plano dos dias santos de deus

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    ESTA PUBLICAO NO PARA SER VENDIDA. um servio educacional de interesse pblico, publicadapela Igreja de Deus Unida, uma Associao Internacional.

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    2009, Igreja de Deus Unida, uma Associao Internacional

    Todos os direitos reservados. Impresso nos E. U. A.

    As Escrituras aqui citadas, salvo referido em contrrio, so extradas da verso daBblia Portuguesa por Joo Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC), SBB 1998.

    O Plano

    dos Dias Santosde Deus

    A Promessa de Esprana

    Para Todo a Humanidade

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    4 O Plano dos Dias Santos de Deus

    Verses BblicasAs escrituras citadas so extradas da verso da Bblia Portuguesa porJoo Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC).Quando outra verso usada, a verso bblica reerenciada com asseguintes abreviaes:

    ARA Almeida Revista e AtualizadaACF Almeida Corrigida FielBLH Bblia na Linguagem de HojeNVI Nova Verso Internacional

    ndice 5 Introduo

    8 Os Dias Santos de Deus So Relevantes Hoje em Dia?

    14 A Pscoa: Porque que Jesus Cristo Teve de Morrer?

    25 A Festa de Pes Asmos: A Lio da Renncia ao Pecado

    30 A Festa de Pentecostes: Os Primeiros Frutos da Colheita de Deus

    37 A Festa das Trombetas: Um Ponto Crtico na Histria

    45 O Dia da Expiao: Remoo da Causa do Pecado e

    Reconciliao com Deus

    52 A Festa dos Tabernculos: Jesus Cristo Reina sobre Toda a Terra60 O ltimo Grande Dia: A Vida Eterna Oerecida a Todos

    67 Com Observar os Dias Santos de Deus

    73 Que tal sobre o outro dia Santo de Deus?

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    IntroduoUm dos desejos humanos mais profundos o de encontrar um

    padro unitrio no qual toda a experincia humana, passada, presentee futura, actual, possvel e inatingida, seja simetricamente regulada.

    Isaiah Berlin

    Todas as naes celebram eriados patriticos. Estes diasespeciais so lembranas de acontecimentos importantesna histria de um pas. Eles do continuidade entre o passado eo presente de uma nao. Normalmente, o cidado sabe e podeexplicar, pelo menos parte, do signicado dessas celebraes.Contudo, paradoxalmente, esse mesmo cidado raramente sabealgo sobre os dias em que adora e honra a Deus. As razes nobblicas destas prticas religiosas so serenamente ignoradas nassuas celebraes.

    Em resultado disso, as pessoas geralmente assumem que asobservncias populares, tais como a Sexta-Feira Santa, o Domingode Pscoa e o dia de Natal so representaes corretas de temas daBblia. Contudo, a Palavra de Deus em nenhuma parte ordena a suaprtica, nem a Bblia regista a sua prtica pela Igreja primitiva doNovo Testamento. Porm, Deus ordena outras estas, s quais aspessoas raramente prestam ateno.

    Algumas pessoas apercebem-se de que a Bblia menciona diasespeccos para celebraes religiosas. Mas somente muito poucaspessoas sabem mencionar por nome as celebraes religiosasbblicas, e ainda menos pessoas sabem explicar o seu signicado.

    Geralmente, quem sabe destas estas cr que elas s oramaplicveis ao Israel da antiquidade e que cessaram com a crucixode Jesus Cristo. Assumem que estes dias simplesmente apontavampara Cristo e, pensam, posto que Ele viveu na terra h 2.000 anos,que a importncia de tais dias j passou h muito. A maior partedas pessoas considera estas estas como nada mais que relquias dehistria sem relevncia para o mundo moderno.

    Introduo

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    6 O Plano dos Dias Santos de Deus

    Quer se creia, quer no, a prpria Bblia reuta tais pontos devista populares. Um olhar objectivo aos registos bblicos revela que

    quer o Natal quer o Domingo de Pscoaas duas maiores estas docalendrio Cristono se encontram em parte alguma da Bblia.Surpreendemente para muitos, o Novo Testamento mostra Jesus acelebrar os Dias Santos de Deus, assim como os Seus discpulosseguindo o Seu exemplo muitas dcadas depois da Sua morte,sepultura e ressurreio.

    O que os apstolos ensinaram durante o primeiro sculo depois da

    ressurreio tambm diere do que a maior parte das pessoas assume.As instrues dos apstolos revelam um Deus com intenes deque todos os Cristos guardem os Dias Santos bblicoscom umarazo importante.

    O que revelam estes Dias Santos

    Porque que Deus quer que observemos os Dias Santos? PorqueDeus quer que conheamos o nosso uturo, e por isso Ele revela-nos o Seu grande propsito para a humanidade.

    Ele explica porque nos ps na terra, revela o nosso destino nale diz-nos como o podemos alcanar! A guarda dos Dias Santosde Deus ornece a chave para se compreender o ilusrio padrounitrio de Isaiah Berlin, o que ele chamou o regulamentosimtrico, e para nos dar sentido nossa existncia humana. Ocumprimento destes dias revela o grande plano de Deus para o

    uturo da humanidade.Os Dias Santos bblicos, ou estas, do-se durante trs pocas

    do anoa colheita no princpio da Primavera, a colheita ao m daPrimavera e a colheita ao princpio do Outono, na terra do Israelbblico. Os temas que estes dias retratam refectem o plano de Deusda colheita espiritual da humanidade para a eternidade reerida porJesus Cristo (Joo 4:35-38).

    Estas observncias servem de lembranas eternas de como oplano de Deus d vida eterna ao homem mortal. O Nosso Criadorar com que o Seu plano se realize, a despeito das escolhas e acesdo homem, as quais tm consistentemente conduzido separaode Deus, ao sorimento e morte (Provrbios 14:12; 16:25; Isaas59:1-8; Jeremias 10:23). Estas estas revelam progressivamente odesenvolvimento do plano de Deus para a humanidade e como Ele

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    7estabelecer o Seu Reino na terra. Esta a boa nova, ou evangelho,de que Jesus Cristo alou (Marcos 1:14-15). (Para mais inormao

    sobre este importante assunto, queira, por avor, escrever-nospedindo o nosso livro grtis O Evangelho do Reino de Deus.)O desenho de Deus conceder humanidade a vida eterna tem

    existido desde a undao do mundo (Mateus 25:34). Os DiasSantos de Deus ensinam humanidade este notvel projecto. Oapstolo Paulo resumiu-o belamente na sua carta aos Esios:descobrindo-nos o mistrio da sua vontade, segundo o seu

    beneplcito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar emCristo todas as coisas, na dispensao da plenitude dos tempos,tanto as que esto nos cus como as que esto na terra; nele, digo,em quem tambm omos eitos herana, havendo sido predestinadosconorme o propsito daquele que az todas as coisas, segundo oconselho da sua vontade (Esios 1:9-11).

    Os Dias Santos ajudam-nos a compreender o plano mestreo

    verdadeiro propsitode Deus, de como realmente nos tornamoso Seu povo. Reparemos esta descrio do nosso destino: Eis aquio tabernculo de Deus com os homens, pois com eles habitar, eeles sero o seu povo, e o mesmo Deus estar com eles e ser o seuDeus (Apocalipse 21:3). Passo a passo, os Dias Santos mostram-nos como este belo quadro se tornar uma realidade.

    No captulo 23 de Levtico encontramos uma lista dos DiasSantos. Depois de abordar o Sbado semanal, o texto descreveobservncias especiais com nomes invulgares tais como Festa dosPes Asmos, Festa das Semanas e Festa dos Tabernculos. Deusao dar estes Dias Santos a Moiss instruiu-o de que Estas so assolenidades do Senhor (versculos 4 e 37, grio nosso ao longodo livro).

    A Bblia diz-nos que eventualmente Deus ensinar todos aobservarem estes dias (Zacarias 14:16). Nas pginas deste livrocaro a saber o ascinante propsito de cada um dos DiasSantos de Deus, bem como da sua promessa de esperana para ahumanidade.

    Introduo

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    8 O Plano dos Dias Santos de Deus

    Os Dias Santos de Deus SoRelevantes Hoje em Dia?

    Q

    uando Deus comea alguma coisa nesta era presente dahumanidade, quase sempre tem um incio muito pequeno.

    Em Mateus 13:31-33, Jesus Cristo comparou o Reino de Deus aduas coisas; a um gro de mostarda e ao ermento. As analogiascomeam ambas por algo pequeno que se expande a algo muitomaior. De igual modo, nos tempos do Velho Testamento, Deuschamou relativamente pouca gente, que se disps a seguir osSeus caminhos.

    O registro bblico demonstra que, no incio da histriadescrita na Bblia, somente algumas pessoas decidiramobedecer a Deus. Todavia, patriarcas nas eras iniciais, incluindoAbel, Henoch e No responderam revelao do plano desalvao de Deus (Mateus 23:35). Depois do dilvio dapoca de No, Deus achou que podia lidar com Abrao esua esposa, Sara. Das pessoas obedientes a Deus dessaspocas, Hebreus 11:13 diz que todos estes morreram na

    com a certeza do conhecimento de que alcanariam a vidaeterna (versculo 40).

    Devemos notar que o plano para nos dar a vida eterna j estava aser realizado nas vidas deste povo de Deus nos tempos primitivos. Oplano no teve incio com uma aliana ou concerto eito entre Deuse o Israel da antiqidade; nem comeou com o ministrio terrenode Jesus.

    Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unignito,para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha avida eterna (Joo 3:16). O amor de Deus ao dar o Seu Filhocontinuou o Seu plano de salvao que oi determinado desde aundao do mundo (Mateus 25:34; Apocalipse 13:8). O planomestre dos Dias Santos revelaria na hora correta o plano queDeus tinha desenhado para a humanidade desde o incio. Estes

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    9estivais no oram simplesmente uma boa ideia que Deus tevedepois do incio da histria humana.

    Com a amlia de Abrao v-se Deus a comear a revelar aboa nova acerca do Seu plano de salvao (Glatas 3:8). Gnesis26:3-4 identica bnos especcas que Deus prometeu aAbrao e aos descendentes de Abrao. O Criador prometeuabeno-los porquanto Abrao obedeceu minha voz e guardouo meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhasleis (versculo 5). Talvez seja esta a razo porque a Bblia chama

    a Abrao o amigo de Deus e o pai de todos os que crem(Tiago 2:23; Romanos 4:11; Gnesis 18:17-19).

    Uma nao escolhida

    Os descendentes de Abrao tornaram-se uma poderosa nao(Gnesis 18:18). Eles oram denominados pelo nome de Jacob,o neto de Abrao cujo nome oi mudado para Israel (Gnesis32:28). Depois de se xarem no Egipto, no demorou muitoque se tornassem escravos (xodos 1). A histria de como Deuslibertou Israel da escravatura, assim como a histria de como Elenos livra do mal hoje em dia, parte do tecido intrincadamenteurdido pelas estas de Deus.

    A seu devido tempo o Criador accionou uma srie deacontecimentos que ilustraram aos Israelitas o Seu plano talcomo era representado pela observncia dos Dias Santos e queconduziu libertao deles da escravatura no Egipto. QuandoMoiss e Aaro se dirigiram a Fara, disseram ao governanteEgpcio que o Deus de Israel lhe ordenava: Deixa ir o meu povo,para que me celebre uma esta no deserto (xodo 5:1).

    Moiss e Aaro tinham-se previamente reunido com os anciosde Israel e lhes explicaram o plano de Deus para os libertar(xodo 3:16-18). Ento, Moiss e o seu irmo Aaro, dirigidos

    por Deus, zeram uma srie de milagres vista do povo (xodo4:29-30). Em resultado disso, os Israelitas creram (contudo, maistarde, hesitaram) que Deus os libertaria e cumpriria o Seu acordocom Abrao, como tinha prometido (xodo 4:31; 6:4-8).

    O que se seguiu oi a primeira Pscoa e a primeira Festa dePes Asmos do antigo Israel. Muito mais tarde a Igreja do NovoTestamento celebrou estes mesmos dias como lembrana da

    Os Dias Santos de Deus So Relevantes Hoje em Dia?

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    libertao dos Cristos atravs de Jesus Cristo. Por exemplo,Paulo disse aos membros da Igreja em Corintoa Judeus

    e a gentiosque deviam estar sem ermento, isto , sempecado, porque Cristo, nossa Pscoa, oi sacricado por ns(1 Corntios 5:7). No versculo que se segue Paulo diz: peloque aamos esta, reerindo-se mesma esta que Deus tinhainstitudo no Israel da antiqidade muitos sculos antes.

    Os Dias Santos no Novo Testamento

    Desde os primeiros anos de inncia, Jesus celebrou os DiasSantos com os Seus pais. Lucas 2:41 diz-nos: Ora, todosos anos, iam seus pais a Jerusalm, Festa da Pscoa. Osversculos seguintes descrevem Jesus, com a idade de 12 anos,envolvendo-se com telogos do Seu tempo numa discussoardente durante a estao desta esta (versculos 42-48). Como Seu entendimento e discernimento, Ele espantou claramente

    estes lderes religiosos. Joo escreve que Jesus continuou aobservar os Dias Santos anuais, mesmo quando adulto, durante oSeu ministrio (Joo 2:23; 4:45).

    Num dos mais instrutivos exemplos, Jesus arriscou a Suasegurana pessoal para atender dois dos estivais, a Festaanual dos Tabernculos e a do ltimo Grande Dia (Joo 7:1-2;7-10,14). No ltimo dia, o grande dia da esta, Jesus ps-se emp e clamou, dizendo: Se algum tem sede, que venha a mime beba. Quem cr em mim, como diz a Escritura, rios de guaviva correro do seu ventre. E isso disse ele do Esprito, quehaviam de receber os que nele cressem; porque o Esprito Santoainda no ora dado, por ainda Jesus no ter sido gloricado(Joo 7:37-39).

    Muitas igrejas crem que o apstolo Paulo alterouundamentalmente o modo de adorar dos Cristos. Esta nooassume Paulo ter ensinado os gentios de que a prtica dos DiasSantos era desnecessria. Conquanto alguns dos seus estilosde escrita sejam diceis de se compreender, mesmo pelosseus contemporneos (2 Pedro 3:15-16), os seus explcitosdepoimentos e as suas aces contradizem qualquer noo deque ele anulou ou aboliu a prtica dos Dias Santos.

    Por exemplo, em 1 Corntios 11:1-2, Paulo disse aos seus

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    11seguidores: sede meus imitadores, como tambm eu sou de Cristoe retende os preceitos, como vo-los entreguei. Ele explica alguns

    versculos rente: Porque eu recebi do Senhor o que tambm vosensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que oi trado, tomou opo; e, tendo dado graas, o partiu e disse: Tomai, comei; isto omeu corpo que partido por vs; azei isto em memria de mim(1 Corntios 11:23-24).

    Se a prtica de Paulo no osse a de observar os Dias Santos,os seus comentrios aos Judeus e gentios em Corinto seriam

    injusticveis. evidente que Paulo jamais desencorajou alguma guardar as estas anuais; tal ideia seria impensvel por ele(Actos 24:12-14; 25:7-8; 28:17).

    Ao contrrio, os registos bblicos do ministrio de Paulo retratamrepetidamente os Dias Santos como prticas importantes, marcosna sua vida. Por exemplo ele, disse aos Esios: -me de todopreciso celebrar a solenidade que vem em Jerusalm (Actos18:21, ACF). Em Actos 20:16 e 1 Corntios 16:8 vemos Pauloa organizar o plano da sua viagem para acomodar a Festa dePentecostes. Lucas, companheiro de Paulo nas suas viagens, emActos 27:9, reere-se altura do ano como depois do Jejum,em reerncia ao Dia da Expiao.

    O Expositor de Comentrios Bblicos [The Expositors BibleCommentary], numa reerncia a Actos 20:6 reere que Paulo,incapaz de chegar a tempo a Jerusalm para a Pscoa, permaneceuem Filipos para a celebrar, bem como a Festa dos Pes Asmos,de uma semana (Richard N. Longenecker, 1981, Vol. 9, p.507). No que respeita a Actos 20:16 o mesmo comentrio notaque Paulo apressava-se, pois, para estar, se lhe osse possvel,em Jerusalm, no dia de Pentecostes (p. 510).

    O ministrio de Paulo inclui a prtica dos Dias Santos deDeus com a Igreja. Deendendo o evangelho que pregava, Paulodisse que trazia a mesma mensagem que os outros apstolosensinavam: Ento, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos, eassim haveis crido (1 Corntios 15:11).

    Paulo e todos os outros apstolos ensinaram consistentemente umamensagem das obrigaes dos Cristos para seguirem o exemplo deJesus Cristo em todos os assuntos. O apstolo Joo, que escreveuat prximo do m do primeiro sculo, resume esta mensagem:

    Os Dias Santos de Deus So Relevantes Hoje em Dia?

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    Aquele que diz que est nele tambm deve andar como ele andou(1 Joo 2:6).

    Os crentes Judeus continuaram a manter os Dias Santos, comozeram os Cristos gentios (veja o artigo Colossenses 2:16mostra que os Cristos Gentios guardavam os Dias Santos,pp. 70-71). De todas estas reerncias somente podemos concluirque a prtica da Igreja primitiva oi uma de continuar com aobservncia destes estivais dados por Deus, dos quais o primeiro a Pscoa.

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    Festivais BblicosNo Novo Testamento

    ObservnciaBblica

    Comandadano Velho

    Testamento

    Observada por Jesus Cristo,pelos apstolos ou pela

    Igreja no Novo Testamento

    Pscoa Levtico 23:5

    Mateus 26:2, 17-19Marcos 14:12-16;Lucas 2:41-42; 22:1, 7-20;

    Joo 2:13, 23; 6:4; 13:1-30;1 Corntios 11:23-29

    Festa dos

    Pes AsmosLevtico 23:6-8

    Mateus 26:17;Marcos 14:12;

    Lucas 2:41-42, 22:1,7;Actos 20:6;

    1 Corntios 5:6-8

    Festade Pentecostes

    Levtico 23:15-22

    Actos 2:1-21; 20:16;1 Corntios 16:8

    Festadas Trombetas *

    Levtico 23:23-25

    Mateus 24:30-31;1 Tessalonicenses 4:16-17;

    Apocalipse 11:15Dia da

    ExpiaoLevtico 23:26-

    32Actos 27:9

    Festa dosTabernculos

    Levtico 23:33-43

    Joo 7:1-2, 8, 10, 14;Actos 18:21

    ltimo Grande Diaou Oitavo Dia

    Levtico 23:36 Joo 7:37-38

    * No obstante a Festa das Trombetas no ser mencionada pelo seu nome noNovo Testamento, o tema do diao soar das trombetas anunciandoo regresso de Jesus Cristo mencionado por vrios autores do NovoTestamento, como anotado nas reerncias.

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    15A PscoaCristo, nossa Pscoa, oi sacricado por ns (1 Corntios 5:7).

    Agora vamos rever novamente na Bblia as instrues e o

    signicado que Deus deu relativos a este dia. Fazendo issoajudar-nos- a compreender por que que Deus espera quecontinuemos a observar a Pscoa.

    Instrues da Pscoa de Deus

    Atravs de Moiss, Deus disse a Fara: Deixa ir o meu povo,para que me celebre uma esta no deserto (xodo 5:1). Por umasrie de pragas, Deus mostrou o Seu grande poder e libertou osIsraelitas da escravido do Egipto. Depois da nona praga Ele deuinstrues especcas a Israel acerca da iminente dcima, nestasrie de calamidades atemorizadoras, assim como os passos quecada amlia Israelita deveria tomar para escapar dela.

    Deus disse que, no dcimo dia do primeiro ms, cada Israelitaescolheria um cordeiro ou cabrito sucientemente grande paraalimentar uma amlia (xodo 12:3). Seria um macho de umano, sem qualquer deeito. No dcimo quarto dia desse ms, aocrepsculo da tarde, o animal seria morto e algum do seu sangueseria posto nas ombreiras das portas das casas. Os animais seriamassados, e, ento, comidos com po zimo e ervas amargas. OsIsraelitas comeram esta reeio apressadamente.

    O Criador mais inormou os Israelitas que nessa noite Ele matariatodo o primognito do Egipto para convencer o Fara a libert-los da escravido. Os primognitos Israelitas seriam protegidosse o sinal de sangue estivesse na entrada das suas portas. Deuspassaria por cima das suas casas (versculo 13)e assim temoso signicado do nome desta esta.

    Deus disse aos Israelitas: este dia vos ser por memria,e celebr-lo-eis por esta ao Senhor; nas vossas geraes ocelebrareis por estatuto perptuo (xodo 12:14). Mais tarde, os

    escritores bblicos explicaram que a observao anual da Pscoasimbolizava Cristo. Paulo reere-se a Cristo como a nossa Pscoa(1 Corntios 5:7), e Joo regista que Joo Baptista reconheceuCristo como: o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo(Joo 1:29).

    O animal imaculado representava Jesus Cristo como sacriciopereito, sem pecado, pelas nossas altas. Hebreus 9:11-12 diz-nos

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    que vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens uturos, por ummaior e mais pereito tabernculo, no eito por mos, isto , no

    desta criao, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seuprprio sangue, entrou uma vez no santurio, havendo eectuadouma eterna redeno. Jesus Cristo comprou-nos com o Seusangue, dando a Sua vida como cordeiro da nossa Pscoa para queDeus perdoasse os nossos pecados.

    Porque que Jesus Cristo teve de morrer? O Nosso Salvadorteve de morrer, porque essa era a nica maneira por intermdio da

    qual Deus podia perdoar os nossos pecados. A Bblia diz-nos que opecado a violao da lei do amor de Deus (1 Joo 3:4). Porquetodos pecaram e destitudos esto da glria de Deus (Romanos3:23). As nossas desobedincias tornaram-nos merecedores dapenalidade da morte (Romanos 5:12; 6:23).

    Paulo ilustra o amor proundo de Jesus Cristo por ns ao dara Sua vida em nosso avor (Romanos 5:6-8). Todos estaramos

    condenados eternamente se a penalidade dos nossos erros notivesse sido paga de alguma orma. Cristo, que viveu uma vidapereita como imaculado Cordeiro de Deus, substituiu a Suamorte pela nossa. Com eeito, a Sua morte era a nica substituiopossvel pela nossa. O Seu sacricio tornou-se o pagamento dosnossos pecados. Ele morreu por ns para podermos partilharcom Ele a vida para sempre. No podemos daqui em diante

    viver de acordo com os nossos desejos. Tornamo-nos remidosde Deus, ou uma possesso comprada e paga por bom preo(1 Corntios 6:19-20).

    Tanto Jesus como o apstolo Paulo esclareceram que a Pscoa para ser continuada como uma celebrao Crist. O prprioJesus instituiu novos smbolos e prticas para ensinar aos Cristosverdades importantes acerca de Ele prprio e do plano contnuo de

    salvao de Deus.A Pscoa do Velho Testamento prenuncia a crucixo de Cristo.A do Novo Testamento uma memria dessa crucixo. Quando acelebramos, ns proclamamos a morte do Senhor at Sua vinda(1Corntios 11:26).

    Agora vamos examinar instrues especcas de Cristo relativas cerimnia da Pscoa e as lies que devemos aprender dela.

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    17Uma lio de humildade e ajuda

    O apstolo Joo descreveu os acontecimentos da ltima noite de

    Jesus Cristo com os Seus apstolos, deste modo: Ora, antes da estada Pscoa, sabendo Jesus que j era chegada a sua hora de passardeste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavamno mundo, amou-os at ao m. E, acabada a ceia, tendo j o diaboposto no corao de Judas Iscariotes, lho de Simo, que o trasse,Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mos todas ascoisas, e que havia sado de Deus, e que ia para Deus, levantou-se

    da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois,ps gua numa bacia e comeou a lavar os ps aos discpulos e aenxugar-lhos com a toalha com que estava cingido (Joo 13:1-5).

    O lavar dos ps do hspede era, normalmente, do cuidado domais baixo criado da casa. No primeiro sculo era um acto dehospitalidade. Jesus em vez de pedir a um criado para executaresta uno para os Seus hspedes, humildemente executou-a Ele

    prprio para ensinar uma importante lio. A descrio continua:Depois que lhes lavou os ps, e tomou as suas vestes, e se assentououtra vez mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho eito? Vsme chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora,se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os ps, vs deveis tambm lavaros ps uns aos outros (versculos 12-14).

    Jesus deixou os Seus discpulos com uma ltima lembrana da

    importncia do servio humilde aos outros. Isto reorava umalio anterior que Ele lhes dera e que est registada em Mateus20:25-28, onde Ele admoesta os Seus discpulos em se presumiremimperar sobre os seus irmos: Ento, Jesus, chamando-os parajunto de si, disse: Bem sabeis que pelos prncipes dos gentios soestes dominados e que os grandes exercem autoridade sobre eles.No ser assim entre vs; mas todo aquele que quiser, entre vs,

    azer-se grande, que seja vosso servial; e qualquer que, entre vs,quiser ser o primeiro, que seja vosso servo, bem como o Filho doHomem no veio para ser servido, mas para servire para dar a suavida em resgate de muitos (Mateus 20:25-28).

    O simples acto de lavar os ps a outrem d uma lio vitalintimamente associada Pscoa. Ele concluiu: eu vos deio exemplo, para que, como eu vos z, aais vs tambm

    A Pscoa

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    18 O Plano dos Dias Santos de Deus

    (Joo 13:15). Quantos Cristos obedecem hoje a esta instruosimples de lavar os ps a outros e exemplicam essa atitude nas

    suas vidas? A nossa vida, que uma propriedade redimida porDeus atravs do sacricio de Cristo, deve ser devotada ao serviode Deus e aos nossos semelhantes.

    O po: smbolo do corpo de Cristo

    Mais tarde, quando os discpulos estavam a comer, Jesus disseque um de entre eles em breve O trairia (Mateus 26:21-25). Masrepare-se o versculo 26: Enquanto comiam, Jesus tomou o po,e, abenoando-o, o partiu, e o deu aos discpulos, e disse: Tomai,comei, isto o Meu corpo.

    O corpo de Cristo tornava-se uma oerta sacricial do pecado,pois com eeito, temos sido santicados, mediante a oerta docorpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote seapresenta, dia aps dia, a exercer o servio sagrado e a oerecermuitas vezes os mesmos sacricios, que nunca jamais podemremover pecados; Jesus, porm, tendo oerecido, para sempre,um nico sacricio pelos pecados ... Porque, com uma nicaoerta, apereioou para sempre quantos esto sendo santicados(Hebreus 10:10-14, ARA). Deus perdoa-nos atravs do sacriciode Jesus Cristo, e santica-nossepara-nospara o santopropsito de Lhe obedecermos.

    A nossa deciso em comer o po da Pscoa signica quecompreendemos que Jesus Cristo se maniestou, para aniquilaro pecado pelo sacricio de si mesmo (Hebreus 9:26). De boavontade, Ele consentiu sorer uma excruciante morte por ns.Cristo suportou em Seu corpo sorimento sico e psicolgicocausado pelo pecado.

    O sacricio de Jesus Cristo tambm est intrincadamenteassociado nossa cura. Pedro escreveu sobre o sorimento deCristo dizendo: levando ele mesmo [Cristo] em seu corpo osnossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados,pudssemos viver para a justia; e pelas suas eridas ostes sarados(1 Pedro 2:24). Isaas proetizou sobre o sorimento de Cristo porns: Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enermidadese as nossas dores levou sobre si; e ns o reputamos por afito, eridode Deus e oprimido. Mas ele oi erido pelas nossas transgresses e

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    19modo pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estavasobre ele, e, pelas suas pisaduras, omos sarados (Isaas 53:4-5).

    Em Mateus 8:16-17 lem-se ocorrncias de cura no ministriode Jesus. Ele curou muitos endemoninhados, e ele, com a suapalavra, expulsou deles os espritos e curou todos os que estavamenermos, para que se cumprisse o que ora dito pelo proeta Isaas,que diz: Ele tomou sobre si as nossas enermidades e levou asnossas doenas.

    Jesus Cristo mostrou, pelas Suas curas milagrosas, que era

    o Messias prometido. Mais ainda, para alm de mostrar a Suacompaixo, tais curas demonstraram que Ele possua o poder deperdoar o pecado (Mateus 9:2-6). O pecado traz sorimento! A curacompleta, possvel pelo sacricio de Cristo, inclui a pessoa no seutodo, aliviando e eliminando os sorimentos mentais, emocionais esicos resultantes dos nossos pecados.

    Atravs do perdo dos nossos pecados, Cristo tambm nos tornou

    possvel a vida eterna. Eu sou o po da vida, disse Ele. Vossospais comeram o man no deserto e morreram. Este o po quedesce do cu, para que o que dele comer no morra. Eu sou o povivo que desceu do cu; se algum comer desse po, viver parasempre; e o po que eu der a minha carne, que eu darei pela vidado mundo (Joo 6:48-51).

    Uma relao que conduz a uma nova vida

    O po da Pscoa lembra-nos da relao ntima entre Cristos eJesus Cristo. Em Romanos 6:1-6, Paulo mostra-nos que, uma vezque estamos simbolicamente unidos com Cristo na morte atravsdo baptismo, no sirvamos mais ao pecado, mas andemos nstambm em novidade de vida. Comendo o po ns maniestamosa promessa de permitir Cristo viver em ns.

    O apstolo Paulo descreve esta unio com Cristo em Glatas

    2:20: J estou crucicado com Cristo; e vivo, no mais eu, masCristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na doFilho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.Paulo compreendia que prosseguir do seu prprio modo jamaisera o seu objectivo. A Sua relao com Jesus Cristo tornou-se lhesumamente importante.

    O apstolo Joo diz-nos o que Cristo espera de ns na nossa

    A Pscoa

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    20 O Plano dos Dias Santos de Deus

    relao com Ele: nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmosos seus mandamentos Aquele que diz que est nele tambm deve

    andar como ele andou (1 Joo 2:3-6).O po da Pscoa reora o nosso entendimento de que JesusCristo, o verdadeiro po da vida, tem de viver em ns para nospossibilitar uma vida inteiramente nova. Deus perdoa os nossospecados para nos santicarpara continuar a reservar-nos para umpropsito sagrado, para nos redimir (isto , para nos comprar porum alto preo). Ns agora pertencemos a Deus assim, Ele pode

    realizar o Seu propsito em ns.O signicado do vinho da Pscoa

    Porque oi que Jesus ordenou aos Seus discpulos beber vinho,na cerimnia da Pscoa, como um smbolo do Seu sangue? O que que isto simboliza?

    Vejamos o registo de Mateus: A seguir, tomou um clice e, tendodado graas, o deu aos discpulos, dizendo: Bebei dele todos; porqueisto o meu sangue, o sangue da nova aliana, derramado em avorde muitos, para remisso de pecados. E digo-vos que, desta horaem diante, no beberei deste ruto da videira, at aquele dia emque o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai(Mateus 26:27-29, ARA).

    Que aprendemos deste smbolo? Primeiro, Cristo sabia quebebendo vinho como smbolo do Seu sangue derramado, a nossamente se impressionaria proundamente pela Sua morte ter sido paraperdo dos nossos pecados. Fazei isto, todas as vezes que beberdes,em memria de mim (1 Corntios 11:25). Jesus nos ama, e emseu sangue nos lavou dos nossos pecados (Apocalipse 1:5). Deusperdoa os nossos pecados atravs do sangue derramado por Cristo(1 Joo 1:7).

    Normalmente muitas pessoas compreendem este credode que

    Deus perdoa os nossos pecados atravs do sangue de Jesus Cristomas nem todas se apercebem como isso decorre. Paulo explica quequase todas as coisas, segundo a lei, se puricam com sangue;e sem derramamento de sangue no h remisso [de pecados](Hebreus 9:22).

    O Velho Testamento regista a instruo de Deus ao sacerdciopara executar certas responsabilidades que incluam um sistema de

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    22 O Plano dos Dias Santos de Deus

    Acontece que algumas pessoas sentem-se culpadas mesmodepois de se terem arrependido. Embora a nossa conscincia nos

    culpe immediatamente quando pecamos de novo, no nos devemosrecriminar continuamente por causa de pecados outrora perdoadospor Deus. Alis, devemos conar plenamente na nossa libertao daculpa. Esta libertao -nos dada por Deus (1 Joo 1:9; 3:19-20).

    O Acesso ao Pai

    O sangue derramado de Cristo tambm torna possvel o nossoacesso ao prprio trono de Deus Pai. Ao abrigo da Antiga Alianasomente o sumo-sacerdote podia entrar na rea do tabernculoconhecida por Santurio ou Santssimo (Hebreus 9:6-10). Opropiciatrio l colocado representava o trono de Deus. Levtico16 descreve a cerimnia que a se realizava todos os anos numoutro Dia Santo, no Dia da Expiao. Nesse tempo, o sumo-sacerdote servia-se do sangue de um cabrito, representando o uturosacricio de Jesus Cristo, e espargia-o sobre o propiciatrio para,simbolicamente, os Israelitas serem puricados de todos os seuspecados (versculos 15-16).

    Porque do sangue de Jesus Cristo remove o pecado, azendo-nospuros perante Deus, ns podemos desrutar do acesso directo aoPai (Hebreus 9:24). Jesus, como o nosso Sumo-Sacerdote, entrouno Santssimo Lugar pelo Seu prprio sangue (Hebreus 9:11-12).Agora, ns podemos dirigirmo-nos a Deus Pai sem hesitao,ou medo de sermos rejeitados, mas com conana e segurana(Hebreus 10:19-22).

    Hebreus 4:16 ala da conana que podemos ter quando nosdirigimos a Deus: Cheguemos, pois, com conana ao trono dagraa, para que possamos alcanar misericrdia e achar graa, a mde sermos ajudados em tempo oportuno. pois, por intermdio deJesus Cristo que nos possvel gozar de ntima relao com Deus

    nosso Pai.

    A nossa aliana com Deus

    O sangue de Cristo tambm signica que Ele ez uma aliana, oucontrato connosco. Quando Jesus instituiu o vinho para a Pscoa doNovo Testamento, Ele disse bebei-o porque isto o meu sangue, osangue da nova aliana (Mateus 26:27-28, ARA).

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    23A PscoaPorque este vinho chamado o sangue da nova aliana? O

    autor de Hebreus explica que, depois da imposio da Antiga

    Aliana no Israel da antiguidade por Deus, e depois dos Israelitasresponderem com um compromisso de obedincia, a aliana oiraticada pela ceremnia da asperso de sangue. Os escritoresbblicos chamaram a isto o sangue da aliana (Hebreus 9:18-20;13:20; xodo 24:3-8).

    Ns precisamos de entender que o nosso arrependimento,baptismo e aceitao do sacricio de Jesus Cristobem como a

    crena na Sua promessa do perdo dos nossos pecados partedo nosso contrato com Deus. por este contrato, que aceitamoscom muita gratido e no qual podemos ter completa conana(Hebreus 6:17-20), que Deus nos promete a vida eterna. Aoaceitarmos o sacricio de Cristo para a remisso do pecado,entramos num contrato com o Deus do universo. Este contrato descrito no Novo Testamento pelo nome de o Novo Conerto ou aNova Aliana. As condies desta aliana so absolutas porque oiselada com o sangue derramado de Jesus Cristo (Hebreus 9:11-12,15). Esta aliana renovada todos os anos, quando tomamos partena Pscoa.

    Quais so as condies deste contrato? Esta a aliana que areicom eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coraoas minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, acrescenta:Tambm de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e dassuas iniqidades, para sempre (Hebreus 10:16-17, ARA).

    O Israel da antiguidade no teve o corao de guardar osmandamentos de Deus elmente (Deuteronmio 5:29). Mas, sob aNova Aliana, Deus escreve a Sua lei no nosso corao e na nossamente. As Suas leis no so as de puricao sica contidas nosistema de sacricios, lavagens e servios no tabernculo. Bem aocontrrio, so leis santas e rectas que denem o comportamentocorrecto para com Deus e o semelhante (Romanos 7:12) e conduzem vida eterna (Mateus 19:17). O vinho da Pscoa simblico destecontrato mtuo que oi raticado com o sangue de Jesus Cristo.

    Observncia anual na Igreja primitiva

    O Novo Testamento demonstra os Cristos continuando aobservar as estas anuais nos periodos ordenados por Deus.

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    Enquanto Cristo era um jvem celebrou a Pscoa anualmente, nodia correcto (Lucas 2:41), e continuou essa prtica com os Seus

    discpulos. A Igreja primitiva tambm continuou a observar osoutros Dias Santos nos seus prprios dias. Por exemplo, Actosregista que os seguidores de Jesus se reuniram para observar a Festade Pentecostes: Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todosreunidos no mesmo lugar (Actos 2:1).

    As Escrituras no azem aluso de que a Igreja primitivativesse mudado as datas ou a requncia dos dias Santos que

    oram ordenados por Deus como os Seus Festivais. A rase, em 1Corntios 11:26Porque, todas as vezes que comerdes este poe beberdes este clicesimplesmente aponta que ao celebrarema Pscoa anualmente, no dia determinado, os membros da Igrejaanunciavam a morte do Senhor, at que venha.

    A Bblia ordena a celebrao anual da Pscoa, e a histriaregista a sua celebrao anual como prtica da Igreja primitiva. APscoa, como um memorial da morte de Jesus, para ser celebradaanualmente, e tal como todas as outras estas anuais, ela guardadauma vez ao ano, e no quando, nem quantas vezes se queira.Nem Cristo, nem os apstolos, deram a entender que devssemosmudar a prtica de quando ou a requncia de quaisquer das Festasde Deus.

    Hoje em dia, seguindo o seu exemplo, devemos observar aPscoa ao comeo da noite do dia 14 do primeiro ms do calendrioHebraico (conhecido por Abib ou Nisan). (Queira ver datasnas pginas 38-39). Durante a Sua ltima Pscoa com os Seusdiscpulos, Jesus explicou que essa celebrao tem implicaessignicantes para o uturo. Em Mateus 26:29 Ele disse-lhes: digo-vos que, desde agora, no beberei deste ruto da vide at quele Diaem que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.

    A celebrao anual da Pscoa lembra-nos que Deus o perdoador

    do pecado que nos garante a vida eterna no Seu Reino atravsdo sacricio de Jesus Cristo, a nossa Pscoa. Esta prtica uma memria da uno contnua do nosso Criador na salvaoda humanidade.

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    A Festa de Pes Asmos:A Lio da Renncia

    ao Pecado

    Imediatamente a seguir Pscoa vem um estival que descreveo passo seguinte na execuo do plano mestre de Deus. Depoisde Deus ter perdoado os nossos pecados, atravs do sacriciode Cristo, como que continuamos a evitar o pecado, visto quetemos de viver em novidade de vida? Como que vivemos comoo povo redimido de Deus? Encontramos a resposta no notvelsimbolismo da Festa dos Pes Asmos.

    Quando Deus libertou Israel da escravatura no Egipto, Eledisse ao Seu povo: Sete dias comereis pes asmos, (xodo12:15). O versculo 39 explica mais: E cozeram bolos asmosda massa que levaram do Egito, porque no se tinha levedado,porquanto oram lanados do Egipto; e no se puderam deter,nem prepararam comida.

    O processo do levedar do po leva tempo. Os Israelitasno tiveram tempo para isso quando deixaram o Egipto, porisso cozeram e comeram po sem ermento. O que comeoupor uma necessidade continuou ao longo de uma semana.Apropriadamente, Deus chamou a este tempo a Festa de PesAsmos (Levtico 23:6), ou Dias dos Pes Asmos (Actos 12:3).

    Quando Jesus veio terra como humano, Ele observou esteestival de sete diaspor vezes chamado pelos Judeus Festa daPscoa por causa da proximidade da Pscoa com os Dias dosPes Asmos. Jesus observou-a quando criana, bem como, maistarde, como adulto (Lucas 2:41; Mateus 26:17). De igual modoassim ez a Igreja primitiva imitando Cristo nas Suas aces.

    As instrues inciais e os ensinamentos de Cristo

    Deus deu as Suas primeiras instrues reerentes a este estival,

    A Festa de Pes Asmos

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    quando os Israelitas se preparavam para deixar o Egipto. E estedia vos ser por memria, e celebr-lo-eis por esta ao Senhor;

    nas vossas geraes o celebrareis por estatuto perptuo. Sete diascomereis pes asmos; ao primeiro dia, tirareis o ermento dasvossas casas; porque qualquer que comer po levedado, desde oprimeiro at ao stimo dia, aquela alma ser cortada de Israel. E,ao primeiro dia, haver santa convocao; tambm, ao stimo dia,tereis santa convocao; nenhuma obra se ar neles, seno o quecada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vs

    (xodo 12:14-16).Anualmente, conorme os Israelitas observavam esta esta,azio-os lembrar da libertao dos seus antepassados do Egipto,por Deus. O Criador instruiu: Guardai, pois, a Festa dos PesAsmos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exrcitos da terrado Egito (xodo 12:17). O xodo do Egipto permanece umarazo undamental para que se guarde esta esta ainda nos dias dehoje. Tal como Deus libertou o Israel da antiqidade, assim Eleliberta-nos dos nossos pecados e diculdades.

    Agora note-se o ensinamento de Jesus Cristo acerca doermento, o qual expande o signicado da esta.

    Durante o Seu ministrio Cristo ez dois milagres nos quaisalguns pes e peixes alimentaram milhares de pessoas. Depoisde um destes incidentes, quando os Seus discpulos oram voltado Mar da Galileia, eles esqueceram-se de levarem po com eles.Ento Jesus disse-lhes: Adverti e acautelai-vos do ermento dosariseus e saduceus (Mateus 16:6).

    Os discpulos pensaram que Jesus se reeria alta de poque tinham. Mas, Ele estava a servir-se da ocasio para osensinar chamando ateno o simbolismo do ermento. Cristoperguntou-lhes: Como no compreendestes que no vosalei a respeito do po, mas que vos guardsseis do ermentodos ariseus e saduceus? Ento, compreenderam que no disseraque se guardassem do ermento do po, mas da doutrina dosariseus (Mateus 16:5-12).

    Alguns dos membros da elite religiosa do tempo de Cristopareciam ser justos, contudo, secretamente, praticavampecaminoso comportamento. Jesus ez-lhes saber que Eleconhecia os sentimentos deles. Eles podiam parecer justos,

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    27porm, lhes dizia Cristo: mas interiormente estais cheios dehipocrisia e de iniqidade (Mateus 23:28).

    Os Dias de Pes Asmos azem-nos lembrar que, com a ajuda deDeus, ns temos de remover e evitar todos os tipos de pecadosimbolizado pelo ermentoem todas as reas da nossa vida.

    A importncia destes dias permanece

    Durante a Festa dos Pes Asmos, o apstolo Paulo ensinouas mesmas lies espirituais que Jesus tinha ensinado, usando

    tambm a comparao do pecado ao ermento. No contexto dereprimenda aos Corntios pelas suas divises, invejas e tolernciaao comportamento sexual imprprio, Paulo escreveu-lhes: No boa a vossa jactncia. No sabeis que um pouco de ermento azlevedar toda a massa? Limpai-vos, pois, do ermento velho, para quesejais uma nova massa, assim como estais sem ermento. PorqueCristo, nossa Pscoa, oi sacricado por ns. Pelo que aamosesta, no com o ermento velho, nem com o ermento da maldadee da malcia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade(1 Corntios 5:6-8).

    A igreja em Corinto obvia e indubitavelmente guardava a Festados Pes Asmos, qual repetidamente Paulo aludiu. Contudo,Paulo serviu-se da obedincia el dos Corntios em guardaremsicamente a esta (removendo o ermento de suas casas) comobase para os encorajar a celebr-la com o devido entendimento dasua inteno espiritual.

    Hoje em dia, o acto de remover ermento das nossas casas por setedias, lembra-nos que ns tambm temos de reconhecer, expulsar eevitar o pecado, atravs da orao e com o entendimento e ajudade Deus. A Festa dos Pes Asmos , por conseguinte, um tempo derefexo pessoal. Devemos meditar nas nossas atitudes e conduta epedir a Deus para nos ajudar a reconhecer e a ultrapassar as nossas

    raquezas.Em 2 Corntios 13:5, Paulo alou desta muito necessria auto

    refexo quando ele disse igreja em Corinto: Examinai-vos a vsmesmos se permaneceis na ; provai-vos a vs mesmos. Ou nosabeis, quanto a vs mesmos, que Jesus Cristo est em vs? Se no que j estais reprovados.

    Paulo explica o signicado da rase Jesus Cristo est em vs

    A Festa de Pes Asmos

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    em Glatas 2:20: J estou crucicado com Cristo; e vivo, nomais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne

    vivo-a na do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a simesmo por mim.Estes sete dias de auto exame so uma incalculvel ajuda em

    devotarmos as nossas vidas a Deus e a Jesus Cristo. Este perodo deuma semana tambm retrata o nosso eventual triuno sobre o mal.Como Deus libertou o antigo Israel da escravido do Egipto, assimEle nos liberta da escravido do pecado (Romanos 6:12-18).

    Aplicando as lies espirituais

    Ns aprendemos praticando. Aprendemos lies espirituaisazendo coisas sicas. Executando a tarea de retirar o ermento denossas casas, az-nos lembrar que precisamos de estar vigilantementeem guardar-nos de pensamentos e aces pecaminosos, para que ospossamos evitar. Deus bem sabe que, no obstante as nossas boasintenes, todos ns pecamos.

    Muitos anos depois da sua converso, Paulo descreveu a poderosatendncia humana para o pecado. Acho, ento, esta lei em mim:que, quando quero azer o bem, o mal est comigo. Porque, segundoo homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meusmembros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento eme prende debaixo da lei do pecado que est nos meus membros.Miservel homem que eu sou! Quem me livrar do corpo desta

    morte? Dou graas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assimque eu mesmo, com o entendimento, sirvo lei de Deus, mas, coma carne, lei do pecado (Romanos 7:21-25).

    Paulo sabia que a vida em si uma batalha com o pecado. ABblia ala-nos do pecado que to de perto nos rodeia (Hebreus12:1). Ns temos a nossa quota-parte a desempenhar na luta paravencermos o pecado. Contudo, paradoxalmente, temos de conar

    em Deus para nos ajudar. Paulo explica isto aos Filipenses ao dizer-lhes: operai a vossa salvao com temor e tremor; porque Deus o que opera em vs tanto o querer como o eectuar, segundo a suaboa vontade (Filipenses 2:12-13).

    A nossa observncia dos Dias de Pes Asmos ajuda-nos apercebermos a necessidade que temos da ajuda de Jesus Cristo paravencermos as nossas raquezas. Todavia, esta esta um tempo de

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    29regozijo, porque Cristo nos d livremente a ajuda que necessitamos.Jesus, o Cordeiro de Deus, oi sacricado para remisso dos nossos

    pecados, pelo que retirou o ermento de ns e limpou as nossasvidas. Ele continua a ajudar-nos a viver obedientemente atravsdo Esprito Santo morando em nso que nos trs ao assunto doprximo captulo.

    A Festa de Pes Asmos

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    A Festa de Pentecostes:Os Primeiros Frutos da

    Colheita de Deus

    No processo revelador do Seu plano de salvao para ahumanidade, Deus estabeleceu os Seus Dias Santos emtorno das estaes das colheitas no Mdio Oriente (Levtico23:9-16; xodo 23:14-16). Tal como o Seu povo colhia as suascolheitas durante estas estaes estivas, assim os Dias Santos deDeus nos mostram como Ele est colhendo pessoas para a vidaeterna no Seu Reino.

    Os Dias Santos tm signicados que se baseiam uns sobreoutros. Juntos, progressivamente, revelam como Deus opera coma humanidade.

    Inicialmente vimos a Pscoa simbolizando Cristo a dar-se porns para perdo dos nossos pecados. Tambm aprendemos comoos Dias de Pes Asmos nos ensinam que temos de remover e evitaro pecado, quer com aces quer com atitudes. O Dia Santo que sesegue, Pentecostes, alicera-se nesta undao importante.

    Este estival conhecido por diversos nomes, os quais soderivados do seu signicado e momento. Tambm conhecidopor Festa da Sega (xodo 23:16), porque representa os primeirosrutos (Nmeros 28:26) colhidos em resultado do trabalho dosque completavam a colheita do cereal da Primavera no Israel daantiguidade (xodo 23:16).

    Tambm se chama Festa das Semanas (xodo 34:22), emvirtude de se contarem sete semanas mais um dia (50 dias aotodo) para se determinar a celebrao desta esta (Levtico 23:16).Semelhantemente, no Novo Testamento, o qual oi escrito emGrego, conhecida por Pentecostes (Pentekostos no original), quesignica quinquagsimo (Dicionrio Expositivo Completo das

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    31Palavras do Velho e do Novo Testamento, Pentecostes, por Vine[Vines Complete Expository Dictionary o Old and NewTestament

    Words, Pentecost]).Entre os Judeus o nome mais popular deste estival o de Festadas Semanas, ou shavuot, em Hebreu. Muito povo Judeu, quandocelebram esta esta, lembra-se de um dos maiores acontecimentosda histria, da revelao da lei de Deus, no Monte Sinai.

    Mas Pentecostes no signica somente o entregar da lei, tambmmostraatravs dum grande milagre que ocorreu na primeira

    celebrao de Pentecostes da Igreja primitivacomo guardar ointento espiritual das leis de Deus.

    O dom de Pentecostes: o Esprito Santo

    Deus escolheu o primeiro Pentecostes depois da ressurreiode Jesus Cristo, para derramar o Esprito Santo em 120 crentes(Actos 1:15). Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavamtodos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do cu umsom, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda acasa em que estavam assentados. E oram vistas por eles lnguasrepartidas, como que de ogo, as quais pousaram sobre cada umdeles. E todos oram cheios do Esprito Santo e comearam aalar em outras lnguas, conorme o Esprito Santo lhes concediaque alassem (Actos 2:1-4).

    O alar em vrias lnguas ocorreu quando uma multido depessoas se juntou em Jerusalm, onde cada auditor ouvia osermo dos discpulos na sua lngua natal (versculos 6-11).Estes espantosos acontecimentos demonstravam a presena doEsprito Santo.

    As primeiras pessoas de Jerusalm que testemunharam estemiraculoso enmeno caram estupeactas, com algumas aatriburem as aces dos Cristos a embriagus (Actos 2:12-

    13). O apstolo Pedro, ento cheio do Esprito Santo, explicoucorajosamente o acontecimento multido como um cumprimentoda proecia de Joel: E h de ser que, depois, derramarei o meuEsprito sobre toda a carne (Actos 2:17; Joel 2:28).

    Pedro explicou como os seus ouvidores poderiam tambmreceber este Esprito: E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, ecada um de vs seja baptizado em nome de Jesus Cristo para

    A Festa de Pentecostes

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    32 O Plano dos Dias Santos de Deus

    perdo dos pecados, e recebereis o dom do Esprito Santo.Porque a promessa vos diz respeito a vs, a vossos lhos e a

    todos os que esto longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor,chamar (Actos 2:38-39).Deus utilizou estes milagres e o sermo de Pedro para juntar

    3.000 pessoas Sua Igreja num s dia. Estes conversos oramtodos baptizados e receberam o Esprito Santo (versculos40-41). A partir deste momento undamental, o Esprito deDeus passou a estar disponvel a todos que verdadeiramente se

    arrependam e se baptizem correctamente. O Dia de Pentecostes uma lembrana anual de que Deus derramou o Seu Esprito paraestabelecer a Sua Igreja, o grupo de crentes que so guiados peloSeu Esprito.

    Porque precisamos do Esprito de Deus

    Humanamente alando, ns ainda pecamos, no importa o quantonos esorcemos (1 Reis 8:46; Romanos 3:23). Reconhecendo estaraqueza inerente da humanidade, Deus lamentou em Deuteronmio5:29: Quem dera que eles tivessem tal corao que me temesseme guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para quebem lhes osse a eles e a seus lhos, para sempre!

    Deus explica aqui que a humanidade tem um problema decorao. Conhecimento acadmico da lei no nos capacitade pensarmos como Deus. Tornarmo-nos santos em nossos

    pensamentos, atitudes e aces est para alm da compreenso ecapacidade do homem e mulher sem um ingrediente adicional:o Esprito de Deus.

    A maneira de pensar de Deus produz paz, alegria e preocupaopara com os outros. Jesus elogiou um advogado que correctamentecitou a essncia da lei de Deus: Amars ao Senhor, teu Deus, detodo o teu corao, e de toda a tua alma, e de todas as tuas oras,

    e de todo o teu entendimento e ao teu prximo como a ti mesmo(Lucas 10:27). Este homem citou Deuteronmio 6:5 e Levtico19:18, dois livros do Pentateuco. Jesus aqui conrma que asescrituras do Velho Testamento so baseadas nestes dois grandesprincpios de amor (Mateus 22:40).

    A essncia da lei de Deus amor (Romanos 13:8-10; 1Tessalonicenses 4:9). Deus decretou os Seus mandamentos

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    33porque nos ama. Ao escrever aos irmos que tinham o Espritode Deus, Joo disse: Nisto conhecemos que amamos os

    lhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os seusmandamentos. Porque este o amor de Deus: que guardemosos seus mandamentos; e os seus mandamentos no so pesados(1 Joo 5:2-3, ACF).

    Porque o Esprito de Deus agora residia na Igreja, os seusmembros podiam expressar amor genuno. Jesus disse: Um novomandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos

    amei a vs, Nisto todos conhecero que sois meus discpulos, sevos amardes uns aos outros (Joo 13:34-35). O dom do EspritoSanto de Deus no Dia de Pentecostes tornou possvel Igrejaexpressar completamente os mandamentos de amor de Deus.

    Jesus Cristo: as primcias da vida eterna

    Os primeiros rutos (as primcias) so os primeiros produtosagrcolas a desenvolver-se e a amadurecer. Ao longo da Bblia, Deususa a analogia da colheitae, particularmente em Pentecostes, osprimeiros rutospara ilustrar aspectos do Seu plano de salvao.Israel celebrava este dia ao ndar a Primavera, depois das segasda cevada e do trigo. Uma oerta especial dasprimcias de cevadaamadurecida durante os Dias de Pes Asmos, chamada o molho daoerta movida, marcava o incio destas ceias, as quais continuavamdurante os 50 dias seguintes at Pentecostes (Levtico 23:11). Esta

    colheita primaveril era a dos os primeiros rutos do ciclo anualda agricultura.

    Uma das primeiras lies de colheita no Novo Testamento a deque Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e oi eito as primciasdos que dormem (1 Corntios 15:20). O molho da oerta movidarepresentava Jesus Cristo, que oi o primognito de toda a criaoe o primognito dentre os mortos (Colossenses 1:15, 18). Ele

    apresentou-se a Deus Pai como um tipo ou exemplar das primcias,no Domingo depois da Sua ressurreio, o mesmo dia durante osDias de Pes Asmos no qual as primcias de cevada amadurecida,da sega da primavera, eram movidas perante Deus.

    Cedo, no primeiro dia da semana (na manh de Domingo),quando ainda era escuro e Jesus j ressuscitara, Maria Madalenaoi ao sepulcro, e viu que a pedra que o tapava lhe ora retirada

    A Festa de Pentecostes

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    (Joo 20:1). Ela correu a inormar Pedro e Joo que Jesus nomais estava no Seu tmulo. Os dois homens correram para a tumba

    e vericaram que Jesus desaparecera (Joo 20:2-10). Depois dePedro e Joo terem ido para casa, Maria Madalena manteve-se orado sepulcro de Jesus (versculo 11). Enquanto ela chorava, Jesusapareceu-lhe, mas no lhe permitiu que ela O tocasse, porque Eleainda no tinha subido ao Pai (Joo 20:17).

    Mais tarde, no mesmo dia, Jesus apareceu outra vez. Desta vezEle permitiu que certas mulheres Lhe tocassem (Mateus 28:9). As

    Suas prprias palavras demonstram que, entre do tempo que MariaMadalena O viu e o tempo que Ele permitiu que as mulheres otocassem, Cristo ascendera ao Pai e oi aceite por Ele.

    Assim se reconhece que a cerimnia do molho da oerta movidaque Deus deu ao Israel da antiqidade representa a aceitao deJesus Cristo pelo Seu Pai como as primcias dos que dormem(1 Corntios 15:20).

    A Igreja como as primcias

    Podemos ler em Romanos 8:29 que Jesus Cristo o primognitoentre muitos irmos. Contudo, a Igreja do Novo Testamentotambm considerada ser as primcias. Tiago, alando do Pai, disse:Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, paraque ssemos como primcias das suas criaturas (Tiago 1:18).

    O Esprito de Deus em ns identica-nos e santica-nossepara-nos como Cristos. Paulo escreveu: Se algum no temo Esprito de Cristo, esse tal no dele, e Porque todos os queso guiados pelo Esprito de Deus, esses so lhos de Deus(Romanos 8:9,14).

    Paulo tambm se reere aos irmos como aqueles que temosas primcias do Esprito (versculo 23). Ele alude a diversosCristos do primeiro sculo como as primcias da chamada de Deus

    (Romanos 16:5; 1 Corntios 16:15). A importncia dos escritores daBblia chamar a estas pessoas primcias de Deus torna-se evidentequando consideramos Joo 14:6. Aqui Jesus disse: Eu souo caminho, e a verdade, e a vida. Ningum vem ao Pai senopor mim.

    Quantas pessoas, atravs dos sculos passados, que realmenteaceitaram e praticaram o estilo de vida que Jesus Cristo ensinou?

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    35At aos dias de hoje, a maioria das humanidade no ouviu muitoacerca de Jesus Cristo, se de acto ouviu algo. Ento como que

    Deus lhes oerecer salvao?Poucas pessoas compreendem que Deus est a adoptar um planosistemtico, simbolizado pelos Seus Dias Santos, para salvar todaa humanidade oerecendo a todos a vida eterna no Seu Reino.Neste mundo, ns s estamos no princpio da colheita para o Reinode Deus.

    O apstolo Paulo compreendeu isto: Mas, agora, Cristo

    ressuscitou dos mortos e oi eito as primcias dos que dormem Porque, assim como todos morrem em Ado, assim tambm todossero vivicados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, asprimcias; depois, os que so de Cristo, na sua vinda (1 Corntios15:22-23). Quem quer que agora seja chamado e escolhidopor Deus includo com Cristo como as primcias de Deus(Tiago 1:18).

    A Bblia diz-nos que Deus tem de chamar as pessoas (Joo 6:44;6:63). Por conseguinte, o nosso Criador controla a regulao dotempo da Sua colheita. Quando Deus undou a Sua Igreja peloacto de dar o Seu Esprito a certos crentes no dia de Pentecostes doano 31 E.C. (era corrente), Ele estava expandindo a Sua colheitaespiritual. Era o princpio daquilo que Joel proetizou de que Deus,no nal de tudo, derramaria o Seu Esprito em toda a carne(Joel 2:28-29; Actos 2:14-17).

    O Esprito Santo em aco

    A vinda do Esprito Santo mudou dramaticamente a vida dosprimeiros Cristos. O livro de Actos est cheio de registos donotvel impacto espiritual na sociedade volta da Igreja primitiva.A transormao oi to evidente que os incrdulos acusavam osCristos de alvoroar o mundo (Actos 17:6). Tal era o poder

    miraculoso e dinmico do Esprito Santo.Para captar completamente o quanto o Esprito de Deus pode

    actuar em ns, temos de compreender o que o Esprito Santo.Ele no uma pessoa que, juntamente com Deus Pai e o FilhoCristo ormem uma Santa Trindade. Nas Escrituras o EspritoSanto descrito como o poderde Deus actuando nas nossas vidas(Actos 1:8; Romanos 15:13, 19), e o mesmo poder que actuava no

    A Festa de Pentecostes

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    ministrio de Jesus Cristo (Lucas 4:14; Actos 10:38).Este poder divino permite-nos sermos guiados pelo Esprito de

    Deus (Romanos 8:14). Foi este mesmo poder que transormou asvidas dos primeiros Cristos e o poder que actua na Igreja de hoje.Paulo disse a Timteo que o Esprito de Deus o esprito de podere de amor e de moderao (2 Timteo 1:7, ARA).

    Pentecostes tem a uno de lembrar anualmente que o nossoCriador ainda opera milagres, concedendo o Seu Esprito aosprimeiros rutos da Sua colheita espiritual, outorgando-lhes poder

    para continuar a Sua obra neste mundo.

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    A Festa das Trombetas:Um Ponto Crtico

    na Histria

    AFesta das Trombetas inicia os estivais do Outonoe representao culminar da presente era do homem e o incio de uma pocaantstica durante a qual Deus actuar muito mais directamentenos acontecimentos do mundo. Os estivais anteriores constituem

    respostas pessoais s obras de Deus nas pessoas que Ele chamae escolhe. Mas o Dia das Trombetas anuncia ormalmente ainterveno de Deus nos assuntos da humanidade a nvel global.Este Dia Santo representa um ponto crtico na histria mundial.

    Esta esta tambm marca em particular o princpio da terceira eltima estao estiva (xodo 23:14; Deuteronmio 16:16), a qualinclui os quatro Dias Santos nais do ano.

    O regresso de Jesus Cristo!A Festa das Trombetas representa nada mais nada menos que o

    regresso de Jesus Cristo terra, para instaurar o Reino de Deus!O livro do Apocalipse revela a sequncia de acontecimentoschocantes, na terra, representados por anjos soando uma sriede sete toques de trombeta. O toque do stimo anjo, o ltimo,signica que, os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor

    e do seu Cristo (Apocalipse 11:15). O regresso de Jesus Cristo ,pois, o ltimo e mais signicativo acontecimento associado com otocar protico de trombetas. De todas as proecias da Bblia, estaanuncia seguramente a notcia mais excitante possvel para estemundo cansado e cheio de pecado!

    A Festa das Trombetas tambm marca o cumprimento uturo demuitas proecias do Velho Testamento que alam sobre um Messias

    A Festa das Trombetas

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    Os Festivais

    Ano Pscoa (*)Festa de

    Pes AsmosPentecostes

    2009 8 Abril 9-15 Abril 31 Maio

    2010 29 Maro 30 Maro -5 Abril 23 Maio

    2011 18 Abril 19-25 Abril 12 Junho

    2012 6 Abril 7-13 Abril 27 Maio

    2013 25 Maro 26 Maro -1 Abril 19 Maio

    2014 14 Abril 15-21 Abril 8 Junho

    2015 3 Abril 4-10 Abril 24 Maio

    2016 22 Abril 23-29 Abril 12 Junho

    2017 10 Abril 11-17 Abril 4 Junho

    2018 30 Maro 31 Maro -6 Abril 20 Maio2019 19 Abril 20-26 Abril 9 Junho

    2020 8 Abril 9-15 Abril 31 Maio

    2021 27 Maro 28 Maro -3 Abril 16 Maio

    (*) De acordo como a Bblia conta os dias, os dias comeam

    ao anoitecer (Gneses 1:5), quando o sol se pe (Josu 8:29; 2Crnicas 18:34; Marcos 1:32), e so contados de pr-do-sol apr-do-sol (Levtico 23:32). Assim, todas as estas de Deus comeamao anoitecer antes das datas acima reeridas. Por exemplo, em 2009

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    Anuais de DeusFesta de

    Trombetas

    Dia de

    Expiao

    Festa de

    Tabernculos

    O ltimo

    Grande Dia

    19 Setembro 28 Setembro 3-9 Outubro 10 Outubro

    9 Setembro 18 Setembro 23-29 Setembro 30 Setembro

    29 Setembro 8 Outubro 13-19 Outubro 20 Outubro

    17 Setembro 26 Setembro 1-7 Outubro 8 Outubro

    5 Setembro 14 Setembro 19-25 Setembro 26 Setembro

    25 Setembro 4 Outubro 9-15 Outubro 16 Outubro

    14 Setembro 23 Setembro28 Setembro -

    4 Outubro 5 Outubro

    3 Outubro 12 Outubro 17-23 Outubro 24 Outubro

    21 Setembro 30 Setembro 5-11 Outubro 12 Outubro

    10 Setembro 19 Setembro 24-30 Setembro 1 Outubro30 Setembro 9 Outubro 14-20 Outubro 21 Outubro

    19 Setembro 28 Setembro 3-9 Outubro 10 Outubro

    7 Setembro 16 Setembro 21-27 Setembro 28 Setembro

    a Pscoa ser celebrada ao anoitecer de terca-eira, dia 7 de Abril

    2009, depois do pr-do-sol, e a Festa dos Pes Asmos comea aoanoitecer de quarta-eira, dia 8 de Abril 2009. As estas terminamao pr-do-sol das datas reeridas. Por exemplo em 2009, a Pscoatermina ao pr-do-sol do dia 8 de Abril de 2009.

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    a vir, como um rei que reger com poder e autoridade. O conceitode um Messias conquistador estava na mente dos apstolos, logo a

    seguir ressurreio de Jesus. Quando Ele lhes apareceu naquelesprimeiros dias, eles zeram-Lhe perguntas tais como: Senhor,restaurars tu neste tempo o reino a Israel? (Actos 1:6).

    Mesmo no Seu ministrio terreno, Jesus Cristo alou de distinesentre a Sua primeira vinda e a segunda. Quando Pncio Pilatos,governador da Judeia, interrogou Jesus antes da crucixo, Jesusdeclarou claramente que no veio para governar naquela altura.

    Jesus disse a Pilatos: O meu Reino no deste mundo; se o meuReino osse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu noosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino no daqui.Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu s rei? Jesus respondeu: Tu dizesque eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a mde dar testemunho da verdade (Joo 18:36-37).

    Depois da ressurreio de Jesus Cristo, os apstolos anteciparam

    com excitamento o cumprimento das promessas de Jesus. Eles eramconhecedores das proecias messinicas tais como Isaas descrevede um tempo durante o qual o principado [o governo] est sobre osSeus ombros e do incremento deste principado [deste governo] eda paz, no haver m (Isaas 9:6-7).

    Respondendo pergunta dos apstolos quando Lhe perguntaramse estabeleceria dentro em breve o Reino, Jesus disse-lhes: Novos pertence saber os tempos ou as estaes que o Pai estabeleceupelo seu prprio poder (Actos 1:7). Todavia, Cristo disse-lhes para se concentrarem na propagao do evangelhoa boanovapor todo o mundo. Mais tarde, em seu devido tempo, osapstolos aperceberam-se que a segunda vinda de Cristo no estavanecessariamente eminente. So muitas as escrituras que descrevemos santos aguardando ansiosamente o regresso de Cristo.

    Porqu o simbolismo de Trombetas?O estmulo deste Dia Santo, retratando estes acontecimentos

    monumentais, v-se no simbolismo deste Festival. O antigo Israelcelebrava-o com toques de trombetas (Levtico 23:24, BLH).

    Qual o signicado dos sons dramticos que acompanham acelebrao deste dia? Para nos ajudar a compreender o simbolismodas trombetas, vejamos na Bblia o uso deste instrumento musical.

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    41Deus instruiu o Israel da antiguidade no uso adequado de

    trombetas para comunicar mensagens importantes. O som de uma

    trombeta signicava uma reunio de chees de Israel. O toquede duas trombetas anunciava uma reunio de todas as pessoas(Nmeros 10:3-4). Deus tambm usou uma trombeta para anunciaro Seu encontro com Israel quando desceu sobre o Monte Sinai(xodo 19:16).

    Trombetas tambm podem anunciar avisos. Nmeros 10:9,quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que

    vos aperta, tambm tocareis as trombetas retinindo (Nmeros10:9). Neste caso as trombetas retiniam um aviso de perigo deguerra eminente.

    Trombetas tambm podiam apresentar um som estivo:Semelhantemente, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades,e nos princpios dos vossos meses, tambm tocareis as trombetas e vos sero por lembrana perante vosso Deus (Nmeros 10:10).

    Com a sua capacidade para transmitir som a longas distncias, astrombetas eram excelentes instrumentos para atrarem a atenodas pessoas. Em relao a este Dia de Festa, Salmos 81:3 exorta:Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, no tempo marcado para anossa solenidade.

    Amplicao do signicado das trombetas

    Os escritores do Novo Testamento revelaram uma compreensoadicional sobre o signicado do soar de trombetas. Reparemos nadescrio de Paulo acerca do regresso de Jesus Cristo: Porque omesmo Senhor descer do cu com alarido, e com voz de arcanjo, ecom a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitaroprimeiro; depois, ns, os que carmos vivos, seremos arrebatadosjuntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares(1 Tessalonicenses 4:16-17).

    Paulo tambm alou do dia em que as primcias representadas porPentecostes, ressuscitaro para a imortalidade. Em 1 Corntios 15:52ele diz que isto ir acontecer: num momento, num abrir e echarde olhos, ante a ltima trombeta; porque a trombeta soar, e osmortos ressuscitaro incorruptveis, e ns seremos transormados(1 Corntios 15:52).

    O apstolo Joo associou o tocar duma trombeta com o regresso

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    de Cristo quando escreveu: E tocou o stimo anjo a trombeta,e houve no cu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo

    vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinar paratodo o sempre (Apocalipse 11:15). Estas passagens atestamdramaticamente o signicado da Festa de Trombetas.

    Conquanto o estival das Trombetas no seja mencionado no NovoTestamento, no temos razo vlida para assumir para que este DiaSanto no seja guardado. Ao contrrio, a Igreja primitiva usou asescrituras Hebraicas para undao da sua doutrina (2 Timteo

    3:16). Tal como com os Dez Mandamentos (Tiago 2:10-11), cadaum dos estivais esto ntima e intrinsicamente relacionados unscom os outros. Ao guard-los, podemos compreender o desenrolardo notvel plano de Deus para a humanidade. No devemos ignorarnenhum dos Seus Dias Santos.

    Ensinamento protico de Jesus.

    Prximo do m do ministrio sico de Cristo, os apstolosperguntaram-Lhe sobre o m desta era. Em Mateus 24:3 lemos:No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando seaproximaram dele os discpulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucedero estas coisas e que sinal haver da tua vindae da consumao do sculo (Mateus 24:3, ARA).

    Anteriormente, Daniel tinha proetizado sobre o estabelecimentodo Reino de Deus e como os santos, ou povo de Deus, herdariaesse reino (Daniel 2:44; 7:18). Daniel, tal como os apstolos, noentendeu para quando era a vinda do Reino.

    No obstante, Jesus comeou a explicar os acontecimentos queconduziriam at ao Seu regresso. Jesus explicou uma proecia queora echada e selada desde os dias de Daniel (Daniel 12:9).Em Mateus 24 Jesus Cristo alou aos Seus discpulos de deceporeligiosa, guerras, omes, pestes, terramotos, e outras calamidades

    (versculos 4-13). Ele caracterizou o tempo aquando da Sua vindacomo uma era de dio e sem lei. Neste cenrio, disse Jesus: esteevangelho do Reino ser pregado em todo o mundo, em testemunhoa todas as gentes, e ento vir o m (Mateus 24:14).

    Mais detalhes no livro do Apocalipse

    Mais tarde Jesus Cristo revelou muitos mais detalhes acerca

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    43deste importante ponto. O livro do Apocalipse descrito comoRevelao de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar

    aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer(Apocalipse 1:1). Aqui, Cristo repete, atravs do apstolo Joo,os mesmos acontecimentos que descrevera aos Seus discpulosdcadas antes. Agora, porm, Jesus serve-se do simbolismo deuma srie de selos que abrir um a um (Apocalipse 6).

    Depois disto, ao incio da ira de Deus contra as naesdesobedientes, Jesus proetizou sete pragas a serem derramadas

    sobre o mundo pecaminoso, com o anncio de cada uma pelosom de uma trombeta (Apocalipse 8-9). Por m Deus enviarduas testemunhas, ou proetas, a proclamarem a Sua verdadea um mundo rebelde (Apocalipse 11). Tragicamente, estasociedade mpia rejeitar estes dois servos de Deus e mat-los-(versculos 7-10).

    Estes acontecimentos dramticos levam a que o stimo anjosoe a trombeta e Jesus Cristo regresse e assuma o governo sobreos governantes da terra (Apocalipse 11:15).

    Sobre este mesmo cenrio, Mateus 24 diz que logo depoisda afio daqueles dias, o sol escurecer, e a lua no dar a sualuz, e as estrelas cairo do cu, e as potncias dos cus seroabaladas. Ento, aparecer no cu o sinal do Filho do Homem; etodas as tribos da terra se lamentaro e vero o Filho do Homemvindo sobre as nuvens do cu, com poder e grande glria. Eele enviar os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quaisajuntaro os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma outra extremidade dos cus (versculos 29-31).

    Acontecimentos sem precedentes no regresso de Cristo

    Inacreditavelmente, quando Jesus Cristo regressar ao Montedas Oliveiras, em Jerusalm, as naes da terra ajuntar-se-o

    para combater contras Ele (Zacarias 14:1-4). Apocalipse 19:19descreve esta batalha iminente: E vi a besta, e os reis da terra, eos seus exrcitos reunidos, para azerem guerra quele que estavaassentado sobre o cavalo e ao seu exrcito.

    Porque querero lutar contra o Messias? Os exrcitostentaro destruir Cristo porque Satans enganou todo o mundo(Apocalipse 12:9). A infuncia do diabo inspirar as naes a

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    lutarem contra Cristo, quando Ele regressar.A Festa das Trombetas tambm indica a ressurreio dos mortos.

    O apstolo Paulo alou deste acontecimento: Porque, assim comoa morte veio por um homem, tambm a ressurreio dos mortosveio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Ado,assim tambm todos sero vivicados em Cristo. Mas cada um porsua ordem: Cristo, as primcias; depois, os que so de Cristo, nasua vinda (1 Corntios 15:21-23).

    Paulo explica mais: Porque o mesmo Senhor descer do cu com

    alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os quemorreram em Cristo ressuscitaro primeiro (1 Tessalonicenses4:16), imediatamente seguidos pelo povo de Deus que esteja vivonesse momento (versculo 17).

    Apocalipse 20:5 descreve isto como sendo a primeiraressurreio, a qual tambm a melhor ressurreio (Hebreus11:35). Esta mudana para a imortalidade oi a esperana dos

    primeiros Cristos e permanece esperana ervente dos queentendem o plano de Deus.Na epstola aos Romanos, Paulo descreve esta ressurreio

    como uma gloriosa libertao da escravido: Porque a ardenteexpectao da criatura [da criao] espera a maniestao dos lhosde Deus (Romanos 8:19) na esperana de que tambm a mesmacriatura [criao] ser libertada da servido da corrupo, para aliberdade da glria dos lhos de Deus (Romanos 8:21) E nos ela [a criao], mas ns mesmos, que temos as primcias doEsprito, tambm gememos em ns mesmos, esperando a adopo,a saber, a redeno do nosso corpo (Romanos 8:23).

    Vemos que, conquanto trgicos acontecimentos estejam paraacontecer, a boa nova que Deus intervir para salvar a humanidadee gui-la para o Seu abundante meio de vida.

    Jesus Cristo regressar para estabelecer o governo de Deusmilenrio, trazendo o Seu pereito governo para a terra. Este omaravilhoso, inspirador signicado da Festa das Trombetas. Cristoensinou-nos a orar venha o teu reino (Mateus 6:10). Oh quantourgentemente necessitamos da resposta a esta orao!

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    O Dia da Expiao:Remoo da Causa doPecado e Reconciliao

    com Deus

    J vimosatravs do simbolismo envolvido na Pscoaque osangue derramado por Cristo expia-nos das nossas altaspassadas. Na verdade a expiao um acto de reconciliao. ODia da Expiao simboliza a reconciliao de Deus para comtoda a humanidade.

    Se estamos reconciliados com Deus por intermdio do sacriciode Cristo, porque precisamos de outro Dia Santo para nosinstruir sobre a reconciliao? Se j estamos reconciliados,que necessidade h para se jejuar, como ordenado no Dia daExpiao (Levtico 23:27; Actos 27:9)? Qual o signicadoespecial deste dia no plano mestre de Deus para a salvaoda humanidade?

    Ambos, o Dia da Expiao e a Pscoa nos ensinam acerca doperdo dos pecados e da nossa reconciliao com Deus atravsdo sacricio de Cristo. Contudo, no obstante a Pscoa sejapessoalmente e (por enquanto) individualmente aplicada aosCristos que Deus tenha chamado nesta era, o Dia da Expiaocontm implicaes universais imediatas.

    Alm disso, o Dia da Expiao representa um passo adicionalessencial no plano de salvao de Deus que no se encontrano simbolismo da Pscoa. Este passo tem de ter lugar antesda humanidade desrutar de verdadeira paz na terra. Todossoremos das trgicas consequncias do pecado. Mas o pecadono acontece sem causa, e Deus mostra essa causa claramente nosimbolismo associado com o Dia da Expiao.

    O Dia da Expiao

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    Satans o autor do pecado

    O Dia da Expiao no envolve s o perdo dos pecados; ele

    tambm representa a remoo da causa principal do pecadoSatans e os seus demnios. At Deus retirar o instigador originaldo pecado, a humanidade continuar a cair em desobedincia esorimento. Embora a nossa natureza humana desempenhe umpapel nas nossas altas, o diabo Satans que tem uma granderesponsabilidade por nos infuenciar em desobedecermos a Deus.

    Mesmo que muita gente duvide da existncia de um diabo, a

    Bblia revela Satans como um ser poderoso invisvel que podeinfuenciar toda a humanidade. Apocalipse 12:9 diz-nos que a suainfuncia tamanha que ele engana todo o mundo.

    O diabo cega as pessoas do entendimento da verdade de Deus. Oapstolo Paulo explica isto aos Corntios: Mas, se ainda o nossoevangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto, nosquais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos,

    para que no lhes resplandea a luz do evangelho da glria deCristo, que a imagem de Deus (2 Corntios 4:3-4).Paulo tambm nos ensina que Satans infuenciou todo o humano

    a caminhar na senda da desobedincia. Ele menciona aos que oramchamados para a Igreja: noutro tempo, andastes, segundo o cursodeste mundo, segundo o prncipe das potestades do ar, do espritoque, agora, opera nos lhos da desobedincia (Esios 2:2).

    Paulo avisa os Corntios que Satans pode apresentar-se comoreto: no maravilha, porque o prprio Satans se transguraem anjo de luz. No muito, pois, que os seus ministros setransgurem em ministros da justia; o m dos quais ser conormeas suas obras (2 Corntios 11:14-15).

    Jesus Cristo declara abertamente que Satans trouxe o pecadoe rebelio ao mundo. Em Joo 8:44 Cristo armou aos que

    antagonizavam o Seu ensino: Vs tendes por pai ao diabo equereis satisazer os desejos de vosso pai; ele oi homicida desde oprincpio e no se rmou na verdade, porque no h verdade nele;quando ele proere mentira, ala do que lhe prprio, porque mentiroso e pai da mentira.

    Coordenando estas escrituras vejamos o poder e infuncia deSatans. Paulo previne-nos dos mtodos enganadores do diabo:

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    47temo que, assim como a serpente enganou Eva com a suaastcia, assim tambm sejam de alguma sorte corrompidos os

    vossos sentidos e se apartem da simplicidade que h em Cristo(2 Corntios 11:3).Cristos que batalham continuamente para resistir Satans e

    para parar de pecar travam uma batalha espiritual contra odiabo e seus demnios. Paulo diz: ns no estamos lutandocontra seres humanos, mas contra as oras espirituais do malque vivem nas alturas, isto , os governos, as autoridades e os

    poderes que dominam completamente este mundo de escurido(Esios 6:12, BLH).Aqui, Paulo explica mais que Jesus Cristo nos livrar da infuncia

    do maligno (versculos 13-18). Evidentemente, Deus muitssimomais poderoso que Satans, mas ns temos que contribuir com anossa quota-parte resistindo activamente ao diabo e infuncia dacarne. O Dia da Expiao olha para o tempo alm em que o logro

    de Satans ser removido e ele jamais ter a liberdade de infuenciare enganar a humanidade (Apocalipse 20:1-3).

    Simbolismo do Velho Testamento

    Levtico 16 descreve Deus instruindo o Israel da antiguidadea observar o Dia da Expiao. No obstante, desde o sacriciode Cristo, no haver necessidade de sacricios de animais, estecaptulo complementa signicantemente o nosso entendimento

    sobre o plano de Deus.Repare-se que o sacerdote seleccionava dois bodes para uma

    oerta de pecado, e apresentava-os perante o Senhor (versculos5,7). Aaro, o sumo-sacerdote, lanava sortes sobre os dois bodespara seleccionar um para o Senhor, o qual era oerecido comoum sacricio (versculos 8-9). Este bode representava Jesus Cristo,que viria a ser morto em pagamento da penalidade dos nossos

    pecados.O outro bode prestava um m completamente dierente: Mas o

    bode sobre que cair a sorte para ser bode emissrio apresentar-se-vivo perante o Senhor, para azer expiao com ele, para envi-loao deserto como bode emissrio (versculo 10). Repare-se que estebode no era morto. O sumo-sacerdote por ambas as mos sobrea cabea do bode vivo e sobre ele conessar todas as iniqidades

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    dos lhos de Israel e todas as suas transgresses, segundotodos os seus pecados; e os por sobre a cabea do bode e

    envi-lo- ao deserto, pela mo de um homem designado paraisso. Assim, aquele bode levar sobre si todas as iniquidadesdeles terra solitria; e o homem enviar o bode ao deserto(versculos 21-22).

    O sacerdote escolheu pela sorte o bode emissrio, ou literalmenteo Azazel, que o termo usado nos manuscritos originais emHebraico. Muitos estudiosos identicam Azazel como sendo o

    nome de um demnio que habita no deserto (Dicionrio da Bbliado Intrprete [Interpreters Dictionaryo the Bible,] Vol. 1, p. 326).O bode Azazel representa Satans, que responsvel pelos pecadosda humanidade (versculo 22) em virtude da induo em erro comque enganou a humanidade.

    O sumo-sacerdote impunha as mos neste bode e conessavasobre ele a maldade, rebelio e pecados do povo. Porque aziaisso? Porque, como o presente governante do mundo, o diabo responsvel pela sua perversidade em seduzir e coagir ahumanidade a pecar. O envio do bode com todos os pecadossobre ele signicava a remoo completa dos pecados do povoe de os entregar, por assim dizer, ao esprito maligno a quem elespertenciam (O Comentrio da Bblia num Volume [The OneVolume Bible Commentary,] p. 95).

    Um bode emissrio expiatrio, no uso moderno, reere-se aalgum acusado inocentemente por erros de outros. Assim, taltermo no pode ser adequadamente aplicado a Satans; o diabo,no sentido moderno do termo, no um bode emissrio expiatrio.Em vez de ser injustamente culpado pelo pecado, Satans serjustamente responsabilizado pelas suas prprias deliberadas acespelas quais ele conduziu a humanidade ao erro ao longo de milharesde anos.

    O simbolismo do bode vivo comparvel ao destino de Satans edos seus demnios, os quais Deus tirar das suas posies de poderantes do reino milenial de Jesus Cristo ser inaugurado. O livro doApocalipse descreve este acontecimento: E vi descer do cu umanjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mo.Ele prendeu o drago, a antiga serpente, que o diabo e Satans, eamarrou-o por mil anos. E lanou-o no abismo, e ali o encerrou, e

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    49ps selo sobre ele, para que mais no engane as naes, at que osmil anos se acabem (Apocalipse 20:1-3).

    Assim, o diabo e os seus demnios, que durante milhares de anosinduziram a humanidade a todo o eito maligno imaginvel, serolevados para um lugar de conteno (versculo 3). A reconciliaoglobal com Deus no poder ocorrer enquanto a onte de tantatransgresso e sorimentoSatansno or removida.

    A implicao moderna deste estival

    Repare-se agora nas instrues especcas sobre quando e comose guardar este estival. Deus diz: Aos dez deste ms stimo, sero Dia da Expiao; tereis santa convocao, e afigireis a vossaalma (Levtico 23:27).

    Como afige a sua alma neste dia? Afigir deriva do Hebreuanah, que signica ser-se afigido, ser curvado, ser humilde, sermanso (Dicionrio Expositivo Completo das Palavras do Velhoe do Novo Testamento, Ser Humilde, Afito por Vine [VinesComplete Expository Dictionary o Old and NewTestament Words,To Be Humbled, Aficted]). A mesma palavra usada em relaoa jejum, em Salmos 35:13 e Esdras 8:21. Jejuar quer dizer abster-sede comida e bebida (Ester 4:16).

    Porque que Deus nos diz para jejuarmos especicamente duranteestas 24 horas? O jejum expressa o nosso humilde desejo em nosaproximarmos de Deus. O Dia da Expiao representa um tempovindouro de reconciliao durante o qual, Satans estar expulsoe o mundo antes ora devastado por acontecimentos horrveis queconduziram a esta situao, e ento a humanidade, em humildearrependimento, ser nalmente reconciliada com Deus.

    Poucos compreendem a razo correta do jejum. O jejum no para atrair Deus ao nosso desejo. No jejuamos para receber o quequer que seja de Deus excepto a Sua misericrdia abundante e o

    Seu perdo pelas nossas raquezas. O jejum ajuda-nos a lembrar-nos quo temporria a nossa existncia sica. Sem alimento egua, dentro em pouco morremos. O jejum ajuda-nos a perceberrealmente o quanto precisamos de Deus como o dador e sustentadorda vida

    Devemos jejuar sempre no Dia da Expiao num estado deesprito de arrependimento. Repare-se na exemplar atitude de

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    Daniel enquanto jejuando: eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus,para o buscar com orao, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.

    E orei ao Senhor, meu Deus, e conessei (Daniel 9:3-4).A Igreja primitiva guardou o Dia da Expiao. Passados maisde 30 anos depois da morte de Cristo, Lucas ainda se reere altura do ano e s estaes mencionando este dia, dizendo quetendo-se tornado a navegao perigosa, e j passado o tempo doDia do Jejum (Actos 27:9, ARA). Quase todos os comentrios edicionrios da Bblia concordam que este Jejum se reere ao Dia

    da Expiao.H ainda uma outra lio importante que nos vem atravs doDia da Expiao. J vimos que o bode sacricado representava osacricio de Jesus Cristo em nosso lugar, que tomou a penalidadeda morte merecida por ns pelos nossos pecados. Mas JesusCristo no permaneceu morto; Ele regressou vida. O que nosensina o Dia da Expiao sobre o papel de Cristo depois daSua ressurreio?

    Levtico 16:15-19 descreve uma cerimnia solene que era realizadauma s vez no ano, no Dia da Expiao. O sumo-sacerdote levava osangue do bode degolado para o santurioa parte mais sagrada dotabernculoe para o propiciatrio. O propiciatrio simbolizavao prprio trono do Deus Todo-Poderoso. O sumo-sacerdoteexecutava a uno que Cristo az para os Cristos arrependidos.Cristo, tendo ascendido ao prprio trono de Deus pelo sangue doSeu sacricio, intercede por nstal como Ele tem eito desde aSua ressurreiopois Ele o nosso sumo-sacerdote.

    A epstola aos Hebreus clarica este simbolismo. Mas, vindoCristo, o sumo sacerdote dos bens uturos, por um maior e maispereito tabernculo, no eito por mos, isto , no desta criao[sica], nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu prpriosangue, entrou uma vez no santurio, havendo eectuado umaeterna redeno (Hebreus 9:11-12).

    Em virtude do sacricio de Cristo, ns gozamos o acesso directoao propiciatrio verdadeiroo trono do nosso misericordioso,amado Deus. Isto oi dramtica e miraculosamente demonstradono momento da morte de Cristo, quando o vu do templo,impedindo a entrada ao Santssimo Lugar [Santo dos Santos], serasgou em dois, de alto a baixo (Mateus 27:51; Marcos 15:38).

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    51Esta pesada cortina, entrada do Santssimo, oi rasgada ao meionum testemunho dramtico para o acesso que agora temos ao trono

    de Deus.Muitos versculos em Hebreus mencionam a uno de Cristocomo Sumo-sacerdote e intercessor. Devido ao Seus sacriciopor ns, ns podemos chegar pois, com conana ao trono dagraa, para que possamos alcanar misericrdia e achar graa,a m de sermos ajudados em tempo oportuno (Hebreus 4:16).Assim, o Dia da Expiao descreve a aectuosa reconciliao que

    temos com Deus, tornada possvel atravs do sacricio de Cristo.Ele tambm mostra a notvel verdade de que Satans, o autor dopecado, eventualmente ser removido para que a humanidade possanalmente alcanar a reconciliao com Deus a nvel universal.

    O Dia da Expiao presta-se para um passo preparatrio vital naantecipao do marco seguinte do glorioso plano dos Dias Santosde Deus, belamente pintado pela Festa dos Tabernculos.

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    A Festa dos Tabernculos:Jesus Cristo Reina sobre

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    No Seu primeiro sermo inspirado depois de ter recebido oEsprito Santo no Dia de Pentecostes, o apstolo Pedroresumiu a instruo de Deus humanidade dizendo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossospecados, e venham, assim, os tempos do rerigrio pela presenado Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que j dantes vos oipregado, o qual convm que o cu contenha at aos tempos darestaurao de tudo, dos quais Deus alou pela boca de todos osseus santos proetas, desde o princpio (Actos 3:19-21).

    Mas o que so estes tempos de rerigrio e tempos derestaurao de que Pedro alou?

    O plano de Deus para a humanidade inclui restaurao. AFesta dos Tabernculos simboliza o processo de restaurao, oqual comea com o regresso de Jesus Cristo representado pelaFesta dos Tabernculos, e da expulso de Satans, representadapelo Dia da Expiao. Uma vez que estes acontecimentos tenhamlugar, tal como representados pelos anteriores Dias Santos, aundao est pronta para a restaurao da criao para a paz eharmonia com Deus.

    Os sete dias da Festa dos Tabernculos (Levtico 23:27, 34)representam o reino de Jesus Cristo por 1.000 anos sobre a terradepois da Sua segunda vinda (Apocalipse 20:4). Este perodo chamado muitas vezes o Milnio, signicando simplesmente1.000 anos.

    Esta Festa tambm refecte o descanso simbolizado peloSbado semanal (Hebreus 4:1-11) que celebra a grande colheitada humanidade quando todas as pessoas viventes aprendero os

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