plano de normalizaÇÃo da produÇÃo - proleite.pt · o plano de normalização da produção,...

19
_____________________________________________ PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 1 PLANO DE NORMALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO (Portaria nº169/2015, de 4 de junho)

Upload: phungkhue

Post on 07-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 1

PLANO DE NORMALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

(Portaria nº169/2015, de 4 de junho)

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 2

Índice I – ÂMBITO DE APLICAÇÃO ............................................................................. 3

II – IDENTIFICAÇÃO | ATRIBUTOS .................................................................. 4

III – CARACTERÍSTICAS ................................................................................... 5

IV – REGRAS COMUNS DE PRODUÇÃO .......................................................... 6

IV.1) – CONDIÇÕES HIGIO-SANITÁRIAS ............................................................................................... 6

IV.2 – CONTRASTE LEITEIRO .............................................................................................................. 10

IV.3 – NUTRIÇÃO (alimento e água) .................................................................................................. 10

IV.4 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ....................................................................................................... 11

V – REGRAS COMUNS DE COLOCAÇÃO NO MERCADO ................................... 12

V.1) RECOLHA .................................................................................................................................... 12

V.2) RECOLHA DE AMOSTRAS PARA CLASSIFICAÇÃO DE LEITE À PRODUÇÃO .................................. 12

V.3) CLASSIFICAÇÃO DO LEITE ........................................................................................................... 13

VI – CONTRATOS FORNECIMENTO DE LEITE CRU DE VACA ............................ 15

VII – PROTEÇÃO DO AMBIENTE ..................................................................... 16

VII.1) ORGANIZAÇÃO PRODUTORES .................................................................................................. 16

VII.2) MEMBROS ASSOCIADOS .......................................................................................................... 17

VII.2.1) RESÍDUOS/EFLUENTES PECUÁRIOS PROVENIENTES DA ATIVIDADE AGRÍCOLA ............... 17

VII.2.2) LOCAL DE ARMAZENAMENTO .......................................................................................... 18

VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................. 19

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 3

I – ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Plano de Normalização da Produção, está em conformidade com nº4), artº 3, da Portaria

nº169/2015, de 4 de junho, e estabelece as regras relativas a práticas produtivas e de

harmonização ou classificação das características do produto a comercializar, nomeadamente

na identificação e atributos do produto objecto de reconhecimento, suas características e

origem da produção inicial, identificação do método de produção ou maneio, descrição das

formas de transporte e armazenagem e regras relativas à protecção do ambiente.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 4

II – IDENTIFICAÇÃO | ATRIBUTOS

O leite cru é produzido pela secreção da glândula mamária de animais de criação, não

aquecido a uma temperatura superior a 40ºC nem submetido a um tratamento de efeito

equivalente (Anexo I, Alin. 4.1 – Rectificação ao Regulamento (CE) nº853/2014).

A ingestão do leite e produtos lácteos de vaca é muito importante para a saúde humana, pois

contém proteína de alto valor biológico que auxilia na construção dos tecidos, ajudando na

preservação dos músculos, cabelos, unhas e demais partes do corpo. Possui vitaminas como

A, B e D, que protegem os olhos, fornecem energia e otimizam a concentração, além de

combater a anemia e fortalecer os ossos. Os minerais favorecem o processo de cicatrização e

melhoram o sistema imunológico. Outros benefícios também são verificados, como prevenir

doenças neurológicas.

Ingerir leite e produtos lácteos de vaca nas diferentes fases da vida contribui para o

desenvolvimento tanto físico quanto intelectual. No caso das crianças até 6 anos de idade, o

cálcio presente na sua composição participa na formação dos ossos e dentes. O consumo de

leite e produtos lácteos de vaca deve ser mantido para suprir as necessidades minerais do

organismo, mesmo depois dessa fase. Na adolescência, ao fortalecer os ossos que estão sendo

formados até aproximadamente aos 30 anos de idade, o consumo previne a osteoporose no

futuro. Depois dos 30 anos de idade há uma perda natural de cálcio e para a manutenção da

vida saudável é necessário que a alimentação rica em cálcio permaneça.

Assim, o leite e os produtos lácteos de vaca são essenciais para a saúde em todas as fases da

vida, proporcionando vigor, energia e nutrição.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 5

III – CARACTERÍSTICAS

De acordo com o Regulamento (CE) nº853/2004, de 29 de abril, a classificação do “Leite

Padrão” deve reunir as seguintes características:

LEITE PADRÃO

TEOR BUTIROSO (GORDURA) ……………………..…… 3,7% (M/M) TEOR PROTEICO (PROTEÍNA)……………………..…….. 3,2% (M/M) CONTAGEM MICROBIANA A 30ºC (LEITE

CONSIDERADO REFRIGERADO) ………………...…… ≤ 100.000 bactérias/c.c.

CONTAGEM CELULAR …………...………………….….. ≤ 400.000 células/c.c. ÍNDICE CRIOSCÓPICO (ADIÇÃO ÁGUA) …………... 0% = - 0,520ºC INIBIDORES, ANTIBIÓTICOS/CONSERVANTES ….. AUSÊNCIA (negativo) IMPUREZAS EM SUSPENSÃO (LACTOFILTRAÇÃO) GRAU 1

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 6

IV – REGRAS COMUNS DE PRODUÇÃO

No ato de adesão à organização de produtores, o técnico responsável preenche o Mod. 206 –

Check List Seleção de Fornecedores de Leite, de acordo com os Critérios de Seleção estabelecidos

no Procedimento Geral Nº3.

Os membros associados obrigam-se a manter atualizado o cadastro da sua exploração, onde

conste a localização, o efetivo e a produção, declarando até 31 de dezembro de cada ano as

alterações ocorridas.

Todos os membros associados devem-se encontrar registados no sistema de identificação do

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e devem manter o registo sempre

atualizado.

Para se obter um leite de qualidade e que respeite o Plano de Normalização da Produção,

devem-se adotar as recomendações de carácter técnico, que a seguir são enunciadas.

IV.1) – CONDIÇÕES HIGIO-SANITÁRIAS

a) O efetivo pecuário

O leite cru de vaca deve provir de animais:

• Que sejam mantidos em adequadas condições de estabulação, designadamente de

higiene e salubridade;

• Que não apresentem quaisquer sintomas de doenças infecciosas transmissíveis aos

seres humanos através do leite;

• Que se encontrem em bom estado geral de saúde, não apresentem sinais de doença

que possam resultar na contaminação do leite e, em especial, não sofram de qualquer

infecção do tracto genital com descarga, de enterite com diarreia e febre ou de uma

inflamação reconhecível do úbere;

• Que não apresentem qualquer ferida do úbere susceptível de afectar o leite;

• Aos quais não tenham sido administradas substâncias ou produtos não autorizados e

que não tenham sido objecto de um tratamento ilegal;

• Em relação aos quais, em caso de administração de substâncias ou produtos

autorizados, tenha sido respeitado o intervalo de segurança prescrito para esses

produtos ou substâncias;

• Pertencentes a um efectivo que, esteja indemne ou oficialmente indemne de

brucelose e/ou tuberculose.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 7

Deverá ser comunicada de imediato à organização de produtores qualquer alteração do

estado sanitário dos animais, não podendo o leite ser aproveitado sem que, previamente, seja

objeto de parecer dos serviços veterinários competentes.

No cumprimento das subalíneas i), ii), iii) da alínea c), do nº1, subcapítulo II, Capítulo II, da

Secção IX, do Anexo II, do Regulamento (CE) nº1662/2006, o leite deve ser recolhido

separadamente e ser submetido a tratamento térmico.

Através do Agrupamento de Defesa Sanitária (A.D.S.), proceder-se-á ao acompanhamento

do efetivo pecuário, com o desenvolvimento de ações de prevenção e controlo de doenças

infetocontagiosas, nomeadamente:

- TUBERCULOSE

- BRUCELOSE

- LEUCOSE

- PERIPNEUMONIA

- MAMITES

E ainda as que se constatem que têm incidência na área geográfica da organização de

produtores.

b) Despiste de mamites.

Como medida profilática, a primeira prova é realizada pelos produtores – T.C.M. (Teste

Californiano de Mamites). Esta prova é de capital importância, pois em caso de

anormalidade, o produtor contacta os serviços técnicos que tomam as precauções

necessárias, nomeadamente: a recolha de amostras do leite, quer do efetivo, quer por vaca,

para posteriores análises no laboratório, identificando o agente.

Para além desta medida, dever-se-ão ter em conta outras medidas sempre que necessárias,

realizadas pelos serviços técnicos competentes:

� Contagem das células somáticas por vaca no efetivo dos produtores que apresentem contagens superiores a 400.000 células.

� Prescrição/Realização de tratamentos na altura de secagem, consoante o resultado dos antibiogramas.

� Distribuição de intramamários, consoante o resultado do antibiograma.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 8

� Visita aos estábulos que normalmente apresentam resultados de contagens elevadas.

� Divulgação das normas higiénicas, tanto na lavagem que precede a ordenha, como após a ordenha.

� Aconselhamento para refugo das vacas com mamites crónicas.

c) Ordenha

Respeitar as normas para uma ordenha adequada, nomeadamente:

� Instituir horários e rotinas de ordenha regulares;

� Manter uma atmosfera calma no local de ordenha;

� Ordenhador tecnicamente habilitado;

� Preparar os animais adequadamente antes da ordenha;

� Ordenhar primeiro as vacas sãs e depois as suspeitas;

� Assegurar que as mãos do ordenhador estejam limpas e secas;

� Preparar os têtos para a ordenha, assegurando que eles estejam limpos e secos;

� Lavar e massajar o úbere;

� Recolher os primeiros jatos de leite de cada têto para recipiente especial, provido de um fundo negro, com vista a detetar qualquer anomalia – grumos, viscosidade, serosidade, etc;

� Antes da colocação das tetinas, secar e limpar os têtos com um toalhete individual de papel ou lavável. Em nenhuma circunstância se deve utilizar um toalhete comum;

� Colocar as tetinas em têtos limpos e secos;

� Aplicar as tetinas o mais rapidamente possível, evitando a entrada desnecessária de ar;

� Retirar suavemente o coletor mal cesse a saída do leite;

� No final da ordenha aplicar e desinfetar os têtos, de acordo com as recomendações e regulamentos oficiais;

� Limpar e desinfetar diariamente todo o equipamento de ordenha e de refrigeração do leite e, semanalmente, fazer lavagem usando os produtos de higiene, de acordo com as especificações do fabricante;

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 9

� Manter em bom estado de conservação e funcionamento todo o equipamento, cumprindo as recomendações do fabricante e fazendo regularmente revisões;

� O ordenhador deve lavar e desinfetar as mãos antes e após a ordenha, usar roupa limpa, aventais e botas exclusivamente para uso nas salas de ordenha e do leite.

� O ordenhador deve apresentar um atestado médico que comprove não ser portador de doenças infetocontagiosas;

d) Instalações e Equipamentos

� O equipamento de ordenha e os locais em que o leite é armazenado, manuseado ou arrefecido devem estar situados e ser construídos de forma a limitar o risco de contaminação;

� Os locais destinados à armazenagem de leite devem estar protegidos contra os parasitas, estar adequadamente separados dos locais de estabulação e, quando necessário, dispor de um equipamento de refrigeração adequado;

� As superfícies dos equipamentos destinados a entrar em contacto com o leite (utensílios, recipientes, cisternas, etc. utilizados na ordenha, na recolha ou no transporte) devem ser fáceis de limpar e, se necessário, desinfectar, e ser mantidas em boas condições. Para tal, devem ser utilizados materiais lisos, laváveis e não tóxicos;

� Após utilização, essas superfícies devem ser limpas e, se necessário, desinfectadas.

e) Impedir o acesso de pessoas estranhas à exploração, às salas de ordenha e do leite, bem

como o de animais.

f) Apresentar análises da água que ateste a utilização de água potável na limpeza e lavagem

dos animais, equipamentos, utensílios e instalações, em conformidade com o Regulamento nº

852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 de abril de 2004 e Decreto- Lei nº

113/2006 de 12 de junho.

g) Comunicar à organização de produtores qualquer anomalia verificada nos equipamentos

de ordenha e de refrigeração.

h) Armazenar o leite nos tanques de refrigeração até à recolha, a uma temperatura máxima

de 6ºC em explorações em que a recolha se realize em dias alternados, e de 8ºC em

explorações cuja recolha seja feita diariamente.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 10

i) Através do Gabinete Médico instalado na PROLEITE, procede-se ao rastreio da brucelose e

da tuberculose a todos os funcionários que, de uma forma direta, contactem com o leite ou

com os animais.

IV.2 – CONTRASTE LEITEIRO

O objetivo do contraste leiteiro é determinar de forma rigorosa as produções das vacas,

avaliando a quantidade e qualidade do leite produzido por cada uma das fêmeas de uma

exploração no decurso das sucessivas lactações.

Os dados do contraste leiteiro constituem uma fonte de informação importante para a

definição do tipo e extensão do problema de células somáticas elevadas numa exploração.

Estes dados analisados em conjunto permitem responder a algumas questões quanto à

situação geral de efetivo em termos de contagem células somáticas.

O conhecimento da produção leiteira e do teor butiroso por animal, permite estabelecer uma

gestão mais adequada da exploração e, através da comparação das produções, é possível

fazer-se um trabalho seletivo dos animais.

O contraste leiteiro não é uma obrigação dos produtores mas, uma vez envolvidos nesta

ação, ficam obrigados ao cumprimento dos mesmos em vigor, devendo prestar todo o apoio

e colaboração aos respetivos serviços.

IV.3 – NUTRIÇÃO (alimento e água)

A quantidade e a qualidade dos alimentos e água fornecida determinam, em grande parte, a

saúde e a produtividade dos animais produtores de leite, assim como a qualidade e

segurança do leite produzido.

As vacas devem ter uma nutrição diária equilibrada, sendo-lhes fornecida água e alimento

suficiente, de acordo com as suas necessidades fisiológicas, ricos em energia, proteína,

vitaminas e minerais.

Os fatores mais limitativos para se obterem elevadas produções são a energia e proteína.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 11

As necessidades alimentares variam de animal para animal, conforme a sua idade, o peso

corporal, o tempo de lactação, o nível de atividade, o crescimento, a gestação e o clima, etc.

É pois necessário efetuar uma alimentação racional, através da escolha de um programa

alimentar por fases, de acordo com as necessidades, as quais variam durante o ciclo

produtivo.

Os programas alimentares deverão adaptar-se a cada uma destas fases, de forma equilibrada,

de modo a que as vacas atinjam o máximo de produção, sem que no entanto haja

desperdícios ou carências de alimentos.

Anualmente são efetuadas ações de sensibilização junto dos produtores, para que estes

objetivos sejam atingidos. Complementarmente são efetuadas análises laboratoriais às

forragens produzidas pelos associados.

IV.4 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

A empresa Lusogenes, detida em 30% do capital pela Proleite, em cooperação com dois

parceiros líderes internacionais, fornece um produto e serviço de excelência aos membros

associados.

Produz e comercializa genética nas vertentes – sémen e embriões, passou a utilizar a

tecnologia genómica, cuja capacidade permite identificar os bovinos machos e fêmeas de

elite em idade jovem, técnica que revolucionou a indústria mundial de melhoramento

genético dos bovinos.

O objetivo final é melhorar a eficiência do efetivo bovino português para maximizar a

rentabilidade das explorações e aumentar a sua competitividade global.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 12

V – REGRAS COMUNS DE COLOCAÇÃO NO MERCADO

V.1) RECOLHA

São objetivos da organização de produtores proceder à recolha, transporte e comercialização

de Leite Cru de Vaca proveniente das explorações dos membros associados, estabelecendo-se

circuitos de recolha de leite que abranjam a área de influência da organização de produtores,

e, em geral, a colocação nos mercados dos produtos provenientes daquelas mesmas

explorações, de modo a obter a sua máxima valorização e o maior rendimento económico.

A estrutura de concentração do leite é composta por estábulos individuais, equipados com

sala de ordenha e sistema de refrigeração.

A recolha é feita em camiões cisterna, com frequência diária ou em dias alternados, estando

equipados com sondas que permitem determinar a temperatura do leite no momento da

recolha.

Sempre que o leite se encontre a uma temperatura entre 1º e 5º Centígrados e se encontre

visual e olfativamente com aparência normal, procede-se á trasfega.

Sempre que qualquer um dos pressupostos no parágrafo anterior não se verifique, proceder-

se-á à realização da prova do álcool, para despiste de leite acidificado. Caso se comprove a

acidificação do leite, não se efetuará a trasfega para o camião cisterna.

V.2) RECOLHA DE AMOSTRAS PARA CLASSIFICAÇÃO DE LEITE À PRODUÇÃO

A metodologia usada:

Nos estábulos individuais e postos de receção, através do sistema de medição automática e

colheita de amostras (ULTRAKUST e ARS SMART) instalado em todos os autotanques, são

colhidas, no mínimo, quatro amostras mensais.

Pela análise das amostras colhidas e mediante os resultados obtidos, resultará a classificação

do leite.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 13

V.3) CLASSIFICAÇÃO DO LEITE

A classificação do “Leite Padrão”, que deve reunir as características mencionadas no ponto

III), vai servir de base ao pagamento do leite ao produtor.

VALORIZAÇÃO / DESVALORIZAÇÃO

A valorização ou desvalorização do leite a partir do preço padrão, será feita por atribuição de

pontos sobre a média aritmética dos resultados laboratoriais, de acordo com os parâmetros a

seguir mencionados.

V.3.1) TEOR BUTIROSO (Gordura) ± 1 ponto por cada décimo acima ou abaixo do padrão 3,7 (máximo 4%) – Até ao máximo de 3 pontos

V.3.2) TEOR PROTEICO (Proteína) ± 1 ponto por cada décimo acima ou abaixo

de 3,2

V.3.3) IMPUREZAS (Lacto-filtração) Grau 1 = 0 pontos Grau 2 ou superiores = - 4 pontos

V.3.4) TEOR MICROBIANO (Contagem Microbiana Total a 30ºC)

Igual ou inferior a 100.000 ……………………………….….…… 0 pontos Superior a 100.000 e inferior ou igual a 200.000 ………….……. -3 ponto (menos) Superior a 200.000 e inferior ou igual a 500.000 .......................... -5 pontos (menos) Superior a 500.000 ……………………………………………...…. -10 pontos (menos)

V.3.5) CONTAGEM CELULAR

Igual ou inferior a 200.000 ………………………………….…… + 1 pontos (mais) Superior a 200.000 e inferior ou igual a 400.000 …………….... 0 pontos Superior a 400.000 e inferior ou igual a 500.000 ……………… - 5 pontos (menos) Superior a 500.000 e igual ou inferior a 750.000 …………….... - 8 ponto (menos) Superior a 750.000 ……………………………………………...…. - 15 pontos (menos)

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 14

V.3.6) ÍNDICE CRIOSCÓPICO (adição de água)

Sempre que o índice crioscópico for inferior a -0,520ºC, o produtor será penalizado da seguinte forma:

� Entre -0,520ºC e -0,510ºC------------ 0 PONTOS (DESCONTADO A ÁGUA).

� Inferior a -0,510ºC------------ - 6 PONTOS (INCIDIRÁ SOBRE O LEITE ENTREGUE

NO MÊS, COM O DESCONTO DA ÁGUA RESPETIVA NA ENTREGA DO DIA).

V.3.7) INIBIDORES, ANTIBIÓTICOS E CONSERVANTES

� Sempre que a amostra colhida ao leite em qualquer local de recolha for positiva, o leite correspondente aquele levantamento não será pago.

� Posteriormente, apurada a quantidade total de leite contaminado ao nível do

autotanque por aquele leite, será essa quantidade total descontada ao produtor.

� À quarta reincidência, num período de 180 dias, poderá conduzir à suspensão

definitiva da entrega do leite, por parte do produtor.

NOTA:

As regras subjacentes à classificação, valorização ou desvalorização do leite de Vaca estão de

acordo com a legislação em vigor, Regulamento (CE) nº852/2004, de 29 de abril e o

Regulamento (CE) nº853/2004, de 29 de abril.

Em relação aos parâmetros de classificação do leite, que vão servir de base ao pagamento do

leite ao produtor, encontram-se fixados na Tabela de Preços e Parâmetros de Classificação do

Leite em vigor, que se anexa, podendo ser alterados sempre que a Direção da PROLEITE

julgue necessário.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 15

VI – CONTRATOS FORNECIMENTO DE LEITE CRU DE VACA

Com o fim das quotas leiteiras no ano de 2015, o Governo Português, através da publicação

do Decreto-Lei n.º 42/2013, de 22 de março, estabeleceu o regime aplicável a todos os

contratos de compra e venda de leite cru de vaca proveniente de qualquer Estado-Membro

da União Europeia celebrados entre produtores, intermediários e transformadores.

Nos termos do citado diploma a redução a escrito daqueles contratos vai ser obrigatório,

tendo por objetivo principal reforçar a regulação e a transparência, a estabilização do

mercado e a sustentabilidade do sector.

O estabelecimento deste novo regime de regulação do mercado vai contribuir para uma

maior responsabilização dos diferentes operadores na gestão interna da oferta e na

adaptação à procura.

Do contrato de compra e venda de leite devem constar os seguintes elementos: identificação

das partes, o preço a quantidade do leite, a calendarização do fornecimento, as modalidades

de entrega ou recolha do leite, os prazos, as condições e os procedimentos de pagamento, a

duração do contrato e as respetivas causas de cessação, designadamente por denúncia, as

regras aplicáveis em caso de força maior.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 16

VII – PROTEÇÃO DO AMBIENTE

VII.1) ORGANIZAÇÃO PRODUTORES

Atendendo à dimensão e estrutura da organização, existe um departamento com atribuições

específicas na área do ambiente. Em termos de prioridades de intervenção, a organização de

produtores revela preocupações na gestão dos seus resíduos sólidos, envolvendo todos os

seus colaboradores ao nível da sua separação, quantificação, seleção de operadores

licenciados e preenchimento de registos, bem como ao nível da gestão da água, tanto no que

respeita à racionalização do seu consumo, como no que respeita ao tratamento eficiente das

águas residuais para a sua descarga no domínio público hídrico.

Face a estas preocupações, a organização de produtores monitoriza os seguintes indicadores

ambientais:

1. Água:

i. Abastecimento:

� Registos de consumos mensais;

� Metodologias de redução de consumos, através da implementação do sistema de

aproveitamento de água pluviais;

� Monitorização da qualidade da água;

� Envio de registos de consumo e qualidade da água à Administração Regional

Hidrográfica.

ii. Águas Residuais

� Registo do caudal do efluente líquido tratado na ETAR;

� Acompanhamento e otimização do funcionamento da ETAR;

� Encaminhamento das lamas para destino final licenciado;

� Monitorização do efluente líquido tratado;

� Envio do registo dos caudais mensais das águas residuais para a Administração

Regional Hidrográfica.

2. Resíduos Sólidos

� Segregação por tipologias nas áreas de produção;

� Priorização na valorização como destino final dos resíduos;

� Armazenamento em ecocentro de resíduos com características adaptadas às

diversas tipologias de resíduos armazenados;

� Preenchimento de Guias de acompanhamento de resíduos;

� Seleção de operadores de resíduos licenciados;

� Preenchimento do mapa integrado do registo de resíduos.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 17

3. Emissões Gasosas

� Caracterização das emissões gasosas para atmosfera pelas chaminés da cabine e

área de pintura das oficinas de manutenção à frota da organização;

� Caracterização das emissões gasosas para atmosfera pela chaminé do pavilhão de

produção de alimentos compostos.

Submissão online de dados relativos a emissões atmosféricas, à Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional, de cada medição pontual a cada fonte fixa de emissão de

poluentes para a atmosfera.

VII.2) MEMBROS ASSOCIADOS

VII.2.1) RESÍDUOS/EFLUENTES PECUÁRIOS PROVENIENTES DA ATIVIDADE AGRÍCOLA

Os produtores de leite devem adotar sistemas que evitem a contaminação do meio ambiente

local.

a) Para a diminuição dos níveis de poluição da água e do solo provocado por pesticidas e

fertilizantes devem:

� Recolher e concentrar as embalagens e excedentes de produtos fitofármacos, para

posterior entrega nos estabelecimentos de venda;

� Recolher e concentrar materiais plásticos, pneus e óleos, resultantes do processo

produtivo agrícola, para posterior entrega nas entidades credenciadas na sua

receção.

b) Na aplicação de lamas de depuração devem:

� Possuir cópia da Declaração de Planeamento das Operações (DPO), aprovada pela

DRAP territorialmente competente;

� Manter atualizado um registo de aplicação de lamas;

� Possuir notificação relativa à utilização de lamas na exploração agrícola.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 18

c) Na gestão de efluentes pecuários/nitratos devem:

� Elaborar e cumprir um plano de gestão de efluentes para identificar quando, onde

e em que condições serão espalhados os estrumes e chorumes, de forma a

minimizar o risco de poluição;

� Dar prioridade à valorização agrícola dos efluentes orgânicos produzidos na

exploração, devolvendo ao solo os componentes minerais e a matéria orgânica, de

forma a beneficiar a produção vegetal, em complemento com a fertilização mineral

a considerar.

VII.2.2) LOCAL DE ARMAZENAMENTO

Os locais de armazenamento dos produtos fitofarmacêuticos devem obedecer às seguintes

características:

� Espaço fechado e exclusivo ao armazenamento dos produtos fitofarmacêuticos;

� Devidamente sinalizado;

� Ventilação adequada;

� Piso impermeabilizado;

� Situado a, pelo menos, 10 metros de cursos de água, valas e nascentes;

� Situado a, pelo menos, 15 metros de captações de água;

� Não estar situado em zonas inundáveis ou ameaçadas pelas cheias;

� Não estar situado na zona terrestre de proteção das albufeiras, lagoas e lagos de

águas públicas;

� Dispor, no mínimo, de um EPI completo e acessível;

� Condutas de drenagem, poços, furos ou nascentes, exceto no caso de depósitos de

fertirega que tenham um sistema contra fugas;

� Dispor no mínimo de um extintor de incêndio;

� Estar, pelo menos, à distância de 2 m de quaisquer alimentos para pessoas e

animais.

_____________________________________________

PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, C.R.L. Lugar de Adães – UL | Apartado 57 | 3721-902 Oliveira de Azeméis

PNP/V1.0 Tel.: 256 666 560 | Fax: 256 685 777 | E-mail: [email protected] | www.proleite.pt Pág. 19

VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS

A legislação nacional ou comunitária de interesse direto para o produtor, ou quaisquer

outras informações relevantes serão divulgadas através da página da internet em

www.proleite.pt, por meio de circular e através da fixação nos locais apropriados.

O Plano de Normalização da Produção não anula a responsabilidade da organização de

produtores e dos membros associados no cumprimento de toda a legislação genérica e

específica relacionada com a proteção do ambiente, paisagem e biodiversidade.

Os serviços técnicos da cooperativa apoiarão os agricultores associados sempre que

considerem oportuno e que lhes seja solicitado.

A aprovação do presente documento é posto à aprovação em Assembleia Geral da

PROLEITE - Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, CRL, de 18 de dezembro de 2015,

e será revisto sempre que se julgue necessário.