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Conselho Municipal da Juventude de Barueri – Ano 2016.

Plano Municipal da Juventudede BarueriConselho Municipal da Juventude de Barueri – Ano 2016


Sumário1. Agradecimentos 3

2. Apresentação 4

3. Dados da Juventude de Barueri 5

4. Temáticas Juvenis 7

4.1 Emancipação Juvenil 8

4.2 Formação para o Trabalho e Garantia de Emprego e Renda 9

5. Bem-Estar Juvenil 11

5.1 Promover a Saúde Integral do Jovem 12

5.2 Incentivar o desporto e o lazer 14

6. Cidadania e Organização Juvenil 16

6.1 Protagonismo e Composição Juvenil 17

6.2 Jovem com deficiência 18

6.3 Jovem afrodescendente 19

6.4 Jovem homossexual 19

7. Avaliação e Acompanhamento do Plano 21

8. Referências Bibliográficas 23


AgradecimentosEste Plano Municipal da Juventude foi elaborado por um esforço conjunto, de forma colaborativa e participativa, com o apoio direto ou indireto, das seguintes organizações sociais do município de Barueri:

APAECAMPFUNDAÇÃO JARIGRB – GRÊMIO RECREATIVO DE BARUERIINSTITUTO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL DE BARUERIORGANIZAÇÃO FÊNIXPROJABPROJOVPROMOART


A reflexão sobre o que é a juventude no século XXI assume vital importância na delimitação de seu novo perfil, hábitos e costumes que fazem parte de um novo contexto, uma nova forma de ver e pensar o mundo. Um maior diálogo, uma participação ativa maior e a criação de espaços de interação com esse público juntamente com o poder público são pressupostos necessários para que se entendam as especificidades e os novos desafios que serão tratados para os próximos anos.O Plano Municipal da Juventude de Barueri é um conjunto de macrodiretrizes estratégicas que tem como objetivo nortear as ações do poder público municipal para os jovens na faixa etária de 15 a 29 anos em áreas diversas, de forma a criar uma agenda para os próximos 10 anos, orientar as políticas públicas e coordenar os esforços das instituições para resolver os desafios inerentes à cidade de Barueri. Isso significa um Plano legítimo, com ações, projetos e programas que perpassem os ciclos eleitorais e sigam juntamente com organizações privadas, públicas ou sociais para atingir as DIRETRIZES propostos.Tendo em vista a realidade contingencial do poder público, em especial pelos aspectos externos que alteram toda a dinâmica municipal, este Plano Municipal deverá ser revisto a cada ano, sempre antes do mês de setembro - para que coincida com diversas outras aprovações do município (Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual) e se façam as correções ou ajustes necessários para os próximos períodos.Ao final de cada ano, também, competirá uma edição que abarque todas as atividades realizadas em prol da juventude, a serem divulgadas de acordo com a Lei de Acesso à Informação, como forma de transparência com os munícipes.

Apresentação


Dados da Juventude de Barueri

Etnia

*Fonte: Cartão Barueri, dezembro de 2015.

15-19 25-2920-24

DISTRIBUIÇÃO QUANT. (%)

DISTRIBUIÇÃO QUANT. (%)

QUANT. (%) de um total de 57.706 pessoas

DISTRIBUIÇÃOQUANT. (número de pessoas)

39,18%28,67%

32,14%

22.612

52,54%

1,04%

40,24%

5,92%0,20% 0,06%

598 116 3423.221 30.320 3.417

16.54518.549

AMARELA BRANCA INDÍGENA PARDA PRETANÃO INFORMADO

QUANT.(número de pessoas)


QUANT. (%) - TOTAL: 57.706 PESSOAS

0,30%(172)

0,01%(1)0,54%

(313)0,0%(1)

Escolaridade

24,75%(14.283)

8,93%(5.153)

3,64%(2.099)

22,10%(12.755)

34,76%(20.058)

4,97%(2.867)

Não AlfabetizadoFundamental completo (1º grau completo)Fundamental incompleto (1º grau incompleto)Médio completo (2º grau completo)Médio incompleto (2º grau incompleto)Superior completoSuperior incompletoEspecializaçãoMestradoDoutorado

*Fonte: Cartão Barueri, dezembro de 2015.


3. Temáticas Juvenis


3.1. Emancipação Juvenil

DIAGNÓSTICO

Barueri tem estimados 57.706 jovens, entre 15 e 29 anos (dados do Cartão Barueri em

dezembro de 2015), e 15.167 deles têm baixa escolaridade.

O Censo Demográfico 2010 do IBGE constatou que das 81.769 pessoas que frequentavam

uma instituição escolar, incluídas as creches, 24.403 são jovens na faixa dos 15 aos 29

anos, ou seja, 42,28% da população escolarizada.

O Brasil é um país de poucos portadores de diplomas universitários, concentrados numa

elite. Em Barueri, 2.867 jovens concluíram a educação superior, o que representa 4,97%

da população jovem com diploma de nível superior.

Segundo dados do último levantamento realizado no município, alguns números sobre

os jovens de 15 a 29 anos revelam a necessidade da implantação de políticas públicas

consistentes: 15.167 estão na faixa dos sem instrução e com ensino fundamental incompleto;

apenas 20.058 concluíram o ensino médio e 5.153 têm ensino superior incompleto.

8


3.2 Formação para o trabalho e garantia de emprego e renda

Conforme retratado no Censo IBGE 2010, a População em Idade Ativa (PIA)1 barueriense

era de 204.324, dos quais 125.594 integravam a População Economicamente Ativa (PEA).

Desse total, 113.863 estavam ocupados e 90.460 desocupados.

O Censo IBGE 2010, indica ainda que em Barueri existiam 44.596 pessoas entre 15 e

24 anos, que representam cerca de 21,82% da PIA da cidade, dos quais 62,54% são

economicamente ativas, correspondendo a 22,21% da PEA do município.

O contingente de jovens desocupados de 15 a 24 anos em 2010 alcançou a 21.656

pessoas. Essa é uma das problemáticas que atinge a população jovem e deve ser

enfrentada no município por meio de políticas públicas. A preparação para a inclusão na

sociedade por meio da inserção no mercado de trabalho, mediante o desenvolvimento de

habilidades específicas, atinge a todos, porém no segmento jovem, em vista da sua falta

de experiência profissional advinda da própria idade, esse item é utilizado como critério

de desempate na seleção entre duas ou mais pessoas à procura de emprego, o que

agrava ainda mais a situação juvenil.

As causas do desemprego juvenil são várias, tendo como principal a recessão econômica

que castiga o País há mais de dois anos. Todavia, o Poder Público não pode esperar

pela recuperação econômica para resolver o problema do desemprego juvenil, visto

que a falta de ocupação e o subemprego, muitas vezes, resulta na marginalidade que

encoraja a delinquência nas periferias das metrópoles brasileiras. Um aspecto relevante é

o empobrecimento da população, que coloca o tráfico de drogas como opção atrativa de

geração de renda e de oferta de proteção.

9


Outra causa importante do desemprego entre os jovens é a baixa escolaridade, pois

quanto menor a escolaridade, maior a precariedade do trabalho oferecido aos jovens.

Assim, uma das principais soluções para o problema do desemprego juvenil, ao lado do

crescimento econômico, é a retomada da qualidade do ensino público fundamental e

médio e o acesso ao ensino superior que realmente capacitará o jovem para sua inserção

no mundo do trabalho.

DIRETRIZES

n Oferecer suporte e criar programas para o desenvolvimento de ações juvenis de economia solidária, criativa e associativa, como meio de fortalecer novas ideias, gerar conhecimentos e riquezas a partir de ação empreendedora;

n Criar ações e parcerias para aumentar o número de jovens com acesso ao primeiro emprego;

n Realizar um ciclo de palestras ou workshops nos colégios da rede com as profissões disponíveis no mercado em parceria com executivos da cidade para orientar os jovens na escolha de sua formação superior;

n Criar programas ou atividades pontuais que estimulem o empreendedorismo nas escolas de ensino médio ou no âmbito juvenil;

n Orientar os jovens na faixa etária de 15 anos a escolher uma das carreiras técnicas que o ensino municipal oferece gratuitamente, estimulando uma escolha mais assertiva de acordo com o perfil de cada jovem;

n Realizar parcerias com instituições de nível superior na região para que o jovem consiga pleitear bolsas parciais e integrais de estudos, mediante critérios de mérito estabelecidos pelas instituições;

n Criar polos de utilização e criação de tecnologia móvel para o jovem ingressar no setor de tecnologia de informação, em especial na área de programação, voltados para o mercado de trabalho;

n Realizar anualmente a Feira Estudantil do município de Barueri para o conhecimento das instituições, carreiras e cursos superiores pelos jovens do município;

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4. Bem-Estar Juvenil


4.1 Promover a saúde integral do jovem

DIAGNÓSTICO

Os problemas de saúde mais prevalentes entre os jovens são um misto de fatores

psicossociais ligados à sexualidade, à violência e/ou ao abuso de drogas.

“Mas a mortalidade entre os jovens não só aumentou, como também mudou sua

configuração, a partir do que se pode denominar como os “novos padrões de mortalidade

juvenil” - estudos históricos realizados em São Paulo e Rio de Janeiro (...) mostram que

as epidemias e doenças infecciosas que eram as principais causas de morte entre os

jovens há cinco ou seis décadas foram sendo substituídas, progressivamente, pelas

denominadas “causas externas” de mortalidade, principalmente, os acidentes de trânsito

e os homicídios.

Gravidez na adolescência – segundo o IBGE, no ano de 2010, 519 jovens na faixa de 15

a 19 anos tinham filhos. Na faixa de 20 a 24 anos, o número já sobe para 2.821 jovens.

Tem-se como pressuposto que os fatores de risco para o uso de álcool e outras drogas

são características do indivíduo, seu grupo ou ambiente social. Incidem, no caso, além do

consumo de álcool e outras drogas pelos pais ou família, o isolamento social ou falta do

elemento paterno, baixa autoestima, falta de autocontrole e assertividade, comportamento

antissocial precoce, doenças preexistentes como transtorno de déficit de atenção e

hiperatividade e vulnerabilidade psicossocial. Também contribuem a rejeição sistemática

a regras ou a práticas organizadas. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde ressalta como

fatores de proteção “a existência de vinculação familiar, com o desenvolvimento de valores

e o compartilhamento de tarefas no lar, bem como a troca de informações entre os membros

da família sobre suas rotinas e práticas diárias, o cultivo de valores familiares; regras e rotinas

12


domésticas também devem ser consideradas e viabilizadas. O uso cada vez mais precoce

e mais intenso de substâncias psicoativas, inclusive do álcool, é uma tendência observada

em todo o mundo. Muitos estudos apontam o crescimento do consumo de álcool entre os

jovens. Dentre as chamadas “drogas lícitas”, o tabaco e o álcool são as mais consumidas

em todo o mundo, e as que mais causam consequências e despesas para os sistemas de

saúde de todo o mundo.

DIRETRIZES

n Realizar ações integradas nos próprios públicos de acesso gratuito para prevenir

os jovens contra os males do sedentarismo e a tendência à obesidade;

n Garantir, juntamente com organizações da sociedade civil do município, a

implementação de uma Política sobre Drogas que contemple o debate e a

conscientização sobre a utilização abusiva do álcool e de outras drogas consideradas

nocivas;

n Criar políticas e disseminar campanhas de saúde que tratem da temática da

educação sexual, do tabagismo, de transtornos alimentares e de outros assuntos

relacionados à saúde do jovem nas escolas;

n Fortalecer e criar novas campanhas de prevenção da condução de veículos de

forma sóbria, sem a ingestão de bebidas alcóolicas;

n Orientar e garantir acesso aos contraceptivos e aconselhamento relativos à

prevenção das DST/AIDS;

n Garantir acesso aos profissionais que cuidam da parte psicológica do jovem, como

meio de este se fortalecer emocionalmente e melhorar o seu relacionamento com

os indivíduos na sociedade;

n Estimular ou criar espaços de treinamento diversos para que o jovem possa se

exercitar ou praticar as atividades físicas que lhe sejam compatíveis.

13


4.2 Incentivar o desporto e o lazer

DIAGNÓSTICO

O acesso ao esporte de participação ou lazer é uma reivindicação muito presente em larga

parcela da Juventude, à medida que sua oferta tem um efeito direto sobre a diminuição

da criminalidade.

A atividade esportiva é disciplinada pela Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, conhecida

como Lei Pelé. Esse dispositivo reafirma a condição do esporte como direito social,

caracterizado pelo dever do Estado de fomentar práticas desportivas formais e não formais

(art.2º,V). São consideradas manifestações desportivas:

n desporto educacional - praticado nos sistemas de ensino e em formas

assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade e a hipercompetitividade de

seus praticantes. Sua finalidade é alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo

e a sua formação para o exercício da cidadania e para a prática do lazer;

14


n desporto de participação (e lazer) - praticado de modo voluntário, compreendendo

as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a

integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e

educação e na preservação do meio ambiente;

n desporto de rendimento - praticado segundo normas gerais da Lei Pelé e regras de

prática desportiva, nacionais e internacionais, com a finalidade de obter resultados

e integrar pessoas e comunidades do País e essas com outras nações.

O art. 29, §7-º, V da referida lei (com redação dada pela Lei n-º 10.672, de 15

de maio de 2003) exige que a entidade formadora, para fazer “jus” ao ressarcimento dos

custos de formação, ajuste o tempo destinado à formação dos atletas aos horários do

currículo escolar ou de curso profissionalizante, exigindo o satisfatório aproveitamento

escolar.

DIRETRIZES

n Apoiar a participação juvenil e garantir acesso na elaboração das políticas públicas

nas áreas de esporte competitivo e colaborativo;

n Conceber novos mecanismos de fomento e desenvolvimento do esporte municipal,

ampliando a inserção de jovens nas mais diversas categorias e práticas;

n Desenvolver novas modalidades da prática desportiva nas escolas ou em centros

próximos a elas, como danças, lutas, yoga, pilates, patins, skate, rapel, ciclismo,

tênis de mesa, slackline, entre outras;

n Estimular e desenvolver práticas de e-sport na cidade, de maneira a popularizar a

prática e transformar alguns espaços urbanos municipais em centros de prática e

desenvolvimento de e-atletas.

15


5. Cidadania e Organização Juvenil


5.1 Protagonismo e Composição Juvenil

DIAGNÓSTICO

O termo protagonismo é formado por duas raízes gregas: proto, que significa “o primeiro, o principal” e agon, que significa “luta”. Agonistes, por sua vez, significa “lutador”. Protagonista quer dizer, então, lutador principal, personagem principal. Portanto, protagonismo juvenil significa que o jovem tem que ser o ator principal em todas as etapas das propostas a serem construídas em seu favor.

Ser reconhecido como ator social estratégico implica a integração social, a participação, a capacitação e o empoderamento social dos jovens e das organizações de representatividade juvenil, de modo que tenham a oportunidade de tomar decisões que afetam as suas vidas e o seu bem-estar. Significa passar das tradicionais políticas destinadas à juventude, isto é, políticas concebidas pelos governos direcionadas ao jovem, para as políticas concebidas e elaboradas com a participação direta ou indireta dos jovens, por meio de estruturas jurídicas reconhecidas pelo Poder Público, como conselhos e coordenadorias de juventude.

Estimular a participação coletiva das entidades juvenis organizadas nas decisões de governo é fundamental para a efetivação de políticas públicas em sintonia com as necessidades da maioria dos jovens.

DIRETRIZES

n Fortalecer o CMJ (Conselho Municipal da Juventude) como instância definitiva para a criação e deliberação das políticas públicas juvenis;

n Estruturar um órgão gestor de juventude com estrutura capaz de atender os anseios da população barueriense;

n Criar condições para que os jovens acessem os programas existentes no município,

ampliando e descentralizando os programas voltados à juventude;

17


n Realizar rodas de conversas ou outros eventos em grupo, com o objetivo de facilitar

a convivência de pessoas com ideologias diferentes;

n Garantir a participação de jovens nos espaços de discussão e deliberação comunitários

e públicos, tais como nos Planos Municipais e nos Orçamentos Participativos;

n Realizar a Conferência Municipal da Juventude com periodicidade bienal, com

ampla participação da sociedade civil;

n Garantir a participação juvenil na elaboração e acompanhamento das políticas

públicas, promovendo seminários, fóruns e debates;

n Realizar campanhas de incentivo de expressão do movimento estudantil, apoiando

a formação de grêmios e demais entidades estudantis, oferecendo espaços de

formação política;

n Realizar formação continuada multidisciplinar para os membros do CMJ;

n Criar e instituir um Sistema Municipal de Juventude de acordo com as necessidades

municipais.

5.2 Jovem com deficiência

As pessoas com deficiência na atual sociedade brasileira enfrentam dificuldades para o exercício

pleno de seus direitos, em especial nos municípios. Focar as necessidades dos indivíduos que

possuem algum tipo de deficiência vai além de olhar para suas restrições e sim permitir que o

jovem interaja com a comunidade local e desenvolva plenamente seus potenciais.

DIRETRIZES

n Disponibilizar curso gratuito de libras nos colégios e em locais de circulação do

jovem, para integração de públicos e grupos diferenciados de juventude;

n Ter a participação efetiva de jovens com deficiência na elaboração e

acompanhamento de políticas públicas de juventude;

n Facilitar o acesso do jovem com deficiência ao mercado de trabalho e conscientizar

suas famílias sobre sua inserção, utilizando parcerias e mural de vagas específico.

18


5.3 Jovem afrodescendente

O jovem de origem afro no município de Barueri representa o equivalente a 33.737 pessoas - 58,46% da população jovem. Esse é um número relevante, tendo em vista o caráter emergente da criação de políticas públicas. Há também a preocupação com o resgate político-cultural que se apresenta ao município, principalmente pelos indicadores estaduais e federais evidenciarem que os maiores índices registrados de violência contra o jovem estão relacionados a esse grupo da população2.2 Não há dados municipais disponíveis que identifiquem se a violência se repete ou não no município.

DIRETRIZES

n Investir na qualificação e no debate do corpo de servidores públicos e gestores sobre a promoção da igualdade racial, em especial no que tange às políticas públicas de juventude;

n Valorizar as matrizes africanas e apoiar eventos artísticos que resgatem o valor da cultura negra, da cultura de roda e da resistência negra;

n Ter a participação efetiva de jovens negros na elaboração e acompanhamento de políticas públicas de juventude;

n Realizar ações de combate à violência contra a juventude negra de forma intersetorial.

5.4 Jovem homossexualA inserção do jovem homossexual nesta temática trata da equidade de oportunidades para jovens e tem o objetivo de registrar a atual situação ainda discriminatória em relação à orientação sexual de um dos grupos juvenis. Nos colégios é onde a incidência sobre a escolha sexual do jovem é mais incidente, o que acarreta discriminação, insultos, bullying e algumas vezes até mesmo a expulsão por causa da sua homossexualidade. No mercado de trabalho, ocorre casos de os jovens serem desligados após a constatação de sua orientação sexual. Cada ciclo histórico possui suas próprias características e urge que suas representações sejam respeitadas. É necessário mencionar que a Constituição Federal garante a todos os

cidadãos a dignidade e o respeito à integridade física, moral e psicológica.

19


DIRETRIZES

n Realizar campanhas de conscientização e de combate à homofobia com foco na

juventude, que possibilitem o entendimento acerca da diversidade sexual;

n Desenvolver o respeito às diferentes formas de orientação sexual e o seu direito à

livre expressão;

n Incentivar e apoiar programas que combatam toda forma de exploração sexual de

jovens adolescentes e jovens LGBT;

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6. Avaliação e Acompanhamento do Plano


DIAGNÓSTICO

O Plano Municipal da Juventude de Barueri segue as diretrizes destacadas no Plano Nacional da Juventude (Lei 12.852/2013) que exige que diferentes representações estudantis e da sociedade participem e contribuam de forma colaborativa para construir as políticas públicas municipais para o público jovem. Dessa forma, com informações reunidas através das Pré-Conferências e da Conferência Municipal, ambas ocorridas no ano de 2015, com a participação da juventude municipal, dos grêmios estudantis, das organizações sociais, dos membros do Conselho Municipal da Juventude e da Coordenadoria da Juventude, um grande corpo de informações, que traduzem a realidade do município no período de 2015 e 2016, puderam ser observadas e captadas para a visualização das ações que poderão ser efetivas para os próximos dez anos, já considerando a realidade municipal estimada até 2025.

Uma política pública é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público¹, assim, imaginar que uma política pública é algo estático é uma conclusão errônea, tendo em vista que a realidade da administração pública é contingencial: novos desafios surgem constantemente e necessitam de novas soluções para enfrentá-los de forma efetiva. Dessa maneira, outra conclusão que se obtém do exposto acima é que fica evidente o aspecto de que uma política pública cumpre seu papel até o momento em que seu problema social esteja solucionado. Assim, há o declínio dessa política e outra política pública, baseada em dados e na realidade observada, é criada para orientar as instituições que trabalham com a juventude e, principalmente, nortear as ações do poder público.

¹ Secchi, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learnin,

2010.

Haverá um sistema de acompanhamento on-line das ações realizadas baseadas no Plano Municipal da Juventude, de fácil manuseio e orientação, para todo e qualquer tipo de público, através da Internet.Uma outra forma de redirecionar as ações, seguindo os novos contornos municipais, será por intermédio das Reuniões de Revisão do Plano, a ocorrer sempre no mês de setembro de cada ano, para a verificação e validação das políticas públicas e definição dos (novos) direcionamentos a serem seguidos e adicionados ao Plano Municipal, podendo participar todos os segmentos da sociedade, em

especial o público jovem.

22


Referências Bibliográficas

ANDRADE, Carla Coelho. Juventude como Questão Social e o Jovem como Sujeito de Políticas Públicas

no Brasil. In: Junior, G.B., Silva, L. A. P. (org.) Políticas Públicas em Questão. São Paulo: FUNDAP, 2011.

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BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e Empreendedorismo. Rio Grande do Sul: Bookman, 2009.

BERGER, Peter. Perspectivas Sociológicas: Uma visão humanística. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – JARDIM MUTINGA (15/6/2015), 2015, Barueri.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – JARDIM PAULISTA (16/6/2015), 2015, Barueri.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – CENTRO (17/6/2015), 2015, Barueri.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – PARQUE DOS CAMARGOS (18/6/2015), 2015, Barueri.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – PARQUE IMPERIAL (19/6/2015), 2015, Barueri.

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE – ENGENHO NOVO (22/6/2015), 2015, Barueri.

I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE DE BARUERI (11/8/2016), 2015, Barueri.

DROR, Yehezkel. A capacidade para governar: informe ao Clube de Roma. São Paulo: FUNDAP, 1999.

LEVY, Evelyn; DRAGO, Pedro Anibal. Gestão Pública no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Casa Civil, 2005.

ORGANIZAÇÃO DE ESTADOS IBERO-AMERICANOS. Introdução aos Estudos CTS – Ciência, Tecnologia

e Sociedade. Espanha, 2003.

SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo:

Cengage Learning, 2010.

TIBURI, Marcia. Filosofia Prática: Ética, Vida Cotidiana, Vida Virtual. Rio de Janeiro: Record, 2014.

RECIFE. Plano Municipal de Juventude da Cidade do Recife, 2016. Disponível em: http://www2.recife.

pe.gov.br/sites/default/files/pmj_versaofinal_2026.pdf Acesso em 10/10/2016.

WHITE, L.A.; DILLINGHAM, B. O Conceito de Cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009.


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