs de pesquisa de campo o tipo de ocupao vigente nessa regio, em em relao de densidade demogrfica. Alm desse trabalho determinou-se o valor numrico do coeficiente de impermebilizao das diversas reas de densidade homognea, atravs do estudo Estimativa de rea Impermevel de Micro-bacias Urbanas de autoria de Nestor A. Campana e Carlos E.M.Tucci, que permite a determinao numrica da percentagem de impermeabilizao de uma rea atravs da densidade demogrfica da mesma. Desse modo, considerando ocupao rural e densidade demogrfica mdia de 20 hab/ha nas cabeceiras e densidade mdia nas demais reas como definido no Plano Diretor de gua, chega-se a uma vazo no Ribeiro Anicuns, antes da confluncia com o crrego Taquaral de 112m/s e antes da confluncia com o Rio Meia Ponte de 45 m/s. Caso se permita a urbanizao nas cabeceiras do Ribeiro Anicuns, com ocupao que resulte em densidade mdia de 60 hab/ha, as vazes mximas nos mesmos pontos anteriormente indicados resultariam em 169 m/s e 512 m/s, respectivamente. Ou seja, haveria um acrscimo de 50% de vazo (percentual que reduz ao longo da contribuio dos afluentes) apenas decorrente de uma impermeabilizao da ordem de 2% da rea em questo. Sabe-se que o aumento de temperatura na rea urbanizada agrava para a ocorrncia de fortes chuvas devido condensao da umidade contida em ventos portadores de material particulado, prprio de aglomeraes urbanas que atuam como

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48ncleos de condensao. Essas tempestades tm causado danos s habitaes, sobretudo s das famlias de baixa renda, cujo padro construtivo precrio, potencializado os processos erosivos, os assoreamentos e alagamentos na malha urbana. A poluio visual se caracteriza pela excessiva concentrao de publicidade em luminosos, letreiros, outdoors, backligths, front ligths, painis, placas, publicidades em veculos etc. Est concentrada principalmente no Centro, Campinas e outros bairros movimentados, pelos quais circulam pessoas de bom poder aquisitivo, sobretudo nas proximidades de grandes equipamentos urbanos como o Shopping Flamboyant, localizado na Regio Sul. A Prefeitura Municipal de Goinia cadastrou 1.809 pontos de publicidade, porm a fiscalizao estima em 40 mil as unidades que podem provocar poluio visual. A grande frota e o intenso trfego de veculos na malha urbana de Goinia traz como conseqncia imediata a poluio do ar que respiramos. Sua qualidade tem diminudo e os resultados obtidos com o monitoramento, feito desde 1999, so preocupantes, se comparados com a resoluo 0/90 CONAMA, principalmente no perodo de estiagem em funo da concentrao de poluentes e menor disperso elica. A poluio sonora causa distrbios emocionais, provoca a surdez e tem aumentado, sobretudo, por causa do barulho provocado pelo grande trfego de veculos automotores, pelas igrejas e pelos bares. O primeiro causa um grande stress na populao em funo da movimentao morosa e da baixa mobilidade em freqentes grandes engarrafamentos. Os dois ltimos desrespeitam o sossego pblico, contribuindo substancialmente para deteriorao da qualidade ambiental da cidade e de vida dos moradores. O problema do trnsito moroso s ser solucionado por meio da mudana do perfil do transporte de massa, levando a populao usuria de automveis a utilizar os transportes coletivos, diminuindo o nmero de veculos e, conseqentemente, o volume do trfego nas ruas de Goinia. O enfrentamento dessa questo se dar pela melhoria da infra-estrutura das vias, com implantao de outros eixos de trfego mais adequados e oferecimento de transporte urbano de massa de melhor qualidade. Outra providncia necessria a implantao, pelo poder pblico municipal, de programas de educao e divulgao de prticas que visem minimizar o uso do carro particular, mudando os hbitos da populao. De acordo com o cadastro de atividades econmicas, em Goinia existem mais de 40 mil empreendimentos comerciais, industriais e prestadores de servios que geram poluio no solo, gua ou ar. Sem considerar a frota de aproximadamente

4900 mil veculos, que so os grandes responsveis pela poluio atmosfrica. Em suma, as principais fontes poluidoras dos recursos hdricos, do solo e do ar em Goinia so as descargas de esgotos in natura nos corpos dgua de algumas regies da cidade no atendidas pela ETE, os veculos automotores, os postos combustveis, as lavanderias, confeces e tinturarias, os lanamentos clandestinos de esgoto nas reas servidas de saneamento, as pequenas estaes de tratamento de esgoto, as marmorarias, os clubes de lazer e recreao, os cemitrios, as oficinas mecnicas, os lavajatos, as garagens de nibus, as transportadoras, os hospitais, laboratrios, bancos de sangue hemoderivados e clnicas e, por fim, as descargas de entulho da construo civil e lixo em terrenos baldios e fundos de vales.

1.2. Poltica Socioambiental no Municpio de GoiniaGrande parte dos problemas socioambientais deve-se a uma poltica pblica historicamente limitada por fatores impeditivos que dificultam o alcance das metas desejveis, emperrando a ao conjunta dos governos e limitando muito as aes, mesmo que isoladas, no sentido da proteo e preservao do meio ambiente e da melhoria ou manuteno da qualidade de vida da populao. Esses fatores so: 1. Desconsiderao do meio ambiente como parmetro bsico do planejamento e das polticas gerais de desenvolvimento, levando a questo ambiental a ser tratada isoladamente, sem conexo com as demais reas, confinando-a a uma secretaria que, via de regra, no tem influncia sobre as outras polticas setoriais. A poltica ambiental no permeia todos os segmentos da administrao e da sociedade. 2. A falta de articulao entre as diversas esferas do poder pblico responsveis pela questo ambiental nos mbitos municipal, estadual e federal. No caso da administrao da capital, visvel a desarticulao tanto interna, de uma secretaria para outra ou de um rgo para outro, quanto externa, com os demais rgos ou instituies na regio metropolitana, no Estado, na Unio e nas organizaes no governamentais. . A fragilidade e descontinuidade dos programas de educao e de conscientizao da comunidade. Esse trabalho fundamental, pois uma comunidade consciente exige fiscalizao, reforando a ao do rgo ambiental. Alm disso, os cidados conscientes podem impedir que programas e projetos bem sucedidos sofram interrupo com a mudana de governo. De modo geral, as escolas possuem programas de educao ambiental desarticulados com a comunidade, dificultando a formao da conscincia crtica dos alunos.

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504. A falta de capacitao tcnica e operacional dos rgos ambientais, que tm seu poder de ao enfraquecido por seu quadro de recursos humanos insuficiente. Embora disponham de tcnicos competentes, seu nmero reduzido. Alm disso, suas especializaes so pouco variadas, dificultando a elaborao de abordagens, multi e interdisciplinares, necessrias para a soluo dos diversos problemas, que se apresentam. Como se no bastasse, esses profissionais ainda deparam com a limitao de equipamentos e infra-estrutura de trabalho. 5. A inexistncia de um esquema eficaz e gil de fiscalizao ambiental, que permita a tomada de providncias rpidas para a soluo dos problemas detectados. Dificilmente o poder pblico age preventivamente. Sua atuao sempre est a reboque dos fatos, na esfera da remedio. Isso inviabiliza o controle efetivo do governo sobre a questo ambiental. 6. A inexistncia de pesquisas que possam ser teis Secretaria Municipal do Meio Ambiente e outras. A conseqncia, como explicitado, tem sido a degradao do meio ambiente e a deteriorao da qualidade de vida da populao ao longo do tempo. Assim, o Plano Diretor no deve ser apenas regulador, mas sobretudo, um instrumento que possibilite alavancar o desenvolvimento sustentvel de todo o territrio do municpio. Para isso, deve implantar uma poltica socioambiental para recuperar e preservar os recursos hdricos, resgatar as reservas naturais, respeitar as reas de preservao, melhorar o saneamento, ordenar a ocupao do espao urbano e criar alternativas de vivncia ambiental em parques, melhorando a qualidade de vida da populao e o meio ambiente natural e construdo. Alm disso, deve implantar uma estratgia de sustentabilidade socioambiental que passe pelas diretrizes de comunicao e internalizao das questes socioambientais na sociedade civil, nos rgos da administrao pblica e na iniciativa privada, com articulao, integrao, participao e parceria da sociedade civil, poder pblico e iniciativa privada. Tambm importante buscar a sensibilizao, a conscientizao e a educao socioambiental da populao; a capacitao da administrao pblica com o desenvolvimento humano, organizacional, tecnolgico e operacional e, finalmente, a articulao das diversas polticas pblicas de gesto e proteo ambiental, de reas verdes, de recursos hdricos, de saneamento bsico, de drenagem urbana e de coleta e destinao de resduos slidos.

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UNIDADES DE CONSERVAO1 BOSQUE DOS BURITIS (SETOR OESTE) 2- PARQUE EDUCATIVO (ZOOLGICO/LAGO DAS ROSAS) 3- PARQUE MUTIRAMA (SETOR CENTRAL) 4- PARQUE BOTAFOGO (SETOR CENTRAL) 5- PARQUE LINEAR BOTAFOGO (SETOR CENTRAL) 6- PARQUE AREIO (SETOR PEDRO LUDOVICO) 7- PARQUE VACA BRAVA (SETOR BUENO) 8- PARQUE AMAZONAS 9- MORRO SERRINHA 10- JARDIM BOTNICO (SETOR PEDRO LUDOVICO) 11- REA VERDE (PQ DAS LARANJEIRAS) BURACO 12- BOSQUE BOUGANVILLE A (PQ. DAS LARANJEIRAS) 13- PARQUE ITATIAIA (CONJUNTO ITATIAIA) 14- BOSQUE DE NDIA DIACU (ARUAN) 15- BOSQUE DEP. JOS EDUARDO DE S. NASCIMENTO 16- PARQUE TAGUARAL (RESIDENCIAL GOINIA VIVA) 17- BOSQUE BOUGANVILLE B (PQ.DAS LARANJEIRAS) 18- PARQUE MUNICIPAL GENTIL MEIRELES 19- PARQUE MUNICIPAL MORRO DOS MACACOS (VERA CRUZ) 20- BOSQUE MACAMBIRA FAIALVILLE 21- PARQUE LINEAR MACAMBIRA 22- BOSQUE STIOS DE RECREIO (MANSES BERNARDO SAYO) 23- RESERVA ECOLGICA (CONJUNTO RESIDENCIAL PRATA) 24- PARQUE MUNICIPAL LOZARDES 25- PARQUE MUNICIPAL SO JOS 26- PARQUE BEIJA FLORES (JA) 27- PARQUE LINEAR CURITIBA 28- PARQUE MUNICIPAL CURITIBA 29- PARQUE CASCAVEL 30- RESERVA SHANGRY-L 31- PARQUE MATINHA 32- PARQUE REPRESA JA (JA) 33- BOSQUE SETOR UNIVERSITRIO 34- PARQUE SANTO HILRIO 35- PARQUE CIDADE JARDIM 36- PARQUE DA LIBERDADE (SETOR JA) 37- BOSQUE DE FUNDO DO VALE (JARDIM GOIS) 38- BOSQUE CAMPUS II UFG 39- PARQUE FLAMBOYANT AUTOMVEL CLUBE/ CHCARAS 40- PARQUE ECOLGICO CARMO BERNARDES 41- MORRO DO MENDANHA 42- MORRO DO ALEM 43- RESERVA DO PERSEU (RESERVA ECOLGICA MANGUEIR) 44- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL NOSSA MORADA 45- PARQUE MARIA LOURENO 46- PARQUE MUNICIPAL JARDIM BOTNICO DO CERRADO 47- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL MORUNBI 48- PARQUE MUNICIPAL SETOR SETOR SOLAR SANTA RITA I 49- PARQUE MUNICIPAL GRANDE RETIRO 50- PARQUE MUNICIPAL JARDIM NOVA ESPERANA 51- PARQUE MUNICIPAL IONE MARTINS DO CARMO 52- PARQUE MUNICIPAL RECANTO DO BOSQUE I 53- PARQUE MUNICIPAL RECANTO DO BOSQUE II 54- PARQUE MUNICIPAL GANVILLE 55- PARQUE MUNICIPAL SETOR BELO HORIZONTE 56- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIALCENTER VILLE 57- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL ITLIA 58- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL PARQUE DAS FLORES I 59- PARQUE MUNICIPAL PARQUE DAS FLORES II 60- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL PARQUE DAS FLORES III 61- PARQUE MUNICIPAL CAROLINA PARK 62- PARQUE MUNICIPAL CAROLINA CANDIDA CABRAL 63- PARQUE MUNICIPAL SETOR SOLAR SANTA RITAII 64- PARQUE MUNICIPAL JARDIM DAS HORTNCIAS 65- PARQUE MUINICIPAL JARDIM DAS AROEIRAS 66- PARQUE MUNICIPAL JARDIM REAL 67- PARQUE MUNICIPAL SOLAR VILLE I 68- PARQUE MUNICIPAL SOLAR VILLE II 69- PARQUE MUNICIPAL SOLAR VILLE III 70- PARQUE MUNICIPAL JARDIM MADRI 71- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL OLINDA 72- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL BOUGAINVILLE I 73- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL BOUGAINVILLE II 74- PARQUE MUNICIPAL VEREDA DOS BURITIS 75- PARQUE MUNICIPAL SETOR GRAJA 76- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL DA ACCIAS 78- PARQUE ECOLGICO JARDIM ATLNTICO 79- PARQUE MUNICIPAL PORTAL DO SOL 80- PARQUE MUNICIPAL PORTAL DO SOL II 81- PARQUE MUNICIPAL CLA BORGES 82- PARQUE MUNICIPAL CIRO PALMERSTON MUNIZ 83- PARQUE MUNICIPAL ESPORTIVO SETOR MARAB 84- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL VILLE DE FRANCE 85- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL AURORA 86- PARQUE MUNICIPAL SETOR ORIENTEVILLE 87- PARQUE MUNICIPAL BAIRRO GOI II 88- PARQUE MUNICIPAL BAIRRO GOI IV 89- RESERVA DO BAIRRO FLORESTA 90- PARQUE MUNICIPAL PINHEIROS 91- PARQUE MUNICIPAL LONDON PARK 92- PARQUE MUNICIPAL RESIDENCIAL RECANTO DAS GARAS 93- BOSQUE BOA VISTA 94- BOSQUE DO PAMA- CEMA 95- JARDIM FONTE NOVA 96- JARDIM PBLICO BOA VISTA 97- MORRO DA CASCALHEIRA 98- PARQUE MUNICIPAL OTVIO LCIO (BRISAS DA MATA) 99- PARQUE MUNICIPAL VILLAGE VENEZA

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REA DE PROTEO AMBIENTAL - APAs UNIDADE DE PROTEO INTEGRAL AO LONGO DA REDE HDRICA REAS VERDES E UNIDADES DE CONSERVAO PROJETO PARQUE LINEAR MACAMBIRA-ANICUNS

LIMITE DO MUNICPIO HIDROGRAFIA TECIDO URBANO REFERNCIA URBANA RODOVIAS ANEL RODOVIRIO METROPOLITANO

REDE HDRICA ESTRUTURAL UNIDADE DE CONSERVAO E REA VERDE

MAPA REDE hDRICA ESTRUTURAL UNIDADE DE CONSERvAO E REA vERDE

Fonte: SEPLAM - 2006

522.EIxO ESTRATGICO DE SUSTENTAbILIDADE SOCIOAMbIENTALVisando melhorar as condies socioambientais do municpio de Goinia, est sendo proposta uma estratgia que priorize o desenvolvimento local, integrado e sustentvel, privilegiando a qualidade do Patrimnio Ambiental, que abrange os Patrimnio Cultural e Natural por meio do uso racional e sustentvel dos recursos naturais e construdos visando a proteo, a recuperao e a manuteno dos aspectos paisagsticos, histricos, arqueolgicos e cientficos. Integram o Patrimnio Natural os elementos como o ar, a gua, o solo, o subsolo, a fauna e a flora, assim como, as amostras significativas do ecossistema do cerrado remanescente no Municpio, considerados indispensveis a manuteno da biodiversidade para assegurar as condies de equilbrio ambiental e qualidade de vida em todo seu territrio. Integram o Patrimnio Cultural, o conjunto de bens imveis de valor significativo, edificaes isoladas ou no, enquadradas como arte dec, os parques urbanos e naturais, as praas, os stios e paisagens, assim como manifestaes e prticas culturais e tradies que conferem identidade a estes espaos. Para atingir o objetivo proposto foram definidos diretrizes, programas e projetos que, quando implantados, modificaro positivamente o manejo dos recursos naturais e construdos e propiciaro bem-estar e melhoria das condies de vida da populao.

Diretriz 1Conceituar, identificar e classificar os espaos representativos do Patrimnio Ambiental, definindo uso e ocupao de forma disciplinada visando a preservao do meio ambiente e qualidade de vida;

Diretriz 2Valorizar o Patrimnio Ambiental como espaos diversificados na ocupao do territrio, consituindo elementos de fortalecimento das identidades cultural e natural.

Diretriz 3Caracterizar o Patrimnio Ambiental como elmento de jsutificativa da valorizao da paisagem e da estruturao dos espaos pblicos, visando a formao da conscincia crtica frente as questes socioambientais;

5Diretriz 4Articular e integrar as aes de gesto e proteo ambiental de reas verdes, de recursos hdricos, do saneamento bsico, das condies geolgicas, do tratamento dos resduos slidos e do monitoramento da poluio.

Diretriz 5Desenvolver Programas de Educao Ambiental articulados com a populao, visando a formao de conscincia crtica frente s questes ambientais locais e globais. As Diretrizes do Patrimnio Natural sero viabilizadas atravs de estratgias especficas quanto: s reas verdes: 1. criar a Rede Verde no territrio atravs do Sistema Municipal de Unidade de Conservao - SMUC, incluindo um Sistema Ambiental de gerenciamento de Parques e demais unidades de consevao; 2. identificar no territrio as reas de reserva legal estabelecidas em legislao especfica com a finalidade de sua proteo e recuperao, e aquelas reas verdes identificadas no levantamento aerofotogramtrico de 195; . revigorar a paisagem da ambincia urbana com interveno especfica nos espaos abertos, ruas, praas, parques, com a finalidade de melhoria do conforto ambiental; 4. criar condies necessrias para implantao de parques lineares com o objetivo de resgatar os fundos de vale para a cidade e a populao. Aos ecossitemas hdricos: 1. preservar, recuperar e controlar os recuros hdricos com a finalidade da melhoria da qualidade de gua, do sistema de drenagem formado pela Bacia do rio Meia Ponte inserido na Regio Metropilitana de Goinia; 2. elaborar e implantar plano de manejo das sub bacias hidrogrficas com a finalidade de desenvolver atividades econmicas compatibilizando o uso e ocupao do solo; . implantar o Plano Diretor de macro drenagem urbana que leve em considerao os espaos naturais e construdos;

SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

544. ajustar as condies de uso e ocupao das reas pblicas e privadas, inseridas nas reas de preservao permanente; 5. viablizar o Sistema de Esgotamento Sanitrio, complementando por tecnologias alternativas nas regies estratgicas que no estejam interligadas ao Sistema de Tratamento de Esgoto de Goinia - ETE; 6. implantar o Plano Diretor de Resduos Slidos por meio do Sistema de Gerenciamento Seletivo dos Resduos Domsticos, hospitalares, industriais e da construo civil, com o intuito de controlar a contaminao e degrao ambiental. s condies geolgicas: 1. promover a permante atualizao da Carta de Risco do Municpio de Goinia; 2. implantar um cadastro georeferenciado das eroses do municpio de Goinia com atualizao contnua e permanente, com objetivo de monitorar a evoluo dos processos erosivos; . promover um programa de reforo para a regularizao, o licenciamento, o monitoramento e a fiscalizao das atividades e empreendimento poluidores e causadores de impacto ambiental. s condies atmosfricas: 1. estabelecer a institucionalizao de procedimentos cientficos e tecnolgicos que visem o controle efetivo das condies atmosfricas; 2. esclarecer a populao sobre a relao de emisso de gases e poluio do ar; . controlar as emisses veicular, por meio da inspeo e medio de veculos, no sentido de substituir a frota de transporte coletivo por veculos que utilizam tecnologia limpa; 4. reforar a ao de controle de poluio sonora por meio de mecanismos institucionais eficientes.

Gesto Ambiental: 1. revisar a legislao ambiental do Municpio, compatibilizando-a com a legislao estadual e federal; 2. implantar o cdigo Ambiental do Municpio;

55. criar e implantar regies administrativas com o objetivo de cadastrar, fiscalizar e monitorar as aes do poder pblico no que se refere a preservao do patrimnio natural e cultural do Municpio; 4. efetivar parcerias, cooperativas com organizaes governamentais, iniciativa privada visando a implementao de um Sistema de Gesto dos resduos slidos e destino final do lixo. Educao Ambiental: 1. implantar Programas de Educao Ambiental, com o objetivo de

2. sensibilizar e capacitar cidados em defesa do meio ambiente; . desenvolver e incentivar programas e projetos de combate ao desperdcio e incentivo ao reuso da gua, tanto nos empreendimento privados, quanto nos rgos pblicos e residncias; 4. investir na capacitao e aperfeioamento do quadro permanente de tcnicos da administrao pblica, para atividades de avaliao, licenciamento, fiscalizao e elaborao de projetos, e diagnsticos socioambientais. As Diretrizes do Patrimnio Cultural sero viabilizadas atravs de estratgias especficas como: 1. caracterizar o Patrimnio Cultural como elemento significativo de valorizao da paisagem e da estruturao dos espaos pblicos; 2. levantar e mapear o estado de conservao dos edifcios, planos e stios, assim como seu grau de conservao; . criar e instituir instrumentos legais e mecanismos de incentivos, que estimulem parcerias entre poder pblico e iniciativa privada na recuperao, revitalizao e restaurao dos espaos significativos, e na preservao do patrimnio cultural. As estratgias especficas dos Patrimnios Natural e Cultural que compem a estratgia de sustentabilidade socioambiental sero viabilizadas atravs dos seguintes programas: 1. programa de valorizao do Patrimnio Natural que objetiva o desenvolvimento econmico associado ao uso sustentvel, a conservao dos recursos naturais visando a preservao e conservao dos ecossistemas florestais, a melhoria da finalidade da gua e do ar, o controle das condies geolgicas e o tratamento dos resduos slidos;

SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

articular a educao formal e informal;

562. programas de valorizao do Patrimnio Cultural que objetiva identificar e classificar elementos de valor cultural, definir diretrizes e desenvolver projetos, com vistas a resgatar a memria cultural, restaurando, revitalizando e potencializando reas significativas e criando instrumentos para incentivar a preservao; . programa de implantao e preservao de reas Verdes que objetiva a manuteno permanente dos parques, praas, reservas florestais, arborizao dos passeios pblicos e a criao de icentivos arborizao e ao ajardinamento em reas privadas; 4. programa de Gesto Ambiental objetiva a elaborao de diretrizes a partir dos planos setoriais, de esgotamento sanitrio, abastecimento de gua, drenagem urbana, gerenciamento dos resduos slidos, poluio ambiental com vistas a articulao e qualificao das aes e a reduo dos custos operacionais no mbito das bacias hidrogrficas; 5. programa de Preservao e Controle da Poluio, objetiva o monitoramento permanente da qualidade da gua, ar, solo e dos espaos ocupados visando o controle e a finalizao das atividades poluidoras, considerando as condies e a degradao do meio ambiente; 6. programa de Educao Ambiental, objetiva sensibilizar e conscientizar a populao em relao ao significado da educao ambiental e a defesa do Patrimnio Natural e Cultural, bem como a sensibilizao e capacitao do quadro tcnico e operacional da dministrao pblica.

3.CENRIO DESEjADO PARA O MUNICPIOEm relao Sustentabilidade Socioambiental, no cenrio desejado para o municpio de Goinia deve haver disponibilidade de gua de melhor qualidade para o abastecimento pblico, com sensvel diminuio de seus ndices de poluio em especial no ponto de Captao da ETA do Rio Meia Ponte; melhoria das condies ambientais das drenagens que cortam a malha urbana, tornando-as menos poludas e degradadas; incentivo ao aumento dos ndices de cobertura de vegetao nativa, tanto na Macrozona Construda, com implantao de mais parque lineares, a exemplo do Parque Macambira-Anicuns, quanto nas outras Macrozonas, incentivando e a implantao de novas Unidades de Conservao (Ucs); ampliao dos ndices de permeabilidade do solo na Macrozona Construda, favorecendo a recarga do lenol

5fretico e eliminando e ou minimizando os pontos crticos de alagamentos; implementao de uma gesto dos resduos slidos (domsticos, hospitalares, industrial e entulhos da construo civil), melhorando o manejo e os ndices de limpeza urbana (principalmente nos bairros mais perifricos); diminuio da poluio e degradao ambiental e melhoria da qualidade de vida da populao e da paisagem urbana local; ampliao do sistema de esgotamento sanitrio, estendendo os servios aos bairros perifricos que hoje esto fora do sistema como os das regies Noroeste, Leste e Sudoeste, bem como fiscalizao dos pontos nas galerias pluviais e nos crregos que drenam a malha urbana; incentivo e articulao do controle das atividades de explorao mineral para construo civil (sobretudo a explorao de areia lavada na bacia hidrogrfica do rio Meia Ponte), das atividades agroindustriais, desenvolvidas no municpio, objetivando amenizar os ndices de poluio e degradao ambiental no municpio; uma Macrozona Construda menos poluda, com ar respirvel mais puro, com menos barulho e menor poluio visual, melhorando a qualidade ambiental e de vida de seus cidados. Finalmente, o cenrio desejvel para o municpio de Goinia deve ser garantido por um programa de educao ambiental que vise tornar a populao mais consciente da importncia de desenvolver atividades econmicas luz da sustentabilidade, compatibilizando gerao de riqueza, conservao ambiental e criao de emprego e renda.

SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

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EIXO ESTRATGICO MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTEO objetivo maior do eixo estratgico mobilidade, acessibilidade e transporte incorporar os preceitos da sustentabildide econmica, social e ambiental, a capacidade de se atender s necessidades da sociedade de se deslocar livremente a fim de realizar as atividades desejadas, visando, em ltima anlise, a melhoria da qualidade de vida urbana desta e das futuras geraes.

MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE

61A Mobilidade Urbana um atributo associado cidade, corresponde facilidade de deslocamento de pessoas e bens na rea urbana. Acessibilidade a facilidade em distncia, custo e tempo, de se alcanar fisicamente, a partir de um ponto especfico no espao urbano, os destinos desejados. Acessibilidade para pessoas com restrio de mobilidade dar a condio de o indivduo movimentar-se, locomover-se e atingir um destino desejado, dentro de suas capacidades individuais.

(Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana)

1.INTRODUOA cidade de Goinia nasceu na dcada de 190 de forma planejada e sua rede viria, desde ento, vem sendo implantada gradativamente. Na dcada de 1950, foram aprovados loteamentos sem o cuidado de articular o sistema virio e implantar a infra-estrutura bsica. Na dcada de 190, diante do grande crescimento populacional, foram apresentadas propostas de melhorias para a rede viria existente. Algumas delas foram implantadas, um exemplo o uso da av. Anhanguera como Eixo de Transporte de Massa de mdia capacidade. A partir da dcada de 1980 no ocorreram grandes investimentos na rede viria e no sistema de transporte coletivo da capital, apenas pequenas intervenes, em pontos especficos. Existem projetos elaborados na dcada de 190, 1980 e 1990 que, ainda hoje, no foram realizados, como o viaduto na praa Latiff Sebba (praa do Ratinho). Tambm vale lembrar as distores ocorridas, nas implantaes de outro projeto destacando a implantao do eixo T-6, cujas distores de implantao, impediram a concretizao de sua concepo original. Nessas dcadas o adensamento em regies especficas, como a Sul, e a ampliao da zona de expanso urbana a sudoeste, sem a devida ampliao dos corredores de trfego, ou seja, sem a expanso da macro rede viria, gerou um grave desconforto para a populao de Goinia. Alm dos congestionamentos que estendem o tempo dos deslocamentos, as pessoas ainda suportam o aumento da poluio do ar, sonora e visual, entre outras.

MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE

62Diante da situao atual de saturao da rede viria em vrios pontos da cidade, faz-se necessrio que esta passe por uma reestruturao arrojada e imediata sob pena de, com o passar do tempo consolidar-se as ocupaes ao longo das vias a serem modificadas e inviabilizar-se a implantao das intervenes pelo alto custo demandado. Segundo dados do Ministrio dos Transportes - Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes e Diagnstico Nacional de Planejamento Ciclovirio - pode-se traar um pequeno histrico e panormica das ciclovias, como a seguir. A crise do petrleo, nos anos de 190, a crise da dvida pblica nos anos de 1980 e 1990 e a desativao da Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos (EBTU) levaram extino do exerccio sistemtico de estudar o transporte urbano. A partir de meados dos anos de 1980, com a realizao das Conferncias Internacionais sobre Planejamento Ciclovirio (Velo-City), emergiram, no mundo todo, as preocupaes decorrentes do uso da bicicleta nas cidades. Pode-se dizer que a transparncia e invisibilidade da bicicleta so devidas simplicidade de sua estrutura fsica, seu volume exguo e o baixo impacto que exerce sobre o meio ambiente. Em detrimento do benefcio social que representa, a bicicleta no bem vista pelos usurios de outros veculos, pois se considera que ela os atrapalha. Atualmente, os governos locais de muitas cidades brasileiras voltaram a investir na construo de ciclovias. Para se ter uma idia do cenrio disponvel, apresenta-se as extenses das ciclovias das cidades brasileiras: Rio de Janeiro, 11,95 km; So Paulo, 26,4km executados dos 00km projetados; Curitiba, 0km; Porto Alegre, 5km; Florianpolis, 10km; Natal, 6,8 km; Macei, 15km; Teresina, 15km; Patos de Minas, 20km; Belm, 0km. Goinia cidade plana, apresenta condies ideais para a implantao de uma

6rede de ciclovias. O uso de bicicletas como opo para o meio de transporte individual no motorizado, deve ser estimulado. Dados histricos mostram que nas primeiras dcadas de implantao da cidade o uso da bicicleta era intenso, sobretudo nos deslocamentos em funo do

Na dcada de 80 o Municpio iniciou s margens do Crrego Botafogo, que corta o centro da cidade, a implantao de uma ciclovia. No entanto, o projeto foi inviabilizado devido, a implantao antecipada da ciclovia em detrimento da infraestrutura das vias como um todo. A falta de continuidade na implantao, o alto custo gerado em conseqncia da incompatibilidade da implantao. Com a implantao antecipada e depois interrompida, a ciclovia foi invadida por posseiros urbanos que passaram a usar a pista, para o acesso aos barracos. Mais tarde, com a retirada dos posseiros foi implantada a Marginal Botafogo no local sem o resgate da ciclovia. Os estudos e pesquisas realizados para a elaborao do Plano Diretor Setorial de Transporte Coletivo identificaram que atualmente, uma parcela da populao de Goinia utiliza a bicicleta como meio de transporte. Destacando a populao de menor poder aquisitivo, moradores das reas mais perifricas da cidade e considerando tambm o grande acesso originado das demais cidades da Regio Metropolitana.

2. SITUAO ATUALEstima-se que a malha viria atual de Goinia est dimensionada em 4.649.58. m, aproximadamente, segundo dados estatsticos catalogados na Diretoria de Projetos (Setor de Geoprocessamento) da Superintendncia Municipal de Trnsito de Goinia. A capital tem uma frota aproximada de 00 mil veculos registrados, para uma populao estimada em 1.200.000 habitantes, indicando uma taxa de motorizao de 1, habitantes por veculo, relao significativa no contexto do trnsito. Essa realidade gera nveis ruins de mobilidade em determinados perodos e, comprovadamente, em alguns corredores, como a av. 85, rua 9 , av. Assis Chateaubriand, av. Independncia, av. T-9, entre outros. Atualmente, a rede viria bsica conta com 455 cruzamentos semaforizados, equipados com controladores eletrnicos, capazes de gerenciar o trnsito em diversos planos, atendendo s distintas demandas. Porm, ainda trabalha com 82

MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E TRANSPORTE

trabalho e do lazer, constituindo-se em um hbito adotado pela populao.

64semforos eletromecnicos, equipamentos limitados para as exigncias da realidade goianiense. Dispe, tambm, de sinalizao vertical para orientao dos usurios, com 2.000 placas indicativas distribudas na malha viria da cidade e sinalizao horizontal em vrios cruzamentos. Para travessia de pedestres j foram implantadas 2.600 faixas, 1.200 unidades em meio de quadra e as demais em 418 cruzamentos semaforizados, dos quais, 10 marcam tempo especfico para travessia de pedestres. Das faixas em meio de quadra, so equipadas com botoeiras acionadas diretamente pelo transeunte, onde o fluxo de veculos intenso e no h brechas que possibilitem travessia em segurana. Aproximadamente 50% das faixas de pedestre dispem de rebaixamento de guias nas caladas e canteiro central facilitando os deslocamentos. Paralelamente a esses dispositivos veiculam-se campanhas de educao para o trnsito. Goinia conta com seis passarelas nas rodovias, calado em trs trechos de vias no Setor Central, pistas para cooper (parcialmente acessveis) e reas para ginstica em vrios bosques e praas da cidade. As intervenes implantadas no espao urbano para a melhoria do trnsito so ainda insuficientes no atingindo toda a cidade, ainda percebe-se pontos de estrangulamentos que necessitam de investimentos. A cidade de Goinia tem posio estratgica no Estado de Gois e na Regio Centro-Oeste do pas, para o transporte de cargas,.A cidade se destaca no s pela posio geogrfica centralizada, mas pela infra-estrutura existente, principalmente viria que a ela converge. Agrega um significativo quantitativo populacional e por ser cidade plo da regio concentra vrias atividades de produo econmica como: industrias, comrcio e servios. O planejamento identificou na dcada de 80 o trfego significativo do transporte de carga que circulava pela cidade, seja para o escoamento da produo do Estado para o Sul do pas, seja pela prpria necessidade da regio e Estado. Isso resultou na proposta de implantao da Av. Perimetral Norte, que interliga as rodovias da regio oeste/sudoeste a Br-15 a leste do municpio. A Av. Perimetral retirou parte do trfego pesado de caminhes do centro da cidade e criou um plo de atacadistas, destacando as transportadoras, entre outras atividades de maior porte. O Governo do Estado de Gois por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura SEINFRA elaborou estudo referente ao transporte rodovirio objetivando cadastrar, diagnosticar e planejar este sistema de transporte. Para a Regio Metropolitana de Goinia o estudo identificou a necessidade de criao de um anel rodovirio no entorno da capital, cujo principal objetivo ser

65conter o trfego de veculos pesados (carga) no municpio de Goinia. A implantao deste Anel Rodovirio Metropolitano dever amenizar o fluxo de veculos pesados, que trafeguem na capital do estado em at 1%, sobretudo nos trajetos internos a rea urbanizada entre o trecho da Br-15, que corta a cidade. funcionamento depender das medidas de engenharia de trfego a serem adotadas, principalmente no que se refere sinalizao regulamentar. O Anel Rodovirio Metropolitano proposto, que parte j encontra-se implantado, tem como principal funo receber e distribuir o trfego pesado de carga, integrar a Regio Metropolitana e ligar as Rodovias que do acesso a todas as regies de Estado. A mobilidade urbana responsabilidade do poder pblico municipal, que atua por meio dos rgos direta ou indiretamente ligados ao trnsito e ao transporte coletivo. A Superintendncia Municip