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PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL DEZEMBRO DE 2016 RELATÓRIO TÉCNICO Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel, Papelão e de Artefatos de Papel e Papelão do Estado do Paraná.

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Page 1: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL

DEZEMBRO DE 2016

RELATÓRIO TÉCNICO

Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel, Papelão e de Artefatos de Papel e Papelão do Estado

do Paraná.

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Ficha técnica da proposta

Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa

para as empresas associadas ao Sindicato do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e

Artefatos de Papel do Estado do Paraná.

Clientes: Empresas associadas ao Sindicato do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e

Artefatos de Papel do Estado do Paraná.

Empresa consultora: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Curitiba,

Paraná.

Equipe Técnica: Carlos Edson Waltrick, Franciele Tomczyk Terán de Freitas e Pedro

Américo Norcio Duarte.

Apoio informativo: Sindicato das indústrias de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para

Papel, Papelão e de Artefatos de Papel e Papelão do Estado do Paraná (SINPACEL – PR), e

suas empresas associadas.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: MAPA DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DO ESTADO DO PARANÁ. ................................................................................... 13

FIGURA 2: CNAE DAS ATIVIDADES DO SETOR ................................................................... 7

FIGURA 3: FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO DA CADEIA PRODUTIVA DE CELULOSE,

PAPEL, EMBALAGENS E ARTEFATOS DE PAPEL. .............................................................. 9

FIGURA 4: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DA PASTA DE ALTO

RENDIMENTO ....................................................................................................................... 12

FIGURA 5: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DE CELULOSE ........................ 13

FIGURA 6: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DE EMBALAGENS DE

PAPELÃO ONDULADO .......................................................................................................... 14

FIGURA 7: FLUXOGRAMA DE APARAS DE PAPEL ............................................................ 15

FIGURA 8: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS ESTABELECIMENTOS DE CELULOSE,

PAPEL E ARTEFATOS DE PAPEL NO BRASIL .................................................................... 23

FIGURA 9: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DO SETOR POR

SEGMENTO (2006-2012) ....................................................................................................... 24

FIGURA 10: LINHA DO TEMPO DOS PRINCIPAIS MARCOS DO SETOR NO ESTADO DO

PARANÁ (1900-2000) ............................................................................................................ 25

FIGURA 11: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS ESTABELECIMENTOS DE CELULOSE,

PAPEL, EMBALAGENS E ARTEFATOS DE PAPEL NO PARANÁ. ...................................... 26

FIGURA 12: EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DO SETOR NO PARANÁ (2008-2012) ....... 28

FIGURA 13: CADEIA PRODUTIVA (T X MIL) ........................................................................ 28

FIGURA 14: RECICLAGEM ANUAL DE PAPÉIS (T X MIL) ................................................... 29

FIGURA 15: MAPA DE REGIONALIZAÇÃO DA SEMA. ........................................................ 30

FIGURA 16: ABORDAGEM LÓGICA E TRADICIONAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS. .... 37

FIGURA 17: CICLO DE VIDA DE PAPEL E CELULOSE ....................................................... 40

FIGURA 18: CICLO DE VIDA DE EMBALAGENS E ARTEFATOS ....................................... 41

FIGURA 19: FLUXOGRAMA DE LOGÍSTICA REVERSA DOS PRODUTOS PÓS-

CONSUMO. ............................................................................................................................ 80

FIGURA 20: COMITÊ GESTOR DA LOGÍSTICA REVERSA DO SETOR DE CELULOSE,

PAPEL, EMBALAGENS E ARTEFATOS DO ESTADO DO PARANÁ. ................................... 96

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: NÚMERO DE ASSOCIADOS AO SINDICATO POR REGIÃO NO PARANÁ. ..... 13

TABELA 2: ORIGEM E DESTINO DAS APARAS DE PAPEL ................................................ 17

TABELA 3: GERAÇÃO DE APARAS POR ESTADO BRASILEIRO - (MIL T/ANO) ............... 18

TABELA 4: PRODUÇÃO MUNDIAL E EXPORTAÇÕES DE CELULOSE PARA PAPÉIS

ORIUNDOS DE MADEIRA, 2012 ........................................................................................... 19

TABELA 5: PRODUÇÃO MUNDIAL DE PAPEL, 2012 ........................................................... 20

TABELA 6: PRODUÇÃO POR TIPO DE PAPEL E POR REGIÃO, 2011. .............................. 20

TABELA 7: RANKING GLOBAL DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS FLORESTAIS, DE PAPEL

E EMBALAGENS (2012) ........................................................................................................ 21

TABELA 8: RANKING DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS POR NÚMERO DE EMPREGOS

FORMAIS NO SETOR ............................................................................................................ 27

TABELA 9: SEDES DE CADA REGIÃO. ................................................................................ 31

TABELA 10: EMPRESAS QUE DESTINAM PARA ÓRGÃOS PÚBLICOS. ........................... 42

TABELA 11: RETORNO DO RESÍDUO ................................................................................. 43

TABELA 12: RESÍDUOS PRÉ-CONSUMO EM KG EM UM PERÍODO DE UM (1) ANO. ...... 45

TABELA 13: DADOS DE RECICLAGEM – APARAS GERADAS PELA EMPRESA E

CONSUMIDA .......................................................................................................................... 46

TABELA 14: MATÉRIA-PRIMA UTILIZADA NA FABRICAÇÃO DE PAPEL ........................... 46

TABELA 15: PRODUÇÃO DO SETOR................................................................................... 48

TABELA 16: PESQUISA DA DIVULGAÇÃO E APLICAÇÃO DOS 3R’S. ............................... 49

TABELA 17: APROVEITAMENTO INTERNO DOS RESÍDUOS ............................................ 50

TABELA 18: FORMAS DE APROVEITAMENTO ................................................................... 51

TABELA 19: EMPRESAS RECEPTORAS HOMOLOGADAS. ............................................... 59

TABELA 20: METAS E PLANO DE AÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA. ................................ 62

TABELA 21: PRODUÇÃO NO PR X CONSUMO NO PR ...................................................... 65

TABELA 22: UTILIZAÇÃO DE APARAS NO PARANÁ .......................................................... 65

TABELA 23: TAXA DE RECUPERAÇÃO DE PAPEL POR CATEGORIA .............................. 66

TABELA 24: RESÍDUOS RECICLÁVEIS ................................................................................ 71

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 7

2 ESCOPO .......................................................................................................................... 11

3 DADOS DO SETOR .......................................................................................................... 7

Base Florestal ....................................................................................................................... 9

Indústria de Transformação................................................................................................. 10

Elos complementares .......................................................................................................... 11

Principais processos produtivos .......................................................................................... 11

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Mundo ........................................... 18

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Brasil ............................................. 22

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Paraná........................................... 24

Reciclagem de Papel no Brasil ............................................................................................ 28

4 METODOLOGIA DE TRABALHO ................................................................................... 36

Estrutura do Trabalho .......................................................................................................... 36

Premissas do Trabalho ....................................................................................................... 37

5 SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA ATUAL ............................................................... 39

5.1 Ciclo de Vida .......................................................................................................... 39

5.2 Questionário de levantamento de dados ................................................................ 41

5.3 Órgãos Públicos atualmente envolvidos na Logística Reversa ................................. 42

5.4 Formas atuais de mobilização social do consumidor ................................................ 43

5.5 Levantamento quantitativo dos resíduos ................................................................... 44

Resíduos de Pré-Consumo .............................................................................................. 44

5.6 Mecanismos de divulgação existente para aplicação dos 3R’s ................................. 49

5.7 Aproveitamento interno dos resíduos ........................................................................ 50

6 SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA PROPOSTO ....................................................... 52

6.1 Descrição do sistema de Logística Reversa .............................................................. 53

6.2 Formas de mobilização social e participação do consumidor .................................... 54

6.3 Mecanismos de divulgação existentes para aplicação dos 3R .................................. 55

6.4 Recicladores homologados para recebimento/tratamento dos resíduos ................... 58

6.5 Metas da Logística Reversa ...................................................................................... 61

6.6 Opções para aproveitamento dos resíduos gerados ................................................. 71

6.7 Impactos Sociais e econômicos da Logística Reversa .............................................. 71

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6.8 Atribuições dos participantes da Logística Reversa .................................................. 72

6.8.1 Responsabilidades das empresas de Papel e Celulose, Fabricantes de produtos

de papel e indústria em geral ............................................................................................. 73

6.8.2 Responsabilidades das empresas do Comércio Atacadista de Materiais

Recicláveis, aparistas e das empresas de Processamento de Materiais ........................... 75

6.8.3 Responsabilidades dos fabricantes e importadores ............................................... 75

6.8.4 Responsabilidades dos fornecedores/distribuidores .............................................. 76

6.8.5 Responsabilidades dos consumidores ................................................................... 76

6.8.6 Responsabilidades do Estado e Municípios ........................................................... 76

6.9 Sistema operacional da cadeia de Logística Reversa ............................................... 77

6.10 Benefícios ambientais da Logística Reversa ............................................................. 83

6.11 Prestações de contas pelos proponentes .................................................................. 86

6.12 Casos de descumprimento das obrigações ............................................................... 87

6.13 Princípios financeiros utilizados na Logística Reversa .............................................. 87

7 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE .................................................................... 89

8 COMITÊ GESTOR DA LOGÍSTICA REVERSA .............................................................. 95

9 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 97

10 EQUIPE DE TRABALHO ................................................................................................ 99

11 ANEXOS ........................................................................................................................ 101

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1 INTRODUÇÃO

A Lei Federal 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),

concedeu prazo até 2 de agosto de 2014 para que a destinação final ambientalmente

adequada de resíduos e rejeitos estivesse implantada no País. Apesar das disposições da

Lei, a gestão de resíduos sólidos no Brasil ainda se mostra deficitária e carece de

adequação.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2015, relatório anual da ABRELPE

– Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, lançado em

2016, foi gerada aproximadamente 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos

no ano passado, o que representa um aumento de 1,7% em relação a 2014, índice superior

à taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de 0,8%.

Conforme os dados apresentados no Panorama é justamente a destinação final o ponto

mais deficiente no sistema de gestão de resíduos brasileiro. Apenas 58,7% dos resíduos

sólidos urbanos coletados tiveram destinação adequada e seguiram para aterros sanitários

em 2015. Esta situação se mantém praticamente sem alteração em relação ao cenário de

2015. Nesse sentido, é importante ressaltar que os 41,3% restantes correspondem a 82 mil

toneladas diárias, que são encaminhadas para lixões ou aterros controlados, os quais pouco

se diferenciam dos lixões, uma vez que ambos não possuem o conjunto de sistemas e

medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações.

A prática da disposição final inadequada de RSU ainda ocorre em todas as regiões e

estados brasileiros, e 3.326 municípios ainda fazem uso desses locais impróprios.

No entanto vale ressaltar que, para o correto funcionamento de um sistema de gestão de

resíduos, não basta que o mesmo contemple apenas um sistema de destinação final

adequado. Algumas ações prévias à destinação devem ser implementadas, a fim de que o

mesmo seja considerado adequado.

Dentre essas atividades inclui-se a separação dos resíduos e a coleta seletiva dos

mesmos, a fim de viabilizar seu posterior encaminhamento para processos de reciclagem.

O estudo da ABRELPE mostra que embora seja expressiva a quantidade de municípios

com iniciativas de coleta seletiva, muitas atividades são restritas à disponibilização de pontos

de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores.

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Com a crescente geração também cresce a preocupação com destino a ser dado a

esses resíduos, em partes do mundo essa preocupação é maior ainda devido à falta de

espaços físicos para a disposição e tratamento.

É chegada a conclusão de que é necessário realizar um estudo de todo o ciclo de vida

do produto ou serviço, deixando claro que esta é uma responsabilidade compartilhada de

todos que estão envolvidos na cadeia produtiva.

Atualmente as empresas vêm demonstrando maior preocupação com as questões

ambientais. Parte, em função das pressões dos órgãos ambientais e Ministério Público, em

face de legislações cada dia mais rigorosas e em parte para atender as novas exigências

regulatórias impostas pelo mercado e pela própria sociedade. A legislação ambiental

brasileira, em especial o art. 225 da Constituição Federal, que dispõe sobre a proteção do

meio ambiente e a Lei 6938/81, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente, entre

outras, além do interesse da população sobre o tema obrigaram as empresas a colocar o

discurso da eficiência ecológica em prática.

Um importante avanço da política é a chamada “logística reversa”. Conforme definição

apresentada na própria legislação, a logística reversa é um instrumento de desenvolvimento

econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios

destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para

reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final

ambientalmente adequada. É por meio desse sistema, por exemplo, que materiais recicláveis

de um produto do setor metal-mecânico em fim de vida útil, descartado pelo consumidor,

poderão retornar ao setor produtivo na forma de matéria-prima.

Em agosto de 2010, foi promulgada a Lei 12.305 instituindo a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS). A PNRS reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos,

diretrizes, metas e ações adotadas pelo governo federal, isoladamente ou em regime de

cooperação com estados, distrito federal, municípios ou particulares, com vistas à̀ gestão

integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

A regulamentação da referida lei foi feita pelo Decreto nº 7.404, de 23 de Dezembro de

2010. O decreto disciplina as inovações introduzidas na gestão e gerenciamento dos

resíduos sólidos pela PNRS, sendo a principal delas o sistema de logística reversa. Os

sistemas de logística reversa visam à restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial

para reaproveitamento no ciclo produtivo ou para destinação final ambientalmente adequada.

No inciso 1° do Artigo 33 da Politica Nacional de Resíduos Sólidos é disposto que os Planos

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de Logística Reversa podem ser firmados ou regulamentados por meio de Acordos Setoriais

e Termos de Compromisso firmado entre o poder público e setor empresarial.

No Paraná a convocação para a elaboração do Plano de Logística Reversa foi exposta

pelo Edital de Chamamento 01/2012 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos

Hídricos - SEMA, que traz pontos relacionados a apresentação, elaboração e implementação

do plano. No caso do Paraná o acordo foi firmado entre Secretaria Estadual do Meio

Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA e Federação das Indústrias do Estado do Paraná –

FIEP. De forma a viabilizar a logística reversa exigida pela PNRS, todas as partes

relacionadas ao processo deverão contribuir para o encaminhamento dos produtos em fim de

vida útil para o reaproveitamento no processo produtivo através dos processos de reciclagem

e remanufatura ou destinação final ambientalmente adequada. A legislação obriga os

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, que seus produtos e

embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo

perigoso; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos

eletroeletrônicos e seus componentes, a:

Investir no desenvolvimento, fabricação e colocação no mercado de produtos aptos à

reutilização, reciclagem ou outra forma de destinação ambientalmente adequada e

cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de resíduos sólidos possível;

Divulgar informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos

sólidos associados a seus respectivos produtos;

Assumir o compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com

o município, participar das ações previstas no plano municipal de gestão integrada de

resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística

reversa.

Cabe ainda aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes tomar todas as

medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de

logística reversa podendo, entre outras medidas:

Implantar procedimentos de reciclagem e reaproveitamento de produtos ou

embalagens usados;

Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;

Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de

materiais reutilizáveis e recicláveis.

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O papel do consumidor nesse processo é o de efetuar a devolução de seus produtos e

embalagens aos comerciantes ou distribuidores após o uso. Aos comerciantes e

distribuidores compete efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos

produtos e embalagens reunidos ou devolvidos. Por sua vez, os fabricantes e os

importadores deverão reutilizar como matéria prima os seus produtos e as embalagens

coletados, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada.

O grande desafio da logística reversa reside no custo associado à operacionalização do

sistema em um país de extensão continental e com suas particulares complexidades

logísticas. É sabido que qualquer sistema que seja estabelecido incorrerá em maiores

dispêndios, ora tratados como custos quando apreciados sob a ótica puramente econômica,

ora encarados com investimento necessário para um mundo sustentável. Um olhar mais

atento e consciente a essa questão indica que o aparente aumento de custo não configura

de fato um aumento, mas sim a antecipação de custos que incorreriam no futuro para

remediar o impacto negativo ao meio-ambiente causado pelo descarte inadequado de

resíduos.

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2 ESCOPO

O escopo do presente trabalho se refere ao Setor de Celulose, Papel, Embalagens e

Artefatos do Estado do Paraná. Participam da elaboração do Plano de Logística Reversa

quarenta e oito (48) empresas associadas ao sindicato, no Estado do Paraná, (SC e SP não

participam do plano de logística), conforme segue:

Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel, Papelão e

de Artefatos de Papel e Papelão do Estado do Paraná – SINPACEL.

As empresas associadas são:

1. Arauco do Brasil S/A.

2. Arpeco S/A - Artefatos de Papel.

3. Auto Adesivos Paraná Ltda. – Colacril.

4. BO Paper Brasil Indústria de Papéis Ltda.

5. Bras-Onda Papelão Ondulado Ltda.

6. Catre Pack Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.

7. Cartosul Fabricação de Artefatos de Papelão Ltda.

8. Cocelpa Cia. de Celulose e Papel do Paraná.

9. Curipel Embalagens Ltda.

10. Ecoplan S/A

11. Embalagens Industriais Adesi Coating Ltda.

12. Embalog Fabricação de Embalagens Ltda.

13. Embrart Indústria de Embalagens e Artefatos de Papel Ltda.

14. Estrela Indústria de Papel Ltda.

15. Fábrica de Papel e Papelão N. S. da Penha S/A.

16. Huhtamaki do Brasil Ltda.

17. H.W. Caixas de Papelão Ltda.

18. Ibema Cia. Brasileira de Papel.

19. Iberkraft Indústria de Papel e Celulose Ltda.

20. Iguaçu Celulose, Papel S/A.

21. Indústria de Papelão Horlle Ltda.

22. Ibersul Indústria de Papel e Celulose Ltda.

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23. Induspel Embalagens e Artefatos de Papel Ltda.

24. Indústria Papeleira Cidade Clima Ltda. – Climapel.

25. Indústrias de Papel e Papelão Simone Ltda.

26. Insam - Indústria de Madeiras Santa Maria Ltda

27. Klabin S/A.

28. Mili S/A.

29. Pinho Past Ltda.

30. Piquiri Ind. e Com. de Papéis Ltda.

31. Portopel Indústria de Papelão Ltda.

32. Pisa Indústria de Papéis Ltda.

33. Rio Bonito Embalagens Ltda

34. Relevo Artefatos de Papel Ltda.

35. Salto Paraíso Papéis e Artefatos Ltda.

36. São Gabriel Papéis Ltda.

37. Santa Clara Indústria de Pasta e Papel Ltda.

38. Santa Maria Cia. de Papel e Celulose.

39. Sengés Papel e Celulose Ltda.

40. Sepac - Serrados e Pasta de Celulose Ltda.

41. SIG Combibloc do Brasil Ltda.

42. Sonoco do Brasil Ltda.

43. Technocoat Ltda.

44. Tera Indústria de Papéis Eireli

45. Tetra Pak Ltda.

46. Trenier Gráfica e Ind. De Artefatos de Papel Ltda.

47. Trombini Embalagens S/A.

48. Trópicos Industrial e Comercial Ltda.

A distribuição das empresas associadas ao Sindicato no Estado do Paraná utilizando-se

como base o Mapa elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente – SEMA - no estudo da

Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado do Paraná, está

representada na figura abaixo:

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13

REGIÕES ASSOCIADOS

REGIÃO 1

REGIÃO 2

REGIÃO 3

REGIÃO 4

REGIÃO 5 2

REGIÃO 6

REGIÃO 7

REGIÃO 8

REGIÃO 9 1

REGIÃO 10 1

REGIÃO 11

REGIÃO 12 3

REGIÃO 13 10

REGIÃO 14

REGIÃO 15

REGIÃO 16 2

REGIÃO 17 7

REGIÃO 18 1

REGIÃO 19 19

REGIÃO 20 2

TOTAL 48

FIGURA 1: MAPA DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO

DO PARANÁ.

FIGURA 2: NÚMERO DE ASSOCIADOS AO SINDICATO POR REGIÃO NO PARANÁ.

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3 DADOS DO SETOR

O presente capítulo tem como principal objetivo apresentar a cadeia produtiva de

celulose, papel, embalagens e artefatos de papel, destacando suas principais características.

Também informações sobre os Aparistas, que desenvolvem um papel importante para o

setor.

Presente em todo o território nacional, a cadeia produtiva de celulose, papel,

embalagens e artefatos de papel compreende o conjunto formado pelas seguintes atividades

econômicas: atividade de base florestal; atividade industrial de fabricação de celulose;

atividade industrial de fabricação de papel; atividade industrial de fabricação de artefatos e

embalagens; e mercado consumidor. O fornecimento de insumos, máquinas e

equipamentos, a atividade da indústria gráfica e o segmento de distribuição são elos

complementares desta cadeia produtiva.

As atividades foram delimitadas conforme a área de atuação do Sindicato e seus

associados, e envolve os seguintes códigos nacionais de atividades econômicas, CNAE.

FIGURA 3: CNAE DAS ATIVIDADES DO SETOR

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FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

A Figura abaixo apresenta o fluxograma simplificado da cadeia produtiva de celulose,

papel e artefatos de papel. Ela é formada por sete grandes elos produtivos que incluem a

base florestal, a indústria de transformação, que envolve quatro destes elos, os fornecedores

e mercado consumidor (direto ou por meio de distribuidores).

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FIGURA 4: FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO DA CADEIA PRODUTIVA DE CELULOSE, PAPEL,

EMBALAGENS E ARTEFATOS DE PAPEL.

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

Base Florestal

O primeiro elo compreende as atividades de base florestal, que é principal fonte de

fornecimento de matéria-prima para a extração da pasta de madeira e celulose. Segundo a

Indústria Brasileira de Árvores, IBÁ foram plantados 7,2 milhões de hectares destinados ao

cultivo de eucalipto, pinus e outras espécies para a produção de painéis e pisos de madeira,

celulose, papel, florestas energéticas e biomassa. As principais regiões produtoras de

madeira para esses fins no país são Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

É importante ressaltar que toda madeira consumida por este setor provém de florestas

plantadas para fins industriais, portanto, não há utilização de florestas nativas nas atividades

da cadeia produtiva de celulose, papel e artefatos de papel.

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Indústria de Transformação

O segundo elo envolve a atividade industrial de fabricação de celulose e de outras

pastas para fabricação de papel, sendo composta por empresas que produzem celulose e

pasta de alto rendimento.

Celulose: No processo de obtenção de celulose obtém-se a celulose de fibra longa e a

celulose de fibra curta. A primeira, extraída de espécies coníferas de pinus, é utilizada na

fabricação de papéis de maior resistência como papel kraft, papel cartão e embalagens.

Derivada principalmente do eucalipto, a celulose de fibra curta é utilizado para a produção de

papéis como os de imprimir e escrever, fins sanitários (papel higiênico, toalhas de papel,

guardanapos) e papéis especiais. No Brasil mais de 98% do volume produzido de celulose

tem origem no cultivo de espécies de eucalipto e pinus. Também deve-se considerar neste

elo a celulose reciclada, obtida por meio da recuperação de aparas de embalagens

cartonadas e resíduos do processamento da celulose.

Pasta de alto Rendimento: A pasta de alto rendimento é uma pasta de materiais ligno-

celulósicos, que pode ser obtida por processo puramente mecânico, térmico ou químico, ou

por uma combinação destes processos, dando origem à pasta mecânica, mecanoquímica,

quimimecânica, termomecânica ou termoquimimecânica. Esse tipo de pasta recebe essa

denominação devido ao rendimento na transformação da matéria-prima, com aproveitamento

superior a 80%. As pastas de alto rendimento são utilizadas na fabricação de papel imprensa

(ou jornal), papéis para imprimir, papelão e embalagens, entre outros fins.

Papel: O terceiro elo da cadeia produtiva refere-se à atividade industrial de fabricação de

papel, e engloba as empresas produtoras de papéis para imprensa, papéis para imprimir e

escrever, papéis para embalagem, papel cartão, papéis para fins sanitários e papéis

especiais. Cada um desses tipos de papéis exige um conjunto de tecnologias diferenciadas

para sua produção, seja no processo químico, no uso de combinações de matérias-primas

diferenciadas para cada tipo de papel, ou em outros fatores.

Embalagens e Artefatos: O quarto elo é representado pelas empresas que têm como

atividade industrial a fabricação de artefatos e embalagens de papel, ou seja, elas dão os

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acabamentos e características ao papel, transformando-o em produtos adequados à

utilização pelo consumidor final.

Esses elos estão intimamente ligados, pois cada tipo de papel dá origem a diversos tipos

de artefatos e embalagens, conforme as características exigidas no produto final.

Elos complementares

Além dos elos de produção descritos anteriormente, os elos complementares integram a

cadeia e compreendem os fornecedores de insumos, de máquinas e equipamentos para

todos os segmentos da cadeia produtiva e os importadores, visto que são importados tanto

insumos quanto máquinas e equipamentos para utilização em todas as atividades.

Os elos seguintes são representados pela atividade industrial gráfica, que converte os

artefatos por meio da impressão, e por outros segmentos industriais, que acondicionam seus

produtos para encaminhá-los ao mercado consumidor.

O elo de distribuidores é composto por empresas responsáveis pelo canal de distribuição

de produtos elaborados pelos elos anteriores da cadeia produtiva, dependendo da estratégia

comercial adotada pelas empresas dos elos produtores.

Por fim, a produção chega ao mercado consumidor, que representa o último elo da

cadeia produtiva, podendo acessar os produtos diretamente ou por meio dos distribuidores.

Os produtos industrializados pela cadeia de celulose, papel e artefatos de papel são

destinados tanto ao mercado interno quanto ao mercado externo.

Principais processos produtivos

Para a melhor compreensão da atividade industrial, é importante conhecer os processos

produtivos básicos para obtenção de pasta de madeira, celulose e papel e para a fabricação

de papel. Também será exemplificado um processo produtivo básico para produção de

embalagens.

Para a obtenção da pasta de alto rendimento é necessário separar as fibras da madeira.

A separação pode ser feita por meio de processo mecânico, térmico, químico, ou mesmo

pela combinação destes processos.

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O fluxograma do processo básico para obtenção de pastas de alto rendimento pode ser

observado na Figura 4.

FIGURA 5: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DA PASTA DE ALTO RENDIMENTO

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

A celulose, por sua vez é uma pasta química para a fabricação de papel, obtida pelo

cozimento da matéria-prima, tendo como processo básico de produção as seguintes etapas.

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FIGURA 6: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DE CELULOSE

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

A fabricação de embalagens e artefatos é bastante complexa, pela diversidade de

produtos e consequentemente, de máquinas e equipamentos utilizados. Para exemplificar o

processo produtivo, optou-se por apresentar o processo para a fabricação de embalagens de

papelão ondulado, como mostra a Figura 6.

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FIGURA 7: FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO DE EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

A partir do entendimento da cadeia produtiva de celulose, papel e artefatos de papel, bem

como de seus processos produtivos básicos, é possível compreender melhor sua dinâmica.

Nas próximas seções, serão exploradas informações sobre os cenários mundial, nacional e

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estadual, a fim de compreender as relações entre esses elos e avaliar o comportamento dos

produtos no mercado.

Aparistas

O aparista de papel é o empresário responsável pela compra de aparas de papel dos

pequenos comerciantes, dos sucateiros, das associações, das pequenas empresas, sobras

de produção gráfica, de bancos, de supermercados, de escolas, dentre outros. Ou seja,

trabalham com aparas de papéis totalmente recicláveis para as indústrias.

As empresas após adquirirem as aparas, são responsáveis pela separação e

classificação das mesmas para posterior venda aos fabricantes (recicladores) que estão

cada vez mais exigentes quanto à sua qualidade, pois isso implica diretamente na otimização

da reciclagem. Em 2014, o setor reciclou quase 5,0 milhões de toneladas de papel que,

desta forma, deixaram de impactar o meio ambiente.

FIGURA 8: FLUXOGRAMA DE APARAS DE PAPEL

FONTE: ANGUTI ESTATÍSTICA

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Origem do Material

Os ferros-velhos continuam respondendo pela maior parte do material coletado pelos

aparistas, participando tanto em 2013 e 2014, com cerca de 30%. Houve um aumento

significativo proveniente das gráficas e do comércio. Porém, as compras realizadas junto a

catadores e cooperativas que, de uma participação de 20% em 2013, passaram a fornecer

apenas 12% do material recolhido pelos aparistas no ano passado, 2014.

GRÁFICO 1: PARTICIPAÇÃO DAS PRINCIPAIS FONTES DE APARAS.

FONTE: ANGUTI ESTATÍSTICA

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FIGURA 9: ORIGEM E DESTINO DAS APARAS DE PAPEL

Principais categorias de papel e

tipos

Reciclados principalmente para a

produção de:

Papéis de embalagem Caixas de Papelão Ondulado

(kraft liner, miolo, testliner) (miolo, testliner, maculatura)

Imprimir/escreverPapéis de fins sanitários

(toalha de mão, papel higiênico)com celulose

(Offset e couchê)

Imprimir/escrever Papéis de fins sanitários

com pasta Polpa moldada

(Imprensa e LWC) Exportação

PapelcartãoPapelcartão

Duplex e Triplex

FONTE: ANGUTI ESTATÍSTICA

Geração e Consumo por regiões Existem dois grupos de aparas com origem diferentes. O que fornece as chamadas

aparas de pré-consumo, ou seja, aquelas que foram geradas antes do consumo final do

produto, sendo geradas nas cartonagens, gráficas, etc., durante o processo produtivo; e as

aparas de pós-consumo que constituem o maior volume sendo geradas nos supermercados,

lojas, shoppings e, também pelos catadores de material reciclável que tem importância

fundamental nesse processo.

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FIGURA 10: GERAÇÃO DE APARAS POR ESTADO BRASILEIRO - (MIL T/ANO)

FONTE: ANGUTI ESTATÍSTICAS

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Mundo

A criação do papel está intimamente relacionada à evolução da comunicação humana,

especialmente da comunicação gráfica. O papiro, antecessor do papel, começou a ser

utilizado para registros da história da humanidade três milênios antes de Cristo.

Com os avanços nos sistemas de produção e a utilização de matérias-primas

diversificadas, sua produção ganhou escala mundial e vem sendo utilizado para as mais

diversas aplicações. As plantas industriais se modernizaram, aumentando o grau de

automação e produtividade, influenciando positivamente na qualidade dos produtos.

O mercado mundial de celulose, papel e artefatos apresenta características marcantes.

As empresas do segmento de celulose possuem uma boa difusão tecnológica, alto nível de

integração vertical (imobilização de terras, plantio, equipamentos), plantas fabris com grande

capacidade de produção e ampla base florestal, alta intensidade de capital e poder de

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financiamentos, longo tempo de maturação dos investimentos e portes variados,

especialmente quando se trata da produção de papel e sua conversão.

A indústria mundial de celulose é extremamente globalizada e possui um mercado

consumidor concentrado em poucos países, assim como um mercado produtor polarizado,

conforme o tipo de fibra obtida, em todas as regiões do mundo. Além disso, por exigir uma

estrutura produtiva que demanda uma escala mínima de eficiência, o valor para investimento

é alto, o tempo de maturação dos investimentos é de longo prazo, a competitividade florestal

e o acesso às terras são assimétricos.

A madeira é a principal matéria-prima utilizada na produção de celulose e o crescimento

das florestas já se destaca como um importante fator de vantagem competitiva entre as

empresas. Estudos do BNDES (2010) apontam que, nos principais países produtores,

percebe-se uma variação dos custos de US$ 115/t a US$ 344/t para a celulose de fibra longa

e, de US$ 104/t a US$ 350/t para a celulose de fibra curta.

A produção mundial de celulose, em 2012, foi estimada em 181,2 milhões de toneladas,

conforme mostra a Tabela 2.

FIGURA 11: PRODUÇÃO MUNDIAL E EXPORTAÇÕES DE CELULOSE PARA PAPÉIS ORIUNDOS DE

MADEIRA, 2012

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

Cerca de 80% da produção mundial concentrou-se em nove países, com destaque para

a produção dos Estados Unidos, responsável por 28% da produção mundial, e para a China,

10%.

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Quanto ao comércio exterior, também apresentado na Tabela 2, Canadá e Brasil são os

principais exportadores mundiais de celulose originária de madeireira. Chile e Brasil

destinam, respectivamente, 84% e 60% da sua produção para o mercado externo.

Com relação à demanda, o consumo mundial de pasta de celulose foi de 193,0 milhões

de toneladas, em 2012. Aproximadamente, 80,7% do consumo médio mundial de pasta

química concentraram-se em doze países. O destaque mundial no consumo de pasta

química foram os EUA, com 34,1%, a China, com 9,8%, e o Canadá, com 8,6%.

A produção mundial de papel em 2012 foi 399,9 milhões de toneladas. Aproximadamente

56,4% desta produção concentraram-se em quatro países, respectivamente, China, EUA,

Japão e Alemanha. (Figura 12).

FIGURA 12: PRODUÇÃO MUNDIAL DE PAPEL, 2012

FONTE: PANORAMA SETORIAL 2013/2014

Os principais papéis produzidos são papéis para embalagens, papéis para imprimir e

escrever, e papéis para fins sanitários (tissue). A Figura 13 apresenta as principais regiões

produtoras de papel do mundo.

FIGURA 13: PRODUÇÃO POR TIPO DE PAPEL E POR REGIÃO, 2011.

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Os papéis para embalagens representam 56,0% da produção total de papel. A principal

região produtora deste tipo de papel é o continente asiático, com 46,6% da produção total,

seguida pela América do Norte e Europa, cada uma respondendo por 22,9% da produção.

Os papéis para imprimir correspondem a 36,7% da produção mundial de papel, sendo a

região asiática a principal produtora.

Em 2010, o principal país consumidor de papel foi a Finlândia, com uma média 280,6 kg

de papel consumido por pessoa. Em seguida, Alemanha, EUA e Japão possuem os maiores

níveis de consumo per capita de papel do mundo. Segundo dados da BRACELPA, o Brasil

ficou abaixo da média mundial de consumo de papel.

As dez empresas que figuram como as principais produtoras no cenário mundial deste

setor estão listadas na Figura 14.

FIGURA 14: RANKING GLOBAL DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS FLORESTAIS, DE PAPEL E EMBALAGENS

(2012)

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

Das 10 maiores empresas mundiais de celulose, papel e artefatos, 5 estão presentes no

Brasil, a International Paper, com unidades produtivas nos estados de São Paulo e Mato

Grosso do Sul, a Kimberly-Clark, com unidades fabris instaladas em Santa Catarina, Rio

Grande do Sul, Bahia e São Paulo, a Oji Papéis, com fábricas em São Paulo e Minas Gerais,

a Stora Enso, com unidades fabris no Paraná e Santa Catarina, e a SCA, presente no estado

de São Paulo.

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Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Brasil

Com a evolução da tecnologia tanto na área florestal, quanto industrial, as empresas

brasileiras ampliaram sua capacidade de produção, em especial de celulose de fibra curta,

derivada do eucalipto, e o país passou a figurar no cenário internacional como exportador de

celulose e papel, atraindo o interesse de novos empresários para o ramo.

No elo de base florestal da cadeia produtiva de celulose e papel, dados da IBÁ (2014)

indicam que o país destinou 7,2 milhões de hectares para o plantio de florestas para fins

industriais, em 2013. Sendo o setor de celulose e papel responsável por 37% da área

plantada de florestas no país.

As condições climáticas e de solo favoráveis, organização do setor privado, mão de obra

altamente qualificada e pesquisa e desenvolvimento (P&D) são fatores que combinados a

melhoramentos genéticos, avanços em biotecnologia, matérias-primas de alta qualidade,

bem como outras atividades de processo da base florestal (planejamento socioambiental,

manejo florestal e rotação das áreas plantadas) explicam o sucesso das atividades de P&D

no aumento da produtividade nas áreas de base florestal.

As indústrias do setor de celulose, papel e artefatos de papel estão distribuídas em todo

o país, somando 4.458 estabelecimentos. No segmento de celulose e papel, 77% dos

estabelecimentos se concentram em cinco estados, com destaque para São Paulo, Paraná e

Santa Catarina. Os segmentos de embalagens e artefatos de papel são relativamente

pulverizados, estando presentes em mais unidades da federação que os estabelecimentos

de papel, porém, ainda assim, o número de estabelecimentos destes segmentos é bastante

expressivo no estado de São Paulo, onde estão localizados 37% deles.

A Figura 15 mostra a distribuição geográfica dos estabelecimentos do setor no país,

onde a concentração de estabelecimentos é representada pelas cores mais escuras, e a de

empregos pelos círculos.

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FIGURA 15: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS ESTABELECIMENTOS DE CELULOSE, PAPEL E

ARTEFATOS DE PAPEL NO BRASIL

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

Em geral, os estabelecimentos do setor de celulose, papel e artefatos de papel

apresentaram crescimento de 3,8% entre os anos de 2006 a 2012, tendo um incremento de

164 estabelecimentos no período. Entretanto, ao se analisar a evolução dos

estabelecimentos por segmento, é possível identificar o crescimento no segmento de

embalagens de papel, bem como a queda no número de estabelecimentos nos segmentos

de artefatos e celulose e papel. (Figura 16).

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FIGURA 16: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DO SETOR POR SEGMENTO (2006-2012)

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

O segmento de celulose e papel teve uma queda de 5,6% no número de empresas, de

2006 a 2012. Já no segmento de artefatos, a queda foi de 7,4% no mesmo período. O

segmento de embalagens manteve o crescimento no período, com um acréscimo de 354

estabelecimentos, representando um crescimento de 22%.

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel no Paraná

O setor de celulose, papel e artefatos paranaense já contava com várias empresas

instaladas antes mesmo dos esforços do governo federal, a partir da década de 70, para

expandir a base geográfica da cadeia produtiva nacional, inicialmente concentrada no

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Sudeste, para as regiões Sul, Norte e Nordeste. A Figura 17 mostra os principais marcos do

setor no estado, desde a primeira fábrica instalada, até o ano 2000.

FIGURA 17: LINHA DO TEMPO DOS PRINCIPAIS MARCOS DO SETOR NO ESTADO DO PARANÁ (1900-

2000)

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL 2013/2014

No estado do Paraná o setor florestal representa grande relevância, seja econômica,

ambiental e social. Dados da ABRAF (2013) apontam que a área de floresta plantada

paranaense é a terceira maior do Brasil, com 12,3% do total, somando 817.566 hectares de

pinus e eucalipto.

O Paraná é o segundo estado em número de estabelecimentos do setor e o terceiro em

número de empregos. Há 470 empresas distribuídas em 97 municípios do estado, porém os

estabelecimentos concentram-se nos municípios de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e

São José dos Pinhais. Já os empregos se concentram nos municípios de Curitiba, Telêmaco

Borba, Guarapuava, Araucária e União da Vitória. A Figura 18 mostra a distribuição de

empregos e estabelecimentos do setor pelo estado.

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FIGURA 18: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS ESTABELECIMENTOS DE CELULOSE, PAPEL,

EMBALAGENS E ARTEFATOS DE PAPEL NO PARANÁ.

FONTE: PANORAMA SETORIAL SINPACEL

O segmento de celulose e papel apresenta uma parcela maior de empresas de médio e

grande porte (27%), devido às características já citadas destas empresas. Já os segmentos

de artefatos e embalagens de papel são compostos, em sua maioria, por empresas de micro

e pequeno porte, sendo 94% e 97%, respectivamente, do total de estabelecimentos destes

segmentos.

O setor emprega formalmente 19.761 pessoas no Paraná. O segmento de celulose e

papel é responsável por 46% destes empregos, o de embalagens por 20% e o de artefatos

de papel 35% dos empregos formais. A Tabela 6 mostra os principais municípios do estado,

classificados pelo número de empregos formais gerados pelos segmentos.

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FIGURA 19: RANKING DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS POR NÚMERO DE EMPREGOS FORMAIS NO

SETOR

FONTE: MTE/RAIS 2012

Produção

O faturamento do setor em 2012 foi de R$ 4,5 bilhões, representando um crescimento de

8,8% em relação a 2011. O crescimento no período de 2008 a 2012 foi de 38,9%,

recuperando e crescendo além dos patamares pré-crise mundial de 2008, como observa-se

na Figura 20.

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FIGURA 20: EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DO SETOR NO PARANÁ (2008-2012)

FONTE: SINPACEL

Reciclagem de Papel no Brasil

Em 2015, a produção de papel no Brasil foi cerca de 10,3 milhões de toneladas, e a

evolução de 2014 a 2015 pode ser observada

FIGURA 21: CADEIA PRODUTIVA (T X MIL)

FONTE: IBA – INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES

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A Reciclagem

A reciclagem anual de papéis é obtida pela divisão da taxa de recuperação de papéis

com potencial de reciclagem pela quantidade total de papéis recicláveis consumidos no

mesmo período. Em 2015, o Brasil registrou uma taxa de recuperação de 63,4%, com

crescimento de aproximadamente 4% em relação ao ano anterior, segundo o panorama da

ABRELPE, conforme apresentado a seguir.

FIGURA 22: RECICLAGEM ANUAL DE PAPÉIS (T X MIL)

FONTE: IBA / ANAP

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A SEMA elaborou o Plano para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PEGIRSU),

dividindo o estado em 20 regiões que atuarão de forma integrada para a implementação de

soluções previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Mapa da regionalização da Gestão dos RSU do Estado do Paraná

Regiões propostas, sedes administrativas e populações totais.

FIGURA 23: MAPA DE REGIONALIZAÇÃO DA SEMA.

FONTE: ENGEBIO, 2012.

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FIGURA 24: SEDES DE CADA REGIÃO.

Região Sede População (hab.)

Região 1 Umuarama 423.301

Região 2 Paranavaí 255.981

Região 3 Maringá 737.967

Região 4 Apucarana 310.317

Região 5 Londrina 854.913

Região 6 Cornélio Procópio 222.633

Região 7 Jacarezinho 311.716

Região 8 Toledo 398.619

Região 9 Cascavel 467.426

Região 10 Campo Mourão 302.506

Região 11 Ivaiporã 222.222

Região 12 Telêmaco Borba 185.964

Região 13 Ponta Grossa 548.498

Região 14 Foz do Iguaçu 388.795

Região 15 Francisco Beltrão 337.703

Região 16 Pato Branco 249.793

Região 17 Guarapuava 331.861

Região 18 Irati 375.053

Região 19 Curitiba 3.223.836

Região 20 Paranaguá 265.392

Resumo do Diagnóstico da Região1

Os municípios integrantes da Região 1 são: Alto Paraíso, Alto Piquiri, Altônia, Brasilândia

do Sul, Cafezal do Sul, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste, Douradina, Esperança

Nova, Francisco Alves, Guaporema, Icaraíma, Indianópolis, Iporã, Ivaté, Japurá, Jussara,

Maria Helena, Mariluz, Nova Olímpia, Perobal, Pérola, Rondon, São Jorge do Patrocínio, São

Manoel do Paraná, São Tomé, Tapejara, Tapira, Terra Boa, Tuneiras do Oeste, Umuarama e

Xambrê.

Resumo do Diagnóstico da Região 2

Os municípios integrantes da Região 2 são: Alto Paraná, Amaporã, Diamante do Norte,

Guairaçá, Inajá, Itaúna do Sul, Jardim Olinda, Loanda, Marilena, Mirador, Nova Aliança do

Ivaí, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Paranapoema, Paranavaí, Planaltina do Paraná,

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Porto Rico, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa

Mônica, Santo Antônio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, São Pedro do

Paraná, Tamboara e Terra Rica.

Resumo do Diagnóstico da Região 3

Os municípios integrantes da Região 3 são: Ângulo, Astorga, Atalaia, Colorado, Cruzeiro

do Sul, Doutor Camargo, Floraí, Floresta, Flórida, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé, Ivatuba,

Lobato, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Maringá, Munhoz de Mello, Nossa Senhora das

Graças, Nova Esperança, Ourizona, Paiçandu, Paranacity, Presidente Castelo Branco, Santa

Fé, Santa Inês, Santo Inácio, São Jorge do Ivaí, Sarandi e Uniflor.

Resumo do Diagnóstico da Região 4

Os municípios integrantes da Região 4 são: Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso,

Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul,

Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí.

Resumo do Diagnóstico da Região 5

Os municípios integrantes da Região 5 são: Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso,

Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho,

Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio,

Rolândia, Sertanópolis e Tamarana.

Resumo do Diagnóstico da Região 6

Os municípios integrantes da Região 6 são: Assaí, Bandeirantes, Congonhinhas,

Cornélio Procópio, Curiúva, Figueira, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova

Fátima, Nova Santa Bárbara, Rancho Alegre, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa

Mariana, Santo Antônio do Paraíso, São Jerônimo da Serra, São Sebastião da Amoreira,

Sapopema, Sertaneja e Uraí.

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Resumo do Diagnóstico da Região 7

Os municípios integrantes da Região 7 são: Abatiá, Andirá, Barra do Jacaré, Cambará,

Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim

Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Salto do

Itararé, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira

Campos, Tomazina e Wenceslau Braz.

Resumo do Diagnóstico da Região 8

Os municípios integrantes da Região 8 são: Assis Chateaubriand, Diamante D'Oeste,

Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Guaíra, Iracema do Oeste, Jesuítas, Marechal

Cândido Rondon, Maripá, Mercedes, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste,

Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes, Santa Helena, São José das Palmeiras, São Pedro

do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Tupãssi e Vera Cruz do Oeste.

Resumo do Diagnóstico da Região 9

Os municípios integrantes da Região 9 são: Anahy, Boa Vista da Aparecida, Braganey,

Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul,

Corbélia, Diamante do Sul, Espigão Alto do Iguaçu, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Lindoeste,

Quedas do Iguaçu, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste e Três Barras do Paraná.

Resumo do Diagnóstico da Região 10

Os municípios integrantes da Região 10 são: Araruna, Barbosa Ferraz, Boa Esperança,

Campina da Lagoa, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix,

Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda, Luiziana, Mamborê, Moreira Sales, Nova Cantu,

Peabiru, Quarto Centenário, Quinta do Sol, Rancho Alegre D'Oeste e Ubiratã.

Resumo do Diagnóstico da Região 11

Os municípios integrantes da Região 11 são: Altamira do Paraná, Arapuã, Ariranha do

Ivaí, Boa Ventura de São Roque, Cândido de Abreu, Cruzmaltina, Godoy Moreira, Grandes

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Rios, Ivaiporã, Jardim Alegre, Laranjal, Lidianópolis, Lunardelli, Manoel Ribas, Mato Rico,

Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Rio Branco do Ivaí, Roncador, Rosário do Ivaí, Santa Maria

do Oeste e São João do Ivaí.

Resumo do Diagnóstico da Região 12

Os municípios integrantes da Região 12 são: Imbaú, Ipiranga, Ivaí, Ortigueira, Reserva,

Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.

Resumo do Diagnóstico da Região 13

Os municípios integrantes da Região 13 são: Arapoti, Carambeí, Castro, Jaguariaíva,

Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, São João do Triunfo e Sengés.

Resumo do Diagnóstico da Região 14

Os municípios integrantes da Região 14 são: Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia,

Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e

Serranópolis do Iguaçu.

Resumo do Diagnóstico da Região 15.

Os municípios integrantes da Região 15 são: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba,

Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Capanema, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos,

Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Marmeleiro, Nova

Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Pérola D'Oeste, Pinhal de São Bento,

Planalto, Pranchita, Realeza, Renascença, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do

Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São Jorge D'Oeste e Verê.

Resumo do Diagnóstico da Região 16

Os municípios integrantes da Região 16 são: Bom Sucesso do Sul, Chopinzinho,

Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Honório Serpa, Itapejara D'Oeste,

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35

Mangueirinha, Mariópolis, Palmas, Pato Branco, São João, Saudade do Iguaçu, Sulina e

Vitorino.

Resumo do Diagnóstico da Região 17

Os municípios integrantes da Região 17 são: Campina do Simão, Candói, Cantagalo,

Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova Laranjeiras,

Pinhão, Porto Barreiro, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Turvo e Virmond.

Resumo do Diagnóstico da Região 18

Os municípios integrantes da Região 18 são: Antônio Olinto, Bituruna, Cruz Machado,

Fernandes Pinheiro, General Carneiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Mallet,

Paula Freitas, Paulo Frontin, Porto Vitória, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul, São Mateus

do Sul, Teixeira Soares e União da Vitória.

Resumo do Diagnóstico da Região 19

Os municípios integrantes da Região 19 são: Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante

Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo do

Tenente, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Curitiba, Doutor

Ulysses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Piên, Pinhais, Piraquara,

Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do

Sul e Tunas do Paraná.

Resumo do Diagnóstico da Região 20

Os municípios integrantes da Região 20 são: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba,

Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná.

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36

4 METODOLOGIA DE TRABALHO

Estrutura do Trabalho

A metodologia deste trabalho foi desenvolvida de forma a se utilizar dos melhores

conhecimentos consolidados sobre o tema logística reversa, apontando a existência de

diversas experiências e conhecimentos prévios. Os dados inseridos neste plano contêm uma

mescla de informações fornecidas pelo sindicato, pelos Planos de Logística Reversa

existentes e outras referências importantes relacionadas ao tema.

A metodologia utilizada foi estruturada em quatro fases:

1. Reuniões iniciais para discussão da logística reversa do setor e assinatura do

Termo de Compromisso;

2. Levantamento de dados;

3. Elaboração dos Planos de Logística Reversa pelo corpo técnico do Instituto

SENAI de Meio Ambiente e Química – IST, comtemplando reuniões e

discussões mensais com os setores produtivos envolvidos;

4. Consolidação com o setor produtivo da estrutura do Plano de Logística

elaborado e encaminhamento para a Secretaria de Meio Ambiente do Estado

do Paraná – SEMA.

O setor de papel e celulose teve a primeira convocação através do Edital de

Chamamento nº 01/2012, instituído pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos

Hídricos (SEMA), no qual foram iniciadas séries de discussões internas com o Sindicato e

posteriormente com o auxílio e apoio da FIEP – Federação das Indústrias do Estado do

Paraná. No mês de novembro de 2012 foi protocolado e assinado um termo de compromisso

firmado entre a SEMA, FIEP e o Setor organizado.

Foram iniciadas as atividades para elaboração do Plano de Logística Reversa junto ao

SENAI no dia 25 de maio de 2015 para definição do cronograma. Na reunião do dia

23/07/2015 foi discutida a estrutura do plano, os tipos de resíduos gerados no setor e então

elaborados os questionários para o levantamento de dados.

Após encaminhar todos os questionários, foram realizadas duas oficinas, a primeira em

Curitiba no dia 26 de agosto e a segunda em Guarapuava no dia 28 de agosto. O objetivo

principal era sanar dúvidas sobre o tema da Logística Reversa e apresentar os primeiros

dados levantados do setor.

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37

No dia 02 de outubro foram apresentados ao Sindicato e seus respectivos associados

dados mais atualizados de quantitativos de resíduos de pré-consumo, coletados através dos

questionários e planilhas enviados pela equipe técnica do SENAI. Foram apresentados

também esboços de fluxogramas para a Logística Reversa dos resíduos de pós-consumo e

empresas do setor como possíveis receptoras de resíduos sólidos, dados coletados a

respeito de formas de mobilização social e participação do consumidor na logística reversa

atual, e a aplicação dos 3R’s nas empresas associadas e galpões de triagem previstos pelo

PEGIRSU (Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do

Estado do Paraná) para 2015.

Premissas do Trabalho

Durante a elaboração da Proposta levou-se em consideração a sequência de abordagem

lógica, conforme indica a Figura 25.

FIGURA 25: ABORDAGEM LÓGICA E TRADICIONAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS.

Fonte: Adaptado de CNTL - CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIAS LIMPAS- CNTL.

A abordagem lógica direciona os esforços primários na busca da prevenção da geração,

que de todas as alternativas é a única que exerce uma contribuição de 100% para a

resolução dos problemas ambientais, cedendo para alternativas (na figura, seguindo da

direita para a esquerda) quando não tiver condições para tal. A velha abordagem

(abordagem tradicional) segue em sentido antagônico, através da adoção de alternativas

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menos eficazes e de maiores custos (nota-se que a prevenção para esta abordagem é a

última alternativa).

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39

5 SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA ATUAL

5.1 Ciclo de Vida

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de

atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e

de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos

gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade

ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) o ciclo de vida de um produto

é definido como sendo uma série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a

obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição

final, ou seja, o ciclo de vida de um produto é o caminho que ele percorre desde a sua

fabricação até o seu descarte.

Para descrever o ciclo de vida dos setores para o qual está sendo desenvolvido o plano

de logística reversa, ou seja, o setor de papel e celulose segue abaixo a figura que descreve

cada etapa.

I. Papel e Celulose

O ciclo de vida do Papel inicia-se com o plantio do eucalipto e pinus, no Paraná o pinus é

mais usado que o eucalipto, o que leva de seis a sete anos para atingir a idade de corte no

caso de eucalipto e cerca de 10 anos no pinus. Para produzir uma tonelada de papel são

necessárias aproximadamente duas toneladas de eucalipto, que equivale a 20 árvores. Sua

principal matéria prima é a celulose, obtida a partir de fibras celulósicas, retiradas dos

troncos dessas árvores.

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40

FIGURA 26: CICLO DE VIDA DE PAPEL E CELULOSE

II. Embalagens e Artefatos

É importante considerar todos os estágios do ciclo de vida da embalagem, além de conhecer

como estas podem afetar o meio ambiente nos diferentes estágios. Deve-se garantir que

qualquer melhoria efetuada num determinado estágio do processo fabril ou estrutura da

embalagem não prejudique, mesmo que involuntariamente, o impacto ambiental em outros

estágios.

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41

FIGURA 27: CICLO DE VIDA DE EMBALAGENS E ARTEFATOS

FONTE: HUMMELGEN, 2013

5.2 Questionário de levantamento de dados

Como o Plano de Logística Reversa tem como foco o atendimento às empresas

associadas ao sindicato, é necessário realizar um levantamento de dados relacionados à

atual gestão resíduos destas empresas, para isto foi elaborado um questionário com

perguntas básicas relacionadas ao tema. Também foi enviado para preenchimento, uma

tabela que tem por objetivo realizar um levantamento quantitativo e qualitativo dos resíduos

gerados em seus processos.

Além do questionário e da tabela, foram enviados ao Sindicato e seus respectivos

associados uma planilha com solicitações sobre a produção da empresa.

Sendo assim este Plano de Logística Reversa trata especificamente das empresas

associadas ao sindicato do setor de papel e celulose e tem como base os 18 requisitos

listados no Edital de Chamamento nº 01/2012.

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42

5.3 Órgãos Públicos atualmente envolvidos na Logística Reversa

Para o levantamento da questão relacionada ao envolvimento de órgão públicos no atual

processo de logística reversa no Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel

e seus respectivos associados a seguinte pergunta foi formulada:

- Dos resíduos gerados atualmente pela sua empresa algum deles é recolhido e

destinado por órgão público (Prefeitura, Associações)? Se sim citar o órgão público e

tipo de serviço realizado.

De um total de 48 associados, responderam ao questionário apenas 21 empresas.

Segue abaixo uma tabela com informações em porcentagem.

FIGURA 28: EMPRESAS QUE DESTINAM PARA ÓRGÃOS PÚBLICOS.

Sim 5 24%

Não 16 76%

De 21 empresas que responderam aos questionários, 5 empresas destinam seus

resíduos para algum órgão público.

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43

GRÁFICO 2: PERCENTUAL DAS EMPRESAS QUE DESTINAM PARA ÓRGÃOS PÚBLICOS

Das empresas que responderam ao questionário, 76% destinam uma parte dos seus

resíduos para Prefeituras Municipais.

5.4 Formas atuais de mobilização social do consumidor

Para o levantamento da questão relacionada às formas de mobilização social do

consumidor, das empresas do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos para o

processo atual da logística reversa. A seguinte pergunta foi formulada:

- Há algum retorno do resíduo para o fornecedor após a etapa de consumo? Se sim

descreva como isto é desenvolvido.

Trabalhando em cima do retorno dos questionários, segue abaixo a tabela com os

dados:

FIGURA 29: RETORNO DO RESÍDUO

Sim 5 24%

Não 16 76%

Entre as empresas associadas que atualmente já retornam o resíduo para o fornecedor

após a etapa de consumo, as quais responderam sim no questionário, seguem abaixo as

respostas:

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Alguns clientes retornam para empresa o refile gerado por eles. O retorno também

acontece após a utilização da caixa pelo consumidor final, em forma de ondulado I

e ondulado II;

Papel com problemas de qualidade;

Aparas de Papel.

5.5 Levantamento quantitativo dos resíduos

Resíduos de Pré-Consumo

Das 20 regiões do Mapa de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) da SEMA, segue abaixo

uma tabela especificando em quais regiões há empresas no Setor de Celulose, Papel,

Embalagens e Artefatos:

QUADRO 1: QUANTIDADE DE EMPRESAS DO SETOR DE CELULOSE, PAPEL, EMBALAGENS E

ARTEFATOS POR REGIÕES.

REGIÕES ASSOCIADOS

REGIÃO 1

REGIÃO 2

REGIÃO 3

REGIÃO 4

REGIÃO 5 2

REGIÃO 6

REGIÃO 7

REGIÃO 8

REGIÃO 9 1

REGIÃO 10 1

REGIÃO 11

REGIÃO 12 3

REGIÃO 13 10

REGIÃO 14

REGIÃO 15

REGIÃO 16 2

REGIÃO 17 7

REGIÃO 18 1

REGIÃO 19 19

REGIÃO 20 2

TOTAL 48

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45

Segue abaixo a planilha com quantidades dos resíduos pré-consumo gerados durante

um (1) ano, das empresas associadas ao Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos

a nível Paraná.

FIGURA 30: RESÍDUOS PRÉ-CONSUMO EM KG EM UM PERÍODO DE UM (1) ANO.

Resíduos Por EmpresaPapel / Papelão 230225

Plástico em geral 1958

Vidro 0

Isopor 0

Lâmpadas - Uni 22

Pilhas e Baterias - Uni 0

Rejeito (Não passivel de separação) 8580

E.P.I.s (Botas, uniformes, etc) 0

Resíduos Orgânicos de processo 13000

Resíduos de Varrição 1

Óleo Vegetal 20

Resíduos de Madeira 33750

Bombonas Plásticas - Uni 0

Barricas - Uni 0

Cinzas de Caldeira 475000

Borra de Óleo Vegetal 0

Embalagens de Matéria prima 1

Baldes Plásticos de Matéria Prima 3

Blister 13

Embalagens de Medicamentos 547625

Produtos fora de especificação ou vencidos 0

Solventes Orgânicos 1651

Tintas (Sobras ou vencidas) 3375

Produtos Químicos (Sobras ou vencidas) 300

Lodo de ETE 240

Soda (ETE) 263

Óleo lubrificante (Uso da frota) 2275

Pneus (Uso da frota) 1100000

Baterias automotivas (Uso da Frota) 575000

Retalhos de tecido contaminados 297500

Latas (Produtos químicos em geral) 99250

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46

Segue abaixo a tabela com os dados de reciclagem, foram extraídos dos questionários

encaminhados aos associados:

FIGURA 31: DADOS DE RECICLAGEM – APARAS GERADAS PELA EMPRESA E CONSUMIDA

Na tabela, as aparas referem-se a (aparas de papelão, jornal, revista, mista, etc.). A

quantidade de aparas geradas pela empresa que não é vendida, é utilizada em consumo

próprio, pois trata-se de matéria prima pra indústria.

Segue abaixo a tabela com dados retirados do Panorama Setorial a respeito da quantidade

de matéria-prima utilizada na fabricação de papel

FIGURA 32: MATÉRIA-PRIMA UTILIZADA NA FABRICAÇÃO DE PAPEL

FONTE: PANORAMA SETORIAL

Tipo de Aparas gerada pela empresa e vendida a terceiros Quantidade (ton/ano)

Venda Paraná (ton/ano)

Venda Outro estado (ton/ano)

Tipo de Aparas consumida pela empresa como matéria-prima Quantidade (ton/ano)

Compra Paraná (ton/ano)

Compra Outro estado (ton/ano)

Aparas 15.129 1.209 720

Aparas 297.463 101.004 196.459

Resíduos Comuns

Resíduos Específicos

Resíduos / Insumos

Resíduos Manutenção de

Frota

Demais Resíduos

Perigosos

Legendas

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47

As aparas consumidas no Paraná como matéria-prima são de 679.925 ton/ano, sendo que

65% deste valor vêm de outros estados segundo o estudo do Panorama Setorial. O estado

do Paraná produz 321.600 ton/ano conforme a tabela 2 deste relatório. Sendo assim o

estado utiliza para fabricação de papel reciclado, em torno de 50% mais aparas do que é

gerado dentro do estado para reciclagem.

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48

Produção Celulose, Pasta e Papel

Segue abaixo uma tabela com as toneladas/ano de produção do Setor de Celulose,

Papel, Embalagens e Artefatos, valores retirados do Panorama Setorial 2013/2014.

FIGURA 33: PRODUÇÃO DO SETOR

Toneladas/Ano

1.033.700

526.000

475.000

32.700

Toneladas/Ano

273.540

28.540

245.000

Toneladas/Ano

1.999.389

786.488

444.765

264.474

165.365

87.446

70.814

61.335

49.457

39.590

14.682

11.787

3.186

Toneladas/Ano

344.157

154.250

75.398

42.252

29.932

28.393

6.620

6.062

1.250

Sacos e sacolas (kraft), sacos multifoliados, embalagens cartonadas

Adesivos base Kraft

Kraft de 1ª, 2ª e Kraft mix

Outros Produtos

Impressão, cadernos e itens de escritório

Fins sanitários (papel higiênico, guardanapos, toalhas de papel, entre

outros)

Divisórias, colmeias e tubetes

Papéis para imprimir e escrever (couché/off set/monolúcido,

apergaminhado)

Papéis especiais e impermeáveis

Fins sanitários (higiênico folha simples, folha dupla, guardanapo e toalha

de cozinha, etc.)

Base para carbono, seda e machine glazed

Papelão cinza/Paraná

TIPO DE CELULOSE

Total

Celulose de fibra longa (branqueada e não branqueada)

Celulose de fibra curta (branqueada e não branqueada)

Celulose reciclada

TIPO DE PASTA DE ALTO RENDIMENTO

EMBALAGENS E ARTEFATOS DE PAPEL

TOTAL

Caixas de Papelão

Chapas

Kraft extensível, natural, branco ou cores e kraft de 1ª

Total

Pasta mecânica

Pasta termomecânica e quimitermomecânica

TIPO DE PAPEL

Total

Papel cartão/cartolina

Capa (Kraftliner/testliner/WhiteTopLiner)

Miolo

Papel para imprensa/jornal

Maculatura

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5.6 Mecanismos de divulgação existente para aplicação dos 3R’s

Reduzir ou até mesmo não gerar resíduos significa entender que existe sempre uma

maneira de melhorar a fabricação de produtos.

Foi encaminhado ao Sindicato e seus respectivos associados um questionário para

verificar se atualmente as empresas já utilizam algum mecanismo de divulgação para

aplicação dos 3R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). Em um total de 48 associados, obtivemos

um retorno de 21 questionários, dos quais, 6 empresas hoje não realizam nenhuma

divulgação, o que corresponde 29%, 12 empresas realizam divulgação somente

internamente com treinamentos, o que corresponde a 57%, 1 empresa elabora cartilhas

informativas ou alguma maneira de descrição de algum dos 3 R’s, o que corresponde a 5% e

2 empresas realizam outro tipo de divulgação, como palestras, informações aos clientes, etc.

o que corresponde a 10%, conforme tabela abaixo;

FIGURA 34: PESQUISA DA DIVULGAÇÃO E APLICAÇÃO DOS 3R’S.

Nenhum 6 29%

Treinamentos 12 57%

Descrição de algum dos 3Rs 1 5%

Outros 2 10%

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50

GRÁFICO 3: GRÁFICO.

5.7 Aproveitamento interno dos resíduos

Para o levantamento da questão relacionada ao aproveitamento interno de algum dos

resíduos gerados no processo no Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos, a

seguinte pergunta foi formulada:

- Sua empresa aproveita internamente algum dos resíduos gerados em seu

processo produtivo?

Segue abaixo a tabela com informações;

FIGURA 35: APROVEITAMENTO INTERNO DOS RESÍDUOS

Sim 13 62%

Não 8 38%

Destas 13 empresas que atualmente aproveitam internamente de alguma forma os

resíduos, segue abaixo uma tabela com as formas de aproveitamento:

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FIGURA 36: FORMAS DE APROVEITAMENTO

Resíduos Forma de Aproveitamento Quantidade de empresas %

Aparas de Papel Retornam ao processo 11 85%

Borra de Polietileno 1 8%

Madeira Caldeira - Biomassa 1 8%

GRÁFICO 4: GRÁFICO DE APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS

Page 59: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

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6 SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA PROPOSTO

Na busca por produtos e processos sustentáveis, a logística vem sendo impulsionada

pelas empresas de forma a reduzir os impactos ao meio ambiente e incentivar as questões

econômico e sócio ambientais. Associando uma imagem corporativa positiva da empresa

levando em conta todos os produtos pertencentes ao processo produtivo da empresa. O

impacto do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos extrapola a questão relativa

com o consumo de recursos naturais, pela adoção de boas práticas de logística reversa, as

quais se iniciam no parque industrial através de aplicação de procedimentos específicos para

uma correta segregação de materiais/resíduos e se prolongam ao mercado consumidor.

Todas as ações a serem executadas deverão estar alinhadas com os princípios

financeiros, garantido que haja a viabilidade econômica para a aplicação do Plano de

Logística Reversa proposto. Fica clara necessidade de incentivos do mercado suficientes

para viabilizar todo o processo de recuperação e destinação adequada dos produtos pós-

consumo coletados e recebidos. Este sistema deverá estar interligado com o Plano de

Logística Reversa de Embalagens com a finalidade de dar vazão a grande quantidade de

embalagens a serem geradas após o uso do produto específico do setor.

Os fatores relevantes que influenciam a Logística Reversa são listados abaixo:

Econômicos: Estão relacionados com o custo da produção, devido à adaptação de

produtos de forma a eliminar ou minimizar o impacto ao meio ambiente;

Governamentais: Relacionam-se à legislação e à política de meio ambiente;

Responsabilidade Corporativa: Estão ligados ao comprometimento das empresas

fabricantes com a coleta de seus produtos ao final da vida útil;

Tecnológicos: Avaliação sobre os avanços tecnológicos da reciclagem e projetos

de produtos com finalidade de reaproveitamento dos produtos pós-consumo;

Logísticos: Relacionam-se aos aspectos logísticos da cadeia reversa abrangendo

questões sociais tais como o governo, as empresas, os intermediários no

processo e as pessoas em geral.

A implantação do sistema de logística reversa do setor será feito de forma regional,

sendo que o processo será iniciado nas regiões onde for levantada a maior geração de

produtos pós-consumo gerados pelo setor.

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53

6.1 Descrição do sistema de Logística Reversa

A. Resíduos Recicláveis (Pré-consumo)

Com base no plano de gerenciamento de resíduos sólidos de cada empresa, o destino

ambientalmente adequado para os resíduos recicláveis (papel, papelão, plásticos, metal,

vidro) seria o direcionamento para associações e cooperativas de catadores dos municípios

ou empresas privadas e empresas de processamento de materiais, visando à reciclagem e

retorno para indústria.

Nesta etapa teremos resíduos gerados internamente nas empresas e estes passarão

pelo processo de coleta interna e transporte externo para encaminhamento para a

destinação/disposição final.

Considerando tratar-se da gestão interna dos resíduos sólidos, a logística torna-se

simples, já que todo processo decisório fica sob a responsabilidade da própria empresa.

Abaixo, foram elencadas três opções a serem realizadas para a logística reversa:

Através do próprio gerador ou através de transporte contratado (itens

previstos no PGRS.).

Através de empresas receptoras as quais trabalharão em parceria e já

possuem sistema estruturado para o processo de coleta,

armazenamento e reciclagem.

Reaproveitamento interno do resíduo, apenas no caso de empresas que

utilizam refiles de papel em sua produção.

Nas duas primeiras opções, o fluxo de destinação dos resíduos poderá ser:

• Associações de cooperativas e catadores dos municípios já estabelecidas no Estado e

avaliação, durante o processo de implantação e operação, de novas estruturas a serem

implantadas em todas as regiões do Estado do Paraná. Estas associações farão a coleta e

triagem do material, disponibilizando para as empresas que farão o processamento e

posterior encaminhamento para a utilização no processo produtivo do setor industrial. No

âmbito das Centrais de Valorização de Materiais Recicláveis no Estado do Paraná; Através

de empresas receptoras que deverão ser identificadas e avaliadas a sua documentação em

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54

relação as questões ambientais nas vinte regiões propostas no Plano de Logística Reversa

do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos.

QUADRO 2: RESÍDUOS RECICLÁVEIS

TIPO COLETA/TRANSPORTE

LondrinaMaringáCascavelFrancisco BeltrãoGuarapuavaCampos Gerais

homologadas

nas 20 regiões

Reciclagem Indústria

OP

ÇÃ

O 2

papel,

plástico,

metal, vidro,

espuma, etc.

(PGRS)

REC

ICLÁ

VEI

S P

Ó C

ON

SUM

O

FLUXO DE DESTINAÇÃO

OP

ÇÃ

O 1

Através das empresas

receptoras

Associações e

Cooperativas de

Catadores dos

Municípios;

Ecopontos

Através do próprio

gerador; transporte

contratado;

CVMR

Empresas

receptoras

(doação ou

comercialização)

B. Resíduos e Produtos (Pós -consumo)

A logística reversa a ser implantada no pós-consumo está estruturada sob o processo de

responsabilidade compartilhada, onde teremos a participação da indústria, importadores,

comércio atacadista e varejista, aparistas, poder público e consumidores.

Os procedimentos referentes aos resíduos de pós-consumo são tratados detalhadamente

no item 6.10.

6.2 Formas de mobilização social e participação do consumidor

Além das formas de divulgação atuais que serão mantidas, outros meios poderão ser

utilizados, como:

Divulgação nas lojas, varejos, feiras do setor específico;

Divulgação no site das empresas e dos Sindicatos;

Divulgação no Facebook das empresas e dos Sindicatos;

Divulgação no Boletim Informativo das empresas e dos Sindicatos;

Divulgação em revistas e jornais nos municípios;

Divulgação em programas de rádio e jornalismo;

Envio de e-mail as empresas da base territorial dos Sindicatos;

Page 62: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

55

Envio de flyer informativo às empresas dentro do envelope das guias de cobranças de

contribuições sindicais e estatutárias;

Divulgação junto a outras entidades (Associações Comerciais, SEBRAE, SENAI,

SESC, SENAC, etc.);

Todas as ações a serem realizadas serão discutidas com o grupo gestor o qual fará a

implementação deste Plano, em conjunto com as empresas participantes de todo processo

de implantação da logística reversa do setor.

6.3 Mecanismos de divulgação existentes para aplicação dos 3R

Todo a etapa de divulgação dos mecanismos dos 3 R’s será acompanhada pelo comitê

gestor e orientada de maneira a incutir nas diversas empresas associadas as questões

ambientais. Serão utilizados os seguintes mecanismos:

Redução:

Divulgação de algumas ações que podem ser tomadas no ambiente de trabalho

para redução de resíduos;

Repasse de informação sobre a qualidade dos produtos fornecidos e a

possibilidade de utilização de materiais recicláveis;

Formatação e realização de treinamentos sobre os produtos específicos do setor;

Melhorar a qualificação dos empregados com treinamentos específicos

operacionais;

Repassar informações sobre os 3R’s em sites, redes sociais das empresas ou do

próprio Sindicato;

Identificação de produtos/resíduos e as possibilidades de serem realizadas as

etapas de redução, reutilização e reciclagem em cada estágio.

Reutilização:

Divulgar para os consumidores as possibilidades de reutilização de seus produtos

através de sistemas de informações, que serão fornecidos no instante da compra

ou recebimento do produto;

Investir em fabricação de novos produtos (embalagens, etc.) utilizando os insumos

da própria produção;

Page 63: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

56

Reciclagem:

Divulgar os destinos ambientalmente adequados para os produtos/resíduos após

o seu ciclo de vida.

Citamos abaixo as definições sobre o processo dos 3R’s.

A redução é a primeira etapa do princípio dos 3R´s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), e

consiste em ações que visem à diminuição da geração de resíduos, seja por meio da

minimização na fonte ou por meio da redução do desperdício. É a etapa principal, pois

sua contribuição promove a minimização de gastos com o gerenciamento e tratamento,

e é válido para aplicação a qualquer grupo de resíduos.

A reutilização é a segunda etapa que pode ser implantada através de ações que

possibilitem sua utilização para várias finalidades, otimizar o máximo seu uso antes de

descarte final, ou, ainda seu reenvio ao processo produtivo, visando a sua recolocação

para o mesmo fim ou recolocação no mercado.

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os resíduos, e

reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. Materiais que se tornariam lixo, ou

estão no lixo, são separados, coletados e processados para serem usados como

matéria-prima na manufatura de novos produtos.

Reciclar é usar um material para fazer outro. O termo "reciclagem" surgiu na década de

1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, quando

reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas

secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos,

o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.

Benefícios da reciclagem

1) Econômicos:

A reciclagem de papel economiza matéria-prima (celulose);

A reciclagem de 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo,

economizando 1,3 kg de matérias-primas (minérios);

Page 64: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

57

A cada 10% de utilização de cacos, há uma economia de 2,9% de energia;

A reciclagem de alumínio economiza 95% da energia que seria usada para

produzir alumínio primário;

A reciclagem de lixo orgânico, por meio da compostagem, resulta em adubo de

excelente qualidade para a agricultura;

Uma única latinha de alumínio reciclada economiza energia suficiente para manter

um aparelho de TV ligado durante três horas.

2) Ambientais:

50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore de 7 anos, mesmo que

devidamente plantada, manejada e certificada para este fim;

Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m² de eucalipto;

Uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e 1.200 litros de óleo

combustível;

A reciclagem de vidro diminui a emissão de gases poluidores pelas fábricas;

A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente, pois o

material é muito resistente a radiações, calor, ar e água;

A cada quilo de alumínio reciclado, 5 kg de bauxita (minério com que se produz o

alumínio) são poupados;

A reciclagem de vidro aumenta a vida útil dos aterros sanitários e poupa a extraído de

minérios como areia, barrilha, calcário, feldspato etc;

A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente, pois o

material é muito resistente a radiações, calor, ar e água.

3) Sociais:

A reciclagem contribui para a diminuição do volume de lixo: o Brasil produz atualmente

240 mil toneladas de lixo por dia;

Recoloca no ciclo de produção um material que pode contaminar o solo, a água e o ar;

A reciclagem de papel gera milhares de empregos: dos catadores de papel aos

empregados em empresas de intermediação e recicladoras;

A reciclagem de plástico no Brasil gera cerca de 20 mil empregos diretos em 300

indústrias de reciclagem.

Page 65: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

58

6.4 Recicladores homologados para recebimento/tratamento dos resíduos

Para a homologação das empresas receptoras e transportadoras de resíduos, foram

utilizadas metodologias e ferramentas, tais como check-list (informações prévias da

empresa), análise documental e visitas técnicas. Além disso, utilizou-se o formulário de

homologação de empresas – Logística Reversa, conforme anexo VII.

Durante o processo de implantação da Logística Reversa poderão ser incluídas novas

empresas receptoras e transportadoras, bem como cooperativas de catadores.

Segue abaixo uma tabela resumida com receptores e transportadores de resíduos em

fase de homologação para recebimento ou tratamento dos resíduos de pré-consumo e pós-

consumo de cada região do estado do Paraná que possuem associados, além de Estados

vizinhos:

Page 66: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

59

FIGURA 37: EMPRESAS RECEPTORAS APARISTAS/CENTRAIS DE RECICLAGEM/COOPERATIVAS

Telefone E-mail

MPR Comércio de Pápeis Materiais Recicláveis 27464 (44) 3266-3131

Reciclagem Mauá Ltda. Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (44) [email protected].

br

NorteVisual - Soluções AmbientaisMateriais Recicláveis/

Resíduos Perigosos16217 (44) 3031-3553

Recicláveis Cidade Verde Materiais Recicláveis 27544 (44) 3228-8686

Região 4 - Arapongas CETEC Energia Renovável Materiais Recicláveis 15321 (43) 3055-8100 [email protected]

SANETRAN - Saneamento Ambiental E Transporte De

ResíduosMateriais Recicláveis 9149 (43) 3275-4801 [email protected]

Isonorte Isopor 11318 (43) 3301-6084 [email protected]

Cooper Região Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (43) 3321-6992

Ecorecin Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (43) 98424-7738 [email protected]

Mirai Ambiental Materiais Recicláveis 11473(43) 9819-9910

(43) 9994-0801 [email protected]

Região 8 - Toledo Transportec Coleta e Remoção de Resíduos Ltda. Todos os resíduos 6773 (45) 3378-5844 [email protected]

ECOLIXO - Centro de Triagem e Transferência de

Materiais RecicláveisMateriais Recicláveis 299 (45) 3902-1392

COOTACAR - Cooperativa de Trabalhadores Catadores

de CascavelMateriais Recicláveis DLAE 21/2012 (45) 3227-7757 [email protected]

CAREMEL - Cooperativa de Ação e Reciclagem de

CascavelMateriais Recicláveis 299 (44) 9963-7564

ACAMARO - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (42) 99948-2655

ACAMARU - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (42) 99837-1437 [email protected]

Ponta Grossa Ambiental Todos os resíduos 94981816 (42) 3220-0300 [email protected]

Região 3 - Maringá

REGIÃOAPARISTAS / CENTRAIS DE RECICLAGEM /

COOPERATIVASRESÍDUOS

Nº LICENÇA

AMBIENTAL

CONTATO

Região 5 - Londrina

Região 13 - Ponta

Grossa

Região 9 - Cascavel

Page 67: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

60

Telefone E-mail

SANETRAN - Saneamento Ambiental E Transporte De

ResíduosMateriais Recicláveis 9149 (41) 3355-5600 [email protected]

Transportec Coleta e Remoção de Resíduos Ltda. Todos os resíduos 6773 (41) 3217-4000 [email protected]

HMS Gestão de Resíduos Todos os resíduos Classe I, II 26585 (41) 8815-5714 [email protected]

Kapersul - GRI - AraucáriaResíduos Classe II (inclusive papéis

laminados, plásticos flexíveis )15168 (41) 2141-8500

Guilherme Hirai

<[email protected]>

Reciclagem Garcia Materiais Recicláveis 24190(41) 3698-2446

(41) [email protected]

Mennopar Plástico 64773033-2990

3033-2991

[email protected]

[email protected]

Dambrosi Aparas e Embalagens Ltda. Papel, Plástico e TetraPak 110142 (41) [email protected]

[email protected]

AREPI - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 2125(41) 3667-6698

(41) 99530-5086

3R - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 339 (41) 3606-6051

RESOL - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 3879 (41) 99922-3264 [email protected]

ACUBA - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 87033 (41) 99776-3483 [email protected]

NOVO HORIZONTE - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 15000989(41) 99539-3543

(41) 9589-8397

AREPAR - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis 16000727 (41) 3332-8254 [email protected]

ACAMPA - Cooperativa de Catadores Materiais Recicláveis PROTOCOLADO (41) 99500-2494

REGIÃOAPARISTAS / CENTRAIS DE RECICLAGEM /

COOPERATIVASRESÍDUOS

Região 19 - Curitiba

Nº LICENÇA

AMBIENTAL

CONTATO

Page 68: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

61

6.5 Metas da Logística Reversa

Para que possamos executar o processo de Logística Reversa na cadeia produtiva do

Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná terão que ser

identificados os objetivos a serem atingidos e a definição clara das metas a serem

estimadas.

No estabelecimento dos objetivos procuramos deixar claro quais são os alvos que

deverão ser conquistados para transformar o Plano de Logística Reversa em realidade,

através da realização de esforços e recursos ao longo de períodos de tempo predefinidos.

Os objetivos da Logística Reversa estão listados na figura 38 abaixo.

A definição das metas consiste em estabelecer as ações específicas mais apropriadas

para que consigamos atingir os objetivos. Estas metas devem ser específicas, mensuráveis,

atingíveis, realistas e identificadas às datas de início e finalização.

Nesta etapa também teremos que identificar de forma clara as responsabilidades pelas

ações a serem realizadas, para que possamos atingir o nosso principal objetivo que é a

implantação e operacionalização do sistema de Logística Reversa do setor de Celulose,

Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná.

Foram estabelecidas metas de implantação imediatas, em curto prazo, médio prazo e

longo prazo. Os prazos estabelecidos dependerão da data da aprovação do Plano de

logística reversa pela SEMA-PR, pois, as datas das ações seguirão os prazos determinados

e estarão em função da data de início dos trabalhos.

Mais detalhes sobre os volumes quantitativos estabelecidos nas metas podem ser

encontrados após a tabela.

Page 69: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

62

FIGURA 38: METAS E PLANO DE AÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA.

INÍCIO TÉRMINO INÍCIO TÉRMINO

Estabelecimento do Comitê Gestor da

Logística Reversa (deliberativo e

executivo).

Estruturação e estabelecimento do Regimento

interno do Comite Gestor, que será responsável

pela gestão da logística Reversa do Setor.

Identificação e discussão com potenciais

parceiros.

Listagem dos Parceiros (Fornecedores/Comércio)

com identificação e discriminação de contatos.

a

Identificar e promover parcerias com

os demais elos da cadeia

(fornecedores de insumo,

fabricantes/importadores, comércio

atacadista de materiais recicláveis,

comércio varejista, recicladores,

cooperativas de catadores, aparistas

e setor público) para a promoção

da logística reversa, com base no

princípio da responsabilidade

compartilhada.

Início do processo de busca de contatos

com todos os parceiros em potencial e

promover a articulação da cadeia

produtiva.

Estabelecer contatos para a promoção da

logística reversa, com aparistas e o setor de

comércio (ACP, FECOMÉRCIO, SINCAPR, ANAP)

no Paraná, visando a melhoria do sistema de

armazenamento, disposição e coleta de

resíduos recicláveis nos pontos de venda.

Fevereiro Maio Comite Gestor

b

Identificar e descrever principais

fontes de captação de recursos para

implementação da Logística

Reversa.

Identificar e descrever principais fontes de

captação para implementação da

logística reversa e busca de informações e

ações sobre o processo de desoneração

fiscal, compras verdes, Liberação de

créditos.

Buscar apoio junto as associações brasileiras e

outros órgãos tais como:

CNI/ABTCP/BECELPA/ABPO/ABIEF/ANAVE/BNDES

/BRDE/ANDIPA/FINEP/SEBRAE.

FevereiroConforme editais

específicosComite Gestor

ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DO PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA DO SINPACEL

SENAI/SINPACEL

IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA DO SETOR DE PAPEL E CELULOSE

AÇÕES DETALHAMENTO DA AÇÃOPRAZO PREVISTO 2017 PRAZO PREVISTO 2018

RESPONSÁVEL OBSERVAÇÕES

Título do plano de ação:

Responsável pelo plano de ação:

Objetivo estratégico relacionado:

OBJETIVO

Criar o comitê gestor da logística

reversa da cadeia produtiva do

Setor de Celulose, Papel,

Embalagens e Artefatos do Estado

do Paraná.

Comite Gestor,

FIEP

Depois de

estruturado o comite

gestor seguirá as

diretrizes

estabelecidas em seu

regimento interno.

1 Estabelecimento de Comitê Gestor

a Fevereiro Fevereiro

2 Firmar parcerias com entidades

Page 70: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

63

INÍCIO TÉRMINO INÍCIO TÉRMINO

Elaboração de material de educação

ambiental enfocando o processo de

logística reversa e a utilização de

materiais recicláveis, reutilizáveis, resíduos

perigosos e passíveis de logística reversa

do setor.

Elaborar um manual de educação ambiental,

logística reversa e reciclagem dos produtos do

setor, e disponibilizá-lo de forma on line nos

canais de comunicação do Sinpacel, das

empresas associadas e dos parceiros.

Março Maio Comite Gestor

Realização de palestras e treinamentos

para as empresas associadas e não

associadas.

Realização de 04 palestras (Curitiba,

Guarapuava, Ponta Grossa e Londrina) para a

disseminação do manual de educação

ambiental contemplando as empresas

associadas ao Sinpacel.

Março Dezembro

I - Criar um cartaz educativo abordando

assuntos ambientais com foco na Logística

Reversa para conscientização nos 600

Condomínios localizados no município de

Curitiba, aproximadamente 4 exemplares por

condomínio. Parceria com o SECOVIPR.

Março Dezembro

II - Realizar uma palestra para o setor em

parceria com o SECOVIPR - Sindicato da

Habitação e Condomínios.

Contato: Loureni Reis <[email protected]>

(41) 3259-6000

Março Dezembro

III - Extender as ações previstas no item I e II para

os demais municípios do PR, onde forem

instaladas as CVMR do ILOG.

RESPONSÁVEL OBSERVAÇÕESOBJETIVO AÇÕES DETALHAMENTO DA AÇÃOPRAZO PREVISTO 2017 PRAZO PREVISTO 2018

3 Promover a Educação Ambiental

a

Buscar incentivos/parcerias com o setor

governamental no campo da educação

para elaboração de material orientativo

com base na Lei Federal 9.795/99.

Avaliação para extender

aos demais municípios

Promover a Sensibilização e

educação ambiental no Estado do

Paraná em parceria com a SEMA.

Promover a Sensibilização e

educação ambiental com os

associados.

Page 71: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

64

INÍCIO TÉRMINO INÍCIO TÉRMINO

Aporte de recursos financeiros e/ou humanos,

para a implementação e manutenção de 6

Centrais de Valorização de Material Reciclado –

CVMR, no estado do Paraná, nos municípios de

Maringá, Londrina, Cascavel, Francisco Beltrão,

Guarapuava e Campos Gerais.

Fevereiro Comite Gestor

Progressivas e dependentes do cronograma de

execução. Para as 6 centrais operando

simultaneamente, está prevista a recuperação

de 1750 ton/mês de material passível de

reciclagem.

Fevereiro Comite Gestor

b

Parceria com a Sanepar, para a

ampliação do Projeto “Se Ligue

Nessa Ideia! Sem Óleo na Rede”

Parceria com a Companhia de

Saneamento do Paraná - SANEPAR, para

a ampliação do Projeto: “Se Ligue Nessa

Ideia! Sem Óleo na Rede”

Contribuir com a ampliação do projeto, através

do provimento de materiais de divulgação

(cartazes e adesivos para as bombonas de

recolhimento do óleo usado; da divulgação do

projeto dentre as empresas associadas ao

Sinpacel; da adesão de 01 empresa-piloto ao

projeto; do mapeamento de possíveis parceiros

ao projeto.

Março Dezembro Comite Gestor

I - Aquisição de 301 novas lixeiras, conforme

quantitativo levantado junto à escola (descrito

abaixo).

Fevereiro Agosto Comite Gestor

Criação de uma “Estação da Sustentabilidade”,

dentro do CEP, a exemplo da estação

concebida pela prefeitura de Curitiba, a ser

concebido pela SEMA e viabilizado através do

investimento social privado das empresas do

setor.

Julho Dezembro Comite Gestor

d

Apoio ao Projeto: Descarte de

Resíduos de Medicamentos

Domiciliares

Apoio ao Projeto Descarte de Resíduos

de Medicamentos Domiciliares – Em

parceria com o setor farmacêutico.

Contribuir com o desenvolvimento de uma

nova caixa receptora (ponto de entrega

voluntária – PEV), de forma que as embalagens

dos remédios também possam ter destinação

ambientalmente correta, ao invés de serem

incineradas, como é feito atualmente.

Doação de caixas de papelão ao projeto via

SINPACEL.

Março Dezembro Comite Gestor

eBuscar aproximação com outros

setores/logísticas reversas

Interface e alinhamentos, parcerias com

outros setores e comitês de LR já

implantados.

Ampliar ações de Logística Reversa com outros

setores, a exemplo das caixas de papelão

fornecidas ao SINQFAR para recolhimento de

medicamentos.

Março Contínuo Comite Gestor

f

Repassar as informações sobre as

atividades desenvolvidas

anualmente do processo de

Logística reversa.

Estruturação de todas as atividades

desenvolvidas durante o ano para a

implantação da logística reversa.

O comite gestor compilará todas as informações

e encaminhará este relatório para a SEMA e para

os particpantes do processo de logística reversa.

Dezembro Dezembro - Dezembro Comite Gestor

O relatório será

entregue

anualmente.

OBJETIVO OBSERVAÇÕESAÇÕES DETALHAMENTO DA AÇÃOPRAZO PREVISTO 2017 PRAZO PREVISTO 2018

4 Promover a Logística Reversa do setor

RESPONSÁVEL

Manutenção da Parceria com o

Instituto de Logística Reversa – ILOG

(Antes denominado “Projeto CVMR –

Sindibebidas”)

a

Dar continuidade à parceria com o ILOG,

conforme o Termo de Compromisso para

Responsabilidade Pós-Consumo de

Embalagens 002/2015, firmado entre SEMA,

IAP e Sindibebidas; e Termo de

Compromisso para Responsabilidade Pós-

Consumo de Embalagens, firmado entre

Sinpacel e Sindibebidas.

Parceria com o Colégio Estadual do

Paraná e SEMA para apoiar o Projeto do

Colégio Estadual do Paraná (CEP).

c

Apoio ao Projeto CEP Sustentável,

em parceria com o Colégio Estadual

do Paraná e SEMA.

Contínuo

Detalhamento no

texto abaixo

Page 72: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

65

Quantidade de Aparas utilizadas como MP (ton/ano) 679.925

Comprada no Paraná - 35% (ton/ano) 237.974

Comprada em outros Estados - 65% (ton/ano) 441.951

Observações:

Segundo a IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores, os papeis passíveis de reciclagem

são o papel cartão/cartolina, papéis para imprimir e escrever, kraft, capa e miolo

(utilizados na fabricação do papelão ondulado). A informação da produção de papel no

Paraná foi extraída do Panorama Setorial (SINPACEL, 2014). Considerando que deste

volume total de produção, o Paraná consome 49% do papel fabricado (os outros 51% são

vendidos para outros estados) foi criada a coluna “CONSUMO NO PARANÁ”

apresentado na Figura 39.

FIGURA 39: PRODUÇÃO X CONSUMO NO PR

Produtos Reciclados Produção no PR Consumo no Paraná

Total 1.631.062 799.220

Papel cartão/cartolina 786.488 385.379

Papéis para imprimir e escrever 70.814 34.699

Kraft extensível, natural, branco ou cores e kraft de 1ª 61.335 30.054

Kraft de 1ª, 2ª e Kraft mix 3.186 1.561

Miolo 264.474 129.592

Capa (Kraftliner/testliner/WhiteTopLiner) 444.765 217.935

Fonte: Panorama Setorial Sinpacel 2014.

Outra informação obtida junto ao setor, é que em 2015 o Paraná utilizou 679.925

toneladas de aparas de papel e papelão como matéria prima, sendo que destas, 35%

foram compradas dentro do estado do Paraná, o que corresponde a 237.974 toneladas de

aparas. Os 65% restantes foram comprados de outros estados, o que corresponde a

441.951 toneladas, conforme Figura 40.

FIGURA 40: UTILIZAÇÃO DE APARAS NO PARANÁ

Page 73: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

66

Evolução

15/14

Imprimir e escrever

. Consumo aparente de papel 2.728 2.191 -19,7%

. Coleta de aparas 850 758 -10,8%

. Taxa de recuperação 31,2% 34,6% -

Embalagem

. Consumo aparente de papel 4.760 4.801 0,9%

. Coleta de aparas 3.823 3.886 1,6%

. Taxa de recuperação 80% 81% -

Papelcartão

. Consumo aparente de papel 588 553 -6,0%

. Coleta de aparas 146 140 4,1%

. Taxa de recuperação 25% 25% -

Consumo aparente total 8.076 7.545 -6,6%

Coleta de aparas total 4.819 4.784 -0,7%

Taxa de recuperação 59,7% 63,4%

2015Produto 2014

Com base em discussões com o setor e informações repassadas pela Associação

Nacional de Aparistas – ANAP, os índices de reciclagem do setor variam de acordo com o

produto específico, conforme Figura 41, na qual apresenta o menor índice no produto

Papelcartão.

FIGURA 41: TAXA DE RECUPERAÇÃO DE PAPEL POR CATEGORIA

Sendo assim, diante do exposto o setor realizará ações previstas nas metas (conforme

item 3 letra a), no que tange a orientações junto aos condomínios residenciais em parceria

com o Sindicato da Habitação e Condomínios – SECOVIPR, devido ao papel cartão ser o

principal produto descartado no pós-consumo domiciliar. Também está prevista uma ação

junto ao setor farmacêutico, de projetar uma caixa coletora de medicamentos com

possibilidade de recuperação das embalagens de remédio, que são em sua maioria de

papelcartão.

Page 74: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

67

6.5.1 Detalhamento dos objetivos previstos nas Metas

1) Manutenção da Parceria com o Instituto de Logística Reversa – ILOG

Antes denominado “Projeto CVMR – Sindibebidas”, conforme o Termo de Compromisso

para Responsabilidade Pós-Consumo de Embalagens 002/2015, firmado entre SEMA, IAP

e Sindibebidas; e Termo de Compromisso para Responsabilidade Pós-Consumo de

Embalagens, firmado entre SINPACEL e Sindibebidas (ANEXO III e IV). Tendo como

objetivo o aporte de recursos financeiros e/ou humanos, para a implementação e

manutenção de seis (6) Centrais de Valorização de Material Reciclado – CVMR, no estado

do Paraná, nos municípios de Maringá, Londrina, Cascavel, Francisco Beltrão,

Guarapuava e Campos Gerais.

Meta:

Progressivas e dependentes do cronograma de execução. Para as seis (6) centrais

operando simultaneamente, está prevista a recuperação de 1.750 ton/mês de material

passível de reciclagem.

Prazo previsto:

Início: Vigente desde janeiro de 2013.

Término: Contínuo, mediante renovação anual dos termos de compromisso.

2) Parceria com a Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR, para a

ampliação do Projeto: “Se Ligue Nessa Ideia! Sem Óleo na Rede”

Meta: Contribuir com a ampliação do projeto, através do provimento de materiais de

divulgação como: cartazes e adesivos para as bombonas de recolhimento do óleo usado,

conforme modelo no ANEXO V; da divulgação do projeto dentre as empresas associadas

ao SINPACEL; da adesão de uma (1) empresa-piloto ao projeto; do mapeamento de

possíveis parceiros ao projeto.

Prazo previsto:

Início: Março de 2017 – assinatura do termo de parceria, definindo as obrigações entre

as partes.

Término: Dezembro de 2017 – Após, definir novas metas, com a adesão de mais

empresas e organizações parceiras.

Page 75: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

68

Subsolo Orgânica Rejeito Reciclável

3 4 17

Térreo Orgânica Rejeito Reciclável

11 22 24

1º andar Orgânica Rejeito Reciclável

7 26 30

2º andar Orgânica Rejeito Reciclável

7 28 30

3º andar Orgânica Rejeito Reciclável

7 10 26

Ginásio térreo Orgânica Rejeito Reciclável

2 20 7

Ginásio 1º andar Orgânica Rejeito Reciclável

2 7 8

Planetário Orgânica Rejeito Reciclável

0 0 3

Total 39 117 145

Total geral 301

3) Apoio ao Projeto CEP Sustentável, em parceria com o Colégio Estadual do

Paraná e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Meta 1: Aquisição de 301 novas lixeiras, conforme quantitativo levantado junto à

escola:

FIGURA 42: AQUISIÇÃO DE LIXEIRAS PARA O COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ

Prazo previsto:

Início: fevereiro de 2017

Término: agosto de 2017

Meta 2: Criação de uma “Estação da Sustentabilidade”, dentro do Colégio Estadual do

Paraná - CEP, a exemplo da estação concebida pela prefeitura de Curitiba conforme

figura 43, a ser concebido pela SEMA e viabilizado através do investimento social

privado das empresas do setor (ANEXO VI).

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69

FIGURA 43: ESTAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE DA PREFEITURA DE CURITIBA

Prazo previsto:

Início: planejamento inicia em fevereiro de 2017, execução inicia em julho de 2017.

Término: dezembro de 2017.

4) Apoio ao Projeto: Descarte de Resíduos de Medicamentos Domiciliares – Em

parceria com o setor farmacêutico.

Meta: Contribuir com o desenvolvimento de uma nova caixa receptora (ponto de

entrega voluntária – PEV), de forma que as embalagens dos remédios também possam

ter destinação ambientalmente correta, ao invés de serem incineradas, como é feito

atualmente. Doação de caixas de papelão ao projeto pelo SINPACEL.

Prazo Previsto:

Início: Março de 2017.

Término: Dezembro de 2017.

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70

FIGURA 44: CAIXA DE PAPELÃO FORNECIDA PELO SINPACEL

5) Projeto de Educação Ambiental em Condomínios Residenciais - Em parceria

com o Sindicato da Habitação e Condomínios – SECOVI/PR.

Meta 1: Criar um cartaz educativo abordando assuntos ambientais com foco na

Logística Reversa para conscientização nos 600 Condomínios localizados no município

de Curitiba, aproximadamente 4 exemplares por condomínio. Parceria com o SECOVIPR

- Sindicato da Habitação e Condomínios.

Meta 2: Realizar uma palestra para o setor, em parceria com o SECOVIPR.

Prazo previsto:

Início: planejamento inicia em fevereiro de 2017, execução inicia em julho de 2017.

Término: dezembro de 2017 – ao término do projeto, será avaliada a expansão do

projeto a outros municípios paranaenses.

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71

6.6 Opções para aproveitamento dos resíduos gerados

Entre as atividades econômicas que mais absorvem resíduos industriais, destacam-se a

agricultura e a construção civil. No setor agrícola, estudos tem demonstrado que as cinzas

de caldeira e de resíduos de celulose adicionados aos adubos minerais em plantios florestais

podem fornecer ganhos expressivos em volume de madeira, praticamente dobrando a

produtividade de algumas espécies, devido à melhoria nas propriedades físicas, químicas e

biológicas do solo.

Para os resíduos recicláveis (papel, papelão, metal, vidro) o melhor destino

ambientalmente adequado seria através de associações e cooperativas de catadores dos

municípios para reciclagem e retorno para indústria.

FIGURA 45: PÓS CONSUMO

TIPO COLETA/TRANSPORTE

Londrina

Maringá

Cascavel

Francisco Beltrão

Guarapuava

Campos Gerais

Reforma de

móveis

FLUXO DE DESTINAÇÃO

Doação ou

venda

IndústriaAproveitamento

energético

Doação ou

uso

cooperados

Desmontagem

/ ReciclagemIndústria

CVMR

S C

ON

SUM

O

Madeira

(demolições,

etc.)

Através do próprio

gerador; transporte

contratado;

Pátios de

triagem

(empresas

transportadoras);

Empresas

tratamento RCC;

Aproveitamento

Reciclagem

Móveis em

desuso

Associações e

Cooperativas de

Catadores dos

Municípios

Através do próprio

gerador ou empresas/

Cooperativas de

Catadores contratadas

pelo Comitê Gestor da

LR

6.7 Impactos Sociais e econômicos da Logística Reversa

Nesta etapa foram avaliados os benefícios econômicos e sociais associados à

implantação do sistema de Logística Reversa para as empresas associadas ao SINPACEL.

O benefício social através da implantação do sistema de LR estará relacionado com os

seguintes resultados:

Aumento da demanda de produtos a serem reciclados;

Criação de uma estrutura de coleta, triagem e armazenagem dos produtos do setor;

A tendência de buscarmos um aumento de aparas a serem utilizadas no Paraná e

consequentemente uma diminuição na obtenção de aparas de outros estados;

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72

Aumento de empregos a serem gerados nas empresas recicladoras;

Aumento na renda per capita dos funcionários das empresas recicladoras;

Implantação de princípios de sustentabilidade;

Diminuição de mão de obra utilizada em locais inapropriados devido à retirada deste

pessoal de depósitos clandestinos e lixões;

Geração de renda em várias cadeias participantes do sistema de LR.

Os benefícios Econômicos serão:

Vantagens econômicas pelo fato da drástica diminuição de gastos com o

processamento de resíduo;

Diminuição na necessidade da importação de aparas e tendência de diminuição de

custos logísticos;

O reaproveitamento de materiais acaba trazendo ganhos no processo industrial com a

diminuição dos custos relativos à matéria prima;

A possibilidade de redução de matéria prima para a produção do Papel e da Celulose;

Aumentar o processo de sustentabilidade do setor;

O retorno de produtos e materiais ao ciclo de negócios permite a competitividade de

custos a partir de um bom gerenciamento da logística reversa.

Aumento da taxa de reciclagem dos materiais.

6.8 Atribuições dos participantes da Logística Reversa

O presente Plano será implementado por meio de cooperação entre as partes, nas

responsabilidades a seguir definidas, de acordo com o conceito de responsabilidade

compartilhada, de modo a viabilizar este Plano.

São obrigações comuns aos signatários:

a) Empreender esforços para atingir os resultados ajustados.

b) Cumprir as condições, responsabilidades, obrigações e os prazos definidos.

c) As entidades signatárias obrigar-se-ão a divulgar o Plano, bem como, as normas

previstas no presente instrumento entre seus representados e partícipes, cientificando-os da

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73

obrigatoriedade de cumprimento da legislação pertinente ao gerenciamento e transporte de

resíduos, medidas, prazos, metas e outras disposições constantes neste Plano.

d) Assegurar que o Plano atenda às normas técnicas pertinentes em vigor, bem como as

que vierem a ser editadas, no que se relacionam com sua implementação e operação.

e) Realizar campanhas voltadas para o púbico específico do setor, em frequência a ser

definida pelos signatários.

f) Reavaliar anualmente as metas, resultados obtidos pelo Plano e demandas que

resultem em alterações do presente Plano.

Partindo do princípio que o objetivo é o de desenvolver uma modelagem de

responsabilidade pós-consumo objetivando a destinação ambientalmente adequada dos

materiais e equipamentos no final da vida útil, a responsabilidade e obrigações dos agentes

envolvidos são assim definidas e atribuídas.

6.8.1 Responsabilidades das empresas de Papel e Celulose, Fabricantes de

produtos de papel e indústria em geral

Para que seja cumprido o sistema de logística reversa dos resíduos gerados durante o

processo de prestação de serviços referente a sua atividade as empresas signatárias ao

Plano de Logística Reversa deverão cumprir as premissas abaixo estabelecidas:

Cumprimento do Plano de Logística Reversa para o setor específico;

Promover a articulação com as empresas solicitantes de serviços, fornecedores,

subcontratados, aparistas, comércio atacadista de materiais recicláveis, cooperativas e poder

público a fim de implementar e garantir que o sistema de fluxo reverso destes resíduos e

produtos pós prestação de serviços sujeito ao processo de logística reversa sejam

realizados;

Reutilizar, sempre que possível, os materiais em outros serviços;

Fortalecer as parcerias existentes para a operacionalidade da LR e buscar

continuamente a adesão de novas parcerias privadas e públicas. Consolidar as parcerias

com empresas recicladoras e buscar atuar em conjunto com as atividades que serão

implantadas pelo Governo do Paraná na área de resíduos sólidos.

Page 81: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

74

Elaborar contratos específicos com as empresas fabricantes e importadores para que

seja implementada a responsabilidade compartilhada sobre os produtos passíveis de

logística reversa.

Elaboração de um Plano de Comunicação sobre o processo da LR;

Realizar a divulgação junto ao setor específico sobre a implantação e

operacionalidade do processo de logística reversa e elaborar procedimentos claros

especificando a importância de como realizar todos os passos especificados no plano;

Estruturação de um banco de dados com informações sobre dados das empresas

participantes, estatísticas, indicadores e outras informações de serviço de gestão e

gerenciamento dos resíduos de pós-consumo pelas empresas associadas ao SINPACEL.

Elaboração de relatório descrevendo as primeiras ações relativas a ações executadas

durante o período de implantação do sistema de logística reversa no setor. Este relatório

será redigido pelo grupo gestor e deverá abordar as atividades que foram realizadas durante

o período de operação do plano;

As empresas se comprometem a seguir e cumprir as metas estabelecidas no Plano de

Logística Reversa. Fazer a divulgação para todas as partes envolvidas deixando claras as

responsabilidades pertinentes ao gerenciamento do Plano de logística, prazos, metas

estabelecidas;

Serão avaliados os procedimentos que estão previstos na LR que estarão em

consonância com a legislação aplicada no Estado do Paraná e Brasil. O grupo gestor deverá

realizar um acompanhamento continuo do processo legislativo para a validação do processo

aplicado e de futuras modificações a serem realizadas;

Buscar maneiras de fazer com que o processo de logística reversa tenha um fluxo

contínuo, através de investimentos que se façam necessários. Estes investimentos

devem ser realizados de acordo com as necessidades do setor e avaliados pelo

comitê gestor de modo a viabilizar a LR em determinadas situações e locais

específicos. Toda a participação financeira das empresas se dará somente no

processo inicial da montagem de uma estrutura para a viabilização da LR, e estas

estruturas deverão ser auto sustentáveis;

Reavaliar metas anualmente com a finalidade de readequação e otimização do

processo afim de sempre buscar que os resíduos gerados no final da prestação de serviços

passem pelo processo da LR.

Page 82: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

75

6.8.2 Responsabilidades das empresas do Comércio Atacadista de Materiais

Recicláveis, aparistas e das empresas de Processamento de Materiais

Cumprir o presente Plano;

Realizar o processamento de todos os produtos recebidos e destinar às empresas de

processamento de materiais;

Trabalhar em parceria com as centrais de triagem, caso sejam encaminhados os

produtos para as mesmas;

Garantir a destinação final ambientalmente correta de todos os resíduos/produtos

recebidos;

Emitir um Certificado de Destinação Final após processamento ou destinação

adequada;

Realizar o processamento dos materiais recebidos e encaminhar para o setor

produtivo.

6.8.3 Responsabilidades dos fabricantes e importadores

Cumprir o presente Plano;

Realizar acordos com as empresas disponibilizando a possibilidade de retorno de

produtos que não possam ser destinados aos centros de reciclagem e reaproveitamento de

materiais, ou seja, de produtos que não possuam características adequadas para o retorno

ao processo produtivo;

Apoiar as empresas na elaboração de material de divulgação no processo de retorno

do material após o consumo na prestação de serviço;

Auxiliar na identificação de empresas de materiais recicláveis ou de recicladoras com

a finalidade de se fazer a LR e baratear os custos do processo;

Registrar toda a quantidade de materiais e insumos que passaram pelo processo de

LR, para fins de comprovação;

Garantir a destinação final ambientalmente correta de todos os materiais e insumos

devolvidos pelas empresas partícipes do Plano.

Page 83: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

76

6.8.4 Responsabilidades dos fornecedores/distribuidores

Cumprir o presente Plano;

Articular com sua rede de distribuidores a implementação da estrutura necessária para

garantir o fluxo de retorno dos materiais e equipamentos objeto do Sistema de Logística

Reversa;

Divulgar juntos aos consumidores todo o processo de educação ambiental, de

maneira a repassar todas as informações necessárias para que todos fiquem cientes da

necessidade do processo de segregação deste material;

Divulgar junto aos distribuidores, informações sobre os procedimentos a serem

seguidos para adequada devolução dos materiais e equipamentos;

Registrar todas as atividades relacionadas com a LR.

6.8.5 Responsabilidades dos consumidores

Segregar os produtos em seu domicílio.

Encaminhar os produtos pós-consumo, arcando com o ônus de transporte para os

locais indicados pelas empresas fornecedoras do produto final.

6.8.6 Responsabilidades do Estado e Municípios

Realizar o processo de fiscalização do cumprimento das metas estabelecidas nos

Planos de Logística Reversa - PLR;

Apoiar os setores que estão implementado o PLR;

Atuar em parceria com todos os stakeholders do processo;

Auxiliar no processo de divulgação dos PLR em andamento;

Realizar Coleta Seletiva.

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77

6.9 Sistema operacional da cadeia de Logística Reversa

Descrição do Sistema Operacional

A Logística Reversa proposta será direcionada para a implantação do sistema de

gerenciamento por responsabilidade compartilhada entre todos os elos pertencentes a

cadeia e demais atores envolvidos.

A Logística Reversa será abordada de forma sistêmica e em conjunto com todos os

atores participantes: empresas fabricantes/importadoras, empresas de transformação,

empresas do setor varejistas ligadas a Cadeia produtiva do Setor de Celulose, Papel,

Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná, sindicatos, prestadoras de serviços, comércio

atacadista, comércio atacadista de materiais recicláveis (aparistas) e/ou das recicladoras e

destinadores finais e com a importante participação dos órgãos públicos envolvidos com todo

o processo logístico reverso dos produtos pós-consumo do setor. Os consumidores finais

também estão inseridos e têm sua participação definida.

De acordo com o projeto de regionalização dos resíduos sólidos urbanos, elaborado pela

Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná - SEMA - serão

utilizadas as 20 (vinte) regiões pré-estabelecidas, onde serão executadas estruturas para o

processo de triagem, armazenamento e processamento nas cidades polo de cada região.

Desta forma, busca-se agregar junto aos órgãos públicos a possível utilização para os

resíduos pós-consumo do setor. Esta parceria será discutida junto ao setor público para a

viabilização sob o ponto de vista econômico e ambiental.

O Estado do Paraná deverá implantar um processo para que os munícipios polos

comecem, em conjunto com os planos de logística, a estruturar uma demanda

mercadológica dos materiais advindos do produto pós-consumo, objetivando que tal

demanda seja absorvida e gere benefícios a cada região. O desenvolvimento das

necessidades para a absorção dos produtos pós-consumo será trabalhado nos objetivos

citados na seção de metas a serem atingidas durante a implantação da Logística Reversa.

Nesta etapa poderemos identificar de que maneira os órgãos públicos e a iniciativa

privada poderão atuar, de modo a criar uma estrutura condizente com a demanda a ser

gerada em cada região. De acordo com o estabelecido nas metas de implantação, item 6.5,

será realizada a estruturação da Logística Reversa de forma regional, ou seja, todo o

processo será realizado em regiões específicas por cada etapa do trabalho.

Page 85: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

78

Para a operacionalização do Sistema de Logística Reversa deverá ser estruturada uma

Entidade Gestora, na forma de pessoa jurídica de direito privado, constituída na forma de

associação, organizada para fins não econômicos com autonomia administrativa e financeira.

Para viabilizar a implantação do sistema serão procedidas as linhas abaixo

especificadas:

Fluxo dos materiais pós-consumo:

As indústrias de papel e celulose fabricam seus produtos específicos que são

encaminhados para o processo de manufaturamento (indústria da transformação) e

estas repassam para as empresas realizarem o acondicionamento de seus produtos

(no caso de embalagens), ou diretamente ao consumidor (em caso de papel de

impressão, tissue, etc.).

Na sequência os produtos serão consumidos e descartados por pessoas físicas e

jurídicas, seguindo os procedimentos elaborados para tal ação;

Estes produtos pós-consumo serão encaminhados para a coleta seletiva (pessoa

física) e por empresas especializadas (pessoa jurídica) de coleta, transporte e triagem

e posterior processamento (Cooperativa de catadores, aparistas);

Após o processamento, as entidades fazem o direcionamento deste material para as

empresas habilitadas para realizar o processamento destas aparas, e a dar

destinação final aos rejeitos gerados na preparação destas aparas para a fabricação

de um novo papel.

Fluxo Financeiro:

Fabricantes/importadores/Empresas de transformação: Estes elementos entram com o

suporte financeiro para efetivar o custeio da implementação do Sistema de Logística

Reversa. Estes recursos serão repassados para a Entidade Gestora que atuará como

entidade gerenciadora de todo o sistema.

Os custos referentes ao processo de sensibilização/armazenamento serão repassados

às empresas do setor do comércio, varejistas e atacadistas, ligados à Cadeia Produtiva do

Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná.

No fluxograma abaixo se demonstra um modelo simplificado de como serão trabalhados

os produtos pós-consumo gerados em cada uma das vinte regiões do Estado do Paraná.

Page 86: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

79

Durante o processo de implantação este fluxo será detalhado ao máximo buscando

subsídios, repasse de informações para as empresas, dimensionamento da demanda na

busca da viabilidade da implantação de empreendimentos, estudo de adoções de medidas

que viabilizem a estruturação dos processos de reutilização e reciclagem em cada região.

Todo processo de logística será operacionalizado buscando trabalhar com todos os elos

da cadeia de forma sistêmica.

Consumidores:

Consumidores residenciais ou pessoa física: O comprometimento do consumidor será de

fazer uma segregação adequada dos resíduos recicláveis em seu domicilio e encaminhar os

resíduos considerados recicláveis para os processos a serem desenvolvidos pelo setor

público. Tais como: coleta seletiva porta a porta, pontos de entrega voluntária e local que

poderão ser estabelecidos de acordo com as parcerias a serem desenvolvidas com o setor

privado.

Consumidores – pessoa jurídica: Este consumidor fará uma segregação mais apurada

de acordo com os procedimentos a serem repassados através do processo de comunicação,

de maneira a produzir uma apara de melhor qualidade, e encaminhará os seus produtos pós-

consumo para os parceiros aparistas e parceiros privados para a coleta, transporte,

processamento e armazenamento.

Transporte: O material coletado deverá ser encaminhado pelos sistemas operados pelo

setor público para cooperativas, as quais serão identificadas e sinalizadas como parceiras,

ou para o comércio atacadista de materiais recicláveis, também estabelecidos como

parceiros. O material coletado nas empresas deverá ser encaminhado para os aparistas

parceiros que atuarão junto às empresas na busca de uma obtenção de uma apara de

melhor qualidade.

Triagem: As cooperativas, o comércio de materiais recicláveis, e os aparistas realizarão

o processo de triagem de todos os materiais coletados ou recebidos, e serão responsáveis

pelo processo de segregação, armazenamento e distribuição do material. Os rejeitos

gerados após a triagem deverão ter um destino ambientalmente adequado, sendo que os

custos são de responsabilidade do setor responsável pelo processo de triagem.

Nesta etapa será realizado todo o processo de classificação dos diversos tipos de

papéis, para posterior processo de prensagem e encaminhamento para as empresas

fabricantes de papéis reciclados.

Page 87: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

80

FIGURA 46: FLUXOGRAMA DE LOGÍSTICA REVERSA DOS PRODUTOS PÓS-CONSUMO.

Procedimentos dos Consumidores

A segregação/separação dos produtos pós-consumo é realizada com a finalidade de

agregar valor e facilitar o processo de armazenagem e destinação final. Por isso será

necessário repassar, através das ações especificadas nas metas, os procedimentos mais

detalhados através de informações em profusão para os consumidores que deverão executar

quando do fim da vida útil do produto. Os consumidores deverão ser sensibilizados de forma

a tornarem-se elementos de disseminação de informações referentes a todo o processo.

Os materiais gerados pós-consumo deverão ser encaminhados para os processos de

Coleta Seletiva, Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s), Cooperativas, Setor varejista em

geral, e sempre buscando os locais que possuem a estrutura necessária para recebimento.

Nas metas a serem atingidas para a implantação do processo logístico serão definidos

os objetivos específicos e as ações que deverão ser executadas pelos fabricantes (indústria),

importadores, de maneira a esclarecer as dúvidas dos consumidores.

Page 88: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

81

Os Fabricantes, Importadores, Comércio Atacadista de Materiais Recicláveis, Setor

Varejista e os Importadores deverão atuar em conjunto no desenvolvimento de uma ação

clara, para que os consumidores possam cumprir as suas obrigações perante todo o

processo logístico.

Procedimentos das Indústrias de Papel e Celulose, fabricantes de produtos de

papel, Indústria em geral.

As empresas que implementarão o Plano de Logística Reversa proposto ficarão com

incumbência de cumprir com as metas pré-estabelecidas fazendo com o setor de Papel e

Celulose atinja os seus objetivos relacionados no contexto atual.

Todo o processo de articulação será executado através do Comitê Gestor, que é

composto por representantes das empresas do setor. Esta articulação será realizada com

todos os elos da cadeia e também os parceiros envolvidos e demais stakeholders que

venham a surgir durante este processo de implementação do PLR. Todo este processo

implicará na elaboração de metodologias e procedimentos que viabilizarão todo o processo

de logística reversa do setor.

As empresas, em conjunto com seus parceiros, irão estruturar um modelo de controle de

fluxo de materiais de forma qualitativa e quantitativa, de maneira a obter uma maior

quantidade de dados acerca da matéria prima colocada no mercado e também de todo o

processo reverso. Para atingirmos uma significativa consolidação de dados, as empresas

terão que trabalhar, em conjunto com os elos da cadeia, todo o processo de sensibilização

dos consumidores - pessoa física e jurídica - e também dos parceiros que prestarão os

serviços específicos para o setor.

O Comitê Gestor, em conjunto com os seus parceiros, elaborará um relatório anual

descrevendo todas as atividades realizadas em grau de detalhamento que atenda às

necessidades do órgão ambiental e de todas as empresas aderentes ao processo de

logística reversa do setor.

Procedimento do Varejo

Fica a cargo do setor varejista facilitar e fornecer pontos de entrega voluntária – PEV’s -

de produtos pós-consumo específicos, localizados de forma a atender as necessidades

estabelecidas para cada região do Estado.

Page 89: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

82

A logística a ser implantada será feita de forma regional, com a finalidade de que após a

coleta dos produtos pós-consumo advindos do consumidor, estes possam seguir os canais

reversos através dos processos de reutilização e reciclagem.

Independentemente do produto pós-consumo ter a sua origem em um processo industrial

realizado na região, este deverá ser coletado nos pontos específicos a serem definidos no

processo, e será tratado nos canais reversos de reutilização ou reciclagem por empresas

parceiras que atuem na região.

O varejo fará a interação com os parceiros que atuarão de forma a procurar agilizar o

processo de segregação na origem. Esse processo será feito de forma autônoma por cada

tipo de comércio, buscando agilizar o processo de recuperação de material no próprio varejo,

ou seja, não deixar que estes materiais acabem se perdendo como resultado do mau

gerenciamento de resíduos.

Na implantação das metas específicas terão que ser estruturados procedimentos

específicos que garantam a aplicabilidade da logística reversa nas vinte regiões específicas

do Estado do Paraná.

O Varejo irá interagir fortemente com os Distribuidores, Comércio Atacadista de Materiais

Recicláveis, Aparistas, Centrais de Triagem e Cooperativas, que fomentam o processo

reverso através da reutilização e reciclagem.

Todo o processo de interação entre o Varejo e os demais elos da cadeia serão avaliados

e fortalecidos pela ação do Comitê Gestor, de modo a facilitar o fluxo reverso.

Empresas parceiras

No processo logístico a ser implantado optou-se pelos processos de canais reversos

através de reutilização e reciclagem dos produtos após o fim da sua vida útil.

O processo a ser utilizado pelas empresas parceiras que estão vinculadas ao Comércio

Atacadista de Materiais Recicláveis, Aparistas, Cooperativas regionais, Estrutura de Centros

de Triagem do Setor Público e privado e será realizado de modo a observar fatores

referentes a cada produto, devido as suas diferentes características de forma e quantidade.

O transporte deverá ser feito de maneira a preservar a qualidade dos materiais a serem

reprocessados.

A coleta destes produtos será realizada pelos parceiros cadastrados na região onde

ocorre a geração. Durante a implantação do Plano de Logística Reversa serão avaliados

com mais detalhamento todos os parceiros existentes em cada região, e suas estruturas.

Page 90: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

83

Serão estudadas as condições de reutilização/reaproveitamento dos resíduos gerados nos

municípios de menor porte e a viabilidade econômica de armazenamento na região para,

posteriormente, encaminhar para o processamento final.

Estas empresas localizadas nas regiões geradoras dos produtos pós-consumo

processarão o resíduo, ou encaminharão para locais onde exista uma tecnologia disponível

para a introdução destes produtos no ciclo produtivo industrial.

Setor Público

Devido às características referentes aos produtos finais relativos a Cadeia produtiva do

Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná, tendo como um dos

principais elementos as embalagens, o Setor Público deverá atuar como um elemento de

apoio através do processo de coleta seletiva e aliado ao processo de Logística Reversa do

SINPACEL.

O Setor público deverá atuar como um elemento de fiscalização, e apoio tributário, além

de parceiro com possibilidade de acordos para auxílio no processo de educação, coleta e

acondicionamento de produtos após a vida útil.

Esta união fortalecerá e ampliará o poder de comunicação entre todos os elos da corrente.

6.10 Benefícios ambientais da Logística Reversa

Ao se conhecer todo o ciclo de vida de um determinado produto, pode-se introduzi-lo em

uma cadeia de logística reversa com o objetivo de aproveitar ao máximo o uso dos materiais.

Por isso, a logística reversa refere-se a todos os procedimentos que estão associados à

devolução de produtos, reparos, manutenção, reciclagem e desmontagem de produtos e

materiais.

As organizações que adotam o sistema de logística reversa são capazes de melhorar o

atendimento e os tempos de resposta dos seus clientes, reduzir o impacto ambiental por ela

gerado, reduzir o desperdício e melhorar a responsabilidade social da empresa.

Os principais motivos que fazem as empresas aderirem a sistemas de logística reversa

são:

1) Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do

tratamento necessário;

Page 91: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

84

2) Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção,

ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo;

3) A crescente conscientização ambiental dos consumidores;

4) Razões competitivas – Diferenciação por serviço;

5) Limpeza do canal de distribuição;

6) Proteção de Margem de Lucro;

7) Recaptura de valor e recuperação de ativos.

Estes são alguns dos passos que devem ser seguidos para que as empresas possam

implementar a logística reversa em suas estratégias de reutilização, recondicionamento ou

reciclagem sustentável:

1. Compreensão do impacto que o produto exerce na cadeia de produção quando

é recolhido. Identificar os fluxos de resíduos associados aos processos de fabricação e

distribuição. Deve-se considerar a logística reversa no contexto de todo o ciclo de vida de

concepção de produtos, incluindo a disposição adequada e os processos de fim de vida;

2. Determinar o que fazer com os produtos devolvidos com base nas condições

em que o produto se encontra: se ele ainda está funcional e pode ser remontado, reparado

ou recondicionado para voltar à venda. Deve-se também criar uma estratégia sobre o que

você fazer com as peças que podem ser recolhidas;

3. Considerar a oferta de incentivos de desconto no valor dos produtos para

incentivar os clientes e o comércio à devolução dos produtos depreciados. Esta ação

promove a reutilização ou reciclagem dos equipamentos mais antigos. Ao mesmo tempo,

incentiva os clientes a se atualizarem e/ou comprar novos produtos;

4. Estabelecer processos para receber, reciclar e renovar/recondicionar produtos

que os clientes devolvem, ou não precisam mais, de forma que se atendam às normas

ambientais. Isso pode significar trabalhar com empresas parceiras que podem lidar com

essas demandas;

Page 92: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

85

5. Estabelecer processos para destinar produtos /peças devolvidos. Para os

materiais no final da vida útil e que não podem mais serem reutilizados ou reciclados deve-se

encontrar formas seguras, rentáveis e ambientalmente amigáveis para realizar o descarte.

Os benefícios da implementação de um programa de logística reversa incluem fatores

sociais, ambientais e econômicos para os envolvidos.

Reciclagem

Extinção dos lixões e diminuição do uso de aterros

Redução da poluição

Redução da utilização da matéria prima virgem;

Sustentabilidade ambiental e econômica do Setor;

O processo de educação ambiental aos

As questões ambientais de destaque na área de logística são o consumo mais

consciente dos recursos não renováveis naturais, a redução das emissões atmosféricas, da

poluição sonora, e a eliminação de resíduos perigosos e não perigosos.

Benefícios socioeconômicos

Volta do material para a cadeia produtiva;

Geração de emprego e renda;

Organização dos sindicatos;

Maior aproveitamento das aparas no setor;

Melhoria na qualidade de aparas no Estado;

Menor geração de rejeitos na produção industrial;

A logística reversa é vista como uma despesa para uma organização. Entretanto, quando

bem planejada ela pode ser rentável através da reutilização e da reciclagem de materiais, os

quais podem muitas vezes reduzir os custos da produção. Atualmente, as organizações

estão acostumadas a monitorar somente o retorno de produtos com defeito, que se

encerraram a vida útil, deixando passar a quantidade de volume total que poderia ser

devolvido e retornado à cadeia produtiva como insumos de baixo custo.

Page 93: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

86

Muitas organizações não têm a experiência, recursos humanos e/ou a infraestrutura

necessária para a implementação da logística reversa e para o processamento das

devoluções de materiais. Por isso, é importante que essas organizações se associem

através de parcerias ou sindicalismo, como é o caso do plano presente, para que possam

atuar com sinergia e colocar em prática o que se é proposto.

Dentre os benefícios da logística reversa estão:

a. Permitir que o comerciante possa receber os produtos de volta do consumidor

ou enviar mercadorias não vendidas de volta para o fabricante para que ela possa ser

desmontada, classificada, remontada ou reciclada. Este processo pode minimizar os

custos globais de uma organização;

b. A logística reversa pode influenciar na melhoria do ciclo de vida dos produtos,

da complexidade da cadeia de suprimentos, das práticas sustentáveis e preferências

do consumidor e para manter a produtividade e crescimento em um ciclo constante;

c. Entre os ganhos estão o aumento da velocidade de produção, reduzindo os

custos (transporte, administrativos e de manutenção pós-venda, de reparação e de

substituição), retenção de clientes e auxílio para atingir as metas de sustentabilidade;

d. Pode-se agregar valor em mercadorias devolvidas/usadas ao invés de

desperdiçar mão de obra, tempo e custos de matérias-primas envolvidas na cadeia de

produção original; e,

e. Melhorar os índices de satisfação e fidelização dos clientes, prestando mais

atenção a produtos com defeito, e nos reparos de mercadoria. A logística reversa

pode incluir formas de se obter feedbacks dos clientes para fazer melhorias e

entender as verdadeiras razões para a devolução de produtos.

6.11 Prestações de contas pelos proponentes

O Comitê gestor da Logística Reversa tem como principal objetivo promover e

acompanhar a efetividade da implantação da logística reversa definida pelo termo de

compromisso.

O Comitê gestor anualmente elaborará um relatório descrevendo as ações/atividades

que foram realizadas durante o período de operação do plano.

Page 94: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

87

Este relatório será realizado a partir das informações registradas no sistema

informatizado gerido pelos fabricantes/importadores e contemplará todas as ações/atividades

que foram realizadas durante o período de operação do plano e outras informações de

serviço de gestão e gerenciamento dos resíduos de pós-consumo pelas empresas

prestadoras de serviços, assim como, a relação quali-quantitativa dos produtos processados

das empresas prestadoras de serviço, empresas fabricantes e importadores.

O relatório será encaminhado para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos

Hídricos – SEMA no final do ano, para todas as empresas associadas ao Sindicato do Setor

de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná que aderirem a este

projeto.

6.12 Casos de descumprimento das obrigações

O descumprimento das obrigações previstas neste Plano poderá sujeitar os signatários

às penalidades previstas na legislação aplicável.

O cumprimento das obrigações previstas neste Plano não isenta os associados das

entidades signatárias do cumprimento das demais obrigações previstas na legislação que

regulamenta a matéria, estando sujeitos à aplicação das sanções administrativas pertinentes

a que derem causa, respeitados, em quaisquer situações, o contraditório e o devido

processo legal.

6.13 Princípios financeiros utilizados na Logística Reversa

O estabelecimento de princípios financeiros aplicáveis à logística reversa da cadeia

produtiva de Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná deverá

pautar-se em um modelo não discriminatório aos participantes e paralelamente garantir a

sustentabilidade financeira, necessária à implementação das medidas relacionadas às

obrigações da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Estas premissas serão adotadas durante o processo de implementação do sistema de

logística reversa da cadeia produtiva Setor de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do

Estado do Paraná, a qual, deverá se pautar no estudo de viabilidade econômica e financeira

inerente a adoção de práticas que garantam o retorno ambientalmente adequado dos

produtos fabricados pelos segmentos elencados. O estudo a ser elaborado por meio do

Comitê Gestor da Logística Reversa da Cadeia Produtiva de papel e celulose, deverá prover

Page 95: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

88

informações acerca do potencial de mercado dos resíduos descartados e também da

necessidade de investimentos financeiros, os quais possibilitarão a estruturação deste

sistema.

Importante indicar a inexistência no âmbito nacional de precedentes ou iniciativas

similares. Neste sentido e considerando as práticas que vêem sendo adotas nos sistemas de

logística reversa já implementados ou em eminência, a exemplo das lâmpadas, poderá ser

cogitada a cobrança de uma taxa aplicada ao consumo dos produtos que serão abarcados

no sistema de logística reversa deste setor.

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89

7 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE

Resolução SEMA No 51, de 23 de outubro de 2009

Dispensa de Licenciamento e/ou Autorização Ambiental Estadual de

empreendimentos e atividades de pequeno porte e baixo impacto ambiental.

Instrução Normativa IBAMA No 6, DE 15 de março de 2013

Regulamentar o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e

Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP, nos termos desta Instrução

Normativa.

Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010

Regulamenta a Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de

Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de

Logística Reversa, e dá outras providências.

Decreto nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010

Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão

Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o

Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo Decreto

de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá

outras providências.

Page 97: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

90

Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011

Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do §

3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de

11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e

dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012

Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o

acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, no inciso II do §

3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.

Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007

Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766,

de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho

de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio

de 1978; e dá outras providências.

Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental e dá outras providências.

Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002

Regulamenta a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional

de Educação Ambiental, e dá outras providências.

Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras providências.

Page 98: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

91

Decreto N° 6.514/08

Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece

o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras

providências.

Decreto nº 7.619, de 21 de novembro de 2011

Regulamenta a concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos

Industrializados - IPI na aquisição de resíduos sólidos.

Decreto nº 5.360, de 31 de janeiro de 2005

Promulga a Convenção sobre Procedimento de Consentimento Prévio Informado

para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos

Perigosos, adotada em 10 de setembro de 1998, na cidade de Roterdã.

Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades

da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua

destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e

dá outras providências.

Decreto nº 5.098, de 3 de junho de 2004

Dispõe sobre a criação do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta

Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos - P2R2, e dá

outras providências.

Decreto n° 875, de 19 de julho de 1993

Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços

de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Page 99: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

92

Resolução CONAMA N°404/2008

Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário

de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.

Resolução CONAMA N°450/12

Altera 362/05art. 24-A à Resolução no 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho

Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e

destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.

Resolução CONAMA N°448/12

Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de

2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA nas definições de: Aterro

de resíduos classe A de preservação de material para usos futuros, área de

transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos,

gerenciamento de resíduos sólidos, gestão integrada de resíduos sólidos.

Resolução CONAMA N°420/09

Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à

presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento

ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de

atividades antrópicas.

Resolução CONAMA N°375/06

Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados

em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá

outras providências.

Resolução CONAMA N°380/06

Retifica a Resolução CONAMA no 375/06.

Page 100: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

93

Resolução CONAMA N°275/01

Estabelece código de cores para os diferentes tipos de resíduos.

Resolução CONAMA N°235/98

Publica novo texto do anexo 10 da resolução CONAMA 23/96 sobre importação de

resíduos.

Resolução CONAMA N°08/91

Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais.

Resolução CONAMA N°23, de 12/12/1996

Dispõe sobre as definições e o tratamento a ser dado aos resíduos perigosos,

conforme as normas adotadas pela Convenção da Basiléia sobre o Controle de

Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito

Resolução CONAMA N° 264, de 26/08/1999

Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-

processamento de resíduos.

Resolução nº 313, de 29/10/2002

Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Resolução nº 316, de 29/10/2002

Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de

tratamento térmico de resíduos. Foi alterada pela Resolução 386/06

Resolução nº 5, de 05/08/1993

Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos,

terminais ferroviários e rodoviários

Page 101: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

94

Revisão da Resolução nº 5, de 05/08/1993

Estabelecem definições, classificação e procedimentos mínimos para o

gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de portos, aeroportos, terminais

rodoviários e ferroviários.

Page 102: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

95

8 COMITÊ GESTOR DA LOGÍSTICA REVERSA

As empresas que estão inclusas no Plano de Logística Reversa proposto reconhecem

que os resultados dependem do acompanhamento de sua implementação e execução,

demandando mecanismos de monitoramento por parte dos participantes da cadeia de

responsabilidade compartilhada e dos órgãos públicos envolvidos.

As empresas em conjunto ao Sindicato do Setor de Celulose, Papel, Embalagens e

Artefatos do Estado do Paraná se propõe no prazo de 2 (dois) meses contados da aprovação

da SEMA, implementar um grupo gestor estruturado de forma setorial, aqui denominado

como “Comitê Gestor da Logística Reversa” cujas atribuições incluirão:

Implementação do plano proposto;

Autonomia na contratação de serviços de terceiros para a elaboração das

ações previstas nas metas;

Avaliação das medidas de desempenho do SISTEMA;

Identificação de problemas, bem como das respectivas soluções aplicáveis;

Revisão das metas;

Elaboração de estudo econômico visando a participação financeira dos atores

envolvidos na cadeia da LR do setor.

Ressaltando que o plano de LR é condicionado a vários atores, na composição do

referido Comitê se faz importante a inserção dos principais elos da cadeia produtiva,

incluindo também as instituições representativas do comércio, importadores, órgãos de

apoio, SEMA, entre outros.

Page 103: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

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FIGURA 47: COMITÊ GESTOR DA LOGÍSTICA REVERSA DO SETOR DE CELULOSE, PAPEL,

EMBALAGENS E ARTEFATOS DO ESTADO DO PARANÁ.

Page 104: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

97

9 CONCLUSÃO

O conteúdo deste documento tomou como base estudos realizados pelo Setor de

Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos do Estado do Paraná objetivando atender as

diretrizes contidas na PNRS – Logística Reversa, bem como os princípios da

responsabilidade compartilhada.

Nesta proposta de plano estabeleceu-se que os fabricantes, importadores, prestadores

de serviços sejam responsáveis pela realização da logística reversa, tomando como norte

metas progressivas estabelecidas durante a implementação da logística reversa.

Todas as diretrizes expostas neste trabalho foram realizadas mediante acordos com os

atores integrantes da cadeia e através do comprometimento das partes, tendo em vista que o

processo trará benefícios para as empresas e para o Meio Ambiente.

Buscaram-se soluções de ações integradas para que fossem cumpridas as diretrizes

estabelecidas na PNRS evidenciando, desta forma, a aplicabilidade para todos os setores

industriais.

A estrutura proposta vem ao encontro das necessidades das questões ambientais

vigentes e está direcionada de forma a consolidar uma metodologia de trabalho eficiente e

de informação contínua para os órgãos ambientais envolvidos.

Durante a implantação serão encontrados alguns aspectos que deverão ser abordados e

propostos de forma conjunta com as tecnologias existentes a fim de garantir a eficiência e

aplicação da Logística Reversa com baixos custos para os envolvidos. As questões culturais

foram abordadas neste plano como um requisito muito importante e, por isso, deverão ser

tratadas com um elemento principal para que se possam agregar valores a pessoas e

conhecimentos na efetivação do processo como um todo.

O Comitê gestor do processo de implantação e operação da Logística Reversa exercerá

o papel de uma governança, devendo coordenar as ações de forma regional a fim de

abranger todo o Estado do Paraná.

A implementação deste plano deverá ser acompanhada pelos órgãos ambientais que

deverão servir como um elemento de apoio e suporte.

Se implementado como previsto, é diversa a gama de benefícios decorrentes do

processo de Logística Reversa. Há uma tendência para a redução da utilização de matérias

primas não renováveis, na geração de resíduos, na redução de impactos ambientais

negativos, na criação de novas oportunidades de investimento na indústria da reciclagem e

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98

na conscientização de pessoas sobre o que devemos realizar em favor de um meio ambiente

seguro e sustentável.

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99

10 EQUIPE DE TRABALHO

Adilson Luiz de Paula Souza - Engenheiro Químico, formado pela Universidade Federal do

Paraná com especialização em Gerenciamento e Controle da Qualidade Ambiental pela

PUC/PR, Tratamento de Efluentes e Gerenciamento de Lodo pela Ryerson Polytechinic

University em Toronto/Canadá e Especialização " ISO 14001 Transfer of Capability: Group

Process" , pela BRI International Inc., promovido através do Projeto de Cooperação SENAI-

Canadá,), Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Atualmente desenvolve trabalhos de Assessoria Técnica e Tecnológica na Área de

Saneamento e Meio Ambiente do SENAI/CIC. Experiência de mais de 15 anos na área de

elaboração e otimização de projetos para sistemas de tratamento de efluentes industriais,

diagnóstico ambiental, gerenciamento de resíduos industriais, treinamentos na área

ambiental e implantação de sistema de gestão ambiental.

Elcio Herbst - Administrador de Empresas formado pela FARESC, com especialização em

Gerenciamento Ambiental na Indústria, através do SENAI e UFPR e mestre em Meio

Ambiente Urbano e Industrial pela UFPR e Universidade de Stuttgart. Experiência como

consultor na área de gerenciamento integrado de resíduos, de origem industrial, urbanos,

portos e aeroportos, de Serviços de Saúde e logística reversa. Experiência na aplicação de

diagnóstico ambiental e estruturação de Equipes de Qualidade Ambiental e sustentabilidade

em eventos. Participou de treinamentos na Alemanha e Portugal, no tocante a

gerenciamento de resíduos. Possui cadastro como auditor Ambiental junto ao IAP – Instituto

Ambiental do Paraná. Atua em cursos de Pós-Graduação latu sensu com a disciplina Gestão

de Resíduos Sólidos Industriais. Atualmente desenvolve suas atividades de Assessoria

Técnica e Tecnológica na Área de Gestão e Tecnologia Ambiental do SENAI.

Franciele Tomczyk Terán de Freitas – Engenheira Química, pela Pontifícia Universidade

Católica do Paraná, cursando Pós Graduação em Gestão e Tecnologias Ambientais na

Indústria, pelo SENAI PR. Possui experiência na área comercial de Co-processamento,

licenciamento ambiental, destinação final adequada de resíduos sólidos industriais, análises

laboratoriais físico-química, plano setorial de Logística Reversa. Atualmente desenvolve

trabalhos na área de Assessoria Técnica e Tecnológica na Área de Gestão e Tecnologia

Ambiental do SENAI – PR.

Page 107: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

100

Marcos Pupo Thiesen é Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Paraná.

Mestre em Meio Ambiente Urbano e Industrial pela UFPR e Universidade de Sttutgart.

Especialização em Sistema de Gestão Integrado pela Ryerson Poletechinic University,

Toronto/Canadá, e Especializações em Gerenciamento Ambiental na Indústria pela UFPR;

em Gestão da Qualidade e Produtividade pela UFPR; e MBA Empresarial em Administração

de Empresas e Negócios, pela FGV. Atualmente desenvolve trabalhos de Assessoria

Técnica na Área de Gestão e Tecnologia Ambiental. Experiência na área de diagnósticos e

auditorias ambientais, gerenciamento de resíduos, implantação de sistema de gestão

ambiental e sistema de gestão de SST, inventário de emissões de gases de efeito estufa e

assessoria em projetos de crédito de carbono. Atua em cursos de Pós-Graduação latu sensu

com a disciplina Auditoria Ambiental. .

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101

11 ANEXOS

ANEXO I – EDITAL DE CHAMAMENTO SEMA

Item da SEMA

Localização no

Plano

item

1º Descrição das etapas do ciclo de vida em que o sistema

de logística reversa se insere bem como sua forma de

operacionalização.

5.1.1

2º Indicação, caso existente, dos órgãos públicos

encarregados de alguma etapa da logística, com a

menção à forma de pagamento específico, devido pela

execução pública da etapa.

5.2

3º Indicação da forma de mobilização social e participação

do consumidor.

5.3

4º Apresentação do volume atual de recolhimento dos

resíduos listados nos itens I e II.

5.4

5º Apresentação dos mecanismos para a divulgação de

informações relativas aos métodos existentes para

redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos

associados ao resíduo listado nos itens I e II.

5.5

6º Metas de implantação progressiva do sistema de

logística reversa com abrangência em todo Estado.

6.5

7º Homologação de recicladores aptos a atender a

demanda do setor empresarial.

6.4

8º Certificação de destinação ambientalmente adequada. 6.4

9º Metas quantitativas de recolhimento. 6.4

Page 109: PLANO DE LOGÍSTICA REVERSA SINPACEL · Ficha técnica da proposta Projeto: Elaboração de Estudo de viabilidade técnica da implantação da logística reversa para as empresas

102

10º Cronograma para sua implantação, como previsão

fundamentada da devolução das etapas até o

cumprimento da meta final estabelecida.

6.4

11º Informações sobre a possibilidade ou a viabilidade de

aproveitamento dos resíduos gerados, alertando para

os riscos decorrentes do seu manuseio.

6.6

12º Identificação dos resíduos perigosos presentes nas

varias ações propostas e os cuidados e procedimentos

previstos para minimizar ou eliminar seus riscos e

impactos à saúde humana e ao meio ambiente.

6.7

13º Avaliação dos impactos sociais e econômicos da

implantação da logística reversa.

6.8

14º Descrição do conjunto de atribuições e

responsabilidades, individualizadas e encadeadas, dos

participantes do sistema de logística reversa proposto,

proporcionais ao volume de suas participações no

mercado, no processo de recolhimento,

armazenamento, transporte dos resíduos e embalagens

vazias, com vistas à destinação final ambientalmente

adequada, contendo o fluxo reverso dos resíduos, a

discriminação das várias etapas da logística reversa, e a

destinação dos resíduos gerados, das embalagens

usadas e, quando for o caso, das sobras do produto,

devendo incluir:

6.9

a) Recomendações técnicas a serem observadas em

cada etapa da logística, inclusive pelos consumidores e

recicladores;

b) Formas de coleta ou de entrega adotadas,

identificando os responsáveis, as respectivas

responsabilidades bem como a cobertura geográfica

pretendida pelas atividades de coleta e reciclagem;

c) Ações necessárias e critérios para a implantação,

operação e atribuição de responsabilidades pelos

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103

pontos de coleta;

d) Operação de transporte entre os empreendimentos

ou atividades participantes, identificando as respectivas

responsabilidades;

e) Procedimentos e responsáveis pelas ações de

reciclagem e de possível tratamento, inclusive triagem

dos resíduos, bem como pela disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos;

f) Avaliação dos benefícios ambientais da logística

reversa a ser implantada e;

g) Antecipação da solução de conflitos inerentes às

esferas do executivo Estadual e Municipal

15º Formas de prestação de informações pela proponente

para demonstração do adimplemento das obrigações

previstas no Termo de Compromisso.

6.12

16º Cláusulas penais para os casos de descumprimento das

obrigações previstas em seus termos.

6.13

17º Identificação dos princípios financeiros considerados

no modelo de logística reversa proposto, que garantam

tratamento não discriminatório para participantes do

mercado, bem como sustentabilidade financeira para

participantes do mercado, bem como sustentabilidade

financeira para a implementação das medidas

relacionadas às obrigações da Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

6.14

18º Proposta de estrutura de grupo de acompanhamento,

composto pelos signatários, com o objetivo de

promover e acompanhar a efetividade da implantação

da logística reversa definida pelo termo de

compromisso.

8

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ANEXO II – ATAS DAS REUNIÕES

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ANEXO III – TERMO DE COMPROMISSO 002/2015

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ANEXO IV – TERMO DE COMPROMISSO PARA RESPONSABILIDADE PÓS CONSUMO

DE EMBALAGENS

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ANEXO V – PROJETO SANEPAR – “SE LIGUE NESTA IDEIA. SEM ÓLEO NA REDE!”

ADESIVO

CARTAZ

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ANEXO VI – PROJETO CEP SUSTENTÁVEL

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ANEXO VII - PROPOSTA TRANSVERSAL TRIBUTÁRIO

1 Incentivos Tributários e Ambientais

A Lei número 12.305/2010, instituidora da Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), que dispõe sobre princípios, objetivos e instrumentos com vistas a oferecer

adequado e sustentável tratamento a tais substâncias, prescreveu, também e dentre outros,

a adoção de estímulos quando e onde os resíduos contenham algum valor econômico, tendo

em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e

reciclados (art. 7o., VI) e de incentivos fiscais, financeiros e creditícios (art. 8o., IX).

A título ilustrativo, resíduos sólidos utilizados como matérias-primas ou produtos

intermediários na fabricação de produtos são os materiais, substâncias, objetos ou bens

descartados resultantes de atividades humanas em sociedade, à luz de conceito enunciado

no Decreto Federal nº 7.619/2011 (art. 1º, § único), a ser referido mais adiante.

De plano, é preciso ter presente que a PNRS (art. 44) alude a que os entes políticos

(União, Estados e Municípios) poderão instituir normas com o objetivo de conceder

incentivos fiscais, respeitadas as limitações da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de

Responsabilidade Fiscal). Significa perceber, de conseguinte, pelo menos assim

entendemos, que esse é um poder-dever do Poder Público a fim de que a Política possa

realmente ser implementada em sua plenitude pelo setor produtivo.

A remissão à Lei de Responsabilidade Fiscal no contexto de incentivos traduz-se em

mensagem direta à observância do comando inscrito em seu art. 14, verbis:

“Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da

qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto

orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes,

atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes

condições:

I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de

receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados

fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput,

por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base

de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.”

Vai daí a necessidade de erigir argumentos convincentes que resultem em:

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Percepção pelos gestores públicos de que a concessão de incentivos fiscais indutores de

produção, progressivamente crescente, de geração de riqueza nova obtida mediante o

emprego de resíduos sólidos utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na

fabricação de seus produtos, proporciona, no mesmo passo e compasso, incremento das

receitas tributárias.

A generalidade dos resíduos, se não reutilizados, tratados e/ou reaproveitados, implica

incidência de custo coletivo para a sociedade, ensejando a necessidade de prestação de

serviços públicos para mitigar o seu impacto social, ambiental e sanitário; logo, o incremento

do emprego de resíduos para a produção de nova riqueza contribui para a redução das

despesas públicas comprometidas com a prestação de tais serviços.

Apenas para registro, já são conhecidos alguns incentivos tributários outorgados pelo

Governo do Paraná, tais quais os contemplados no Anexo III, do Regulamento do ICMS

(Decreto nº 6.080/2012), a saber:

Item 1 - até 31.12.2014, ao estabelecimento industrial, no montante equivalente a

sessenta por cento do valor do imposto incidente nas saídas internas de produto

denominado ADESIVO HIDROXILADO, cuja matéria-prima específica seja material

resultante da moagem ou trituração de garrafa PET (Convênio ICMS 08/2003 e 111/2007);

No item 37 - ao estabelecimento industrial, nas saídas de produtos industrializados em

que, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) do custo da matéria-prima utilizada em sua

fabricação decorra da aquisição de MATERIAL RECICLADO DE PAPEL, DE PAPELÃO, DE

PLÁSTICO OU DE RESÍDUOS PLÁSTICOS ORIUNDOS DA RECICLAGEM DE PAPEL E

DE PLÁSTICO (Importa considerar, de conseguinte, que a carga tributária do ICMS sobre as

saídas é de 4,25%.); e

No item 4 - até 31.12.2017, ao estabelecimento industrial fabricante, no montante

equivalente a noventa por cento do valor do imposto incidente nas saídas de produto

resultante da RECICLAGEM DE EMBALAGENS VAZIAS de agrotóxico e de óleos

lubrificantes.

De sua vez, no âmbito do IPI, verifica-se estímulo à utilização de resíduos sólidos.

De um lado, mediante a possibilidade de manutenção dos créditos de IPI em função de

saídas de resíduos não tributados. (“Art. 255. É assegurado o direito à manutenção do

crédito do imposto em virtude da saída de sucata, aparas, resíduos, fragmentos e

semelhantes, que resultem do emprego de matéria-prima, produto intermediário e material

de embalagem, bem como na ocorrência de quebras admitidas neste Regulamento”.

Regulamento do IPI.)

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De outro, pela possibilidade de consignar crédito presumido do IPI na aquisição de

resíduos, conforme disposto no Decreto Federal 7.619/2011, que prescreve:

“Art. 1º Os estabelecimentos industriais farão jus, até 31 de dezembro de 2014, a crédito

presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na aquisição de resíduos sólidos

a serem utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus

produtos.

Parágrafo único. Para efeitos deste Decreto, resíduos sólidos são os materiais,

substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em sociedade.

Art. 2º Para fins do disposto no art. 1º, os resíduos sólidos deverão ser adquiridos

diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, constituídas de, no

mínimo, vinte cooperados pessoas físicas, sendo vedada, neste caso, a participação de

pessoas jurídicas.

Art. 3º Os resíduos sólidos de que trata este Decreto são aqueles classificados nos

códigos 39.15, 47.07, 7001.00.00, 72.04, 7404.00.00, 7503.00.00, 7602.00.00, 7802.00.00 e

7902.00.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, bem

como aqueles descritos em destaques "Ex" agregados a esses mesmos códigos.

Art. 4º A venda dos resíduos sólidos de que trata o art. 3º será comprovada por

documento fiscal previsto na legislação do IPI.

Art. 5º O crédito presumido de que trata o art. 1º será apurado pelo adquirente mediante

a aplicação da alíquota da TIPI a que estiver sujeito o produto final resultante do

aproveitamento dos resíduos sólidos que se enquadram nas condições estabelecidas neste

Decreto, sobre os seguintes percentuais do valor inscrito no documento fiscal referido no art.

4º:

I - cinquenta por cento, no caso dos resíduos sólidos classificados na posição 39.15 e no

código 7001.00.00 da TIPI;

II - trinta por cento, no caso dos resíduos sólidos classificados nas posições 47.07 e

72.04 da TIPI; ou

III - dez por cento, no caso dos resíduos sólidos classificados nos códigos 7404.00.00,

7503.00.00, 7602.00.00, 7802.00.00 e 7902.00.00 da TIPI.

§ 1º O valor do crédito presumido apurado deverá:

I - constar de nota fiscal de entrada emitida pelo estabelecimento industrial adquirente

dos resíduos sólidos; e

II - ser escriturado no item 005 do quadro "Demonstrativo de Créditos" do Livro Registro

de Apuração do IPI, modelo 8, observando-se ainda as demais regras de escrituração

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constantes da legislação do imposto.

§ 2º O aproveitamento do crédito presumido dar-se-á, exclusivamente, por sua dedução

com o IPI devido nas saídas do estabelecimento industrial de produtos que contenham os

resíduos sólidos referidos no art. 3º.

§ 3º Fica vedada a escrituração do crédito presumido quando os produtos que

contenham os resíduos sólidos referidos no art. 3º saírem do estabelecimento industrial com

suspensão, isenção ou imunidade do IPI.”

Duas restrições do Decreto transcrito reduzem sua eficácia: (a) incentivo para aquisições

de resíduos sólidos apenas de cooperativas de catadores de materiais recicláveis; (b)

limitação temporal de vigência (dezembro de 2014).

Por evidente, a atividade de captação de resíduos é efetivamente realizada em grandes

centros de consumo, mas a organização daquela vinculada à transformação em insumos

reciclados ocorre em espaços geográficos da periferia, em municípios menores, em cidades

localizadas no entorno das grandes cidades.

A adoção de mecanismos de incentivos fiscais municipais, na esfera do ISS e do IPTU,

deveria resultar de compromisso compartilhado das obrigações associadas à reciclagem

e(ou) destinação dos resíduos sólidos, em deliberação tomada pelas Coordenadorias das

Regiões Metropolitanas constituídas (no caso do Paraná, Curitiba, Maringá e Londrina).

Na seara de incentivos fiscais, adiante surge alinhada uma proposta que contempla,

basicamente, a que possa ser conformada a partir do ICMS (de competência estadual) e do

ISS e do IPTU (de competência municipal), dada a circunstância de que à CNI é reservada a

interlocução institucional para pleitos relativos a tributos federais.

Tenha-se como fundamento a circunstância de que também aos entes públicos compete

o poder-dever de atribuir o conceito de logística reversa na aplicação das regras tributárias.

O raciocínio dedutivo é simples: se o resíduo é resultante da fabricação de uma mercadoria a

partir de matérias primas originais já integralmente onerada pelo ICMS em seu primeiro

processo de circulação, reversamente a lógica determina que não se tribute tudo quanto

concorra para promover uma segunda circulação de uma mercadoria (riqueza) gerada pelo

emprego de insumos reciclados.

Por tais razões, as proposições seriam:

Concessão de diferimento ou suspensão do ICMS em toda a cadeia produtiva da

logística reversa, assim considerada desde as operações realizadas com a fonte geradora

dos resíduos até as concretizadas pelos agentes que os trataram e os transformaram em

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materiais recicláveis para emprego em obtenção de mercadoria nova. Hoje, o diferimento é

limitado às operações de aquisição de resíduos, à luz do item 66, do art. 107, do RICMS/PR)

Concessão de crédito presumido de ICMS ao adquirente de materiais recicláveis, em

escala proporcional e similar à erigida no Decreto 7.619/2011, com percentuais sobre o valor

das aquisições a serem definidos para cada cadeia produtiva, sobre o qual percutiria alíquota

média do ICMS, dimensionada pela ponderação dos destinos que se deem às mercadorias

fabricadas com substâncias recicladas.

Concessão de diferimento de ICMS na aquisição de energia elétrica ou de outra fonte

energética, de utilização no processo de reciclagem de resíduos;

Isenção de ISS na prestação de quaisquer serviços intermediários requeridos na cadeia

produtiva relacionada ao tratamento de resíduos sólidos.

Isenção de IPTU sobre os imóveis e respectivas benfeitorias (próprios ou em regime de

locação) que acolham empreendimentos organizados para dar cumprimento à PNRS.

A validade do prazo de sua Licença de Operação prorrogada em 1 (um) ano em relação

ao prazo estabelecido na Resolução CEMA 065/2008, na medida em que as metas forem

sendo cumpridas, tendo como limite os 6 (seis) anos estabelecidos na Resolução CONAMA

237/98 e sejam respeitadas todas as exigências e condicionantes ambientais pertinentes;

Redução da taxa de renovação da Licença de Operação de atividades pertinentes ao

setor, de maneira progressiva a medida que as metas forem sendo cumpridas conforme

consta no plano, na proporção de 20% 40%, 60%, 80% e 100%

À margem de incentivos fiscais, porém não menos importante, sugere-se propor tarifa

menor e diferenciada da energia elétrica e água e esgoto utilizada pela indústria para a

fabricação de produtos novos que, em sua composição, tenham utilizado materiais

reciclados.

Por óbvio, que a política tributária a ser engendrada pelo Estado e pelos Municípios deve

atribuir a concessão de estímulos sob condições a serem construídas, em consenso, por

todos os envolvidos na PNRS.

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ANEXO VIII – EXEMPLOS DE EMPRESAS CADASTRADAS

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ANEXO IX – CHECKLIST DE EMPRESAS HOMOLOGADAS

CONTATO:

ENDEREÇO:

1 licenciamento ambiental (operação)

2 Alvará da Vigilancia Sanitária

3Cadastro Técnico Federal de Atividades

Potencialmente Poluidoras

4Alvará de Funcionamento - Prefeitura

Municipal

5Licença ou Autorização Ambiental para

transporte dos resíduos

6Licenças ambientais das empresas

parceiras de destinação final

7Declaração/certificado de destinação final

dos resíduos

8

Às condições de armazenamento,

impermeabilização do solo, cobertura,

capacidade de estocagem, bacia de

contenção, etc.

9Às condições ambientais, quanto à

evidencias de queima de resíduos a céu

aberto

10Às condições ambientais, quanto a

existencia de passivos ambientais.

11Às condições operacionais, quanto ao

estado dos equipamentos

12Às condições operacionais, quanto a mão-

de-obra (presença de menores)

13condições de trabalho (ergonomia,

iluminação, ventilação)

14Utilização do EPI adequado à atividade

ambiental.

Responsável pela visita/homologação: __________________________________________________________________

Conclusão: APTA NÃO APTA NECESSITA ADEQUAÇÕES

DOCUMENTO

SENAI - PR

HOMOLOGAÇÃO DE EMPRESAS - LOGÍSTICA REVERSA

ConformeNão

Conforme

ITEM

SITUAÇÃO DA EMPRESA

Não

aplicável

Em processo

regularização

EMPRESAS RECEPTORAS E TRANSPORTADORAS DE RESÍDUOS (pré-consumo e pós-consumo)

Observações:

INS

PE

ÇÃ

O

EMPRESA: DATA:

TELEFONE:

REGIÃO:

DESCRIÇÃO DOS ITENS VERIFICADOS

DO

CU

ME

NT

ÃO

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141

Curitiba, 20 de Dezembro de 2016.

______________________________ Tania Mara Rinaldi Gerente SESI/SENAI/IEL SENAI – CIC – IST

______________________________ Adilson Luiz de Paula Souza Consultor Técnico em Negócios SENAI – CIC – IST

______________________________ Elcio Herbst Consultor de Negócios SENAI – CIC – IST

______________________________ Franciele Tomczyk Terán de Freitas Analista Técnica SENAI – CIC – IST

______________________________ Marcos Pupo Thiesen Coordenador Técnico de Negócios SENAI – CIC - IST

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142

SINPACEL Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel,

Papelão e de Artefatos de Papel e Papelão do Estado do Paraná. Rua Brigadeiro Franco, 3389

Rebouças Curitiba - PR, 80.250-030 Fone/Fax: (41) 3333-4511

SENAI - STI MEIO AMBIENTE

R. Sen. Accioly Filho, 250

Cidade Industrial Curitiba - PR, 81310-000

Fone: (41) 3271-7313 Fax: (41) 3271-7100