plano municipal de desenvolvimento rural … · 1.2.1 mapa do estado com localização do...
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PLANO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO
RURAL SUSTENTÁVEL
2011- 2013
MUNICÍPIO DE
ANHEMBI
PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
Prefeitura Municipal de Anhembi
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Casa da Agricultura de Anhembi
Escritório de Desenvolvimento Rural de Botucatu
Período de vigência: 2011 a 2013
ApresentaçãoO Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS) do
município de Anhembi foi planejado pela Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral (CATI), com a finalidade de se criar um diagnóstico da situação atual
em que a população do meio rural se encontra, bem como discutir junto à
sociedade potencialidades e dificuldades no cotidiano dos moradores,
trabalhadores e produtores rurais, a fim de que este documento sirva como
ferramenta para elaboração de políticas públicas nas esferas municipal,
estadual e federal, que favoreçam e promovam o Desenvolvimento Rural
Sustentável. A coordenação e execução dos trabalhos coube ao Conselho
Municipal de Desenvolvimento Rural de Anhembi (CMDR), no que diz respeito
a mobilização dos produtores, setores público e privado e sociedade civil,
sendo a Casa da Agricultura (CA) a grande responsável pela conclusão deste
documento, visto que a entidade atuou como catalisadora dos trabalhos e
responsável pela elaboração do material.
Vale ressaltar que o presente Plano de Desenvolvimento Rural
Sustentável não abrange apenas questões relacionadas ao desenvolvimento
da agricultura e preservação do meio ambiente, mas também questões
relacionadas à condições sociais e culturais da população rural, como garantir
o acesso da população a serviços básicos de assistência técnica e extensão
rural, crédito rural e microcrédito, educação, saúde, segurança, transporte,
saneamento, abastecimento de água, energia elétrica, veículos de
comunicação, cultura, lazer, etc.
Ao final desta etapa, espera-se que este plano seja utilizado como um
instrumento legítimo para o desenvolvimento rural sustentável do município,
pela concretização das iniciativas propostas no mesmo através de suas
diretrizes. É fundamental lembrar que esse plano é dinâmico e estará aberto a
mudanças futuras, através de demandas que possam vir a ser criadas, desde
que estas reivindicações sejam discutidas pela comunidade rural no decorrer
de seu desenvolvimento junto ao CMDR, permitindo sempre que necessário,
acrescentar informações ao mesmo.
1. Identificação e Caracterização do Município
1.1 Histórico:Antigo arraial fundado por bandeirantes na margem do rio Tietê, a
formação de Anhembi teve início com a criação, em 2 de fevereiro de 1862, da
capela de Nossa Senhora dos Remédios da Ponte do Tietê, uma referência
não só à padroeira do arraial como à existência de uma ponte sobre o rio Tietê,
– utilizada por tropeiros vindos de Minas Gerais em direção ao Paraná – para
transporte de produtos. O desenvolvimento do povoado foi marcado por esse
comércio interestadual feito pelos tropeiros, e inaugurou o processo político-
administrativo local. Inicialmente, passou a freguesia do município de Botucatu,
em 20 de fevereiro de 1866, e mais tarde, em 8 de julho de 1867, foi transferida
para o município de Constituição, atual Piracicaba. Em 9 de julho de 1869, a
freguesia voltou a ser incorporada ao município de Botucatu. Em 15 de abril de
1891 foi transformada em município. O nome Anhembi, adotado em 6 de
novembro de 1906, era como os índios se referiam ao rio Tietê: o rio dos
inhambus, um termo de origem tupi, anhambu ou inhambu que significa uma
“ave galinácia”. Em 12 de junho de 1934, a sede do município foi transferida
para Pirambóia, e Anhembi retornou à condição de distrito, o que perdurou até
24 de dezembro de 1948, quando o município adquiriu definitivamente sua
autonomia.
1.2 Dados Geográficos:
1.2.1 Mapa do estado com localização do município
Anhembi é um município pertencente ao Centro-Oeste do Estado de São
Paulo, localizado às margens do Rio Tietê, distando aproximadamente 240 km
da Capital. Anhembi faz limites geográficos com os municípios de Bofete,
Botucatu, Conchas, Piracicaba e Santa Maria da Serra, conforme visualizado
na figura 01, e que será melhor discutido a frente.
Figura 01. Localização do município de Anhembi e municípios limítrofes do
mesmo.
O município possui uma extensão de 35 Km de comprimento no sentido
sul-norte, que é o sentido decrescente de altitude até a calha do Rio Tietê, e
uma largura média de 16 Km, atingindo 25 Km em alguns trechos.
O município conta com o Distrito de Pirambóia, uma área urbanizada a
19 Km da sede, com uma população aproximada de 1.000 habitantes. Este
distrito teve seu auge nos períodos de ouro das estradas de ferro, quando
servia para armazenar e embarcar algodão e transporte de rebanhos bovinos
pela Ferrovia Noroeste.
Confronta-se ao norte com os municípios de Santa Maria da Serra e
Piracicaba, cujo divisor é o Rio Piracicaba represado, que forma o reservatório
da Usina Hidrelétrica de Barra Bonita. A oeste, confronta-se com Piracicaba
novamente e Conchas. A divisão com o município de Conchas é natural pelo
Rio do Peixe, contribuinte do Rio Tietê, que nasce em Bofete, município
limítrofe ao sul. A oeste a divisa é com o município de Botucatu, na maior parte
feita pelo Rio Alambari, que deságua no Tietê. O município está antes do
encontro das águas do Rio Tietê e Piracicaba, que formam o reservatório de
Barra Bonita.
Figura 02: Localização do município de Anhembi dentro da Mesorregião de
Bauru.
O município pertence à Região Administrativa de Sorocaba, porém está
inserido na Mesorregião de Bauru e Microrregião de Botucatu. As principais
estradas de acesso ao município são as rodovias Marechal Rondon,
responsável pela ligação aos municípios de São Paulo, Botucatu e Bauru, e
rodovia Samuel de Castro Neves, responsável pela ligação entre Anhembi e
Piracicaba.
Latitude: 22º47’20” sul
Longitude: 48º07’37” oeste
Altitude: 470 m
Área total do município: 73.646,3 hectares (IBGE)
Área rural: 63.806,7 hectares (LUPA/2008)
Área urbana: 570,0 hectares (Prefeitura Municipal de Anhembi)
Obs.: Nota-se que, dependendo da fonte de obtenção dos dados, os valores para área total, área rural e área urbana encontram-se em discordância.
1.2.2 População:População total População urbana População rural Densidade
demográfica
5.648* 4.256** 1.383** 7,67 hab./km2
*Dados obtidos de acordo com Censo realizado no ano de 2010 (IBGE)** Dados baseados em informações da Fundação SEADE (2010)
1.2.3 Geologia e Relevo:
A geologia do município é composta pelas seguintes unidades
estratigráficas: Grupo Passa Dois formação Corumbataí e Grupo São Bento
formações Pirambóia e Serra Geral.
• Grupo Passa Dois:
o Formação Corumbataí: É caracterizado por arenitos muito
finos, siltitos, lamitos e folhelos com níveis de calcário
oolíticos. Os siltitos e os folhelos apresentam laminação
paralela, estrutura “flazer” e fendas de ressecamento,
enquanto os arenitos apresentam estratificação cruzada de
pequeno porte e marcas onduladas. Um afloramento
importante no meio da formação é a Pirambóia, que
aparece na região de Anhembi, onde a formação fica
exposta em conseqüência de um horst bem evidenciado
pelas inúmeras falhas adjacentes.
• Grupo São Bento:
Iniciando o Mesozóico, o Grupo São Bento envolve a seqüência pré-
vulcânica caracterizada por um pacote de arenitos fluviais e eólico
correspondendo às Formações Pirambóia e Botucatu, e uma seqüência
vulcânica representada pelos derrames basálticos da formação Serra Geral e
diabásicos intrusivos.
o Formação Pirambóia: Em função das características
texturais e estruturais, a formação Pirambóia foi dividida em dois membros. O
membro inferior, mais diferenciado do superior entre Ipeúna e Bofete,
apresenta fácies mais argilosa com predominância de estratificação plano-
paralela e cruzada acanalada de pequeno porte. O membro superior é
caracterizado pela disposição dos bancos de arenitos, pouco a muito argilosos,
com estratificação plano paralela, lamitos, argilitos arenosos, numa clara
repetição cíclica. Os arenitos apresentam granulação homogênea (variando
entre muito fina a média), predominando areia fina. Os sedimentos dessa
formação assentam-se em discordância erosiva sobre os da formação
Corumbataí e são capeados pelos arenitos eólicos da formação Botucatu ou os
derrames da Formação Serra Geral, a oeste da região. Esses sedimentos são
de ambiente continental em planícies aluviais de rios meandrantes. Aflora no
estado de São Paulo numa faixa de até 50 Km, que vai da divisa do estado do
Paraná até o estado de Minas Gerais, estreitando para 5 km na área do Morro
do Bofete-Torre de Pedra.
o Formação Serra Geral: Caracteriza-se por espessos
derrames de lava basáltica, toleítica, de textura afanítica, amigdaloidal no topo
dos derrames e com desenvolvimento de juntas verticais e horizontais. O
contato inferior da Formação 6 discordante com os arenitos eólicos da
Formação Botucatu, os quais às vezes encontram-se interdigitados nos
primeiros derrames na região. Aflora nas escarpas da Serra de Botucatu. Os
derrames basálticos são diretamente discordantes sobre os arenitos da
Formação Botucatu, exceto na parte do rio Paranapanema onde jazem em
discordância sobre os arenitos da Formação Pirambóia. Na área, a formação
encontra-se recoberta esporadicamente em discordância erosiva pelos arenitos
da Formação Marília ou pelos sedimentos Cenozóicos.
Figura 03: Mapa de formações geológicas do estado de São Paulo. Fonte: Instituto
Geológico (2000).
O relevo do município de Anhembi é representado pela unidade
geomorfológica denominada Depressão Periférica, que compreende a região
que se estende desde o Planalto Atlântico para o oeste paulista, pelos vales do
Médio Tietê, Paranapanema e Mogi-Guaçu.
1.2.4 Clima:
O municipio de Anhembi apresenta clima tropical com estação seca,
sendo clasificado como Aw segundo descrição de Köppen. Este clima é a
designação dada aos climas megatérmicos do grupo A da classificação
climática de Köppen-Geiger em que todos os meses do ano apresentam
temperatura média mensal superior a 18º C e precipitação mínima de 60mm,
com exceção ao menos de um dos meses do ano em que a precipitação média
total será inferior a 60 mm. O bioma típico das regiões com este tipo de climas
é a savana ou cerrado, daí a designação comum que recebem. Sendo
megatérmico, isto é estando acima da isotérmica dos 18º C, e situado na
região intertropical, o clima tropical com estação seca têm apenas duas
estações: uma estação seca, durante a qual a evapotranspiração potencial
largamente excede a precipitação, levando em alguns casos a situações
extremas de deficit hídrico; e uma estação chuvosa ou estação húmida, em que
a precipitação se torna mais ou menos abundante, mas sempre superior à
evapotranspiração potencial, permitindo a reposição das reservas hídricas na
biomassa, nos solos e nos aquíferos.
No Brasil, em que uma grande parte do território tem climas deste tipo, o
regime climático caracteriza-se por apresentar elevadas temperaturas anuais e
regime pluviométrico marcado pela ocorrência de duas estações: verão
chuvoso e inverno seco. Nesse domínio climático, verifica-se maioritariamente
a ocorrência de uma extensa e complexa formação vegetal: o cerrado (bioma
ecologicamente homólogo às savanas de África). A temperatura média anual
varia ali entre 20º C e 28º C, com elevados índices pluviométricos. As chuvas
são mais abundantes no litoral, diminuindo para o interior, com uma
precipitação que vai de 1 000 mm a 2 000 mm anuais.
Figura 04: Distribuição mundial dos climas tropicais: a verde claro as regiões de clima tropical com estação seca (Aw).
1.2.5 Pluviometria e Temperatura: A precipitação média anual é de 1.334 mm.
O município de Anhembi, conforme mencionado no item 1.2.4, possui clima do
tipo Aw segundo classificação de Köppen, caracterizado como clima tropical.
Sendo assim, a temperatura média mensal mínima está na faixa de 18ºC, com
elevadas temperaturas durante o ano e por isso, caracteriza-se como
Megatérmico. A tabela abaixo demonstra os dados de temperatura do último
ano (2010) no município de Anhembi, que reafirmam as tratativas acima.
MÊS TEMPERATURA DO AR (C) CHUVA (mm)mínima média máxima média média
JAN 19.3 30.8 25.0 229.8FEV 19.5 30.9 25.2 196.2MAR 18.7 30.5 24.6 141.7ABR 16.0 28.7 22.4 65.6MAI 13.3 26.7 20.0 60.5JUN 11.9 25.5 18.7 46.5JUL 11.3 25.7 18.5 32.5AGO 12.7 27.9 20.3 30.9SET 14.7 28.7 21.7 64.6OUT 16.3 29.4 22.8 116.0NOV 17.3 30.0 23.6 127.6DEZ 18.6 30.0 24.3 195.3Ano 15.8 28.7 22.3 1307.2Min 11.3 25.5 18.5 30.9Max 19.5 30.9 25.2 229.8
Fonte: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPETEC).
1.2.6 Relevo:
Numa perspectiva ampla, o território do município de Anhembi situa-se a
pouca distância do topo da Cuesta de Botucatu, integrando, portanto o Planalto
Ocidental Paulista, em função de sua composição rochosa. O referido Planalto
(parte do Planalto Meridional Brasileiro) inicia-se com altitudes superiores a
750m. Anhembi, situada a pouco mais de 30 Km do topo da Cuesta, localiza-
se, portanto numa área de altitudes baixas levando-se em conta o conjunto do
Planalto. O município estende-se as margens do Rio Tietê, portanto apresenta
uma topografia suave, o que proporciona um dislumbrante panorama do
município. Para o norte, na direção do rio Tietê, para onde corre toda a
drenagem regional, as altitudes vão igualmente decrescendo, atingindo-se
cotas ligeiramente inferiores a 500m nos exteriores do território municipal.
Esquematicamente, o município de Anhembi é, portanto um setor do
planalto, inclinado de leste para oeste e sul para norte. O trecho sul do
território, mais largo, constitui-se de dois divisores de águas, o primeiro, mais a
oeste, situado entre os afluentes do rio Tietê o segundo na direção do leste,
situado entre os afluentes do rio Piracicaba. Para norte existe um afunilamento
do território do município e o delineamento de um único divisor de água.
1.2.7 Tipos de solos: O levantamento dos solos de Anhembi baseou-se em levantamento
bibliográfico existente para a região e breve reconhecimento de campo.
ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS
Os Argissolos são solos com perfil profundo e desenvolvido.
Diferenciam-se dos latossolos por apresentar uma nítida divisão em horizontes
na parte superficial. O que caracteriza principalmente este solo é a diferença de
características entre o horizonte superficial, subjacente. A transição entre estes
horizontes, denominados A e B, pode ser gradual ou abrúptica. Normalmente, a
diferença mais marcante entre estes horizontes é o teor de argila, muito maior
no B do que no A, o que leva a uma cor e um comportamento diferente dos
horizontes.
Este caráter de heterogeneidade e de transição dos horizontes A/B dos
podzólicos confere a estes solos um comportamento geotécnico diferenciado
dos latossolos. Os podzólicos (comumente abreviados por PV) aparecem na
paisagem, em áreas de colinas médias, morrotes e morros, geralmente nas
encostas. São portanto, áreas de média e alta declividade (6 a 20%), onde os
processos erosivos são mais intensos. (ABGE/IPT 1995)
Nas observações de campo notou-se a predominância destes tipos
pedológicos, principalmente encontrados nas meia encostas, estando
principalmente representados pelos intervalos de 6 a 20% de declividade.
Quando a fertilidade natural é elevada e não há pedregosidade, sua
aptidão é boa para agricultura. São particularmente indicados para situações
em que não é possível grandes aplicações de capital para o melhoramento e a
conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum em áreas de
agricultura familiar.
Os intermediários para latossolos apresentam aptidão para uso mais
intensivo, mesmo contendo baixa fertilidade natural, uma vez que são
profundos. Essa limitação pode ser corrigida, desde que ocorram em áreas de
relevo suavizado. Culturas perenes também são uma alternativa para esses
solos, principalmente, os mais profundos.
Os argissolos vermelho-amarelos relacionados abaixo foram
catalogados em Anhembi:
• PVA 20: Distróficos A moderado textura média/argilosa relevo ondulado
e suave ondulado.
• PVA 53: Distróficos textura arenosa/média +LATOSSOLOS
VERMELHO-AMARELOS Distróficos textura média ambos A moderado
relevo suave ondulado.
• PVA 54: Distróficos textura arenosa/média relevo forte ondulado e
ondulado + LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS Distróficos textura
média relevo ondulado e suave ondulado ambos A moderado.
• PVA 60: Distróficos Abrúpticos textura arenosa/média relevo suave
ondulado e ondulado + ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS
Distróficos textura arenosa/média e média relevo suave ondulado ambos
A moderado.
• PVA 62: Distróficos abrúpticos textura arenosa/média relevo ondulado +
ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS Distróficos textura
arenosa/média e média relevo suave ondulado e ondulado ambos A
moderado.
• PVA 69: Distróficos Abrúpticos ou não, textura arenosa/média relevo
ondulado e forte ondulado + NEOSSOLOS LITÓLICOS Distróficos
textura média relevo forte ondulado ambos A moderado.
• PVA 96: (Grupamento Indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO –
AMARELOS arênicos A moderado textura arenosa/média) +
NEOSSOLOS LITÓLICOS Eutróficos A moderado e chernozêmico
ambos relevo ondulado + NEOSSOLOS QUARTZARÊMICOS Órticos
distróficos A moderado relevo suave ondulado.
LATOSSOLOS VERMELHO-AMARELOS
Os latossolos são solos espessos, com perfis de alteração de dezenas
de metros, homogêneos, porosos, com aspecto maciço, porém friável quando
seco. São solos típicos de áreas planas ou de colinas suaves e dos topos dos
morrotes com declividade entre 1 e 10%. Apresentam grande capacidade de
infiltração d’água superficial, graça ao grande volume de poros (em torno de
50%, em geral) e do tamanho desses poros. São, portanto, solos com pouca
suscetibilidade natural a erosão, escorregamentos, etc.
Os principais problemas geotécnicos desses solos advêm de uso
inadequado, provocando a concentração de água em grandes volumes no solo.
Se atingida a saturação total, os latossolos perdem a estrutura e sofrem
colapso, provocando abatimentos no terreno.
Se a concentração de água gerar sulcos na superfície do solo,
rapidamente eles podem evoluir, formando grandes ravinas que, ao atingir o
lençol freático, formam boçorocas de grande porte, caracterizando-se um
intenso processo erosivo de difícil controle. (ABGE/IPT 1995).
Os latossolos são passíveis de utilização com culturas anuais, perenes,
pastagens e reflorestamento. Normalmente, estão situados em relevo plano a
suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o que facilita a
mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis
mesmo quando muito argilosos, friáveis e de fácil preparo. Apesar do alto
potencial para agropecuária, parte de sua área deve ser mantida com reserva
para proteção da biodiversidade desses ambientes.
Segundo os mapas pedológicos do IAC/Embrapa, em Anhembi são
encontrados os seguintes solos:
• LVA 5: Distróficos A moderado textura média relevo plano e suave
ondulado.
• LVA 13: Distróficos textura média + NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS
Órticos distróficos ambos A moderado relevo suave ondulado e plano.
• LVA 36: Distróficos relevo suave ondulado + LATOSSOLOS
VERMELHOS Distróficos relevo plano e suave ondulado ambos A
moderado textura média.
• LVA 52: Distróficos + LATOSSOLOS VERMELHOS Distróficos ambos
textura média relevo suave ondulado + ARGISSOLOS VERMELHO-
AMARELOS Distróficos textura arenosa/média e média relevo suave
ondulado e ondulado todos A moderado.
1.2.8 Hidrografia:
O município de Anhembi apresenta como principal curso hídrico o Rio
Tietê, sendo seus afluentes mais importantes os Rios Alambari e Rio do peixe.
Está localizado na região centro-oeste do Estado de São Paulo, pertencente a
Bacia Hidrográfica Sorocaba-Médio Tietê. De acordo com o Plano de Bacia da
Unidade de gerenciamento de Recursos Hídricos do Sorocaba-Médio Tietê
(UGRHI 10), realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Bacia
composta pelos rios Sorocaba e Médio Tietê foi divida em 6 sub-bacias, sendo
a sub-bacia 1 – Médio Tietê Inferior – aquela que abrange as águas captadas
pelo município de Anhembi. A figura abaixo demonstra a afirmação
supracitada:
Figura 05: Mapa das sub-bacias que compõe a Bacia Hidrográfica do Sorocaba-Médio Tietê. Fonte: IPT (2008).
Um primeiro aspecto que chama atenção na Bacia é a pequena cobertura
vegetal existente, seja ela natural ou reflorestada. Apesar desse quadro, nota-
se que as porções mais a montante (SB6-AS e partes da SB3-BS, SB4-MS e
SB5-MTS) e a jusante da Bacia (parte da SB1-MTI), apresentam relativamente
maior cobertura vegetal. Em termos numéricos, constata-se o total de
161.845,52 ha de cobertura vegetal na Bacia, sendo 49.505,99 ha relativos a
reflorestamento, de forma que o total geral perfaz apenas 13,57% do território
da UGRHI.
Um desdobramento direto desse aspecto é a questão dos déficits de
cobertura vegetal nas Áreas de Preservação Permanente que alcançam cifras
de cerca de 80% a 95%, de acordo com a Sub-Bacia. Da mesma forma,
constatam-se déficits expressivos em relação à Reserva Legal, com valores de
cerca de 25% a 90%, excetuando-se a SB6-AS, que possui a taxa de cobertura
exigida em lei.
Outra vinculação com essa deficiência é a erosão dos solos, constatando-
se que a Bacia apresenta duas porções de muito alta e alta suscetibilidade a
processos erosivos, respectivamente nas porções mais baixas (SB1-MTI), a
qual Anhembi se localiza, e mais altas da UGRHI (SB6-AS, e partes da SB3-
BS, SB4-MS e SB5-MTS). Dados de estudos efetuados por DAEE-IPT (IPT,
1997), denotam a existência de 283 processos erosivos (ravinas e voçorocas),
sendo que apenas na SB1-MTI constataram-se 200 feições. Nota-se portanto,
que a região em que se localiza o município de Anhembi apresenta sérios
problemas relacionados a conservação de solo e dos recursos hídricos,
ocasionando processos destrutivos ao ambiente como a poluição e
assoreamento dos rios e ribeirões. No que diz respeito à SB1-MTI, a situação
se agrava ainda mais, considerando-se que 60% do seu território
correspondem à área de ocorrência não-confinada do Sistema Aqüífero
Guarani, o qual se constitui no manancial subterrâneo de maior potencialidade
produtiva por poço da UGRHI, mas que também possui as maiores
vulnerabilidades à contaminação. Além disso, essa área equivale a 20% da
zona de realimentação deste aqüífero no total do Estado, que assume
importância muito grande, pois, em geral, tal tipo de área é restrita, mesmo
considerando-se o aqüífero como um todo (no Brasil, Argentina, Paraguai e
Uruguai).
Em 2007, a população referente a sub-bacia 01, a qual o município de
Anhembi faz parte, era de 176.502, sendo que deste total, cerca de 24.758
habitantes residiam na zona rural. Externa a Bacia Sorocaba-Médio Tietê, a
Bacia do Alto Tietê despeja suas águas dentro da bacia em questão que,
conjuntamente com a água recebida da cidade de Sorocaba, diminui de
sobremaneira a qualidade dos recursos hídricos. Tal situação ocasiona uma
série de problemas, entre eles, problemas de saúde entre a população. De
acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, apenas no ano de 2004
houve 477 internações no sistema Único de saúde (SUS), resultando além dos
prejuízos ao meio ambiente, no dispêndio de R$ 782.761,70 dos cofres
públicos. Se já não bastasse o prejuízo, 84 pessoas foram a óbito em virtude
das internações, com destaque especial para os municípios de Cesário Lange,
Conchas e Laranjal Paulista.
Vale a pena ressaltar que estes estudos realizados nas Bacias
Hidrográficas servem para se traçar os pontos críticos de cada bacia, servindo
de base para projetos de recuperação dos recursos hídricos. Uma parte
fundamental das atividades do CBH-SMT consiste na alocação de fundos do
FEHIDRO. Devido às insuficiências do mesmo em executar todas as
demandas necessárias, o Comitê decidiu priorizar a elaboração de projetos,
possibilitando aos municípios, desta forma, a busca de outros recursos para a
execução das metas. A categoria prioritária tem sido projetos para a construção
de Estações de Tratamento de Esgoto-ETE (41%), seguindo-se a área de
controle de águas pluviais (controle de erosão – 24,3%) e a Educação
Ambiental (12,7%). A política de investimento em Projetos de ETE foi
considerada bastante importante, pois criou uma relação estreita entre o CBH e
as prefeituras da Bacia. Outras três categorias de projetos financiados incluem
estudos e planejamento para a gestão ambiental (8,5%), lixo e aterros
sanitários (8,2%) e recuperação ambiental (5,4%).
O FEHIDRO não consiste na única fonte de financiamento do Comitê, pois
a SABESP e os serviços autônomos de água e esgoto dos municípios também
financiam Projetos, estudos e intervenções na área de recursos hídricos. A
outra função que o Comitê tem vindo a desempenhar é o de articulador em
algumas discussões na bacia.
A CETESB publica informações sobre o monitoramento da qualidade da
água no Rio Tietê. Em Conchas e em Barra Bonita há duas estações de
monitoramento. Avaliam aspectos físicos, químicos e biológicos da água do Rio
Tietê. Em Conchas a nota é 60% e em Barra Bonita passa de 80% sugerindo
assim que em Anhembi a nota deva ser de 70 %.
Por esta razão a CESP introduziu no reservatório de Barra Bonita uma
espécie de peixe adaptada às condições de Anhembi, a tilápia. O peixe se
proliferou por não apresentar inimigos naturais, além de ser fecundo e de
crescimento rápido, tornando-se o principal produto retirado das águas por
mais de 300 pescadores. Estima-se que a produção diária de Anhembi e
arredores passe de 10 toneladas de pescados, sendo o principal deles a tilápia.
O principal meio de extrativismo é com redes armadas e tarrafas.
Em Conchas e em Barra Bonita já não há tanta tilápia. Nesse ambiente
intermediário do Rio Tietê em Anhembi, a tilápia encontra o fitoplâncton e o
zooplâncton que é sua fonte de alimento. O fitoplâncton por sua vez não é
capaz de sobreviver e abundar em ambiente aquático extremamente poluído,
cujo índice de poluição aumenta em direção a Conchas e Sorocaba. O lago do
reservatório da Usina de Barra Bonita funciona como um tanque de
sedimentação. Pouca matéria orgânica transpõe a barragem ou passa pela
tubulação das turbinas. Por isso há redução do fitoplâncton a jusante da
barragem e menor quantidade de tilápias.
Além do Rio Tietê, os Rios Piracicaba, do Peixe e Alambari são os
principais rios limítrofes do município. Nesses rios também há a atividade de
pesca, principalmente nas pontes, mas esta pesca é de lazer com varas e
anzóis, e é possível pescar vários peixes nativos.
1.2.9 Malha viária municipal
Há uma estimativa de 470 Km de estradas rurais municipais, de acordo
com dados da Secretaria Municipal de Obras de Anhembi. As estradas rurais,
via de regra, apresentam problemas de conservação de seus leitos, visto o tipo
de solo predominante na região de textura arenosa dificultar a estabilidade da
pista de rolamento, bem como o transito de veículos pesados em virtude da
grande área ocupada pela cana-de-açúcar e consequentemente, o tráfego
intenso de treminhões nas vias municipais. A secretaria municipal de obras é a
entidade responsável pela manutenção e adequação das estradas rurais do
município, e conta com Programas Estaduais para auxiliá-la nesta tarefa como
o Programa Melhor Caminho e Programa Estadual de Microbacias
Hidrográficas, que já terminou.
1.3 Dados Sócioculturais
1.3.1 População rural:
O município de Anhembi, segundo dados da Fundação SEADE referentes ao
ano de 2010, aponta 1.383 indivíduos moradores da zona rural, o que
representa aproximadamente 24,5% da população total do município. De
acordo com o diagnóstico levantado junto aos produtores rurais, esta
população encontra-se envelhecida no campo, uma vez que os jovens, filhos
dos produtores, encontram-se na casa de parentes na zona urbana do
município, principalmente pelas facilidades que os mesmos encontram, como
bom sinal dos meios de comunicação, proximidade dos serviços básicos como
escola, saúde, etc. Este cenário é de sobremaneira preocupante, já que este
envelhecimento da zona rural num futuro próximo irá acarretar na falta de
relação dos jovens com as atividades agrícolas, importantíssimas para a
sustentabilidade da sociedade.
1.3.2 Acesso da População Rural a Serviços Básicos:
1.3.2.1 Assistência técnica e extensão rural:
Há algum tempo, estudos regionais conduzidos pelo IAC apontam Anhembi
como um dos municípios da região de Botucatu que apresenta enorme fronteira
para expansão de canaviais, visto a proximidade junto ao município de
Piracicaba que apresenta grande área plantada e enorme desenvolvimento
tecnológico científico nesta cultura. Ainda existem grandes propriedades com
pecuária extensiva, capaz de receber investimentos em culturas de comodities
tais como cana-de-açúcar, citros e silvicultura com eucalipto. Essa mudança do
uso das terras tem alterado significativamente o município e aos poucos o
atrativo financeiro proporcionado pela rentabilidade de contratos de
arrendamento para estas culturas tem despertado o interesse de pecuaristas e
proprietários de terras. A integração com o município de Piracicaba é muito
clara. A Canagro, através da Cooplacana é um dos pontos de venda mais
visitados por produtores do município na hora de escolher onde adquirir
insumos. Em São Manuel, a Cafenoel também é uma cooperativa que tem
cooperados em Anhembi.
Com a expansão da citricultura no município a atuação da Fundecitrus e da
Coopercitros é freqüente nos pomares. A empresa Fischer também adquiriu
recentemente uma grande extensão de terras em Piracicaba na divisa com
Anhembi empregando mão-de-obra local para instalação e condução do pomar
de citros.
A aptidão das terras para a silvicultura resultou na expansão da área ocupada
com plantios de eucalipto. Além das tradicionais Duratex e Eucatex, a Ripasa
instalou um parque florestal em Anhembi com todo o aparato técnico e infra-
estrutura logística que empreendimentos deste porte requerem.
A USP-Esalq mantém no município em área privilegiada às margens do Rio
Tietê uma Estação Experimental de Ciências Florestais, com um jardim
botânico de espécies nativas e exóticas.
O IPEF também atua no município percorrendo a zona rural freqüentemente
coletando em árvores isoladas típicas do cerrado, sementes de espécies
nativas para posterior beneficiamento e padronização com a finalidade de
preservar a biodiversidade da flora e fauna, mediante a distribuição de
sementes para interessados na recuperação ambiental.
De acordo com o cenário exposto acima, e sabendo que as propriedades
envolvidas com as culturas da cana-de-açúcar, citros e eucalipto dispõe de
assistência técnica particular, tanto com recursos próprios como através de
consultoria cedida pela própria empresa interessada no produto, fica a Casa da
Agricultura do município de Anhembi responsável pela Assistência Técnica e
Extensão Rural oficial aos pequenos produtores rurais, que representam cerca
de 72,64% de propriedades rurais existentes no município (379 das 522
propriedades totais, de acordo com dados do LUPA).
Contando com uma equipe técnica composta por 1 Auxiliar de Serviços Gerais
do Estado de São Paulo, 1 Engenheiro Agrônomo, 1 Médico Veterinário, além
de 2 auxiliar de serviços gerais cedidos pela Prefeitura Municipal de Anhembi,
fica difícil o atendimento à todas estas propriedades e portanto, o foco desse
atendimento são os agricultores familiares, cuja principal fonte de renda é
aquela advinda da propriedade, ou seja, da agropecuária, e que representa a
alternativa de sustento de suas famílias.
A Casa da Agricultura atua diretamente na capacitação do produtor rural
através de palestras, dias de campo, excursões e cursos, estes últimos
geralmente em convênio com o SENAR. Presta assistência técnica e serviços
relacionados com conservação de solos, como serviços de locação de curvas
de nível; retirada de amostra de solo e encaminhamento para análise e
recomendação de adubação e calagem. Com vistas de disponibilizar tecnologia
adequada aos pequenos produtores, a CATI através das Casas da Agricultura
oferece a venda de sementes e orientação de plantio, material este chamado
de sementes variedades, uma alternativa as sementes comerciais que
demandam um pacote tecnológico e geralmente elevados custos de
implantação e condução, já que as sementes ditas variedades são mais
rústicas e portanto, aptas ao cultivo em condições menos favoráveis, situação
comum entre pequenos produtores rurais, mantendo bons níveis de
produtividade, alem de apresentarem um preço de aquisição menor quando
comparado às sementes comerciais. A Casa da Agricultura promove
assistência técnica tanto na parte agrícola quanto animal, com orientações não
só a produtores rurais, como também a moradores da zona urbana que
procuram a instituição para obter informações e serviços, como pequenas
cirurgias em animais domésticos (cães e gatos), recomendações para pomares
e jardins domésticos, etc. Durante o ano, de acordo com as necessidades da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento, são feitas pesquisas de dados para
preenchimento dos levantamentos do IEA como Estimativas de Safra da
Laranja, Preços mensais correntes, Levantamentos subjetivos bimestrais
agrícolas e florestais (áreas plantadas e produções) e pecuários (número de
cabeças de animais e produções), ambos nos sistemas convencional e
orgânico, áreas de culturas, áreas de florestas, áreas de pastagens. A pecuária
leiteira, em sendo uma atividade com grande número de produtores explorando
tal atividade, dispõe de um projeto específico denominado de Projeto CATI
Leite que, entre outros pontos, promove o planejamento da propriedade rural,
buscando trabalhar a pastagem de maneira intensiva através do sistema
rotacionado, aplicando projetos de irrigação de pastagens e escriturando as
propriedades com a avaliação e coleta de índices zootécnicos e econômicos,
acompanhamento do rebanho, no sentido de gerenciar a propriedade de
maneira profissional. A fim de possuir números concretos da produção
agropecuária e de posse deles, traçar linhas de trabalho, é feito o levantamento
e cadastramento das unidades de produção agropecuárias, que é o censo
realizado que mantém atualizado o número de propriedades rurais, quem são
seus proprietários, a área que ocupam e o que produzem no município. Este
censo culmina com a elaboração do Projeto LUPA, importante ferramenta para
tomadas de decisão em níveis municipal e estadual.
Abaixo segue tabela do Levantamento Censitário das Unidades de
Produção Agropecuária, com pesquisa sobre qual a forma de assistência
técnica que os produtores de Anhembi utilizam:
Forma de assistência técnica utilizada pelos produtores Nº UPAs %Não utiliza assistência técnica 75 14,3Utiliza somente assistência técnica governamental 447 85,6Utiliza somente assistência técnica privada 328 62,8Utiliza assistência técnica tanto governamental quanto privada 119 22,7Total 522 100Fonte: Lupa 2007/2008
1.3.2.2 Crédito rural e microcrédito:
A CA é responsável pela divulgação e apoio ao acesso de pequenos
produtores familiares às linhas de crédito oficiais do Fundo de Expansão do
Agronegócio Paulista (FEAP) e Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (PRONAF). Além da divulgação, os técnicos responsáveis
pela Casa da Agricultura auxiliam os produtores rurais na elaboração do projeto
técnico exigido pelos agentes financeiros para acesso ao FEAP, e
recentemente esta elaboração dos projetos se estendeu ao convênio junto ao
Banco do Brasil para financiamentos do PRONAF, com visitas de avaliação e
orientação posteriores ao acesso ao financiamento para assessorar os
produtores e aumentar as chances da tomada do dinheiro acarretar em
sucesso econômico. O município possui correspondentes bancários do Banco
do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, que disponibilizam linhas de
crédito para custeio e investimento para os produtores da região.
Educação: As crianças do meio rural têm acesso à educação infantil através
das Creches Municipais Pica Pau e Arco Íris, esta última localizada no distrito
Pirambóia. Para o ensino fundamental, o município dispõe das escolas
Governador Mário Covas na cidade de Anhembi e EMEF Dalva Calin Abude
em Pirambóia. Para o ensino médio temos a escolas EE Valentin do Amaral em
Anhembi e Pirambóia. Para disponibilização de cursos profissionalizantes, o
município firmou parceria com o SENAI, onde a partir do mês de outubro do
ano de 2009, oferece cursos de Desenho Mecânico, Assistente Administrativo
e Costura para a população interessada. Outra parceria importante com o
município foi junto à UNIARARAS, que vem proporcionando para a população
acesso a educação de nível superior. A alfabetização dos adultos também é
trabalhada em Anhembi através do Ensino Jovem e Adulto (EJA) que possui
atualmente 25 alunos.
Saúde: O município oferece a população o Programa Saúde da Família (PSF)
e o Programa Viva Leite, deixando a disposição médicos para atendimento
clínico geral e pediatra, nutricionista e enfermeiros. Diariamente uma
ambulância transporta pacientes para realização de hemodiálise, quimioterapia
e deficientes para tratamento no município de Botucatu e 2 vezes por dia um
ônibus faz o mesmo trajeto para os demais pacientes.
Segurança: O projeto para criação de uma patrulha rural está em andamento.
Transporte: O município é servido por uma linha de ônibus interurbano de
Piracicaba a Botucatu, com 4 horários diários simultâneos para estas cidades.
Anhembi fica a 60 Km de Piracicaba e a 55 Km de Botucatu. A ligação para
Piracicaba é feita pela SP 147. Para Botucatu o trajeto é pela SP 147 até o Km
237 (Anhembi está no Km 211,5), onde está o trevo da Rodovia Marechal
Rondon no Km 224 desta. Segue-se pela Marechal Rondon até o Km 249 onde
está Botucatu. Este trecho da Rod. Mal. Rondon passa pela Serra de Botucatu
e tem pista simples. Para Piracicaba e Botucatu também é possível o acesso
por estradas rurais. O Laticínios Gegê Ltda. opera uma linha de coleta de leite
cru “in natura” em galões de 50 litros, atendendo a 130 produtores no município
de Anhembi, e em bairros das imediações de Anhembi. São captados cerca de
5.000 litros diários. Alguns produtores têm tanque de refrigeração de leite e
fornecem a granel. O leite que vem em galão é depositado, após análise de
qualidade, num tanque comunitário na cidade. Após o resfriamento segue a
granel para o Laticínio. O percurso do caminhão de coleta de galão é de mais
de 80 km/dia.
Saneamento: Não existe um sistema de saneamento básico oficial para coleta
e tratamento do esgoto originário das propriedades rurais. A maioria das
residências ainda se utiliza da fossa negra como destino para o esgoto, o que
acarreta em problemas graves do ponto de vista ambiental já que o risco de
contaminação dos recursos hídricos é grande, principalmente em propriedades
que se abastecem via poços caipiras.
Abastecimento de água: Através de Poços e nascentes.
Energia elétrica: Poucas propriedades no município não possuem energia
elétrica. A energia é fornecida pela ELEKTRO, que também proporcionou
energia elétrica para muitos moradores da zona rural através do programa Luz
para Todos.
Meios de Comunicação: O grande problema da comunicação no meio rural é
a falta de cobertura da telefonia celular.
Cultura: O município possui uma Biblioteca Municipal que está a disposição
de todos. Festa do Divino Espírito Santo: é uma festa religiosa e folclórica,
que faz parte da história do município, pois acontece há 150 anos e atrai
muitos visitantes. A Irmandade do Divino refaz todos os anos a penitência de
viajar de casa em casa levando a bandeira e cantando louvores ao Divino.
Como os barcos foram muito usados para percorrer o Rio Tietê no início, hoje
eles mantêm a tradição de usar dois batelões, que leva 120 irmãos do divino
viajando por 9 dias. Os irmãos usam uniformes azuis durante a peregrinação e
no dia da Festa eles se vestem de branco, a festa ocorre sempre no dia de
pentecostes, no domingo os irmãos encenam o encontro que ocorria
antigamente das canoas, que era o momento que eles voltavam da
peregrinação.
Lazer: O Anhembi Camping: foi projetado visando lazer, segurança e conforto
para famílias, situado em uma imensa área verde às margens da represa de
Barra Bonita. Um excelente lugar para pesca e esportes náuticos; Fazenda do
Vovô: uma fazenda típica rural com um lindo visual de serra para recepcionar
crianças e adultos, proporcionando também o turismo pedagógico rural;
Cachoeira Duas Quedas: localizada a apenas 9 km do centro da cidade,
apresenta um espaço ideal para banhos, piqueniques, e lazer com a família e
amigos nos dias de verão, propício para tirar fotos e passar momentos
agradáveis; Água Sulfurosa: localizada a poucos km do município, a água sai
de um cano formando uma piscina natural de água sulfurosa ótima para a
saúde, circulação e para a pele. Próxima a água sulfurosa encontra-se uma
cachoeira com aproximadamente 30 m de queda.
Organização Rural
O município de Anhembi conta com a Associação dos Produtores Rurais de
Anhembi-APRAN, formada principalmente por pequenos produtores familiares
onde predominantemente a atividade explorada é a bovinocultura leiteira. O
município de Anhembi por se localizar às margens do Rio Tietê em área
represada apresenta grande potencial na piscicultura, principalmente através
da pesca extrativista da espécie tilápia, muito apreciada no mercado interno.
Em decorrência disto, o município conta com uma Colônia de Pescadores que
atualmente possui 410 sócios, sendo uma cadeia produtiva com boas
perspectivas de futuro em função de iniciativas que estão sendo desenvolvidas
pelos poderes públicos que serão mencionadas em momento futuro.
1.4 Caracterização ambiental
Áreas de proteção:
Unidades de Conservação (ou entorno): Em Anhembi temos a Estação
Ecológica do Barreiro Rico criada por Decreto Estadual N.º 51.381 de 19
Dezembro de 2006, pelo então Governador Cláudio Lembo. Esta unidade de
conservação tem como objetivo a preservação da fauna e flora do local e ainda
temos a Estação Experimental de Anhembi criada em 1975 com cerca de 500
hectares. São terras remanescentes das desapropriações feitas pela CESP e
que foram doadas a USP-ESALQ. O principal objetivo da estação é a
conservação de material genético florestal.
Áreas de Preservação Permanente – APP: Temos como área de
preservação permanente as margens do Rio Tietê, as margens dos córregos e
as nascentes do município.
Área de Proteção Ambiental: O município tem projeto de transformar uma
área dentro da cidade em área de proteção ambiental, pois esta área possui
muitas riquezas naturais, o que faz necessário proteger esses locais do
impacto das atividades humanas. Esta iniciativa tem o objetivo de promover
uma integração harmoniosa entre as atividades produtivas da região e a
conservação da natureza, buscando o uso sustentável dos recursos naturais e
melhores condições de vida para a população local.
Impactos ambientais:
Resíduos sólidos: Os resíduos sólidos urbanos coletados são destinados para
o aterro sanitário do município (aterro em valas), sendo a coleta realizada 03
vezes por semana, e a quantidade média de resíduos da ordem de 4300 kg por
dia, composto de diversos materiais, porém em maior escala constituído por
sacos plásticos, garrafas pets, embalagens e resto de alimentos.
Efluentes domésticos: Os efluentes domésticos são despejados no Rio Tietê
in natura sem tratamento, causando como impactos ambientais a eutrofização
do rio e o aumento dos materiais sólidos.
Efluentes agropecuários: A Grande maioria das propriedades utiliza a fossa
negra como forma de descarte dos resíduos, sendo que apenas uma pequena
parte possui fossas sépticas, o que geraria menores impactos tanto ao lençol
freático quanto ao solo.
Erosão: O município enfrenta sérios problemas com erosão devido ao alto teor
de susceptibilidade dos solos locais aos processos erosivos, em função do tipo
arenoso de solo agravado pelas altas taxas pluviométricas aliadas ao manejo
inadequado do solo.
Assoreamento: Devido as erosões constantes, os córrego do município estão
sendo assoreados.
1.5 Dados agropecuários
Área total das UPAs: 63.763,20 hectares
Número de UPAs: 522
Módulo Rural: 30,00 hectares
a. Estrutura FundiáriaEstrato
(ha)UPAs Área total
Nº % ha %
0 – 10 7 1,34 4,1 0,0110 – 20 7 1,34 11,5 0,0220 – 50 45 8,6 156,2 0,2450 – 100 43 8,41 333,4 0,53100 – 200 70 13,38 1010,8 1,59200 – 500 112 21,41 3695,0 5,79500 – 1000 95 18,16 6985,2 10,951000 – 2000 63 12,05 8925,8 14,0Total 522 100 63763,2 100,0Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
b. Ocupação do SoloDescrição de uso do solo N° de UPAs Área (ha) %
Área Total 522 63763.2 100.0Cultura Perene 148 3806.0 5.97Reflorestamento 106 9654.2 15.14Vegetação Natural 437 8336.6 13.07Área Complementar 429 876.4 1.37Cultura Temporária 104 7978.9 12.51Pastagens 417 31481.2 49.37Área em descanso 58 1247.8 1.96Vegetação de brejo e várzea 26 382.1 0.6Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
c. Principais atividades agropecuáriasPrincipais Explorações Agrícolas Área (ha) N° UPAs
Braquiaria 30466.3 404Eucalipto 9142.0 102Cana-de-acucar 7248.2 83Laranja 3605.3 34Gramas 931.7 44Pinus 458.0 5Mandioca 404.9 11Milho 203.0 11Pomar domestico 86.8 103Seringueira 80.6 1Melancia 71.4 5
Outras florestais 51.0 2Capim-napier (ou capim-elefante) 41.4 15Feijao 27.0 2Soja 25.0 1Coloniao 15.0 1Outras gramineas para pastagem 13.8 1Capim-jaragua 13.0 2Abobora (ou jerimum) 10.0 1Cafe 10.0 7Serigüela 7.0 1Limao 5.5 2Lichia 5.0 1Manga 3.8 4Teca 3.2 1Bambu 2.0 1Maracuja 2.0 1Cara (ou acara) 1.0 1Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
Principais Explorações Pecuárias Nº Unidade N° UPAs
Avicultura de corte 4295000.0 CABECAS/ANO
21
Bovinocultura de corte 30052.0 CABECAS 239Piscicultura 25100.0 M2
TANQUES3
Bovinocultura mista 3947.0 CABECAS 123Avicultura ornamental 1920.0 CABECAS 53Bovinocultura leiteira 1884.0 CABECAS 71Ovinocultura 1605.0 CABECAS 33Equinocultura 1095.0 CABECAS 238Suinocultura 354.0 CABECAS 36Avicultura para ovos 285.0 CABECAS 6Caprinocultura 120.0 CABECAS 3Bubalinocultura 80.0 CABECAS 1Apicultura 22.0 COLMEIAS 2Asininos e muares 3.0 CABECAS 1Cunicultura 1.0 CABECAS 1Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
Principais Atividades Econômicas Não Agrícolas
Nº Unidade Nº Famílias envolvidas
Hotel Fazenda / Pousada / SPA 02 Prop. 02Restaurante / Lanchonete 02 Prop. 02Turismo Rural / Ecoturismo 02 Prop. 02Outras atividades econômicas rurais 02 Prop. 02Fonte: LUPA – CATI/SAA (2008)
d. Participação da Agropecuária na Economia Municipal
e. Valor Bruto da Produção Anual da AgropecuáriaExploração Produção Anual Unidade Valor da
produção (R$)Bovinocultura Leiteira 1.095.000.000 Litros 657.000Bovinocultura de Corte 108.000 @ 7.560.000Mandioca 12.000 ton 1.440.000Pescado 1.680 ton 1.008.000
TOTAL – R$ 10.665.000Fonte: IEA
f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivasProduto Fornecedores de
insumosPrestadores de
serviçoMão-de-obra Canais de
comercializaçãoLeite Coplacana (Cooperativa dos
Plantadores de cana de açucar), Laticínio GEGE, Calcário Cruzeiro, Agropecuárias do município e Região.
Prefeitura Municípal, Cati (Coordenadoria de assistência técnica integral), Empresas de melhoria genética.
Familiar Laticínio GEGE.
Carne Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de cana de açucar), Laticínio GEGE, Calcário Cruzeiro.
Prefeitura Municípal, Cati (Coordenadoria de assistência técnica integral)
Familiar , Assalariada permanente e diarista.
Frigorífico Angelleli ltda; Frigol Comercial ltda e Frigorífico Vangélio Mondelli ltda.
Ovinocultura Agropecuárias do município e região.
Casa da Agricultura, veterinários particulares, profissionais liberais.
Familiar , Assalariada permanente e diarista.
Venda principal feita diretamente ao consumidor em épocas de maior demanda (final de ano); Cowpig.
Pesca Casa das Redes. Colônia de pescadores Z – 30.
Familiar. Frigoríficos, peixarias, bares e restaurantes.
Mandioca Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de cana de açucar) e Calcário Cruzeiro.
Prefeitura Municípal, Cati (Coordenadoria de assistência técnica integral)
Familiar , Assalariada permanente e diarista.
Ceasa de Campinas e Fabrica de Farinha Plazza.
g. Infraestrutura da Produção nas PropriedadesMáquinas e Equipamentos Qtde. Nº UPAs
Trator de Pneu 210 133Arado (Comum ou Escarificador ou Subsolador)
168 139
Grade (Aradora ou Niveladora) 160 134Desintegrador, Picardo, Triturador 128 122Pulverizador Tratorizado 62 43Distribuidor de Calcário 58 54Ensiladeira 30 29Balança para Bovinos 35 35Computador 27 25Semeadeira/Adubadeira para Plantio Convencional
24 24
Ordenhadeira Mecanica 4 4Conj. de Irrigação Convencional 4 3Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)
Benfeitorias de Produção Qtde. Nº UPAsCurral 324 300Depósito/Tulha 241 218Almoxarifado/Oficina 53 48Pocilga 40 39Barracão para Granja/Avicultura 50 27Estábulo 22 22Armazém para grãos ensacados 19 19Açude ou represa 231 120Estufa/Plasticultura 1.002,0 m2 3Silo para grãos 212 ton 2Silo para silagem 4,0 ton 3Fabrica de Ração 2 2Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)
h. Infraestrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção / Processamento / Comercialização
Armazéns: Não Possui
Patrulha agrícola: Composta por 02 Tratores de pneu, 01 Grade Aradora, 01
Grade Niveladora, 01 Arado Comum, 01 Roçadeira e 01 Lamina. Atende cerca
de 170 produtores rurais por ano, prioritariamente os pequenos agricultores
familiares do município, possibilitando acesso à ferramentas de mecanização
agrícola que só são possíveis pela prestação destes serviços de preparo de
solo, manejo do solo e da cultura pela Prefeitura, já que individualmente seria
muito difícil destes pequenos produtores acessarem tais tecnologias.
Entrepostos: Não Possui.
Viveiros: Não Possui. Os produtores de citros e eucalipto recorrem a viveiros
em municípios vizinhos, como por exemplo, Limeira, para aquisição de mudas
de laranja e Bofete, Botucatu ou Itatinga para aquisição de mudas de eucalipto.
Cozinha industrial: Não Possui
Feira do produtor: Não Possui
Energia elétrica: Fornecida pela ELEKTRO
Abastecimento de água: Feita através de poços caipiras ou poços artesianos,
o município não dispõe de abastecimento de água e saneamento básico para
propriedades rurais. Estes serviços são restritos aos domicílios pertencentes à
zona urbana.
Serviço de inspeção municipal: Não Possui
Outros: Está sendo construído um abatedouro de grande porte para o pescado
do município e região, através de convênio junto ao Governo Federal, que
demandará quantidade elevada de peixes, principalmente a tilápia pelo
potencial da espécie na retirada do filé, sendo muito apreciado pelo mercado
consumidor.
2. Diagnóstico do Município (análise participativa com a comunidade)
2.1 Análise das cadeias produtivas
Cadeia Produtiva 1: a. Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais
Cadeia Produtiva
Pontos Positivos Pontos NegativosForças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Leite - Associação de Produtores rurais;
• - Pagamento semanal ou quinzenal proveniente do laticínio;
• - Facilidad
- Assistência Técnica Gratuita através da Casa da Agricultura;
- Patrulha Agrícola Municipal completa para atender aos pequenos produtores;
- Compra comunitária através da APRAN.
- Falta de gerenciamento das propriedades;
- Manejo incorreto das pastagens e dos animais;
- Nutrição deficiente;
- Falta de genética para produção de leite;
- Fretes altos cobrados pelo carreto do leite;
- Dificuldade para encontrar ordenhadores;
- Desunião dos produtores;
- Falta de controle da qualidade do leite na linha gerando descartes inexplicados;
- Estradas em péssimas
- Falta de união dos produtores;
- Falta de profissionalismo;
- Pouca procura por assistência técnica.
- Frete elevado em conseqüência da privatização da rodovia Marechal Rondom.
e de comprar insumos.
• - Resfriador Comunitário cedido pelo laticínio instalado na Casa da Agricultura.
• - Coleta de leite na propriedade.
condições de trafegabilidade que dificultam coleta do leite
Carne - Investimento seguro.
- Criação extensiva com baixo custo de produção.
- Assistência Técnica gratuita;
- Acesso fácil aos serviços da Patrulha Agrícola.
- Clima favorável para produção de forragem para pastejo e/ou silagem
- Certificação do produto gerando maior retorno econômico da atividade.
- Proximidade do município à médios centros consumidores como Piracicaba, Botucatu, Bauru e Campinas.
- Falta de gerenciamento das propriedades;
- Manejo incorreto das pastagens e dos animais;
- Nutrição deficiente;
- Falta de genética para produção de carne.
- Uso indiscriminado de inseticidas, vermífugos, etc, causando resistência dos parasitas.
- Áreas de pastagens sendo ocupadas pelo cultivo da cana de açúcar e eucalipto;
- Pouca procura por assistência técnica.
Ovinos Fácil comercialização da carne ovina.
- Assistência Técnica especializada através do projeto de assessoria da CATI.
- Falta de gerenciamento das propriedades;
- Manejo incorreto das pastagens e dos animais;
- Nutrição deficiente; falta de genética para produção de carne.
- Uso indiscriminado de vermífugos, causando resistência dos vermes.
- Áreas de pastagens sendo ocupadas pelo cultivo da cana de açúcar e eucalipto;
- Pouca procura por assistência técnica.
- Verminose
Pesca Colônia de Pescadores Z – 30.
- Atravessadores de Peixe.
- Muitos pescadores usam
-Pesca predatória e mudança climática.
redes proibidas e pescam em épocas impróprias.
Mandioca Associação de Produtores
- Assistência Técnica
- Patrulha Agrícola
- Comercialização;
- Baixa produtividade;
- Compra de insumos;
- Falta de união dos produtores;
- Controle de plantas daninhas.
2.1.1 Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivasCadeia
ProdutivaDificuldades/problemas Causas Efeitos Ações
propostasLeite 1) Comercialização;
2) Falta de gerenciamento das propriedades;
3) Pastagens degradadas;
4) Nutrição deficiente;
5) Falta de genética para produção de leite;
6) Falta de união dos produtores;
7) Má qualidade das estradas.
1) Apenas um laticínio beneficiando o leite dos produtores;
2) Falta para o produtor rural encarar a propriedade como uma empresa, anotando as receitas e despesas, programando compras de insumos entre outras ações;
3) Falta de conservação de solo, calagem e adubação;
4) Pastagens degradadas, falta de alimentação para o inverno, falta de balanceamento da dieta total.
5) Utilização de touros da raça nelore no rebanho leiteiro;
6) Visam apenas interesses pessoais;
7) Dificuldade de escoamento do produto
1) Falta de concorrência, preços baixos;
2) Produtor não sabe se a atividade está sendo rentável ou não e se está sendo, a rentabilidade é baixa;
3) Baixa produtividade das pastagens diminuindo a produção dos animais;
4) Baixa produtividade animal e reprodução deficiente;
5) Animais com baixa produtividade;
6) Pouca força para lutar por melhoras na cadeia produtiva, dificuldade na compra e venda do produto;
7) Maior produção do município.
1) União dos produtores para poder oferecer uma maior quantidade do produto para ficar economicamente viável o transporte para outra empresa da região.
2) Curso na área de gerenciamento;
3)Fazer terraceamento, calagem e adubação conforme análise do solo;
4) Melhorar pastagens, plantio de cana de açúcar e procurar assistência técnica;
5) Utilização de Inseminação Artificial com touros provados;
6) Fortalecimento da associação de produtores;
7) Capacitação dos operadores que atuam na manutenção das estradas, parcerias com outras instituições para adequação das estradas rurais.
Carne 1) Falta de gerenciamento das propriedades para programar compra de insumos, venda e descarte de animais;
2) Pastagens degradadas;
1) Falta para o produtor rural encarar a propriedade como uma empresa, anotando as receitas e despesas, programando compras de insumos entre outras ações;
1) Diminuição da rentabilidade, Compra de insumos e venda de animais em épocas erradas.
2) Baixa produtividade por
1) Cursos na área de gerenciamento de propriedades rurais;
2) Melhorar pastagens.
3) Falta de melhoramento genético para produção de carne. 2) Falta de
renovação das pastagens, utilizando calcário adubo e sementes melhoradas.
3) Utilização de matrizes e reprodutores genéticamente inferiores;
hectare;
3) Aumento do tempo para abate.
3) Utilização de Inseminação Artificial com touros melhoradores.
Ovino 1) Falta de gerenciamento das propriedades para programar compra de insumos, venda e descarte de animais;
2) Pastagens degradadas;
3) Falta de melhoramento genético para produção de carne.
4) Verminose
1) Falta para o produtor rural encarar a propriedade como uma empresa, anotando as receitas e despesas, programando compras de insumos entre outras ações;
2) Falta de renovação das pastagens, utilizando calcário adubo e sementes melhoradas.
3) Utilização de matrizes e reprodutores genéticamente inferiores;
4) Uso indiscriminado de vermífugos e manejo incorreto.
1) Diminuição da rentabilidade, Compra de insumos e venda de animais em épocas erradas.
2) Baixa produtividade por hectare;
3) Aumento do tempo para abate.
4) Sem o tratamento adequado a doença pode levar o animal a óbito.
1) Cursos na área de gerenciamento de propriedades rurais;
2) Melhorar pastagens.
3) Utilização de reprodutores melhoradores no rebanho.
4) Realização de exames para identificar o vermífugo que terá melhor resultado.
Pesca Venda direta ao consumidor. Atravessadores entre o pescador e o consumidor.
Desvalorização do produto
Frigorífico Municipal.
Mandioca 1) Difícil acesso para comercialização;
2) Compra de insumos;
1) Distância dos pontos de beneficiamento e revenda do produto;
2) Distância dos ponto de venda dos insumos;
1) Aumento no custo de produção devido ao transporte e consequentemente diminuição dos lucros para os produtores;
2) Aumento no custo de produção.
1) União dos produtores em forma de associações para transportar o produto;
2) União dos produtores em forma de associação para compra dos insumos em maior quantidade, diminuindo o preço pago pelo produto;
2.1.2 Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias produtivas
Cadeia Produtiva
Oportunidades/ Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Ações propostas
Leite 1) Assistência Técnica;
2) Utilização da patrulha agrícola.
1) Os produtores preferem seguir a experiência adquirida com o tempo no campo do que procurar um técnico para aplicar novas tecnologias;
2) Poucos produtores reformam suas pastagens.
1) A assistência técnica visa melhorar a qualidade e aumentar a produtividade das propriedades envolvidas, alem de melhorar a qualidade de vidas dos produtores;
2) Redução do custo de produção devido ao preço pago a prefeitura pelo serviço prestado, melhoria na conservação do solo e aumento da produção das pastagens.
1) Procurar assistência técnica na Casa da Agricultura;
2) Conscientização dos produtores para procurar os serviços prestados pela Casa da Agricultura.
Carne 1) Assistência Técnica;
2) Utilização da patrulha agrícola.
1) Os produtores preferem seguir a experiência adquirida com o tempo no campo do que procurar um técnico para aplicar novas tecnologias;
2) Poucos produtores reformam suas pastagens.
1) A assistência técnica visa melhorar a qualidade e aumentar a produtividade das propriedades envolvidas, alem de melhorar a qualidade de vidas dos produtores;
2) Redução do custo de produção devido ao preço pago a prefeitura pelo serviço prestado, melhoria na conservação do solo e aumento da produção das pastagens.
1) Procurar assistência técnica na Casa da Agricultura;
2) Conscientização dos produtores para procurar os serviços prestados pela Casa da Agricultura.
Ovino 1) Assistência Técnica;
2) Utilização da patrulha agrícola.
1) Os produtores preferem seguir a experiência adquirida com o tempo no campo do que procurar um técnico para aplicar novas tecnologias;
2) Poucos produtores reformam suas pastagens.
1) A assistência técnica visa melhorar a qualidade e aumentar a produtividade das propriedades envolvidas, alem de melhorar a qualidade de vidas dos produtores;
2) Redução do custo de produção devido ao preço pago a prefeitura pelo serviço prestado, melhoria na conservação do solo e aumento da produção das pastagens.
1) Procurar assistência técnica na Casa da Agricultura;
2) Conscientização dos produtores para procurar os serviços prestados pela Casa da Agricultura.
Pesca Vender o pescado por preços melhores.
Frigorífico Municipal em construção.
Maior valor agregado pelo pescado.
Conclusão do Frigorífico Municipal.
Mandioca 1) Assistência Técnica;
2) Utilização da patrulha agrícola.
1) Os produtores preferem seguir a experiência adquirida com o tempo no campo do que procurar um técnico para aplicar novas tecnologias;
1) A assistência técnica visa melhorar a qualidade e aumentar a produtividade das propriedades envolvidas, alem de melhorar a qualidade de vidas dos
1) Procurar assistência técnica na Casa da Agricultura;
2) Conscientização dos produtores para procurar os serviços prestados pela Casa
2) Com os implementos existentes há uma grande procura por parte dos produtores, porem são poucos equipamentos e com pouca diversidade para atender a população.
produtores;
2) Redução do custo de produção devido ao preço pago a prefeitura pelo serviço prestado e melhoria na conservação do solo.
da Agricultura.
2.2 Análise geral do município
2.2.1 Avaliação das dificuldades gerais do municípioAssunto/tema Dificuldade Causa Efeitos da
ExploraçãoAções
propostasEducação Não existe escola na
zona rural.Inversão dos conceitos com o passar dos tempos, sendo mais fácil levar os alunos as escolas na zona urbana se comparado a contratar profissionais para trabalharem nas escolas rurais.
Aprendizado focado no meio em que os alunos se encontram, com o resgate do orgulho do morador do campo, já que hoje os jovens não têm mais vontade de permanecer na zona rural.
Construir Escolas na Zona rural.Instalação de Escola Técnica Agrícola.Contratação de professores para trabalho nas escolas rurais.
Educação Qualidade precária do transporte escolar.
Falta de recursos para investimento na melhoria da frota de transporte escolar.Falta de consciência dos motoristas na responsabilidade das vidas que estão em suas mãos.Estradas rurais ruins causando muitas quebras dos veículos.
Agilidade no transporte das crianças e estudantes aumentando o tempo disponível das mesmas para outras atividades, já que elas ficam muito tempo no caminho.Garantia de segurança pela conscientização dos motoristas.
Melhoria da frota de ônibus, com acionamento do Governo para compra de veículos novos e reparos nos veículos existentes.Construção de ponto de ônibus para atendimento da população.Fazer com que ônibus passem nas estradas secundárias.Promover palestra para conscientizar motoristas em suas responsabilidades.
Estradas Rurais Estradas mal conservadas.
Falta de manutenção das estradas rurais pela Prefeitura.Faltam saídas de água, pedregulhamentos,etc.Falta de conscientização dos produtores na permissão do escoamento da água em suas propriedades.
Como dito acima, as estradas rurais afetam diversos setores e condições da população rural, já que é um ponto utilizado por toda a população e que quando conservadas, permitem rápido deslocamento em situações de emergência.
Cursos para capacitar operadores de máquinas da Prefeitura.Implantar trabalho de adequação de Estradas conforme tecnologia recomendada.Georreferenciamento da malha viária municipal para elaboração de um plano de gestão das estradas rurais.
Estrada rural Trechos com necessidade de adequação.
Falta de planejamento para priorizar as estradas em pior conservação.
Facilidade no escoamento da produção.
Planejamento para execução das atividades.
Associações Falta de organização dos produtores em associações e ou cooperativas.
Classe desunida. Maior força na compra de insumos e na venda dos produtos.
Realização de palestras para conscientizar os produtores da importância de uma associação e de
como trabalhar em grupo.
Mão de obra Mão de obra com pouca qualificação.
Falta de treinamento para especializar os trabalhadores do meio rural.
Maior produtividade; diminuição do número de acidentes; melhores oportunidades para empregos.
Realização de cursos para capacitar os trabalhadores.
Saúde Área rural se sente desprivilegiada por não haver atendimento pontual na Zona Rural.
Falta de políticas públicas voltadas aos produtores rurais, que não tem condições de buscar ajuda no município.
Melhoria da qualidade de vida da população, evitando o êxodo rural pela valorização do homem no campo.
Implantação do Programa Saúde da Família na Zona Rural.Aumentar as unidades móveis de atendimento no meio rural.
Segurança Falta de segurança na Zona Rural.
Poucos policiais são responsáveis pela área rural do município, que é um dos maiores do Estado.Infraestrutura deficiente, ou seja, viatura em péssimas condições de uso e em quantidade insuficiente.
Mal estar e sensação de insegurança causada no setor rural aumenta as chances do êxodo rural, pois já existem uma série de problemas em se viver na zona rural, sendo antigamente um dos pontos positivos a tranqüilidade que está se acabando.
Retomar / intensificar a patrulha rural.Aumentar o número de policiais, inclusive definir responsáveis pelo setor rural.Estruturar a polícia militar e fazer com que haja ronda da patrulha rural.Cobrar esforços conjuntos da polícia ambiental, militar e rodoviária
Saneamento Falta de recursos para a construção de fossas sépticas biodigestoras e também construção de Biodigestores para os dejetos animais.
Proprietários descapitalizados e sem conscientização da necessidade da instalação da fossa séptica e possibilidade de utilização do Biodigestor dos dejetos animais.
A utilização da fossa séptica biodigestora trata o esgoto doméstico de maneira satisfatória, minimizando os riscos de contaminação da água que muitas vezes é captada para consumo humano dentro da própria propriedade.O biodigestor é uma fonte de energia desprezada por grande parte dos produtores, o que possibilitaria reduzir o consumo de energia elétrica e de gás na propriedade rural.
Divulgação e orientação( através de campanhas) aos produtores sobre fossa e Biodigestor.Apoio de órgãos governamentais para instalações destes dispositivos, principalmente através de financiamentos e/ou programas oficiais de desenvolvimento sustentável.
Falta de coleta de lixo. Cultura da queima do lixo.Falta de conscientização dos impactos causados pelo lixo jogado ao ar livre em alguns bairros nas beiras das estradas e cursos d’águas.
Menores riscos de contaminação da água e de emissão de gases para atmosfera são alguns benefícios gerados por um sistema eficiente de coleta de lixo, desde que após esta coleta o mesmo seja disposto de maneira correta.
Educação ambiental, com a retomada do Projeto Aprendendo com a Natureza.Instalação de lixeiras coletivas e com coletas semanais.
Qualidade da Falta de Assistência Poucos técnicos para Aumento dos Melhorar a
Gestão Pública Técnica especializada. atender às demandas do município (aproximadamente 1260 propriedades).
indicadores técnicos na propriedade rural.Redução dos custos pela aplicação de técnicas corretas de produção.Melhoria da auto-estima do produtor rural no momento que o mesmo se sentir valorizado.
assistência pelos órgãos responsáveis através da contratação de mais Engenheiros Agrônomos e Médicos Veterinários, já que a economia do município se baseia na agropecuária.Maior divulgação dos projetos e serviços oferecidos pela Casa da Agricultura.Melhor divulgação do Programa Cati /Leite.
Pouco apoio da Prefeitura.
Falta de importância dada ao setor rural pela Prefeitura Municipal.
A renda gerada pelo retorno das práticas agrícolas fica no município na forma de impostos, comércio, indústria, melhorando a vida de todos os setores da economia municipal.
Aproximar entidades que apóiam a agropecuária em contato com o poder público buscando melhorias.Prefeitura promover políticas voltadas ao setor rural.
Burocracia elevada dificulta a Assistência Técnica e Extensão Rural no município.
A Assistência Técnica e Extensão Rural é prejudicada por conta das exigências burocráticas, impedindo um trabalho mais prático e em nível de campo.
Assistência Técnica eficiente e atuante junto aos produtores, melhorando as técnicas de produção e capacitando os produtores nas atividades diárias da produção.
Contratação de técnico de apoio administrativo e de apoio agropecuário pelo Estado.Contratação de Técnicos de nível superior para assistir os produtores.
Políticas Públicas Burocracia e exigência elevada de documentos e garantias aos pequenos e médios produtores.
Grande número de propriedades sem a documentação necessária exigida pelo banco (sem o registro ou retificação de área).
Aumento do capital para investimento em benfeitorias, maquinários, implementos para utilização nas atividades, além do capital para custeio dos insumos necessários à produção.
Reunir o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural do município, Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura e Instituições Financeiras envolvidas visando reduzir a burocracia nos pedidos de documentos.
Abastecimento de água
Falta de água na época de seca.
O abastecimento é realizado por poços comuns, minas e açudes.
Garantia de água aos produtores em qualidade e quantidade, refletindo inclusive em melhor saúde desta população.
Desburocratizar a autorização para a construção de pequenos açudes na CETESB.Motivar a preservação e recomposição das áreas de preservação permanente e a devida conservação de solo (terraceamento entre outros).
Desconhecimento da qualidade da água.
Contaminação secundária dos habitantes da zona rural.
Melhoria da qualidade de vida com reflexo na saúde e bem estar da população rural.
Fornecer análise da água constante, através do poder público, gratuitamente para os pequenos produtores.
Transporte Linhas de ônibus em Como a população Possibilidade de Reunião com
poucos Bairros, em outros, só existem ônibus escolares e que por força judicial não podem ser utilizados pelos produtores.
rural é pequena, a Empresa responsável alega que não é viável uma linha para os sítios.
locomoção de produtores e trabalhadores rurais, aliado a um programa de conservação de estradas rurais permite rapidez em situações de emergência, já que estradas em bom estado de conservação afetam diretamente a população.
Empresas de ônibus e Prefeitura para implantar coletivos.
Meios de comunicação
Baixo sinal de internet e telefonia celular.
Dificuldade de cobertura da zona rural pelo sistema de telefonia e internet.Baixa utilização dos sistemas via satélite ou rádio para fornecimento de sinal à propriedades distantes.
Possibilidade de comunicação, acesso a internet para pesquisas sobre mercado, preços, etc.
Reunir o poder público com os produtores rurais a fim de somar forças para conseguir melhor atendimento no que diz respeito a melhorias nos sinais de transmissão tanto de telefonia celular quanto de sinais de rádio para internet.
Meio Ambiente Cumprimento da legislação ambiental sobre APP e Reserva Legal.
Falta de informação sobre legislação ambiental.Produtores de mãos atadas sem saber de que forma adequar sua APP e Reserva Legal na propriedade.Recursos escassos para investimento em adequação ambiental.Políticas de incentivo a adequação ambiental restritas.
Possibilidade de certificação de produtos com segurança ambiental, possibilitando inclusive exportações a países ricos através de selos de preservação.Melhoria da qualidade do meio ambiente no qual o produtor rural está inserido.Possibilidade de exploração do turismo rural, através do EcoTurismo.
Maior esclarecimento das leis por parte do governo e órgãos competentes.Legislação apropriada de acordo com a situação local e com o tamanho das propriedades.Divulgação de Programas de Pagamento por serviços ambientais.
2.2.2 Avaliação das oportunidades/potencialidades gerais do municípioAssunto/tema
Oportunidades/ Potencialidades
Por que não Explora
Efeitos da Exploração
Soluções Propostas
Meio Ambiente Produtores interessados em plantio das áreas de APP.
Falta de incentivo da Secretaria do Meio Ambiente Municipal.
Adequação de propriedades as normas ambientais.Possibilidade de recebimento por serviços ambientais prestados em projetos futuros.Possibilidade de exploração de turismo rural.
Orientação de um modo geral sobre as leis do meio ambiente e as maneiras de se refazer os plantios.Possibilidade de aproveitamento destas áreas para exploração via Sistemas Agroflorestais.Elaboração de um Projeto de Turismo Rural Municipal.
Saneamento Existência de Está em fase de Redução do Divulgação nas
barracão próprio para reciclagem do lixo.
instalação no município.
potencial de poluição dos recursos hídricos e de contaminação dos alimentos produzidos.
escolas e no meio rural sobre a importância dos métodos de reciclagem.Criação pela Prefeitura de uma equipe de Reciclagem.
Mão de obra familiar para as construções de fossas e Biodigestores.
Falta de conscientização sobre a importância do tratamento do esgoto para a saúde básica da família, além de recursos para as construções das mesmas.
Redução do potencial de poluição da água.Possibilidade de utilização do efluente tratado na irrigação de culturas agrícolas como fonte de nutrientes.
Orientações técnicas aos produtores através de palestras e visitas em propriedades que receberam este incentivo através do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas.
Qualidade da gestão pública
Presença da Casa da Agricultura no município.
Receio da presença da Defesa Agropecuária no mesmo local, os produtores não desvinculam tal serviço, diminuindo suas visitas para tratar de assuntos do seu interesse e também pela burocracia a qual os técnicos são obrigados a cumprir impedindo-os de ir ao campo.
Acesso a informações técnicas melhorando a qualidade dos trabalhos no campo.Valorização do produtor rural, já que a relação entre produtor e o técnico seria intensificada.
Contratação de técnico de apoio administrativo e de apoio agropecuário pelo Estado, permitindo uma maior disponibilidade dos técnicos em atender as demandas ao campo.
Saúde Atendimento médico 24 hs no Hospital Municipal e diariamente nos Postos de Saúde.
Alguns sitiantes têm dificuldade de locomoção até o hospital e relatam que a ambulância demora muito.
Melhoria da qualidade de vida do morador da zona rural.
Reunir grupo de produtores com o poder público (Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura, Secretaria da Saúde e Prefeitura Municipal) à fim de tentar amenizar o problema.
Estradas Rurais O município possui 1 máquina Patrol nova, em excelente estado de conservação.
Falta de manutenção preventiva para adequar as estradas ao longo do ano, deixando-se para realizar as intervenções em épocas críticas, dificultando o atendimento de todas as situações requeridas.
Conservação e manutenção das estradas rurais afetando toda uma população rural, e como tal, interferindo diariamente na vida dos moradores.
Visitar os bairros e ouvir dos produtores quais são os trechos críticos de suas estradas para adequar de maneira correta.Elaborar um plano de manejo das estradas rurais com a distribuição dos serviços ao longo do ano de maneira escalonada.Elaborar um mapa georreferenciado e atualizado, para que seja possível gerenciar as estradas rurais.
Meios de comunicação
Presença de rádio municipal com programa específico voltado ao meio rural.
A Associação dos Produtores Rurais iniciou há pouco tempo um programa na rádio e portanto, ainda não é conhecida pela maioria da população rural.
Organização dos produtores.Informação de diversos assuntos aos quais o homem do campo está inserido e não obtém informações em rádios comuns.
Encaminhar semanalmente assuntos para serem divulgados na rádio.Divulgar os serviços oferecidos pela rádio aos agricultores nas missas e na Casa da Agricultura.
Buscar incentivos via patrocínio no comércio local para fortalecimento da rádio.
3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal
3.1 Diretrizes para o desenvolvimento das cadeias produtivas
3.1.1 Cadeia da Bovinocultura leiteira
Ordem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
1°Melhorar os níveis de
produtividade da pecuária leiteira
Aumento da produtividade dos animais.
Aumento da capacidade de lotação do pasto.
- adesão ao Projeto CATI-Leite.
- melhoria das pastagens através da reforma de
pastos antigos e degradados e substituição por variedades com maior
potencial de suporte.-promover a seleção
paulatina dos animais pouco produtivos por raças
mais especializadas na produção de leite, com a
devida rusticidade..
CATI;Prefeitura Municipal;
Empresas de Melhoria Genética;Laticínio.
2°Aumento do valor pago pelo litro
do leite e/ou pagamento por qualidade.
Aumento do valor pago pelo laticínio.
Programa de pagamento por qualidade implantado
- reuniões junto ao laticínio que detêm o mercado do
município para buscar implantar um programa de pagamento por qualidade
do leite.-capacitar os produtores
principalmente sobre assuntos relacionados
com higiene na ordenha.
Laticínios e CATI.
3°Programa de Fortalecimento da
Patrulha AgrícolaNovos tratores e
implementos adquiridos.
- acessar convênios com governo estadual e federal
para aquisição do maquinário.
- reivindicações junto a Prefeitura para
disponibilização de tratoristas capacitados para atendimento da
demanda.
Prefeitura Municipal;Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Agricultura;Casa da Agricultura.
4°
Fortalecimento da Associação dos Produtores Rurais de Anhembi –
APRAN.
Novos produtores associados.
- Realizar reuniões de divulgação da Associação.
- Levantar produtores potenciais para adesão à
APRAN.- Unir os diversos elos da
cadeia produtiva.
CATI;Prefeitura Municipal;
Associação de Produtores Rurais de Anhembi – APRAN
5ºRedução do custo da aquisição de
insumos e venda organizada.Custo de produção médio
menor.
- reuniões junto à Prefeitura Municipal para negociar o transporte de
insumos, barateando assim o custo pela
ausência do custo-frete.
Prefeitura MunicipalAPRUC
6º
Programa de capacitação de mão-de-obra especializada.
Trabalhadores rurais capacitados.
- realizar treinamentos e cursos nos mais diversos assuntos, desde a manejo da pastagem a qualidade do leite e gerenciamento
da propriedade.
SENAR;CATI;
Prefeitura Municipal
3.1.2 Cadeia da Bovinocultura de corteOrdem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
1°Melhorar os níveis de
produtividade da pecuária.
Aumento da produtividade dos animais.
Aumento da capacidade de lotação do pasto.
- melhoria das pastagens através da reforma de
pastos antigos e degradados e substituição por variedades com maior
potencial de suporte.-promover a seleção
paulatina dos animais pouco produtivos por raças
mais especializadas na produção de carne.
CATIPrefeitura Municipal
2°Programa de Fortalecimento da
Patrulha AgrícolaNovos tratores e
implementos adquiridos.
- acessar convênios com governo estadual e federal
para aquisição do maquinário.
- reivindicações junto a Prefeitura para
disponibilização de tratoristas capacitados para atendimento da
demanda.
Prefeitura Municipal;Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Agricultura;Casa da Agricultura.
3°Melhorar a relação entre
produtor/frigoríficoContratos realizados
- Discutir com o frigorífico a assinatura de contratos
com efeito legal para diminuir os riscos da
atividade, como possível calote de ambas as partes.
APRAN;Frigoríficos;
Sindicatos da região;SEBRAE.
4°Redução do custo da aquisição de
insumosCusto de aquisição
- conseguir auxílio da Prefeitura Municipal para
transportar insumos e baratear o frete.
Prefeitura Municipal
5º Melhoria da receita da atividade Aumento da rentabilidade- venda conjunta- busca de novos
mercados.
Associação de Produtores Rurais (APRAN)
Frigoríficos
3.1.3 Cadeia da OvinoculturaOrdem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
1°
Instituir parcerias com instituições de ensino e excelência para
capacitação a assessoramento de produtores da atividade.
Produtores capacitados.
Elaborar um plano de capacitação de produtores
rurais que exploram a atividade.
Capacitar os produtores rurais através de recursos provenientes do SENAR.
ESALQ;UNESP;SENAR;
CATI;APTA-IZ.
2°Organizar a cadeia e divulgar o
produto.Ações de divulgação
realizadas.
Reuniões junto aos poucos frigoríficos que abatem o
cordeiro/carneiro para que seja intensificada a
divulgação do produto, com auxílio de uma
pequena taxa descontada do valor do quilograma da carne para custear ações
de divulgação.
ASPACO;Frigoríficos;
Produtores organizados.
3° Criar um abatedouro municipal.Abatedouro municipal
instalado.
Articular junto a Prefeitura a aquisição de verba
estadual ou federal para instalação de um
abatedouro municipal, com auxílio do SEBRAE.
Produtores;Prefeitura Municipal;
SEBRAE.
4° Fomentar a criação de ovinos para aumentar a
Número de produtores. Incentivar a criação de cordeiro através de um
Prefeitura;UNESP;
representatividade dos produtores perante o mercado.
programa municipal com auxílio de assessoria técnica, como forma
complementar de outras atividades.
ESALQ.
5ºInstalação do Serviço de Inspeção
Municipal (SIM)SIM instalado.
Regularizar os produtores que estão no mercado clandestino vendendo
diretamente ao consumidor final, sem
atestado de sanidade do rebanho e/ou qualidade da
carne.
Prefeitura Municipal.
6ºPrograma de melhoria da
qualidade genética dos animais.Propriedades participantes
do projeto.
Realizar em conjunto com as universidades da região
um programa de melhoramento genético
para adequação das raças e aumento da produção.
UNESP;ESALQ;
EMBRAPA;APTA-IZ.
3.1.4 Cadeia da PescaOrdem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
1° Finalização do Frigorífico.Frigorífico em
funcionamento.
Finalizar as obras no frigorífico obtido em
parceria com o Governo Federal para aumentar os ganhos devido a entrega
direta do produto ao frigorífico.
Prefeitura Municipal;Colônia de Pescadores.
2° Aumento do acesso ao crédito. Pescadores acessando crédito rural.
Divulgar as linhas de crédito oficiais ao público interessado (pescadores),
para possibilitar
CATI;Colônia de Pescadores;
Banco do Brasil.
investimentos em casos de necessidade individual.
3° Criação de marca própria. Marca criada.
Articular junto a entidades parceiras a possibilidade
de criação de marca própria do pescado,
possibilitando agregar valor à produção.
Colônia de Pescadores;Prefeitura Municipal;
SEBRAE.
4°Conscientização dos produtores à
atender a legislação ambiental.Pescadores
conscientizados.
Reuniões junto aos pescadores para
conscientizar sobre os impactos trazidos pela
pesca nos meses proibidos.
Diagnosticar pescadores que não tem direito ao
benefício pago pelo Governo Federal e os
motivos deste problema.
CATI;Colônia de Pescadores;
Ministério da Pesca.
5ºPrograma de criação de peixes
em tanques-rede. Tanques redes instalados.
Divulgação da técnica de exploração de tanques-
rede.Reuniões junto à CETESB
para esclarecimentos quanto a regularidade
destes empreendimentos.Divulgar linhas de crédito
específicas para esta operação.
Colônia de Pescadores;APTA-IP;CETESB;
Ministério da Pesca;UNESP;ESALQ.
3.1.5 Cadeia da MandiocaOrdem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
1°Instalação de uma central de beneficiamento do produto.
Central de beneficiamento implantada.
Buscar empresas interessadas em construir uma usina de produção de
farinha no município.
Empresas interessadas;Prefeitura Municipal.
2°Aproveitamento dos resíduos da cultura na alimentação animal.
Número de propriedades com gado de corte e/ou
leiteiro.
Divulgar aos produtores de carne e leite as vantagens em se utilizar os resíduos da cultura da mandioca na alimentação animal, com conseqüente redução dos
custos de produção e aumento de produtividade.
UNESP;ESALQ;
Produtores rurais.
3.2 Diretrizes para o desenvolvimento geral do municípioOrdem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas
Programa de adequação de estradas rurais. Diagnóstico elaborado
Realizar um levantamento dos trechos que precisam ser arrumados.
CATI;Prefeitura Municipal;
População Rural.1° N° de estratégias atendidas -Explorar programas de implantação e
adequação de estradas “Melhor Caminho”.-Conscientizar produtores à não acabar com
os bigodes, e adequar para que esses bigodes tivessem continuidade com as
curvas de nível, necessários para conservação das estradas.
-Capacitação de funcionários para adequação das estradas.
-Construção de caixas de contenção de água em propriedades rurais que estiverem
em pontos estratégicos.
2°Capacitação de operadores de
máquinas3 operadores de máquinas
capacitados-Articulação junto à CODASP para
realização de cursos de capacitação.
Prefeitura Municipal;CODASP;
CATI.
4°Fortalecimento da assistência
técnica e extensão rural.N° de estratégias atendidas
-Atender demanda de palestras, cursos e assistência técnica com no desenvolvimento
agropecuário sustentável.
CATI;Prefeitura Municipal;
SEBRAE;
-Orientações sobre agregação de valor no produto e comercialização
-Atender demanda por campanhas de amostragem e análise de solo; uso de
calcário; terraceamento e conservação de solo.
-Realizações de excursões que visem conhecer novas tecnologias.
-Continuidade e fortalecimento do Programa CATI Leite
5°Divulgar as condições de
crédito ruraisNúmero de produtores
informados
-Elaborar meios para aumentar a eficiência da informação, objetivando o acesso do
produtor ao crédito rural.CATI-Propor alternativas no intuito de sanar
dúvidas sobre legalização de escrituras e outros documentos necessários na obtenção
de crédito rural.
6°Promover cursos de
capacitação do trabalhador rural
Número de trabalhadores capacitados
-Realização de palestras e cursos. Prefeitura Municipal;SENAR; CATI,
UNESP;SEBRAE.
-Visitas técnicas.
-Dias de campo.
7° Melhoramento genético do rebanho bovino
Número de vacas inseminadas -Descarte das matrizes improdutivas. Prefeitura Municipal;CATI;
APRAN.-Eliminação das matrizes positivas
diagnosticadas através de exames de Brucelose e Tuberculose.
- Realização de cursos de capacitação aos produtores rurais.
9°
Implantar ações que visem preservar e restaurar as condições ambientais do
municípioNúmero de ações atendidas
-Incentivar plantio de árvores nativas em áreas de APPs.
CATI;Prefeitura Municipal.
-Desenvolver projetos de educação ambiental nas escolas.
-Conscientizar produtores da importância de cercar áreas de APPs e reflorestar
nascentes.-Promover campanha de orientação sobre
legislação ambiental.-Adotar campanhas de práticas
conservacionistas como terraceamento.-Captação de incentivos financeiros para
adquirir mudas nativas e cercas para formação e recuperação de APPs.
-Conscientizar população do meio rural sobre aspectos de legislação ambiental.
10°Melhorar as condições de saneamento na zona rural
N° de estratégias atendidas
-Criar uma lixeira comunitária, onde haja uma coleta seletiva semanal em cada bairro
e instalação de lixeiras suspensas a cada trecho das estradas principais. Prefeitura Municipal;
CATI;SABESP.
-Incentivar o uso de fossas sépticas.-Sinalização para não jogar lixo na estrada.-Conscientizar pessoas da importância da
devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
11°Melhorar os meios de
comunicação na zona ruralN° de estratégias atendidas
-Fazer contato com empresas telefônicas e provedores de internet para tentar melhorar
situação (celular precário, falta internet).
CATI;Prefeitura Municipal.
13° Fortalecimento da associação de produtores rurais APRAN, visando o aumento da renda
N° de estratégias realizadas. -Elaboração de mecanismos motivacionais, promovendo maior participação do produtor
associado e o conscientizando da
CATI; APRAN.
do associado.
importância da associação na melhoria da renda.
-Realização de palestras, encontros, visitas, dias de campo, focados na área técnica e de
comercialização.-Desenvolver subgrupos de atuação da associação, subdivididos em cadeias
produtivas.-Planejar atuação da associação na questão
do turismo rural sustentável.-Planejar e incentivar a produção,
comercialização e consumo de produtos orgânicos.
-Elaborar ações práticas de agregação de valor aos produtos agrícolas.
-Apoiar ações comunitárias de compra de insumos e equipamentos e também na
venda de produtos.-Viabilizar maior oferta de incentivos
governamentais e políticas públicas aos associados.
15°Programa de geração de
rendaNúmero de famílias envolvidas
-Construção do projeto de geração de rendas. SEBRAE;
Prefeitura Municipal;CATI.-Capacitação de produtores em produção
artesanal de doces, queijos, etc.
16° Projeto de arborização urbanaNúmero de árvores plantadas
na área urbana
-Elaboração do projeto de arborização urbana.
Prefeitura Municipal;ELEKTRO;
CATI.-Captação de recursos
17°Projeto de segurança na Zona
Rural
Reunião com Prefeita Municipal e representantes de
associação, conselho e da CATI
- Reunião para articular junto à Prefeitura Municipal a possibilidade da criação da
Patrulha Rural
Prefeitura Municipal, CATI.
4. Planejamento da Execução
4.1 Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento
As iniciativas para o desenvolvimento rural que encontram-se em andamento estão descritas no quadro abaixo, mas não
encontram-se em ordem de importância e sim dispostas de acordo com o assunto, visto que misturam-se iniciativas relacionadas
com as cadeias produtivas prioritárias e com os aspectos gerais do município.
Prioridade Nome Instituições Metas Prazos Recursos BeneficiáriosBovinocultura Visitas técnicas a
campo para divulgação, orientação
e atendimentos aos produtores rurais.
-CATI-Faculdade de
Medicina Veterinária e
Zootecnia (FMVZ), UNESP.-SENAR
- Divulgar aos produtores rurais os aspectos que envolvem as diversas
produções animais.-Orientar tecnicamente os produtores
rurais sobre os temas que estão envolvidos nas diversas produções
animais.-Realizar atendimentos veterinários e
agronômicos a campo.
Durante a vigência do Plano.
Provenientes da própria Instituição.
Produtores rurais do Município e
região.
Capacitação rural Promover a capacitação dos
produtores rurais nas atividades gerenciais e
produtivas de sua propriedade
PM, CATI, SEBRAE, SENAR, Sindicato, UNESP
-Realizar reuniões entre produtores.Realizar palestras e outros eventos
motivacionais.Realizar cursos e outros eventos de
capacitação.
Até o final deste plano PM, CATI, SENAI, SENAR, Sindicato,
UNESP
Produtores rurais
Crédito Rural Orientar produtores sobre crédito rural e emitir declaração de
aptidão para os que se enquadrem no FEAP, no PRONAF e no Pró-
Trator
Casa da Agricultura;
Subsecretaria de Agricultura
-Fazer divulgação das linhas de crédito e do plano safra da agricultura familiar
anualmente- Emitir declaração de aptidão para os produtores rurais interessados que se
enquadrem no FEAP, no PRONAF e no Pró-Trator
- Fazer projeto técnico nas linhas do FEAP- Fazer projetos técnicos para linha do Pró-
Trator
Durante a vigência do plano
Banco do Brasil, Banco Nossa Caixa,
outros bancos
Produtores rurais do município
Calagem e adubação de solo
Orientação sobre amostragem de solo
Casa da Agricultura - divulgando a importância e orientando os produtores a fazerem corretamente
Durante a vigência do Plano
Frete custeado pela Prefeitura Municipal
Produtores rurais do município
para análise química e encaminhamento da
mesma para laboratório credenciado
amostragens de solo- enviando para laboratório cadastrado as
amostras- fazendo recomendação de calagem e
adubação para produtoresSementes Venda de sementes de
qualidade a preço acessível, com
orientação de plantio
Casa da Agricultura - possibilitar que os produtores rurais tenham acesso a sementes “variedade” de
boa qualidade e baixo custo- orientar aos mesmos a melhor forma de
fazer o plantio e conduzir a safra
Durante a vigência do Plano
Governo do Estado de São Paulo
Produtores rurais do município
Leite Projeto CATI LEITE Casa da Agricultura - Viabilizar a produção de leite pela agricultura familiar do município, através
de maior lotação de gado no pasto e maior produção de leite com o uso da técnica de
pastejo rotacionado irrigado e controle gerencial de custos
Durante a vigência do Plano
Governo do Estado de São Paulo
Produtores rurais do município
Meio Ambiente Orientando produtores rurais sobre questões
ambientais: técnicas de conservação de solo,
água, matas e estradas rurais
Casa da Agricultura - Tecnologias para aumentar a cobertura vegetal e a infiltração de água no solo: Produção vegetal, calagem e adubação
química, gesso agrícola, adubação orgânica, adubação verde, rotação de
culturas, cultura em faixa, alternância de capinas, ceifa do mato, cobertura morta,
preparo do solo para culturas anuais, formação e manejo de pastagens
- Tecnologias para controlar o escorrimento superficial do solo: Plantio
em nível, faixa de vegetação permanente, terraceamento agrícola, canais escoadouros vegetados, canais
divergentes, estruturas mecânicas para controle de erosão e estabilização, embaciamento, manejo físico de
pastagens
- Tecnologias complementares para o solo: Controle de erosão em estradas rurais, controle de voçorocas, manejo da água, drenagem de várzeas, abastecedouros
comunitários, depósito comunitário de lixo tóxico, reflorestamento, recomposição
artificial de mata ciliar
Durante a vigência do Plano
Governo do Estado de São Paulo
Produtores rurais do município
Associativismo e Cooperativismo
Fortalecer Associativismo e
- Casa da Agricultura
- realizar encontro de associações de produtores para que os mesmos discutam
Durante a vigência do Plano
Governo do Estado de São Paulo; SEBRAE;
Produtores rurais do município
Cooperativismo rural no município
-SEBRAE- FMVZ
casos e falem suas dificuldades e potencialidades
- ajudar as associações existentes a superarem duas dificuldades
- ajudar grupos organizados de produtores que desejem se associar formalmente- estimular ações conjuntas na hora de
comprar insumos e vender produtos- estimular agregação de valor ao produto
agrícola, através de processamento, pequenas agroindustrializações,
certificação por qualidade, origem territorial, etc
- Buscar novas formas de comercialização que aumentem o lucro dos produtores, como a venda para a merenda escolar,
realização de eventos festivos, participação em feiras, etc
SENAR
Conselho Municipal de Desenvolvimento
Rural
Fortalecimento do CMDR
- Prefeitura Municipal
- CATI
- Realizar palestras e cursos de capacitação para conselheiros.
- Apoiar as ações tomadas pelo CMDR.
Até o final deste plano - Prefeitura Municipal- CATI
CMDR;Produtores rurais.
4.2 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do planoPrioridade Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários
Leite Implantação de um Laticínio Municipal.
Prefeitura Municipal
- Permitir novas oportunidades para captação e transformação do leite.
Durante a vigência do Plano
Diversos Produtores de leite do município e região.
Acesso ao mercado.
Programa Estadual de Microbacias
Hidrográficas II
Casa da Agricultura
- Continuar os trabalhos do Microbacias I- Realizar trabalhos baseado no
desenvolvimento de cadeias produtivas por grupos organizados de produtores rurais, de
forma que estes aumentem sua competitividade e consigam o “Acesso ao Mercado”
A partir da data de acordo de empréstimo com o Banco Mundial
Governo do Estado de São Paulo, Banco
Mundial, Municípios
Produtores rurais do município, meio
ambiente
Estradas rurais
Plano de manejo de estradas rurais
Prefeitura e CATI Elaborar um diagnóstico geral da situação da malha viária municipal para posteriormente se
confeccionar um plano de intervenção nas estradas rurais.
Durante a vigência do Plano
Prefeitura; CATI;CODASP.
Prefeitura e população do
município.
Associativismo e
Cooperativismo
Capacitação para dirigentes de
organizações de produtores rurais
PM / CATI / ICA / SEBRAE / Sindicato
Realizar cursos de capacitação à dirigentes de associações e organizações rurais.
Durante a vigência do Plano
PM / CATI / ICA / SEBRAE / Sindicato
Organizações de produtores do
município.
Ovinocultura Projeto de Agro - Cadeia de
Ovinocultura - ER Botucatu
-CATI - Aumentar a venda de cordeiros em 20%- Aumentar a produtividade do rebanho ovino
em 30% .- Aumentar ganho de peso diário dos cordeiros
confinados em 20% .- Objetivo Geral: Incrementar a venda da carne de cordeiro através da produção com qualidade
e regularidade, gerando aumento da renda e fortalecimento do público alvo.
Durante a vigência do plano
Diversos Produtores de Anhembi.
5. Instituições envolvidas
Prefeitura Municipal de Anhembi, através de suas Secretarias:
Secretaria de Saúde,
Secretaria de Educação;
Secretaria de Obras e Engenharia,
Secretaria de Lazer,
Diretoria de Agricultura e Meio Ambiente,
Secretaria de Turismo.
CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral);
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (SEBRAE);
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP);
Escola Superior de Agricultura Luís de Queiróz (ESALQ);
Policia Militar;
Elektro;
SABESP;
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.
Anhembi, 03 de Janeiro de 2011.
_________________________________Ruy Ferreira de Souza
Prefeito Municipal
O Conselho Municipal de Desenvolvimento rural aprova este plano.
__________________________________________Marilda de Souza Proença
Presidente do CMDR