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Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 2

DIOCESE DE LUZIÂNIA – GO

PLANO DIOCESANO

PARA A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

DE JOVENS E ADULTOS

“Então seus olhos se abriram!”

(Lc 24,31)

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4

CAPÍTULO I - A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ ...................................................... 6

1.1 PARTIR SEMPRE DE JESUS CRISTO ................................................................ 6

1.2 UMA INICIAÇÃO À VIDA POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO ...... 7

1.3 O CATECUMENATO E A INSPIRAÇÃO CATECUMENAL ............................ 7

1.4 O RITMO DA INICIAÇÃO ................................................................................... 8

1.5 OS PERÍODOS DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ .......................................... 10

1.6 IDADE, ESTADO DE VIDA E FORMAÇÃO DE PEQUENAS

COMUNIDADES DE JOVENS OU ADULTOS ...................................................... 11

1.7 A FORMAÇÃO CRISTÃ PERMANENTE ......................................................... 11

CAPÍTULO II - AGENTES DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ ........................... 13

2.1 BISPOS, PRESBÍTEROS E DIÁCONOS ............................................................ 13

2.2 EVANGELIZADORES ........................................................................................ 14

2.3 CATEQUISTAS ................................................................................................... 14

2.4 PASTORAL LITÚRGICA ................................................................................... 15

2.5 INTRODUTORES ................................................................................................ 15

2.6 PADRINHOS E MADRINHAS ........................................................................... 16

2.7 PASTORAL DO BATISMO ................................................................................ 17

2.8 PASTORAL FAMILIAR ..................................................................................... 17

2.9 INTERCESSORES ............................................................................................... 18

CAPÍTULO III - AMBIENTES DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ ..................... 20

3.1 A FAMÍLIA .......................................................................................................... 21

3.2 COMUNIDADES PAROQUIAIS ........................................................................ 21

3.3 PEQUENAS COMUNIDADES E PASTORAIS ................................................. 22

3.4 MOVIMENTOS, NOVAS COMUNIDADES E PASTORAIS SOCIAIS .......... 23

3.5 O LOCAL DOS ENCONTROS DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ ................ 24

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 25

ANEXO I ....................................................................................................................... 26

ANEXO II ...................................................................................................................... 33

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 4

INTRODUÇÃO

Um encontro pessoal com Jesus Cristo, encontro fecundo que forma discípulos e

os convoca à missão: eis o objetivo da iniciação à vida cristã nas comunidades católicas.

Estamos convencidos de que “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma

grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um

novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.” (BENTO XVI, Carta encíclica Deus

caritas est, n. 1).

Os discípulos que voltavam para Emaús tiveram um encontro com Jesus

Ressuscitado após os trágicos acontecimentos de sua condenação e crucificação. Jesus

lhes falava ao longo do caminho sobre o que as Escrituras dizem a respeito do Messias

prometido a Israel. “Quando chegaram perto do povoado para onde se encaminhavam,

ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: ‘Fica conosco, pois já é tarde e o

dia está declinando!’ Ele entrou para ficar com eles. Depois que se pôs à mesa com eles,

tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Então seus olhos se abriram e o

reconheceram” (Lc 24,28-31). Eis a experiência de encontro que se refaz na Igreja desde

os seus primeiros dias.

A fé no Crucificado-Ressuscitado foi testemunhada pelos primeiros cristãos nas

comunidades, onde perseveravam “na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na

fração do pão e nas orações” (At 2,42). Essa vivência comunitária caracterizou os

primeiros séculos do cristianismo e, hoje, frente ao individualismo reinante, torna-se um

sinal luminoso da presença do Reino de Deus no mundo: “Nisto todos conhecerão que

sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13,35).

O presente Plano Diocesano para a Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos

tem como objetivo despertar e orientar todas as comunidades paroquiais da diocese de

Luziânia a uma renovação na formação cristã inicial. Contando com clara e entusiasta

apresentação do conteúdo bíblico-doutrinal e com a preparação para a recepção dos

sacramentos, este itinerário põe em relevo a espiritualidade cristã e a vida em

comunidade. A acolhida, o acompanhamento pessoal e a fraternidade hão de ser ambiente

propício para uma iniciação cristã mais frutuosa.

Este Plano Diocesano divide-se em três capítulos que orientam sua implantação.

O primeiro capítulo apresenta o que é a iniciação à vida cristã, como se realiza o percurso

catecumenal, seus tempos de preparação, assim como os seus destinatários. O segundo

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 5

capítulo trata dos agentes da iniciação e do papel de cada um na formação dos discípulos

de Jesus. O terceiro capítulo, por fim, indica os ambientes em que acontece a iniciação à

vida cristã e como os encontros devem ser preparados em cada etapa de formação. Espera-

se, com a aplicação destas orientações, que cresça ainda mais na diocese de Luziânia o

entusiasmo missionário capaz de compartilhar a alegria de conhecer Jesus Cristo e de

pertencer a uma comunidade católica.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 6

CAPÍTULO I

A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

1.1 PARTIR SEMPRE DE JESUS CRISTO

Jesus dedicou-se à formação dos discípulos ao longo de seu ministério. Assumiu-

os como seus familiares: “E apontando para os discípulos com a mão, disse: ‘Aqui estão

minha mãe e meus irmãos, porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos

Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe’” (Mt 12,49). Revelou-lhes a comunhão familiar com

o Pai e concedeu-lhes a alegria de viver a fraternidade, libertos do pecado.

A formação dos discípulos não se deu com a transmissão de uma teoria, um

conjunto de ideias, mas como partilha de uma vida. Jesus ensina o que vive,

comunicando-se aos seus. E em seu testemunho supremo, entrega a si mesmo por amor

ao seus: “(Pai,) ...santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade... Eu me santifico por

eles, a fim de que também eles sejam santificados na verdade”. (Jo 17,17.19).

Os discípulos, por sua vez, acolhendo o ensinamento e o testemunho de Jesus,

ao receberem o Espírito Santo no dia de Pentecostes, passam a cumprir o mandato

apostólico do Senhor: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos,

batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo

quanto vos ordenei.” (Mt 28,19-20). O tempo da Igreja, continuamente assistida pelo

Espírito Santo, é o tempo da missão apostólica, que inclui o grave dever da formação dos

discípulos de Jesus Cristo.

Dá-se o nome de iniciação à vida cristã ao processo de formação que introduz

uma pessoa no conhecimento de Jesus Cristo e, simultaneamente, a insere na comunidade

de discípulos que é a Igreja. Nela, os novos membros recebem a graça do próprio Cristo

por meio de sinais da salvação e crescem na vivência do evangelho. Esse encontro com

Jesus inaugura uma nova experiência de vida, mudança tão radical que pode ser

comparada a um novo nascimento (Cf. Jo 3,1-8).

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 7

1.2 UMA INICIAÇÃO À VIDA POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO

A iniciação à vida cristã pode e precisa gerar frutos abundantes: frutos de vida e

santidade, de comunhão e de missão, de justiça e paz. A vida cristã é a meta da iniciação.

Os sacramentos deixam de ser vistos como ponto de chegada, como conclusão de um

percurso, ou de um curso. Desse modo, as celebrações do batismo, da eucaristia e da

crisma são incluídas num processo de adesão a Jesus Cristo.

Faz-se necessária uma união de esforços para que a comunidade possa oferecer

um autêntico caminho de iniciação aos jovens e adultos. Atuam de modo coordenado os

ministros ordenados e leigos das comunidades: padres, diáconos, catequistas,

evangelizadores, introdutores, membros das pastorais litúrgica, familiar e do batismo.

Também colaboram, ativamente, os familiares e os padrinhos dos que são iniciados.

A iniciação à vida cristã está estreitamente vinculada à dimensão missionária das

comunidades paroquiais, pois a elas incorpora novos membros. Essa iniciação tem um

potencial para regenerar a vida paroquial, promovendo uma autêntica conversão pastoral.

1.3 O CATECUMENATO E A INSPIRAÇÃO CATECUMENAL

A espiritualidade desse itinerário formativo é, essencialmente, bíblica, litúrgica

e comunitária. Para tanto, as comunidades oferecem um percurso pedagógico bem

definido: o catecumenato.

Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja orienta a restaurar o catecumenato1,

inspirado no catecumenato primitivo, uma das maiores instituições da Igreja até o século

IV. No catecumenato, aquilo que é próprio da catequese, isto é, “[...] o anúncio da Palavra,

o ensinamento doutrinal, o aprofundamento na fé, o exercício da vida cristã, se encontra

imerso num clima muito mais propício para o cultivo e o crescimento da fé: a oração, a

celebração litúrgica, os ritos, os escrutínios e outras práticas propostas pelo RICA”2

(Ritual de Iniciação Cristã de Adultos).

O RICA seja assumido pelas comunidades paroquiais da diocese de Luziânia

como livro litúrgico próprio para as celebrações do caminho de iniciação à vida cristã de

jovens e adultos. Esse ritual oferece o ritmo da iniciação, com seus tempos e etapas,

1 Cf. CONCÍLIO VATICANO II, Decreto sobre a Atividade Missionária da Igreja Ad Gentes, n. 14. O Diretório

Nacional da Catequese (DNC, n. 14) assume a tradição do Catecumenato dos primeiros séculos como

modelo para toda a catequese. 2 CELAM, A Alegria de Iniciar Discípulos Missionários na Mudança de Época. Edições CNBB, 2015, n.

39.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 8

definindo um itinerário para o encontro com Cristo nos sacramentos do batismo, crisma

e eucaristia, que inauguram e sustentam a vida em Cristo.

A inspiração catecumenal permite ingressar e crescer no discipulado, que propõe

um modo de ser e de viver consoante ao de Jesus Cristo. Para isso, é preciso escutá-lo,

permanecer com ele (Cf. Jo 1,35-39) e cumprir seus mandamentos: “Assim como o Pai

me amou também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se observais meus

mandamentos permanecereis no meu amor, como guardei os mandamentos de meu Pai e

permaneço no seu amor” (Jo 15,9s).

1.4 O RITMO DA INICIAÇÃO

A iniciação à vida cristã de jovens e adultos possui tempos e etapas bem

definidos, um verdadeiro itinerário de fé a ser cumprido. São quatro tempos fortes, com

extensão distinta e conteúdos próprios. Três etapas fazem a transição entre os quatro

tempos. O ciclo litúrgico estrutura o ritmo da iniciação, uma vez que o terceiro tempo se

realiza na quaresma e o quarto tempo é vivido no tempo pascal.

Vale esclarecer que os jovens e os adultos já batizados que ingressam no

itinerário da iniciação à vida cristã são chamados catequizandos, enquanto aqueles que

não são batizados são chamados catecúmenos. A parte formativa para catequizandos e

catecúmenos é praticamente a mesma, mas as celebrações se distinguem, dependendo dos

sacramentos já recebidos.

Breve descrição dos quatro tempos da iniciação à vida cristã:

O pré-catecumenato é o primeiro tempo, tempo do anúncio

querigmático. Nele, o iniciante é convidado a despertar para uma

primeira aproximação e encantamento com a pessoa de Jesus Cristo. É

o tempo que precede o processo catequético propriamente dito.

O catecumenato é o segundo tempo. É o tempo mais longo, pois é

dedicado ao ensino bíblico-doutrinal e ao aprofundamento. Está

estruturado em fases, celebrações e eixos temáticos. Nele, o

catecúmeno ou o catequizando, é convidado a conhecer e a

experimentar os principais aspectos da experiência cristã. O

catecumenato está dividido em fases temáticas vivenciadas nos

encontros, celebrações e retiros.

A iluminação e purificação é o terceiro tempo. Nele, o catecúmeno ou

o catequizando, já introduzido na experiência cristã e desejando tornar-

se discípulo, é eleito pela comunidade eclesial para a iniciação

sacramental. O eleito fará uma experiência de amadurecimento

espiritual cuja finalidade é iluminar e purificar a mente e o coração para

uma experiência do Mistério Pascal através dos sacramentos. O tempo

da iluminação e purificação coincide com o tempo da Quaresma.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 9

A mistagogia é o quarto tempo. É o tempo litúrgico por excelência.

Recomenda-se que seja vivenciado ao longo do Tempo Pascal.

Iluminados pelos sacramentos recebidos, os iniciados (neófitos) são

chamados a vivenciar a salvação oferecida por Deus na liturgia

comunitária, fonte para a missão na Igreja e na sociedade. 3

A tabela a seguir apresenta o processo de iniciação com inspiração catecumenal.

Antes do pré-catecumenato, dá-se a preparação, quando se fazem as inscrições e a

definição dos grupos. A formação para os agentes da iniciação à vida cristã também deve

encontrar espaço nos calendários diocesano e paroquial.

3 COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA, Itinerário Catequético.

Edições CNBB, 2014, pp. 68-69.

Quadro Geral da Iniciação Cristã conforme o RICA

1º Tempo

Pré-catecumenato

(querigma)

ET

AP

A –

Rit

o d

e ad

mis

são a

o c

atec

um

enat

o (

Entr

ada)

– P

adre

2º Tempo

Catecumenato 2

° E

TA

PA

– P

repar

ação

par

a os

sacr

amen

tos

(Ele

ição

) –

Pad

re

3º Tempo

Purificação e

Iluminação

ET

AP

A –

Cel

ebra

ção d

os

Sac

ram

ento

s da

Inic

iaçã

o –

Pad

re

4º Tempo

Mistagogia

3 meses

Adultos – 7 meses

Jovens – 7 + 10

meses

Quaresma Tempo Pascal

Tempo de

acolhimento na

comunidade:

- primeira

evangelização.

Tempo

suficientemente

longo para:

- catequese, reflexão,

aprofundamento;

- entregas do

mandamento do

amor, do símbolo da

fé e da oração do

Senhor;

- vivência cristã,

conversão;

- entrosamento com a

comunidade.

Preparação

próxima para os

sacramentos:

- escrutínios;

- práticas

quaresmais.

Recepção dos

sacramentos da

Iniciação Cristã:

- aprofundar na

espiritualidade, na

vida sacramental;

- vivência na

comunidade

cristã.

- Ritos

catequistas +

equipes litúrgicas

- Ritos

catequistas +

equipes litúrgicas

- Ritos

catequistas +

equipes litúrgicas

Fim do período

catecumenal

iniciático.

O cristão

prossegue na

pequena

comunidade.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 10

1.5 OS PERÍODOS DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

Cada pessoa acolhe o dom da fé e nela cresce com ritmo próprio, pois trata-se

de um relacionamento. O acompanhamento, por parte da comunidade, de quem está sendo

iniciado, acontece com a ajuda dos agentes da iniciação à vida cristã, em ambientes e com

uma programação apropriados. No entanto, sempre será necessário reconhecer a abertura

e as disposições de cada catecúmeno ou catequizando para o ingresso em um novo tempo

do processo formativo e para uma frutuosa recepção dos sacramentos da iniciação cristã.

A iniciação com estilo catecumenal está intimamente ligada ao Ano Litúrgico.

O ciclo formativo deve sempre se orientar ao Tríduo Pascal, com um período da

preparação imediata durante a quaresma e com as celebrações dos sacramentos e

catequeses de iluminação durante o tempo pascal.

O quadro geral abaixo indica os grandes períodos da iniciação à vida cristã,

sendo válido para todas as comunidades paroquiais da diocese de Luziânia.

Tempos IVC para Jovens IVC para Adultos

Preparação de agentes e

lugares para a IVC Janeiro Janeiro

Inscrições e acolhida Fevereiro Fevereiro

Pré-catecumenato Março a maio Março a maio

Catecumenato

IVC Jovens I – junho a

dezembro (recesso em julho)

IVC Jovens II – fevereiro a

dezembro (recesso em julho)

IVC Jovens III – fevereiro até

a Quarta de Cinzas

IVC Adultos I – junho a

dezembro

IVC Adultos II – fevereiro até

a Quarta de Cinzas

Iluminação/ Purificação IVC Jovens III – Quaresma IVC Adultos II – Quaresma

Mistagogia

Recepção dos sacramentos da

Iniciação Cristã

IVC Jovens III – Tempo

pascal

IVC Adultos II – Tempo

pascal

Continuidade IVC Jovens III – Comunidade

de Jovens

IVC Adultos II –

Comunidade de Vivência

Cristã

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 11

1.6 IDADE, ESTADO DE VIDA E FORMAÇÃO DE PEQUENAS COMUNIDADES

DE JOVENS OU ADULTOS

São admitidos à iniciação à vida cristã para jovens aqueles que se preparam para

receber um ou mais sacramentos da Iniciação Cristã: batismo, eucaristia e crisma. Devem

possuir 14 anos completos no início do processo, no momento das inscrições, recebendo

os sacramentos com a idade mínima de 16 anos. O limite máximo de idade para o ingresso

na iniciação à vida cristã para jovens solteiros é de 20 anos.

A iniciação à vida cristã de jovens possui um ciclo formativo de três anos, sendo

que os sacramentos são administrados aos catecúmenos e catequizandos jovens no Tempo

Pascal do terceiro ano da iniciação (IVC Jovens III). Após a recepção dos sacramentos,

continua-se a experiência da vida na pequena Comunidade de Jovens, que teve início no

segundo semestres do ano anterior. Na Comunidade de Jovens acontecerá a formação

cristã permanente, tempo de amadurecimento para discernir a própria vocação e participar

da missão da Igreja.

Fazem parte da iniciação à vida cristã de adultos, os solteiros com 21 anos

completos, ou mais, e as pessoas casadas ou que vivem maritalmente, de qualquer idade.

Neste último caso, mais do que a idade, é considerado o estado de vida da pessoa, que

integra experiências e responsabilidades próprias do convívio esponsal e da possível

paternidade ou maternidade.

A iniciação à vida cristã para adultos possui um ciclo formativo de dois anos,

sendo que os sacramentos são administrados aos catecúmenos e catequizandos no Tempo

Pascal do segundo ano da iniciação (IVC Adultos II). Após a recepção dos sacramentos,

continua-se a experiência na pequena Comunidade de Vivência Cristã. Nela se realiza a

formação cristã permanente, tempo de amadurecimento para discernir ou aprofundar a

vivência vocacional e participar da missão da Igreja.

1.7 A FORMAÇÃO CRISTÃ PERMANENTE

Uma vez iniciados, os novos cristãos ingressam no processo de formação

permanente. Trata-se de uma formação integral que deve estar atenta a quatro dimensões:

humano-comunitária, espiritual, intelectual e pastoral-missionária4. Nessa nova etapa,

contempla-se o cultivo da amizade com Cristo pela oração, o apreço pela celebração

4 DOCUMENTO DE APARECIDA, n. 280.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 12

litúrgica e vivência sacramental, a devoção mariana, a experiência fraterna em uma

pequena comunidade, o aprofundamento no conhecimento bíblico e doutrinal, o

compromisso apostólico mediante uma formação específica para o crescimento na

caridade e a missão.

A celebração que marca a passagem do itinerário da iniciação à vida cristã à nova

etapa da plena inserção na vida comunitária, da formação permanente e participação na

missão evangelizadora da Igreja é a solenidade de Pentecostes. Neste dia, toda a

comunidade, incluindo seus membros que receberam os sacramentos da iniciação, é

fortalecida pelo Espírito Santo. O dom do Espírito Santo promove o crescimento da

comunidade paroquial, progredindo no conhecimento e no amor a Jesus Cristo,

identificando-se com ele na entrega sem restrições para o louvor e glória do Pai, pela

vivência de sua vontade, e deixando-se guiar pela caridade para com todos. O amor

promove a missão.

Juntamente com a Sagrada Escritura, dois instrumentos servem de grande apoio

à formação permanente: o Catecismo da Igreja Católica e o Compêndio da Doutrina

Social da Igreja, também em suas edições para jovens: o YouCat e o DoCat5. Os roteiros

para os encontros das Comunidade de Jovens e das Comunidades de Vivência Cristã são

oferecidos pela coordenação diocesana de pastoral.

O cultivo da vida cristã dependerá muito das práticas pessoais de oração,

meditação, progresso nas virtudes e vivência sacramental. Os vínculos fraternos nas

pequenas comunidades devem favorecer a qualidade de vida cristã de cada um dos seus

membros.

5 Ibid., n. 299.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 13

CAPÍTULO II

AGENTES DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

As comunidades católicas se empenham no processo de iniciação à vida cristã

por meio de agentes que atuam em ambientes e tempos específicos, de modo coordenado.

Mais que uma função, cada agente da iniciação à vida cristã assume a alegre missão de

caminhar com os irmãos, em vista de sua plena acolhida do mistério divino e plena

inserção na vida da comunidade.

2.1 BISPOS, PRESBÍTEROS E DIÁCONOS

O Bispo, sendo o primeiro responsável pela Igreja particular, é o catequista por

excelência, devendo aprovar o plano diocesano e promover sua aplicação na iniciação à

vida cristã em toda a diocese. “Compete ao Bispo, por si ou por um representante,

estabelecer e dirigir o catecumenato e promover o seu desenvolvimento, assim como

admitir os candidatos à eleição e aos sacramentos.”6. Ele também deve acompanhar as

iniciativas de formação permanente na pastoral diocesana.

Os presbíteros são responsáveis pelo processo da iniciação nas comunidades

paroquiais, animando os que dele participam e garantindo-lhes fidelidade às orientações

da Igreja.7 A eles compete acompanhar os diversos ministérios envolvidos, além de

presidir as celebrações;

[...] prestar assistência pastoral e pessoal aos catecúmenos,

interessando-se pelos que se mostram hesitantes e inquietos; [...]

aprovar a escolha dos padrinhos e ouvi-los e ajudá-los de boa vontade;

zelar por uma perfeita e adequada execução dos ritos durante todo o

decurso da iniciação.8.

Os diáconos podem oferecer um precioso apoio na coordenação paroquial da

iniciação à vida cristã, na formação catequética do catecumenato, bem como na formação

dos padrinhos e das famílias dos catecúmenos e catequizandos, além de presidir ou servir

nas celebrações específicas da iniciação.

6 Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA), n. 44. 7 Cf. RICA, nn. 45-46. 8 RICA, 45.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 14

2.2 EVANGELIZADORES

Acolhendo os simpatizantes da fé cristã e os batizados que desejam completar a

iniciação cristã, os evangelizadores colaboram para que a boa semente da fé seja lançada

e, com a graça divina, germine e dê frutos abundantes (Cf. Mc 4,8). Eles se

responsabilizam pelos encontros do pré-catecumenato, anunciando o querigma, conteúdo

central da fé cristã. Fazem-no de modo ordenado, entusiasta e testemunhal, auxiliando os

participantes na descoberta e adesão pessoal à Boa Nova de Jesus Cristo e animando-os

no processo de conversão.

Os evangelizadores constituem um ministério específico na comunidade

paroquial, podendo atuar também como introdutores. São provenientes de diferentes

grupos e comunidades da paróquia, com espiritualidades diversas. Os evangelizadores

cultivam particular amor pela Palavra de Deus e, tal como os catequistas, procuram dar

testemunho da fé que anunciam. A formação dos evangelizadores está sob a

responsabilidade da Comissão Diocesana de Iniciação à Vida Cristã.

Concluído o pré-catecumenato, os evangelizadores confiam os que optam pela

fé cristã-católica aos catequistas e aos introdutores. Fora do tempo do pré-catecumenato,

os evangelizadores se integram às iniciativas missionárias na comunidade paroquial,

formam Comunidades de Acolhida com os interessados em participar da iniciação e

apoiam o programa da catequese batismal promovida pela Pastoral do Batismo, destinada

aos pais e padrinhos de crianças que são batizadas antes do ingresso na catequese

paroquial.

2.3 CATEQUISTAS

Os catequistas da iniciação à vida cristã acompanham aqueles que ingressam no

tempo do catecumenato. Os catequistas comunicam aos catecúmenos e catequizandos,

em nome da Igreja, os conteúdos da fé que dela receberam. Trata-se de uma missão

delegada pelo Bispo, por meio do Pároco.

Eles se dedicam ao catecumenato por vários meses. Apresentam a revelação de

Deus e seu projeto salvífico de modo gradual e progressivo. Transmitem os fundamentos

da doutrina, da espiritualidade e da moral cristãs a partir da Palavra de Deus, evitando

uma postura de professores. Os catequistas são irmãos e irmãs que, como autênticos

mistagogos, ajudam os que são interpelados pelo mistério divino a reconhecer a presença

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 15

e a atuação de Deus na história pessoal e universal, tornando-os parte de um povo, o Povo

de Deus. Os catequistas também estimulam e acompanham a inserção dos catecúmenos

e dos catequizandos na comunidade eclesial.

Para bem desempenhar sua missão, os catequistas devem possuir adequada

formação bíblica, litúrgica, doutrinal, psicopedagógica e metodológica. Eles exercem um

ministério, o que pressupõe um chamado e um envio. Para ser catequista é necessário

participar da comunidade, sendo já crismado e com autêntico testemunho de vida cristã.

Trata-se de um ministério a ser exercido em unidade com o Pároco, com a coordenação

paroquial da catequese e em comunhão com as orientações diocesanas. A formação dos

catequistas da diocese de Luziânia está sob a responsabilidade da Comissão Diocesana

de Catequese.

2.4 PASTORAL LITÚRGICA

A pastoral litúrgica paroquial tem na iniciação à vida cristã um importante e rico

lugar de atuação. Há celebrações previstas no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos

(RICA) que precisam de uma preparação atenta por parte dos agentes da pastoral litúrgica.

Os ritos se realizam nos quatro tempos da iniciação e marcam as três etapas que

fazem a transição entre os tempos. Há ainda escrutínios, entregas e ritos de preparação

imediata, culminando com as celebrações dos sacramentos da iniciação cristã.

O calendário da iniciação à vida cristã é definido a partir do ano litúrgico. A

quaresma é o tempo de purificação; na Vigília Pascal, confere-se o batismo aos

catecúmenos. Depois, vêm as missas dos neófitos nos domingos do tempo pascal, tempo

da iluminação. A celebração da primeira eucaristia se realiza no quarto domingo da

Páscoa e a crisma em data próxima à solenidade de Pentecostes.

Catequese e liturgia caminham, portanto, de mãos dadas na iniciação à vida

cristã. A formação dos agentes da Pastoral Litúrgica na diocese de Luziânia está sob a

responsabilidade da Comissão Diocesana de Liturgia.

2.5 INTRODUTORES

Os introdutores são membros das comunidades paroquiais escolhidos para o

acompanhamento pessoal dos catecúmenos e dos catequizandos durante o tempo do

catecumenato. Esse acompanhamento se realiza por meio de encontros frequentes,

caracterizados pela escuta e o diálogo. O introdutor coloca-se ao lado do iniciando como

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 16

um amigo e testemunha de sua vida cristã, acompanhando-o no caminho de conversão e

incentivando seu progresso na vida espiritual.

Critérios para a escolha de introdutores de adultos: membro da comunidade

paroquial, já iniciado na fé e na experiência de oração, constante na vida litúrgica e na

comunhão eucarística, pessoa simples nos relacionamentos e acolhedora. No caso dos

introdutores de jovens, além dos critérios acima, dê-se preferência para os casais,

assemelhando-se à realidade dos “tios” atuantes nos movimentos juvenis na diocese. Em

todas as pastorais, associações e movimentos encontram-se pessoas com esse perfil.

Os introdutores desenvolvem uma missão em nome da comunidade e em função

da comunidade. Devem ser escolhidos pelo pároco ou pelo responsável paroquial pela

iniciação à vida cristã. A formação dos introdutores está sob a responsabilidade da

Comissão Diocesana de Iniciação à Vida Cristã.

2.6 PADRINHOS E MADRINHAS

Os padrinhos e madrinhas substituem os introdutores a partir da celebração de

eleição, no início do tempo de purificação e iluminação. Os introdutores podem se tornar

padrinhos ou madrinhas, desde que convidados espontaneamente pelos catequizandos ou

catecúmenos, e dispondo de condições para esse compromisso.

A respeito do padrinho, lê-se no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos:

[...] escolhido pelo catecúmeno por seu exemplo, qualidades e amizade,

e delegado pela comunidade cristã local com a aprovação do sacerdote,

acompanha o candidato no dia da eleição, na celebração dos

sacramentos e no tempo da mistagogia. É seu dever ensinar

familiarmente ao catecúmeno como praticar o Evangelho em sua vida

particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe

testemunho cristão e velar pelo progresso de sua vida batismal.9

A missão dos padrinhos e madrinhas de jovens e adultos, iniciada no último

tempo da iniciação à vida cristã, desdobra-se no tempo da formação permanente. Tudo

isso exprime de modo inequívoco a dimensão comunitária da vida cristã.

9 RICA, n. 43.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 17

2.7 PASTORAL DO BATISMO

A pastoral do batismo está orientada primeiramente à preparação de adultos para

o batismo de seus filhos e afilhados, crianças com até seis anos de idade. A partir dos seis

anos, o caminho de formação cristã é vivenciado pelas crianças na catequese paroquial.

Conforme o documento sobre a Iniciação à Vida Cristã, o batismo das crianças

é uma excelente oportunidade para uma experiência catecumenal dos adultos que as

acompanham:

Mais do que um ‘curso para pais e padrinhos’, de efeitos limitados, é

ocasião para um acompanhamento personalizado da família. Já antes do

nascimento da criança, é possível ajudar a família a acolher a nova vida

como um dom de Deus. Os catequistas de Batismo visitam a família

para acolher suas motivações e anunciar o amor de Deus, revelado em

Jesus Cristo (querigma). Esse acompanhamento visa renovar a fé da

família e integrá-la na comunidade. Outro elemento importante é a

apresentação da criança à comunidade, antes da celebração do

sacramento. Trata-se de despertar na comunidade eclesial, a alegria por

acolher novos filhos.10

Portanto, agentes da pastoral do batismo das paróquias da diocese de Luziânia

são chamados a ser autênticos missionários. Eles realizam dois tipos de encontros com os

pais e padrinhos das crianças:

1) visitas às famílias das crianças, com reflexões específicas;

2) encontros na comunidade com a presença dos pais e padrinhos.

A seguir, os momentos celebrativos são realizados com o apoio da pastoral

litúrgica. Observe-se com atenção que nesse momento o olhar missionário se volta para

os adultos e os jovens. Caso os pais e padrinhos, ou testemunhas do batismo, se

sensibilizem com a proposta de uma vida cristã, e não tenham recebido os sacramentos

da iniciação cristã, sejam acompanhados até às inscrições para o pré-catecumenato, sendo

confiados à coordenação paroquial da iniciação à vida cristã.

2.8 PASTORAL FAMILIAR

Especial atenção seja dada à preparação para o sacramento do matrimônio. Em

primeiro lugar deve-se valorizar a acolhida das pessoas e de suas boas intenções. Os

10 CNBB. Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários. Documentos da CNBB

107. Brasília: Edições CNBB, 2017, n. 200.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 18

encontros de acolhida privilegiem o anúncio querigmático, a apresentação do

relacionamento conjugal como dom, as graças próprias do matrimônio e suas finalidades.

Os encontros de preparação para o matrimônio sejam realizados em pequenos

grupos, com o material indicado pela Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar. A

partir da apresentação do processo matrimonial, os noivos poderão ter maior clareza se

estão em condições, ou não, de chegar à recepção do sacramento no atual momento de

suas vidas. Caso os noivos, ou um deles, não tenha(m) recebido o batismo, ou já

batizado(s) ainda não tenha(m) completado seu processo de iniciação à vida cristã, deve-

se sempre comunicar-lhe(s) o quanto pode significar as graças da formação e dos

sacramentos para seu crescimento na vida cristã. Àqueles que, não tendo concluído a

iniciação, aceitarem a proposta, sejam acompanhados pela pastoral familiar, mesmo que

o casamento já tenha sido celebrado, até às inscrições para o pré-catecumenato.

O acompanhamento dos noivos em pequenos grupos dá a oportunidade de

estabelecer laços de amizade e fraternidade, conquistando-os para a vida da comunidade

eclesial. As possíveis dificuldades, ou mesmo impedimentos para uma celebração

próxima (na data desejada pelos noivos), não deveriam afastar o casal da formação

iniciada.

Aos grupos do setor pré-matrimonial e casos especiais da pastoral familiar,

equiparam-se outros grupos que são reconhecidos nas paróquias como possuidores do

mesmo preparo e cujo serviço tem a mesma finalidade da preparação para a recepção do

sacramento do matrimônio. Todos se adaptem, no entanto, a quanto disposto pela diocese

de Luziânia como diretrizes pastorais para o sacramento do matrimônio.

2.9 INTERCESSORES

Toda a comunidade deve se dedicar à oração pelos catecúmenos. No entanto,

alguns irmãos e irmãs assumirão como missão específica a intercessão por eles. A oração

insistente por aqueles que dão os primeiros passos na vida de fé é um testemunho

comunitário da confiança na graça de Deus. A conversão não se realiza por mero esforço

humano. O Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, deposita toda sua esperança em seu

Senhor e na força do Espírito Santo para alcançar graças preciosas para os que estão sendo

iniciados: a abertura interior à verdade de Cristo, a perseverança na busca das virtudes, a

vitória nos momentos de tentação e a alegria na perseverança no bem e nos exercícios de

caridade.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 19

Os intercessores, por vezes de modo bastante oculto, possuem uma missão muito

importante. A intercessão pode ser realizada por grupos de uma pastoral ou movimento,

ou por pessoas que se dedicam à oração. Pode-se, ainda, criar um programa comunitário

de intercessão, onde os intercessores recebem intenções específicas dos catequistas e dos

catequizandos e catecúmenos. A oração de intercessão também deverá ser habitual em

favor das vocações específicas, acompanhando os cristãos já iniciados que percorrem o

caminho do discernimento de sua vocação.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 20

CAPÍTULO III

AMBIENTES DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

Quais os principais lugares onde se dá a transmissão e o cultivo da fé cristã?

A Bíblia nos apresenta a história de um povo que crê. No Antigo Testamento,

trata-se de Israel, e no Novo Testamento, o Povo de Deus já não tem fronteiras físicas,

possuindo por membros aqueles que creem em Jesus Cristo e são por ele reunidos em sua

Igreja (Cf. Mt 16, 18). Portanto, a experiência da fé é sempre pessoal e comunitária.

Jesus mesmo quis formar uma comunidade, reunindo junto a si os Doze (Mc

3,13-19). Essa pequena comunidade recebeu de Jesus uma nova compreensão de fé,

reconhecendo-o como Messias e Filho de Deus. Abriram-se à verdade de Deus, que se

revelou Uno e Trino, e assumiram um vínculo de comunhão com ele:

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor.

Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de

meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e

vos designei, para irdes e produzirdes fruto, e para que o vosso fruto

permaneça (Jo 15,15-16a).

Essa união com Jesus gera um vínculo de amor também entre os discípulos:

“Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo

15,12). E Jesus insiste: “O que vos mando é isto: que vos ameis uns aos outros” (Jo 15,17).

Ressuscitado, ele garante sua presença na comunidade de amor e missão: “E eis que eu

estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28,20b).

As palavras tão fortes do evangelho valem para os nossos dias. Pequenas

comunidades de fé e amor fraterno, na comunhão com os sucessores dos apóstolos e com

o Papa, são os ambientes mais propícios para a iniciação à vida cristã. Assim lemos no

Documento de Aparecida:

Diante da tentação, muito presente na cultura atual, de ser cristãos sem

Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a

fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela “nos

dá uma família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do

isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão” (DAp 156).

A seguir são apresentados os ambientes comunitários que geralmente possuem

uma relação direta com a iniciação à vida cristã: família, comunidade paroquial, pequenas

comunidades, pastorais, movimentos e novas comunidades.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 21

3.1 A FAMÍLIA

A família, enquanto primeira célula da sociedade, é também a primeira

comunidade, a Igreja doméstica. “A família é chamada a ser lugar de iniciação, onde se

aprende a rezar e a viver os valores da fé.”11 Os pais cristãos introduzem seus filhos e

filhas no caminho de Jesus Cristo, pelo testemunho de amor e pela formação que lhes

oferece. Os pais, avós, ou outros familiares que assumem a educação das crianças, contem

ainda com o apoio da pastoral familiar, da pastoral do batismo e da catequese paroquial

na formação cristã inicial de suas crianças. Não se pode esquecer do grande número de

famílias que passam por situações difíceis e precisam ser acolhidas e acompanhadas de

acordo com suas necessidades12.

No caso de jovens e adultos que vivenciam o itinerário da iniciação à vida cristã,

muitas vezes são eles que se tornam as testemunhas mais próximas da novidade de Jesus

Cristo para seus familiares. Esses catecúmenos e catequizandos crescem em sua

experiência religiosa e são instrumentos de evangelização em suas casas. Desse modo,

vivem uma forte dimensão missionária na própria família, dialogando com simplicidade

e propondo a beleza do Evangelho aos seus parentes. E quando na mesma família estão

presentes experiências religiosas distintas, diversidade de pensamentos e opções de vida,

o cristão iniciante é chamado a testemunhar Jesus Cristo pela bondade, capacidade de

diálogo, acolhimento, serviço e pela alegria no cotidiano.

3.2 COMUNIDADES PAROQUIAIS

Dentre os ambientes da iniciação à vida cristã, destacam-se as comunidades

locais, matriz, capelas e centros comunitários que compõem determinada paróquia.

A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da

Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade

generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas

atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem

agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário

onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de

constante envio missionário.13

11 Ibidem, n. 199. 12 Cf. Ibidem, n 202. 13 FRANCISCO, Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’, sobre o anúncio do evangelho no mundo atual.

Paulinas, 2013, n. 28.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 22

A paróquia é a responsável pelo processo da iniciação, que pode se realizar na

comunidade matriz e nas comunidades das capelas. Na paróquia se promovem as

iniciativas que apresentam e introduzem na novidade da vida cristã: os encontros

fraternos, os momentos de oração, as celebrações litúrgicas com os ritos específicos, os

retiros espirituais, experiências missionárias e de ação pastoral, ações de solidariedade

etc. Toda a comunidade paroquial, bem integrada, deve sentir-se corresponsável na

dinâmica missionária e no processo catecumenal.

Nas comunidades da paróquia, deve-se prezar pela edificação espiritual do corpo

místico de Cristo (cf. Rm 12,4-5). No entanto, estruturas de apoio, tais como projeto

pedagógico, material de estudo e estrutura física apropriada, dentro das possibilidades de

cada comunidade, ajudam a qualificar a iniciação à vida cristã. Evite-se, o despreparo e o

improviso.

3.3 PEQUENAS COMUNIDADES E PASTORAIS

As pequenas comunidades são grupos formados de, no máximo, vinte pessoas.

Seus membros são estáveis e os encontros são frequentes, normalmente semanais. São

momentos dedicados à oração com a Palavra de Deus e à partilha da vida, à fraternidade,

ao conhecimento da doutrina da Igreja e ao serviço prestado ao próximo. Trata-se, no

entanto, de um processo, onde novas dimensões da experiência comunitária enriquecem

gradualmente a vida cristã. O ingresso em uma Comunidade de Acolhida conduz, a partir

da escuta da Palavra, à fraternidade e à participação nas celebrações (Comunidade de

Vivência Cristã), chegando a se tornar uma Comunidade Eclesial Missionária quando for

assumida a dimensão pastoral ou missionária por seus membros. Eis uma descrição dessa

dinâmica comunitária:

Comunidades de Acolhida – formadas pelos evangelizadores, elas acolhem as

pessoas interessadas em começar a iniciação à vida cristã, aguardando o início

formal do pré-catecumenato. A partir da Escuta da Palavra, da oração em

comum e da comunicação de suas buscas e dificuldades, os simpatizantes da fé

cristã, ou os já batizados que desejam receber os sacramentos da eucaristia e a

crisma, vivem num ambiente de escuta e acolhida, integrando-se aos poucos à

vida paroquial por meio dessas “portas abertas”.

Comunidades de Vivência Cristã – são formadas pelos que vivenciam o processo

catecumenal, quer sejam adultos, ou jovens (neste caso a comunidade pode ser

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 23

chamada de Comunidade de Jovens). Além da Escuta da Palavra, procuram

realizar nos encontros a Partilha de Vida e a formação mensal, com conteúdo

bíblico-doutrinal, de espiritualidade, ou de formação humana. As Comunidades

de Vivência Cristã devem ser o ambiente para crescer no seguimento de Jesus

Cristo e no vínculo com a comunidade paroquial.

Comunidades Eclesiais Missionárias – agregam aos elementos presentes na

Comunidade de Vivência Cristã aqueles próprios da atividade missionária ou das

pastorais específicas na comunidade paroquial. O ciclo mensal de reuniões

inclui, portanto, a Escuta da Palavra, a Partilha de Vida, a formação mensal e a

reunião de programação e avaliação da ação missionária ou pastoral. Os agentes

da iniciação à vida cristã de uma paróquia e os membros de outras pastorais são

chamados a formar Comunidades Eclesiais Missionárias, de modo que poderão

dar o exemplo de vivência comunitária aos catecúmenos e catequizandos.

Todas as pequenas comunidades se reúnem para a celebração dominical nas

comunidades locais da paróquia (igreja matriz ou capelas), formando as assembleias

litúrgicas dominicais. Essa experiência comunitária mais intensa é o ambiente propício

para o amadurecimento vocacional.

3.4 MOVIMENTOS, NOVAS COMUNIDADES E PASTORAIS SOCIAIS

A diversidade dos dons do Espírito Santo presentes nas pastorais, nos

movimentos e nas novas comunidades são uma riqueza para a Igreja. Os movimentos

apostólicos, ou de espiritualidade, e as novas comunidades possuem grande capacidade

de oferecer o despertar para a vida cristã, quer pelo anúncio da Palavra de Deus, quer pela

experiência da oração, ou pela acolhida fraterna e a amizade. Quanto às pastorais de

cunho social, como a pastoral da sobriedade, a pastoral da criança ou da pessoa idosa, a

pastoral carcerária, entre outras, levando a caridade de Jesus Cristo em forma de presença

e solidariedade, atraem novos membros para a vida cristã.

Os novos membros, ou pessoas assistidas por esses diferentes grupos, e que

ainda não receberam os sacramentos da iniciação cristã, sejam orientados a percorrer o

caminho da iniciação à vida cristã nas comunidades paroquiais. Uma vez iniciados, esses

irmãos e irmãs contribuirão com os grupos e movimentos que os acolheram, colocando

seus dons a serviço e enriquecendo, enfim, toda a comunidade.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 24

3.5 O LOCAL DOS ENCONTROS DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

Diante da riqueza e diversidade dos encontros e celebrações do pré-

catecumenato, do catecumenato, do tempo de purificação e iluminação e do tempo da

mistagogia, faz-se necessário observar a distinção de locais: salas, templos, locais de

retiro e outros.

Faz-se necessário preparar particularmente as salas para os encontros. Deve-se

evitar, ao máximo, o modelo de sala de aula, com quadros e carteiras enfileiradas. As

salas devem ser estruturadas de modo a favorecer a oração e proporcionar o diálogo, com

as cadeiras ou carteiras em círculo, ao redor da mesa. Uma vez que os encontros

privilegiam a escuta da Palavra de Deus, sempre que possível haja um pequeno ambão

(suporte para a Bíblia), de onde será feita a leitura durante a oração inicial, ladeado de um

suporte para vela. De modo harmonioso, haja na sala um crucifixo, num suporte ou fixo

na parede, e um quadro, ícone ou imagem de Nossa Senhora. Evite-se reproduzir nas salas

a imitação de altares – com mesas, forros, imagens, velas e flores. De igual modo, não se

use a Bíblia de modo decorativo.

De acordo com as possibilidades, cada comunidade deve preparar as salas de

encontro catequético das crianças e para a iniciação de jovens e adultos, sempre levando

em conta que é preciso superar o modelo escolar nestes encontros. As cores das paredes,

a limpeza do local, os sinais religiosos e a disposição dos assentos contribuirão para

qualificar os encontros.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 25

CONCLUSÃO

A Igreja, ao propor uma via de iniciação à vida cristã, tem diante dos olhos seu

Mestre, que chamou e formou os primeiros discípulos. Ela recolhe experiências de

séculos na arte de iniciar, e, sempre confiante no auxílio do Divino Espírito Santo, se

lança à tarefa recebida do seu Senhor: “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos,

batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o

que vos mandei” (Mt 28,19-20a).

Iniciar, sob a ótica cristã, orienta-se ao permanecer, e não a uma conclusão. Os

processos de iniciação nas comunidades paroquiais, desvencilhando-se da roupagem

escolar, devem ser autênticos guias para o viver em comunidade, modo próprio do ser

cristão. Assim, as pequenas comunidades formadas a partir dos caminhos de iniciação

com jovens e adultos hão de se tornar os lugares privilegiados para a formação integral e

permanente dos fiéis discípulos missionários.

A meta é alta: evangelizar de modo qualificado todos os que são confiados pelo

Senhor à Igreja Particular de Luziânia. E assim, oferecer o testemunho atual e alegre de

Jesus Cristo onde quer que um cristão católico viva ou atue. “Uma Igreja inteiramente

animada e mobilizada pela caridade de Cristo, cordeiro imolado por amor, [...] emana

uma força missionária irresistível, que é a força da santidade.” (BENTO XVI, Homilia

na Inauguração da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe,

13 de maio de 20107).

Dois anexos a este documento indicam os roteiros para a iniciação à vida cristã, o

primeiro para jovens e o segundo para adultos. Para cada encontro formativo será

oferecida ao menos uma proposta, indicando o objetivo, espiritualidade, conteúdo básico

e pedagogia na aba Vida Cristã do site www.diocesedeluziania.com.br. Esse material

servirá de guia para os evangelizadores e os catequistas.

Que a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, alcance as graças que as

comunidades paroquiais, com seus ministros ordenados e demais agentes da iniciação à

vida cristã, necessitam para tão bela e desafiadora empresa.

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 26

ANEXO I

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ PARA JOVENS

CALENDÁRIO DIOCESANO E PROGRAMA

Inscrição e Acolhida (IVC Jovens I)

1ª quinzena de fevereiro ⸺ Inscrições

2ª quinzena de fevereiro ⸺ Encontro de acolhida

⸺ Encontro com os pais ou responsáveis

PRIMEIRO TEMPO

Pré-Catecumenato ⸺ Tempo Querigmático (IVC Jovens I)

Período Encontro Tema prioritário

Março

a

maio

1 Deus é amor

2 Jesus, expressão do amor do Pai

3 A recusa ao amor

4 Jesus anuncia o Reinado de Deus

5 Jesus Salvador

6 Jesus convida à conversão e ao seguimento: discipulado

7 Fé e batismo que nos recriam

8 O dom do Espírito gera uma resposta de amor

9 Vamos caminhar juntos, em comunidade

Preparação para a celebração de entrada no catecumenato

Missa ou celebração dominical:

* Entrada no catecumenato, assinalação da fronte e dos sentidos (RICA, pp. 36-42).

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 27

SEGUNDO TEMPO

Catecumenato – Tempo de Aprofundamento (IVC Jovens I)

PRIMEIRA FASE DO CATECUMENATO:

PALAVRA DE DEUS

Período Encontro Tema prioritários

Junho

1 Bíblia e Tradição: Palavra viva de Deus

2 A Bíblia: uma coleção de livros

3 Leitura orante da Palavra de Deus (adaptada a jovens e

adolescentes)

4

- São Pedro e São Paulo, enviados por Jesus para anunciar a

Boa Nova;

- Proposta de leitura contínua de Atos dos Apóstolos em julho

(Recesso).

Celebração no(s) grupo(s):

* Entrega da Bíblia.

SEGUNDA FASE DO CATECUMENATO:

PESSOA HUMANA

Data Encontro Tema prioritários

Agosto

1 Quem sou eu? – Pessoa humana, imagem e semelhança de

Deus

2 A pessoa humana e sua história de vida / vocação à vida

3 A pessoa humana como ser de relações / alteridade (com Deus,

consigo mesma, família, sociedade e ambiente)

4 O dom da afetividade e da sexualidade

Celebração no(s) grupo(s):

* Celebração da vida: festa de fraternidade e de perdão.

TERCEIRA FASE DO CATECUMENATO:

JESUS, O CRISTO

Data Encontro Tema prioritários

Setembro a

dezembro

1 A encarnação do Filho de Deus

2 Jesus inaugura o Reino de Deus

3 Jesus manifesta seu poder em favor da vida, traz a

misericórdia e o perdão

4 Os mandamentos: caminho para seguir Jesus

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 28

5 As bem-aventuranças e o discipulado

6 A última ceia: uma vida entregue por amor

7 Paixão e Morte de Jesus

8 Ressurreição e ascensão de Jesus

9 O envio do Espírito Santo

10 A vida plena no Espírito do Ressuscitado

Encontros

opcionais (Conforme a vida da comunidade paroquial)

Novembro

ou

dezembro

Jornada do

Discipulado

(Retomada dos temas 6 a 10, com dinâmicas e momentos de

oração)

O mandamento do amor

Celebração na Jornada do Discipulado:

* Entrega do mandamento do amor (compromisso comunitário).

QUARTA FASE DO CATECUMENATO:

A VIDA DE ORAÇÃO (IVC JOVENS II)

Data Encontro Tema prioritários

Fevereiro e

março

Vivência Reencontro festivo (Oração e partilha, breve apresentação da

IVC Jovens II e confraternização)

1 Jesus, movido pelo Espírito Santo, ora e ensina a orar

2 A necessidade e importância de uma vida de oração

3 Pai Nosso: modelo de oração da Igreja

4 Os pedidos do Pai Nosso

5 Experiência de oração – leitura orante com a Palavra de Deus /

adoração eucarística

Preparação para a celebração

Missa ou celebração dominical:

* Entrega da Oração do Senhor (RICA, pp. 56-60).

QUINTA FASE DO CATECUMENATO:

COMUNIDADE DE FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE

Data Encontro Tema prioritários

Abril

a

junho

1 Origem e natureza da Igreja (fundamentação bíblica, teológica

e histórica)

2 O mistério da Igreja: Povo de Deus, Corpo Místico de Cristo,

Templo do Espírito Santo

3 Creio: nossa fé professada I

(As Pessoas divinas)

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 29

4 Creio: nossa fé professada II (A Igreja una, santa, católica e

apostólica)

5 Creio: nossa fé professada III (A escatologia cristã)

6 Igreja: casa da iniciação e escola de comunhão.

7 Cremos, e por isso anunciamos.

(A missão de Jesus se prolonga na Igreja)

8 A caridade cristã no quotidiano

(Família, estudo, trabalho e lazer)

9 Maria, Mãe e modelo da Igreja

Preparação para a celebração

Missa ou celebração dominical:

* Celebração de entrega do Símbolo da Fé (RICA, pp. 48-56).

SEXTA FASE DO CATECUMENATO:

VIDA SACRAMENTAL

Data Encontro Tema prioritários

Agosto

e

dezembro

Vivência Reencontro festivo (breve apresentação dos encontros da

Comunidade de Jovens e confraternização)

1 Jesus, sacramento do Pai

Comunidade de Jovens

(Dinâmica: Partilha de vida, Escuta da Palavra e

diálogo sobre o tema do encontro anterior)

Bíblia e YouCat

2 Igreja, sacramento de Jesus Cristo

Comunidade de Jovens Bíblia e YouCat

3 Os sacramentos da Iniciação Cristã: batismo, crisma, eucaristia

Comunidade de Jovens Bíblia e YouCat

4 O matrimônio, um sacramento de amor e serviço

Comunidade de Jovens Bíblia e YouCat

5 A ordem, doação e cuidado dos irmãos

Comunidade de Jovens Bíblia e YouCat

6 Os sacramentos de cura: reconciliação e unção dos enfermos

Comunidade de Jovens Bíblia e YouCat

7 Discernimento vocacional e maturidade cristã

Comunidade de Jovens

Obs.: O melhor é que os encontros continuem se

realizando em dezembro e janeiro.

Bíblia e YouCat

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 30

TERCEIRO TEMPO

Purificação e Iluminação (IVC Jovens III)

Data Encontro Tema prioritários

Fevereiro

até o início

da

Quaresma

Vivência Reencontro festivo (Oração e partilha, breve

apresentação da IVC Jovens III e confraternização)

Comunidade de Jovens

(* encontros semanais) Bíblia e YouCat

Preparação da celebração

Primeiro Domingo da Quaresma (Missa):

* Celebração da Eleição (catecúmenos e catequizandos com seus padrinhos).

Quaresma

Comunidade de Jovens

(- encontros semanais)

Bíblia e CF

(Campanha da

Fraternidade)

Jornada de

espiritualidade

Oração e dinâmicas

Celebração

Temas prioritários:

- Chamado à santidade e o progresso espiritual;

- Reconciliação com Deus e os irmãos;

- A Palavra de Deus e a Eucaristia sustentam a

vida dos discípulos;

- Domingo: dia do Senhor.

Celebração

Penitencial

Confissões individuais para os catequizandos (somente).

Obs.: Os catecúmenos receberão o batismo

Terceiro Domingo da Quaresma (Missa):

* Primeiro Escrutínio

Quarto Domingo da Quaresma (Missa):

* Segundo Escrutínio

Quinto Domingo da Quaresma (Missa):

* Terceiro Escrutínio

Sábado Santo (pela manhã):

* Celebração dos Ritos Preparatórios Imediatos

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 31

PÁSCOA DA RESURREIÇÃO DO SENHOR

Vigília Pascal:

* Celebração do Batismo de Jovens e Adultos

Tempo

Pascal

Comunidade de Jovens

Preparação para o envio missionário

(*encontros semanais)

Alpha

Quarto Domingo da Páscoa:

* Primeira Eucaristia de jovens e adultos

Data agendada (próxima a Pentecostes):

* Celebração da Crisma

Domingo de Pentecostes:

* Celebração do Envio Missionário

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 32

FORMAÇÃO PERMANENTE

Comunidade de Jovens (IVC III)

A partir

de

Pentecostes

Comunidade de Jovens

(*encontros semanais) Alpha

Retiro Alpha jovens

Comunidade de Jovens

(*encontros semanais) Alpha

Data Ciclo mensal Dinâmica Philia e Basiléia

Projeto

Jovens em

Missão

1ª semana

Comunidade de Jovens

1ª parte: partilha de vida e escuta da Palavra

2ª parte: programação do grupo

2ª semana

Comunidade de Jovens

1ª parte: escuta da Palavra e aprofundamento na fé

2ª parte: programação do grupo

3ª semana

Comunidade de Jovens

1ª parte: partilha de vida e escuta da Palavra

2ª parte: programação do grupo

4ª semana

Comunidade de Jovens

1ª parte: partilha de vida e escuta da Palavra

2ª parte: Basiléia (experiência solidária ou missionária,

preparada anteriormente)

5ª semana

(se houver)

Comunidade de Jovens

1ª parte: partilha de vida e escuta da Palavra

2ª parte: programação do grupo

Celebração Eucarística dominical

Semestral

Missão

- Os membros da Comunidade de Jovens partem em

missão junto aos seus colegas e amigos.

- A partir da missão, tem início o Alpha Jovem entre os

que chegam, durante a primeira parte da reunião do

grupo.

* Pode-se solicitar assessoria do Setor Juventude

Diocesano.

Formação Encontro paroquial de Comunidades de Jovens;

- Aprofundamento Bíblico

Anual Retiro espiritual das Comunidades de Jovens

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 33

ANEXO II

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ PARA ADULTOS

CALENDÁRIO DIOCESANO E PROGRAMA

Inscrição e Acolhida (IVC Adultos I)

Fevereiro ⸺ Inscrições

⸺ Encontro de acolhida

PRIMEIRO TEMPO

Pré-Catecumenato ⸺ Tempo Querigmático (IVC Adultos I)

Período Encontro Tema prioritário

Março

a

maio

1 Deus é amor

2 Jesus, expressão do amor do Pai

3 A recusa ao amor

4 Jesus anuncia o Reinado de Deus

5 Jesus Salvador

6 Jesus convida à conversão e ao seguimento: discipulado

7 Fé e batismo que nos recriam

8 O dom do Espírito gera uma resposta de amor

9 Vamos caminhar juntos, em comunidade

Preparação para a celebração de entrada no catecumenato

Missa ou celebração dominical:

* Entrada no catecumenato, assinalação da fronte e dos sentidos (RICA, pp. 36-42).

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 34

SEGUNDO TEMPO

Catecumenato – Tempo de Aprofundamento (IVC Adultos I)

PRIMEIRA FASE DO CATECUMENATO:

PALAVRA DE DEUS

Período Encontro Tema prioritários

Junho

1 Bíblia e Tradição: Palavra viva de Deus

2 A Bíblia: uma coleção de livros.

A importância da leitura orante da Palavra de Deus

Celebração no(s) grupo(s):

* Entrega da Bíblia.

SEGUNDA FASE DO CATECUMENATO:

PESSOA HUMANA

Data Encontro Tema prioritários

Junho

1

Quem sou eu?

- Pessoa humana, imagem e semelhança de Deus

- Pessoa humana e sua história de vida

2

A pessoa humana como ser de relações (com Deus, consigo

mesma, família, sociedade e ambiente)

O dom da afetividade e da sexualidade

Celebração no(s) grupo(s):

* Celebração da vida: festa de fraternidade e de perdão.

TERCEIRA FASE DO CATECUMENATO:

JESUS, O CRISTO

Data Encontro Tema prioritários

Julho e

agosto

1 A encarnação do Filho de Deus

2 Jesus inaugura o Reino de Deus

3 Jesus manifesta seu poder em favor da vida, traz a

misericórdia e o perdão

4 Os mandamentos: caminho para seguir Jesus

5 As bem-aventuranças e o discipulado

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 35

Jornada do

Discipulado

- A última ceia: uma vida entregue por amor;

- Paixão, morte, ressurreição e ascensão de Jesus;

- O envio do Espírito Santo;

- A vida plena no Espírito do Ressuscitado e o mandamento

do amor.

Celebração na Jornada do Discipulado:

* Entrega do mandamento do amor (compromisso comunitário).

QUARTA FASE DO CATECUMENATO:

A VIDA DE ORAÇÃO

Data Encontro Tema prioritários

Setembro

1 Jesus, movido pelo Espírito Santo, ora e ensina a orar

2 A necessidade e a importância de uma vida de oração.

- A leitura orante da Palavra de Deus

3 Pai Nosso: modelo de oração da Igreja

- Os pedidos do Pai Nosso

Preparação para a celebração

Missa ou celebração dominical:

* Entrega da Oração do Senhor (RICA, pp. 56-60).

QUINTA FASE DO CATECUMENATO:

COMUNIDADE DE FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE

Data Encontro Tema prioritários

Outubro

1 Creio em um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo

2

Creio na Igreja

- Notas da Igreja: una, santa, católica e apostólica

- A Igreja: Povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito

Santo

3 Creio na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na

ressurreição dos mortos e na vida eterna

4 Maria, Mãe e modelo da Igreja

Preparação para a celebração

Missa ou celebração dominical:

* Celebração de entrega do Símbolo da Fé (RICA, pp. 48-56).

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 36

SEXTA FASE DO CATECUMENATO:

VIDA SACRAMENTAL

Data Encontro Tema prioritários

Novembro

e

dezembro

1 Jesus, sacramento do Pai

2 Igreja, sacramento de Jesus Cristo

3 Os sacramentos da Iniciação Cristã: batismo, crisma, eucaristia

4 O matrimônio, um sacramento de amor e serviço

5 A ordem, doação e cuidado dos irmãos

6 Os sacramentos de cura: reconciliação e unção dos enfermos

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 37

TERCEIRO TEMPO

Purificação e Iluminação (IVC Adultos III)

Data Encontro Tema prioritários

Fevereiro

até o início

da

Quaresma

Vivência Reencontro festivo (Oração e partilha, breve apresentação

da IVC Adultos II e confraternização)

Comunidade de Vivência Cristã

Dinâmica: Partilha de vida e Escuta da Palavra.

(*encontros semanais)

Bíblia

Preparação da celebração

Primeiro Domingo da Quaresma (Missa):

* Celebração da Eleição (catecúmenos e catequizandos com seus padrinhos).

Quaresma

Comunidade de Vivência Cristã

(*encontros semanais) Bíblia

Jornada de

espiritualidade

Oração e dinâmicas

Celebração

Temas prioritários:

- Chamado à santidade e o progresso espiritual;

- Reconciliação com Deus e os irmãos;

- A Palavra de Deus e a Eucaristia sustentam a

vida dos discípulos;

- Domingo: dia do Senhor.

Celebração

Penitencial

Confissões individuais para os catequizandos (somente).

Obs.: Os catecúmenos receberão o batismo.

Terceiro Domingo da Quaresma (Missa):

* Primeiro Escrutínio

Quarto Domingo da Quaresma (Missa):

* Segundo Escrutínio

Quinto Domingo da Quaresma (Missa):

* Terceiro Escrutínio

Sábado Santo (pela manhã):

* Celebração dos Ritos Preparatórios Imediatos

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 38

PÁSCOA DA RESURREIÇÃO DO SENHOR

Vigília Pascal:

* Celebração do Batismo de Jovens e Adultos

Tempo

Pascal

Comunidade de Vivência Cristã

Preparação para o envio missionário

(*encontros semanais)

Bíblia

Segunda e terceira semanas do tempo pascal:

* Matrimônios de catequizandos que vivem em união estável

Quarto Domingo da Páscoa:

* Primeira Eucaristia de jovens e adultos

Data agendada (próxima a Pentecostes):

* Celebração da Crisma

Domingo de Pentecostes:

* Celebração do Envio Missionário

Plano Diocesano – IVC de Jovens e Adultos 39

FORMAÇÃO PERMANENTE

Comunidade de Vivência Cristã (IVC Adultos II)

Data Ciclo mensal Dinâmica

A partir

de

Pentecostes

1ª semana

Comunidade de Vivência Cristã

- Escuta da Palavra

- Partilha de vida

Roteiros

oferecidos pela

Coordenação

Diocesana de

Pastoral

2ª semana

Comunidade de Vivência Cristã

- Escuta da Palavra

- Aprofundamento na fé

3ª semana Comunidade de Vivência Cristã

- Escuta da Palavra

- Partilha de vida

4ª semana

Comunidade de Vivência Cristã

- Escuta da Palavra

- Solidariedade fraterna

5ª semana

(quando

houver)

Comunidade de Vivência Cristã

- Escuta da Palavra

- Partilha de vida

Celebração Eucarística dominical

Semestral

Missão

Os membros da Comunidade de Vivência Cristã, atentos

às necessidades da paróquia, colaboram no tempo

oportuno com as pastorais e as atividades missionárias.

Formação Encontro paroquial de Pequenas Comunidades

- Aprofundamento Bíblico

Anual Retiro espiritual das Pequenas Comunidades