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República de Angola Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 Dezembro 2012

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República de Angola

Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial

Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017

Dezembro 2012

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ÍNDICE

ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS ............................................................................................................................. 11

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 13

2. DESEMPENHO SOCIO-ECONÓMICO DE ANGOLA 2007-2012 ......................................................... 15

2.1. Desempenho Macroeconómico de Angola ............................................................................................................. 15 2.1.1. Sector Real...................................................................................................................................................................................................... 15 2.1.2. Sector Fiscal ................................................................................................................................................................................................... 17 2.1.3. Sector Monetário e Externo ................................................................................................................................................................... 19

2.2. Desempenho a Nível Sectorial. Síntese de Resultados ..................................................................................... 21

2.3. Principais Reformas e Medidas de Política Adoptadas .................................................................................... 22

2.4. Diagnóstico Sectorial. Fraquezas Críticas e Principais Potencialidades ................................................... 23

3. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL 2007-2012 ............................................................... 25

3.1. Economia Real .................................................................................................................................................................... 25

3.2. Preço Mundial das Commodities ................................................................................................................................. 26

3.3. Inflação .................................................................................................................................................................................. 27

3.4. Taxa de Juro ......................................................................................................................................................................... 28

3.5. Dívida Externa .................................................................................................................................................................... 28

3.6. Investimento ....................................................................................................................................................................... 29

4. QUADRO MACROECONÓMICO PARA 2013-2017 ............................................................................... 31

4.1. Introdução ............................................................................................................................................................................ 31

4.2. Pressupostos do Quadro Macroeconómico para 2013-2017 ........................................................................ 31 4.2.1. Pressupostos das Projecções da Inflação e das Contas Nacionais ...................................................................................... 31 4.2.2. Pressupostos das Projecções Fiscais ................................................................................................................................................. 32 4.2.3. Pressupostos das Projecções Monetárias e das Contas Externas ........................................................................................ 33

4.3. Quadro Macroeconómico .............................................................................................................................................. 35

4.4. Riscos e Limitações das Projecções .......................................................................................................................... 36

4.5. Considerações Finais ....................................................................................................................................................... 37

5. OBJECTIVOS NACIONAIS DE MÉDIO E LONGO PRAZO ...................................................................... 39

5.1. Enquadramento Estratégico de Longo Prazo ....................................................................................................... 39

5.2. Objectivos Nacionais de Médio Prazo ...................................................................................................................... 39

5.3. Articulação entre os Objectivos Nacionais de Médio Prazo e os Objectivos de Longo Prazo ....................................................................................................................................................................................... 39

5.3.1. Políticas Nacionais de Desenvolvimento ......................................................................................................................................... 41

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6. POLÍTICAS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO ................................................................................ 45

6.1. Política de População ...................................................................................................................................................... 45

6.2. Política de Modernização do Sistema de Defesa e Segurança Nacional .................................................... 50

6.3. Política de Apoio à Reintegração Sócio-Económica de Ex-Militares .......................................................... 53

6.4. Política de Estabilidade e Regulação Macroeconómica ................................................................................... 56

6.5. Política de Reforma Tributária e das Finanças Públicas ................................................................................. 59

6.6. Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica ............................................................................................................................................. 62

6.6.1. Promoção e Diversificação da Estrutura Económica Nacional ............................................................................................. 62 6.6.2. Promoção do Emprego e Capacitação e Valorização dos Recursos Humanos Nacionais ........................................ 65 6.6.3. Promoção do Empreendedorismo e do Desenvolvimento do Sector Privado Nacional .......................................... 70 6.6.4. Apoio às Exportações ................................................................................................................................................................................ 74

6.7. Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social ............................. 77

6.8. Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas ................................................................... 79

6.9. Política Integrada para a Juventude ......................................................................................................................... 83

6.10. Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território .................................................... 86

6.11. Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional, em particular na União Africana e na SADC ...................................................................................... 88

7. POLÍTICAS E PRIORIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO SECTORIAL ..................................... 91

7.1. Sectores Económicos ....................................................................................................................................................... 91

7.2. Sectores de Infra-estruturas ......................................................................................................................................103

7.3. Sectores Sociais ................................................................................................................................................................110

7.4. Sectores Institucionais..................................................................................................................................................134

8. POLÍTICAS E PRIORIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL .............................. 153

8.1. A Visão no Âmbito do “Angola 2025” e Sua Concretização no PND 2013-2017 .................................153

8.2. Opções Estratégicas dos Projectos Estruturantes Provinciais ...................................................................155

9. PROJECTOS ESTRUTURANTES PRIORITÁRIOS ................................................................................. 177

9.1. Projectos Estruturantes - Conceito .........................................................................................................................177

9.2. Projectos Estruturantes de Prioridade Nacional ..............................................................................................178 9.2.1. Programa de Projectos Estruturantes na Perspectiva Sectorial ........................................................................................ 180 9.2.2. Projectos Estruturantes de Iniciativa Privada ............................................................................................................................ 189

9.3. Projectos de Clusters Prioritários .............................................................................................................................190 9.3.1. Cluster de Energia e Água...................................................................................................................................................................... 190 9.3.2. Cluster da Alimentação e Agro-Indústria ...................................................................................................................................... 191 9.3.3. Cluster da Habitação ................................................................................................................................................................................ 192 9.3.4. Cluster dos Transportes e Logística ................................................................................................................................................. 192

9.4. Projectos de Outros Clusters ......................................................................................................................................193

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9.5. Outras Actividades .........................................................................................................................................................194

10. DESPESA PUBLICA DE DESENVOLVIMENTO DE MÉDIO PRAZO .................................................. 197

10.1. Despesa Total a Nível Nacional .................................................................................................................................197

10.2. Despesa de Apoio ao Desenvolvimento por Ministério .................................................................................199

10.3. Despesa de Apoio ao Desenvolvimento por Província ...................................................................................200

11. FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL .................................................................. 201

11.1. Financiamento da Despesa Pública.........................................................................................................................201

11.2. Financiamento da Economia Real ...........................................................................................................................201 11.2.1. Financiamento dos Grandes Projectos da Agricultura, Indústria Transformadora, Minas e

Serviços Produtivos ................................................................................................................................................................................. 202 11.2.2. Fontes de Recursos para o Financiamento à Economia Real .............................................................................................. 203

12. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO .............................................................................................. 205

12.1. Introdução ..........................................................................................................................................................................205

12.2. Metas dos Objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento para 2013-2017 ...............................206

ANEXOS ........................................................................................................................................................................ 215

ANEXO 1. Principais Resultados Alcançados a Nível Sectorial no Período 2009-2011.................................217

ANEXO 2. Principais Reformas e Medidas de Política Adoptadas a Nível Sectorial no Período 2009-2011 ..........................................................................................................................................................................221

ANEXO 3. Fraquezas Críticas e Principais Potencialidades a Nível Sectorial .....................................................225

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 2.1. Taxa de Crescimento do PIB Real ............................................................................................... 15

Quadro 2.2. Desempenho do Sector Petrolífero ............................................................................................. 16

Quadro 2.3. Taxas de Crescimento do PIB ....................................................................................................... 17

Quadro 2.4. Indicadores do Sector Fiscal.......................................................................................................... 18

Quadro 2.5. Dívida Pública ..................................................................................................................................... 18

Quadro 2.6. Indicadores do Sector Monetário ................................................................................................ 19

Quadro 2.7. Indicadores do Mercado cambial ................................................................................................ 20

Quadro 2.8. Reservas Internacionais Líquidas ............................................................................................... 21

Quadro 2.9. Balança de Pagamentos .................................................................................................................. 21

Quadro 3.1. Evolução do PIB.................................................................................................................................. 25

Quadro 3.2.Taxa de Inflação .................................................................................................................................. 27

Quadro 3.3.Taxa de Juro.......................................................................................................................................... 28

Quadro 3.4. Dívida Externa .................................................................................................................................... 28

Quadro 3.5. Investimento ....................................................................................................................................... 29

Quadro 4.1. Taxa de Variação do PIB Segundo o Perfil de Produção do Petróleo no Período 2013-2017 ................................................................................................................................................... 32

Quadro 4.2. Quadro Macroeconómico para o Período 2013-2017 ......................................................... 35

Quadro 5.1. Políticas Nacionais de Desenvolvimento e Seus Objectivos .............................................. 41

Quadro 8.1. Síntese dos Projectos Estruturantes Prioritários no Território .................................... 156

Quadro 8.2. Opções Estratégicas e Projectos Estruturantes por Província ....................................... 158

Quadro 9.1. Projectos Estruturantes de Prioridade Nacional ................................................................. 178

Quadro 10.1. Evolução da Despesa Pública de Desenvolvimento e da Despesa de Apoio ao Desenvolvimento (2008-2011) .......................................................................................................................... 198

Quadro 10.2.Quadro da Despesa Pública de Desenvolvimento de Médio Prazo e da Despesa de Apoio ao Desenvolvimento (2013-2017) ................................................................................ 198

Quadro 10.3.Participação Relativa dos Restantes Ministérios ............................................................... 199

Quadro 11.1 Quadro de desembolsos anuais dos investimentos de natureza industrial ............ 202

Quadro 11.2. Quadro dos Fluxos de Recursos de Financiamento ao Empresariado Nacional ....................................................................................................................................................................... 204

Quadro 12.1 Metas dos Objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento para 2013-2017 .............................................................................................................................................................................. 207

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 5.1. Arquitectura do PND 2013-2017 ................................................................................................... 40

Figura 8.1. Angola 2025 - Estratégia De Desenvolvimento Territorial - ............................................. 154

Figura 8.2. Pólos de Desenvolvimento e Eixos de Mobilidade ................................................................ 157

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 2.1. Angola – Taxa de Crescimento do PIB Real e seus Componentes ..................................... 16

Gráfico 2.2. Interacção entre os Mercados Cambiais Primário e Informal .......................................... 20

Gráfico 3.1. Preço Médio do Petróleo Bruto .................................................................................................... 26

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ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

ABC/CFT Anti-Branqueamento de Capitais e Combate ao Financiamento do Terrorismo

ANIP Agência Nacional de Investimento Privado

Bbl Barril

BCE Banco Central Europeu

BNA Banco Nacional de Angola

BoP Balança de Pagamentos

BUE Balcão Único do Empreendedor

CEEAC Comunidade Económica dos Estados da África Central

CNUCED Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento

CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

DAD Despesa de Apoio ao Desenvolvimento

DIP Despesa de Investimento Público

DNI Direcção Nacional de Impostos

DPD Despesa Pública de Desenvolvimento

ENDRH Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos

ENFQ Estratégia Nacional de Formação de Quadros

EP Empresa Pública

EUA Estados Unidos da América

FAA Forças Armadas Angolanas

FIGEA Fundo de Investimento para as Grandes Empresas Angolanas

FMI Fundo Monetário Internacional

IBEP Inquérito Integrado Sobre o Bem-Estar da População

IGAD Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento

INAPEM Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas

INE Instituto Nacional de Estatística

Kz Kwanza

LNG Gás Natural Liquefeito

MPME Micro, Pequenas e Médias Empresas

OEA Organização dos Estados Americanos

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OGE Orçamento Geral do Estado

OMC Organização Mundial do Comércio

PAJ Programa Angola Jovem

PEGAJ Plano Executivo do Governo de Apoio à Juventude

PEP Projectos Estruturantes Prioritários

PERT Programa Executivo da Reforma Tributária

PIB Produto Interno Bruto

PIP Programa de Investimento Público

PIPOT Plano Inter-Provincial de Ordenamento do Território

PLANIRRIGA Plano Nacional Director de Irrigação de Angola

PNB Produto Nacional Bruto

PND Plano Nacional de Desenvolvimento

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PRESILD Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e de Distribuição de Produtos Essenciais à População

PROAPEN Programa de Apoio ao Pequeno Negócio

QFMP Quadro Fiscal de Médio Prazo

QOPM Quadro Operacional para a Política Monetária

RGPH Recenseamento Geral da População e Habitação

RIL Reservas Internacionais Líquidas

SADC Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

DSE Direito de Saque Especial

SIAC Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão

SIIGAT Sistema Integrado de Informação da Gestão da Administração do Território

SNA Serviço Nacional de Alfândegas

UE União Europeia

USD Dólar dos Estados Unidos da América

ZEE Zona Económica Especial

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 13

“As ambições e objectivos do nosso Programa de Governação têm uma forte motivação de justiça social e de desenvolvimento humano. A sua concretização assenta numa estratégia de crescimento económico em que o investimento público e o investimento privado em projectos estruturantes do sector público se constituem na plataforma para o desenvolvimento da economia nacional.”

Eng.º José Eduardo dos Santos, Presidente da República, 26 de Setembro de 2012

1. INTRODUÇÃO

1. O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) para 2013-2017 inicia um novo ciclo da história

e experiência do sistema de planeamento de Angola. De facto, é o primeiro plano de médio

prazo elaborado no quadro da nova Constituição do País e após a aprovação da Lei de Bases

Gerais do Sistema Nacional de Planeamento.

O presente Plano abrange também um período de grande importância para o futuro do País.

Situa-se no meio-percurso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo

“Angola 2025”. Após o grande esforço que foi realizado para reconstruir o País destruído por

décadas de guerra, Angola entrou na fase de Modernização e de Sustentabilidade do

Desenvolvimento, centrada na Estabilidade e Crescimento e na valorização do Homem

Angolano. Esta valorização assenta, em primeiro lugar, na alfabetização e escolarização de

todo o Povo Angolano, que são a base para a formação e qualificação técnico-profissional e

formação superior dos seus Quadros, essenciais ao Desenvolvimento Sustentável,

Equitativo e Pujante de Angola.

2. O PND 2013-2017 será o veículo principal que, à luz da Estratégia Angola 2025, deverá

orientar e intensificar o ritmo e a qualidade do desenvolvimento em direcção ao rumo fixado:

aumentar a qualidade de vida do povo angolano de Cabinda ao Cunene, transformando

a riqueza potencial que constituem os recursos naturais de Angola em riqueza real e tangível

dos angolanos.

“Estabilidade, Crescimento e Emprego” constitui a ideia-força do PND 2013-2017. Sem

Estabilidade, não só Económica, mas também Política, Social e Institucional, não haverá

Crescimento Económico Sustentado e sem este não existirá Emprego. Sem Emprego, não

existirá Riqueza e Rendimento e não se consegue combater a pobreza e melhorar as

condições de vida da População.

Gerar Emprego, Qualificado, Competitivo e Adequadamente Remunerado, em particular

para os Jovens e para as Gerações Vindouras, é um grande objectivo nacional. Para que tal

aconteça, há que garantir os Pressupostos Básicos Necessários ao Desenvolvimento:

Preservar a Estabilidade Macroeconómica; Promover uma Política Nacional de População;

Promover uma Política Activa de Emprego e Valorização dos Recursos Humanos Nacionais;

Aumentar a Produtividade e Transformar, Diversificar e Modernizar a Estrutura Económica

do País.

3. O PND 2013-2017 será o instrumento essencial para que o crescimento da economia

angolana seja essencialmente suportado na diversificação da estrutura económica nacional.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 14

Com este objectivo o PND 2013-2017 contém uma Política Nacional de “Promoção e

Diversificação da Estrutura Económica Nacional”.

4. O processo de diversificação da economia angolana só será viável com um forte

desenvolvimento do sector privado e empresarial angolanos. Por isso, o PND 2013-2017

consagra uma das suas Políticas Nacionais à “Promoção do Empreendedorismo e do

Desenvolvimento do Sector Privado Nacional”.

5. A concretização desta Política deverá permitir obter, dentre outros, os seguintes resultados:

implementar os clusters prioritários (Alimentação e Agro-indústria, Energia e Água,

Habitação e Transportes e Logística); duplicar o montante anual médio de projectos de

investimento privado aprovados pela ANIP e criar um significativo número de empregos.

6. O PND 2013-2017 tem, além de 3 Anexos, 12 Capítulos: a Introdução; dois relativos às

condições de partida (Desempenho Sócio-Económico de Angola e Evolução da Economia

Internacional, no período de 2007 a 2012); e nove previsionais (Quadro Macroeconómico de

Referência 2013-2017, Objectivos Nacionais de Médio e Longo Prazo, Políticas Nacionais de

Desenvolvimento, Políticas e Prioridades para o Desenvolvimento Sectorial, Políticas e

Prioridades para o Desenvolvimento Territorial, Projectos Estruturantes Prioritários,

Despesa Pública de Desenvolvimento de Médio Prazo, Financiamento do Desenvolvimento

Nacional e Sistema de Monitoria e Avaliação).

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 15

2. DESEMPENHO SOCIO-ECONÓMICO DE ANGOLA 2007-2012

2.1. Desempenho Macroeconómico de Angola

2.1.1. Sector Real

7. Nos últimos 5 anos, a economia de Angola cresceu a uma taxa média de 9,2% ao ano. Quando

consideramos apenas a economia não-petrolífera, temos que, a taxa média de crescimento foi

de 12,0% neste período, de que resulta que a produção da economia não petrolífera quase

duplicou nos últimos 5 anos.

Os últimos exercícios de previsão apontam, para o ano de 2012, um crescimento igual a 8,8%,

resultante da combinação de um crescimento igual a 9,0% para a economia não-petrolífera e

igual a 8,5% para a economia petrolífera.

QUADRO 2.1. TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL (%)

PIB PIB np PIB p

2007 23,20 25,40 20,40

2008 13,80 15,00 12,30

2009 2,39 8,31 -5,09

2010 3,50 7,80 -2,87

2011 3,90 9,70 -5,60

2012 * 7,40 9,10 4,30

Preços Constantes de 2002. * Estimado Fonte: Ministério do Planeamento

Tal como o gráfico abaixo ilustra, podemos identificar três momentos no desempenho da

economia angolana, desde 2007. O primeiro momento (2007-2008) caracteriza-se por altas

taxas de crescimento do PIB petrolífero e do PIB não-petrolífero, em resultado da entrada e

produção de importantes campos nos Blocos 15 (Marimba), 17 (Rosa) e 18 (Grande

Plutónio) e de um aumento significativo dos níveis de actividade nos sectores da construção,

agricultura e serviços mercantis.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 16

GRÁFICO 2.1. ANGOLA – TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL E SEUS COMPONENTES

8. O segundo momento (2009-2010), caracterizou-se por um decréscimo da produção

petrolífera acompanhado pela redução do ritmo de crescimento de outros sectores

importantes na estrutura do PIB, como o da agricultura e o dos serviços mercantis. Esta

redução do ritmo de crescimento da economia trouxe grandes desafios à política económica

(diversificação da economia, reformas estruturais, gestão da dívida pública, controlo dos

preços, gestão cambial, melhoria dos índices de competitividade externa, etc.), visto que não

se podia desperdiçar os significativos ganhos económicos e sociais conseguidos nos anos

precedentes.

As principais razões para a queda da produção petrolífera verificada neste período foram as

restrições de produção, devido às operações de manutenção e problemas mecânicos, e o

fraco desempenho do gás de elevação em alguns campos, especificamente no caso do Bloco 2.

Combinando a queda na produção com a redução do preço do petróleo (segundo cálculos da

British Petroleum, o preço médio da Brent desceu de USD 121/barril, no segundo quarto de

2008, para USD 45/barril, no período homólogo de 2009) registou-se, em 2009, uma

significativa redução nas receitas fiscais do Estado, o que levou a contracção da procura

agregada da economia e a consequente queda dos níveis de actividade de sectores

importantes como a agricultura, serviços mercantis e indústria transformadora.

QUADRO 2.2. DESEMPENHO DO SECTOR PETROLÍFERO

Produção Petróleo

(milhões barris/dia) Preço Médio Petróleo

(USD/barril)

2007 1,69 72,4

2008 1,90 92,4

2009 1,80 60,9

2010 1,76 77,9

2011 1,66 110,1

2012* 1,73 103,8

Fonte: Ministério do Planeamento. * Estimado.

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012*

Taxa de crescimento do PIB

Taxa de crescimento do PIB np

Taxa de crescimento do PIB p

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 17

9. O sucesso de um amplo programa do Governo implementado entre 2009 e 2012 que visou

aliviar as pressões de liquidez, restabelecer a confiança do mercado, restaurar a excelente

posição macroeconómica anterior à crise e realizar reformas estruturais importantes,

apoiado pelo Fundo Monetário Internacional com base num acordo Stand-By (através do qual

o Governo de Angola beneficiou de um financiamento de USD 1,4 mil milhões), e, em

particular, a finalização de importantes investimentos, deu lugar ao terceiro momento (2011-

2012), caracterizado pela estabilização do ritmo de crescimento do sector não-petrolífero em

torno de 9,5%, o que constituiu evidência de que a economia não-petrolífera está a ganhar

níveis de sustentabilidade que lhe permitem apresentar um desempenho cada vez menos

dependente do sector petrolífero.

QUADRO 2.3. TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB (%)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 (Est)

Agricultura 27,4 1,9 29,0 6,0 9,2 13,9

Pescas e derivados 9,7 -2,4 -8,7 1,3 17,2 0,0

Diamantes e outros 2,7 -8,2 4,6 -10,3 -0,7 9,0

Petróleo 20,4 12,3 -5,1 -3,0 -5,6 4,3

Indústria transformadora 32,6 11,0 5,3 10,7 13,0 6,0

Construção 37,1 25,6 23,8 16,1 12,0 7,5

Energia 8,6 26,1 21,3 10,9 3,5 11,7

Serviços mercantís 21,8 26,9 -1,5 8,7 9,5 10,0

Outros 4,5 1,9 5,9 4,7 9,6 4,3

PIB a preços de mercado 23,2 13,8 2,4 3,4 3,9 7,4

PIB não Petrolifero 25,4 15,0 8,3 7,8 9,7 9,1

Fonte: Ministério do Planeamento. Preços Constantes 2002.

Como fica ilustrado no quadro acima, três sectores com elevado peso na estrutura do PIB

(agrícultura, indústria transformadora e serviços mercantis) ressentiram, num primeiro

momento, o mau desempenho do sector petrolífero. Entretanto, apesar da continuação da

queda do sector petrolífero, qualquer um dos três sectores referidos retomou ou melhorou a

taxa de crescimento no período seguinte.

2.1.2. Sector Fiscal

10. Um dos pilares do bom desempenho económico de Angola tem sido uma equilibrada política

orçamental. No período em análise, exceptuando o ano de 2009, o saldo do OGE, na óptica do

compromisso, tem sido sistematicamente positivo, em torno do 9,0% do PIB.

O saldo negativo do OGE, registado em 2009, foi resultado da brusca queda nas receitas

fiscais petrolíferas. Esta queda explica também o facto de ser o ano em que as receitas

petrolíferas tiveram o menor peso nas receitas totais e o facto das despesas com o PIP

registarem uma redução significativa.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 18

Para além da acentuada redução nas receitas fiscais petrolíferas, atrasos no processo de

facturação por parte dos contratantes, dificuldades na obtenção de financiamento interno e

algumas fraquezas na gestão das finanças públicas, resultaram na acumulação de atrasados

internos. Para evitar mais graves efeitos sobre a economia interna, a partir de 2010, o

Governo levou a cabo um sólido programa de regularização e não acumulação adicional de

atrasados.

QUADRO 2.4. INDICADORES DO SECTOR FISCAL

(milhões de Kz)

Fonte: Ministério das Finanças

A tabela precedente deixa também claro que o sector petrolífero continua a ter um

significativo peso nas receitas fiscais. Este factor constitui um elemento de risco à gestão

orçamental visto que expõe a economia interna aos choques do mercado petrolífero. Esta

constatação levou o Executivo a implementar um importante programa de reforma tributária

que, entre outros objectivos, visa aumentar a importância das receitas não-petrolíferas no

orçamento.

11. Além de pretender afectar o nível de actividade económica no curto prazo, a política

orçamental de Angola teve em vista a elevação e sustentabilidade da trajectória de

crescimento. Assim, uma atenção especial foi dada à acumulação de capital físico (por via do

Programa de Investimento Público) e à acumulação de capital humano (fixação de um limite

inferior nas despesas com as funções Educação e Saúde).

12. Para financiar os programas de investimento optou-se por recorrer a financiamento interno

e externo, dentro dos limites internacionalmente reconhecidos como sustentáveis. Em 2011,

o stock da dívida pública total foi de USD 31.546,6 milhões, 61,2% do qual constituída por

dívida externa.

QUADRO 2.5. DÍVIDA PÚBLICA

(milhões de USD)

Total Interna Externa Dívida Pública/Receitas (%)

2007 15.256,0 5.334,0 9.922,0 35,5

2008 27.998,0 13.991,0 14.007,0 107,4

2009 27.406,5 12.306,5 15.100,0 76,3

2010 30.363,0 13.389,0 16.974,0 81,0

2011 31.546,6 12.233,8 19.312,8 61,9

2012* 33.314,0 13.180,0 20.134,0 48,0

*Estimativa Fonte: Ministério das Finanças

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 19

Dados referentes ao final de 2011 mostram que 61,3% da dívida externa é comercial, 32,2%

é bilateral e a restante está repartida entre dívida multilateral e dívida a outros fornecedores.

Na mesma altura, a dívida titulada representava 88,2% da dívida interna, estando a restante

repartida em atrasados do PIP (7,4%) e dívida não-titulada (4,4%).

2.1.3. Sector Monetário e Externo

13. A política monetária tem sido conduzida tendo como principais objectivos, a estabilidade do

sistema financeiro nacional e o controlo do nível geral de preços. Uma gestão cuidada da

liquidez e da taxa de câmbio permitiu a redução da taxa de inflação para níveis próximos de

um dígito. Em 2011, registou-se a mais baixa taxa de inflação da história económica de

Angola, o que permite almejar, para 2012, uma taxa de inflação igual à meta de 10% ou

mesmo inferior, uma vez que a taxa homóloga em Agosto de 2012 cifrou-se já em um dígito

(9,87%), conforme o INE (Instituto Nacional de Estatística).

QUADRO 2.6. INDICADORES DO SECTOR MONETÁRIO

(taxa de variação, %)

Fonte: Ministério do Planeamento, Banco Nacional de Angola

Para uma economia com elevado potencial de crescimento como a angolana são esperadas

taxas de inflação entre os 5-8%. Acredita-se que, acima destes níveis, a inflação parece ser

consistente com um crescimento menor do que o possível devido a distorções no

investimento. Assim, o Executivo continuará a priorizar a redução da taxa de inflação usando

instrumentos de política monetária e fiscal (com efeitos no curto prazo) e instrumentos de

política industrial que induzam uma maior produtividade dos factores (no longo prazo).

14. A venda ao mercado, através do BNA, das divisas oriundas dos impostos petrolíferos é

essencial para a normal execução do OGE, bem como para atender a procura de moeda

estrangeira pelas actividades económicas. Por esta razão, a oferta de divisas e de meios de

pagamento ao mercado financeiro deve ser feita de modo a garantir que a taxa de câmbio

nominal se deprecie de forma controlada, por forma a evitar quer pressões inflacionárias,

quer a apreciação contínua da taxa de câmbio real, a qual poderia reduzir a competitividade

de uma indústria ainda nascente face aos produtos importados.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 20

QUADRO 2.7. INDICADORES DO MERCADO CAMBIAL

Mercado primário, USD/Kz

Mercado informal, USD/Kz

Diferencial cambial (primário-informal)

(%)

Venda de divisas pelo BNA

(milhões de USD)

2007 75,00 76,00 1,30 6.718,63

2008 75,20 75,63 0,61 9.199,52

2009 89,39 96,83 8,32 10.636,06

2010 92,64 101,25 9,29 11.612,64

2011 95,28 102,42 7,49 14.839,47

2012 95,83 104,83 9,40 18.660,62

15. Uma variável sinalizadora do grau de estabilidade e do incentivo a informalidade no mercado

cambial é o diferencial entre a taxa de câmbio no mercado primário e a taxa de câmbio no

mercado informal. Como o gráfico abaixo ilustra, este diferencial manteve-se em níveis

baixos até no princípio de 2009. Nesta altura, em resultado de comportamentos

especulativos, aumentou significativamente o diferencial cambial. Para conter o

ressurgimento do mercado informal, o Banco Central elevou os níveis de colocação de divisas

no mercado, ao mesmo tempo que reduziu o diferencial cambial por via da desvalorização

controlada do Kwanza. Desde o princípio de 2010, o diferencial cambial tem-se mantido

estável (embora a um nível mais elevado), com alguma tendência de redução nos meses mais

recentes, para o que, também, tem contribuído o aumento das Reservas Internacionais, o

endividamento prudente e a consolidação fiscal.

GRÁFICO 2.2. INTERACÇÃO ENTRE OS MERCADOS CAMBIAIS PRIMÁRIO E INFORMAL

O volume de reservas internacionais líquidas é um dos principais fundamentos da robustez

da estabilidade macroeconómica de Angola. Nos últimos cinco anos, estas cresceram em

cerca de 100%, o que permitiu cobrir mais de sete meses e meio de importação.

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

-5,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Dez-07 Mar-08 Jun-08 Set-08 Dez-08 Mar-09 Jun-09 Set-09 Dez-09 Mar-10 Jun-10 Set-10 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11

Diferencial cambial (mercado informal - mercado primário) Venda de divisas pelo BNA (milhões de dólares)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 21

QUADRO 2.8. RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS

Fonte: Banco Nacional de Angola

16. Os dados da conta externa de Angola evidenciam um recorrente saldo positivo da Balança de

Pagamentos (BoP), exceptuando o ano de 2009. A sustentar o desempenho positivo da

Balança de Pagamentos esteve a Balança Comercial. Entre 2008 e 2009, a queda desta

balança de USD 42,9 mil milhões para USD 18,1 mil milhões, foi suficiente para que se

incorresse numa situação deficitária na BoP em torno dos USD 4,6 mil milhões, dado que as

balanças de Serviços, Rendimentos e Transferências têm apresentado, estruturalmente,

saldos negativos.

QUADRO 2.9. BALANÇA DE PAGAMENTOS

(milhões de USD)

Fonte: Banco Nacional de Angola

A queda registada, em 2009, na balança comercial resultou, em grande medida, da queda do

preço e da quantidade do petróleo bruto que representa 94% das exportações, combinada

com uma maior rigidez das importações face a uma crise que vinha de fora.

2.2. Desempenho a Nível Sectorial. Síntese de Resultados

17. Caracterizado o desempenho macroeconómico Angolano, apresenta-se uma síntese dos

principais resultados alcançados a nível sectorial (resumidos no Anexo 1), de que se

destacam os seguintes aspectos, no período 2009-2011:

a) Nos Sectores Económicos, os produtos e serviços em rápida expansão, no conjunto do

período 2009-2011, foram os seguintes: Café (43%), Cereais (+34%), Leguminosas (30%),

Frutas (27%), Pesca Continental (311%), Pesca industrial (197%), Bebidas (44%) e

Turistas (34%).

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 22

Os produtos que registaram uma evolução negativa foram os seguintes: Pesca Artesanal (-

47%), Rochas Ornamentais (-31%), Diamante (-11%) e Petróleo (-8%);

b) Nos Sectores de Infraestruturas, as actividades que registaram melhor evolução foram

as seguintes: Serviços de Internet (369%), Instalação de linhas telefónicas (153%),

manuseamento de objectos de correspondência (66%), Utentes de serviço de telemóvel

(46%), Produção de Energia Hídrica (23%), Distribuição de Energia (16%), Construção de

Chafarizes (21%) e Construção de Pontos de Água (9%). Os Transportes registaram

evolução negativa na carga transportada e nos passageiros transportados;

c) Nos Sectores Sociais, merecem destaque pela positiva os seguintes factos: Forte

expansão do número de alunos no ensino não universitário (15%), melhoria da taxa bruta

de escolarização (29 pontos percentuais em 3 anos), incremento do número de aulas

(9%), rápido crescimento do número de alunos matriculados (68%) e de docentes do

ensino superior (21%), aumento do número de bolsas internas (200%) e de bolsas

externas (21%), redução do número de casos de doenças diarreicas agudas (-68%) e de

doenças respiratórias (-24%), progressão da participação feminina na magistratura

pública (9 pontos percentuais) e judicial (7 pontos percentuais), enorme aumento do

número de beneficiários de lares (7 vezes), aumento de número de veteranos de guerra

beneficiados por pensões (mais 6%) e do número de assistidos bancarizados (6 vezes) e,

finalmente, do número de praticantes desportivos (quintuplicou).

Alguns indicadores revelam evolução negativa que importa sublinhar: Crescimento da

taxa de abandono escolar (de 8,8% para 15,5%), redução da taxa de aprovação escolar (de

78% para 72%), aumento do número de casos de malária (21%), de sida (127%) e febre

tifoide (95%), redução do número de leitores da Biblioteca Nacional (-25%) e quebra

sensível do número de visitantes de museus (-23%).

2.3. Principais Reformas e Medidas de Política Adoptadas

18. Foram múltiplas e diversificadas as Reformas e Medidas de Política adoptadas a nível

sectorial, no período 2009-2011. São apresentadas de forma detalhada no Anexo 2, de que as

mais significativas são as seguintes:

No Plano Legal e Regulamentar foram aprovados, designadamente, diplomas sobre:

Programa Municipal de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza; Programação e Gestão

do Investimento Público; Refinação de Petróleo Bruto, Armazenamento, Transporte,

Distribuição e Comercialização de Produtos Petrolíferos; Código Mineiro; Política e Estratégia

de Segurança Energética Nacional; Código de Família e reforço do papel do Conselho

Nacional de Família; Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Financiamento da

Formação Profissional; Política Nacional de Saúde, do novo Estatuto Orgânico do MINSA, da

Política Farmacêutica, do Regime Jurídico de Gestão Hospitalar e do Diploma das Carreiras de

Enfermagem; Juventude e Política Juvenil do Estado; Radiodifusão, Televisão e Conselho Nacional

de Comunicação Social; Princípios Gerais de Recrutamento e Selecção de Candidatos na

Administração Pública; Condições e Procedimentos de Elaboração, Gestão e Controlo dos

Quadros de Pessoal da Administração Pública; Programa de Modernização e Reforma da

Administração da Justiça; Sistema Nacional de Planeamento; Sistema Estatístico Nacional;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 23

Realização do RGPH e Questionários do Recenseamento; Sector Empresarial Público; Apoio ao

Pequeno Negócio e às MPME’s e Balcão Único do Empreendedor; Criação da ZEE Luanda-Bengo;

19. A nível dos Instrumentos de Planeamento e de Governação destacam-se: Plano Nacional

Estratégico da Administração do Território; Implementação do Sistema Integrado de

Informação da Gestão da Administração do Território (SIIGAT); Plano de Apoio a

Comercialização Rural; Plano Director Nacional de Irrigação – PLANIRRIGA; Programa de

Apoio à Mulher Rural; Plano de Ordenamento das Pescas e Aquicultura; Apoio à construção

dos Pólos de Desenvolvimento Industrial de Viana, Fútila, Catumbela e da Fábrica de

Descaroçamento e Fiação de Algodão; Plano Director para o Desenvolvimento do Comércio e

da Infra-estrutura Logística; Plano Director para o Desenvolvimento do Turismo e definição de

planos territoriais e de ordenamento turístico das Províncias; Programa Água para Todos; Plano

Inter-Provincial de Ordenamento do Território (PIPOT) das Províncias da Lunda Norte,

Lunda Sul e Moxico; Plano Director Nacional do Sistema de Transportes de Angola; Plano

Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2021; Descentralização da gestão

administrativa e financeira das instituições de ensino; Adopção das Linhas Mestras para a

Melhoria da Gestão do Subsistema do Ensino Superior e do seu Plano de Implementação;

Estabelecimento de sete (7) Regiões Académicas que delimitam o âmbito territorial de

actuação e expansão das instituições de ensino superior; Cadastro Nacional do Património

Habitacional (Base Dados e Propriedade Horizontal); Demarcação de 13 reservas fundiárias,

em todo território nacional com uma área total de 167.733,32 Hectares, distribuídas em

algumas províncias; Revisão da fórmula de cálculo das prestações sociais e fixação de um

tecto máximo (limite no valor das pensões); Alteração do Modelo Institucional dos Caminhos-

de-Ferro de Angola; Livro Branco das Tecnologias de Informação e Comunicação; Criação de

novos parques nacionais e novas áreas de conservação, incluindo a protecção da palanca

negra, e reabilitação faseada dos parques e reservas ecológicas; Implementação e

operacionalização do Projecto e-GOV; Programa de Modernização e Reforma da

Administração da Justiça; Criação da Sociedade de Desenvolvimento da ZEE Lda-Bgo E.P.

2.4. Diagnóstico Sectorial. Fraquezas Críticas e Principais Potencialidades

20. O desenvolvimento dos diferentes sectores está limitado por vários tipos de Fraquezas Críticas

que devem ser superadas, a breve trecho, por forma a garantir a sustentabilidade e a dinâmica

do processo de desenvolvimento de Angola. No Anexo 3 estão identificadas, por sector

económico, infraestruturas, social ou institucional, as principais Fraquezas Críticas, a nível

sectorial. Entre as mais relevantes podem identificar-se as seguintes de natureza mais

transversal: Elevada taxa de desemprego; Existência de disparidades de género em

múltiplas dimensões; Baixo nível de qualificação da população economicamente activa,

fundamentalmente nas profissões de natureza técnica; Alto índice de analfabetismo no meio

rural; Escassez de quadros com formação académica e profissional qualificada; Escassez de

cursos universitários nas áreas de engenharia e tecnologias; Insuficiente oferta de ensino

técnico-profissional; Deficiente conhecimento e gestão dos vastos recursos agrícolas,

pesqueiros ou minerais; Desestruturação sócio-produtiva das comunidades rurais devido à

falta de infraestruturas sociais e produtivas, com realce para as vias rurais; Ausência de redes

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 24

integradas de comercialização e distribuição de bens alimentares (produtos agrícolas,

produtos da pesca); Reduzidas infraestruturas necessárias para a instalação de indústrias,

principalmente, de água, saneamento e energia eléctrica, agravada pela ausência de uma

política específica de protecção temporária à indústria nacional, sobretudo à nascente;

Reduzida oferta nacional de materiais locais de construção, com forte repercussão nos

custos; Elevados custos de contexto, em particular ao nível do funcionamento da

administração pública e do sistema judicial; Fortes custos portuários e de transporte;

Presença excessiva de empresas do Sector Empresarial Público em vários sectores de

actividade económica; Insuficiente crédito concedido à economia pelo sistema financeiro

nacional para fazer face às necessidades de financiamento da economia real do País;

Finalmente, degradação das condições ambientais, quer através do agravamento da

desertificação quer do frequente aparecimento de ravinas.

21. Todavia, o Pais dispõe de vastas Potencialidades, capazes de transformar as fraquezas em

forças e superar eventuais ameaças que possam surgir. No Anexo 3 estão enumeradas as

principais Potencialidades, por sector económico, infraestruturas, social ou institucional,

das quais se destacam as seguintes, de natureza mais transversal: População bastante

jovem; Abundantes e diversificados recursos naturais (solos de elevada aptidão agrária e

elevada biodiversidade); Abundância de recursos hídricos e extensão do território; Orla

marítima extensa com um considerável nível de biomassa; Grandes reservas de recursos

petrolíferos por explorar e descoberta de novos campos de produção, incluindo no pré-sal;

Diversas ocorrências minerais devidamente identificadas e grande potencial diamantífero;

Elevado Potencial hídrico, eólico, solar e biomassa; Existência de 47 bacias hidrográficas

principais; Condições adequadas para a implantação de pólos de desenvolvimento e

condomínios industriais; Localização privilegiada da ZEE Luanda-Bengo; Identificadas várias

oportunidades para Parcerias Público-Privadas; Principais Infraestruturas ferroviárias e

rodoviárias reabilitadas; Programa de Plataformas Logísticas em fase de implementação;

Oportunidades de exploração turística associadas a novos pólos de desenvolvimento;

Aumento das áreas de conservação ambiental e florestal, bem como a valorização do

património natural e das comunidades; Crescente procura de ensino, a todos os níveis, com a

chegada aos diferentes subsistemas das gerações nascidas neste século, depois do

estabelecimento da Paz em 2002; Forte aposta no desenvolvimento do ensino técnico-

profissional; População jovem disponível para formação profissional; Intensa procura de

ensino superior e necessidade de garantir a disponibilidade de Dirigentes, Quadros,

Professores e Investigadores necessários ao desenvolvimento nacional; Lançamento e

estruturação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Continuidade das acções

de saúde preventiva e de educação para a saúde; Criação de infraestruturas em todas as

reservas fundiárias para a construção de habitação social em todo o território nacional;

Implementação da Reforma Administrativa, a nível central e local, e da Reforma da Justiça; e

Implementação, à escala nacional, da Lei de Bases do Sistema Estatístico Nacional.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 25

3. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL 2007-2012

3.1. Economia Real

QUADRO 3.1. EVOLUÇÃO DO PIB

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Economia Mundial 5,1 5 -0,7 5,1 3,8 3,5

Economias Desenvolvidas 3,0 2,7 1,7 3,1 1,6 1,4

União Europeia 3,1 1,1 -4,2 2 1,7 -0,1

Zona Euro 2,8 2,6 -4,3 1,8 1,6 -0,5

Estados Unidos 2,9 2,2 -3,5 3 1,5 2,2

Japão 2,4 -0,6 -6,5 -0,3 -0,5 2,3

Economias Emergentes 7,9 8,0 2,8 7,3 6,4 6,1

Brasil 3,8 5,4 4,9 7,5 2,9 3,0

China 11,6 11,9 9,2 10,3 9,5 8,2

Índia 9,8 9,3 8,0 9,9 7,4 7,1

África do Sul 5,1 3,6 -1,7 2,9 3,1 3,2

Fonte: IMF, World Economic Outlook, 2012

22. Economia Mundial. Conforme ilustra o quadro acima, a economia mundial registou um

crescimento na ordem dos 5%, no período compreendido de 2007 a 2008, resultante do

robusto crescimento verificado nas economias emergentes (8,0%) e da estabilidade de

crescimento económico que se verificou nas economias desenvolvidas (3,0%). Em 2009, o

seu desempenho foi caracterizado por uma recessão económica na ordem de 0,7%,

resultante do efeito da crise do mercado imobiliário. Para o ano de 2012, prevê-se um

crescimento de cerca de 3,5%, menos 0,3 pontos percentuais e menos 1,6 pontos percentuais

em relação ao ano de 2011 e 2010.

23. Economias Desenvolvidas. O desempenho das economias desenvolvidas no período de

2007 a 2008, registou um crescimento moderado de cerca de 3% e 2,7% respectivamente,

por conta do bom desempenho das economias da UE (3,1%), Zona Euro (2,8%) e dos EUA

(3,0%). A crise económica financeira impactou negativamente, em 2009, as economias

desenvolvidas, de tal modo que certas economias registaram taxas de crescimento negativas,

nomeadamente, as economias do Japão (- 6,5%), Zona Euro (- 4,3%) e EUA (- 3,5%), sendo

que no cômputo geral, a taxa de crescimento foi de 1,7%. Projecta-se para o ano de 2012 um

crescimento modesto de 1,4%, mais 0,2 pontos percentuais relativamente a 2011, sendo o

Japão (2,3%) e os EUA (2,2%) os principais impulsionadores deste crescimento.

União Europeia. O comportamento da economia da União Europeia foi procíclico tendo o

período de 2007 registado taxas de crescimento na ordem dos 3,0%, seguido de um período

de desaceleração económica resultante da crise económica e financeira de 2008. No entanto,

para 2012, estima-se que a União Europeia verifique uma contracção económica na ordem

dos 0,1%, em consequência das incertezas existentes na Zona Euro.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 26

Zona Euro. A Zona Euro registou, nos anos de 2007 e 2008, taxas de crescimento mais

reduzidas (2,8% e 2,6% respectivamente) em relação à União Europeia. Em 2009, a

Zona Euro registou uma taxa de crescimento negativa (na ordem dos 4,3%), exprimindo

uma acentuada recessão. Porém, a lenta recuperação económica da Zona Euro, nos anos

de 2010 e 2011, permitiu alcançar taxas de crescimento razoáveis, de 1,8% e 1,6%,

respectivamente. Para o ano de 2012, estima-se que a Zona Euro registe um crescimento

negativo na ordem dos 0,5%, em virtude da crise financeira que se verifica na Grécia,

Portugal, Espanha e Itália.

24. Economias Emergentes. Nos últimos 5 anos, as economias emergentes têm registado um

crescimento bastante robusto, devido ao elevado nível de actividade económica em países

como o Brasil, China e Índia. Apesar dos efeitos da crise de 2009, as economias emergentes

registaram um crescimento de 2,8%, influenciado positivamente pela China (9,2%) e a Índia

(8,0%). Prevê-se atingir, em 2012, um crescimento económico na ordem dos 6,1%,

impulsionado, em grande escala, pelas economias da China (8,2%) e da Índia (7,1%).

3.2. Preço Mundial das Commodities

25. Tal como demonstra o gráfico abaixo, o período de 2007 a 2008, foi marcado por uma subida

acelerada do preço do petróleo bruto (acima dos USD 90), no mercado internacional, em

consequência do crescimento económico registado nas economias emergentes que procuravam

em grande escala petróleo para desenvolvimento das suas indústrias. Constatou-se uma

redução vertiginosa do preço do petróleo bruto (abaixo dos USD 60), em 2009, como corolário

dos efeitos da crise económica e financeira. A recuperação da economia mundial associada ao

forte crescimento das economias emergentes e dos EUA influenciaram a rápida subida do preço

de petróleo bruto para níveis acima dos USD 100, em 2011, e, no período de 2012, estima-se

atingir um preço médio de USD 102.

GRÁFICO 3.1. PREÇO MÉDIO DO PETRÓLEO BRUTO (USD/BBL)

Fonte: MINPLAN, DNEP

72,9

92,4

60,9 77,9

110,1 104,0

0

20

40

60

80

100

120

2007 2008 2009 2010 2011 2012

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 27

3.3. Inflação

QUADRO 3.2.TAXA DE INFLAÇÃO

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Economia Mundial n.d. n.d. 2,5 3,7 5,0 3,7

Economias Desenvolvidas 2,2 3,4 0,1 1,5 2,7 1,9

União Europeia 2,4 3,7 0,9 2,0 3,0 1,8

Zona Euro 2,1 3,3 0,3 1,6 2,7 2,0

Estados Unidos 2,9 3,8 -0,3 1,6 3,1 2,1

Japão 0,1 1,4 -1,3 -0,7 -0,3 0,0

Economias Emergentes 2,1 3,2 5,2 6,1 7,5 5,9

Brasil 3,6 5,7 4,9 5,0 6,6 5,2

China 4,8 5,9 -0,7 3,3 5,4 3,3

Índia 6,4 8,3 10,9 12,0 8,6 8,2

África do Sul 7,1 11,5 7,1 4,3 5,0 5,7

Fonte: IMF, World Economic Outlook: 2012- April

26. Economia Mundial. Em observação ao quadro acima, os dados disponíveis no período de

2009 a 2010 apontam para uma variação relativa na taxa de inflação na ordem de 1,2 pontos

percentuais. Em 2011, em consequência da forte especulação sobre os preços internacionais

das matérias-primas e dos sinais de recuperação da economia Americana, a inflação mundial

foi de 5%. Porém, em 2012, prevê-se uma redução dos níveis de variação dos preços para os

3,7%.

27. Economias Desenvolvidas. Dados disponíveis indicam que a taxa de inflação nas economias

desenvolvidas, em 2009, atingiu níveis de 0,1%, em virtude de uma política de melhor controlo

dos níveis gerais de preços determinada pelas economias do Japão (-1,3%), China (-0,7%), EUA

(-0,3%) e Zona Euro (0,3%). Em 2011, a taxa de inflação nas economias desenvolvidas atingiu

níveis de 2,7%, em razão do crescimento dos níveis gerais de preço registado nas economias da

UE (3,0%), Zona Euro (2,7%) e dos EUA (3,1%). Para 2012, estima-se que a inflação atinja

1,9%, devido a uma previsão de redução da taxa de inflação da EU (1,8%), Zona Euro (2,0%) e

dos EUA (2,1%).

28. Economias Emergentes. A taxa de inflação nas economias emergentes registou níveis

menores, nos anos de 2007 e 2008 (2,1% e 3,2%, respectivamente). O período de 2009 a

2011 foi caracterizado por aumentos significativos do nível geral de preços e do incremento

dos preços das commodities. Para 2012, estima-se que a inflação registe uma taxa de 5,9%,

em virtude da redução dos preços das commodities e do bom desempenho das economias da

China (3,3%) e do Brasil (5,2%).

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 28

3.4. Taxa de Juro

QUADRO 3.3.TAXA DE JURO

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Zona Euro 3,0 3,0 1,7 2,0 1,75 1,0

Estados Unidos 3,0 2,0 1,0 0,25 0,25 0,25

Japão 2,4 2,0 1,0 1,0 0,25 0,0

Fonte: Banco Central Europeu: Boletim de Estatística Dezembro 2011, USA Federal Reserve, BoJ, BoE

29. As taxas de juro decresceram, como se pode verificar no quadro acima. Destaca-se o

comportamento das taxas de juro na Zona Euro que variaram, no período de 2007 a 2012, de

3,0% a 1,0%, respectivamente, em consequência, sobretudo, da decisão do BCE de reduzir as

taxas de juros para 1%, devido à crise da dívida soberana dos países da Zona Euro. À

semelhança da economia da Zona Euro, as taxas de juro dos EUA, em 2012, eram da ordem

dos 0,25%, como medida do Federal Reserve Bank, de estimular o crescimento económico.

3.5. Dívida Externa

30. Observando o quadro abaixo, pode inferir-se, claramente, que o nível de endividamento das

economias desenvolvidas é excessivo, atingindo níveis que podem traduzir-se como

insustentáveis; por exemplo, no que diz respeito à dívida como proporção do PIB, em 2011, o

Japão atingiu um nível de 227%, a Zona Euro de 120%, os EUA de 106% e a UE de 82%.

As Economias Emergentes, apresentaram no geral, níveis de endividamento à volta dos 24%,

valor bastante conservador em relação ao nível de endividamento das economias

desenvolvidas.

QUADRO 3.4. DÍVIDA EXTERNA % DO PIB

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Zona Euro 66,3 69,1 78,9 85 120,3 118,7*

União Europeia 58,7 63,2 74,3 79,8 82,3 83,7

Estados Unidos 49,3 70,5 87,9 98 106,7 98,9*

Japão 159,5 187,7 196,3 217,3 227 44,3

Economias Emergentes 27 24,1 26,4 25,7 23,6 23,4

China 11,1 8,6 8,6 9,6 10,1 11,5

Índia 18,2 18,3 19,1 19,5 19,2 20

África do Sul 27,1 26,4 27,7 27,1 24,4 26,2

Fonte: IMF, Regional Economic Outlook: Europa, Outubro 2011, Abril 2012. *Principal Global Indicators, Dezembro 2012.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 29

3.6. Investimento

31. Relativamente ao Investimento e tal como ilustra o quadro abaixo, a economia mundial

registou níveis de investimentos modestos, durante os últimos 5 anos, como efeitos da crise

económica e financeira em 2009. Para o ano de 2012, prevê-se atingir 23,8% de níveis de

investimento em percentagem do PIB.

A nível das Economias Desenvolvidas, prevê-se alcançar níveis de investimento bastante

reduzidos, principalmente na Zona Euro, em virtude das incertezas que persistem a nível do

desempenho do sector financeiro.

As elevadas taxas de investimento nas economias emergentes, durante os últimos 5 anos,

suportaram o respectivo crescimento económico.

QUADRO 3.5. INVESTIMENTO % DO PIB

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Economia Mundial 23,7 24,0 22,6 22,6 23,8 23,8

Economia Desenvolvidas

União Europeia 21,3 20,8 18,3 18,0 19,1 19,1

Zona Euro 22,1 22,2 19,7 19,1 19,4 19,4

Estados Unidos 18,8 17,5 14,7 14,6 17,1 17,1

Japão 24,1 23,5 22,0 22,0 22,1 22,1

Economia Emergentes 30,1 31,3 32,2 32,1 32,5 32,3

China 14,7 11,0 20,8 12,0 9,5 11,3

África do Sul 23,2 22,5 19,6 19,3 19,9 21,4

Fonte: IMF, Regional Economic Outlook: 2009, Outubro 2011

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 30

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 31

4. QUADRO MACROECONÓMICO PARA 2013-2017

4.1. Introdução

32. O Quadro Macroeconómico de Referência para 2013-2017 estabelece e fundamenta os

principais pressupostos para a elaboração dos instrumentos de planeamento de curto e

médio prazos, de harmonia com o Despacho Presidencial Interno n.º 08/2012, de 2 de Maio,

nomeadamente, (i), o Plano Nacional de Desenvolvimento para 2013-2017, (ii), o Quadro de

Despesas de Desenvolvimento de Médio Prazo e o Quadro Fiscal de Médio Prazo para 2013-

2017, (iii) o Plano Nacional de Formação de Quadros e, (iv), o Plano Nacional e o Orçamento

Geral do Estado para 2013.

33. Concretamente, o Quadro Macroeconómico de Referência para 2013-2017 define as

premissas e metas e – como resultado de uma primeira iteração do processo de busca de

consistência –, as projecções das contas nacionais, fiscais, monetárias e externas para o

período 2013-2017, tendo em atenção a evolução recente da economia internacional e

nacional, bem como o quadro macroeconómico estabelecido na Estratégia Angola 2025 e o

programa de governação, garantindo, assim, condições para a realização dos objectivos

macroeconómicos do Executivo, em geral, e o de “Crescer Mais e Distribuir Melhor”, em

particular.

34. Além desta Introdução, este Capítulo tem mais quatro secções. A segunda secção estabelece e

fundamenta os principais pressupostos. A terceira secção apresenta o quadro

macroeconómico. A quarta secção descreve os seus riscos e limitações das projecções.

Finalmente, a última secção apresenta uma síntese das principais orientações adoptadas.

4.2. Pressupostos do Quadro Macroeconómico para 2013-2017

4.2.1. Pressupostos das Projecções da Inflação e das Contas Nacionais

35. O quadro macroeconómico para o período 2013-2017, que a seguir se apresenta, visa

preservar a estabilidade macroeconómica e garantir as condições para o crescimento

económico, nos próximos cinco anos, e tem como factores determinantes a sustentabilidade

das contas públicas e das contas externas.

36. Inflação. Nesse quadro, o objectivo de inflação para o período procurou conciliar o objectivo

da preservação da estabilidade macroeconómica, actuando sobre os factores fiscais,

monetários e de custos, de modo que o seu nível se situe abaixo de dois dígitos, por um lado,

com o da convergência macroeconómica definida para os Estados membros da SADC, por

outro lado, acomodando as necessidades de crescimento económico do País.

37. Contas Nacionais. Para o estabelecimento das projecções do produto foi tido em conta o

objectivo de “Crescer Mais e Distribuir Melhor”, em que o sector da economia não petrolífera

assume um papel cada vez mais relevante, essencialmente através da Agricultura, Indústria

Transformadora, Construção, Energia e Serviços.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 32

38. Produção Petrolífera. A actividade petrolífera apresenta factores de incerteza muito

grandes, tanto no que toca aos volumes de produção como ao nível dos preços, tendo-se

considerado um perfil de produção, dentro das reservas garantidas, de crescimento

moderado mas contínuo.

39. Assumindo que o comportamento do sector não petrolífero e demais pressupostos se mantenham iguais, em todos os casos, a evolução do PIB seria a que consta da tabela a seguir.

QUADRO 4.1. TAXA DE VARIAÇÃO (%) DO PIB SEGUNDO O PERFIL DE PRODUÇÃO DO PETRÓLEO NO

PERÍODO 2013-2017

2011 Exec

2012 Prog

Projecção Média 2013-2017 2013 2014 2015 2016 2017

PIB pm 3,9 7,4 7,1 8,0 8,8 7,5 4,3 7,1

PIB petrolífero -5,6 4,3 6,6 4,5 4,0 3,8 -9,8 1,7

PIB não petrolífero 9,7 9,1 7,3 9,7 11,2 9,2 10,4 9,5

Prod. Petrolífera (MBbl)/dia 1.660,0 1.731 1.845 1.929 2.007 2.083 1.880 1.947

40. Preço do Petróleo. Em relação aos preços do petróleo, embora alguns analistas afirmem que

o mercado espera preços acima dos USD 100/bbl, em 2012, mantendo constante a

conjuntura actual, na verdade é preciso que se tenha em conta a grande volatilidade,

constatada num passado recente, bem como a incerteza que reina quanto ao desfecho da

crise das dívidas europeias, além da existência de variáveis exógenas que induzem

flutuações.

41. Considerando as perspectivas, bastante incertas, de evolução da economia internacional, com

forte incidência na produção e preço do petróleo, optou-se por um ritmo de crescimento

médio anual do PIB (7,1%), fortemente impulsionado pelo ritmo de crescimento do sector

não petrolífero (9,5%), que será mais do que o quíntuplo do projectado para o sector

petrolífero (1,7%). Esta evolução deverá exprimir o grande esforço de diversificação da

economia a realizar nos próximos 5 anos.

4.2.2. Pressupostos das Projecções Fiscais

42. As projecções fiscais têm em conta o perfil das contas fiscais dos últimos cinco anos

(incluindo a projecção para o ano de 2012), onde são considerados todos os fluxos relevantes

de receitas e despesas, independentemente da sua eventual natureza quase-fiscal.

43. No sentido de assegurar a sustentabilidade das contas do Estado, assumiu-se como âncora o

Saldo Primário Não-Petrolífero, que demonstra a percentagem da despesa coberta por

receita não-petrolífera em relação ao PIB não petrolífero, objectivando-se que tal indicador

seja decrescente, alcançando níveis inferiores a 35% em 2017. Associado a isso, considerou-

se também o alcance de um nível de endividamento ideal não superior a 30% do PIB,

conforme indicadores da estratégia da dívida de médio prazo.

44. Tendo em atenção esses elementos, as projecções incorporam as seguintes hipóteses:

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 33

a. Aumento da receita fiscal não petrolífera, como consequência do impacto positivo na

arrecadação das medidas do Programa Executivo da Reforma Tributária (PERT) e do

aumento do peso do sector não petrolífero na economia nacional;

b. Perfil da despesa em Bens e Serviços que acautela a cobertura adequada dos custos de

operação e manutenção das instituições prestadoras de serviços públicos (de saúde, de

educação e de assistência social a crianças e idosos) e do funcionamento das instituições

do Estado, ao mesmo tempo que assegura a sua racionalidade com a garantia do rigor no

processo de realização da despesa pública;

c. Perfil das Transferências (Prestações Sociais) em linha com a necessidade de assegurar

a abrangência das prestações a todos os cidadãos com direito às mesmas, nos termos da

lei;

d. Redução dos subsídios a preços, nomeadamente a redução da subvenção ao preço dos

combustíveis como resultado do aumento do preço, numa primeira fase, e da

implementação do novo mecanismo de preço, no âmbito da liberalização do sector de

distribuição dos combustíveis, que prevê a existência de preços máximos;

e. Aumento moderado das despesas de investimento para nível próximo dos 12% do PIB,

mas numa média que não ultrapassa o crescimento real do produto; e

f. Incorporação das despesas de investimento cobertas com facilidades de financiamento

já contratadas e, consequentemente, dos desembolsos externos de tais facilidades, com

base num perfil de implementação dos projectos contratados.

45. Consideradas essas hipóteses, foi apurado o gap de financiamento, para cuja cobertura se

recorre a (i) endividamento interno, (ii) endividamento externo e (iii) uso das poupanças do

Estado.

46. No que se refere ao endividamento interno, procurou-se usar o espaço proporcionado pelas

amortizações projectadas; quanto ao endividamento externo, considerou-se um cenário de

levantamento anual de cerca de US$1.500 milhões de empréstimos financeiros, entendido

como limite desejável e factível; com relação ao uso de poupanças, assumiu-se que, a partir

de 2014 e com o perfil de acumulação de recursos do Fundo Petrolífero, cerca de US$5,6 mil

milhões – montante em excesso aos US$18 mil milhões avaliados como devendo ser

acumulados no Fundo –, poderiam ser afectados à cobertura de despesas do Orçamento Geral

do Estado.

4.2.3. Pressupostos das Projecções Monetárias e das Contas Externas

47. Monetários. No cumprimento da sua principal atribuição – a de promover a estabilidade dos

preços –, o Banco Nacional de Angola tomou em consideração a contínua implementação do

actual Quadro Operacional para a Política Monetária (QOPM), no sentido da migração para

um Sistema de Metas de Inflação.

48. Com o QOPM, a Taxa BNA e as taxas de juro de Facilidades Permanentes de Cedência e

Absorção de Liquidez passaram a ser os principais instrumentos da política monetária,

tendo, como variável intermédia, o M2, para a condução da mesma, com objectivo de alcançar

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 34

a inflação definida pelo Executivo (dando assim um carácter flexível à introdução do sistema

de metas de inflação).

49. Neste âmbito, as projecções do M2 têm em conta os objectivos da inflação definidos para o

quinquénio 2013-2017, bem como a perspectiva das Despesas Públicas e de crescimento

económico.

50. Considerou-se igualmente, a contínua introdução de regulamentação macro prudencial, com

um sentido de convergência às normas e standards internacionais, de carácter preventivo aos

riscos de estabilidade financeira suportados por uma supervisão forte e rigorosa.

51. Tendo em conta os elementos anteriores, as projecções do sector monetário adoptaram as

seguintes premissas:

a. A desaceleração da inflação nos dois primeiros anos, seguida de uma certa estabilidade,

apontando-se os 7%, como patamar superior desse indicador, ao longo dos últimos 3

anos do exercício;

b. O crescimento dos Meios de Pagamento, induzido pela entrada em vigor do novo Regime

Cambial para o sector petrolífero, em 2013, com a perspectiva de um efeito de

estabilização do seu efeito nos períodos seguintes;

c. O perfil da produção petrolífera e a trajectória de crescimento do PIB; e

d. O perfil das Despesas Públicas.

52. Externos. Tendo em atenção os riscos inerentes ao desempenho da economia mundial e a

necessidade de se garantir a execução da despesa fixada no Quadro Fiscal, as estimativas da

Balança de Pagamentos para o sexénio 2012-2017, tiveram os seguintes pressupostos:

a) CONTA CORRENTE. Estima-se que a conta venha a apresentar resultados decrescentes,

sendo superavitária, de 2012 a 2015, e deficitária, em 2016 e 2017.

Para a obtenção desses resultados, contribuiu o apuramento de receitas com um

comportamento crescente, fruto do forte crescimento dos volumes exportados de

petróleo e diamantes, apesar da redução dos preços desses produtos, bem como as

estimativas de exportação de gás do projecto Angola LNG. Prevê-se que o forte

crescimento esperado da economia seja impulsionado pelo investimento directo e o uso

de linhas de crédito provocando em contrapartida aumentos significativos das despesas

fundamentalmente com a importação de bens e serviços.

b) CONTA DE CAPITAL E FINANCEIRA. Foram considerados: i) financiamento resultante do

nível de receitas de exportação versus cobertura de despesas; ii) estimativas dos lucros

reinvestidos; iii) taxas de crescimento do PIB; iv) endividamento externo do Quadro

Fiscal; v) estimativas do endividamento externo da SONANGOL-EP; vi) taxa de câmbio

KZ/USD; e vii) crédito a 30 dias das exportações petrolíferas.

Aqui, prevê-se alcançar saldo deficitário, em 2012, e saldos superavitários, nos restantes

cinco anos, resultantes, fundamentalmente, da entrada de capitais, nomeadamente

investimento directo e de novos financiamentos, cuja contracção significativa espera-se

assistir a partir de 2013, justificado pela insuficiência de auto financiamento a partir das

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 35

receitas obtidas, assim como pela criação do fundo petrolífero de 100.000 barris dia,

cujos depósitos em correspondentes reflectem saídas de activos em outros capitais.

c) RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS. Adoptaram-se os seguintes pressupostos: i) saldo

da Balança Global; ii) desembolso do financiamento ao abrigo do Acordo Stand By, em

2012, e programa de reembolso ao FMI, no período 2012-2016; iii) taxa de câmbio

SDR/USD; e iv) Reservas Brutas com cobertura de importações de bens e serviços igual

ou superior a 9 meses.

Prevê-se que o saldo global da Balança de Pagamentos apresente excessos de

financiamento decrescentes, justificados pelos resultados da conta de bens, fortes

entradas de investimento e avultados desembolsos (linhas de crédito), o que permitirá a

acumulação de reservas em magnitudes simétricas, baseado no pressuposto da

inexistência de acumulação de atrasados da dívida externa pública.

4.3. Quadro Macroeconómico

53. Com base nos pressupostos apresentados, estabeleceu-se o seguinte Quadro

Macroeconómico para o período 2013-2017:

QUADRO 4.2. QUADRO MACROECONÓMICO PARA O PERÍODO 2013-2017

2011 Exec

2012 Prog

Premissas, Metas/Objectivos

2013 2014 2015 2016 2017

Inflação anual (%) 11,4 10,0 9,0 8,0 7,0 7,0 7,0

Produção Petrolífera Anual (milhões de barris)

605,9 633,6 673,6 704,0 732,5 760,4 686,0

Média diária 1,66 1,73 1,85 1,93 2,01 2,08 1,88

Preço médio de exportação do petróleo bruto (US$)

110,1 103,8 96,0 93,4 92,0 89,9 89,4

Produto Interno Bruto

Valor nominal (mil milhões de Kz) 9.780,1 10.829,9 11.951,2 13.220,3 14.997,3 16.808,8 18.513,0

Taxa de crescimento real (%) 3,9 7.4 7.1 8.0 8.8 7,5 4.3

Sector petrolífero -5,6 4.3 6.6 4.5 4,0 3.8 -9.8

Sector não petrolífero 9,7 9,1 7,3 9,7 11,2 9,2 10,4

Saldo Primário Não Petrolífero (% do PIB não petrolífero)

-48,2 -38,6 -46,1 -37,8 -30,8 -25,2 -19,5

Stock RIL (Milhões US$) 26.084,2 32.241,5 40.308,9 45.532,7 47.746,5 50.751,5 53.890,5

Taxa de câmbio 94,0 96,4 96,3 97,8 99,1 100,1 102,7

Taxa de crescimento directo do M2 33,5 21,4 20,3 15,7 19,5 16,7 18,7

Investimento Directo (líq.) -4.613,0 -1.119,8 -1.652,3 -1.239,0 -811,4 3.139,2 6.264,0

a) A inflação acumulada em 2011 foi de 11,4%, a mais baixa de sempre, e, de acordo

com os dados do INE, no primeiro semestre de 2012 a taxa de inflação homóloga foi

de 10,1%, mantendo a tendência decrescente, prevendo-se que no final do ano se

situe em torno dos 10%. Para os próximos anos é esperada uma redução para níveis

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 36

de 1 dígito, sendo que no final da legislatura se prevê que a inflação se situe no

patamar superior da banda da SADC (7,0%);

b) A produção diária média de petróleo, para 2012, está estimada em 1,73 milhões de

barris e o preço médio do petróleo da rama angolana poderá situar-se nos US$103.8

por barril, no caso de, no segundo semestre, verificar-se comportamento similar ao

do primeiro semestre. Para o quinquénio, considerou-se uma produção média de

1.95 milhões de barris/dia e um preço médio de USD 92 por barril.

c) Os pressupostos assumidos indiciam que o sector não petrolífero terá uma

importância cada vez maior na estrutura sectorial do PIB, mercê das taxas de

crescimento real daquele serem significativamente mais elevadas do que as do sector

petrolífero. Desta feita, a taxa de crescimento médio do PIB, nos próximos cinco anos,

será de 7,1%, com o sector não petrolífero a crescer 9,5% e o sector petrolífero não

mais do que 1.7%. Tal comportamento está em linha com o objectivo de maior

diversificação da Economia Nacional.

d) O Saldo primário não petrolífero em percentagem do PIB, que, em 2011, foi de -48,2%

tenderá, ao longo do período, para níveis menos negativos, principalmente nos dois

últimos anos em que será de -25,2 e -19,5,1% em 2017, respectivamente.

e) A taxa de câmbio média, no período, apresenta-se com um comportamento estável,

pois resulta essencialmente de dois propósitos: (i) a acumulação de reservas, que

continuará a ser um pilar da estabilidade macroeconómica, na perspectiva de situar o

stock das reservas internacionais líquidas sempre acima da meta de convergência da

SADC (6 meses de importação); e (ii) considerar a depreciação da taxa de câmbio

como factor de poupança externa.

4.4. Riscos e Limitações das Projecções

54. Contas Nacionais. O comportamento da procura mundial pelo petróleo bruto, nos próximos

cinco anos, poderá constituir-se num factor de risco para as projecções do PIB. Uma eventual

queda da procura levaria a uma redução dos preços, que poderia implicar a diminuição das

quotas de produção da OPEP.

55. Fiscais. Identificam-se como principais riscos associados às projecções, os seguintes:

a. Nível do preço de petróleo bruto: embora o perfil de preços assumido seja conservador,

o impacto na economia mundial de um cenário de desfecho da dívida da Europa com a

saída de alguns países do Euro é imprevisível, podendo daí resultar preços mais baixos

do que os antecipados.

b. Arrecadação fiscal não petrolífera: um desempenho menos favorável do sector não

petrolífero e do PERT terá impacto negativo na arrecadação fiscal não petrolífera,

afectando a capacidade de cobertura da despesa.

c. Redução dos subsídios: as projecções incorporam a redução da subvenção ao preço dos

combustíveis derivados do petróleo bruto, o que, sendo uma medida do Executivo,

está, contudo, sujeita a riscos políticos; dados os seus efeitos, a eventual elevação dos

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 37

preços dos combustíveis é uma medida economicamente necessária mas politicamente

sensível.

d. Endividamento: com os pressupostos assumidos e as hipóteses consideradas, a

capacidade de endividamento está estabelecida, mas um risco presente é a

possibilidade efectiva de levantamento da liquidez perspectivada, que decorrerá da

conjuntura dos mercados financeiros interno e externo.

56. Monetários e Externos. Para além de alguns já descritos, listam-se os seguintes factores de

risco das projecções:

a. Incumprimento das projecções de crescimento do PIB, podendo criar um

desalinhamento das projecções dos agregados monetários, obrigando à sua correcção

através da introdução de medidas restritivas de política monetária, utilizando

instrumentos clássicos;

b. Impacto no crescimento dos meios de pagamento e das taxas de câmbio da introdução

do novo regime cambial do sector petrolífero;

c. Comportamento da oferta e dos preços dos bens e serviços importados dos principais

parceiros de importação de Angola;

d. Capacidade de atracção de investimento estrangeiro para a economia nacional; e

e. Nível baixo de reinvestimento dos lucros e dividendos obtidos na economia nacional.

57. A materialização dos mais importantes factores de risco listados implicaria a revisão do

quadro macroeconómico de referência.

4.5. Considerações Finais

58. O quadro de pressupostos macroeconómicos apresentado está em harmonia com os

objectivos de crescer mais, situar a inflação anual ao nível de um dígito e assegurar o

crescimento contínuo das Reservas Internacionais Líquidas, que garanta a solvabilidade

externa do País e a protecção da Economia Nacional contra eventuais choques externos.

59. A taxa média de crescimento do produto, resultante do cenário apresentado, é sustentada

pelo desempenho do sector não petrolífero, em linha com os objectos de uma maior

diversificação da Economia Nacional.

60. O crescimento dos meios de pagamento está em linha com o crescimento do PIB, objectivos

de inflação, com atenção para a estabilidade do Sistema financeiro.

61. Aos pressupostos e às projecções – em particular os do sector petrolífero, caracterizado por

um elevado grau de incerteza, tanto relativamente às projecções da produção, como ao preço

médio do barril –, estão associados riscos cuja materialização implicaria a revisão do quadro

macroeconómico de referência.

62. Alguns dos pressupostos e projecções resultantes requerem a adopção de medidas de

política económica cuja implementação deverá ter em perfeita consideração o ciclo político

nacional e basear-se numa estratégia bem concebida.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 38

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 39

5. OBJECTIVOS NACIONAIS DE MÉDIO E LONGO PRAZO

5.1. Enquadramento Estratégico de Longo Prazo

63. O Plano Nacional de Desenvolvimento de Médio Prazo (2013-2017) tem o enquadramento

estratégico de longo prazo estabelecido pela Estratégia Nacional “Angola 2025”, que fixa as

Grandes Orientações para o Desenvolvimento de Angola, de que se destacam:

1. Garantir a Unidade e a Coesão Nacional;

2. Construir uma Sociedade Democrática e Participativa, garantindo as liberdades e direitos

fundamentais e o desenvolvimento da sociedade civil;

3. Promover o Desenvolvimento Humano e o Bem-Estar dos Angolanos, assegurando a

Melhoria da Qualidade de Vida, Combatendo a Fome e a Pobreza Extrema;

4. Promover o Desenvolvimento Sustentável, Competitivo e Equitativo, garantindo o Futuro

às Gerações Vindouras;

5. Promover o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação;

6. Apoiar o Desenvolvimento do Empreendedorismo e do Sector Privado;

7. Desenvolver de Forma Harmoniosa o Território Nacional;

8. Promover a Inserção Competitiva da Economia Angolana no Contexto Mundial e Regional.

5.2. Objectivos Nacionais de Médio Prazo

64. O Plano Nacional de Desenvolvimento de Médio Prazo 2013-2017 pautar-se-á, em consonância

com o seu enquadramento estratégico, pelos seguintes Grandes Objectivos Nacionais:

1. Preservação da unidade e coesão nacional;

2. Garantia dos pressupostos básicos necessários ao desenvolvimento;

3. Melhoria da qualidade de vida;

4. Inserção da juventude na vida activa;

5. Desenvolvimento do sector privado;

6. Inserção competitiva de Angola no contexto internacional.

5.3. Articulação entre os Objectivos Nacionais de Médio Prazo e os Objectivos de Longo Prazo

65. Nos Quadros seguintes procede-se à enumeração das Políticas Nacionais, indicando os seus

objectivos específicos e explicitando a sua ligação aos objectivos da Estratégia de

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 40

Desenvolvimento de Longo Prazo “Angola 2025”. Esta Estratégia e o Programa de Governo

para 2013-2017 constituem os Fundamentos do PND 2013-2017 e que enformam os seus

Objectivos Nacionais. As Políticas Nacionais de Desenvolvimento, são o enquadramento das

Políticas de Desenvolvimento Sectorial e de Desenvolvimento Territorial, à luz das quais devem

ser analisados e avaliados os Projectos Estruturantes Prioritários (PEP).

FIGURA 5.1. ARQUITECTURA DO PND 2013-2017

Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo “Angola 2025” e Programa de Governo 2012-2017

FUNDAMENTOS

Visão de Futuro, Grandes Objectivos e Prioridades Nacionais de Longo Prazo

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO

Preservação da Unidade e Coesão Nacional, Garantia dos Pressupostos Básicos Necessários ao Desenvolvimento, Melhoria de Qualidade de Vida, Inserção da Juventude na Vida Activa, Desenvolvimento do Sector Privado e Inserção Competitiva de Angola no Contexto Internacional

OBJECTIVOS DO PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 2013-2017

Objectivos, Indicadores de Objectivos, Prioridades, Programas de Acção Fundamentais (Objectivos e Medidas de Política)

POLÍTICAS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO

Objectivos, Prioridades, Indicadores de Objectivos e Medidas de Política

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SECTORIAL

Opções Estratégicas

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO

TERRITORIAL

PROJECTOS ESTRUTURANTES PRIORITÁRIOS

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 41

5.3.1. Políticas Nacionais de Desenvolvimento

QUADRO 5.1. POLÍTICAS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO E SEUS OBJECTIVOS

OBJECTIVOS PLANO POLÍTICAS NACIONAIS PLANO

OBJECTIVOS POLÍTICAS NACIONAIS PND 2013-2017 OBJECTIVOS POLÍTICAS ANGOLA 2025

PRESERVAÇÃO DA UNIDADE E COESÃO NACIONAL

População

Reduzir a incidência da pobreza e as desigualdades sociais; Melhorar substancialmente o nível de vida das famílias, promovendo um

adequado equilíbrio entre a redução da fecundidade e a queda da mortalidade; Reduzir significativamente as mortalidades materna, mortalidade infantil e

infanto-juvenil; Reequilibrar a distribuição da população pelo território, criando incentivos à

mobilidade das populações; Aumentar o grau de escolarização dos jovens e diminuir o número de

analfabetos adultos, em particular da população rural, de forma a elevar o nível de conhecimento e qualificação da população;

Promover a qualificação e formação profissional de jovens e adolescentes, visando a sua inserção no mercado de trabalho e na vida económica;

Elevar o nível de bem-estar e a independência económica da população idosa; Promover a dignidade, a autonomia e a auto-suficiência económica dos

indivíduos portadores de deficiência; Promover, com o apoio da sociedade civil, a igualdade de direitos, obrigações e

oportunidades entre homens e mulheres; Respeitar e valorizar a identidade e singularidade dos grupos etno-linguísticos; Melhorar o nível de informação e conhecimento das variáveis que caracterizam a

população e sua evolução, seja através do Censo Nacional de População e Habitação, a realizar em 2014, seja das estatísticas e inquéritos regulares.

Melhorar, de forma sustentada, as condições de vida da população, mediante a alteração das tendências demográficas e a intervenção activa da população no processo de desenvolvimento e de reconstrução do País;

Manter em nível relativamente elevado, o crescimento natural da população, de forma a povoar o vasto território nacional, através do efeito conjugado de uma mais rápida queda da mortalidade e de uma regressão mais lenta da fecundidade.

Modernização do Sistema de Defesa e Segurança Nacional

Melhorar e Modernizar o Sistema de Defesa Nacional; Melhorar e Modernizar o Sistema de Segurança Nacional.

Preservar a União e a Coesão Nacional; Assegurar os pressupostos fundamentais da Defesa e da

Segurança Nacional, interna e externa, como condição fundamental para a estratégia de reforço da democracia e da promoção do desenvolvimento nacional, bem como da inserção regional e mundial de Angola.

Apoio à Reintegração Sócio-Económica de Ex-Militares

Promover acções de reintegração económica e social de ex-militares de forma específica, através da formação e capacitação profissional;

Criar mecanismos adicionais de apoio às famílias dos ex-Militares, de modo a garantir-lhes os meios necessários à manutenção das condições básicas de vida.

Promover a dignificação dos Ex-Militares, em reconhecimento à sua participação da Luta de Libertação Nacional;

Assegurar a reinserção sócio-económica e profissional dos ex-Militares.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 42

OBJECTIVOS PLANO POLÍTICAS NACIONAIS PLANO

OBJECTIVOS POLÍTICAS NACIONAIS PND 2013-2017 OBJECTIVOS POLÍTICAS ANGOLA 2025

Reforma Tributária e das Finanças Públicas

Diversificar as fontes de receita e aumentar a estabilidade financeira nacional, através da implementação de medidas que aumentem a receita tributária não petrolífera e garantam um efectivo combate à evasão e fraude fiscais;

Garantir a estruturação do sistema de gestão das finanças públicas, fazendo acompanhar a desconcentração e descentralização da administração pela desconcentração e descentralização financeira, nomeadamente revendo as competências da Administração Tributária, a nível central e local.

Implementar, de forma coordenada e faseada, a reforma tributária, garantindo-se o necessário alargamento da base tributável e um efectivo combate à evasão e fraude fiscais;

Garantir a estruturação do sistema de gestão das finanças públicas, fazendo acompanhar a desconcentração e descentralização da administração pela desconcentração e descentralização financeira;

Modernização da Administração e Gestão Públicas

Assegurar a elevação contínua da qualidade dos órgãos e serviços da Administração Pública ao nível da prestação de serviço público ao cidadão e em benefício da Economia;

Melhorar a relação entre a administração e os agentes económicos e consolidar o exercício dos direitos e deveres de cidadania consagrados na Constituição e demais legislação;

Reforçar o sentido de missão e o comprometimento do servidor público para com a prestação de serviços de melhor qualidade para o cliente, utente e consumidores;

Melhorar a eficiência do sistema nacional de planeamento e da administração financeira, para que o planeamento seja um verdadeiro instrumento de gestão orientado para os resultados, com a consequente criação das condições de melhoria do funcionamento do Estado;

Melhorar a informação estatística oficial, com base na qual o Estado possa fundamentar as suas políticas e “monitorizar” a respectiva execução, bem como determinar o seu grau de eficácia;

Aproximar os órgãos de decisão das populações e das situações a atender, criando as autarquias locais e dotando-as de maior capacidade para exercerem com eficiência e eficácia um serviço público de maior qualidade e oportunidade;

Utilizar novos instrumentos de financiamento de investimentos públicos, com destaque para as Parcerias Público Privadas

Contribuir para o desenvolvimento económico e social do País, promovendo, nomeadamente, a satisfação de necessidades fundamentais da população e a criação de uma maior eficiência e competitividade da economia e do sector empresarial;

O estabelecimento e a implementação de forma progressiva de um Programa de Desconcentração e Descentralização Administrativa.

Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território

Assegurar o desenvolvimento equilibrado e equitativo do território, valorizando o potencial de cada área, para o reforço da economia e o desenvolvimento nacional.

Combater os desequilíbrios territoriais existentes no País, através do desenvolvimento de uma rede de pólos de desenvolvimento, pólos de equilíbrio, plataformas de internacionalização e eixos de desenvolvimento, consolidados e potenciais.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 43

OBJECTIVOS PLANO POLÍTICAS NACIONAIS PLANO

OBJECTIVOS POLÍTICAS NACIONAIS PND 2013-2017 OBJECTIVOS POLÍTICAS ANGOLA 2025

GARANTIA DOS PRESSUPOSTOS BÁSICOS NECESSÁRIOS AO DESENVOLVIMENTO

Estabilidade e Regulação Macroeconómica

Situar a inflação acumulada anual abaixo dos dois dígitos; Garantir a provisão de bens e serviços públicos e semi-públicos, sem colocar

em risco a sustentabilidade das contas públicas; Assegurar a manutenção de um nível adequado de Reservas Internacionais

Líquidas (RIL), para a garantia da solvabilidade externa do País e a protecção da economia nacional contra eventuais choques externos.

Criar as condições de estabilidade, eficácia e eficiência da economia, de forma a garantir a sustentabilidade do desenvolvimento a longo prazo, nomeadamente através de: - Redução da inflação de forma sustentada para níveis de um

dígito; - Obtenção de saldos orçamentais correntes positivos e

saldos orçamentais globais (excluindo investimentos públicos de tipo estruturante) em relação ao PIB, próximos do equilíbrio;

- Estabilidade cambial e esvaziamento da função do mercado paralelo;

- Reorganização do sistema financeiro

Promoção do Crescimento Económico,do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica: i) Promoção e Diversificação da Estrutura Económica do País

Promover o crescimento equilibrado dos vários sectores de actividade económica, centrado no crescimento económico e na expansão das oportunidades de emprego;

Valorizar os recursos naturais, possibilitando o alongamento das cadeias de valor e a construção de clusters e fileiras com base nos recursos endógenos;

Aumentar a auto-suficiência do País, através da gradual substituição selectiva/competitiva das importações;

Ampliar a diversificação da economia através do fomento empresarial privado.

Sustentar a desenclavização da economia angolana, através do apoio à diversificação e surgimento de novas actividades valorizadoras dos recursos minerais do País, tendo em vista o desenvolvimento de um “cluster” centrado nos recursos minerais (“geoindústria”);

Alcançar níveis elevados de emprego, produtividade e competitividade, bem como a valorização e a diversificação estrutural da economia angolana.

ii) Promoção do Emprego e Capacitação e Valorização dos Recursos Humanos Nacionais

Promover uma política de prioridade ao emprego e à valorização dos recursos

humanos nacionais; Promover a inserção e reinserção na vida activa; Apoiar a Formação Profissional ao Longo da Vida; Modernizar a Organização do trabalho.

Promover o acesso de todos os angolanos a um emprego

produtivo, qualificado, remunerador e socialmente útil e assegurar a valorização sustentada dos recursos humanos nacionais.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 44

OBJECTIVOS PLANO POLÍTICAS NACIONAIS PLANO

OBJECTIVOS POLÍTICAS NACIONAIS PND 2013-2017 OBJECTIVOS POLÍTICAS ANGOLA 2025

iii) Apoio às Exportações

Aumentar o valor acrescentado das exportações petrolíferas; Aumentar e diversificar as exportações não petrolíferas, promovendo os

sectores com vantagens comparativas de custos nos mercados internacionais.

Promover a internacionalização da economia angolana e criar um sector exportador de base nacional, competitivo, eficaz e eficiente, baseado em mercados e produtos bem identificados, susceptível de alavancar o sector produtivo nacional e de contribuir activamente para o equilíbrio da balança comercial do País, enquadrado pelos princípios que norteiam a estratégia de desenvolvimento sustentável do País.

APOIO AO EMPRESARIADO NACIONAL

iv) Promoção do Empreendedorismo e do Desenvolvimento do Sector Privado Nacional

Promover a criação de uma classe empresarial preparada para dinamizar a actividade económica;

Promover o surgimento de novas empresas, nomeadamente de base nacional; Apoiar as empresas de capitais maioritariamente angolanos a ultrapassar o

desnível competitivo que as separa das empresas de referência internacionais; Diminuir os custos de transacção inerentes à actividade económica no País; Combater todas as formas de concorrência desleal e de actos lesivos ao são

funcionamento dos mercados.

Valorizar a capacidade empreendedora como alicerce do desenvolvimento sustentável;

Incrementar o volume de investimento privado, de origem nacional e estrangeira, e incentivar a localização no País de investimento estruturante que promova os objectivos específicos da sua estratégia de desenvolvimento;

Assegurar o funcionamento transparente e competitivo dos mercados;

Melhorar a eficiência das indústrias de rede e dos mercados financeiros.

MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social

Continuar a desenvolver e consolidar as acções que visam uma melhor repartição do rendimento nacional;

Melhorar a implementação, de forma integrada, dos programas de rendimento mínimo e outras formas de protecção social.

Elevar a qualidade de vida de toda a sociedade por intermédio de uma melhor distribuição do rendimento nacional, transformando a riqueza potencial que constituem os recursos naturais de Angola em riqueza real e tangível dos angolanos.

INSERÇÃO DA JUVENTUDE NA VIDA ACTIVA

Juventude

Promover soluções para os principais problemas da juventude e alcançar os grandes objectivos de democracia participativa e de desenvolvimento social;

Promover a qualificação e formação profissional de jovens e adolescentes, visando a sua inserção no mercado de trabalho e na vida económica.

Promover o desenvolvimento integral da juventude angolana, mediante a plena integração e participação activa da juventude nos processos de transformação política, social, económica e cultural do País, e a articulação e convergência das acções desenvolvidas pelo Estado e pelas organizações da sociedade civil, em particular as representativas da juventude.

INSERÇÃO COMPETITIVA DE ANGOLA NO CONTEXTO INTERNACIONAL

Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional, em particular na União Africana e na SADC

Criar condições favoráveis para a modernização do País e para a melhoria da competitividade de Angola num mundo cada vez mais globalizado e incerto;

Participar e influenciar o processo regional de criação de uma ordem justa e democrática em África e no mundo, procurando soluções colectivas para os problemas do continente e para os problemas internacionais na base do direito internacional e reconhecendo um papel central à União Africana e à ONU;

Contribuir para a eliminação de focos de tensão e conflitos bem como para a prevenção dos mesmos, nomeadamente nas regiões circunvizinhas;

Proteger os interesses do País no exterior e promover a imagem de Estado democrático e de direito, de economia social de mercado e com uma política externa independente.

Apoiar a Inserção competitiva de Angola na economia global; Promover a integração regional com liderança – actuando de

forma activa nas negociações para a formação do mercado comum regional e, ao mesmo tempo, tomando iniciativas políticas para assegurar a segurança e a estabilidade política regional, potenciando a sua posição geoestratégica, afirmando-se como plataforma de articulação entre a SADC a CEEAC e a região do Golfo da Guiné.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 45

6. POLÍTICAS NACIONAIS DE DESENVOLVIMENTO

6.1. Política de População

66. A População e o Homem Angolanos não podem deixar de ser o ponto de convergência de

todos os resultados, políticas e acções de promoção do desenvolvimento.

67. Entre os principais resultados esperados da Política de População destacam-se: realização do

primeiro censo populacional em Angola após a Independência do País; criação de uma

unidade orgânica específica sobre população no Departamento ministerial encarregue do

planeamento estratégico do País, a quem competirá, em articulação com os Ministérios

sectoriais e a sociedade civil, a formulação, acompanhamento e a avaliação da implementação

da Política Nacional de População (PNP); criação de um Conselho Nacional de População, que

assegure a ligação e participação da sociedade civil e dos diversos departamentos públicos na

formulação acompanhamento e avaliação da PNP; integração da Política de Imigração na

Política de População.

Objectivos de Política com Prioridade

68. A prossecução dos objectivos da Política de População apresentados no Quadro 5.1, será baseada,

em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Definir a Política de População, tendo em conta os resultados do Recenseamento Geral da

População e da Habitação em 2014;

b) Implementar uma Política de Valorização e Apoio à Família, criando as condições

económicas, sociais, culturais e políticas para que a família possa desempenhar a sua

função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua identidade,

unidade, autonomia e valores tradicionais;

c) Aplicar uma Política de Igualdade de Género que promova, para homens e mulheres,

iguais oportunidades, direitos e responsabilidades em todos os domínios da vida

económica, política e social;

d) Prestar serviços e desenvolver acções voltadas para o atendimento das necessidades

básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades

governamentais e não-governamentais;

e) Garantir a protecção integral dos direitos da criança tendo em vista o desfrute pleno,

efectivo e permanente dos princípios reconhecidos na legislação nacional e nos tratados

internacionais de que o País é signatário, constituindo uma efectiva Agenda para a Defesa

dos Direitos da Criança;

f) Integrar os Movimentos Migratórios, Internos e Externos, na Estratégia Nacional de

Desenvolvimento e na Política Nacional de População.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 46

Indicadores de Objectivos (2017)

Indicadores Metas

1. Índice de Desenvolvimento Humano (PNUD) 0.54

2. Esperança de Vida à Nascença (Nº de Anos) 55

3. Taxa de Incidência da Pobreza (%) 28

4. Nº de Anos de Escolaridade Obrigatória 9

5. Taxa de Alfabetização de Adultos (%) 75

6. Taxa de Mortalidade Infantil (por mil nado-vivos) 60

7. Taxa de Mortalidade Materna (por 100 mil nado-vivos) 250

Programas de Acção Fundamentais

69. A implementação daquelas prioridades far-se-á de acordo com os Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. DEFINIÇÃO DA POLÍTICA DE POPULAÇÃO

a) Objectivo

Assegurar que a Política de População incorpora os resultados do 1º Recenseamento

Geral da População e Habitação.

b) Medidas de Política

i) Dotar o Instituto Nacional de Estatística dos Meios Humanos, Técnicos, Físicos e

Financeiros necessários à realização da operação de recenseamento em todo o

território nacional, na data prevista, e que os seus resultados sejam

atempadamente tratados e divulgados;

ii) Definir a Política de População, numa perspectiva multidimensional, na sequência

da divulgação dos resultados do Recenseamento;

iii) Reestruturar a Unidade Orgânica Específica sobre “População” do Departamento

Ministerial responsável pelo Planeamento Estratégico do País, responsável pela

formulação, acompanhamento e avaliação da Política Nacional de População;

iv) Criar o Conselho Nacional de População, com a função de assegurar a ligação e

participação da sociedade civil e dos diversos organismos públicos na elaboração,

acompanhamento e avaliação da Política Nacional de População.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 47

B. VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA E MELHORIA DAS SUAS CONDIÇÕES DE VIDA

a) Objectivo

Criar as condições económicas, sociais, culturais e políticas para que a família possa

desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com

respeito da sua identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais.

b) Medidas de Política

i) Promover a presença e participação da família na economia e na sociedade,

valorizando a sua função de integração, coesão e estabilidade sociais;

i) Contribuir para o fortalecimento e auto-estima da família, apoiando a geração dos

recursos de cada família e a criação de oportunidades, de forma a que possam

fazer as suas próprias escolhas e adquirir sentido de responsabilidade;

ii) Promover a solidariedade entre gerações e entre os seus membros, estimulando

uma cultura de igualdade de género e de partilha de responsabilidades;

iii) Favorecer a estabilidade da família, incluindo apoio aos jovens e a protecção à

criança e ao idoso;

iv) Assegurar a disponibilidade de serviços sociais diferenciados à família e aos seus

membros, em particular às famílias mais vulneráveis;

v) Reforçar a capacidade institucional das estruturas ligadas à família e melhorar os

mecanismos de implementação das políticas, programas e projectos que visam a

melhoria das condições de vida das famílias;

vi) Criar um sistema de recolha, análise, difusão e armazenamento de dados

concernentes ao domínio da família, de modo a possibilitar uma melhor monitoria

dos aspectos essenciais ligados à vida das famílias.

C. PROMOÇÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO

a) Objectivo

Promover para Homens e Mulheres, iguais oportunidades, direitos e

responsabilidades em todos os domínios da vida económica, social e política.

b) Medidas de Política

i) Promover o pleno exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais

para homens e mulheres, independentemente da raça ou origem étnica, religião

ou crença, idade ou orientação sexual;

ii) Fomentar todos os aspectos da igualdade de oportunidades nas políticas de

emprego, incluindo a redução da segregação profissional e a ajuda à conciliação

da vida profissional e familiar, bem como contrariar a persistente sub-

representação das mulheres em todas as esferas de decisão;

iii) Promover a igualdade de acesso e o pleno exercício dos direitos sociais entre

Homens e Mulheres;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 48

iv) Eliminar a disparidade de género nos ensinos primário e secundário até 2017 e

nos restantes níveis até 2025;

v) Promover a igualdade na vida cívica e contribuir para uma mudança nos papéis e

estereótipos de género.

D. VALORIZAÇÃO E PROTECÇÃO SOCIAL DO IDOSO

a) Objectivo

Proteger socialmente o idoso e valorizar o seu papel económico, social e cultural.

b) Medidas de Política

i) Prestar serviços e desenvolver acções voltadas para o atendimento das

necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade

e de entidades governamentais e não governamentais;

ii) Estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como

centros de convivência, centros de cuidados diurnos, oficinas de trabalho,

atendimentos domiciliares e outros;

iii) Garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis do Sistema de Saúde e

prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e

medidas profiláticas;

iv) Promover a geriatria como especialidade clínica, visando a capacitação de pessoal

médico em matérias ligadas directamente à situação do idoso;

v) Adequar curricula, metodologias e material didáctico aos programas educacionais

destinados ao idoso, em particular em matéria de alfabetização;

vi) Garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto à sua

participação no mercado de trabalho, no sector público e privado;

vii) Elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação social;

viii) Garantir ao idoso a participação no processo de produção, re-elaboração e fruição

dos bens culturais e desportivos e propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos

culturais e desportivos, mediante preços reduzidos;

ix) Valorizar o registo da memória e a transmissão de informações e habilidades do

idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade

cultural.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 49

E. PROTECÇÃO INTEGRAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA

a) Objectivo

Garantir a protecção integral dos direitos da criança, tendo em vista o desfrute pleno,

efectivo e permanente dos princípios reconhecidos na legislação nacional e nos

tratados internacionais de que o País é signatário, constituindo uma efectiva Agenda

para a Defesa dos Direitos da Criança.

b) Medidas de Política

i) Fortalecer o Papel da Família na efectivação dos direitos da criança;

ii) Combater o trabalho infantil;

iii) Prevenir e combater a violência contra a criança;

iv) Propiciar a criação de organizações e organismos para a defesa e protecção dos

direitos da criança;

v) Apoiar a expansão do sistema de ensino, público e privado, em particular a

educação pré-escolar essencial à formação das crianças até aos 5 anos, em todas

as suas dimensões fundamentares.

F. INTEGRAÇÃO DOS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS NA POLÍTICA NACIONAL DE POPULAÇÃO

a) Objectivo

Integrar os Movimentos Migratórios Internos e Externos, na Estratégia Nacional de

Desenvolvimento e na Política Nacional de População.

b) Medidas de Política

i) Apoiar e incentivar a fixação e a mobilidade das populações para as zonas menos

povoadas de Angola;

ii) Reforçar as comunidades locais, promovendo relações equilibradas entre a cidade

e o campo;

iii) Assegurar, em todo o território nacional, acesso equitativo à informação, ao

conhecimento, aos mercados, aos serviços públicos, aos meios de comunicação

social e aos media, definindo prioridades territoriais na instalação de serviços

públicos e de estabelecimentos de educação e saúde e na construção de

habitações sociais;

iv) Implementar um sistema especial de incentivo à mobilidade de funcionários

públicos;

v) Promover o regresso de Angolanos da diáspora, em particular de pessoal

qualificado, estimulando também o reagrupamento familiar;

vi) Integrar os imigrantes na estratégia e processo de desenvolvimento de Angola,

promovendo a captação de recursos humanos qualificados, deficitários no País, a

médio e longo prazos;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 50

vii) Combater a imigração clandestina, actuando, designadamente, nos movimentos de

maior dimensão oriundos das fronteiras norte e nordeste e nos movimentos

associados a actividades económicas ilegais e/ou criminais, nomeadamente nas

Províncias de maior concentração demográfica e económica.

6.2. Política de Modernização do Sistema de Defesa e Segurança Nacional

70. Os Objectivos Estratégicos da Política de Defesa e Segurança Nacional orientam-se,

naturalmente, para a preservação da União e a Coesão Nacional, assegurando os

pressupostos fundamentais da Defesa e da Segurança Nacional, interna e externa, como

condição fundamental para a estratégia de reforço da democracia e da promoção do

desenvolvimento nacional, bem como da inserção regional e mundial de Angola.

Objectivos de Política com Prioridade

71. A prossecução dos Objectivos da Política de Modernização do Sistema de Defesa e Segurança

Nacional apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em particular, nas seguintes prioridades

políticas:

a) Rever a legislação fundamental sobre Defesa Nacional e Forças Armadas;

b) Melhorar a qualidade e as capacidades técnica, operacional, logística e infraestrutural das

Forças Armadas;

c) Elevar a qualificação técnica e profissional dos recursos humanos das Forças Armadas e

melhorar as suas condições de vida;

d) Rever a legislação fundamental sobre Segurança e Ordem Interna;

e) Garantir a Segurança Pública e a Integridade e Controlo das Fronteiras Nacionais e

Combater a Criminalidade;

f) Elevar a qualificação técnica e profissional dos recursos humanos das Forças de

Segurança.

Programas de Acção Fundamentais

72. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. REVISÃO DA LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL SOBRE DEFESA NACIONAL E FORÇAS ARMADAS

a) Objectivo

Actualizar e Modernizar o Enquadramento Legal e Regulamentar da Defesa Nacional e

das Forças Armadas.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 51

b) Medidas de Política

i) Proceder à revisão da Lei de Bases Gerais da Organização e Funcionamento das

Forças Armadas, Lei das Carreiras dos Militares, Lei Geral do Serviço Militar, Lei

dos Distintivos Militares, Lei da Hierarquia das Forças Armadas;

ii) Implementar a Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas

iii) Rever a Lei Quadro da Programação Militar, o Estatuto Orgânico do Ministério da

Defesa Nacional, o Estatuto Orgânico do Estado Maior General das Forças

Armadas, entre outros.

B. MELHORIA DA QUALIDADE E DAS CAPACIDADES TÉCNICA, OPERACIONAL, LOGÍSTICA E

INFRAESTRUTURAL DAS FORÇAS ARMADAS

a) Objectivo

Melhorar a Eficiência e a Capacidade Técnica e Operacional das Forças Armadas.

b) Medidas de Política

i) Executar programas e planos de reabilitação e edificação de capacidades militares

múltiplas, particularmente a modernização da técnica militar e de asseguramento

operacional;

ii) Executar programas e planos de edificação de capacidades no domínio das infra-

estruturas de defesa, administrativas e sociais, para satisfação das necessidades

dos efectivos nos domínios habitacional, dormitórios, desporto, lazer, etc.;

iii) Criar uma indústria militar que concorra para o aumento da capacidade militar

das FAA, bem como a sua auto-suficiência em víveres, vestuário, calçado e outros

bens essenciais para o seu funcionamento;

iv) Criar centros de investigação científica orientada para o aumento da capacidade

da indústria militar nacional.

C. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONAL DOS RECURSOS HUMANOS DAS FORÇAS ARMADAS E

MELHORIA DAS SUAS CONDIÇÕES DE VIDA

a) Objectivo

Elevar a Capacidade Técnica e Profissional dos Efectivos das Forças Armadas e

Melhoria das suas Condições de Vida.

b) Medidas de Política

i) Proceder ao levantamento do registo geral dos efectivos e recursos humanos a

nível da Defesa e das Forças Armadas, através de um sistema informático e

automatizado de gestão;

ii) Conceber e executar programas de formação técnico-profissional, através de

ciclos longos, médios e curtos de estudos, em estabelecimentos militares e de

outras especialidades convergentes com a actividade de defesa e segurança, de

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 52

modo a corresponderem às missões internas e de manutenção de paz a nível da

União Africana e das Nações Unidas;

iii) Melhorar as condições de vida dos efectivos, com a edificação de infra-estruturas

hospitalares, residenciais e de lazer;

iv) Garantir a assistência médica e medicamentosa aos efectivos e seus familiares,

bem como proporcionar meios de transporte colectivos e individuais.

D. REVISÃO DA LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL SOBRE SEGURANÇA E ORDEM INTERNA

a) Objectivo

Actualizar e Modernizar o Enquadramento Legal e Regulamentar sobre Segurança e

Ordem Interna.

b) Medidas de Política

i) Aprovar diplomas legais que concorram para uma adequada organização dos

Órgãos de Segurança e Ordem Interna, com destaque para a política migratória e a

segurança nos diferentes domínios;

ii) Optimizar o funcionamento interno dos Órgãos, através da implementação do

plano de modernização e desenvolvimento em curso.

E. GARANTIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA INTEGRIDADE E CONTROLO DAS FRONTEIRAS NACIONAIS E

COMBATER A CRIMINALIDADE

a) Objectivo

Garantir a Segurança e Ordem Interna e Combater a Criminalidade.

b) Medidas de Política

i) Garantir a segurança pública através da ampliação da rede policial e de um

sistema de policiamento de proximidade mais efectivo, com vista à contenção do

ritmo de crescimento do crime e da sinistralidade rodoviária;

ii) Adequar o sistema prisional às exigências constitucionais e o melhoramento da

sua gestão;

iii) Construir e recuperar os estabelecimentos prisionais, de modo a garantir

melhores condições de habitabilidade e de assistência médica aos reclusos e a

observância dos direitos humanos;

iv) Conceber e executar programas de assistência, reabilitação e reintegração social

do recluso, consentâneos e de acordo com a realidade nacional;

v) Aumentar a capacidade produtiva para a produção de bens que visem a

ressocialização dos reclusos e garantam a auto-suficiência alimentar, com recurso

à parceria público privada;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 53

vi) Conceber programas, de curto e médio prazo, com vista a consolidar a estrutura

organizacional do Sistema de Protecção Civil e Bombeiros, segundo o princípio

territorial de Administração do Estado;

vii) Mobilizar e reforçar as capacidades científicas e tecnológicas para melhor

enfrentar eventuais calamidades;

viii) Criar destacamentos para o socorro rápido às vítimas dos acidentes registados

nas vias de maior sinistralidade.

F. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONAL DOS RECURSOS HUMANOS DAS FORÇAS DE SEGURANÇA

a) Objectivo

Melhorar o nível de qualificação técnica e profissional dos recursos humanos das

Forças de Segurança.

b) Medidas de Política

i) Aumentar o nível de formação técnico-profissional dos efectivos, aperfeiçoando a

formação, criando indicadores internos de avaliação de desempenho e

desenvolvendo uma política de gestão de recursos humanos que dê respostas às

necessidades da corporação;

ii) Aprimorar as condições humanas e técnico-materiais que permitam garantir a

integridade e controlo das fronteiras nacionais, sua inviolabilidade e segurança.

6.3. Política de Apoio à Reintegração Sócio-Económica de Ex-Militares

73. Os Objectivos Estratégicos da Política de Apoio à Reintegração Sócio-Económica centram-se

na dignificação dos Ex-Militares, em reconhecimento à sua participação na Luta de Libertação

Nacional e na Defesa da Pátria, assegurando, simultaneamente, a sua Reinserção Sócio-

Económica e Profissional.

Objectivos de Política com Prioridade

74. A prossecução dos Objectivos da Política de Apoio à Reintegração Sócio-Económica de Ex-

Militares apresentados no Quadro 5.1 será baseada, em particular, nas seguintes prioridades

políticas:

a) Promover acções de reintegração económica e social de ex-Militares de forma específica,

através da formação e capacitação profissional;

b) Criar mecanismos adicionais de apoio às famílias dos ex-Militares, de modo a garantir-

lhes os meios necessários à manutenção das condições básicas de vida;

c) Assegurar a melhoria das condições de vida dos Ex-Militares e suas Famílias;

d) Promover a alfabetização de Ex-Militares;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 54

e) Garantir a formação e qualificação profissional de Ex-Militares;

f) Promover o acesso de Ex-Militares à actividade empresarial;

g) Assegurar a reabilitação de Ex-Militares Portadores de Deficiência.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Ex-militares formados e qualificados profissionalmente 684

2. Ex-militares inseridos em actividades agrícolas 15.984

3. Ex-militares portadores de deficiência reabilitados 3.653

Actividades de empreendedorismo

4. Ex-militares em actividades de pesca 506

5. Ex-militares em actividades de moto-taxi 379

6. Ex-militares em actividades de comércio precário 1.106

7. Ex-militares em actividades de corte e costura 2.543

8. Ex-militares em actividades de panificação 11

Total Geral (Ex-militares normais e deficientes físicos) 24.866

Programas de Acção Fundamentais

75. A implementação daquelas prioridades far-se-á de acordo com os Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. PROGRAMA DE MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS EX-MILITARES E SUAS FAMÍLIAS

a) Objectivo

Assegurar a Melhoria das Condições de Vida dos Ex-Militares e Suas Famílias.

b) Medidas de Política:

i) Garantir os meios necessários à manutenção das condições básicas de vida, em

particular em matéria de assistência médica, medicamentosa e habitacional;

ii) Assegurar o pagamento atempado de pensões e de outras prestações sociais

legalmente devidas;

iii) Incentivar o crescimento e a diversificação dos rendimentos de ex-Militares;

iv) Garantir a prestação de serviços de assistência jurídica aos ex-Militares, no âmbito

da materialização de direitos que a Lei lhes confere.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 55

B. PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO

a) Objectivo

Promover a alfabetização de Ex-Militares, de forma intensa.

b) Medidas de Política:

i) Definir e implementar acções específicas de alfabetização de ex-militares, em todo

o território nacional;

ii) Realizar acções específicas de ensino especial, para ex-Militares portadores de

deficiência.

C. PROGRAMA DE FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

a) Objectivo

Garantir a formação e qualificação profissional de Ex-Militares.

b) Medidas de Política:

i) Promover a formação e qualificação profissional de ex-Militares, em áreas de

elevada empregabilidade;

ii) Definir Programas Específicos de Formação-Emprego, em parceria com entidades

públicas e privadas, incluindo a concessão de incentivos aos empregadores que

recrutem ex-Militares.

D. PROGRAMA DE FOMENTO DE EMPREENDEDORISMO

a) Objectivo

Promover o acesso de ex-Militares à actividade empresarial.

b) Medidas de Política:

i) Assegurar o acesso prioritário de ex-Militares aos Programas de Formação de

Empreendedores;

ii) Afectar uma linha específica de Micro-Crédito para ex-Militares Empresários;

iii) Promover a Dinamização dos Circuitos de Comercialização Local através da

participação de ex-Militares.

E. PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DE EX-MILITARES PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

a) Objectivo

Assegurar a reabilitação de Ex-Militares Portadores de Deficiência.

b) Medidas de Política:

i) Garantir o acesso à reabilitação integral de ex-Militares portadores de deficiência;

ii) Promover a qualificação e reinserção profissional dos ex-Militares portadores de

deficiência;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 56

iii) Garantir a disponibilidade de assistência técnica e de dispositivos de

compensação a ex-Militares Portadores de Deficiência.

6.4. Política de Estabilidade e Regulação Macroeconómica

76. O objectivo estratégico da política macroeconómica de Angola está descrito no Quadro 5.1.

das Políticas Nacionais de Desenvolvimento e Seus Objectivos.

Nos últimos anos, o Executivo tem vindo a aprimorar a condução coordenada das políticas

fiscal, monetária e cambial, acentuando o papel da Programação Financeira como

instrumento balizador da articulação entre o Ministério das Finanças e o Banco Nacional de

Angola e criando as condições ideais para o cumprimento dos objectivos estratégicos do

planeamento macroeconómico para o crescimento económico sustentado, pressuposto

básico para o desenvolvimento.

Objectivos de Política com Prioridade

77. A prossecução dos Objectivos da Política de Estabilidade e Regulação Macroeconómica

apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Melhorar a coordenação das acções no âmbito da política orçamental com as acções do

âmbito da política monetária e cambial;

b) Conduzir uma política monetária que assegure a estabilidade dos preços, sem perder de

vista a estabilidade do sistema financeiro, em consonância com os objectivos de política

económica e social, relativos ao crescimento económico;

c) Ancorar a despesa pública à melhoria tendencial do Défice Primário não Petrolífero,

assegurando o seu financiamento com recurso a fontes próprias de receitas ou por meio de

endividamento a níveis que não comprometam a capacidade solvente do Estado;

d) Conduzir uma política cambial que permita um melhor controlo e gestão da massa

monetária e preserve o valor do Kwanza, convertendo a moeda nacional no único meio de

pagamento de aceitação geral no mercado interno;

e) Reformular o posicionamento dos bancos de capitais públicos, visando maximizar os seus

activos e adequar o seu funcionamento aos objectivos das políticas públicas de fomento

do empresariado nacional, de captação de poupança nacional, de financiamento dos

investimentos públicos e de criação de empregos na economia.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 57

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Inflação Média Anual (%) 7.6

2. Taxa de Câmbio Média (Kwanza/USD Dólares) 99.2

3. Taxa Média Anual de Crescimento Directo de M2 (%) 19.8

Programas de Acção Fundamentais

78. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE DAS CONTAS PÚBLICAS

a) Objectivo

Garantir a capacidade solvente do Estado e limitar os encargos para as gerações

futuras.

b) Medidas de Política

i) Melhorar, tendencialmente, o défice primário não petrolífero das Contas do

Estado, afectando, gradualmente, o aumento das receitas correntes oriundas do

sector não petrolífero a parcelas crescentes da despesa pública, na proporção da

queda das receitas petrolíferas sobre a receita total;

ii) Limitar o recurso ao endividamento para a cobertura de despesas de capital;

iii) Operar os títulos da dívida pública com taxas de juro sustentáveis, que se

constituam no patamar de taxas do mercado financeiro e que não elevem o

serviço anual dos juros a um percentual do PIB superior à taxa de crescimento

deste em termos reais;

iv) Alargar os prazos de resgate da dívida pública, através da sua distribuição

temporal equilibrada, reduzindo o custo financeiro e assegurando a garantia de

protecção contra riscos de volatilidade da taxa de câmbio e a observância dos

limites para o crescimento da dívida líquida estabelecida na Lei Anual do OGE.

B. PROGRAMA DE CONTROLO DA INFLAÇÃO

a) Objectivo

Assegurar a estabilidade dos preços, de forma a melhorar o nível de vida da

população, propiciar um ambiente favorável a níveis elevados de actividade

económica e, consequentemente, para aumento do emprego.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 58

b) Medidas de Política

i) Regular a oferta monetária em níveis compatíveis com o objectivo de inflação e

crescimento económico, fundamentalmente no sector não petrolífero, ajustando

as reservas obrigatórias à liquidez estrutural como instrumento primordial da

política monetária;

ii) Controlar o comportamento da taxa de juro e dos agregados monetários em linha

com os objectivos anuais de crescimento, do emprego e do controlo da inflação;

iii) Promover e fomentar o aumento da oferta dos principais bens de consumo para a

população com base na produção interna, complementando com importação a

preços acessíveis;

iv) Controlar o comportamento dos preços e as situações de práticas restritivas de

concorrência.

C. PROGRAMA DE ESTABILIDADE CAMBIAL

a) Objectivo

Assegurar a flutuação adequada da taxa de câmbio para proteger as Reservas

Internacionais e fomentar a produção nacional.

b) Medidas de Política

i) Garantir uma oferta de divisas no mercado cambial primário que garanta a

execução do OGE e o atendimento à procura de moeda estrangeira da economia,

em articulação com uma adequada oferta de meios de pagamento em moeda

nacional, de modo a que a taxa de câmbio primária passe a constituir-se no vector

fundamental para a estabilidade do mercado secundário;

ii) Intervir no mercado cambial, gradualmente, apenas para alinhar a taxa de câmbio

com os objectivos de política macroeconómica.

D. PROGRAMA DE REGULAÇÃO DO SECTOR FINANCEIRO

a) Objectivo

Impedir a auto-regulação dos mercados financeiros, coibindo a especulação com os

activos do sistema, a fim de proporcionar o aumento do crédito disponível para

financiar o desenvolvimento da economia angolana.

b) Medidas de Política

i) Estabelecer e consolidar um mercado de capitais (Bolsa de Valores), facultando ao

empresariado nacional fontes de financiamento alternativas ao tradicional crédito

bancário, viabilizando a sua capitalização e capacidade de investimento;

ii) Criar uma Agência Seguradora de Crédito orientada para a gestão e controlo do

risco de crédito no mercado interno e externo;

iii) Consolidar a Unidade de Informação Financeira, criada através da implementação

do Decreto Presidencial 35/11, visando a efectiva implementação das medidas de

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 59

natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de capitais e ao

financiamento do terrorismo (ABC/CFT);

iv) Aumentar o crédito disponível na economia para as empresas em sectores

prioritários, quer através de linhas de crédito, da bonificação de juros ou da

criação de um fundo de garantias ao crédito;

v) Aumentar a participação das instituições financeiras de capitais públicos no

financiamento às empresas.

6.5. Política de Reforma Tributária e das Finanças Públicas

79. Os desafios que se colocam à política tributária angolana são grandes, nomeadamente para

fazer face à reduzida capacidade de arrecadação de receitas e à incapacidade de alargar a

base tributável, também pelo peso significativo que o sector informal tem na economia

nacional.

80. O Programa Executivo para a Reforma Tributária (PERT), criado pelo Decreto

Presidencial 155/10, de 28 de Julho, já permitiu dar passos significativos no sentido de

ultrapassar os constrangimentos existentes, designadamente optimizando e modernizando o

sistema, o aparelho institucional e ainda o quadro legal na área da tributação, para

transformar a fiscalidade num instrumento fundamental e eficaz de desenvolvimento

económico-social e de equidade na redistribuição do rendimento nacional.

Assim, no período do plano, os principais objectivos consistirão na implementação de

reformas do sistema tributário, da administração tributária, da justiça tributária, da

tributação internacional e, ainda, da parafiscalidade.

Objectivos de Política com Prioridade

81. A prossecução dos Objectivos da Política de Reforma Tributária e das Finanças Públicas

apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Desenvolver um sistema tributário mais eficiente na arrecadação, mais simples e justa

para o contribuinte, e ajustado ao actual desenvolvimento económico e social;

b) Introduzir mecanismos eficazes na cobrança, que salvaguardem os direitos e garantias

dos contribuintes angolanos;

c) Implementar um serviço ao contribuinte de excelência, através do investimento nas

tecnologias de informação e comunicação e da modernização das práticas, metodologias e

processos;

d) Melhorar a qualidade e eficiência da administração tributária, através do recrutamento e

selecção de pessoal qualificado e realização de acções de formação contínua, a nível

nacional e local, devendo ser criado o Instituto de Formação Tributária;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 60

e) Harmonizar o sistema tributário angolano com outras práticas internacionais, a nível

regional e global, através da celebração progressiva de acordos de dupla tributação e da

realização de acordos de cooperação com instituições e organismos internacionais.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média Anual de Crescimento da Receita Tributária (%) 4.1

2. Média Anual da Receita Tributária Não Petrolífera (%) 35.2

Programas de Acção Fundamentais

82. A implementação daquelas prioridades far-se-á de acordo com os programas de acção

fundamentais aqui apresentados:

A. REFORMA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

a) Objectivo

Criar um sistema tributário justo, simples, eficiente e eficaz na arrecadação.

b) Medidas de Política

i) Desenvolver estudos sobre opções políticas de fundo, para a introdução de um novo

modelo de tributação do rendimento das pessoas singulares e colectivas e

implementar os respectivos diplomas resultantes;

ii) Rever e aperfeiçoar os sistemas simplificados de tributação para as actividades

económicas de natureza familiar e para as micro, pequenas e médias empresas;

iii) Regulamentar a legislação relativa à tributação do jogo.

B. REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

a) Objectivo

Melhorar o desempenho da administração tributária e das alfândegas.

b) Medidas de Política

i) Definir e implementar a futura estrutura da administração tributária;

ii) Implementar os procedimentos administrativos e informáticos necessários à

execução das alterações legislativas em curso;

iii) Apoiar a finalização do programa de expansão e modernização das alfândegas de

Angola;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 61

iv) Criar mecanismos institucionais de coordenação entre a Direcção Nacional de

Impostos (DNI) e o Serviço Nacional das Alfândegas (SNA) e compatibilizar a

legislação dos dois organismos;

v) Criar e implementar o Instituto de Formação Tributária;

vi) Recrutar e formar novos técnicos para a administração tributária e aduaneira em

todo o território nacional.

C. REFORMA DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

a) Objectivo

Assegurar o cumprimento dos deveres e a protecção integral efectiva dos direitos dos

contribuintes.

b) Medidas de Política

i) Rever o regime simplificado de execuções fiscais, aprovado pelo Decreto Legislativo

Presidencial n.º 2/11, de 9 de Junho, e apoiar a adaptação dos intervenientes no

novo sistema de cobranças coercivas, de forma a viabilizar a aprovação do novo

Código de Execuções Fiscais;

ii) Criar um Tribunal Fiscal especializado para decisão das questões tributárias que

não tenham natureza criminal;

iii) Promover a unificação dos órgãos de justiça administrativa tributária sob gestão da

DNI e do SNA.

D. REFORMA DA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL

a) Objectivo

Reduzir a dupla tributação e a evasão fiscal.

b) Medidas de Política

i) Celebrar acordos de cooperação com instituições e organizações internacionais,

visando o intercâmbio de informações para uma luta mais eficaz contra a fraude e a

criminalidade organizada fiscal e aduaneira;

ii) Estabelecer acordos de dupla tributação com os Países com os quais Angola possui

relações socioeconómicas ou políticas especiais (CPLP, SADC).

E. REFORMA DA PARAFISCALIDADE

a) Objectivo

Simplificar o sistema de taxas e outras receitas parafiscais, visando desonerar a

actividade dos particulares e empresas.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 62

b) Medidas de Política

i) Rever taxas e encargos parafiscais que oneram a actividade dos particulares e

empresas;

ii) Regulamentar a criação e publicação de taxas e outras receitas parafiscais, pelos

órgãos centrais e locais do Estado, mesmo que descentralizados.

6.6. Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de Diversificação Económica

83. Apesar dos esforços que têm sido desenvolvidos, a estrutura económica de Angola mantém-

se pouco diversificada. Com efeito, o sector petrolífero representa ainda cerca de 45% na

estrutura do PIB, 60% das receitas fiscais e ultrapassa os 90% das exportações, revelando a

natureza vulnerável da economia em relação aos choques externos.

84. A situação antes descrita apela pela sua reversão, cujo desiderato se persegue no quadro do

actual Plano, através da promoção da diversificação da estrutura económica, permitindo

deste modo, o alargamento da base de crescimento e consequente aumento de emprego

gerado em sectores intensivos de força de trabalho. A satisfação da procura de emprego

deverá resultar da implementação das medidas de política do domínio da capacitação e

valorização dos recursos humanos. Com isso, se espera alcançar o aumento do rendimento

para distribuir melhor.

85. Neste quadro, o investimento público constinuará a desempenhar um papel relevante no

esforço do crescimento económico, funcionando como alavanca, enquanto o sector privado

será o motor. Durante a execução do Plano será estimulado o desenvolvimento do sector

privado e empresarial angolanos. É no contexto desta política que se continuará a motivar o

surgimento de um número crescente de micro, pequenas e médias empresas, bem como a

consolidação dos grandes agentes empresariais.

86. A diversificação da estrutura económica que se espera alcançar no período de execução do

Plano expressar-se-á na diminuição progressiva do peso do sector petrolífero, passando dos

actuais cerca de 45% para 27%, em 2017, no aumento das receitas fiscais não petrolíferas em

compensação do decréscimo das petrolíferas e crescimento das exportações não petrolíferas,

em média, na ordem dos 35%.

6.6.1. Promoção e Diversificação da Estrutura Económica Nacional

87. Embora nos últimos anos se tenha assistido a uma quebra do sector petrolífero, em 2009 e

2010, ao mesmo tempo que um crescimento positivo dos restantes sectores (nomeadamente

serviços mercantis, agricultura, construção e indústria), o peso do sector petrolífero é ainda

significativo. Por outro lado, o sector petrolífero não é intensivo em mão de obra, sendo que o

seu crescimento cria poucos empregos.

88. O período do plano coincide com a etapa em que as bases para a intensificação do processo

de diversificação da estrutura da economia se encontram em fase de consolidação, resultante

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 63

do forte esforço de investimento público na reabilitação e desenvolvimento das

infraestruturas, bem como da criação de um ambiente macroeconómico favorável ao

investimento privado no sector não petrolífero. Para além do papel das infraestruturas em

reabilitação e desenvolvimento, a efectivação do processo de diversificação resultará,

também, da implementação de uma política de apoio ao desenvolvimento dos vários sectores

da economia nacional, que terá como consequência a criação de empregos.

Objectivos de Política com Prioridade

89. A prossecução dos Objectivos da Política de Promoção e Diversificação da Estrutura Económica

do País apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em particular, nas seguintes prioridades

políticas:

a) Promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos vários sectores da

actividade económica, em linha com as políticas e prioridades para o desenvolvimento

territorial;

b) Assegurar a coordenação entre os investimentos públicos e privados, de forma a criar as

condições necessárias para o desenvolvimento de agrupamentos industriais (clusters) e

redes empresariais, aumentando o valor acrescentado e potenciando a criação de

externalidades positivas para a economia.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média Anual de Crescimento do PIBpm (%) 7,1

2. Taxa Média Anual de Crescimento do Sector Não Petrolífero (%) 9,5

3. Taxa Média Anual de Crescimento do Sector Petrolífero (%) 1,7

Programas de Acção Fundamentais

90. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base Programas de Acção Fundamentais

aqui apresentados:

A. PROGRAMA DE DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO NACIONAL

a) Objectivo

Criação de uma base económica sólida e diversificada, que permita diminuir a dependência

das importações de produtos de consumo e a elevada dependência das exportações do

sector petrolífero.

b) Medidas de Política

i) Elaborar uma estratégia de diversificação da economia;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 64

ii) Formular e implementar um plano de acção integrado para a diversificação da

economia, promovendo a articulação com outras políticas nacionais relevantes, tais

como a promoção do empreendedorismo, a ciência e tecnologia, o desenvolvimento

sustentável de recursos naturais, a promoção e valorização de recursos humanos

nacionais;

iii) Criar um órgão responsável pela coordenação do Programa de Diversificação da

Produção Nacional, que articule os esforços das várias entidades públicas

responsáveis pelas políticas nacionais relevantes;

iv) Criar um órgão para apoiar o processo de formulação de políticas e acompanhar o

plano de acção para a diversificação da economia;

v) Estudar a viabilidade económico-financeira de utilizar parcerias público-privadas

para assegurar o lançamento de operações ligadas ao fomento da produção agrícola

(pólos agro-industriais) e da produção industrial (pólos industriais) e de grandes

projectos estruturantes e de infra-estruturas de apoio directo às actividades

produtivas, incluindo as Zonas Económicas Especiais;

vi) Ampliar a diversificação da economia através do fomento do empresariado nacional

privado e da maior eficácia do sector empresarial público.

B. PROGRAMA DE CRIAÇÃO DE CLUSTERS PRIORITÁRIOS

a) Objectivo

Desenvolver sectores que permitam criar vantagens comparativas dinâmicas capazes

de sustentar o posicionamento de Angola nos segmentos de cadeias produtivas de

maior valor acrescentado.

b) Medidas de Política

i) Realizar estudos sectoriais sobre cadeias de valor, nomeadamente nos clusters

prioritários já identificados: água, alimentação e agro-indústria, habitação e

transportes e logística;

ii) Realizar outros estudos sectoriais sobre cadeias de valor, seleccionando os sectores

com base nos critérios de criação de empregos, satisfação das necessidades básicas

da população e contribuição relativa para a diversificação da economia;

iii) Formular e implementar planos de acção sectoriais para a valorização das cadeias

de valor seleccionadas;

iv) Promover o entrosamento de todas as acções sectoriais no domínio da

diversificação da economia e do financiamento do Estado à economia real;

v) Criar e acompanhar o funcionamento de Sociedades de Desenvolvimento Regional

como estruturas executivas dos processos de implantação dos clusters: mega-

cluster alimentação e agro-indústria, do mega-cluster habitação e do mega-cluster

dos transportes e logística;

vi) Criar um observatório da diversificação da economia, para acompanhar os

resultados da substituição selectiva de importações nas indústrias alimentar, têxtil,

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 65

vestuário, calçado e de materiais de construção civil e para acompanhar os

resultados da diversificação das exportações.

C. PROGRAMA ANGOLA INVESTE

a) Objectivo

Criação em Angola de um tecido empresarial nacional fortalecido, sobretudo ao nível

das MPME, que seja gerador de emprego e de riqueza para os angolanos. Em detalhe,

os objectivos do programa são os seguintes:

Diversificar economia para outros sectores de actividade económica para além do

petróleo e gás;

Aumentar a produção nacional, reduzindo as importações;

Combater a pobreza, através de criação de emprego e de auto-emprego

(microempresas);

Estimular a formalização das actividades económicas em Angola e melhorar a taxa

de bancarização da população

b) Medidas de Política

i) Bonificação de Juros;

ii) Fundo de Garantias de Crédito;

iii) Fundo Activo de Capital de risco;

iv) Suporte ao empreendedor (Formação, consultoria e redes de incubadoras);

v) Desburocratização dos processos;

vi) Monitorização dos benefícios fiscais para as MPME;

vii) Monitorização da aplicação dos apoios institucionais;

viii) Fomento ao Cooperativismo;

ix) Dinamização dos Sectores Bandeira;

x) Incentivo ao consumo de produção nacional;

xi) Estabelecimento dos Corredores para escoamento da produção agro-pecuária;

xii) Dinamização dos Pólos agro-industriais, pólos industriais e ZEE.

6.6.2. Promoção do Emprego e Capacitação e Valorização dos Recursos Humanos

Nacionais

91. Uma das consequências do processo de globalização é a grande mobilidade internacional da

força de trabalho provocando, em consequência, um aumento da concorrência nos mercados

de trabalho nacionais.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 66

92. Para um país novo como Angola, que vive, neste momento, uma situação de desemprego

relativamente elevado, que terá de ser significativamente reduzido, serão tomadas medidas

que evitem que a força de trabalho estrangeira se apresente com privilégios em detrimento

da nacional, quando se estiver perante o mesmo de nível de qualificações.

Por outro lado, os quadros nacionais devem ser constantemente valorizados, pelo que serão

tomadas medidas para remover situações em que quadros nacionais e estrangeiros, com as

mesmas qualificações, categorias e funções, auferem salários significativamente diferentes.

Objectivos de Política com Prioridade

93. A prossecução dos Objectivos da Política de Promoção do Emprego e de Capacitação e

Valorização dos Recursos Humanos Nacionais apresentados no Quadro 5.1 será baseada, em

particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Incentivar a criação de emprego produtivo, qualificado e remunerador para todos os

Angolanos em idade activa;

b) Elaborar e implementar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos,

abrangendo todos os Níveis de Qualificação;

c) Implementar o Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ), como instrumento de

execução da Estratégia Nacional de Formação de Quadros (ENFQ) e parte da Estratégia

Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos, e aperfeiçoar as medidas de política

para que no curto/médio prazo os trabalhadores angolanos possam ocupar a maior parte

dos postos de trabalho que exijam altas qualificações;

d) Incentivar a Formação Profissional ao Longo da Vida;

e) Estimular a Modernização da Organização do Trabalho.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média Anual de Emprego (%) 73.7

2. Nº Médio Anual de Empregos Criados (Milhares) 32.1

3. Taxa Média Anual de Quadros no Emprego Formal (%) 31.0

4. Taxa Média Anual de Desemprego (%) 20.0

5. Média anual de Diplomados pelo Ensino Superior (Milhares) 14.0

6. Média Anual de Diplomados pelo Ensino Técnico-Profissional (Milhares) 48.0

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 67

Programas de Acção Fundamentais

94. A implementação daquelas prioridades será alicerçada nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS

HUMANOS (ENDRH)

a) Objectivo

Elaborar e implementar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Recursos

Humanos, abrangendo e integrando todos os níveis de formação-base e de qualificação,

desde a alfabetização, educação e formação iniciais até à formação avançada, que

responda às necessidades de desenvolvimento do Pais e melhore substancialmente a

qualidade da educação-formação.

b) Medidas de Política

i) Articular numa Estratégia Integrada e única, todas as estratégias e políticas de

educação-formação existentes ou a elaborar, abrangendo todos os níveis de

educação-formação, tendo como horizonte 2025;

ii) Elaborar o Plano Nacional de Recursos Humanos que implemente a ENDRH durante

a execução do PND 2013-2017;

iii) Designar o departamento público que tenha a responsabilidade de elaborar,

monitorar e avaliar a ENDRH e definir a forma como os órgãos participativos

intervirão na sua elaboração e acompanhamento, em particular o Conselho de

Concertação;

iv) Incrementar as acções de formação no âmbito do Sistema Nacional de Formação

Profissional, adequadas as necessidades do mercado de trabalho nos distintos

sectores da economia e nas áreas peri-urbana e rural;

v) Desenvolver a cultura do empreendedorismo, através de acções de formação

profissional específicas que promovam o espírito criativo e a inovação.

B. APOIO À CRIAÇÃO DE EMPREGO PRODUTIVO, QUALIFICADO E REMUNERADOR

a) Objectivo

Promover prioritariamente o acesso de todos os angolanos a um emprego

produtivo, qualificado, remunerador e socialmente útil, assegurando a valorização

sustentada dos recursos humanos nacionais.

b) Medidas de Política

i) Realizar estudos de empregabilidade sobre diplomados do ensino superior, em

particular para as formações mais prioritárias;

ii) Promover o emprego dos jovens e a sua transição adequada do sistema de ensino

para a vida activa;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 68

iii) Combater o desemprego de longa duração de adultos, em particular dos activos

mais vulneráveis e em situação de desvantagem, promovendo a sua qualificação

e reinserção sócio-profissional;

iv) Adoptar medidas de política para que no curto/médio prazo os trabalhadores

angolanos possam ocupar a maior parte dos postos de trabalho que exijam altas

qualificações e implementar mecanismos de verificação e controlo da aplicação

do princípio de equidade e igualdade de tratamento entre trabalhadores

nacionais e expatriados;

v) Apoiar a aprendizagem e a formação ao longo da vida, actuando na

aprendizagem, formação inicial, formação qualificante e na educação-formação;

vi) Promover a igualdade de género no acesso ao emprego e à formação profissional;

vii) Incentivar a criação de adequadas condições de emprego, em particular ao nível

da segurança no trabalho;

viii) Estimular a cooperação e parcerias na área do emprego-formação;

ix) Capacitar a base institucional das políticas de emprego e de recursos humanos.

C. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE QUADROS (PNFQ) COMO

INSTRUMENTO DE EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE FORMAÇÃO DE QUADROS (ENFQ) E

PARTE DA ENDRH

a) Objectivo

Implementar a Estratégia Nacional de Formação de Quadros, visando a formação e

qualificação de recursos humanos qualificados e altamente qualificados que

correspondam às necessidades de desenvolvimento do País.

b) Medidas de Política

i) Iniciar a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros, de modo a

operacionalizar a ENFQ durante a execução do PND 2013-2017;

ii) Designar o departamento público que tenha a responsabilidade de elaborar,

monitorar e avaliar a ENFQ e o PNFQ e definir a forma como os órgãos

participativos intervirão na sua elaboração e acompanhamento;

iii) Promover o desenvolvimento e consolidação do ensino superior e do ensino

médio, de acordo com as necessidades efectivas do País e de acordo com a ENFQ;

iv) Elaborar legislação ou aperfeiçoar a existente, de modo a regular as normas

gerais de contratação de mão-de-obra estrangeira, definindo o seu grau de

qualificação, o âmbito e os prazos de vigência dos contratos, bem como a

obrigatoriedade de treinamento on job da mão-de-obra nacional que a deverá

substituir findo o prazo do contrato;

v) Assegurar a efectiva aplicação de mecanismos de coordenação entre os sistemas

do ensino superior, do ensino técnico profissional e de formação profissional.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 69

D. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AO LONGO DA VIDA

a) Objectivo

Apoiar a aprendizagem e a formação ao longo da vida, actuando na aprendizagem,

formação inicial, formação qualificante e na educação-formação.

b) Medidas de Política

i) Criar sistemas de informação permanente, através dos centros de emprego e “on-

line”, via “Internet”, sobre evolução de competências profissionais nas áreas

consideradas prioritárias;

ii) Estabelecer mecanismos de consulta e orientação vocacional e profissional, quer

nos centros de emprego quer de forma fixa ou móvel nas empresas e instituições,

quer ainda “on-line”;

iii) Criar, com o apoio da sociedade civil e do sector privado, modalidades de ensino à

distância e “e-learning” para acesso a competências, conhecimentos e acções de

formação profissional em domínios prioritários;

iv) Criar sistemas de incentivos, incluindo o direito a “férias de formação”, para os

trabalhadores adquirirem novas competências, em particular as relacionadas com

o desenvolvimento tecnológico e a inovação;

v) Construir modalidades de incentivo às empresas e instituições da sociedade civil

que estimulem os seus trabalhadores à formação contínua, em particular nas

áreas das tecnologias de informação e comunicação, privilegiando o

estabelecimento de redes de e-learning.

E. MODERNIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

a) Objectivo

Promover a modernização da organização do trabalho nas empresas e no sector

público.

b) Medidas de Política

i) Incentivar a utilização das tecnologias de informação e comunicação;

ii) Apoiar a introdução de novos modelos de organização do tempo de trabalho,

mais flexíveis e produtivos;

iii) Estimular a introdução de novas formas de organização do tempo de trabalho,

como sejam o trabalho a tempo parcial e trabalho temporário;

iv) Combater a sinistralidade no trabalho e promover a melhoria das condições de

trabalho, higiene e segurança no trabalho.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 70

6.6.3. Promoção do Empreendedorismo e do Desenvolvimento do Sector Privado

Nacional

95. Reunidas as condições de base para incrementar os níveis de investimento privado, é

importante concentrar as atenções nos actores do sector privado: os empreendedores e as

empresas tendo em conta os objectivos da estratégia de desenvolvimento de longo prazo

referidos no Quadro 5.1.

96. Considerou-se, também, o estabelecimento, transitório, de uma política económica

estratégica, parcialmente proteccionista, que permita o desenvolvimento de indústrias

nascentes, em complemento das políticas orientadas para o lado da oferta, relacionadas com

as reformas estruturais do ambiente de negócios.

97. No que se refere ao regime aduaneiro, Angola possui uma tarifa aduaneira média baixa (em

relação à média do continente), aderiu ao Protocolo Comercial da SADC, mas ainda não

assinou o acordo de livre comércio lançado pela Comunidade em 2008.

98. Entre as medidas tomadas nos últimos anos para promover o investimento privado, o

desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas e o empreendedorismo,

designadamente de base nacional, destacam-se, respectivamente, a Lei do Investimento

Privado (Lei 20/11, de 20 de Maio), o Regulamento da Lei 30/11 de 13 de Setembro sobre as

Micro, Pequenas e Médias Empresas, o Programa de Apoio ao Pequeno Negócio (PROAPEN)

ou a implementação do Balcão Único do Empreendedor (BUE).

Objectivos de Política com Prioridade

99. A prossecução dos Objectivos da Política Integrada de Promoção do Empreendedorismo e do

Desenvolvimento do Sector Privado Nacional apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em

particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Apoiar o empreendedorismo e a formalização de actividades económicas;

b) Promover alternativas de financiamento viáveis para capital circulante e investimentos

por parte de empresas nacionais;

c) Apoiar as actividades económicas nacionais emergentes;

d) Apoiar as actividades económicas nacionais estabelecidas;

e) Dotar o Instituto de Fomento Empresarial de capacidade técnica e institucional para

cumprir com eficiência suas funções de fomento empresarial;

f) Concluir a Estratégia do Estado de financiamento à economia real;

g) Operacionalizar o Programa “Angola Investe” em todas as suas vertentes de intervenção e

dotá-lo atempadamente dos recursos financeiros.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 71

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Nº Médio Anual de Empresas Criadas com Capital Maioritariamente Angolano * 1.543

2. Nº Médio Anual de Incubadoras de Empresas Criadas 2

3. Volume Médio Anual de Investimento Aprovado pela ANIP (Milhões USD) 5.000

4. Volume Médio Anual de Empregos Criados no Âmbito do Programa Angola Investe (Milhares) *

51.4

5. Nº Médio Anual de Beneficiários de Microcrédito no Âmbito do Programa de Apoio ao Pequeno Negócio (Milhares) *

85,8

Valor médio para o período de 2013-2015 *

Programas de Acção Fundamentais

100. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO

a) Objectivo

Apoiar o esforço dos agentes económicos na criação de valor para a economia, através

da criação de novas empresas ou do desenvolvimento de novas oportunidades de

negócio.

b) Medidas de Política

i) Implementar um Programa de Apoio aos Empreendedores, envolvendo a criação da

“rede incubadora do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas

(INAPEM)”, bem como a expansão do Balcão Único do Empreendedor a todo o

território;

ii) Estruturar e apoiar a entrada em funcionamento da Escola do Empreendedor;

iii) Melhorar as condições de produtividade e rendibilidade do tecido empresarial

angolano, dotando-o, de forma progressiva, de empresários, gestores e quadros

nacionais, qualificados e motivados;

iv) Introduzir conteúdos de empreendedorismo nos programas curriculares dos

diversos níveis de ensino;

v) Implementar um Programa de Reconversão da Economia Informal, incluindo o

Programa de Apoio ao Pequeno Negócio e reforço do micro crédito.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 72

B. PROGRAMA DE FACILITAÇÃO DO ACESSO AO CRÉDITO

a) Objectivo

Facilitar o acesso dos sectores produtivos do País a financiamento, a custos que

permitam a viabilidade económica dos investimentos.

b) Medidas de Política

i) Operacionalizar o Fundo de Fomento Empresarial;

ii) Criar um fundo de bonificação de juros para micro, pequenas e médias empresas, um

fundo de garantias ao crédito e um fundo de capital de risco para projectos

competitivos em estágio inicial;

iii) Institucionalizar uma agência de seguros de crédito orientada para a gestão e

controlo do risco de crédito no mercado interno e externo.

C. PROGRAMA DE APOIO A ACTIVIDADES ECONÓMICAS EMERGENTES

a) Objectivo

Apoiar o lançamento de novas actividades económicas de base nacional.

b) Medidas de Política

i) Definir e adoptar uma política económica estratégica, nomeadamente através da

concessão de incentivos fiscais, que estimule a competitividade das empresas

nacionais;

ii) Definir e adoptar uma política comercial estratégica, nomeadamente através da

adopção de uma estrutura de quotas máximas por importador (numa perspectiva

de defesa da produção interna e de restrição à prática monopolista) e da restrição

progressiva da importação de produtos pré-embalados, em particular de pequena

embalagem, em benefício da importação de produtos a granel (de forma a

acrescentar mais valor no circuito comercial interno);

iii) Atribuir os incentivos (redução de encargos e isenções fiscais) previstos na Lei das

Micro, Pequenas e Médias Empresas e na Lei do Investimento Privado;

iv) Consolidar e rendibilizar a Zona Económica Especial Luanda-Bengo e estudar a

viabilidade de novas zonas económicas especiais dotadas de infra-estruturas e

baixos custos de operação, em particular junto dos pólos de desenvolvimento do

País;

v) Apoiar a criação e desenvolvimento de Grupos Empresariais Nacionais

competitivos, de forma equilibrada no território nacional;

vi) Reforçar a capacidade das instituições responsáveis pelo apoio ao investimento e

ao desenvolvimento empresarial;

vii) Implementar um Programa de Incentivo ao Consumo da Produção Nacional;

viii) Desenvolver e consolidar o sistema nacional de qualidade e segurança industriais,

tendo em vista acelerar a normalização.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 73

D. PROGRAMA DE RECONVERSÃO DA ECONOMIA INFORMAL

a) Objectivos

Diminuir o grau de informalidade da economia angolana;

Contribuir para a segurança dos negócios actualmente praticados no mercado

informal;

Contribuir para o combate a fome e a pobreza;

Promover o emprego em condições dignas;

Contribuir para a segurança dos consumidores;

Contribuir para a melhoria da arrecadação fiscal do Estado;

Contribuir para o aumento do índice de bancarização do país.

b) Medidas de Política

i) Criação da personalidade jurídica do Micro Empreendedor Individual;

ii) Revisão/actualização da legislação laboral para acolher os novos integrantes do

sector informal;

iii) Adopção de medidas de carácter organizativo da parte das diversas instâncias

governamentais;

iv) Programa de formação e capacitação para os micro empreendedores.

E. PROGRAMA DE APOIO ÀS GRANDES EMPRESAS E SUA INSERÇÃO EM CLUSTERS EMPRESARIAIS

(PAGEC)

a) Objectivo

Identificar segmentos de serviços e produtos em que Angola tem vantagens

comparativas para substituição selectiva de importações e vantagens competitivas

para diversificação de exportações a fim de fomentar, naqueles segmentos, processos

de criação, reestruturação e reforço de grandes empresas nacionais e sua inserção em

clusters empresariais.

b) Medidas de Política

i) Criar uma rede de parceiros para suporte em know how e apoio financeiro para

implementação de um amplo programa de criação, reestruturação e reforço de

grandes empresas e sua inserção nos clusters empresariais;

ii) Disponibilizar um serviço de inteligência competitiva empresarial para fornecer, às

empresas, estudos e análise de mercado e diversas ferramentas de Business

Intelligence;

iii) Potenciar as empresas nacionais para participarem e liderarem os procedimentos

de contratação pública;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 74

iv) Criar um serviço nacional de apoio ao processo de internacionalização de empresas

e produtos nacionais (exportação de produtos e deslocalização de matrizes de

produção);

v) Criar um serviço de apoio à elaboração de estudos de viabilidade para projectos de

grande dimensão, angariamento do seu financiamento e acompanhamento da sua

execução;

vi) Criar um serviço de apoio à formação de executivos, “mentoring” e “coaching”;

vii) Criar um serviço de apoio na melhoria das práticas de “corporate governance”,

prestação de contas (contabilidade e fiscalidade) e na implementação de programas

de responsabilidade social. Nesse âmbito, elaborar o ‘‘Livro Branco do Governação

Corporativa em Angola’, sendo uma iniciativa legislativa para que haja em Angola

um ‘‘Código de Boa Governação das Empresas’’ com uma abrangência global,

contemplando a totalidade dos elementos mais relevantes em matérias de

“corporate governance” contextualizados para as diferentes sociedades comerciais

de direito angolano;

viii) Implementação do mecanismo de imposição de sobretaxas aduaneiras e de quotas

de importação para produtos em que a oferta doméstica assegure mais de 60% do

consumo nacional.

6.6.4. Apoio às Exportações

101. Um elemento importante para a sustentabilidade do processo de desenvolvimento de Angola

reside no seu relacionamento com o exterior e na inserção competitiva da economia no

contexto internacional. Para além de continuar a afirmar-se como centro produtor e

exportador de energia, será necessário apostar na diversificação e no aproveitamento de

nichos de mercado no comércio mundial. Essa linha de acção, de natureza estratégica, tem

como seu principal objectivo descrito no Quadro 5.1.

102. Entre 2006 e 2010, as receitas das exportações de Angola cresceram 58,8%, tendo o sector

do petróleo representado mais de 97% do total. Este aumento exponencial apenas foi

contrariado em 2009, quando a crise internacional retraiu a procura e os preços do petróleo

nos mercados internacionais, provocando uma queda das exportações superior a um terço.

Em igual período, as receitas das exportações não petrolíferas, em que diamantes, gás, pedras

ornamentais e minerais constituem os produtos mais significativos, caíram 9,8%.

Objectivos de Política com Prioridade

103. A prossecução dos Objectivos da Política de Apoio às Exportações, apresentados no Quadro

5.1 será baseada, em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Desenvolver e implementar estratégias de exportação dirigidas aos mercados-alvo e a

diferentes tipologias selecionadas de empresas angolanas;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 75

b) Conceber e implementar um programa de diplomacia económica orientado para as

exportações de produtos angolanos;

c) Desenvolver e promover uma imagem de marca representativa de Angola no exterior.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Volume Médio Anual de Exportação de Petróleo (Milhões de Barris) 669.1

2. Taxa Média Anual de Crescimento das Exportações Não Petrolíferas (%) 23

Programas de Acção Fundamentais

104. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. ESTRATÉGIAS DE EXPORTAÇÃO

a) Objectivo

Identificar e implementar os caminhos críticos para aumentar as exportações e

potenciar o crescimento e a diversificação da base produtiva do país.

b) Medidas de Política

i) Identificar o quadro de sectores exportadores, bem como de produtos exportáveis e

definir mercados-alvo da exportação. Entre outros sectores, para além da fileira do

petróleo (que se desenvolverá através do acréscimo de valor ao longo da cadeia

produtiva) também deverão ser considerados os clusters prioritários para o

desenvolvimento do país;

ii) Elaborar estudos de vantagens comparativas de produtos angolanos seleccionados

para basear a definição de estratégias de promoção de exportações orientadas para

mercados específicos;

iii) Modernizar os sistemas de informação de apoio ao comércio externo, incluindo o

Sistema de Informação Estatística e Operativa do Comércio e de Prestação de

Serviços Mercantis, o Sistema Integrado de Gestão do Comércio Externo de Angola

ou o controlo de normas internacionais em produtos seleccionados;

iv) Consolidar as Direcções Provinciais e Delegações Regionais do Comércio, através da

capacitação de técnicos e da difusão de informação relevante de apoio aos

exportadores;

v) Promover a cultura exportadora junto de empresas nacionais exportadoras ou

potencialmente exportadoras, através da elaboração e divulgação de estudos de

mercado, da realização de seminários (actualização do ABC Comercial), do

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 76

acompanhamento de processos de exportação de empresas angolanas, da

divulgação do calendário de feiras nacionais e internacionais;

vi) Criar um sistema de incentivos para a promoção, inovação, modernização e

expansão do comércio externo, procurando potenciar a diversificação da base

produtiva do país e aproveitar economias de escala;

vii) Desenvolver e consolidar o sistema nacional de qualidade e segurança industriais,

tendo em vista acelerar a normalização e fortalecer o poder concorrencial das

exportações angolanas.

B. DIPLOMACIA ECONÓMICA

a) Objectivo

Adoptar uma política activa de promoção das exportações no exterior, procurando

aproveitar a reciprocidade de vantagens das relações mantidas por Angola no plano

bilateral e com instituições internacionais.

b) Medidas de Política

i) Definir o quadro institucional de concertação e implementação entre política

externa e política comercial e de promoção de exportações;

ii) Facilitar o acesso a mercados externos, através do conhecimento dos obstáculos

com que as empresas angolanas exportadoras se deparam e da realização de acções

de diplomacia comercial para responder a tais constrangimentos, junto dos

parceiros comerciais de Angola;

iii) Operacionalizar as estruturas de representação comercial e de apoio à actividade

exportadora nos principais mercados-alvo identificados, nomeadamente através da

recolha de informação relevante sobre a competitividade dos produtos angolanos e

sobre o seu acesso aos mercados (acompanhamento e difusão de informação sobre

novas normas);

iv) Conduzir um programa de reforço das capacidades dos quadros técnicos das

instituições de apoio às exportações;

v) Acompanhar o processo de internacionalização de empresas seleccionadas.

C. PROMOÇÃO DA IMAGEM DE ANGOLA NO EXTERIOR

a) Objectivo

Melhorar a imagem dos produtos angolanos no exterior.

b) Medidas de Política

i) Desenvolver o conceito e uma marca representativa “Feito em Angola”;

ii) Definir e implementar um programa de promoção da marca junto dos principais

mercados-alvo;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 77

iii) Apoiar a adaptação dos produtos angolanos às normas exigidas pelos principais

mercados-alvo.

D. PROGRAMA DE DESLOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS PARA ANGOLA

a) Objectivos

Para atracção de empresas industriais, agrícolas e de serviços produtivos para Angola,

o Executivo pretende oferecer benefícios às Joint-Ventures formadas entre empresas

privadas estrangeiras e angolanas, assentes nos seguintes 3 instrumentos principais:

Oferta de solo industrial infra-estruturado;

Oferta de facilidades de crédito;

Oferta de facilidades de desburocratização administrativa.

Com este conjunto de instrumentos pretende-se viabilizar a transferência, por via do

mercado, de indústrias, empresas agro-pecuárias e das pescas, e serviços produtivos

tecnologicamente actualizados, mas que se tornaram financeiramente inviáveis nos

países de origem (Portugal, Espanha e Itália), devido à contracção da procura, para a

sua relocalização em Angola, ao abrigo dos benefícios deste programa.

b) Medidas de Política

i) Aquisição de terrenos infra-estruturados;

ii) Facilitação do Acesso ao Crédito;

iii) Desburocratização dos Serviços Públicos;

iv) Implementação do Programa.

6.7. Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de

Protecção Social

105. A melhoria da repartição do rendimento nacional é um desígnio nacional para a realização do

qual, a política económica e social do Estado deve estar dimensionada.

Uma justa repartição da riqueza e do rendimento nacional é necessária, não só do ponto de

vista económico como também do ponto de vista político e ético.

Objectivos de Política com Prioridade

106. A prossecução dos Objectivos da Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de

Protecção Social apresentados no Quadro 5.1 será baseada, em particular, nas seguintes

prioridades políticas:

Actuar ao nível da formação e distribuição do rendimento, visando uma repartição justa

da riqueza e do rendimento;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 78

Implementar, de forma integrada, Programas de Rendimento Mínimo e de outras formas

de Protecção Social.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média Anual de Crescimento do Salário Mínimo Nacional (Função Pública (%) 15.0

2. Taxa Média Anual de Crescimento de Beneficiários do Rendimento Mínimo (%) 20.0

Programas de Acção Fundamentais

107. A prossecução daquelas prioridades será suportada pelos Programas de Acção Fundamentais

aqui apresentados:

A. FORMAÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO

a) Objectivo

Redução significativa da pobreza e das assimetrias na repartição funcional e pessoal do

rendimento.

b) Medidas de Política

i) Criar condições que possibilitem o acesso dos mais pobres e desfavorecidos, em

particular das populações rurais, ao capital, em sentido lato, aos meios de produção

e instrumentos de trabalho, bem como promover a sustentabilidade das suas

actividades económicas, através de instrumentos de apoio;

ii) Estabelecer uma política salarial, que assegure ao factor trabalho uma remuneração

justa, mas não inflacionista e de acordo com a evolução económica do País,

incluindo a melhoria do salário mínimo adequado às necessidades essenciais, do

trabalhador, progressivamente alargado de acordo com as possibilidades da

economia nacional;

iii) Estimular o desenvolvimento da concertação social, quer através dos mecanismos

de negociação colectiva de condições de trabalho, quer através de acordos sociais;

iv) Utilizar, de forma articulada e convergente, os principais instrumentos de política

de redistribuição do rendimento: política tributária e despesa pública em sectores

sociais e segurança social.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 79

B. IMPLEMENTAÇÃO, DE FORMA INTEGRADA, DOS PROGRAMAS DE RENDIMENTO MÍNIMO E OUTRAS

FORMAS DE PROTECÇÃO SOCIAL

a) Objectivo

Assegurar que a acção social contribua activamente para a redução da pobreza, através

da promoção de um conjunto de intervenções articuladas, integradas e direccionadas

para a prevenção e gestão do risco social.

b) Medidas de Política

i) Implementar um programa de rendimento mínimo para pessoas em situação de

risco e de extrema pobreza, associado ao cumprimento de acções de contra-partida

que contribuam para a transformação da vida dos beneficiários e dos seus

familiares;

ii) Elaborar e implementar projectos de desenvolvimento rural integrados e de

incentivo à produção agrícola familiar e camponesa;

iii) Melhorar o sistema de protecção social, em particular dos grupos vulneráveis,

reforçar a sua eficácia e garantir a sua sustentabilidade;

iv) Criar um subsídio de assistência social especialmente orientado para o idoso em

lares, incluindo uma rede com cobertura nas capitais provinciais;

v) Regulamentar e aplicar integralmente a Lei de Bases da Protecção Social.

6.8. Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas

108. Com o restabelecimento da Paz em 2002, o processo de adequação da Administração Pública

ao novo contexto político, económico e social ganhou um novo impulso, actuando no sentido

de prestigiar a sua missão e contribuir para a normalização do País e para a segurança dos

cidadãos. A longo prazo, a reforma da administração visa, pois, melhorar a governação e

promover a Boa Governação, assegurando a modernização das instituições e organismos

públicos, a sua eficácia e eficiência e a qualidade dos serviços prestados, bem como apoiar o

alargamento e o reforço da cidadania, fortalecendo as práticas que privilegiem a participação

da sociedade, em todos os níveis de intervenção da Administração Pública.

109. No domínio da Administração Pública, as medidas de reforma que têm sido concretizadas no

quadro do Programa de Reforma Administrativa em curso, nomeadamente o Programa de

Desburocratização, em particular o Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão, e na

introdução do critério da descriminação positiva na fixação das remunerações na Função

Pública, irão gerar os seus principais resultados nos próximos anos.

110. Nos últimos anos foi notável o progresso ao nível da criação de mecanismos de melhoria da

eficácia da gestão pública, designadamente a configuração do Sistema Nacional de

Planeamento, a promulgação do Decreto Presidencial nº 31/10, de 11 de Janeiro, que

regulamentou o processo de preparação, execução e acompanhamento do programa de

Investimentos Públicos e o início da implementação do novo Sistema Informático de

Programação do Investimento Público. Os próximos anos serão de implementação destes

mecanismos.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 80

111. A realização do Recenseamento Geral da População e Habitação e a difusão, atempada, dos

seus resultados, serão um suporte para uma melhor e mais eficaz Política de

Desenvolvimento.

112. A efectiva implementação do Sistema Nacional de Planeamento e do Sistema Estatístico

Nacional serão contributos fundamentais para a melhoria da Gestão Pública.

113. No capítulo 7 sobre “Políticas e Prioridades para o Desenvolvimento Sectorial”, as áreas

específicas desta Política Integrada e Transversal são objecto de caracterização.

Objectivos de Política com Prioridade

114. A prossecução dos Objectivos da Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas

apresentados no Quadro 5.1 será baseada, em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Construir uma Administração Pública baseada em estruturas flexíveis e simplificadas,

diversificada quanto a soluções organizacionais, adaptadas ao serviço a prestar;

b) Promover uma nova imagem da Administração Pública, estimulando a cultura da

qualidade, eficiência e desburocratização, que considere os cidadãos, as empresas e a

sociedade civil como utente/cliente;

c) Aperfeiçoar políticas públicas em matéria de educação, formação, emprego e

remuneração dos recursos humanos para a Administração Pública e para a economia;

d) Implementar tecnologias de informação e comunicação nas diversas áreas da

Administração Pública;

e) Consolidar o Sistema Nacional de Planeamento;

f) Melhorar a qualidade e oportunidade das estatísticas oficiais à disposição do Estado, das

empresas e dos cidadãos.

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Percentagem de Funcionários da Administração Pública Central Abrangidos por Acções de Formação e Qualificação Profissional

50

2. Percentagem de Quadros Dirigentes da Administração Pública Central Abrangidos por Acções de Formação e Qualificação Profissional

100

3. Percentagem de Quadros Dirigentes da Administração Pública Local Abrangidos por Acções de Formação e Qualificação Profissional

75

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 81

Programas de Acção Fundamentais

115. A implementação daquelas prioridades far-se-á de acordo com os seguintes programas de

acção fundamentais:

A. REFORMA ADMINISTRATIVA

a) Objectivo

Aproximar o Estado dos cidadãos e assegurar a prestação de um serviço mais eficaz,

mais eficiente e com maior qualidade.

b) Medidas de Política

i) Organizar e estruturar os serviços a nível da Administração Central e da

Administração Local do Estado, seguindo o princípio da racionalidade e da eficácia;

ii) Rever os processos e procedimentos dos circuitos administrativos, procurando

promover a celeridade e a excelência dos serviços públicos;

iii) Construir e instalar novas unidades de atendimento do Serviço Integrado de

Atendimento ao Cidadão (SIAC) ao longo de todo o território;

iv) Reforçar o sentido de missão e compromisso dos funcionários públicos para com a

prestação de serviços de melhor qualidade para o cliente, utente e consumidor;

v) Estudar a viabilidade económico-financeira de utilizar parcerias público-privadas

para assegurar o financiamento e a gestão de intervenções públicas nas áreas da

justiça, saúde, cultura, habitação social, conservação e manutenção de bens,

equipamentos e infra-estruturas.

B. GESTÃO E VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a) Objectivo

Contribuir para a renovação, motivação e adequação das qualificações dos recursos

humanos da Administração Pública visando uma gestão pública de elevada qualidade.

b) Medidas de Política

i) Rever o processo de recrutamento de pessoal, bem como o sistema de carreiras e

chefias, com o objectivo de associar a formação ao desenvolvimento da carreira

técnica superior e de recrutar chefias mais qualificadas;

ii) Rever o sistema de remunerações e subsídios dos funcionários públicos, de acordo

com critérios de produtividade, territorialidade e desenvolvimento contínuo das

capacidades técnicas e humanas do pessoal;

iii) Rever o sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos, de acordo

com a gestão por objectivos;

iv) Criar uma Comissão de Coordenação da Formação da Administração Pública, com o

objectivo de garantir a articulação entre as várias instâncias na definição das

políticas de formação e no acompanhamento da respectiva implementação;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 82

v) Definir e implementar um sistema de monitorização e avaliação do sistema de

formação de quadros da Administração Pública;

vi) Criar um fundo de financiamento da formação na Administração Pública;

vii) Criar um sistema integrado de formação para a Administração Pública, central e

local, coordenado pela ENAD e pelo IFAL;

viii) Assegurar uma formação profissional de excelência na Administração Pública,

através de intervenções articuladas e programadas de natureza diversa (dirigentes

e gestores, formação de vocação sectorial ou transversal);

ix) Implementar um sistema de acreditação das entidades formadoras privadas, a

assegurar pela ENAD e pelo IFAL;

x) Alargar o âmbito de actuação da ENAD aos gestores de empresas públicas e de

empresas com capitais públicos.

C. GOVERNAÇÃO ELECTRÓNICA

a) Objectivo

Implementar gradualmente as tecnologias de informação e comunicação nas diversas

áreas da Administração Pública;

b) Medidas de Política

i) Assegurar as condições tecnológicas na administração pública de suporte ao

desenvolvimento da governação electrónica;

ii) Implementar a Estratégia do Governo Electrónico e Rede Privada do Estado (CIEGOV).

D. CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE PLANEAMENTO

a) Objectivo

Melhorar a elaboração, execução, registo, acompanhamento e avaliação do

planeamento nacional, visando a eficácia da gestão pública na promoção do

desenvolvimento sustentado, harmonioso e equilibrado, sectorial e espacial do país.

b) Medidas de Política

i) Assegurar a regulamentação e o cumprimento da Lei de Bases do Regime Geral do

Sistema Nacional de Planeamento, designadamente efectuar o balanço e a revisão

da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo;

ii) Desenvolver e aplicar metodologias de Avaliação de Políticas Públicas e de Impacto

de Projectos Estruturantes de Investimento Público;

iii) Concluir a implementação do Decreto Presidencial 31/10 que aprova o

regulamento do processo de preparação, execução e acompanhamento do

Programa de Investimento Público;

iv) Assegurar a difusão do Sistema Nacional de Planeamento e Formação de Gestores e

Funcionários nas novas metodologias e sistemáticas de planeamento;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 83

v) Conceber e implementar o Índice de Desenvolvimento Territorial.

E. MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

a) Objectivo

Promover a produção e difusão, de forma continuada da informação estatística oficial,

em conformidade com a Lei do Sistema Estatístico Nacional e dentro dos padrões

internacionais.

b) Medidas de Política

i) Realizar o Recenseamento Geral da População e Habitação em 2014;

ii) Assegurar a regulamentação e o cumprimento da Lei do Sistema Estatístico Nacional;

iii) Conceber e implementar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Estatístico;

6.9. Política Integrada para a Juventude

116. A juventude angolana tem merecido a maior atenção por parte do Estado, sendo os jovens

considerados protagonistas da modernização, da mudança de mentalidades da reprodução

social e da recuperação do atraso estrutural do país, constituindo, como tal, o maior potencial

para o seu desenvolvimento.

117. Nos últimos anos, a intervenção neste domínio foi orientada pelo Plano Executivo do Governo

de Apoio a Juventude (PEGAJ), em parceria com diversas instituições, empresas e sociedade

civil, com um impacto significativo na redução da taxa de desemprego dos jovens, no

melhoramento das condições de vida e na sua participação activa no processo de

reconstrução e desenvolvimento do país. Lançado em 2005, o PEGAJ é concretizado através

do Programa Angola Jovem (PAJ), que pretende mobilizar os jovens, visando a sua

participação activa e permanente no processo de reconstrução nacional; o seu âmbito é

nacional e, gradualmente, será estendido às diversas localidades do país.

Objectivos de Política com Prioridade

118. A prossecução dos Objectivos da Política Integrada para a Juventude apresentados no Quadro 5.1,

será baseada, em particular, nas seguintes prioridades políticas:

a) Aumentar a empregabilidade dos jovens e ajustar as qualificações dos jovens às

necessidades do mercado de trabalho;

b) Melhorar as condições de saúde dos jovens;

c) Melhorar o acesso dos jovens a uma habitação condigna;

d) Promover a participação dos jovens na democracia participativa e no desenvolvimento

social do País;

e) Adequar o quadro institucional às necessidades do sector.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 84

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média de Emprego de Jovens (15-24 anos) 50.2

2. Nº Médio Anual de Jovens Aderentes ao Programa Meu Negócio Minha Vida (Milhares) 33

Programas de Acção Fundamentais

119. A implementação daquelas prioridades será alicerçada nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. INSERÇÃO DOS JOVENS NA VIDA ACTIVA

a) Objectivo

Facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

b) Medidas de Política

i) Implementar programas de formação profissional para jovens, ajustados às

necessidades do mercado de trabalho, com destaque para as tecnologias de

informação e comunicação;

ii) Implementar um programa de promoção do emprego e do empreendedorismo para

jovens;

iii) Assegurar o acesso dos jovens a crédito bonificado para a criação de pequenos

negócios;

iv) Promover a criação de incubadoras de negócios;

v) Conceber e implementar um programa de estágios profissionais para jovens, quer nas

empresas quer nos programas de construção e relançamento da economia nacional;

vi) Apoiar a reinserção socioprofissional de jovens desmobilizados e outros com

necessidades especiais.

B. MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA JUVENTUDE

a) Objectivo

Melhorar a qualidade de vida dos jovens, designadamente ao nível da sua condição de

saúde e do seu acesso à habitação.

b) Medidas de Política

i) Desenvolver projectos de saúde reprodutiva visando a prevenção das infecções de

transmissão sexual (incluindo VIH/SIDA), a gravidez precoce e a influência de

hábitos e costumes com efeitos nefastos sobre a condição de saúde dos jovens;

ii) Facilitar o acesso de jovens infectados com VIH/SIDA a tratamento;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 85

iii) Conceber e implementar um programa de prevenção de comportamentos de risco

em jovens;

iv) Facilitar o acesso dos jovens à auto-construção dirigida, proporcionando-lhes o

acesso a terrenos infraestruturados, a assistência técnica na implementação das

obras e a crédito bonificado;

v) Financiar um programa de crédito bonificado para aquisição de habitação.

C. PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO PAÍS

a) Objectivo

Promover o envolvimento dos jovens nos grandes objectivos de democracia

participativa e de desenvolvimento social.

b) Medidas de Política

i) Promover o desenvolvimento do associativismo juvenil e estudantil e reforço da

sua capacidade organizativa e de intervenção política e social;

ii) Dinamizar a formação dos líderes juvenis, dotando-os de capacidade de liderança e

gestão associativa;

iii) Criar e implementar o Estatuto do Dirigente Associativo, para dinamizar as

associações juvenis e estudantis;

iv) Incentivar e apoiar projectos de desenvolvimento social e comunitário, dirigidos

aos jovens.

D. MELHORIA DO ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL DA JUVENTUDE

a) Objectivo

Criar um quadro institucional adequado para promover, acompanhar e enquadrar as

políticas nacionais do Estado para a juventude.

b) Medidas de Política

i) Dotar o Instituto da Juventude das competências para cumprir a sua função como

instância de operacionalização de políticas juvenis públicas;

ii) Dotar o Observatório Nacional da Juventude com meios técnicos e humanos para a

realização de estudos regulares sobre o perfil, atitudes, comportamentos e

necessidades dos jovens, para subsidiar o processo de tomada de decisões e a

adequação de políticas públicas para a juventude;

iii) Reforçar a capacidade dos quadros técnicos do sector.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 86

6.10. Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território

120. A estratégia de desenvolvimento do território nacional reflecte as opções da estratégia

Angola 2025, procurando combater os desequilíbrios territoriais existentes no País, através

do desenvolvimento de uma rede de pólos de desenvolvimento, pólos de equilíbrio,

plataformas de internacionalização e eixos de desenvolvimento, consolidados e

potenciais, tendo em consideração os clusters considerados prioritários (alimentação e agro-

indústria, energia e água, habitação e transportes e logística).

121. Correspondendo a áreas onde já existe potencial e dinâmicas, as intervenções públicas nos

pólos e eixos de desenvolvimento serão fundamentalmente catalisadoras e a sua

rentabilidade social coloca-se numa perspectiva de médio e longo prazo. Os pólos de

desenvolvimento do território angolano compreendem a região metropolitana de Luanda e

o eixo Benguela-Lobito (ambos plataformas de internacionalização), a aglomeração urbana

do centro do País composta pelas cidades de Huambo e Kuíto (afirmando-se como plataforma

logística), o pólo industrial e comercial de Cabinda, o pólo petroquímico e siderúrgico do

Soyo, um pólo urbano, comercial e cultural no Luena e um pólo logístico em Menongue. Os

eixos de desenvolvimento, por seu lado, deverão permitir disseminar pelo território as

externalidades positivas que resultam das economias de aglomeração geradas nos pólos, pelo

que a estratégia de desenvolvimento do território assenta em quatro segmentos: o corredor

Luanda-Malange, o eixo Porto Amboim-Benguela (com prolongamentos aos pólos de

Lubango e Namibe), o corredor correspondente ao percurso do caminho-de-ferro de

Benguela até Huambo e Kuíto, com prolongamento até Luena, e, confirmando-se a viabilidade

de exploração de recursos minerais na província do Uíge, um quarto eixo composto por Soyo-

Mbanza Congo - Maquela do Zombo – Quimbele - Sanza Pombo.

122. Para as áreas onde o potencial e as oportunidades são reduzidos, preconiza-se o

desenvolvimento de uma rede de pólos de equilíbrio ligados por corredores, tendentes a

promover uma maior equidade territorial, tratando-se de áreas em que os efeitos só serão

produzidos a prazo. Inserem-se nesta tipologia o corredor longitudinal constituído por três

segmentos com dinâmicas de desenvolvimento variadas – Uíge-Malange, Malange-

Huambo/Kuíto e Huambo-Menongue-Mavinga, abrindo-se para o Botswana -, bem como um

corredor a leste articulando Dundo-Luachimo-Chitato, com Luena e Mavinga.

Objectivos de Política com Prioridade

123. A prossecução dos Objectivos da Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do

Território apresentados no Quadro 5.1, será baseada, em particular, nas seguintes

prioridades políticas:

a) Estruturar o povoamento e criar uma rede de cidades que suportem e dinamizem o

desenvolvimento dos territórios de menor potencial;

b) Promover a criação de pólos de equilíbrio nas regiões com menor nível de

desenvolvimento económico e social;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 87

c) Implementar a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e as Redes Nacionais de

Transportes e de Acessibilidades

Indicadores de Objectivos (2013-2017)

Indicadores Valor Médio no Período

1. Taxa Média Anual de Execução do PIP Provincial (%) 80

2. Percentagem de Cidades com Abastecimento de Água e Energia Assegurados 80

3. Percentagem de Cidades com Sistemas de Transportes Urbanos Garantidos 75

4. Nº Médio Anual de Polos de Desenvolvimento e de Equilíbrio Instalados 3

5. Percentagem de Zonas Rurais com Água e Energia Assegurados 70

6. Nª Médio Anual de Km de Estradas Construídas ou Reparadas 1.190

Programas de Acção Fundamentais

124. A implementação daquelas prioridades far-se-á de acordo com os Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. ESTRUTURAÇÃO DO POVOAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

a) Objectivo

Promover o desenvolvimento harmónico do território, assegurando o respeito pelo

meio ambiente natural e o património histórico e cultural do país e ordenar os

impactos sobre o território nacional das actividades dos agentes públicos e privados.

b) Medidas de Política

i) Elaborar o plano nacional de desenvolvimento do território e o plano nacional de

ordenamento do território;

ii) Implementar um sistema de incentivos fiscais e parafiscais ao estabelecimento de

novas actividades económicas ao longo do território, de acordo com a estratégia

definida para o seu desenvolvimento equilibrado;

iii) Capacitar as regiões menos desenvolvidas do País, promovendo as pré-condições

para o seu desenvolvimento endógeno.

B. MODERNIZAÇÃO DAS CAPITAIS DE PROVÍNCIA

a) Objectivo

Desenvolver uma rede urbana, qualificada e sustentável do ponto de vista ambiental,

composta por cidades eficientes, criativas e solidárias, enquadrada numa estratégia de

rede de povoamentos, que constituam pólos dinamizadores dos espaços rurais.

b) Medidas de Política

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 88

i) Elaborar e implementar planos de ordenamento provinciais;

ii) Elaborar e implementar planos directores municipais;

iii) Desenvolver grandes operações integradas de requalificação urbana, com uma forte

componente de dignificação urbana, valorização ambiental e que promovam a

multi-funcionalidade desses espaços.

C. CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

a) Objectivo

Integrar o território nacional, favorecendo a circulação das populações e dos bens e

serviços produzidos, e valorizando a posição geo-estratégica de Angola.

b) Medidas de Política

i) Elaborar e implementar um plano director nacional do sistema de transportes de

Angola, que assegure os objectivos da coesão económica, social e territorial, bem

como a devida articulação com o Plano Director Regional de Desenvolvimento de

Infraestruturas da SADC;

ii) Elaborar e implementar planos directores de transportes das províncias;

iii) Prosseguir as obras de construção das infraestruturas de transportes e comunicações;

iv) Concluir uma rede de estradas que ligue todas as províncias e as principais cidades.

6.11. Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional, em particular na União Africana e na SADC

125. As opções estratégicas relativas ao posicionamento de Angola no contexto internacional e

regional encontram-se expressas na Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo:

Continuar a respeitar e a aplicar os princípios da carta da Organização das Nações Unidas e da

Carta da União Africana e estabelecimento de relações de amizade e cooperação com todos os

povos e Estados;

Apoiar a inserção competitiva na economia global: diversificando relações bilaterais para

ampliar acordos comerciais e cooperação científica e tecnológica com os países emergentes,

participando nas negociações e acordos de cooperação Sul-Sul e das nações tropicais,

estreitando relações comerciais e de cooperação cultural e tecnológica com os países

lusófonos no âmbito da CPLP, estabelecendo entendimentos comerciais com os Estados

Unidos da América, em torno do Golfo da Guiné, de modo a consolidar a presença angolana

na região e negociar parcerias comerciais com a União Europeia, no âmbito da SADC;

Promover a integração regional com liderança: quer no quadro do estabelecimento do

mercado comum regional, quer tomando iniciativas políticas para assegurar a segurança e

a estabilidade política regional, ou afirmando-se como plataforma de articulação entre a

SADC, a CEEAC e a região do Golfo da Guiné;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 89

Ampliar a participação no mercado mundial de energia.

Objectivos de Política com Prioridade

126. A prossecução dos Objectivos da Política de Reforço do Posicionamento de Angola no

Contexto Internacional e Regional, apresentados no Quadro V.1, será baseada, em particular,

nas seguintes prioridades políticas:

a) Consolidar as relações com as instituições financeiras internacionais;

b) Reforçar a posição geoestratégica de Angola na região e no mundo.

Indicadores de Objectivos (2017)

Indicadores Meta

1. Posição de Angola no Ranking da Doing Business (Ano Base 2012) 165

Programas de Acção Fundamentais

127. A implementação daquelas prioridades far-se-á com base nos Programas de Acção

Fundamentais aqui apresentados:

A. CONSOLIDAÇÃO DAS RELAÇÕES COM AS INSTIUIÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS

a) Objectivo

Elevar a relação de Angola com as Instituições Financeiras Internacionais, melhorando

as condições de financiamento da economia e as capacidades de gestão económica.

b) Medidas de Política

i) Negociar o aumento do volume e das condições de financiamento do Banco Mundial

a projectos estruturantes da economia angolana;

ii) Apresentar a evolução da economia angolana, numa base regular, as Instituições

como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial ou o G20;

iii) Formular e implementar um plano de acção para promover a candidatura de

quadros qualificados angolanos a posições de destaque nestas Instituições;

iv) Estabelecer protocolos com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial

para o desenvolvimento de estágios para graduados universitários angolanos, bem

como para a implementação de programas de assistência técnica aos técnicos dos

órgãos de gestão macroeconómica do País.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 90

B. REFORÇO DO PAPEL DE ANGOLA NO CONTEXTO INTERNACIONAL E REGIONAL

a) Objectivo

Aumentar o nível de influência política e económica de Angola na região e no mundo,

procurando beneficiar das potencialidades existentes na região.

b) Medidas de Política

i) Assegurar o cumprimento dos acordos, protocolos e metas firmados com a SADC,

contribuindo activamente para a integração económica da sub-região;

ii) Promover a candidatura de quadros qualificados angolanos para ocuparem

posições de relevo na União Africana, nas Nações Unidas, na SADC, na CEEAC e

outras organizações regionais;

iii) Acompanhar e participar activamente nas organizações internacionais, em

particular no que respeita à reforma do sistema das Nações Unidas e, em particular,

do Conselho de Segurança, ao reforço das instituições da União Africana e ao

processo de transformação em curso nesta organização.

C. REFORÇO E ALARGAMENTO DAS RELAÇÕES BILATERAIS E MULTILATERAIS

a) Objectivo

Estabelecer e aprofundar as relações bilaterais e Multilaterais com os Estados e

Instituições baseadas no respeito mútuo e na reciprocidade de vantagens.

b) Medidas de Política

i) Estabelecer e aprofundar as relações bilaterais com os Estados de todo o mundo,

designadamente com os países membros da SADC (nomeadamente os países

vizinhos República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia, e a África do Sul, com

quem trabalhará para assumir uma posição de proeminência no seio da SADC), mas

também com a CEEAC e os países do Golfo da Guiné;

ii) Participar no desenvolvimento gradual e firme da União Africana, da Comissão do

Golfo da Guiné, da CPLP, bem como das relações com a CEDEAO e o IGAD, a OMC e a

CNUCED, a OEA e o Mercosul;

iii) Desenvolver cooperação Sul-Sul com países de economias emergentes como o Brasil, a

Índia e a China, negociar um acordo bilateral sobre investimentos e a cooperação em

matéria de direitos de propriedade intelectual com os Estados Unidos da América,

assim como intensificar e aprofundar as relações com a União Europeia.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 91

7. POLÍTICAS E PRIORIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO SECTORIAL

128. Neste Capítulo, apresenta-se uma Síntese de Objectivos, Indicadores de Objectivos,

Prioridades, Programas Fundamentais e Medidas de Política para os Sectores Económicos, de

Infraestruturas, Sociais e Institucionais.

7.1. Sectores Económicos

AGRICULTURA

Objectivo Prioridades de objectivos específicos

Promover o desenvolvimento integrado e sustentável do sector agrário tomando como referência o pleno aproveitamento do potencial dos recursos naturais produtivos e a competitividade do sector, visando garantir a segurança alimentar e o abastecimento interno, bem como realizar o aproveitamento das oportunidades relacionadas aos mercados regional e internacional

1. Desenvolver uma agricultura competitiva, assente na reorientação da produção familiar para o mercado e no relançamento do sector empresarial

2. Reabilitar e expandir as infra-estruturas de apoio à produção agro-pecuária 3. Estimular práticas de natureza associativa e empresarial no quadro de estratégias

integradas com vista ao desenvolvimento das fileiras de produção agropecuária 4. Alcançar a auto-suficiência dos produtos alimentares de base 5. Relançar culturas de rendimento com perspectivas de rentabilidade e com tradição

no território, de forma a promover o aumento do rendimento dos produtores e das exportações nacionais

6. Reduzir as importações e contribuir para a diversificação da actividade económica 7. Promover a prática do regadio para o aumento da produtividade e competitividade

da agricultura e como meio capaz de mitigar de forma efectiva os efeitos das mudanças climáticas

8. Fortalecer o sistema de investigação agrária como instrumento para o desenvolvimento técnico, tecnológico e científico

9. Promover a criação de emprego e contribuir de forma significativa para o aumento de rendimentos da agricultura familiar e para o relançamento do sector empresarial

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Produção de Cereais (toneladas) 1.408.826 2.292.334 2.602.320 2.872.681 3.176.762 3.520.990

Produção de leguminosas (feijão, amendoim e soja)

564.966 630.935 836.103 1.033.588 1.192.041 1.368.298

Produção de raízes e tubérculos (mandioca, batata rena e batata doce)

16.219.865 24.072.833 26.865.240 30.621.555 34.161.578 37.815.136

Produção de frangos 5.377 20.390 20.390 25.668 36.602 41.322

Produção de carne bovina 10.005 11.906 14.169 16.861 251.134 266.809

Produção de carne caprina 40 207.860 205.261 210.803 225.155 222.340

Produção de ovos 7.526 7.734 7.948 8.169 8.395 8.627

Evolução da procura de Leite (Milhares de Litros/ano)

52.545 236.240 429.817 633.675 848.228 1.073.905

Volume da produção nacional de leite (Milhares de L/ano)

0 11.812 34.385 69.704 118.752 118.752

Efectivo pecuário leiteiro 0 719 3.271 7.234 12.911 24.518

Procura interna de açúcar (Milhares de Ton/ano)

389.221 399.730 410.523 421.607 432.990 444.681

Volume de produção de açúcar (Ton/ano)

n.d. n.d. 28.737 67.457 86.598 124.511

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 92

Programas Medidas de Política

Programa de Fomento da Actividade Produtiva

1. Realizar Acções de apoio às Campanhas Agrícolas 2. Fomentar a Produção de Sementes

Desenvolvimento da Agricultura Familiar

1. Reabilitar e Construir 30 Estações de Desenvolvimento Agrário (EDA) 2. Promover a Correcção da Acidez dos Solos 3. Incentivar a Agricultura Familiar Orientada para o Mercado 4. Apoiar o Projecto de Desenvolvimento de Bom Jesus e Calenga 5. Implementação de polos de desenvolvimento agro-pecuário 6. Aumentar a capacidade de assistência técnica aos produtores

Segurança Alimentar e Nutricional

1. Realizar Análises de Vulnerabilidade a municípios seleccionados 2. Instalar a Rede Agro-meteorológica e o Sistema de Alerta Rápida 3. Promover a construção de Hortas escolares

Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

1. Assegurar a Reabilitação de Estações de Investigação Agronómica (Nsoso - Uíge, Humpata - Huíla, São Vicente - Cabinda, Kilombo - Kuanza Norte e Alto Capaca - Benguela)

2. Reabilitar e modernizar as Estações Zootécnicas (Nsoso - Uíge, São Vicente - Cabinda e Humpata - Huíla)

3. Promover Acções de Formação e Treinamento Agropecuário

Desenvolvimento da Agricultura Comercial

1. Assegurar a instalação dos Polos agro-industriais de Capanda, Cubal, Longa, Quizenga, Pedras Negras, Camabatela.

2. Apoiar o Programa de Desenvolvimento Agro-pecuário de Camabatela 3. Reabilitar Estações Experimentais do Café de Amboim e Ganda 4. Promover uma campanha de marketing do Café de Angola 5. Promover a implementação de projectos agrícolas de larga escala

Programa de Saúde Pública Veterinária

1. Promover a erradicação da Mosca Tsé-tsé 2. Realizar campanhas de Contingência e Emergência contra a Raiva 3. Implementar o Projecto de Contenção da gripe aviária e outras enfermidades 4. Garantir o controlo da Doença de Newcastle, PPCB, Dermatires.

Desenvolvimento da Fileira das Carnes e Leite

1. Implementar o Projecto de Avicultura Familiar no Kuanza Norte e Malange 2. Apoiar a Organização das Fazendas de Cacanda, Negage, Nzeto, Luena e Cangandala

Programa de Apoio e Fomento da Produção Animal

1. Realizar Campanhas de vacinação do gado bovino 2. Assegurar a distribuição de galinhas rústicas as comunidades rurais seleccionadas 3. Apoiar o fomento da criação de pequenos ruminantes 4. Fomento da bovinicultura

Construção e Reabilitação de Perímetros Irrigados

1. Construir ou reabilitar os Perímetros Irrigados do Sumbe, Mucoso e Missombo 2. Reabilitar os Pequenos Regadios Tradicionais nas províncias de Benguela, Kuanza Sul e

Bié e outros 3. Reabilitar as Barragens Hidro-agrícolas das Neves, Sendi, Chicungo e Chicomba

Programa de Relançamento da Fileira da Madeira e de Produtos não Lenhosos

1. Promover a realização de Projectos de Corte, Transformação e Transporte de Madeira 2. Apoiar Projectos de Povoamento e Repovoamento Florestal 3. Atribuir Concessões Florestais, por Concurso Público 4. Modernizar a Apicultura Tradicional

Programa de Gestão Sustentável dos Recursos Naturais

1. Apoiar o Projecto de Combate a Desertificação 2. Realizar o Inventário Florestal 3. Promover a criação de Bancos de sementes florestais 4. Realizar a inventariação de terras aráveis

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 93

PESCAS

Objectivo Prioridades de Objectivos Específicos

Promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal de modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a pobreza e garantir a Segurança Alimentar e Nutricional.

1. Aumentar a produção de forma sustentável 2. Combater a pesca ilegal, nos termos recomendados pela FAO 3. Investir em infra-estruturas de conservação dos produtos da

pesca 4. Desenvolver a aquicultura

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Previsão da Biomassa 1.370.936 1.370.936 1.439.480 1.410.600 1.418.037 1.418.037

2. Volume da Produção do Sector Pesqueiro ( Ton.)

354.500 379.950 412.400 442.850 444.850 454.850

a. Industrial e Semi Industrial 260.000 270.000 280.000 290.000 290.000 300.000

b. Artesanal (marítima) 80.000 85.000 87.000 87.000 89.000 89.000

c. Artesanal (continental) 4.500 4.950 5.400 5.850 5.850 5.850

d. Aquicultura 10.000 20.000 40.000 60.000 60.000 60.000

3. Produção de peixe seco (Ton) 25.000 30.000 35.000 40.000 40.000 40.000

4. Produção do sal (Ton) 50.000 70.000 90.000 120.000 120.000 120.000

5. Produção de conservas (Mil Ton.) 0 800 800 3.400 4.600 4.600

6. Emprego Gerado (Nº Pessoas) 13.410 13.690 14.065 14.293 14.303 14.303

Programas Medidas de Política

Melhoria da Sustentabilidade da Exploração dos Recursos Pesqueiros

1. Implementar a 2ª Fase MONICAP 2. Assegurar a Construção do Barco Fábrica para Processamento da Foca 3. Construir a Sede do Instituto Nacional de Apoio às Industrias de Pesca e

Investigação Tecnológica 4. Construir a Sede do Serviço Nacional de Fiscalização e Aquicultura, bem como

Oficinas de Apoio 5. Adquirir 200 Caixas Azuis e 100 Kits de Inspecção e Peças Sobressalentes 6. Assegurar o fornecimento de 20 Embarcações Semi-Rígidas

Melhoria da Operacionalidade e da Capacidade de Manutenção e Reparação da Frota Pesqueira

1. Reabilitar o Porto Pesqueiro da Boavista 2. Construir o Terminal Pesqueiro do Buraco 3. Construir Oficinas de Apoio à Doca Flutuante 4. Reabilitar e Ampliar a Ponte de Cais de Carvão

Apoio à Pesca Artesanal 1. Construir o Centro de Apoio à Pesca Artesanal da Ilha de Luanda

Melhoria do Processamento, Distribuição e comercialização da Pesca e do Sal Iodizado

1. Incentiva o aumento da Produção de Sal 2. Apoiar a aquisição de Meios e Equipamentos para as Salinas 3. Construir 14 Entrepostos Frigoríficos e Armazém Logístico para Abastecimento às

Embarcações de Fiscalização

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 94

Programas Medidas de Política

Desenvolvimento da Aquicultura

1. Implementar o Plano Director da Baía dos Tigres 2. Construir um Centro de Piscicultura no Moxico

Reforço do Sistema de Formação Técnica Científica no Sector das Pescas

1. Apetrechar o Centro de Formação de Piscicultura do Bié 2. Assegurar a Construção do Barco Escola para a Academia de Pescas e Ciências do

Mar 3. Garantir a Construção de Infra-Estruturas Desportivas para a Academia de Pescas e

Ciências do Mar 4. Garantir a Construção e Equipamento da Escola Básica do CEFOPESCA 5. Reabilitar e Equipar o Instituto Médio Hélder Neto

PETRÓLEOS

Objectivo Prioridades

Assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores de energia e desenvolver o cluster do petróleo e gás natural, contribuindo para financiar o desenvolvimento da economia e sua diversificação.

1. Licitar novas concessões petrolíferas 2. Reforçar o papel da Sonangol como empresa operadora 3. Garantir a sustentabilidade da produção petrolífera 4. Aumentar a capacidade de refinação de petróleo bruto 5. Desenvolver a Indústria do Gás Natural 6. Desenvolver a fileira do petróleo para apoiar a diversificação do sector 7. Promover a indústria petroquímica 8. Promover investimentos em biocombustíveis a partir de culturas agrícolas

seleccionadas, sem afectar a oferta nacional de alimentos e a segurança alimentar 9. Fomentar o aumento da participação de conteúdo nacional na indústria

petrolífera 10. Incrementar a inserção do empresariado nacional no sector de petróleo e gás 11. Capacitar os quadros do sector através da formação, no Instituto Nacional de

Petróleos e Universidade de Tecnologias e Ciências (UTEC) bem como a aplicação contínua do decreto 17/09

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Total de Produção Petróleo Bruto Angola (Milhões de bbls)

634 674 704 733 760 686

2. Produção Média Diária de Petróleo Bruto (Milhões de bbls)

1,73 1,85 1,93 2,01 2,08 1,88

3. Exportações de Petróleo Bruto (Milhões de bbls)

633,6 673,6 704 732,5 760,4 686

4. Preço Estimado de Exportação de Petróleo Bruto (USD/bbl)

103,8 96,0 93,4 92,0 89,9 89,4

5. Capacidades e Armazenagem em Terra (Mil m3)

660 942 1.290 1.526 1.650 1.670

6. Postos de Abastecimento 173 130 58 29 66 51

7. Vendas Produtos Refinados (Mil TM)

4.738 5.004 5.291 5.591 5.909 6.248

8. Investimentos (Milhões USD) 19.932 17.473 16.474 14.121 10.255 7.401

9. Força de Trabalho 72.673 79.914 87.880 96.668 106.306 116.898

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 95

Programas Medidas de Política

Sustentabilidade da Produção Petrolífera

1. Controlar o ritmo de exploração de petróleo tendo em atenção as reservas técnicas (provadas e prováveis), economicamente viáveis, as alterações, e o ritmo das transformações da matriz energética mundial e os respectivos preços

2. Promover a identificação e caracterização de novas reservas de petróleo economicamente exploráveis

3. Implementar as bases gerais da estratégia para a exploração do Pré-Sal 4. Assegurar a implementação progressiva do Plano Director de Armazenagem e melhorar a

Rede de Distribuição de Combustível em todo o território nacional 5. Garantir a auto-suficiência nacional em termos de produção de refinados, com a

implementação dos projectos de construção das refinarias do Lobito e do Soyo 6. Apoiar a identificação de oportunidades de parcerias entre empresas angolanas e

estrangeiras, visando aumentar a participação de conteúdo nacional na indústria petrolífera 7. Criar um Fundo de Apoio às empresas privadas nacionais ligadas ao sector petrolífero 8. Intensificar o grau de angolanização dos técnicos e dirigentes das empresas petrolíferas

através da monitorização de um instrumento legal e impulsionador de recrutamento, integração, formação e desenvolvimento de pessoal angolano na indústria petrolífera

Desenvolvimento da Fileira do Gás Natural

1. Controlar o ritmo de exploração do gás natural tendo em atenção as reservas técnicas (provadas e prováveis), economicamente viáveis, as alterações, e o ritmo das transformações da matriz energética mundial e os respectivos preços

2. Promover a identificação e caracterização de novas reservas de gás natural economicamente exploráveis

3. Iniciar a produção de Gás Natural e desenvolver projectos a ele associados 4. Intensificar o grau de angolanização dos técnicos e dirigentes das empresas de gás natural

através da monitorização de um instrumento legal e impulsionador de recrutamento, integração, formação e desenvolvimento de pessoal angolano na indústria do gás natural

GEOLOGIA E MINAS

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover o desenvolvimento do Sector, em bases sustentáveis, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento territorial, diversificação produtiva e expansão da economia.

1. Diversificar a produção mineira (diamantes, ferro, cobre, ouro, fosfatos e rochas ornamentais)

2. Assegurar o reforço da base infra-estrutural geológico-mineira, como suporte para o desenvolvimento de novos projectos de mineração

3. Controlar e fiscalizar de modo eficiente as actividades geológicas e mineiras 4. Inserir a actividade diamantífera nas diferentes fases da fileira do diamante (prospecção,

extracção e joalharia) 5. Desenvolver parcerias estratégicas com grupos mundiais de reconhecida idoneidade nas

áreas da lapidação, tendo em vista o desenvolvimento destas actividades no território nacional

6. Executar programas básicos, visando a cartografia temática de cunho geológico, geotécnico e metalogénico

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Produção Industrial de Diamantes (Qlts) n.d. 8963 9411 9882 10376 10895

2. Produção Artesanal de Diamantes (Qlts) n.d. 507 525 543 562 582

3. Receitas Brutas da Produção Industrial (USD) n.d. 1095 1150 1207 1268 1331

4. Receitas Brutas da Produção Artesanal (USD) n.d. 176 182 189 195 202

5. Produção de Rochas Ornamentais (m3) n.d. 47472 51271 55371 59802 64585

6. Exportação de Rochas Ornamentais (m3) n.d. 28483 30762 33223 35881 38751

7. Valores das Vendas de Rochas Ornamentais (USD)

n.d. 5681 6136 6626 7157 7729

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 96

Programas Medidas de Política

Recuperação das Infraestruturas Geológicas

1. Reabilitar e Apetrechar os Laboratórios do Instituto Geológico de Angola 2. Reabilitar e Apetrechar o Edifício do Ministério da Geologia e Minas e da Indústria 3. Recuperar o Sistema de Informação Geológico-Mineiro e Modernizar o Cadastro Mineiro

Elaboração do Plano Nacional de Geologia

1. Inventariar o Potencial Mineiro e Proceder à Cartografia Geológica e ao Levantamento Aerogeofísico e Geoquímico

2. Promover a Prospecção, Pesquisa e Captação de Águas Subterrâneas 3. Assegurar o Saneamento das Concessões e Actualização do Cadastro Mineiro

Desenvolvimento de Recursos Humanos

1. Promover a Formação e Capacitação Técnico-Profissional do Pessoal do Sector 2. Assegurar a Construção da Escola de Especialização Mineira 3. Publicar o Código de Conduta do Pessoal das Empresas Públicas

Criação de Empresas Sectoriais

1. Promover a constituição de Empresas Públicas para os seguintes sectores: Metais Básicos; Minerais Rádioactivos; Agro-minerais

2. Promover a constituição de empresa para o sector da Lavaria

Saneamento Económico e Financeiro de Empresas Diamantífera

1. Promover a Reactivação dos Projectos: Fucaúma, Lucapa, Luarica e Camuazanza 2. Incentivar a Reactivação de Projectos de Prospecção Mineira

INDÚSTRIA TRANSFORMADORA

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover o desenvolvimento do Sector da Indústria Transformadora, nomeadamente no contexto do cluster da alimentação e da diversificação da economia nacional, em bases sustentáveis, contribuindo para a geração de empregos, o aproveitamento de matérias-primas agrícolas e minerais, a distribuição territorial das actividades, o equilíbrio da balança comercial e a economia de divisas.

1. Elaborar um “Programa de Industrialização de Angola” abrangente e com estratégias bem definidas para atingir os objectivos atribuídos ao MIND;

2. Estabelecer mecanismos formais de cooperação e compatibilização de políticas intersectoriais;

3. Reforçar as capacidades, competências e tecnologia ao dispor do MIND e dos seus Institutos (IDIA, IANORQ e IAPI);

4. Criar instituições e centros de tecnológicos e de formação para a indústria, em particular para os subsectores prioritários da indústria;

5. Criar de “Centros de inovação e Competências”, nomeadamente para as indústrias alimentar e agro-industrial, têxteis e confecções, materiais de construção e madeira e mobiliário;

6. Concretizar os projectos em curso ou em arranque para a fileira têxtil; 7. Proceder à reestruturação, regulamentação jurídica e organização de processos de

privatização de empresas industriais detidas pelo Estado; 8. Aumentar a contribuição da indústria transformadora para o Produto Interno

Bruto; 9. Apoiar a substituição competitiva das importações e fomentar as exportações; 10. Impulsionar o sector da construção civil e obras públicas através do aumento da

produção da indústria de materiais de construção; 11. Criar um ambiente de sustentabilidade e de equilíbrio territorial no

desenvolvimento industrial do país; 12. Dar continuidade à recuperação da produção industrial, através da criação de

mecanismos, sobretudo financeiros, e de áreas industriais para a instalação de novas empresas industriais e viabilização das existentes.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 97

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

2. Óleo Alimentar (Klt) 4.300 4.300 5.000 5.250 6.500 10.000

3. Leite Pasteurizado ( Klt ) 2.600 2.600 2.700 4.200 4.700 5.670

4. Leite Pó ( Klt ) 3.000 3.100 3.250 3.500 4.000

5. Iogurtes (Mil copos) 2.300 2.500 2.500 2.600 2.800 3.000

6. Rações para Animais (Ton) 12.855 13.910 20.085 25.085 30.085 35.085

7. Produção de Bebidas (Mil Hlt) 17.272 18.032 18.506 19.096 19.677 20.434

8. Produção de Têxteis 0 0 8.000 11.000 14.000 28.500

9. Confecções (Unidades) 35.530 42.120 48.620 110.620 168.620 223.120

10. Produção de Couro e Calçado 0 0 3.500 5.000 6.000 6.250

11. Produção de Madeira (Mm3) 16.780 19.250 21.000 22.950 23.450 23.450

12. Produção de Papel (Embal. Cartão) (Ton)

3.000 3.500 4.500 6.100 8.000 8.000

13. Produção de Livros Escolares (Mil) 33.909 12.500 64.000 72.500 85.000 98.500

14. Produção de Acetileno (Mm3) 235 235 445 545 545 845

15. Produção de Oxigénio (Mm3) 4.555 4.555 7.825 8.225 8.225 8.525

16. Gás Carbónico (Ton) 0 0 15.305 15.755 16.950 17.350

17. Produção de Pesticidas-HIDROSIL (mil lts)

0 5.400 5.940 6.534 7187 7906

18. Produção de Insecticidas (Ton) 0 0 0 0 0 0

19. Produção de Tintas e Similares (Klt) 6.740 7.440 7.790 8.300 8.300 9.100

20. Sabão ( Ton ) 25.850 28.850 30.350 30.850 31.850 35.350

21. Detergente Líquidos ( Klt ) 6.505 6.800 11.525 12.025 12.630 13.280

22. Detergente Sólidos ( Klt ) 900 900 900 1.000 1.000 1.000

23. Produção de Explosivos (Ton) 6.000 6.250 6.500 6.500 8.000 9.500

24. Cartuchos de Caça (Mil) 220 220 230 230 240 240

25.Produção de Injectados 1.120 1.130 3.130 3.630 4.330 4.980

26. Produção de Vidros de Embalagem (Mil)

240 245 250 300 345 345

27. Produção de Metais 32.360 17.630 44.600 53.600 67.600 68.100

28. Produção de Maquinas e Equipamentos (tractores-unidades)

0 0 15.201 16.721 18.393 20.232

29. Emprego Gerado (nº de pessoas) 45.106 107.864 111.002 70.210 37.497 19.612

30. Investimento Privado (Mil USD) 2.918,2 6.982,4 7.166,6 4.551,1 2.421,2 1.274,7

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 98

Programas Medidas de Política

Apoio ao Desenvolvimento

1. Prestar Assistência Técnica / Consultoria de Desenvolvimento Industrial (no âmbito do Plano de Acções do MIND);

2. Implementar acções de formação profissional contínua dos quadros e lançar um programa de Conferências / Seminários Técnicos especializados;

3. Elaborar o classificador técnico dos produtos agro-industriais; 4. Efectuar a regularização jurídica, organizacional e patrimonial das empresas industriais a

privatizar e definição do figurino de privatização; 5. Assegurar o funcionamento do Conselho Nacional da Qualidade, das Comissões Técnicas de

Normalização Sectoriais, Grupo Técnico sobre a Problemática da Sucata, Comissão Nacional para a ONUDI e o Sistema Nacional de Propriedade Industrial;

6. Aprovar do Acordo de financiamento a ser rubricado com o JBIC (Japan Bank for International Cooperation) para viabilizar o financiamento dos projectos de reabilitação e modernização das empresas têxteis (SATEC e da África Têxtil).

Fortalecimento da Estrutura Organizacional

1. Criar sistemas de gestão do cadastro industrial, estatística e informatização geral do MIND e seus Institutos, assegurando o tratamento científico da informação industrial;

2. Promover a Criação de um Centro de Tecnologias de Informação para o Sector Industrial (Viana); 3. Construir edifícios para os Institutos adstritos ao Ministério da Indústria e respectivos

Laboratórios e sus equipamentos; 4. Estabelecer Protocolo com o Ministério das Finanças para operacionalização do Fundo de

Fomento Empresarial visando o financiamento de projectos industriais; 5. Reforçar os Institutos de Desenvolvimento Industrial de Angola (IDIA), de Normalização e

Qualidade (IANORQ), o Instituto de Propriedade Industrial (IAPI), bem como as Direcções Nacionais do MIND.

Coordenação de Estratégias Empresariais

1. Elaborar um “Programa de Industrialização de Angola” abrangente e com estratégias bem definidas para atingir os objectivos atribuídos ao MIND;

2. Apoiar a criação de “Centros de inovação e Competências”, nomeadamente para as indústrias alimentar e agro-industrial, têxteis e confecções, materiais de construção e madeira e mobiliário;

3. Liderar a criação de um Cluster da Alimentação e Agro-Indústria; 4. Elaborar um estudo específico para o desenvolvimento da indústria de Materiais de Construção,

no âmbito da criação do Cluster da Habitação em conjunto com os Ministérios da Construção, Urbanismo e Habitação e Geologia e Minas;

5. Realizar protocolos formais de cooperação com outros ministérios, nomeadamente Pescas, Agricultura e Geologia e Minas, Comércio, Transportes, Energia e Águas e Ambiente e com a ANIP, visando a coordenação de políticas económicas e complementaridade de projectos;

6. Coordenar com o MINECO e a Sonangol / SINDE as medidas a tomar para a Zona Económica Especial de Luanda / Bengo no âmbito da estratégia de desenvolvimento industrial.

Fomento da Actividade Produtiva.

1. Elaborar estudos técnicos e de viabilidade com vista a construção dos Pólos de Desenvolvimento Industrial da Matala, Kunge, Dondo, Soyo, Uíge, Lunda Sul, Malange e Kassinga;

2. Construir os Pólos de Desenvolvimento Industriais de Viana, Bom Jesus, Lucala, Caála, Catumbela e Fútila;

3. Reabilitar e modernizar a Textang II, África Têxtil e SATEC; 4. Promover a Construção de Fábricas de Descaroçamento e Fiação de Algodão; 5. Promover o desenvolvimento das indústrias de moagem de farinha e suas infra-estruturas de

armazenagem, cimenteira, farmacêutica e de fabricação de bens de equipamento, máquinas, ferramentas de trabalho para a agricultura e de bens intermédios;

6. Promover a implementação de projectos estruturantes como a indústria açucareira / etanol, siderúrgica, metalomecânica pesada, Celulose e Papel, Alumínio e Fertilizantes e Correctivos do solo;

7. Acompanhar a montagem de 23 cerâmicas promovidas pelo Ministério do Urbanismo e Construção.

Melhoria do Sistema de Formação Técnica e Profissional e do Emprego

1. Construção do Centro Industrial de Tecnologia Avançada de Viana (CITAV); 2. Elaborar projecto executivo e construir o Instituto Superior Politécnico Industrial de Angola; 3. Criar um Centro de Formação dos profissionais das indústrias da madeira; 4. Reabilitação e apetrechamento do Centro de Formação Fadário Muteka; 5. Reabilitação e apetrechamento do Centro de Formação Técnica Metalúrgica 6. Apoiar a criação de um Instituto Formação Técnica Industrial, orientado para a formação de

técnicos médios em domínios mais carenciados

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 99

COMÉRCIO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover e manter um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos comerciais e uma rede de distribuição que, possibilitando a realização de excedentes de produção e o abastecimento de todo o território em “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do território e a valorização da posição geo-estratégica de Angola.

1. Promover a criação de centros logísticos que sirvam o duplo objectivo: articulação do território e de valorização da posição geo-estratégica de Angola

2. Aumentar as disponibilidades de produtos essenciais (cabaz de compras básico) nos pontos de venda, fomentando o comércio rural (ver capítulo VII.4.1 “Agricultura, Segurança Alimentar e Florestas”)

3. Regular a oferta de bens do cabaz de compras básico, funcionando como travão à actuação de agentes especulativos e proporcionado às famílias de menores rendimentos, a segurança mínima na gestão dos respectivos orçamentos familiares

4. Assegurar a existência de reservas alimentares estratégicas e de segurança em níveis recomendados

5. Promover o aumento relativo da comercialização de produtos de origem nacional

6. Promover a existência de uma rede comercial operativa, funcional e adequada às necessidades do mercado

7. Reduzir e eliminar actuações monopolistas e oligopolistas

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de Estabelecimentos Comerciais Licenciados

4.440 10.459 11.505 12.656 13.921 15.314

2. Nº de Empregos Criados 19.094 31.378 34.516 37.967 41.764 45.941

3. Nº de armazéns de retenção de reserva de Estado construídos

n.d. 2 2

4. Nº de armazéns provinciais construídos

n.d. 4 4 4 3 3

5. Nº de centros de recolha, lavagem, calibragem e embalagem construídos

n.d. 3 3 3 2

6. N.º de CLODS construídos n.d. n.d. 1 1 1

7. N.º de mercados municipais construídos

2 13 13 15 20 14

8. N.º de lojas de proximidade criadas n.d. 20 30 30 20 63

9. N.º de Formandos / ENCO / Loja Pedagógica

n.d. 1.680 1.800 1.900 1.995 2.100

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 100

Programas Medidas de Política

Programa Nova Política

Comercial (NPC)

1. Reabilitação do Edifício do Palácio de Vidro/Minco 2. Elaboração de Estudos, Projectos e Fiscalização / MNCO 3. Reforço Institucional do MINCO

Programa Nova Rede

Comercial (NRC) –

PRESILD

1. Centro Logístico e de Distribuição (Clod) Luanda 2. Construção Entreposto Logístico (Elp) Viana 3. Construção Centro Logístico Caála 4. Fiscalização Entrepostos Logísticos 5. Fiscalização Centros Distribuição Logística Clods 6. Construção de Mercados Municipais integrados 7. Fiscalização dos Mercados Municipais integrados 8. Construção e Fiscalização do Centro Logístico e de Distribuição (Clod) Malanje

Programa de

Desenvolvimento da

Actividade Comercial e das

Infra-estruturas Comerciais

Básicas

1. Fomentar o Cooperativismo e Actividade Comercial 2. Apoiar o Pequeno e Médio Comerciante 3. Estimular o Comércio, Distribuição e Consumo da Produção Interna e promover a

Substituição de Importações 4. Promover a Defesa dos Interesses dos Consumidores e Apoiar as Famílias

Vulneráveis (Cartão Kicuia) 5. Implementar o Programa “Nosso Balaio” 6. Assegurar o Controlo e Gestão Fitosanitária do Armazenamento 7. Construção de centros comerciais integrados em 9 Províncias - Luanda, Lunda

Norte, Benguela, Uige, Huambo, Cabinda, Malanje, Kuando Kubango, Zaire; 8. Construção de 163 lojas integradas - "Loja do Dia" 9. Construção de 163 Clods municipais 10. Construção dos Clods Provinciais 11. Aquisição de 18 Cozinhas Comunitárias e Padarias 12. Aquisição de Quiosques e Tendas 13. Aquisição de kits para os pequenos comerciantes do campo 14. Construção de 123 lojas "Nossa Quitanda" 15. Reabilitação de 40 lojas "Nossa Quitanda" 16. Construção de entrepostos logísticos comerciais fronteiriços - Cabinda, Kuando

Kubango Lunda Norte, Uige, Cunene, Zaire, Moxico.

Programa de Reforço

Institucional e Administrativo

do MINCO

1. Programa de Organização e Modernização Administrativa do MINCO 2. Estudos Reestruturação E Desenvolvimento Sistema Abastecimento Angola 3. Construção de Deleg. Provinciais de Comércio – Lunda Norte, Moxico, Lunda Sul

Huambo, Bié, Benguela, Uige, Zaire, Cabinda 4. Construção, apetrechamento e modernização da Escola Nacional do Comércio 5. Construção, apetrechamento da sede do INADEC 6. Construção, modernização e apetrechamento do Laboratório Nacional de Controlo

de Qualidade – LANCOQ 7. Construção de Laboratórios Provinciais em 9 Províncias 8. Construção da Agência Reguladora de produtos alimentares e farmacêuticos

ARPAF 9. .Aquisição de equipamentos de carga e transporte 10. Elaboração do Plano de Médio Prazo do MINCO 11. Programa de incorporação da CENCO no entreposto aduaneiro 12. Implementação de um Programa de Inventariação da Rede Grossista e Retalhista 13. Construção do Instituto Nacional de Exportações 14. Construção de 5 Escolas Provinciais de Comércio – Lunda Norte, Lunda Sul,

Moxico, Zaire, Cabinda 15. Programa de Formação de quadros do Sector 16. Construção de 5 centros de conservação e comercialização de fitofarmacos de

med. Tradicional

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 101

HOTELARIA E TURISMO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover o desenvolvimento sustentável do sector hoteleiro e turístico, valorizando o património histórico e arquitetónico, os recursos naturais, culturais, e contribuindo para a geração de rendimentos e emprego.

1. Elaborar um Plano Estratégico de Marketing e Promoção do Turismo em Angola

2. Criar as condições para promover e estimular o turismo privado 3. Garantir o desenvolvimento de uma política do turismo, concedendo a

primazia aos interesses nacionais e em especial a defesa do ambiente, do património cultural, e dos usos e costumes do povo angolano

4. Garantir uma oferta turística diversificada que integre sol e praia, património cultural, desporto, amenidades ambientais, recreação e lazer

5. Definir uma estratégia de formação turística

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Chegada de visitantes 484.054 520.189 562.813 578.125 636.061 711.122

2. Número de quartos 2.628 3.153 3.941 5.255 6.183 7.897

3. Nª de camas da rede hoteleira 5.256 6.306 7.882 10.510 13.466 15.794

4. Nº de pessoas empregadas 12.481 12.801 13.038 13.149 13.466 13.795

5. Nº de unidades hoteleiras 352 356 359 363 366 370

Programas Medidas de Política

Capacitação Institucional 1. Implementar o Plano Director para o Desenvolvimento Turístico no país

Formação de Profissionais. para o sector Turístico

1. Criar um sistema nacional de formação profissional para o sector turístico

2. Construir, reabilitar e apetrechar escolas técnico-profissionais para o sector turístico

3. Criar o Instituto Nacional de Formação Turística

Divulgação e Promoção do Potencial Turístico

1. Estabelecer calendários de férias e de eventos turísticos

2. Implementar serviços de informações de apoio aos visitantes e turistas

Apoio ao Desenvolvimento da Actividade Turística

1. Apoiar a expansão da rede hoteleira no País

2. Promover o Desenvolvimento dos Polos Turísticos de Okavango, Cabo Ledo e Calandula

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 102

AMBIENTE

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Contribuir para o desenvolvimento sustentável garantindo a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos

1. Assegurar a integração e a conciliação dos aspectos ambientais em todos os planos e programas de desenvolvimento económico e social

2. Desenvolver um sistema de controlo de indicadores ambientais 3. Inventariar e gerir as zonas húmidas nacionais 4. Implementar programas nacionais sobre as alterações climáticas 5. Implementar políticas de saneamento ambiental e garantir a qualidade de vida das

populações 6. Implementar estratégias de gestão dos parques nacionais, reservas naturais

integradas e áreas de conservação 7. Implementar e desenvolver a Estratégia Nacional de Resíduos Sólidos e Urbanos 8. Promover a utilização de energias limpas e a adopção de tecnologias ambientais,

designadamente nos sectores petrolífero, de gás e da indústria petroquímica

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de aldeias ecológicas 3 3 3 3 3 3

2. Campanhas de educação, sensibilização e formação das populações

4 2 3 2 3 2

3. Nº de beneficiários de educação, sensibilização e formação.

1000 500 600 500 600 500

4. Nº de Estações de Tratamento de Resíduos com Tecnologias ambientais

2 3 6 6 8 10

5. % de Projectos com avaliação de impacte ambiental

34 41 29 31 33 35

6. Nº de parques nacionais 9 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

7. Nº de reservas naturais integradas 2 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

8. Nº de áreas de conservação terrestre 3 10 12 13 14 15

9. Projectos de eficiência energética e captação de carbono

30 10 15 5 10 20

10. Projecto de combate a seca e a desertificação

1 1 N.D. N.D. N.D. N.D.

11. Parques naturais regionais 1 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

Programas Medidas de Política

Programa Participativo de Gestão Ambiental

1. Fortalecer a Comissão Multisectorial do Ambiente e a sua descentralização 2. Fortalecer a integração de entidades executoras da política ambiental, através da

intervenção local, bem como o zoneamento ecológico, económico, industrial e urbanístico

3. Promover o reforço e extensão das aldeias ecológicas

Programa de Educação e Capacitação para Gestão Ambiental

1. Promover a sensibilização, educação e formação das populações nos diferentes domínios do ambiente

2. Formação de multiplicadores ambientais

Programa de Qualidade Ambiental

1. Formulação de políticas e Legislação contra a poluição e qualquer acção nociva ao ambiente

2. Reforço das tecnologias ambientais limpas para garantir uma melhor qualidade de vida da sociedade

3. Assegurar a monitorização e avaliação ambiental estratégica dos projectos e respectivas auditorias e desenvolver um Sistema Nacional de Controlo de Indicadores Ambientais

4. Implementar um Sistema de Gestão Ambiental Urbana (resíduos sólidos, saneamento, ruído, ar águas, etc)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 103

Programas Medidas de Política

Programa de Conservação da Biodiversidade e Áreas de Conservação

1. Implementar um sistema de conservação terrestre e marinho 2. Promover a investigação científica e aplicada na área da biodiversidade 3. Promover a gestão das florestas urbanas, agrícolas e rurais 4. Elaborar uma estratégia de gestão de parques nacionais, reservas naturais e

integrais e áreas de conservação

Programa de Promoção de Produção Sustentável

1. Promover a gestão ambiental e sustentabilidade no sector produtivo e assegurar a avaliação, o controlo e a prevenção dos impactes das actividades produtivas

2. Assegurar a eficiência energética e a captação de créditos de carbono 3. Promover o combate a seca e a desertificação 4. Aumentar a contribuição das fontes de energia novas e renováveis na matriz energética

7.2. Sectores de Infra-estruturas

ENERGIA

Objectivos Prioridades dos Objectivos Específicos

Aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia eléctrica, para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e social do País. Utilizar os recursos energéticos nacionais de forma racional e com protecção ambiental.

1. Aumentar a capacidade de produção, com o recurso à recuperação e construção de novas centrais hidroeléctricas e termoeléctricas

2. Desenvolver a Rede Nacional de Transporte, com a reabilitação e construção de linhas e subestações, incluindo a interligação Norte – Centro – Sul

3. Promover a reabilitação e a construção de redes de distribuição de energia eléctrica nas áreas urbanas, peri-urbanas e rurais, com o recurso a soluções técnicas mais económicas

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Potência Total Instalada (MW) 1.917 2.486 2.861 3.561 5.828 7.879

2. Produção de Electricidade (GWH) 7.710 9.553 12.618 17.018 21.168 34.346

3. Energia Distribuída (GWH) 6.554 8.120 10.725 14.465 17.993 29.194

Programas Medidas de Política

Expansão da Capacidade de Produção e Transporte de Energia Eléctrica

Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

Reabilitação e Ampliação das Redes de Distribuição de Energia Eléctrica

Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

Programa Nacional de Electrificação Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 104

ÁGUAS

Objectivo Prioridades dos Objectivos específicos

Promover, em bases sustentáveis, o abastecimento de água potável à população e de água para uso no sector produtivo, bem como serviços adequados de saneamento de águas residuais.

1. Melhorar a qualidade do serviço de abastecimento de água tanto nas zonas urbanas como áreas suburbanas e nas zonas rurais

2. Prosseguir a construção de pequenos sistemas e pontos de abastecimento de água e saneamento comunitário, nas áreas suburbanas e rurais

3. Assegurar uma eficiente gestão na exploração dos sistemas dando continuidade a criação de entidades vocacionadas para o efeito e mediante o desenvolvimento institucional do sector

4. Aplicar um sistema de tarifas adequadas que permita a cobertura dos custos de exploração e proteja os extractos populacionais mais vulneráveis garantindo a sustentabilidade do serviço público

5. Assegurar a gestão integrada dos recursos hídricos, prosseguindo com a criação de entidades de gestão das bacias prioritárias e a elaboração dos respectivos planos directores

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Produção de água potável nas sedes provinciais (m3/ dia)

980.353 1.176.424 1.294.066 1.488.176 1.636.994 1.767.953

2. Número de pontos de água existentes 6.467 6.667 6.867 7.117 7.337 7.637

3. Número de chafarizes construídos 3.910 4.880 5.900 7.820 8.620 9.320

4. Número de pequenos sistemas de água

360 485 610 742 853 981

5. Número de furos de água abertos 5.807 5.984 6.161 6.383 6.578 6.844

6. Número de fontenários construídos 3.910 4.880 5.900 7.820 8.620 9.320

7. Número de cacimbas melhoradas 660 683 706 734 759 793

8. Taxa de cobertura da população servida com água (%)

56 59 62 65 75 85

Programas Medidas de Política

Água Para Todos Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

Capacitação Institucional Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

Reabilitação e Expansão dos Sistemas Urbanos de água e saneamento

Ver Capítulo 9 Programas e Projectos Estruturantes

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 105

CONSTRUÇÃO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Contribuir para o esforço de construção nacional, promovendo a reabilitação e a construção das infra-estruturas adequadas às necessidades do processo de desenvolvimento do País

1. Melhorar a circulação de pessoas e veículos 2. Promover a realização de investimentos em infra-estruturas, em coordenação

com os demais sectores 3. Aumentar e melhorar o nível técnico da mão-de-obra nacional ligada à

construção civil 4. Executar grandes obras de engenharia 5. Consolidar o quadro legal e institucional do sector da construção.

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Rede viária

i) Rede fundamental (km) 2.000 3.000 3.500 3.500 3.000 2.500

ii) Rede secundária (km) - 1.000 1.500 1.500 1.000 1.000

iii) Rede terciária (km) 1.000 15.000 15.000 15.000 10.000 10.000

iv) Avaliação do comportamento e patrimonial (km)

- 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000

2. Edifícios públicos monumentos

i) Reabilitação (un) 13 15 15 17 18 20

ii) Avaliação patrimonial (un) - 13 15 15 17 18

3. Infra-estruturas integradas

i) Projectos de execução (un) 0 11 0 0 0 0

ii) Construção (un) 0 3 5 6 5 6

4. Infra-estruturas aeroportuárias N.D.

i) Reabilitação (un) 6 2 2 3 3 3

5. Emprego (un) 30.000 30.900 32.800 33.700 34.800 35.800

Programas Medidas de Política

Programa de investimentos em infra-estruturas integradas

1. Assegurar a elaboração dos projectos de execução e a construção de infra-estruturas integradas nas principais cidades do País

2. Promover a construção de infra-estruturas nas novas centralidades 3. Promover a construção de Campus de Justiça 4. Concluir a construção dos Campus Universitários em curso e promover a

elaboração de estudos e projectos para novos Campus Universitários 5. Assegurar construção de equipamentos para a actividades cultural e desportiva

Programa de construção de equipamentos sociais e edifícios públicos

1. Construção de Equipamentos Sociais no Zango 2. Construção de Palácio Municipais 3. Construção de Tribunais Municipais 4. Construção de Assembleias do Povo Municipais 5. Construção de Bibliotecas Provinciais e Municipais 6. Construção de Novas Escolas 7. Construção de novos Hospitais

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 106

Programas Medidas de Política

Programa de construção de novos corredores rodoviários estruturantes

1. Construção das Estradas do Leste 2. Promover a construção de vias rápidas estruturantes 3. Planificação e Construção de vias circulares, anéis rodoviários e radiais às

principais cidades do País, designadamente: Cabinda, Benguela-Catumbela-Lobito, Lubango, Huambo-Caála, Saurimo, Ondjiva e Malange

Programa de melhoria do nível técnico da mão-de-obra ligada à construção civil

1. Aumentar o número de formandos nos centros de formação profissional do MINCONS já existentes

2. Promover a construção de novos centros de formação profissional nas províncias onde estes centros ainda não existem

Programa de execução de grandes obras de engenharia

1. Participar na realização das grandes obras de engenharia a serem construídas no País, promovendo a sua planificação, coordenação, execução e controlo, designadamente barragens, desassoreamento dos leitos dos rios, combate à erosão, contenção de ravinas, protecção costeira, etc.

Programa de consolidação do quadro legal e institucional do sector

1. Rever a legislação do sector, tendo em vista a sua modernização e actualização

URBANISMO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover a requalificação, reabilitação e valorização dos centros urbanos e rurais, possibilitando a fixação ordenada das populações, bem como a dinamização e interacção dos espaços.

1. Elaborar instrumentos de ordenamento do território, a nível provincial e municipal 2. Regulamentar as actividades cartográficas e cadastrais e continuar o processo de

actualização e elaboração da cartografia nacional 3. Assegurar o planeamento e controlo do uso e ocupação dos solos da zona costeira; 4. Dinamizar a implementação dos Programas de Requalificação Urbana e da

Regularização das Reservas Fundiárias

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. N.º de províncias beneficiadas com instrumentos de ordenamento do território

11 13 15 16 17 18

2. N.º de municípios beneficiados com instrumentos de ordenamento do território

23 30 40 56 74 94

3. N.º de centros urbanos com projectos de requalificação urbanística executados ou em execução

2 3 3 3 3 3

4. N.º de centros rurais comprojectos de requalificação urbanística executados ou em execução

4 7 7 3 3 3

5. Parcelas de terra cadastradas na Rede Geodésica Nacional (em Km2)

470 475 480 500 550 600

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 107

Programas Medidas de Política

Ordenamento do Território e Urbanismo

1. Actualização e Execução da Cartografia das Sedes, Vilas e Províncias, Escala 1.200 e 1.1000 2. Promover a implementação da Lei do Ordenamento do Território e Urbanismom e a

Elaboração dos Planos Provinciais do Ordenamento do Território 3. Elevar a Capacitação, e Realizar o Diagnóstico e a Gestão Integrada do Território; 4. Garantir a Elaboração do Plano de Ordenamento Rural 5. Assegurar a Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Urbano e Garantir o

Melhoramento de Assentamentos Urbanos Precários 6. Assegurar a Limpeza, desmatação e loteamento para a Auto Construção Dirigida 7. Implementar o Sistema Nacional de Informação Territorial

Geodesia e Cartografia

1. Promover a Elaboração do Cadastro Nacional de Terras 2. Modernizar a Rede Geodésica Nacional 3. Elaborar o Cadastro Nacional do Património Habitação (Propriedade Horizontal e Base

Dados) 4. Promover a Urbanização de Reservas Fundiárias 5. Implementar o Centro Nacional de Informação Geográfica 6. Garantir a Gestão do Parque Habitacional das Novas Urbanizações

TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Garantir a disponibilidade, com eficácia e a custos baixos, de todas as formas de troca de informação entre os agentes económicos, e a difusão das mais modernas tecnologias de informação

1. Assegurar a expansão de qualidade às infra-estruturas de suporte de serviços de informação e comunicação, em todas regiões do país a preços acessíveis

2. Realizar uma prestação universal dos serviços postais, promovendo a integração nacional através de uma rede de estações multifuncionais com serviços diversificados

3. Adequar os serviços à prestação de utilidade pública, colocando ênfase nos aspectos operacionais, de ecumenicidade de infra-estruturas e de redes de observação, em articulação com a investigação e desenvolvimento

4. Promover o desenvolvimento da sociedade de informação, por meio do combate a exclusão digital e a expansão dos projectos de governação electrónica

5. Assegurar a formação de quadros com qualidade

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de Linhas Fixas Instaladas 552.870 562.870 571.313 579.883 588.581 597.450

2. Nº de Linhas Fixas Ligadas 169.905 303.791 328.094 354.342 382.689 413.304

3. Taxa de Teled. Fixa (%) 0,89 1,54 1,61 1,69 1,77 1,86

4. Nº de Usuários da rede Móvel 12.465.078 12.963.681 13.430.374 13.873.576 14.324.467 14.761.525

5. Taxa de Teled. Móvel (%) 64,98 65,61 65,99 66,18 66,35 66,41

6. Subscritores Internet 2.220.000 2.700.000 3.240.000 3.888.000 4.665.600 5.598.720

7. Taxa de Teled. Digital (%) 11,57 13,66 15,92 18,55 21,61 25,18

8. Correspondências Manuseadas 2.396.238 2.995.298 3.115.109 3.234.921 3.354.733 3.474.545

9. Estações Postais Informatizadas 5 6 12 15 18 20

10. Estações Postais com Salas de Internet

5 6 12 15 18 20

11. Estações Postais Reabilitadas 4 0 8 10 12 13

12. Estações Postais Construídas 1 6 4 5 6 7

13. Estações Sísmicas Instaladas 5 2 1 0 0 0

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 108

Programas Medidas de Política

Capacitação dos Recursos Humanos do Sector

1. Assegurar o Apetrechamento do Instituto de Telecomunicações e a Capacitação de Professores 2. Garantir a Construção do Centro Regional de Formação Profissional em Meteorologia dos

PALOPS -Fase 2 3. Promover a Formação e Capacitação dos Trabalhadores da Empresa Nacional de

Telecomunicações e do MTTI

Fortalecimento da Estrutura Organizativa do Sector e do Estado

1. Apoiar a realização e fiscalização de Estudos e Projectos para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação

2. Garantir a Expansão e Modernização do Centro de Fiscalização Radioeléctrica de Luanda, incluindo a Construção do Novo Edifício de Infra-estruturas de Apoio

3. Assegurar a Governação Electrónica – Portal do Governo de Angola e Modernização Tecnológica Administrativa Pública

4. Garantir a Modernização da Rede VSAT- INATEL e do Sistema de Gestão da Base de Dados do INATEL

5. Assegurar a Participação de Angola no Sistema de Cabos Submarinos – Interligação Nacional 6. Garantir a Implementação do projecto Angola Fórum 7. Implementar o Projecto da Rede E-Government de Angola para a CNTI 8. Implementar os Projectos da Rede E-Government de Angola para Luanda, para 4 Grandes

Capitais Provinciais e para outras Capitais Províncias 9. Promover a Rema- Redes de Mediatecas de Angola 10. Elaboração de Estudo para a Autoridade Certificadora e Carimbo do Tempo

Contribuição para a Implementação do Plano Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação

1. Promover a Elaboração de Estudos para a Migração de Transmissão Analógica para a Transmissão Digital

2. Promover a Elaboração de Estudos de Projectos necessários para a Implementação do Plano Director dos Serviços Postais; introduzir o Código Postal.

3. Assegurar a realização de Estudos, Construção e Apetrechamento do Parque Tecnológico do Camama

4. Promover a realização de Estudos e Projectos necessários para o Desenvolvimento dos Serviços das Comunicações e dos Serviços de Meteorologia e Geofísica

5. Assegurar a Construção do Centro Nacional de Dados Rede Arnet e Uninet 6. Promover a realização do Estudo da Segunda Carteira de Projectos de Telecomunicações e

garantir a Instalação de um Cabo Submarino em Fibra Óptica – Adones 7. Reforçar a capacidade do INAMET na área da previsão sazonal e previsão climática com

implementação do Projecto PRECIS 8. Operacionalizar o Projecto AMESD e reforçar a capacidade em detecção remota. 9. Promover a realização de Estudos Sobre Estabelecimento do Ponto de Interligação Nacional

Ipc (PIN-IP) 10. Implementar a Reestruturação da Angola Telecom 11. Implementar uma Rede Multiserviços – Fase 2 12. Promover a Instalação de uma Rede Estruturada de Voz e Dados p /Províncias; 13. Assegurar a Itelnet- 3ª Fase Expansão 14. Promover o Projecto ANGOSAT- Construção e Lançamento do Satélite Doméstico 15. Assegurar a Reabilitação, Construção e Apetrechamento das Estações Postais e Implementar

as TI nos Serviços Postais 16. Implementar o Instituto Superior para as Tecnologias de Informação e Comunicação 17. Reabilitar a Rede de Vigilância Sísmica – 4ª Fase 18. Garantir a Concepção, Fornecimento, Entrega, Instalação, Ensaio, Entrada em Funcionamento e

Manutenção - Região Leste (Lda/K.Sul/Uíge/Zaire) - Projectos 1; 19. Garantir a Construção do Edifício Sede do INACOM 20. Promover a Construção, Reabilitação e Apetrechamento dos Centros Provinciais – INATEL 21. Assegurar a Concepção, Fornecimento, Entrega, Instalação, Ensaio, Entrada em

Funcionamento e Manutenção dos Projectos – Região Leste (Bié/Kuando Kubango/Cunene/Huíla/Namibe) – Projectos 2; – Região Leste (Lunda Norte/Lunda Sul/Malanje/Moxico) – Projectos 3

22. Promover o Projecto Luanda Generation 23. Instalação de um Cabo Submarino em Fibra Óptica – Adones 24. Construção do Centro Nacional de Dados Rede Arnet e Uninet 25. Estudo da Segunda Carteira de Projectos de Telecomunicações 26. TVD-Implementação da Infra-estrutura da Televisão Digital Angolana 27. Modernização e Desenvolvimento Estratégico do INAMET 28. Aquisição de Meios Rolantes ENCTA 29. Construção, Reabilitação e Apetrechamento dos Centros Provinciais Meteorológicos do INAMET

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 109

TRANSPORTES

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Dotar o País de uma rede de transportes integrada e adequada aos objectivos de desenvolvimento nacional e regional, facilitador do processo de desenvolvimento económico e potenciador das políticas territorial e populacional

1. Estabelecer um sistema de formação e capacitação de quadros do sector 2. Reforçar o processo de prestação de contas nas empresas públicas do sector e

assegurar a profissionalização da sua gestão 3. Desenvolver programas para a manutenção preventiva e conservação dos

equipamentos disponibilizados para o sector 4. Consolidar a reestruturação do sector aéreo, viabilizando as operações das

empresas do ramo 5. Concluir o processo de modernização dos aeroportos e consolidar a regulação

aeronáutica ao nível dos melhores padrões internacionais 6. Concluir a reabilitação dos caminhos-de-ferro e efectuar a sua integração 7. Consolidar a rede de transportes públicos de passageiros 8. Concluir o relançamento sustentado da actividade marítima, a nível nacional e

internacional 9. Melhorar a segurança marítima e a fiscalização ao longo da costa angolana

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Passageiros Transportados (Rede Pública) (mil)

46.136 49.631 52.750 55.368 60.127 67.476

2. Carga Manipulada/ Transportada (Rede Pública) (Mil Ton)

16.867 19.131 20.396 22.016 24.291 26.725

3. Emprego no sector 16.225 16.550 17.377 18.420 19.709 21.483

4. Profissionais do sector de transportes treinados

2.400 2.780 3.160 3.540 3.565 3.780

5. Novas escolas e centros de formação instaladas

12 13 - - - -

6. Cidades beneficiadas com expansão da rede de táxis

14 18 - - - -

Programas Medidas de Política

Capacitação Institucional e Formação

1. Criar o Instituto Superior de Gestão, Logística e Transportes e Promover a criação de novas escolas e centros de formação

2. Reforçar os Planos de Formação em todas as empresas públicas do sector 3. Assegurar a conclusão do programa de optimização e renovação dos quadros do

pessoal em todo o sector 4. Promover a resolução de problemas burocráticos, administrativos e de

coordenação com outras entidades

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 110

Programas Medidas de Política

Reabilitação e Construção de Infra Estruturas

Sector Marítimo-Portuário 1. Assegurar a construção dos Terminais Marítimos e Terrestres no País 2. Criar condições de protecção e segurança do ambiente marítimo 3. Desenvolver a Hidrografia e Sinalização Marítimas 4. Promover a reposição do transporte marítimo internacional de bandeira 5. Melhorar a segurança e a navegação marítima Sector Ferroviário 1. Alterar o modelo institucional dos caminhos-de-ferro de Angola 2. Operacionalização do transporte regular ferroviário 3. Criação de empresas gestoras das infra-estruturas ferroviárias 4. Criar os meios necessários para a conservação do património das empresas

ferroviárias evitando ocupações ilegais 5. Priorizar ligação do CFB à Zâmbia e do CFM à Namíbia 6. Promover a instalação de Plataformas Logísticas Multimodais ao Longo das

Linhas Férreas Sector Aéreo 1. Assegurar a conclusão da construção do novo Aeroporto de Luanda 2. Concluir o Programa de Refundação da TAAG 3. Executar o Programa de Refundação da ENANA 4. Criar condições efectivas de concorrência no sector aéreo 5. Aumentar a capacidade da mobilidade no transporte aéreo Sector Rodoviário 1. Estabelecer e implementar um programa de reordenamento do sistema de

transportes das Províncias 2. Dinamizar e incentivar a implantação de uma rede de oficinas rodoviárias 3. Estender a rede de táxis a todo o País, incentivando os programas de apoio ao

emprego e a mobilidade 4. Consolidar do sistema de controlo de trafego de passageiros e meios 5. Criar um sistema de transporte de massas eficiente, rápido e isolado (metro de

superfície) em Luanda 6. Adoptar medidas que conduzam à implementação do transporte intermodal

7.3. Sectores Sociais

FAMÍLIA E PROMOÇÃO DA MULHER

Objectivos Prioridades dos Objectivos Específicos

Criação de condições económicas, sociais, culturais e políticas para que a família possa desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais. Promoção dos direitos humanos das mulheres e a igualdade de oportunidades e benefícios entre mulheres e homens em Angola.

1 Reforçar as capacidades institucionais do Ministério e parceiros 2 Promover o empoderamento e auto-estima e a valorização da família e

apoiar a geração de rendimentos e sustentabilidade económica 3 Institucionalizar as questões de género e promover os direitos políticos,

jurídicos, económicos, sociais e humanos das mulheres 4 Influenciar a formulação de políticas e programas e legislação de

combate a violência e proteção e apoio as vítimas da violência 5 Promover a disponibilidade e acesso de serviços sociais e outros

direitos a mulher rural e particularmente às famílias mais vulneráveis (chefiadas por mulheres, viúvas e portadoras de deficiência e infectadas e afeitadas com o VIH e SIDA no meio rural)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 111

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Recursos humanos qualificados (%).

60 60 60 60 60 60

2. Nº de Centros de Aconselhamento familiares de referência.

1 2 2 2 2 2

3. Nº de Casas de abrigo de referência.

1 1 1 1 1 1

4. Nº de Conselheiros familiares formados.

900 600 600 600 600 600

5. Formação profissional realizada 1.500 1.200 1.200 1.200 1.200 1.200

6. Nº de Casos de violência e aconselhamentos feitos.

10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000

7. Nº de Mobilizadores e activistas em género formados.

900 500 500 500 500 500

8. Nº de Mobilizadores e activistas Sociais formados.

900 1.200 1.200 1.200 1.200 1.200

9. Beneficiários de micro crédito. 15.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000

10. Nº de Parteiras tradicionais capacitadas.

2.000 564 564 564 564 564

11. Nº de Kits de Parteiras tradicionais distribuídos.

2.000 564 564 564 564 564

12. Seminários sobre género e família realizados.

600 200 200 200 200 200

13. Palestras sobre género e família realizadas.

1.200 400 400 400 400 400

Programas Medidas de Política

Reforço da Capacidade Institucional do MINFAMU

1. Assegurar o apetrechamento das novas instalações 2. Promover a formação do pessoal do Ministério 3. Promover Estudos e elaboração do projecto de construção do Palácio da Família

Valorização da Família e Aumento das Competências Familiares

1. Promover Projectos sobre Transmissão e Resgate de Valores Morais 2. Actualizar o Código de Família; 3. Realizar Acções de formação de activistas ou conselheiros sociais; 4. Garantir a Construção de dois (2) Jangos da Família; 5. Promover a elaboração e impressão de Cartilhas sobre Competências familiares; 6. Apoiar em meios técnicos e materiais formativos e produtivos as Mulheres e famílias

vulneráveis (viúvas, portadoras de deficiências e afectadas e infectadas com o VIH e SIDA)

7. Desenvolver o projecto de preparação de futuros casais. 8. Promover a educação familiar na perspectiva de género

Apoio às questões de género e promoção da Mulher

1. Organizar o Conselho de Coordenação Multissectorial em Género 2. Formular a Política Nacional de Género 3. Promover Formação de Mulheres empresárias e Mulheres líderes 4. Apoiar as iniciativas de organizações das Jovens raparigas 5. Assegurara Formação em matéria de liderança transformativa e orçamentação na

perspectiva de género 6. Apoiar e estimular o associativismo feminino 7. Promover a realização de estudos sobre: impacto das políticas públicas em relação as

Mulheres; a Mulher no sector informal; impacto do VIH e SIDA sobre o trabalho doméstico; a Mulher em Angola

8. Garantir a Comemoração da Jornada Março sobre a Mulher e do dia da Mulher Africana

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 112

Programas Medidas de Política

Programa de apoio as vítimas da violência

1. Promover a Formação de Conselheiros Familiares 2. Instalar Linhas Telefónicas de Denúncia de casos de violência doméstica 3. Construir e apetrechar Centros de Aconselhamento Familiar de referência 4. Construir, apetrechar e assegurar o funcionamento de Casas de abrigo para as vítimas 5. Regulamentar a Lei contra a violência doméstica 6. Assegurara a divulgação e sensibilização pela comunicação social sobre as acções

contra a violência contra a mulher e a rapariga 7. Organizar a campanha de sensibilização dos 16 dias de activismo contra a violência no

género 8. Garantir a promoção e a advocacia sobre os “Direitos Humanos das Mulheres” 9. Assegurar a capacitação em matéria de género dos Instrutores Policiais dos Gabinetes

dos especializados em atendimento as vítimas de violência

Promoção da Mulher rural

1. Apoiar as Parteiras Tradicionais em matéria de capacitação e fornecimento de kits 2. Apoiar as Iniciativas de Micro Finanças e Empreendedorismo no Meio Rural 3. Apoiar a organização e as Associações e cooperativas, para criação, aumento e

sustentabilidade de alimentação para as famílias 4. Promover o conceito de Qualidade de Vida nas comunidades, através da capacitação

de Mulheres - Chefes de família em matéria de aproveitamento de produtos locais e melhoria nutricional

5. Promoção do Desenvolvimento Comunitário e Local no Meio Rural 6. Assegurar a promoção e advocacia da alfabetização e em Línguas Nacionais para

mulheres no meio rural 7. Promover a realização do Fórum Nacional da Mulher Rural 8. Promover a realização de um documentário sobre a situação da Mulher camponesa

DESENVOLVIMENTO RURAL

Objectivo Prioridades dos Objectivos específicos

Promover o desenvolvimento socioeconómico das comunidades rurais e camponesas, incrementando de forma sensível os seus níveis de bem-estar e simultaneamente contribuir para a elevação dos níveis de segurança alimentar da população angolana e da erradicação da pobreza

1. Promover programas específicos e programas transversais para dar resposta aos problemas do mundo rural e estabelecer a correspondência entre a qualidade de vida dos centros urbanos e do meio rural

2. Promover o desenvolvimento rural integrado 3. Estimular a criação de organizações comunitárias que podem servir como instrumento

de controlo social e de expressão das necessidades e capacidades das comunidades pobres para superar as barreiras do desenvolvimento económico e social

4. Buscar maior eficácia da intervenção pública, privada e associativa na gestão do desenvolvimento rural

5. Fortalecer as instituições a nível nacional, provincial e municipal para evitar sobreposições e criar uma capacidade institucional para monitorar a qualidade ambiental

6. Promover o desenvolvimento comunitário e da qualidade de vida, assegurando a ligação entre as comunidades e a sociedade como um todo

7. Definir e promover projectos que contribuam para a melhoria da condição e integração da mulher rural no processo de desenvolvimento

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Nº de aldeias rurais requalificadas 0 90 108 130 155 186

Nº de aldeias rurais integradas construídas

2 3 5 10 15 18

Nº de habitações rurais requalificadas 1500 18.000 21.600 25.900 31.000 37.200

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 113

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Estruturação Produtiva.

2.300 18.600 27.900 41.850 62.775 94.163

Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Desenvolvimento Comunitário

75.206 90.250 108.300 130.000 156.000 187.200

Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Apoio à Mulher Rural

53.420 64.104 76.900 92.280 110.700 132.800

Programas Medidas de Política

Requalificação das Aldeias Rurais

1. Requalificar aldeias rurais, reordenando-as e melhorando as condições de habitabilidade das comunidades rurais

2. Construir aldeias rurais integradas, 3. Proceder a delimitação das terras comunitárias, garantindo o espaço para a produção

agropecuária das famílias rurais 4. Privilegiar práticas que integrem gestão sustentável dos recursos naturais

Estruturação Económica e Produtiva das Comunidades Rurais

1. Garantir o acesso a terra de qualidade de acordo com a dimensão dos agregados familiares 2. Introduzir tecnologias simples e de fácil adaptação e divulgar conhecimentos úteis para a

actividade agrícola e pecuária e para a transformação e conservação de produtos agropecuários

3. Promover o associativismo e o cooperativismo e assegurar o acesso dos camponeses ao microcrédito

4. Criar oportunidades alternativas capazes de gerar rendimentos às comunidades rurais 5. Reactivar os sistemas de mercado interno, promovendo em particular, o restabelecimento

do comércio rural e a criação de circuitos de comercialização integrados assentes em plataformas logísticas territorialmente organizadas

6. Organizar e reforçar a capacidade de intervenção das estruturas de extensão rural e assistência técnica

Desenvolvimento Comunitário

1. Melhorar consideravelmente as condições de vida e bem-estar das famílias e das comunidades rurais, aumentando gradualmente o acesso a educação, saúde, água energia e saneamento básico

2. Promover a eliminação do analfabetismo e a elevação dos valores cívicos e de cidadania 3. Valorizar o papel da mulher na família e comunidade rural 4. Dinamizar metodologias participativas e oferecer à agricultura familiar-camponesa

opções para desenvolver toda cadeia produtiva, apoiando-os no processo produtivo, estimulando a transformação dos produtos, a organizar a comercialização e desenvolver o turismo rural

5. Apoiara a inovação, o desenvolvimento empresarial e a valorização do empreendedorismo

Apoio à actividade económica da Mulher Rural

1. Promover a Organização produtiva e social das mulheres rurais 2. Apoiar a transformação e processamento de produtos agropecuários

Reforço Institucional 1. Desenvolver competências dos agentes de desenvolvimento ao nível central e local 2. Incentivar a criação das agências de desenvolvimento local 3. Promover a actualização do quadro jurídico-legal sobre o desenvolvimento rural

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 114

EDUCAÇÃO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem ao longo da vida para todos e cada um dos angolanos

1. Aumentar a qualidade do Ensino a todos os níveis do sistema de Educação, dando atenção a capacitação do corpo docente e ao sistema de avaliação e das aprendizagens

2. Atraír para o corpo docente todos os níveis do sistema de Educação, pessoas com perfil Científico, Técnico e Pedagógico adequado

3. Continuar com o processo de expansão da infraestrutura escolar do País a todos os níveis do sistema de educação e ensino e melhorar as condições das escolas existentes

4. Prosseguir com a consolidação do sistema de educação e com as reformas em curso nos diferentes subsistemas e monitorar permanentemente a sua evolução através de dispositivos tais como a formação de professores, a gestão de currículos, o sistema de avaliação das aprendizagens e o modelo de financiamento

5. Assegurar a educação pre escolar 6. Garantir a obrigatoriedade e gratuidade da educação até ao 1º ciclo do Ensino secundário (9

anos de escolaridade) 7. Ampliar a taxa de escolarização no ensino primário, secundário, com a construção, expansão e

apetrechamento de escolas e instituíções existentes 8. Reforçar o programa de alfabetização de adultos 9. Ampliar o ensino técnico e de preparação para o trabalho, através de centros de formação

geridos em cooperação com entidades empresariais, em linha com as necessidades e prioridades do desenvolvimento nacional

10. Aumentar a rede de escolas primárias e secundárias do Iº ciclo 11. Garantir a formação e capacitação dos professores e dos gestores escolares 12. Melhorar a organizaçao e gestao administrativa e pedagogica das escolas publicas e privadas 13. Reduzir as assimetrias sociais e territoriais no acesso sistema de ensino

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Número de Alunos matriculados por Níveis de Ensino

7.156.600 7.185.902 7.201.575 7.202.938 7.189.279 7.171.888

Alfabetização 578.267 584.050 589.890 595.789 601.747 619.799

Ensino Especial 23.888 24.605 25.343 26.103 26.886 27.693

Iniciação 570.079 594.170 618.261 642.352 666.443 690.532

Ensino Primário 5.022.144 4.869.035 4.702.219 4.521.012 4.324.701 4.112.543

Ensino Secundário, 1º ciclo 638.436 706.791 775.146 843.501 911.856 980.209

Ensino secundário, 2º ciclo 323.786 407.251 490.716 574.181 657.646 741.112

Nº de Professores por Níveis de Ensino N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

Número de salas de aula. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

Taxa Bruta de Escolarização (%)

Iniciação 93,8 94,9 95,9 96,7 97,4 98,0

Ensino Primário 155,7 146,6 137,4 128,3 119,1 110,0

Ensino Secundário, 1º ciclo 45,3 48,7 51,8 54,8 57,5 60,0

Ensino secundário, 2º ciclo 26,3 32,2 37,6 42,7 47,5 52,0

Taxa de Aprovação (%) 70,8 72,8 74,7 76,6 78,5 80,5

Taxa de Reprovação (%) 13,3 12,3 11,4 10,4 9,5 8,5

Taxa de Abandono (%) 15,9 14,9 13,9 13,0 12,0 11,0

Rácio aluno/sala de aula 112 106 99 93 86 80

Rácio aluno/professor 40 40 40 40 40 40

Construção de Magistérios Primários 4 2 2

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 115

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

População em idade escolar 6.471.460 6.665.603 6.865.572 7.071.539 7.283.686 7.502.195

Iniciação (5anos) 607.815 626.049 644.831 664.176 684.101 704.624

Ensino Primário (6-11 anos) 3.225.014 3.321.764 3.421.417 3.524.060 3.629.782 3.738.675

Ensino Secundário, 1º ciclo (12-14 anos) 1.409.228 1.451.505 1.495.050 1.539.901 1.586.099 1.633.681

Ensino secundário, 2º ciclo (15-17 anos) 1.229.403 1.266.285 1.304.274 1.343.402 1.383.704 1.425.215

Programas Medidas de Política

Expansão do Ensino Pré-Escolar

1. Construir e apetrechar centros ou de instalações apropriadas para assegurar a oferta de ensino a crianças com 5 anos de idade

2. Assegurar transporte escolar para crianças matriculadas em escolas distantes do local de residência, com particular realce para as zonas rurais

3. Garantir a obrigatoriedade e gratuitidade do ensino pré-escolar 4. Assegurar o acesso gratuito a livros e material escolar

Desenvolvimento do Ensino Primário e Secundário

1. Aumentar a taxa de escolarização do ensino primário e secundário mediante a construção e apetrechamento de novas unidades e expansão de escalas existentes

2. Elaborar programas de combate ao abandono escolar e de correcção do fluxo escolar 3. Assegurar apoio pedagógico acrescido para alunos com necessidades educativas

especiais 4. Universalizar a merenda escolar nas escolas públicas do ensino primário 5. Promover o acesso gratuíto ao livro no ensino primário 6. Disponibilizar manuais escolares e materias didacticos 7. Proceder à aquisição de material didáctico para o ensino secundário especial 8. Assegurar transporte escolar para crianças matriculadas em escolas distantes do local

de residência, com particular realce para as zonas rurais 9. Promover a construção e apetrechamento de Institutos Médios Politécnicos 10. Promover a construção e apetrechamento de Institutos Médios em administração e

gestão, e educação física 11. Promover a construção e apetrechamento de Escolas Técnicas de Saúde e de Hotelaria e

Turismo 12. Promover a construção e apetrechamento de Magistérios Primários e ampliação do

Magistério Primário da Lunda – Sul 13. Garantir a aquisição de laboratórios, equipamentos informáticos, manuais escolares e de

mobiliário escolar nacional 14. Promover a Reabilitação das escolas secundárias do I e II ciclo - Lobito e do Mutu – ya –

Kevela 15. Regulamentar todo o tipo de cobrança nos diferentes níveis do Sistema de Educação,

com o combate acérrimo à especulação e à prática ilícita de cobranças pelos diferentes

actores do sistema de educação

16. Institucionalizar Conselhos de Pais nas Escolas Públicas

Intensificação da Alfabetização de Adultos

1. Dar continuidade e reforçar o programa de alfabetização de adultos 2. Organizar e implementar o Programa de Alfabetização no Local de Trabalho 3. Intensificar a alfabetização de adultos em meio rural

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 116

Programas Medidas de Política

Melhoria do Sistema de Formação Técnico Profissional

1. Proceder à Revisão e Actualização da RETEP 2. Elaborar as Bases Gerais do Ensino Técnico e Tecnológico, que articule o ensino médio

com o ensino superior e com a formação profissional 3. Elaborar o Plano de Criação de Novos Cursos, de acordo com o Plano Nacional de

Formação de Quadros e o Plano de Formação Profissional; este plano deverá contemplar a distribuição regional dos novos cursos a implementar, cuja localização deve seguir as necessidades locais em função dos tipos de estrutura produtiva e do mercado de trabalho existente em cada região, alargando especialmente a oferta formativa existente nas Províncias com reduzido número de escolas e permitindo a diversificação da oferta

4. Proceder à programação anual do processo de preparação e lançamento dos novos cursos, a nível nacional e provincial

5. Organizar a planificação das infraestruturas e equipamentos necessários ao funcionamento dos novos cursos

6. Proceder à planificação dos recursos humanos necessários à implementação dos novos cursos

7. Publicar o Estatuto do Pessoal Docente do ETP 8. Promover a Formação de Professores e de Gestores do ETP, nos níveis pedagógico,

didáctico, técnico e organizacional 9. Promover a ligação formal do ETP ao mundo empresarial e ao mundo de trabalho,

através da celebração de parcerias, a nível nacional e local 10. Avaliar a empregabilidade do ETP 11. Promover a diversificação de promotores, públicos e privados, do ETP, em particular no

lançamento de novos cursos estratégicos 12. Definir as instituições públicas e privadas locais, incluindo empresas, que possam

contribuir para a implementação dos planos de formação locais, constituindo-se parcerias através de protocolos e outras modalidadesde colaboração

13. Incentivar a formação de gestores nas áreas da administração e organização escolar 14. Organizar, através de um sistema de informação e observação, a análise dos níveis de

empregabilidade do ETP

Desenvolvimento e Estruturação da Formação de Professores e de Especialistas e Investigadores em Educação

1. Apetrechar o corpo docente a todos os níveis do sistema de educação de pessoas com perfil científico, técnico e pedagógico adequado

2. Promover a dignificação e valorização do Professor 3. Implementar um sólido sistema de oferta de formação de professores segundo o

modelo sequencial 4. Criar um Sistema de Informação sobre Formação, Recrutamento e Carreira de

Professores 5. Identificar as necessidades quantitativas de professores até 2020, nos vários níveis e

disciplinas de ensino 6. Criar a oferta de profissionalização pedagógica 7. Ajustar a rede de oferta de formação de quadros docentes a nível médio 8. Incrementar a oferta de formação avançada em Ciências da Educação 9. Proceder à acreditação profissional dos cursos do ensino superior pedagógico 10. Promover a avaliação para reconhecimento dos cursos médios como habilitação para a

docência 11. Proceder ao reconhecimento de cursos não direccionados para o ensino como

habilitação própria para a docência

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 117

Programas Medidas de Política

Reforma Educativa

1. Assegurar de forma contínua, a avaliação do desempenho de todas as instituições de ensino e de formação profissional

2. Conceber e implementar um mecanismo eficaz de gestão das instituições de ensino e de

formação profissional

3. Assegurar a reestruturação da inspecção da educação, de modo a colocá-la mais

próxima da escola

4. Institucionalizar Zonas de Influência Pedagógica, enquanto agrupamento de escolas (clusters) que juntam sinergias e partilham meios e recursos com vista ao aperfeiçoamento académico, pedagógico e de gestão escolar

5. Proceder à regulamentação da autonomia financeira de todas as instituições de ensino a todos os níveis do sistema de educação

6. Assegurar a informatização dos serviços 7. Elaborar da carta escolar 1ªfase de generalização 8. Promever Acções de combate do VIH / SIDA nas escolas 9. Promover a realização de jogos desportivos escolares

Fomento do Empreendedorismo no Ensino Secundario

1. Aquisição de material didáctico específico para o ensino secundário 2. Introduzir o Empreendedorismo no curriculum do ensino secundário

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Objectivo Prioridades de Objectivos Específios

Promover o acesso de todos os angolanos a um emprego produtivo, qualificado, remunerador e socialmente útil e assegurar a valorização sustentada dos recursos humanos nacionais.

1. Promover o emprego dos jovens e apoiar a sua transição adequada do sistema de ensino para a vida activa

2. Combater o desemprego de longa duração de adultos, em particular dos activos mais vulneráveis

3. Incentivar o empreendedorismo e promover o desenvolvimento de pequenas e médias empresas

4. Apoiar a aprendizagem e a formação ao longo da vida, actuando nas várias vertentes aprendizagem, formação inicial, formação qualificante e na educação

5. Promover a igualdade de género no acesso ao emprego e à formação profissional 6. Reforçar a capacidade institucional do sistema de emprego e formação profissional

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Empregos gerados (mil) 105 190 250 350 400 417

2. Emprego no sector primário (mil) 20,7 70 120 150 175 176

3. Emprego no sector secundário (mil) 21,5 35 45 50 60 64

4. Emprego no sector terciário (mil) 62,8 85 105 150 175 210

5. Taxa de desemprego (%) 23.0 22.0 21.0 20.0 19. 5 19.0

6. Escolaridade Superior e Média no Emprego Formal (%)

11.0 12.0 13.0 14.0 17.0 19.0

7. Capacidade formativa 37.650 40.662 43.915 47.428 51.222 55.320

8. Nº de Centros de Formação 89 90 91 92 93 94

9. Nº de Centros Integrados de Emprego e Formação Profissional,

9 10 11 12 13 14

10. Nº de Escolas Rurais de Capacitação e Ofícios

3 4 5 6 7 8

11. Nº de Centros Integrados de Formação Tecnológica

1 2 3 4 5 6

12. Nº de Unidades Móveis de Formação Profissional

55 91 127 163 199 235

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 118

Programas Medidas de Política

Inserção na vida activa em particular dos Candidatos ao primeiro emprego

1. Promover a criação de condições para uma empregabilidade sustentável, dos activos no mercado de trabalho

2. Promover o reforço da qualificação de base dos candidatos ao emprego para o alcance da igualdade de oportunidades e promoção da requalificação dos trabalhadores

3. Proceder ao levantamento periódico dos perfis profissionais do sector empresarial e adequação permanente dos curricula

4. Promover a difusão de informação susceptível de facilitar a inserção profissional da mão-de -obra qualificada, fundamentalmente em situação do primeiro emprego

Reforço da Capacidade Institucional do Sistema de Emprego e Formação profissional

1. Implementar o plano de revitalização e modernização dos serviços de apoio ao emprego (Centros de Emprego, Portal do Emprego, unidade de Intermediação de Mão de Obra)

2. Institucionalizar a rede de formação de formadores e assegurar a superação profissional dos gestores do sistema, dos formadores, técnicos e outros quadros que intervêm no Sistema Nacional de Formação Profissional e Emprego

3. Assegurar a Inclusão de novos cursos no Sistema Nacional de Formação Profissional

Incentivo ao Empreendedorismo

1. Promover o auto-emprego e o desenvolvimento do espírito empreendedor nos beneficiários da formação profissional

2. Apoiar os empreendedores na superação dos múltiplos desafios para a implantação do negócio através da formação e de consultoria

Reforço das Parcerias Estado / Sindicatos / Associações de Empregadores

1. Promover a supervisão e avaliação permanente do cumprimento das normas estabelecidas, e dos compromissos assumidos pelas entidades formadoras

2. Promover o reforço das parcerias entre o Estado e os outros actores nos domínios do emprego e formação e da profissional

ENSINO SUPERIOR

Objectivo Prioridades de Objectivos Específicos

Estimular e desenvolver um Ensino Superior de qualidade

1. Adoptar estratégias específicas de formação de quadros, ajustadas ao Plano Nacional de Formação de Quadros e com o Plano de desenvolvimento de cada instituição de ensino superior, para cada uma das seguintes áreas: 1) Ciências da educação; 2) Ciências, engenharias e tecnologias; 3) Ciências médicas, ciências da saúde e tecnologias de saúde e 4) Ciências sociais e humanas, artes e letras

2. Assegurar a nivel do ensino superior, a fileira de ensino técnico-tecnológico 3. Garantir a Formação de quadros gestores, docentes e pessoal técnico qualificado das

Instituições de Ensino Superior; 4. Elaborar e implementar a estratégia de desenvolvimento para o Sector do Ensino

Superior com base nos Planos de Desenvolvimento das instituições de ensino superior;

5. Assegurar a eficiência dos serviços de inspecção administrativa, académica e pedagógica, dos serviços de avaliação das instituições de ensino superior e de acreditação dos cursos

6. Adoptar estratégias específicas para a aquisição, manutenção e renovação de laboratórios, bibliotecas, oficias e outras infra-estruturas académicas

7. Assegurar a reforma dos currícula e programas de ensino

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de empregos Directos 12.761 13.825 13.889 14.950 16.080 17.900

2. Nº de Docentes 6.350 6.900 7.900 9.500 10.800 12.500

3. Não Docentes (auxiliares e pessoal técnico de apoio)

1.043 1.116 1.194 1.278 1.367 1.463

4. Taxa bruta de escolarização 6 7 8 8 9 10

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 119

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

5. Nº de estudantes matriculados 150.000 182.250 221.434 269.042 326.886 372.650

6. Nº de vagas no ensino superior 31.000 32.240 34.530 41.871 43.266 48.716 7. Nº de docentes no ensino

superior público 4.181 4.306 4.436 4.569 4.706 4.847

8. Nº de candidatos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público

29.210 33.299 37.961 43.276 49.335 56.241

9. Nº de candidatos por vaga no ensino superior público

5 5 5 4 4 4

10. Nº de novas bolsas de estudo interna

6.000 6.000 7.000 8.000 9.000 12.000

11. Nº de novas bolsas de estudo externa

800 1.200 1.200 1.200 1.200 1.200

Programas Medidas de Política

Capacitação Institucional

1. Promover a Melhoria no desempenho dos gestores, dos docentes e do pessoal técnico de apoio das Instituições de Ensino Superior

2. Elaborar a Estratégia de desenvolvimento do Sector do Ensino Superior integrando os Planos de Desenvolvimento Institucionais

3. Estabelecer Redes Nacionais de instituições de Ensino Superior por especialidades 4. Estabelecer e implementar um Sistema de Informação Integrado do Ensino Superior

Melhoria da Qualidade do Ensino Superior

1. Consolidar o sistema de ensino superior, revendo o seu quadro legal e regulamentar e criando a rede nacional do ensino superior

2. Promover a formação avançada do pessoal docente do ensino superior, através da criação de cursos de doutoramento, mestrado e de formação especializada, com particular relevância para os clusters e sectores sociais prioritários

3. Definir e Implementar o Programa Nacional de Doutoramentos 4. Definir e implementar o Sistema de Estatistica e Informação do Ensino Superior 5. Estabelecer números de vagas para acesso ao ensino superior,público e privado 6. Proceder ao Levantamento e regularização dos cursos de pós-graduação existentes

no País 7. Promover a Investigação Científica no Sistema de Ensino Superior 8. Implementar o Sistema de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior 9. Implementar um sistema de avaliação e de acreditação de cursos e de

reconhecimento de estudos de ensino superior 10. Reorientar o Ensino Superior e Rever os critérios de Licenciamento e Funcionamento

dos Estabelecimentos do Ensino Superior, de acordo com necessidades de Formação de Quadros Nacionais

11. Estabelecer sistemas de aquisição, manutenção e renovação de laboratórios, bibliografia, oficinas e equipamentos e infra-estruturas físicas para o ensino superior

12. Estabelecer as normas gerais curriculares e pedagógicas do ensino superior 13. Operacionalizar o Serviço de Inspecção 14. Promover a celebração de Parcerias,a nivel interno e internacional,entre instituições

de ensino superior de prestigio,envolvendo cooperação no ensino, graduado e pós-graduado,formação avançada(doutoramentos e mestrados) de pessoal docente e actividades e projectos de investigação.

Reabilitação e Dotação de Infra-estruturas do Ensino Superior

1. Construir e equipar infra-estruturas académicas para as novas instituições de ensino, das 7 regiões académicas, bem como proceder à reabilitação das infra-estruturas obsoletas existentes

2. Construir e Equipar infra-estruturas sociais para as novas instituições de ensino, das 7 regiões académicas, bem como proceder à reabilitação das infra-estruturas obsoletas existentes

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 120

Programas Medidas de Política

Atribuição de Bolsas de Estudo Internas e Externas

1. Regulamentar e adequar a concessão de Bolsas às necessidades prioritárias do País em Formação de Quadros, privilegiando a obtenção dos graus de mestre (em Angola) e de doutor (em Angola e no estrangeiro)

2. Melhorar a divulgação de informação sobre as bolsas de estudo interna junto das Instituições de Ensino Superior (IES) e Instituições do segundo ciclo do ensino secundário

3. Promover a formação de quadros capazes de interpretar e aplicar os objectivos do interesse nacional

4. Acompanhar e coordenar a selecção de candidatos a bolsas de estudo externas, a partir de cada província e de cada instituição de ensino

5. Criar e Implementar o Observatório de Bolseiros Angolanos

Melhoria dos Recursos Humanos Materiais e Financeiros do Subsistema do Ensino Superior

1. Rever o Estatuto do Pessoal Docente do Subsistema do Ensino Superior 2. Regulamentar as condições de qualificação do corpo docente para a autorização de

funcionamento de instituições e de cursos 3. Proceder ao Inventário do Pessoal Docente do Subsistema do Ensino Superior e

assegurar a sua actualização 4. Proceder ao levantamento de necessidades de pessoal técnico do ensino superior e

planear a sua formação 5. Definir o Sistema de Financiamento do Ensino Superior 6. Dotar as Unidades de Investigação do Ensino Superior,com laboratórios adequados e

formar o pessoal técnico necessário

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Objectivos Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover o avanço científico e tecnológico do País e adaptar, criativamente, os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo Criar uma base nacional de inovação de produtos e processos

1. Implementar a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), como elemento fundamental da política de desenvolvimento nacional

2. Formar e qualificar o Potencial Humano Cientifico e Tecnológico Nacional 3. Criar infraestruturas adequadas à produção, difusão e apropriação do conhecimento e

da inovação 4. Incentivar a criação de redes e parcerias, a nível interno e internacional, de

cooperação científica e tecnológica 5. Promover a inovação, nomeadamente a nível empresarial, através da inserção em

redes de inovação nacionais e internacionais e do desenvolvimento da inovação tecnológica e organizacional

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de Unidades de I&D 40 40 41 41 42 42

2. Nº de Investigadores em Ciência e Tecnologia

35 35 36 36 37 37

3. Não Investigadores (Auxiliares e pessoal técnico de apoio da Ciência e Tecnologia /MESCT)

40 40 41 41 42 42

4. Técnicos de Investigação em formação avançada

80 81 82 82 83 84

5. Nº de Pessoas Empregadas 2.950 2.962 2.974 2.986 2.997 3.009

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 121

Programas Medidas de Política

Implementação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

1. Divulgar e impulsionar o debate nacional sobre Cultura Cientifica e sobre a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovendo, nomeadamente, a criação de agências de estudos e análises e de outras organizações governamentais e não-governamentais dedicadas à pesquisa e ao debate técnico-científico

2. Promover o desenvolvimento, a modernização, a qualidade, a competitividade do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia

3. Criar e operacionalizar um Mecanismo de Coordenação do SNCTI e Criar o Sistema de Informação do SNCTI

4. Estabelecer e implementar o Modelo de Financiamento do SNCTI, incluindo a criação do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico

5. Estabelecer o Sistema de Avaliação e Controlo de Qualidade das Unidades e Centros de Investigação Cientifica e Tecnológica

6. Constituir a Rede Nacional das Instituições de Investigação Científica e Tecnológica, públicas e privadas e Operacionalizar o Conselho Superior de Ciência e Tecnologia

7. Promover a articulação entre o Sistema de Ensino Superior e o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e entre estes com o sistema produtivo

8. Definir uma política nacional de Aquisição e Transferência de Tecnologias, adequada às necessidades do País

9. Criar a Academia das Ciências de Angola

Desenvolvimento do Potencial Humano Cientifico e Tecnológico Nacional

1. Elaborar e implementar um” Plano para o Desenvolvimento do Potencial Humano Cientifico e Tecnológico Nacional”, incluindo Formação Avançada e Pós-Graduada

2. Seleccionar quadros angolanos com elevado potencial cientifico para estudar em instituições universitárias internacionais, líderes do conhecimento científico e tecnológico, num processo continuado, fazendo com que o País passe a possuir quadros que nos mais diversos domínios do saber, se apresentem na fronteira do conhecimento

3. Formular uma política activa de captação de investigadores e tecnológos nacionais residentes no exterior

4. Estimular a constituição de grupos e redes temáticas e interdisciplinares de investigação, para que seja possível constituir algumas unidades de excelência, avaliáveis de acordo com padrões de referência internacional

5. Criar carreiras de Investigador e de Tecnólogo suficientemente estimulantes, para não só fixar os quadros altamente qualificados como para atrair os que se encontram na diáspora

6. Difundir e implementar o Premio Nacional de Ciência e Inovação 7. Criar um sistema de incentivos e subsídios à pesquisa e investigação, individual e de grupo 8. Incentivar os jovens de elevado potencial, formados no ensino superior e médio (“Jovens

Talentos”), a ingressar no “Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”, a nível público ou privado. As instituições que procedam a esses recrutamentos deverão ser objecto de apoios específicos

Criação de Infraestruturas Necessárias à Implementação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI)

1. Criar a Rede Nacional das Instituições de Investigação Científica e Tecnológica, Públicas e Privadas

2. Efectuar o levantamento, em 2013, da situação as actuais unidades de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI), associadas a diferentes ministérios

3. Definir, em 2013 e 2014, para as futuras unidades de IDI, a sua inserção (laboratórios do Estado ou de empresas públicas), a sua missão, organização e necessidades de pessoal

4. Aprovar os estatutos das unidades de IDI e definir a integração e um programa de formação do pessoal de investigação adstrito às unidades de IDI em 2014

5. Contratar, a partir de 2014, investigadores estrangeiros com experiência de IDI, para colaborar na instalação das novas unidades

6. Criar parques de desenvolvimento científico e tecnológico 7. Implementar uma rede de Centros de Inovação e Competências (CIC’s), abrangendo,

prioritariamente, os seguintes sectores: Petróleo e Gás Natural, Água e Recursos Hídricos, Agricultura e Pecuária, Florestas e Indústrias da Madeira, Transportes e Logística

8. Promover a investigação aplicada em”Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial” 9. Dotar as unidades de investigação com laboratórios adequados e formar o respectivo

pessoal técnico necessário ao seu funcionamento 10. Recuperar e modernizar o actual património científico e tecnológico angolano, incluindo

centros e laboratórios e sistemas de informação e documentação cientifica, organizando uma matriz coerente de infraestruturas e equipamentos científicos

11. Criar uma banda de alto débito para fins científicos e educativos, em particular nas situações que utilizam transmissão de imagens e grandes quantidades de dados

12. Organizar uma matriz nacional coerente de infraestruturas e equipamentos científicos

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 122

Programas Medidas de Política

Incentivos à Inovação

1. Criar e Implementar um Sistema Nacional de Incentivos e Financiamento da Inovação; 2. Estimular a criação de incubadoras de empresas inovadoras e intensivas em Conhecimento 3. Fomentar a propriedade industrial e o registo de marcas e patentes angolanas 4. Incentivar a constituição de “Clubes” e “Associações de Jovens Cientistas e Inovadores” 5. Criar a modalidade de “Contrato-Programa para a Inovação”, incluindo capital de risco, para

incentivar actividades de Investigação e Desenvolvimento no sector empresarial.

SAÚDE

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover de forma sustentada o estado sanitário da população angolana, assegurar a longevidade da população, apoiando os grupos sociais mais desfavorecidos e contribuir para combate a pobreza

1. Aumentar a Esperança de Vida à nascença 2. Melhorar do Índice de Desenvolvimento Humano e o alcance dos Objetivos do Milénio 3. Reduzir a mortalidade materna, infantil e infanto- juvenil, bem como a morbilidade e

mortalidade no quadro nosológico nacional 4. Melhorar a organização, a gestão e o funcionamento do Sistema Nacional de Saúde, através

da afectação dos recursos necessários e a adopção de normas e procedimentos que aumentem a eficiência e a qualidade das respostas do SNS

5. Melhorar a prestação de cuidados de saúde com qualidade nas vertentes de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, reforçando a articulação entre a atenção primária e os cuidados hospitalares;

6. Participar na transformação das determinantes sociais da saúde e promover as parcerias nacionais e internacionais em prol da redução da mortalidade materna e infantil e dos programas de combate às grandes endemias

7. Operacionalizar a prestação de cuidados de saúde a nível comunitário e em cada um dos três níveis da pirâmide sanitária, respondendo às expectativas da população

8. Adequar os recursos humanos aos objetivos e metas e adoptar novas tecnologias de saúde 9. Capacitar os indivíduos, famílias e comunidades para a promoção e protecção da saúde 10. Acompanhar e avaliar o desempenho do sector, através do SIS e estudos especiais

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Taxa de morbilidade atribuída a malária (todas idades)

21 20 18 17 15 12

2. Taxa de Incidência da Tuberculose (Novos Casos por 100 Mil Habitantes)

38 34 29 20 16 13

3. Incidência da Tripanossomíase (Novos Casos Notificados)

154 130 90 75 35 25

4. Taxa de Prevalência do VIH/SIDA na População Adulta

1,98 1,98 1,98 2 2 2

5. Partos Assistidos por Pessoal de Saúde Qualificado (%) (MICS de 2001, somente áreas acessíveis)

49 55 57 60 65 70

6. Nº de Médicos por 10.000 Habitantes

1 1 2 2 3 3

7. Crianças menores de 1 ano vacinadas (%)

86 90 90 95 95 95

8. Relação de leitos hospitalares por habitante (%)

8 10 12 13 14 16

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 123

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

9. Crianças com 1 ano de idade imunizadas de sarampo

88 90 90 90 90 95

10. Mulheres grávidas que beneciaram de Tratamento Intermitente e Preventivo da malária (TIP) (%)

18 30 45 55 65 75

11. Mulheres grávidas que receberam mosquiteiros impregnados (%)

26 45 65 75 85 95

12. Crianças menores de 5 anos de idade que receberam mosquiteiros tratados (%)

18 30 50

60

70 80

13. Crianças entre o-4 anos de idade que estiveram doentes com febre e tomaram anti-palúdicos (%)

26 40 45 50 60 75

14. Taxa de Cura da Tuberculose alcançada atrvés da estratégia DOTS (%)

46 50 60 70 75 80

15. Três ou mais consultas Pré-natal (%)

60 70 75 80 85 95

16. Cobertura de vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses (%)

70 80 85 90 95 95

17. Parto Institucional (%) 35 40 45 50 55 60

18. Planeamento familiar (% de mulher em idade fértil)

6 10 20 30 40 45

19. Taxa de mortalidade em menores de cinco anos (por mil nados vivos)

161 150 140 130 120

110

20. Taxa de mortalidade infantil (por mil nados vivos)

98 90 85 80 75 60

21. Rácio da mortalidade materna (Mortes maternas por 100.000 nascidos vivos)

450 425 400 350 300 250

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 124

Programas Medidas de Política

Prestação de Cuidados de Saúde

Subprograma “Prevenção e Luta contra as Doenças Prioritárias”,assegurar: 1. Prevenção e controlo das doenças imunopreveniveis com destaque a erradicação

da Poliomielite 2. Prevenção, controlo e eliminação da Malária 3. Prevenção e controlo do VIH/SIDA e outras infecções sexualmente

transmissíveis [IST] 4. Prevenção e controlo da Tuberculose; 5. Prevenção, controlo e eliminação da Tripanossomíase 6. Prevenção, controlo e eliminação das doenças negligenciadas 7. Prevenção e resposta às epidemias e outros eventos de Saúde pública 8. Prevenção e resposta aos desastres químicos, biológicos e físicos 9. Prevenção e tratamento das doenças Crónicas (cardiovasculares, renais,

respiratórias, diabetes mellitus e hemoglobinopatias) 10. Prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro 11. Prevenção e tratamento das doenças mentais 12. Prevenção e tratamento dos distúrbios de nutrição 13. Prevenção e tratamento das patologias buco-oral Subprograma “Atenção Específica para Grupos Etários da População”,garantir: 1. Prestação de cuidados integrados para a redução da mortalidade materna 2. Prestação de cuidados integrados de saúde para a sobrevivência infantil e

infanto-juvenil 3. Desenvolvimento de cuidados de saúde promocionais, preventivos e de rastreio

a adolescentes e adulto Subprograma ”Promoção de Hábitos e Estilos de Vida Saudáveis”,assegurar: 1. Prevenção e luta contra o alcoolismo, tabagismo, drogas e acidentes

Prestação de Cuidados Primários e Assistência Hospitalar

Subprograma” Prestação de Cuidados em Cada um dos Níveis do Serviço nacional de Saúde “,garantir: 1. Municipalização da atenção primária (cuidados primários) 2. Operacionalização da atenção secundaria e terciária a nível regional e nacional 3. Operacionalização dos continuados e cuidados paliativos 4. Medicina Privada e informal 5. Medicina Tradicional 6. Revitalização do Serviço Nacional de Sangue 7. Gestão e desenvolvimento da rede nacional de laboratórios 8. Assistência pré-hospitalar (INEMA) 9. Reabilitação física

Gestão e Desenvolvimento dos Recursos Humanos

Subprograma “Gestão e Aperfeiçoamento dos Técnicos de Saúde”, assegurar: 1. Formação do pessoal médico, de enfermagem e técnico, de acordo com as

necessidades do País 2. Criação e implementação do sistema específico de avaliação de desempenho 3. Avaliação de incentivos para a atracão, motivação de fixação nos serviços e zonas

mais carenciadas 4. Reformulação das carreiras específicas do sector da saúde 5. Formação permanente, inicial e de promoção 6. Formação especializada pós-medica

Melhoria de Qualidade dos Serviços

1. Estabelecer um Sistema de Certificação e Acreditação das unidades hospitalares e de diagnóstico

2. Melhorar a eficiência e a qualidade da gestão hospitalar através da formação de gestores a todos os níveis e utilização de ferramentas de gestão baseadas na obtenção de resultados.

3. Desenvolver e implementar um Sistema de Garantia de qualidade de produtos Farmacêuticos

Gestão e Ampliação da Rede Sanitária

1. Melhorar a Gestão da rede sanitária 2. Promover a Reabilitação e ampliação da rede

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 125

Programas Medidas de Política

Desenvolvimento do Sector Farmacêutico e de Gestão de Dispositivos Médicos

1. Implementar a Autoridade Nacional para a Certificação e Controlo dos Medicamentos e Dispositivos Médicos

2. Melhorar a Gestão e desenvolvimento dos serviços e pessoal farmacêutico e laboratorial

3. Melhorar a gestão e desenvolvimento dos dispositivos médicos

Gestão e Desenvolvimento do Aprovisionamento e Logística

1. Melhorar a gestão e desenvolvimento do aprovisionamento e logística

Desenvolvimento do Sistema de Informação e Gestão Sanitária

1. Implementar o Sistema de Informação e Gestão Sanitária para o apoio à tomada de decisões estratégicas, e ao planeamento

2. Promover a Melhoria da vigilância integrada das doenças e preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias

Investigação científica

1. Implementar uma política de investigação de ciências da Saúde (situação actual, avanços recentes e prioridades)

2. Incentivar a capacitação dos quadros da saúde no domínio da investigação científica

Desenvolvimento do Quadro Institucional

1. Reforçar a Inspeção Geral da Saúde 2. Actualizar e Renovar o Quadro Legal do sector

HABITAÇÃO

Objectivo Prioridades dos Objecivos Específicos

Garantir o direito a uma habitação condigna para todos os cidadãos, especialmente para as camadas de menor poder aquisitivo e fomentar a habitação no quadro do realojamento e melhorar o saneamento básico das cidades

1. Consolidar o quadro-legal e institucional do sector da habitação 2. Concluir a implementação do Programa de Urbanismo e Habitação 3. Disponibilizar terrenos infra-estruturados e legalizados às famílias que pretendam

construir casa porópria em regime de auto-construção dirigida 4. Promover o desenvolvimento sustentável do sistema urbano e do parque

habitacional, com o fim de garantir a elevação do bem-estar social e económico da população mais carencida

5. Dar continuidade ao desenvolvimento das novas centralidades 6. Prosseguir o processo de requalificação das cidades 7. Fomentar a habitação no quadro do realojamento e melhorar o saneamento básico

nas cidades e vilas

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de fogos habitacionais 6.670 164.841 103.023 103.023 41.218 41.212

2. Desenvolvimento de novas centralidades

4 2 2 2 2 2

3. Reservas fundiárias (hectares) 217 145 152 165 170 200

4. Alienação do património habitacional do Estado (un.)

1.200 30.000 18.500 18.500 7.500 7.500

Nota: A quantidade de fogos construída em 2012 refere-se ao mês de Agosto e só para projectos sob controlo directo do MINUC, estando em marcha o processo de actualização de outros actores como por exemplo a Kora-Angola, SONIP, etc.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 126

Programas Medidas de Política

Cadastramento e recadastramento do património habitacional do Estado

1. Inventariar o património habitacional a nível nacional e concluir a criação da base de dados

2. Registar e cadastrar o património habitacional a receber 3. Assegurar a regularização jurídica dos prédios em situação irregular

Promoção do Programa de Habitação Social

1. Promover a construção de habitações sociais a nível nacional 2. Articular as políticas de Ordenamento do Território e da Habitação com as

políticas de desenvolvimento económico e social 3. Garantir a oferta de habitações em condições especiais de preços e financiamento

para as camadas de menor poder aquisitivo 4. Promover a realização coordenada de investimentos públicos em infraestruturas

urbanas, harmonizando com as intervenções dos sectores de energia e água, saúde, educação, cultura, desporto e lazer e da administração do território

5. Estabilizar o sistema de comercialização das construções de habitação social no quadro da recuperação do investimento e auto-sustentabilidade financeira económica do Programa

Gestão e alienação de imóveis 1. Assegurar a gestão imobiliária do património do Estado 2. Garantir a alienação de imóveis do património do Estado

ASSISTÊNCIA E REINSERÇÃO SOCIAL

Objectivo Prioridades dos Objectivos específicos

Contribuir activamente para a redução da pobreza em Angola, através da assistência aos grupos mais vulneráveis para a sua reintegração social e produtiva.

1. Estruturar um modelo de financiamento da acção social do Estado, bem como o correspondente modelo de gestão

2. Definir estratégias de mitigação do risco social, visando preparar os indivíduos, os agregados familiares e as comunidades para enfrentar a ocorrência de situações de risco social

3. Banir a ameaça de minas, em todo o território nacional para assegurar o processo de reconstrução e desenvolvimento

4. Criar o Banco de dados de indicadores sociais do Sector 5. Assegurar a formação e admissão de trabalhadores sociais, a nível médio e superior,

bem como de técnicos de desminagem 6. Promover a criação do Instituto de Serviço Social 7. Garantir a criação do mecanismo de articulação, entre a protecção social de base e a

protecção social obrigatória 8. Implantar o Serviço de denúncia SOS-criança 9. Criar o Observatório da Criança 10. Assegurar a verificação e desminagem de vias rodoviárias, áreas úteis e de impacto

sócio-económico

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de Famílias assistidas 24.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000

2. Nº de crianças assistidas nas instituições

100.000 100.000 150.000 200.000 200.000 200.000

3. Nº de crianças protegidas/denúncias

2.550 2.125 1.700 1.275 850

4. Nº de Idosos assistidos 42.000 20.000 24.000 16.000 12.000 8.000

5. Nº de idosos nas instituições 1.500 1.850 1.850 2.050 2.050 2.200

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 127

Indicadores dos Objectivos

6. Nº de pessoas c/deficiência assistidos em meios de locomoção e ajudas técnicas

25.000 20.000 22.000 25.000 20.000 20.000

7. Nº de vítimas de sinistros e calamidades assistidas

200.000 150.000 125.000 100.000 75.000 50.000

8. Nº de (criança dos 0-2 anos), assistidas com leite e papas

12.000 24.000 20.000 16.000 12.000 8.000

9. Nº de beneficiários assistidos com kits profissionais e equipamentos

10.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000

10. Nº de kits profissionais e equipamentos atribuídos

15.000 15.000 10.000 5.000 5.000

11. Nº de oportunidades de ocupação criadas

45.000 37.500 30.000 22.500 15.000

12. Nº de doentes assistidos 20.000 31.800 26.500 21.200 15.900 10.600

13. Nº de ex- militares e deficientes de guerra reintegrados

3.182 39.715 40.332 25.779 10.163 5.156

14. Verificação e desminagem de Vias rodoviárias e projectos de telecomunicações (km)

1.046 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000

15. Verificação e desminagem de áreas de expansão das linhas de transporte de energia eléctrica de alta tensão e condutas de água (m²)

7.700.000 20.000.000 20.000.000 20.000.000 20.000.000 20.000.000

16. Verificação e Desminagem de Áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e agro-pecuário (m²)

45.000.000 45.000.000 50.000.000 55.000.000 60.000.000 65.000.000

17. Admissão e formação de técnicos de desminagem

250 695 150 250 250 150

18. Admissão, capacitação e formação de trabalhadores sociais e funcionários

3.500 5.700 4.750 3.800 2.850 1.900

Programas Medidas de Política

Apoio Social

1. Elaborar as Políticas de Assistência Social e da 1ª Infância 2. Regulamentar as Leis, nº 7/04, de 15 de Outubro, sobre a Protecção Social de

Base e a Lei nº 25/12, de 22 de Agosto, sobre a protecção e desenvolvimento da Criança

3. Assistir às famílias em situação de vulnerabilidade, grupos vulneráveis e em situação de emergência, com cesta básica de alimentos, com atribuição de ajudas técnicas e meios de locomoção, com Kits profissionais e de reintegração e chapas de zinco

4. Criar o Instituto Nacional de Serviço Social

Apoio as Instituições de Acolhimento de crianças e pessoas idosas sob controlo do Executivo

1. Garantir as refeições diárias, vestuário e roupas de cama dos utentes 2. Assegurar a higiene e o saneamento básico das instituições

Geração de Trabalho e Renda 1. Criar oportunidades de ocupação socioeconómica, na base da economia solidária,

no âmbito da estratégia de Integração Social das populações vulneráveis 2. Atribuir Kits profissionais e equipamentos

Prevenção da Institucionalização

1. Acompanhar menores sob medidas de prestação de serviço à comunidade 2. Expandir o projecto de prestação de serviço a comunidade para menores em

conflito com a lei 3. Atribuir leite e papas a crianças dos 0 aos 2 anos

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 128

Programas Medidas de Política

Protecção e Promoção dos Direitos da Criança

1. Implantar o Serviço de Denuncia SOS-Criança e de Apoio Psico-social 2. Criar o Observatório da Criança

Reforço da Capacidade Institucional

1. Estabelecer acordos de cooperação e parcerias com entidades nacionais e internacionais, no âmbito da formação dos trabalhadores sociais, no complemento das acções do Sector e na troca de experiência no âmbito das políticas e programas do Sector

2. Implementar o sistema centralizado de informação 3. Admitir, formar e capacitar trabalhadores sociais e técnicos de desminagem

Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais e infra-estruturas

1. Construção e apetrechamento de Lares provinciais de assistência à pessoa idosa 2. Construção e apetrechamento nos Municípios de Centros comunitários 3. Construção e apetrechamento de Centros Infantis nos Municípios 4. Construção e apetrechamento de Centros Infantis Comunitários e de Educação

Comunitária (CIC-CECs) nas comunidades (Municípios) 5. Construção e apetrechamento de Jardins de Infância, nas sedes provinciais 6. Elaborar estudos para construção de Casas Lares 7. Construção e apetrechamento de Oficinas Comunitárias nas Províncias 8. Construção e apetrechamento de Sedes para os serviços provinciais do INAC 9. Construção e apetrechamento de uma Base de Manutenção de Equipamentos

Especiais de Desminagem 10. Construção e apetrechamento de infra-estruturas de funcionamento do INAD nas

províncias 11. Construção e apetrechamento da Base de Manutenção, Reparação e Conservação

de Equipamentos Especiais de Desminagem no Lubango 12. Construção e apetrechamento de Infra-estruturas da Unidade de Desminagem da

Casa de Segurança do Presidente da República no Zenza do Itombe 13. Desenvolvimento, Modernização, Manutenção e Conservação de infra-estruturas

da Base Central de Apoio às Operações de Desminagem 14. Construção e apetrechamento da infra-estrutura da Unidade de Desminagem da

Casa de Segurança da Presidência da República 15. Construção e apetrechamento de sedes para os serviços provinciais do IRSEM 16. Reabilitação das sedes dos serviços provinciais do IRSEM

CULTURA

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promoção do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da cultura sem qualquer tipo de discriminação, tomando em linha de conta as aspirações dos diferentes segmentos da população, promovendo deste modo a liberdade de expressão e a mais ampla participação dos cidadãos na vida cultural do país, o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e o respeito dos usos e costumes favoráveis ao desenvolvimento, o que contribuirá para a consolidação da nossa identidade nacional, caracterizada pela diversidade cultural

1. Promover o acesso ao ensino e uso das línguas nacionais de angola em todos os domínios, assim como as principais línguas de comunicação internacional

2. Implantar o sistema nacional de museus 3. Implantar o sistema nacional de arquivos históricos 4. Implantar o sistema de centros culturais 5. Implantar o sistema nacional de bibliotecas 6. Implantar o sistema nacional de programas culturais municipais 7. Promover a investigação etnográfica 8. Promover o artesanato como fonte de rendimento para as comunidades

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 129

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº de leitores e consulentes na Biblioteca Nacional

39.724 59.173 73.965 92.456 115.570 144.463

2. Nº de leitores e consulentes no Arquivo Nacional de Angola

1.403 1.700 2.000 2.700 3.000 3.500

3. Nº de alunos matriculados nas Escolas técnicas de artes

(a) 516 816 1.036 1.236 1.359

4. Nº de visitantes a Museus 62.488 64.363 66.294 68.283 70.331 72.441

5. Nº de participantes ao Carnaval 369.000 370.000 372.000 374.000 376.000 380.000

6. Nº de peças de artesanato seladas para exportação

15.360 15.821 16.296 16.785 17.289 17.808

7. Nº de documentários produzidos 3 5 6 7 8 9

8. Nº de casas de cultura 7 8 12 20 36 40

Programas Medidas de Política

Promoção do acesso ao ensino e uso das línguas nacionais de angola em todos os domínios, assim como as principais línguas de comunicação internacional

1. Garantir o uso, estudo e ensino das línguas nacionais de Angola, por fases, de acordo com o número dos seus falantes

2. Garantir a formação de especialistas (linguistas e professores), a todos os níveis, em línguas nacionais e internacionais

3. Garantir a execução de projectos de investigação na área das linguas acionais 4. Introduzir as línguas internacionais (inglês e francês) no ensino como línguas

obrigatórias até ao 12º ano. 5. Introduzir as línguas nacionais, por opção, em alguns cursos universitários

(Direito, Medicina, Comunicação Social, Administração) 6. Garantir a existência de um número razoável de quadros angolanos que se

expressem fluentemente em línguas nacionais 7. Garantir a existência de um número razoável de quadros angolanos que se

expressem fluentemente em línguas internacionais (inglês e francês)

Implantação do sistema nacional de museus

1. Promover a valorização, a preservação e a fruição do património cultural angolano, considerado como um dos dispositivos de inclusão social e cidadania, por meio do desenvolvimento e da revitalização das instituições museológicas existentes

2. Fomentar a criatividade para o surgimento de novos processos de produção e de conservação de memórias de diversidade social, étnica e cultural do país

3. Assegurar a democratização e acesso aos bens culturais 4. Promover a formação e capacitação de recursos humanos 5. Assegurar a modernização de infra-estruturas museológicas e a

informatização de museus 6. Publicar o Estatuto Geral dos Museus e a Lei Quadro dos Museus 7. Promover a aquisição e gestão de acervos museológicos

Implantação do sistema nacional de arquivos

1. Aprovar a Lei Geral de Arquivos 2. Implementar o Sistema Nacional de Arquivos 3. Construir o Arquivo Nacional Histórico como entidade guardiã da Memória

Nacional 4. Garantir a criação dos arquivos a nível central 5. Construir arquivos provinciais, enquanto estruturas integrantes da rede do

Sistema Nacional de Arquivos

Implantação do sistema de centros culturais

1. Incentivar as Comunidades no sentido da criação de centros culturais e promover a criação de Casas de Cultura nos diversos municípios

2. Garantir a criação de infraestruturas vocacionadas para espectáculos (teatro, dança, música, cinema)

3. Garantir o resgate das diferentes manifestações culturais

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 130

Programas Medidas de Política

Implantação do sistema nacional de bibliotecas

1. Construir a Biblioteca Nacional 2. Criar o Sistema de Bibliotecas Públicas 3. Construir Bibliotecas Públicas em todo o País 4. Assegurar a gestão do acervo bibliográfico através das novas tecnologias,

garantindo a modernização dos seus equipamentos

Implantação do sistema nacional de programas culturais municipais

1. Estabelecer e implementar políticas culturais, em consonância com as necessidades e aspirações da comunidade

2. Consolidar um sistema público municipal de gestão cultural 3. Promover a realização regular de manifestações culturais locais, através da

implementação de um sistema nacional de actividades culturais locais 4. Apoiar o desenvolvimento do turismo científico e cultural nos municípios 5. Organizar a recolha de dados sobre a realidade cultural do município, com

vista à identificação, registo e mapeamento dos diversos artistas, produtores, técnicos, utentes, profissionais, bem como grupos, entidades e equipamentos culturais existentes

Promoção da investigação no domínio da cultura

1. Garantir o desenvolvimento da investigação científica no domínio cultural, designadamente dos conteúdos antropológicos e etnográficos dos Museus do país

2. Incentivar a produção de estudos sobre a problemática linguística do país 3. Assegurar o desenvolvimento do projecto de investigação e edição da História

Geral de Angola 4. Promover a realização de estudos sobre a problemática do fenómeno religioso

em Angola 5. Organizar a recolha das técnicas e saberes endógenos para a sua divulgação à

sociedade em geral e às novas gerações em particular 6. Promover a realização de estudos sobre a Literatura nacional, sobre o

Património Arqueológico (Estações arqueológicas e Estações de 7. Arte Rupestre) e sobre o Património Histórico, Cultural e Natural tendo em

vista a sua valorização e inscrição na Lista do Património Mundial.

Promoção do artesanato como fonte de rendimento para as comunidades

1. Promover a criação do Centro Nacional de Comercialização do Artesanato e de associações provinciais de Promoção de Artesanato

2. Assegurar a realização da Feira Nacional de Artesanato e de Feiras Provinciais do Artesanato

DESPORTOS

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover a generalização da prática desportiva nas diferentes camadas da população, em particular os jovens e as mulheres, dando especial atenção ao desporto na escola.

1. Apostar na juventude, reconhecendo-a como o maior potencial de desenvolvimento e reconstrução do país;

2. Desenvolver e coordenar a actividade desportiva na vertente de alto rendimento, bem como apoiar, de forma sustentável, o aumento de praticantes de modalidades com resultados de excelência a nível internacional;

3. Promover a prospecção e retenção de novos talentos no domínio do desporto; 4. Promover o aumento da eficiência organizacional no movimento associativo e

desportivo; 5. Promover acções de sensibilização para a prática desportiva, incluindo o segmento dos

portadores de deficiência; 6. Dotar as províncias de infra-estruturas e equipamentos para a prática desportiva de

recreação, e actividades lúdicas; 7. Reforçar os mecanismos de articulação entre o desporto na escola e o de alta

competição; 8. Assegurar, em articulação com instituições afins, a criação de institutos médios e

superiores de educação física e desporto.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 131

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Federações 23 23 24 25 25 27

2. Associações Províncias 101 105 105 108 110 112

3. Clubes 810 810 815 815 817 820

4. Técnicos 3.600 3.650 3.700 3.750 3.800 3.850

5. Árbitros 1.655 1.657 1.657 1.660 1.662 1.665

6. Atletas 43.706 50.991 58.275 65.560 72.844 80.128

7. N.º de praticantes desportistas 50.819 53.239 55.659 58.079 60.499 62.919

8. N.º de técnicos desportivos formados

5.020 5.040 5.060 5.080 5.100 5.120

9. N.º de treinadores formados 1.060 1.070 1.080 1.090 1.100 1.110

10. N.º de novos talentos descobertos 938 1.125 1.313 1.500 1.688 1.875

11. N.º de animadores desportivos 3.010 3.020 3.030 3.040 3.050 3.060

12. N.º de atletas inseridos na alta competição

15.000 15.500 16.000 16.500 17.000 17.500

13. N.º de crianças inseridos na prática desportiva

22.050 23.100 24.150 25.200 26.250 27.300

14. Nº de Atletas registados 55.500 56.000 56.500 57.000 57.500 58.000

Programas Medidas de Política

Desenvolvimento e Promoção do Desporto

1. Promover a construção de Centros Desportivos Comunitários, a reabilitação de Pavilhões Polidesportivos Cobertos e Construção Dos Pavilhões Multi-Usos Do Dundo e Luena;

2. Promover a construção e reabilitação de Campos de Futebol e a reabilitação de Estádios de Futebol das Províncias do Bengo, Bié, Huambo, Lunda –Sul, Moxico e Zaire;

3. Assegurar a construção de pistas de Atletismo nos 4 Estádios que albergaram o CAN 2010; 4. Promover a onstrução do Centro de Recuperação Física para Atleta de Alta Competição e o

Estudo para construção do Centro de Treinamento e Alto Rendimento; 5. Promover o Estudo para construção da Vila Olímpica.

Programa Angola Jovem

1. Assegurar a construção dos Centros Comunitários de Juventude; 2. Promover a Construção de Parques de Campismo da Juventude.

ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DE GUERRA

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover a dignificação dos antigos combatentes, veteranos da Pátria, em reconhecimento à sua participação na Luta de Libertação Nacional e na defesa da Pátria.

1. Resgatar a dívida social para com os Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, através do reconhecimento da sua importância e da geração de oportunidades para a sua reinserção na actividade produtiva do país;

2. Assegurar a criação de mecanismos adicionais de apoio às famílias dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, de modo a garantir-lhes os meios necessários à manutenção das condições básicas de vida, proporcionando-lhes uma vida digna, principalmente no que respeita à assistência médica e medicamentosa e à habitação.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 132

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Recenseados Existentes 168.500 170.000 175.000 180.000 185.000 190.000

2. Recenseados Deficientes 28.500 26.000 24.000 22.000 21.000 20.000

3. Beneficiários de Pensão de Reforma

164.500 170.000 175.000 180.000 185.000 190.000

4. Assistidos Recadrastados 134.500 125.000 120.000 115.000 110.000 105.000

5. Assistidos Bancarizados 143.800 150.000 155.000 160.00 165.000 170.000

Programas Medidas de Política

Reintegração sócio-económica dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra

1. Promover acções especificas de Formação e Qualificação Profissional 2. Generalizar a nivel nacional acções especificas de fomento do empreendedorismo 3. Estabelecer Incentivos para o aumento e diversificação dos rendimentos dos Antigos

Combatentes, Veteranos de Guerra; 4. Melhorar o acesso aos sistemas de micro-crédito 5. Garantir a prestação de serviços de assistência jurídica aos Antigos Combatentes e

Veteranos de Guerra, no âmbito da materialização dos direitos que a Lei lhes confere;

6. Promover a dinamização dos circuitos de comercialização local através do aproveitamento da mão de obra de Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.

Alfabetização 1. Intensificar as iniciativas de alfabetização

Reabilitação

1. Promover a reabilitação, com ajuda da comunidade, para ex-militares e Veteranos da Pátria com deficiências físicas;

2. Garantir a disponibilidade de assistência técnica e de dispositivos de compensação a ex-militares com deficiência.

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Materializar uma política que garanta a veiculação de uma informação plural, isenta, independente, responsável e que amplie as conquistas alcançadas no que concerne aos direitos e garantias das liberdades de expressão, no quadro dos ditames do Estado Democrático e de Direito.

1. Edificar um sistema nacional de comunicação social aberto, plural, competitivo, isento, independente, responsável e que contribua para o fortalecimento da democracia, alargando a cobertura mediática do território nacional;

2. Melhorar a prestação do serviço público de informação, bem como promover espaços e conteúdos em línguas nacionais e programas direccionados às populações rurais e públicos vulneráveis;

3. Impulsionar o estabelecimento de parcerias estratégicas entre o sector público e o privado, promovendo um sector audiovisual competitivo e aberto às iniciativas da sociedade civil;

4. Melhorar a capacidade dos quadros do sector, de acordo com as tendências globais do jornalismo e os avanços registados no domínio das tecnologias de informação e comunicação

5. Assegurar a afirmação internacional de Angola, potencializando parcerias estratégicas com países e organismos internacionais;

6. Promover o respeito pelos princípios de deontologia e éticas profissionais, relativos ao exercício da actividade e a liberdade de expressão dos cidadãos;

7. Apoiar e incentivar o surgimento e desenvolvimento da iniciativa privada nacional.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 133

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Linha de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Expansão e cobertura do Sinal da Rádio (%)

65 75 85 95 100 100

2. Expansão e cobertura do Sinal de Televisão

60 65 70 80 85 95

3. Aumento da distribuição das publicações da Edições Novembro (dia)

46.000 55.200 73.800 81.700 93.400 105.000

Programas Medidas de Política

Reforço do Sistema Nacional de Comunicação Social

1. Melhorar o enquadramento jurídico do sector, baseado nos direitos e garantias dos cidadãos e no fomento da economia de mercado, salvaguardando a missão e objectivos do serviço público e a Constituição do País;

2. Reestruturar, modernizar e adequar as empresas de comunicação social do sector empresarial público ao novo enquadramento legal.

Melhoria do Serviço Público de Comunicação Social

1. Modernizar e apetrechar o sector, do ponto de vista técnico, material e tecnológico, incluindo: extensão dos sinais de rádio e de televisão a todo o território nacional para garantir o acesso de todos os cidadãos à informação; migração do sistema analógico de televisão para o sistema de transmissão digital.

2. Criar centros (pólos) regionais de distribuição de jornais, de forma a dinamizar a circulação dos mesmos por todo o território;

3. Desenvolver e apetrechar a agência noticiosa nacional, desenvolvendo um papel essencial na captação, tratamento e difusão de informação, nas suas diferentes formas e dispositivos;

4. Prestar um serviço público de qualidade e de referência, abrangendo todo o território nacional,

5. Melhorar o desempenho das assessorias de imprensa dos diferentes órgãos centrais e locais do Estado e principais empresas públicas,

6. Promover a construção da Sede da Rádio Escola, do Edifício do Ministério da Comunicação Social e da Sede da Radio Viana, Centro de produção do TPA - Camama, II fase;

7. Assegurar a aquisição e instalação de rádios comunitárias e a montagem de emissores, torres e repetidores.

Promoção de parcerias na Comunicação Social

1. Promover a participação da iniciativa privada no domínio da comunicação social, quer na área da imprensa, quer ao nível da produção de conteúdos de programas de audiovisual, nomeadamente por parte de produtoras nacionais;

2. Realizar concursos públicos para o licenciamento de novos operadores de rádio e televisão, com destaque para a radiodifusão de carácter comunitário;

3. Promover a participação da sociedade civil no domínio da comunicação social, dinamizando o surgimento de projectos mediáticos a nível local, por iniciativa de associações, cooperativas, fundações e instituições académicas;

4. Reforçar a cooperação com as associações sócio-profissionais e sindicais da classe, organismos de regulação e outros parceiros sociais.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 134

7.4. Sectores Institucionais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Objectivos Prioridades de Objectivos Específicos

Prosseguir o interesse público, qualificando e fortalecendo o Estado; adaptar o papel do Estado à sua missão e capacidade de gestão; melhorar a governação e promover a boa governância; prestar serviços adequados e de forma eficiente aos cidadãos e aos agentes económicos, melhorando a sua receptividade e acolhimento; contribuir para o desenvolvimento económico e social.

1. Promover uma nova imagem da Administração Pública; 2. Criar estruturas flexíveis, simplificadas e diversificadas de soluções

organizacionais; 3. Implementar as tecnologias de informação e comunicação em todas as

áreas da administração central e local, alargando o e-goverment; 4. Valorizar os recursos humanos da Administração Pública, através de

soluções integradas de formação; 5. Aperfeiçoar e fortalecer os mecanismos de fiscalização em matéria de

organização, funcionamento e actividade administrativa nos serviços públicos centrais e locais do Estado;

6. Melhorar e valorizar as condições de prestação do serviço público.

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Pessoal ao Serviço da Administração Pública – a Nível Central

45.845 46.485 47.105 47.539 48.179 48.545

Programas Medidas de Política

Desenvolvimento Organizacional

1. Assegurar a definição dos modelos organizacionais da Administração Pública; 2. Proceder à reavaliação da utilidade e funcionalidade de estruturas “ ad-hoc”; 3. Promover a redução dos serviços de apoio técnico e instrumental; 4. Promover a Integração nas Secretarias-Gerais de serviços comuns; 5. Proceder à Revisão da Lei dos Institutos Públicos, assegurando o seu

redimensionamento e reestruturação;

Valorização e Mobilidade de Recursos Humanos

1. Proceder à actualização da política de recursos humanos para a Administração Pública;

2. Criar um Sistema de Formação Contínua para a Administração pública com base no desenvolvimento de competências e capacidades através da formação “ on-the-job“;

3. Definir e implementar um Programa de Mobilidade para a Função Pública; 4. Promover a reformulação e Adaptação do Enquadramento Legal do Trabalho na

Administração Pública, quer do trabalho subordinado quer não subordinado.

Valorização do Serviço Público

1. Promover a melhoria da qualidade de prestação do serviço público e da sua receptividade;

2. Assegurar a sensibilização e formação dos funcionários públicos sobre as formas de acolhimento e relação com o público;

3. Garantir a introdução na Administração Pública da cultura do desempenho e da necessidade da avaliação de resultados bem como da cultura dos tempos e do sentido de urgência na realização de tarefas;

4. Eliminar de forma progressiva as disfunções burocráticas e evolução para uma cultura de responsabilidade ou de controlo de resultados;

5. Incentivar o exercício da função pública com base em princípios e padrões éticos.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 135

SEGURANÇA SOCIAL

Objectivo Prioridades Dos Objectivos Específicos

Estabilizar uma nova gestão do risco social, em que a intervenção do Estado visa assistir indivíduos, agregados familiares e comunidades a melhor gerir os riscos a que estão expostos, bem como apoiar aqueles que se encontram em situação de extrema pobreza.

1. Garantir o aumento da cobertura material dos trabalhadores por conta de outrem (invalidez e doença e acidente comum);

2. Promover o aumento da cobertura pessoal através da criação de regimes especiais para os Trabalhadores Domésticos e para Trabalhadores do Sector Rural;

3. Promover o alargamento da base de incidência das contribuições dos trabalhadores por conta de outrem;

4. Assegurar a melhoria das prestações; 5. Proceder à revisão do diploma da protecção na morte (pensão de sobrevivência e

subsídio por morte); 6. Actualizar as bases de dados dos segurados, dos contribuintes e dos beneficiários; 7. Promover a melhoria contínua dos serviços do INSS.

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Segurados 1.212.341 1.463.619 1.766.980 2.041.657 2.359.034 2.725.747

2. Pensionistas 92.592 108.100 126.205 142.058 159.903 179.990

3. Contribuintes 48.341 60.442 75.571 89.758 106.609 126.623

Programas Medidas de Política

Qualidade e Sustentabilidade da Segurança Social

1. Garantir a Sustentabilidade da Protecção Social Obrigatória; 2. Promover a Inscrição e Enquadramento na Segurança Social de contribuintes e segurados; 3. Proceder à Actualização do Cadastro dos Funcionários Públicos; 4. Informatizar a Gestão e Funcionamento do INSS 5. Melhorar a Gestão de Activos Financeiros e de Bens Patrimoniais 6. Assegurar a Auditoria Interna do INSS 7. Assegurar a Expansão e Sustentação da Rede dos Serviços Provinciais 8. Promover a Formação e desenvolvimento profissional dos funcionários do INSS

JUSTIÇA

Objectivo Prioridades Dos Objectivos Específicos

Consolidar a reforma do sector da justiça, dando continuidade à política de modernização e de informatização, assente nos princípios da desburocratização e simplificação de procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, garantindo o acesso dos cidadãos ao direito e à justiça, colocando o sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos

1. Combater a criminalidade, o crime económico organizado, as associações criminosas, as redes de tráfico de crianças, de pessoas e de órgãos e de drogas;

2. Rever a organização judiciária, tendo em consideração variáveis demográficas, sociais e económicas das províncias, bem como a necessidade de se garantir uma maior proximidade dos Tribunais aos cidadãos, a melhoria da celeridade e eficácia da justiça;

3. Promover o acesso dos cidadãos ao direito e à justiça, através de Defensores Públicos e de Advogados, no âmbito do patrocínio e assistência judiciária, ou de entidades, públicas e privadas, que actuam fora do sistema judicial, enquanto facilitadores da informação jurídica, da consulta jurídica e da prevenção e resolução de litígios;

4. Reformular a actual arquitectura processual em matéria civil, administrativa e penal, simplificando-a e desburocratizando-a;

5. Implementar, em parceria com a sociedade civil, acções e medidas de promoção dos direitos humanos, criando ou apoiando e aprimorando, para o efeito o funcionamento dos organismos indispensáveis à promoção dos direitos humanos;

6. Assegurar a cidadania plena, através da universalização do registo civil de nascimento e ampliação do acesso à documentação básica, como o bilhete de identidade.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 136

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Número de BI´s 1.068.212 1.069.212 2.569.212 2.169.462 3.169.462 3.170.562

2. Certificados de Registo Criminal 350.908 360.073 380.608 396.702 410.000 430.000

3. Nº de Lojas de Registo e Notariado 8 12 14 16 18 20

4. Nº Conservadores e Notários 253 279 341 397 431 475

5. Nº de Oficiais de Registo e Notariado

2220 2557 2800 2950 3120 3225

6. N.º de Técnicos Superiores de Identificação

795 96 90 89 89 89

7. N.º de Técnicos de identificação 2369 434 217 217 217 217

8. N.º de Técnicos Superiores do Regime Geral

500 57 28 18 18 18

9. N.º de Técnicos do Regime Geral 1385 57 28 18 18 18

10. Nº Magistrados em função dos Tribunais e Órgãos de Polícia

50 50 50 50 50 50

11. Nº Magistrados Municipais * 60 90 100 120 140 160

12. Nº Magistrados Provinciais * 70 60 70 80 80 100 Aumento Anual *

Programas Medidas de Política

Uma Justiça ao Serviço dos Direitos Humanos

1. Desenvolver programas de educação e sensibilização para o respeito dos direitos humanos e observância dos deveres de cidadania, dirigidos às organizações estatais, organizações da sociedade civil e escolas, órgãos de comunicação social, públicos e privados

2. Ampliar a divulgação dos serviços públicos voltados para a efectivação dos direitos humanos 3. Promover os direitos humanos como princípios orientadores das políticas públicas e das relações

internacionais, articulando o reconhecimento do “status” constitucional de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados

4. Fortalecer os instrumentos de interacção democrática para a promoção os direitos humanos, que passa pela possibilidade de criação de um Observatório Nacional dos Direitos Humanos

5. Monitorizar os compromissos internacionais assumidos pelo Estado Angolano em matéria de direitos humanos, através da elaboração de um relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em Angola

O Sistema de Justiça como Factor de Desenvolvimento Económico e Social

1. Continuar o processo de desburocratização, simplificação de procedimentos, de diminuição dos custos dos serviços de Justiça, incluindo a positivação e maximização das experiências iniciadas com a Loja dos Registos, Guiché do Imóvel e Guiché da Empresa, a nível nacional, o prosseguimento do processo de informatização e microfilmagem dos Registos Notariado

2. Elaborar um regime jurídico relativo ao processo de falência e recuperação das sociedades comerciais, que assegure a rapidez da tramitação, a protecção das expectativas dos credores e dos interesses dos trabalhadores e consumidores

3. Aprovação de um novo regime de responsabilidade do Estado por actos praticados pelos seus órgãos, serviços ou agentes

4. Avaliação da possibilidade de realização de parcerias público-privadas na Justiça, desde que isso signifique um acréscimo na melhoria dos serviços ao cidadão e às empresas ou uma melhor gestão e financiamento do sector da justiça

Acesso ao Direito e à Justiça

1. Adaptar o regime de acesso ao direito e à justiça, por forma a absorver a intervenção de entidades prestadoras de serviços jurídicos de prevenção ou resolução de litígios

2. Instituir o novo figurino institucional e jurídico da defesa pública e apoio judiciário, a exercer por uma entidade pública ou de fins e controle público

3. Recrutar os advogados por concursos públicos curriculares para as funções do regime de defesa pública, salvaguardando-se o respeito pela independência constitucional da profissão dos advogados

4. Tomar medidas com vista a diminuir a distância entre o sistema formal de justiça e as outras instâncias de resolução de conflitos que existem na sociedade

5. Coordenar um sistema integrado de planeamento de políticas de administração dos recursos humanos e materiais afectos ao sistema de Justiça, com a participação dos Presidentes do Tribunal Supremo, Procurador-Geral da República e Ministério do Interior

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 137

Programas Medidas de Política

Organização da Administração da Justiça

1. Elaborar, rever e publicar a legislação referente ao Sistema Unificado de Justiça e da Lei Orgânica dos Magistrados Judiciais

2. Proceder à Reforma dos Regimes Substantivo e Adjectivo a nível Civil, Penal e Administrativo

3. Assegurar a Reforma do processo contencioso administrativo, e reforço das instituições do contencioso administrativo, dotadas de meios humanos e logísticos indispensáveis ao seu cabal e regular funcionamento

4. Consagrar o princípio da oportunidade ou da legalidade mitigada, de modo a que se definam as prioridades de política criminal em função dos meios existentes

5. Desenvolver a intervenção dos mecanismos de consenso e do princípio da justiça restaurativa na solução e na “sanção” da pequena e média criminalidade

6. Aumentar e requalificar o parque judicial existente com destaque aos Tribunais Municipais, e o esforço da sua implementação nos vários Municípios do País

7. Articular a rede de tribunais com a política de justiça pública, aprofundando o sistema integrado de resolução de conflitos, não só com a implementação dos serviços de conciliação e de mediação (conflitos laborais, familiares, ou mesmo, penais) e de arbitragem (consumo, ambiente, conflitos civis e comerciais), mas também com o reconhecimento e implementação dos mecanismos de resolução de conflitos não-oficiais

8. Incrementar, a nível nacional, de uma justiça de base municipal, assente em estruturas não judiciais tais como os julgados de paz, centros de protecção de crianças e jovens em perigo, centros de arbitragem de conflitos ou “tribunais comunitários”

9. Recentrar a justiça nas suas funções essenciais de promoção e garantia dos direitos com o desvio da “litigação de rotina e de certificação”, para procedimentos administrativos, bem como para meios alternativos de resolução de litígios

10. Implementar Tribunais da Relação distribuídos pelas diversas regiões do País 11. Redefinir e requalificar o mapa judiciário, visando adequar as circunscrições judiciais ao

volume da chamada «procura judicial» 12. Definir critérios que permitam diferenciar tribunais de elevada complexidade de outros

tribunais 13. Instalar assessorias jurídicas e secretariados de apoio aos juízes, com criação de gabinetes

de apoio aos juízes dos tribunais provinciais, para apoio técnico, administrativo e de secretariado, bem como de assessoria jurídica dos juízes (composto prioritariamente por juízes estagiários)

14. Informatizar tribunais e cartórios judiciais e assegurar a interligação comunicativa de dados e informações entre si, e face demais serviços do sector da Justiça de modo a facilitar, não só o trabalho relacionado com a tramitação dos processos, mas também a sua consulta

15. Criar gabinetes próprios (“quiosque de atendimento”), destinados ao atendimento ao público nos tribunais, por via pessoal e telefónica, fisicamente isolados da área de trabalho dos cartórios

16. Aprovar medidas legais e materiais de resposta à litigação de massa 17. Adoptar medidas de emergência destinadas a reduzir o número de pendências, através da

criação de equipas de juízes destinadas a intervir pontualmente 18. Consagrar uma particular atenção ao reforço da cooperação com outros serviços da justiça,

no quadro do espaço da SADC e com os Estados membros dos PALOP e CPLP

Maximização dos Serviços de Justiça. Oferta de Celeridade e Simplificação do Sistema de Administração de Justiça.

1. Criar Serviços Integrados de Justiça, fundamentalmente na área dos serviços de Identificação, Registo e Notariado e expandir as Iniciativas de Integração de Serviços já existentes – BUE, Lojas de Registo, SIAC e GUE – até finais de 2017

2. Prosseguir as iniciativas simplificadoras da Informatização, Integração e Modernização dos serviços de justiça e incrementar o sistema de atendimento ao cidadão pela mobilização de Brigadas Móveis de Atendimento ao Público

3. Promover iniciativas legislativas de simplificação do recurso aos serviços de justiça 4. Instalar serviços de justiça para todos os municípios do País, à escala de um n.º mínimo de 1

(um) Tribunal Municipal por município 5. Garantir em cada Município de, pelo menos, um Posto e Repartições de Identificação Civil e

Criminal, de Postos Autónomos de Registo e Cartórios Notariais, à cifra não inferior 1 (uma) Repartição por cada município de Angola

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 138

Programas Medidas de Política

Reforço quantitativo e qualitativo e funcional do capital humano ao serviço da Administração de Justiça

1. Aumentar na ordem dos 70% a 80% o quadro de pessoal afecto ao MINJUS 2. Reestruturar o processo de selecção, admissão e recrutamento, à luz dos critérios da qualificação

e graduação académica, das aptidões técnicas e profissionais, da excelência curricular, do mínimo de conhecimento exigível, das aptidões gerais e pessoais dos candidatos, em vista o provimento daqueles que se afigurem os mais indicados

3. Incrementar as jornadas de formação, ciclos e conferências de estudo, seminários de capacitação, cursos de especialização e demais acções formativas

Cooperação Bilateral

1. Incrementar as relações de cooperação bilateral com a República da Zâmbia, República da China, República de Cuba, República Federativa da Rússia e República de Portugal

Universalização do Registo Civil de Nascimento

1. Ampliar e reestruturar a rede de atendimento para a emissão do registo civil de nascimento visando a sua universalização

2. Interligar as maternidades e unidades de saúde às Conservatórias dos registos, por meio de sistema manual ou informatizado, para emissão de registo civil de nascimento logo após o parto

3. Implementar campanhas de educação e sensibilização sobre a importância do registo civil de nascimento, por meio da rede de atendimento (saúde, educação e assistência social) e pelo sistema de justiça e de segurança pública

4. Aperfeiçoar as normas jurídicas e do serviço público notarial e de registo civil para garantia da gratuidade e da cobertura do serviço de registo civil a nível nacional

5. Promover a mobilização nacional com intuito de reduzir o número de pessoas sem registo civil de nascimento e documentação básica

6. Organizar campanhas através de brigadas móveis para a emissão do registo civil de nascimento e documentação básica, com foco nas regiões de difícil acesso e no atendimento às populações específicas situadas em zonas rurais

7. Incluir o questionário do censo demográfico (populacional) de perguntas para identificar a ausência de documentos civis na população

Plano Estratégico de Intervenção na Modernização dos Registos e do Notariado de Angola

Grupo 1: apresentados de forma sistematizada, com o cidadão no centro do projecto, nas seguintes vertentes:

I. Vida do cidadão. Projectos: "Nascer Angolano"; "Casar Angolano"; "Guiché de Heranças e de Divórcios com Partilha"

II. Bens e empresas do cidadão. Projectos: Programa Informatização de todos os Registos, Civis, Prediais e Comerciais "REPE - Regularização Extraordinária do Património do Estado" "GUIR - Guiché Integrado de Registos" "GUICHÉ DO IMÓVEL no seu banco e na sua mediadora" "GA - Guiché do Automóvel" "Recuperação do atraso na feitura do Registo de Automóveis" "Criação do Documento Único Automóvel"

III. Serviços para o cidadão. Projectos: "GUE - Guiché Único da Empresa - Alteração do conceito "GUE na sua empresa" "PSES - Procedimento Simplificado de Extinção de Sociedades"

Grupo 2: Concepção de projectos de reforma de legislação – Códigos dos Registos e do Notariado: Revisão do Código do Notariado e Legislação Conexa Revisão do Código de Registo Civil Revisão do Código do Registo Predial Revisão do Código de Registo Comercial Elaboração de Código do Registo de Automóveis Realização de Workshops sobre as principais alterações levadas a cabo pela revisão dos

códigos.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 139

Programas Medidas de Política

Plano Estratégico de Intervenção na Modernização dos Registos e do Notariado de Angola

Grupo 3: Acções de formação que serão levadas a cabo, em especial a concepção e desenvolvimento de um curso de extensão universitária de conservadores e notários. Fromação: Jurídica e Prática de Conservadores e Oficiais Jurídica e Prática em Contexto de Trabalho Gestão de Atendimento Corpo de Inspectores da DNRN Alteração ao Código do Registo Civil Alteração ao Código do Registo Predial Alteração ao Código do Registo Comercial Entrada em Vigor do Código do Registo de Automóveis Alteração ao Código do Notariado Registos e Notariado aos Oficiais que exercem funções nas Representações Diplomáticas

e Consulares Angolanas no Mundo Grupo 4: implementação do Notariado liberal Definição das Regras de Ingresso, Abertura de Concurso, Implementação, Funcionamento

e Fiscalização do Notariado Liberal Implementação de um Sistema Informático com Estrutura/Plataforma comum ao Registo

Predial Formação em Contexto de Trabalho dos Notários

Grupo 5: Modernização do Ministério da Justiça em geral e da Direcção Nacional dos Registos e do Notariado Criação de Página de Internet - Portal do Cidadão - e de Intranet do Ministério da Justiça Implementação de Sistema de Comunicações Electrónicas do Ministério da Justiça Organização dos Recursos Humanos do Ministério da Justiça, com Implementação de

Sistema de Entradas e de Saídas, através de dados Biométricos Criação de um Sistema de Avaliação do Desempenho eficaz do Pessoal do Ministério da

Justiça e Implementação desse Sistema Organização da Direcção Nacional dos Registos e do Notariado. Eventual criação de um

Instituto dos Registos e do Notariado – Criação de uma verdadeira Estrutura Organizada de Apoio e Comunicação com os Serviços

Criação e Manutenção de Suportes de Publicação e Agregação de Informação com o intuito de Apoio à Direcção Nacional dos Registos e do Notariado

Criação de uma Estrutura de Interoperabilidade de sistemas de Informação com os restantes Serviços da administração Pública – Governo Electrónico da Angola (GEA).

Criação de Mecanismos de Audição e Participação dos Utentes dos Serviços da administração da Justiça – Organização de Estrutura de Resposta a Reclamações e Sugestões

Implementação do Sistema de Gestão de Filas de Espera e Gestão do Atendimento em todos os serviços dos registos e do Notariado

Modernização das Instalações e Imagem dos Serviços dos Registos e do Notariado Criação de Serviços de Atendimento Personalizado em Determinados Sectores dos

Registos

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 140

Programas Medidas de Política

Plano Nacional de Luta Contra as Drogas

1. Procurar atingir o ideal de construção de uma sociedade protegida do uso de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas

2. Garantir o direito de receber tratamento adequado a toda pessoa com problemas decorrentes do uso indevido de drogas

3. Tratar de forma igualitária, as pessoas usuárias ou dependentes de drogas ilícitas 4. Reconhecer as diferenças entre o usuário, a pessoa em uso indevido, o dependente e o

traficante de drogas, tratando-os de forma diferenciada 5. Intensificar, de forma ampla a cooperação nacional e internacional, participando de fóruns

sobre drogas, bem como estreitando as relações de colaboração multilateral, respeitando a Soberania Nacional

6. Elaborar planos que permitam a realização de acções coordenadas dos diversos órgãos envolvidos no problema, a fim de impedir a utilização do território nacional para o cultivo, a produção, a armazenagem, o trânsito e o tráfico de drogas ilícitas

7. Garantir, incentivar e articular, por intermédio do Comité Interministerial de Luta Antidrogas (CILAD), o desenvolvimento de estratégias de planeamento e avaliação nas políticas de educação, assistência social, saúde e segurança pública, em todos os campos relacionados às drogas

8. Garantir acções para reduzir a oferta de drogas, por intermédio de actuação coordenada e integrada dos órgãos responsáveis pela prossecução criminal em níveis nacionais e locais, visando realizar acções repressivas e processos criminais contra os responsáveis pela produção e tráfico de substâncias proibidas

9. Garantir dotações orçamentais permanentes para o Comité Interministerial de Luta Antidrogas – CILAD, a fim de implementar acções propostas pela Política Nacional de Luta Contra a Droga com ênfase para aquelas relativas a prevenção, tratamento e reinserção social, redução de danos, redução da oferta, estudos e pesquisas

ORDENAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Garantir uma eficaz prestação dos serviços no âmbito da Governação Local e melhoria da gestão pública inclusiva em prol do desenvolvimento e redução da pobreza

1. Assegurar reformas da Governação Local garantindo o fornecimento eficiente e efectivo de serviços públicos de qualidade e em quantidade suficientes

2. Promover sistemas de Financiamento local assentes no aumento da cobertura e Melhoria da qualidade das infra-estruturas públicas e serviços Públicos básicos nos municípios e autarquias

3. Fortalecer as Capacidades Institucionais, Técnicas e Humanas para uma governação local mais eficiente e efectiva com maior destaque para a formação dos agentes autárquicos a todos os níveis

4. Promover o Reforço de Políticas e Quadro Técnico-Institucional no domínio da Desconcentração e Descentralização, assente na melhoria dos mecanismos de Coordenação, Monitoria e Avaliação (M&A) dos programas, projectos e acções de desenvolvimento Local

5. Criar as Autarquias Locais, e apoiar a organização e funcionamento dos órgãos e estruturas da Administração Autárquica

6. Garantir a construção das infra-estruturas Autárquicas (palácios e câmaras ou assembleias municipais), bem como a produção de diplomas legais com maior realce a lei das autarquias locais e do poder tradicional

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Criação da carreira do funcionário da Administração local e Autárquica

3.250 3.500 3.450 3.500 500 N.D.

2. Infra-estruturas Autárquicas N.D. 65 70 69 70 10

3. Divisão política administrativa (Nível Provincial)

N.D. 3 1 N.D. N.D.

4. Divisão Política Administrativa (Nível Municipal)

2 83 10 10 10 10

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 141

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

5. Recursos humanos capacitados a Nível Central

N.D. 400 400 400 400 400

6. Recursos humanos capacitados a nível Local

N.D. 260.000 260.000 260.000 260.000 260.000

7. Reforma da administração do Estado a nível dos Municípios

N.D. 128 100 36 10 10

8. Implementação do Sistema Integrado de informação de gestão da Administração do território, em Municípios

53 75 100 36 10 10

9. Autoridades tradicionais reagrupadas e reordenadas em zonas

N.D. 20.778 10.389 10.389 N.D. N.D.

Programas Medidas de Política

Reforma de Governação Local (PREGOL)

1. Modernizar a Administração e governação local através do fortalecimento e da capacidade institucional, técnica e humana

2. Criar mecanismos de coordenação inter e intra-institucional 3. Institucionalizar o quadro de criação e desenvolvimento das Autarquias locais; 4. Desenvolver o sistema de gestão de finanças municipais 5. Implementar o Projecto de Políticas e Coordenação Técnica Institucional (PPCT)

PRONCIAA- Programa Nacional de Construção de Infra-estruturas Administrativas e Autárquicas

1. Promover o Estudo e levantamento nacional de infra-estruturas da administração do Estado/ Existentes (Diagnostico Nacional) da situação

2. Proceder a Levantamentos topográficos 3. Assegurar a Fiscalização das acções

PRIGECIM-Programa de Intercâmbio Geminação de cidades e Municípios

1. Actualizar o diploma legal de geminação de cidades e Municípios

PROCIM - Programa de Capacitação Institucional do MAT

1. Promover a Formação Autárquica e da Administração Local 2. Assegurar a Construção dos Centros regionais de formação da Administração local do

Estado 3. Elaborar e implementar planos de refrescamentos dos agentes da Administração do

território. 4. Promover a Elaboração de Estudos para a implementação das escolas de formação de

administração do Estado em todo País a médio longo Prazo.

PNAD- Programa Nacional da Descentralização

1. Implementar instrumentos de reforço de quadro de política e instruções técnicas no domínio da descentralização

2. Implementar a Avaliação de Desempenho das Administrações Autárquicas 3. Estabelecer o quadro de Recursos humanos e património da Administração

Autárquica. 4. Estabelecer o sistema e mecanismos de gestão de finanças Autárquicas 5. Estabelecer o Quadro legal Autárquico 6. Implementar o Projecto de Reforço dos Órgãos Locais do Estado (PROLE) 7. Promover o Estudo sobre enquadramento legal das Autoridades tradicionais na

Governação Local. PREMIAT- Programa de Revitalização e Modernização da Inspecção da Administração do Território

1. Promover a Actualização dos diplomas legais da Inspecção da Administração local do Estado

2. Elaborar o plano executivo de médio e longo prazo de Inspecção da administração do território

PIDAT- Portal de Indicadores e Dados da Administração do Território

1. Promover a criação de Sistemas de Gestão, Monitoria e Avaliação 2. Implementar sistemas de informação geográfica 3. Promover a criação de mecanismos de recolhe e consolidação de dados territoriais

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 142

SECTOR EMPRESARIAL PÚBLICO

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Transformar as empresas do Sector Empresarial Público em instrumentos efectivos para a estratégia de desenvolvimento e diversificação da economia

1. Aprovação do novo pacote legislativo do Sector Empresarial Público 2. Regularização e conclusão dos processos de privatização 3. Redimensionamento do sector por via da privatização, liquidação, extinção, fusão de

empresas públicas 4. Regularização (Saneamento) dos passivos (incluindo passivos contingentes) das

empresas públicas 5. Melhorar a governação corporativa e por consequência, o desempenho económico e

financeiro das empresas públicas, assim como o nível e qualidade dos respectivos processos de prestação de contas

6. Optimizar os mecanismos de subsidiação da economia e outros apoios financeiros prestados pelo Estado às Empresas do Sector Empresarial Público

7. Melhorar o Reforço Institucional e condições de instalação e de trabalho do Instituto para o Sector Empresarial Público

8. Regularização do mandato dos órgãos sociais das Empresas Públicas e da sua situação jurídica

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Melhoria do desempenho económico e financeiro das empresas do SEP

1. Aumento da produtividade 93 MKz1 10%-20% 20- 30% 30-50% 30-50% 30-50%

2. Aumento da rentabilidade dos capitais investidos

18%1 5-20% 5-20% 5-20% 5-20% 5-20%

3. Aumento da cobertura geográfica dos serviços e produtos (penetração/ acesso/disponibilidade)

N.D. 20% 20% 20% 20% 20%

4. Redução dos apoios financeiros prestados pelo Estado

290.550 MKz 5-10% 15-20% 25-30% 50% 50%

Melhoria do nível e qualidade do processo de prestação de contas, por parte das empresas do SEP:

5. Aumento do nível de prestação de contas

59%1 80% 100% 100% 100% 100%

6. Redução do nível de não conformidades dos documentos e processo de prestação de contas

82%1 50% 50%% 100% 100% 100%

Programas Medidas de Política

Reestruturação das Empresas Públicas Estratégicas

1. Concepção e implantação do Programa para empresas com desempenho deficiente mas que por razões estratégicas permanecerão como empresas públicas

2. Celebração de contratos-programa com os órgãos de gestão das empresas públicas 3. Dotação de recursos financeiros para suportar os custos inerentes ao programa, com

reforço de capital, regularização de passivos e capitalização e custos de consultorias 4. Concepção e implantação de programas de formação de capital humano 5. Realização de um Forum de Negócios do Sector Empresarial Público

Programa de Redimensionamento do Sector Empresarial Público

1. Concepção e implantação de um novo programa de privatizações 2. Liquidação de empresas públicas paralisadas que, por razões estratégicas, não mais

deverão permanecer no sector empresarial público 3. Fusão de empresas públicas para melhoria do desempenho e permanência no sector

empresarial público

1 Informação extraída do relatório de análise da prestação de contas das empresas do Sector Empresarial Público, referente ao exercício de 2011 (ISEP, 2012)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 143

Programas Medidas de Política

Reforço da Capacidade Institucional do ISEP

1. Reforço da estrutura orgânica e funcional do ISEP 2. Recrutamento e admissão de novos quadros 3. Aquisiçaõ e implantação de sistemas de gestão de informações, incluindo um sistema de

gestão de informações do SEP e um sistema de informações do processo de privatização 4. Aquisição de edifícios, meios de transporte e outros equipamentos 5. Desenvolvimento de metodologias e procedimentos relevantes para as acções de

acompanhamento e fiscalização das empresas do SEP 6. Desenvolvimento e implantação de políticas e normas para a boa governação do SEP 7. Concepção e implantação de um programa de formação para os recursos humanos do

SEP

SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Promover a produção e difusão, de forma continuada da informação estatística oficial, em conformidade com a Lei do Sistema Estatístico Nacional e dentro dos padrões internacionais

1. Consolidar a elaboração das Contas Nacionais Anuais, com a assistência técnica Internacional

2. Melhorar a oportunidade e consolidar e aumentar a produção estatística sobre as Estatísticas de Preços Indice de Preços no Consumidor, Indice de Preços no Consumidor Nacional, Indice de Preços no Consumidor Agregado e Indice de Preços Grossista

3. Melhorar a oportunidade na elaboração regular dos Boletins Trimestrais das ECE e do Anuário Estatístico a nível nacional

4. Realizar o Inquérito Anual Harmonizado às Empresas para disponibilizar os resultados às Contas Nacionais

5. Fornecer informação necessária através de um sistema “automatizado” que permita registar os dados sobre as estatísticas vitais e sociais

6. Criar um Sistema de Indicadores da Criança Angolana 7. Assegurar as Estatísticas do Trabalho e Salários 8. Publicar perfis Sócio- Demográficos 9. Assegurar a Conclusão do Edifício Sede do INE 10. Garantir a Implementação dos SPINE- Serviços Provinciais do INE e a construção dos

seus edifícios

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Nº Total de Publicações 56 58 63 62 61 60

2. Índice de Preços ao Consumidor (Luanda e Agregado_ a partir de 2013 e IPC Nacional a partir de 2014) *

12 12 12 12 12 12

3. Índice de Preços Grossista 12 12 12 12 12 12

4. Índice de Produção Industrial 4 4 4 4 4 4

5. Boletim do Índice de Preços no Consumidor (IPC)

12 12 12 12 12 12

6. Ficheiro de Unidade Empresarial-FUE 1 1 1 1 1 1

7. Folha de Informação Rápida Conjuntura Económica

4 4 4 4 4 4

8. Anuários Estatísticas Sociais, Vitais e Comércio Externo

3 3 3 3 3 3

9. Publicação sobre Projecção da População 1

10. Publicações sobre o Censo 0 1 4 2 2 2

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 144

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

11. Folhas de Informação Rápida Comércio Externo

4 4 4 4 4 4

12. Publicações de inquéritos 3 5 7 8 7 6

13. Nº de Inquéritos, designadamente Inquérito Integrado de Bem-Estar da População (IBEP), Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), Inquérito prioritário das Condições de Vida (QUIBB), Inquérito de Despesas e Receitas (IDR)

5 5 7 8 7 6

14. Nº de Serviços Provinciais do INE 17 17 17 17 17 17

15. Nº de Inquiridores 35 35 35 35 35 35

Programas Medidas de Política

RGPH 1. Assegurara realização do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) 2. Instalar e Consolidar o funcionamento do Gabinete Central do RGPH

Contas Nacionais

1. Elaborar e Publicação anual das Contas Nacionais de 2008 e 2009 e produzir a matriz Input-Output e o planeamento das Contas Trimestrais

2. Continuar a produção das Estatísticas do Ficheiro de Unidades Estatísticas (FUE) e continuação da revisão da CNBS e Conclusão da revisão da CAE Rev2

3. Continuar a realização do Inquérito de Conjuntura

Estatísticas Económicas e Financeiras

1. Garantir a Produção do Índice de Preços no Consumidor de Luanda e actualizar os seus ponderadores e iniciar a produção do Índice de Preços a nível Agregado “IPCA” Luanda mais 6 províncias

2. Garantir a Produção Mensal do Índice de Preços Grossista 3. Garantir a Elaboração da Folha de Informação Rápida (FIR) Trimestral e Anuário sobre as

Estatísticas do Comércio Externo 4. Garantir a Elaboração de boletins trimestrais do Índice de Produção Industrial 5. Garantir a Elaboração de boletins trimestrais e semestrais de Estatísticas de Conjuntura

Económica de Comércio, Transporte, Construção Civil e Indústria 6. Actualizar os ponderadores para o cálculo do Índice de Preços Nacional (IPN)

Estatísticas Demográficas e Sociais

1. Garantir a realização dos Inquéritos semestrais sobre o Emprego em Angola (IEA) 2. Implementar o Projecto sobre o Sistema de Indicadores da Criança Angolana

Estratégia Nacional de Desenvolvimento estatístico (ENDE)

1. Implementar o Projecto de Elaboração e Implementação da ENDE para definição do Diagnóstico do SEN

Sistema Integrado de Recursos Humanos (SIRH)

1. Elaborar o Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos 2. Garantir os Serviços Provinciais do INE (SPINE) que por força do decreto-lei nº9/08

deixaram de ser responsabilidades dos Governos Provinciais

Plano Estratégico do Sistema de Informação (PESI)

1. Melhorar o Portal do INE

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 145

SECTOR EMPRESARIAL NACIONAL

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Gabinete Técnico de Apoio às Parcerias Público Privadas

Desenvolver o potencial de implementação de Parcerias Público Privadas.

1. Aprovação do Regulamento da Lei 2/11, das PPPs 2. Aprovação do Regulamento do Fundo de Garantia das PPPs 3. Operacionalização das Unidades de PPPs nos sectores 4. Operacionalização da Comissão Ministerial de Avaliação das PPPs

(CMAPPP) 5. Definição dos Sectores Prioritários para a Operacionalização das PPPs 6. Desenvolvimento dos Modelos Tipo (Manuais) dos Sectores Prioritários 7. Programa de Desenvolvimento Institucional do Sector de PPPs em Angola

Instituto para o Sector Empresarial Público

Transformar as empresas do Sector Empresarial Público em instrumentos efectivos, eficazes e eficientes de execução da estratégia pública de crescimento e desenvolvimento socioeconómico do país.

1. Regularização e conclusão dos processos de privatização 2. Redimensionamento do Sector Empresarial Público, por via da liquidação,

extinção, privatização e fusão de empresas públicas 3. Regularização de passivos (incluindo passivos contingentes) referentes a

empresas públicas 4. Necessidade de se proceder o reforço da capacidade institucional do ISEP 5. Regularização dos órgãos sociais de empresas públicas 6. Regularização da situação jurídica de empresas do SEP 7. Melhorar o desempenho económico e financeiro das empresas do SEP 8. Melhorar o nível e a qualidade do processo de prestação de contas por

parte das empresas do SEP 9. Melhorar a Governação pública sobre o Sector Empresarial Público e, 10. Necessidade de se optimizar os apoios financeiros prestados pelo Estado,

na forma de subsídios operacionais e a preços

Sector Empresarial Privado

1. Diversificação da economia (reduzindo a excessiva dependência relativamente ao sector petrolífero);

2. Aumento do Emprego e do Auto-emprego, bem como da renda;

3. Aumento da Produção e do Consumo da Produção Nacional;

4. Aumento dos níveis de bancarização da economia nacional;

5. Melhoria do nível de bem-estar da população angolana;

6. Fomentar a criação e desenvolvimento das MPME’s nacionais;

7. Formação e capacitação de mã-de-obra nacional;

8. Melhoria dos níveis de formação profissional e de competências de gestão e acesso a novos mercados internacionais;

9. Modernização, qualificação e inovação do tecido empresarial do país receptor em zonas, possivelmente, menos desenvolvidas, contribuindo, neste caso, para a redução das assimetrias regionais;

10. Modernização, diversificação e aumento dos níveis de competitividade da economia nacional;

11. Geração de maiores e melhores oportunidades de trabalho e de negócios;

12. Formalização da Economia Nacional; 13. Combate à fome e à Pobreza; 14. Promoção da transformação de actividades

informais em actividades formais; 15. Contribuir para a melhoria da arrecadação

fiscal do Estado.

1. Elaborar a estratégia do Estado de diversificação da economia nacional (substituição selectiva de importações e diversificação de exportações)

2. Criar um grupo técnico multisectorial para monitorar a execução da estratégia do Estado de diversificação da economia nacional (substituição selectiva de importações e diversificação de exportações), coordenado pelo Ministério da Economia através do Instituto do Fomento Empresarial e integrado por todos os sectores intervenientes na referida estratégia

3. Operacionalização do “Angola Investe” em todas as suas vertentes de intervenção, nomeadamente

4. Facilitação de Acesso ao Crédito 5. Desburocratização e apoios fiscais e institucionais definidos pela

Lei N.º 30/11 de 13 de Setembro 6. Capacitação para as MPME 7. Incentivo à produção Nacional 8. Atribuição de financiamentos ao abrigo do Programa Angola

Investe, dependente da disponibilização rigorosa e em tempo da capitalização do Fundo de Garantia de Crédito (200 USD Milhões), da alocação de recursos para a bonificação de juros e da orçamentação dos custos com bens e serviços (USD 33,2 Milhões) do Programa Angola Investe

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 146

Objectivo Prioridades dos Objectivos Específicos

Instituto do Fomento Empresarial

1. Aumentar a participação das grandes empresas e grupos empresariais nacionais no crescimento do Produto Interno Bruto;

2. Aumentar a participação das grandes empresas e grupos empresariais nacionais na arrecadação de receitas fiscais para o OGE;

3. Aumentar a participação das grandes empresas e grupos empresariais nacionais na entrada de divisas para o País;

4. Aumentar a participação das grandes empresas e grupos empresariais nacionais na redução da taxa de desemprego;

5. Aumentar a quota de mercado das grandes empresas e de grupos empresariais nacionais nos segmentos de mercado nacionais e internacionais onde actuam;

6. Aumentar a rentabilidade dos capitais totais investidos pelas grandes empresas e grupos;

7. Aumentar o valor económico acrescentado criado pelas grandes empresas e grupos empresariasi nacionais.

Dotar o Instituto do Fomento Empresarial com capacidade institucional para disponibilizar para as grandes empresas e grupos empresariais nacionais serviços de inteligência competitiva empresarial, apoio na contratação pública, apoio na internacionalização (exportação de produtos e deslocalização de matrizes de produção), apoio na formação de clusters e networks empresariais, apoio na elaboração de estudos de viabilidade para projectos de grande dimensão, no angariamento do seu financiamento e no acompanhamento da sua execução, apoio na formação de executivos, no seu mentoring e coaching e apoio na melhoria das práticas de corporate governance, prestação de contas (contabilidade e fiscalidade) e na implementação de programas de responsabilidade social.

Financiamento à Economia Real

Melhorar a integração da economia nacional no mercado global.

1. Elaborar a estratégia do Estado de financiamento à economia real; 2. Criar um grupo técnico multisectorial para monitorar a execução da

estratégia do Estado de financiamento à economia real, coordenado pelo Ministério da Economia através do Instituto do Fomento Empresarial e integrado por todos os sectores intervenientes na referida estratégia;

Zona Económica Especial

1. Diversificação da economia através da produção de bens nacionais

2. Contribuição para redução das importações

3. Promoção das exportações 4. Criação de Postos de Trabalho 5. Valorização Profissional 6. Formação e capacitação de mão-de-obra

nacional 7. Fomento do Empresariado Angolano 8. Desenvolvimento Tecnológico da

Indústria Nacional 9. Integração das Cadeias Produtivas do País 10. Promoção da concorrência, disseminação

das melhores práticas de gestão e de produção

11. Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Nacional

1. Operacionalizar o “Angola Investe” em todas as suas vertentes de intervenção, nomeadamente:

Facilitação de Acesso ao Crédito Desburocratização e apoios fiscais e institucionais definidos

pela Lei N.º 30/11 de 13 de Setembro Capacitação para as MPME Incentivo à produção Nacional Aprovação do Programa de Deslocalização de Indústrias de

Portugal, Espanha e Itália para Angola

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 147

Indicadores dos Objectivos

Indicadores

Ano de Base

Metas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Gabinete Técnico de Apoio às Parcerias Público Privadas

1. Percentagem do Programa de Investimentos Públicos – PIP a realizar em PPP

- 2% 4% 6% 8% 10%

2. Percentagem das Despesas Correntes do OGE, destinadas a Serviços de Exploração, Operação e Manutenção (O&M) anualmente a realizar em PPP

- 0,5% 1% 1,5% 2% 2,5%

Instituto para o Sector Empresarial Público

Melhoria do desempenho económico e financeiro das empresas do SEP:

3. Aumento da produtividade 932 MKz 10%-20% 20%-30% 30-50% 30-50% 30-50%

4. Aumento da rentabilidade dos capitais investidos

181% 5%-20% 5%-20% 5%-20% 5%-20% 5%-20%

5. Aumento da cobertura geográfica dos serviços e produtos (penetração/ acesso/disponibilidade)

N.D 20% 20% 20% 20% 20%

6. Redução dos apoios financeiros prestados pelo Estado na forma de subsídios operacionais e a preços

290.5501 MKz

5%-10% 15%-20% 25%-30% 50% 50%

Melhoria do nível e qualidade do processo de prestação de contas, por parte das empresas do SEP:

7. Aumento do nível de prestação de contas

591% 80% 100% 100% 100% 100%

8. Redução do nível de inconformidades dos documentos e processo de prestação de contas

821% 50% 50%% 100% 100% 100%

Sector Empresarial Privado

9. Apoio à criação e formalização de empresas

1.286 2.571 2.572 2.571 0 0

10. Contribuição do Programa Angola Investe para o PIB (USD)

129 Milhões

386 Milhões

643 Milhões

900 Milhões

900 Milhões

900 Milhões

11. Redução da taxa de desemprego -0,50% -1,50% -2,40% -3,40% -3,40% -3,40%

12. Criação de novos postos de trabalho, no âmbito do Programa Angola Investe

43.000 86.000 85.000 86.000 0 0

13. Atingir o máximo de beneficiários com a concessão de microcréditos no âmbito do Programa de Apoio ao Pequeno Negócio

71.000 143.000 143.000 143.000 0 0

14. Criação de novos empregos no âmbito do Programa de Apoio ao Pequeno Negócio

14.000 29.000 28.000 29.000 0 0

2 Informação extraída do relatório de análise da prestação de contas das empresas do Sector Empresarial Público, referente ao exercício de 2011 (ISEP, 2012)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 148

Programas Medidas de Política

Gabinete Técnico de Apoio às Parcerias Público Privadas

Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs)

1. Plano Estratégico e Regulamento da Lei a. Elaborar e aprovar o Programa Estratégico Nacional das PPPs para os

Sectores Prioritários; b. Aprovar o Regulamento da Lei 02/11, das PPP; c. Elaborar e aprovar o Plano Geral das Parcerias Público-Privadas (PGPPP); d. Elaborar e aprovar o Manual de Procedimentos Gerais das PPP (inclui

identificação de projectos, documentação e avaliação). 2. Fundo de Garantia e Acordos Internacionais

a. Aprovar o Regulamento do Fundo de Garantia das PPP; b. Negociar os acordos com os organismos internacionais (MIGA, IFC, etc.), que

definam enquadramento destes instrumentos e condições de mitigação de riscos.

3. Organização interna do GTAPPP a. Aprovar o Modelo Organizativo definitivo do GTAPPP; b. Implementar o Modelo Organizativo do GTAPPP e o respectivo recrutamento

de recursos humanos para o GTAPPP. 4. Promoção interna e externa das PPPs

a. Implementar um Plano de Comunicação Interno, do Plano Estratégico, ao Executivo Angolano (incluindo workshops e formações para todos os Ministérios e Sectores);

b. Criar um Programa de Promoção de Angola e do seu novo enquadramento institucional para PPP junto de potenciais parceiros.

5. Actividades Sectoriais a. Elaborar os planos estratégicos sectoriais detalhados; b. Definir e aprovar os Manuais de PPP Sectoriais; c. Lançar esforço de capacitação das entidades reguladoras dos sectores para a

supervisão de potenciais parcerias; d. Identificar parceiros prioritários por sector e projectos susceptíveis de ser

realizados em forma de PPP, analisando o pipeline de projectos existentes; e. Definir e desenvolver plano de promoção/comunicação para atrair aos

parceiros privados específicos para cada sector. 6. Elaboração do Programa Geral das Parcerias Publico Privadas (PGPPP)

a. É necessário considerar dois (2) cenários, respectivamente: Cenário A - Propostas de PPP referentes a Projectos sem requisitos de investimento enquadráveis no Decreto Presidencial 31/10, que regulamenta o PIP. Neste caso, as propostas de PPP poderão seguir o processo previsto na Lei 2/11 - Lei das PPP, observando as seguintes etapas: i. Elaboração e apresentação de proposta de parceria (pode ser iniciativa da

Entidade de Tutela, do parceiro privado, por Manifestação de Interesse, ou iniciativa conjunta);

ii. Realização de estudos e avaliações no âmbito da entidade de Tutela: Avaliação preliminar; Análise da elegibilidade; Parecer de elegibilidade; e Pedido de inclusão do projecto de PPP no PGPPP;

iii. Actividades no âmbito do CMAPPP: Inclusão no Plano Geral das PPP num prazo máximo de 30 dias; e Avaliação detalhada dos projectos de PPP (Interesse público (Value for Money), Cálculo do Comparador Público, Modelo a adoptar para a parceria, e Custos e modelização de riscos a mitigar);

iv. Actividades no âmbito do Tribunal de Contas e do Poder Executivo (Aprovação segundo a Lei 2/11).

Cenário B - Propostas de PPP referentes a Projectos com requisitos de investimento enquadráveis no Decreto Presidencial 31/10, que regulamenta o PIP. Neste caso, as propostas de PPP deverão obter, previamente, o enquadramento para inclusão na carteira do PIP, e, de seguida, seguir o processo previsto na Lei 2/11, das PPP, observando as seguintes etapas:

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 149

Programas Medidas de Política

Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs)

a. Elaboração e apresentação de proposta de parceria (pode ser iniciativa da Entidade de Tutela, do parceiro privado, por Manifestação de Interesse, ou iniciativa conjunta);

b. Realização de estudos e avaliações no âmbito da entidade de Tutela: Avaliação preliminar; Análise da elegibilidade da proposta para inclusão na carteira do PIP, conforme critérios do Decreto Presidencial 31/10; Parecer de elegibilidade para a carteira do PIP e para o PGPPP; e Pedido de inclusão do projecto na carteira do PIP, e de PPP no PGPPP.

c. Actividades no âmbito do CMAPPP: Inclusão no Plano Geral das PPP num prazo máximo de 30 dias; e Avaliação detalhada dos de PPP, unicamente nos aspectos não avaliados no processo de inclusão no PIP: Sistemática de remuneração do parceiro privado; Modelo a adoptar para a parceria; e Custos e modelização de riscos a mitigar.

d. Actividades no âmbito do Tribunal de Contas e do Poder Executivo (Aprovação segundo a Lei 2/11).

7. Acompanhamento dos Processos Extraordinários a. Análise e acompanhamento da Proposta de Projecto Hidrotérmico PGEH; b. Outros que se venham a identificar.

8. Relatório de Desempenho dos Contratos de PPPs (RDCPPP) a. De acordo com a Lei 2/11 (Artigo 16º, Ponto 5. O Executivo remeterá a

Assembleia Nacional e ao Tribunal de Contas, com periodicidade anual, relatórios de desempenho dos contratos de parceria público-privada que, ressalvadas as informações classificadas como sigilosas, serão disponibilizados ao público, por meio de rede pública de transmissão de dados.

Instituto para o Sector Empresarial Público

Programa de Reestruturação das Empresas Públicas Estratégicas

1. Concepção e implementação de programas de reestruturação de empresas, com desempenho deficiente, mas que, por razões estratégicas, deverão permanecer na esfera do sector empresarial público;

2. Celebração de contratos-programa com os órgãos de gestão das empresas públicas; 3. Disponibilização de recursos financeiros para suportar os custos inerentes ao

programa de reestruturação em referência, nomeadamente: (i) Reforço de capital, (ii) Regularização de passivos, incluindo passivos contingentes, (iii) Custos de consultoria; (iv) Capitalização (para financiamento do plano de investimentos)

4. Concepção e implementação de um programa de formação para efeitos de desenvolvimento do capital humano do SEP

5. Realização de um Fórum de Negócios do Sector Empresarial Público (SEP) para exploração de sinergias entre as diferentes instituições que integram o sector, com vista a melhorar o seu desempenho.

Programa de Redimensionamento do SEP

1. Concepção e implementação de um novo programa de privatizações; 2. Liquidação e extinção de empresas públicas paralisadas que, razões de ordem

estratégica, não mais deverão integrar o Sector Empresarial Público; 3. Fusão de empresas do SEP que, nesta condição, se revelarem melhor adequadas para

realização das metas e objectivos estabelecidos de política sectorial e de eficiência económica e financeira.

Programa de Reforço da Capacidade Institucional do ISEP

1- Reformulação da estrutura orgânica e funcional do ISEP; 2- Recrutamento e admissão de novos quadros; 3- Aquisição e implementação de sistemas de gestão de informação indispensáveis ao

bom funcionamento da instituição, nomeadamente: (i) Sistema Integrado de Gestão de Informação do SEP (ii) Sistema de Gestão de Informação dos Processos de Privatização

4- Aquisição de Edifício, Meios de Transporte e outros equipamentos e Meios relevantes; 5- Desenvolvimento de metodologias e procedimentos de trabalho relevantes para a boa

realização das acções de fiscalização, acompanhamento e fiscalização das empresas do SEP;

6- Desenvolvimento e implementação de políticas e normas relevantes para a boa governação do SEP e

7- Concepção e implementação de um programa de formação para o desenvolvimento dos recursos humanos do ISEP.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 150

Programas Medidas de Política

Sector Empresarial Privado

Programa “Angola Investe”

1 – Facilitação do acesso ao crédito 2 – Desenvolvimento de Programas de Capacitação 3 – Desburocratização e facilitação do acesso aos incentivos e benefícios fiscais e institucionais 4 – Promoção do incentivo ao consumo e à produção nacional

Programa “Meu Negócio, Minha Vida”

1 – Implantar os BUE’s em cada um dos cerca de 161 municípios do País 2 – Operacionalizar e consolidar os BUE’s 3 – Implementar os mecanismos financeiros definidos para apoio aos Micro negócios 4 – Promover a formação técnico-profissional dos micro empreendedores 5 - Renovar e reforçar os meios ao dispor do programa, em particular para jovens, mulheres e ex-combatentes

Programa de “Diversificação da Economia Nacional”

1 – Promover o entrosamento de todas as acções sectoriais no domínio da diversificação da economia e do financiamento do Estado à economia real 2 – Criar e acompanhar o funcionamento de Sociedades de Desenvolvimento Regional como estruturas executivas dos processos de implantação do mega-cluster alimentação e agro-indústria, do mega-cluster habitação e do mega-cluster dos transportes e logística 3 – Criar um observatório da diversificação da economia, para acompanhar os resultados da substituição selectiva de importações nas indústrias alimentar, têxtil, vestuário, calçado e de materiais de construção civil e para acompanhar os resultados da diversificação das exportações

Programa “ Grandes Empresas Nacionais, Crescimento robusto e sustentado”

1- Disponibilizar um serviço de inteligência competitiva empresarial para de fornecer às empresas estudos e análise de mercado e diversas ferramentas de Business Intelligence 2- Criar uma certificação de empresas em procedimentos de contratação pública 3- Criar um serviço nacional de apoio ao processo de internacionalização de empresas e produtos nacionais (exportação de produtos e deslocalização de matrizes de produção) 4- Criar um serviço de apoio à elaboração de estudos de viabilidade para projectos de grande dimensão, angariamento do seu financiamento e acompanhamento da sua execução 5- Criar serviços de apoio à formação de executivos, seu mentoring e coaching 6- Criar serviços de apoio na melhoria das práticas de corporate governance, prestação de contas (contabilidade e fiscalidade) e na implementação de programas de responsabilidade social 7- Elaborar o ‘‘Código de Boa Governação das Sociedades Comerciais Angolanas, com uma abrangência global, contemplando a totalidade dos elementos mais relevantes em matérias de corporate governance contextualizados para as diferentes sociedades comerciais de direito Angolano

Programa de Deslocalização Industrial

1 – Desenho do Programa de Deslocalização Industrial com recurso à um trabalho consertado entre o Ministério e outros departamentos ministeriais e instituições públicas como a ANIP e o SME 2 – Proposta de aprovação do Programa ao nível do Conselho de Ministros 3 – Proposta de Despacho conjunto dos Ministros da Economia, do Interior e das Relações Exteriores para a criação de uma via expressa de emissão de vistos de permanência aos investidores e vistos de trabalho para a força de trabalho qualificada com contrato vinculativo ao investimento 4 - Aprovação do pacote de documentos da ANIP já elaborados, designadamente: Regulamento da Lei do Investimento Privado; Proposta de Redução dos Emolumentos para os grandes investimentos; Acomodação Orçamental para a criação do Portal da ANIP de Divulgação de Parcerias 5 - Acomodação orçamental para o Ministério da Justiça para Implementação dos GUE em cada Município, onde existam PDI ou Perímetros Agro-Industriais 6 – Identificação e loteamento de terrenos nos novos Pólos identificados (Dondo, Soyo, Caala, Kunje, Saurimo) e comercialização para fins industriais mesmo sem infra-estruturas, com cláusula de recuperação por não utilização; Infra-estruturar terrenos nos novos Pólos 7 - Criação de um Program Management Office (PMO) para gestão do Programa no Ministério da Economia, com a participação do MINEC, ANIP, MGMI, MAPESS e do SME 8 - Promoção da divulgação do Programa junto dos países visados

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 151

Programas Medidas de Política

Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI)

1 – Revisão/actualização da legislação para disciplinar o registo e o exercício das actividades dos micro empreendedores individuais 2 – Revisão/actualização da legislação laboral para disciplinar os registos dos trabalhadores informais, a garantir-lhes os benefícios da segurança social 3 – Finalização da estruturação de modelo simplificado e desburocratizado de formalização de microempresas 4 – Revisão/Actualização dos Regulamentos que disciplinam o exercício dos integrantes do sector informal, a definir as regras básicas do seu funcionamento 5 – Elaboração da Cartilha do Profissional do Sector Informal a conter os seus direitos e obrigações 6 – Desenvolvimento de um sistema de identificação e cadastro dos agentes do mercado informal 7 – Criação de grupos solidários para fomentar o cooperativismo 8 – Desenvolvimento das linhas de micro crédito já existentes e abertura de novas linhas para os cooperativistas, numa base consistente e uniforme 9 - Apoio na modernização, oficialização e ampliação da actividade, através de um programa de disponibilização de kits de instrumentos de trabalho, pequenas instalações de trabalho 10 - Criar feiras temporárias e permanentes para sedentarização de alguns ambulantes

Instituto Nacional de Apoio às Micro Pequenas e Médias Empresas (INAPEM)

1-Capacitação a nível da infra-estrutura física e tecnológica do INAPEM 2-Aumento do quadro de recursos humanos e capacitação do mesmo 3-Garantir a existência de uma rede de Delegações Provinciais que permitam

disponibilizar a oferta de serviços do INAPEM em todo o território nacional 4-Garantir a gestão e melhoria do processo de certificação empresarial 5-Promover a oferta adequada de formação no âmbito da educação empresarial e

empreendedorismo 6-Desenvolver a sua rede de prestação de serviços de consultoria para a promoção

empresarial 7-Criação de uma rede de Centros de Incubação de empresas, por si tutelada 8-Desenvolver uma agenda de fomento do empreendedorismo, nomeadamente com

Concursos para Empreendedores e Seminários dedicados a esta temática 9-Desenvolvimento do "Observatório INAPEM" como um centro de informação de

referência sobre Micro, Pequenas e Médias empresas Angolanas 10-Definir o regime de incentivos e de apoios à formação de empreendedores 11-Criar bolsas nacionais e provinciais de ideias e oportunidades de negócio 12-Promover a constituição da rede angolana de instituições de formação e capacitação de empreendedores e empresários 13-Elaborar um “Programa de Formação e Capacitação de Empresários” que defina os objectivos, a metodologia geral das acções, os tipos de formação, as modalidades e os conteúdos obrigatórios de formação, entidades formadoras, de certificação e avaliação, bem como os custos, financiamento e condições de acesso 14-Promover a criação, em regime de parceria pública-privada, de uma entidade específica para apoiar o empreendedorismo e coordenar a formação e capacitação de empreendedores e empresários (“Academia do Empreendedor e Empresário Angolano”, ou instituição similar); 15-Apoiar o Associativismo Empresarial em todo o território nacional; 16-Apoiar a criação de uma capacidade técnica nacional de prestação de serviços às empresas, nas áreas da Gestão Financeira, Fiscalidade e Contabilidade; 17-Incentivar a investigação aplicada em “Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial”.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 152

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 153

8. POLÍTICAS E PRIORIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

8.1. A Visão no Âmbito do “Angola 2025” e Sua Concretização no PND 2013-2017

129. A promoção do desenvolvimento equilibrado do território é uma das grandes aspirações dos

Angolanos, que o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 visa materializar,

promovendo-a à categoria de política nacional fundamental. Pretende-se, assim, criar um

território mais equilibrado, dinâmico e competitivo, que seja um factor de integração do

mercado nacional, valorizando o potencial de cada área, para o reforço da economia e o

desenvolvimento nacional.

A reflexão estratégica sobre a organização do território de Angola conduziu a uma visão para

2025 que estrutura o País em pólos de desenvolvimento, eixos de desenvolvimento e pólos

de equilíbrio, que se encontra detalhada na Política Nacional de Promoção do

Desenvolvimento Equilibrado do Território (SubCapt.6.10)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 154

FIGURA 8.1. ANGOLA 2025 - ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL -

ANGOLA 2025 ESTRATÉGIA DE

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Visão prospectiva / Espaços de intervenção

Conurbações a promover

Corredores de desenvolvimento:

A revitalizar e consolidar A estruturar e reforçar A promover e integrar

Pólos de desenvolvimento Pólos de equilíbrio Pólos de equilíbrio a estudar Relações preferenciais a estruturar

Plataformas de internacionalização

Região Metropolitana Luanda

Espaços periféricos

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 155

A concretização das prioridades para o desenvolvimento territorial ocorre através de

intervenções dinamizadas pelo Estado, complementares e sinérgicas com o sector privado.

Tais iniciativas consubstanciam-se em projectos estruturantes que procuram alavancar os

clusters e as cadeias produtivas, contribuindo para elevar a produtividade nacional, expandir

o emprego e o rendimento nacional, criando condições para que a população se possa fixar ao

longo do território.

8.2. Opções Estratégicas dos Projectos Estruturantes Provinciais

130. Encontram-se identificados 390 projectos estruturantes, alguns dos quais já estão em curso,

outros novos que integram o Programa de Investimentos Públicos e outros ainda que

correspondem a desígnios para os anos seguintes, de iniciativa pública, privada ou em

parceria. Estas intervenções espelham a distribuição das prioridades do Plano Nacional de

Desenvolvimento no território, possuindo um âmbito geográfico nacional ou provincial, e

apresentam-se organizadas pelos clusters prioritários, outros clusters e outras actividades.

Trata-se de uma lista dinâmica, a ser actualizada e monitorizada ao longo do tempo, à medida

que vão sendo criados os pressupostos básicos necessários ao desenvolvimento, que

permitem a localização das actividades e a fixação da população.

Sobre a distribuição dos projectos estruturantes no território, saliente-se que cerca de

metade dos investimentos previstos se dividem entre projectos de âmbito nacional e outros

tantos desenvolvidos na província de Luanda. No entanto, a distribuição dos investimentos

pelo resto do território, quer em número quer em valor, também é uma realidade: Zaire,

Kwanza Sul e Benguela absorvem, cada uma, entre 7 a 10% do montante total dos

investimentos em projectos estruturantes e, num patamar ligeiramente inferior, cada uma

das províncias do Kwanza Norte, Malange e Huambo são destinos anunciados de cerca de 3%

daquele orçamento.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 156

QUADRO 8.1. SÍNTESE DOS PROJECTOS ESTRUTURANTES PRIORITÁRIOS NO TERRITÓRIO

Nº % Montante %

Bengo 8 2,07% 109.666 1,81%

Benguela 14 3,62% 428.963 7,07%

Bié 8 2,07% 38.469 0,63%

Cabinda 5 1,29% 44.448 0,73%

Cunene 9 2,33% 111.966 1,85%

Huambo 10 2,58% 145.488 2,40%

Huíla 21 5,43% 108.399 1,79%

Kuando Kubango 6 1,55% 54.603 0,90%

Kwanza Norte 9 2,33% 218.718 3,61%

Kwanza Sul 13 3,36% 466.330 7,69%

Lunda Norte 8 2,07% 73.646 1,21%

Lunda Sul 3 0,78% 15.195 0,25%

Luanda 126 32,30% 1.579.663 26,05%

Malange 19 4,91% 186.219 3,07%

Moxico 10 2,58% 118.387 1,95%

Namibe 6 1,55% 45.196 0,75%

Uíge 8 2,07% 66.793 1,10%

Zaire 20 5,17% 611.901 10,09%

Nacionais 85 21,45% 1.629.829 26,87%

Provinciais 2 0,52% 9.690 0,16%

Total 390 100,00% 6.063.570 100,00%

Investimento (106 Kz)Âmbito Geográfico

Projectos

Mais de um quinto destes projectos, equivalentes a um quarto do montante total do

investimento estimado, possui âmbito nacional, correspondendo à materialização de funções

centrais do Estado ou a intervenções com impacto em mais do que uma província. Mais de

80% do valor dos projectos de âmbito nacional correspondem a investimentos a realizar nos

clusters prioritários, designadamente no cluster Transportes e Logística e no cluster Energia

e Água. Os restantes 20% distribuem-se pelos outros clusters (nomeadamente no

equipamento do país com infraestruturas de Telecomunicações e Tecnologias de Informação)

e pelas outras actividades, em particular Administração Pública.

131. A nível provincial, os projectos estruturantes constituem uma evidência das políticas

nacionais no território, mas resultam também das opções estratégicas definidas para o

respectivo território, no âmbito da estratégia de desenvolvimento de longo prazo, e que

assentam os planos de desenvolvimento provinciais.

Nos quadros seguintes, ilustram-se, para cada província, as opções estratégicas, os projectos

estruturantes mais relevantes já identificados e a distribuição destes por cluster (destacando-

se os prioritários, os outros clusters e as outras actividades).

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 157

As províncias são apresentadas seguindo uma sequência regional, começando por Luanda e

Bengo, onde se estrutura uma Região Metropolitana dinâmica, principal espaço de inserção

nas dinâmicas mundiais.

Seguem-se as cinco províncias mais a Norte (Cabinda, Zaire, Uíge, Kwanza Norte e Malange),

onde os grandes desafios são, por um lado, afirmar-se como importantes pólos comerciais,

industriais e petrolíferos (Cabinda e Zaire) e, por outro lado, passar de uma agricultura

camponesa de subsistência para uma agricultura de mercado, desenvolvendo uma forte

integração das suas economias com a aglomeração capital (Uíge e Malange).

Sucedem-se as oito províncias a Sul: Kwanza-Sul, Benguela, Huambo, Huíla, Bié (onde

existem condições para o arranque de um processo de desenvolvimento extrovertido

(produzindo para os mercados extra-provinciais), valorizador do forte potencial de

desenvolvimento urbano, das condições para desenvolvimento de uma agricultura

empresarial e para o desenvolvimento industrial) e Namibe, Cunene e Kuando-Kubango

(áreas de baixa densidade populacional, agro-pastoris e com relações transfronteiriças a

explorar e grandes potencialidades turísticas).

FIGURA 8.2. PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO E EIXOS DE MOBILIDADE

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 158

Conclui-se com as províncias do Leste onde a prioridade reside na criação de pré-condições

de arranque, nomeadamente: promover a agricultura de mercado e a formalização das

economias rurais; abrir o território e estruturar o povoamento rural; ganhar dimensão

económica urbana, com base em funções administrativas, serviços avançados, turismo e

actividades industriais e funções logísticas. Nessas províncias, também se pretende

desenvolver as vantagens comparativas do território, alargando a cadeia de valor de

determinadas explorações e dando-lhes maior sustentabilidade.

QUADRO 8.2. OPÇÕES ESTRATÉGICAS E PROJECTOS ESTRUTURANTES POR PROVÍNCIA

Luanda

Opções estratégicas A província de Luanda será:

A primeira área de inserção internacional da economia angolana;

Sede do poder central, implicando forte presença de instituições internacionais;

Um pólo do conhecimento, da investigação e dos serviços;

Um grande pólo de desenvolvimento industrial Luanda/Bengo;

Um grande pólo turístico implicando qualidade dos espaços, dos serviços e do ambiente sócio-cultural;

Um cidade dualista mas solidária, implicando reabilitação, estruturação e qualificação das áreas urbanas degradadas;

O core de um sistema urbano alargado, articulando as províncias do noroeste do país.

Projectos estruturantes Estão identificados 126 projectos estruturantes na província de Luanda, que correspondem a um terço do universo de projectos desta natureza e a 26% do total de investimento estimado para o mesmo. 81 destes projectos pertencem a clusters prioritários - nomeadamente Energia e Água, Habitação e Transportes e Logística -, absorvendo mais de três quartos do investimento estimado para a província em projectos estruturantes. Incluem-se neste grupo: a criação de unidades habitacionais, nomeadamente a construção de cerca de 87.000 unidades habitacionais sociais, evolutivas ou económicas; a criação de infraestruturas de abastecimento de água, distribuição de electricidade, saneamento ou tratamento de águas residuais; a construção de vias de acessibilidade ou de infra-estruturas pesadas de transportes, como os novos aeroporto e Porto de Luanda. Os restantes projectos estruturantes dividem-se entre os outros clusters - com destaque para o Turismo e Lazer, onde existem vários investimentos previstos para a Ilha de Luanda e para a área do Futungo de Belas –, e as outras actividades – onde estão previstos investimentos significativos nas áreas da Administração Pública, Educação e Cultura e Empreendedorismo e Desenvolvimento, respectivamente em projectos ligados à capacitação para a descentralização, à governação electrónica, à construção de infraestruturas educativas ou, ainda, em infraestruturas de apoio à ZEE de Luanda.

LUANDA% Investimento por clusters e outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

3. Habitat

4. Transportes e Logística

5-9. Outros clusters

10-15. Outras actividades

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 159

Bengo

Opções estratégicas

A província do Bengo deverá:

Integrar-se no conceito de Região Metropolitana de Luanda;

Desenvolver pólos urbanos-industriais de desconcentração: Caxito, Catete, Ambriz;

Desenvolver uma cintura de actividades agrícolas e pecuárias quer de abastecimento do mercado interno (horto-frutícolas) quer para exportação (café, algodão, girassol, soja, óleo de palma);

Desenvolver espaços privilegiados para turismo de sol e praia, de turismo de natureza (por exemplo, Parque Nacional da Quiçama, Coutada de Ambriz) e religiosos (N. Senhora da Muxima);

Construir infraestruturas de internacionalização, no quadro da Grande Região Luanda-Bengo.

Projectos estruturantes

Estão identificados oito projectos estruturantes na província do Bengo, que perfazem cerca de 2% dos projectos estruturantes e do total de investimento estimado para os mesmos.

Quase todos os projectos estruturantes (sete) pertencem a clusters prioritários, destacando-se a Alimentação e Agro-indústria, e os Transportes e Logística. No último cluster, três projectos de reabilitação de estradas concentram metade do orçamento de projectos estruturantes para a província. O cluster Alimentação e Agro-indústria compreende quatro intervenções, das quais se destacam os projectos de desenvolvimento integrado da Quiminha e de Caxicane, o primeiro dos quais tendo associado um aproveitamento hidroagrícola.

Nos outros clusters, está igualmente identificado um investimento estruturante privado ligado à indústria siderúrgica.

BENGO% Investimento por clusters e outras actividades

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 160

Cabinda

Opções estratégicas

A província de Cabinda orientar-se-á para:

Uma especialização produtiva em torno do petróleo e actividades complementares, do Pólo de Desenvolvimento Industrial de Cabinda (Fútila/Malembo), envolvendo indústrias de derivados de petróleo e gás e da madeira de alto valor acrescentado, da recuperação da fileira da madeira;

Assumir a função de entreposto para a zona do Baixo Congo (novo porto);

Reforçar a integração e complementaridade com o resto do País;

Explorar os nichos de agricultura mercantil competitiva.

Projectos estruturantes

O investimento nos cinco projectos estruturantes identificados na província de Cabinda está estimado em cerca de 44.500 milhões de Kwanzas, correspondendo a menos de 1% do investimento total neste tipo de projectos. São três os projectos que se inserem nos clusters prioritários, absorvendo dois terços do investimento na província. Trata-se de projectos de electrificação, de reabilitação de estradas, bem como relacionados com o Porto de Cabinda.

Merecem ainda referência dois outros projectos, pertencentes a outros clusters e a outras actividades, respectivamente a construção do pólo de desenvolvimento industrial do Fútila e a construção do Campus Universitário de Cabinda.

CABINDA% Investimento por clusters e outras actividades

1. Energia e Água

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

15. Educação e Cultura

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 161

Zaire

Opções estratégicas

A província do Zaire caminhará no sentido de:

Reforçar a articulação com Luanda;

Adoptar uma atitude voluntarista de desenvolvimento de um pólo urbano de dimensão funcional significativa;

Desenvolver uma especialização produtiva em torno do Petróleo, gás e actividades complementares, da recuperação das pequenas indústrias da fileira da madeira, de envolver as companhias petrolíferas no apoio a uma rede de micro-empresas de exploração dos recursos de pequena escala (por exemplo, transformação alimentar, madeiras), nomeadamente no âmbito do Pólo de Desenvolvimento Industrial do Soyo, integrando indústrias baseadas no petróleo e gás (fertilizantes, plásticos, fibras sintéticas) e intensivas em energia (refinação da alumina e cadeia do alumínio);

Explorar as relações comerciais transfronteiriças;

Diversificar a agricultura de subsistência e promover nichos de agricultura mercantil.

Projectos estruturantes

A província do Zaire conta com 20 projectos estruturantes identificados, totalizando um investimento estimado de 611.901 milhões de Kz, equivalente a 10% do universo total. De entre estes, 14 projectos inserem-se nos clusters prioritários que respondem por cerca de 30% do montante total previsto para a província, com destaque para Transportes e Logística - e para intervenções de reabilitação e construção de estradas e auto-estradas, aeroportos, e Porto Seco do Soyo -, para Alimentação e Agro-indústria – em que estão previstos três projectos de desenvolvimento agro-industrial, com financiamento privado – e ainda a Energia e Água – em que está prevista a reabilitação de redes eléctricas de Mbanza Congo.

Nos outros clusters, o grande projecto estruturante de referência é a fábrica de Gás Natural (LNG), entre outros projectos ligados à exploração de petróleo e de gás natural, bem como dois projectos de natureza privada incluídos no cluster Geologia, Minas e Indústria.

Nas outras actividades destaca-se a construção e o apetrechamento do novo Hospital Provincial do Zaire, cujo funcionamento melhorará as condições de vida da população.

ZAIRE% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria*

6. Petróleo e Gás Natural**

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 162

Uíge

Opções estratégicas

A província do Uíge deverá:

Reforçar substancialmente a sua articulação com Luanda;

Orientar a sua especialização produtiva de forma a passar de uma agricultura camponesa de subsistência a uma agricultura produzindo para o mercado, recuperar a industrialização dos produtos agrícolas, reabilitar a produção do café e a desenvolver a exploração florestal;

Desenvolver funções administrativas aliadas a uma base industrial significativa.

Projectos estruturantes

Os oito projectos estruturantes identificados no Uíge representam cerca de 1% do investimento total, do qual 95% se refere a 5 projectos em clusters prioritários. O cluster Transportes e Logística compreende 3 projectos estruturantes, dois dos quais relativos a importantes obras de reabilitação de estradas e do aeroporto. Estão também previstos dois investimentos estruturantes no cluster Alimentação e Agro-indústria, relativos a projectos privados de desenvolvimento agrícola e agro-industrial.

Nos outros clusters destaca-se um investimento de iniciativa privada, no projecto de cobre em Tetelo e Mavoio, inserido no cluster Geologia, Minas e Indústria.

Nas outras actividades, merece referência a construção e o apetrechamento de um Centro de Investigação Científica do ISCED, bem como a reabilitação do hospital provincial, respectivamente nos clusters Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Saúde e Bem-Estar Social.

UIGE% Investimento por clusters e outras actividades

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

13. Desenvolvimento Científico e Tecnológico

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 163

Kwanza Norte

Opções estratégicas

A província do Kwanza Norte orientar-se-á para:

Em matéria de especialização produtiva: desenvolver uma agricultura empresarial competitiva; organizar um forte sector agro-industrial sobre o corredor ferroviário de Malange e do Dondo; explorar as potencialidades florestais e afirmar-se como um grande centro produtor de energia eléctrica e favorecer a instalação de indústrias intensivas em energia;

Valorizar a posição do eixo Dondo/Ndalatando/Lucala nas ligações norte-sul e este-oeste do País.

Projectos estruturantes

Os nove projectos estruturantes localizados na província do Kwanza Norte totalizam 218,718 milhões de Kz, totalizando 3,61% do investimento total.

Seis projectos correspondentes a quase 80% do investimento referem-se a intervenções em cluster prioritários, com destaque para o cluster Energia e Água e, em especial, a construção da segunda central hidroeléctrica de Cambambe, empreendimento que gerará energia eléctrica para fornecer o Norte e o Centro de Angola. Salientem-se ainda, trabalhos de reabilitação de uma estrada, bem como três projectos no âmbito do cluster Alimentação e Agro-indústria, incluindo o plano de desenvolvimento da Camabatela e a construção do seu matadouro industrial.

Estão ainda previstos três investimentos em outros clusters, designadamente Geologia, Minas e Indústria, destacando-se a reabilitação e modernização de uma fábrica de tecidos no Dondo, a construção do pólo de desenvolvimento industrial de Lucala e o projecto de iniciativa privada minero-siderúrgico de ferro e manganês de Kassala Kitungo, em Cambabe.

KWANZA NORTE% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 164

Malange

Opções estratégicas

A província de Malange procurará:

Assumir-se como um carrefour logístico e potenciar o desenvolvimento urbano (serviços avançados de ensino e saúde);

Em matéria de especialização produtiva: recuperar a fileira de algodão e indústrias alimentares (arroz e óleo); desenvolver um nicho de agricultura empresarial; valorizar os recursos mineiros; estudar a viabilidade de actividades, designadamente intensivas em energia, que valorizem o potencial hidro-eléctrico;

Explorar nichos específicos de actividades turísticas.

Projectos estruturantes

São em número de 19 os projectos estruturantes já identificados na província de Malange, com um investimento estimado de 186.219 milhões de Kz, cerca de 3% do total.

A quase totalidade dos projectos estruturantes insere-se em clusters prioritários, mais de dois terços no cluster Transportes e Logística e quase um terço no cluster Alimentação e Agro-indústria. O primeiro cluster compreende, para além das obras de reabilitação de estradas, a construção da plataforma logística do Lombe, iniciativa potenciadora de outros investimentos. Confirmando a outra vocação da província, 10 dos PEP identificados em Malange correspondem a projectos de desenvolvimento de toda a cadeia de valor agro-industrial, sete dos quais de iniciativa privada, incluindo produção de sementes, desenvolvimento agrícola, produção de suinicultura, fábrica de processado de carne, infraestruturas de sequeiro ou mesmo a construção de uma escola superior agro-alimentar em Malange.

Nas outras actividades, saliente-se a construção de uma unidade de descaroçamento e fiação de algodão, uma iniciativa público-privada, prevista para o Cacuso.

MALANGE% Investimento por clusters e outras actividades

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 165

Kwanza Sul

Opções estratégicas

A província do Kwanza Sul deverá:

Reforçar o potencial das cidades situadas no eixo litoral (Sumbe e Porto Amboim) e no Luanda-Huambo (Waku-Kungo);

Explorar a posição nos corredores rodoviários Luanda-Dondo-Huambo e Luanda-Sumbe-Benguela;

Em matéria de especialização produtiva: fazer uma aposta forte no sector industrial (pólo industrial de Porto Amboim e polo agro-industrial da Cela); desenvolver a fileira industrial do milho e do gado bovino;

Valorizar as potencialidades turísticas.

Projectos estruturantes

São 13 os projectos estruturantes identificados na província do Kwanza Sul, dos quais 12 estão valorizados em cerca de 466.330 milhões de Kz, correspondentes a mais de 7,5% do investimento estimado para este tipo de projectos.

Dez destes projectos inserem-se em clusters prioritários, sendo a construção do aproveitamento hidroeléctrico de Caculo Cabaça, no âmbito do cluster Energia e Água, o investimento mais significativo a nível nacional. Estão igualmente previstos seis projectos de reabilitação de estradas, no quadro do cluster Transportes e Logística, bem como três projectos no cluster Alimentação e Agro-indústria, destacando-se o projecto Aldeia Nova, de iniciativa privada, o sistema de drenagem ligado àquele e o projecto de relançamento do algodão.

Nos outros clusters, merece destaque o projecto de construção de uma siderurgia, de iniciativa privada.

Já nas outras actividades salientam-se a reabilitação e o apetrechamento do hospital provincial e o estudo de construção do Instituto Superior Politécnico do Kwanza Sul.

KWANZA SUL% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

14. Saúde e Bem-Estar Social

15. Educação e Cultura

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 166

Benguela

Opções estratégicas

A província de Benguela deverá:

Afirmar Benguela/Lobito como a segunda aglomeração urbana do País;

Afirmar vocação de plataforma de internacionalização: intercontinental (porto e aeroporto) e africana (caminho de ferro);

Em matéria de especialização produtiva: desenvolver a indústria pesada (por exemplo, construção naval, metalurgia, cimentos, refinari) e indústria ligeira para os mercados do sul do País e dos Países vizinhos, os transportes e actividades logísticas; recuperar o potencial agro-pecuário e desenvolver as agro-indústrias; desenvolver o sector piscatório;

Desenvolver o Pólo de desenvolvimento industrial de Lobito/Cutumbela, orientado maioritariamente para a exportação (agro-indústria, derivados da pesca e derivados do petróleo e gás);

Apostar no desenvolvimento de um forte sector turístico.

Projectos estruturantes

Há 14 projectos estruturantes já identificados na província de Benguela, correspondentes a 428,963 milhões de Kz, 7% do investimento global nestes projectos.

Os clusters prioritários absorvem cerca de 42% do montante estimado para a província, sendo o cluster Transportes e Logística o mais importante, envolvendo investimentos na reabilitação de estradas, do aeroporto de Catumbela, do Porto do Lobito, construção do terminal de contentores e do terminal de minério deste Porto, bem como o estudo da construção da ligação dos Caminhos de Ferro de Benguela à Zâmbia. Existem também investimentos relevantes no cluster Energia e Água (em linhas de transmissão de energia eléctrica e sistemas de abastecimento de água) e no cluster Alimentação e Agro-indústria (onde estão incluídas duas iniciativas privadas ao longo da cadeia de valor, designadamente uma fábrica de ferramentas agrícolas e o projecto de desenvolvimento agro-industrial do Cubal).

Estão ainda previstos dois investimentos significativos em Outros Clusters, nomeadamente a Refinaria do Lobito (o projecto Sonaref , com o qual se pretende não só substituir a importação de produtos derivados do petróleo como promover a sua exportação) e a reabilitação e modernização da indústria África Têxtil, no quadro do programa de relançamento do sector.

Em relação às outras actividades, tem também carácter estruturante uma intervenção relacionada com a reabilitação de uma escola secundária no Lobito.

BENGUELA

% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

6. Petróleo e Gás Natural

15. Educação e Cultura

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 167

Huambo

Opções estratégicas A província do Huambo orientará o seu desenvolvimento no sentido de:

Articular Huambo e Kuito (e Caála) para criar um forte eixo urbano bipolar no centro do País;

Interligar o eixo urbano à continuidade dos programas de reconstrução e desenvolvimento municipais que ligam as duas províncias;

Garantir a manutenção e sustentabilidade dos eixos urbanos com cursos profissionalizantes de nível médio e superior no domínio de saneamento básico e ambiente, tratamento e aproveitamento de resíduos sólidos e saúde pública;

Em matéria de especialização produtiva: no domínio Agrícola e Pescas: aproveitar os recursos hídricos para criação de canais e valas de

irrigação; desenvolver um programa agro-silvo-pastoril e dinamizar o reflorestamento dos principais polígonos florestais; fomentar as produções de cereais, feijão, soja, batata, grão de bico, café, milho e ginguba; desenvolver um programa protótipo de forragicultura e de produção de sementes; fomentar o repovoamento animal e o seu melhoramento genético; fomentar a pesca continental;

no domínio Industrial: recuperar a sua posição de grande (2º) parque industrial do país (Pólo industrial de Caála, com maior pendor para as agro-indústrias); aproveitar as frutas locais para investigação científica e industrialização; criar um Porto Seco (terminal de contentores) como plataforma logística ao desenvolvimento do pólo industrial; desenvolver indústrias intensivas em mão-de-obra para substituir importações, fertilizantes e adubos e produção e montagem de equipamentos agrícolas;

No domínio dos Transportes: reorganizar a rede pública de transportes públicos urbanos municipalizados em parceria público-privada; criar um Ramal ferroviário Caála-Catata, estabelecer redes de comunicações telefónicas rurais em todas as comunas;

Valorizar as potencialidades turísticas;

Constituir-se como reserva natural de recursos hídricos.

Projectos estruturantes Estão identificados dez projectos estruturantes para a província do Huambo, que correspondem a 145.488 milhões de Kz, 2,4% do investimento total. Seis destes projectos, correspondentes a cerca de 97,5% do montante considerado para a província, inserem-se em clusters prioritários, em particular dois projectos no cluster Energia e Água (relacionados com a construção de um aproveitamento hidroeléctrico (Jamba-ya-Mina) e com o reforço do sistema de abastecimento de água) e quatro projectos no cluster Transportes e Logística (envolvendo a reabilitação de estradas, do aeroporto do Huambo e a construção do Centro de Logística e Distribuição da Caála, no âmbito do PRESILD). De valor menos significativo mas também merecedores de referência são os investimentos em outras actividades, relacionadas com o Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial, com o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, com a Saúde e o Bem-Estar Social e com a Educação e Cultura, respectivamente a construção do CINFOTEC, o estudo para a construção do Hospital Veterinário do Huambo, a construção do Hospital Pediátrico da província ou a reabilitação e apetrechamento de um centro de formação.

HUAMBO% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

4. Transportes e Logística

12. Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial

13. Desenvolvimento Científico e Tecnológico

14. Saúde e Bem-Estar Social

15. Educação e Cultura

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 168

Huíla

Opções estratégicas

A província da Huíla caminhará no sentido de:

Em matéria de especialização produtiva: assumir-se como Província produtora de excedentes agrícolas (nomeadamente, de cerais) e pecuários, valorizando os regadios e a agricultura tradicional; reactivar o complexo mineiro (ferro) e promover as rochas ornamentais; desenvolver uma base industrial de transformação de produtos agro-pecuários e de abastecimento dos mercados das províncias do sul, em particular equipamento e utensílios agrícolas, com base num Pólo Industrial a desenvolver no Lubango, articulado com uma rede de zonas industriais a nível municipal;

Desenvolver uma plataforma Logística, suportada por um terminal multi-modal no Lubango, explorando, nomeadamente, as ligações ferroviárias ao porto do Namibe e por uma rede de entrepostos de armazenamento e comercialização;

Desenvolver nichos turísticos e de actividades terciárias de nível superior;

Desenvolver um Pólo Científico e Tecnológico em articulação com o Pólo Industrial.

Projectos estruturantes

Estão identificados 21 projectos estruturantes para a província da Huíla, 19 dos quais correspondem a um investimento de cerca de 108.000 Kz, menos de 2% do montante total previsto para projectos desta natureza.

Os investimentos nos clusters prioritários Transportes e Logística, Energia e Água e Alimentação e Agro-indústria ultrapassam os 90% do orçamento previsto para a província, destacando-se importantes obras de reabilitação de estradas, projectos ao longo da cadeia de valor agro-alimentar (reabilitação de barragens hidroagrícolas e canais de irrigação, escola média agrária, produção de farinha de milho, de leguminosas e cerais, massa de tomate ou curtumes).

Em relação a outros clusters, estão ainda previstos 4 investimentos privados no cluster de Geologia, Minas e Indústria, nomeadamente ligados à exploração mineira de ouro, o projecto Minero-Siderúrgico de Kassinga, uma fábrica metalúrgica ou um projecto de transformação de granito.

No que se refere a outras actividades, está ainda prevista a construção, no Lubango, do Instituto de Formação em Gestão Económica e Financeira dos PALOP.

HUÍLA% Investimento por clusters e outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria*

10. Actividades financeiras

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 169

Bié

Opções estratégicas

A província do Bié deverá:

Em matéria de especialização produtiva: desenvolver as actividades logísticas e comerciais, os serviços avançados (como o ensino superior), as indústrias de transformação de produtos agro-alimentares ou orientadas para o mercado interior, bem como produções agrícolas industrializáveis

Valorizar as potencialidades turísticas, em associação com o caminho de ferro.

Projectos estruturantes

São oito os projectos estruturantes identificados na província do Bié, valorizados em cerca de 38.500 milhões de Kz, 0,63% do investimento total.

Mais de 90% do investimento previsto para a província destina-se aos clusters prioritários dos Transportes e Logística (com a reabilitação de infraestruturas rodoviárias e aeroportuárias) da Alimentação e Agro-indústria (com o projecto de desenvolvimento agro-industrial de Camacupa e o apetrechamento de um centro de formação de pesca artesanal e aquicultura) e da Energia e Água (com a reconstrução de linhas de transmissão de energia eléctrica e a reabilitação do sistema de abastecimento de água do Kuíto).

Nas outras actividades, merece especial referência o investimento de reabilitação e apetrechamento do hospital provincial, na área da Saúde e Bem-Estar Social.

BIÉ

% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 170

Namibe

Opções estratégicas

A província do Namibe orientará o seu desenvolvimento no sentido de:

Em matéria de especialização produtiva: desenvolver as funções portuárias do Namibe para o sul de Angola e norte da Namíbia; desenvolver uma forte indústria piscatória e de transformação do pescado (Tombwa); desenvolver a indústria de mármore e gesso; instalar/explorar o gás e desenvolver a primeira transformação do ferro (esponja de ferro); desenvolver as culturas agrícolas de características mediterrânicas e subtropicais; valorizar a pecuária;

Desenvolver um Pólo de Desenvolvimento Industrial, abrangendo indústrias como as de processamento de produtos do mar, rochas ornamentais e produtos siderúrgicos;

Explorar as enormes potencialidades turísticas;

Aumentar a capacidade energética e volume de água da Província;

Desenvolver um programa de combate à desertificação.

Projectos estruturantes

Estão identificados seis projectos estruturantes para a província do Namibe, que representam um investimento de 45.196 milhões de Kz, 0,75% do montante total. Quase a totalidade destes projectos (cinco) correspondem a cerca de 95% do investimento previsto para a província, dos quais três se inserem no cluster Transportes e Logística, referindo-se à reabilitação de estradas e à segunda fase da reabilitação do Porto do Namibe. Dois outros investimentos significativos estão previstos para o cluster Energia e Água e para a Alimentação e Agro-indústria, respectivamente um projecto relativo ao reforço do sistema de abastecimento de água e à construção de uma academia de pesca, uma importante infraestrutura de formação que contribuirá para criar valor na fileira.

O último projecto, refere-se à reabilitação do hospital provincial, que contribuirá para melhorar a saúde e o bem-estar social.

NAMIBE% Investimento por clusterse outras actividades

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

13. Desenvolvimento Científico e Tecnológico

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 171

Cunene

Opções estratégicas

A província do Cunene orientará o seu desenvolvimento no sentido de:

Promover o desenvolvimento rural e pecuário, em particular: a agricultura de sequeiro, nomeadamente de cereais, as culturas de regadio, em particular a partir do aproveitamento da rede hidrográfica do rio Cuvelai (com base em estudo a efectuar) e do aproveitamento da margem direita do rio Kuvango; o efectivo pecuário, com melhoria do estudo sanitário dos efectivos, a tecnologia e utensílios agrícolas de baixo custo, bem como a introdução de alternativas de combustíveis que combatam a desflorestação;

Estudar a possibilidade de criar uma Zona Económica Especial na região de fronteira (Santa Clara);

Promover algum sedentarismo/aglomeração das populações e/ou encontrar alternativas adequadas para garantir serviços essenciais (educação e saúde);

Promover uma maior orientação das produções para o mercado e o surgimento de indústrias de abate e de transformação de carnes;

Criar um pólo especializado na fileira agro-industrial no Xangongo;

Desenvolver pólos urbanos para reequilibrar as relações transfronteiriças;

Explorar as potencialidades de entreposto fronteiriço de Ondjiva para o desenvolvimento de actividades comerciais, logísticas e industriais;

Desenvolver um nicho turístico de qualidade, respeitador do ambiente e dos valores culturais;

Promover uma maior integração com o resto do País através da reabilitação e construção de ligações ferroviárias e rodoviárias intra e inter provinciais;

Promover a exploração e gestão responsável dos recursos naturais, com vista à preservação da biodiversidade, nomeadamente no âmbito das bacias hidrográficas dos Rios Cunene e Cuvelai, das barragens do Calueque e do Ruacaná e da gestão integrada da margem direita do rio Cuvango;

Desenvolver núcleos do ensino médio e do ensino superior.

Projectos estruturantes

Existem nove projectos estruturantes identificados para a província do Namibe, todos eles em clusters prioritários e totalizando quase 112.000 milhões de Kz, 1,85% do investimento total.

Quatro destes projectos inserem-se no cluster Transportes e Logística, absorvendo 40% dos recursos previstos para a província, com a construção de infraestruturas rodoviárias diversas, montante similar ao estimado para o cluster Energia e Água, em que a reparação da barragem do Calueque constitui o projecto de investimento mais significativo da província. Estão ainda identificados dois PEP relevantes, um no cluster Habitação, relativo à construção de 2.500 casas sociais, outro no cluster Alimentação e Agro-indústria, correspondendo à fazenda agro-industrial do Manquete.

CUNENE% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

3. Habitat

4. Transportes e Logística

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 172

Kuando Kubango

Opções estratégicas

A província do Kuando Kubango caminhará no sentido de:

Promover o desenvolvimento rural, assegurando o acesso à água, por forma a garantir a auto-suficiência alimentar, o desenvolvimento de tecnologias e utensílios de baixo custo e a melhoria do estado sanitário dos efectivos pecuários;

Desenvolver um projecto integrado centrado na barragem do Cuemba, integrado no estudo da bacia hidrográfica do Okavango;

Promover algum sedentarismo das populações e/ou encontrar alternativas adequadas para garantir serviços essenciais (educação e saúde);

Promover uma maior orientação das produções para o mercado e o surgimento de indústrias de abate e de transformação de carnes;

Explorar as potencialidades de trânsito entre Angola e os Países vizinhos, valorizando o CF Namibe- Menongue;

Desenvolver as actividades turísticas num quadro de cooperação com os Países vizinhos;

Retomar a prospecção e exploração diamantífera no município de Mavinga;

Fomentar a produção de materiais de construção.

Projectos estruturantes

Existem seis projectos estruturantes identificados na província do Kuando Kubango, com um montante de investimento de mais de 50.000 milhões de Kz, inferiores a 1% do orçamento total.

Quatro dos projectos estruturantes inserem-se nos clusters prioritários dos Transportes e Logística (relativos à reabilitação de uma estrada e do aeroporto de Menongue) e da Energia e Água (reabilitação de redes de transmissão de energia e de abastecimento de água).

Está também previsto um investimento na área do Turismo e Lazer, inserido nos outros clusters, referindo-se a um estudo para a dinamização do projecto turístico transfronteiriço Okavango Zambeze, o qual pretende transformar as áreas partilhadas por cinco países da SADC numa zona turística de referência internacional.

Finalmente, está identificada uma intervenção em matéria de Saúde e Bem-Estar Social, envolvendo a reabilitação e o reapetrechamento do hospital provincial,

KUANDO KUBANGO% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

4. Transportes e Logística

8. Turismo e Lazer

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 173

Lunda Norte

Opções estratégicas

A província da Lunda Norte caminhará no sentido de:

Reforçar a dimensão urbana de Dundo-Luachimo-Chitato como localização de serviços avançados e equilibrar as relações transfronteiriças;

Diversificar as actividades, envolvendo as empresas diamantíferas em projectos de apoio a micro-empresas e de desenvolvimento da agro-pecuária e com a aquisição “in loco” dos serviços industriais às minas;

Promover o desenvolvimento rural (agricultura e pecuária), envolvendo melhoria dos utensílios e o desenvolvimento do crédito e do comércio rurais;

Recuperar as antigas explorações agro-pecuárias.

Projectos estruturantes

São oito os projectos estruturantes identificados na Lunda Norte, os quais totalizam 74.646 milhões de Kz, pouco mais de 1% do investimento total. Metade dos projectos insere-se nos clusters prioritários, cujo investimento previsto corresponde a cerca de 85% do total. O cluster Transportes e Logística conta com 2 projectos de reabilitação de infraestruturas rodoviárias e aeroportuárias, enquanto na Energia e Águas está previsto o reforço da potência do aproveitamento hidroeléctrico de Luachimo e na Alimentação e Agro-indústria, a iniciativa privada realiza uma importante aposta na Fazenda Agro-pecuária da Cacanda, próxima da fronteira com a República Democrática do Congo.

Nos outros clusters, destaca-se o investimento privado no Projecto de Diamantes Uári, da Lucapa. Nas outras actividades, releva-se o investimento na reabilitação e apetrechamento do hospital provincial.

LUNDA NORTE% Investimento por clusters e outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

5. Geologia, Minas e Indústria

14. Saúde e Bem-Estar Social

15. Educação e Cultura

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 174

Lunda Sul

Opções estratégicas

A província da Lunda Sul orientará o seu desenvolvimento no sentido de:

Diversificar as actividades, envolvendo as empresas diamantíferas em projectos de apoio a micro-empresas e de desenvolvimento da agro-pecuária e com a aquisição in loco dos serviços industriais às minas;

Promover o desenvolvimento rural (agricultura e pecuária), envolvendo a melhoria dos utensílios e o desenvolvimento do crédito e do comércio rurais;

Fomentar a agricultura e pecuária mercantis em espaços específicos compatíveis com as restrições mineiras;

Estruturar a fixação das populações rurais para criar “mercado” para os serviços sociais.

Projectos estruturantes

A Lunda Sul conta com três projectos identificados como estruturantes, cujo montante de investimento representa 0,25% do total.

Dois destes projectos inserem-se no cluster prioritário Transportes e Logística, correspondendo à construção e reconstrução de infraestruturas aeroportuárias em Saurimo, com o investimento previsto a perfazer 85% do montante total da província. O terceiro projecto refere-se à reabilitação do hospital provincial, o que contribuirá para melhorar a Saúde e o Bem-Estar Social da população.

LUNDA SUL% Investimento por clusters e outras actividades

4. Transportes e Logística

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 175

Moxico

Opções estratégicas

A província do Moxico orientar-se á no seguinte sentido:

Assumir Luena como centro económico, cultural e comercial do leste do País e centro de indústrias de consumo para estas regiões e para os Países vizinhos;

Estruturar uma rede de pequenos aglomerados rurais que assegurem os circuitos de comercialização e os serviços às populações dispersas;

Desenvolver a urbanização das cidades de Luena e das restantes sedes municipais;

Em matéria de especialização produtiva: desenvolver a agro-pecuária, recuperar a exploração florestal e as indústrias da madeira, promover a pesca artesanal e piscicultura, relançar a apicultura, desenvolver o turismo e promover o desenvolvimento rural;

Estudar a possibilidade de criar uma Zona Económica Especial na Região de Fronteira (Luau).

Projectos estruturantes

Estão identificados dez projectos estruturantes na província do Moxico, que correspondem a cerca de 2% do universo destes projectos e do total de investimento estimado para o mesmo.

Quase todos os projectos estruturantes pertencem a clusters prioritários, sendo que metade dos projectos estruturantes e cerca e 75% do valor estimado para a província está consignado ao cluster Transportes e Logística. Incluem-se neste grupo a reabilitação de várias estradas, a reabilitação de pistas e do aeroporto e, ainda,o desenvolvimento da Plataforma Logística de Luau. Em matéria de energia e água, merecem destaque o aproveitamento hidroeléctrico de Chiumbe Dala e a construção de uma mini-hídrica. No cluster alimentação e agro-indústria, a Fazenda Agro-industrial de Camaiangala e ao Projecto de Desenvolvimento agro-industrial do Luena.

Finalmente, nas outras actividades, nomeadamente Saúde e Bem-Estar Social, as obras de reabilitação e ampliação do Hospital Provincial do Moxico vão contribuir para melhorar as condições de vida e constituirão um factor de atracção da população para a província.

MOXICO% Investimento por clusterse outras actividades

1. Energia e Água

2. Alimentação e Agro-indústria

4. Transportes e Logística

14. Saúde e Bem-Estar Social

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 176

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 177

9. PROJECTOS ESTRUTURANTES PRIORITÁRIOS

9.1. Projectos Estruturantes - Conceito

132. Os projectos estruturantes (PE) são investimentos de dimensão significativa, de natureza

pública ou privada, que concorrem para a concretização do modelo de desenvolvimento

económico da Estratégia Angola 2025. Trata-se de actividades e projectos do sector público,

interrelacionados, complementares e sinérgicos com o sector privado, focados em

empreendimentos capazes de alavancar os clusters e as cadeias produtivas, contribuindo para

elevar a produtividade nacional e para a expansão do rendimento nacional e do emprego.

133. Na Estratégia Angola 2025, foram identificados 9 conjuntos de actividades interdependentes

(“Clusters” e “Mega-clusters”), que interagem entre si em função de uma actividade central,

compreendendo actividades de suporte, complementares e actividades de inputs básicos. Os

mega-clusters são os da Água, da Alimentação e Agro-Indústria, da Habitação, dos

Transportes e Logística, dos Recursos Minerais, do Petróleo e Gás Natural, Florestal, dos

Têxteis, Vestuário e Calçado e do Turismo e Lazer. Alguns destes clusters já deram passos

significativos, caminhando para um estado de maturidade, estando outros ainda por iniciar.

134. O PND 2013-2017 atribui uma especial prioridade aos projectos estruturantes inseridos nos

quatro primeiros clusters – Energia e Água, Alimentação e Agro-Indústria, Habitação,

Transportes e Logística –, quer pelo seu papel catalisador, em toda a actividade económica,

quer pelo potencial de resolução dos estrangulamentos que têm prejudicado a concretização

de vários projectos privados, quer ainda pelo facto da sua capilaridade ao longo do território

contribuir para reduzir os desequilíbrios territoriais de Angola.

Os restantes PE são igualmente tratados, tendo sido, por questões de ordem prática,

agrupado nos seguintes clusters: Geologia, Minas e Indústria (compreendendo as actividades

a montante e a jusante dos recursos naturais, têxtil, vestuário e calçado e restante indústria),

Petróleo e Gás Natural, Florestal, Turismo e Lazer, Telecomunicações e Tecnologias de

Informação e Comunicação.

135. Foram ainda considerados os projectos estruturantes que integram “Outras Actividades”

respeitantes às Áreas Sociais e Institucionais: Actividades Financeiras, Administração

Pública, Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial, Desenvolvimento Científico e

Tecnológico, Saúde e Bem-Estar Social, Educação e Cultura.

136. Finalmente, em função do seu grande impacto na realização dos objectivos de

desenvolvimento de longo prazo do País, estão identificados Projectos Estruturantes de

Elevada Prioridade Nacional. São projectos decisivos para a implementação dos clusters

prioritários e para a melhoria das condições de vida da população e que exprimem a

necessidade de implementar políticas de tipo matricial, isto é, que integram vários sectores e

abrangem diversas províncias.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 178

9.2. Projectos Estruturantes de Prioridade Nacional

137. Do conjunto de PE são destacados os de Prioridade Nacional, respeitantes aos sectores de

Energia, Águas, Saúde, Plataformas Logísticas, Reconstrução e Construção de Estradas

Secundárias e Terciárias, Educação e Ensino Superior, Defesa e Interior. São igualmente

considerados PE de iniciativa privada de Prioridade Nacional.

138. No quadro seguinte estão identificados os PE de Prioridade Nacional, com indicação do

montante total previsto, agrupados da seguinte forma:

Projectos Estruturantes de Base Sectorial;

Projectos Estruturantes de Iniciativa Privada.

QUADRO 9.1. PROJECTOS ESTRUTURANTES DE PRIORIDADE NACIONAL

Sectores Nível de Investimento

Previsto (Mil Milhões Kz)

%

Águas 590,8 11,2

1. Abastecimento de Água às Sedes de Província e Municípios Mais Populosos 534,8

2. “Água para Todos” 56,0

Energia 3.555,7 67,3

1. Expansão da Capacidade de Produção e Sistema deTransporte de Energia Eléctrica

1.681,3

2. Expansão da Capacidade de Distribuição de Energia Eléctrica 637,8

3. Electrificação Rural e Mini-Hídricas 1.236,6

Rede Nacional de Plataformas Logísticas 400,2 7,6

1. Rede Nacional de Plataformas Logísticas 392,9

- Infraestruturas Existentes 358,7

- Novas Infraestruturas 34,2

2. Rede de Armazenagem e Silos 7,3

Rede Nacional de Frio 3,0 0,1

1. Rede Nacional de Frio 3,0

Reconstrução e Construção de Novas Estradas Secundárias e Terciárias 414,6 7,8

1. Programa de recuperação das vias secundárias 347,3

2. Programa de recuperação e conservação da rede terciária de estradas 67,3

Saúde 61,6 1,2

1. Hospitais de Referência (Nível I e Nível II) 28,1

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 179

Sectores Nível de Investimento

Previsto (Mil Milhões Kz)

%

2. Hospitais/Clinicas Gerais Municipais 22,7

3. Redes de Centros e Postos de Saúde 10,8

Educação 34,1 0,6

1. Reforma do Ensino Técnico-Profissional (Básica e Média) 34,1

Ensino Superior 138,5 2,6

1. Reabilitação e Dotação de Infra-estruturas do Ensino Superior 115,5

2. Melhoria da Qualidade do Ensino Superior 23,0

Defesa e Interior 83,9 1,6

Infraestruturas, Equipamentos e Instalações da Casa de Segurança 4,1

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações de Defesa Nacional 59,3

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações de Segurança Interna (Interior e Polícia do Interior)

17,1

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações do SINSE 3,4

TOTAL 5.282,4 100,0

Projectos de Iniciativa Privada

Cluster Alimentação e Agro-Indústria 153,3 15,8

Cluster Geologia, Minas e Indústria 169,6 17,5

Cluster Petróleo e Gás Natural 684,1 66,7

TOTAL 970,9 100,0

TOTAL GERAL 6.253,3

139. Os PE de Prioridade Nacional e de Iniciativa Pública estão avaliados em 5.282,4 Mil Milhões

de Kz (50,7 Mil Milhões de USD), que se repartem pelos investimentos na Energia (67,3%), nas

Águas (11,2%) e na Reconstrução e Construção de Novas Estradas Secundárias e Terciárias

(7,8%). Do total, os Sectores Sociais representam 4,4% e a Defesa e Interior 1,6%.

Os PE de Prioridade Nacional e de Iniciativa Privada atingem 970,9 Mil Milhões de Kz (10,1

Mil Milhões de USD), em que 2/3 estão orientados para o Cluster de “Petróleo e Gás Natural”,

17,5% para o Cluster Geologia, Minas e Indústria e 15,8% para o Cliuster Alimentação e Agro-

Indústria.

No conjunto, os PE de Prioridade Nacional (Públicos e Privados) elevam-se a 6.253,3 Mil

Milhões de Kz (60,0 Mil Milhões de USD), sendo 84,5% de iniciativa pública e 15,5% de iniciativa

privada.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 180

9.2.1. Programa de Projectos Estruturantes na Perspectiva Sectorial

140. Os PE de Prioridade Nacional estão agrupados em Programas, para os quais se definem

Objectivos e Medidas de Política e se identificam os respectivos projectos e seus montantes.

9.2.1.1. Águas

ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÀS SEDES DE PROVÍNCIA E MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS

Objectivo Medidas de Política

Garantir a disponibilidade de água potável tanto nas zonas urbanas como áreas suburbanas de maior densidade demográfica, em condições ambientais sustentáveis.

i. Melhorar a qualidade do serviço de abastecimento de água tanto nas zonas urbanas como áreas suburbanas de maior densidade demográfica

ii. Promover a criação de empresas municipais de abastecimento de água e saneamento iii. Estabelecer uma adequada política de tarifas iv. Completar a implementação dos Gabinetes de Gestão das Bacias Hidrográficas prioritárias v. Aprovar e implementar o “Plano Nacional da Água” vi. Actualizar os planos directores de abastecimento de água e saneamento de águas residuais

das Cidades Capitais de Província e das Sedes Municipais vii. Assegurar a reabilitação e expansão dos Centros de Distribuição e Estações de Tratamento de

Água, com vista a garantir o abastecimento a diversas áreas urbanas, peri-urbanas e rurais, incluindo o atendimentno às urbanizações que integram o Plano Nacional de Habitação

Projectos Montante (Mil Milhões Kz)

Construção do Sistema IV do Bita 50,0

Construção do Sistema 5 Quilonga Grande 72,6

Reforço dos Sistemas de Abastecimento de Água e Saneamento de 17 Cidades capitais de Província

271,0

Construção de Novos Sistemas de Abastecimento de Água em 130 Sedes Municipais do Território Nacional

141,3

ÁGUA PARA TODOS

Objectivo Medidas de Política

Completar a implementação do Programa ”Água para Todos”, garantindo o abastecimento de água potável a 100% da população urbana e a 80% da população rural

i. Prosseguir a construção de pontos de água e de pequenos sistemas e pontos de abastecimento de água e saneamento comunitário, nas áreas suburbanas e rurais;

ii. Implementar um Programa Nacional de Monitorização da Qualidade da Água para Consumo Humano;

iii. Assegurar a monitorização efectiva da qualidade da água para consumo humano, com elevado padrão, com níveis de atendimento de 70% nas zonas urbanas e 40% nas zonas rurais.

Projectos Montante (Mil Milhões Kz)

Projecto para Melhoria do Abastecimento de água dos Meios rurais – Programa de Água para Todos

56,0

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 181

9.2.1.2. Energia

EXPANSÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E SISTEMA DE TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉCTRICA

Objectivo Medidas de Política

Aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia eléctrica, para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e social do País

i. Assegurar a Reabilitação e Expansão da Rede Eléctrica Nacional;

ii. Garantir a Conclusão da Reabilitação e Desenvolvimento das Acções de Construção de Novas Fontes de Produção e Sistemas de Transporte;

iii. Garantir a reabilitação e expansão das Redes de Iluminação Pública.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Central Ciclo Combinado do Soyo – Fase 1 e Sistema Associado 298,9

Central Ciclo Combinado do Soyo – Fase 2 50,0

Construção da Segunda Central do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe e Alteamento 111,9

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca 376,9

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça 371,7

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Jamba ya Oma 58,4

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Jamba ya Mina 87,1

Reabilitação Reforço de Potência do Aproveitamento Hidroeléctrico de Luachimo 22,2

Construção da Mini – Hídrica de Chiumbe-Dala (12 MW) 10,0

Sistema Associado ao A.H. da 2ª Central de Cambambe 65,7

Sistemas Associados aos A.H.´s de Laúca e Caculo Cabaça 89,2

Interligação Centro e Sul 92,0

Sistema Regional Leste 47,4

EXPANSÃO DA CAPACIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA

Objectivo Medidas de Política

Aumentar e Melhorar a qualidade do fornecimento de energia eléctrica, para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e social do País

i. Assegurar a reabilitação e expansão da Rede Nacional de Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Programa de Electrificação das Cidades de Luanda e Caxito 30,7

Programa de Electrificação das Sedes Municipais e Comunais 607,1

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 182

ELECTRIFICAÇÃO RURAL E MINI-HÍDRICAS

Objectivo Medidas de Política

Aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia eléctrica, para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e social do País

i. Garantir a Conclusão da reabilitação e desenvolvimento das Acções de Construção de Pequenas Centrais Hidroeléctricas

ii. Garantir a reabilitação e expansão das Redes de Iluminação Pública nas áreas rurais;

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Programa Nacional de Electrificação Rural 1.228,8

Construção da Mini-Hídrica do Cunje (4MW) 2,1

Construção da Mini-Hidrica do Cutato (4 MW) 5,6

Construção do Parque Eólico do Tômbwa

*

Projecto de Indústria Electrointensiva (Alumínio)

Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cacombo

Construção da 2ª Central de Hidrochicapa

* Projectos com parceria pública-privada

9.2.1.3. Rede Nacional de Plataformas Logísticas

REDE NACIONAL DE PLATAFORMAS LOGÍSTICAS

Objectivo Medidas de Política

Implementar um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos comerciais e uma rede de distribuição que, possibilitando a realização de excedentes de produção e o abastecimento de todo o território em “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribua activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do território e a valorização da posição geo-estratégica de Angola, em particular no plano regional.

i. Aprovar e executar o Plano de Implementação da Rede Nacional de Plataformas Logísticas.

ii. Assegurar a integração entre a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e os CLOD’s e as infraestruturas da Rede PRESILD.

iii. Garantir a conexão entre a Rede Nacional de Plataformas Logísticas, a Rede Nacional de Transportes e a Rede Integrada de Acessibilidades.

iv. Promover a organização logística, enquanto chave do sucesso para o aprovisionamento, transportação, armazenagem, beneficiação, embalagem, distribuição e escoamento da produção interna e de produtos importados a dois níveis fundamentais: Logística Primária, a partir da Produção Nacional e da importação, processando-se através de CLOD's / Mercados Abastecedores e Centrais de Importação / Entrepostos Comerciais; Logística Secundária, responsável pelo aprovisionamento da rede Comercial Retalhista,

v. Implementar o Programa Nova Rede Comercial (NRC) – PRESILD, construindo Centros Logísticos e de Distribuição (CLOD,S) Provinciais e Municipais, Centros Comerciais Integrados, Lojas Integradas e Mercados Municipais Integrados.

vi. Construir entrepostos logísticos comerciais fronteiriços

vii. Definir e implementar o quadro de incentivos à participação da iniciativa privada na criação de plataformas logísticas e da rede de distribuição, através designadamente de Parcerias Público privadas

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 183

Infraestruturas já existentes ou em implementação (CLOD’s, Rede PRESILD) Montante

(Mil Milhões Kz)

Centro Logístico de Distribuição (CLOD) Luanda/Viana* 21,0

Construção do Entreposto Logístico (ELP) Viana* 4,0

Construção do Centro Logístico de distribuição da Caála* 21,1

Construção de Mercados Municipais integrados* 1,6

Construção e Fiscalização do Centro Logístico de Distribuição (CLOD) Malanje* 28,5

Construção de centros comerciais integrados em 9 Províncias - Luanda, Lunda Norte, Benguela, Uíge, Huambo, Cabinda, Malanje, Kuando Kubango, Zaire*

27,0

Construção de 163 lojas integradas - "Loja do Dia” 81,5

Construção de 163 Clods municipais 81,5

Construção dos CLOD’s Provinciais 72,0

Construção de 123 lojas do campo"Nossa Quitanda" 3,7

Reabilitação de 40 lojas do campo "Nossa Quitanda" 0,8

Construção de entrepostos logísticos comerciais fronteiriços – Cabinda, Kuando Kubango, Lunda Norte, Uíge, Cunene, Zaire, Moxico, Malanje

16,0

* No quadro do PRESILD

Novas Infraestruturas Montante

(Mil Milhões Kz)

Plataformas Logísticas Intermodais, Zonas de Actividades Logísticas, Polos Industriais Intermodais, Portos Secos e Centros de Carga Aérea

Plataformas Logísticas de 1º Nível n.d.

Nacionais (Luanda, Benguela/Lobito e Huambo) n.d.

Portuárias (Cabinda, Soyo, Porto-Amboim e Namibe) n.d.

Regionais (Malanje, Lubango e Kuito) n.d.

Centros de Carga Aérea (Luanda, Catumbela, Huambo e Lubango) n.d.

Zonas de Actividades Logísticas Urbanas (Luanda, Benguela e Huambo) n.d.

Portos Secos: Nacionais - Soyo, Luanda, Lobito, Namibe. Regionais - Huambo e Lubango n.d.

Plataformas Logísticas de 2º Nível Regionais (M’Banza, Congo, Uíge, Luena, Ondjiva) n.d.

Polos Industriais Intermodais (Soyo, Luanda, Luanda NPD-NAL, Lobito e Huambo) n.d.

Plataformas Logísticas de 3º Nível n.d.

Regionais (N’Dalatando, Saurino e Neriquinha) n.d.

Transfronteiriças (Menongue, Lucapa e Luau) n.d.

Total Geral 34,2

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 184

REDE DE ARMAZENAGEM E SILOS

Objectivo Medidas de Política

Assegurar a recepção, armazenamento e a conservação dos produtos nas zonas de maior produção e que garantam a distribuição dos mesmos por todo o País, no quadro da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e do Combate à Pobreza no Meio Rural.

i. Desenvolver a capacidade de armazenamento a nível familiar, associativo, cooperativo, regional, local e comunitário (silos, armazéns, sistemas de frio)

ii. Estabelecer um programa de reservas do estado através a criação de armazéns locais e regionais para reservas alimentares de apoio à Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,em particular a nível dos cereais

iii. Promover a implementação de centros de recolha da produção interna nas zonas rurais

iv. Promover o restabelecimento da rede de comércio rural nacional através do alargamento do Programa do Comércio Rural a todo o País

v. Estabelecer parcerias público privadas, como modelo para a promoção da instalação e exploração das infraestruturas logísticas que garantam a recepção, o armazenamento, a conservação e a distribuição da produção interna nas zonas da sua maior concentração

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

S.A.G.A. – Construção e reabilitação de armazéns e silos 7,3

9.2.1.4. Rede Nacional de Frio

REDE NACIONAL DE FRIO

Objectivo Medidas de Política

Melhorar as condições de conservação e comercialização de produtos agro-pecuários e da pesca.

i. Promover a instalação de Cadeias de Frio, integradas por câmaras frigoríficas, em todas as Províncias,

ii. Assegurar a construção de entrepostos frigoríficos concebidos para o tratamento, conservação e embalagem de hortaliças e frutas

iii. Apoiar a instalação de sistemas de frio e de conservação em pequenas unidades agro-industriais

iv. Implementar a rede de frio e de armazéns frigoríficos para produtos da pesca

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Construção de 8 Entrepostos Frigoríficos 3,0

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 185

9.2.1.5. Reconstrução e Construção de Novas Estradas Secundárias e Terciárias

PROGRAMA NACIONAL DE RECONSTRUÇÃO E CONSTRUÇÃO DE NOVAS ESTRADAS SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS

Objectivo Medidas de Política

Contribuir para o esforço de reconstrução nacional, promovendo a reabilitação e construção de infra-estruturas rodoviárias adequadas ao desenvolvimento harmonioso do País.

i. Assegurar a conclusão do Programa da Rede Fundamental de Estradas

ii. Reabilitar e construir novas estradas secundárias e terciárias

iii. Assegurar a construção de novas pontes em estrutura de betão armado e/ou pré-esforçado onde necessário e substituição das pontes metálicas provisórias já instaladas; reutilizando estas pontes metálicas como obras definitivas em atravessamentos da rede viária terciária

iv. Garantir a construção da rede de estradas do Leste

v. Revitalizar o Fundo Rodoviário

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Programa de recuperação das vias secundárias 347,3

Programa de recuperação e conservação da rede terciária de estradas 67,3

9.2.1.6. Saúde

HOSPITAIS DE REFERÊNCIA (NÍVEL I E II)

Objectivo Medidas de Política

Promover a melhoria da qualidade e prontidão dos serviços de saúde prestados pelos Hospitais Provinciais e Municipais de Referência, em particular nas áreas da protecção materno-infantil e da prevenção e tratamento das doenças consideradas prioritárias.

i. Definir e implementar as redes nacionais dos Hospitais de Referência de Nível I e de Nível II

ii. Definir as tipologias e características das áreas funcionais dos Hospitais Provinciais e dos respectivos Sistemas Normalizados de Gestão

iii. Conceder prioridade à promoção e desenvolvimento dos cuidados de saúde hospitalares nos Hospitais de Referência de Nível I e Nível II,

iv. Melhorar a prestação de cuidados de saúde com qualidade nas vertentes de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, reforçando a articulação entre a atenção primária e os cuidados hospitalares e garantindo a prestação dos respectivos pacotes essenciais de cuidados e serviços de saúde

v. Promover parcerias nacionais e internacionais com o objectivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e apoiar os programas de combate às grandes endemias

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Hospital Central de Benguela 0,6

Hospital Central de Huambo n.d.

Hospital Central de Lubango Dr A. A. Neto n.d.

Hospital Geral de Malange n.d.

Hospital Provincial de Cabinda n.d.

Hospital Provincial do Uíge 2,4

Hospital Provincial do Zaire 2,4

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 186

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Hospital Provincial do Namibe 2,5

Hospital Provincial do Kwanza Sul 3,8

Hospital Provincial da Lunda Sul 2,3

Hospital Provincial da Lunda Norte 3,6

Hospital Provincial do Bié 3,0

Hospital Provincial do Cunene 2,5

Hospital Pediátrico do Huambo 2,7

Hospital Provincial Kwanza Norte 2,3

HOSPITAIS/CLÍNICAS GERAIS MUNICIPAIS

Objectivo Medidas de Política

Promover a melhoria da qualidade e prontidão dos serviços de saúde prestados pelos Hospitais e Clinicas Gerais Municipais, em particular nas áreas da protecção materno-infantil e da prevenção e tratamento das doenças consideradas prioritárias.

i. Definir e implementar a rede dos Hospitais Municipais

ii. Definir as tipologias e características das áreas funcionais dos Hospitais Municipais e dos respectivos Sistemas Normalizados de Gestão

iii. Conceder prioridade, a nível municipal, à disponibilização do pacote essencial de cuidados e serviços de saúde, conforme definido na Política Nacional de Saúde

iv. Reforçar a participação dos Municípios nos processos de tomada de decisão dos investimentos públicos no sector da Saúde;

v. Melhorar a qualidade dos serviços da rede primária, com particular ênfase à formação, supervisão e disponibilidade de medicamentos essenciais, assim como o reforço da capacidade de diagnóstico e prevenção das doenças mais comuns.

vi. Garantir energia e água potável a toda a rede sanitária, bem como da recolha e tratamento do lixo e detritos hospitalares

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Construção de um Hospital Municipal no Kuito Kuanavale 1,2

Construção de um Hospital Municipal no Kuemba 1,2

Construção de um Hospital Municipal no Cuvelai 1,2

Construção de um Hospital Municipal no Luchazes 1,2

Construção de 14 Hospitais Municipais 17,9

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 187

REDES DE CENTROS E POSTOS DE SAÚDE

Objectivo Medidas de Política

Melhoria da qualidade e prontidão dos serviços de saúde prestados, em particular dos cuidados primários procurados predominantemente pela população mais desfavorecida.

i. Definir e Implementar a Rede de Centros e Postos de Saúde

ii. Definir as tipologias e características das áreas funcionais dos Centros e Postos de Saúde e dos respectivos Sistemas Normalizados de Gestão

iii. Conceder prioridade, a nível municipal e comunal, à disponibilização do pacote essencial de cuidados e serviços de saúde, conforme definido na Política Nacional de Saúde

iv. Controlar a propagação das principais endemias e doenças infecto-contagiosas, em particular do VIH/SIDA, Malária, Tuberculose e Tripanossomiase

v. Melhorar substancialmente a capacidade profissional dos agentes de saúde comunitários,incluindo parteiras.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Construção de 22 Centros de Saúde 10,8

9.2.1.7. Educação

REFORMA DO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL (BÁSICA E MÉDIA)

Objectivo Medidas de Política

Melhoria da qualidade do ensino Técnico Profissional básico e médio que contribua para criação de uma perspectiva de educação e formação ao longo da vida e facilite a transição para o mundo empresarial e para o mercado de trabalho.

i. Expansão e melhoria da Rede Escolar para os Ensinos Técnico Profissional e Técnico Pedagógico e respectivos de equipamentos.

ii. Estabelecimento e reforço das parcerias com as oreintações profissionais com vista a facilitar a ligação da teoria a prática e a inovação profissional dos diplomados na vida activa.

iii. Assegurar a formação de Professores do Ensino Técnico Profissional segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, bem como a formação de professores nos níveis pedagógicos, didácticos, técnico e organizacional;

iv. Formação nas áreas da administração e organização escolar.

v. Expandir os Ensinos Técnico e Técnico Pedagógico como motor do desenvolvimento do País.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Construção de 11 Magistérios Primários 10,8

Projecto de construção e apetrechamento de 6 Institutos Médios Politécnicos 5,5

Projecto de construção e apetrechamento de 7 Institutos Médios Técnicos de Administração e Gestão

4,4

Projecto de construção e apetrechamento de 6 Institutos Médios Politécnicos 5,5

Projecto de Reabilitação e Ampliação do Instituto Médio Agrário de Tchivinguiro 4,2

Projecto de construção e Apetrechamento de 2 escolas de Formação Profissional básica 1,8

Aquisição de Bibliografia Técnica no Ensino Técnico Profissional 0,8

Aquisição de Laboratórios no Ensino Técnico Profissional 0,8

Formação e Superação Técnica-Profissional 0,2

Aquisição de Equipamento no Ensino Técnico Profissional 0,1

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 188

9.2.1.8. Ensino Superior

REABILITAÇÃO E DOTAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DO ENSINO SUPERIOR

Objectivo Medidas de Política

Construir e equipar infra-estruturas académicas e sociais para as novas instituições de ensino superior, bem como proceder à reabilitação das infra-estruturas obsoletas existentes

i. Construir infra-estruturas especializadas para o funcionamento de acções de formação em estudos avançados, cursos de pós-graduação e promoção da investigação científica nos domínios das ciências da educação, das ciências, engenharias e tecnologias, ciências sociais, humanas, artes e letras e ciências médicas, ciências de saúde e tecnologias de saúde;

ii. Construir as infra-estruturas académicas para os cursos das áreas de ciências, engenharias e tecnologias bem como para as ciências médicas, ciências da saúde e tecnologias de saúde;

iii. Construir lares e internatos para os estudantes de ensino superior para promover a sedentarização dos mesmos e residências para os docentes das distintas instituições de ensino superior públicas.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Construção da Academia de Estudos Avançados e Formação Pós-graduada 16,3

Construção da Escola Superior de Tecnologia Agro-alimentar de Malanje 1,8

Reabilitação e Apetrechamento do Centro Académico e Científico CADA, na Gabela – Kwanza Sul

5,2

Elaboração de Projectos Estudos e Fiscalização 1,0

Construção de infra-estruturas do ensino superior/Bengo 0,1

Construção de infra-estruturas do ensino superior/Benguela 0,2

Construção de infra-estruturas do ensino superior/Kwanza sul 0,2

Construção de infra-estruturas do ensino superior/Huambo 0,3

Construção de infra-estruturas do ensino superior/Huila 0,3

Construção do Polo Universitário de Menongue 2,8

Construção e Apetrechamento do centro de investigação científica do ISCED do Uige 0,6

Construção e apetrechamento do Instituto Superior de Ciências de Educação – ISCED de Luanda

2,1

Construção e apetrechamento da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Luanda 1,9

Construção e apetrechamento do Instituto Superior de Educação Física e Desportos 3,8

Construção e apetrechamento da 2ª fase do campus universitário do Camama – Universidade Agostinho Neto

18,0

Construção e apetrechamento da segunda fase do campus universitário do Uíge – Universidade Kimpa Vita

7,0

Construção e apetrechamento de lares e internatos, para as sete (07) regões académicas 9,6

Construção e apetrechamento de residências, para gestores, docentes e técnicos das instituições de ensino superior das sete (07) regiões académicas

18,7

Construção e apetrechamento de infra-estruturas académicas das instituições de ensino superior

25,6

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 189

MELHORIA DA QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR

Objectivo Medidas de Política

Melhoria da qualidade de ensino promovendo a formação nos domínios da docência, da investigação científica e da gestão das instituições de ensino superior

i. Promover e estimular a formação pós-graduada dos docentes do ensino superior;

ii. Promover e estimular a investigação científica nas instituições de ensino superior;

iii. Rever os critérios de licenciamento e funcionamento de instituições de instituições de ensino superior;

iv. Promover acções de avaliação e de inspecção dos diferentes dispositivos nas instituições de ensino superior.

Projectos Montante (Mil Milhões Kz)

Aquisição de bibliografia para todas as instituições de ensino superior públicas 1,8

Aquisição de laboratórios para as instituições de ensino superior públicas 16,0

Funcionamento de novas instituições de ensino superior 0,4

Apoio à investigação científica 4,8

9.2.1.9. Defesa e Interior

DEFESA E INTERIOR

Objectivo Medidas de Política

Apoiar a sustentação e consolidação da implementação e regular funcionamento do Sistema de Segurança Nacional, no sentido de garantir a consecução dos objectivos e opções políticas da Segurança Nacional, de de melhorar a qualidade e as capacidades técnica, operacional, logística e infraestrutural das Forças Armadas e de Segurança Nacional.

i. Adoptar uma estrutura orçamentária susceptível de garantir os programas orçamentais necessários ao apoio da actuação operacional e da preparação e desenvolvimento do Sistema de Segurança Nacional com eficiência e eficácia.

ii. Aplicar os princípios de planeamento, programação, orçamentação, controlo e avaliação do desempenho da execução orçamental.

iii. Elaborar sistematicamente as contas da Segurança Nacional.

iv. Rever a Leí Quadro da Programação Militar.

Projectos Montante

(Mil Milhões Kz)

Infraestruturas, Equipamentos e Instalações da Casa de Segurança 4,1

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações de Defesa Nacional 59,3

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações de Segurança Interna (Interior e Polícia do Interior)

17,1

Infraestruturas Variadas, Equipamentos e Instalações do SINSE 3,4

9.2.2. Projectos Estruturantes de Iniciativa Privada

141. Presentemente, encontram-se identificados 47 PE de iniciativa privada dos clusters

Alimentação e Agro-Indústria (25), Geologia, Minas e Indústria (15) e Petróleo e Gás Natural

(7). Estima-se que 39 destes projectos envolvem um investimento total de 970.906 Milhões

de Kwanzas, dos quais aproximadamente 17% se inserem no cluster Geologia, Minas e

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 190

Indústria, cerca de 16% pertencem ao cluster Alimentação e Agro-Indústria e 67% ao cluster

Petróleo e Gás Natural.

O valor dos restantes 8 projectos de iniciativa privada (dos quais 6 do cluster Geologia e

Minas e dois do cluster Petróleo e Gás Natural) ainda não está determinado.

Excepto os projectos do cluster Petróleo e Gás Natural, cujos investimentos se encontram

maioritariamente associados aos locais de proveniência daqueles recursos, os restantes PE

de iniciativa privada apresentam uma dispersão por várias províncias do território,

reforçando os esforços do Executivo ao nível da estratégia de desenvolvimento do território.

9.3. Projectos de Clusters Prioritários

9.3.1. Cluster de Energia e Água

142. A água é um recurso transversal que constitui um factor essencial para o desenvolvimento da

economia, em aspectos tão distintos como sejam a fixação da população (em função da sua

disponibilidade, em quantidade e qualidade, ao longo do território), a produção e a

exportação de energia hidroeléctrica, a sustentação da produção agrícola, pecuária, florestal,

industrial e mineira e a promoção da oferta turística e de actividades de recreação e lazer.

143. A organização em cluster das actividades associadas à água deverá ter uma adequada

tradução institucional sendo, precisamente, neste contexto, que se extinguirá a Comissão de

Segurança Energética e será atribuída ao Ministério da Energia e Águas a direcção executiva

dos PE no domínio energético.

Apesar de ser o motor do cluster, a água corresponde apenas a cerca de um quarto do

investimento para os 65 PE incluídos no cluster Energia e Água, entre 2014 e 2017, estimado

em 1.385.547 milhões de Kwanzas, estando os restantes três quartos deste montante

alocados ao sector da energia. Cerca de um terço dos PE deste cluster possui âmbito

geográfico nacional e provincial, destacando-se alguns programas nacionais de referência

como o “Programa Água para Todos”, cuja execução deverá ser devidamente escalonada,

no sentido da sua conclusão durante o período de vigência do PND, ou o “Programa

Nacional de Água e Electricidade”, ou ainda a construção de sistemas de transporte de

energia ou a realização de estudos determinantes para a evolução do cluster, como os planos

directores do sistema de abastecimento de água ou os estudos sobre o aproveitamento das

bacias hidrográficas.

Uma parte significativa destes PE tem ainda como destino Luanda, onde as condições de vida

de grande parte da população estão a ser melhoradas gradualmente. Todavia, a conjugação

dos diferentes PE previstos, no âmbito deste cluster, deverá garantir água suficiente a todas

as sedes de província e municípios mais populosos.

Projectos% Clusters

Prioritários% Total

Projectos Nº 65 23,21% 16,67%

Investimento (106 Kz) Montante 1.384.318 30,11% 22,83%

Cluster Energia e Água

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 191

A execução dos investimentos previstos ao abrigo deste cluster será devidamente escalonada,

em sede do Programa de Investimentos Público, e, igualmente, definir-se-á o âmbito de

potenciais investimentos privados e correspondentes incentivos.

9.3.2. Cluster da Alimentação e Agro-Indústria

144. O cluster da Alimentação e da Agro-Indústria deve cumprir uma tripla função: assegurar uma

oferta nacional básica que permita garantir a segurança alimentar da população; garantir

uma produção significativa que permita reduzir de forma substancial as importações destes

bens; e contribuir para um povoamento mais equilibrado do território e a concomitante

exploração dos seus recursos.

Nos próximos anos, será um cluster a incrementar, como resultado das políticas nacionais

deste plano.

Estão identificados 57 PE para o cluster da Alimentação e Agro-Indústria, que correspondem

a 20,5% dos projectos considerados para os clusters prioritários e pouco menos de 15% do

total. No entanto, o montante de investimento previsto (269.607 milhões de Kz) é bastante

menos significativo, em termos proporcionais, já que quase metade dos PE considerados (25)

são privados.

Os projectos estruturantes incluídos neste cluster compreendem intervenções orientadas

para o desenvolvimento agrícola, agro-industrial e integrado, algumas das quais de carácter

nacional e outras ainda focadas nas comunidades rurais, bem como no relançamento de

várias cadeias de produção (carne, café, algodão, cereais), na reabilitação de infra-estruturas

(canais de irrigação, entrepostos frigoríficos) ou na produção de inputs (sementes, máquinas

agrícolas).

A distribuição dos investimentos estruturantes no cluster da Alimentação e Agro-Indústria é

bastante homogénea ao longo do território, cobrindo quase todas as províncias, de acordo

com as aptidões e as condições edafo-climáticas das várias regiões. Bengo, Malange, Moxico

Uíge e Zaire encontram-se entre as áreas que concentram projectos de montante mais

significativo.

Projectos% Clusters

Prioritários% Total

Projectos Nº 57 20,36% 14,62%

Investimento (106 Kz) Montante 269.607 5,86% 4,45%

Cluster Alimentação e Agro-Indústria

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 192

9.3.3. Cluster da Habitação

145. O cluster do Habitação tem conhecido um forte crescimento, através da construção civil por

via da iniciativa privada e por via da iniciativa pública na componente habitação social. No

entanto, ainda estão por desenvolver importantes infra-estruturas que constituem um factor

básico da qualidade de vida das populações, em particular em Luanda, onde a cidade cresceu

a um ritmo muito superior ao da adaptação das infra-estruturas de base. Por outro lado, a

componente habitação social ainda está aquém das necessidades da população angolana.

Assim, os PE do cluster da Habitação incluem actividades a montante da cadeia de valor,

como sejam a exploração de rochas ornamentais, pedras, areias, revestimentos, cerâmica,

cimento, cal, gesso e caulinos, bem como intervenções relacionadas com o ordenamento do

território, a gestão das águas residuais ou a urbanização da cidade, a construção de habitação

social, incluindo casas económicas, evolutivas, nomeadamente em regime de auto-

construção.

Apesar de 20% dos PE do Cluster da Habitação corresponderem a intervenções de nível

nacional, a maioria dos investimentos concentra-se em Luanda, com uma pequena iniciativa

de construção de habitação social no Cunene. A Habitação (35 projectos com um

investimento total previsto de 601.541 Milhões de Kz) corresponde a 13% dos investimentos

nos clusters prioritários e a quase 10% do universo dos PE.

Projectos% Clusters

Prioritários% Total

Projectos Nº 35 12,50% 8,97%

Investimento (106 Kz) Montante 601.541 13,08% 9,92%

Cluster Habitat

9.3.4. Cluster dos Transportes e Logística

146. A consolidação do cluster dos Transportes e Logística é fundamental para a coesão territorial

interna e para o objectivo de afirmação internacional de Angola na região, em particular no

contexto da SADC. Apesar das elevadas taxas de crescimento verificadas neste cluster (com

muitos quilómetros de estradas reabilitados e construídos, pontes erguidas, aeroportos

recuperados, caminhos-de-ferro relançados e comércio e logística incrementados), ainda

persistem algumas fragilidades que importa ultrapassar, salientando-se a fraca mobilidade

no território em geral e na cidade de Luanda em particular.

Se as infraestruturas de transportes são fundamentais para reduzir as distâncias dentro do

País, a coordenação logística é determinante para integrar e consolidar o mercado interno,

tornando viável localizar a produção ao longo do território, devido à capacidade de

transportar grandes quantidade de produtos semi-acabados. Para o efeito, a rede nacional de

plataformas logísticas será estruturada em torno de plataformas nacionais de média e grande

dimensão (em Luanda, Catumbela e Huambo/Caála), de plataformas portuárias de média e

grande dimensão (em Cabinda, Luanda, Lobito e Namibe) e de plataformas regionais de

pequena e média dimensão (em Malange, Saurimo, Lubango e Menongue). Esta rede de

plataformas logísticas, cuja micro-localização será definida com carácter de urgência, será

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 193

complementada por uma rede de armazéns e silos e por uma rede nacional de

infraestruturas de frigorificas.

Os 123 PE prioritários do cluster dos Transportes e Logística (com o investimento total de

2.342.619 Milhões de Kz) representam cerca de 45% dos PE, nos 4 clusters prioritários, e

mais de 50% do investimento naquele mesmo universo. Mais de metade destes projectos

respeita a reabilitação de estradas, nacionais ou provinciais, grande parte dos quais tem a

vantagem de desempenhar a função de eixos estruturantes do desenvolvimento. Uma parte

significativa destes projectos prossegue a recuperação dos caminhos-de-ferro e continua o

esforço em parte já conseguido ao nível da reabilitação de aeroportos. Salienta-se, também, a

prioridade concedida ao transporte marítimo e às plataformas e entrepostos logísticos ao

longo do território.

Projectos% Clusters

Prioritários% Total

Projectos Nº 123 43,93% 31,54%

Investimento (106 Kz) Montante 2.342.691 50,95% 38,64%

Cluster Transportes e Logística

9.4. Projectos de Outros Clusters

147. Outros clusters relevantes incluem áreas com diferentes níveis de maturidade e elevado

potencial para o desenvolvimento e a diversificação da economia e das exportações; inserem-

se neste grupo os clusters da Geologia, Minas e Indústria, do Petróleo e Gás Natural, do

Turismo e Lazer e das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.

O desenvolvimento do cluster da Geologia, Minas e Indústria passa, em matéria de recursos

minerais, pela exploração da fileira do Diamante em toda a sua cadeia de valor, pela

exploração de outros recursos, como o ferro e o manganês (fundamentais para a indústria

siderúrgica e metalúrgica) ou o fosfato e o potássio (para a produção de adubos), ou ainda

pela diversificação da produção mineral (com o relançamento da exploração de vários

minérios em todo o País). Já o desenvolvimento do cluster Petróleo e Gás Natural está

associado à criação de valor acrescentado no primeiro e ao aumento do consumo no segundo

(visando a redução do consumo de biomassa).

Embora tributário de outras infraestruturas básicas ainda a serem estabelecidas, o cluster

Turismo e Lazer requere que, paulatinamente, sejam criadas as condições para o seu

desenvolvimento futuro. No que se refere ao cluster Telecomunicações e Tecnologias de

Informação, o grande desígnio do País passa por desenvolver as redes de nova geração, o

acesso universal aos serviços de telefonia, internet e teledifusão digital que assegure a

produção e distribuição de utilização abrangente pelos angolanos, sendo fundamental, para o

efeito, democratizar o acesso à internet, promover a produção de conteúdos locais, aumentar

a info-inclusão dos cidadãos e assegurar a interacção electrónica com os órgãos da

Administração Pública.

As iniciativas já identificadas, no presente PND, para estes clusters compreendem 51 PE que

ascendem a 1.080.844 milhões de Kz, onde os clusters do Petróleo e Gás Natural e da

Geologia, Minas e Indústria representam cerca de 80% do total do grupo (respectivamente,

60% e 19%), dos quais 18 projectos correspondem a iniciativas do sector privado.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 194

À excepção do cluster da Turismo e Lazer, em que Luanda já apresenta condições de partida

para um desenvolvimento sustentável, os restantes PE têm um carácter nacional e

distribuem-se pelo território, de acordo com os factores endógenos relevantes para a

actividade presentes em cada região.

Pelo seu potencial de desenvolvimento no território insere-se, ainda, neste grupo, o cluster

florestal, embora ainda não tenham sido identificados projectos estruturantes prioritários a

destacar.

Projectos % Outros Clusters % Total

Projectos Nº 21 41,18% 5,38%

Investimento (106 Kz) Montante 205.010 18,97% 3,38%

Projectos Nº 7 13,73% 1,79%

Investimento (106 Kz) Montante 648.100 59,96% 10,69%

Projectos Nº 15 29,41% 3,85%

Investimento (106 Kz) Montante 71.755 6,64% 1,18%

Projectos Nº 8 15,69% 2,05%

Investimento (106 Kz) Montante 155.979 14,43% 2,57%

Projectos Nº 51 100,00% 13,08%

Investimento (106 Kz) Montante 1.080.844 100,00% 17,83%

TOTAL

Outros Clusters

Geologia, Minas e Indústria

Petróleo e Gás Natural

Turismo e Lazer

Telecomunicações e Tecnologias

9.5. Outras Actividades

148. Para além dos clusters já referidos, durante o período do plano serão ainda lançadas as bases

para a estruturação de um conjunto de actividades com potencial para o desenvolvimento

em rede ao longo do território, estando já identificados 59 PE (com o investimento total de

383.339 Milhões de KZ) nas seguintes áreas: Administração Pública, Educação e Cultura,

Saúde e Bem-Estar Social, Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial,

Desenvolvimento Científico-Tecnológico e Actividades Financeiras. Mais especificamente e

no domínio da saúde e bem-estar deverão ser priorizados os seguintes tipos de PE:

construção de hospitais de referência do Nível I, hospitais de referência do Nível II, hospitais

ou clinicas gerais municipais, a criação de uma rede de centros e postos de saúde. No domínio

da educação deverão ser priorizados o ensino técnico-profissional (básico e médio), o ensino

superior e estudos avançados.

Inserem-se neste grupo de actividades essencialmente iniciativas de natureza pública, que se

distribuem por todo o território.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 195

Projectos% Outras

Actividades% Total

Projectos Nº 2 3,39% 0,51%

Investimento (106 Kz) Montante 8.191 2,14% 0,14%

Projectos Nº 8 13,56% 2,05%

Investimento (106 Kz) Montante 197.085 51,41% 3,25%

Projectos Nº 17 28,81% 0,07%

Investimento (106 Kz) Montante 45.544 11,88% 0,75%

Projectos Nº 4 6,78% 1,03%

Investimento (106 Kz) Montante 8.106 2,11% 0,13%

Projectos Nº 14 23,73% 3,59%

Investimento (106 Kz) Montante 49.526 12,92% 0,82%

Projectos Nº 14 23,73% 3,59%

Investimento (106 Kz) Montante 74.887 19,54% 1,24%

Projectos Nº 59 100% 15,13%

Investimento (106 Kz) Montante 383.339 100% 6,32%

Saúde e Bem-Estar Social

Educação e Cultura

TOTAL

Outras Actividades

Actividades Financeiras

Administração Pública

Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial

Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 196

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 197

10. DESPESA PUBLICA DE DESENVOLVIMENTO DE MÉDIO PRAZO

10.1. Despesa Total a Nível Nacional

149. A Despesa Pública de Desenvolvimento (DPD) é constituída pela Despesa de

Investimento Público (DIP) e pela Despesa de Apoio ao Desenvolvimento (DAD),

excluindo, assim, as Actividades Permanentes do Estado, expressas em despesas de

funcionamento corrente.

A DAD integra, essencialmente, despesas de funcionamento que contribuem, directa ou

indirectamente, para o processo de desenvolvimento (por exemplo, Programas de Vacinação,

Alfabetização, Formação Profissional, Actividades Desportiva) (Ver Quadro 10.1).

A DPD, no período 2008-2011, terá atingido um nível médio anual da ordem dos 1.128 Mil

Milhões de Kwanzas, correspondendo cerca de 73% a DIP e 27% a DAD.

Igualmente se constata que a estimativa de DAD representa 6% da Despesa Pública Total

(DPT), fazendo com que a DPD suba para 27% desta DPT (a DIP representa 21%). Em

termos simplificados, pode-se afirmar que, em cada 100 Kwanzas que o Estado Angolano

despendeu, 27 foram em DPD. O esforço nacional de desenvolvimento (DPD) terá

representado, em 2011, cerca de 12% do PIB (preços correntes) (ver Quadro 10.2).

Com base nesta evolução e nas hipóteses a ela subjacentes, procedeu-se às estimativas de

DPD, de DAD e de DIP, quer para 2012, quer para o período do Plano 2013-2017. Assim,

estima-se que, para 2012, a DPD deverá chegar aos 1.180 Mil Milhões de Kwanzas, sendo

76,1% de DIP e 23,9% de DAD.

150. Para o período do Plano 2013-2017, projecta-se que a DPD deverá situar-se, em termos de

média anual, em cerca de 1.960 Mil Milhões de Kwanzas, devendo a DAD reduzir o seu

contributo, em relação a 2012, para 19,7% da DPD, a favor da DIP, que deverá situar-se nos

80,3% da DPD, reflectindo uma aceleração do investimento público, em particular ao nível

dos PE Prioritários.

A taxa de crescimento anual da DAD deverá situar-se nos 10,7%, inferior à da DIP (15,5%);

a DPD deverá observar uma taxa de crescimento nominal anual da ordem dos 14,4%.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 198

QUADRO 10.1. EVOLUÇÃO DA DESPESA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO E DA DESPESA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO (2008-2011)

Milhões KZ

2008 2009 2010 2011 Média Anual 2008-2011 Taxa de Crescimento

Médio Anual 2008-2011 Montante %

Despesa de Investimento Público (PIP base) 724.649 1.044.463 711.366 812.623 823.275 73,0 3,9

Despesa de Apoio ao Desenvolvimento (a) 353.007 299.451 287.791 278.287 304.634 27,0 -7,6

TOTAL [Despesa Pública de Desenvolvimento (DPD)] 1.077.656 1.343.914 999.157 1.090.910 1.127.99 100,0 0,4

(a) Somatório de acções e projectos de Apoio ao Desenvolvimento (que integravam o Programa de Actividades Permanentes), com os restantes projectos e Programas que, por diferença, foram identificados como sendo de Apoio ao Desenvolvimento.

Fonte: Ministério das Finanças, OGE 2008 a 2011

QUADRO 10.2.QUADRO DA DESPESA PÚBLICA DE DESENVOLVIMENTO DE MÉDIO PRAZO E DA DESPESA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO (2013-2017)

Milhões KZ

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Média Anual 2013-2017 Taxa de Crescimento Médio Anual 2012-2017 Montante %

Despesa de Investimento Público 897.971 1.481.275 1.383.400 1.462.400 1.690.100 1.847.700 1.572.975 80,3 15,5

Despesa de Apoio ao Desenvolvimento 282.419 309.245 338.627 385.797 431.000 470.000 386.934 19,7 10,7

TOTAL [Despesa Pública de Desenvolvimento (DPD)] 1.180.390 1.790.520 1.722.027 1.848.197 2.121.100 2.317.700 1.959.909 100,0 14,4

Notas: 1. As projecções para o investimento público basearam-se no montante previsto para o PIP para 2013 e no Cenário Fiscal para os anos seguintes. 2. O incremento previsto para a Despesa de Apoio ao Desenvolvimento é da ordem dos 10.7%/ano. Esta taxa será superior à taxa de inflação prevista para o período 2013-2017 (cerca de 7.6%). Fonte: Ministério das Finanças, OGE 2012

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 199

10.2. Despesa de Apoio ao Desenvolvimento por Ministério

151. Quanto às DAD por Ministério, prevê-se que – para a quase totalidade dos Ministérios –, para

o período 2013-2017, deverão ascender a 1.290 Mil Milhões de Kwanzas, estando 80% da

mesma concentrada em 5 Ministérios. As despesas previstas pelo Ministério da Assistência e

Reinserção Social representam 36,2% do total das Despesas de Apoio ao Desenvolvimento,

seguindo-se o Ministério da Saúde (18,9%), o Ministério da Justiça (10,2%), o Ministério da

Educação (9,1%) e o Ministério da Juventude e Desportos (5,6%). O peso relativo das DAD,

em cada um dos restantes Ministérios considerados, não ultrapassa os 3%.

QUADRO 10.3.PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS RESTANTES MINISTÉRIOS

Inferior a 0,99% Entre 1% e 3%

- Ministério das Pescas

- Ministério dos Petróleos

- Ministério da Geologia e Minas

- Ministério da Indústria

- Ministério da Hotelaria e Turismo

- Ministério do Ambiente

- Ministério dos Transportes

- Ministério da Construção

- Ministério da Família e Promoção da Mulher

- Ministério da Cultura

- Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

- Ministério da Comunicação Social

- Ministério da Administração Pública Trabalho e Segurança Social

- Ministério da Agricultura

- Ministério do Comércio

- Ministério da Energia e Águas

- Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

- Ministério do Ensino Superior

- Ministério da Ciência e Tecnologia

- Ministério da Administração Interna

152. São considerados os seguintes tipos de Despesas de Apoio ao Desenvolvimento: Acções de

Sensibilização; Assistência Técnica; Formação; Extensão Rural; Processos de Informatização;

Programas Sociais que não envolvem Investimento; e Outras despesas elegíveis.

Do total das DAD, são as “Outras Despesas Elegíveis” que se destacam, representando,

aproximadamente, 45% do total; seguem-se as despesas elegíveis no âmbito dos “Programas

Sociais que não envolvem investimento”, representando 28%.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 200

1,9%

11,8%

26,5%

8,2%

0,6%

10,5%

1,1% 0,7%1,9% 2,0%

5,4%

1,1% 0,7% 0,7% 0,4%

21,1%

4,7%

0,8%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Peso das Despesas de Apoio ao Desenvolvimento para o período 2013-2014 por Povincia

Tipo de Despesa de Apoio ao Desenvolvimento Montante

(Milhões de Kwz) %

Acções de Sensibilização 22.101,58 1,7%

Assistência Técnica 197.433,00 15,3%

Formação 91.256,35 7,1%

Extensão Rural 4.426,97 0,3%

Informatização 36.232,64 2,8%

Programas Sociais que não envolvem Investimento 359.208,28 27,8%

Outras Despesas Elegíveis 579.352,08 44,9%

Total 1.290.010,89 100,0%

10.3. Despesa de Apoio ao Desenvolvimento por Província

153. No que refere às DAD das 18

províncias de Angola, para o

período 2013-2017, a

previsão aponta para 641 Mil

Milhões de Kwanzas.

Cerca de 47% do total das

DAD estão concentradas nas

províncias do Bié e Namibe.

Aproximadamente 17% do

total das DAD previstas pelas

províncias é distribuído por

12 províncias (cujas

previsões de despesa variam

entre 0,4% e 5% do total).

<1% 1%-5% 5%-10% 10%-20% >30%

Cunene Kwanza Norte Lunda Sul Malanje Moxico Zaire

Bengo Huíla Kwanza Sul K. Kubango Lunda Norte Uíge

Cabinda Luanda

Benguela Huambo

Bié Namibe

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 201

11. FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

11.1. Financiamento da Despesa Pública

154. O Quadro Fiscal de Médio Prazo (QFMP) para 2013-2017 visa assegurar a

sustentatibilidade das contas públicas, dado o comportamento da economia nacional,

previsto no Quadro Macroeconómico de Referência. Nesses termos, o QFMP estabelece, para

o período, os limites globais para a despesa pública e para o endividamento, dadas as

receitas fiscais projectadas.

155. O enquadramento das despesas obedece à seguinte hierarquia de prioridades: (i) despesas

obrigatórias (serviço da dívida, despesas contratuais, despesas de operação e manutenção

dos serviços públicos, como os de saúde e de educação e despesas de funcionamento dos

órgãos da administração); e (ii) despesas discricionárias.

156. Durante o período do PND, a Despesa Pública Total (DPT) deverá registar um aumento

global de 68%, correspondente a uma taxa média de crescimento anual de 10,9%. Este ritmo

ficará a dever-se, essencialmente, ao impulso dado pelas DIP que registarão uma taxa de

crescimento médio anual de 12,3%, contra 10,4% das despesas correntes. As DIP

representarão, em média, 27,7% da DPT e cerca de 10% do PIB.

11.2. Financiamento da Economia Real

157. As necessidades de financiamento de projectos de investimento de iniciativa privada,

identificados nos sectores da Geologia e Minas, da Indústria Transformadora, da Agricultura

e das Pescas, para o período 2013-2017, totalizam USD 31.2 mil milhões, que, por sector,

são distribuídos da seguinte forma:

i. Investimentos de natureza industrial: USD 23.9 mil milhões;

ii. Investimentos para o sector de geologia e minas: USD 480 milhões;

iii. Investimentos para a produção agrícola: USD 3.97 mil milhões;

iv. Investimento para a produção pecuária: USD 2.3 mil milhões;

v. Investimentos florestais: USD 126.15 milhões;

vi. Investimentos param a produção pesqueira: USD 450 milhões.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 202

158. As referidas necessidades de financiamento apresentam o seguinte quadro de distribuição de

desembolsos anuais:

QUADRO 11.1 QUADRO DE DESEMBOLSOS ANUAIS DOS INVESTIMENTOS DE NATUREZA INDUSTRIAL

Tipologia de Projecto 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Projectos PME 529.193.351 330.745.845 330.745.845 475.026.729 1.028.185.174 913.942.377 3.607.839.321

Projectos PAGEC* 48.106.975 96.213.950 96.213.950 96.213.950 96.213.950 48.106.975 481.069.750

Projectos Industriais Estruturantes

1.943.218.000 5.995.248.000 6.221.436.000 3.678.218.000 900.000.000 0 18.738.120.000

Projectos das Moageiras 23.784.680 79.282.267 55.497.587 0 0 0 158.564.533

Projectos Fileira da Industria da Madeira, mobiliário a afins

71.716.817 71.716.817 35.858.408 0 0 0 179.292.042

Fabricas importadas e alienadas pelo Estado (provenientes do MINUC)

33.421.190 66.842.379 66.842.379 0 0 0 167.105.948

Polos de Desenvolvimento Industrial

40.925.160 154.133.760 201.850.320 130.925.160 45.000.000 0 572.834.400

Projectos Sector Mineiro 59.850.000 103.800.000 123.700.000 63.800.000 31.900.000 15.950.000 399.000.000

Centros de Formação 13.920.000 54.500.000 24.380.000 0 0 0 92.800.000

Total 2.764.136.173 6.952.483.017 7.156.524.489 4.444.183.839 2.101.299.124 977.999.352 24.396.625.994

Desembolsos anuais dos investimentos para a produção agrícola, pecuária, florestal e das pescas

684.471.619,7 1.026.707.429,6 1.026.707.429,6 1.368.943.239,4 1.368.943.239,4 1.368.943.239,4 6.844.716.197

*PAGEC - Programa de Apoio às Grandes Empresas e sua inserção em Clusters Empresariais

11.2.1. Financiamento dos Grandes Projectos da Agricultura, Indústria

Transformadora, Minas e Serviços Produtivos

159. Para o financiamento dos grandes projectos do sector privado, mas modelados e aprovados

pelo Executivo, torna-se necessário garantir a transferência da responsabilidade do

pagamento do financiamento ao gestor privado, ficando o Estado com a responsabilidade de

prestar garantias associadas ao financiamento e de realizar o down payment a título de

empréstimo ao gestor privado.

160. Em resumo, o mecanismo de captação e repasse das linhas de financiamento externas aos

grandes projectos do sector privado nacional assume as seguintes características:

i) O financiamento dos projectos em causa beneficiará de uma garantia soberana, emitida

pelo Tesouro Nacional, obedecendo os procedimentos legais para os financiamentos

externos;

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 203

ii) O financiamento é transferido para um banco comercial privado da praça ou ao Banco de

Desenvolvimento de Angola, BDA, passando a constar do seu passivo exigível em moeda

externa e actuando como banco operador do financiamento;

iii) O acordo de financiamento incorporará, como mutuário efectivo, o investidor privado,

recaindo sobre si a responsabilidade de execução do serviço da dívida, atendendo:

a) Nas situações em que o financiamento requerer a realização de um down payment

precedido dos desembolsos, este será realizado pelo Tesouro Nacional em nome do

investidor privado. Este pagamento será registado como crédito bonificado, com

período de graça correspondente ao período de reembolso do financiamento externo;

b) Para assegurar a execução do serviço da dívida, por exclusividade, os fluxos

operacionais e receitas do projecto financiado, devem ser domiciliados no banco

operador;

iv) Para o processo de aprovação destes projectos pelo Executivo, deverão incorporar

estudos de viabilidade técnica, económica e financeira, que deverão ser avaliados pelos

bancos operadores, onde deverão se acomodar as seguintes situações:

a) Os projectos devem conjugar o início do serviço da dívida ao arranque do Projecto;

b) As situações de incapacidade de honra do serviço da dívida por razões associadas ao

baixo nível de exploração poderão ser refinanciadas pelo banco operador no âmbito da

sua carteira de projectos.

11.2.2. Fontes de Recursos para o Financiamento à Economia Real

161. As principais componentes de fontes de recursos financeiros que o Estado pode mobilizar

para apoiar os projectos de investimento são as seguintes:

i) Fundos provenientes de Recursos Ordinários do Tesouro distribuídos nas seguintes

rubricas:

Recursos para Financiamentos do BDA;

Fundo de Bonificação da Taxa de Juros;

Fundo de Garantia de Crédito (MPME);

Fundo de Garantias de Crédito (GE)

Fundo de Capital de Risco – FACRA;

Fundo de Investimemto para as Grandes Empresas Angolanas – FIGEA;

Recursos para garantir linhas de crédito externas;

ii) Fundos provenientes do sistema financeiro nacional;

iii) Endividamento externo.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 204

162. Em resumo, os recursos financeiros que o Estado terá de desembolsar no período 2012-2017

têm seguinte distribuição de fluxos anuais:

QUADRO 11.2. QUADRO DOS FLUXOS DE RECURSOS DE FINANCIAMENTO AO EMPRESARIADO NACIONAL

Valores em USD Mil Milhões

Fluxos de Recursos 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1. Total Necessidades 3,338 8,080 8,230 5,870 3,500 2,410

Indústria 2,710 6,850 7,030 4,400 2,070 1,010

Geologia e Minas 0,060 0,100 0,120 0,060 0,030 0,020

Agricultura e Pescas 0,068 1,030 1,030 1,370 1,370 1,370

Petróleos (empresas privadas angolanas) 0,500 0,100 0,050 0,040 0,030 0,010

2. Total de Recursos Ordinários do Tesouro 0,784 1,757 1,718 1,518 0,463 0,401

Fundo de Garantias (MPME)* 0,200 0,030 0,030 0,030 0,030 0,030

Fundo de Garantias (GE)* - 0,250 0,250 0,060 0,030 0,060

Fundo Activo de Capital de Risco 0,100 0,150 - - - -

Fundo de Investimento para as Grandes Empresas Angolanas (FIGEA)

- 0,500 0,500 0,500 - -

Fundo de bonificação da Taxa de Juros 0,155 0,242 0,342 0,342 - -

Down Payment para accionar Linhas externas 0,129 0,335 0,356 0,186 0,003 0,001

Fundos para o BDA conceder financiamentos 0,400 0,530 0,520 0,490 0,460 0,400

3. Total Financiamento Interno (SFN) 1,500 4,310 4,560 3,530 2,610 1,630

4. Endividamento Externo (1-2-3) 1,054 2,013 1,952 0,822 0,427 0,379

*Não contabilizar como financiamento directo. - Não se aplica.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 205

12. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO

12.1. Introdução

163. O sistema de monitoria e avaliação do Plano Nacional de Desenvolvimento visa recolher,

analisar e usar informações sobre o seu andamento e desempenho, para apoiar o Governo na

tomada de decisões.

Enquanto a monitoria se refere ao processo contínuo de acompanhamento da implementação

do plano, procurando melhorar a qualidade da alocação dos recursos públicos, bem como

identificar e propor medidas de mitigação dos obstáculos que se colocam à implementação

das políticas, com a avaliação pretende-se conhecer e julgar os resultados e a aplicação dos

recursos, de acordo com os critérios da relevância, da eficácia e da eficiência, de forma a

aperfeiçoar o plano, a verificar o alcance dos objectivos das políticas e, em última instância, a

confirmar a existência de benefícios para a população.

A monitoria e avaliação do Plano Nacional de Desenvolvimento realiza-se no quadro do

Sistema Nacional de Planeamento. A Lei de Bases do Regime Geral do Sistema Nacional de

Planeamento estabelece, no seu artigo 24.º, que a coordenação do acompanhamento e a

avaliação do Plano Nacional de Desenvolvimento é uma competência do Departamento

Ministerial responsável pela programação do desenvolvimento, na qualidade de órgão

coordenador executivo do Sistema Nacional de Planeamento. O mesmo artigo também

determina que este Departamento “actua em articulação e com a colaboração dos demais

órgãos integrantes do sistema, podendo requerer destes, informações e providências para a

adequada formulação, execução, acompanhamento e avaliação dos instrumentos de

planeamento”, nos quais se incluem os Planos Anuais e o Plano Nacional de Desenvolvimento

de médio prazo.

164. A organização do Plano Nacional de Desenvolvimento em Políticas Nacionais => Objectivos

=> Indicadores => Programas de Acção Fundamentais => Medidas de Política, bem como a

existência de um Painel de Indicadores dos Objectivos Nacionais do Plano, com as suas metas,

estabelece o quadro do Sistema de Monitoria e Avaliação, que será utilizado pelos Ministérios

Sectoriais e pelos Governos Provinciais para acompanhar sistematicamente os programas de

acção e as medidas de política, a nível operacional, bem como pelo Ministério do

Planeamento, para verificar, a nível estratégico, a obtenção dos resultados e o cumprimento

dos objectivos das políticas nacionais.

O Ministério do Planeamento organizará e centralizará um sistema de informação, que

assegure a recolha, a manutenção e a análise dos resultados obtidos, utilizando essas

informações para a análise crítica das causas do desempenho e para a correcção do rumo,

conforme necessário. Tal sistema incluirá, para cada política nacional, os indicadores de

objectivo, a respectiva fonte, a periodicidade e o responsável pela recolha da informação, nos

Ministérios Sectoriais e nos Governos Provinciais. Com base nesta informação, o Ministério

do Planeamento fará a avaliação do grau de cumprimento dos objectivos nacionais de médio

e longo prazo, tomando as decisões sobre a alocação de recursos públicos mais adequada

para assegurar a eficácia e a eficiência da gestão pública.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 206

12.2. Metas dos Objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento para 2013-2017

165. O quadro seguinte contém uma selecção de indicadores representativos dos objectivos

nacionais do PND 2013-2017 e das medidas de política fundamentais, que deverão contribuir

para a sua concretização. Trata-se de um Tableau de Bord ou Painel de Bordo, que apresenta

metas para cada um dos anos do Plano e que constituirá um instrumento essencial para

monitorar e avaliar a sua implementação.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 207

QUADRO 12.1 METAS DOS OBJECTIVOS DO PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO PARA 2013-2017

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Preservação da Unidade e Coesão Nacional

Índice de Desenvolvimento Humano

0,486 0,49 0,50 0,52 0,53 0,54

Reduzir a taxa de mortalidade infantil e materno-infantil

Implementar 9 anos de escolaridade obrigatória.

Acelerar os programas de alfabetização, em particular a nível rural.

Reduzir significativamente o índice de pobreza e a taxa de desemprego.

Taxa de Alfabetização de Adultos (15 ou mais anos)

65,6 67,0 68,5 70,0 73,0 75,0 Reforçar o Programa de Alfabetização de Adultos.

Implementar um Programa Específico de Alfabetização no Meio Rural.

PIB Per Capita em USD 5.783 6.469 6.825 7.398 7.954 8.268 Assegurar taxas elevadas e sustentáveis de crescimento do PIB,

essencialmente através da aceleração do crescimento do produto não petrolífero.

Índice de Participação Feminina no Parlamento e no Executivo

35,0 38,0 38,0 39,0 39,5 40,0

Aplicar uma Política de Igualdade de Género.

Promover a Igualdade de Género no Acesso ao Emprego e à Formação Profissional.

Organizar acções de sensibilização para o papel da mulher na vida política e comunitária.

Garantia dos Pressupostos Básicos Necessários ao Desenvolvimento

Taxa de Crescimento do PIB (Ano Base, 2011)

3,4 7,1 8,0 8,8 7,5 4,3

Promover a Competitividade e o Desenvolvimento Sustentável dos Vários Sectores da Actividade Económica.

Intensificar o processo de diversificação da economia, com prioridade para os clusters da alimentação e agro-industria, energia e água, habitação e transportes e logística.

Apoiar o desenvolvimento do empresariado nacional

Melhorar a qualificação e competências dos recursos humanos angolanos.

Promover o desenvolvimento científico e tecnológico nacional.

Implementar Polos de Desenvolvimento, Polos de Equilíbrio e ZEE’s.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 208

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Taxa de Crescimento do PIB Não Petrolífero (Ano Base, 2011)

9,0 7,3 9,7 11,2 9,2 10,4

Elaborar uma Estratégia de Diversificação da Economia.

Assegurar a coordenação entre os investimentos públicos e privados.

Definir e Implementar uma Política de Parcerias Público Privadas que Salvaguarde o Interesse Nacional.

Realizar estudos sectoriais sobre cadeias de valor, em particular, para os Clusters Prioritários.

Taxa de Crescimento da Produção de Bens Alimentares

10 10 12 14 15 17

Desenvolver uma agricultura competitiva, assente na reorientação da produção familiar para o mercado e no relançamento do sector empresarial.

Reabilitar e expandir as infra-estruturas de apoio à produção agro-pecuária.

Relançar culturas de rendimento com perspectivas de rentabilidade e com tradição no território.

Promover a prática do regadio para o aumento da produtividade e competitividade da agricultura.

Fomentar a produção de sementes.

Implementar polos de desenvolvimento agro-pecuário e agro-industrial.

Aumentar a produção pesqueira de forma sustentável.

Investir em infra-estruturas de conservação dos produtos da pesca.

Desenvolver a aquicultura.

Taxa Média de Inflação (Ano Base, 2011)

11,4 9 8 7 7 7

Melhorar a coordenação da Política Orçamental com a Política Monetária e Cambial.

Conduzir uma Política Monetária que Assegure a Estabilidade dos Preços.

Conduzir uma Política Cambial que Permita um Melhor Controlo e Gestão Monetária e Preserve o Valor do Kwanza.

Taxa Geral de Emprego 72,5 72,5 73,0 73,5 74,5 75,0

Combater o Desemprego de Longa Duração.

Apoiar a Aprendizagem e a Formação ao Longo da Vida.

Incentivar a utilização de técnicas mão-de-obra intensivas nos novos projectos de investimento, nomeadamente, nos de natureza pública e nos sectores produtores de bens não transacionáveis.

Adoptar medidas legais que permitam o acesso predominante de angolanos aos postos de trabalho que exijam altas qualificações.

Estabelecer mecanismos de consulta e orientação vocacional e profissional.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 209

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Nº de Diplomados pelo Ensino Superior (milhares)

5,7 8,0 11,0 14,0 17,0 20,0

Promover o Desenvolvimento, a racionalização e consolidação do Ensino Superior.

Implementar o Plano Nacional de Formação de Quadros.

Criar e desenvolver o Ensino Superior Tecnológico.

Desenvolver o ensino pós-graduado e estudos avançados.

Construir as infraestruturas necessárias para o desenvolvimento do ensino das ciências, engenharias e tecnologias, e ciências da saúde.

Promover e estimular a formação pós-graduada dos docentes do ensino superior.

Construir Lares e Internatos para os estudantes do ensino superior.

Nº de Diplomados pelo Ensino Técnico Profissional (milhares)

20,1 25,0 35,0 47,5 60,0 70,0

Expandir e melhorar a Rede Escolar para o Ensino Técnico-Profissional e respectivos equipamentos e assegurar a formação dos respectivos professores.

Promover o Desenvolvimento e Consolidação do Ensino Técnico-Profissional.

Implementar o Plano Nacional de Formação de Quadros.

Promover o combate ao abandono escolar.

Articular o Ensino Técnico-Profissional com o Ensino Superior Tecnológico.

Taxa de crescimento das exportações não petrolíferas (%)

20,3 22,0 22,0 23,0 23,0 24,0

Identificar sectores, produtos exportáveis e mercados-alvo e elaborar os respectivos estudos de vantagens comparativas.

Modernizar os sistemas de informação de apoio ao comércio externo.

Simplificar os procedimentos aduaneiros de exportação.

Promover a cultura exportadora junto de empresas nacionais exportadoras ou potencialmente exportadoras.

Crias um sistema de incentivos e de crédito à exportação.

Criar e implementar o seguro de crédito à exportação.

Estabelecer um Sistema de Índices de Concentração de Exportações por produtos e por mercados.

Estabelecer um Sistema de Índices de Penetração das Importações de Bens produzidos por Sectores-Chave da Economia Nacional.

Meses de Importação de Bens e Serviços Cobertos pelas Reservas Internacionais Líquidas (Ano Base, 2011, BNA)

9 10 11 12 12 12

Melhorar o resultado patrimonial não petrolífero das Contas do Estado aumentando gradualmente parcelas crescentes da despesa pública à evolução das receitas correntes oriundas do sector não petrolífero.

Limitar o recurso ao endividamento para a cobertura de despesas de capital.

Garantir a estabilidade da taxa de câmbio primária.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 210

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Km de Estradas Construídos ou Recuperados

986 1.050 1.100 1.250 1.250 1.300

Implementar o Programa de Construção e Reabilitação de Estradas Secundárias e Terciárias.

Promover a Construção de Auto-Estradas.

Assegurar a Construção de Redes e Pontes Viárias.

Desenvolvimento do Sector Privado

Volume de Investimento Aprovado pela ANIP (MUSD)

3.189,9 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000

Reforçar os incentivos à criação de empresas nacionais.

Melhorar as condições de acesso a capital de risco

Expandir a Loja dos Registos, do Guiché do Imóvel e do Balcão Único do Empreendedor, a nível nacional.

Operacionalizar o Fundo de Fomento Empresarial.

Empresas Criadas com Capital Maioritariamente Angolano

n.d. 1.300 1.500 1.800 2.200 2.200

Implementar um Programa de Apoio aos Empreendedores.

Estruturar e Apoiar a Entrada em funcionamento da Escola do Empreendedor.

Operacionalizar o Fundo de Fomento Empresarial.

Reforçar o Sistema de Micro-Crédito.

Institucionalizar uma agência de seguros de crédito.

Adoptar medidas específicas de apoio à criação e competitividade de empresas angolanas.

Introduzir mecanismos de apoio às empresas angolanas e de controlo das importações.

Número de Encubadoras de Empresas Criadas

n.d. 1 2 2 2 1 Estabelecer um sistema específico de incentivos à criação de incubadoras

de empresas

Melhoria da Qualidade de Vida

Índice de Pobreza 36,6 35,0 34,0 33,0 31,0 28,0

Criar condições que permitam o acesso dos mais pobres e desfavorecidos ao capital, em sentido lato.

Estabelecer uma Política Salarial que assegure ao Factor Trabalho uma Remuneração Justa.

Utilizar, de forma articulada e convergente, os instrumentos das política fiscal e de segurança social.

Implementar um programa de rendimento mínimo para pessoas em situação de risco e de extrema pobreza.

Elaborar e implementar projectos de desenvolvimento rural.

Criar um subsídio de assistência social orientado em especial para o idoso.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 211

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Esperança de Vida à Nascença 51,1 52,0 52,5 53,0 54,0 55,0

Melhorar os cuidados integrados para a redução da mortalidade materna.

Melhorar os cuidados integrados para a sobrevivência infantil e infanto-juvenil.

Ampliar significativamente as redes de Hospitais Municipais e de Centros e Postos de Saúde.

Taxa Líquida de Escolarização 77,2 79,0 80,0 82,0 84,0 85,0

Assegurar a educação pré-escolar.

Garantir a obrigatoriedade e gratuitidade até ao 1º Ciclo do Ensino Secundário.

Elaborar Programas de Combate ao Abandono Escolar.

Promover o acesso gratuito aos livros do ensino primário.

Aumentar a rede de escolas primárias e secundárias do 1º ciclo.

Reduzir as assimetrias sociais e territoriais no acesso ao ensino

Taxa de Acesso à Água Potável 42,0 45,0 47,0 50,0 52,0 55,0

Melhorar a qualidade do serviço de abastecimento de água nas zonas mais populosas.

Completar a implementação do Programa “Água para Todos”.

Implementar um Programa Nacional de Monitorização de Qualidade de Água para Consumo Humano.

Taxa de Acesso ao Saneamento Básico Apropriado

59,6 62,0 63,0 65,0 67,0 70,0

Elaborar uma Estratégia Nacional de Resíduos Sólidos e Urbanos.

Implementar um Sistema de Gestão Ambiental Urbano.

Garantir a oferta de habitações sociais em condições especiais de preço e financiamento.

Promover a construção de infraestruturas de saneamento básico a nível urbano e rural.

Disponibilizar terrenos infra-estruturados e legalizados para auto-construção.

Actualizar os Planos Directores de Águas Residuais nas Cidades Capitais de Província e das Sedes Municipais.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 212

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Taxa de Acesso à Electricidade 40,2 42,0 45,0 48,0 52,0 55,0

Executar o Programa de Desenvolvimento das Pequenas Centrais Hídricas.

Implementar o Programa Nacional de Electrificação Rural.

Concluir a reabilitação e Construção de Novas Barragens e Centrais Hidráulicas e respectivas redes de transporte.

Assegurar a reabilitação e expansão das Redes Eléctricas de Baixa, Média e Alta Tensão.

Taxa de Acesso à Rede Móvel de Telefone

32,6 40,0 45,0 50,0 60,0 75,0

Promover o Projecto “Angosat”.

Instalar uma Rede Estruturada de Voz e Dados para as Províncias.

Reestruturar a Angola Telecom.

Instalar um cabo de fibra óptica “Adones”.

Modernizar a Rede VSAT-INTEL

Construir ou Reabilitar Centros Provinciais – INATEL.

Taxa de Acesso à Internet 0,3 0,7 1,0 1,5 2,0 2,5

Assegurar a Itelnet – 3ª Fase.

Implementar a Rede Multi-serviços – 2ª Fase.

Construir o Centro Nacional de Dados (Rede Arnet e Uninet).

Promover o Projecto “Luanda Generation”.

Garantir a implementação do Projecto “Angola Forum”.

Generalizar a rede “E-Government” a nível nacional.

Inserção da Juventude na Vida Activa

Taxa de Emprego de Jovens (15-24 anos)

n.d. 46 48 50 52 55

Promover o emprego de jovens e a sua transição adequada do sistema de ensino para a vida activa.

Apoiar a Aprendizagem e a Formação ao Longo da Vida.

Incentivar a criação de condições adequadas de Emprego.

Implementar programas de formação profissional para jovens.

Nº de Jovens Aderentes ao Programa “Meu Negócio Minha Vida” (Milhares)

n.d. 15 25 35 45 45

Implementar programas de apoio ao empreendedorismo de jovens.

Assegurar o acesso de jovens a crédito bonificado para pequenos negócios.

Promover a criação de incubadoras de negócios para jovens.

Organizar e implementar programas de estágios profissionais para jovens.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 213

Objectivos Nacionais

Indicadores dos Objectivos Metas dos Indicadores

Medidas de Política Fundamentais

2010/11 2013 2014 2015 2016 2017

Inserção Competitiva de Angola no Contexto Internacional

Posição de Angola no Ranking do “Doing Business” (Ano base=2012)

172 170 170 168 168 165

Expandir a Loja dos Registos, do Guiché do Imóvel e do Balcão Único do Empreendedor, a nível nacional.

Rever e implementar o novo regime de falências e recuperação de sociedades comerciais.

Simplificar os procedimentos aduaneiros de importação e de exportação.

Implementar a Lei da Concorrência.

Acelerar a criação e operacionalização das entidades reguladoras.

Assegurar a monitorização e o controlo de práticas de monopólio e de abuso de poder económico.

Rever o Código de Processo Administrativo.

Completar a Rede E-Government.

Nota: Ano Base: sempre que possível foram utilizadas estimativas para 2012.Nos restantes casos, a linha de base corresponde a 2011 ou 2010 ou a média 2010/2011 Fontes: ”Angola 2025”; PND 2013-2017; PND 2011-2012; IBEP; Balanços de Execução dos PND; UNDP; World Bank Statistics

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 214

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 215

ANEXOS

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 216

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 217

ANEXO 1. Principais Resultados Alcançados a Nível Sectorial no Período 2009-2011

SECTORES ECONÓMICOS

AGRICULTURA 2009 2010 2011

Produção de Cereais (ton) 1.052.843 1.177.948 1.408.826

Produção de Leguminosa/ Oleaginosa (ton) 364.078 371.368 472.380

Produção de Raízes e Tubérculos (ton) 14.633.434 15.686.523 16.219.865

Produção de Hortícolas (ton) 4.614.910 4.729.267 5.188.006

Produção de Frutas (ton) 2.668.279 2.757.521 3.388.993

Produção de Café (ton) 7.530 8.400 10.758

PESCA 2009 2010 2011

Industrial 35.278 121.391 104.722

Semi-Industrial 115.787 67.943 132.874

Artesanal 115.350 71.755 61.560

Continental 5.847 14.579 24.003

PETRÓLEO 2009 2010 2011

Produção (Milhões Barris/Ano) 660 641 606

Exportação (Milhões Barris/Ano) 647 624 583

RECURSOS MINERAIS 2009 2010 2011

Produção de Diamante (Mil quilates) 9.319 8.362 8.304

Produção de Rochas Ornamentais (Granito Negro) (m3) 69.675 70.750 48.371

Produção de Minerais Industriais (1000 m3) 195.132 280.170

INDUSTRIAS TRANSFORMADORAS 2009 2010 2011

COMERCIO 2009 2010 2011

Actividade e estabelecimentos comerciais privados 6.396 7.429 6.122

HOTELARIA E TURISMO 2009 2010 2011

Fluxo de entrada de Turistas 365.784 424.919 434.214

Nº de unidades hoteleiras 2.571 1.129

AMBIENTE 2009 2010 2011

Campanhas de Sensibilização Educação Ambiental 15 25 10

Parques Reabilitados 2 1 4

SECTORES DE INFRAESTRUTURAS

AGUA 2009 2010 2011

Número de Chafarizes 2.630 2.663 3.170

Número de pontos de Aguas (furos e Cacimbas) 5.396 5.653 5.890

ENERGIA 2009 2010 2011

Produção Hídrica 3.269 3.703 4.007

Produção Térmica 1.645 1.745 1.642

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 218

SECTORES DE INFRAESTRUTURAS

Distribuição 4.197 4.904 4.873

CONSTRUÇÃO E URBANISMO 2009 2010 2011

Reabilitação de estradas 1.994 1.159 986

TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO 2009 2010 2011

Nº de Linhas Instaladas 302.997 733.818 765.575

Nº de Linhas Ligadas 134.678 144.443 159.231

Número de Usuários Rede Fixa 134.678 144.443 159.231

Número de Usuários Rede Móvel 8.109.421 9.204.522 11.871.503

Subscritores de Internet 320.000 1.000.000 1.500.000

Estações Postais Construídas 20 2 1

Nº de objectos de correspondência Manuseadas 1.255.188 1.744.817 2.083.686

TRANSPORTES 2009 2010 2011

Carga Transportada 33.307.547 20.945.723 10.301.390

Passageiros Transportados 1.207.354.254 215.907.925 202.098.105

SECTORES SOCIAIS

EDUCAÇÃO 2009 2010 2011

Número de alunos matriculados 5.849.524 6.168.454 6.741.297

Número de salas de aulas 52.031 53.593 56.857

Taxa Bruta de Escolarização (%) 132,0 142,6 161,1

Taxa de Aprovação (%) 78,0 80,0 72,3

Taxa de Reprovação (%) 13,2 10,0 12,2

Taxa de Abandono (%) 8,8 7,0 15,5

Rácio aluno/sala de aula 100,0 101,0 108,0

Rácio aluno/professor 52,0 54,0 51,0

ENSINO SUPERIOR 2009 2010 2011

Nº de Candidatos inscritos pela 1ª vez ao ensino Superior 18.000 30.000

Taxa Bruta de Escolarização 4 4,5 5

Nº de Alunos Matriculados no Ensino Superior 85.000 108.046 142.799

Nº de Estabelecimentos 33 46 64

Nº de Vagas no Ensino Superior Público 15.000 4.318 ….

Nº de Novas Bolsas de Estudo Internas 3.000 3.000 9.000

Nº de Novas Bolsas de Estudo Externas 530 1.500 3.000

Nº de docentes no Ensino Superior Público 1.900 2.307 2.300

FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2009 2010 2011

Centros de formação 421 450 469

Capacidade Formativa 62.685 47.805 44.525

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 219

SECTORES SOCIAIS

Pessoal Capacitado 42.901 46.850 34.227

SAÚDE 2009 2010 2011

Malária 2.896.871 3.687.574 3.501.953

Doenças Resp. Agudas 786.147 987.421 598.296

Doenças Diar. Agudas 434.388 540.554 141.130

Febre Tifóide 101.544 155.346 198.078

Tuberculose 18.119 42.210 44.503

Sida 6.883 12.871 15.655

Cólera 1.990 1.955 2.296

FAMILIA E PROMOÇÃO DA MULHER 2009 2010 2011

Representação de Género: H M H M H M

Representação Parlamentar 61,4 38,6 61,4 38,6 60,9 39,1

Governação Central (Ministros) 77,5 22,5 77,5 22,5 76,8 23,2

Governação Local (Governadores) 83,3 16,7 83,3 16,7 88,9 11,1

Magistratura Pública 77,8 22,2 77,8 22,2 69,0 31,0

Magistratura Judicial 72,4 27,6 71,4 28,6 65,6 34,4

JUVENTUDE E DESPORTOS 2009 2010 2011

Atletas 36.422 36.422 38.519

Atletas inseridos na alta competição 4.908 14.500

Crédito Jovem 477 11.000

Praticantes Desportivos 8.361 43.380

REINSERÇÃO SOCIAL 2009 2010 2011

Refugiados 14.298 3.556 4.693

Pessoas Idosas na Comunidade 243.242 256.046 259.620

Pessoas Idosas nas Instituições 1.207 1.378

Beneficiário em lares 139 92 1.333

ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DA PATRIA 2009 2010 2011

Recenseados Existentes 170.967 167.096 167.313

Recenseados Deficientes 30.316 30.658 28.407

Beneficiários de Pensão de Reforma 154.743 161.446 164.351

Assistidos Recadrastados 125.186 145.439 134.481

Assistidos Bancarizados 19.544 61.502 143.764

CULTURA 2009 2010 2011

Nº leitores Biblioteca Nacional de Angola 47.431 35.324 35.685

Nº visitantes nos museus em actividade 74.759 25.889 54.636

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 221

ANEXO 2. Principais Reformas e Medidas de Política Adoptadas a Nível Sectorial no Período 2009-2011

SECTORES ECONÓMICOS

Agricultura Pescas

Aprovação do Plano de Apoio a Comercialização Rural; Acesso ao crédito de campanha e investimento para

camponeses, agricultores, associações e cooperativas; Aprovação do Plano Director Nacional de Irrigação –

PLANIRRIGA

Criação de condições para a operacionalidade da frota recentemente adquirida;

Implantação da Academia de Pescas, revelando-se como uma grande oportunidade para a formação de jovens

Elaboração do Plano de Ordenamento das Pescas e Aquicultura

Petróleo Geologia e Minas

Aprovação da Lei sobre Refinação de Petróleo Bruto, Armazenamento, Transporte, Distribuição e Comercialização de Produtos Petrolíferos

Implementação do Plano Director de Armazenagem (PDA)

Actualização da legislação sobre o sector geológico-mineiro, com destaque para a aprovação do Código Mineiro

Correção e actualização da Carta Geográfica de Angola à escala de 1/1.000.000;

Elaboração do projecto de Regulamento sobre a Fiscalização Mineira e Ambiente

Industria Transformadora Comércio

Apoio ao Projecto de reabilitação e Modernização da Indústria Têxtil;

Apoio à construção dos Pólos de Desenvolvimento Industrial de Viana, Fútila, Catumbela e da Fábrica de Descaroçamento e Fiação de Algodão

Implantação do Plano Director para o Desenvolvimento do Comércio e da Infra-estrutura logística

Concessão de incentivos e oferta de crédito, em condições adequadas, ao pequeno e médio empresário do comércio e serviços

Regulamentação da Lei das Actividades Comerciais

Hotelaria e Turismo Ambiente

Elaboração de Plano Director para o Desenvolvimento do Turismo e definição de planos territoriais e de ordenamento turístico das Províncias.

Actualização e modernização da legislação vigente e criação de legislação complementar (este pacote legislativo contem 14 diplomas legais)

Desenvolvimento do Projecto Okavango Zambeze KAZA/TFCA

Elaboração do Pacote legislativo sobre ambiente Criação de novos parques nacionais e novas áreas de

conservação, incluindo a protecção da palanca negra, e reabilitação faseada dos parques e reservas ecológicas

Elaboração do projecto de Regulamento sobre a Fiscalização Mineira e Ambiente

SECTORES DE INFRAESTRUTURAS

Água Energia

Implementação do Programa Agua para Todos; Formalização dos processos de constituição de novas

empresas de abastecimento de água e saneamento, para as cidades de Benguela, Lobito, Huambo, Kuito, Malanje, Uíge e Ndalatando

Criação do Instituto Nacional de Recursos Hídricos; Criação dos Gabinetes das Bacias Hidrográficas do

Zambeze, Kwanza e Kubango.

Aprovação da Política e a Estratégia de Segurança Energética Nacional pelo Decreto Presidencial nº 256/11.

Aprovação do Plano de Contingência Províncial

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 222

Construção e Urbanismo Telecomunicações e Tecnologias de Informação

Implementação do Sistema Nacional de Informação Territorial.

Elaboração do estudo sobre o Plano Inter-Provincial de Ordenamento do Território (PIPOT) das províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico

Constituição de 217 reservas fundiárias a nível nacional. Execução do Cadastro Nacional do Património Habitacional

(Base Dados e Propriedade Horizontal).

Aprovação do Livro Branco das Tecnologias de Informação e Comunicação

Reformulação do Estatuto Orgânico e do Quadro legal do INAMET

Implementação e operacionalização do Projecto e-GOV; Implementação do Projecto Computadores para Crianças

“Meu Kamba”.

Transportes

Elaboração do Plano Director Nacional do Sistema de Transportes de Angola. Alteração do Modelo Institucional dos Caminhos-de-ferro de Angola Criação do Instituto Superior de Gestão, Logística e Transportes e de novas escolas e centros de formação. Refundação da TAAG e da ENANA.

SECTORES SOCIAIS

Família e Promoção da Mulher Desenvolvimento Rural

Actualização do Código de Família e reforço do papel do Conselho Nacional de Família;

Elaboração do Plano de Acção Nacional contra a violência no Género e contra a Violência Domestica nos países da SADC;

Aumento da participação das mulheres nos Órgãos de poder e tomada de decisão

Implementação do Programa Municipal de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza;

Implementação do Programa de Apoio à Mulher Rural; Construção das primeiras aldeias rurais, que servem de

paradigma para o Programa de Estruturação e Requalificação das Aldeias Rurais.

Educação Formação Profissional

Descentralização da gestão administrativa e financeira das instituições de ensino.

Inclusão no currículo escolar da educação moral e cívica, ambiental e para a saúde preventiva

Elaboração de legislação sobre financiamento da formação profissional

Regulamentação da Bolsa Nacional de Formadores Expansão das vagas de novos cursos e do número de

centros de formação profissional.

Ensino Superior Ciência e Tecnologia

Adopção das Linhas Mestras para a Melhoria da Gestão do Subsistema do Ensino Superior e do seu Plano de Implementação;

Estabelecimento de sete (7) regiões académicas que delimitam o âmbito territorial de actuação e expansão das instituições de ensino superior;

Reorganização da rede das instituições de Ensino Superior públicas, criação de novas instituições de ensino superior e redimensionamento da Universidade Agostinho Neto.

Adopção da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação;

Implementação do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDECIT);

Elaboração do Estatuto da Carreira de Investigação Científica

Saúde Habitação

Adoção da Política Nacional de Saúde, do novo Estatuto Orgânico do MINSA, da Política Farmacêutica, do Regime Jurídico de Gestão Hospitalar e do Diploma das Careiras de Enfermagem;

Criação do Comité Nacional de Auditorias e Prevenção de Mortes Maternas e Perinatais;

Definição e implementação do “Pacote Básico de Cuidados e Serviços de Saúde”

Elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2021.

Demarcação de 13 reservas fundiárias, em todo território nacional com uma área total de 167.733,32 Hectares, distribuídas em algumas províncias.

Aceleração do processo de venda do Património Habitacional do Estado

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 223

SECTORES SOCIAIS

Reinserção e Segurança Social Cultura

Assistência alimentar e não alimentar a pessoas carenciadas e em situação de vulnerabilidade;

Apoio Social a famílias com crianças vulneráveis e em particular às afectadas e infectadas pelo VIH-SIDA;

Revisão da fórmula de cálculo das prestações e fixação de um tecto máximo (limite no valor das pensões);

Reestruturação e modernização dos Serviços do Instituto Nacional de Segurança Social (Novo paradigma dos Serviços Municipais e das Agências de Prestação de Serviços).

Ractificação das convenções da UNESCO para a Cultura. Preparação de processo de inscrição na Lista do

Património mundial da Zona histórica de Mbanza Kongo, do Corredor do Kwanza e das Pinturas Rupestres de Tchitundu Hulo.

Juventude e Desportos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra

Estabelecimento do Cartão-Jovem para favorecer a aquisição de bens e serviços, em condições vantajosas;

Elaboração da Lei de Bases da Juventude e Política Juvenil do Estado.

Implantação de Centros Comunitários da Juventude e das Casas da Juventude das Províncias da Huíla e Kwanza Sul

Dotação das províncias com equipamentos desportivos e de lazer para a realização de prática e competições desportivas e para eventos de lazer.

Revisão da proposta de Lei do Antigo Combatente e do Veterano da Pátria.

Cadastramento de Deficientes de Guerra em situação de extrema vulnerabilidade e actualização das pensões nas mesmas percentagens em que ocorrem os reajustamentos dos salários da Função Pública.

Reintegração de assistidos individuais ou colectivos em diversos sectores de actividades e atribuição de residências aos Antigos Combatentes e Deficientes

Comunicação Social

Elaboração e implementação dos Projectos de Lei da Radiodifusão, Televisão e do Conselho Nacional de Comunicação Social; Elaboração e implementação dos Decretos do Estatuto do Jornalista, da Assessoria de Imprensa, do Licenciamento de

actividades de Televisão e Radiodifusão, Imprensa Regional e aplicação de multas no âmbito da Lei de Imprensa; Cobertura do território nacional pelos meios, públicos e privados, de comunicação social.

SECTORES INSTITUCIONAIS

Administração Pública Justiça

Aprovação do Decreto Presidencial Nº 102/11 sobre os Princípios Gerais de Recrutamento e Selecção de Candidatos na Administração Pública.

Aprovação do Decreto Presidencial Nº 104/11 sobre as Condições e Procedimentos de Elaboração, Gestão e Controlo dos Quadros de pessoal da Administração Pública.

Expansão da Rede SIAC

Construção do Palácio da Justiça Elaboração do Programa de Modernização e Reforma da

Administração da Justiça Modernização e informatização dos Serviços dos Registos

e Notariado.

Sistema Estatístico Nacional Administração e Gestão do Território

Aprovação dos diplomas Legais para a realização do RGPH, e dos questionários do Recenseamento à luz do manual das Nações Unidas para a Ronda Censitária 2010 e marcação da data para a realização do RGPH e do seu momento censitário para o dia 16 de Julho do ano 2013 à Meia-noite.

Aprovação da Lei de Bases Gerais do SEN - Lei 3/11, de 14 de Janeiro

Actualização do ficheiro de unidades estatísticas e continuação da revisão da Classificação Nacional de Bens e Serviços

Início da produção e publicação do IPC Agregado (Luanda mais 6 províncias).

Elaboração do Plano Nacional Estratégico da Administração do Território;

Implementação do Sistema Integrado de Informação da Gestão da Administração do Território (SIIGAT);

Aprovação de legislação fundamental, nomeadamente: Decretos Presidenciais que estabelecem o regime financeiro das acções dos governos provinciais e das administrações municipais e o da orgânica e funcionamento dos órgãos Locais; Decreto Executivo que autoriza o Instituto de Formação da Administração Local, a organizar cursos de curta duração, de especialização e pós-graduação; Decreto Presidencial que aprova o Estatuto Orgânico dos novos Municípios

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 224

Economia e Sector Empresarial

Gabinete Técnico de Apoio às Parcerias Público Privadas. Aprovação da Lei 2/11 de 14 de Janeiro (Lei das PPPs).

Instituto para o Sector Empresarial Público 1. Realização de diagnósticos a 73 empresas do Sector Empresarial Público, incluindo as empresas subsidiárias da Endiama

E.P.; 2. Regularização dos órgãos de órgãos sociais de empresas públicas:

2009: 5 empresas; 2010: 17 empresas; 2011: 11 empresas; 2012: 4 empresas

3. Elaboração de relatórios agregados de prestação de contas das empresas do Sector Empresarial Público, referentes aos períodos de 2009, 2010 e 2011;

4. Elaboração do pacote legislativo do Sector Empresarial Público, que integra a (i) proposta de Lei do Sector Empresarial Público, (ii) Regulamento da Lei do Sector Empresarial Público, (iii) O Estatuto do Gestor Público e (iv) O Estatuto Remuneratório do Gestor Público.

5. Regularização da situação jurídica de 17 empresas do sector empresarial público; 6. Liquidação de 9 empresas do sector empresarial público; Constituição de comissões de liquidação de 4 empresas do Sector Empresarial Público.

Sector Empresarial Privado Aprovação e publicação dos seguintes diplomas legais: 1. Lei n.º 30/11 de 13 de Setembro, Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas; 2. Decreto Presidencial n.º 40/12, de 13 de Março que cria o Balcão Único do Empreendedor e aprova o seu Estatuto

Orgânico; 3. Decreto Presidencial n.º 41/12, de 13 de Março que aprova o Modelo de implementação do Programa de Apoio às

MPME’s; 4. Decreto Presidencial n.º 42/12, de 13 de Março que, aprova o Programa de Apoio ao Pequeno Negócio; 5. Decreto Presidencial n.º 43/12, de 13 de Março que aprova o Regulamento da Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro sobre as

MPME’s; 6. Decreto Presidencial n.º 78/12 de 4 de Maio – cria o Fundo de Garantia de Crédito e aprova o seu regulamento; 7. Decreto Presidencial n.º 79/12 de 4 de Maio – que aprova o Regulamento das Actividades das Sociedades de Garantia de

Crédito; 8. Decreto n.º77/12, de 1 de Junho, que, nomeia o Conselho de Administração do INAPEM; 9. Decreto n.º78/12, de 1 de Junho, que, nomeia o Conselho de Administração do IFE; 10. Despacho Conjunto n.º 672/12, de 1 de Junho, que nomeia o Conselho de Administração do Fundo de Garantia de Crédito; 11. Decreto Presidencial n.º 297/11 de 5 de Dezembro – cria o Instituto de Fomento Empresarial (IFE), aprova o seu Estatuto

Orgânico; 12. Despacho Presidencial n.º 78/12 de 1 de Junho, que nomeia o Conselho de Administração do Instituto do Fomento

Empresarial; Decreto Presidencial n.º 298/11 de 5 de Dezembro – altera o Estatuto Orgânico do INAPEM cria o Instituto de Fomento

Empresarial (IFE).

Zona Económica Especial 1. Decreto Nº 50/09, que criou a ZEE Luanda-Bengo; 2. Decreto Nº 57/09 que criou a Sociedade de Desenvolvimento da ZEE Lda-Bgo E.P; 3. Decreto Nº 65/09 que nomeou o Conselho de Administração da ZEE E.P; 4. Decreto Presidencial Nº 49/11 que aprovou o Regime Jurídico da ZEE Luanda – Bengo; 5. Decretos Presidenciais que estabelecem os Limites Geográficos das Reservas Territoriais e a transferência dos mesmos

para o domínio privado da ZEE E.P.: 67/11; 68/11; 69/11; 70/11; 71/11; 72/11; 73/11; 74/11; 75/11; 76/11; 77/11; 80/11; 84/11; 85/11; 86/11; 87/11; 88/11; 89/11; 90/11; 91/11; 92/11; 93/11; 94/11;

6. Dezanove (19) Unidades Industriais em funcionamento; 7. Vinte e quatro (24) Unidades Comerciais e de Prestação de Serviços em funcionamento; Postos Especiais em funcionamento: Polícia Nacional, Serviço Nacional de Bombeiros e Serviço de Migração e Estrangeiros.

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 225

ANEXO 3. Fraquezas Críticas e Principais Potencialidades a Nível Sectorial

SECTORES ECONÓMICOS

Sector Fraquezas Críticas Potencialidades

AGRICULTURA

1. Produção agrícola de subsistência praticada por camponeses com baixo nível de formação ou analfabeta

2. Estado de degradação das vias secundárias e terciárias bem como a existência de minas nalgumas localidades

3. Baixa produtividade agrícola e falta de experiência do sector empresarial

4. Quase inexistência de comércio rural e de redes de frio e armazenagem.

1. Cluster Agro-alimentar considerado prioritário , solos de elevada aptidão agrária e elevada biodiversidade

2. Abundância de recursos hídricos e extensão do território;

3. Elevada proporção da população cuja actividade está directamente relacionada com a produção agrícola

PESCAS

1. Acentuado decréscimo das biomassas dos principais recursos;

2. Baixa qualificação dos recursos humanos e empresariais.

3. Ausência de uma rede integrada para a comercialização e distribuição dos produtos da pesca;

4. Fraca operacionalidade do sector industrial pesqueiro no domínio do processamento

1. Orla marítima extensa com um considerável nível de biomassa;

2. Desenvolvimento da Aquicultura para aumentar a disponibilidade de pescado;

3. Perspectiva de desenvolvimento da indústria de processamento de pescado e dinamização das salineiras

PETRÓLEO

1. Ocorrências de avarias mecânicas e outras em algumas unidades de processamento bem como de paragens de emergência de algumas plataformas, deposição de condensados e hidratos em linhas de gás de elevação

2. Ausência de integração do Plano Director da Rede de Distribuição do Sector Petrolífero (PDR)

3. Escassez de recursos financeiros para o desenvolvimento da estratégia dos Biocombustíveis

4. Atraso na adjudicação dos contractos críticos para o arranque das operações do projecto ALNG

1. Grandes reservas de recursos petrolíferos por explorar e descoberta de novos campos de produção,incluindo no pré-sal

2. Elevado potencial para a produção de formas alternativas de energias renováveis bem como de LNG

3. Aumento da capacidade de refinação com a construção e operação da Refinaria do Lobito

GEOLOGIA E MINAS

1. Insuficiente cobertura e conhecimento do parque geológico do País

2. Escassez de infra-estruturas geológicas, de transporte (ramais ferroviários) e de apoio à actividade mineira

3. Insuficiência de meios técnicos, materiais e humanos para o cumprimento integral das tarefas relacionadas com a fiscalização mineira e ambiente

4. Elevadas tarifas de transportação (caminho-de-ferro) e taxas aduaneiras sobre os produtos do subsector de rochas ornamentais

1. Diversas ocorrências minerais devidamente identificadas

2. Grande potencial diamantífero, algum já descoberto, e outros, por descobrir

3. Possibilidade de escoamento de minérios pelas vias marítima e ferroviária

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 226

SECTORES ECONÓMICOS

INDUSTRIA TRANSFORMADORA

1. Reduzidas infra-estruturas necessárias para a instalação de indústrias e insuficiência significativa de utilidades, principalmente água, saneamento e energia eléctrica

2. Ausência de uma política específica de protecção temporária à indústria nacional, sobretudo à nascente, incluindo o cumprimento insuficiente da legislação que determina a preferência da indústria nacional no abastecimento das instituições do Estado

3. Insuficiência de escolas, centros de formação, centros de competências e de inovação, incubadoras de empresas e outros instrumentos de apoio ao desenvolvimento das empresas industriais nacionais

4. Falta de um Plano e de Programas estratégicos para a industrialização de Angola, a médio e longo prazo, em sintonia com outros sectores pertinentes

5. Insuficiente actuação estratégica comum intersectorial no sentido da tomada de decisões numa perspectiva de criação de “clusters” que assegurem o desenvolvimento sustentado da economia não petrolífera

6. Problemas recorrentes nos desalfandegamentos de equipamentos por falta de definição dos respectivos processos e consequente desorçamentação de meios financeiros para o efeito

7. Necessidade de reorientação dos serviços do MIND para as orientações do Programa do Governo e para a resolução dos problemas dos industriais, incluindo o reforço dos meios, capacidades e competências internas

8. Necessidade de concluir a Reforma Tributária e de celebrar acordos para evitar a dupla tributação com os principais países fonte de investimento directo estrangeiro (IDE)

9. Persistência de alguma burocracia na criação de empresas privadas pese, embora, os avanços significativos alcançados (GUE, BUE, etc.).

1. Orientações precisas do Executivo no sentido do desenvolvimento sustentado da indústria transformadora no período 2013-2017, focalizando-se na criação de “clusters”, no desenvolvimento da inovação e das competências e na cooperação intra e intersectorial

2. Relativa proximidade de matérias-primas para algumas actividades industriais (fabricação de cimento, cerâmicas de barro vermelho e branco, sumos, conservas de frutas, de hortofrutícolas, peixe, etc.)

3. Condições adequadas para a implantação de pólos de desenvolvimento e condomínios industriais

4. Reabilitação de infra-estruturas, com destaque para estradas, caminhos-de-ferro, pontes e de fontes de fornecimento de energia eléctrica e água

5. Lançamento de novos programas de financiamento às MPME

6. Aumento significativo de estabelecimentos de ensino superior e médio e de outros centros de estudos técnicos e tecnológicos

COMERCIO

1. Escassez de quadros com formação académica qualificada, capacidade financeira, comercial, profissional, vocação e/ou cultural comercial na maioria dos comerciantes e de agentes económicos locais.

2. Falta de recursos financeiros para a execução e conclusão das obras, no âmbito do programa de reestruturação do sistema de logística e de distribuição de produtos essenciais à população – PRESILD (NCR).

3. Ausência de um Fundo de Garantia de Créditos à Actividade Comercial

4. Inexistência de Quadro Jurídico-Legal de alienação de Imóveis do sector do comércio, ainda propriedade do Estado para reforço da capacidade de negociação patrimonial dos comerciantes angolanos

1. Lançamento do Programa Nacional de Plataformas Logísticas

2. Organização do Comércio Rural. 3. Programa “Train For Trade”, para

desenvolvimento da capacidade de negócios

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 227

SECTORES ECONÓMICOS

HOTELARIA E TURISMO

1. Escassos e dispendiosos meios e infraestruturas de transportes e comunicações

2. Inexistência de programas de turismo e lazer, quer orientados para o mercado interno que internacional

3. Tarifas e preços de hotelaria e restauração não competitivos a nível internacional

4. .Fraca disponibilidade de recursos humanos qualificados

1. Oportunidades de exploração turística associadas a novos polos de desenvolvimento

2. Desenvolvimento de turismo de negócios decorrente da criação de novos centros de convenções

3. Existência de património etnológico e cultural diversificado e de rica variedade de realidades climáticas

AMBIENTE

1. Insuficiência de quadros técnicos para a execução dos programas do sector

2. Degradação das condições ambientais, quer através do agravamento da desertificação quer do frequente aparecimento de ravinas

3. Fraca educação ambiental, deficiente saneamento, bem como ausência de controlo de poluição e de acompanhamento sobre o impacto ambiental da erosão de solos, desflorestação e desertificação

4. Deficiente protecção, preservação e conservação das espécies em extinção, bem como insuficiente reabilitação dos parques nacionais, reservas naturais e áreas de conservação

1. Interesse crescente pelas questões ambientais e necessidade de protecção, preservação e conservação da qualidade ambiental

2. Aumento das áreas de conservação ambiental e florestal, bem como a valorização do património natural e das comunidades

3. Novas metodologias de análise da viabilidade económica e ambiental, assim como a obrigatoriedade de apresentação de estudos de impacto ambiental em projectos de investimento

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SECTORES DE INFRA-ESTRUTURAS

Sector Fraquezas Críticas Potencialidades

ENERGIA

1. Reduzida diversificação das fontes que compõem a matriz energética do País

2. Elevados custos do sistema causados por elevadas perdas técnicas e tecnologias pouco eficientes

3. Escassez de Recursos Humanos e Técnicos Qualificados

4. Insuficiência de equipamentos e de meios de medição da energia produzida e distribuída

1. Elevado Potencial hídrico, eólico, solar e biomassa

2. Capacidade institucional consolidada (Ministério, empresas públicas do sector)

3. Disponibilidade de recursos ou acesso a recursos para investimentos

ÁGUA

1. Inadequado mecanismo de fixação de tarifas. 2. Dependência dos mercados externos para a

aquisição de equipamentos, peças, acessórios e consumíveis;

3. Insuficiência de quadros técnicos e recursos locais, dificultando o acompanhamento e gestão de sistemas instalados;

4. Incorrecta gestão dos sistemas implantados, má execução das obras, utilização de material inadequado e má utilização por parte da população

1. Existência de 47 bacias hidrográficas principais;

2. Perspectiva de expansão do fornecimento de água potável a toda a população

3. Existência do Programa “Agua para Todos”

CONSTRUÇÃO E URBANISMO

1. Reduzida oferta nacional de materiais locais de construção, com forte repercussão nos custos

2. Escassez de mão-de-obra nacional qualificada

3. Existência de minas e engenhos explosivos em áreas destinadas a projectos de construção e habitação.

4. Baixa taxa de execução orçamental do sector com reflexos nos prazos das empreitadas e consequente aumento dos custo.

1. Melhoria substancial das infra-estruturas rodoviárias na maior parte do território nacional, permitindo o restabelecimento da circulação entre todas as capitais de províncias;

2. Necessidade de completar a rede nacional de estradas ,em particular das vias de ligação municipal e comunal

3. Cluster Habitação considerado prioritário e disponibilidade de reservas fundiárias

TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

1. Escassez de recursos humanos, em qualidade e quantidade nas especialidades do Sector

2. Subaproveitamento do potencial instalado pela Angola Telecom

3. Escassez de infraestruturas postais em todo o País e insuficiência de meios rolantes tecnológicos para o transporte de malas postais e distribuição de correspondência

4. Ausência de integração cooperativa com outras entidades que executam programas de infraestruturas semelhantes às do sector e dificuldades na aquisição dos direitos de passagem e de superfície

1. Rápida expansão da procura de TIC’s, quer a nível individual quer empresarial e institucional

2. Implementação do Programa de Governo Eléctronico

3. Operacionalização dos conceitos de “Correio de Proximidade” e de “Estações Multifuncionais”, que poderão funcionar como importantes ferramentas para a fixação das populações nas suas áreas de origem

TRANSPORTES

1. Infraestruturas, em particular a nível portuário, em mau estado de conservação

2. Ausência de infraestruturas e equipamentos de suporte aos transportes públicos colectivos de passageiros

3. Tarifas elevadas, mas nem sempre cobrindo custos operacionais

4. Situação deficitária da generalidade das empresas do sector

1. Cluster considerado prioritário com importantes projectos estruturantes, quer ao nível das infraestruturas quer dos sistemas de transportes e das suas articulações com as plataformas logísticas

2. Incremento da procura por infraestruturas derivada do aumento das actividades empresariais, resultantes das políticas nacionais de expansão e cooperação regional (SADC, CEEAC)

3. Relançamento do sector marítimo nacional, para o transporte marítimo internacional e nacional (cabotagem e fluvial)

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 229

SECTORES SOCIAIS

Sector Fraquezas Críticas Potencialidades

FAMILIA E PROMOÇÃO DA MULHER

1. Existência de disparidades de género em múltiplas dimensões

2. Inexistência de Centros de Aconselhamento Familiar de referência e Casas de abrigo de referência para as vítimas de violência domestica

3. Inexistência da institucionalização da prática da Planificação e Orçamentação na óptica do Género, no quadro dos compromissos do CEDAW (Convention on the Elimation of all forms of Descrimination Against Women)

4. Inexistência da institucionalização da prática de Desenvolvimento Económico Local na perspectiva do Género e Economia Solidária como metodologia para o fortalecimento das unidades familiares camponesas e das MERAs (Micro Empresas Rurais Associativas)

1. Ratificação de varias convenções da ONU e outras organizações internacionais sobre a mulher, género e família bem como o reforço de parcerias com as Agencias da ONU e outras Organizações

2. Movimento de organizações femininas mobilizadas para as principais preocupações das mulheres e da sociedade (direitos humanos, violência, participação, empoderamento económico)

3. Publicação do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento e a sua estratégia de implementação

DESENVOLVIMENTO RURAL

1. Migração para os grandes centros urbanos devido as condições precárias no meio rural

2. Desestruturação sócio-produtiva das comunidades rurais devido a falta de infraestruturas sociais e produtivas, com realce para as vias rurais;

3. Alto índice de analfabetismo no meio rural; 4. Desigualdade de gênero e dificuldade da

mulher em aceder às oportunidades e recursos nas zonas rurais.

1. Eixo de intervenção considerado prioritário para o desenvolvimento do cluster agro-alimentar e para o combate à pobreza

2. Recursos naturais favoráveis a produção agropecuária e florestal

3. Políticas públicas aprovadas com vista ao desenvolvimento rural e motivação da população em melhorar a sua condição socioeconómica

EDUCAÇÃO

1. Elevada taxa de analfabetismo ,em particular nas zonas rurais e peri-urbanas

2. Insuficiência de recursos humanos qualificados e dificuldades de recrutamento de docentes nacionais para as disciplinas técnicas no subsistema do ensino técnico profissional

3. Insuficiente oferta de ensino técnico-profissional, incentivando a progressão do ensino secundário em direcção ao ensino superior

4. Falta de condições mínimas nos espaços educativos para o desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem , principalmente nas províncias de Malange, Moxico, Cunene, Kuando-Kubango, Uige, Zaire, Bié e Bengo. Ensino Superior

1. Crescente procura de ensino, a todos os níveis, com a chegada aos diferentes subsistemas das gerações nascidas neste século, depois do estabelecimento da Paz em 2002

2. Implementação da Iniciação Escolar e alargamento da escolaridade obrigatória

3. Forte aposta no desenvolvimento do ensino técnico-profissional

FORMAÇAO PROFISSIONAL

1. Baixo nível de qualificação da população economicamente activa, fundamentalmente nas profissões de natureza técnica

2. Elevada taxa de desemprego 3. Fraca capacidade do sistema em satisfazer

as necessidades de formação profissional, em particular ao nível das profissões técnicas

4. Reduzida relevância atribuída à capacitação profissional pela generalidade das empresas

1. Necessidade de formação profissional em todos os domínios, em particular a nível técnico

2. População maioritariamente jovem carente de formação profissional que assegure a transformação estrutural da economia

3. Experiência acumulada na realização de programas de formação e a qualidade dos centros de formação profissional

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SECTORES SOCIAIS

ENSINO SUPERIOR

1. Escassez de cursos universitários na área de ciências, engenharia e tecnologias

2. Proliferação de cursos nas áreas das ciências jurídicas, sociais e gestão

3. Insuficiência e perfil inadequado do corpo docente, relativamente a formação académica e pedagógica

4. Escassez de recursos humanos, financeiros e materiais (infra-estruturas físicas, laboratórios, oficinas, equipamentos, bibliotecas) e inexistência de um sistema efectivo de informação, monitoria e avaliação do ensino superior

1. Intensa procura de ensino superior e necessidade de garantir a disponibilidade de Dirigentes, Quadros, Professores e Investigadores necessários ao desenvolvimento nacional

2. Existência de vontade política para o desenvolvimento do Ensino Superior traduzida no Plano Nacional de Formação de Quadros

3. Adequação da rede de instituições de ensino superior às necessidades de desenvolvimento local e nacional, com destaque na estruturação do ensino superior politécnico

4. Existência da possibilidade para a mobilização e captação de investimentos privados e de ajudas externas através da cooperação bilateral, multilateral e regional, com Estados e Organizações internacionais

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

1. Inexistência de um efectivo sistema nacional de ciência e tecnologia

2. Número reduzido de quadros nacionais especializados e deficiente cooperação científica e tecnológica

3. Insuficiência de infraestruturas, de recursos financeiros e de fundos de apoio à investigação científica e ao desenvolvimento tecnológico

4. Cultura industrial incipiente, precária coordenação e comunicação institucional, bem como deficiente divulgação da actividade científica

1. Lançamento e estruturação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

2. Grande disponibilidade, nacional e internacional, para o desenvolvimento de relações de cooperação internacional (protocolo da SADC, acordo com os países da CPLP e adesão ao Centro Internacional de Biotecnologia e Engenharia Genética)

3. Perspectivas da diversificação da economia nacional baseada na ciência e soluções tecnológicas favoráveis ao desenvolvimento sustentável

SAÚDE

1. Grande escassez e distribuição assimétrica de recursos humanos qualificados, a todos os níveis, insuficiente cobertura sanitária e dificuldade na manutenção das unidades de saúde existentes

2. Elevadas taxas de mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil, assim como elevado nível de malnutrição em menores de 5 anos

3. Alta incidência de doenças crónicas não transmissíveis, infecciosas e parasitárias, com destaque para as grandes endemias, doenças respiratórias e diarreicas bem como a persistência de surtos de Cólera, Raiva e Sarampo

4. Dificuldades acentuadas no Sistema de Gestão de Saúde e inadequado modelo de financiamento

1. Municipalização dos Serviços de Saúde, promovendo intervenções integradas e em articulação com as Políticas Públicas e financiamento para os cuidados primários de saúde prestado directamente aos Municípios

2. Existência em todas as Províncias de Mapas sanitários utilizadas como ferramenta para o desenvolvimento e gestão da rede sanitária

3. Perspectiva de melhoria das condições de vida da população através da continuidade das acções de saúde preventiva e de educação para a saúde

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 231

SECTORES SOCIAIS

HABITAÇÃO

1. Carência de meios humanos, materiais e técnicos, para dar resposta atempada à procura

2. Elevado deficite habitacional e baixa execução financeira das actividades que estão inseridas no Fundo de Fomento Habitacional

3. Morosidade na operacionalização de algumas Linhas de Crédito para os projectos financiados por Financiamento Externo (FE)

4. Baixa execução financeira/Insuficiência de recursos financeiros atribuídos pelo PIP/OGE 2011, tanto na sua totalidade como por rubricas especificas, particularmente nos domínios das infra- estruturas rodoviária e públicas

1. Habitação como cluster prioritário, em particular na construção de habitação social

2. Criação de infraestruturas em todas as reservas fundiárias para a construção de habitação social em todo o território nacional, e também fazer com que as novas urbanizações estejam dotadas de equipamento e infraestruturas sociais

3. Estruturação da indústria nacional de materiais de construção

REINSERÇÃO E SEGURANÇA SOCIAL

1. Reduzido nível de cobertura e de população abrangida

2. Evasão e fraude contributiva para a segurança social

3. Altas taxas de informalidade do mercado de trabalho

4. Insuficiência de recursos humanos e financeiros para assegurar as actividades de reinserção social

1. População bastante jovem 2. Aumento do número de contribuintes e

melhoria do sistema de protecção social obrigatória

3. Capacidade de promover a integração social das populações carenciadas e em situação de vulnerabilidade, proporcionando-lhes novos patamares de bem- estar e de oportunidades

CULTURA

1. Insuficiência de recursos financeiros e humanos qualificados exigidos pelo desenvolvimento cultural do País

2. Precaridade do património edificado da cultura e dos edifícios dos museus e Escolas de Artes

3. Ausência de registo e organização do património cultural intangível

4. Restrições de espaço na Biblioteca Nacional, impedindo a ampliação do acervo e a admissão de um maior número de leitores e visitantes em geral

1. Cultura como uma das principais fontes de incentivo para o turismo e como matéria-prima da indústria criativa

2. Crescente divulgação, inclusive no exterior, da cultura e da arte angolana

3. Contribuição significativa para a unidade nacional através da promoção e activação do sentimento de angolanidade

JUVENTUDE E DESPORTOS

1. Insuficiência de infraestruturas juvenis e desportivas nas comunidades, agravadas pela deficiente gestão, manutenção e conservação das mesmas

2. Reduzido número de pessoal técnico nacional, em particular nas modalidades de maior difusão

3. Ausência de adequadas unidades de formação a nível médio e superior

4. Dificuldades de inserção dos jovens na vida activa

1. Capacidade do desporto para promover valores e desenvolver habilidades no campo das relações sociais (competição, cooperação, lideranças, disciplina etc.);

2. Características e energia do jovem angolano para enfrentar dificuldades e desafios (perseverança, criatividade, energia, curiosidade e espirito empreendedor)

3. Infraestruturas desportivas existentes no País constituem uma mais-valia e existe capacidade organizativa acumulada na realização de várias competições e eventos desportivos regionais e internacionais

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 232

SECTORES SOCIAIS

ANTIGOS COMBATENTES E VETERANOS DA PÁTRIA

1. Recursos humanos qualificados insuficientes para as necessidades do sector

2. Falta de meios financeiros para a execução de Projectos de Construção dos Centros de Acolhimento

3. Dificuldades no processo de cadastramento de viúvas com idade inferior a 50 anos e órfãos maiores de idade sem aproveitamento escolar

4. Atrasos no pagamento de pensões e insuficiência de verbas para a execução de projectos

1. Capacidade de sensibilização e mobilização dos antigos combatentes e veteranos de guerra, para enquadramento na sociedade

2. Meios disponíveis para incentivar a reinserção activam na vida económica e social

3. Apoios directos ao fomento do empreendedorismo

COMUNICAÇÃO SOCIAL

1. Dificuldades de recrutamento de pessoal técnico qualificado, sendo insuficientes os meios de formação técnico-profissional

2. Grandes assimetrias territoriais no acesso à comunicação social

3. Deficientes infraestruturas provinciais, com alto grau de dependência de equipamentos externo

4. Fragilidade e concentração do parque gráfico nacional e lentidão do processo de modernização tecnológica

1. Disponibilidade à escala nacional de infraestruturas e equipamentos de comunicação social

2. Existência de capacidade específica de formação de quadros e técnicos para o sector

3. Crescente procura social de meios audiovisuais

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Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 233

SECTORES INSTITUCIONAIS

Sector Fraquezas Críticas Potencialidades

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. Elevado número de unidades orgânicas de reduzida dimensão

2. Dificuldades de recrutamento de quadros qualificados

3. Falta de actualização e/ou de requalificação profissional dos recursos humanos da função pública

4. Rigidez orgânica e pesados circuitos administrativos

1. Implementação da Reforma Administrativa 2. Alargamento da capacidade específica para

formação de recursos humanos para a administração pública central e local

3. Introdução do Governo Electrónico

JUSTIÇA

1. Elevado estado de degradação das infra-estruturas em cerca de 70%, maioritariamente com mais de 40 anos de existência

2. Falta de Tribunais, de serviços permanentes de Identificação Civil, de Conservatórias e Cartórios Notários em vários Municípios do País

3. Baixo nível de formação profissional dos quadros, afectando a sua capacidade para o desempenho das tarefas específicas do Sector

4. Escassez de infraestruturas de comunicações que permitam a centralização, a salvaguarda e a confidencialidade dos dados

1. Implementação da Reforma da Justiça 2. Intensificação de capacidade específica

para a formação de recursos humanos para o sector, nomeadamente de magistrados

3. Condições para tornar a contribuição da Justiça mais efectiva na redução dos índices de criminalidade e na melhoria do bem-estar social e na manutenção da paz ao nível nacional

SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

1. Condições de trabalho insuficientes no actual Edifício Sede do INE assim como nos SPINE

2. Recursos financeiros insuficientes para produção de estatísticas correntes (mensais e trimestrais)

3. Débil contribuição dos Sectores produtores de estatísticas ou actos administrativos

4. Escassez de recursos humanos com competência técnica e em quantidade para atender a procura em produção estatística oficial, com rigor e em tempo oportuno

1. Implementação, à escala nacional, da Lei de Bases do Sistema Estatístico Nacional, implicando o Recrutamento de Trabalhadores e Técnicos para o INE quer a nível de Luanda como a nível das províncias

2. A realização do Recenseamento Geral da População em 2013, permitirá ao INE dispor de mais meios técnicos e material para levar a cabo o seu programa de produção estatística e efectivar o seu papel de coordenador do SEN

3. Disponibilidade de novo edifício-sede do INE, moderno e funcional, e construção dos Edifícios Sedes Provinciais do INE

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO TERRITÓRIO

1. Ausência de uma política de gestão de Quadros a nível central (MAT) e da Administração Local do Estado, consubstanciado na fraca capacidade técnica a nível da administração local do Estado

2. Deficiente mecanismo de coordenação intra e inter-institucional em matérias concernentes ao seu mandato, bem como fraca capacidade de fiscalização das acções a nível das administrações locais

3. Fraca capacidade técnica e instrumental relativa ao planeamento municipal

4. Escassez de recursos humanos especializados a nível das administrações locais

1. Implementação da Reforma Administrativa a nível local e modernização dos serviços da administração local com o uso de tecnologias de informação e comunicação

2. Institucionalização progressiva do poder autárquico

3. Disponibilidade de meios específicos de capacitação dos recursos humanos para a administração local e autárquica

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SECTORES INSTITUCIONAIS

Sector Fraquezas Críticas Potencialidades

SECTOR EMPRESARIAL PÚBLICO, PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS E SECTOR EMPRESARIAL PRIVADO

1. Carência de recursos humanos qualificados 2. Situação deficitária da generalidade das

empresas públicas 3. Deficiências de actuação na gestão de

mandatos nos órgãos de administração, direcção e fiscalização das empresas do SEP e na avaliação sistemática do seu desempenho

4. Controlo imperfeito das relações financeiras entre o Estado e as empresas do SEP, nomeadamente no tocante a subsídios, impostos, créditos e débitos

5. Dificuldades na regulamentação da Lei 2/11, das PPP´s e do fundo de garantia das PPP´s

6. Ausência de Unidades PPP´s nos Sectores 7. Dificuldades de acesso ao crédito por parte

das empresas privadas 8. Ausência de recursos orçamentais para os

fundos de Garantias, de Capital de Risco e de bonificação de juros

9. Custos elevados da burocracia, dos impostos e de acesso às infra-estruturas, o que reduz a competitividade das empresas angolanas

10. Dificuldades de acesso à mão-de-obra qualificada e de gestão empresarial

1. Implementação da Reforma do Sector Público Empresarial

2. Instalação de novos regimes de gestão das empresas públicas

3. Renovação do estatuto de gestor público 4. Oportunidades de Parcerias Público

Privadas com potencial de “Value for Money”

5. Maior celeridade na implantação de infra-estruturas através de Parcerias Público Privadas

6. Melhoria da qualidade dos serviços públicos coma as Parcerias Público Privadas

7. Operacionalização do programa “Angola Investe” para facilitar acesso ao crédito,desburocratização e apoios fiscais às micro, pequenas e médias empresas angolanas

8. Operacionalização do “Programa de Apoio ao Pequeno Negócio” para a redução da informalização da economia

9. Redução dos custos da burocracia através dos Guichés Únicos

10. Adensamento das cadeias produtivas através da implantação da Zona Económica Especial Luanda-Bengo