plano municipal do livro e leitura de porto alegre

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Plano Municipal do Livro e Leitura de Porto Alegre http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pmll Abril de 2010: em torno de uma preocupação e objetivos comuns, representantes de entidades culturais se reuniram para estabelecerem metas e ações que permitam visualizar a leitura em nosso meio social. Junto com o poder público, compartilharam a responsabilidade de levar nossa cidade à condição de grande leitora. Dos já então rotineiros encontros, a proposta foi a criação do Plano Municipal do Livro e Leitura. Alicerçados pelo Plano Nacional, o Grupo de Trabalho foi instituído através da assinatura e publicação do Decreto nº 17.010 de 29 de março de 2011, em 15 de abril deste ano. O Plano é desenvolvido a partir dos seguintes eixos: 1 – Democratização do acesso 2 – Fomento à leitura e à formação de mediadores 3 – Valorização da leitura e Comunicação 4 – Apoio à criação e ao consumo de bens de leitura. CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS Eixo – Desenvolvimento da Economia do Livro Tema: Leitura na economia da cultura e as bases materiais do livro Data: 5 de julho Local: auditório Luis Cosme da Discoteca Pública Natho Henn, Casa de Cultura Mario Quintana Abertura: representantes da Câmara Rio-Grandense do Livro, Clube dos Editores e MinC Eixo – Fomento à Leitura e à Formação de Mediadores Tema: Formação do leitor Data: 11 de julho - segunda-feira Local: Faculdade de Biblioteconomia da UFRGS Abertura do debate: Profª Eliane Moro, Profª Lizandra Estabel e Sonia Zanchetta Eixo – Democratização de Acesso

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Compilação referente ao Plano Municipal Do Livro e Leitura de Porto Alegre, recém implantado.

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Page 1: Plano Municipal Do Livro e Leitura de Porto Alegre

Plano Municipal do Livro e Leitura de Porto Alegrehttp://www2.portoalegre.rs.gov.br/pmll

Abril de 2010: em torno de uma preocupação e objetivos comuns, representantes de entidades culturais se reuniram para estabelecerem metas e ações que permitam visualizar a leitura em nosso meio social. Junto com o poder público, compartilharam a responsabilidade de levar nossa cidade à condição de grande leitora. Dos já então rotineiros encontros, a proposta foi a criação do Plano Municipal do Livro e Leitura. Alicerçados pelo Plano Nacional, o Grupo de Trabalho foi instituído através da assinatura e publicação do Decreto nº 17.010 de 29 de março de 2011, em 15 de abril deste ano. O Plano é desenvolvido a partir dos seguintes eixos:1 – Democratização do acesso2 – Fomento à leitura e à formação de mediadores3 – Valorização da leitura e Comunicação4 – Apoio à criação e ao consumo de bens de leitura.

CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS

Eixo – Desenvolvimento da Economia do LivroTema: Leitura na economia da cultura e as bases materiais do livroData: 5 de julhoLocal: auditório Luis Cosme da Discoteca Pública Natho Henn, Casa de Cultura Mario Quintana Abertura: representantes da Câmara Rio-Grandense do Livro, Clube dos Editores e MinC

Eixo – Fomento à Leitura e à Formação de MediadoresTema: Formação do leitorData: 11 de julho - segunda-feiraLocal: Faculdade de Biblioteconomia da UFRGSAbertura do debate: Profª Eliane Moro, Profª Lizandra Estabel e Sonia Zanchetta

Eixo – Democratização de Acesso Tema: Cidade LeitoraData: 12 de julho – terça-feiraLocal: Teatro Bruno KieferEndereço: rua dos Andradas, 736 – Centro – Casa de Cultura Mario QuintanaAbertura do debate: Elisa Machado – Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas

Eixo – Valorização Institucional da Leitura e Incremento de seu Valor SimbólicoTema: Políticas públicas de leituraData: 1ª semana de agosto

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INSTITUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO

Secretaria Municipal de CulturaSecretaria Municipal de EducaçãoSecretaria Municipal de Coordenação Política e Governança LocalFrente Parlamentar de Incentivo à Leitura da Câmara Municipal de Porto Alegre

Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª RegiãoCâmara Rio-Grandense do LivroAssocição de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e JuvenilAssociação Gaúcha de Escritores

ONG CIRANDAR [Trabalha com as Bibliotecas Comunitárias locais]PROCEMPA [Órgão de TICs e Processamento de Dados do município]Goethe Institut [ramal de Porto Alegre]

- UM POUCO SOBRE AS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES DO GT

CÂMARA RIO-GRANDENSE DO LIVRO - CRLSociedade civil sem fins lucrativos, representa os interesses do setor editorial e livreiro gaúcho. A entidade atua de forma independente e tem como principal finalidade unir os que trabalham pelo livro, promovendo sua defesa e fomento, a difusão do gosto da leitura, a formação de novos leitores e o desenvolvimento da economia livreira e da cultura regional. A CRL realiza e apoia um grande número de atividades e projetos de fomento ao livro e à leitura, como os programas de leitura Adote um Escritor, Fome de Ler e Lendo pra Valer, que viabilizam encontros em escolas, entre escritores e alunos, além do projeto A Feira vai à Fase. Promove, ainda, atividades de formação para professores, bibliotecários e outros mediadores da leitura, e presta assessoria aos organizadores de feiras de livros do Estado. Além disso, realiza a Feira do Livro de Porto Alegre, evento que ocorre de forma ininterrupta desde 1955 e registrada, em 2010, como o primeiro Patrimônio Imaterial de cunho cultural da cidade de Porto Alegre.

ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORES E ILUSTRADORES DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL - AEILIJA AEILIJ é uma entidade nacional que agrega autores da palavra e da imagem em LIJ. Fundada em 30 de junho de 1999, na Casa da Leitura do Rio de Janeiro, em 2011 a AEILIJ trabalha em prol de seus mais de 300 associados espalhados por todo o Brasil, tendo representantes regionais atuantes nas principais regiões do País.Entre as principais atividades que a AEILIJ desenvolve, estão as parcerias com a FNLIJ/Rio, Feira do Livro de Porto Alegre, Feira do Livro de Caxias do Sul, Feira do Livro de Canoas, Bienal de São Paulo, FLIPinha, Manifesto Brasil Literário e Fundação Dorina Nowill. Além das participações em feiras e eventos de literatura, anualmente a AEILIJ promove a exposição itinerante Cores e Formas que Contam Histórias, com trabalhos de ilustradores associados. Em 2010 a associação lançou o selo AEILIJ-Solidária, que promove ações junto a entidades assistenciais. A entidade tem como palavra de ordem Pela democratização da literatura

CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIAO CRB-10 é uma unidade Regional do Conselho Federal de Biblioteconomia que tem por finalidade orientar e fiscalizar a profissão de bibliotecário e contribuir para o desenvolvimento biblioteconômico regional bem como manter cadastro das bibliotecas do estado.Ações de Leitura: - Programa Mobilizador de Bibliotecas Escolares; - Fórum Gaúcho pela Melhoria das Bibliotecas Escolares; Fiscalização da autuação profissional e do cumprimento da legislação relativa às bibliotecas

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FRENTE PARLAMENTAR DE INCENTIVO À LEITURAA Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura foi instituída no dia 24 de setembro de 2009. Desde então estamos buscando interligar iniciativas, formar redes de cooperação, ajudar no trabalho de formação de mediadores e, sobretudo, batalhar por políticas públicas de leituras.A Frente Parlamentar tem o desafio de integrar não apenas os parlamentares da cidade, mas toda a comunidade na tarefa de promover a leitura de livros, revistas, jornais, de filmes, de novelas, enfim, de incentivar o porto-alegrense a ler o mundo com seus próprios olhos. Presidente: Vereadora Fernanda Melchionna [Formada em Biblioteconomia - UFRGS]Secretário: Vereador Adeli Sell; Composição: Vereador Alceu Brasinha [e mais 10 outros]

GOETHE INSTITUT PORTO ALEGREFundado em 1956 por imigrantes alemães como Instituto Cultural Brasileiro Alemão, firmou em 1965 um convênio com o Instituto Goethe de Munique tendo como objetivo principal o intercâmbio cultural entre Alemanha e Brasil, o ensino da língua alemã, bem como fornecer informações sobre a Alemanha através da sua biblioteca. A biblioteca tem um forte intercâmbio profissional com instituições e iniciativas bibliotecárias e do incentivo à leitura.

PROCEMPAA Feira do livro de Porto Alegre conta com serviços da PROCEMPA - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação – disponibilizando acesso on-line com internet Wireless gratuita em toda praça da Alfândega além dos armazéns A e B do Cais do Porto.

CIRANDAR - CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE REDES SOCIAIS E CULTURAS LOCAISOrganização não governamental, sem fins lucrativos, criada em 2008, que tem como missão apoiar as redes de culturas locais buscando a inclusão social dos sujeitos, por meio do desenvolvimento de ações que promovam a formação, a integração social e a cultura.Os programas e projetos realizados buscam apoiar, incentivar e criar redes de ações comunitárias e práticas sustentáveis, fomentando alianças de fortalecimento da cidadania que expressem a cultura como experiência estética de fruição e direito social. Em Porto Alegre, a Ong Cirandar atua como responsável pelos processos formativos de mediadores de leitura e gestores sociais de uma rede de Bibliotecas Comunitárias, integrando o Programa Prazer em Ler do Inst. C&A.

SMEDA Secretaria Municipal de Educação insere-se no eixo social do modelo de gestão de Porto Alegre, no programa Lugar de Criança é na Família e na Escola, cujo objetivo é promover a atenção e a proteção à infância, à adolescência e à juventude. Em 2009, estabeleceu-se o princípio norteador do fazer pedagógico da Smed, com execução até o final desta administração. Será o Conhecimento Fazendo a Diferença, por meio dos eixos da gestão educacional de resultados: da inclusão, não só de deficientes, mas de todos os diferentes; da integralidade da educação, ampliando o tempo escolar diário do aluno e implantando a escola em tempo integral; e do conhecimento como qualidade unida ao que se quer para o aluno da Rede Municipal de Ensino (RME) e do papel dele na sociedade. Neste contexto, na busca permanente da qualificação do trabalho pedagógico e do resultado com o crescimento intelectual dos alunos, como meta da Smed, acontecem ações de leitura, como fortalecimento do conhecimento. Iniciativas como os programas de leitura Adote um Escritor, a Hora do Conto, Sarau Literário, Parceiros da Leitura, Contadores de História e Alunos Monitores, entre outros, continuarão a ser incentivados e fortalecidos pela Secretaria. Ressalte-se que, das 96 escolas da RME, 55 delas possuem bibliotecas muito bem equipadas, equiparáveis às melhores bibliotecas da cidade. Além disso, as 41 escolas de Educação Infantil dispõem de espaços de leitura apropriados à idade dos alunos. É importante salientar, por fim, que tanto as bibliotecas quanto aos espaços de leitura têm dotações financeiras específicas, que asseguram a renovação dos acervos e a ampliação dos títulos.

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HISTÓRICO DO PMLL

A cultura e a educação têm um papel estratégico na formulação e execução das políticas que promovam o acesso ao livro e à formação de leitores, como ações de cidadania, inclusão social e desenvolvimento humano.

Na instituição dessa política, os Ministérios da Cultura e da Educação criaram, por meio da portaria interministerial nº. 1.442 de 10 de agosto de 2006, o Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL – tendo como eixos organizadores estimular a democratização do acesso ao livro, o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro. O PNLL criou o marco institucional para o livro e a leitura como política pública. Sua implementação conta com o compromisso de estados e municípios e também das inúmeras instituições da sociedade guiadas pelos mesmos objetivos. Esse compromisso se materializa na elaboração dos Planos Estaduais do Livro e Leitura (PELL) e dos PMLL. Em Porto Alegre, em abril de 2010, em reunião preparatória à 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, é apresentada a proposta de criação do Plano Municipal do Livro e da Leitura, com a presença de representantes da Associação Gaúcha de Escritores, Instituto Goethe, Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, organizações não governamentais Cirandar e Instituto C&A, Câmara Rio-Grandense do Livro, Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, secretarias de Cultura e Educação, Conselho Regional de Biblioteconomia. O grupo prontamente acolheu a ideia de construção do Plano, nascendo assim, extra-oficialmente, o Grupo de Trabalho do PMLL. O grupo passa a reunir-se quinzenalmente para trabalhar a construção de um diagnóstico de ações de leitura na cidade. Atendendo a pedido das entidades e de ativistas da área de leitura, a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura organiza uma primeira Audiência Pública na Câmara Municipal para debater o tema, com o objetivo de avançar na organização do Plano Municipal da cidade de Porto Alegre. Ainda no mês de novembro, é realizada a segunda Audiência Pública. No dia 11 de novembro, o prefeito José Fortunatti recebe representantes de todas as instituições, que lhe passam às mãos o diagnóstico de leitura feito pelo grupo, comprometendo-se a instalar oficialmente, através de decreto, o Grupo de Trabalho.O Diário Oficial de 13/04/ 2011 publica o decreto que institui o Grupo de Trabalho do PMLL. No dia 17 de abril, amantes do livro, da leitura e da literatura promovem o Livraço, no parque Farroupilha, ação pública de celebração da luta por uma cidade mais leitora. Além de grande público participante, estiveram presentes escritores, livreiros, editores e produtores culturais de diversas áreas.--

DECRETO DE CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHOPorto Alegre, 11 de novembro de 2010, Excelentíssimo Senhor José Fortunatti - Prefeito

Porto Alegre muito tem para se orgulhar por ações em prol da leitura que vem acontecendo como resultado de iniciativas públicas e privadas. A partir dessas ações, a cidade já poderia comemorar sua posição entre cidades leitoras. Mas esse é apenas um ponto de partida: precisamos e queremos muito mais para nossa cidade. A leitura como via principal de acesso ao conhecimento e à cultura é fundamental para incentivar o desenvolvimento pleno de todas as capacidades humanas. O fomento da leitura em todos os estratos sociais está intimamente

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relacionado com o desenvolvimento e o progresso dos povos. As políticas públicas que fomentam o hábito leitor dos cidadãos garantem a conformação de um povo que caminha com solidez para a democratização do conhecimento.

“Livro não é um privilégio, é um direito. O livro fundamenta o desenvolvimento. A leitura desenvolve a capacidade crítica, aperfeiçoa o desempenho profissional, estimula a imaginação. O poder aquisitivo não deverá determinar o acesso ao livro. Cabe aos poderes públicos e às entidades privadas levar o livro a todos.” (Donaldo Schuler, em Carta do Cinqüentenário da Feira do Livro de Porto Alegre.)

Uma preocupação em comum reuniu o grupo que hoje aqui se faz representar. A partir de 8 de junho deste ano, encontros semanais tem reunido representantes de entidades culturais que tem na leitura sua meta e cuidado. Nós, cidadãos porto-alegrenses representantes de entidades que tem na leitura sua meta e preocupação primeira, queremos dividir com o poder público a responsabilidade de elevar nossa cidade à condição de grande leitora, com fomento eficiente à leitura e à formação de mediadores, com a valorização da leitura e da comunicação e com desenvolvimento da economia do livro.

Estado e sociedade juntos na construção de políticas sólidas, com a união e o trabalho conjunto entre Educação e Cultura na missão de formar leitores, através de estratégias que se complementem nas escolas, nas famílias, nos bairros, nas empresas, nas comunidades, garantirão o direito de ler e de escrever a nossos cidadãos. Estaremos à disposição para levar adiante a construção e consolidação de políticas públicas através da mobilização social, repartindo responsabilidades entre os diferentes setores da sociedade, potencializando os recursos já existentes.

A partir de estudos, diagnósticos e pesquisas que permitam o estabelecimento em conjunto de metas e resultados, temos certeza que poderemos apresentar à cidade um plano exequivel para o livro e a leitura dos porto-alegrenses, alcançando metas e atingindo índices otimizados para uma cidade que possa se orgulhar de uma ação comunitária. Conte conosco, Senhor Prefeito, na implantação e um plano municipal para o Livro, Leitura e Literatura.

AtenciosamenteEXECUTIVO

--

DECRETOS - PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGREDiário Ofi cial de Porto Alegre

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 94, inciso II, da Lei Orgânica do Município, e Considerando a necessidade da elaboração do PlanoMunicipal do Livro e Leitura (PMLL) no Município de Porto Alegre, D E C R E T A:

Art. 1º Fica instituído Grupo de Trabalho (GT) para elaboraçãodo Plano Municipal do Livro e Leitura (PMLL) do Municípiode Porto Alegre, que tem por fi nalidade:I – realizar o diagnóstico das ações de leitura, públicase privadas, para o Município;II – elaborar eixos temáticos de atuação, com inspiraçãono Plano Nacional do Livro e Leitura; eIII – realizar a construção democrática da redação ofi -

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cial do PMLL, e submetê-la à aprovação da comunidade porto-alegrense,através de seminário, a ser realizado em 2011.Art. 2º Fica o GT composto por 2 (dois) representantesde cada um dos seguintes Órgãos e entidades:I – Secretaria Municipal de Cultura (SMC);II – Secretaria Municipal de Educação (SMED);III – Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local (SMCPGL);IV – Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura (FPIL), da Câmara Municipal de Porto Alegre;V – Organização Não Governamental Cirandar;VI – Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (PROCEMPA);VII – Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região (CRB-10);VIII – Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AELIJ);IX – Associação Gaúcha do Escritor (AGES);X – Goethe-Institut Porto Alegre;XI – Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL);XII – Conselho Municipal de Cultura (CMC); eXIII – Conselho Municipal de Educação (CME).

§ 1º A Coordenação do GT compete ao representante da SMC.§ 2º Os integrantes do GT serão indicados pelos dirigentes dos Órgãos e entidades referidos nos incisos do “caput”, devendo ser designados por ato do Prefeito Municipal, e não farãojus a qualquer tipo de remuneração.

Art. 3º O GT deve apresentar a conclusão de seus trabalhos, através de relatório ao Gabinete do Prefeito (GP), no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicação deste Decreto.

Art. 4º Integram este Decreto os seguintes anexos:I – Anexo I - Guia para Diagnóstico do Livro e Leitura;II – Anexo II - Modelo de questionário para o diagnóstico;III – Anexo III - Ficha de avaliação do PMLL.

Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de março de 2011.José Fortunati, Prefeito; Sergius Gonzaga, Secretário Municipal de Cultura; Cleci Maria Jurach,Secretária Municipal de Educação.

--

ANEXO I ao Decreto nº 17.010.

Guia para Diagnóstico do Livro e Leitura

1) Seção de dados objetivos a serem pesquisados:1.1. Nº de bibliotecas municipais;1.2. Nº de bibliotecas escolares;1.3. Nº de bibliotecas comunitárias;1.4. Nº de livrarias;1.5. Pontos de acesso ao livro: metrôs, praças ou paradas de ônibus;1.6. Pontos de cultura ou pontos de leitura existentes no Município;1.7. Centros culturais com bibliotecas ou salas de leitura;

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1.8. Ações de promoção da leitura de municipal: exemplos: composição de acervos através de programas de distribuição de livros e outros suportes ou portadores de textos, eventos, seminários, premiações, etc. (listar);1.9. Ações de promoção da leitura de âmbito federal que beneficiem o Município (exemplos: composição de acervos por meio de programas de distribuição de livros e outros suportes ou portadores de textos, formação presencial de educadores, formação a distância, ações do Programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura, etc.);1.10. Existência de plano de ação e/ou adesão ao Plano de Desenvolvimento da Educação e respectivas ações na área de promoção da leitura no Município;1.11. Formação de educadores mediadores de leitura (como acontece e público beneficiado);1.12. Formação de educadores de escolas públicas (como acontece e público beneficiado);1.13. Indicadores sociais e educacionais do Município: IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), taxa de alfabetismo funcional, nº de escolas, nº de escolas por habitantes, nº de professores por habitante, outrosdados de desempenho escolar ou de desempenho na leitura e escrita (Escolas que tiveram melhores e piores resultados no IDEB).

2) Seção de itens qualitativos que trarão impressões e/ou opiniões dos entrevistados. Na(s) entrevista(s) realizada(s), procure sempre anotar o cargo ocupado pela pessoa e, caso ela não queira se identificar, ao menos faça uma referência à área em que ela trabalha. Você pode também explicitar que as opiniões proferidas serão mantidas em sigilo.

2.1 Resumo das impressões do entrevistado sobre a política voltada para a promoção da leitura ou do conjunto de ações e iniciativas públicas voltadas para essa área.

2.2. Relato e opinião sobre os problemas e dificuldades que afetam a implementação de ações, iniciativas e políticas públicas na área de promoção da leitura no Município.

2.3. Relato e opinião sobre os avanços na implementação de ações, iniciativas e políticas públicas na área de promoção da leitura no Município.

2.4. Percepção do que deve ser urgente e necessário ser realizado para impulsionar a criação e implementação de um Plano Municipal do Livro e Leitura.

3) Instrumento de diagnóstico da situação das bibliotecas e demais espaços de leitura no Município.

ANEXO II ao Decreto nº 17.010 - DIAGNÓSTICO SOBRE O LIVRO E A LEITURA NO MUNICÍPIO

Questionário

1) Identificação da Instituição:1.1. Nome da instituição: __________________________________1.2. Caracterização do espaço:( ) Biblioteca ( )pública ( ) comunitária ( ) escolar( ) Sala de leitura( ) Biblioteca itinerante ou móvel( ) Estação de acesso ao livro (ex.: pontos de venda ou empréstimode livros em paradas de ônibus ou metrô)

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2) Equipamentos existentes no espaço de leitura (marque um X nos parênteses caso o equipamento exista na biblioteca ou sala de leitura e escreva informações adicionais ao lado de cada item, como, por exemplo, a quantificação dos itens):( ) Computadores (quantos) ( ) Acesso à Internet ( ) Acervo de livros. Quantos?( ) Acervo de outros suportes ou portadores de textos; revistas, jornais, periódicos, etc. Quais? Quantos? ( ) DVDs. Quantos? ( ) Jogos educativos. Quantos? ( ) Aparelho de TV( ) Aparelho de DVD ( ) Aparelho de videocassete ( ) “Data show” ( ) Máquina fotográfi ca( ) Murais – quantos e para qual utilidade ( ) Quadros de aviso( ) Tipos de estantes (convencionais, pivotantes, expositores de livros. Quantas?___

2.1. Sobre o acervo de livros (escreva ao lado de cada gênero a quantidade aproximada de livros existentes em seu acervo):( ) Literatura infantil ( ) Infanto-juvenil ( ) Juvenil ( ) Cordel

2.2. Bibliotecas: podem ser defi nidas como espaços que reúnem diferentes acervos (obras de referência (dicionários, enciclopédias, bibliografi as, Atlas, etc.), periódicos (revistas, jornais, etc.), pesquisa (livros para pesquisa escolar ou universitária – livros técnicocientíficos), literatura (diferentes gêneros) e demais informações em multimeios (CDs, DVDs, jogos, etc.); enquanto Salas de leitura: são espaços que podem reunir diferentes acervos, mas cuja fi nalidade é, quase sempre, voltada para um tema específico.( ) Literatura de fi cção para adultos ( ) Livros didáticos ( ) Enciclopédias( ) Dicionários ( ) Livros de não-fi cção (ex: científi cos, psicologia, religião,etc.) ( ) outros. Que tipos? _____________________________

2.3. Sobre o acervo de outros suportes de texto:( ) Jornais ( ) Revistas ( ) HQs (Histórias em quadrinhos)( ) Mapas/Atlas/Globos ( ) outros. Que tipos?

3) Condições de instalação:A ventilação é: ( ) adequada ( ) inadequadaA iluminação é: ( ) adequada ( ) inadequadaA acústica é: ( ) adequada ( ) inadequadaAs condições de higiene são: ( ) adequadas ( ) inadequadasO tamanho do espaço é: ( ) adequado ( ) inadequado

4) Sobre a relação da biblioteca ou espaço de leitura com o público:4.1. Qual a média de público mensal atendido?___Total ( ) Crianças de 5 a 12 anos ( ) Adolescentes de 13 a 17 anos ( ) Adultos ( )

4.2. Existe uma programação de eventos ou atividades na biblioteca ou espaço de leitura? Descreva essa programação em linhas gerais:______________________________________________________4.3. Quais as estratégias para a divulgação das atividades da biblioteca ou espaço de leitura?_____________________________________________________4.4. Existe cadastro de usuários? ( ) sim ( ) nãoComo estão organizados o cadastro e sistema de empréstimos (se houver)?______________________________________________________Explique as razões da não possibilidade de realização de empréstimos, se for o caso:______________________________________________________

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4.5. Como o público tem acesso ao acervo?( ) consulta/escolha direta nas estantes ( ) com recomendação de um/a educador/a ( ) acompanhado do educador/a ( ) acompanhado de um adulto ( ) outro _____________________________________4.6. Quais as principais demandas ou reivindicações dos usuários acerca de possíveis melhorias na biblioteca ou espaço de leitura?______________________________________________________4.7. Na sua opinião, o que poderia ser feito para melhorar as condições atuais de funcionamento e relação com o público da biblioteca ou espaço de leitura?______________________________________________________4.8. Na sua opinião, há difi culdades enfrentadas pelo espaço de leitura/ biblioteca para ampliar a frequência de usuários? Caso a resposta seja positiva, quais seriam as difi culdades mais relevantes?______________________________________________________

5) Gestão da Biblioteca ou Espaço de Leitura:5.1. Quantas pessoas trabalham na Biblioteca ou Espaço de leitura?______________________________________________________5.2. Quais as funções dos profi ssionais que atuam na biblioteca ou espaço de leitura?______________________________________________________5.3. Qual o horário de funcionamento da biblioteca ou espaço de leitura?______________________________________________________5.4. De onde vem os recursos para manutenção da biblioteca ou espaço de leitura?______________________________________________________

5.5. Como são adquiridos os acervos da biblioteca ou espaço de leitura?( ) Com recursos próprios, advindos da venda de produtos, serviços,realização de campanhas e/ou outras atividades de geração de recursos( ) Projetos apresentados para instituições apoiadoras do setor privado( ) Projetos apresentados para instituições da cooperação internacional/multilateral( ) Acervos distribuídos por programas do Governo Federal( ) Acervos distribuídos por programas do Governo Estadual( ) Acervos distribuídos por programas do Governo Municipal( ) Doações de educadores, usuários/as, funcionários e/ou comunidade do entorno( ) Outros, quais? ________________________________________

5.6. Existe algum critério para aceitação de doações para o acervo?( ) Não ( ) Sim. Quais? __________________________________________

5.7. Na sua opinião, o que pode ser feito para que a biblioteca ou espaço de leitura tenha melhores condições de gerenciamento?______________________________________________________

ANEXO III ao Decreto nº - FICHA DE AVALIAÇÃO DO PMLL

1) Sobre a formulação participativa do PMLL:1.1. Mobilizamos os setores de Educação e Cultura do Município?( ) Educação e Cultura( ) Só a Educação se envolveu( ) Só a Cultura se envolveu( ) Outro setor assumiu. Qual? ______________________________

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1.2. Convidamos os representantes dos governos estadual e federal com atuação na cidade?( ) sim ( ) não

1.3. O setor privado relacionado à economia do livro participou?( ) sim ( ) em parte ( ) não

1.4. Foram chamados os representantes dos movimentos sociais de fomento à leitura?( ) sim ( ) não

1.5. Participaram os educadores e mediadores de leitura em geral?( ) sim ( ) em parte ( ) não

1.6. Todas as instituições e movimentos relacionados à leitura foram convidados a participar? Participaram?( ) sim ( ) em parte ( ) não

1.7. Partimos de um documento prévio com fi nalidade e objetivos da criação do PMLL para iniciar os debates?( ) sim ( ) não

1.8. Realizamos diversos encontros com a comunidade interessada a fi m de constituir o grupo de trabalho do PMLL?( ) sim ( ) não

1.9. Todos segmentos relacionado à leitura tiveram direito à voz e voto nas reuniões do PMLL?( ) sim ( ) em parte ( ) não

1.10. Podemos dizer que a formulação do plano foi realmente participativa?( ) sim ( ) em parte ( ) não

2) Sobre os Diagnósticos e Informações necessários para formular o PMLL:2.1. Buscamos informações sobre a leitura em nosso município em diagnósticos, pesquisas ou relatórios nacionais antes de elaborar o PMLL?( ) sim ( ) não

2.2. Realizamos um diagnóstico do panorama de difusão do livro eda leitura no Município, antes da elaboração do PMLL?( ) sim ( ) não

2.3. Como fi zemos esse diagnóstico? Qual a metodologia utilizada?(Você pode marcar mais de uma opção)( ) Aplicamos um questionário ( ) Fizemos observações nos locais( ) Fizemos entrevistas ( ) Outros: ___________________________

2.4. Que aspectos quantitativos levantamos nesse diagnóstico (consumo de livros pela população; indicadores de analfabetismo e escolaridade; indicadores da produção editorial e atividade econômica relacionada à cadeia produtiva do livro no município; número e situaçãodas bibliotecas públicas, etc.)?______________________________________________________

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2.5. Que aspectos qualitativos levantamos nesse diagnóstico (entrevistas com leitores e não leitores para conhecer suas motivações, preferências, práticas e hábitos de consumo; levantamento das práticas e hábitos de leitura dos frequentadores das bibliotecas, pontosde difusão da leitura, escolas, livrarias, etc.)?______________________________________________________

2.6. Ouvimos os parceiros e solicitamos que disponibilizassem as pesquisas específi cas de suas áreas de atuação?( ) sim ( ) não

2.7. Convidamos as universidades e os especialistas da cidade ou região para contribuir nesse diagnóstico?( ) sim ( ) não

2.8. Defi nimos as atribuições dos diversos responsáveis pelo diagnóstico, para não duplicar esforços?( ) sim ( ) em parte ( ) não

2.9. Levamos em consideração os dados obtidos para a formulação do PMLL, principalmente quanto às metas a serem alcançadas?( ) sim ( ) em parte ( ) não

3) Sobre a justificativa para criação do PMLL:3.1. Elaboramos a justifi cativa de criação do PMLL com base nas dificuldades e/ou necessidades do Município, apontadas no diagnóstico?( ) sim ( ) em parte ( ) não

3.2. Tivemos aprovação da justifi cativa pela instância designada pela Prefeitura?( ) sim ( ) em parte ( ) não

4) Sobre os princípios norteadores na criação do PMLL: 4.1. Contemplamos todos os princípios norteadores do PNLL (práticas sociais; cidadania; diversidade cultural; construção de sentidos; o verbal e o não-verbal; tecnologias e informação; biblioteca como dínamo cultural; literatura; EJA; necessidades especiais; meios educativos; respeito ao que já existe; políticas públicas; integração; autores locais e o mercado; cadeia produtiva)?( ) sim ( ) em parte ( ) não4.2. Acrescentamos ao PMLL princípios próprios, determinados pela especificidade do Município?( ) sim ( ) em parte ( ) não

5) Sobre a criação de eixos temáticos para o PMLL:5.1. Partimos da criação de eixos para sistematizar programas e ações a partir de áreas estratégicas de atuação?( ) sim ( ) em parte ( ) não 5.2. Seguimos os eixos do PNLL (Eixo 1 – Democratização do acesso; Eixo 2 – Fomento à leitura e à formação de mediadores; Eixo 3 – Valorização da leitura e Comunicação; Eixo 4 – Apoio à criação e ao consumo de bens de leitura)?( ) sim ( ) em parte ( ) não5.3. Criamos nossos próprios eixos, determinados pela especificidade do Município? Eles atendem as nossas necessidades específicas?( ) sim ( ) em parte ( ) não

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5.3.1 Quais?___________________________________________

6) Sobre o estabelecimento dos objetivos do PMLL:6.1. Estabelecemos um objetivo geral, a ser alcançado para cada um dos eixos de ação?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.2. Estabelecemos um objetivo específi co, a ser alcançado para cada item de cada eixo temático?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.3. Verifi camos se cada conjunto de objetivos específi cos era capaz de contribuir para alcançar o objetivo geral correspondente?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.4. Elaboramos o objetivo geral e os específi cos condizentes com o diagnóstico prévio de nossa realidade municipal?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.5. Elaboramos objetivos realistas segundo as possibilidades do nosso Município?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.6. Conseguimos atingir todos os objetivos propostos?( ) sim ( ) em parte ( ) não6.7. O que não foi possível realizar nesse período de tempo (semestre, ano, biênio) e por quê?______________________________________________________6.8. Que objetivos foram adiados mas ainda podem ser realizados?______________________________________________________6.9. Surgiram novos objetivos depois da criação do PMLL?( ) sim ( ) não 6.10. Será necessário defi nir novos objetivos a partir de agora?( ) sim ( ) em parte ( ) não

7) Sobre o estabelecimento de metas e/ou indicadores a alcançar com a implantação do PMLL:7.1. Defi nimos da forma mais clara e detalhada possível o que pretendíamos alcançar e em que prazo isso deveria acontecer?( ) sim ( ) em parte ( ) não7.2. Nossas metas foram condizentes com o diagnóstico prévio de nossa realidade municipal?( ) sim ( ) em parte ( ) não7.3. Conseguimos atingir todas as metas propostas?( ) sim ( ) em parte ( ) não7.4. O que não foi possível realizar nesse período de tempo (semestre, ano, biênio) e por quê?______________________________________________________7.5. Que metas foram adiadas e ainda podem ser alcançadas?______________________________________________________7.6. Surgiram novas metas depois da criação do PMLL?( ) sim ( ) não7.7. Será necessário defi nir novas metas a alcançar a partir de agora?( ) sim ( ) não

8) Sobre a articulação das parcerias para viabilizar o PMLL:8.1. Envolvemos na criação e implantação do PMLL o maior número possível de pessoas e entidades relacionadas ao livro e à leitura no Município?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.2. Escolhemos um coordenador do PMLL?( ) sim ( ) não

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8.3. (Em caso de resposta afirmativa) O coordenador articulou e envolveu adequadamente novos parceiros potenciais?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.4. Defi nimos o foco de atuação de cada parceiro no direcionamento das ações do PMLL?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.5. Defi nimos e atingimos indicadores de articulação para o PMLL (quanto a número e natureza dos parceiros envolvidos)?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.6. Criamos canais adequados de interlocução entre os parceiros (boletins, encontros regulares, listas de distribuição, fóruns, etc.)?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.7. As parcerias estabelecidas se consolidaram e produziram os resultados esperados?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.8. Os parceiros que iniciaram o PMLL permanecem envolvidos no processo de implantação das ações do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não8.9. Foram (ou serão) incluídos novos parceiros depois de iniciado o processo?( ) sim ( ) não

9) Sobre a Gestão de Recursos para viabilizar as ações do PMLL:9.1. Conseguimos prever uma ação coordenada e planejada dos recursoshumanos, políticos e fi nanceiros existentes para a execuçãodo Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.2. Conseguimos quantifi car e categorizar todas as ações previstas no Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.3. Relacionamos para cada ação o volume e a fonte dos recursos físicos, humanos e fi nanceiros necessários para sua execução? ( ) sim ( ) em parte ( ) não9.4. Garantimos um volume de recursos no orçamento público municipal e a disponibilidade de meios físicos e de pessoal que garantiu a execução do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.5. Conseguimos identifi car e buscar outras fontes de fi nanciamento existentes em âmbito municipal, estadual, nacional e internacional no governo ou na sociedade civil?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.6. Conseguimos que tipo de recursos?______________________________________________________9.7. Mensuramos o investimento de recursos fi nanceiros, físicos e humanos que cada parceiro pôde disponibilizar ao longo do tempo? ( ) sim ( ) em parte ( ) não9.8. Como cada parceiro contribuiu até agora?______________________________________________________9.9. Estabelecemos as responsabilidades e tarefas específi cas de cada responsável por execução de ações no Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.10. Eles cumpriram suas metas?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.11. Instituímos um sistema de monitoramento e avaliação das ações?( ) sim ( ) não9.12. Esse sistema está em vigor?( ) sim ( ) em parte ( ) não

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9.13. As ações previstas foram implantadas?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.14. Estabelecemos uma rotina de comunicação dos resultados alcançados?( ) sim ( ) não9.15. Já foram gerados relatórios de gerenciamento de recursos?( ) sim ( ) não9.16. Criamos um conselho ou comissão de parceiros comprometidos com a execução do Plano, envolvendo Poder Público e o setorprivado?( ) sim ( ) não9.17. Esse conselho está atuante nesse momento?( ) sim ( ) não9.18. Estabelecemos no âmbito desse conselho estratégias de levantamentode recursos?( ) sim ( ) não9.19. Foram realmente levantados recursos através desse conselho?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.20. Demos a devida visibilidade às marcas dos fi nanciadores do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.21. Incluímos o Plano e/ou os projetos e programas da área como categoria fi nanciável em lei municipal de incentivo à cultura com base na renúncia fi scal sobre IPTU e ISS?( ) sim ( ) não9.22. Criamos algum modelo de incentivo fi scal para apoiar as ações na área?( ) sim ( ) não9.23. Elaboramos e aprovamos projetos no âmbito das leis federais e estaduais de incentivo à cultura com base na renúncia fi scal para possibilitar o patrocínio de empresas locais que declarem Imposto de Renda com base no lucro real, no caso federal, ou recolhamICMS, no caso estadual?( ) sim ( ) não9.24. Já está em vigor e funcionando devidamente?( ) sim ( ) não9.25. Realizamos alguma campanha de doação voltada para pessoas físicas declarantes do IR?( ) sim ( ) não9.26. Envolvemos os meios de comunicação para que divulgassem amplamente as ações e os apoiadores do Plano?( ) sim ( ) não9.27. Estipulamos qual o melhor instrumento de gestão dos recursos para cada ação do Plano?( ) sim ( ) não9.28. Esse instrumento tem sido aplicado?( ) sim ( ) não9.29. Tem medido adequadamente as ações realizadas?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.30. Identifi camos a existência de convênios para repasse de recursos públicos federais e/ou estaduais para entidades da sociedade?( ) sim ( ) não9.31. O Município já se benefi ciou de alguma dessas fontes de recursos?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.32. Estipulamos sistemas de monitoramento dos recursos acessíveis a todos os envolvidos e à população em geral, assegurando a transparência do processo?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.33. Já geramos relatórios nesse sentido e os demos a conhecer à comunidade?( ) sim ( ) não

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9.34. Estamos elaborando relatórios periódicos de gestão que descrevema execução orçamentária do Plano, as ações realizadas porcada entidade ou poder público e o número de meios físicos disponibilizadopor cada parceiro?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.35. Esses relatórios têm demonstrado o bom andamento do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.36. Aprovamos os relatórios de gestão junto ao GT ou comissão do Plano para validar as ações da gestão?( ) sim ( ) em parte ( ) não9.37. Esses relatórios estão adequados às metas pré-estabelecidas?( ) sim ( ) em parte ( ) não

10) Sobre a institucionalização do PMLL:10.1. A Prefeitura já instituiu um órgão ou departamento responsável pela gestão do PMLL?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento10.2. Qual é esse órgão ou departamento?______________________________________________________10.3. Em caso de resposta afi rmativa, esse órgão tem atuado adequadamente?( ) sim ( ) em parte ( ) não10.4. A Prefeitura já elaborou uma agenda de debates nos bairros, escolas, comunidades e etc., para apresentar o conteúdo do PMLL e os mecanismos de execução, monitoramento e avaliação do Plano? ( ) sim ( ) não ( ) Isso está em andamento10.5. Já houve debates com a comunidade?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento10.6. Já foi convocada alguma audiência pública, se possível com envolvimento do Poder Legislativo, para proceder à revisão das metas, ações, responsáveis e prazos do Plano?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento10.7. Os resultados foram condizentes com as metas pré-estabelecidas?( ) sim ( ) em parte ( ) não

11) Sobre a elaboração das ações do PMLL:11.1. Defi nimos de maneira realista as ações que precisavam ser realizadas para o cumprimento de cada objetivo específi co do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.2. Essas ações estão sendo devidamente implantadas?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.3. Defi nimos o responsável direto e o apoio para cada ação de acordo com cada objetivo específi co? ( ) sim ( ) não11.4. Os responsáveis estão coordenando devidamente as ações?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.5. Defi nimos o grau da governabilidade dos responsáveis pela realização das ações?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.6. Quando à governabilidade, o responsável de cada ação está tendo a devida autonomia para coordenar as ações?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.7. Estabelecemos um prazo realista para a realização de cada ação?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento11.8. Esse prazo tem sido cumprido devidamente?( ) sim ( ) em parte ( ) não

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11.9. As ações estão caminhando no prazo previsto?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.10. Elaboramos um sistema de acompanhamento e monitoramento para realização das ações de acordo com seus respectivos prazos?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento11.11. Esse sistema está em funcionamento e gerando as informações necessárias?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.12. Estamos divulgando, periodicamente, os índices com as performancesde execução do Plano?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento11.13. Esses índices correspondem às metas pré-estabelecidas?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.14. Essas metas têm sido alcançadas?( ) sim ( ) em parte ( ) não11.15. Foi elaborado um cronograma para cada ação do Plano?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento11.16. Esse cronograma tem sido cumprido adequadamente?( ) sim ( ) em parte ( ) não

12. Sobre o Plano de Comunicação do PMLL:12.1. Foram pensadas estratégias específi cas de divulgação para cada uma das etapas do PMLL, do planejamento à execução?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento 12.2. O plano de comunicação do PMLL considerou a necessidade de informar as instituições e entidades envolvidas e também estimular o envolvimento das pessoas que se interessam pela questão do livro e da leitura?( ) sim ( ) não12.3. Foi efi caz nessa intenção?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.4. A pauta do PMLL foi inserida nos meios de comunicação dos parceiros e nos meios de divulgação utilizados rotineiramente pela administração municipal?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.5. Essa divulgação foi efi caz? Surtiu os efeitos desejados?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.6. Foi criada alguma campanha de esclarecimento sobre as linhas gerais do Plano, dirigida para a população em geral?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.7. Atingiu os objetivos desejados?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.8. Foi desenvolvida alguma campanha de divulgação do PMLL na imprensa, rádio e TV envolvendo personalidades conhecidas no Município?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.9. Atingiu os objetivos desejados?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.10. Mantivemos a imprensa local informada por meio de “releases” produzidos pela assessoria de imprensa da Prefeitura e/ou de parceiros?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.11. O PMLL obteve a devida divulgação?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.12. O Plano de comunicação do PMLL foi inserido no orçamento de comunicação da Prefeitura?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento

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12.13. O Plano de comunicação do PMLL foi inserido no orçamento de comunicação da Câmara Municipal?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.14. Foi criada alguma rubrica específi ca de comunicação do plano no orçamento do órgão gestor responsável pela sua execução? ( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.15. Foi executada devidamente?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.16. Buscamos apoio cultural junto às empresas privadas interessadas em investir em “marketing” cultural?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.17. Conseguimos recursos desse tipo?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.18. Buscamos estabelecer convênios com entidades fi nanciadoras como Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Ministério do Turismo, Unicef e Unesco, entre outras? Conseguimos estabelecer algum convênio desse tipo?( ) sim ( ) em parte ( ) não12.19. Articulamos alguma parceria com entidades que também promovem ações de incentivo à leitura e que realizam regularmente planos de comunicação, como as do Sistema S, sindicatos, entidades patronais e outros, para divulgar o PMLL?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento12.20. Essas parcerias funcionaram?( ) sim ( ) em parte ( ) não

13) Sobre a continuidade do PMLL:13.1. Buscamos o envolvimento efetivo de lideranças da sociedade e dos servidores efetivos da administração pública, a fi m de garantir a continuidade do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não13.2. O público benefi ciário das ações do plano esteve envolvido na sua formulação, execução, avaliação de suas etapas?( ) sim ( ) em parte ( ) não13.3. O PMLL se comprometeu efetivamente com obtenção de resultados efetivos, como a conquista de novos leitores?( ) sim ( ) em parte ( ) não13.4. As autoridades envolvidas foram informadas sobre os avanços do Plano, ampliando o grau de comprometimento das diversas lideranças políticas, magistrados, lideranças sociais, formadores de opinião, etc.?( ) sim ( ) em parte ( ) não13.5. A articulação em torno do Plano envolveu autoridades governamentais, sociais e empresariais da cidade e região e, também, as de âmbito nacional e internacional, ampliando o espectro de apoiadores do Plano para além das circunstâncias locais?( ) sim ( ) em parte ( ) não

14. Sobre a Avaliação do PMLL:14.1. Criamos uma comissão de avaliação do PMLL?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento14.2. Essa comissão defi niu uma periodicidade para as avaliações do Plano?( ) sim ( ) não ( ) isso está em andamento14.3. A periodicidade escolhida (semestral, anual) foi suficiente para a avaliação do Plano?( ) sim ( ) em parte ( ) não14.4. Os instrumentos de avaliação foram adequados?( ) sim ( ) em parte ( ) não

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14.5. Os informantes para a avaliação do Plano foram devidamente ouvidos e são representativos das pessoas e entidades envolvidas com o universo do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Município?( ) sim ( ) não14.6. A avaliação detectou aspectos que precisam ser revistos no PMLL?( ) sim ( ) não14.7. A avaliação contribuiu para o estabelecimento de novas metas para o PMLL?( ) sim ( ) em parte ( ) não14.8. A avaliação, nos moldes em que foi realizada, foi sufi ciente para o diagnóstico do andamento do processo de implantação do PMLL?( ) sim ( ) em parte ( ) não

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QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL DE CONTRIBUIÇÃO AO PMLL

Você conhece ações públicas e inovações que favoreçam a promoção da leitura em nossa cidade?

Como você avalia as políticas e ações públicas para o livro e a leitura na nossa cidade?

Quais são os principais problemas que afetam a promoção da leitura e a realização de ações e políticas públicas nesta área? E, em sua opinião, quais seriam as soluções para esses problemas?

Quais são as necessidades, desafios e perspectivas mais urgentes a serem levados em conta na elaboração de um Plano Municipal para o Livro e Leitura para Porto Alegre?

Nome, Profissão, E-mail:

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PLANO MUNICIPAL DO LIVRO E LEITURAPORTO ALEGRE

2011

APRESENTAÇÃOPOR UMA PORTO ALEGRE MAIS LEITORAOBJETIVOS DO PMLLPLANO EM PROGRESSO: ouvindo Porto Alegre 10ENCONTROS REGIONAISSÍNTESE DAS PRIORIDADES APONTADAS PELA CIDADE CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS- DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DO LIVRO.- FOMENTO À LEITURA E À FORMAÇÃO DO LEITOR- DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO- VALORIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA LEITURA E INCREMENTO DO SEU VALOR SIMBÓLICO6 IMPLEMENTAÇÃOINTEGRANTES DO GRUPO DE TRABALHO APRESENTAÇÃO

Livro não é um privilégio, é um direito. O livro fundamenta o desenvolvimento. A leitura desenvolve a capacidade crítica, aperfeiçoa o desempenho profissional, estimula a imaginação. O poder aquisitivo não deverá determinar o acesso ao livro. Cabe aos poderes públicos e às entidades privadas levar o livro a todos. (Donaldo Schuler, em Carta do Cinquentenário da Feira do Livro de Porto Alegre)

A cultura e a educação têm papel estratégico na formulação e execução de políticas que promovam o acesso ao livro e à formação de leitores, como ações de cidadania, inclusão social e desenvolvimento urbano.

Na instituição dessa política, os ministérios da Cultura e da Educação criaram, por meio da portaria interministerial nº 1.142, de 10 de agosto de 2006, o Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL – tendo como eixos organizadores estimular a democratização do acesso ao livro, o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro. O PNLL criou o marco institucional para o livro e a leitura como política pública. Sua implementação conta com o compromisso de estados e municípios, bem como das inúmeras instituições da sociedade guiadas pelos mesmos objetivos. Esse compromisso se materializa na elaboração dos Planos Estaduais do Livro e Leitura (PELL) e dos Planos Municipais de Livro e Leitura – PMLL.

O PMLL sistematiza informações num diagnóstico da situação da leitura na cidade, traça objetivos e metas e indica ações para melhoria dos índices de leitura. Visando a universalização do acesso à leitura aos porto-alegrenses, articula ações dos poderes local, estadual e federal das áreas de educação, cultura, ciência e tecnologia. A finalidade é fazer de Porto Alegre uma cidade leitora.

A luta por um Plano Municipal do Livro e da Leitura em Porto Alegre começa em abril de 2010, em reunião preparatória à 56ª Feira do Livro, quando pela primeira vez é apresentada a ideia de criação de um Plano Municipal do Livro e da Leitura por um grupo formado por membros de associações de escritores, ilustradores, bibliotecários, setores da iniciativa privada, organizações não governamentais e institucionais. Nasce aí, extraoficialmente, o Grupo de

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Trabalho que viria a elaborar o PMLL para Porto Alegre, reunindo-se quinzenalmente para a elaboração de um diagnóstico de ações de leitura na cidade.

A pedido das entidades e de ativistas da área, a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura organiza a primeira audiência pública na Câmara Municipal, em novembro de 2010, para debater o tema, visando avançar na organização do Plano Municipal da cidade de Porto Alegre.No dia 11 de novembro de 2010, o prefeito José Fortunati recebe representantes de todas as instituições, sendo apresentado o diagnóstico que vinha sendo elaborado. O prefeito, então, se compromete a instalar oficialmente o Grupo de Trabalho do PMLL.

O Decreto Oficial nº 17.010 é publicado no Diário Oficial no dia 15 de abril de 2011, determinando a elaboração de um diagnóstico das ações de leitura, públicas e privadas, para o município; a elaboração de eixos temáticos de atuação, com inspiração no Plano Nacional do Livro e da Leitura, e a construção democrática da redação oficial do PMLL, que deve ser submetida à aprovação da comunidade porto-alegrense através de seminário.

O Grupo de Trabalho do PMLL fica composto por representantes da Secretaria Municipal da Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local, Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura da Câmara Municipal de Porto Alegre, Organização não-governamental Cirandar, Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região, Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, Associação Gaúcha do Escritor, Goethe Institut Porto Alegre, Câmara Rio-Grandense do Livro, Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Educação, cabendo a coordenação do GT ao representante da Secretaria Municipal de Cultura.

No dia 17 de abril de 2011, amantes do livro, da leitura e da literatura realizam uma leitura coletiva no parque da Redenção, o Livraço, que contou com a adesão de cerca de duzentas pessoas que, amorosamente, mostraram que é possível promover uma cidade mais leitora, através de ações públicas e privadas. Desde então, o GT reúne-se semanalmente, de forma alternada nas sedes das instituições participantes, para discussão do andamento dos trabalhos de pesquisa, diagnóstico e análise de propostas de ações para o estímulo à leitura. Dentro destas ações, foi estabelecido um calendário de Encontros Regionais em oito regiões da cidade, assim divididas: Nordeste e Leste; Noroeste, Norte e Eixo; Partenon; Centro; Sul e Centro Sul; Restinga e Extremo Sul; Ilhas, Humaitá, Navegantes; Glória, Cruzeiro e Cristal.A reunião, em cada Região, foi realizada em bibliotecas comunitárias, escolas ou centros culturais, com a presença de membros da comunidade, usuários e promotores da leitura daquele espaço. O objetivo, amplamente alcançado, foi o compartilhamento de experiências e o recolhimento de informações e sugestões que embasam nosso relatório propositivo.

Além destas, foram promovidas quatro Conferências Temáticas, seguindo os eixos propostos pelo PNLL:• desenvolvimento da economia do livro;• fomento à leitura e à formação de mediadores;• democratização de acesso;• valorização institucional da leitura e incremento de seu valor simbólico.

Também foi feito amplo diagnóstico das ações já existentes em bibliotecas escolares municipais e estaduais, da rede pública e privada, em bibliotecas públicas e comunitárias e demais locais que têm o livro, a leitura e a informação como centro do seu fazer. A partir dessa participação da comunidade e posterior análise e reflexão acerca do material obtido, de

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diferentes pontos de vista, buscamos espelhar a vontade expressa pelos distintos protagonistas.

O trabalho, realizado de forma coletiva, envolveu as áreas de atuação de cada um dos participantes. Para a elaboração do Plano, foram realizadas dezenove reuniões do Grupo de Trabalho, encontros de subgrupos do GT, duas audiências públicas, sete encontros regionais e quatro conferências temáticas. No conjunto, sua elaboração envolveu mais de mil participantes, entre professores, mediadores, leitores, autores, ilustradores, bibliotecários, livreiros, editores, estudantes, mães, pais, vereadores e dirigentes. O GT também esteve divulgando suas ações em plenárias do Conselho Municipal de Cultural, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente e nas redes específicas de cada setor dos seus representantes.

Além disso, como forma de publicitar as ações e envolver a comunidade de forma mais ampla, foi criado um site, produzidos folders e adesivos e, por contribuição da Câmara de Vereadores, em distintos pontos da cidade foram afixados outdoors alusivos à criação de um Plano Municipal do Livro e da Leitura para Porto Alegre.

O Plano reflete as diretrizes do Plano Nacional de Leitura (PNLL): a formação de leitores através da valorização das bibliotecas (escolares, públicas, comunitárias) e dos espaços de leitura; democratização do acesso à leitura; formação de mediadores; da promoção da leitura e da economia do livro. O Plano Municipal do Livro e da Leitura é uma referência para ações na nossa cidade, além de prever a ampliação de espaços, projetos e inovações na área do livro e leitura. 1. POR UMA PORTO ALEGRE MAIS LEITORAPorto Alegre é conhecida pelos bons índices de qualidade de vida, educação e cultura, que se destacam quando comparados ao restante do país. A participação cidadã é também característica da cidade. Na área da leitura e escrita são reconhecidas as oficinas de criação literária, ministradas por grandes nomes da literatura rio-grandense que vem formando gerações de escritores. A literatura gaúcha se destaca em eventos nacionais e internacionais, sendo os nossos autores requisitados para os eventos mais representativos do setor. Nossa Feira do Livro já tem 57 anos ininterruptos sendo a maior feira do livro a céu aberto das Américas. Caracterizando-se para além de um evento comercial num evento de formação do leitor e do mediador de leitura e aproximação do escritor com seu público.

Inúmeras ações são destaque na cidade quando se trata de leitura e escrita. Ações que contribuem para a construção da imagem de uma cidade onde a leitura é valorizada.Porto Alegre tem um enorme potencial leitor, haja visto que seus indicadores de leitura e de escolarização estão entre os mais altos do país. Entretanto, não temos muito a comemorar, uma vez que o Brasil ocupa apenas a 53ª posição entre os 57 países pesquisados pelo Índice PISA, bem como a prova ABC - Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização - aplicada pelo MEC aponta que 51% dos alunos estão com índices de leitura abaixo do satisfatório.

Visto que a leitura e a escrita constituem elementos fundamentais para a construção de sociedades democráticas, baseadas na diversidade, na pluralidade, na memória e no exercício da cidadania, urge a implementação de um plano abrangente e efetivo para toda a cidade, que enfrente problemas como os apontados pela comunidade. Para uma Porto Alegre mais leitora é necessário que iniciativas relevantes e exitosas nas áreas de criação, promoção, acesso, formação, produção do livro e leitura se integrem a políticas públicas efetivas e permanentes. Este panorama aponta a necessidade de organização de ações conjuntas e eficazes consolidadas em um Plano Municipal do Livro e da Leitura para Porto Alegre.

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OBJETIVOS DO PMLL

Objetivo GeralPorto Alegre uma cidade mais leitora assegura o acesso e a fruição estética à leitura para toda a sua população em ações conjuntas e continuadas.

Objetivos EspecíficosOs objetivos específicos são:• descentralizar ações de promoção de leitura, criação literária e imagética;• contribuir para a formação de famílias leitoras;• ampliar o acesso à informação, à leitura e às tecnologias e mídias, com acervos atualizados;• garantir que as escolas sejam centros de formação de leitores culturais e científicos por excelência;• garantir o fortalecimento e criação de bibliotecas;• ampliar a importância da leitura no imaginário coletivo;• integrar entidades representativas do livro e leitura, potencializando sua rede de atuação;• criar ações de leitura em espaços alternativos como rodoviárias, estações de trem, paradas de ônibus, barcos, praças, espaços de saúde, telecentros, supermercados, postos de combustível, aeroportos, entre outros;• promover ações de formação de mediadores de leitura;• contribuir para a formação de professores leitores;• garantir a realização de ações de leitura para todos os públicos;• incentivar a produção editorial local;• oportunizar a divulgação e expressão de novos criadores;• integrar acervos e espaços de prática de leitura através da informatização;• possibilitar à cadeia criativa do livro condições para pesquisas e estudos;• estimular, de forma descentralizada e abrangente, a criação literária;• fomentar estudos e pesquisas na área de leitura;• garantir a profissionalização dos mediadores de leitura;• incluir as pessoas com deficiência nos processos de fruição, criação e mediação do livro e leitura garantindo-lhes acesso. O PLANO EM PROGRESSO: ouvindo Porto AlegreSomos responsáveis pela construção do plano ouvir a comunidade é fundamental para que ele tenha a nossa cara. (Rosângela Schneider – moradora de Porto Alegre)

A construção de um Plano Municipal do Livro e Leitura deve ter como princípio a participação coletiva da população. Ao longo dos meses de realização do PMLL foram ouvidos professores, escritores, ilustradores, pesquisadores, bibliotecários, mediadores, enfim, durante as conferências temáticas, as categorias expressaram suas ideias e apontaram metas para nossa cidade. Para o Grupo de Trabalho, ouvir a comunidade, o leitor individual, aquele que se dirige aos espaços de leitura, que lê em sua casa, dá o sentido real à ideia de uma cidade leitora.

Sendo assim, dedicamos atenção especial às comunidades. Identificamos espaços – bibliotecas e escolas - em diferentes regiões da cidade que têm trabalhos de destaque em leitura e, agrupando as dezessete regiões do orçamento participativo, realizamos sete encontros Regionais. Esses momentos foram amplamente divulgados e contaram com a presença de moradores, lideranças, público leitor e outros cidadãos interessados. Ouvir a cidade foi inspirador e contribuiu substancialmente com o Grupo de Trabalho, colocando em consonância as ideias que se refletiam nas conferências temáticas, nos diagnósticos e nos estudos realizados. Parafraseando o educador Paulo Freire, descentralizando o debate para a

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construção do PMLL reafirmamos a certeza de que ninguém aprende sozinho, aprendemos juntos, mediatizados pelo mundo.

Constituição do DiagnósticoValendo-se de estratégias como reuniões, visitas, pesquisas, leitura de documentos oficiais, debates em fóruns, conferências temáticas, encontros regionais e aplicação de questionários, buscou-se avaliar o conjunto de ações de leitura realizadas na cidade, identificando as principais carências e apontando soluções. Também se ouviu a representação das cadeias criativa, mediadora e de produção do livro.

ComunicaçãoUtilizamos diversos meios para divulgação da Construção do PMLL na cidade, tais como: site, folder, adesivo, releases, entrevistas, outdoor, divulgação nas redes sociais diversas, entre outros.

Elaboração do PlanoO grupo de Trabalho dividiu-se em pequenos grupos temáticos, observando um roteiro comum. Como base para subsidiar sua escrita, foram utilizados os documentos diagnósticos e os resultados dos debates com a cidade. ENCONTROS REGIONAISEncontros Regionais foram realizados em locais referenciais do livro e da leitura para cada comunidade, em sete regiões da cidade, dividida em: Nordeste e Leste (Nascipaz); Noroeste, Norte e Eixo (Associação 1º de Maio, Biblioteca Comunitária Ceprimoteca); Partenon (Centro de Formação Murialdo, Biblioteca Ilê Ará); Centro (Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, sala Álvaro Moreyra); Sul e Centro Sul (Biblioteca Bororó); Restinga e Extremo Sul (Biblioteca do Centro de Promoção da Infância e Juventude - CPIJ); Ilhas, Humaitá, Navegantes (Escola Estadual Alvarenga Peixoto); Glória, Cruzeiro e Cristal (Biblioteca Comunitária do Cristal).

Cada encontro teve duração de cerca de três horas e seguiu uma mesma dinâmica: • abertura: saudação aos presentes por integrantes do GT/PMLL, sensibilização com acolhida literária feita por integrantes da comunidade, apresentação explicativa sobre o PMLL;• debates e encaminhamentos: na sequência ouviu-se a fala da comunidade para identificar prioridades de cada regional;• considerações finais: por parte do GT e comunidade, agradecimentos e confraternização.Síntese das prioridades apontadas pela cidadeDar destaque às principais necessidades apontadas nos encontros regionais, nos questionários aplicados a formadores de opinião e os respondidos através do site do PMLL, nas conferências temáticas, além dos debates entre os integrantes do GT, é valorizar a contribuição e a participação popular. Retratamos assim a amplitude e abrangência dos debates. Abaixo listamos a síntese das principais considerações apresentadas:• valorização da leitura nos espaços escolares, desde a educação infantil;• ampliação de projetos de leitura nas escolas municipais e estaduais;• extensão do projeto Adote um Escritor às Bibliotecas Comunitárias;• promoção de ações culturais nas bibliotecas;• estímulo à leitura nas famílias;• dotação orçamentária para implementação do PMLL;• desenvolvimento e orientação de uso de tecnologias da informação e comunicação em espaços de leitura;• qualificação dos acervos das bibliotecas;• estímulo à criação de bibliotecas públicas e comunitárias descentralizadas;

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• investimento em publicações de livros populares;• criação de concursos literários;• criação de projetos com a utilização de ônibus-biblioteca e em outros lugares alternativos;• capacitação de mediadores de leitura;• necessidade de profissionais bibliotecários nos espaços de leitura, incluindo escolas e bibliotecas comunitárias;• acesso às bibliotecas escolares para as comunidades;• promoção da bibliodiversidade em mídias diversas;• apoio a projetos já existentes;• ampliação do atendimento das bibliotecas escolares para todos os turnos e nos finais de semana;• adequação dos acervos para públicos com deficiência;• estímulo a bolsas de pesquisa e criação;• ampliação da oferta de oficinas de criação literária;• divulgação de possibilidades de difusão de textos literários para novos autores;• realização de saraus e clubes de leitura, atividades de poesia, nos espaços de leitura;• expansão de ações de leitura para além das bibliotecas;• redução do preço final do livro ao consumidor;• conveniamento com esferas federais de cultura, em programas como Pontos de Leitura, Agente de Leitura, Mais Cultura.• Expansão dos projetos de leitura à população com restrição de liberdade e em medida de proteção.

CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS Foram realizadas quatro conferências temáticas para discutir os eixos que norteiam o PMLL. Para cada temática foram convidadas as entidades que representam o setor, sendo todas abertas ao público em geral. A duração de cada encontro foi de cerca de três horas, com a seguinte programação:• acolhida literária• abertura por membro do GT;• apresentação da temática por parte de palestrantes convidados;• debates e encaminhamentos;• encerramento.Os programas e atas das conferências constam em anexo. A temática abordada, os debates e encaminhamentos vêm a seguir:Programação• Eixo Desenvolvimento da Economia do Livro, realizado no auditório Luis Cosme da Casa de Cultura Mario Quintana, no dia 5 de julho de 2011. Palestrante: João Carneiro (Câmara Rio-Grandense do Livro).• Eixo Fomento à Leitura e à Formação do Leitor – FABICO/UFRGS, 11 de julho de 2011. Palestrantes – Profªs. Lizandra Stabell, Eliane Moro, Maria do Rocio.• Eixo Democratização de Acesso, 12 de julho de 2011, Teatro Bruno Kiefer – Casa de Cultura Mario Quintana. Palestrante: Elisa Machado – MINC / SNBP.• Eixo Valorização Institucional da Leitura e Incremento do seu Valor Simbólico – Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Palestrante: secretário da Cultura Sergius Gonzaga, vereadores Fernanda Melchionna e Toni Proença. EIXO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DO LIVROMuchas veces un pueblo duerme como el agua de un estanque un día sin viento, y un libro o unos libros pueden estremecerlo e inquietarlo y enseñarle nuevos horizontes de superación y de concordia. (Federico García Lorca)

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Livros Gaúchos e Porto-Alegrenses: o mercadoO mercado editorial da cidade tem tido um grande incremento, com qualificação permanente nas suas edições. Cada vez mais os livros e os escritores gaúchos alcançam leitores do Estado, um grande público brasileiro e títulos têm sido traduzidos para os mais exigentes mercados internacionais.

O consumo anual de livros pelos gaúchos demonstra um bom fluxo de vendas e acesso à leitura em desenvolvimento. Índices positivos em relação à média anual brasileira de aquisição e leitura de livros entusiasmam aqueles que trabalhamos no setor, mas ainda estão distantes dos parâmetros referenciais internacionais.

Em pesquisa realizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro, foram listadas 67 livrarias estabelecidas na cidade. Neste panorama, podemos concluir que a aquisição de livros pelo porto-alegrense acontece atendida por farta oferta e em estabelecimentos, em sua maioria, de médio porte e com estoques diversos e satisfatórios para a demanda de leitura da cidade, garantindo a bibliodiversidade. Além das livrarias, as lojas virtuais vêm ganhando espaço num novo e desafiador mercado virtual para o qual as empresas gaúchas vêm se preparando.Pesquisas em parceria entre a Câmara Rio-Grandense do Livro, IBOPE e Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), realizaram um levantamento inédito dos “Hábitos de leitura no Rio Grande do Sul” e do “Índice Nacional de Alfabetismo Funcional no RS” (INAF/RS), em 2006. Ambas traçam um mapa geral dos leitores e práticas de leitura no RS quanto ao número e a segmentação dos leitores, suas preferências, os motivos pelos quais lêem ou não lêem, o lugar que ocupa a leitura frente a outras práticas culturais, a frequência e a intensidade da leitura, a riqueza ou pobreza das bibliotecas familiares, o número e o tipo de textos lidos ou as formas como se têm acesso aos produtos impressos.

Metas• levantar dados atualizados confiáveis para um mapeamento de pontos de vendas e para a criação de um retrato do mercado editorial gaúcho e um retrato da leitura no Estado e na nossa capital. • Alcançar a meta da ONU em número de livrarias por habitante através de incentivos fiscais para implementação de livrarias em espaços desassistidos por programas culturais. É também desejável o incremento de políticas para fomentar a abertura de livrarias e apoiar as existentes, estudando disponibilidade e possibilidades de oferecer o livro aos porto-alegrenses em espaços alternativos e descentralizados (livros em bancas de jornal, livrarias em praça pública).

Os agentesA qualificação e profissionalização do mercado são desejáveis e necessárias para tornar as empresas empreendedoras com resultados financeiros e sociais positivos para o município e capazes de atender a seus públicos. Porto Alegre conta com entidades de classe organizadas e atuantes que permitem a realização de ações conjuntas eficazes na caminhada rumo ao acesso amplo e democrático à leitura e à informação: Câmara Rio-Grandense do Livro, Clube de Editores, AGEs e AEILIJ.

Meta Criação de parcerias público-privadas para a viabilização da implantação de programas de apoio às micro e pequenas empresas com formação continuada dos profissionais do mercado editorial, enfatizando a importância da manutenção das livrarias independentes. Programas de qualificação podem contar com parcerias como Câmara do Livro, Prefeitura de POA, sistema S e FAT/Ministério do Trabalho. Tal qualificação supriria a demanda de mão de obra qualificada do setor.

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Ampliação de Sistemas de Produção e Circulação de LivrosFoi enfatizada nos encontros com a comunidade realizados por este GT, a ausência de dados e a escassez de divulgação de obras e de autores gaúchos, principalmente os iniciantes.A meta é divulgar autores locais e estudo sobre mecanismos de proteção para autor local. Um desses mecanismos seria o incentivo à criação de espaços de destaque para obras gaúchas nas livrarias da cidade e a busca por maior número de edições de autores locais.Neste sentido, bons resultados foram alcançados na divulgação e no incentivo à edição de livros gaúchos com a implementação da lei de isenção de taxas de IPTU a editoras e livrarias da cidade que tenham porcentagem mínima de títulos em seu catálogo/estoque de autores gaúchos. Para os pontos de venda localizados na cidade, podem ser estudadas outras alternativas para estímulo à atividade.

Para maior divulgação de livros editados no Estado e/ou de autores gaúchos na cidade de Porto Alegre, as seguintes sugestões foram recebidas:• criação de vitrines de livros em pontos de grande circulação na cidade, como, por exemplo, o aeroportos e terminais de passageiros;• ampliar a inserção nos canais públicos de comunicação a divulgação de programações que tenham como tema livro e leitura;• concessão de bolsas de criação literária;• apoio à realização de ações com autores em escolas, bibliotecas, feiras e em outros eventos que tenham a leitura como fator protagonista;• defesa dos direitos do escritor, inclusive com a realização de fóruns de direitos autorais;• apoio à publicação de novos autores;• recorrer às novas tecnologias de informação e comunicação para promover o acesso ao livro;• criar novas formas de financiamentos e co-financiamentos para programas e estratégias para incrementar a produção e circulação dos livros e demais materiais bibliográficos;• programas de apoio à tradução da literatura local;• difusão da literatura e dos escritores gaúchos além da cidade;• realização de novos concursos literários e a garantia e qualificação constante dos já existentes (Açorianos, Poema no Ônibus, Histórias do Trabalho);• compra e distribuição de coleções de livros para espaços de leitura conveniados , sempre atendendo especificidades da comunidade, que deverá ser ouvida. EIXO FOMENTO À LEITURA E À FORMAÇÃO DO LEITOR e EIXO DEMOCRATIZAÇÃO DE ACESSO A democratização do acesso ao livro e à leitura se dá através do entendimento da leitura como um direito social, que deve ser assegurado pelo município, a fim de garantir uma sociedade mais justa e igualitária. A compreensão de uma cidade leitora pressupõe o ato de ler democratizado em espaços como bibliotecas públicas, escolares, comunitárias, pontos de leitura, mas também em parques, praças, centros culturais, casas, enfim, constituindo e valorizando a leitura no imaginário da cidade e de cada cidadão. Sendo assim, a democratização da leitura compreende a diversidade, multiplicidade e igualdade de acesso a informações e acervos; e imprime na cidade espaços permanentes para a fruição estética e para o ato da criação.

O mediador de leitura é o profissional que diariamente atende as mais diversas necessidades dos leitores, pode ser desde o professor, o bibliotecário e todos os que atendem em espaços e ações de leitura. Para a realização da ação de mediação de leitura esses profissionais precisam estar em constante atualização, passando por processos de formação inicial e continuada, que contemplem as dimensões técnicas de sua função, mas também garantam sua formação como leitores. São educadores por excelência que atuam como protagonistas na democratização da leitura, com método, competência e organização.

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As ações de formação de mediadores realizadas no âmbito acadêmico estão a cargo das universidades e faculdades e no âmbito da sociedade civil em organizações não governamentais e entidades ligadas à cultura, em ações pontuais e descontinuadas.O diagnóstico realizado para elaboração do PMLL revela que o público da educação básica está melhor assistido por ações de formação de leitura. Fora do âmbito escolar, não se encontram programas e ações que visem à formação de habilidades leitoras e que superem a realidade de analfabetismo funcional ainda existente.

Também pelo levantamento realizado evidencia-se que as bibliotecas são espaços chave para formação de leitores, acesso ao livro e à informação. São verdadeiros territórios de educação e de cultura que devem existir em quantidade, qualidade e diversidade para toda comunidade. Devem ser espaços modernos, atraentes, com todas as mídias, que convidem a comunidade ao convívio com os livros e o saber.

Porto Alegre, por suas bibliotecasLer é um direito de todos... é numa primeira instância possuir elementos de combate à alienação e à ignorância. (Ezequiel Theodoro Silva)

No contexto internacional, o Manifesto da Unesco sobre Bibliotecas Públicas preconiza doze missões que lhe são inerentes e que ainda devem ser perseguidas em Porto Alegre:• Criar e fortalecer gosto pela leitura nas crianças desde a mais tenra idade.• Apoiar tanto a educação individual e autodidata como a educação formal em todos os níveis.• Proporcionar oportunidades para o desenvolvimento criativo pessoal.• Estimular a imaginação e criatividade da criança e dos jovens.• Promover o conhecimento da herança cultural, apreciação das artes, realizações e inovações científicas.• Propiciar acesso às expressões culturais das artes em geral.• Fomentar o diálogo intercultural e favorecer a diversidade cultural.• Apoiar a tradição oral.• Garantir acesso aos cidadãos a todo tipo de informação comunitária.• Proporcionar serviços de informação adequados a empresas locais,• associações e grupos de interesse.• Facilitar o desenvolvimento da habilidade no uso do computador.• Apoiar e participar de atividades e programas de alfabetização para todos os grupos de idade e implantar tais atividades se necessário.DiagnósticoUma biblioteca pública municipal e uma biblioteca ramal no bairro Restinga são as únicas bibliotecas municipais de acesso universal na cidade de Porto Alegre, que tem 1.409.939 habitantes e 92 bairros (Censo IBGE, 2010). O acervo destas contabiliza cerca de 35 mil itens, com 3.500 usuários correntes e cerca de 2 mil empréstimos/mês. O público é atendido por dois bibliotecários e seis auxiliares. A aquisição de acervo é fruto na maior parte de doações e o acesso às tecnologias da informação é bastante limitado. A Biblioteca Josué Guimarães atende das 9h às 17h, sábados à tarde e não abre aos domingos.O Estado mantém oito bibliotecas públicas em Porto Alegre, dentre elas a Biblioteca Pública do Estado, em reformas há seis anos, atende de forma provisória na Casa de Cultura Mario Quintana, com limitação de espaço, acervo e serviços. As demais Bibliotecas do Estado tem acervo desatualizado, equipamentos defasados e carência de pessoal. (Anexo 6)Meta de curto prazo (após a aprovação do PMLL)As metas de curto prazo são:• modernização das bibliotecas existentes;• nomeação de bibliotecários concursados;• recursos para atualização de acervo e equipamentos;

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• realização de ações conjuntas com Sistema Estadual de Bibliotecas para modernização das bibliotecas mantidas pelo Estado;• ampliação da circulação do acervo através de bibliotecas ambulantes;• criação de rede de leitura através da integração das bibliotecas da cidade.Meta de médio prazo (5 anos)As metas de médio prazo são:• criação de uma biblioteca ramal para cada região do orçamento participativo;• construção de biblioteca municipal modelo dentro dos padrões internacionais.

Meta de longo prazo (10 anos)A meta de longo prazo é a criação de bibliotecas ramais em todos os bairros.

Bibliotecas Escolares no Ensino e Aprendizagem Para Todos"O processo de leitura na biblioteca promove a inclusão e a acessibilidade à informação, ao conhecimento e à aprendizagem em um ambiente interativo onde os usuários são responsáveis por uma produção coletiva que contribui para a formação de um cidadão crítico, ativo, participativo e reflexivo." (Eliane Moro e Lizandra Estabel 2011).

A Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2010 em suas resoluções destaca o estímulo e apoio à formação de leitores/as e de mediadores/as na educação básica, a renovação e manutenção das bibliotecas, a previsão orçamentária e recursos financeiros, em âmbito municipal, estadual e federal, como condição para melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

O Manifesto da UNESCO estabelece que as Bibliotecas Escolares são parte integral do processo educativo e têm como objetivos:• apoiar e intensificar a consecução dos objetivos educacionais definidos na missão e no currículo da escola;• desenvolver e manter nas crianças a competência, o gosto e o prazer da leitura e da aprendizagem, bem como o uso dos recursos da biblioteca ao longo da vida;• oferecer oportunidades de vivências destinadas à produção e uso da informação voltada ao conhecimento, à compreensão, imaginação e ao entretenimento;• apoiar os estudantes na aprendizagem e prática de habilidades para avaliar e usar a informação, em suas variadas formas, suportes ou meios, incluindo a sensibilidade para utilizar adequadamente as formas de comunicação com a comunidade onde estão inseridos;• prover acesso em nível local, regional, nacional e global aos recursos existentes e às oportunidades que expõem os aprendizes a diversas idéias, experiências e opiniões;• organizar atividades que incentivem a tomada de consciência cultural e social, bem como de sensibilidade;• trabalhar em conjunto com estudantes, professores, administradores e pais, para o alcance final da missão e objetivos da escola;• proclamar o conceito de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são pontos fundamentais à formação de cidadania responsável e ao exercício da democracia;• promover leitura, recursos e serviços da biblioteca escolar junto à comunidade escolar e ao seu derredor.

A Lei Federal nº 12.244 de 24 de maio de 2010 prevê que os bibliotecários são os profissionais qualificados para o planejamento e gestão dos serviços da biblioteca escolar, que devem atuar com o apoio de colaboradores, em conjunto com professores e demais membros da comunidade escolar, em sintonia com as bibliotecas públicas e comunitárias da sua região, integrando a rede de bibliotecas do seu município.

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DIAGNÓSTICOA Rede Estadual de Ensino em Porto Alegre tem mil escolas, com 318.191 alunos matriculados e 15.102 professores. Todas as escolas tem biblioteca escolar, entretanto inúmeras escolas mantidas pelo Estado tem as bibliotecas fechadas, por falta de pessoal para atendimento, não abre em todos os turnos da escola, os acervos estão desatualizados e pouco atrativos para a comunidade escolar.

A rede municipal de ensino integra 96 escolas, todas com biblioteca escolar, que atende 59.256 alunos e tem 5.302 professores. Oito bibliotecários atuam na Assessoria Técnico-Pedagógica a essas bibliotecas. A média de atendimento mensal por biblioteca é de 6 mil empréstimos. As principais ações de leitura na biblioteca são orientação na utilização de acervos, alunos monitores, parceiros da leitura, Adote um Escritor, Feira do Livro na Escola, contadores de histórias, oficina de HQ, cuidados com o livro, dentre outros.

A rede de escolas públicas e particulares de Porto Alegre é a grande formadora de leitores da cidade, visto que em torno de vinte por cento dos porto-alegrenses estão em sala de aula. Bibliotecas escolares acessíveis, organizadas, modernas com pessoal capacitado e projetos de mediação de leitura são fonte de acesso ao livro, estímulo ao prazer da leitura e competência leitora.

Meta de curto prazo (após a aprovação do PMLL)As metas de curto prazo são:• criação de salas de leitura em todas as Escolas de Educação Infantil conveniadas;• informatização das bibliotecas;• processamento técnico de todo acervo;• nomeação de bibliotecários concursados para as escolas das SMED – 1 bibliotecário para no máximo cinco escolas – de acordo com padrão do Conselho Federal de Biblioteconomia e ampliação da Assessoria as Escolas de Educação Infantil com implantação de projetos de leitura precoce como Bebelendo;

Meta de médio prazo (5 anos)As metas de curto prazo são:• melhoria dos índices de leitura da comunidade escolar;• ampliação de horários da bibliotecas para todos os turnos;• capacitação permanente de todos professores para mediação de leitura.• abertura das bibliotecas para toda a comunidade escolar

Meta Longo prazo (10 anos)Melhoria da rede de bibliotecas da cidade.

Bibliotecas Comunitárias: espaços de democratização de acesso à leitura e ao livroLer significa aproximar-se de algo que acaba de ganhar existência. (Ítalo Calvino)

As bibliotecas comunitárias existentes em Porto Alegre são fruto do trabalho de associações de bairro e de moradores, clube de mães e organizações não governamentais, distribuídas em diferentes bairros da cidade. Surgiram, justamente, para proporcionar a população o acesso livre ao livro e à leitura.

Denominam-se Bibliotecas Comunitárias aquelas que nascem da luta de moradores que, com objetivos em comum, veem a importância das pessoas terem acesso aos diferentes meios culturais, destacando o livro como principal instrumento de democratização da cultura e da informação.

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Por ter essa característica, a biblioteca comunitária ganha vida a partir da presença da comunidade no processo de criação e gestão, de forma autônoma. Este envolvimento dar-se-á a partir da frequência das pessoas no espaço de leitura, na participação das atividades e eventos e engajamento nas decisões políticas de condução do espaço e de suas ações.

Uma biblioteca comunitária deve assegurar à sua comunidade atendimento diário, com horários pré-estabelecidos e divulgados. No que se refere ao atendimento, a biblioteca/espaço de leitura deve ter, além do empréstimo de livros e consulta local, programação com atividades e eventos de incentivo à leitura, ao livro e a produção literária, como seminários, rodas de leitura, concursos literários, mediações de leitura, saraus, encontros com autores, entre outras formas de integração cultural, revelando-se como um centro de referência cultural da comunidade.

A experiência em Porto Alegre reafirma que há quatro eixos norteadores (Anexo 8) para a realização de ações de formação do leitor em bibliotecas: espaço, acervo, mediação e gestão compartilhada.

AcervoParte-se da compreensão da importância da diversidade e da qualidade das obras. Sendo assim, uma biblioteca comunitária, ao contrário do que se pensa no senso comum, não pode ter a política de aprimoramento do acervo apenas com doações, precisa ter orçamento para atualização constante do acervo, em 10% ao ano. Parte-se da ideia de aprimoramento do acervo considerando a importância de livros de referência, periódicos, gibis, livros de literatura, enfim, uma multiplicidade que possa garantir nas bibliotecas comunitárias a presença da bibliodiversidade, incluindo obras digitais.

EspaçoBibliotecas ou espaços de leitura precisam estar ambientados adequadamente a fim de estimularem o acesso à leitura, o contato com diferentes gêneros de leitura e com outros leitores. Para tanto, os espaços precisam ter boa iluminação, boa ventilação, boa disposição dos mobiliários, facilitando a circulação dos usuários e, acima de tudo, precisa ser um espaço aconchegante e acolhedor que convide o leitor à leitura.

MediaçãoEntende-se por mediação o ato realizado pelo mediador de leitura que possibilita a aproximação do livro ao leitor. Esse é um importante eixo que faz elo aos demais, pois garante à biblioteca que se mantenha viva. O mediador de leitura é compreendido como o profissional responsável pela ação diária podendo ser o bibliotecário, professor, educador social, assistente social. Mas também nos espaços comunitários poderá ser o pai, mãe, irmão, avós, amigos, ou seja, aquele que servirá de ponte de aproximação entre o leitor e o livro.

GestãoAqui se trata de observar o planejamento, a execução e o acompanhamento das ações do projeto de leitura integrando-as a fim de garantir a formação do leitor como meta central.

DiagnósticoO cenário de acesso descentralizado ao livro e a leitura em Porto Alegre surpreende negativamente no que se refere ao número de doze bibliotecas comunitárias e quatro salas de leitura em funcionamento (Anexo 9). Desse total, apenas sete atuam com ações sistemáticas de leitura abertas ao público.Nenhuma delas conta com apoio governamental direto para sua manutenção.

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Observando a dimensão populacional da cidade de 1.409.939, distribuídas em 92 bairros agrupados em 17 regiões percebe-se que o número existente de bibliotecas comunitárias é inferior ao necessário para a construção da ideia de que a leitura é um direito social e deve estar à disposição de todos. Assim apresentamos abaixo as metas que servem como guia para a constituição de uma política descentralizada do livro e leitura em Porto Alegre.Meta de curto prazo (após a aprovação do PMLL)

A meta de curto prazo é que as bibliotecas comunitárias existentes tenham apoio governamental para manutenção de suas ações, principalmente no que se refere a viabilização de recursos humanos para o atendimento diário na biblioteca.

Meta de médio prazo (5 anos)A meta de médio prazo é que cada uma das 17 regiões do orçamento participativo da cidade tenha uma biblioteca comunitária polo, de referência para a região.

Meta de longo prazo (10 anos)A meta de longo prazo é que cada um dos 79 bairros oficiais e 13 bairros não-oficiais de Porto Alegre tenha uma biblioteca comunitária à disposição da comunidade.

Demais bibliotecas e salas de leituraÉ hora de a ciência brasileira assumir definitivamente um compromisso mais central perante toda a sociedade e oferecer o seu poder criativo e capacidade de inovação para erradicar a miséria, revolucionar a educação e construir uma sociedade justa e verdadeiramente inclusiva.(Manifesto da Ciência Tropical, Miguel Nicolelis)

Porto Alegre conta ainda com inúmeras bibliotecas, centros de documentação e informação que podem atuar em rede para uma Porto Alegre Mais Leitora. A partir da implementação do PMLL, pretende-se a integração de todas as ações em prol do livro e da leitura:• Rede de Bibliotecas Universitárias – UFRGS, PUC, IPA, UNIRITTER, FAPA, UERGS, São Judas Tadeu, Dom Bosco, Ulbra, dentre outros em anexo;• Rede de Museus e Arquivos;• Bibliotecas Especializadas - Tribunais, Câmara, Assembléia, Procuradorias, AJURIS, Ministério Público, Escritórios, Institutos de Pesquisa, Centros de Documentação, Bancos, Empresas, Clínicas;• Bibliotecas de Hospitais, Presídios, Centros de Atendimento Sócio-Educativo;• Biblioteca do Sindicato dos Bancários, da OAB, de Partidos Políticos, Conselhos de Classe;• Bibliotecas de Escolas Técnicas e Institutos Federais;• Bibliotecas de escolas de qualificação profissional;• Bibliotecas vinculadas aos consulados, institutos culturais e cursos de línguas - Instituto Goethe, Instituto Cervantes, Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, Aliança Francesa, Consulado do Japão, Consulado da Itália, dentre outros;• Banco dos livros da FIERGS;• Bibliotecas dos SESC, SESI, SENAC;• Bibliotecas dos centros religiosos (cristãos, budistas, judeus, espíritas, muçulmanos etc);• Bibliotecas em associações e CTGs;• Bibliotecas de clubes sociais – SOGIPA, Grêmio Náutico União;• Bibliotecas de Clubes Desportivos – Esporte Clube Internacional;• Bibliotecas particulares;• Bibliotecas itinerantes, ambulantes;• Bibliotecas sobre os trilhos, junto ao Trensurb;• Empresas com espaços de leitura – Lojas C&A, através de ações do Instituto C&A e Viação Ouro e Prata.

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Pontos de leituraSão iniciativas do Ministério da Cultura de apoio à implantação de projetos de incentivo à leitura em diversos locais, como bibliotecas comunitárias, pontos de cultura, hospitais, sindicatos, presídios, associações de moradores, entre outros. (Anexo 10)Na cidade de Porto Alegre há quatro pontos de leitura em atividade e dez pontos de cultura vêm trabalhando também na promoção da leitura.

As metas são:• fortalecer os pontos de leitura existentes e atenção aos novos conveniamentos;• que estão previstos pelo MINC, onde a Cidade deve estar pronta para ampliação dessa rede.Além disso, ações já existentes se integram nessa rede de democratizando acesso à leitura. Estante da Leitura em paradas de ônibus, confrarias de leitura, distribuição de Livros gratuitos com patrocínio de empresas; festas literárias; programas continuados de leitura, feira de troca de livros, oficinas de criação literárias, Eventos de HQ, prêmios literários, cursos de formação de mediadores e seminários de leitura e escrita.

EIXO VALORIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA LEITURA E INCREMENTO DO SEU VALOR SIMBÓLICONão será tempo de escrever uma história literária perspectivada a partir das condições de produção específicas e suas transformações? E não seria também de levar em conta as condições em que a literatura é lida e divulgada – uma história literária dos leitores e editores, e não apenas de autores e das obras? (Viktor Zmegac)

A Prefeitura Municipal de Porto Alegre desenvolve suas ações organizadas em quatro eixos: social, ambiental, gestão, econômico-financeiro, que norteiam a execução de políticas públicas apoiadas nos princípios de territorialidade, transparência e transversalidade.

A leitura, nessas ações, ocupa papel de destaque e a maioria dos projetos da área se encontra sob a responsabilidade das secretarias de Educação e da Cultura, sendo também transversais nos demais órgãos de governo.

A administração pública reforçou a importância do tema em sua agenda no momento em que instituiu o Grupo de Trabalho para estudo de um plano para tornar a leitura e os meios de informação acessíveis aos porto-alegrenses de forma democrática, ouvindo os setores em debate aberto.

A Secretaria de Governança Local tem o papel de facilitadora, articuladora e qualificadora do processo democrático, através do fortalecimento dos Conselhos Municipais. Oferece à população, através do geomapeamento (Observapoa), um instrumento que possibilita a aplicação de políticas públicas na área do livro e da leitura. Ações como a parceria na ampliação do projeto Estantes Públicas no V Congresso da Cidade são exemplo de atuação na área.

A Procempa oferece suporte técnico, tecnológico de informação e comunicação para o desenvolvimento dos objetivos que a Prefeitura tem como missão de estado e de governo. É parceira dos projetos da área, facilitando o acesso às tecnologias de informação e comunicação, inserindo a informatização e a multimídia na leitura e permitindo formação e desenvolvimento continuados dos atores do processo.

A população escolar é responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação que, entre seus projetos para atendimento a uma rede de 59.256 alunos e 5.302 professores, desenvolve propostas diferenciadas de ensino, oportunizando a seus alunos uma educação que vai além

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dos conteúdos formais nas suas mais variadas formas de expressão. A leitura e a escrita recebem destaque em sua programação.

A Secretaria Municipal da Cultura visa à formação cultural, social, de conhecimento e de reflexão do indivíduo e a disseminação do livro para que a leitura seja uma realidade para todos.

A Coordenação do Livro e Literatura é a responsável pela difusão do livro, incentivo à leitura, acesso ao conhecimento e fomento à produção literária. É constituída pela Biblioteca Municipal Josué Guimarães e sua Ramal na Restinga, pela Editora da Cidade e pela Difusão do Livro e desenvolve uma série de projetos.

DiagnósticoHistoricamente, a Cultura não é acolhida de forma generosa, nem tem reconhecida sua importância no que diz respeito aos índices percentuais no orçamento geral do município, a exemplo do que acontece no país.

Metas• Para uma mudança significativa na realidade do livro e da leitura porto-alegrense, é vital a ampliação significativa dos recursos orçamentários que lhe são destinados. Com valores mais compatíveis, poderão ser realizados projetos e desenvolvidas políticas, atendendo às demandas de ampliação e modernização de espaços, qualificação dos serviços, adequação de mobiliários e equipamentos e constante atualização das mídias ofertadas;• levar pelo menos um seminário/oficina/palestra do Festival do Inverno e ampliar a oferta de espetáculos promovidos pelo Porto Alegre em Cena a locais descentralizados; • discutir diretrizes e reativar conselho editorial da Editora da Cidade;• Prêmio Açoriano de Literatura/Edição: doação às bibliotecas públicas e comunitárias de 15% da tiragem das publicações;• Fumproarte: ampliar em 15% a participação de escritores da comunidade e, principalmente, de autores estreantes no concurso;• Fumproarte: em relação às exigências de retorno de interesse público de projetos ligados à área, estudar formas de atendimento a bibliotecas e ações de mediação de leitura de reconhecido trabalho na comunidade;• promover um encontro mensal de escritores em espaço descentralizado do Mais que Prosa;• promover feiras de trocas de livros em locais descentralizados, possibilitando trocas de acervos entre bibliotecas e entre moradores da região;• estimular a promoção e a participação de oficinas de criação literária pela Descentralização da Cultura;• divulgar acervo e ações do Arquivo Histórico de Porto Alegre, promovendo a apropriação pelas comunidades do entorno; • expansão do projeto Brincando de Editar para escolas, bibliotecas e centros comunitários;• divulgação do concurso de Dramaturgia Carlos Carvalho e de seus resultados, com leitura e encenação de textos teatrais. IMPLEMENTAÇÃOA elaboração de um Plano Municipal do Livro e da Leitura por um grupo de trabalho foi o primeiro passo para fazer de Porto Alegre uma cidade leitora e de cada cidadão o protagonista de sua vontade de conhecer e criar.

Para que se torne realidade, todos os segmentos mais diretamente envolvidos neste projeto devem assumir a responsabilidade por sua implementação, mantendo-se atuantes e propositivos, sendo canais de ligação e mobilização entre os seus pares.

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Para tanto, consideramos que deva ser criado um Conselho Municipal do Livro e da Leitura permanente, com ampla representatividade da sociedade civil e das instituições públicas que atuam nesta área, tal como ocorreu na formação do grupo de trabalho. Devem ter assento no Conselho representantes de: professores e bibliotecários; bibliotecas comunitárias, públicas e privadas; produtores, autores e ilustradores de livros; gestores, cadeia econômica do livro e produtores culturais, além de representantes do poder público.

Atribuições do Conselho do Livro e da Leitura• A seguir serão apresentadas as atribuições do Conselho do Livro e da Leitura:• elaboração de um plano de ação municipal, tendo por base o PMLL, com prazos, para o desenvolvimento de projetos que envolvam as diferentes secretarias e o centro do governo;• gestão de um fundo a ser criado para a realização dessas ações;• estabelecimento de diretrizes para aplicação dos recursos;• acompanhamento e avaliação das ações realizadas;• mobilização dos diversos segmentos da sociedade no planejamento, execução e controle das ações;• aprovação e acompanhamento de convênios, ajustes, acordos e contratos firmados com base em recursos do Fundo;• avaliação do plano de trabalho da equipe, através de relatórios periódicos;divulgação das ações, socializando as informações, inclusive de forma virtual – um “Observatório da Leitura” - e de resultados (indicadores).Acreditamos que a criação e manutenção deste Conselho Executivo, Deliberativo, Normativo e Fiscalizador, com representatividade e atribuições claras, é uma forma de garantir a continuidade da execução do Plano, de forma democrática e efetiva.

O Grupo de Trabalho propõe alguns indicativos, como metas a curto, médio e longo prazo.Meta de curto prazo (1 ano)

Priorizar ações de sucesso em andamento – bibliotecas e ações de leitura, por exemplo -, qualificar as bibliotecas institucionais, com a nomeação de bibliotecários concursados; ampliar os horários de atendimento ao público, e garantir instalações condizentes com o uso a que os espaços voltados à leitura se destinam, bem como a manutenção e renovação de seus acervos e equipamentos.

Meta de médio prazo (5 anos)Construir uma imagem de cidade criativa da leitura e da literatura, partindo de um perfil que já apresenta. Aparelhar Porto Alegre para que seja uma cidade realmente leitora, com políticas concretas e equipamentos condizentes, descentralizados em todas as regiões. Formação permanente de mediadores de leitura e enfrentamento ao analfabetismo funcional para melhoria significativa dos índices de competência leitora.

Meta de longo prazo (10 anos)Fazer de Porto Alegre a capital da leitura no Brasil, com índices de leitores e de produção literária compatíveis com aqueles preconizados e mensurados por parâmetros internacionais.

OrçamentoNenhum plano existe sem um lastro orçamentário que o sustente e permita sua execução. Para que o Plano do Livro e da Leitura seja realidade, necessita recursos e investimentos.Propomos a criação de um Fundo do Livro e da Literatura, formado, em seu primeiro ano, com um valor indicativo de 10 por cento da dotação do Funcultura, atrelando valores à lei orçamentária do município para que, ano a ano, aproxime-se do valor total deste Fundo, a ser alcançado num prazo de dez anos.

Page 35: Plano Municipal Do Livro e Leitura de Porto Alegre

Propomos que coordenações que desenvolvem projetos de grande abrangência humana e cultural, como o Carnaval e o Nativismo, destinem um percentual de seus orçamentos à promoção do livro e da leitura em suas áreas específicas. Além destes, há a possibilidade de recursos provenientes de acordos com universidades, governos estadual e federal, fundos internacionais, outras prefeituras e entidades privadas. INTEGRANTES DO GRUPO DE TRABALHO

De acordo com o Decreto n° 17.010, o Grupo de Trabalho (GT) para elaboração do Plano Municipal do Livro e da Leitura (PMLL) no município de Porto Alegre fica composto por dois integrantes (titular e suplente) de cada um dos seguintes órgãos e entidades: Secretaria Municipal de Cultura (SMC)Fernando Rozano ; Lucia Jahn Secretaria Municipal de Educação (SMED)Maria Cristina Chaves Garavelo ; Sandra Elisabete Porto da Silva Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local (SMCPGL)Elizabeth Portanova Mendes Ribeiro da Rocha ; Suzana Aldworth Marins Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura (FPIL) da Câmara Municipal de Porto Alegre (CMPA)Fernanda Melchionna ; Luiz Antônio Proença Fernandes Organização Não Governamental CirandarMárcia H. Koboldt Cavalcante ; Aline Calvo Hernandez Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (PROCEMPA)Giorgia Ferreira Pires ; Jacqueline Baptista Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região (CRB-10)Loiva Teresinha Serafini ; Ricardo Affonso Maus Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AELIJ)Hermes Bernardi Jr. ; Dilan Camargo Associação Gaúcha do Escritor (AGES)Maria Eunice Garrido Barbieri ; Waldomiro Manfroi Goethe-Institut Porto AlegreHans Ulrich Kaup ; Ligia Beheregaray Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL)João Manoel Maldaner Carneiro ; Jussara Haubert Rodrigues Conselho Municipal de Cultura (CMC) Leandro Anton ; Adroaldo Venturini Barboza Conselho Municipal de Educação (CME)Regina Maria Duarte Scherer ; Maria Otilia SusinA Coordenação do GT compete aos representantes da SMC. ANEXOSANEXO 1 – Prova ABCANEXO 2 – Síntese dos Encontros Regionais e AtasANEXO 3 – Atas das Conferências TemáticasANEXO 4 – Pesquisa Leitura em Porto Alegre – Câmara Rio-Grandense do LivroANEXO 5 – Diagnóstico Câmara Rio-Grandense do Livro e AEILIJANEXO 6 – Sistema Estadual de Bibliotecas ANEXO 7 – Diagnóstico CRB-10ANEXO 8 – Programa Prazer em LerANEXO 9 – Diagnóstico Bibliotecas ComunitáriasANEXO 10 – Pontos de LeituraANEXO 11 – Diagnóstico SMEDANEXO 12 – Diagnóstico Secretaria Municipal da Cultura