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22/10/2015 Após queda de 96% na receita, empresa deixa de vender lâmpada para fabricar - Notícias - UOL Economia http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2015/10/14/apos-queda-de-96-na-receita-empresa-deixa-de-vender-lampada-para-fabricar.… 1/3 BOVESPA -0,11% 47.025,87 pts DÓLAR COM +1,03% R$ 3,943 PESO ARG +0,44% R$ 0,415 EURO +0,7% R$ 4,465 BOLSAS CÂMBIO Após queda de 96% na receita, empresa deixa de vender lâmpada para fabricar Larissa Coldibeli Colaboração para o UOL, em São Paulo 14/10/2015 06h00 Ouvir texto Imprimir Comunicar erro Divulgação José Luiz D'Angelino Filho passou a fabricar luminárias, como as acima, para não falir Ao ver o faturamento da sua empresa cair 96% em menos de dois anos, passando de R$ 660 mil em meados de 2013 para R$ 29 mil por mês no início de 2015, o empresário José Luiz D'Angelino Filho, 40, se viu diante de um dilema: mudar o perfil do negócio que fundou há 13 anos ou encerrar as atividades antes de ficar endividado. Ele escolheu a primeira opção. Sua empresa, a CTI Golden, com sede na Mooca, em São Paulo, deixou de ser distribuidora de lâmpadas para lojistas e passou a apostar em produtos de fabricação própria, como luminárias de alta potência para grandes espaços e pendentes automotivos (usados em consertos de carros). Com isso, está conseguindo se reerguer e faturar cerca de R$ 200 mil mensais. As dificuldades começaram há cerca de dois anos, segundo D'Angelino Filho, por causa da concorrência com produtos chineses. "A facilidade em importar lâmpadas da China aumentou a competição. Antes, eu comprava de um importador, colocava minha margem e distribuía para os lojistas. Para não perder mercado, o importador passou para a venda direta, atropelando os distribuidores." A queda na receita obrigou o empresário a reduzir sua equipe. Passou de 15 funcionários para seis em um ano e meio. "Quando meus funcionários mais antigos vieram perguntar se deveriam começar a procurar outro emprego, percebi que era hora de tomar uma decisão", diz. "Tive que redirecionar o pouco capital que tinha para fazer uma nova aposta", declara. Problema pessoal mostrou caminho alternativo Divulgalção

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Page 1: Plano.b-_mudar.após Queda de 96% Na Receita, Empresa Deixa de Vender Lâmpada Para Fabricar - Notícias - UOL Economia

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http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2015/10/14/apos-queda-de-96-na-receita-empresa-deixa-de-vender-lampada-para-fabricar.… 1/3

BOVESPA

-0,11% 47.025,87 pts

DÓLAR COM

+1,03% R$ 3,943

PESO ARG

+0,44% R$ 0,415

EURO

+0,7% R$ 4,465BOLSAS CÂMBIO

Após queda de 96% na receita,empresa deixa de vender lâmpadapara fabricarLarissa ColdibeliColaboração para o UOL, em São Paulo 14/10/2015 06h00

m n H { Ouvir texto J Imprimir F Comunicar erro

Divulgação

José Luiz D'Angelino Filho passou a fabricar luminárias, como as acima, para não falir

Ao ver o faturamento da sua empresa cair 96% em menos de dois anos, passando

de R$ 660 mil em meados de 2013 para R$ 29 mil por mês no início de 2015, o

empresário José Luiz D'Angelino Filho, 40, se viu diante de um dilema: mudar o

perfil do negócio que fundou há 13 anos ou encerrar as atividades antes de ficar

endividado.

Ele escolheu a primeira opção. Sua empresa, a CTI Golden, com sede na Mooca,

em São Paulo, deixou de ser distribuidora de lâmpadas para lojistas e passou a

apostar em produtos de fabricação própria, como luminárias de alta potência para

grandes espaços e pendentes automotivos (usados em consertos de carros). Com

isso, está conseguindo se reerguer e faturar cerca de R$ 200 mil mensais.

As dificuldades começaram há cerca de dois anos, segundo D'Angelino Filho, por

causa da concorrência com produtos chineses. "A facilidade em importar lâmpadas

da China aumentou a competição. Antes, eu comprava de um importador, colocava

minha margem e distribuía para os lojistas. Para não perder mercado, o importador

passou para a venda direta, atropelando os distribuidores."

A queda na receita obrigou o empresário a reduzir sua equipe. Passou de 15

funcionários para seis em um ano e meio. "Quando meus funcionários mais antigos

vieram perguntar se deveriam começar a procurar outro emprego, percebi que era

hora de tomar uma decisão", diz. "Tive que redirecionar o pouco capital que tinha

para fazer uma nova aposta", declara.

Problema pessoal mostrou caminho alternativo 

Divulgalção

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22/10/2015 Após queda de 96% na receita, empresa deixa de vender lâmpada para fabricar - Notícias - UOL Economia

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Dificuldade no conserto do carro motivou o empresário a desenvolver o produto acima

A virada no negócio começou no fim do ano passado, depois que o empresário

passou por dificuldades para consertar seu carro em uma estrada. "A lâmpada do

mecânico quebrou e eu percebi que ela precisava ser feita de um material mais

resistente", declara. Assim, ele criou o pendente automotivo, que custa a partir de R$

65.

Em um ano, ele afirma ter desenvolvido cerca de 30 produtos, a maioria à base de

LED (único componente que é importado). Os produtos são desenvolvidos e

fabricados pela CTI Golden, que criou uma linha específica para os itens de marca

própria, a Super Safe. Por terem mais de 80% de composição nacional, os itens têm

acesso a financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social).

A alta do dólar também tem ajudando a impulsionar o negócio, segundo o

empresário. "O dólar alto fortalece a indústria nacional. Além disso, com o aumento

na conta de luz, as pessoas estão preferindo o LED, que é mais econômico." Mas

ele diz que não tem força comercial para vender no Brasil todo. Por isso, fez

parcerias com os fornecedores de peças para que revendam seus produtos.

O empresário afirma que o mais difícil não é executar a mudança, mas tomar a

decisão de mudar. "É admitir que você tem um negócio que dava certo e não

funciona mais. É uma quebra de paradigma largar tudo o que você fazia antes para

tentar salvar a empresa de um jeito diferente", diz. Segundo ele, a empresa ainda

tem R$ 400 mil de mercadoria encalhada. 

Acompanhar indicadores é fundamental para sobreviver

Júlio Tadeu de Alencar, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e

Pequena Empresa de São Paulo), diz que é comum que as empresas precisem se

adaptar às novas realidades do mercado. Segundo ele, a melhor maneira de saber

se é hora de mudar é acompanhando os indicadores do negócio.

"Toda empresa precisa de controle. O empresário deve analisar constantemente os

dados de faturamento, lucro e o grau de endividamento do negócio. Ele precisa

imaginar a empresa daqui a seis meses, daqui a um ano, para saber como vai

sobreviver", afirma.

Segundo o consultor, é importante comparar os números da previsão de

desempenho da empresa com os números reais. Se não baterem, é hora de se

perguntar se o problema está no mercado ou se é interno.

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22/10/2015 Após queda de 96% na receita, empresa deixa de vender lâmpada para fabricar - Notícias - UOL Economia

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Saber qual é a percepção dos clientes e do mercado sobre o seu negócio e

conhecer as ameaças que pairam sobre ele pode ajudar a indicar caminhos

alternativos. "O verdadeiro empreendedor vê oportunidades onde há problemas. Às

vezes, o empresário está tão acomodado que deixa de perceber essas

oportunidades."

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