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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE
CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas - 2016
Ministério das Finanças – AT - Autoridade Tributária e Aduaneira
Classificação: 000.05.04
(Documento aprovado no Conselho de Administração da Autoridade Tributária e Aduaneira de 18 de fevereiro de 2016 e por Despacho da Diretora-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira de 25 de fevereiro de 2016)
Este documento, na sua versão integral, é de circulação reservada aos dirigentes e chefias da AT.
Ficha Técnica
Direção
Teresa Missionário, diretora de serviços
Coordenação operacional
Área Aduaneira: Maria José Silva, chefe de divisão
Área Tributária: Nuno Teixeira, chefe de divisão
Elaboração e revisão final
Emanuel São Miguel e Joaquim Saramago, auditores
Participações na atualização do mapeamento das fichas de risco
Área Aduaneira: Florinda Ferragolo, José Mourão, Maria Leonor Matos, Ricardo Alves e Rui Morais, auditores
Área Tributária e Informática: Joaquim Saramago, auditor
Versão V. 2.0 da AT.
Disponibilidade para consulta Intranet da AT e Portal das Finanças.
Responsabilidade pela revisão
DSAI – DARPAT/NUGRIC
Contactos
DSAI – Direção de Serviços de Auditoria Interna ([email protected])
Tel. 21 881.3804/3811/3768 (VOIP: 150804/811/768)
DSAI – Núcleo de Gestão de Riscos de Corrupção (NUGRIC) ([email protected])
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Nota de Apresentação da 2.ª versão
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem a intenção de prosseguir na senda do
aperfeiçoamento contínuo dos seus procedimentos e funções, investindo na transparência e
simplicidade, bem como no relacionamento saudável com os agentes económicos e os cidadãos
em geral, informando, apoiando e acompanhando as atividades destes com assertividade, com
vista à promoção do cumprimento voluntário das suas obrigações fiscais e aduaneiras e tendo
sempre presente a imprescindibilidade da prestação de um serviço de elevada qualidade.
Neste sentido, o combate à corrupção é uma área prioritária da gestão, particularmente numa
instituição com as caraterísticas da AT, na qual devem ser continuamente criados e
desenvolvidos mecanismos que assegurem, neste domínio, a monitorização de atividades
suscetíveis de interferir na missão coletiva da organização e minar a liderança da instituição.
A gestão das áreas e riscos de corrupção e infrações conexas tem vindo a ser concretizada na
AT quer através da implementação efetiva do PGRCIC, quer via monitorização das suas
atividades, quer ainda, na consciencialização e mobilização dos seus dirigentes, das suas
chefias, trabalhadores e colaboradores, para a necessidade da interiorização permanente de
uma conduta irrepreensível na realização de todas as suas tarefas.
Nesse sentido, importa persistir conscientemente numa estratégia de prevenção da corrupção,
fundamentada no reforço da cultura de mérito e na defesa intransigente dos princípios éticos
difundidos a todos os colaboradores da AT, bem como na concretização permanente de uma
filosofia de gestão orientada para os pilares fundamentais da cultura de excelência que se
pretende aprofundar.
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A Auditoria Interna da AT tem assegurado, com caráter permanente, quer o
acompanhamento e monitorização da implementação das medidas a adotar sugeridas no
PGRCIC, quer a fundamentação obrigatória das áreas e riscos de corrupção em ponto
autónomo de todos os relatórios de auditoria que elabora, conforme Despacho n.º 1/2010,
de 05/02, do Diretor de Serviços de Auditoria Interna (DSAI), quer, ainda, a análise das
denúncias associadas a esta matéria.
O presente documento recolhe o esforço de várias equipas que ao longo dos últimos sete
anos quer na área aduaneira, quer na área tributária, quer em vários serviços comuns da AT,
se têm dedicado ao projeto de prevenção da corrupção, com o propósito de dotar a
organização de um instrumento de gestão imprescindível, de fácil consulta e compreensão,
sugerindo reconstruir continuamente o edifício ético de uma administração fiscal e
aduaneira bem preparada para oferecer serviços tão vitais para o interesse geral do país e
para a sociedade portuguesa, de forma mais justa, mais útil e mais transparente.
A presente versão do PGRCIC teve em consideração:
As recomendações e orientações emanadas pelos órgãos de controlo externos,
designadamente Tribunal de Contas, Conselho de Prevenção da Corrupção e
Inspeção-Geral de Finanças.
A adaptação às questões suscitadas em matéria de reforço da segurança da
informação, proteção de dados pessoais e confidencialidade fiscal, especialmente a
informação contida em aplicações e sistemas informáticos.
A atualização e o aperfeiçoamento do mapeamento das áreas e riscos de corrupção
anteriormente verificadas, por meio da reavaliação do grau de risco de corrupção e
infrações conexas inerente à realidade das principais atividades e procedimentos
desenvolvidos no seio da AT, pelos seus diferentes serviços.
A necessidade de readaptação de alguns dos conteúdos do documento, atualizados
em cada revisão.
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Com a elaboração desta nova versão do PGRCIC da AT pretende-se melhorar a eficácia dos
mecanismos de controlo tendo em vista a eliminação e redução dos riscos de corrupção e,
paralelamente, sistematizar o quadro referência de verificação e monitorização para efeitos de
auditoria interna.
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Índice Nota de Apresentação da 2.ª versão 2
INTRODUÇÃO 6 1. Síntese da política de prevenção da corrupção da AT 8
1.1. Compromisso 8 1.2. Objetivos 8 1.3. Estratégias 8 1.4. Âmbito 9 1.5. Responsabilidades 10
2. Ambiente – Caracterização Institucional 11
I. EDIFICAÇÃO 15 1. Definição 15 2. Valores e Normas 15
2.1. Código de Conduta 15 2.2. Cultura Organizacional 17 2.3. Liderança 17
3. Conceitos e Enquadramento Normativo 18
II. PREVENÇÃO 19 1. Definição 19 2. Segregação e Evolução dos Riscos de Corrupção 2013-2016 21 3. Análise Global 25
III. DETEÇÃO 27 1. Definição 27 2. Supervisão e Controlo 27 3. Sistema Interno de Comunicação 28 4. Reclamações e Sugestões 29 5. Auditoria Interna 30 6. Análise de Dados 31
IV. REAÇÃO 32 1. Definição 32 2. Processo de Inquérito 32 3. Colaboração e Cooperação Externa 32 4. Ação Disciplinar 33
V. MONITORIZAÇÃO 34 1. Definição 34 2. Processo 34 3. Instrumentos de Gestão 34
Lista de Anexos 35 Lista de Siglas 36
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INTRODUÇÃO
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem consciência, por um lado, de que é uma
estrutura organizacional que desempenha funções essenciais à prossecução dos objetivos
estratégicos e globais do país, sendo que da sua eficácia e eficiência dependem quer as
funções de soberania, quer a quase totalidade das outras funções e prestação de serviços do
Estado e, por outro lado, que sendo uma organização aberta à sociedade, e existindo para a
servir, os seus serviços e recursos estão geograficamente dispersos por todo o território
nacional, em contacto direto com os contribuintes e operadores económicos, estando, por
isso, os funcionários e colaboradores da organização sujeitos a pressões e condicionantes,
internas e externas, que os expõem especialmente ao fenómeno da corrupção.
Concomitantemente, se é verdade que a temática da corrupção e das infrações
relacionadas, fenómenos enraizados nas relações humanas pessoais e profissionais e que
estão muito para além da vulgar empatia ou cortesia entre partes com interesses, tende a
estar condicionada à cultura de um país, à ética das suas instituições em geral e às
características do meio ambiente envolvente, é outrossim inquestionável que,
independentemente da perspetiva analítica e tendo em conta os seus efeitos, a corrupção
deve sempre considerar-se uma grave violação dos princípios do interesse comum de uma
sociedade e dos princípios da prossecução do interesse público, da igualdade, da
imparcialidade, da proporcionalidade, da justiça, da transparência, da boa administração e
da boa-fé, pelo que combatê-la apresenta-se como uma questão de defesa do regime do
Estado de Direito democrático.
Considerando a impossibilidade da sua erradicação total, urgia ainda assim mitigá-la de
forma institucional e preventiva, gerindo os seus riscos de forma sistemática e detalhada, e
combatendo-os através de estratégias incisivas direcionadas a cada um dos pequenos
fatores que são potenciadores da sua ocorrência, implementando medidas impeditivas e
corretivas, numa lógica estável e duradoura de melhoria contínua.
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A formalização dessa estratégia consubstanciou-se em Portugal na publicação da Lei n.º
54/2008, de 4 de setembro, que criou o Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), tendo a
AT, à época as suas extintas direções-gerais, desenvolvido o processo de forma realista e
assertiva, desde o primeiro momento, e definido uma política de gestão para estas matérias.
O Plano de Gestão de Riscos e Infrações Conexas (PGRCIC) da AT, elaborado pela Direção de
Serviços de Auditoria Interna – Núcleo de Gestão de Riscos de Corrupção (DSAI-NUGRIC)
desde o início da sua obrigatoriedade, por incumbência do Diretor-Geral, objeto de revisão
periódica, é o instrumento principal que visa assim operacionalizar essa política, acolhendo a
Recomendação do CPC de 1 de julho de 2009, para desenvolvimento de uma estratégia de
prevenção efetiva.
A esta introdução, para além das bases da política de prevenção da corrupção da AT, que a
seguir se resume no ponto 1, é acrescentada a caracterização da organização, seguindo-se
cinco estruturas capitulares que expõem o PGRCIC propriamente dito, a Edificação, a
Prevenção, a Deteção, a Reação e a Monitorização, acolhendo as orientações do CPC para a
elaboração de planos de prevenção da corrupção.
PREVENÇÃO
EDIFICAÇÃO
DETEÇÃO
REAÇÃO
MONITORIZAÇÃO
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1. Síntese da política de prevenção da corrupção da AT
1.1. Compromisso
A AT, consciente dos malefícios da corrupção, encontra-se firmemente empenhada em criar
um ambiente propício à sua mitigação, estabelecer uma cultura positiva de organização
intolerante a condutas corruptas no seu seio e implementar um sistema eficaz para
identificar e relatar tal atividade.
A AT está comprometida em assegurar que os seus dirigentes e chefias estejam habilitados a
identificar riscos de corrupção dentro das respetivas unidades orgânicas e que estes
cumpram as suas responsabilidades de conceção e implementação de controlos e
procedimentos, tendo em vista a prevenção, deteção, sancionamento e, sempre que
possível, a erradicação deste tipo de comportamentos.
1.2. Objetivos
São objetivos da política de prevenção da corrupção da AT:
Fomentar uma cultura de integridade, não tolerante à corrupção.
Promover a transparência das operações e procedimentos.
Reduzir as oportunidades para a corrupção.
Diminuir a discricionariedade.
Favorecer o controlo social positivo.
Reforçar mecanismos de prevenção geral de comportamentos corruptos.
Facilitar a comunicação de atos de corrupção.
Reforçar a confiança dos contribuintes e cidadãos em geral na AT.
1.3. Estratégias
A política de prevenção da corrupção da AT é orientada pelas seguintes estratégias:
Refletir preocupações éticas e deontológicas na política de recrutamento, formação e
avaliação permanente dos seus recursos humanos.
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Modelar a conduta dos trabalhadores através da divulgação de atitudes
comportamentais exemplares de outros colegas.
Promover o mais possível a eliminação da burocracia e adotar práticas que
contribuam para a simplificação, segurança e certeza nos procedimentos.
Melhorar os sistemas de controlo interno, informação e gestão, com propósito de
reduzir a ocorrência de erros e irregularidades.
Fortalecer o papel dos órgãos de controlo, empreendendo auditorias regulares que
garantam a efetividade das medidas de gestão de riscos de corrupção.
Prosseguir uma política de reflexão e de estudo permanente das causas, processos e
formas de combater a corrupção.
Desenvolver, no âmbito da política de gestão do conhecimento, orientações e
diretrizes administrativas que garantam uma efetiva homogeneidade nos
procedimentos e reduzam a discricionariedade e a arbitrariedade das decisões e dos
atos de aplicação das leis.
Promover a transparência propiciando acesso público e tempestivo a informação,
ainda que condicionada ao interesse legítimo dos interessados, como forma de
incentivar o papel de controlo da sociedade na atuação da AT.
Assegurar a existência de mecanismos facilitadores de comunicação que garantam a
segurança dos trabalhadores e cidadãos que, de boa fé e fundadamente, denunciem
atos de corrupção.
Desenvolver e publicitar uma verdadeira política permanente anticorrupção,
designadamente através da autorregulação e da assunção de reconhecidas práticas
de boa governança pública.
1.4. Âmbito
Esta política de prevenção e combate da corrupção aplica-se a todos os trabalhadores e
dirigentes da AT e, com as devidas adaptações, a todos os colaboradores que, mesmo não
integrando os seus grupos de pessoal, nela prestem efetivamente serviço, de forma
temporária ou por tempo indeterminado.
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Analogamente, nas partes aplicáveis, é devida observância por todos os contribuintes,
parceiros públicos ou privados e outros interessados que se relacionem direta ou
indiretamente com a AT.
1.5. Responsabilidades
A gestão dos riscos de corrupção e infrações conexas só terá sucesso se pressupuser uma
abordagem sistemática, consistente e permanente, suportada por uma estrutura consciente
e dedicada, em que todos os intervenientes participam e conhecem as suas
responsabilidades.
Diretor-Geral
O Diretor-Geral assegura o cumprimento do dever de colaboração com o Conselho de
Prevenção da Corrupção, nos termos do artigo 9.º da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro.
Compete-lhe a responsabilidade última pela gestão dos riscos de corrupção na AT, estando
obrigado a participar às autoridades judiciárias ou policiais competentes todos os indícios
que envolvam ou possam envolver condutas relacionadas com a corrupção.
Dirigentes e chefias
Os dirigentes e chefias devem colaborar na identificação das áreas, riscos e medidas de
eliminação ou mitigação dos mesmos, sendo responsáveis por garantir que os princípios e as
medidas estabelecidas no PGRCIC aprovado são eficazmente implementados.
Trabalhadores e colaboradores
Todos os trabalhadores e colaboradores são responsáveis por relatar quaisquer incidentes
relacionados com a corrupção de que tenham conhecimento.
Núcleo de Gestão de Riscos de Corrupção
Desde a aprovação inicial do PGRCIC que foi criado o NUGRIC, no interior da DSAI, de forma
assegurar a prossecução efetiva de uma política de prevenção da corrupção da AT e das
medidas preconizadas naquele plano, bem como a elaboração de relatório de atividades
anual, a ser apresentado ao CPC.
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2. Ambiente - Caracterização institucional
Missão
A AT tem por missão administrar os impostos, direitos aduaneiros e demais tributos que lhe
sejam atribuídos, bem como exercer o controlo da fronteira externa da União Europeia e do
território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de proteção da sociedade, de
acordo com as políticas definidas pelo Governo e o Direito da União Europeia.1
Atribuições
Constituem atribuições da AT2:
Assegurar a liquidação e cobrança dos impostos sobre o rendimento, sobre o
património e sobre o consumo, dos direitos aduaneiros e demais tributos que lhe
incumbe administrar, bem como arrecadar e cobrar outras receitas do Estado ou de
pessoas coletivas de direito público;
Exercer a ação de inspeção tributária e aduaneira, garantir a aplicação das normas a
que se encontram sujeitas as mercadorias introduzidas no território da União
Europeia e efetuar os controlos relativos à entrada, saída e circulação das
mercadorias no território nacional, prevenindo, investigando e combatendo a fraude
e evasão fiscais e aduaneiras e os tráficos ilícitos, no âmbito das suas atribuições;
Exercer a ação de justiça tributária e assegurar a representação da Fazenda Pública
junto dos órgãos judiciais;
Assegurar a negociação técnica e executar os acordos e convenções internacionais
em matéria tributária e aduaneira, cooperar com organismos europeus e
internacionais e outras administrações tributárias e aduaneiras, e participar nos
trabalhos de organismos europeus e internacionais especializados no seu domínio de
atividade;
1 Cf. n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 118/2011, de 15 de dezembro. 2 Idem, n.º 2.
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Promover a correta aplicação da legislação e das decisões administrativas
relacionadas com as suas atribuições e propor as medidas de caráter normativo,
técnico e organizacional que se revelem adequadas;
Desenvolver e gerir as infraestruturas, equipamentos e tecnologias de informação
necessários à prossecução das suas atribuições e à prestação de apoio,
esclarecimento e serviços de qualidade aos contribuintes;
Realizar e promover a investigação técnica e científica no domínio tributário e
aduaneiro, tendo em vista o aperfeiçoamento das medidas legais e administrativas, a
qualificação permanente dos recursos humanos, bem como o necessário apoio ao
Governo na definição da política fiscal e aduaneira;
Informar os contribuintes e os operadores económicos sobre as respetivas
obrigações fiscais e aduaneiras e apoiá-los no cumprimento das mesmas;
Assegurar o licenciamento do comércio externo dos produtos tipificados em
legislação especial e gerir os regimes restritivos do respetivo comércio externo.
Tipologia de organização interna
A AT estrutura-se num modelo misto organizativo. Ao modelo de estrutura hierarquizada,
utilizado por todas as áreas tradicionais de atividade, acresce o modelo estrutural matricial
utilizado pelas áreas de atividade específicas de tecnologias e dos sistemas de informação. A
estrutura orgânica assenta nas disposições do DL n.º 118/2011, de 15 de dezembro, na
Portaria n.º 320-A/2011, de 30 de dezembro e nos despachos n.º 1365/2012 e n.º
1366/2012, ambos de 1 de janeiro, do Diretor-Geral da AT.
Órgãos
A AT é dirigida por um Diretor-Geral que é coadjuvado por 12 Subdiretores-Gerais. O
Conselho de Administração da Autoridade Tributária e Aduaneira é igualmente considerado
um órgão da AT.
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Composição
Para além dos órgãos superiores, a AT apresenta um outro corpo organizativo composto
pelos dirigentes dos Serviços Centrais e das Direções de Finanças e Alfândegas. A estrutura
global da AT abrange ainda os serviços centrais e os desconcentrados, regionais e locais, que
encerram o quadro estrutural que se segue.
DGSDG
CAAT
DIREÇÕES DE FINANÇAS
ALFÂNDEGAS
SERVIÇOS DE FINANÇASDELEGAÇÕES
E POSTOS ADUANEIROS
SERVIÇOSCENTRAIS
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RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS DA AT
A AT recolhe, por diversos meios, uma receita fiscal superior a 38 mil milhões de euros, mais
de 17,5 mil milhões em impostos diretos e 20,6 mil milhões em impostos indiretos. Nos
quadros seguintes apresenta-se a distribuição de recursos humanos, pelas respetivas
carreiras, bem como a estrutura financeira das despesas da AT.
Recursos Humanos
Grupos / Carreiras Efetivos reais em 30-12-2015 %
Dirigente superior de 1.º grau 1 0,01 Dirigente superior de 2.º grau 13 0,12 Dirigente Intermédio de 1.º grau 88 0,79 Dirigente Intermédio de 2.º grau 168 1,51 Chefias Tributárias 1 160 10,43 Investigação Tributária 10 0,09 Técnico Superior 246 2,21 Técnico Superior Aduaneiro 250 2,25 Especialista de Informática 86 0,77 Técnico Economista 115 1,03 Técnico Jurista 20 0,18 GAT - Gestão Tributária 1 272 11,44 GAT - InspeçãoTributária 2 767 24,88 GAT - Técnicos de Administração Tributária Adjuntos 2 696 24,24 Técnico Verificador Aduaneiro 235 2,11 Analista Aduaneiro Auxiliar de Laboratório 2 0,02 Secretário Aduaneiro 186 1,67 Técnico de Informática 61 0,55 Verificador Auxiliar Aduaneiro 540 4,86 Assistente Técnico 911 8,19 Subinspetor 2 0,02 Pessoal Ex-Junta de Crédito Pública 2 0,02 Assistente Operacional 290 2,61 Outros 1 0,01
Total de efetivos 11 122 100%
Recursos Financeiros
Despesas de funcionamento [Execução de 2015, (em €)]
Despesas com pessoal 434.955.104,72
Aquisição de bens e serviços 137.237.021,54
Outras despesas correntes 21.244.771,37
Total das despesas de Funcionamento 593.436.897,63
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I. EDIFICAÇÃO
1. Definição
A Edificação, fundamento da ética organizacional, eminentemente prática, alicerça-se em
pilares de princípios e valores, na legalidade nacional e internacional e numa liderança
apostada num processo de gestão da temática da corrupção exigindo, assim, a
consciencialização do quadro de valores e normas e dos conceitos específicos ligados a esta
matéria.
2. Valores e Normas
2.1. Código de Conduta
A eficácia da gestão dos riscos de corrupção da AT depende de um compromisso efetivo dos
seus líderes, tendo subjacente uma cultura organizacional sólida e uma clara e efetiva adesão
aos valores e normas de conduta.
Acresce que as funções tributárias e de gestão da fronteira externa do Estado e da União
Europeia são das mais exigentes da Administração Pública, em especial porque, face aos
elevados níveis de frequência das operações, de atos praticados pelos seus agentes e dos
recursos financeiros envolvidos, apelam a uma demanda contínua da excelência, da
integridade e da defesa permanente do interesse público.
Foi na sequência dessa consciencialização interna, bem como da Recomendação do CPC, de 6
de julho de 2011, apelando à concretização de Códigos de Conduta que vinculassem os
trabalhadores tributários na linha das boas práticas internacionais, e considerando a moderna
perspetiva acerca da importância da conjugação da necessidade de regulação do
comportamento humano nas organizações com a imprescindibilidade de adequar os controlos
internos às capacidades que as aplicações informáticas da AT apresentam, com especial
ênfase na proteção de dados pessoais, que foi considerado oportuno rever e apresentar um
novo Código de Conduta, publicado em julho de 2015.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
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O valor do novo Código de Conduta e a forma como foi difundido e assumido pela
organização, será de difícil mensuração mas o resultado estará muito para além da
obrigação da mera tomada de conhecimento, uma vez que reúne todas as referências legais
relacionáveis, difunde Princípios, Valores Profissionais e Éticos de Conduta Pública, que a
seguir se sintetizam, uma Carta do Utente da Administração Tributária, e a significação
individual e coletiva de que os agentes da AT pretendem de facto viver numa cultura
diferente e mais positiva, reforçando a sua própria autoridade com o exemplo referencial
que dão na sua conduta diária.
Princípios
Constituem princípios de conduta:
Serviço Público
Legalidade
Hierarquia
Imparcialidade
Igualdade
Proporcionalidade
Colaboração
Qualidade
Integridade
Valores Profissionais e Valores Éticos de Conduta Pública
Estes dois conjuntos de valores relativos à conduta profissional, ética e pública dos
trabalhadores, sublinham orientações práticas sobre o que se deve fazer e o que convém
evitar, que, em paralelo com os manuais de normas e boas práticas instituídas em várias UO,
consolidam a imagem pública da AT e dos seus trabalhadores, contribuem para a elevação
de uma cultura ética e transparente, constituindo um instrumento eficiente na promoção da
coesão e da autorregulação.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
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2.2. Cultura Organizacional
Todos os trabalhadores, mormente aqueles que exerçam funções de direção ou de chefia,
devem contribuir para o desenvolvimento e manutenção de uma cultura ética e transparente.
Neste sentido todos devem estar sensibilizados para a possibilidade de os riscos de corrupção
poderem ser reduzidos e controlados, adotando comportamentos honestos, íntegros e
transparentes, o que pressupõe uma cultura organizacional de apoio e entreajuda.
Dessa forma, o reforço da cultura ética da AT poderá constituir um pilar fundamental para a
prevenção da corrupção, contribuindo ativamente para a indução de condutas exemplares.
2.3. Liderança
As estratégias de prevenção da corrupção requerem ideias, esforço e compromisso de todos
os dirigentes e chefias da AT.
Concomitantemente, para além de planos, instrumentos de gestão e programas, o combate à
corrupção exige sobretudo exemplos de conduta dissuasores.
Necessita de líderes cuja atuação seja um referencial e um fator de inspiração capaz de
estimular idênticos comportamentos aos seus trabalhadores, contribuindo para o
desenvolvimento da cultura organizacional da AT.
Assim, os dirigentes e chefias devem:
Adotar uma conduta irrepreensível de forma constante e consistente;
Cumprir as disposições legais e regulamentares, incluindo as normas ou instruções que
os próprios tenham formulado;
Assumir o compromisso da divulgação da política de prevenção da corrupção e a
implementação dos planos que lhes derem corpo, gerindo eventuais contextos
psicossociais adversos que se possam formar;
Integrar os princípios e as diretrizes da política de prevenção da corrupção no
planeamento das atividades das unidades orgânicas sob sua responsabilidade.
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3. Conceitos e Enquadramento Normativo
De acordo com o art.º 266.º da Constituição da República Portuguesa (CRP), a Administração
Pública (AP) visa a prossecução do interesse público, devendo os seus agentes atuar, no
exercício das suas funções, com respeito pelos princípios da legalidade, igualdade,
proporcionalidade, justiça, imparcialidade e da boa-fé.
A realização do interesse público é, assim, o fim último da atividade administrativa na AP, pelo
que a consideração de quaisquer outros interesses, pessoais ou de terceiros, ou uso de
critérios diferentes na apreciação de situações semelhantes, constituem atos ilícitos, alguns
deles tipificados como crimes no exercício de funções públicas.
Corrupção
Para efeitos do plano de prevenção da corrupção, os termos corrupção e conduta corrupta
utilizados devem ser entendidos no seu sentido mais lato, referindo-se à prática de um
qualquer ato ou a sua omissão, seja lícito ou ilícito, contra o recebimento ou a promessa de
uma qualquer compensação que não seja devida, para o próprio ou para terceiro, sendo que,
normalmente, envolve um acordo secreto entre duas ou mais pessoas.
Abrange todos os comportamentos, verificados, prometidos, ou omissivos, que, numa dada
circunstância, não se fundamentem na promoção do interesse público e sejam suscetíveis de
constituir um crime.
Tais comportamentos estão previstos e são punidos como crimes cometidos no exercício de
funções públicas, tipificados no Código Penal (CP), compreendendo não só a corrupção como
as infrações com ela conexas, como seja o abuso de confiança, tráfico de influências, o
peculato, o peculato de uso, a concussão, a participação económica em negócio, abuso de
poder, o suborno e a violação do dever de segredo por funcionário, bem como outras figuras
tuteladas pelo direito penal.3
3 Vide, entre outros, artigos 335.º e 372.º a 383.º do CP.
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II. PREVENÇÃO
1. Definição
A Prevenção constitui um dos mais importantes momentos do combate à corrupção. Presume a
compreensão efetiva do conceito de risco e de gestão de risco bem como a consciência da ação
dinâmica e contínua sobre os mesmos, quer na tentativa de diminuição do grau de risco, quer
mesmo da sua eliminação, através da implementação de medidas e controlos.
Paralelamente, considera-se que as administrações públicas estão sempre expostas ao risco de
corrupção, sendo que a AT, dada a sua missão e competências, tem atividades, processos e
procedimentos que apresentam diferenciados riscos, os quais podem ocorrer quer ao nível dos
serviços centrais, quer dos serviços desconcentrados regionais e locais.
Concomitantemente, a assunção de que os riscos de corrupção não serão totalmente
eliminados não retira à AT o dever da prevenção destes fenómenos, cujos atos podem afetar a
capacidade de atingir os seus objetivos estratégicos e operacionais e provocar impactos
negativos para a organização, tais como:
Quebra de reputação e confiança pública;
Prejuízos para o erário público;
Desperdício de recursos;
Custos financeiros de auditorias ou inquéritos;
Efeitos adversos sobre os trabalhadores, dirigentes, chefias e colaboradores internos e
externos.
Conceito de risco
O termo risco designa o resultado da combinação entre a probabilidade de ocorrência de um
determinado evento e o impacto resultante da sua ocorrência, positivo ou negativo, na
consecução dos objetivos de uma unidade organizacional.
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Por seu lado a gestão de um risco visa o objetivo de defender e proteger cada interveniente
num procedimento, e, desse modo, a salvaguarda do interesse coletivo.
Assim, em termos de gestão, procura-se evitar o risco eliminando a sua causa. A sua prevenção
assenta na minimização da probabilidade da sua ocorrência ou do seu impacto pernicioso na
organização.
Por “risco”, no presente plano, ter-se-á o acontecimento, situação ou circunstância suscetível
de gerar corrupção ou uma infração conexa, como consagrado na Deliberação do CPC, de 4 de
março de 2009.
Urge, assim, realizar uma abordagem pró-ativa nessa matéria, designadamente através da
constante identificação de riscos de corrupção e do desenvolvimento de estratégias adequadas
para os enfrentar e gerir.
Nesse sentido, a DSAI procedeu a novo mapeamento das áreas de risco no âmbito da atividade
da AT, assente na ficha modelo anteriormente desenvolvida, onde se evidencia de forma
sistematizada e consistente a graduação dos riscos identificados em função de duas variáveis, a
probabilidade de ocorrência relativa à possibilidade de frequência das situações que
comportam o risco e o impacto previsível que estas podem suscitar, em função da sua
importância na organização como um todo, conforme tabela que a seguir se apresenta.
el
Elevado Muito Elevado
Muito Baixo
Baixo
Baixo
Moderado
Moderado
Moderado Elevado
Impacto Previsível
na Organização
Probabilidade de Ocorrência
Elevada Baixa Moderada
Elevado
Moderado
Baixo
Matriz de Graduação de
Risco
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
21
Como se constata, a probabilidade de ocorrência foi nivelada da seguinte forma:
Elevada: O risco decorre de um processo corrente e frequente da organização;
Moderada: O risco está associado a um processo esporádico da organização que se admite que
venha a ocorrer ao longo do ano;
Baixa: O risco decorre de um processo que apenas decorrerá em circunstâncias excecionais.
E o impacto previsível na organização foi nivelado do seguinte modo:
Elevado: Da situação de risco identificada podem decorrer prejuízos financeiros e de imagem
significativos para o Estado e a violação grave dos princípios associados ao interesse público,
lesando a credibilidade do organismo e do próprio Estado;
Moderado: A situação de risco pode comportar prejuízos financeiros e de imagem para o
Estado;
Baixo: A situação de risco em causa não tem potencial para provocar prejuízos financeiros e de
imagem ao Estado, não sendo as infrações suscetíveis de ser praticadas causadoras de danos
relevantes na imagem e operacionalidade da instituição.
2. Segregação e Evolução dos Riscos de Corrupção 2013-2016
Em resultado da monitorização permanente da área tributária e informática apresentada
diacronicamente pela DSAI-NUGRIC e, no caso da área aduaneira, de uma reanálise adicional
das áreas e riscos de corrupção, sistematiza-se, nos gráficos seguintes, a evolução verificada,
entre o ano de 2013 e o de 2016, no número de riscos e na sua graduação (Muito Baixo, Baixo,
Moderado, Elevado e Muito Elevado), ao nível dos Serviços de Finanças (gráfico I), das Direções
de Finanças (gráfico II), das Alfândegas, incluindo Delegações e Postos Aduaneiros (gráfico III) e
dos Serviços Centrais (gráfico IV). Apresenta-se, ainda, a segregação dos riscos transversais à
generalidade das UO (gráfico V).
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
22
Gráfico I
Riscos Específicos dos Serviços de Finanças 2013-2016
Gráfico II
Riscos Específicos das Direções de Finanças 2013-2016
0
5
10
15
20
25
Muito ElevadoElevado
ModeradoBaixo
Muito Baixo
(7)10%
(14)20%
(16)23%
(21)30%
(11)16%
(3)9% (3)
9%
(8)24%
(12)36%
(7)21%
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Muito ElevadoElevado
ModeradoBaixo
Muito Baixo
(11)15%
(14)20%
(17)24% (16)
23%
(13)18%
(14)35%
(6)15%
(13)33%
(7)18%
2013 - 2016
2013 - 2016
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
23
Gráfico III
Riscos Específicos das Alfândegas 2013-2016
Gráfico IV
Riscos Específicos dos Serviços Centrais 2013-2016
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Muito ElevadoElevado
ModeradoBaixo
Muito Baixo
(79)53%
(13)9%
(32)21%
(15)10% (11)
7%
(7)10%
(24)34%
(25)36%
(5)7%
(9)13%
0
50
100
150
200
250
300
350
Muito ElevadoElevado
ModeradoBaixo
Muito Baixo
(17)3% (6)
1%
(123)22% (111)
20%
(309)55%
(8)3%
(23)7%
(93)30%
(61)20%
(124)40%
2013 - 2016
2013 - 2016
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
24
Gráfico V
Riscos Transversais 2016
0
2
4
6
8
10
12
14
MuitoElevado Elevado
ModeradoBaixo
MuitoBaixo
(1)6%
(13)72%
(2)11% (2)
11%
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
25
3. Análise Global
Na sequência dos dados apresentados nos gráficos do anterior ponto 2., conclui-se que foram
apurados na AT 470 riscos de corrupção e infrações conexas, 18% dos quais graduados de
Elevado e Muito Elevado, percentagem idêntica à apurada em 2013 (19%), quando foram
identificados 856 riscos. Assistiu-se, assim, a uma redução do número de riscos
em cerca de 45% relativamente ao último PGRCIC, em resultado do aumento das medidas de
controlo implementadas nos últimos anos.
Considerando que face ao total de riscos apurados cerca de metade (49%) se referem ao
conjunto de riscos graduados de Moderado (31%), Elevado (14%) e Muito Elevado (4%),
mostra-se relevante a continuidade da monitorização, especialmente focada nestes riscos, o
que vem ao encontro e reforça a atualidade da recomendação do CPC, de 6 de julho de 2011,
orientada para as atividades desenvolvidas pela AT.
Observando o número de riscos, nos Serviços Centrais foram apurados 309, 66% do total,
constituindo esta a área da AT com maior número de riscos específicos de corrupção e
infrações conexas. No entanto, há que ter em consideração que esta proliferação do número de
riscos é aparente, uma vez que apenas acontece em virtude de não ser possível constituir uma
ficha única para estes serviços, face às diferentes atividades por eles desenvolvidas. Ou seja, a
maioria dos seus riscos específicos está associada ao exercício de poderes discricionários e à
probabilidade de beneficiar ou prejudicar um contribuinte ou operador económico.
Analisando os riscos transversais, que devem acrescer ao cômputo dos riscos específicos
respetivos em cada uma das áreas, envolvendo as áreas comportamental e de segurança, o
resultado da monitorização e atualização da DSAI-NUGRIC situa em apenas 22% os riscos com
graduação Baixa e Muito Baixa.
Relativamente à percentagem dos riscos graduados de Elevado e Muito Elevado, verifica-se a
sua maior expressividade nos serviços desconcentrados da Área Aduaneira (Alfândegas), com
percentagens de 34% e 10%, respetivamente, o que se deve sobretudo ao elevado número de
tarefas manuais executadas e ao ainda insuficiente processo de desenvolvimento de
mecanismos de controlo automático dos procedimentos existente.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
26
Finalmente, salienta-se o esforço dos serviços e dos seus responsáveis, em todos os níveis da
organização, na implementação das medidas de mitigação de risco de corrupção propostas, que
permitiu reduzir o total de riscos graduados de Muito Elevado de 13% em 2013 para 4% em
2016, sendo essa redução especialmente significativa nas Direções de Finanças (15% em 2013 e
0% em 2016) e Alfândegas (53% em 2013 e 10% em 2016).
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2013 2016Muito Elevado 114 18Elevado 47 65Moderado 188 145Baixo 163 93Muito Baixo 344 149
Núm
ero
de R
isco
s
Evolução da Composição Global dos Riscos de Corrupção da AT 2013-2016
2 0 1 3 2 0 1 6
470 856 Totais Anuais
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
27
III. DETEÇÃO
1. Definição
O momento caracterizador da deteção encerra as capacidades de verificação, alerta e
comunicação da organização em matéria de controlo de riscos de corrupção e fundamenta-se
principalmente no controlo interno, humano e informático.
A deteção precoce de comportamentos corruptos assume capital importância na minoração
dos efeitos da corrupção no seio da AT. Nesse sentido, mostra-se relevante a implementação
de processos efetivos por parte dos responsáveis dos serviços, os quais devem assumir um
papel pró-ativo e fundamental na prevenção desses comportamentos.
2. Supervisão e Controlo
Os dirigentes e chefias tributárias e aduaneiras são responsáveis pelo trabalho e pelas ações
dos trabalhadores nos respetivos locais de trabalho. Desempenham um papel fundamental na
prevenção e deteção da corrupção, devendo adotar formas de gestão pró-ativas, que
permitam, em tempo útil, supervisionar eficazmente os procedimentos passíveis de gerar
comportamentos corruptos.
A implementação de práticas de controlo e supervisão eficazes são estratégias essenciais para a
deteção de situações de corrupção que, para além de terem uma função preventiva, reduzem
quer as motivações, quer as oportunidades, pelo que é essencial uma atenção redobrada à
gestão de riscos e monitorização dos indicadores de corrupção.
A capacidade de identificar eventuais situações de ocorrência de corrupção nas respetivas
áreas de responsabilidade pressupõe um constante estado de alerta para este fenómeno
exigindo uma clara compreensão da temática da corrupção, consciência dos seus riscos, causas
e contornos, bem como da forma como se manifesta.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
28
Importa, pois, dar relevância a indicadores que possam constituir sinais de alerta,
nomeadamente as queixas de contribuintes, procedimentos anómalos ou decisões incoerentes e
não fundamentadas.
Supervisão ativa e efetiva
Cientes dos riscos de corrupção e atentos aos indicadores de alerta, os dirigentes e chefias
devem manter uma atitude diligente e ativa na supervisão do desempenho dos respetivos
trabalhadores, promovendo regulares reuniões de trabalho e avaliações periódicas ao
desempenho.
Atividade de controlo interno
Os gestores devem ser rigorosos no controlo do trabalho executado nas suas áreas de
responsabilidade, designadamente no cumprimento dos requisitos legais e na observância dos
padrões mínimos exigidos pela política de qualidade da AT.
Por vezes as chefias questionam-se acerca da implementação de controlos internos, situação
que, para além das exigências da lei, pode consubstanciar-se adicionalmente no controlo
aleatório e frequente dos processos que correm no serviço sob sua responsabilidade, recorrendo
ao registo e arquivo para o formalizar. As unidades de auditoria internas e externas apreciam
essa formalização tendo em vista a avaliação da qualidade do ambiente de controlo interno.
Os responsáveis devem ser diligentes e pró-ativos na implementação de medidas de controlo
interno e subsequente análise dos dados recolhidos, tendo presente que dela podem resultar
indícios da ocorrência de práticas irregulares.
3. Sistema Interno de Comunicação
Os trabalhadores da AT estão sujeitos ao regime de denúncia obrigatória previsto no artigo 242.º
do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei n.º 48/2007, de 29 de agosto, quanto a
crimes de que tomarem conhecimento no exercício das suas funções e por causa delas, ainda
que os agentes do crime não sejam conhecidos. Caso a suspeição recaia sobre outro trabalhador
ou colaborador externo, a denúncia é obrigatoriamente reportada ao superior hierárquico
daquele.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
29
Comunicação de práticas irregulares
Um sistema de monitorização de denúncias de eventuais casos ou situações de corrupção
interna poderá dotar a AT de uma considerável fonte de informação sobre infrações
disciplinares ou condutas corruptas que lhe permita gerir os riscos da sua ocorrência. Na
estrutura da AT, concretamente na DSAI, o NUGRIC é responsável pela centralização, análise e
adequado seguimento das denúncias que envolvam condutas suscetíveis de constituírem
práticas de corrupção ou infração conexas, conforme despacho do Diretor-Geral da AT de 29 de
abril de 2010.
Comunicação segura
A eficácia do controlo de riscos de corrupção depende, igualmente, da existência de um
sistema de comunicação interna facilitador e estimulador de denúncias de práticas irregulares e
que assegure a confidencialidade e a proteção dos denunciantes, ao abrigo do determinado no
artigo 4.º da Lei n.º 19/2008, de 21 de abril, que aprovou medidas de combate à corrupção e
estatuiu o direito ao anonimato.
4. Reclamações e Sugestões
As informações fornecidas pelos utentes dos serviços da AT e pelos cidadãos em geral
constituem oportunidades de deteção de atos específicos de corrupção ou de má conduta e de
identificação de insuficiências no funcionamento dos serviços. Assim, a AT deve incentivar e
facilitar o reporte de situações potencialmente irregulares ou comportamentos desconformes
com os padrões de referência, disponibilizando publicamente canais expeditos para o efeito.
A necessidade de comunicação ao CPC requer um circuito que assegure o registo adequado,
encaminhamento, investigação e a comunicação às entidades competentes.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
30
5. Auditoria interna
A auditoria interna identifica e avalia a eficácia e eficiência da gestão e o controlo dos riscos dos
processos de negócio e dos sistemas de informação, bem como dos riscos de não conformidade
com a legislação, políticas e procedimentos aplicáveis à AT, contribuindo para ajudar os
dirigentes e chefias a implementarem um ambiente saudável de controlo interno.
Não obstante, cada unidade orgânica é responsável pela gestão de sistemas adequados de
prevenção e deteção de erros e irregularidades nas respetivas áreas de competência. Nelas
recai a incumbência de adotar as medidas necessárias à implementação de sistemas de
controlo interno eficientes e eficazes.
As verificações da auditoria interna devem igualmente contemplar os principais riscos
identificados pela organização, com frequência necessária e suficiente para detetar
prontamente qualquer conduta corrupta, pelo que importa aumentar a eficácia na deteção de
práticas de corrupção, designadamente através de:
Planeamento anual de auditorias com base na análise do potencial dos riscos de
corrupção;
Desenvolvimento de auditorias especificamente orientadas à área da corrupção;
Elaboração obrigatória de ponto autónomo em todos os relatórios, que identifique o
impacto dos resultados da auditoria nesta perspetiva;
Realização de revisões periódicas dos riscos de corrupção constantes do PGRCIC;
Recolha numa base de conhecimento dos incidentes relatados, a fim de identificar
padrões e tendências.
Cumpre à auditoria interna informar o Diretor-Geral sobre as deficiências da organização e dos
procedimentos identificados durante o processo de auditoria. Cabe aos auditores revelarem a
capacidade de acrescentar valor para a adoção de medidas corretivas ou para a introdução de
melhorias nas áreas auditadas, através da formulação de recomendações e propostas
coerentes, tendo em consideração os princípios da utilidade e custo-benefício para a AT.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
31
6. Análise de Dados
Muitos dos indicadores de corrupção podem ser encontrados através da análise de dados
financeiros, operacionais e transacionais. Como forma de acrescentar valor à função de
auditoria e ao processo de revisão de trabalho, a utilização de técnicas e ferramentas de análise
de dados permite, mediante a identificação de padrões, detetar indícios de atividades corruptas
que, caso contrário, poderiam passar desapercebidas.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
32
IV. REAÇÃO
1. Definição
O desafio do combate à corrupção passa, obrigatoriamente, por dar uma resposta eficaz e
convincente às práticas suscetíveis de configurar situações de corrupção e infrações conexas, o
que pode determinar a:
Instauração de processos de inquérito;
Participação imediata ao Ministério Público de qualquer prática suspeita de configurar
um ato de corrupção;
Comunicação ao Conselho de Prevenção da Corrupção, em cumprimento do dever de
colaboração instituído;
Instauração de procedimentos disciplinares.
2. Processo de Inquérito
O processo de inquérito tem por finalidade o apuramento de determinados factos sobre as
ações dos trabalhadores, podendo constituir a fase de instrução do processo disciplinar. Este
tipo de processo constitui igualmente um dos instrumentos de reação da organização contra
suspeitas de corrupção. Concluído o processo, deverão ser devidamente ponderadas as
conclusões e recomendações formuladas, bem como as propostas de redefinição dos processos
de deteção e o reforço das medidas preventivas tendentes à minimização dos riscos de
corrupção.
3. Colaboração e Cooperação Externas
A AT cooperará legal e institucionalmente com os diversos organismos com competências no
âmbito da luta contra a corrupção, como sejam a Direção Central de Investigação da Corrupção
e Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária e o Departamento Central de
Investigação e Ação Penal da Procuradoria-Geral da República.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
33
A AT continuará a dar cumprimento ao estatuído no artigo 242.º do Código de Processo Penal,
noticiando o Ministério Público competente sempre que tenha conhecimento de factos
passíveis de serem considerados infração penal.
Grupos de trabalho
A reafirmação do compromisso da AT de combater a corrupção no seu seio passa também pela
constituição de grupos de trabalho e pelo desenvolvimento de parcerias com outras entidades,
públicas e privadas, igualmente empenhadas no combate ao fenómeno da corrupção, para o
estudo e partilha de experiências de sucesso suscetíveis de gerar oportunidades de introduzir
melhorias nos processos da AT.
Colaboração com o Conselho de Prevenção da Corrupção
A centralização da informação alegadamente relacionada com condutas corruptas, através dos
sistemas de comunicação de práticas irregulares, tem o acrescido benefício de assegurar o
efetivo cumprimento do dever de colaboração com o Conselho de Prevenção da Corrupção,
previsto no artigo 9.º da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro, mediante o envio de cópias de
participações ou denúncias, decisões de arquivamento, de acusação, de pronúncia ou de não
pronúncia, sentenças absolutórias ou condenatórias respeitantes a factos de corrupção e outra
criminalidade similar.
4. Ação Disciplinar
A capacidade da AT para detetar e sancionar comportamentos corruptos é um instrumento
fundamental de resposta à corrupção.
A ausência de resposta adequada, real ou meramente aparente, poderá potenciar o
aparecimento de novos focos de corrupção. É imprescindível aumentar a perceção das
consequências disciplinares, eventualmente criminais, em virtude da adoção de
comportamentos irregulares e ilegais ou pela violação de outros deveres, gerais ou especiais,
inerentes à função exercida, contribuindo para a dissuasão de práticas anómalas.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
34
V. MONITORIZAÇÃO
1. Definição
A monitorização é uma fase operacional de implementação do PGRCIC, fazendo parte
integrante do processo de gestão de riscos e visa, por um lado, verificar o grau de cumprimento
das medidas sugeridas para eliminar ou mitigar os riscos identificados, e, por outro,
fundamentar futuras atualizações do mapeamento de áreas e riscos de corrupção e das versões
ulteriores do próprio plano de gestão.
2. Processo
O processo de monitorização é materializado no seio da DSAI pelo NUGRIC, que presta o apoio
necessário na conceção e na implementação de todos os projetos relacionados com esta
temática. Fundamenta-se na auscultação dos dirigentes e chefias de todas as UO, através de
fichas de acompanhamento das medidas de controlo interno instituídas, implementadas ou a
implementar, na partilha de informação sobre alteração de graduação de riscos, introdução de
novos riscos, e na recolha adicional dos seus contributos e dificuldades. Avalia-se igualmente a
extensão e grau de propagação dos riscos existentes, através do coeficiente de disseminação
dos riscos. A partir de janeiro de 2016 estão designados pontos de contacto específicos em
cada UO para uma melhor comunicação e implementação das medidas. O resultado daquelas
auscultações é concretizado nos instrumentos de gestão a seguir referidos.
3. Instrumentos de Gestão
Da informação recolhida das referidas fichas de acompanhamento são elaborados os seguintes
instrumentos de gestão sobre a execução do PGRCIC:
Relatório semestral, de âmbito nacional, para reporte ao Diretor-Geral da AT;
Relatório anual da AT, para reporte ao Diretor-Geral e, em cumprimento do n.º 1.1 da
recomendação do CPC, de 1 de julho de 2009, remessa a esta entidade.
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35
Lista de Anexos
Anexos Designação / Conteúdo Ficha N.º
ANEXO I Mapeamento das áreas e riscos de corrupção no âmbito dos Serviços de Finanças 1 ANEXO II Mapeamento das áreas e riscos de corrupção no âmbito das Direções de Finanças 2 ANEXO III ANEXO IV
Mapeamento das áreas e riscos de corrupção no âmbito das Alfandegas, Delegações e Postos Aduaneiros Mapeamento das áreas e riscos de corrupção no âmbito dos Serviços Centrais
Direção de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares Direção de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas Direção de Serviços das Relações Internacionais Direção de Serviços do Imposto Municipal sobre o Imóveis Direção de Serviços do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis,
do Imposto do Selo, dos Impostos Rodoviários e das Contribuições Especiais
3
4 5 6 7 8
Direção de Serviços de Avaliações Direção de Serviços do Imposto Sobre o Valor Acrescentado Direção de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do Imposto sobre Veículos Direção de Serviços de Tributação Aduaneira Direção de Serviços de Regulação Aduaneira Direção de Serviços de Licenciamento Direção de Serviços Técnicos, Análises e Laboratório Direção de Serviços de Registo de Contribuintes Direção de Serviços de Cobrança Direção de Serviços de Reembolsos Direção de Serviços de Contabilidade e Controlo Direção de Serviços de Planeamento e Coordenação da Inspeção Tributária Direção de Serviços Antifraude Aduaneira Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais Direção de Serviços de Justiça Tributária Direção de Serviços de Gestão de Créditos Tributários Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos Direção de Serviços de Formação Direção de Serviços de Gestão de Recursos Financeiros
Direção de Serviços de Instalações e Equipamentos
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Direção de Serviços de Planeamento e Controlo de Gestão Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros Direção de Serviços de Consultadoria Jurídica e Contencioso Direção de Serviços de Auditoria Interna Direção de Serviços de Cooperação e Relações Institucionais Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Unidade dos Grandes Contribuintes AGSI – Área de Gestão de Contribuintes e Inspeção AGI – Área de Gestão de Impostos ASA – Área dos Sistemas Aduaneiros AJFF – Área de Justiça Tributária e Fluxos Financeiros AAP – Área de Administração de Plataformas AGOC – Área de gestão de Operações e Comunicações ASI – Área de Segurança Informática NAGC – Núcleo de Arquitetura e Gestão de Canais NGR – Núcleo de Gestão da Relação UGRC – Unidade de Gestão da Relação com os Contribuintes DSGR – Direção de Serviços de Gestão do Risco
29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46
ANEXO V ANEXO VI
Área Comportamental e de Segurança – transversal a todos os serviços Listagem dos Responsáveis atuais e dos Pontos de Contacto dos Serviços Centrais
47
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
36
SIGLA DESCRITIVO
ADT Armazém de Depósito Temporário
AAP Área de Administração de Plataformas
AGCI Área de Gestão de Contribuintes e Inspeção
AGI Área de Gestão de Impostos
AGOC Área de Gestão de Operações e Comunicações
AJFF Área de Justiça Tributária e Fluxos Financeiros
ASA Área de Sistemas Aduaneiros
ASI Área de Segurança Informática
AT Autoridade Tributária e Aduaneira
BO Business Objects
CAU Código Aduaneiro da União
CEF Centro de Estudos Fiscais
CPC Conselho de Prevenção da Corrupção
DAA Documento Administrativo de Acompanhamento
DAI Divisão de Auditoria Interna
DARPAT Divisão de Acompanhamento dos Resultados de Auditorias, Planeamento e Apoio Técnico
DF Direção de Finanças
DGCI Direção-Geral dos Impostos
DIC Declaração de Introdução no Consumo
DS Direção de Serviços
DSA Direção de Serviços de Avaliações
DSAFA Direção de Serviços de Antifraude Aduaneira
DSAI Direção de Serviços de Auditoria Interna
DSC Direção de Serviços de Cobrança
DSCAC Direção de Serviços da Informação Tributária, Apoio ao Contribuinte e Relações Públicas
DSCC Direção de Serviços de Contabilidade e Controlo
DSCJC Direção de Serviços de Consultadoria Jurídica e Contencioso
DSCRI Direção de Serviços de Cooperação e Relações Internacionais
DSF Direção de Serviços de Formação
DSGCT Direção de Serviços de Gestão de Créditos Tributários
DSGRF Direção de Serviços de Gestão de Recursos Financeiros
DSGRH Direção de Serviços de Gestão dos Recursos Humanos
DSIE Direção de Serviços de Instalações e Equipamentos
DSIECIV Direção de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do Imposto sobre Veículos
DSIFAE Direção de Serviços de Investigação da Fraude e Ações Especiais
DSIMI Direção de Serviços do IMI
DSIMT Direção de Serviços do IMT
Lista de Siglas
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
37
DSIRC Direção de Serviços do IRC
DSIRS Direção de Serviços do IRS
DSIVA Direção de Serviços do IVA
DSJT Direção de Serviços de Justiça Tributária
DSL Direção de Serviços de Licenciamento
DSPCG Direção de Serviços de Planeamento e Controlo de Gestão
DSPCIT Direção de Serviços de Planeamento e Coordenação da Inspeção Tributária
DSR Direção de Serviços de Reembolsos
DSRA Direção de Serviços de Regulação Aduaneira
DSRC Direção de Serviços de Registo de Contribuintes
DSRI Direção de Serviços de Relações Internacionais
DSTA Direção de Serviços de Tributação Aduaneira
DSTAL Direção de Serviços Técnicos Análise e Laboratório
e-DA Documento de Acompanhamento Eletrónico
e-DIC Declaração de Introdução no Consumo eletronica
EF Entreposto Fiscal
FACE Ficha de Acompanhamento e Controlo Estatístico
FI Ficha de Irregularidades
FIA Ficha de Informações Avulsa
FIPA Ficha de Informação para Ação
GPS Gestão de Processos e Serviços
IEC Impostos Especiais sobre o Consumo
ISV Imposto sobre Veículos
LTFP Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
MP Ministério Público
NAGC Núcleo de Arquitetura e Gestão de Canais
NGR Núcleo de Gestão da Relação
NIF Núcleo de Informação e Fiscalização
NMIQ Missão para a Qualidade no Serviço ao Contribuinte
NUGRIC Núcleo de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
NUIPC Número Único Identificador de Processo Crime
OPI Operações Inopinadas
PAMA Pedido de Assistência Mútua Administrativa
PEF Processo de Execução Fiscal
PGRCIC Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
PNAITA Plano Nacional de Atividades da Inspeção Tributária
SCO Sistema de Contraordenações
SDS Sistema Integrado dos Meios de Transporte e Mercadorias
SEAF Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
SF Serviço de Finanças
SICAT Sistema de Contencioso Administrativo Tributário
SIC-ES Sistema de Controlo das Estampilhas Especiais para Bebidas Espirituosas e Tabacos Manufaturados
SIC-EU Vertente Nacional do Sistema Comunitário EMCS (Excise Movement and Control System)
SIC-EX Sistema de Controlo das Existências dos Entrepostos Fiscais
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS
38
SIC-IC Sistema de Tratamento da Declaração de Introdução no Consumo
SICJUT Sistema de Contencioso Judicial Tributário
SIIIA Sistema Integrado de Informação da Inspeção Aduaneira
SINQUER Sistema de Inquéritos Criminais
TN Território Nacional
UCIC Unidade Central de Investigação Criminal
UGC Unidade dos Grandes Contribuintes
UO Unidade Orgânica