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Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola 1 DEFESA CIVIL NA ESCOLA SOCORROS DE URGENCIA MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola

1

DEFESA CIVIL NA ESCOLA

SOCORROS DE URGENCIA

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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SOCORROS DE URGÊNCIA ....................................................................................................................... 4

1.ANATOMIA E FISIOLOGIA. ....................................................................................................................... 4

1.1DEFINIÇÕES............................................................................................................................................ 4

1.2 POSIÇÕES DE ESTUDO. ....................................................................................................................... 4

1.2.3 CONSTITUIÇÃO GERAL DO CORPO HUMANO ............................................................................... 4

1.3 DIVISÃO GERAL DOS APARELHOS E SISTEMAS. ............................................................................. 5

1.4 APARELHO RESPIRATÓRIO................................................................................................................. 5

1.4.1FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO. ....................................................................... 6

1.5 APARELHO DIGESTIVO OU DIGESTÓRIO. ......................................................................................... 6

1.6 SISTEMA NERVOSO .............................................................................................................................. 7

1.7 SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO. .................................................................................................. 8

1.8 APARELHO URINÁRIO. ......................................................................................................................... 8

1.9 APARELHO REPRODUTOR. ................................................................................................................. 8

1.10 SISTEMA TEGUMENTAR. ................................................................................................................... 9

1.11 CAVIDADES DO CORPO HUMANO .................................................................................................... 9

2. ATENDIMENTO INICIAL À VÍTIMA ........................................................................................................ 10

2.1 CONTROLE DE CENA. ........................................................................................................................ 10

2.2 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ........................................................................................................................ 11

2.2.1 A - VIAS AÉREAS COM CONTROLE CERVICAL ............................................................................ 11

2.2.3 MANOBRA DE INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO QUEIXO ......................................... 12

2.2.4 B - RESPIRAÇÃO ............................................................................................................................. 12

2.3.1 TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO ....................... 15

2.3.4 TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTES ......................................... 15

3 REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA ............................................................................................. 16

3.2 CAUSAS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ............................................................................. 17

3.3 SEQUENCIA DA RCP ........................................................................................................................... 18

4. FERIMENTOS E HEMORRAGIA. ........................................................................................................... 20

4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS. ............................................................................................... 20

4.1.2 FERIMENTOS FECHADOS OU CONTUSÕES. ............................................................................... 20

4.1.3 FERIMENTOS ABERTOS OU FERIDAS. ......................................................................................... 21

4.1.3.1 FERIDAS INCISIVAS OU CORTANTES ........................................................................................ 21

4.1.3.2 FERIDAS CONTUSAS ................................................................................................................... 21

4.1.3.3 FERIDAS PERFURANTES ............................................................................................................ 21

4.1.3.4 FERIDAS PENETRANTES ............................................................................................................ 22

4.1.3.5 FERIDAS TRANSFIXANTES .......................................................................................................... 22

4.2 ESCORIAÇÕES OU ABRASÕES ......................................................................................................... 22

4.3 CUIDADOS À VÍTIMA DE FERIMENTOS. ........................................................................................... 22

5. HEMORRAGIA. ....................................................................................................................................... 24

5.1 HEMORRAGIA ARTERIAL ................................................................................................................. 25

5.2 HEMORRAGIA VENOSA ..................................................................................................................... 25

5.3 HEMORRAGIA CAPILAR . ................................................................................................................... 25

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5.4 SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIA. ........................................................................................... 25

5.5 CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA ......................................................................................... 25

6 CHOQUE HIPOVOLÊMICO. .................................................................................................................... 27

7. FRATURAS. ........................................................................................................................................... 28

7.1 SINAIS E SINTOMAS DAS FRATURAS. ............................................................................................. 28

7.2 CUIDADOS GERAIS NO ATENDIMENTO DAS FRATURAS. ............................................................. 28

7.3 CUIDADOS ESPECÍFICOS NAS FRATURAS DE CRÂNIO ................................................................ 29

7.4 CUIDADOS ESPECÍFICOS NAS FRATURAS DE COLUNA. .............................................................. 29

7.5 CUIDADOS ESPECÍFICOS NAS FRATURAS DE PELVE. ................................................................. 30

7.6 CUIDADOS ESPECÍFICOS NAS FRATURAS DE FÊMUR. ................................................................ 30

8. DESMAIO ou SÍNCOPE .......................................................................................................................... 31

8.1 SINAIS E SINTOMAS ........................................................................................................................... 31

8.1.1 CUIDADOS NO ATENDIMENTO. ...................................................................................................... 31

9. CRISE CONVULSIVA ............................................................................................................................. 32

9.1 ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA NO PRÉ-HOSPITALAR .............................................................. 33

10. QUEIMADURAS .................................................................................................................................... 35

11. SANGRAMENTO NASAL: .................................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 37

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SOCORROS DE URGÊNCIA

1. ANATOMIA E FISIOLOGIA.

1.1Definições.

Anatomia é a ciência que estuda a forma e estrutura do corpo humano.

Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento das diferentes partes do

corpo humano.

1.2 Posições de Estudo.

Ao estudar o corpo humano, o mesmo deve ser considerado na posição ereta,

de frente para o observador, membros superiores ao longo do corpo e as palmas das

mãos voltadas para frente.

1.2.3 Divisão do Corpo Humano.

O corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros.

Crânio

Face

F

ace

Ombro

Braço

Antebraço

Mão

Cabeça

Superiores

Inferiores

Membros

Quadril

Coxa

Perna

Pescoço

Tórax

Abdome

Tronco

Fig 1. Corpohumano.

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1.2.3 Constituição Geral do Corpo Humano

A célula é a unidade básica na constituição dos seres vivos. Um agrupamento

de células constitui o tecido. A reunião de vários tecidos constitui o órgão, que se

agrupam para formar o aparelho ou sistema.

Células Tecidos Órgãos Aparelhos ou Sistemas Corpo Humano

Todas as células necessitam de oxigênio e nutrientes, sem os quais entram em

sofrimento, podendo resultar em morte. À morte das células segue-se morte dos

tecidos, órgãos e do próprio ser vivo.

O suprimento de oxigênio e nutrientes para a célula, assim como a retirada de

resíduos são realizados pelo sangue de forma contínua. O sangue se desfaz do gás

carbônico e se abastece de oxigênio nos pulmões e se abastece de nutrientes pela

absorção de alimentos digeridos no tubo digestivo.

1.3 Divisão geral dos aparelhos e sistemas.

a) Aparelho Circulatório.

Constituído por coração, vasos sangüíneos e sangue.

O coração é um órgão oco, fica no centro do peito, atrás do osso esterno. Um

septo divide a cavidade do coração em dois lados: direito e esquerdo.

O aparelho circulatório é responsável pela

circulação do sangue através de todo o organismo. O

lado esquerdo do coração é a bomba que impulsiona o

sangue rico em oxigênio através das artérias até os

capilares, onde ocorre a troca de oxigênio por gás

carbônico. O sangue rico em gás carbônico retorne ao

coração pelas veias até o lado direito do coração, onde

será bombeado aos pulmões para se livrar do gás e se

abastecer de oxigênio.

1.4 Aparelho Respiratório.

Formado por: Vias aéreas superiores e Vias aéreas inferiores

Fig. Sistema Circulatório

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É por meio das vias aéreas que

o ar do meio ambiente entra em

contato com os pulmões para fazer a

troca gasosa (entrada de oxigênio e

saída de gás carbônico).

Chamamos de inspiração a

entrada do ar rico em oxigênio e

expiração a saída do ar rico em gás

carbônico.

É importante que o fluxo de ar

pelas vias aéreas e a troca gasosa

nos pulmões permaneçam constantes.

1.4.1Fisiologia do sistema Cardiorespiratório.

O lado direito do coração recebe o sangue vermelho escuro que retorna do

corpo, rico em gás carbônico, e bombeia para os pulmões para ser oxigenado. Nos

pulmões o sangue se livra do gás carbônico e se supre de oxigênio. Esse sangue

oxigenado vermelho claro, retorna ao lado esquerdo do coração para então ser

distribuído para todas as partes do corpo.

1.5 Aparelho digestivo ou digestório.

Conjunto de órgãos responsáveis pela digestão, absorção de alimentos e

eliminação de resíduos. É composto por: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino

delgado e intestino grosso, além das glândulas acessórias (glândulas salivares, fígado

e pâncreas).

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1.6 Sistema Nervoso – Divide-se em:

Sistema Nervoso Central:

Cérebro, cerebelo, tronco e medula.

Sistema Nervoso Periférico:

Nervos cranianos

Nervos periféricos (saem da coluna)

Considerado o sistema mais importante do corpo humano, comanda todas as

outras funções do nosso organismo

Funções: a) regula e integra o funcionamento dos diferentes órgãos

b) capta os estímulos do meio ambiente

c) sede das emoções

Fig – Sistema Nervoso.

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1.7 Sistema Músculo-Esquelético.

Constituído de ossos, músculos e articulações.

O esqueleto humano é composto por 206 ossos que mantêm a forma e a

sustentação do corpo humano,

permitindo sua movimentação.

Também fornece proteção aos

órgãos internos do organismo.

A coluna vertebral compõe-se

de 33 ossos chamados

vértebras; é o eixo de

sustentação do corpo humano

e protege a medula espinhal.

A medula faz a

intercomunicação entre o

cérebro e o corpo, isto é,

transmite as sensações(dor,

tato, térmica) de todas as

partes do corpo para o cérebro,

produzindo uma resposta

adequada. Sua secção interrompe essa comunicação provocando anestesia e paralisia

nos segmentos do corpo abaixo do nível da lesão. Daí a importância dos cuidados de

imobilização da coluna vertebral do indivíduo traumatizado.

1.8 Aparelho Urinário.

Promove a filtragem do sangue retirando os resíduos do metabolismo da célula,

eliminando-os pela urina.

Compõe-se: rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.

1.9 Aparelho Reprodutor.

Responsável pela

produção de células reprodutoras

e hormônio sexuais e destina-se à

perpetuação da espécie.

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Diferencia-se de acordo com o sexo, a saber:

Aparelho Reprodutor Masculino – testículos, vias espermáticas, glândulas

acessórias (próstata, vesículas seminais), uretra e pênis.

Aparelho Reprodutor Feminino – ovários, tuba uterina, útero, vagina e

vulva.

1.10 Sistema Tegumentar.

Constituído de pele e seus anexos (pêlos, unhas e glândulas). Envolve todo o

corpo humano, protegendo-o e adaptando-o ao meio

ambiente. A pele se constitui de três camadas: a

epiderme (mais superficial), a derme (intermediária) e o

tecido subcutâneo (mais profundo ).

1.11 Cavidades do corpo humano

O corpo humano possui cinco cavidades:

a) Cavidade craniana: espaço dentro do crânio preenchido na sua maior

parte pelo cérebro.

b) Cavidade espinhal (ou medular): similar a um longo cilindro dentro da

coluna espinhal, contém a medula espinhal.

c) Cavidade torácica: contém a traquéia, os brônquios, os pulmões, o

coração, a aorta e outros vasos sangüíneos, o esôfago e nervos.

d) Cavidade abdominal: separada da cavidade torácica pelo músculo diafragma,

contém o estômago, o fígado, a vesícula biliar, o intestino delgado, parte do intestino

grosso, o pâncreas e o baço. Os dois rins estão na parte posterior da cavidade

abdominal.

e) Cavidade pélvica: abriga os órgãos reprodutores, a bexiga e a parte inferior dos

intestinos.

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2. ATENDIMENTO INICIAL À VÍTIMA

O objetivo do atendimento inicial à vítima é identificar situações que coloquem

a vida em risco, iniciar o suporte básico de vida e desencadear a continuidade dos

cuidados necessários: imobilização, remoção e acionamento de serviços de apoio (pré-

hospitalar, Corpo de Bombeiros, Copel, etc).

Fig. Demonstrativa das Premissas do Atendimento Inicial à Vitima de Trauma

Com atendimento organizado e eficiente é possível oferecer maiores chances

de sobrevida às vítima de trauma e reduzir as seqüelas.

Os passos iniciais no atendimento à vítima são: Controle de Cena e

Avaliação Primária.

2.1 Controle de Cena.

Antes de iniciar qualquer atendimento de emergência a vítima de

acidente, garanta condições de segurança para você, para a vítima e os demais

presentes à cena. NÃO SE TORNE MAIS UMA VÍTIMA DO ACIDENTE.

Sinalize, acione serviços de apoio necessários, isole a área de risco.

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Somente após garantir segurança você se aproxima da vítima para iniciar o

atendimento.

2.2 Avaliação Primária

O objetivo da avaliação primária é identificar situações que ameaçam a vida e

manejar com elas de imediato.

É feita sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo condições especiais,

como risco de explosão, incêndio, afogamento, desabamento.

Aproximar-se da vítima e pergunte como ela está (fig. 1), ao mesmo tempo

imobilize a cabeça da vítima com uma das mãos e determine se está responsiva

(consciente). Tentar tranqüilizá-la e pergunte o que aconteceu.

A seguir realiza-se o A, B, C;

A = Via Aérea com Controle Cervical

B = Respiração

C = Circulação e Controle de grandes Hemorragias

Só se avança para o passo seguinte após completar o anterior.

2.2.1 A - Vias Aéreas Com Controle Cervical

Se a vítima não responde (está desmaiada) verifique se está respirando. Na

vítima inconsciente a queda da língua contra a faringe (fundo da garganta) é causa

frequente de obstrução de vias aéreas (Fig.). Essa situação prejudica a passagem de

ar, consequentemente, impede a respiração.

Sangue, vômitos, corpos estranhos, também podem ser causas de obstrução

de vias aéreas.

É imperativo manter a permeabilidade das vias aéreas para garantir a

oxigenação do sangue.

Você está bem?

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a) Obstrução das vias aéreas provocada pela queda da língua

b) Abertura das vias aéreas após a manobra de inclinação da cabeça

2.2.3 Manobra de Inclinação da Cabeça e Elevação do

Queixo (Fig .)

Indicada para a vítima inconscientes de causa clínica

ou que certamente não sofreu qualquer trauma:

Colocar uma das mão na testa da vítima e aplicar

pressão firme para trás pendendo a cabeça contra o chão;

Colocar os dedos da outra mão sob o queixo e

elevá-lo para cima.

Durante o exame e a manipulação das vias aéreas, tome muito cuidado para

evitar a movimentação excessiva da coluna cervical. A cabeça e o pescoço da vítima

não podem ser hiperextendidos, hiperfletidos ou rodados para o estabelecimento da

permeabilidade das vias aéreas. Consideramos potencialmente portadores de lesão de

coluna cervical todas as vítimas politraumatizadas, com alteração do nível de

consciência ou com qualquer ferimento acima do nível das clavículas.

Para a adequada avaliação das vias aéreas a vítima deve estar deitada. Caso

esteja de bruços (decúbito ventral), o socorrista deve girar o corpo da mesma “em

bloco”, de forma que a cabeça, pescoço, ombros e tronco mantenham-se alinhados

(manobra de rolamento) (Fig.5).

Fig: Manobra de rolamento realizada por um socorrista.

2.2.4 B - Respiração

Para determinar a presença ou ausência de respiração espontânea na vítima,

aproxime seu ouvido próximo a boca e nariz da vítima, enquanto mantém as vias

aéreas desobstruídas, e:

Observe o tórax da vítima se faz movimento para cima e para baixo – VER

Ouça se há saída de ar durante a expiração – OUVIR

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Sinta se há fluxo de ar – SENTIR (Fig. 6)

Fig . Ver, ouvir e sentir – respiração

Uma vítima só consegue falar se tiver ar nos pulmões que passe pelas cordas

vocais. Portanto se a vítima responder normalmente às suas perguntas é porque as

vias aéreas estão permeáveis (A = resolvido) e a pessoa respira (B = resolvido).

Estando presente a respiração, analise sua qualidade: lenta ou rápida,

superficial ou profunda, silenciosa ou ruidosa.

Se observar sinais de respiração difícil (vítima fazendo esforços para respirar),

reavalie as vias aérea, desobstrua-as e mantenha-se de prontidão. A vítima pode parar

de respirar e o socorrista deve iniciar respiração artificial.

Resumindo, se a vítima não responde normalmente, examine as vias aéreas:

Se obstruídas, utilize a manobra adequada para desobstruí-la;

Examine a respiração: se ausente, inicie a respiração artificial.

2.2.5 C - Circulação e Controle de Grandes Hemorragias

O objetivo principal do passo C é verificar sinais de circulação (observando

sinais de que a vítima apresente respiração, movimentos e/ou tosse) e a presença de

grandes hemorragias. A hemorragia é a principal causa de morte nas vítimas de

trauma, embora possa ser plenamente avaliada e tratada.

Se não houver sinais de circulação inicie manobras de reanimação

cardiopulmonar.

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Nessa fase do exame, também controle os pontos de sangramento externo

evidentes, mediante compressão direta dos ferimentos ou aplicação de curativos

compressivos.

Caso a vítima apresente sinais de

circulação, passe para o próximo passo.

2.3 Desobstrução das vias aéreas

As vias aéreas compreendem boca, nariz, faringe, laringe (vias aérea

superiores), a traquéia, brônquios e pulmões (vias aéreas inferiores). Para que o

processo de respiração se realize adequadamente, as vias aéreas devem estar livres,

permitindo a entrada e saída de ar.

A obstrução das vias aéreas impede a entrada de oxigênio e se não

reconhecida e tratada precocemente pode levar o indivíduo à morte.

Causas de obstrução de vias aéreas: queda da língua nas vítimas

inconscientes, regurgitação do conteúdo do estômago, corpo estranho (dentes,

próteses), alimentos (carne, chicletes, balas), sangramento nas vias aéreas por trauma

de face etc.

A obstrução das vias aéreas pode ser parcial ou total. Na obstrução parcial,

ainda passa certa quantidade de ar pelas vias aéreas. Neste caso, a respiração pode

estar ruidosa e muito difícil acompanhada de tosse. Enquanto troca de ar se mantiver a

vítima deve ser encorajada a tossir – sem outra interferência. Caso a obstrução se

agrave e a troca de ar se tornar inadequada, a tosse passa a ser fraca e ineficaz; neste

caso está indicada a intervenção como no caso de obstrução total.

Na obstrução total a vítima não consegue falar, respirar ou tossir. A não

entrada de ar nos pulmões leva a perda de consciência, vítima pode apresentar

coloração cinza-azulada e se o atendimento não for rápido, a vítima morre.

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Fig. Sinal universal de sofrimento para obstruções

das vias aéreas por corpo estranho.

2.3.1Tratamento da obstrução das vias aéreas por corpo

estranho.

2.3.4 Tratamento da obstrução de vias aéreas em lactentes – até 1 ano de vida

Deitar a criança de bruços (com a face para baixo) sobre o antebraço do

socorrista, segurando a cabeça do lactente firmemente, com as pernas separadas, uma

de cada lado do braço do socorrista, com a cabeça mais baixa

que o tronco;

Aplicar 4 golpes no dorso do lactente, entre as

escápulas, usando a região hipotenar da mão;

Após os golpes no dorso, envolva o lactente como um

sanduíche entre suas mão e braços, segurando firmemente a

cabeça;

Fig 7. Manobra de desobstrução de vias aérea em lactentes

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Vire o lactente, suportando firmemente a cabeça e pescoço (uma mão do

socorrista apóia cabeça e pescoço e a outra mandíbula e tórax);

Aplicar até 5 compressões torácicas, da mesma forma que RCP (2 dedos

no esterno, logo abaixo da linha intermamilar).

As medidas dever ser repetidas até o objeto ser expelido ou o lactente perder a

consciência. Iniciar ventilação artificial.

3 Reanimação Cardiorrespiratória

Parada cardíorrespiratória (PCR) é a cessação repentina dos batimentos

cardíacos e dos movimentos respiratórios.

É emergência relativamente freqüente e, a sobrevivência da vítima depende de

um conjunto de medidas fundamentais, “a corrente da sobrevivência”, ou seja:

reconhecimento imediato dos sinais, acionamento precoce de um serviço de

emergência, início da reanimação cardiorrespiratória e chegada rápida do serviço de

atendimento pré-hospitalar.

A circulação sanguínea deve ser restabelecida num período máximo de 4

minutos, caso contrário se instalam alterações irreversíveis nos tecidos, principalmente

o tecido nervoso, um dos mais sensíveis a falta de oxigênio.

A Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) é o conjunto de procedimento

utilizado nas vítimas em PCR com objetivo de restabelecer a ventilação pulmonar e a

circulação sangüínea.

3.1 Corrente da Sobrevivência

A Reanimação Cardiopulmonar ou Cardiorrespiratória (RCP) pode manter a

respiração e a circulação vital por alguns minutos até que o tratamento definitivo seja

iniciado. A RCP ganha tempo e salva vidas.

Para aumentar a oportunidade de sobrevivência após uma parada cardíaca,

algumas medidas devem ser tomadas imediatamente. Esta cadeia deeventos – cadeia

de sobrevivência - é a chave para melhorar a taxa de sobrevida nas pessoas que

sofrem parada cardíaca e respiratória em nosso meio.