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Plano de Segurança para o Estado do Espirito Santo.

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  • PAULO CSAR HARTUNG GOMES

    GOVERNADOR

    RICARDO DE REZENDE FERRAO

    VICE-GOVERNADOR

    RODNEY ROCHA MIRANDA

    SECRETRIO DE ESTADO DA SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL

    CEL. PM ANTNIO CARLOS BARBOSA COUTINHO

    COMANDANTE GERAL DA POLCIA MILITAR

    CEL. BM FRONZIO CALHEIRA MOTA

    COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

    ANDR LUS DOS REIS NEVES

    DELEGADO CHEFE DA POLCIA CIVIL

  • LISTA DE SIGLAS

    BO - Boletim de Ocorrncia

    CBMES - Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Esprito Santo

    CDP - Centro de Deteno Provisria

    CIODES - Centro Integrado Operacional de Defesa Social

    CODIS - Implantao da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genticos

    CTP - Cerco Ttico Permanente

    DEACLE - Delegacia do Adolescente em Conflito com a Lei

    DINT/PMES - Diretoria de Inteligncia da Polcia Militar do Estado do Esprito Santo

    EPI - Equipamento de Proteo Individual

    ESUCC - ONG Esprito Santo Unidos Contra o Crime

    FBI - Federal Bureau of Investigation

    GEAC/SESP - Gerncia de Estatstica e Anlise Criminal da Secretaria Estadual da Segurana Pblica e Defesa Social

    GOT/SEI - Gerncia de Operaes Tcnicas da Subsecretaria de Estado de Inteligncia

    MPES - Ministrio Pblico do Estado do Esprito Santo

    NISP - Ncleo Integrado de Inteligncia de Segurana Pblica

    PCES - Polcia Civil do Estado do Esprito Santo

    PF - Polcia Federal

    PJA - Projeto Jovens de Atitude

    PMES - Polcia Militar do Estado do Esprito Santo

    PRESTA - Programa de Reabilitao a Sade do Toxicmano e Alcoolista

  • PROERD - Programa Educacional de Resistncia s Drogas e Violncia

    PRONASCI - Programa Nacional de Segurana Pblica com Cidadania

    SECULT - Secretaria de Estado da Cultura

    SEDU - Secretaria de Estado da Educao

    SEI - Subsecretaria de Estado de Inteligncia

    SEJUS - Secretaria de Estado da Justia

    SENASP/MJ - Secretaria Nacional de Segurana Pblica do Ministrio da Justia

    SESA - Secretaria de Estado da Sade

    SESP/ES - Secretaria de Estado da Segurana Pblica e Defesa Social do Esprito Santo

    SESPORT - Secretaria de Estado de Esportes

    SETADES - Secretaria de Estado do Trabalho, Assistncia e Desenvolvimento Social

    SICAT - Centro de Atividades Tcnicas do Corpo de Bombeiros Militar

    SITTI - Sistema Integrado de Telecomunicaes e Tecnologia da Informao

  • SUMRIO

    1. APRESENTAO ................................................................................................................... 5

    2. DIAGNSTICO ....................................................................................................................... 6 3. DIRETRIZES .......................................................................................................................... 75 4. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 79 5. ESTRUTURA DO PLANO ....................................................................................................... 80 I. PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO DA VIOLNCIA E AMPLIAO DA PROTEO PBLICA ................................................................................................................................... 80 A) AES PREVENTIVAS INTEGRADAS..................................................................................... 80 B) AES DE REPRESSO QUALIFICADA .................................................................................. 91 C) AES DE ADEQUAO ESTRATGICA ............................................................................... 96 II. PROGRAMA DE REESTRUTURAO E MODERNIZAO DOS RGOS DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL ............................................................................. 103 A) AES DE REORGANIZAO INSTITUCIONAL .................................................................. 103 B) AES DE GESTO DO CONHECIMENTO E TECNOLOGIA ................................................ 107 C) AES DE MODERNIZAO E APARELHAMENTO DOS RGOS DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL ..................................................................................................... 122 D) AES DE PARTICIPAO POPULAR ................................................................................. 134 III. PROGRAMA VALORIZAO PROFISSIONAL .................................................................... 139 A) AES DE CAPACITAO PROFISSIONAL E VALORIZAO INSTITUCIONAL ................... 139 6. SINOPSE DO PLANO .......................................................................................................... 145

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 5

    1. APRESENTAO

    Apresentamos sociedade capixaba o texto que representa a consolidao do planejamento estratgico para segurana pblica para o prximo quadrinio. Nos ltimos anos temos assistido a um vigoroso processo de recuperao moral e gerencial da Administrao Pblica estadual. Processo este que necessariamente repercutiu no mbito da segurana pblica e defesa social, especialmente com a recuperao da capacidade de investimento. Com isso incorporaram-se novas tecnologias e modernas ferramentas de gesto, que passaram a fazer parte do cotidiano dos profissionais de segurana pblica.

    Como imperativo dos tempos hodiernos o planejamento foi precedido de um profundo diagnstico da evoluo da criminalidade em terras capixabas.

    A repetio de boas prticas e a incorporao de novos e salutares valores restabeleceu a capacidade de governana, facilitando o processo de tomada de decises e viabilizou a concepo de programas de enfrentamento da violncia e ampliao da capacidade de proteo pblica.

    Novas e modernas estruturas foram criadas para dar suporte s aes das corporaes subordinadas SESP, a exemplo do CIODES e do Sistema Estadual de Inteligncia.

    Alm disso, pela primeira vez em nosso Estado, tem sido executada a recuperao da capacidade operacional das polcias civil e militar e do Corpo de Bombeiros, com a aquisio, sem precedentes, de novas viaturas, coletes balsticos, armamentos e equipamentos de proteo individual.

    Um vigoroso processo de recomposio e ampliao dos efetivos dos rgos de segurana tambm resultou do planejamento iniciado em 2003, o que nos permitir, nos prximos anos, proceder readequao da estrutura organizacional das polcias civil e militar e do Corpo de Bombeiros Militar, a fim de atender as demandas da sociedade capixaba no novo milnio.

    Vitria, janeiro de 2007

    RODNEY ROCHA MIRANDA

    Secretrio de Estado de Segurana Pblica e Defesa Social

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 6

    2. DIAGNSTICO

    2.1. Introduo

    A preocupao com a evoluo da criminalidade assumiu definitivamente o primeiro lugar no ranking das prioridades da populao das metrpoles brasileiras. Pesquisa recente realizada em quatro regies metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, So Paulo, Vitria e Recife), entre os meses de abril e maio de 2002, pelo Instituto Latino Americano das Naes Unidas para a Preveno do Delito e Tratamento do Delinqente (ILANUD), em parceria com a Fundao Instituto de Administrao da Universidade de So Paulo (FIA-USP) revelou que cerca de 67% (sessenta e sete por cento) dos entrevistados consideram a violncia urbana como um dos maiores problemas enfrentados pelo Brasil na atualidade.

    Nas ltimas dcadas, a velocidade de crescimento da Grande Vitria se tem feito acompanhar de efeitos de excluso e marginalizao de importantes segmentos da populao. Os municpios mais populosos transformaram-se num locus para o qual todas as crises e conflitos parecem convergir. Essa dinmica social urbana favorece, particularmente, o aumento das taxas de criminalidade, embora parte significativa deste aumento da criminalidade possa ser inserida no quadro de crimes de pequena monta. Ainda assim, seu efeito sobre a tranqilidade dos cidados parece potencializar a sensao de insegurana.

    Nesse contexto, compreender a evoluo das taxas de criminalidade registrada nos ltimos anos quer em termos da incidncia e prevalncia de alguns tipos de crimes, torna-se um instrumento fundamental para o desenvolvimento de polticas eficazes de segurana pblica.

    2.2. Anlise da Evoluo da Dinmica Social Urbana da Grande Vitria

    A vocao para uma economia de mercado que atualmente caracteriza o Esprito Santo surgiu no cenrio nacional de forma efetiva a partir da dcada de setenta. Nesse perodo, embora de forma tardia, a economia capixaba comeou se estruturar como uma economia industrial e principalmente industrial exportadora, perfil que garantiu taxas invejveis de crescimento nas dcadas posteriores. De 1953 a 2001 a economia capixaba apresentou um crescimento mdio anual de 6,4% (seis vrgula quatro por cento), contra 4,4% (quatro vrgula quatro por cento) da economia brasileira. No entanto, na dcada de setenta que essa diferena de crescimento se apresentou mais significativa. Enquanto o Esprito Santo cresceu a uma taxa mdia de 12,08%, o Brasil cresceu 8,64%.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 7

    Uma outra forma de visualizar as transformaes ocorridas na economia capixaba pode ser feita a partir da anlise do perfil da composio do seu PIB. No ano de 1960 o setor agrcola respondia por aproximadamente 54% (cinqenta e quatro por cento) do PIB contra apenas 7% (sete por cento) da produo industrial. Alm disso, a maior parte da populao capixaba estava concentrada na zona rural; Vitria tinha aproximadamente 83 (oitenta e trs) mil habitantes e a Grande Vitria cerca de 200 (duzentos) mil.

    Tabela 01 - Taxa de Variao Populacional no Esprito Santo 1960/2000.

    Discriminao 70/60 80/70 91/80 00/91 Esprito Santo 13% 27% 29% 19% RMGV 96% 82% 51% 26% ES Interior -2% 8% 15% 13% Vitria 60% 56% 25% 13% Vila Velha 123% 64% 31% 30% Cariacica 156% 86% 45% 18% Serra 88% 378% 169% 45% Guarapari 62% 60% 60% 43% Viana 60% 123% 87% 22%

    Fonte: Caliman (2001).

    O processo de industrializao iniciado na dcada de 70 trouxe, alm de conseqncias econmicas, grandes contingentes populacionais, atrados principalmente pela grande oferta de empregos de baixa qualificao profissional, gerada pela implantao dos complexos industriais.

    A queda brusca da oferta de empregos ocasionada pelo fim dos trabalhos de implantao dessas indstrias forou a instalao de grande parte do remanescente de operrios no aproveitados no processo industrial, que sem condies econmicas de retornar a seus centros de origem, passou a ocupar a periferia dos centros urbanos que compem a Grande Vitria.

    A falta de planejamento e urbanizao, caractersticas dos aglomerados populacionais resultantes do processo de implantao industrial capixaba acarretou um forte incremento populacional nas reas perifricas aos municpios de Vitria e Vila Velha - notadamente o municpio de Serra, cuja populao cresceu 378% (trezentos e setenta e oito por cento) somente na dcada de setenta impactando fortemente os ndices de violncia at ento existentes na regio.

    Nesse contexto de expanso no planejada, quando se observa o nmero de homicdios na Grande Vitria, verifica-se uma evoluo, segundo dados do SIM-

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 8

    DATASUS, de uma taxa bruta de 95 (noventa e cinco) homicdios no final da dcada de setenta para 1245 (quinhentos e cinco) homicdios no final da dcada de noventa, o que representa um aumento de cerca de 1210% (um mil duzentos e dez por cento). Importa observar, entretanto que, quando se analisa os dados de homicdios do interior do Estado, verifica-se um crescimento do nmero de homicdios de 161 em 1979 para 524 em 2004, ou seja, cerca de 325% (trezentos e vinte e cinco por cento). Para esse tipo de anlise importa, contudo, comparar os registros de homicdio em diferentes momentos no tempo e junto a populaes diferentes. Uma das estratgias de anlise que permite essa relativizao o estabelecimento da taxa de homicdios por 100 mil habitantes. Na Grande Vitria a taxa de homicdios por 100 mil habitantes evoluiu de 12,75 em 1979 para 86,75 em 2004 (580%) enquanto no interior a taxa variou de 12,59 em 1979 para 28,23 em 2004 (124%). Isso demonstra dentre outras coisas uma metropolizao do crime.

    Figura 01 Homicdios Registrados na Grande Vitria e Interior 1979/2004.

    325248

    18721416216817815811095

    1114

    1245

    1155

    943

    722

    496563

    509505

    10741006

    804813

    12321236 1231

    524550535518

    436427

    642

    511562

    358360382348412

    195161

    389346

    354290300

    243243196 182 200

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001* 2002* 2003* 2004*

    Grande Vitria Interior

    Fonte: SIM/DATASUS(1979 a 2000); PCES (2001 a 2004) em 07 de janeiro de 2005.

    Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    2.3. A Metropolitanizao

    As conseqncias do processo frentico de crescimento populacional da Grande Vitria, e da desordenada ocupao de reas urbanas somadas ausncia de polticas pblicas consistentes para o setor de segurana, acabaram por produzir uma

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 9

    verdadeira espiral de violncia, particularmente acentuada nos bairros perifricos da capital.

    Na verdade, regies metropolitanas em todo o mundo, mesmo as mais exaustivamente planejadas, enfrentam problemas estruturalmente semelhantes, principalmente aqueles relacionados com a questo da violncia e da segurana pblica. Estudos sobre os determinantes da violncia em grandes aglomerados urbanos apontam algumas caractersticas geoespaciais intrnsecas aos grandes conglomerados populacionais, relacionadas principalmente criminalidade nas regies perifricas desses centros.

    Outra caracterstica que merece destaque a grande demanda por servios pblicos essenciais (figura 02), a complexidade e diversidade das questes sociais e urbanas e os baixos ndices de integrao de polticas pblicas dos municpios componentes dos conglomerados metropolitanos.

    Existe de modo geral, e como conseqncia natural da reunio de grandes contingentes populacionais num mesmo espao de convivncia, uma excessiva dependncia de servios pblicos por parte da populao dos grandes centros urbanos, principalmente quando nos referimos s regies perifricas, que invariavelmente, qualquer que seja o contexto, apresentam uma demanda maior que a oferta.

    Uma anlise dos dados estatsticos policiais fornecidos pelo COPOM/CIODES permite constatar uma situao de demanda reprimida relativa aos servios de atendimento assistencial, principalmente o transporte de doentes e feridos das reas perifricas dos grandes centros para os hospitais da capital.

    Figura 02 Atendimentos No Policiais Registrados pelo COPOM/CIODES por Ano.

    Fonte: SIEI/CPOM; GEAC/SESP

    3096427149

    4503641606

    48475

    57167

    674136487960226

    3310734542

    15087

    25488

    45246

    0

    10000

    20000

    30000

    40000

    50000

    60000

    70000

    80000

    1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 10

    Essa demanda crescente evidencia, alm de outros fatores, a falta de articulao no planejamento e desenvolvimento das polticas pblicas, cujo reflexo direto pode ser identificado no colapso na rede pblica hospitalar e ao mesmo tempo no desvio funcional do aparato de segurana pblica, que realizou ao longo de uma dcada, mais atendimentos assistenciais que policiais.

    2.4. Oferta de Servios Policiais

    Mesmo considerando o incremento populacional da regio nos ltimos anos, podemos facilmente verificar que enquanto a populao da Regio Metropolitana da Grande Vitria cresceu cerca de 33,5% (trinta e trs e meio por cento), no mesmo perodo a demanda por atendimentos de emergncia cresceu 447% (quatrocentos e quarenta e sete por cento).

    Quando observamos o quadro de maneira global, os servios de segurana pblica prestados na regio metropolitana da Grande Vitria a partir da ltima dcada cresceram de forma igualmente drstica. Com um aumento dos atendimentos policiais superior a 200% (duzentos por cento), foram prestados em 2004, praticamente trs vezes mais servios que em 1990, para um incremento populacional de pouco mais de 350.000 (trezentos e cinqenta mil) habitantes.

    Figura 03 Ocorrncias Registradas pelo COPOM/CIODES por Ano (1990-2004).

    Fonte: GEAC/SESP

    Outros dois fatores que afetaram diretamente a demanda por servios de segurana foram: o aumento do nmero de aparelhos telefnicos fixos e mveis proporcionado pela privatizao das empresas de telefonia a partir de 1998; o que permitiu o acesso

    53882

    80011 8298872928

    9261899493

    106245100700

    111549

    73653

    85198

    50762

    3267132976

    53965

    0

    20000

    40000

    60000

    80000

    100000

    120000

    1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 11

    0

    200.000

    400.000

    600.000

    800.000

    1.000.000

    1.200.000

    1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004Ano

    Nm

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    pare

    lhos

    de parte da populao a esse tipo de servio, e a unificao do atendimento de emergncia populao ocasionado pela implantao do Centro Integrado de Operaes de Defesa Social (CIODES).

    Figura 04 Evoluo dos Servios de Telefonia Fixa e Mvel no Esprito Santo (1994-2004).

    Fonte: Agncia Nacional de Telefonia, Relatrio Mensal, Agosto/2004.

    Inaugurado no dia 17 de setembro de 2004, o CIODES foi criado com o objetivo de congregar num mesmo espao fsico e institucional os centros de atendimento e despacho de viaturas das polcias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros Militar. A estrutura unificada de atendimento foi criada objetivando dentre outras coisas permitir populao comunicar de maneira fcil e rpida todo o tipo de eventos relacionados com urgncias, emergncias e desastres, alm de proporcionar uma melhor distribuio dos recursos de segurana pblica, para aumentar a eficincia e a eficcia no atendimento das demandas de segurana pblica da populao capixaba.

    Tal situao pode ser constatada ao mensurar o volume de chamadas recebidas, cerca de 400.000 chamadas em 1990 (apenas no COPOM) contra 2.111.310 (dois milhes cento e onze mil trezentos e dez) chamadas em 2004, 47% (quarenta e sete por cento) das quais foram atendidas no recm inaugurado CIODES (figura 05). Desse montante de ligaes, 34,7% (trinta e quatro vrgula sete por cento).

    Telefonia Fixa

    Telefonia Mvel

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 12

    Figura 05 Chamadas Recebidas pelo COPOM/CIODES por Ms em 2004.

    Fonte: GEAC/SESP * As chamadas recebidas pelo CIODES englobam as ligaes feitas para os nmeros de emergncia 190, 193 e 147.

    Cabe comentar que o aumento do nmero de chamadas recebidas, a partir da inaugurao do CIODES deve-se em parte, ao avano tecnolgico dos equipamentos disposio do novo centro, ao aumento da quantidade de ramais e de atendentes (o servio foi terceirizado a partir de novembro de 2004) disponveis para o atendimento ao pblico, alm do novo centro concentrar o recebimento de ligaes feitas para os nmeros de emergncia 190 (Polcia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 147 (Polcia Civil).

    Figura 06 Chamadas Recebidas pelo COPOM/CIODES por Agncia em 2004.

    Fonte: GEAC/SESP

    Merece destaque ainda o aumento da oferta diria de viaturas policiais para o policiamento na Grande Vitria, conforme pode ser observado na tabela 02 a seguir.

    0

    50000

    100000

    150000

    200000

    250000

    300000

    350000

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set* Out* Nov * Dez*

    Ligaes Recebidas Ligaes Atendidas

    14714%

    19085%

    1931%

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 13

    Tabela 02 Viaturas Operacionais de Servio Diariamente por Agncia na Grande Vitria por Ano (1994-2004).

    OME 1 BPM 4 BPM 6 BPM 7 BPM BPRV TOTAL PMES TOTAL CBMES

    TOTAL PCES

    1994 8 5,8 5,3 4,8 4,2 28,10 9 N/I 1995 11,5 12,1 13,5 8,9 7,2 53,20 9 N/I 1996 11,93 11,21 16,79 7,68 7,67 55,28 7 N/I 1997 9,6 10,55 13,63 7,4 9,32 50,50 7 N/I 1998 9,91 12,92 10,46 8,17 4,5 45,96 7 N/I 1999 12,17 12,83 8,73 11,65 6,21 51,59 9 N/I 2000 13,67 13,84 12,34 9,84 11,5 61,19 9 N/I 2001 15,34 15,16 10,67 13,84 10,83 65,84 9 N/I 2002 27,15 25,56 21,21 19,37 17,71 111,00 9 N/I 2003 20,90 12,98 19,40 16,37 13,12 82,77 9 N/I 2004 17,73 14,63 22,60 14,33 16,80 86,09 10 N/I

    Fonte: PMES/CBMES

    Uma anlise simples dos registros policiais indica que quanto maior a oferta de servios, maior tem sido sua demanda. Tal assertiva, mesmo que no categrica, pode ser justificada pela maior facilidade na obteno do servio concentrado agora no Centro Integrado de Operaes de Defesa Social, pela facilidade de comunicao telefnica, pelo maior nmero de telefones existentes no Estado, ou ainda pela maior disponibilidade de viaturas policiais obtida com o aumento da oferta diria desse tipo de servio. O fato que o volume de recursos empregado na execuo dos servios policiais no tem se refletido em reduo dos ndices de criminalidade ou mesmo na sensao de segurana da populao.

    2.5. Anlise de Informaes Criminais

    2.5.1. Criminalidade Letal

    Um dos indicadores mais consistentes da nova realidade a que esto submetidas as instituies responsveis pela segurana pblica nos grandes centros urbanos brasileiros so as taxas de homicdio por cem mil habitantes.

    Para fins da presente anlise considerar-se- taxa de homicdio por cem mil habitantes a soma de todos os homicdios dolosos (praticados voluntria ou intencionalmente por qualquer meio ou instrumento) registrados, multiplicada por 100.000 e dividida pela populao da unidade espacial de anlise estimada para o ms de junho do ano considerado.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 14

    Quando comparadas s taxas registradas em cidades de pases que encontravam-se ou passaram recentemente por situaes de conflito militar interno, como El Salvador, Guatemala e Colmbia, revelam a magnitude da questo no atual contexto, conforme podemos comprovar abaixo.

    Tabela 03 - Taxa de Homicdios por 100 Mil Habitantes em Cidades da Amrica Latina

    Cidade Pas Ano Taxa de

    Homicdios Medellin Colmbia 1995 248,0 Diadema Brasil 1997 146,1 Cali Colmbia 1995 112,0 Ciudad Guatemala Guatemala 1996 101,5 San Salvador El Salvador 1995 95,4 Belford Roxo Brasil 1997 76,5 Caracas Venezuela 1995 76,0 So Paulo Brasil 1998 55,8 Rio de Janeiro Brasil 1998 52,8 Lima Peru 1995 25,0 Ciudad de Mxico Mxico 1995 19,6 Santiago Chile 1995 8,0 Buenos Aires Argentina 1998 6,4

    Fonte: Carneiro, 1999, p. 07.

    A anlise das ocorrncias de homicdios registrados no Esprito Santo e particularmente na Grande Vitria nos ltimos vinte e cinco anos demonstra uma tendncia de crescimento exponencial.

    Os nmeros demonstram um vetor ascendente e constante, entrecortado por um perodo de forte descendncia nos anos de 1999 e 2000, e um leve decrscimo em 2004 (cerca de 4,7% no interior, e 1,52% no total do Estado).

    Vale lembrar que, assim como acontece com a dinmica de crescimento, a dinmica declinante resulta tambm de uma combinao de fatores, dentre os quais destacam-se:

    (i) A violncia tornou-se objeto de debate e de ao prioritria da sociedade;

    (ii) As polticas de segurana impuseram um ritmo mais gil de presena e ao, principalmente com a aquisio de equipamentos e viaturas policiais.

    O registro do crescimento do nmero de homicdios nos anos de 2001 e 2002, mesmo com a manuteno das condies acima mencionadas, revela uma dinmica intrigante; entretanto, permite a construo de pelo menos trs linhas de anlise causal. A

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 15

    primeira que pressupe que as polticas governamentais e as aes policiais no tiveram influncia direta na reduo dos homicdios registrados, j que mesmo mantidas inalteradas essas condies, houve uma elevao dos registros at ento descendentes. A segunda linha de anlise, contrariamente primeira considera a influncia das polticas pblicas e das aes policiais sobre os registros de homicdio. Merece ateno, entretanto, a par das aes policiais inovadoras desenvolvidas naquela ocasio, o caos poltico instalado no legislativo e executivo capixaba e a conseqente sensao de impunidade que permeou a segunda metade do governo Jos Incio e seus efeitos o imaginrio social. Finalmente, a terceira linha de anlise fundamenta-se na premissa de que a inverso da tendncia de queda nos registros de homicdios resultado uma flutuao natural, no podendo, portanto, refletir qualquer relao causal.

    Submetendo a pequena reduo das taxas brutas de homicdio registradas em 2004 aos mesmos condicionantes causais relacionados acima, possvel inferir qualquer das linhas adotadas; merece destaque, contudo, a nova postura poltica do governo do Estado, caracterizada pela forte atuao no controle da criminalidade, pela transparncia administrativa, pelo combate ao crime organizado e por novos investimentos estaduais e federais na Segurana Pblica.

    Tais constataes, entretanto, merecem maior profundidade de anlise e pesquisas de carter multidisciplinar para avaliao e compreenso dos diferentes contextos afim de oferecer posies conclusivas. Ainda assim, vale lembrar que ... a evoluo das epidemias sempre complexa, para o bem ou para o mal.

    Figura 07 Homicdios1

    1.887

    161 195

    412348 382 360 358

    562 511

    642

    427 436518 535 550 524

    325248

    18721416216817815811095

    11141245

    1155

    943

    722

    496563

    509505

    10741006

    804813

    12321236 1231

    256 305354 360 368 405

    457 487538

    679

    851 898

    1.666

    1.505

    1.104

    844975

    1.1621.173

    1.4421.541 1.592

    1.771 1.782 1.755

    389346

    354290300243243196 182 200

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    1800

    2000

    1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001* 2002* 2003* 2004*

    Grande Vitria Esprito Santo Interior

    Registrados no Esprito Santo/ Grande Vitria 1979/2004.

    Fonte: SIM/DATASUS(1979 a 2000); PCES (2001 a 2004) em 07 de janeiro de 2005. Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    1 Foram computados na composio da taxa bruta de homicdios os registros de latrocnio e encontro de cadver.

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    2.5.2 Homicdios por local de Ocorrncia

    A anlise espacial dos dados de homicdio estrutura-se na premissa paralela do atributo quantitativo do dado e do registro de sua localizao geogrfica no espao, ou seja, um estudo quantitativo do fenmeno localizado no espao.

    Para o desenvolvimento da presente anlise, os dados de homicdios foram associados espacialmente s unidades geogrficas bairros e municpios.

    2.5.2.1 Esprito Santo

    No Esprito Santo os maiores decrscimos da taxa bruta de homicdios foram registrados nos municpios de Vila Velha (-45), Cariacica (-17), Cachoeiro de Itapemirim (-11) e Linhares (-10); enquanto os aumentos mais significativos aconteceram em Vitria (+34), Serra (+20), So Mateus (+9) e Guarapari (+9). Percentualmente, os decrscimos mais significativos deram-se nos municpios de Apiac (-100%), Vila Pavo (-100%) e Guau (-83%); e os maiores elevaes percentuais aconteceram em Montanha (+500%), Alegre (+500%), Mantenpolis (+400%) e Alto Rio Novo (+400%).

    Tabela 04 Homicdios Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 13 7 -46% Jernimo Monteiro 1 2 100% Agua Doce do Norte 2 1 -50% Joo Neiva 4 2 -50% Aguia Branca 4 2 -50% Laranja da Terra 0 2 100% Alegre 1 6 500% Linhares 85 78 -8% Alfredo Chaves 3 1 -67% Mantenpolis 1 5 400% Alto Rio Novo 1 5 400% Marataizes 9 7 -22% Anchieta 3 4 33% Marechal Floriano 5 5 0% Apiac 2 0 -100% Marilndia 0 0 - Aracruz 27 20 -26% Mimoso do Sul 6 2 -67% Atlio Vivacqua 0 0 - Montanha 1 6 500% Baixo Guandu 7 9 29% Mucurici 2 1 -50% Barra de So Francisco 8 14 75% Muniz Freire 7 6 -14% Boa Esperana 2 2 0% Muqui 2 3 505 Bom Jesus do Norte 3 1 -67% Nova Vencia 4 3 -25% Brejetuba 5 4 -20% Ponto Belo 0 0 - Cach. de Itapemirim 45 34 -24% Pancas 10 7 -30% Cariacica 348 331 -5% Pedro Canrio 24 18 -25% Castelo 3 7 133% Pinheiros 4 7 755 Colatina 25 27 8% Pima 6 5 -17% Conceio da Barra 17 18 6% Presidente Kennedy 3 3 0% Conceio do Castelo 6 2 -67% Rio Bananal 3 4 335 Divino So Loureno 0 0 0% Rio Novo do Sul 2 1 -50% Domingos Martins 7 7 0% Santa Leopoldina 3 1 -67%

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    Dores do Rio Preto 0 0 0% Santa Maria de Jetib 5 3 -40% Ecoporanga 5 7 40% Santa Teresa 1 2 100% Fundo 8 8 0% So Domingos do Norte 0 1 0% Gov. Lindemberg 6 1 -83% So Gabriel da Palha 4 5 25% Guau 0 0 0% So Jos do Calado 0 2 - Guarapari 47 56 19% So Mateus 28 37 32% Ibatiba 9 8 -11% So Roque 1 1 0% Ibirau 5 2 -60% Serra 395 415 5% Ibitirama 3 2 -33% Sooretama 12 13 8% Iconha 1 1 0% Vargem Alta 4 2 -50% Irupi 3 5 67% Venda Nova do Imigrante 6 3 -50% Itaguau 4 3 -25% Viana 51 58 14% Itapemirim 8 7 -13% Vila Pavo 2 0 - Itarana 0 2 - Vila Valerio 3 4 33% Ina 8 3 -63% Vila Velha 281 236 -16% Jaguar 11 7 -46% Vitria 157 191 22%

    Total 1.782 1.755 -1,52% Fonte: PCES. Dados coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    Para esse tipo de anlise, deve-se considerar, entretanto, um dos problemas mais comuns no desenvolvimento de anlises criminolgicas: a comparao da ocorrncia de registros criminais em diferentes momentos e junto a populaes que diferem em vrios aspectos.

    Uma das estratgias de anlise que permitem minimizar o erro ao comparar amostras de populaes diferentes a relativizao estabelecida pela comparao das taxas de criminalidade. A tabela 05 abaixo apresenta as taxas de homicdios por 100 mil habitantes para cada um dos municpios capixabas, e a figura 08 as distribui espacialmente.

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    Tabela 05 Homicdios por 100.000 habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2004.

    Municpio 2004 Municpio 2004 Afonso Cludio 20 Jernimo Monteiro 18 gua Doce do Norte 7 Joo Neiva 12 guia Branca 20 Laranja da Terra 17 Alegre 18 Linhares 65 Alfredo Chaves 7 Mantenpolis 39 Alto Rio Novo 68 Marataizes 22 Anchieta 20 Marechal Floriano 39 Apiac 0 Marilndia 0 Aracruz 29 Mimoso do Sul 7 Atlio Vivacqua 0 Montanha 33 Baixo Guandu 30 Mucurici 16 Barra de So Francisco 35 Muniz Freire 29 Boa Esperana 14 Muqui 21 Bom Jesus do Norte 10 Nova Vencia 7 Brejetuba 32 Ponto Belo 00 Cach. de Itapemirim 18 Pancas 30 Cariacica 96 Pedro Canrio 80 Castelo 20 Pinheiros 44 Colatina 23 Pima 75 Conceio da Barra 64 Presidente Kennedy 30 Conceio do Castelo 17 Rio Bananal 23 Divino So Loureno 0 Rio Novo do Sul 8 Domingos Martins 22 Santa Leopoldina 8 Dores do Rio Preto 0 Santa Maria de Jetib 10 Ecoporanga 28 Santa Teresa 9 Fundo 58 So Domingos do Norte 12 Guau 10 So Gabriel da Palha 18 Governador Lindemberg 0 So Jos do Calado 18 Guarapari 60 So Mateus 39 Ibatiba 39 So Roque 9 Ibirau 19 Serra 122 Ibitirama 20 Sooretama 67 Iconha 8 Vargem Alta 11 Irupi 46 Venda Nova do Imigrante 17 Itaguau 20 Viana 102 Itapemirim 23 Vila Pavo 0 Itarana 16 Vila Valerio 27 Ina 11 Vila Velha 64 Jaguar 34 Vitria 62 Esprito Santo 53,59

    Fonte: PCES (homicdios); Estimativas IBGE (mdia da populao por municpio no ano de 2004). Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

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    Figura 08 - Homicdios por 100.000 habitantes no Esprito Santo por Municpio 2003/2004.

    Fonte: PCES (homicdios); Estimativas IBGE (mdia da populao por municpio no ano de 2004) Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    2.5.2.2 Grande Vitria

    Na Grande Vitria os bairros que registraram as maiores taxas brutas de homicdios em 2004, de acordo com dados do DINT/PMES/GEAC/SESP foram: Nova Rosa da Penha (12), Flexal (08) e Campo Grande (10) em Cariacica; Jacarape (28), Nova Carapina (18), Conjunto Feu Rosa (16) e Vila Nova de Colares (22) em Serra; So Pedro (09) e Ilha do Prncipe (06) em Vitria; Joo Goulart (16), Santa Rita (11) e Coqueiral de Itaparica (07) em Vila Velha.

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    Figura 09 - Homicdios Registrados na Grande Vitria por Bairros em 2004.

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    2.5.3 Homicdios por sexo das vtimas

    Outro elemento a ser considerado quando da anlise dos homicdios no Esprito Santo o nmero absoluto de bitos de vitimas do sexo masculino. O ltimo clculo preciso do impacto das mortes prematuras na expectativa de vida total, feito no ano de 2001, segundo o IBGE, concluiu que a violncia responsvel por diminuir 2,4 anos de vida na expectativa total da populao masculina, a mais afetada pela violncia.

    Em 2004, a diferena entre o nmero de homens e mulheres vtimas de mortes no naturais extremamente significativa; de um total de 1751 pessoas vtimas de homicdios no Estado, 92,89% foram do sexo masculino.

    Figura 10 Homicdios Registrados no Esprito Santo por Sexo das Vtimas em 2004.

    Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    2.5.4 Homicdios por Raa/Sexo das Vtimas

    A srie histrica referente cor da pele das vtimas de homicdio ainda pequena no Brasil. Essa informao passou a ser obrigatria nas declaraes de bito a partir de 1996. Ainda assim, embora os dados nacionais contenham uma srie de imprecises, so suficientes para comprovar que a grande maioria das vtimas de homicdio no Brasil pertencem ao sexo masculino, adolescentes e adultos jovens (entre 14 e 34 anos) e, entre eles, principalmente os negros grupo que, segundo critrios censitrios, inclui pardos e pretos.

    A anlise dos registros de homicdios no Esprito Santo considerando a raa e o sexo das vtimas revela uma realidade muito semelhante apresentada na mdia nacional.

    I0,11%

    F7,92%

    M91,97%

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    A maior parte das vtimas de homicdios no Esprito Santo pode ser enquadrada na categoria adolescentes e adultos jovens (entre 14 e 34 anos), do sexo masculino e da raa classificada como parda, conforme se pode observar na tabela 06.

    Tabela 06 Homicdios por Raa/Sexo das Vtimas no Esprito Santo em 2004.

    Ctis Sexo

    Freqncia Masculino Feminino No Identificado

    Branca 259 43 302 Ignorada 104 13 2 119 Negro 154 12 166 Parda 1097 71 1168 Total 1614 139 2 1755

    Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    Merece comentrio, entretanto, a baixa qualidade na classificao do quesito raa, principalmente quanto ao nmero de vtimas classificado na categoria de raa ignorada (6%) e quanto impreciso conceitual do termo cor parda. No Brasil, onde a populao composta pela miscigenao, tambm existe um preconceito velado que tanto desestimula as pessoas a identificarem suas origens quanto lhes alimenta o desejo de alter-las de modo a que venham a se enquadrar no padro desejvel, normalmente padronizado pela raa branca.

    2.5.5 Homicdios por Instrumento Empregado

    Os dados apurados em 2004 apontam as armas de fogo como principal instrumento na prtica de homicdios no Esprito Santo. Cerca de 79,3% dos homicdios no Estado foram cometidos por armas de fogo, confirmando uma tendncia local e nacional.

    Figura 11 Homicdios Cometidos por Arma de Fogo no Esprito Santo 2001/2004.

    Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    1434

    13851388

    1360

    1370

    1380

    1390

    1400

    1410

    1420

    1430

    1440

    2002 2003 2004

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    Tabela 07 Instrumento Empregado no Cometimento de Homicdios no Esprito Santo em 2004.

    Instrumento Empregado Frequncia Afogamento 1 Arma Branca 190 Arma De Fogo 1393 Asfixia 2 Atropelamento 2 Carbonizada 1 Decapitao 1 Enforcamento 17 Envenenamento 1 Esgorjamento 7 Espancamento 64 Espeto De Churrasco 1 Esquartejamento 1 Estrangulamento 8 Instrumento Contundente 2 No Identificado 6 Paulada 40 Pedrada 15 Queimaduras 3 Total 1755 Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; s

    ujeitos alteraes futuras.

    Entende-se por instrumentos no identificados aqueles que no podem ser comportados nas categorias elencadas. Vale ressaltar ainda que o tratamento dado aos instrumentos pedrada e paulada classificados em categorias diferentes das de instrumento contundente ou a separao das categorias carbonizada e queimaduras apenas reproduzem classificao original estabelecida pela Polcia Civil, no consistindo, portanto em classificao originaria deste setor de Estatstica e Anlise Criminal.

    2.5.6 Homicdios por faixa etria das vtimas

    Apesar de disseminada por todas as regies e classes sociais e faixas etrias, a violncia tem um alvo preferencial: o homem de 15 a 24 anos.

    No Esprito Santo em 2004, o nmero de vtimas de homicdios registrados na faixa entre 15 e 24 anos, representou mais de 40% (quarenta por cento) dos homicdios com

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    faixa etria declarada, e cerca de 38% (trinta e oito por cento) do total de homicdios registrados.

    Tabela 08 Homicdios Registrados no Esprito Santo por Faixa Etria e Sexo das Vtimas em 2004.

    Faixa Etria Freqncia Masculino Feminino 00 14 anos 34 21 13 15 24 anos 673 635 38 25 34 anos 452 421 34 35 44 anos 254 229 30 45 54 anos 144 135 14 Acima de 55 anos 72 67 5 No declarado 119 106 13 Total 1755 1614 141

    Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras. Caracterstica marcante dos homicdios registrados no grupo de adolescentes e adultos jovens (entre 14 e 34 anos) o uso de armas de fogo, que corresponde a cerca de 78,8% (setenta e oito vrgula oito por cento) do total de casos de homicdio registrados e a 87% (oitenta e sete por cento) entre as vtimas situadas na faixa etria compreendida entre 15 e 24 anos.

    Tabela 09 Homicdios Registrados no Esprito Santo por Faixa Etria das Vtimas e Instrumento Empregado (selecionados) em 2004.

    Faixa Etria Freqncia Arma Branca Arma de Fogo 00 14 anos 34 3 13 15 24 anos 673 45 586 25 34 anos 452 42 376 35 44 anos 254 43 185 45 54 anos 144 19 103 Acima de 55 anos 72 19 46 No declarado 119 19 84 Total 1755 190 1393

    Fonte: PCES Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

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    2.6 Criminalidade Violenta no Letal Contra a Pessoa

    2.6.1 Homicdio Tentado

    A anlise dos registros de ocorrncias de Homicdio Tentado para o Estado do Esprito Santo apresentaram em 2004, um indicativo de queda, com a taxa bruta anual diminuindo 4,14% (quatro vrgula quatorze por cento) em relao ao mesmo perodo do ano de 2003, conforme pode ser observado na tabela 10 a seguir.

    Tabela 10 Homicdios Tentados Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Claudio 27 13 -52% Jernimo Monteiro 2 2 0% gua Doce do Norte 7 7 0% Joo Neiva 5 2 -60% guia Branca 0 1 - Laranja da Terra 5 0 -100% Alegre 9 4 -56% Linhares 67 69 3% Alfredo Chaves 4 2 -50% Mantenpolis 8 6 -25% Alto Rio Novo 1 4 300% Maratazes 20 17 -15% Anchieta 8 9 13% Marechal Floriano 6 9 50% Apiac 1 0 -100% Marilndia 3 1 -67% Aracruz 39 38 -3% Mimoso do Sul 5 4 -20% Atlio Vivacqua 3 0 -100% Montanha 5 13 160% Baixo Guandu 12 15 25% Mucurici 2 1 -50% Barra de S. Francisco 11 18 64% Muniz Freire 13 11 -15% Boa Esperana 0 7 - Muqui 5 3 -40% Bom Jesus do Norte 5 3 -40% Nova Vencia 26 25 -4% Brejetuba 4 5 25% Pancas 12 9 -25% Cach. de Itapemirim 98 75 -23% Pedro Canrio 33 19 -42% Cariacica 209 189 -10% Pinheiros 7 2 -71% Castelo 9 11 22% Piuma 9 10 11% Colatina 54 36 -33% Ponto Belo 1 0 -100% Conceio da Barra 18 10 -44% Presidente Kennedy 0 3 - Conc. do Castelo 12 7 -42% Rio Bananal 2 0 -100% Divino So Loureno 0 2 - Rio Novo do Sul 2 5 150% Domingos Martins 14 3 -79% Santa Leopoldina 3 4 33% Dores do Rio Preto 0 1 - Santa Maria de Jetib 16 9 -44% Ecoporanga 8 12 50% Santa Teresa 10 8 -20% Fundo 7 7 0% So Dom. do Norte 8 4 -50% Gov. Lindemberg 1 2 100% So Gabriel da Palha 18 23 28% Guaui 7 6 -14% So Jos do Calado 6 4 -33% Guarapari 104 80 -23% So Mateus 51 36 -29% Ibatiba 12 16 33% So Roque do Cana 4 5 25% Ibirau 4 3 -25% Serra 285 313 10% Ibitirama 12 8 -33% Sooretama 10 12 20% Iconha 1 2 100% Vargem Alta 7 5 -29% Irupi 4 2 -50% V. N. do Imigrante 2 4 100%

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 26

    Itaguau 4 4 0% Viana 35 43 23% Itapemirim 18 16 -11% Vila Pavo 3 2 -33% Itarana 3 3 0% Vila Valrio 4 4 0% Iuna 17 22 29% Vila Velha 234 233 0% Jaguar 5 10 100% Vitria 199 178 -11% Total 1885 1751 - 7,11% Fonte: SIEI/CPOM/DINT/PMES/GEAC/SESP.

    Os municpios que tiveram as maiores variaes percentuais nas taxas brutas foram: Domingos Martins (-79%), Pinheiros (-71%), Afonso Cludio (-52%), Conceio da Barra (-44%), Pedro Canrio (-42%), Alto Rio Novo (+300%), Rio Novo do Sul (+150%), Barra de So Francisco (+64%), Viana (+23%) e Serra (+10%). Deve-se observar, entretanto, que esse tipo de registro sofre interferncia de um movimento sazonal, que tende a aumentar com a aproximao do fim do ano, com o pico de registros concentrado no incio e no ltimo trimestre do ano.

    Figura 12 - Registros de Homicdio Tentado no Esprito Santo em 2004 por Ms.

    Fonte: DINT/PMES; GEAC/SESP/GEAC/SESP.

    A taxa bruta apurada para registros de Homicdio Tentado no Esprito Santo para grupos de 100.000 habitantes em 2004 foi de 53,11, 7% (sete por cento) menor que em 2003, que registrou 57,11 homicdios tentados por grupo de 100.000 habitantes.

    179

    143 144

    126 131

    108

    145

    128

    151

    171

    155

    170

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ*

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 27

    Tabela 11 Homicdios Tentados por 100.000 hab. no Esprito Santo por Municpio em 2004.

    Municpio Taxa Municpio Taxa Municpio Taxa Afonso Claudio 38 Gov. Lindemberg 20 Nova Vencia 55 gua Doce do Norte 52 Guaui 22 Pancas 42 guia Branca 10 Guarapari 85 Pedro Canrio 82 Alegre 12 Ibatiba 78 Pinheiros 09 Alfredo Chaves 14 Ibirau 28 Piuma 63 Alto Rio Novo 54 Ibitirama 82 Ponto Belo 00 Anchieta 44 Iconha 16 Presidente Kennedy 30 Apiac 00 Irupi 18 Rio Bananal 00 Aracruz 55 Itaguau 26 Rio Novo do Sul 42 Atlio Vivacqua 00 Itapemirim 54 Santa Leopoldina 30 Baixo Guandu 51 Itarana 25 Santa Maria de Jetib 29 Barra de S. Francisco 45 Iuna 79 Santa Teresa 37 Boa Esperana 48 Jaguar 48 So Dom. do Norte 50 Bom Jesus do Norte 31 Jernimo Monteiro 18 So Gabriel da Palha 82 Brejetuba 40 Joo Neiva 12 So Jos do Calado 36 Cach. de Itapemirim 40 Laranja da Terra 0 So Mateus 38 Cariacica 55 Linhares 58 So Roque do Cana 45 Castelo 32 Mantenpolis 46 Serra 92 Colatina 30 Maratazes 52 Sooretama 62 Conceio da Barra 36 Marechal Floriano 70 Vargem Alta 27 Conc. do Castelo 60 Marilndia 09 V. N. do Imigrante 23 Divino So Loureno 39 Mimoso do Sul 14 Viana 76 Domingos Martins 09 Montanha 71 Vila Pavo 23 Dores do Rio Preto 15 Mucurici 16 Vila Valrio 27 Ecoporanga 47 Muniz Freire 53 Vila Velha 63 Fundo 51 Muqui 21 Vitria 57 Esprito Santo 39

    Fonte: DINT/PMES/GEAC/SESP (homicdios tentados); IBGE (Estimativa da populao por municpio no ms de junho)

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 28

    Figura 13 - Registros de Homicdio Tentado por 100.000 habitantes no ES por Municpio 2003/2004.

    Fonte: DINT/PMES/GEAC/SESP (homicdios tentados); Estimativas IBGE (populao por municpio).

    Na Grande Vitria os bairros que registraram as maiores taxas brutas de homicdios tentados em 2004, de acordo com dados da DINT/PMES/GEAC/SESP foram: Conglomerado de Nova Rosa da Penha (Nova Rosa da Penha, Nova Esperanca e Vila Progresso) 25; Conglomerado de Flexal (Flexal I, Flexal II, Morada Feliz, Morro da Aparecida, Nova Cana e Retiro Saudoso) 08; Conglomerado de Itacib (Alto Lage, Itacib e Oriente) 26; Conglomerado de Carapina (Central Carapina, Carapina Grande, Diamantina, Andr Carloni e Jardim Carapina) 15; Conglomerado de Feu Rosa (Conjunto Feu Rosa e Vila Nova de Colares) 10; Conglomerado de Laranjeiras (Parque Residencial Laranjeiras) 10; Conglomerado de Novo Horizonte (Novo Horizonte e So Diogo) 10; Conglomerado de So Pedro (Condusa, Ilha das Caieras, Redeno, Santo Andr, Santos Reis, So Jose e So Pedro) 30; Conglomerado de Itarar (Bairro da Penha, Bonfim, Itarar e Morro So Benedito) 11; Conglomerado de Ilha de Santa Maria (Forte So Joo, Ilha de Monte Belo, Ilha de Santa Maria, Jucutuquara, Morro do Cruzamento e Morro do Romo) 30; Conglomerado Terra Vermelha (Riviera da Barra, Cidade da Barra, So Conrado, Ulisses Guimares, Terra Vermelha, Brunela, Norminia da Cunha Azeredo e Joo Goulart) 32; Conglomerado Santa Rita (Alecrim, Ilha da Conceio, Pedra dos Bzios, Primeiro de Maio, Santa Rita e Vila Garrido) 29; Conglomerado de Santa Ins (Aribiri, Cristvo Colombo, Garoto, Gloria, Santa Ins e

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 29

    Soteco) 22; Marclio de Noronha 10 e Conglomerado de El Dourado (El Dourado, Lagoa Azul e Nova Vila Betnia) 05.

    Quando os dados dos registros de homicdios e tentativas de homicdio (que para fins de preveno equivalem ao um tipo de delito de inteno semelhante) so cruzados, possvel identificar um fenmeno que possui estreita relao com a elevao dos registros de homicdios: as taxas de tentativa de homicdio vo sendo reduzidas enquanto as taxas de homicdio se elevam. O ponto de inverso de tendncia o ano de 1997, e no ano seguinte foi registrada a maior taxa bruta da histria do Esprito Santo. A mudana de tendncia refere-se principalmente ao aumento do grau de letalidade das ocorrncias policiais, promovida pelo acesso cada vez mais fcil modernas armas de fogo e, concomitantemente, ao crescimento do trfico de armas.

    Figura 14 - Homicdios Tentados versus Homicdios Consumados Registrados na Grande Vitria em 2004.

    Fonte: SIEI/CPOM(Homicdio Tentado); SIM/DATASUS(Homicdios 1993-2000); PCES(Homicdios 2000-2004). Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    Contudo, quando se utiliza como base de comparao os dois delitos somados, verifica-se uma variao percentual muito menos acentuada que a verificada quando da anlise dos delitos separadamente.

    Figura 15 Soma dos Homicdios Tentados e Consumados na Grande Vitria em 2004.

    Fonte: SIEI/CPOM(Homicdio Tentado); SIM/DATASUS(Homicdios 1993-2000); PCES (Homicdios 2000-2004). Os dados fornecidos pela PCES so coletados antes das investigaes definitivas; sujeitos alteraes futuras.

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001* 2002* 2003* 2004*

    Homicdios Tentados Homicdios

    1859 1829

    20862184

    23412216

    20251798

    20202197 2194 2187

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001* 2002* 2003* 2004*

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    Sob tal abordagem, o fenmeno considerado (Homicdio Tentado + Homicdio Consumado) entra em fase descendente a partir do ano de 1998; curiosamente o ano em que a taxa bruta de homicdios registrou o maior nmero de casos na Grande Vitria. A anlise das taxas brutas da soma dos homicdios tentados e homicdios consumados reala uma variao pouco acentuada no perodo analisado (principalmente quando comparada variao da taxa bruta de homicdios), que apresenta uma variao positiva de 17,63 % entre 1993 (1859 registros) e 20042

    (2187 registros) para um crescimento populacional da ordem de 224.868 habitantes (18,83%) no mesmo perodo. O clculo da taxa da soma de homicdios tentados e homicdios consumados por 100.000 habitantes revelam uma realidade ainda mais surpreendente do ponto de vista da percepo popular que a violncia contra a pessoa tem aumentado na Grande Vitria. A variao percentual registrada no perodo foi negativa em cerca de 1% (menos um por cento), demonstrando que, na comparao relativizada, a Grande Vitria registra hoje menores taxas de violncia do que no incio da dcada de 90.

    2.6.2 Leses Corporais

    As ocorrncias policiais classificadas na categoria leses corporais procuram, na medida do possvel, abranger todo e qualquer dano ocasionado normalidade do corpo humano, quer do ponto de vista anatmico, quer do ponto de vista fisiolgico ou mental, nelas compreendidas as leses leves, graves e gravssimas estabelecidas no cdigo penal brasileiro, Art. 129:

    leses leves: so representadas freqentemente por danos superficiais comprometendo a pele, a hipoderme, os vasos arteriais e venosos capilares, como por exemplo o desnudamento da pele ou escoriao, o hematoma, a equimose, ferida contusa, luxao, edema, torcicolo traumtico; choque nervoso, convulses ou outras alteraes patolgicas congneres obtidas custa de reiteradas ameaas;

    leses graves: danos corporais resultantes das seguintes conseqncias: incapacidade para as ocupaes habituais por mais de 30 dias contados da data da leso; perigo de vida, representado por uma probabilidade concreta e objetiva de morte; debilidade permanente de membro, sentido ou funo; e acelerao de parto.

    leses gravssimas: danos corporais resultantes das seguintes conseqncias: incapacidade permanente para o trabalho; enfermidade incurvel; perda ( a amputao ou mutilao do membro ou rgo) ou inutilizao ( a falta de habilitao do membro ou rgo sua funo especfica) de membro, sentido ou funo; deformidade permanente; e aborto.

    2 Clculo baseado em estimativas do IBGE.

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    Para fins da presente anlise foram utilizados dados fornecidos pela DINT/PMES, que infelizmente no permitem distino entre as leses leves, graves e gravssimas, enquadrando-as numa mesma categoria. Tambm no foram consideradas as leses resultantes de acidentes de trnsito, cujos registros so computados e divulgados separadamente.

    Cabe salientar a dificuldade em estabelecer uma avaliao acurada do fenmeno utilizando os dados produzidos pela Polcia Militar (PM), principalmente porque nesse tipo de crime, compete ao perito reconhecer a leso corporal, o que acontece somente em momento posterior ao registro do fato pela PM. H de se considerar, contudo, que tal fonte , at o momento, a nica capaz de contabilizar esse tipo de dado de forma desagregada e em todos os municpios do estado.

    2.6.2.1 Leses Corporais por local de Ocorrncia

    No Esprito Santo as maiores variaes percentuais na taxa bruta de leses corporais comparando-se os registros em 2003 e 2004 ocorreram nos municpios de: Pancas (-59%), guia Branca (-41%), Joo Neiva (-37%), Cachoeiro de Itapemirim (-13%), Atlio Vivaqua (75%), Alto Rio Novo (90%) e Dores do Rio Preto (100%).

    O crescimento percentual dos registros de leses corporais deu-se de forma uniforme, superando ao longo do ano de 2004 as taxas brutas registradas em 2003, exceto nos meses de maro, agosto e dezembro. A evoluo das taxas de leses corporais por grupo de 100 mil habitantes para cada um dos municpios capixabas, pode ser observada no quadro comparativo oferecido pela figura 16.

    Figura 16 Leses Corporais Registradas no Esprito Santo por Ms em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES; GEAC/SESP

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 32

    Figura 17 Taxa de Leses Corporais Registradas por Grupo de 100.000 habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

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    Tabela 12 Taxa de Leses Corporais Registradas por Grupo de 100.000 habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 Municpio 2003 2004 Afonso Cludio 184 155 Jernimo Monteiro 272 444 Agua Doce do Norte 113 177 Joo Neiva 219 135 Aguia Branca 219 128 Laranja da Terra 219 241 Alegre 232 208 Linhares 351 326 Alfredo Chaves 56 62 Mantenpolis 227 224 Alto Rio Novo 137 257 Marataizes 316 308 Anchieta 229 197 Marechal Floriano 180 278 Apiac 327 260 Marilndia 231 199 Aracruz 232 217 Mimoso do Sul 190 137 Atlio Vivacqua 138 238 Montanha 460 366 Baixo Guandu 347 308 Mucurici 162 144 Barra de So Francisco 219 243 Muniz Freire 204 244 Boa Esperana 161 193 Muqui 196 310 Bom Jesus do Norte 373 460 Nova Vencia 340 451 Brejetuba 33 24 Pancas 263 106 Cach. de Itapemirim 172 147 Pedro Canrio 340 348 Cariacica 140 163 Pinheiros 449 548 Castelo 342 360 Pima 511 654 Colatina 324 360 Ponto Belo 305 226 Conceio da Barra 509 409 Presidente Kennedy 190 276 Conceio do Castelo 184 147 Rio Bananal 234 248 Divino So Loureno 119 157 Rio Novo do Sul 212 234 Domingos Martins 66 74 Santa Leopoldina 77 30 Dores do Rio Preto 124 244 Santa Maria de Jetib 276 242 Ecoporanga 211 149 Santa Teresa 204 201 Fundo 199 254 So Domingos do Norte 190 212 Gov. Lindemberg 134 213 So Gabriel da Palha 353 549 Guau 368 344 So Jos do Calado 374 297 Guarapari 221 217 So Mateus 299 225 Ibatiba 259 446 So Roque 184 254 Ibirau 292 251 Serra 185 198 Ibitirama 291 317 Sooretama 429 366 Iconha 92 123 Vargem Alta 110 152 Irupi 139 91 Venda Nova do Imigrante 83 82 Itaguau 205 176 Viana 118 160 Itapemirim 258 255 Vila Pavo 253 215 Itarana 318 280 Vila Valerio 248 149 Ina 201 274 Vila Velha 173 170 Jaguar 460 357 Vitria 196 200 Total 217 224

    Fonte: DINT/PMES; GEAC/SESP

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    2.7 Crimes Contra o Patrimnio

    2.7.1 Roubo e Furto

    Considerados dois dos principais indicadores de criminalidade, as expresses roubo e furto so muitas vezes utilizadas para definir um mesmo fato criminoso, em que a vtima despojada da posse de um bem integrante de seu patrimnio. Importa, portanto, antes de iniciar a anlise da evoluo e distribuio espacial desses tipos criminais, estabelecer sua diferena conceitual.

    O Cdigo Penal Brasileiro em seu artigo 155 normatiza furto como a ao de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mvel, enquanto no artigo 157 define roubo como subtrao de coisa mvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaa ou violncia pessoa.

    Nos Boletins de Ocorrncia Policial em que a infrao classificada como furto o bem retirado da esfera de vigilncia e disponibilidade da vtima sem que a mesma perceba. O agente agride no a pessoa, mas subtrai a res furtiva, que escapa da posse da vtima sem que ela note tal ocorrncia decorrente da ao do agente; j nos registros de roubo, a subtrao da res subtracta, ocorre diante dos olhos da vtima, que a tudo assiste, mas no entanto, nada pode fazer em razo do emprego de violncia ou grave ameaa contra sua pessoa.

    Estabelecidos os conceitos fundamentais, cabe estabelecer as categorias de anlise, que para fins do presente relatrio subdividem-se em:

    furto a transeunte: soma de todos os registros de furto a pessoa fsica no motorizada, praticados em via pblica ou logradouro pblico, qualquer que tenha sido o objeto ou valor subtrado. No se incluem aqui os registros de furto no interior de transporte coletivo, em veculo particular ou txi. No se incluem tampouco os seqestros-relmpagos (roubo com restrio de liberdade da vtima);

    furto em coletivo: soma de todos os registros de furto a pessoa fsica praticados no interior de transporte coletivo, qualquer que tenha sido o objeto ou valor subtrado;

    furto em estabelecimento comercial: soma de todos os furtos praticados no interior de estabelecimento comercial ou prestador de servios comerciais, com acesso pblico (loja de qualquer tipo, restaurante, bar, hotel, farmcia, clnica, shopping center, supermercado, casa lotrica, agncia de correios, posto de gasolina, estabelecimento de venda de insumos agrcolas, cinema, teatro, casa de festas, parque de diverses etc.) ou privado (clubes, condomnios, indstrias, depsitos atacadistas, propriedades rurais etc.).

    furto em estabelecimento financeiro: soma de todas as ocorrncias de furto de valores pertencentes a pessoa fsica praticados no interior de instituio financeira (banco, posto bancrio, financeira, caixa econmica, casa de cmbio

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 35

    etc.), ou sob a guarda da mesma, incluindo furtos ocorridos em caixas eletrnicos.

    furto em estabelecimento de ensino: soma de todas as ocorrncias de furto praticados no interior de instituio de ensino (creche, posto escolar, escola, curso preparatrio, faculdade, universidade, etc.), ou sob a guarda da mesma;

    furto em residncia: soma de todos os registros de furto praticados no interior de residncia particular, prdio, conjunto ou condomnio residencial fechado, qualquer que tenha sido o tipo de objeto ou valor subtrado;

    furto de veculo: soma de todas os registros de ocorrncia de furto de veculo automotor terrestre sem carga transportada (automvel de passeio, caminhonete, caminho sem carga, veculo de transporte coletivo, motocicleta, mobilete etc.);

    furto de autocarga: soma de todas as ocorrncias de furto de carga transportada em veculo terrestre, inclusive aquelas em que o veculo transportados foi subtrado juntamente com a carga. So contabilizados aqui os roubos de todos os tipos de carga com valor comercial (alimentos, bebidas, combustveis, mquinas, materiais de construo, aparelhos eletrodomsticos ou eletroeletrnicos, gado, produtos qumicos, industriais, medicamentos, etc.), transportados em veculo terrestre (caminhes, trens, etc.);

    roubo a transeunte: soma de todos os registros de roubo a pessoa fsica no motorizada, praticados em via pblica ou logradouro pblico, qualquer que tenha sido o objeto ou valor subtrado (dinheiros, telefone celular, jias, bicicleta, documentos, armas, etc.). No se incluem aqui os registros de roubo no interior de transporte coletivo, em veculo particular ou txi. No se incluem tampouco os seqestros-relmpagos (roubo com restrio de liberdade da vtima);

    roubo em coletivo: soma de todos os registros de roubo praticados no interior de transporte coletivo, qualquer que tenha sido o objeto ou valor subtrado;

    roubo em estabelecimento comercial: soma de todos os roubos praticados no interior de estabelecimento comercial ou prestador de servios comerciais, com acesso pblico (loja de qualquer tipo, restaurante, bar, hotel, farmcia, clnica, shopping center, supermercado, casa lotrica, agncia de correios, posto de gasolina, estabelecimento de venda de insumos agrcolas, cinema, teatro, casa de festas, parque de diverses etc.) ou privado (clubes, condomnios, indstrias, depsitos atacadistas, propriedades rurais etc.).

    roubo em estabelecimento financeiro: soma de todas as ocorrncias de roubo de valores pertencentes instituio financeira (banco, posto bancrio, financeira, caixa econmica, casa de cmbio etc.), ou sob a guarda da mesma, incluindo roubos ocorridos em caixas eletrnicos e veculos de transporte de valores (carros-fortes), incluindo aqueles em que o prprio caixa eletrnico ou veculo foram subtrados;

    roubo em estabelecimento de ensino: soma de todas as ocorrncias de roubo praticados no interior de instituio de ensino (creche, posto escolar, escola, curso preparatrio, faculdade, universidade, etc.), ou sob a guarda da mesma;

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 36

    roubo em residncia: soma de todos os registros de roubo praticados no interior de residncia particular, prdio, conjunto ou condomnio residencial fechado, qualquer que tenha sido o tipo de objeto ou valor subtrado;

    roubo de veculo: soma de todas os registros de ocorrncia de roubo de veculo automotor terrestre sem carga transportada (automvel de passeio, caminhonete, caminho sem carga, veculo de transporte coletivo, motocicleta, mobilete etc.); e

    roubo de autocarga: soma de todas os registros de roubo de carga transportada em veculo terrestre, inclusive aquelas em que o veculo transportados foi subtrado juntamente com a carga. So contabilizados aqui os roubos de todos os tipos de carga com valor comercial (alimentos, bebidas, combustveis, mquinas, materiais de construo, aparelhos eletrodomsticos ou eletroeletrnicos, gado, produtos qumicos, industriais, medicamentos, etc.). No so contabilizados aqui os roubos de valores fiducirios transportados em veculos de transporte de valores (carros-fortes).

    As taxas brutas e o comparativo da freqncia de registros por municpio no Esprito santo nos anos de 2003 e 2004, as taxas por grupo de 100.000 habitantes, bem como a distribuio espacial na Grande Vitria e nos bairros que apresentaram em 2004 maiores taxas brutas de roubos e furtos, nas diversas modalidades de classificao.

    Tabela 13 Furtos a Transeuntes Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 41 32 -22% Jernimo Monteiro 9 13 44% Agua Doce do Norte 13 24 85% Joo Neiva 17 22 29% Aguia Branca 17 32 88% Laranja da Terra 29 19 -34% Alegre 44 35 -20% Linhares 278 266 -4% Alfredo Chaves 7 3 -57% Mantenpolis 16 19 19% Alto Rio Novo 18 11 -39% Marataizes 56 82 46% Anchieta 50 39 -22% Marechal Floriano 5 9 80% Apiac 7 5 -29% Marilndia 31 50 61% Aracruz 184 190 3% Mimoso do Sul 29 19 -34% Atlio Vivacqua 11 12 9% Montanha 50 68 36% Baixo Guandu 47 63 34% Mucurici 5 3 -40% B. de So Francisco 92 76 -17% Muniz Freire 15 11 -27% Boa Esperana 37 41 11% Muqui 14 8 -43% Bom Jesus do Norte 28 23 -18% Nova Vencia 159 134 -16% Brejetuba 3 5 67% Pancas 16 40 150% Cach. de Itapemirim 206 243 18% Pedro Canrio 38 31 -18% Cariacica 145 260 79% Pinheiros 58 62 7% Castelo 67 75 12% Pima 40 47 18% Colatina 160 285 78% Ponto Belo 10 24 140%

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 37

    Conceio da Barra 215 154 -28% Presidente Kennedy 6 19 217% Conc. do Castelo 5 3 -40% Rio Bananal 18 20 11% Divino So Loureno 14 13 -7% Rio Novo do Sul 23 21 -9% Domingos Martins 12 15 25% Santa Leopoldina 6 11 83% Dores do Rio Preto 4 9 125% Santa Maria de Jetib 14 11 -21% Ecoporanga 17 20 18% Santa Teresa 27 23 -15% Fundo 8 22 175% So Domingos do Norte 15 14 -7% Gov. Lindemberg 16 20 25% So Gabriel da Palha 40 68 70% Guau 56 119 113% So Jos do Calado 8 13 63% Guarapari 170 185 9% So Mateus 299 219 -27% Ibatiba 44 53 20% So Roque 16 17 6% Ibirau 34 26 -24% Serra 248 333 34% Ibitirama 31 22 -29% Sooretama 135 24 -82% Iconha 3 2 -33% Vargem Alta 10 10 0% Irupi 21 15 -29% V. N.do Imigrante 11 8 -27% Itaguau 14 21 50% Viana 19 41 116% Itapemirim 36 35 -3% Vila Pavo 21 15 -29% Itarana 12 12 0% Vila Valerio 26 59 127% Ina 63 86 37% Vila Velha 399 403 1% Jaguar 109 129 18% Vitria 370 563 52%

    Total 4647 5234 13% Fonte: DINT/PMES

    A taxa apurada em 2004 registrada no Esprito Santo foi de 158 de furtos a transeuntes para grupos de 100.000 habitantes, 9,5% (nove e meio por cento) maior que em 2003, que registrou 143 furtos a transeuntes por grupo de 100.000 habitantes, indicando uma tendncia de crescimento contnuo e ininterrupto registrada desde 1999.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 38

    Figura 18 Furtos a Transeuntes Registrados por Grupo de 100.000 Habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 19 Furtos a Transeuntes Registrados no Esprito Santo por Ano (1998-2004*).

    3055 2882 3071

    36934080

    4647

    5234

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 39

    Tabela 14 Roubos a Transeuntes Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 7 4 -43% Jernimo Monteiro 0 3 - gua Doce do Norte 1 5 400% Joo Neiva 6 2 -67% guia Branca 0 0 - Laranja da Terra 0 1 - Alegre 8 3 -63% Linhares 139 155 12% Alfredo Chaves 2 0 -100% Mantenpolis 0 1 - Alto Rio Novo 2 0 -100% Marataizes 24 20 -17% Anchieta 10 13 30% Marechal Floriano 3 0 -100% Apiac 2 0 -100% Marilndia 1 0 -100% Aracruz 42 52 24% Mimoso do Sul 7 1 -86% Atlio Vivacqua 3 2 -33% Montanha 8 1 -88% Baixo Guandu 3 4 33% Mucurici 2 2 0% B. de So Francisco 2 11 450% Muniz Freire 5 1 -80% Boa Esperana 1 7 600% Muqui 1 0 -100% Bom Jesus do Norte 2 0 -100% Nova Vencia 20 20 0% Brejetuba 0 0 - Pancas 2 4 100% Cach. de Itapemirim 159 107 -33% Pedro Canrio 14 13 -7% Cariacica 275 272 -1% Pinheiros 13 13 0% Castelo 9 3 -67% Pima 6 15 150% Colatina 113 149 32% Ponto Belo 0 4 - Conceio da Barra 19 14 -26% Presidente Kennedy 0 1 - Conc. do Castelo 4 1 -75% Rio Bananal 3 2 -33% Divino So Loureno 0 1 - Rio Novo do Sul 5 3 -40% Domingos Martins 4 3 -25% Santa Leopoldina 1 0 -100% Dores do Rio Preto 0 0 - Santa Maria de Jetib 6 1 -83% Ecoporanga 1 7 600% Santa Teresa 6 8 33% Fundo 6 13 117% So Domingos do Norte 1 0 -100% Gov. Lindemberg 0 0 - So Gabriel da Palha 12 15 25% Guau 5 10 100% So Jos do Calado 2 0 -100% Guarapari 215 197 -8% So Mateus 139 137 -1% Ibatiba 6 10 67% So Roque 2 0 -100% Ibirau 6 11 83% Serra 361 478 32% Ibitirama 4 0 -100% Sooretama 15 14 -7% Iconha 1 2 100% Vargem Alta 1 1 0% Irupi 5 4 -20% V. N. do Imigrante 1 1 0% Itaguau 3 0 -100% Viana 21 33 57% Itapemirim 7 13 86% Vila Pavo 0 0 - Itarana 0 0 - Vila Valerio 2 0 -100% Ina 9 10 11% Vila Velha 788 724 -8% Jaguar 20 28 40% Vitria 656 662 1%

    Total 3229 3292 2% Fonte: DINT/PMES; GEAC/SESP

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 40

    A tendncia dos registros de roubos a transeuntes por cem mil habitantes no Esprito Santo nos anos de 2003 e 2004 mantiveram-se praticamente estveis. Houve uma elevao de 99,4 para 99,8 furtos por grupo de 100.000 habitantes, registrando as maiores concentraes desse tipo de crime em So Mateus e na Regio Metropolitana da Grande Vitria.

    Figura 20 Roubos a Transeuntes Registrados no Esprito Santo por Grupo de 100.000 habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 21 Roubos a Transeuntes Registrados no Esprito Santo por Ano*.

    23072067 2159

    2403

    2775

    3229 3292

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    3500

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 41

    Figura 22 Furtos e Roubos a Transeuntes Registrados por Bairro na Grande Vitria em 2004.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 42

    A taxa bruta relativizada de furtos em coletivos no Esprito Santo em 2004 foi de 1,75 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 37% (trinta e sete por cento) menor que em 2003, que registrou 2,8 furtos em coletivos por grupo de 100.000 habitantes, iniciando uma forte curva descendente a partir de 2003.

    Figura 23 Furtos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES; IBGE

    Figura 24 Furtos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Ano (1998-2004*).

    52 49

    66

    89 8791

    58

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES; IBGE

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 43

    A taxa de roubos em coletivo registrada no Esprito Santo em 2004 foi de 7,12 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 12% (doze por cento) menor que em 2003, que registrou 8,11 roubos em coletivo por grupo de 100.000 habitantes.

    Figura 25 Roubos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Grupo de 100.000 habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 26 Roubos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Ano.

    325

    168

    200223

    255 263235

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 44

    O ndice de furtos em estabelecimentos comerciais no Esprito Santo em 2004 foi de 93 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 6% (seis por cento) menor que em 2003, que registrou 98 em estabelecimentos comerciais por grupo de 100.000 habitantes, registrando uma tendncia contnua de crescimento desde 1999, interrompida por uma suave reduo em 2004.

    Figura 27 Furtos em Estabelecimentos Comerciais Registrados por Grupo de 100.000 Habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES; IBGE

    Figura 28 Furtos em Estabelecimentos Comerciais no Esprito Santo por Ano (1998-2004).

    19521744

    2156

    2626

    29393209

    3073

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    3500

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES; IBGE

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 45

    O crime de roubos em estabelecimento comercial no Esprito Santo em 2004 atingiu ndice de 69,34 por grupo de 100.000 habitantes, 20% (vinte por cento) menor que em 2003, que registrou 86,94 roubos em estabelecimento comercial por grupo de 100.000 habitantes.

    Figura 29 Roubos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Grupo de 100.000 habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 30 Roubos em Coletivo Registrados no Esprito Santo por Ano*.

    2491

    19132040

    2476 2412

    2824

    2286

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 46

    Figura 31 Furtos e Roubos em Estabelecimentos Comerciais Registrados por Bairro na Grande Vitria em 2004.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 47

    Em estabelecimentos financeiros no Esprito Santo em 2004 a taxa relativizada de furtos foi de 0,69 por grupo de 100.000 habitantes, 27% (vinte e sete por cento) menor que em 2003, que registrou 0,95 em estabelecimentos comerciais por grupo de 100.000 habitantes, registrando decrscimo pelo segundo ano consecutivo.

    Figura 32 Furtos em Estabelecimentos Financeiros Registrados por Grupo de 100.000 Habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES Figura 33 Furtos em Estabelecimentos Financeiros no Esprito Santo por Ano (1998-

    2004).

    31

    21

    32

    22

    40

    31

    23

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 48

    O crime de roubos em estabelecimento financeiro no Esprito Santo em 2004 foi de 0,63 roubos por grupo de 100.000 habitantes, 66% (sessenta e seis por cento) menor que em 2003, que registrou 1,87 roubos em estabelecimento financeiro por grupo de 100.000 habitantes, registrando decrscimo pelo segundo ano consecutivo.

    Figura 34 Roubos em Estabelecimento Financeiro no Esprito Santo por Grupo de 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 35 Roubos em Estabelecimento Financeiro Registrados no Esprito Santo por Ano.

    128

    6760

    3625

    61

    21

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 49

    Cabe ressaltar a diferena estabelecida, para termos de classificao estatstica, entre estabelecimento financeiro e instituio bancria. Considera-se estabelecimento financeiro todo local onde haja guarda de valores ou movimentao de numerrio, tais como bancos privados e pblicos, caixas econmicas, sociedades ou cooperativas de crdito, associaes de poupanas, nas agncias, sub-agncias, sees, postos avanados, postos 24 horas e caixas eletrnicos; j as instituies bancrias incluem apenas as agncias de bancos privados e pblicos e caixas econmicas.

    De acordo com dados da Delegacia de Roubo a Banco, as ocorrncias de registradas em 2004 em instituies bancrias diminuram 77,42% em comparao com 2003, quando foram registradas 31 ocorrncias.

    Figura 36 Roubos a Banco Registrados no Esprito Santo em 2003/2004.

    Fonte: Delegacia de Roubo Banco

    A reduo dessa modalidade de crime no Estado resultado da desarticulao de quadrilhas muitas delas oriundas de outros estados desenvolvida em conjunto pelas polcias Civil e Militar do Esprito Santo, em articulao com o Ministrio Pblico e a Justia.

    1

    2

    1 1 1 1

    4

    7

    3

    33

    2

    11

    33

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    2004 2003

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 50

    Tabela 15 Furtos em Estabelecimentos de Ensino Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 5 1 -80% Jernimo Monteiro 1 0 -100% gua Doce do Norte 6 1 -83% Joo Neiva 0 0 - guia Branca 1 3 200% Laranja da Terra 4 5 25% Alegre 1 2 100% Linhares 32 34 6% Alfredo Chaves 0 1 - Mantenpolis 8 0 -100% Alto Rio Novo 4 2 -50% Marataizes 2 5 150% Anchieta 8 7 -13% Marechal Floriano 0 0 - Apiac 0 0 - Marilndia 2 1 -50% Aracruz 13 9 -31% Mimoso do Sul 3 4 33% Atlio Vivacqua 0 2 - Montanha 2 4 100% Baixo Guandu 10 9 -10% Mucurici 0 0 - B. de So Francisco 7 4 -43% Muniz Freire 0 1 - Boa Esperana 2 2 0% Muqui 1 1 0% Bom Jesus do Norte 1 0 -100% Nova Vencia 20 13 -35% Brejetuba 0 0 - Pancas 1 1 0% Cach. de Itapemirim 24 25 4% Pedro Canrio 2 14 600% Cariacica 31 20 -35% Pinheiros 15 5 -67% Castelo 6 8 33% Pima 8 4 -50% Colatina 15 23 53% Ponto Belo 0 3 - Conceio da Barra 3 7 133% Presidente Kennedy 0 1 - Conc. do Castelo 1 1 0% Rio Bananal 1 5 400% Divino So Loureno 1 1 0% Rio Novo do Sul 1 1 0% Domingos Martins 2 5 150% Santa Leopoldina 1 0 -100% Dores do Rio Preto 3 0 -100% Santa Maria de Jetib 2 4 100% Ecoporanga 1 1 0% Santa Teresa 1 4 300% Fundo 0 0 - So Domingos do Norte 2 3 50% Gov. Lindemberg 0 0 - So Gabriel da Palha 7 11 57% Guau 3 8 167% So Jos do Calado 2 1 -50% Guarapari 4 15 275% So Mateus 45 24 -47% Ibatiba 1 2 100% So Roque 3 1 -67% Ibirau 8 4 -50% Serra 16 20 25% Ibitirama 0 0 - Sooretama 6 8 33% Iconha 0 1 - Vargem Alta 0 1 - Irupi 3 2 -33% V. N. do Imigrante 1 1 0% Itaguau 0 3 - Viana 6 4 -33% Itapemirim 3 3 0% Vila Pavo 4 3 -25% Itarana 1 1 0% Vila Valerio 0 1 - Ina 5 3 -40% Vila Velha 34 14 -59% Jaguar 3 7 133% Vitria 28 17 -39%

    Total 437 402 -8% Fonte: DINT/PMES *Os dados relativos ao ms de dezembro de 2004 foram estimados.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 51

    429

    313

    386 387

    315

    437402

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    A taxa relativizada de furtos em estabelecimentos de ensino no Esprito Santo em 2004 foi de 12,19 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 9% (nove por cento) menor que em 2003, que registrou 13,45 furtos em estabelecimentos de ensino por grupo de 100.000 habitantes.

    Figura 37 Furtos em Estabelecimentos de Ensino Registrados por Grupo de 100.000 Habitantes no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 38 Furtos em Estabelecimentos de Ensino Registrados no Esprito Santo por Ano.

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 52

    59

    50

    40

    33 3337

    25

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    A taxa relativizada de roubos em estabelecimento de ensino no Esprito Santo em 2004 foi de 0,75 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 33% (trinta e trs por cento) menor que em 2003, que registrou 1,14 roubos em estabelecimento de ensino por grupo de 100.000 habitantes, dando continuidade a uma tendncia de decrscimo iniciada em 1999 e interrompida apenas em 2003.

    Figura 39 Roubos em Estabelecimento de Ensino no Esprito Santo por Grupo de 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 40 Roubos em Estabelecimento de Ensino Registrados no Esprito Santo por Ano*.

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 53

    Tabela 16 Furtos em Residncia Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 31 23 -26% Jernimo Monteiro 7 11 57% gua Doce do Norte 19 10 -47% Joo Neiva 12 14 17% guia Branca 5 12 140% Laranja da Terra 6 4 -33% Alegre 38 25 -34% Linhares 349 404 16% Alfredo Chaves 9 5 -44% Mantenpolis 8 12 50% Alto Rio Novo 7 17 143% Marataizes 142 159 12% Anchieta 56 83 48% Marechal Floriano 6 8 33% Apiac 2 4 100% Marilndia 14 9 -36% Aracruz 190 190 0% Mimoso do Sul 22 23 5% Atlio Vivacqua 9 7 -22% Montanha 48 28 -42% Baixo Guandu 44 50 14% Mucurici 8 4 -50% B. de So Francisco 56 74 32% Muniz Freire 7 8 14% Boa Esperana 25 16 -36% Muqui 9 11 22% Bom Jesus do Norte 8 13 63% Nova Vencia 102 124 22% Brejetuba 7 7 0% Pancas 7 14 100% Cach. de Itapemirim 259 254 -2% Pedro Canrio 54 40 -26% Cariacica 289 274 -5% Pinheiros 50 38 -24% Castelo 26 45 73% Pima 119 70 -41% Colatina 199 323 62% Ponto Belo 7 21 200% Conceio da Barra 140 137 -2% Presidente Kennedy 11 17 55% Conc. do Castelo 6 3 -50% Rio Bananal 14 11 -21% Divino So Loureno 2 16 700% Rio Novo do Sul 12 10 -17% Domingos Martins 15 15 0% Santa Leopoldina 6 3 -50% Dores do Rio Preto 2 14 600% Santa Maria de Jetib 23 13 -43% Ecoporanga 26 25 -4% Santa Teresa 13 26 100% Fundo 25 58 132% So Domingos do Norte 15 12 -20% Gov. Lindemberg 8 2 -75% So Gabriel da Palha 59 67 14% Guau 38 48 26% So Jos do Calado 17 5 -71% Guarapari 173 201 16% So Mateus 451 341 -24% Ibatiba 39 45 15% So Roque 5 5 0% Ibirau 18 11 -39% Serra 476 362 -24% Ibitirama 9 15 67% Sooretama 90 47 -48% Iconha 5 1 -80% Vargem Alta 18 10 -44% Irupi 5 8 60% V. N. do Imigrante 3 13 333% Itaguau 8 7 -13% Viana 34 53 56% Itapemirim 84 60 -29% Vila Pavo 6 9 50% Itarana 7 3 -57% Vila Valerio 14 19 36% Ina 43 46 7% Vila Velha 554 409 -26% Jaguar 61 69 13% Vitria 252 309 23%

    Total 5043 4959 -2% Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 54

    3302 3266

    38714265

    47095043 4959

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    O ndice de furtos em residncia no Esprito Santo em 2004 foi de 150 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 3% (trs por cento) menor que em 2003, que registrou 155 furtos em residncia por grupo de 100.000 habitantes, registrando um leve decrscimo a partir de 2004.

    Figura 41 Furtos em Residncia Registrados no Esprito Santo por Grupo de 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 42 Furtos em Residncia Registrados no Esprito Santo por Ano (1998-2004*).

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 55

    Tabela 17 Roubos em Residncia Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 2 0 -100% Jernimo Monteiro 1 2 100% gua Doce do Norte 0 0 - Joo Neiva 2 0 -100% guia Branca 0 0 - Laranja da Terra 0 0 - Alegre 0 1 - Linhares 26 16 -38% Alfredo Chaves 1 0 -100% Mantenpolis 1 1 0% Alto Rio Novo 0 0 - Marataizes 5 10 100% Anchieta 3 1 -67% Marechal Floriano 4 2 -50% Apiac 0 1 - Marilndia 0 0 - Aracruz 33 23 -30% Mimoso do Sul 3 1 -67% Atlio Vivacqua 0 0 - Montanha 1 3 200% Baixo Guandu 5 2 -60% Mucurici 1 0 -100% B. de So Francisco 6 0 -100% Muniz Freire 1 0 -100% Boa Esperana 1 2 100% Muqui 2 1 -50% Bom Jesus do Norte 1 2 100% Nova Vencia 9 4 -56% Brejetuba 0 1 - Pancas 1 0 -100% Cach. de Itapemirim 14 4 -71% Pedro Canrio 3 5 67% Cariacica 69 67 -3% Pinheiros 1 3 200% Castelo 2 1 -50% Pima 2 2 0% Colatina 8 11 38% Ponto Belo 2 3 50% Conceio da Barra 5 9 80% Presidente Kennedy 0 0 - Conc. do Castelo 0 1 - Rio Bananal 3 1 -67% Divino So Loureno 0 0 - Rio Novo do Sul 2 1 -50% Domingos Martins 6 0 -100% Santa Leopoldina 0 1 - Dores do Rio Preto 1 0 -100% Santa Maria de Jetib 5 1 -80% Ecoporanga 2 9 350% Santa Teresa 0 2 - Fundo 8 4 -50% So Domingos do Norte 1 0 -100% Gov. Lindemberg 0 1 - So Gabriel da Palha 4 2 -50% Guau 2 0 -100% So Jos do Calado 0 0 - Guarapari 30 28 -7% So Mateus 16 10 -38% Ibatiba 3 0 -100% So Roque 1 0 -100% Ibirau 2 2 0% Serra 102 96 -6% Ibitirama 0 0 - Sooretama 13 3 -77% Iconha 0 1 - Vargem Alta 3 2 -33% Irupi 1 0 -100% V. N. do Imigrante 2 2 0% Itaguau 0 0 - Viana 13 11 -15% Itapemirim 5 3 -40% Vila Pavo 2 2 0% Itarana 1 1 0% Vila Valerio 0 1 - Ina 4 4 0% Vila Velha 104 100 -4% Jaguar 9 5 -44% Vitria 39 41 5%

    Total 599 513 -14% Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 56

    455 459499 521

    563599

    513

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    A taxa de roubos em residncia no Esprito Santo em 2004 foi de 15,5 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 16% (dezesseis por cento) menor que em 2003, que registrou 18,4 roubos em residncia por grupo de 100.000 habitantes, interrompendo em 2004 uma tendncia de crescimento consecutivo iniciada em 1998.

    Figura 43 Roubos em Residncia no Esprito Santo por Grupo de 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 44 Roubos em Residncia Registrados no Esprito Santo por Ano*.

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 57

    Figura 45 Furtos e Roubos em Estabelecimentos Comerciais Registrados por Bairro na Grande Vitria em 2004.

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 58

    Tabela 18 Furtos de Veculo Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 % Afonso Cludio 4 10 150% Jernimo Monteiro 2 1 -50% gua Doce do Norte 5 1 -80% Joo Neiva 6 3 -50% guia Branca 2 2 0% Laranja da Terra 1 0 -100% Alegre 7 3 -57% Linhares 59 68 15% Alfredo Chaves 5 2 -60% Mantenpolis 1 1 0% Alto Rio Novo 4 4 0% Marataizes 26 25 -4% Anchieta 15 5 -67% Marechal Floriano 5 5 0% Apiac 1 1 0% Marilndia 7 7 0% Aracruz 26 49 88% Mimoso do Sul 9 5 -44% Atlio Vivacqua 1 3 200% Montanha 4 2 -50% Baixo Guandu 11 2 -82% Mucurici 0 1 - B. de So Francisco 11 12 9% Muniz Freire 3 11 267% Boa Esperana 3 1 -67% Muqui 2 2 0% Bom Jesus do Norte 3 2 -33% Nova Vencia 23 3 -87% Brejetuba 1 4 300% Pancas 3 5 67% Cach. de Itapemirim 109 73 -33% Pedro Canrio 8 5 -38% Cariacica 356 311 -13% Pinheiros 4 9 125% Castelo 19 16 -16% Pima 18 15 -17% Colatina 60 92 53% Ponto Belo 0 0 - Conceio da Barra 10 2 -80% Presidente Kennedy 4 0 -100% Conc. do Castelo 1 2 100% Rio Bananal 6 2 -67% Divino So Loureno 0 1 - Rio Novo do Sul 4 7 75% Domingos Martins 5 7 40% Santa Leopoldina 4 1 -75% Dores do Rio Preto 3 4 33% Santa Maria de Jetib 22 11 -50% Ecoporanga 6 1 -83% Santa Teresa 14 14 0% Fundo 6 14 133% So Domingos do Norte 3 3 0% Gov. Lindemberg 0 4 - So Gabriel da Palha 7 20 186% Guau 1 11 1000% So Jos do Calado 0 0 - Guarapari 31 33 6% So Mateus 40 45 13% Ibatiba 9 7 -22% So Roque 6 8 33% Ibirau 7 8 14% Serra 306 413 35% Ibitirama 3 2 -33% Sooretama 8 4 -50% Iconha 4 1 -75% Vargem Alta 4 1 -75% Irupi 2 0 -100% V. N. do Imigrante 4 10 150% Itaguau 7 9 29% Viana 49 26 -47% Itapemirim 13 9 -31% Vila Pavo 5 2 -60% Itarana 3 2 -33% Vila Valerio 0 2 - Ina 3 11 267% Vila Velha 808 733 -9% Jaguar 9 4 -56% Vitria 845 850 1%

    Total 3086 3045 -1% Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 59

    Os registros de furtos de veculo no Esprito Santo em 2004 atingiram a taxa relativizada de 92 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 3% (trs por cento) menor que em 2003, que registrou 95 furtos de veculo por grupo de 100.000 habitantes, interrompendo uma tendncia de crescimento constante iniciada em 1999.

    Figura 46 Furtos de Veculo Registrados no Esprito Santo por 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 47 Furtos de Veculo Registrados no Esprito Santo por Ano*.

    19051676 1712

    1916

    2519

    3086 3045

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    3500

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

    Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 60

    Tabela 19 Roubos de Veculo Registrados no Esprito Santo por Municpio em 2003/2004*.

    Municpio 2003 2004 % Municpio 2003 2004 %

    Afonso Cludio 1 3 200% Jernimo Monteiro 0 1 - gua Doce do Norte 0 0 - Joo Neiva 2 0 -100% guia Branca 1 1 0% Laranja da Terra 0 0 - Alegre 1 0 -100% Linhares 24 15 -38% Alfredo Chaves 1 1 0% Mantenpolis 0 0 - Alto Rio Novo 0 0 - Marataizes 1 2 100% Anchieta 15 7 -53% Marechal Floriano 3 0 -100% Apiac 0 0 - Marilndia 0 0 - Aracruz 6 14 133% Mimoso do Sul 8 5 -38% Atlio Vivacqua 4 3 -25% Montanha 0 2 - Baixo Guandu 2 0 -100% Mucurici 0 0 - B. de So Francisco 1 2 100% Muniz Freire 0 1 - Boa Esperana 0 0 - Muqui 0 0 - Bom Jesus do Norte 0 1 - Nova Vencia 1 2 100% Brejetuba 0 0 - Pancas 0 0 - Cach. de Itapemirim 18 10 -44% Pedro Canrio 5 7 40% Cariacica 357 357 0% Pinheiros 1 3 200% Castelo 1 3 200% Pima 3 0 -100% Colatina 5 10 100% Ponto Belo 0 0 - Conceio da Barra 5 7 40% Presidente Kennedy 0 0 - Conc. do Castelo 0 1 - Rio Bananal 0 0 - Divino So Loureno 0 0 - Rio Novo do Sul 1 1 0% Domingos Martins 7 2 -71% Santa Leopoldina 1 0 -100% Dores do Rio Preto 0 0 - Santa Maria de Jetib 6 1 -83% Ecoporanga 0 0 - Santa Teresa 1 0 -100% Fundo 2 3 50% So Domingos do Norte 0 0 - Gov. Lindemberg 0 0 - So Gabriel da Palha 2 0 -100% Guau 0 0 - So Jos do Calado 0 0 - Guarapari 25 17 -32% So Mateus 17 12 -29% Ibatiba 0 1 - So Roque 2 0 -100% Ibirau 0 2 - Serra 343 299 -13% Ibitirama 0 0 - Sooretama 1 3 200% Iconha 1 2 100% Vargem Alta 1 1 0% Irupi 0 1 - V. N. do Imigrante 1 1 0% Itaguau 0 0 - Viana 40 38 -5% Itapemirim 3 1 -67% Vila Pavo 0 1 - Itarana 1 0 -100% Vila Valerio 0 1 - Ina 1 2 100% Vila Velha 316 284 -10% Jaguar 3 7 133% Vitria 191 181 -5%

    Total 1432 1319 -8% Fonte: DINT/PMES

  • Plano Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social 61

    O ndice de roubos de veculo no Esprito Santo em 2004 foi de 40 furtos por grupo de 100.000 habitantes, 9% (nove por cento) menor que em 2003, que registrou 44 roubos de veculo por grupo de 100.000 habitantes, registrando uma interrupo na tendncia de crescimento iniciada em 1999.

    Figura 48 Roubos de Veculo no Esprito Santo por Grupo de 100.000 Habitantes por Municpio em 2003/2004*.

    Fonte: DINT/PMES

    Figura 49