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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO MUNICÍPIO DE TAPIRAÍ - SP Álvares Machado, março de 2019

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO

MUNICÍPIO DE TAPIRAÍ - SP

Álvares Machado, março de 2019

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL DO MUNICÍPIO DE TAPIRAÍ - SP

Estudos componentes da etapa de

diagnóstico para elaboração do Plano de

Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil, para o Município de

Tapiraí, Estado de São Paulo, conforme

Nota de Empenho n.º 7344, de 12 de

dezembro de 2018.

Álvares Machado, março de 2019

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EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL

COORDENAÇÃO

Dr. Márcio Rogério Pontes – Diretor na SEQUOIA Engenharia Ambiental

LTDA EPP – Engenheiro Ambiental CREA: SP5062198023-D, mestre em

engenharia urbana pela UFSCar (2009) e Doutor em Geografia pela

FCT/UNESP (2017).

CONSULTORIA

✓ Rebeca Barbosa Boraschi – Engenheira Ambiental pela UNESP de

Presidente Prudente (2019)

PREFEITURA MUNICIPAL DE TAPIRAÍ

✓ Nathália Pavan Schultz – Geógrafa - Diretora de Meio Ambiente

✓ Joyce Rafaela Almeida Santos Alves – Engenheira Civil - Diretora

de Planejamento

✓ José Anchieta dos Santos – Técnico em Topografia - Topógrafo

✓ Vinicius de Oliveira Barbaresco – Advogado - Procurador Jurídico

O presente documento é composto por 50 laudas impressas em frente

única e duas cartas em tamanho A2, no total e foi registrado junto ao Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/SP), conforme Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) n.º 28027230190242896, em 27 de fevereiro

de 2019, a qual segue anexa ao presente plano, pelo engenheiro ambiental Dr.

Márcio Rogério Pontes, que coordenou a equipe técnica multidisciplinar

responsável pela elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil do Município de Tapiraí.

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................................6

1.1. Breve Histórico ............................................................................................................6

2. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................7

3. OBJETIVOS ............................................................................................................................8

3.1. Geral ...........................................................................................................................8

3.2. Específicos ...................................................................................................................8

4. METODOLOGIA.....................................................................................................................9

5. FUNDAMENTAção TEÓRICA ...............................................................................................10

5.1. Conceitos ..................................................................................................................10

5.2. Resíduos da Construção Civil ....................................................................................11

5.3. Legislação e normatização aplicável .........................................................................12

5.3.1. FEDERAL .............................................................................................................13

5.3.2. Estadual ..............................................................................................................14

5.3.3. Municipal ............................................................................................................14

5.4. O plano de gerenciamento de resíduos da construção civil ......................................15

6. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................16

6.1. Caracterização socioambiental do Município de Tapiraí ...........................................16

6.1.1. Saneamento básico ............................................................................................19

6.1.2. Estrutura existente e responsabilidades .............................................................20

6.2. Geração de RCC .........................................................................................................21

6.3. Acondicionamento RCC .............................................................................................23

6.4. Recolhimento e transporte de RCC ...........................................................................26

6.5. Triagem, separação, reciclagem e reaproveitamento de RCC ...................................27

6.6. Síntese dos Principais Problemas Diagnosticados .....................................................27

7. Diretrizes para a gestão e gerenciamento dos resíduos de construção civil ......................28

7.1. Programas e ações ....................................................................................................28

7.1.1. Programa de educação ambiental, conscientização e capacitação ....................29

7.1.2. Programa de regularização de áreas para disposição de RCC .............................31

7.1.3. Programa de coleta, transporte, triagem e reaproveitamento de RCC para

pequenos geradores ...........................................................................................................31

7.1.4. Programa de adequação para o Poder Público Municipal e Grandes geradores de

RCC 34

7.2. Estimativas orçamentárias ........................................................................................35

8. Considerações Finais ..........................................................................................................36

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9. Referências consultadas .....................................................................................................37

10. Anexos e apêndices ............................................................................................................44

10.1. Anexo 1 – Quadro Resumo Problemas Verificados, Causas e medidas adotadas .....45

10.2. Anexo 2 – Quadro Resumo Programas, objetivos e metas .......................................46

10.3. Anexo 3 – Carta 1 ......................................................................................................47

10.4. Anexo 4 – Carta 2 ......................................................................................................48

10.5. Anexo 3 – Anotação de Responsabilidade Técnica ...................................................49

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1. APRESENTAÇÃO

Tendo em vista o atendimento ao determinado pela Lei Federal n.º 12.305, de

2 de agosto de 2012, e a existência do Plano de Gerenciamento Integrado de

Resíduos Sólidos do Município de Tapiraí-SP (PGIRS), a Prefeitura do Município de

Tapiraí tomou as devidas e necessárias providências, no sentido de elaborar o seu

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). Para tanto, foi

contratada a empresa de consultoria SEQUOIA Engenharia Ambiental LTDA EPP,

conforme Nota de Empenho n.º 7344, de 12 de dezembro de 2018, em atendimento

à requisição n.º 03124/18.

Consta também o apontamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado de

São Paulo, para a necessidade de elaboração do PGRCC, muito embora o Município

tenha menos de 20.000 habitantes. O mesmo é integrante de Área de Proteção

Ambiental, a saber: Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual Carlos

Botelho.

O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil

(PRGCC), está sendo elaborado no sentido de complementar o Plano de

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) do Município de Tapiraí.

Dessa forma, diversas informações e dados que estão presentes no PGIRS

não serão replicados neste documento, muito embora sejam considerados para a sua

elaboração e ressalta-se a complementariedade dos documentos entre si.

1.1. Breve Histórico

A origem de Tapiraí está ligada ao núcleo colonial Santa Catarina, que surgiu

em 1930, por iniciativa da família Rosa. O objetivo era de colonizar as terras do então

chamado Sertão da Serra de Paranapiacaba, incluindo um considerável número de

imigrantes japoneses. Em 30 de novembro de 1938, foi criado o distrito de Santa

Catarina, conforme Decreto-lei n.º 9.775, de 30/11/1938, subordinado ao município de

Piedade. E então, pelo Decreto Lei Estadual Nº 14.334, de 30 de Novembro de 1994,

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o distrito de Santa Catarina teve seu nome alterado para Tapiraí (em Tupi, “rios das

antas”1) e, finalmente, conquistou sua autonomia municipal em 18 de Fevereiro de

1959, pela Lei Estadual Nº 5.285, desmembrando dos municípios de Piedade, Juquiá

e São Miguel Arcanjo.

2. INTRODUÇÃO

Conforme a Lei federal n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010, em seu art. 13,

inciso I, alínea h), resíduos da construção civil são os gerados nas construções,

reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes

da preparação e escavação de terrenos para obras civis.

Dessa forma o presente Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil visa definir diretrizes, critérios, responsabilidades, desde a geração,

acondicionamento, coleta, transporte, reutilização, e destinação final ambientalmente

adequada para os resíduos de construção civil (RCC) gerados no território do

Município de Tapiraí, Estado de São Paulo.

Outro ponto importante a se destacar é que deve haver a cobrança pela

execução dos serviços de saneamento, de acordo com o previsto na Lei Federal n°

11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico, dentre eles os resíduos sólidos, conforme citado a seguir:

“DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Art. 29 - Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante

remuneração pela cobrança dos serviços:

1 Segundo Navarro (2005) "Tapiraí" é um termo com origem na língua tupi: significa "rio das andorinhas", através da junção dos termos taperá (andorinha) e 'y (rio). Vale observar que o brasão do município, que mostra uma anta ao lado de um rio, está etimologicamente incorreto. Embora a anta seja o animal símbolo do município, o termo correto para "rio das antas" não seria "tapiraí", mas "tapiri", pois tapi'ira (anta) não tem sílaba final forte. Isto ocasiona o desaparecimento da vogal final átona "a", quando de sua fusão com o termo 'y (rio).

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II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas

e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do

serviço ou de suas atividades; (BRASIL, 2007).”

Ainda cabendo destaque já na introdução é que o presente plano tem por

meta ser empregado direta e objetivamente na gestão e gerenciamento dos RCC no

Município de Tapiraí, sendo construído de maneira objetiva com diretivas claras para

que seja empregado e surta os efeitos desejados melhorando a gestão de resíduos

sólidos e mitigando os efeitos causados pela não disposição ambientalmente

adequada destes.

3. OBJETIVOS

3.1. Geral

O presente plano tem por objetivo ordenar a gestão de resíduos sólidos de

construção civil, incluindo geradores, Poder Público Municipal e demais envolvidos

que possam contribuir para a gestão adequada, culminando na menor disposição final

possível dos rejeitos gerados, definindo inclusive as responsabilidades para cada

parte envolvida, além da apresentação de uma estimativa de custos para sua

implantação e manutenção para o primeiro ano.

3.2. Específicos

Como objetivos específicos podemos apontar o diagnóstico da situação

existente, o prognóstico com as possíveis medidas a serem adotadas para a gestão

ambientalmente adequada destes resíduos e por fim, a submissão de projeto de lei

com a proposição do poder executivo com as medidas necessárias para o

enfrentamento da questão do gerenciamento dos resíduos sólidos de construção civil.

Além destes objetivos apresentados, permeia toda a elaboração do Plano de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a participação popular, de extrema

importância, para que o resultado final seja um documento com facilidade de

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implementação, resultando em ações que minimizem a destinação inadequada dos

resíduos de construção civil. Portanto, por mais que o poder público envide todos os

esforços e meios disponíveis, sem a participação popular, não se alcança

integralmente os objetivos estipulados.

4. METODOLOGIA

A metodologia para elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil para o Município de Tapiraí será baseada em pesquisa de dados e

informações secundárias (sites e órgãos oficiais) e primárias (visitas, pesquisas,

registros fotográficos, questionamentos), além da participação pública, conforme

registros já executados quando da elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado

de Resíduos Sólidos para o Município de Tapiraí, bem como quando da apresentação

dos resultados preliminares para a Prefeitura e Câmara de Vereadores, reuniões que

serão abertas à participação dos munícipes e registros comporão o presente PGRCC.

Para o embasamento teórico que subsidia as propostas apresentadas foi

executada uma breve pesquisa bibliográfica sobre os principais conceitos

empregados no desenvolvimento do projeto, além do estado da arte nas questões

relacionadas ao gerenciamento de resíduos sólidos, com ênfase adequada aos

resíduos sólidos de construção civil e suas nuances.

Foram executadas visitas técnicas no mês de janeiro do corrente ano, as quais

serviram para o levantamento das informações disponíveis e dados necessários para

se ter um panorama das condições atuais da gestão dos resíduos sólidos em especial

dos RCC.

Todas os dados e informações levantadas foram consideradas para a

proposição das medidas a serem adotadas para o gerenciamento dos RCC no âmbito

do Município de Tapiraí.

Os geradores foram classificados em 3 diferentes categorias:

✓ Pequenos geradores;

✓ Grandes geradores; e,

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✓ Pode Público Municipal.

Tal classificação pretende simplificar o processo de adoção de medidas

proporcionais e adequadas para cada tipo de gerador, não sendo elaboradas

propostas que não surtam os efeitos necessários ou que não cheguem a ser

implantadas pelo Poder Público devido a alta complexidade ou custos.

Dessa forma o presente plano tem por objetivo ser conciso, eficaz e eficiente.

Para a produção dos mapas e manipulação dos dados e informações foi

utilizado o software livre Quantum GIS (QGIS), versão 2.18. As informações editadas

têm origem em fontes secundárias, como Google Satélite e Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), bem como em fontes primárias obtidas durante as

visitas técnicas efetuadas no Município.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesse item são apresentados os conceitos e temas que serão empregados

no presente PGRCC, além de subsidiar o emprego das propostas para a gestão e o

gerenciamento dos resíduos de construção civil gerados no Município de Tapiraí.

5.1. Conceitos

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei

Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, a destinação e disposição final

ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, podem ser entendidas como:

Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que

inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento

energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a

disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos

ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais

adversos;

Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de

rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar

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danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais

adversos (BRASIL, 2010, art. 3º, inc. VII e VIII).

Já a mesma Lei em seu Art. 3º, inciso XVI, define resíduos sólidos como:

“material, substância, objeto ou bem descartado resultante de

atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede,

se propõe, proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados

sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na

rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso

soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor

tecnologia disponível.”

E ainda no mesmo Art., inciso XV, estão definidos os rejeitos como:

“resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as

possiblidades de tratamento e recuperação por processos

tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não

apresentem outra possibilidade que a não disposição final

ambientalmente adequada.”

Tal diferenciação é de suma importância pois permite fazermos a exata

separação conceitual daquilo que é reaproveitável, pode ser reutilizado e, portanto,

retorna ao ciclo de vida, não ocupando espaço para a disposição final, além de poupar

recursos primários, energia e esforço para sua transformação em bens de consumo.

5.2. Resíduos da Construção Civil

Resíduos sólidos da construção civil, ou também chamados de resíduos de

construção e demolição, são os provenientes de construções, reformas, reparos e

demolição de obras de construção civil, restos de preparações e da escavação de

terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas,

metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso,

telhas, pavimento asfáltico, vidro, plásticos, tubulações, fiação elétrica e outros,

comumente chamados de entulho de obras, caliça ou metralha (BRASIL, 2002).

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A Resolução CONAMA nº 307/2002, que “estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil”, alterada pelas

Resoluções CONAMA nº 348/2004, 431/2011, 448/2012 e 469/2015, classifica os

resíduos de construção civil em:

Classe A

são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Classe B

são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso;

Classe C

são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;

Classe D

são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

5.3. Legislação e normatização aplicável

No presente item são relacionadas as Leis que subsidiam as proposições

elencadas neste plano, bem como designam diretrizes, as quais devem ser seguidas

para a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos em geral e de construção civil

especificamente.

As leis são apresentadas em subitens específicos referentes ao âmbito das

mesmas, a saber: Federal, Estadual e Municipal.

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5.3.1. FEDERAL

• Lei Federal n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

providências;

• Lei Federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007 – Estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de

1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de

13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá

outras providências;

• ABNT NBR n.º 13.221/2010 - Transporte terrestre de resíduos;

• ABNT NBR n.º 10.004/2004 - Resíduos sólidos – Classificação;

• ABNT NBR n.º 10.006/2004 - Solubilização de resíduos – Procedimento;

• ABNT NBR n.º 10.007/2004 - Amostragem de resíduos – Procedimento;

• ABNT NBR n.º 15.112/2004 - Resíduos da construção civil e resíduos

volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto,

implantação e operação;

• ABNT NBR nº. 15113/2004 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos

inertes - Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação;

• ABNT NBR 15114/2004 - Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de

reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação;

• ABNT NBR 15115/2004 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da

construção civil - Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos;

• Resolução CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009 – Dispõe sobre a

prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua

destinação ambientalmente adequada, e dá outras providencias;

• Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005 – Dispõe sobre o

tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras

providências;

• Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;

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• Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 – Estabelece o código de

cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de

coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a

coleta seletiva;

5.3.2. Estadual

• Lei Estadual nº 12.300/2006 – Política Estadual de Resíduos Sólidos;

• Decreto Estadual nº 54.645/2009 – Regulamenta dispositivos da Lei n° 12.300

de 16 de março de 2006, que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos,

e altera o inciso I do artigo 74 do Regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de

1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976.

5.3.3. Municipal

• Lei complementar n.º 087, de 21 de outubro de 2016 - "Dispõe sobre o novo

Plano Diretor de Tapiraí, estabelece diretrizes gerais da política de

planejamento, ordenamento e desenvolvimento municipal e dá outras

providências".

• Lei Ordinária n.º 1979, de 09 de novembro de 2015 - "Dispõe sobre a aprovação

do Plano de Desenvolvimento Turístico do Município de Tapiraí".

• Lei Complementar n.º 073, de 08 de novembro de 2014 – “Dispõe sobre a

Homologação da Aprovação do Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos".

• Lei complementar nº 049, de 20 de dezembro de 2011 - "Dispõe sobre a

aprovação do Plano Diretor do Município de Tapiraí e dá outras providências".

• Lei complementar nº 050, de 20 de julho de 2011 – “Institui o Novo Código

Tributário do Município de Tapiraí e dá outras providências.” E legislação

posterior que altera o mesmo.

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• Lei Ordinária n.º 1905, de 10 de dezembro de 2013 - "Dispõe sobre a inclusão

do Anexo II, no Plano de Saneamento Básico dos Sistemas de Água e Esgoto

do Município de Tapiraí".

5.4. O plano de gerenciamento de resíduos da construção civil

Para a gestão de resíduos de construção civil deve-se buscar a correta

destinação dos resíduos, de forma a evitar custos, por parte do município, com a

limpeza de locais de descartes irregulares, além da criação de pontos de entrega

voluntária e de transbordo, para a correta destinação dos resíduos à reciclagem

(BARROS, 2012).

Segundo a Resolução CONAMA nº 307/2002 e suas alterações, é de

responsabilidade do município elaborar um Plano Integrado de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil, que deve conter:

I - as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das

responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios

técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores,

possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores;

II - o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento,

triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o

porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos

oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento;

III - o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de

beneficiamento e reservação de resíduos e de disposição final de rejeitos;

IV - a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não

licenciadas;

V - o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo

produtivo;

VI - a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;

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VII - as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes

envolvidos;

VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar

a sua segregação (CONAMA 307/2002 e CONAMA 448/2012).

6. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Será brevemente apresentada a caracterização socioambiental do Município

de Tapiraí, considerando principalmente que o presente PGRCC é parte componente

e deverá ser aplicado em consonância ao PGIRS do Município de Tapiraí, e que o

mesmo apresenta pormenorizadamente essa caracterização, serão reapresentadas

aqui apenas as informações necessárias para o embasamento das propostas, visando

a adequação destas à realidade do município.

6.1. Caracterização socioambiental do Município de Tapiraí

O município de Tapiraí está localizado nas coordenadas geográficas

23º57’36’’ S, 47º30’17’’ O, tendo como municípios limítrofes São Miguel Arcanjo, Pilar

do Sul, Piedade, Sete Barras, Juquiá, Miracatu, Ibiúna e sendo parte da região de

Sorocaba.

O Mapa 1, anexo ao presente projeto, apresenta informações de localização

do município de Tapiraí no Estado de São Paulo, bem com sua área sede e distritos.

A principal via de acesso ao município é a (SP-079) Rodovia Tenente

Celestino Américo, ligando ao Município de Sorocaba ou ao litoral Sul do Estado de

São Paulo, fato limitador ao transporte de resíduos.

Conforme a Lei Estadual n.º 9.034, de 27 de dezembro de 1994, o

gerenciamento dos recursos no Estado de São Paulo ficou dividido em 22 Unidades

de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI). Tapiraí tem área presente nas

Unidades 11, denominada Ribeira do Iguapé e Litoral Sul e 14 Alto Paranapanema.

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O vale do Ribeira possui a maior concentração de áreas protegidas do Estado

de São Paulo, sendo 60% de sua área recoberta por vegetação florestal de

remanescente de Mata Atlântica (Prefeitura de Tapiraí, 2010).

Município está situado em uma região cercada de Mata Atlântica, com

rios de águas cristalinas e inúmeras cachoeiras, mais de 80% de sua área é declarada

como Unidade de Conservação de Uso Sustentável e o Município foi é declarado

como Reserva da Biosfera pela UNESCO (United Nation Educational, Scientific and

Cultural Organization), braço para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações

Unidas.

Um breve apanhado de informações pertinentes e aplicáveis à tomada de

decisões referentes à definição de propostas e posterior implementação do PGRCC,

foram compiladas de diversos órgãos públicos, ou seja, são dados e informações

secundárias, e estão apresentadas no Quadro 1.

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QUADRO 1 – Resumo das informações socioambientais relevantes do Município de Tapiraí para elaboração do presente PGRCC

Fonte: próprio autor, 2019, com base em diversas fontes relacionadas na bibliografia

apresentada.

Conforme os dados apresentados, o Município de Tapiraí encontra-se em

condição privilegiada, no sentido de estar a apenas 135 km de distância da cidade de

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São Paulo, fazer parte da mesorregião de Sorocaba e estar totalmente cercado por

vegetação densa da Mata Atlântica, o que lhe confere potencial turístico que se bem

aproveitado poderá auxiliar na melhora na geração de renda.

Para tanto, visando fomentar o turismo, cabe ao Município tratar os problemas

oriundos da falta de gerenciamento de resíduos sólidos de maneira a minimizar estes

possíveis impactos e poder aproveitar de maneira mais eficiente os recursos naturais

disponíveis.

6.1.1. Saneamento básico

De acordo com IBGE, em 2010, o município possuía 75,3% do esgotamento

sanitário adequado, enquanto que o Índice de Atendimento Urbano de Água, de 2016,

foi de 91,3%. A saber: o índice abrange somente a área urbana, não a rural. A

divergência observada entre os dados apresentados no Quadro 1 e pelo IBGE se

devem possivelmente à diferentes metodologias de obtenção dos dados, bem como

à atualização destes.

Quanto à qualidade de aterro de resíduos, o município se encontrou como

adequado e apresentou uma produção média de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) de

11 toneladas por dia, no ano de 2017, conforme dados apresentados pela Cetesb no

Inventário Estadual de Resíduos Sólidos, publicado em 2018

A Figura 1, apresenta um gráfico com a evolução do Índice de Qualidade de

Resíduos (IQR), o qual que avalia as características locacionais, estruturais e

operacionais dos locais de tratamento e disposição de resíduos, determinado por

inspeções da CETESB, entre os anos de 2011 a 2017, sendo a condição do aterro

em valas municipal enquadrada como adequada.

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Figura 1 – Gráfico de evolução do IQR para o Município de Tapiraí, SP.

Fonte: Cetesb, 2017.

Tal situação é bastante positiva e demonstra o comprometimento do Poder

Público Municipal em tratar de forma adequada os resíduos sólidos gerados no

Município.

A manutenção dessa condição de adequabilidade e disposição

ambientalmente adequada, depende da otimização da vida útil do aterro, bem como

do reaproveitamento dos materiais descartados como RCC e que podem ser

reutilizados de diversas formas, poupando o erário.

6.1.2. Estrutura existente e responsabilidades

A operação e gerenciamento dos resíduos sólidos é de responsabilidade do

Departamento de Infraestrutura e Desenvolvimento, por meio da Divisão de Obras e

Manutenção, sendo o licenciamento ambiental das áreas e estruturas necessárias de

responsabilidade da Divisão de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente.

Deve-se mencionar que a cobrança pela execução dos serviços está prevista

na Lei Federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento básico, conforme citado a seguir:

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Art. 29 - Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela

cobrança dos serviços:

II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas

e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou

de suas atividades; (BRASIL, 2007).

Assim sendo, o Poder Público Municipal pode e deve assumir

responsabilidade no gerenciamento dos RCC, porém os custos devem ser arcados

pelos responsáveis pela geração dos mesmos.

A crise econômica recente e as contas fora de controle fazem com que os

municípios reduzam cada vez mais os serviços que não são essenciais ou que não

estejam na linha de cobrança de órgãos de controle, dessa forma cabe ao poder

público otimizar os custos e almejar atingir os melhores resultados no emprego do

erário.

6.2. Geração de RCC

Conforme o PGIRS do Município de Tapiraí a geração de Resíduos Sólidos

Domiciliares RSD, foi estimada em 1.752 toneladas/ano. Já a estimativa de geração

de resíduos de construção civil – RCC, foi estimada em 61%, do valor total de RSD

recolhido, portanto, 1.068,72 tonelada/ano.

Na visita técnica realizada, bem como em conversas com o responsável pelo

setor de coleta dos RCC, foi estimada a quantidade de 14,5 m³ por ano, o que

corresponderia à aproximadamente 11 toneladas/ano.

Já segundo o IPEA (2012), em seu Relatório de Pesquisa, denominado

Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil, a geração de RCC por

habitante varia entre 230 – 760 kg/hab./ano, Abrelpe (2011), Pinto (1999), Carneiro et

al. (2001) e Pinto e González (2005).

Aplicando esses dados ao Município de Tapiraí, considerando a população de

8012 habitantes a geração anual de RCC seria da ordem de 1.843 a 6.100

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toneladas/ano, consideravelmente acima do valor estimado pelo responsável pela

coleta.

Tendo em vista melhorar a estimativa de geração de RCC no Munícipio de

Tapiraí, foram levantados todos os requerimentos de recolhimento desse tipo de

resíduo protocolados na Prefeitura nos anos de 2015 a 2019, os quais estão

apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 – Solicitações de limpeza/retirada de RCC protocolados na Prefeitura

Fonte: adaptado pelo autor com dados da Prefeitura de Tapiraí (2019).

Conforme os dados apresentados no Quadro 3, a quantidade média de

solicitações para retirada de entulhos e limpeza de calçadas ou áreas é de

aproximadamente 20 pedidos/ano.

Dessa forma podemos verificar que as quantidades estimadas no relatório do

IPEA não se confirmam no Município de Tapiraí e, portanto, serão desconsideradas.

Valendo lembrar que não há levantamentos confiáveis para o Município de Tapiraí,

pois mesmo o número de solicitações e a quantidade média retirada, não

necessariamente refletem a quantidade efetivamente gerada.

Existe a possibilidade de quantidades geradas serem extraviadas e não

receberem a destinação ambientalmente adequada ou serem adequadamente

registradas nos sistemas institucionalizados.

Ainda assim, como há a necessidade de levantamento mais preciso das

quantidades geradas, serão apresentados mecanismos de controle mais apurados

que com a implantação do presente PGRCC os dados serão registrados de maneira

mais adequada, fornecendo as informações necessárias para subsidiar a tomada de

decisões.

Há que se fazer a necessária distinção de 3 categorias de geradores de RCC

verificadas no Município de Tapiraí e que serão consideradas para a elaboração das

propostas de gestão e gerenciamento.

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✓ Poder Público Municipal: o qual gera indiretamente por meio das

contratações de obras que são executadas no Município e que geram RCC.

✓ Pequenos geradores: definidos na legislação aplicável e que no caso de

Tapiraí são os próprios moradores que resolvem fazer pequenas obras de

reforma, melhorias, adaptações ou manutenção de suas residências.

✓ Grandes geradores: empresas de obras civis e demais atividades que gerem

grandes quantidades de RCC ou pequenas quantidades constantemente de

acordo com suas atividades.

6.3. Acondicionamento RCC

De acordo com os levantamentos efetuados e verificações no Município,

constatou-se que não há acondicionamento dos RCC gerados, sendo os mesmos

depositados nos passeios públicos, quando ao final da obra ou quando do incomodo

causado há reclamações junto à Prefeitura Municipal.

A situação descrita pode ser verificada nas Figuras 2, 3 e 4.

Figura 2 – RCC depositados no passeio público ao lado de ponto de captação e drenagem de águas pluviais. Fonte: próprio autor.

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Figura 3 – Lote não ocupado com acumulo de resíduos de construção civil. Fonte: próprio autor

Figura 4 – Resíduos de construção civil acumulados em lote, com destaque para um vaso sanitário. Fonte: proprio autor.

Como pode ser verificado nas Figuras 2, 3 e 4 apresentadas, por não haver

mecanismo de destinação de RCC, os mesmos vão se acumulando em diversos locais

e, muito embora a responsabilidade pela disposição ambientalmente adequada seja

de responsabilidade do gerador, se o Poder Público não oferecer uma forma

institucionalizada os problemas verificados continuarão e os custos serão distribuídos

para toda a população.

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Outra situação verificada é a destinação de RCC em maiores quantidades

para as áreas periféricas à área urbana, durante a visita técnica acompanhada de

funcionários da Prefeitura Municipal pode ser verificado que em alguns pontos,

mostrados no Mapa 2, anexo ao presente projeto, existem grandes depósitos de RCC,

os quais são “limpos” em determinadas épocas com o transporte dos mesmos para

as área sob responsabilidade da Prefeitura Municipal.

Figura 5 – Ponto de descarte irregular de RCC.

Fonte: proprio autor.

Figura 6 – Ponto de descarte irregular de RCC.

Fonte: proprio autor.

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Figura 7 – Ponto de descarte irregular de RCC.

Fonte: proprio autor.

Como pode ser visto nas Figuras 5, 6 e 7, nesses locais que são depositados

diversos tipos de resíduos e os mesmos são conhecidos pela deposição irregular

estando localizados nas áreas marginais à área urbanizada da cidade.

Destaca-se na Figura 7, grande acúmulo de aparas de madeiras,

possivelmente provenientes de atividades executadas no município e que deverão

estar contempladas no PGRS de grandes geradores.

6.4. Recolhimento e transporte de RCC

Como descrito anteriormente e verificado durante as visitas técnicas

realizadas no Município de Tapiraí, os pequenos geradores após depositarem nos

passeios públicos causando toda sorte de transtornos entram em contato com o Poder

Público, por meio de seus canais e, após o registro da solicitação do gerador ou

reclamação dos que se sintam incomodados, há o recolhimento do material e a

destinação aos pontos de acumulação.

Essa atividade é executada por funcionário da Prefeitura Municipal e hoje está

sendo transportado até área ao lado do Pátio Municipal, situado à Rua Joaquim dos

Réis.

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6.5. Triagem, separação, reciclagem e reaproveitamento de RCC

Durante a visita técnica realizada ao Município de Tapiraí, foi constatado que

não há atividades de triagem, separação, reciclagem ou reaproveitamento dos

resíduos, não só dos RCC.

Foi construído barracão na área do atual aterro sanitário em valas, porém o

mesmo encontra-se fechado e sem uso, como todos os resíduos recolhidos sendo

aterrados ou deixados em áreas nas franjas da urbanização.

Na área ao lado do pátio de veículos da prefeitura foi verificado que há

juntamente com os RCC grande quantidade de matéria verde, ou seja, restos de poda

e capina, os quais poderiam se separados adequadamente reduzir consideravelmente

a área necessária para a acumulação e reaproveitamento do RCC gerado.

6.6. Síntese dos Principais Problemas Diagnosticados

Podem ser apontados como principais problemas relacionados aos RCC no

Município de Tapiraí:

✓ Falta de tratamento institucionalizado para a questão dos RCC;

✓ Deposição inadequada de RCC em passeios públicos, terrenos baldios

e locais afastados;

✓ Falta de atividades de triagem, separação e reaproveitamento de

maneira ambientalmente adequada, dos RCC;

✓ Falta de áreas licenciadas para o gerenciamento dos RCC;

✓ Falta de recursos e instrumentos econômicos capazes de suportar os

custos gerados para o gerenciamento adequado e disposição final

ambientalmente adequada dos RCC e demais resíduos.

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7. DIRETRIZES PARA A GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Neste irem passaremos a abordar a proposta de composição de um sistema

de gerenciamento e gestão de RCC para o Município de Tapiraí, considerando

principalmente as suas reais condições, dimensões e peculiaridades.

A construção das diretrizes do PGRCC se dará conforme a ferramenta

PDCA2, ou seja, assim que iniciado o processo de implantação do gerenciamento de

RCC o mesmo será sequencial e deverá alcançar níveis maiores de excelência a cada

ciclo.

Para tanto serão definidos programas e ações, os quais contarão com

objetivos, metas, indicadores e formas de acompanhamento dos mesmos, com

fiscalização e controle por parte do Poder Público.

Nessa linha o presente PGRCC deverá passar por revisão a pelo menos cada

4 anos, e por análise crítica anualmente.

7.1. Programas e ações

Neste tópico serão apresentados os Programas propostos para adoção pelo

Município de Tapiraí, os quais estão em consonância com a síntese de problemas

observados e que foram apresentados oportunamente.

Revisões e adequações deverão ser feitas sempre que necessário ou ao

menos uma vez a cada 4 anos, nessa revisão, deverá ser montada equipe especifica

para a atividade com a participação dos interessados, os quais deverão verificar se as

metas e objetivos estão sendo atingidos e ainda, caso necessário fazer as alterações

que sejam convenientes, as quais deverão ser submetidas à aprovação da Câmara

de Vereadores, pois alterará lei vigente.

O monitoramento e a avaliação permanentes permitem o acompanhamento

da execução do PGRCC pelos gestores, técnicos e sociedade civil e a adequação do

2 Método iterativo de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e melhoria contínua de processos e produtos. É também conhecido como o círculo/ciclo/roda de Deming, ciclo de Shewhart, círculo/ciclo de controle, ou PDSA (plan-do-study-act).

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mesmo às mudanças de cenários, as quais ocorrem numa sociedade dinâmica e em

constantes movimentos de acomodação.

Para fins de acompanhamento e monitoramento do cumprimento das ações

propostas no presente PGRCC, deverão ser executadas as seguintes ações:

1) Criar uma comissão para acompanhamento do Plano, constituída por

representantes da Prefeitura Municipal, sociedade civil, setor produtivo e

universidades, entre outros segmentos, ou outorgar essa atribuição ao Conselho

existente com atribuições para tratar das questões ambientais.

2) Designar ou contratar profissional de nível superior, devidamente

habilitado, com atribuição, para acompanhar, articular e facilitar a implantação das

ações necessárias e apoiar a Comissão de acompanhamento e fiscalização.

3) Elaborar e divulgar anualmente relatório de acompanhamento do

cumprimento do PGRCC ou do PGIRS, que contemple as ações relacionadas ao

PGRCC. O relatório deverá apresentar-se de forma objetiva, com as ações que foram

cumpridas e quais não foram, justificando o não cumprimento e eventuais alterações

necessárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

A criação e manutenção de indicadores permitem o monitoramento objetivo

dos avanços e desafios da gestão e do gerenciamento de resíduos sólidos do

município. Trata-se de um instrumento necessário tanto para os gestores e técnicos,

quanto para os cidadãos, organizações da sociedade civil e o Conselho de Meio

Ambiente. Dessa forma, em cada Programa proposto, estão contemplados: objetivo,

meta, indicador e meios de fiscalização e controle.

7.1.1. Programa de educação ambiental, conscientização e

capacitação

Anteriormente a qualquer ação do Poder Público Municipal no sentido de

regulamentar, fiscalizar e multar há que se fazer buscar o entendimento do problema

em questão para os moradores, além de buscar a melhoria na conscientização da

população jovem e estudantes que estão nas redes de ensino do Município.

Dessa forma e em consonância com os programas de educação ambiental já

existentes e em vigor no Município cabe ao Poder Público fomentar a inclusão do tema

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resíduos e sua disposição ambientalmente adequada para que sejam abordados nas

salas de aula.

Além disso, deverão ser feitas campanhas em parceria com a secretaria de

saúde e vigilância sanitária, para eliminação dos pontos de descarte de RCC,

principalmente associando às campanhas de combate ao mosquito da dengue e à

recente epidemia de escorpiões em áreas urbanas no Estado de São Paulo.

Deverá ser proporcionado aos colaboradores envolvidos, ao menos um curso

com duração mínima de 4 horas, bienalmente, com conteúdo exclusivo de

gerenciamento de resíduos sólidos, abordando inclusive as ações, programas metas

e objetivos estabelecidos no presente plano e a realidade local de Tapiraí nesse

quesito.

Objetivo: Incorporar na temática de educação ambiental efetuada no

Munícipio a questão dos resíduos sólidos e sua disposição ambientalmente adequada,

conscientizar a população sobre as formas corretas de descarte dos materiais e

capacitar os colaboradores envolvidos para atuar no gerenciamento dos RCC.

Meta: atingir ao menos 50% dos alunos da rede pública, a cada ano, com pelo

menos uma atividade cujo foco principal seja a geração, acondicionamento, transporte

ou disposição final ambientalmente adequada dos RCC.

Uma campanha de conscientização da população para descarte adequado de

RCC.

Manter todos os colaboradores diretamente envolvidos atualizados e atentos

em relação ao correto tratamento dos RCC.

Indicador: Relatório do programa de educação ambiental, conscientização e

capacitação no qual deverá conter o número de alunos da rede pública de ensino

envolvidos em atividade relacionada aos RCC. Atividade qual a campanha de

conscientização realizada e qual o alcance obtido e lista de presença dos

colaboradores na capacitação realizada bienalmente.

Fiscalização e controle: ficará a cargo da Secretaria de Educação com apoio

da Divisão de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente elaborar o planejamento e

relatório anual das atividades executadas e caberá ao Conselho de Meio Ambiente

e Saneamento a sua verificação e aprovação.

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7.1.2. Programa de regularização de áreas para disposição de RCC

Todo o material de RCC gerado no Município deverá ser encaminhado para

um local onde serão triados devendo seus componentes serem reutilizados ou

encaminhados, se for o caso, para a reciclagem. Obrigatoriamente esse local deverá

ser licenciado para tal atividade pela CETESB e cabe à Divisão de Agricultura,

Pecuária e Meio Ambiente providenciar e manter o licenciamento ambiental vigente

para essa área.

Conforme a análise feita a melhor condição é que todo o gerenciamento de

resíduos do Município seja feito em uma única área, dessa forma optou-se por

recomendar o licenciamento de uma área para o gerenciamento de RCC na própria

área do aterro em valas existente, considerando principalmente que: existe o aterro

em valas no local, existe galpão para implantação do Programa de Reciclagem e

existe área disponível para que seja licenciada e concentre todas as atividades

relacionadas aos resíduos sólidos do Município. Há que se considerar também que a

mesma encontra-se distante de nascentes e corpos de água, e de residências.

Objetivo: Definir e manter área para o gerenciamento de RCC licenciada

pelos órgãos competentes.

Meta: manter as licenças para execução do gerenciamento de RCC válidas,

principalmente considerando que 120 dias antes do vencimento deverá ser

providenciado o processo de renovação.

Indicador: Licenças válidas.

Fiscalização e controle: ficará a cargo do Conselho de Meio Ambiente e

Saneamento a sua verificação.

7.1.3. Programa de coleta, transporte, triagem e reaproveitamento

de RCC para pequenos geradores

Trata-se do programa mais amplo e complexo, pois envolve diversos

parceiros e atividades, além de toda a população para que o mesmo funcione e tenha

sucesso, eliminando os pontos de descarte irregular de RCC, bem como os depósitos

dos mesmos nos passeios públicos, atrapalhando a livre circulação, colocando as

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pessoas em risco de acidentes por atropelamento e criando locais apropriados para

acumulo de águas paradas e abrigos para escorpiões e demais vetores.

Considerando a pequena população do Município de Tapiraí, considerando a

baixa geração de RCC, os parcos recursos disponíveis e sua necessária otimização

a proposta elabora prevê, de certa forma a continuidade do procedimento que é senso

comum entre os moradores, inserindo apenas algumas ações que contribuirão

sobremaneira para a melhoria das condições de armazenamento no local de geração,

dos trabalhadores diretamente envolvidos e para a disposição ambientalmente

adequada preceituada pela legislação ambiental vigente.

Considerando que cada gerador é responsável pelos RCC gerados e que o

Poder Público Municipal implantará uma política de separação na fonte, recolhimento

e reutilização e disposição final ambientalmente adequada propõem-se:

Aquisição de contêineres, conforme modelos sugeridos na Figura 8, para

adequado acondicionamento e separação dos resíduos classes A, B e C, na cor preta,

e os resíduos classe D, na cor laranja.

Figura 8 - Exemplos de contêineres

Fonte: Google Imagens

Para a facilitação do uso pela população do sistema proposto os contêineres

deverão ser disponibilizados com a devida identificação dos tipos de materiais a serem

dispostos em cada tipo, conforme apresentado na Figura 9.

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Figura 8. Exemplos de adesivos para sinalização

Fonte: Federação de Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)

Tais contêineres serão cedidos mediante requisição à Prefeitura e pagamento

de taxa para que permaneçam na obra durante a geração de RCC, os quais serão

neles acondicionados.

Ao final da obra e consequente geração de RCC ou quando os mesmos

estiverem cheios serão recolhidos pela Prefeitura e levados para a área licenciada.

Os resíduos reaproveitáveis ou recicláveis serão assim encaminhados e os

resíduos classe D serão armazenados em contêineres maiores para o posterior envio

para a disposição ambientalmente adequada em Aterro Sanitário devidamente

licenciado pelos órgãos ambientais.

Objetivo: Implantar metodologia de acondicionamento e armazenamento

correto dos RCC para posterior recolhimento pela Prefeitura Municipal de Tapiraí.

Meta: Disponibilizar número suficiente de contêineres para a população

acondicionar os RCC e reduzir em 50% o número de reclamações dos munícipes para

recolhimento destes materiais, reduzindo os depósitos de RCC em calçadas ou

lançamento irregular desses resíduos em áreas inadequadas no Município.

Indicador: número de reclamações de descarte irregular de RCC.

Fiscalização e controle: este item deverá compor o relatório anual a ser

apresentado e ficará a cargo do Conselho de Meio Ambiente e Saneamento a sua

verificação e aprovação.

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7.1.4. Programa de adequação para o Poder Público Municipal e

Grandes geradores de RCC

Tendo em vista o número de obras contratadas pelo Poder Público Municipal

este foi considerado como grande gerador, sendo adotado para o tratamento da

questão uma rotina simples, porém eficiente, que é definir em todos os editais de

licitação de obras a apresentação do PGRCC por parte da empresa ganhadora, o qual

deverá ser aprovado pela Diretoria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, sob

pena da não execução da obra, sem a devida apresentação e aprovação.

Vale ressaltar que o PGRCC das empresas contratadas deverá ser elaborado

por profissional habilitado e adequar-se às condições existentes no Município para o

gerenciamento dos RCC.

Outros grandes geradores, aqui entendidos como aqueles que porventura

gerarem mais que 3 contêineres em período inferior a 3 meses, deverão apresentar o

PGRCC para a aprovação do projeto de obra, da mesma forma que o Poder Público

deverá exigir das empresas por ele contratadas, a iniciativa privada, sempre que

empreender gerando RCC deverá apresentar o referido plano.

Cabe à Diretoria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente a manutenção de

um cadastro com as informações básicas dos grandes geradores, por exemplo,

construtoras, fábricas de artefatos de cimento, dentre outros identificados.

Objetivo: Criar e implantar metodologia de controle dos resíduos gerados

pelas obras sob responsabilidade do Poder Público, bem como dos grandes

geradores.

Meta: Receber, analisar e acompanhar os PGRCC de todas as obras

executadas pelo Poder Público e Grandes Geradores no âmbito do Município de

Tapiraí.

Indicador: número de obras contratadas/número de PGRCC apresentados e

número de grandes geradores/número de PGRCC apresentados.

Fiscalização e controle: este item deverá compor o relatório anual a ser

apresentado e ficará a cargo do Conselho de Meio Ambiente e Saneamento a sua

verificação e aprovação.

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7.2. Estimativas orçamentárias

Deve-se mencionar que a cobrança pela execução dos serviços está de

acordo com o previsto na Lei Federal n° 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que

estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, conforme transcrito seguir:

“DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Art. 29 - Os serviços públicos de saneamento básico terão

a sustentabilidade econômico-financeira assegurada,

sempre que possível, mediante remuneração pela

cobrança dos serviços:

II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em

conformidade com o regime de prestação do serviço ou de

suas atividades;” (BRASIL, 2007).

Já o código tributário municipal em seu artigo 299, inciso II, disciplina a

cobrança de taxa para coleta e remoção do lixo domiciliar.

“Art. 299. Pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço

público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou

posto à sua disposição pela Prefeitura, serão cobradas,

pelo Município, as seguintes taxas:

II - de Serviços Urbanos, que compreende a coleta e

remoção de lixo domiciliar;”

O código de postura permeia nos seus 62 artigos a preocupação com a

limpeza pública. Damos destaque aos artigos 24, 25 e 26:

Artigo 24- O serviço de limpeza das ruas praças e

logradouros públicos serão executados diretamente pela

Prefeitura ou por concessão às firmas particulares.

Artigo 25 – Os moradores são responsáveis pela

Limpeza do passeio e sarjetas fronteiriças a sua

residência.

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§ 2º - É absolutamente proibido, em qualquer caso, varrer

lixo ou detritos sólidos de qualquer natureza para as valas

de logradouro público.

Artigo 26 - É proibido fazer varredura no interior dos

prédios, dos terrenos e dos veículos nas vias públicas,

bem como despejar detritos em logradouros públicos.

Apropriando -se dos recortes na legislação existente e por analogia aplicando-

se à gestão e gerenciamento dos RCC, temos que os custos associados às ações

necessárias para execução do presente plano devem ser custeadas pelos próprios

geradores. Dessa forma, atender-se-á à legislação federal no tocante ao saneamento

básico, bem como a lei de responsabilidade fiscal.

Para a implantação e manutenção dos programas foi prevista uma taxa que

deverá ser disponibilizada em conta específica, para que nos próximos anos os custos

sejam contabilizados e dessa forma repassados aos geradores.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, não

tem por objetivo, até porque seria presunção exacerbada, eliminar todos os

problemas existentes e causados pela não gestão de resíduos sólidos de construção

civil, objetiva tão somente instrumentalizar o poder público municipal para que este

adote as medidas necessárias, cobre dos grandes geradores que sigam aquilo que

está preconizado na legislação ambiental correlata e crie condições possíveis para os

pequenos geradores darem a destinação final ambientalmente adequada para

aqueles resíduos que gerarem.

Adotadas as medidas aqui apresentadas e, principalmente a que trata da

revisitação de objetivos e metas para que sejam ajustados à realidade local, adotando

as capacitações propostas e a melhoria contínua, o que se prevê é que ao longo do

tempo a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos passem a ser vistos menos

como problemas e mais como atividade corriqueira e necessária.

Previu-se no presente PGRCC medidas que observam o principio da

subsidiariedade, ou seja, ajustadas e adequadas para a realidade local. Não há

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sentido em se propor, por exemplo, a aquisição de um triturador de resíduos, tendo

em vista o custo elevado de aquisição e manutenção, frente à pequena quantidade de

RCC gerada.

Para a sua elaboração foram preconizadas a eficiência e eficácia,

apresentando propostas que se implantadas trariam grande impacto no cotidiano das

pessoas, evitando a prolixidade que poderia ocasionar o abandono do plano,

tornando-se apenas um documento para cumprir formalidades, ou seja, tornar-se um

plano de gaveta.

O presente PGRCC deverá ser verificado, atualizado e adaptado às condições

locais sempre que necessário para pleno atendimento às demandas legais e de

organização socioespacial da população do Município de Tapiraí.

Assim sendo, a implantação das medidas sugeridas, o monitoramento e ajuste

constante dos objetivos e metas apresentados trará ao município de Tapiraí condições

de gerir o RCC, de forma a minimizar as possibilidades de aspectos ambientais e

respectivos impactos ambientais observados quando não há essa gestão, no caso

específico depósitos em passeios públicos, em áreas ambientalmente suscetíveis

dentre outros.

9. REFERÊNCIAS CONSULTADAS

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10. ANEXOS E APÊNDICES

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10.1. Anexo 1 – Quadro Resumo Problemas Verificados, Causas e medidas adotadas

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10.2. Anexo 2 – Quadro Resumo Programas, objetivos e metas

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10.3. Anexo 3 – Carta 1

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10.4. Anexo 4 – Carta 2

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10.5. Anexo 3 – Anotação de Responsabilidade Técnica

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