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1 Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes PPRAMP Anexo III da NR 32 Portaria MTE nº 1.748 de 30/08/11 OPINIÃO NR 32 – Instrumento de Mudanças Desde a publicação da NR 32, a mesma já passou por atualizações, porque o principal papel de uma Norma reguladora é justamente atender às demandas para as quais ela foi criada. A NR 32 é um instrumento de mudanças, não um documento de gaveta, por isso ela acompanha as necessidades que vão se apresentando e ajustes são realizados para a melhoria da segurança e saúde do trabalhador. O novo Anexo é um instrumento facilitador de estudo e analise das principais fontes de proteção e não apenas dos fatores geradores dos acidentes com materiais perfurocortantes. Acidentes com Perfurocortantes são maioria nos Serviços de Saúde Os acidentes envolvendo materiais perfurocortantes são maioria dentro dos serviços de saúde, mesmo levando em conta que muitos acidentes não são notificados legalmente como estabelece a CLT e reforça a NR 32. Desde a publicação da NR 32 em novembro de 2005, já estava incluso o indicador de que havia necessidade de deixar o caminho aberto para a adequação necessária visto que a área de Saúde está em constante evolução. Com a Portaria 939 em novembro de 2008 estabeleceuse as diretrizes gerais de prazos e responsabilidades, e agora com a Portaria 1748 ficou consolidado o direcionamento necessário para viabilizar a implantação dos materiais com dispositivos de segurança, levando em conta inclusive a avaliação da eficácia desse Plano nas instituições. A NR 32 é a única Norma Regulamentadora que estabeleceu esse tipo de exigência, pois visa assim garantir a real prevenção, estudo e controle dos acidentes. Diretrizes da Portaria nº 1.748 A Portaria estabelece diretrizes que vão desde a definição do que é um material perfurocortante até a constituição de uma comissão gestora, que deverá fazer a real implantação dos materiais com dispositivos de segurança, após avaliação, reconhecimento, estudo e pesquisa de fatores que necessitam de atenção e medidas eficazes na garantia de associar desempenho/eficácia no processo assistencial, bem como segurança e saúde para o profissional que executa as tarefas assistenciais e suas correlações. Houve mudanças significativas? Não consideramos que ha mudanças significativas, pois todos os itens estabelecidos na Portaria já são de amplo conhecimento dos serviços de saúde. Nosso principal objetivo é que a Portaria 1748 seja um instrumento de organização de dados, uma fonte de consulta e pesquisa, crie uma cultura continuada de prevenção e não apenas de tratativas de conseqüências no pós acidente.

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Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes ‐ PPRA‐MP Anexo III da NR 32 ‐ Portaria MTE nº 1.748 de 30/08/11 

  

OPINIÃO   NR 32 – Instrumento de Mudanças Desde a publicação da NR 32, a mesma já passou por atualizações, porque o principal papel de uma Norma reguladora é justamente atender às demandas para as quais ela foi criada.  

A NR 32 é um instrumento de mudanças, não um documento de gaveta, por isso ela acompanha as necessidades que vão se apresentando e ajustes são realizados para a melhoria da segurança e saúde do trabalhador.  

O novo Anexo é um instrumento facilitador de estudo e analise das principais fontes de proteção e não apenas dos fatores geradores dos acidentes com materiais perfurocortantes.  

Acidentes com Perfurocortantes são maioria nos Serviços de Saúde Os acidentes envolvendo materiais perfurocortantes são maioria dentro dos serviços de saúde, mesmo levando em conta que muitos acidentes não são notificados legalmente como estabelece a CLT e reforça a NR 32.  

Desde a publicação da NR 32 em novembro de 2005, já estava incluso o indicador de que havia necessidade de deixar o caminho aberto para a adequação necessária visto que a área de Saúde está em constante evolução.  

Com a Portaria 939 em novembro de 2008 estabeleceu‐se as diretrizes gerais de prazos e responsabilidades, e agora com a Portaria 1748 ficou consolidado o direcionamento necessário para viabilizar a implantação dos materiais com dispositivos de segurança, levando em conta inclusive a avaliação da eficácia desse Plano nas instituições.  

A NR 32 é a única Norma Regulamentadora que estabeleceu esse tipo de exigência, pois visa assim garantir a real prevenção, estudo e controle dos acidentes.  

 Diretrizes da Portaria nº 1.748 A Portaria estabelece diretrizes que vão desde a definição do que é um material perfurocortante até a constituição de uma comissão gestora, que deverá fazer a real implantação dos materiais com dispositivos de segurança, após avaliação, reconhecimento, estudo e pesquisa de fatores que necessitam de atenção e medidas eficazes na garantia de associar desempenho/eficácia no processo assistencial, bem como segurança e saúde para o profissional que executa as tarefas assistenciais e suas correlações.  Houve mudanças significativas? Não consideramos que ha mudanças significativas, pois todos os itens estabelecidos na Portaria já são de amplo conhecimento dos serviços de saúde.  

Nosso principal objetivo é que a Portaria 1748 seja um instrumento de organização de dados, uma fonte de consulta e pesquisa, crie uma cultura continuada de prevenção e não apenas de tratativas de conseqüências no pós acidente.    

 

 

Comprometimento É necessário que a conscientização mais uma vez vença a resistência em unir os vários grupos de trabalho das instituições de saúde para o bem comum que em verdade são os maiores valores da força de trabalho para a recuperação da integridade física e mental do paciente.  

E isso não ocorre quando o trabalhador adoecer por conseqüência desse trabalho. 

 Empregador pode ser beneficiado Ao praticar a NR 32 e a Portaria 1748, os empregadores podem ser beneficiados por muitos fatores entre os quais podemos citar três: gestão, prevenção e lucro.  

A gestão da segurança do trabalho resultará na padronização dos procedimentos no uso dos dispositivos de segurança, que além de reduzir o número de acidentes, mostrará onde reduzir custos com desperdício de materiais e prevenir descartes inadequados de resíduos.  

A prevenção através da capacitação dos funcionários demonstrará que o investimento compensa e evita prejuízos futuros.  

O lucro virá de funcionários mais comprometidos e satisfeitos devido à preocupação da direção do estabelecimento com sua saúde, bem como da clientela, pois esta tem o poder de notar diferenças e dar preferência aos estabelecimentos de saúde responsáveis, que respeitam a lei e utilizam produtos com dispositivo de segurança, para o bem de todos.  

Por: Mauro Daffre Representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na CTPN da NR 32 

Coordenador do Projeto Trabalhador‐ Saudável Paciente Vivo (TSPV) Com a colaboração de: Vera Lúcia Cantalupo 

Assessora Técnica da Bancada Patronal na CTPN da NR 32  

 Setembro/2011