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UNIVERSIDADE DE BRASLIA CET - CENTRO DE EXCELNCIA EM TURISMO PS-GRADUAO LATO SENSU CURSO DE ESPECIALIZAO EM GASTRONOMIA COMO EMPREENDIMENTO

PLANO DE NEGCIO VILLA PAULICIA OFICINA DO PO

ANA HELENA SAMPAIO MALUF

BRASLIA DF MARO / 2006

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ANA HELENA SAMPAIO MALUF

PLANO DE NEGCIO VILLA PAULICIA OFICINA DO PO

Trabalho cumprimento graduao para

apresentado s lato do

em

exigncias sensu grau em de

acadmicas parciais do curso de psGastronomia como Empreendimento obteno Especialista.

ORIENTADORA: MSC. SHIRLEY PONTES

BRASLIA 2006

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Maluf, Ana Helena

Plano de Negcio Villa Paulicia - Oficina do Po / Ana Helena Sampaio Maluf Braslia: A. H. S. Maluf, 2006. v, 69p. il.: 30 cmMonografia Curso Gastronomia como Empreendimento - Universidade de Braslia, 2006. Bibliografia: p. 5455. 1. Padaria 2.Plano Estratgico 3.Plano de Marketing 4.Plano Operacional 5. Plano Financeiro I. Ttulo

CDD CDU

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TERMO DE APROVAO

Monografia defendida e aprovada como requisito parcial para a obteno do Ttulo de Especialista, defendida e aprovada em ____ de Maio de 2006, pela banca examinadora constituda por:

_________________________________________ MSc. Vernica C. Ginani Professora Coordenadora

_________________________________________ MSc. Shirley Pontes Professora Orientadora

_________________________________________ Dr Raquel Brs Botelho Professora Examinadora

BRASLIA UNB

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DEDICATRIA Aos dois pilares centrais da minha vida. O meu amado companheiro Fares por ter me ensinado coragem, auto-estima, perseverana, ousadia, tenacidade e acima de tudo ter paixo sempre. E memria de minha amada me Maria por ter me ensinado caridade, humildade, pacincia, piedade, indulgncia e acima de tudo ter amor sempre.

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AGRADECIMENTOS Para O nosso Pai Maior, por tornar tudo possvel. Jos Maria, que mais uma vez veio em meu auxlio. Est enorme a minha lista de dbito para com ele. Amaral, sem o qual tudo seria muito mais difcil, seno impossvel. Grande corao. Juliana, minha querida amiguinha, obrigado por tudo. Consoni, pelo importante apoio. Ricardo, Marivaldo, Madalena e Irlan, pela pacincia e compreenso dos meus momentos atribulados no decorrer do curso. General Romeu, Nlio e Jos Aparecido, por tornarem possvel o meu curso. Lenildo, pela generosidade de me conceder tempo para a realizao da monografia. Ademir Berti, o meu sempre amado irmo, pela ajuda. Andreinha e Patrcia, por mais uma vez me socorrerem. Minha querida e criteriosa irm Ana Maria, pela fundamental ajuda para que pudesse me expressar com mais clareza e correo. Shirley, minha pacienciosa e compreensiva orientadora, pela enorme e generosa ajuda. Vernica e Rita, pela tolerncia demonstrada frente as minhas dificuldades. Aos meus colegas de turma Jacqueline, Maria das Graas e Gudrin, sem os quais o curso no teria a mesma graa. Aos meus filhos Yuri, Ana Jlia e Ana Cristhina, por produzirem a fora que move o meu corao.

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Nosso Pai, que ests em toda parte; Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas; Venha a ns o teu reino de amor e sabedoria; Seja feita a tua vontade, acima dos nossos desejos; Tanto na terra, quanto nos crculos espirituais; O po nosso do corpo da mente d-nos hoje; Perdoa as nossas dvidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com esquecimento de todo mal; No permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentao de nossa prpria inferioridade; Livrai-nos do mal que ainda reside em ns mesmos; Porque s em ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glria e da paz, da justia e do amor para sempre! Assim Seja! Jesus Cristo (pelo esprito de Emmanuel) Psicografia Chico Xavier - Livro. Fonte Viva

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RESUMO

Este estudo objetiva a realizao de um plano de negcio para verificar a viabilidade de um empreendimento em panificao. Foram utilizados como fonte de dados estudos, empreendidos por entidades do setor, que traaram um perfil do segmento. O plano de negcio foi eleito como instrumento por ser um documento que reflete a realidade, as perspectivas e a estratgia da empresa. Nele foi desenvolvido um planejamento estratgico onde foi declarado todas as aes da organizao o posicionamento diante do mercado, os caminhos a serem seguidos, os objetivos, as metas, os valores da empresa, a sua viso e sua misso, alm de uma anlise ambiental que identifica as oportunidades e as ameaas, os pontos fortes e fracos do empreendimento em relao ao negcio. O plano de marketing foi outra ferramenta importante para definir a forma como a empresa atuar para levar os produtos aos clientes, analisa a situao, o consumidor, o mercado, os aspectos legais e o posicionamento e define o produto, o ponto, a promoo e o preo. atravs deste estudo que decidiremos a forma como se apresentar no futuro. O plano operacional descreve a forma da empresa operar, gerenciar, executar, distribuir e controlar produtos e servios. Como ser a logstica interna, a descrio fsica do empreendimento e o seu quadro funcional. Por fim, o planejamento financeiro faz uma anlise de viabilidade econmica definindo os investimentos, o capital de giro, custos operacionais, os indicadores de vendas, a receita esperada e outros ndices oramentrios. Em suma o presente estudo conclui a exeqibilidade do empreendimento proposto, demonstrando a chance de sucesso uma vez seguido todos os passos delineados neste trabalho.

Palavras-chaves: 1. Padaria; 2. Plano Estratgico; 3. Plano de Marketing; 4. Plano Operacional; 5. Plano Financeiro.

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ABSTRACT

This study has as goal to perform a business plan to verify the viability of a bakery enterprise. As data source, we have used studies carried out by institutions of the bakery branch, that delineated a profile for this kind of activities. The business plan was selected as a tool reflecting the reality, perspectives and strategies of the enterprise. In this business plan it was developed a strategic plan, where was established all the actions of the organization, including the positioning of the enterprise regarding market, future ways, general and specific accomplishments, the enterprise monetary value, its standpoints and missions, beyond that an environmental analysis, that identifies oportunities and risks, strong and week aspects of the enterprise as a business activity. The marketing plan was another important aspect in order to define the form as the enterprise will act to bring the final goods to the costumers, to analyze the situation, the costumer, the market, the law aspects and positioning, and to define the kind the product, the local, the advertisement costs and price. It is throughout this study that we will decide the way the enterprise will be in the future. The operational plan describe the enterprise way for working on, directing, distributing and controlling goods and services; the internal logistic, the area (physical room) description of the enterprise and its worker group. Finally, the financial plan performs an analysis of the economical viability, defining investments, capital of-circulation, operational costs, selling indices, profts, among other budget indices. In short the present study concludes for the successfulness of the proposed enterprise, demonstrating the real possibility for such a success, once the steps indicated out in this work would be followed out.

Key words: 1. Bakery Enterprise; 2. Estrategic Plan; 3. Marketing Plan; 4. Operational Plan; 5. Finantial Plan.

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SUMRIOPg. LISTA DE FLUXO, TABELAS E QUADROS SIGLAS INTRODUO 1. REVISO HISTRICA DAS PADARIAS 2. PLANO ESTRATGICO 2.1 DECLARAO DE VISO 2.2 DECLARAO DE MISSO 2.3 OBJETIVOS E METAS 2.4 ESTABELECIMENTO DE VALORES 2.5 ANLISE AMBIENTAL-MATRIZ SWOT 3. PLANO DE MARKETING 3.1 OPORTUNIDADE 3.1.1 SITUAO 3.2 MARKETING ESTRATGICO 3.2.1 CONSUMIDOR 3.2.2 MERCADO 3.2.2.1 CONCORRNCIA 3.2.3 POSICIONAMENTO 3.3 MARKETING TTICO 3.3.1 PRODUTO 3.3.2 PONTO 3.3.3 PROMOO 3.3.4 PREO 4. PLANO OPERACIONAL 4.1 ESTRUTURA FUNCIONAL 4.2 DESCRIO DA UNIDADE FSICA 4.3 SISTEMA PRODUTIVO 4.4 QUALIDADE 4.5 SISTEMA DE GESTO xiii xiv 1 4 9 9 10 11 12 13 19 19 20 21 22 23 25 28 28 29 31 33 36 37 37 39 40 42 43

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5. PLANO FINANCEIRO 5.1 PLANO DE INVESTIMENTO 5.1.2 MO DE OBRA DIRETA COM PRODUO 5.1.3 CUSTOS FIXOS 5.1.4 CUSTOS DE FABRICAO 5.1.5 CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA 5.1.6 RESULTADOS OPERACIONAIS 5.1.7 INVESTIMENTO INICIAL 5.1.8 FLUXO DE CAIXA CONSIDERAES FINAIS REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

44 44 44 46 47 48 49 50 51 52 54

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LISTA DE FLUXO, TABELAS E QUADROSPg. FLUXO 1 PLANO DE MARKETINGFLUXO 2 NVEIS HIERRQUICOS

19 37 22 23 25 26 26 27 27 28 29 33 38 13 18 40 44 45 45 46 47 48 49 49 49 50 50 51

TABELA 1 FATORES DETERMINANTES NA ESCOLHA DO LOCAL DE COMPRAS TABELA 2 RANKING DE MOTIVOS PARA CONSUMIR EM PADARIAS TABELA 3 OFERTADOS PELAS PADARIAS SUJEITOS A CONCORRNCIA TABELA 4 REGIO ADMINISTRATIVA X NMERO DE ESTABELECIMENTO TABELA 5 DENSIDADE DEMOGRFICA POR REGIO ADMINISTRATIVA TABELA 6 REGIME TRIBUTRIO DOS ESTABELECIMENTOS TABELA 7 REGIME TRIBUTRIO: OPO PELO SIMPLES CANDANGO TABELA 8 POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS CONCORRENTES TABELA 9 COMPONENTES DO MODELO 4 PS TABELA 10 QUANTIDADE DE FARINHA DE TRIGO UTILIZADO POR DIA TABELA 11 CARGOS X RESPONSABILIDADES QUADRO 1 IDENTIFICAO DAS COMPETNCIAS ESSENCIAIS QUADRO 2 MATRIZ SWOT QUADRO 3 FICHA TCNICA QUADRO 4 INVESTIMENTOS FIXOS QUADRO 5 MO DE OBRA DIRETA COM PRODUO QUADRO 6 MO DE OBRA DIRETA COM ATENDIMENTO BALCO QUADRO 7 CUSTOS FIXOS QUADRO 8 CUSTO DE FABRICAO QUADRO 9 CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA QUADRO 10 INDICADORES DE VENDAS QUADRO 11 DEMONSTRATIVO DO CUSTO DE COMERCIALIZAO QUADRO 12 RECEITA OPERACIONAL QUADRO 13 RESULTADOS OPERACIONAIS QUADRO 14 INVESTIMENTO INICIAIL QUADRO 15 FLUXO DE CAIXA

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SIGLASAbip Associao Brasileira das Indstrias de Panificao e Confeitaria BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Cipan Confederao Interamericana da Indstria do Po Codeplan Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central IDH ndice de Desenvolvimento Humano IEL Instituto Euvaldo Lodi IGP-M ndice Geral de Preos Municipal Propan Programa de Apoio a Panificao RDH Relatrio do Desenvolvimento Humano Sebrae Servio Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas Siab Sindicato das Indstrias de Alimentao de Braslia

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INTRODUOO presente trabalho objetiva a elaborao de um plano de negcio, com sua filosofia e projeto de trabalho de toda sua estrutura administrativa, e constituir nossa "carta de navegao" para o futuro empreendimento. O plano de negcio instrumento que tem se revelado indispensvel e dos mais completos: estabelece as principais concepes e alternativas para uma anlise correta da viabilidade do empreendimento pretendido e reduz as possibilidades de erros e conseqentes fracassos, pois proporciona uma avaliao antes da nova idia ser colocada em prtica. a oportunidade de reflexo e consolidao, num nico documento, de todas as questes pertinentes ao caminho que a empresa deve tomar para sua efetiva ao, posicionando-a corretamente frente aos seus objetivos estratgicos. A existncia de um plano de negcio diminui a probabilidade de morte precoce da empresa, uma vez que previne riscos e situaes operacionais adversas. Em suma, a feitura de um plano de negcio ajuda a traar o melhor caminho para o futuro da empresa, pois enseja a aquisio de conhecimentos especficos para o tipo de negcio escolhido, define os objetivos perseguidos, os clientes potenciais, avalia o mercado, os preos, a concorrncia, os recursos financeiros disponveis, o ambiente externo e estabelece aes procedimentais dentro de uma estratgia que proporciona os melhores resultados. Por fim, o plano de negcio reflete a personalidade e o esprito da empresa. (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005; PAVANI, DEUTSCHER e LPEZ, 2000). A Villa Paulicia pretende ser uma empresa do ramo de panificao e insumos gastronmicos. A sua fundao est prevista para final de 2006. A empresa ter como misso ser referncia na sua rea, oferecendo um servio que alia arte e tcnica, transmitindo confiabilidade atravs de um atendimento personalizado. O empreendimento ser localizado em Braslia, numa rea onde se concentram principalmente as classes A e B. A empresa pretende manter estreita parceria com o Centro de Excelncia em Turismo-UnB, o Sebrae e faculdades de nutrio e administrao. A proposta trazer um "pedao de So Paulo" para Braslia. O estilo do empreendimento ser paulistano dentro de um esprito aconchegante, charmoso e eficiente. Seus produtos sero expostos em vitrine e seu servio ser self-service, com todos os produtos ao alcance dos clientes, deixando-os vontade para a montagem das suas cestas de compras. O empreendimento sugerido ter como norte a assertiva do presidente da ABIP-2003, Edson

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Gonalves de Sales: "O setor de panificao passa por grande transformao, sem perder a sua essencialidade, que a tradio, aquele atendimento personalizado e aquele jeito de casa de famlia, um ponto de encontro dos vizinhos do bairro, que todos freqentam diariamente". Pretende-se conseguir, com o plano de negcio, uma certido de nascimento da empresa contendo a descrio do seu "DNA". Com uma anlise detalhada de todas os passos a serem seguidos, estaremos assim solidificando o empreendimento, dando-lhe mais robustez, evitando surpresas e aumentando significativamente o seu sucesso. Para melhor compreenso, o plano de negcio aqui realizado foi dividido da seguinte forma: no item 1 anlise histrica das padarias. Aqui introduzimos o leitor no universo do po, situando e explicando a atual posio do mercado. O item nos faz entender a enorme importncia cultural deste alimento. Desde a era neoltica, passando pelas civilizaes egpcia, grega, romana, judaica, no decorrer da idade mdia, at os nossos dias, o po tem um destaque surpreendente em nossas vidas. O entendimento do passado nos d melhor balizamento para projetarmos o futuro; no item 2 plano estratgico. Nesse item propomos a forma pela qual a empresa se posicionar diante do mercado. Analisamos as oportunidades e as ameaas, originadas tanto dos fatores internos como externos organizao. Descrevemos tambm os pontos fortes e fracos da empresa em relao aos negcios. Esta anlise nos permite direcionar a empresa na elaborao de metas e objetivos. no planejamento estratgico que estabelecemos a viso, a misso, cadeia de valores e fazemos a anlise ambiental; no item 3 plano de marketing. Nesse item definimos a forma pela qual a empresa levar seus produtos ao consumidor, descrevemos as aes para atingir o mercado, relacionamos as oportunidades, traando o perfil do consumidor, analisamos o mercado e os aspectos legais do comrcio e estabelecemos o posicionamento e os 4Ps (produto, ponto, promoo e preo). nesse captulo que decidimos a estratgia para ganhar e ampliar o mercado, o mtodo para enfrentar a concorrncia. Aqui, consideramos que o marketing tem papel mais abrangente que a mera publicidade e um importante estmulo para o incremento do consumo; no item 4 plano operacional. Nesse item descrevemos a forma de operao da empresa, desde o gerenciamento do negcio at sua execuo, distribuio e controle da produo. Definimos as formas pelas quais a empresa realizar o trabalho, cuidar da qualidade dos

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produtos e estabelecer procedimentos. Especificamos tambm os equipamentos a serem utilizados e como se dar o relacionamento com os colaboradores; no item 5 plano financeiro. O planejamento financeiro formula um conjunto de projees de receitas, investimentos, custos e despesas que explicitam o potencial de retorno do investimento. Demonstra de forma clara a atratividade do negcio, tanto para os empreendedores como os financiadores; Concluso. E por fim apresenta-se as consideraes finais sobre a possibilidade de abrir o empreendimento Villa Paulicia.

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1. REVISO HISTRICA DAS PADARIAS

"A histria do po, enquanto disciplina, lana razes em muitas e variadas reas de especializao cientfica. um territrio que vai da botnica histria comparada das religies, da economia medicina, da filosofia s cincias polticas, da sociologia lingstica, das cincias jurdicas teologia, dos estudos de folclore histria literria, da qumica agrcola s tecnologias da moagem e da panificao". (JACOB, 2003, p. 573). At o po chegar forma como o conhecemos hoje houve um longo caminho. Em seus primrdios, eram feitas sopas ou mingaus com o trigo; posteriormente passou-se a fazer uma espcie de bolo resultante de uma mistura de farinha, mel, azeite doce, mosto de uva, tmaras, ovos e carne moda, cozida sobre pedras quentes ou cinzas. O uso desse cereal na histria humana antiqssimo. Schweinfurth e Legrain encontraram gros de trigo nos tmulos do neoltico, datados de seis mil anos. Mas se tivesse que ter um local de nascimento, o po, certamente, teria por bero o Egito antigo. Os egpcios, com sua impressionante civilizao inventaram o forno e o fermento do po. Sobre eles assim se manifestou Jacob, Heinrich Eduard no seu livro "Seis Mil Anos de Po": "Um povo cujos indivduos mais inteligentes passavam todo tempo misturando produtos, fazendo clculos, compondo filtros, e cujos sacerdotes eram j autnticos qumicos".(http://www.abip.org.br 26/03/06). Deu-se ainda no Egito, segundo Herdoto, a descoberta do fermento, que era incorporado massa para torn-la leve e macia. Amassado com os ps e assado em fornos, o po era tambm usado pelos egpcios como moeda no pagamento de salrios (http://www.cipan.com.br - 10/03/06). O povo de Israel conheceu o po no Egito. Segundo relato bblico, os judeus, que haviam sido escravizados pelos egpcios, quando deixaram s pressas o cativeiro, no tiveram tempo de confeccionar completamente o po e levaram a sua farinha amassada, antes de levedar. Ento Moiss disse ao povo: "Recordai-vos deste dia em que sastes do Egito, da casa da servido, pois foi com a mo forte que o Senhor vos fez sair daqui. No se comer po fermentado. Durante sete dias comer-se-o pes sem fermento (po zimo), e no stimo dia haver uma festa em honra ao Senhor. (Jacob, Henrich Eduard, 2003 p 78). Por isso o povo judeu durante a semana de Pscoa apenas consome po sem fermento. O trigo tambm teve enorme importncia na Grcia antiga. Em Elusis foi fundada a igreja do po. Para os gregos, que sentiam necessidade de apaziguar as almas das coisas que matavam,

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os gros sofriam ao serem esmagados sob o peso da m. E tinham Demter, deusa da agricultura, como protetora da lavra, da semeadura, da moagem e do po. Conta lenda que Demter teve com Zeus a bela filha Persfone. Um dia, a menina foi raptada pelo deus dos mortos e levada para o mundo subterrneo. Demter entra em profunda tristeza, cobra de Zeus soluo e passa a viver longe dos deuses do Olimpo e dos homens, num templo em Elusis. Ali, a deusa pe em prtica uma terrvel vingana, tornando estreis todos os campos e impedindo o crescimento das sementes. Para evitar a aniquilao de tudo, Zeus obrigado a tomar uma atitude, enviando ao mundo subterrneo um mensageiro, Hermes, o guia das almas. O raptor de Persfone deixa-a partir, mas d-lhe um fruto para comer, o que a obriga a voltar, por uma tera parte do ano, para as profundezas. Demter fica triste, mas se conforma, pois poder permanecer com sua filha durante oito meses ano. Por isso, manda que, anualmente, haja celebrao no seu templo para comemorar o rapto e o regresso de Persfone (semente). Com esse mito, os gregos explicavam o ciclo do plantio do trigo e rendiam a Demter grande devoo, que resultou na criao de uma religio de grande influncia na Grcia antiga. Na histria da civilizao romana, as primeiras padarias datam do ano de 168 a.C. Os padeiros, considerados artesos especializados, se organizavam em associaes e tinham direitos reconhecidos e garantidos pelo Estado. Segundo Jacob (2003), tais associaes tinham importncia religiosa e poltica. Na festa da deusa dos fornos, comemorada no dia 9 de junho, o forno e os demais instrumentos de trabalho eram enfeitados com flores e louros, e toda a gente comia e bebia. Na poltica, os padeiros eram uma grande fora nas eleies. Um homem que produzia bom po podia ser eleito para um cargo municipal. Os padeiros eram considerados pelo imperador "gente de valor para o Estado". Com o tempo, os padeiros passaram condio de funcionrios do Estado. O imprio romano cresceu custa do po; e, igualmente, ao po deveu-se a sua queda. (JACOB, 2003, pg.132 e 133). Segundo Plnio, o Antigo (23/79 d. C) em "Latifundia perdidere Italian", os latifndios desgraaram a Itlia. Roma distribua terras aos seus mais valiosos soldados para que executassem o plantio, promovendo, assim, uma distribuio fundiria. Porm, surgiu um grande problema. Os mais ricos, que usavam a mo-de-obra escrava, tinham melhores arados e muitos animais, conseguiam custos menores na produo e, portanto, podiam praticar preos mais baixos. Os mais pobres, que possuam apenas os prprios braos, um arado, um boi e ajuda de sua famlia, no podendo suportar a concorrncia, foram forados a vender suas terras. Assim, deixaram os campos para se tornarem prias nas cidades.

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Esse processo promoveu a concentrao de latifndios nas mos de poucos proprietrios que, com o passar do tempo, acabaram por trocar a atividade agrcola pela pecuria, ento mais rentvel. Roma passou, assim, a depender da importao de cereais para abastecer o povo de po. Foi nesse mundo do Imprio Romano que apareceu Jesus Cristo. Era um mundo de carncia, de muita fome; um mundo em que os especuladores retinham os cereais e no qual o Estado e o imperador se serviam do po para fins polticos, dando alimento a quem os apoiasse.(JACOB, 2003, p 147). Mas alm da fome material havia fome espiritual naquele Estado Romano extremamente pragmtico e burocrata. E foi naquele momento da histria do Imprio Romano que a figura de Cristo se apresentou como o messias, filho de Deus. Conforme relato bblico, Jesus Cristo foi desafiado a acabar com o sofrimento causado pela fome, pela falta de po: Se s filho de Deus, dize que estas pedras se convertam em pes. Ao que ele respondeu: No s de po vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. (MATEUS, 4, 2-4). Se Jesus resolvesse o maior problema terreno e acabasse com a fome, seria reconhecido como o senhor do mundo. Mas, se o tivesse feito, teria desprezado o sentido espiritual de sua mensagem. No obstante, atribuiu um efetivo valor ao po como alimento. Na orao ao Pai Nosso, que ensinou aos seus discpulos, clamou pelo po nosso de cada dia, o nico bem terreno que pede a Deus. Hoje os praticantes do catolicismo, a maior religio do mundo ocidental, no ritual da consagrao, ponto mximo de sua liturgia, tomam a hstia que representa o corpo de Cristo. O sentido religioso atribui ao po o smbolo da vida, alimento do corpo e da alma, o smbolo da partilha e o smbolo da f. (http://www.abip.org.br - 26/03/06). A Idade Mdia marcou um dos mais difceis momentos da humanidade: foram tempos de muita fome. O po tornou-se smbolo de status; a nobreza consumia delicados pes brancos, enquanto os mais pobres se alimentavam com grandes pes escuros. Naquela poca, a farinha moda e tratada para a elaborao de pes brancos era obtida em pequenas quantidades (CANELLA-RAWLS, 2005, p. 30). Os moleiros e os padeiros eram vistos como pessoas malvadas, sem carter e que, sem exceo, roubavam. O livro "Seis mil anos de po" traz um relato das dificuldades dessas profisses naqueles tempos, quando apenas os castelos e os conventos possuam padarias. Apesar das limitaes na produo, as corporaes de padeiros j tinham alguma fora. No entanto, os mtodos de fabricao do po eram incipientes: os gros de trigo, inicialmente, eram triturados em moinhos manuais de

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pedra que evoluram para os de pedra movidos por animais, depois para os movidos pela gua e, finalmente, para os moinhos de vento. (http://www.abip.org.br - 26/03/06. Os moinhos movidos a vapor apareceram apenas em 1784. Quase meio sculo depois, em 1830, os suos Mller e Sulzberger desenvolveram um moinho que substituiu a ms por uma combinao de cilindros, uns em ao, outros em porcelana. O sistema proporcionava a produo de uma farinha extremamente branca e fina, aps a eliminao do farelo, do grmen e da gordura. Quantidade, portanto, no faltava. E quanto qualidade? Quando era moda por ms de pedra, a farinha preservava tudo o que o trigo continha: o farelo, o amido e o grmen. Com a mudana, que valor nutritivo restou se no farelo que esto os minerais e no grmen a vitamina B1? "O homem dos nossos dias j no olha para sua refeio como qualquer coisa que deve basicamente servir para encher a barriga, a refeio tem de contribuir para a sade". (JACOB, 2003, p. 536). Na dcada de quarenta do sculo passado os grandes centros de panificao, na tentativa de devolver os nutrientes perdidos na moagem, passaram a utilizar o mtodo de enriquecimento da farinha. A higiene tambm mereceu ateno nesse perodo. Estudo feito em Nova York, em 1913, demonstrou o estado precrio das panificadoras em termos de higiene. Dos 800 (oitocentos) profissionais examinados, 453 (quatrocentos e cinqenta e trs) encontravam-se doentes: 32% deles sofriam de tuberculose, reumatismo, anemia ou doena venreas, 26% de catarro crnico, 12% tinham doenas oftalmolgicas e 7% apresentava sintomas do eczema dos padeiros, uma doena freqente na Idade Media (JACOB, 2003, p. 543). A constatao desses problemas incentivou mudanas no processo de produo, acelerando a sua mecanizao. Entre a moagem e o momento do consumo, buscava-se cada vez mais reduzir as oportunidades de contato humano com a farinha, a massa e o po. No Brasil, segundo socilogo e antroplogo Gilberto Freyre, o po foi conhecido apenas no sculo XX. At ento, os brasileiros consumiam produtos derivados da mandioca: biju de tapioca, farofa e piro. TOLEDO (2003) relata que, nos tempos dos bandeirantes, So Paulo cultivou importante cultura de trigo. Mas toda produo era destinada ao mercado externo. O hbito alimentar naquela regio era indgena, baseado na mandioca. A regio de Campina Grande, Paraba, no sculo retrasado, tambm cultivou uma prodigiosa cultura de trigo (http://www.abip.org.br - 26/03/06). Mas, a exemplo de So Paulo, nenhuma parcela da produo era destinada ao consumo interno.

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Livro editado pelo SIAB, em 1991, de autoria de Francisco Santos Lopes, Ftima Rejane de Meneses e Regina Coeli A. Marques, relata a histria da panificao brasileira e descreve as caractersticas marcantes dos hbitos trazidos por imigrantes italianos, portugueses, franceses e alemes. As diversas nacionalidades, responsveis pela formao do carter do povo brasileiro, contribuiram para a riqueza da nossa culinria. Desde os seus primrdios, na era neoltica, at os nossos dias, na era dos fast-food, o po passou por diversas transformaes. Ao longo da histria das civilizaes, alm de importante bem econmico, tem significativo valor cultural. E sua histria continuar a ser escrita no futuro. O lavrador, o industrial agrcola, o moleiro e o padeiro continuam a desenvolv-lo. Ainda no terminamos de amassar o nosso po, o alimento da humanidade.

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2. PLANO ESTRATGICO

O planejamento estratgico a forma de posicionamento da empresa diante do mercado, com o caminho a ser seguido para a realizao de seus objetivos, metas, valores, viso e misso (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005). Alicera as aes da organizao, propicia a anlise do ambiente externo, das oportunidades e ameaas, e a anlise do ambiente interno, das foras e fraquezas da empresa. Permite empresa direcionar o futuro, bem elaborando suas metas e seus objetivos. O plano estratgico prev problemas e, assim, possibilita evit-los. Demonstra o auto conhecimento da empresa e suas expectativas para o futuro.

2.1 Declarao de visoConstitui o conjunto de intenes e a direo que a empresa pretende seguir, projetando, ainda, uma idia da empresa no futuro. Deve refletir as aspiraes e as crenas da organizao ( BIAGIO e BATOCCHIO, 2005). Aponta um caminho para o futuro, motivando a empresa a atingir seus objetivos. Sendo assim, a nossa viso : Nosso negcio promover o respeito ao ser humano, tanto do ponto de vista fsico como mental, atendendo a sua mais bsica necessidade que alimentao. Todas as nossas aes sero norteadas por tal objetivo.

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2.2 Declarao de misso a razo de ser da empresa, o seu propsito e o que ela faz. Diz respeito ao relacionamento da empresa com seus clientes, fornecedores e colaboradores. (BIAGIO, BATOCCHIO, 2005, p. 37) A misso indica como a empresa far negcios para realizar a viso. Deve destacar as atividades da empresa, incluindo os mercados que ela serve, as regies em que atua e os produtos e servios que ela oferece. A principal funo da misso manter todos os integrantes da empresa unidos em torno de um nico ideal (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 37), estabelecendo princpios norteadores de escolhas estratgicas. Portanto, nossa misso : Expressar cuidado e respeito aos clientes, na regio em que estiver atuando, com o oferecimento dos nossos produtos alimentcios e servios, promovendo mudanas de conceitos e estabelecendo padres de qualidade mais elevados. Sendo assim, nossa declarao de misso capaz de responder s perguntas que a consolida:

O que a empresa pretende fazer como negcio? Produtos alimentcios e servios Para quem deve fazer? Para os clientes Para qu deve fazer? Ajudar a sociedade Como deve fazer? Expressando cuidados e respeito Onde deve fazer? Na regio de atuao Qual responsabilidade social deve ter? Promover mudana de conceito

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2.3 Objetivos e Metas

Objetivos o principal motivo de definio dos objetivos de uma empresa orientar a direo que deve ser seguida para que cumpra sua misso e v ao encontro de sua viso. Os objetivos indicam as intenes gerais da empresa e o caminho bsico para chegar ao destino por ela desejado (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 89). Conquistar a liderana do mercado regional; Criar integrao com a comunidade; Desenvolver produtos destinados a pacientes com patologias metablicas.

Metas - As metas so declaraes especficas que correspondem a determinados objetivos, mostrando quais passos devem ser dados e quando devem ser dados, conforme BIAGIO e BATOCCHIO (2005). empresa; Ampliao do atendimento para pessoa jurdica, aps 6 meses da abertura da

Oferecimento de servios especficos de caf da manh, happy-hour e lanchonete, aps 1 anos de sua abertura; Estruturao de uma produo central, aps 3 anos de sua abertura; Instalao de pontos quentes, aps 3 anos de sua abertura.

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2.4 Estabelecimentos de valores Uma empresa ter ou no sucesso conforme o valor que os clientes atribuem aos seus produtos. (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 40). Tal valor, que a vantagem competitiva, pode ser resultado dos benefcios que consegue estabelecer para o seu produto, com o preo abaixo do concorrente ou com o acrscimo de qualidades pelas quais os clientes julguem compensatrio pagar mais por ele. A vantagem competitiva se vislumbra na anlise do detalhamento do processo de operao. Os passos do empresrio podem ser alinhados conforme o comportamento do cliente. A estrutura do processo no estanque, mas dinmica, produzindo valor. Assim, fundamental a identificao da cadeia de valores. Caso contrrio, a empresa no conseguir identificar os pontos de criao e valor e, como conseqncia, perder uma excelente vantagem competitiva. A criao de valor acontece quando uma empresa cria vantagem competitiva para seu cliente. Entender a cadeia de valores da empresa significa identificar os pontos em que a empresa cria valor para seus clientes. Significa identificar os pontos do processo em que os clientes fazem questo de pagar mais para obter os benefcios. Enfim, conhecer as cadeias de valores obter vantagem competitiva. As competncias essenciais so habilidades que permitem empresa oferecer um benefcio fundamental ao cliente. (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 51). Uma empresa, quando identifica sua cadeia de valores, precisa tambm conhecer suas habilidades para transformar as atividades fundamentais em benefcios efetivos para o cliente. O quadro, a seguir, identifica uma srie de competncias essenciais que o empreendimento em questo pretende desenvolver.

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Quadro 1 - Identificao das competncias essenciais: Os principais desafios para os primeiros dois anos Administrar com ampla participao de seus colaboradores. Conjunto de habilidades que o cliente considerar de seu benefcio. - Inovao - Credibilidade - Eficincia - Respeito - Afetividade Conjunto de habilidades que a empresa considerar benefcio a oferecer. - Confiabilidade - Atendimento - Responsabilidade social - Entusiasmo - Envolvimento Habilidade da empresa que dificilmente ser copiada. - Formao tcnica - Profissionalismo - Experincia anterior - Segurana alimentar - Administrao democrticaFonte: Biagio e Batocchio

2.5 Anlise Ambiental e Matriz Swot A anlise ambiental fator importante dentro do plano estratgico e abrange os seguintes ambientes: geral, operacional, intelectual e interno, conforme BIAGIO e BATOCCHIO (2005). Ambiente geral abrange os aspectos econmicos, social, poltico, legal e tecnolgico. H muito no se via uma estabilidade econmica to solidificada. A economia brasileira cresce a cada ano e o IGP-M verificado em maro do corrente ano (2006) indicou

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uma deflao de -0.23. O Conselho Monetrio Nacional, na sua prxima reunio, marcada para junho do corrente, deve definir em 4,5% a meta de inflao para 2008. (http://www.ipea.gov.br em 29/04/2006). Desde a sua criao, o risco Brasil nunca apresentou ndice to baixo (218); o dlar, embora com discreta queda, apresenta-se estvel (a cotao do dlar comercial em 29/04/06 foi de R$2,086). O salrio mnimo foi estabelecido em R$350,00 pela Medida Provisria n 266, de 30/03/2006. Levando-se em conta os anos anteriores, o reajuste deste ano pode ser considerado bom (http://www.portalbrasil.net de 29/04/06). O Relatrio de Desenvolvimento Humano (RDH) publica anualmente o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse ndice parte do pressuposto de que para aferir o avano de uma populao no se deve considerar apenas a dimenso econmica, mas tambm as caractersticas sociais, culturais e polticas que influenciam a qualidade de vida. Embora o Brasil venha apresentando melhora a cada ano, ainda estamos na tmida posio 63, com um IDH considerado mdio de 0,792. Para atingirmos a faixa de IDH alto, teremos que obter um ndice de pelo menos 0,801. Estamos atrs de muitos pases do continente americano: Argentina, Uruguai, Chile, Mxico, Cuba, Panam, Costa Rica e outros. Todos apresentam um IDH alto. O IDH de 2003 foi apresentado no RDH de 2005 (http://www.frigoletto.com.br em 29/04/06). O Distrito Federal, no ranking por UF (Unidade Federada) apresenta o IDH mais alto, posicionando-se em 1 lugar. Porm, no ranking dos municpios brasileiros est em 53. A esperana devida de 70.37 anos e a renda per capita de R$605,41. O quadro poltico de grande estabilidade. Apesar dos recentes abalos causados por denncias de irregularidades no Congresso Nacional, as instituies continuam fortalecidas e o clima vivenciado de uma grande democracia. O segmento de panificao est passando por profunda mudana de conceito: ou se atualiza ou perde espao para o supermercado. Quanto questo da tecnologia, esto surgindo equipamentos que podem modificar a linha de produo. As cmaras de resfriamento rpido bem exemplificam as mudanas em curso no fabrico de pes. Em termos administrativos, novas vises e condutas esto sendo introduzidas nas antigas gerncias, conferindo-lhes um

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carter bem mais moderno e eficiente. A grande competio exige mudanas e s quem for capaz de se adaptar aos novos tempos sobreviver. Constitudo por componentes que no esto sob o controle da organizao, mas que se ignorados colocam em risco o empreendimento, o ambiente operacional abrange: clientes (hbitos, idade, costumes, padro de vida, formao cultural e outros); fornecedores (credibilidade, qualidade dos produtos, confiabilidade nas entregas, tica, servios oferecidos e outros); concorrentes (pontos fracos e pontos fortes); e, fora de trabalho (conhecimento, faixa salarial, treinamento e outros). O perfil dos clientes ser mais bem detalhado no marketing estratgico. A relao com fornecedores dentro do plano de negcio reside na possibilidade de estabelecimento de parcerias baseadas na cooperao, confiana e compromisso. A qualidade, quantidade, preo, marca, disponibilidade, regularidade e variedade dos produtos dependem do relacionamento e do poder de barganha que estabelece com o fornecedor. Para a construo de um bom relacionamento preciso pensar a longo prazo. necessrio estabelecer parcerias duradouras, que incluam um fluxo constante, ainda que pequeno, de compras e manter o pagamento em dia. Portanto preciso escolher muito bem os fornecedores antes de trabalhar com eles, pois qualquer substituio durante o processo operacional compromete o trabalho de desenvolvimento de parceria. Alm disso, freqentemente atinge os clientes em funo das conturbaes provocadas pelas mudanas (Iniciando um Pequeno Grande Negcio Sebrae). Quanto aos concorrentes, eles sero mais bem abordados no marketing estratgico, sub-itens concorrncia e posicionamento. A fora de trabalho ser um dos pontos fortes do nosso empreendimento. A nossa proposta administrativa aberta e participativa; para tal, teremos que contar com uma mo de obra altamente motivada. E para motiv-la ser necessria uma remunerao pouco acima do mercado, curso sistemtico para aperfeioamento e reciclagem, garantia de uma gerncia democrtica e a implantao de um plano de premiao por desempenho.

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Ambiente intelectual deve considerar o: capital humano (conhecimento); capital cliente (relacionamento); e, capital estrutural (tecnologia, invenes, dados e outros). O capital intelectual a soma do conhecimento de todas as pessoas da empresa. O ambiente intelectual constitudo por fatores que esto e que no esto sob o controle da empresa e intangvel. Ignorar o ambiente intelectual ignorar o futuro da empresa na era do conhecimento. A proposta para o ambiente intelectual diferenciado ser uma prioridade, nosso grande diferencial. A nossa vantagem competitiva se dar a partir do desenvolvimento deste item. Grande parte de nossos investimentos tanto de tempo como financeiro ser o aprimoramento do conhecimento, do relacionamento e em tecnologia. Ambiente interno sobre as: organizaes (estrutura organizacional, hierarquia de objetivos, poltica, procedimentos e outros); marketing (estratgia do produto, preo, promoo e distribuio); pessoal (relao, avaliao, treinamento, incentivos e outros); produo (aquisio, matria prima, controle de estoque e outros); e, financeira (liquidez, lucratividade, oportunidade).

A anlise do ambiente interno est contemplada no plano de marketing, plano operacional e no plano financeiro. O grande objetivo da anlise ambiental identificar os rumos que a empresa dever seguir e quais os passos para atingir seus maiores objetivos. Portanto, o resultado da anlise ambiental por meio de uma ferramenta do planejamento estratgico definir as metas e os objetivos estratgicos da empresa. Existem vrias ferramentas para realizar a anlise ambiental e identificar as oportunidades e ameaas. A mais importante delas, e tambm a espinha dorsal das demais a matriz SWOT (foras, fraquezas, oportunidades e ameaas). A matriz ajuda no desenvolvimento de quatro tipos de estratgias, segundo Biagio e Batacchio, 2005, p. 63: Estratgia SO usa fora interna da empresa para obter vantagem em

oportunidades externas;

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Estratgia WO visa melhorar as fraquezas internas obtendo vantagem

em oportunidades externas; Estratgia ST usa a fora da empresa para evitar ou deduzir o impacto

das dificuldades externas; Estratgia WT tticas defensivas direcionadas para reduzir as

fraquezas internas e evitar dificuldades ambientais. Uma vez identificados os pontos fortes e fracos e analisadas as oportunidades e ameaas, pode-se obter a matriz SWOT que adquire importncia pela orientao estratgica que ela proporciona. A empresa precisa definir qual o intervalo de verificao e checar se os resultados esperados esto sendo alcanados, como tambm manter a monitorao ambiental. Assim, saberemos se alguma mudana ou tendncia poder afetar a estratgia inicial. Todos os mercados da mudam, porque mudam os valores da sociedade, muda o comportamento, muda a tecnologia e muda o concorrente. (POLIZEI, 2005).

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Quadro 2 Matriz SWOT PONTOS FORTES Administrao profissional Trabalhar com itens dietticos Instalaes diferenciadas Atendimento personalizado Funcionrios motivados Viso estratgica OPORTUNIDADES Concorrentes s/ administrao profissional Falta de viso estratgica da concorrncia Clientes mais exigentes procurando produtos diferenciados AMEAAS Retaliao da concorrncia com base em preos Supermercados Crise no setor moleiro Instabilidade da economia Inexperincia no comrcio Marca nova Recursos financeiros rela PONTOS FRACOS

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3. PLANO DE MARKETING

Segundo Ambrsio e Siqueira o plano de marketing o documento que resume o planejamento de marketing. Planejar marketing pensar nos inmeros detalhes que compem uma operao empresarial; articular os elementos que formam a ao empresarial que tem como objetivo a verdadeira satisfao do consumidor. Em sntese, o plano de marketing serve para estimular e favorecer todos na empresa a remarem na mesma direo, de modo que o barco v para frente na velocidade adequada. Resumo do Plano de Marketing em formato de fluxo (Ambrsio e Siqueira Plano de Marketing). Fluxo 1 Plano de Marketing

Plano de Marketing

Oportunidade Situao

Marketing Estratgico Consumidor

Marketing Ttico Produto

Mercado

Ponto

Aspectos legais

Promoo

Posicionamento

Preo

Fonte: Ambrsio e Siqueira, 2002, p. 28, com alteraes da autora.

3.1 OPORTUNIDADE

Do latim opportunus, que significa conveniente, adequado, situao nova que oferece uma circunstncia conveniente para qual a organizao ultrapasse os seus objetivos rotineiros. Esse plano de marketing visa aproveitar uma boa oportunidade de negcio, empreendendo uma panificadora e confeitaria que produzir produtos de alta qualidade assim

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como linha especfica para portadores de deficincia metablicas, com previso de data para novembro de 2006, em Braslia.

3.1.1 SITUAO A Villa Paulicia ser comandada por sua scia proprietria, que alm de ter formao em nutrio, possui larga experincia estando frente por muitos anos do Servio de Nutrio e Diettica da Rede de Hospitais Sarah, que dentre outros servios continha a rea de panificao e confeitaria. Os servios ali implantados so de reconhecido sucesso e que credencia a abertura de um negcio prprio. O empreendimento visa atender um mercado cada vez mais exigente em qualidade dos produtos e em atendimento. Ao analisarmos o ambiente econmico e poltico do Brasil, vemos que o cenrio favorvel indicando crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e relativa estabilidade. No Distrito Federal o IDH (como j explanado no plano estratgico-item Ambiente Geral) se apresenta acima da mdia brasileira que se encontra no 63 lugar no ranking mundial enquanto o DF est no 42 com ndice de 0,849, em particular Braslia, onde se pretende situar o empreendimento o ndice de desenvolvimento humano de 0,936, ficando classificado em 9 lugar, vindo frente de pases como o Japo, Sua, Frana e Reino Unido. Crescimento econmico e perspectiva de crescimento Investimentos previstos e outros. Alm dos fatores econmicos e sociais, a abertura de um estabelecimento diferenciado ainda favorecido pelo maior conhecimento que a populao hoje tem sobre nutrio e sanidade dos alimentos. Grupos de apoio das diversas patologias (celacos, diabetes e hipertensos) vm se ampliando e esclarecendo da importncia de consumir alimento adequado. Os principais veculos de comunicao tambm vm sistematicamente apresentando matrias aonde abordam a questo da boa alimentao e a importncia de consumir produtos isentos de contaminao e nutricionalmente balanceados. Braslia foi escolhida para acolher o empreendimento por que ali se concentra uma populao de poder aquisitivo atraente e por ser o centro do Distrito Federal, aonde as tendncias so ditadas.

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Em Braslia, estudo realizado em 2003 (perfil das Indstrias de Alimentao do DF) indica a existncia de 2.095 habitantes por estabelecimento. H perspectiva do aumento deste nmero medida que se apresenta um produto diferenciado que associado a uma boa divulgao venha a se tornar referncia. Segundo pesquisa do IEL/DF conclui-se que apesar da concorrncia dos supermercados, as padarias ainda detm a preferncia do consumidor no tocante a aquisio de pes e artigos de confeitaria. Entretanto, o sucesso destes empreendimentos requer maior especializao dos profissionais do setor, participao dos empresrios em programas de atualizao gerencial, incorporao de novas tecnologias e investimentos em marketing. Tambm cresce a importncia da diversificao de produtos e servios. Dados apontam que somente 49,15% em 2003 estavam filiados a sindicatos e associaes, o que indica uma necessidade de maior conscientizao do seguimento sobre os benefcios decorrentes de aes integradas. E esta carncia que o empreendimento se dispes a suprir. Este plano ainda apresenta a possibilidade de expanso dos servios prestados como: caf da manh, lanches rpidos e servios de buffet noite. Este plano est em plena sintonia com a viso e com a misso da Villa Paulicia.

3.2 MARKETING ESTRATGICOMarketing estratgico denominada fase de levantamento de informaes. uma casa construda de alvenaria bem mais resistente que as casas feitas de madeira. Do mesmo modo, um plano de marketing construdo com informaes slidas, dignas de confiana, ser robusto, firme e confivel (Ambrsio e Siqueira, 2002, p 39). Fundamental, portanto, dados detalhados baseados em informaes corretas, pois todo planejamento ter como alicerce esses relatrios. O marketing estratgico formado por quatro sees: consumidor, mercado, aspectos legais e posicionamento.

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3.2.1

CONSUMIDOR Segundo pesquisa realizada em 2003 pelo IEL, SEBRAE e SIAB, os clientes das

padarias apresentam idade mdia de 35,7 anos. Quanto escolaridade 33,4% tem at a 5 srie, 31,5% concluram o ensino fundamental e 15,7% completaram o ensino mdio. Somente 9,4% tem curso superior. As empresas de panificao atendem principalmente a consumidores de classe C (34,5%), seguidos por clientes pertencentes classe D (31,5%) e classe B (24%). Tabela 1 - Fatores determinantes na escolha do local de compras. Classe A/BProximidade de casa/ trabalho Opes/variedades Promoes Produtos de boa qualidade Preos mais baixos Limpeza Espao para estacionar Bom atendimento Carto do Estabelecimento Fonte: PROPAN Promoes Preos mais baixos Opes/variedades Produtos de boa qualidade Limpeza Bom atendimento Espao para estacionar Carto do Estabelecimento

Classe CProximidade de casa/trabalho

Classe D/EProximidade de casa/trabalho Promoes Preos mais baixos Opes/variedades Produtos de boa qualidade Bom atendimento Limpeza Carto do Estabelecimento Espao para estacionar

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Tabela 2 - Ranking de motivos para consumir em padarias.Motivo de Compra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Fonte: ABIP prximo da residncia prximo do local de trabalho Condies de higiene e limpeza Cortesia no atendimento Qualidade dos produtos Variedades de pes e doces Rapidez no atendimento Po quente a toda hora Instalaes e ambiente agradveis Preos mais acessveis Horrio de funcionamento Algum morador da casa definiu Praticidade no sistema de caixa Por ter estacionamento % 100,0 52,7 30,7 28,8 25,7 18,6 14,3 11,3 6,5 5,6 4,7 2,9 2,0 1,8

O principal canal de comercializao ainda representado pelas padarias, que realizam 82% das vendas em mbito nacional. Os supermercados apresentam uma participao crescente, atendendo a 18% do mercado de pes (IEL, SEBRAE, SIAB em perfil das Indstrias da Alimentao do DF-2003). 3.2.2 MERCADO No Brasil, segundo a ABIP Associao Brasileira da Indstria de Panificao, existem 52 mil padarias. Em 19995 este nmero chegou a 60 mil estabelecimentos. A maior concentrao est na regio Sudeste com 41% do total seguido do Nordeste com 26%, o Sul com 21%, Centro-Oeste com 7% e finalmente a regio Norte com 5%. Dados de 2005 apontam para um faturamento anual de R$25 bilhes e empregando direto e indiretamente cerca de 2 milhes de pessoas. Est entre os seis maiores segmentos industriais do pas, participando com 36,2% das empresas de produtos alimentares e 7% da indstria de transformao. Embora as padarias representam 85% do canal de vendas, e atendendo a mais de 40 milhes de pessoas diariamente, enfrenta um grande desafio que a concorrncia dos supermercados.

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Outro aspecto a ser considerado o reduzido volume de pes consumidos (27 kg/ano). A Organizao Mundial de Sade (OMS) recomenda o consumo anual de pelo menos 60 kg por pessoa. Em outros pases como, por exemplo, Argentina o consumo anual per capta de 73 kg e, no Chile 93 kg, Alemanha 87 Kg e Portugal 70 kg (SIAB-IEL Perfil das Indstrias de alimentao do DF). Atualmente, em relao aos tipos de padarias, podemos destacar quatro tendncias: padaria tipo boutique, localizadas em regio de alto poder aquisitivo, onde a qualidade dos produtos e elevada sofisticada, trabalhando tambm com produtos importados; padaria de servio so aquelas localizadas em regies centrais e oferecem vrios servios alm dos produtos de panificao e confeitaria como lanchonete e fast food; padaria de convenincia so aquelas que alm de oferecer servios tambm comercializa vrios produtos de mercearia; padaria tipo ponto quente ou Express so filiais onde a produo fica na matriz e a ela s visa assamento e a venda. A vantagem que no h necessidade de grande espao, a mo de obra e a estocagem so otimizadas. Por iniciativa do SEBRAE-DF, e realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi do DF, em 2003 foi feito uma pesquisa sobre Censo das Indstrias de Panificao do Distrito Federal com o apoio do SIAB (Sindicato das Indstrias de Alimentao de Braslia). Este trabalho revela as condies atuais do segmento de panificao no DF e nos traz dados importantes como: o nmero de empresas existentes em 2003 de 802; o setor emprega 5.092 trabalhadores em 649 estabelecimentos; mdia de trabalhadores por empresa de 7,85; a idade mdias das empresas de 7,2 anos em 677 respostas;

o desmanche mdio de farinha de trigo por dia de 1,63 saco de 50 kg em 573 estabelecimentos. Sendo, segundo Data Kirstem a mdia nos grandes centros em mdia de 6,2 sacos de 50kg. o consumo mdio de energia eltrica por estabelecimento de 3.115,92 kilowatts/hora; 64,43% dos panificadores alugam os seus estabelecimentos, em quanto no mbito nacional de 71%; no DF 85,43% no adotam o sistema de gerenciamento informatizado. Nacionalmente este dado de 85,9% Desses estudos podemos concluir, que o perfil das empresas de panificao do Distrito Federal assemelha-se ao apresentado pelo setor em dimenso nacional.

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3.2.2.1 CONCORRNCIA A concorrncia, segundo (http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial de

04/03/06) uma das principais caractersticas apontada pelo setor existncia de uma forte concorrncia, que pode ser atribuda, em parte, mudana de perfil do consumidor, entrada de novos investidores, ao aumento do nmero de padarias e concentrao de padarias muito prximas entre si. Porm, a principal preocupao dos empresrios do setor reside na atuao do supermercado, os quais oferecem produtos tpicos das padarias, como doces, leite e pes. Os pes, s vezes so ofertados pela metade dos preos praticados pelas padarias para serem utilizados como atributo pra atrair a clientela e obter um diferencial sobre os concorrentes aumentando a fidelizao. A vantagem dos supermercados possurem vrios tipos de produtos e servios possibilita os consumidores efetuarem suas compras em um nico local, trazendo uma considervel economia de tempo. As padarias, contudo, ainda detm a preferncia dos consumidores no tocante ao seu hbito de consumo de pes. Outra preocupao, alegada pela ABIP, diz respeito concorrncia com as padarias clandestinas, que operam, em sua maioria, margem de tributao, e, por isso, podem comercializar os seus produtos com preos inferiores aos praticados pelas padarias convencionais. H tambm estabelecimentos que no so clandestinos, porm seus proprietrios trabalham com o chamado caixa 2, sonegando impostos e com isto tem mais condies de oferecer preos mais competitivos em relao aos empresrios mais conscientes.

Tabela 3 - Ofertados pelas padarias, sujeitos concorrncia.Posio 1 2 3 4 5 6Fonte: ABIP

Produtos Pes Bebidas Laticnios Frios Doces e bolos Sorvetes

Relao de po x produtos concorrentes 100,0 58,1 55,1 48,7 10,8 4,3

Esta tabela demonstra que a empresa deve se concentrar para definir o elenco de produtos, onde deveremos desenvolver mecanismos para aumentar a venda.

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Tabela 4 Regio Administrativa x nmero de estabelecimentosRegio Administrativa Taguatinga Ceilndia Braslia Guar Gama Santa Maria Planaltina Sobradinho Cruzeiro Santa Maria Recanto das Emas Brazlndia Riacho Fundo Ncleo Bandeirante Parano So Sebastio guas Claras Candangolndia Lago Sul Lago Norte Total de estabelecimentos Fonte: IEL N estabelecimentos 118 104 102 46 44 41 40 40 32 26 20 14 14 12 12 09 08 08 06 04 700 Percentual 16,86% 14,86% 14,57% 06,57% 06,29% 5,86% 5,71% 5,71% 4,57% 3,71% 2,86% 2,00% 2,00% 1,71% 1,71% 1,29% 1,14% 1,14% 0,86% 0,57% 100%

A tabela acima demonstra a distribuio de estabelecimento pelo Distrito Federal. Taguatinga, Ceilndia e Braslia so as regies com maior nmero de padarias. guas Claras, Candangolndia, Lago Sul e Lago Norte so as regies com menor nmero, portanto mais interessante para a implantao de um empreendimento. Tabela 5 - Densidade demogrfica por regio administrativaRegio Administrativa Ceilndia Taguatinga/A.Claras Braslia Samambaia Gama Planaltina Guar Sobradinho Santa Maria Cruzeiro Recanto das Emas Brazlndia Parano So Sebastio Ncleo Bandeirante Lago Sul Lago Norte Riacho Fundo Candangolndia Distrito Federal Populao Habitantes 361.930 235.676 213.669 163.946 128.354 122.920 108.413 106.753 92.578 59.118 54.542 50.364 49.743 46.692 33.067 30.553 27.667 22.558 14.595 1.923.138 Estimado % 18,82% 12,25% 11,11% 8,52% 6,67% 6,39% 5,64% 5,55% 4,81% 3,07% 2,84% 2,62% 2,59% 2,43% 1,72% 1,59% 1,44% 1,17% 0,76% 100% rea (km2) 230,33 121,55 472,12 105,70 276,34 1.534,69 45,46 572,59 215,86 8,90 101,22 474,83 853,33 383,71 80,43 183,39 66,08 56,02 6,61 5.789,16 (Km2) % 3,98% 2,10% 8,16% 1,83% 4,77% 26,51% 0,7%9 9,89% 3,73% 0,15% 1,75% 8,20% 14,74% 6,63% 1,39% 3,17% 1,14% 0,97% 0,11% 100% Densidade Demogrfica (hab/km2) 1.571.35 1.938.92 452.57 1.551.05 464.48 80.09 2.384.80 186.44 428.88 6.642.47 538.85 1.06.070 58.29 121.69 411.13 166.60 418.69 402.68 2.208.02 332.20 N estab. Qt 104 126 102 41 44 40 46 40 26 32 20 14 12 9 12 6 4 14 8 700 Habitantes/ Estabel. % 14,86% 18,00% 14,57% 5,86% 6,29% 5,71% 6,57% 5,71% 3,71% 4,57% 2,86% 2,00% 1,71% 1,29% 1,71% 0,86% 0,57% 2,00% 1,14% 100% 3480 1870 2095 3999 2917 3073 2357 2669 3561 1847 2727 3597 4145 5188 2756 5092 6917 1611 1824 Mdia 3248

Fonte: Codeplan 1997

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O Tabela anterior estabelece a relao do nmero de estabelecimentos x habitantes por Regio Administrativa. Esta informao nos auxilia na definio do ponto, necessrio que o empreendimento possa contar com maior nmero de consumidores por metro quadrado. Conforme estudo realizado pelo IEL (Perfl das Indstrias da Alimentao do DF), das 700 empresas pesquisadas, quanto natureza jurdica predominam as sociedades limitadas com um percentual correspondendo a 73,43%. As organizaes individuais apresentam uma freqncia de 26,29%. Quanto ao nmero de funcionrios por empresa se verificou que 88,57% empregam no mximo 20. Esses resultados revelam um segmento onde predominam as micro-empresas. Somente 4,43% so consideradas pequenas, nenhuma das organizaes enquadrou-se nos critrios de mdio e grande porte. Em consonncia com essa realidade os dados coletados indicam que no tocante ao regime tributrio federal 56,57% dos empreendimentos do DF optaram pelo Simples Federal, 7,29% pelo Lucro Real e 1,71% pelo Lucro Presumido. Das empresas consultadas 34,43% no responderam a essa questo. Tabela 6 Regime tributrio dos estabelecimentosRegime Tributrio Federal Simples Federal No sabe ou no respondeu Lucro Real Lucro Presumido Total de estabelecimentos Fonte: IEL N estabelecimentos 396 241 51 12 700 Percentual 56,57% 34,43% 7,29% 1,71% 100%

Em mbito distrital, os resultados foram que 81,86% aderiram ao Simples Candango e 18% pagam outra modalidade de imposto e apenas 0,14% no sabem ou deixaram de responder. Tabela 7 Regime tributrio: Opo pelo Simples CandangoOptante pelo Simples Candango Sim No No sabe ou no respondeu Total de estabelecimentos Fonte:IEL N estabelecimentos 573 126 1 700 Percentual 81,86% 18,00% 0,14% 100%

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3.2.4 POSICIONAMENTO O posicionamento pretendido para a Villa Paulicia junto ao mercado ter credibilidade por ser uma empresa extremamente sria e profissional, ser reconhecida pelo seu diferencial que manter a tradio das antigas padarias quanto ao atendimento personalizado, sincero e aconchegante. Tabela 8 - Posicionamento das principais concorrentes.Empresa Via dos Pes Po Dourado Gro Mestre Divino Po Panitlia Belini Posicionamento Localizao excelente, bom atendimento, timo sistema de exposio de produtos para venda. Sistema de iluminao precria. Muito profissional bom atendimento, servio e produtos tradicionais e de boa qualidade, preos caros. Decorao moderna e agradvel, produtos de qualidade e sofisticados, preos caros. Decorao simples, porm, muito aconchegante, produtos simples, atendimento simptico e preos baixos. Rede franquiada, alguns produtos com boa qualidade, bonita decorao, atendimento regular e algumas unidade em decadncia. Gozam de fama de ter sido muito boa. Atualmente o atendimento ruim, produtos de qualidade regular e preos caros.

Fontes: pesquisa da autora.

Quanto ao ciclo de vida, estabeleceremos o seguinte: O primeiro ano servir para o lanamento da marca como empresa comprometida com a sade e a satisfao do cliente. Os anos seguintes sero de consolidao do nome e expanso dos servios (caf da manh, lanchonete, happy hours). Estimular a expanso de fornecimento de produtos empresas e rgos governamentais.

3.2 MARKETING TTICOO modelo de marketing ttico utilizado neste trabalho foi desenvolvido por Jerome Macarthy em 1950 com a denominao 4Ps. Os 4 Ps vem de quatro palavras da lngua inglesa que representam os elementos essenciais de marketing: mais C. Product (produto) Place (ponto de venda) Promotion (promoo) Price (preo)

No centro est o consumidor alvo de todos os esforos de marketing. Portanto 4Ps

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Tabela 9 Componentes do modelo dos quatros PsComponentes dos 4 Ps C de consumidor - hbitos de usos e costumes - papeis de compra P de ponto - canais de venda - previso de venda - logstica

- perfil do consumidor - desejos e necessidades P de produto - marca - qualidade - design - servios - embalagem - garantias P de promoo - pblico-alvo - venda pessoal - propaganda - promoo de vendas - marketing direto - relaes pblicas Fonte: Ambrsio e Siqueira Plano de marketing p.9

P de preo - nvel de preo - desconto - margem de lucro - financiamento

3.3.1

PRODUTO O desejo de abrir uma padaria vem de muito tempo. Formada em nutrio e ciente da

importncia que culturalmente, nutricionalmente, historicamente e espiritualmente, o po tem na trajetria humana este projeto a muito est sendo gerado. Sabedora que o ser humano, na sua complexidade, tem a alimentao como uma da sua mais importante manifestao e tendo no po o seu sentido mais simblico, estabeleceu como meta construir um empreendimento que fosse sensvel a estas necessidades. Para tanto, temos como objetivo, oferecer um produto aonde todas as exigncias sanitrias sejam respeitadas e que seja forada tambm questo nutricional, tendo no seu elenco itens direcionados para diversas patologias sem por isso perder no quesito sabor. Caracterstica do negcio: A Villa Paulicia uma empresa privada que tem como objetivo o lanamento de um empreendimento especializado no fabrico d produtos de panificao e confeitaria de alta qualidade, com fins lucrativos. Atenderemos de incio pessoas fsicas apenas vendendo os produtos, mas no futuro elaboraremos programas de marketing voltados para empresas e tambm ampliaremos os servios ofertados na loja, como caf da manh, happy hours e lanchonete. Nosso diferencial ser a seriedade de ser gerida por profissional formado na rea e com grande preocupao nutricional num ambiente confortvel e atrativo comercializando seus produtos no sistema self-service. A seguir relacionaremos o servio que iremos prestar, ou seja, o valor que vamos entregar ao cliente.

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Benefcio ncleo produzir produtos de qualidade e adequado ao equilbrio nutricional com forte atrativo gastronmico. Servio bsico produzir produtos de panificao e confeitaria e comercializar itens de mercearias e frios. Servio esperado produtos feito no mais rigoroso acompanhamento quanto a qualidade da matria prima e produo. Servio ampliado estender a gama de servios prestados oferecendo produtos especficos para vrias patologias com exigncias nutricionais. Servio potencial Expanso dos servios para o mercado de pessoas jurdicas e a ampliao da oferta de servios como: caf da manh, happy hours e lanchonete.

Marca: A marca adotada foi Villa Paulicia, pois este nome sintetizou o clima que se espera instalar no empreendimento. Villa nos faz reportar idia de coisa de bairro, algo que nos faz lembrar casa de famlia, lugar aonde a pessoa se sente segura. Paulicia com a inteno de se remeter ao grande centro gastronmico, que So Paulo, com um jeito um pouco potico. As cores escolhidas (amarelo vinho, bege e cinza) so com a inteno de transmitir elegncia e aconchego, nos faz lembrar algo quente, com o po quentinho sado do forno. A logomarca pode ser vista na pgina inicial do trabalho. As letras no estilo antigo faz lembrar as consagradas padarias dos bairros italianos da capital paulistana. So Paulo como referncia lembrado atravs do mapa estilizado em cinza, tendo alguns prdios smbolo da cidade. Qualidade: Quanto a qualidade a Villa Paulicia prestar um servio de melhor qualidade que o dos concorrentes, reforando o seu posicionamento de valor superior. A equipe ser formada por pessoas conscientes e com forte senso profissional, onde o aprimoramento ser uma constante. O atendimento ser um dos pontos forte, cortesia sincera, presteza, simpatia e demonstrar ser conhecedor dos produtos comercializados ser sempre a perfeio como uma meta. Servios facilitadores: Uma caracterstica que dever ser classificada como servios facilitadores a inteno da comercializao atravs do sistema self-service. Assim, esperasse que os clientes se sintam mais vontade para compor sua cesta de compras. Ajuda s se

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solicitada ou quando nossas assistentes perceberem alguma dificuldade, que por ventura nossos clientes enfrentar. Outro item que dever agregar qualidade ser a distribuio de folders informativos quanto importncia nutricional dos produtos comercializados e o esclarecimento sobre diversas patologias e seus cuidados quanto a correta alimentao. Sabedora de que toda prestao de servio e fabricao suscetvel de erros, montaremos um sistema para que as reclamaes, e sugestes possam ser feitas. Usaremos site, caixas-urnas ou diretamente com os atendentes. Seja l qual for a via, rigorosamente sempre o cliente ter um retorno. Uniforme: O item uniforme / apresentao pessoal ser um ponto de grande relevncia, pois a imagem dos funcionrios deve refletir nossa proposta de valor. Limpos e sempre bem passados, com a logomarca da empresa, reforam nossa imagem de qualidade elevada. 3.3.2 PONTO O P de ponto de venda tambm chamado de praa, distribuio ou simplesmente ponto (Ambrsio e Siqueira, 2002, p. 64.). Canais de Distribuio A Villa Paulicia no tem um ponto definido, mas est delineada quais regies possveis: preferencialmente ser Asa Norte, Sudoeste, Asa Sul, guas Claras ou Lago Norte. So nestas regies onde se encontra o pblico alvo. Sero observadas algumas caractersticas como: acesso, estacionamento, segurana, visibilidade e espao. Outro canal de venda ser os hospitais, hotis, restaurantes spas e outros. Para o consumidor direto o estimulo a compra ser atravs de programas traados que viro ressaltar os benefcios nutricionais e gastronmicos dos produtos apresentados (folders, cartazes, mala direta e outros). Para o consumidor indireto ser garantia de entrega pontual e qualidade que venha a encantar seus clientes.

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Instalaes e Espaos Nossas instalaes devem refletir a proposta de valor que a Villa Paulicia pretende estabelecer para seu pblico. A decorao dever aconchegante, charmosa, iluminada e racional. Dever ter um espao comunitrio onde dever constar servio de interesse pblico como: informaes nutricionais, ecolgicas, sanitrias, culturais, quadro para classificados, venda de produtos de entidades filantrpicas e outros de proveito para a comunidade. O espao ter entre 250m2 a 300m2, sendo 50% para a loja, 30% para produo, 12% para o estoque, 5% para administrao e 3% para os sanitrios. Logstica de Mercado Processamento Alm da venda direta no balco, as aquisies feitas por empresas ou instituies e solicitaes de encomendas podero ser realizadas por telefone, fax ou e-mail. Estoque Quanto ao nmero de pessoal, haver variao dentro do setor conforme horrio, por exemplo: na hora do pico de venda parte do pessoal da produo auxiliar na loja e quando houver maior demanda na produo, parte dos funcionrios atendentes ajudaro na confeco dos produtos. Quanto ao estoque de matria prima, ser adotado um sistema que consiste em fazer aquisio baseado na programao de cardpios, de modo que se saber o quanto de produto ser fabricado com a mercadoria adquirida. A quantidade dever ser a mais reduzida possvel. Transporte O transporte da matria prima recebida ser preferencialmente do fornecedor e o transporte para entrega dos nossos produtos ser realizado pela Villa Paulicia em carro prprio devidamente adaptado. Armazenagem O local de armazenagem ter toda estrutura que cada produto exige, os perecveis ficaro sobre refrigerao dividido de acordo com a classe de cada material, os no perecveis sero acondicionados em local arejado, seco com janelas teladas em prateleiras prprias.

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Previso de vendas Nossa previso de venda estar entre s 8,14% dos estabelecimentos e gradualmente ir aumentando, sendo que depois de dois anos estaremos desmanchando de 3 a 4 sacos e no findar de cinco anos almejamos a meta de 5 a 6 sacos de 50kg de farinha de trigo utilizado. Tabela 10 - Quantidade de farinha de trigo utilizada por diaDesmanche Dirio (de saco de farinha de trigo de 50kg) nas panificadoras do DF-2003 No respondeu ou no utiliza At 01 saco De 1,01 a 2 sacos De 2,01 a 3 sacos De 3,01 a 4 sacos De 4,01 a 5 sacos De 5,01 a 6 sacos De 6,01 a 7 sacos De 7,01 a 8 sacos De 8,01 a 9 sacos De 9,01 a 10 sacos Mais de 10 sacos Total de estabelecimentos Fonte: SIAB-IEL/DF N estabelecimentos 127 252 207 57 34 9 3 2 2 1 1 5 700 Percentual % 18.14 36.00 29.57 8.14 4.86 1.29 0.43 0.29 0.29 0.14 0.14 0.71 100

Pesquisa Prevista A pesquisa prevista para avaliao do ponto ser encomendada no ADM Consultoria Jnior do departamento de administrao da UnB a um custo em torno de R$3.000,00

3.3.3

PROMOO Pblico Alvo O pblico alvo so as classes mdia e alta portadores de deficincias metablicas que

exijam qualidade.

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Copy Strategy (estratgia de criao) Objetivo posicionar o empreendimento como inovador no mercado de panificao com alto padro de atendimento e se tornar modelo no aspecto sanitrio e gastronmico. Reason Why (por que razo) A Villa Paulicia ter profissionais de perfil e com conhecimento acima da mdia. Tom No lanamento transmitiremos os diferenciais da empresa: Preocupao nutricional; Garantias sanitrias; Cordialidade no atendimento.

Imagem do Consumidor Famlia saudvel, autoconfiante, moderna, esclarecida e socivel. Propaganda Estratgia As ferramentas de propagandas utilizadas sero: Anncios impressos em jornais regionais; Folders, distribudos nas quadras mais pertos com informaes sobre os servios e os diferenciais da nossa empresa; Patrocinar pequenos eventos como forma de divulgao e selar o compromisso com causas sociais; Folhetos distribudos nas associaes e clnicas ligadas a pacientes portadores de deficincia metablica. Promoo de Vendas Patrocinar coffee-break nas reunies promovidas pelas associaes dos pacientes com deficincias metablicas; Promover sorteio de cestas de caf da manh entre os clientes da loja; Distribuio de kit de produtos para compradores dos clientes jurdicos

Relaes Pblicas Objetivos Atravs da contratao de um assessor de imprensa divulgar o nome Villa Paulicia como uma empresa inovadora que veio para firmar posio no mercado.

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Participar de entrevistas em programas de televiso e rdio, quando o assunto for alimentao; Reportagem em jornais regionais; Distribuio de press-releases (comunicado a imprensa) aos principais formadores de opinio; Elaborao de um site na Internet com link para o sites dos principais rgos regulamentadores das profisses ligada a sade e a gastronomia. Venda a Pessoas Fsicas e Jurdicas Objetivos Atingir volume de vendas atravs da implementao de clientes jurdicos e a fidelizao dos clientes fsicos. Teremos uma pessoa de venda externa que far visitas a clientes potenciais e uma equipe de venda interna que orientar nossos consumidores sobre os produtos. Treinamento da equipe, ser um dos pontos mais forte de nossa empresa. Todos recebero orientao quanto ao nosso produto e todos sero preparados na arte de bem servir, bem como detero conhecimento tcnico para melhor orientar nossos clientes nas suas escolhas. O material de trabalho disponvel ser flderes para auxili-los nas explanaes. Endomarketing Objetivos Criar um ambiente motivador para a prestao de um servio superior. clientes; Sero realizadas as seguintes aes de endomarketing: Distribuio de apostilas para funcionrios; Autonomia aos colaboradores para sempre superar as expectativas dos

Instruo para todos os empregados sobre conceito de marketing de servios e a importncia da apresentao pessoal; Treinamento visando a competncia emocional dos funcionrios de modo a possibilitar um ambiente corporativo; Realizar reunies peridicas de modo que todos podero falar livremente dando sugestes e sugerindo mudanas.

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3.3.4 PREO Objetivos para conquistarmos uma posio pretendida, buscaremos destaque no binmio, preo qualidade, para sermos reconhecidos como prestadores de um servio diferenciado. Estratgia O preo praticado ser o justo, porm o quesito primeiro ser a qualidade. Seremos transparentes quanto aos cuidados na nossa produo, de modo que os clientes percebam que a possvel diferena no preo ser de longe compensado pela segurana da qualidade. Comparao com a Concorrncia - Estaremos sempre antenados para praticarmos os preos alinhados ao mercado. Estrutura de Preo Para estabelecermos o preo final de cada produto, ser feito os clculos no plano financeiro, aonde estabeleceremos os custos diretos, os indiretos, o capital de giro, a margem de lucro e outros.

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4. PLANO OPERACIONAL

O Plano Operacional est relacionado a forma da empresa operar, incluindo desde a maneira de gerenciar o negcio at a maneira de executar, distribuir e controlar produtos ou servios (Biagio e Batocchio, 2005, p. 167).

4.1 ESTRUTURA FUNCIONALA Villa Paulicia, ter sua estrutura funcional em trs nveis hierrquicos, conforme o organograma abaixo, o que representa um nvel de integrao e velocidade na tomada de decises adequados s suas atividades. Fluxo 2 Nveis hierrquicos

Gerente Financeiro

Gerente de Pessoal

Gerente de Material

Caixas

Vendedor Externo

Tcnico de Produo Pessoal da Limpeza Auxiliares de Produo

Vendedores de Loja

Assistente Adm Motorsta

A matriz de responsabilidade destaca o pessoal chave, seus cargos e respectivas responsabilidades:

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Tabela 11 Cargo x responsabilidade NomeYuri Sampaio Maluf

CargoScio gerente

ResponsabilidadePlanejamento financeiro, controle de custo, controle de caixas e relatrios administrativos. Produo, rea de venda interna e externa, controle de qualidade, marketing, seleo e treinamento de pessoal e pelo desenvolvimento de produtos. Compras, contabilidade, manuteno e pelo controle de material (matria prima e produtos). Responsvel para ampliar e acompanhar clientes institucionais e pela entrega de produtos. Realizar servios de computao e atuar como motorista. Responsvel pelo caixa da loja e pelo balano. Responsvel pelo atendimento ao cliente, orientaes, arrumao da loja e eventual auxilio na produo. Responsveis pela produo padronizao de produtos. e pela

Ana Helena Sampaio Maluf

Scio gerente

Fares Maluf Jr. Scio gerente 1 (pessoa) Vendedor externo 1 (pessoa) Assistente Administrativo/Motorista 4 (pessoas) Caixa 6 (pessoas) Vendedores da loja 4 (pessoas) Padeiros/salgadeiro/confeiteiro 4 (pessoas) Auxiliares dos tcnicos da produo 2 (pessoas) Faxineiros Fonte: autora

Auxiliar os padeiros, confeiteiro e salgadeiro e eventual suporte nas vendas na loja. Responsvel pela higienizao da produo e da loja

Para os servios complementares de contabilidade e segurana, sero realizados atravs de empresas terceirizadas. A empresa adotar poltica salarial diferenciada do mercado e oferecendo como complemento os seguintes benefcios: vale refeio, cesta bsica e plano de sade.

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4.2 DESCRIO DA REA FSICA

Como j descrito no item do Marketing Ttico, a empresa ser instalada numa rea de 250 a 300m2, distribudo da seguinte forma: 50% 30% 12% 05% 03% para loja para produo para estoque para administrao para banheiros e armrios individuais

A loja dever constar de expositores self-service para os produtos de panificao, confeitaria, mercearia, queijos, embutidos, pats, sorvetes e bebidas. Os vendedores se apresentaro apenas para orient-los e auxili-los quando solicitados, ou para atender algum pedido que no conste nas prateleiras. O caixa ficar na sada. A produo ser dividida em setores. Panificao, confeitaria e salgados, rea de coco, rea de lavagem de utenslios, alm de contar com um ponto para lavagem de mos e local para lavagem de pano de cho e lixeiras. O estoque dever ser totalmente telado e contar com prateleiras, estrados e geladeiras. A administrao ter duas mesas com computadores e armrios para pastas. Os banheiros (feminino e masculino) tero um chuveiro em cada um alm da pia e sanitrios. Cada funcionrio ter seu armrio para guarde de objetos pessoais.

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4.3 SISTEMA PRODUTIVO

Ser elaborado ficha tcnica para cada produto de modo que todos os funcionrios tero capacidade para reproduzi-los. O processo de produo tambm ser descrito na ficha tcnica. Daremos como exemplo os pezinhos do tipo francs. Quadro 3 Ficha Tcnica Inicia-se misturando-se a farinha de trigo, o sal, o acar, o fermento e os melhoradores de massa em um equipamento denominado masseira, o qual tem por funo misturar completamente todos os ingredientes. Em seguida adicionada gua at que a massa ganhe consistncia elstica adequada. Posteriormente a massa vai para o cilindro que lhe confere textura e elasticidade adequada, transformando-a em uma massa mais compacta denominada na panificao de fita. Com a utilizao de uma balana, a fita subdividida em pores de 2.1kg. Cada uma destas pores de massa ingressa na divisora, que a sub divide em 30 pequenas pores de aproximadamente 70g cada. Em seguida, cada uma destas pores ser passada atravs da modeladora, recebendo o formato de pezinhos. Estes so depositados em assadeiras, os quais se parecem com prateleiras perfuradas, prprias para serem encaixadas tanto nos armrios de crescimento quanto no forno. Nos armrios, os pezinhos, ainda crus, permanecero crescendo por aproximadamente 30 minutos. Aps crescerem, recebem um corte na superfcie superior, sendo encaminhados para o forno, onde permanecem at estarem assados.Fonte Sebrae

A produo de doces e outros pes desenvolvem-se a partir destes e outros equipamentos complementares, com uma variao enorme de atividades especificas, no relevantes para o propsito deste documento.

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Equipamentos/Utenslios: 01 forno-3 cmaras de cozimento, capacidade de 50kg/hora energia a gs natural e eltrico, deve possuir gerador de vapor, dispor de boa distribuio interna de calor e ser de fcil limpeza. masseira, dupla velocidade (Velocidade mxima 380 rpm), painel de controle com temporizador, capacidade para 50kg/hora. divisora de massa de fcil limpeza. modeladora de massa com lonas-feltro bem ajustadas, capacidade para 50kg/hora. balana eletrnica. batedeira, 3 velocidades (60,90 e 120 rpm), capacidade para 20kg/hora. carrinhos com assadeiras, capacidade individual para 250 pes. cmara de fermentao, controle de umidade e temperatura, programvel, capacidade para 250 pes. moinho para farinha de rosca. fatiadora de pes. freezer horizontal, capacidade para 320 litros. mquina de gua, capacidade para 10litros/hora.

01 01 01 01 01 03 02 01 01 01 01

Utenslios diversos 02 06 06 06 02 24 60 10 mesas tabuleiros facas esptulas aparelhos para confeitar frmas para po de fatias frmas para po de hamburger vasilhas diversas forminhas diversas para salgados e outros Comercializao 01 01 03 01 01 01 balco frigorfico balco expositor horizontal prateleiras expositoras balco expositor vertical balana eletrnica com impressora mquina para fatiar frios

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01 01 01 01 01

mquina seladora freezer para leite caixa registradora mvel sob medida para instalao do caixa (1,5 x 1,5 m2) cadeira com espuma injetada

Administrativo 04 02 02 02 01 01 01 cadeiras mesas de escritrio (1,0 x 0,6 m2) calculadoras financeiras computadores aparelho de telefone fax impressora Fornecedores A empresa selecionar os fornecedores por um sistema de pontuao/classificao, onde so levados em conta os seguintes fatores: qualidade, pontualidade na entrega, praticar as normas sanitrias, ter transporte adequado, ter alternativa como forma de pagamento, preo, idoneidade e ter boa estrutura logstica.

4.4 QUALIDADEA empresa garante a qualidade de seus produtos por meio de um rigoroso controle de qualidade, efetuado durante o processo de fabricao, desde a escolha do fornecedor, o recebimento dos materiais at a expedio dos produtos acabados e posterior retorno da avaliao dos clientes. Os pontos de controle sero indicados nas fichas de acompanhamento que sero norteados pelo manual de boas prticas.

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4.5 SISTEMA DE GESTOA empresa adotar como sistema de gesto o HimeSystem que um software utilizado no gerenciamento de empresa esse sistema controla o estoque, faz anlise de custo, emite cupom fiscal, produz controle financeiro, cadastro de clientes e fornecedores, controle de caixa e produo, faz estatstica, planeja compra, organiza compras a receber e a pagar, faz controle bancrio, ajuda na montagem de mala direta e outros.

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5. PLANO FINANCEIROO plano financeiro dentro de um plano de negcios procura demonstrar um conjunto de projees abrangentes que possam refletir o desempenho futuro da empresa em termos financeiros (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005, p. 202) Com o planejamento financeiro possvel estabelecer e cumprir metas. Quando bem fundamentada estes estudos transmitiro uma imagem de estabilidade e digna de crdito, tornando-se um dos pontos de avaliao da atratividade do negcio.

5.1 PLANO DE INVESTIMENTO5.1.1 Investimentos Fixo Os investimentos fixos so os valores que devero ser gastos na montagem da infra estrutura tais como, os equipamentos, mquinas mveis, entre outros, conforme ilustrado na planilha abaixo: Quadro 4 Investimento Fixo1 2 3 4 5 6 7 Discriminao Mquinas e Equipamentos Instalaes Mveis e utenslio Informtica Veculos Estudos e Projetos Gastos Pr-Operacionais Soma Reserva Tcnica (10%) Total dos Investimentos Fixos Valor 40000 20000 10000 5000 15000 2000 1000 93000 9300 102300 % do total 39 20 10 5 15 2 1 91 9 100

5.1.2 Mo de Obra Direta com ProduoPor se tratar de uma padaria, onde se vendem produtos por ela fabricados e tambm se revende produtos adquiridos de outros, separamos para efeito de coerncia de clculo, a mo de obra direta envolvida com a produo (fabricao) da mo de obra envolvida com o atendimento de venda (balco) com seus respectivos encargos conforme planilhas abaixo:

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Quadro 5 Mo de Obra Direta com Produoitem 1 2 3 4 5 6 Discriminao Padeiros Auxiliar de padeiro Confeiteiro Auxiliar de confeiteiro Salgadeiro Auxiliar de salgadeiro Soma Encargos Sociais INSS FGTS 13 Salrio Frias Faltas Auxlio Transporte Auxlio Alimentao Total dos encargos Em % 20 10 14 14 5 6 6 75 Qtde 2 2 1 1 1 1 Valor 1200 500 1200 500 1200 500 tota 2400 1000 1200 500 1200 500 6800 % do total 20 8 10 4 10 4

1360 680 952 952 340 408 408 5100 11900

11 6 8 8 3 3 3 43 100

Total

Quadro 6 Mo de Obra Direta com Atendimento (Balco)item 1 2 3 Discriminao Balconista tipo 1 Balconista tipo 2 Faxineiro Soma Encargos Sociais INSS FGTS 13 Salrio Frias Faltas Auxlio Transporte Auxlio Alimentao Total dos encargos Qtde 3 3 2 Valor 500 400 350 tota 1500 1200 700 3400 % do total 13 10 6

Em % 20 10 14 14 5 6 6 75

680 340 476 476 170 204 204 2550 5950

6 3 4 4 1 2 2 21 100

Total

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5.1.3 CUSTOS FIXOSCustos fixos so aqueles que no variam (dentro de limites), independentemente do nvel de atividade da empresa, ou seja, produzindo-se ou vendendo-se qualquer quantidade, os custos fixos existiro. Quadro 7 Custos FixosDiscriminao Pessoal Administrativo 1 Caixa 2 Gerente/vendedor externo 3 Auxiliar Administrativo/motorista Soma Encargos Sociais INSS FGTS 13 Salrio Frias Auxlio Transporte Auxlio Alimentao Total dos encargos Total com Pessoal Administrativo Outras Despesas 1 Aluguel do Imvel 2 Despesas de Condomnio 3 Energia Eltrica 4 Telefone 5 gua 6 Material de Limpeza e Conservao 7 Material de Escritrio 8 Pr-labore 9 Honorrio Contbeis 10 Despesas com veculo 11 Segurana terceirizada 12 Manuteno 13 Depreciao 14 Outras despesas Soma Total Qtde Valor total 4 500 2000 1 1000 1000 1 700 700 3700 Em % 20 10 14 14 6 6 75 % do total 13 6 4 23

740 370 518 518 222 222 2775 6475

5 2 3 3 1 1 17 41

2000 180 300 300 1500 250 110 3 1500 4500 350 300 300 300 320 100 9460 15935

13 1 2 2 1 2 1 28 2 2 2 2 2 1 59 100

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5.1.4 Custo de FabricaoTodos os itens fabricados devero ter planilhas de custos a exemplo do que apresentado aqui para o po francs, este com finalidade ilustrativa. Quadro 8 Custo de FabricaoItem Produtos 1 Farinha de trigo 2 Sal 3 Acar 4 Fermento 4 Melhoramentos 5 gua fria 6 Energia Eltrica /GLP Total gasto por Dia Custo Dirio da Matria Prima Quant em kg Valor unitrio 100 0,54 2 0,40 0,5 0,50 1 5,00 1 2,25 58 0,000 70 0,500 Total 54,00 0,80 0,25 5,00 2,25 0,00 35,00 97,30

Custo unitrio da Matria Prima Custo unitrio Custo total da MP por dia Fabricao diria da MP 97,30 2000 0,0487 Custo unitrio da mo de Obra direta com fabricao Custo unitrio Custo Rateado da Mo de Obra de mo de Obra ndice de rateio em % Fabricao mensal direta por ms na fabricao 1275,00 60000 Custo fixo unitrio Custo Rateado do custo fixo mensal, para a fabricao de po 1593,50 Fabricao mensal 60000 Custo fixo unitrio na fabricao 0,0266 ndice de rateio em % 10 0,0213 50

Custo Unitrio de fabricao Discriminao Custo unitrio da MP Custo unitrio da mo de obra direta na fabricao de po Custo unitrio, rateado do custo fixo mensal, para a fabricao de po Soma (custo unitrio de fabricao) Custo da mercadoria vendida Grupo Discriminao 1 Pes fabricados Custo de fabricao Mo de obra direta, balco Custo fixo, rateado venda do po Soma

Valor 0,0487 0,0213 0,0266 0,0965

Valor 60000 5788 1190 3187 10165

ndice de rateio em %

20,0 20,0

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5.1.5 Custo de Mercadoria VendidaQuadro 9 Custo da mercadoria vendidaGrupo 1 Discriminao Pes fabricados Custo de fabricao Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda po Soma Confeitaria Custo de fabricao Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda po Soma Salgados Custo de fabricao Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda Soma Frios Custo de aquisio Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda Soma Enlatados Custo de aquisio Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda Soma Sorvetes Custo de aquisio Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda Soma Refrigerantes Custo de aquisio Mo de obra direta, balco custo fixo, rateado venda Soma Total do custo de aquisio/fabricao Total do custo de Mo de obra direta venda Total do custo fixo 8 Total Gral 60000 5788 298 797 6882 5,0 5,0 Valor ndice de rateio em %

2

5000 1190 3187 9377

20,0 20,0

3

5000 1785 4781 11566

30,0 30,0

4

2000 1190 3187 6377

20,0 20,0

5

2000 595 1594 4189

10,0 10,0

6

2000 595 1594 4189 1200 298 797 2294 22988 5950 15935 44873

10,0 10,0

7

5,0 5,0

100 100 100

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O custo das mercados vendidas no so os relativos aos custos de aquisio ou fabricao, a eles agregados outros custos. O Custo da mercadoria vendida , por definio, igual a soma dos custos de aquisio ou fabricao mais o rateio dos custos fixos e da mo de obra direta envolvida com a venda dos produtos comercializados pelo empreendimento. Com exceo dos pes os demais valores so apenas ilustrativos

5.1.6 Resultados OperacionaisNessa fase do plano apresentado o resultado do negcio que se esta projetando. Todos os custos e receitas levantados e calculado nas planilhas anteriores so aqui processados para se ter uma viso global do negcio inclusive com indicadores de performance. Quadro10 Indicadores de VendasGrupo 1 2 3 4 5 6 7 Discriminao Pes fabricados Confeitaria Salgados Frios Enlatados Sorvetes Refrigerantesndice de Comercializao IC% Margem de Lucro ML% Taxa de Marcao TM %

20,65 20,65 20,65 20,65 20,65 20,65 20,65

20,00 12,00 12,00 12,00 12,00 10,00 15,00

0,5935 0,6735 0,6735 0,6735 0,6735 0,6935 0,6435

Quadro 11 Demonstrativo do custo de comercializaoIndicadoresICMS PIS Cofins Imposto de Renda Comisses Publicidade Total

ndices em %17 0,65

Valor11557 442 1360 0 680 0 14038

20 1 0 20,65

Quadro 12 Receita OperacionalGrupo 1 2 3 4 5 6 7 Discriminao Pes fabricados Confeitaria Salgados Frios Enlatados Sorvetes Refrigerantes Total Valor 11595 13923 17172 9468 6219 6040 3565 67983 % do total 17 20 25 14 9 9 5 100

50

Quadro 13 Resultados OperacionaisItem Discriminao 1 Receita Operacional 2 Custos Variveis 2.1 Custo de aquisio/fabricao 2.2 Mo de obra direta com atendimento (balco) 2.3 Custo de Comercializao 3 Soma 4 Custo Fixo 5 Custo Total 6 Lucro Operacional 7 IR alquota 15% 8 Lucro Lquido 9 Margem de Contribuio 10 Ponto de Equilbrio 11 Lucratividade Valor 67983 22988 5950 14038 42976 15935 58911 9072 1361 7711 25007 % do total 100 34 9 21 23 87 13 11 37 64 11

5.1.7 Investimento InicialEsta Planilha apresenta, baseada nos clculos das planilhas anteriores, o montante do investimento inicial necessrio para viabilizar o empreendimento projetado. Quadro 14 Investimento InicialItem Discriminao 1 Investimento Fixo 2 Capital de Giro 2.1 Estoque Inicial 2.2 Mo de obra direta (fabricao + vendas) 2.3 Custos fixos 2.4 Despesas promocionais 3 Soma 4 Diversos 4.1 Registros/Regularizao 4.2 Divulgao e marketing 4.3 Outros custos 5 Soma 6 Sub Total 7 Reserva Tcnica (10%) 8 Total Valor 102300 22988 17850 15935 0 56773 % do total 57 13 10 9 0 32

500 3000 800 4300 163373 16337 179710

0 2 0 0 2 91 9 100

9 Taxa de Retorno 10 Taxa de Rentabilidade

1,9 anos 4

51

5.1.8 FLUXO DE CAIXAO fluxo de caixa uma ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo, ela acompanha as entradas e sadas de recursos financeiros no caixa da empresa.Serve para mostrar se a empresa tem dinheiro para pagar as suas contas, servindo tambm como uma ferramenta gerencial para a tomada de decises. Quadro 15 Fluxo de CaixaItem 2 Descrio Saldo Inicial (Capital de Giro) Ms 1 -56773 Ms 2 -49062 Ms 3 -41351 Ms 4 -33640

3 Entradas 3.1 Receita de Vendas 3.2 Receitas financeiras 3.3 Emprstimos 3.4 Outras Receitas 3 Total de Entradas 4 (-) Sadas 4.1 Compras a vista 4.2 Compras a prazo 4.3 Salrios 4.4 Encargos 4.5 Impostos e Taxas 4.6 Comisso sobre vendas 4.7 Custos fixos 4 (-)Total de Sadas 5 6 Fluxo de Caixa Lquido Saldo final de Caixa

67983 0 0 0 67983

67983

67983

67983

67983

67983

67983

22988 0 3400 2550 14719 680 15935 60272 7711 -49062

22988 0 3400 2550 14719 680 15935 60272 7711 -41351

22988 0 3400 2550 14719 680 15935 60272 7711 -33640

22988 0 3400 2550 14719 680 15935 60272 7711 -25929

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CONSIDERAES FINAIS

A feitura de um plano de negcio, antes de se abrir uma empresa, demonstra ser de suma importncia, a observao aqui verificada comprovou sua relevncia demonstrando os riscos e situaes adversas reduzindo, pois, a possibilidade de fracasso. Antev tambm as chances que o mercado oferece aumentando as possibilidades de sucesso. Embora o ramo de panificao seja um dos mais antigos do mundo, ainda h uma enorme carncia de estudos e conhecimentos a respeito. A reviso histrica das padarias nos en