plano de desenvolvimento rondÔnia - neifro revisado - final ii... · secretaria de estado da...

151

Upload: truongthuy

Post on 11-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

r

Page 2: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

1

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE FRONTEIRA

RONDÔNIA

Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira

Page 3: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

2

©2016.Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira Rondônia: Governo do Estado de Rondônia. Porto Velho: GER, 2016. 151 p.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

Elaboração da Ficha Catalográfica: SEAE/EGPP Pedro Paulo Almeida Martins – Bibliotecário Esp. registro nº CRB-950

Rondônia, Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira Rondônia.

R771p Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira/ Governo do Estado de Rondônia. – Porto Velho, 2016.

151p. Ilustrado 1. Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. 2. Revisão do Plano de

Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. 3. Interação - países vizinhos. 4.

Desenvolvimento Regional e Integração Brasil/ Bolívia. I. Plano de

Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia. II.

Título. III. Nucleo NEIFRO–RO. IV. Secretaria de Estado do

Planejamento, Orçamento e Gestão

CDU.: 911.6 (811.1)

Page 4: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

3

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA

Confúcio Aires Moura

Governador do Estado de Rondônia

George Alessandro Gonçalves Braga Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG.

Pedro Antônio Afonso Pimentel Secretário Adjunto

Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira –

Rondônia - NEIFRO

Secretaria de Est. do Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG (coord.).

Casa Civil

Superintendência Estadual de Assuntos Estratégicos – SEAE

Superintendência Estadual de Turismo – SETUR

Secretaria de Estado da Educação – SEDUC

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM

Secretaria de Estado de Assistência Social – SEAS

Secretaria de Estado da Agricultura – SEAGRI

Secretaria de Estado da Saúde – SESAU

Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania – SESDEC.

Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Est. de Rond. - IDARON;

Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia – SUDER e

Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer - SEJUCEL.

Page 5: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

4

APRESENTAÇÃO

A revisão do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira–PDIF -contou

com participação de órgãos públicos, Instituições privadas e a comunidade local e

teve como foco uma nova forma de gestão pública, na qual as políticas públicas são

voltadas para atender os anseios da população local de forma a empoderá-la da

riqueza gerada in loco.

O Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de

Fronteira - NEIFRO - encontrou nas Instituições a vontade e decisão para construir

uma política de fronteira em consonância com o Governo Federal, dirigida ao

enfrentamento dos déficits de urbanidade e das desigualdades sociais e territoriais.

Uma parte significativa da população dos municípios fronteiriços vive em condições

precárias, irregulares e afastadas da infraestrutura mínima da vida urbana.

A ação do NEIFRO fundamentou-se na articulação com as Instituições

públicas e sociedade local, alinhadas com ações macros desenvolvidas pelos

municípios e pelo estado de Rondônia, em consonância com as políticas do

Governo Federal, a partir das linhas temáticas de: Segurança, Inclusão Social,

Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

Adotou-se a metodologia inicial de reuniões com todos os setores afins e a

distribuição de atividades correlatas à função de cada um dos envolvidos,

estipulando-se prazos para apresentação dos trabalhos. O levantamento teve como

objetivo identificar os projetos, programas e/ou ações desenvolvidas in loco pelos

municípios, estado e governo federal, voltados para o desenvolvimento regional em

parcerias de forma abrangente e detalhada e ao mesmo tempo compartilhada por

toda a sociedade local.

O PDIF é o resultado de uma ação conjunta dos integrantes do NEIFRO, que

revisou o levantamento e a sistematizaçãodos projetos e programas em execução

ou propostos para os municípios da Faixa de Fronteira. Foram selecionados àqueles

que puderam ser inseridos na política de desenvolvimento macro da região,

alinhados com as três esferas de governos, voltados para os anseios da população

local e com a possibilidade de integração com as ações transfronteiriças.

Page 6: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

5

O desafio da inclusão social e territorial da Faixa de Fronteira é o ponto de

partida da implantação dos programas de políticas públicas setoriais de

desenvolvimento e principalmente na priorização da prática da gestão democrática,

por meio da participação da sociedade, na tentativa de melhorar as condições de

vida dos habitantes.

Sabemos que o sucesso só será alcançado quando a democracia for, de fato,

posta em prática. Para isso, o poder público precisa se unir à experiência acumulada

da sociedade organizada e, potencializar a sua participação na elaboração de

propostas para o desenvolvimento sustentável de uma comunidade regional e local.

GEORGE ALESSANDRO GONÇALVES BRAGA Coordenador do NEIFRO

Page 7: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

6

ÍNDICE

ÍNDICE .................................................................................................................... 6

I. FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO ................................................................... 11

1. Introdução ..................................................................................................... 11

2. Metodologia de Revisão do PDIF ................................................................ 13

3. Marco Legal do PDIF .................................................................................... 14

4. Faixa de Fronteira ......................................................................................... 15

4.1 Conceitos........................................................................................................ 16

4.2 Paradigmas .................................................................................................... 16

4.3 Termos Referentes a Fronteira ................................................................. 17

4.4 Fronteira Brasil - Bolívia ............................................................................. 20

4.4.1 Coca Hábito da População Boliviana ..................................................... 22

4.4.2 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia ............................. 23

4.4.3 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana ....................................... 25

4.4.4 Crescimento da Economia Boliviana ...................................................... 28

4.4.5 Importância do Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia .................... 30

4.4.5 Evolução do Intercâmbio Comercial Brasil/Bolívia (US$ milhões) .. 31

4.5 Fronteira Estado de Rondônia .................................................................. 33

4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia ........................................................ 34

4.5.2 Rondônia: um Estado Estratégico ........................................................... 37

4.5.3 Potencialidades do Estado ........................................................................ 39

4.5.4 Deficiência do Estado ................................................................................. 41

5 Diagnóstico Revisão da Realidade Fronteiriça .......................................... 43

5.1 Contextualização .......................................................................................... 43

5.2. Educação ........................................................................................................ 44

5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2013) ................. 45

5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas ........................................... 46

5.3 Saúde ............................................................................................................... 47

5.4 Infraestrutura ................................................................................................. 48

5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira ............................................... 48

5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira ........................................................... 50

5.4.3 Porto Graneleiro ........................................................................................... 52

5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim........................................................ 53

Page 8: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

7

5.4.5 Infraestrutura Urbana .................................................................................. 54

5.5 Interesses Econômicos .............................................................................. 54

5.5.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC) ........................................... 55

5.5.2 Free Shop ....................................................................................................... 57

5.5.3 Zona Franca Verde (MDIC) ......................................................................... 58

5.5.4 Arranjos Produtivos Locais – APL (sociobiodiversidade) ................ 58

5.5.5 Turismo ........................................................................................................... 60

5.6 Segurança na Fronteira .............................................................................. 60

5.7 Inserção e Integração Social ..................................................................... 61

5.7.1 Estudos do IICA ............................................................................................ 61

5.7.2 Política sobre Drogas .................................................................................. 63

5.8 Sustentabilidade Ambiental ...................................................................... 64

5.8.1 Declaração Trinidad - Meio Ambiente Rondônia - Beni ..................... 67

5.8.2 AÇAÍ ................................................................................................................. 68

5.8.3 Castanha ......................................................................................................... 69

5.8.4 Reciclagem de Resíduos Sólidos ............................................................ 71

II POLÍTICA FRONTEIRIÇA REGIONAL .......................................................... 72

1. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) ............................ 72

2. Abrangência do Plano..................................................................................... 76

2.1 Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira 79

2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira: ................................................................ 79

2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira: ..................................................... 79

2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil) ................................................... 79

3. Ações em Curso na Faixa de Fronteira ......................................................... 81

3.1 Educação ........................................................................................................ 81

3.1.1 Escola Técnica Binacional ......................................................................... 81

3.1.2 Intercâmbio de Professores ...................................................................... 82

3.2 Saúde ............................................................................................................... 82

3.2.1 SIS Fronteira/MS ........................................................................................... 82

3.2.2 Vigilância Sanitária Animal ........................................................................ 83

3.3 Infraestrutura ................................................................................................. 84

3.3.1 Ponte Sobre o rio Madeira em Abunã/RO - BR-364 ............................ 85

3.3.2 Rodovias: BR-435, RO-135, BR-429, BR-425 e BR-421 ...................... 86

3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (rio Madeira) ....................................... 86

Page 9: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

8

3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (rio Madeira) ......................................................... 87

3.3.5 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara) ......................... 87

3.3.6 Aeroporto de Guajará-Mirim ...................................................................... 87

3.3.7 Sistema de Esgoto ....................................................................................... 88

3.3.8 Infovia - Plano Nacional de Banda Larga ............................................... 88

3.4 Área Econômica ........................................................................................... 89

3.4.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC) ........................................... 90

3.4.2 Free Shop ....................................................................................................... 90

3.4.3 Turismo ........................................................................................................... 90

3.5 Segurança ...................................................................................................... 91

3.5.1 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras .............. 91

3.5.2 Programa Calha Norte ................................................................................. 93

3.6 Sócio-Político ................................................................................................ 93

3.6.1 Consórcio Bi-Nacional – CBDIS ............................................................... 93

3.6.2 Mesa da Irmandade (Acordo Internacional) ............................................. 94

III ESTRATÉGIA PROPOSTA ............................................................................ 95

1. Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira.................................. 96

2. Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça ...................................... 97

2.1 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Rondônia ... 98

2.2 Articulação Prioritária das Mesorregiões, PDFF, PDRA .................... 99

2.3 Melhorias Socioeconômicas das Sub-regiões Faixa de Fronteira . 99

2.4 Interação PDIF com as Ações Prioritárias do PIDISE ...................... 100

3. Organização dos Programas e Projetos em Eixos Estratégicos .............. 101

3.1 Definição dos Programas Estruturantes ............................................. 101

3.1.1 Eixo Educação ............................................................................................ 101

3.1.2 Eixo Saúde ................................................................................................... 101

3.1.3 Eixo Infraestrutura .......................................................................................... 102

3.1.3.1 Infraestrutura logística .............................................................................. 102

3.1.3.2 Infraestrutura Urbana ................................................................................. 102

3.1.4 Eixo Econômico .............................................................................................. 102

3.1.4.1 APL .................................................................................................................. 102

3.1.4.2 Turismo .......................................................................................................... 102

3.1.4.3 Polo Industrial Sociobiodiversidade ...................................................... 103

3.1.5 Eixo Segurança ............................................................................................... 103

Page 10: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

9

3.1.6 Eixo Ambiental ................................................................................................ 104

3.1.7 Eixo Sócio-Político ......................................................................................... 104

3.2 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores ................. 105

3.2.1 Eixo Educação ............................................................................................ 105

3.2.1.1 Projeto Intercultural Bilíngue Escolas de Fronteira........................... 105

3.2.1.2 Projeto Escolas Técnicas de Fronteira ................................................. 106

3.2.1.3 Projeto Intercâmbio de Professores ...................................................... 106

3.2.1.4 Projeto Integração Histórica – UNIR/RO ............................................... 106

3.2.2 Eixo Saúde ........................................................................................................ 107

3.2.2.1. Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS ................. 107

3.2.3 Eixo Infraestrutura ..................................................................................... 107

3.2.3.1 Infraestrutura Urbana ................................................................................. 108

3.2.3.2 Infovia – Aduanas Integradas/Banda Larga ......................................... 108

3.2.3.3 Hidrovia da Bacia do Madeira .................................................................. 108

3.2.3.4 Construção dos Portos hidroviários ...................................................... 110

3.2.3.5 Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim ......................... 111

3.2.3.6 Logística do Transporte de Cargas ........................................................ 111

3.2.4 Eixo Econômico .............................................................................................. 112

3.2.4.1 Zona de Processamento de Exportação–ZPE / PORTO VELHO/RO112

3.2.4.2 Zona Franca Verde ...................................................................................... 113

3.2.5 Eixo Segurança ............................................................................................... 113

3.2.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia ............... 113

3.2.6 Eixo Sócio-Político ..................................................................................... 114

3.2.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia) .... 114

4. Detalhamento Executivo dos Projetos ...................................................... 117

5. Estratégia de Financiamento ..................................................................... 117

IV GESTÃO DO NEIFRO .................................................................................. 118

1. Núcleo Estadual de Fronteira ....................................................................... 119

1.1 Composição do Núcleo .................................................................................... 119

1.2 Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão ........................................... 121

V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO ....................................................... 123

VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF ................................................... 124

1. Definição de Indicadores .............................................................................. 124

2. Impactos e Resultados ................................................................................. 124

Page 11: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

10

2.1 Os Impactos Esperados: .................................................................................. 124

2.2 Os Resultados Esperados: .............................................................................. 124

VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF ............................................................................ 125

VIII EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 127

ANEXO - I ........................................................................................................... 129

ANEXO - II ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO ............................................. 130

1. CAPTAÇÃO DE RECURSOS ......................................................................... 130

1.1 Programas Federais (SICONV) ....................................................................... 130

1.2 Emenda Parlamentar ......................................................................................... 130

1.3 BNDES................................................................................................................... 130

1.3.1 BNDES Fundo Social ................................................................................. 131

1.3.2 BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec) ..................................... 131

1.3.3 BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP) ................. 131

1.3.4 BNDES Fundo Cultural - Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro ... 131

1.4 Fundo Amazônia ................................................................................................ 132

1.4.1 Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (reembolsável) .................. 132

1.5 Fundação Banco do Brasil .............................................................................. 132

1.6 FEDAF ................................................................................................................... 133

1.7 FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade ................................... 133

1.8 EMBAIXADAS ...................................................................................................... 133

ANEXO – III PLANILHAS DAS PROPOSTAS .................................................. 134

Page 12: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

11

I. FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO

1. Introdução

O Programa Nacional de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira – PDFF - foi

reestruturado e, desde então, passou por uma mudança de valores, estratégias e

formas de atuação. Nessa nova conformação política em que o regional funciona

como estratégia de desenvolvimento local, fortalece-se os processos de mudanças a

partir do estímulo de novos eixos dinâmicos da economia.

Nesse sentido, procurou-se promover a estruturação física e econômica

dessas áreas, buscando o desenvolvimento regional e o fortalecimento da cidadania

para potencializar a geração de trabalho e renda a partir da cooperação, da

articulação e da inovação de um conjunto de instituições de base local.

O Governo Federal criou a Câmara de Política de Integração Nacional

eDesenvolvimento Regional, coordenada pela Casa Civil da Presidência da

República, composta por 23 Ministérios e Secretarias Especiais, constituiu um Grupo

de Trabalho Interministerial - GTI, coordenado pela Secretaria de Programas

Regionais do Ministério da Integração Nacional, visando articular e promover o

desenvolvimento e sustentabilidade locais.

Os programas desenvolvidos pela Secretaria de Programas Regionais – SPR

têm como característica comum o fato de se orientarem por três grandes diretrizes

básicas:

a) delimitação de espaços sub-regionais prioritários cujas conformações

permitam a convergência das forças sociais, econômicas e políticas, assim como

maior eficiência e eficácia na aplicação integrada dos recursos públicos disponíveis;

b) organização social em bases sub-regionais, envolvendo estados,

municípios e a sociedade civil, visto que somente a mobilização e o compromisso

local em torno de uma estratégia de desenvolvimento podem garantir o

desenvolvimento endógeno de longo prazo em bases sustentáveis;

Page 13: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

12

c) dinamização e estruturação econômica das sub-regiões com o

monitoramento e a gestão de atores locais, podendo transformar os círculos viciosos

de atraso e subdesenvolvimento em círculos virtuosos de dinamização, crescimento

e inclusão regional e social.

Dessa articulação pública com foco no territórioéque emerge um novo padrão

de intervenção caracterizado pela parceria, pela busca de eficiência e de resultados

no uso dos recursos públicos e pelo desenvolvimento regional inserido nas

sociedades locais e integrado com os países vizinhos.

Além da articulação das políticas públicas das três esferas de poder com

vistas à potencialização de resultados, o PDFF atua ainda na sensibilização dos

parlamentares do Congresso Nacional, para canalizar recursos oriundos de

emendas ao Orçamento Geral da União como reforço financeiro à elaboração e

implementação de ações de desenvolvimento regional na Faixa de Fronteira.

O Brasil faz fronteira com dez países da América do Sul entre os doze

existentes, o que reforça o caráter estratégico desta região para a competitividade

do país e para a integração do continente. O desenvolvimento da Faixa de Fronteira

caracteriza-se geograficamente por 15.719km de extensão e 150 km de largura da

fronteira brasileira (Lei 6.634/79, regulamentada pelo Decreto 85.064, de 26 de

agosto de 1980), que abrange 11 unidades da Federação e 588 municípios,

correspondentes a aproximadamente 27% do território nacional e reúne cerca de 14

milhões de habitantes.

A Faixa de Fronteira não tem sido acompanhada de uma política pública

sistemática que atenda às suas características. Dada baixa densidade demográfica,

provocada em grande parte pela vocação “atlântica” do país, associada às grandes

distâncias e as dificuldades de comunicação com os principais centros decisórios, a

Faixa de Fronteira experimentou um relativo isolamento que a colocou à margem

das políticas de desenvolvimento do país. Como conseqüência, este processo tem

contribuído para formação de um cenário particular marcado, sobretudo, pelo

desenvolvimento de uma identidade própria muito influenciada pelas comunidades

vizinhas na fronteira.

Page 14: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

13

2. Metodologia de Revisão do PDIF

Na revisão do PDIF adotou-se a estratégica participativa com a visão

diferenciada de todos os segmentos sociais e Institucionais, de forma que todos

pudessem dar a sua contribuição na construção de diretrizes e propostas para a

Faixa de Fronteira.

O Núcleo Estadual iniciou suas atividades com reuniões entre as secretarias

de estado, em conjunto com as entidades representativas da sociedade civil

organizada e Instituições de Ensino Superior, inclusive a Universidade Federal de

Rondônia – UNIR. Ficou definido em reunião que seriam realizadas visitas de

sensibilização e solicitação de planos ou projetos afins com o desenvolvimento da

Faixa de Fronteira junto às Instituições do Governo Federal, Estadual e dos

Municípios, bem como, Associações de Municípios, entidades Empresariais e

Ensino Superior do Estado.

Realizou-se tambémoXVEncontro do NEIFRO na Faixa de

FronteiraemGuajará-Mirim,por ser Cidade Gêmea, objetivando o levantamento de

propostas e ações sugeridas pela sociedade civil organizada e entidades públicas,

abrangendo os 27 municípios da Faixa de Fronteira do estado de Rondônia. Na

oportunidade foi apresentada uma avaliação das ações previstas no PDIF pelas

instituições responsáveis pela execução, conforme os eixos temáticos definidos pelo

NEIFRO: Eixo de Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico (agricultura,

indústria, turismo, comércio e serviços), Desenvolvimento Ambiental (assistência

social, cultura, trabalho, meio ambiente e circulação de pessoas) e Infraestrutura e

logística.

Após a coleta de propostas oriundas dosencontrose dos projetos obtidos junto

às Instituições de ensino Superior, prefeituras e secretarias de estado, bem como

das ações previstas no Plano Plurianual - PPA de Rondônia

foramrealizadasváriasoficinas depuradoras, onde os técnicos do NEIFRO analisaram

toda a documentação e consolidaram as propostas em ações e projetos do PDIF.

Os projetos selecionadosforam descritos e sistematizados de forma objetiva

em planilha padrão, com programas e projetos estruturantes em eixos estratégicos,

que alicerçaram o Plano Estadual de Desenvolvimento Integrado de Fronteira de

Rondônia.

Page 15: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

14

3. Marco Legal do PDIF

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia

teve com Marco Legal a criação do Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e

Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO, criado pelo Decreto Estadual n° 16.612

de 29 de março de 2012, visando à interação com a Comissão Permanente para o

Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira - CDIF, criada por meio do

Decreto de 08 de setembro de 2010 do Governo Federal, que prevê entre suas

competências, a interação com os núcleos estaduais, constituídos a partir dos

estados com Faixa de Fronteira, para debater questões de desenvolvimento e

integração fronteiriços.

O Núcleo Estadual está vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento,

Orçamento e Gestão - SEPOG com o objetivo de mobilizar atores atuantes na Faixa

de Fronteira no Estado de Rondônia, visando sistematizar as demandas locais,

analisar propostas de ações e formular e revisar o Plano de Desenvolvimento e

Integração Fronteiriço - PDIF-RO, em observância a organização e ao alinhamento

articuladosdas ações macros desenvolvidas pelos municípios e o estado, em

consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas de

Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

Dessa forma, pretende-se tornar transparente essa política que se configura

como uma ferramenta para o fortalecimento do desenvolvimento regional, como

estratégia de governo na promoção da equidade entre pessoas e entre regiões, com

acesso às oportunidades, viabilizando assim não apenas a inclusão social, mas

também a inclusão produtiva.

O Núcleo vem promovendo reuniões de mobilização e sensibilização, bem

como debates e discussões junto às secretarias de estado, entidades civis

organizadas e os municípios localizados na Faixa de Fronteira do estado, tendo

como base as oportunidades de intervenção consideradas prioritárias, para

sistematizar as demandas e analisar as propostas de ações que subsidiarão a

elaboração do PDIF.

Page 16: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

15

4. Faixa de Fronteira

A Faixa de Fronteira resulta de um processo histórico que teve como base a

preocupação do estado com a garantia da soberania territorial desde os tempos da

Colônia. A principal legislação em vigor sobre a Faixa de Fronteira foi promulgada

em 1979, mas o espaço territorial de segurança paralelo à linha de fronteira existe

desde o Segundo Império. Sob o governo de Dom Pedro II a largura estabelecida foi

de dez léguas ou 66 quilômetros. Desde então, a extensão da Faixa de Fronteira foi

sendo alterada, primeiramente para 100 quilômetros e nos anos trinta para 150

quilômetros, permanecendo até hoje.

A faixa limite com o que hoje é a Bolívia já foi objeto de acirrada disputa entre

portugueses e espanhóis. No século XVII Jesuítas espanhóis criaram missões

indígenas do lado que viria a ser Rondônia. No século XVIII foi fixada a fronteira a

partir do Tratado de Santo Ildefonso e, no século XIX, com a expansão da seringa a

região foi novamente conquistada.

Porém, a maioria dos habitantes da região era de peruanos e bolivianos ainda

em pleno século XX. De acordo com Souza (2003:26-30), devido a esses

desequilíbrios,as elites dirigentes do país, desde os primórdios da República,

tiveram uma preocupação permanente com a fronteira e elaboraram várias

estratégias visando garantir a soberania na Amazônia. Primeiro foi o projeto das

Linhas Telegráficas com o Marechal Rondon que visava integrar a região pelos fios

e pelo primeiro esboço da BR-364 ou o famoso “Picadão do Rondon” e este criou

Colônias Indígenas no Vale do Guaporé como o Posto Indígena de Ricardo Franco.

Outro alento para o desenvolvimento da fronteira foi a construção da Madeira

Mamoré Railway andCompany transformando o entreposto de mercadorias de

Espiridião Marques no ponto final da ferrovia, rebatizando o local de Guajará Mirim.

Entretanto, permanecia a necessidade de se estabelecer um programa de

fixação de núcleos populacionais naqueles pontos estratégicos, como a melhor

solução para os problemas de Segurança Nacional e que, de antemão, sabiam que

a fixação de Postos Indígenas e Colônias Agrícolas (Iata, Poço Doce e Candeias) ou

a simples ocupação militar não seria suficiente para resolver. Segundo Lima (1973),

em seu texto sobre as políticas de segurança para a região:

Page 17: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

16

Surgiu assim, sob a inspiração do Exército, a idéia de serem transformadas as Unidades de Fronteira, em Colónias Militares, que se constituíssem um exemplo a ser seguido para ocupação, com base económica, de outros trechos da Faixa de Fronteira. As providências necessárias ao cumprimento dessa diretriz foram estabelecidas a 26 de fevereiro de 1959, pelo Decreto n.° 45.479, que aprovou o Regulamento das Colónias Militares de Fronteira.

4.1 Conceitos

O conceito ainda utilizado de Fronteira foi criado no contexto da 2ª Guerra

Mundial e consolidado por Vargas em Decreto-Lei (Federal) n.º 1164 de 18 de março

de 1939. S. Paulo, LEX, 1.964. (pg. 104), fronteira elemento de separação.

A faixa de terras com largura de 150 km reservada exclusivamente para

colonização (ex: Colônia Agrícola do Iata - 1945), controlada pelo Conselho de

Segurança Nacional (SOUZA, 2003: 55).

A Constituição de 1988 avalizou essa disposição que manteve o ideal focado

na defesa territorial. A Lei nº 6.634, de 1979, ainda persiste como a referência

jurídica sobre a Faixa de Fronteira, que corresponde à aproximadamente 27% do

território Nacional com 15.719 km de extensão.

4.2 Paradigmas

a) Mudança de Paradigma (2004)

A fronteira deixa de ser elemento de separação e transforma-se em faixa de

contato, lugar de cooperação, da integração cultural, comercial e em especial da

construção de um mercado comum Sul Americano estratégico na economia

globalizada.

Os novos paradigmas e a questão constitucional resultaram no aumento da

vigilância e busca de uma legislação isonômica, para os países vizinhos em todas as

questões sejam ambientais ou minerais.

A Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional - CREDEN criou um

Grupo de Trabalho - GT para estudar a Faixa de Fronteira com vistas a modernizar a

legislação atual sobre o tema. (Seminário: p. 51)

b) A Questão Indígena

Page 18: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

17

O desafio é superar a ambiguidade da lei em relação às nações indígenas e

suas terras, Exemplo: usufruto e domínio da União ou nação autônoma e

independente.

c) Globalização

Pela primeira vez na história o poder econômico prepondera sobre o poder

político. O sistema produtivo se estabelece onde há vantagens competitivas para os

produtos gerados, independente das fronteiras. O mercado e não o governo

determina as relações internacionais (Seminário, p. 45).

A ideia de defesa está ultrapassada e deve estar acompanhada da

perspectiva do desenvolvimento regional, ao invés de peso “morto” um espaço de

oportunidades de desenvolvimento nacional; (Seminário, p. 40-9).

O desenvolvimento na Faixa de Fronteira, por meio de investimento em ações

comprometidas com a estruturação e dinamização de empreendimentos produtivos

integrados e sustentáveis, implantação de infraestrutura complementar de saúde,

infraestrutura logística de transporte intermodal com a construção de hidrovias,

estradas inter-regionais e internacionais, megaprojetos hidroelétricos binacionais

para geração de energia e modernização da região.

Em suma, mesmo existindo políticas voltadas para a região amazônica, a

integração fronteiriça que se propõe é a cooperação comercial e complementação

econômica, que se completa com uma rede de transportes, como caminho

hidroviário intermodal e a conexão rodoviária interoceânica Atlântico-Pacífico na

região amazônica.

4.3 Termos Referentes a Fronteira

Frentes: O termo é usualmente empregado para caracterizar frentes de

povoamento. No caso das interações fronteiriças, a “frente” também designa a frente

indígena ou a frente militar. Ex: Costa Marques militar e Guajará-Mirim cultural

outros tipos de dinâmicas espaciais, como a frente cultural (afinidades seletivas),

Page 19: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

18

Cartaz - Foto: Rodrigo Erse – Festival da Fronteira Guajará-Mirim/RO

Capilar: As interações do tipo capilar podem ocorrer somente no nível local,

como no caso das feiras, exemplo concreto de interação e integração fronteiriça

espontânea. Pode ocorrer por meio de trocas difusas entre vizinhos com limitadas

redes de comunicação, ou resultam de zonas de integração espontânea, nas quais o

Estado intervém pouco, principalmente não patrocinando a construção de

infraestrutura de articulação transfronteiriça.

Page 20: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

19

Fotos: Rodrigo Erse – RioGuaporéComércioem Costa Marques- RO.

Sinapse: O modelo sinapse refere-se à presença de alto grau de troca entre

as populações fronteiriças; é apoiado pelos estados contíguos. As cidades-gêmeas

mais dinâmicas podem ser caracterizadas de acordo com esse modelo. Ex: Guajará-

Mirim

Cidade-Gêmea O meio geográfico que melhor caracteriza a zona de fronteira

é aquele formado pelas cidades-gêmeas. Esses adensamentos populacionais

cortados pela linha de fronteira apresentam grande potencial de integração

econômica e cultural. Ex: Guajará-Mirim.

Fotos: Rodrigo Erse – Vista aera da cidade de Guajará-Mirim – RO

Page 21: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

20

ILUSTRAÇÃO CIDADES DA FAIXA DA FRONTEIRA

Fonte: MI-PDFF

4.4 Fronteira Brasil - Bolívia

O Estado de Rondônia faz fronteira com a Bolívia, nome oficial Estado

Plurinacional da Bolívia, é um país encravado no centro-oeste da América do Sul.

Faz fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e

Peru ao oeste.

Page 22: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

21

Antes da colonização européia, a região andina boliviana fazia parte do

Império Inca, o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu e

conquistou essa região no século XVI. Após declarar independência em 1809,

dezesseis anos de guerras se seguiram antes do estabelecimento da república,

instituída por Simon Bolívar, em 6 de agosto de 1825.

A população boliviana, estimada em 11.510.600 de habitantes, é multiétnica,

possuindo ameríndios 50%, mestiços 30%, europeus, asiáticos,africanos e outros

20%. A principal língua falada é o espanhol, embora o aimará e o quíchua também

sejam comuns.

http://www.projeto-bolivia.blogspot.com.br/

A Bolívia é uma repúblicademocrática, dividida em nove departamentos. Sua

geografia varia de picos andinos no oeste a planícies no leste, situadas na bacia

Amazônica. É um país em desenvolvimento, com um Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) médio e uma pobreza que atinge cerca de sessenta por cento da

população.

Page 23: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

22

Principais Indicadores Socioeconômicos da Bolívia

Dados Gerais sobre a Bolívia

Nome Oficial Estado Plurinacional da Bolívia

Área 1.098.581 km²

População* 11.510.600hab.

PIB (estimativa ano 2015) * US$ 33,5 bilhões

PIB “per capita” US$ 2.915

Fonte: MRE, 2015 (estimativa) *.

Mapa político da Bolívia

Fonte:Wikipédia, the free encyclopedia.

4.4.1 Coca Hábito da População Boliviana

A coca é um vegetal arbustivo, planta nativa da Bolívia e do Peru. O princípio

ativo analgésico contido na coca foi descoberto pelos Incas, desde a época desse

Page 24: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

23

povo aos dias atuais a folha dessa planta é tradicionalmente mastigada nas áreas de

relevo mais elevado, principalmente nas mediações dos Andes. A planta era

considerada sagrada pelos povos que habitavam a região, em tempos passados

devido seu potencial nutritivo e analgésico.

Com a descoberta da transformação da planta em droga, a cocaína, seu

cultivo expandiu por ser rentável, hoje cerca de 90% do cultivo da coca é

direcionado à produção de cocaína.

A Bolívia, apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar

uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é

apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal.

4.4.2 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia

Em 1958 o limite entre o Brasil e a Bolívia foi demarcado com a definição

cartográfica de seus pontos. O trecho demarcado neste ano corresponde ao

segmento central do limite entre os dois países, pois só neste ano se conheceram as

verdadeiras nascentes do Rio Verde, que em 1867 foi definido como ponto ideal

para a definição do limite (Fifer, 1966).

O processo de demarcação dos limites entre o Brasil e a Bolívia foi marcado

por intensos conflitos. Até 1867, os limites corresponderam àqueles herdados dos

impérios de Portugal e da Espanha, estabelecidos pelo tratado de Santo Ildefonso,

em 1777. Depois da independência dos dois países, a primeira mudança feita nos

antigos limites foi a definição da linha de Muños-Netto, em 1867, uma linha obliqua

demarcada no interior da floresta amazônica ainda inexplorada. Mas, foi no período

máximo da exploração da borracha que os limites foram observados com maior

atenção pelos dois países. As disputas pelo território do Acre culminaram no acordo

de Petrópolis, de 1903, onde foi revista toda a demarcação dos limites entre os dois

países no acordo também se estabelecia a responsabilidade do Brasil pela

construção da ferrovia Madeira-Mamoré (Fifer, 1966).

A condição de afastamento e isolamento da região criou um meio de intensas

trocas e contatos entre portugueses e espanhóis e, depois, entre brasileiros e

bolivianos. Estas trocas estavam ligadas por necessidades mútuas de sobrevivência

e de acessos a bens que estavam distantes da ocupação pioneira da fronteira

(Volpato, 1987).

Page 25: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

24

No entanto, apesar das trocas e interdependências, existia uma tensão

constante entre as povoações fronteiriças. Uma das principais razões para a

estruturação dessas trocas se dava até pelas condições de infraestrutura. As

comunicações, o povoamento e as atividades econômicas orientavam-se pelo

sentido da drenagem das bacias hidrográficas da região – bacia do Paraguai, ao sul,

e bacia Amazônica, ao norte. A ausência de infraestruturas de transportes e

comunicações terrestres condicionou que as vias fluviais fossem os caminhos

preferenciais de contato e de trocas das regiões de fronteira com outras regiões

(Fifer, op. cit.; Souchaudet alii. 2007). Até meados do século XX, uma cidade como

Cobija, em Pando, era praticamente uma extensão econômica do território do Acre

(Fifer, ocit.: 368); e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, mantinha contatos mais

intensos com a Bacia do Prata do que com outras regiões vizinhas (Souchaud, et

all., 2007: 6).

ANO ACORDOS E PROJETOS ENTRE O BRASIL E A BOLÍVIA

1825 Mato Grosso incorpora a província de Chiquitos. D. Pedro I declara o ato nulo.

1867 Tratado de La Paz de Ayacucho estabelece linha Madeira-Javari como fronteira Comum.

1872 Chile e Bolívia rompem relações diplomáticas. Brasil representa Bolívia em Santiago.

1879 Início da Guerra do Pacífico. O Brasil permanece neutro.

1887 Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, que, todavia não é aprovado.

1899 Ex-diplomata espanhol Luís GalvezR. Arias proclama a independência do Acre.

1902 Revolução Acreana de Plácido de Castro (60 mil brasileiros opõem-se ao Governo boliviano e arrendamento ao norte-americano BolivianSyndicate).

1903 Modus vivendi sobre o Acre é assinado com a Bolívia para cessação das hostilidades.

1903 Tratado de Petrópolis. Acre é incorporado ao Brasil, que paga indenização de 2 milhões de libras à Bolívia e se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré.

1958 Acordos do Roboré (exploração de petróleo, obras ferroviárias e cooperação econômica).

1969 Tratado da Bacia do Prata (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai).

1973 Acordo para construir gasoduto entre Santa Cruz de 117ª Sierra e a refinaria de Paulínia – SP.

Page 26: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

25

1992 Acordo de Compra de Gás Natural Boliviano. Construção de gasoduto de 3 mil km.

1997 Acordo por troca de notas, para a criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro.

2003 Acordo para Restituição de Veículos Automotores Roubados ou Furtados.

2004 Ingresso e Trânsito de seus Nacionais em seus territórios.

2005 Acordo sobre Regularização Migratória.

2006 Bolívia regulamenta nacionalização do setor de hidrocarbonetos.

2007 Acordo Brasil e Bolívia para a construção da ponte sobre o rio Mamoré, entre as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerin

2009 Inauguração de dois trechos do futuro Corredor Interoceânico Brasil-Bolívia-Chile. Aprofundam as discussões sobre infra-estrutura regional, narcotráfico e comércio bilateral.

2011 Criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro. Fonte: Ministério das Relações Exteriores. http://www.itamaraty.gov.br/.

4.4.3 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana

A zona de fronteira, especialmente do lado boliviano, ainda é esparsamente

povoada. No território boliviano a população se encontra fortemente concentrada na

região andina, que corresponde a um terço do território nacional. As primeiras

tentativas de ocupação do oriente boliviano, o que corresponde aos departamentos

de Pando, Beni e Santa Cruz, foram através da economia extrativista da borracha e

da exploração da castanha, mas essas tentativas não possibilitaram a fixação de

povoações na selva boliviana.

A onda de povoamento e exploração das terras bolivianas ganhou força no

final da década de 1970 e se expande até hoje, agora focando nas exportações de

oleaginosas. O grande marco deste processo foi o “Projeto das Terras Baixas do

Leste: administração de recursos naturais e produção agrícola” de 1989, financiado

pelo Banco Mundial que orientou a produção agrícola da região para a exportação

de trigo e soja (Soruco, 2008). Este projeto foi um marco importante na ocupação

das terras do oriente, pois possibilitou a abertura de novas frentes agrícolas que

ainda hoje estão se expandindo e com intensa participação de capitais brasileiros.

Já na Faixa de Fronteira brasileira o processo de ocupação foi anterior ao ocorrido

na Bolívia.

Os estados de Rondônia e Mato Grosso foram objeto de diversos projetos de

povoamento dirigido, na maior parte, organizados pelo Estado, mas também por

Page 27: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

26

organizações privadas, que tinham como objetivos o fortalecimento do povoamento

nas regiões de fronteira pouco povoadas e a produção de alimentos para os grandes

centros urbanos do país (Santos, 1998). Durante toda a década de 1970 e 1980

estes projetos atraíram grandes fluxos populacionais, do Nordeste, do Sul e

Sudeste, que foram responsáveis pelo avanço da frente de povoamento desde Mato

Grosso até o norte de Rondônia.

Na Bolívia as regiões que se destacaram foram àquelas situadas no entorno

de Santa Cruz de La Sierra e na região amazônica boliviana. Apesar do crescimento

mais forte não ser na região de fronteira esta variável apresenta uma gradação que

vai do mais forte na região de Santa Cruz de La Sierraà um crescimento menor,

porém ainda forte, na região de fronteira.

Fonte: Adaptado Grupo RetisIgeo.UFRJ/ Dados IBGE.INE

A taxa de crescimento populacional boliviana acompanha a dinâmica territorial

recente de ocupação do oriente. O processo de ocupação do oriente iniciado com a

reforma agrária de 1952 focou na região denominada de “Zona Integrada” ou “Zona

do Norte Integrado”, que foi a primeira a receber os investimentos em infraestrutura

Page 28: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

27

rodoviária e ferroviária, a passar por uma repartição de terras e também foi a

primeira a implementar o cultivo extensivo, inicialmente de algodão e arroz. Na

década de 1970, com os incentivos à produção de soja a frente se expandiu

ocupando a região conhecida como “Zona de Expansão” a leste do Rio Grande e

com grandes extensões de terras baratas e planas (Urioste, 2009). No caso de uma

valorização do produto, a tendência de expansão do cultivo de soja na Bolívia é se

expandir para a região de fronteira com o Brasil, especialmente na província de

GermánBusch, junto ao limite internacional onde se localiza a principal indústria de

processamento de oleaginosas do país, a Gravetal S.A. (Heredia/El Deber,

29/03/2009).

Região da Fronteira Boliviana Ocupado Por Imigrante Brasileiro

Fonte: Adaptado Grupo Retis.Igeo.UFRJ- Urioste 2009

Page 29: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

28

Migrantes Bolivianos no Brasil Por Microrregião

Grande parte da expansão a partir da década de 1980 se deve a capitais

brasileiros investidos em terras baratas do departamento de Santa Cruz. A inserção

destes produtores na política local e as redes com as suas regiões de origem ainda

não são bem conhecidas, mas sabe-se da grande importância que estes agricultores

tem no agronegócio boliviano em especial a soja, como pode ser visto no gráfico 1.

4.4.4 Crescimento da Economia Boliviana

Durante a década de 1990, ocorreu a introdução da cultura mecanizada da

soja nas cercanias de Santa Cruz de La Sierra, com intensa participação de

empresários brasileiros, responsáveis por 40% da produção de soja. A safra de

Page 30: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

29

2012já supera 2,2 milhão ton/ano,que é escoada principalmente por terminais

fluviais em Puerto Suarez, no rio Paraguai.

A ampliação da exploração petrolífera nas planícies ao sul da Bolívia

transformou o gás natural no seu maior produto de exportação, atendendo aos

mercados da Argentina eao grande mercado do Brasil, que assim assume posição

destacada no comércio exterior boliviano.

Dentre suas principais atividades econômicas, existe a agricultura, silvicultura,

pesca, mineração, e bens de produção como tecidos, vestimentas, metais refinados

e petróleo refinado. A Bolívia é muito rica em minerais, especialmente em estanho. A

economia está em lento crescimento, principalmente com a ampliação do

intercâmbio com o Brasil. Entretanto, atualmente, a Bolívia ainda é a menor

economia sul-americana, com PIB de U$D 33,5 bilhões e renda per capita de

apenas U$D 2,915 anuais (estimativa MRE/DPR/DIC).

Principais Indicadores Socioeconômicos da Bolívia Indicador 2013 2014 2015(1) 2016(1) 2017(1)

Crescimento real do PIB (%) 6,80% 5,46% 4,10% 3,50% 3,50%

PIB nominal (US$ bilhões) 30,88 33,24 33,54 35,23 38,20

PIB nominal "per capita" (US$) 2.787 2.943 2.915 3.005 3.198

PIB PPP (US$ bilhões) 65,56 70,28 73,88 77,37 81,48

PIB PPP "per capita" (US$) 5.917 6.224 6.421 6.599 6.820

População (milhões de habitantes) 11,08 11,29 11,51 11,73 11,95

Desemprego (%) 4,00% 4,00% 4,00% 4,00% 4,00%

Inflação (%) (2) 6,48% 5,20% 4,15% 5,01% 5,01%

Saldo em transações correntes (% do PIB) 3,41% 0,03% -4,52% -4,99% -4,63%

Dívida externa (US$ bilhões) 7,90 8,23 8,94 11,73 13,42

Câmbio (Bs / US$) (2) 6,91 6,91 6,91 6,94 7,13

Origem do PIB (2014 Estimativa)

Agricultura 13,2%

Indústria 38,7%

Serviços 48,0%

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base nos dados do IMF - World Economic Outlook Database, October 2015 e da EIU, EconomistIntelligenceUnit, Country ReportDecember 2015. (1)Estimativas FMI e EIU. (2) Média de fim de período.

Page 31: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

30

4.4.5 Importância do Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia

As relações com a Bolívia são prioritárias para o Brasil, abrangendo

iniciativas em áreas como cooperação energética, cooperação fronteiriça e

combate a ilícitos transnacionais, bem como a articulação em foros regionais

e globais. O Brasil confere importância geoestratégica às relações com a

Bolívia, país com o qual compartilha sua maior fronteira com 3.423

quilômetros e a condição de país amazônico e platino.

Os principais eixos de integração econômica com o Brasil são a

integração produtiva na área energética e os projetos de infraestrutura de

integração física regional. Por estar geograficamente situada no centro da

América do Sul.

A política energética brasileira em 1972, com o Acordo de Cooperação

e Complementação Industrial, estabeleceu a compra pelo Brasil de gás

natural boliviano de extrema importância para os dois países. Em 1999, as

negociações culminaram na implantação do Gasoduto Bolívia-Brasil, com 3.150

quilômetros de extensão, sendo 557 em território boliviano e 2.593 quilômetros em

território brasileiro (trecho administrado pela Transportadora Brasileira Gasoduto

Bolívia-Brasil S.A - TBG). O gasoduto tem início na cidade de Santa Cruz de La

Sierra/Bolívia e fim na cidade gaúcha de Canoas/Brasil, atravessa os estados de

Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, cruza

135 municípios. O trajeto é estratégico passa por uma área responsável por 71% do

consumo energético brasileiro, 82% da produção industrial do país e 75% do PIB.

Em 2006 o presidente Evo Morales declarou o Decreto Supremo, com novas

regras para os hidrocarbonetos extraídos no país. O decreto transferiu a propriedade

das reservas para a Bolívia e aumentou os impostos sobre a produção de 50% para

82%, entre outros tópicos.

O Brasil é, historicamente, o principal parceiro comercial da Bolívia,

devido à venda do gás natural, e segundo a origem das importações do país.

A Bolívia é o único país da América do Sul que apresenta, de forma

consistente (desde 2003), superávits comerciais com o Brasil, em função das

Page 32: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

31

volumosas exportações de gás (98% do total exportado). As exportações

brasileiras para a Bolívia são compostas basicamente de manufaturados

(96,4% em 2015), com destaque para barras de ferro, betume de petróleo,

condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz,

calçados e fungicidas.

Em 2015, as exportações brasileiras para a Bolívia diminuíram 8% (de

USD 1,6 bilhão para USD 1,5 bilhão), enquanto as importações reduziram-se

em 34,3% (de USD 3,8 bilhões para USD 2,5 bilhões) em relação a 2014. O

déficit brasileiro em 2015 foi de pouco mais de USD 1 bilhão, decréscimo de

51,5% em comparação ao ano anterior. A redução do superávit boliviano em

2015 está associada à queda dos preços de venda de gás natural ao Brasil,

indexados ao barril de petróleo WTI.

Evolução do Intercâmbio Comercial Brasil/Bolívia (US$ milhões)

Exportações Importações Intercâmbio Comercial

Anos Valor Var.% Part. % no total

do Brasil Valor Var.%

Part. % no total

do Brasil Valor Var.%

Part. % no total

do Brasil

Saldo

2006 702 19,9% 0,51% 1.448 46,3% 1,59% 2,150 36,5% 0,94% -747

2007 851 21,3% 0,53% 1.601 10,6% 1,33% 2.452 14,0% 0,87% -750

2008 1.136 33,5% 0,57% 2.858 78,5% 1,65% 3.993 62,9% 1,20% -

1.722

2009 919 -19,1% 0,60% 1.650 -42,3% 1,29% 2.569 -35,7% 0,92% -731

2010 1.163 26,5% 0,58% 2.233 35,4% 1,23% 3.396 32,2% 0,89% -

1.070

2011 1.511 30,0% 0,59% 2.863 28,2% 1,27% 4.375 28,8% 0,91% -

1.352

2012 1.473 -2,5% 0,61% 3.431 19,8% 1,54% 4.904 12,1% 1,05% -

1.958

2013 1.534 4,2% 0,63% 4.035 17,6% 1,68% 5.570 13,6% 1,16% -

2.501

2014 1.612 5,1% 0,72% 3.816 -5,4% 1,67% 5.429 -2,5% 1,20% -

2.204

2015 1.482 -8,1% 0,78% 2.506 -34,3% 1,46% 3.988 -26,5% 1,10% -

1.024

Var.% 2006-2015

111,2% -- 73,1% -- 85,5% -- n.c.

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/Aliceweb, Janeiro de 2016. (n.c.) Dado não calculado, por razões específicas.

Brasil e Bolívia têm desenvolvido importante política de integração

fronteiriça, a fim de tornar a fronteira um espaço de paz, cooperação e

desenvolvimento econômico e social. Em 2011, foram criados os "Comitês de

Integração Fronteiriça", com o objetivo de buscar soluções para questões

específicas das zonas de fronteira. Foram realizadas as reuniões dos Comitês

Page 33: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

32

que operam em Corumbá/Puerto Suárez (2011), Brasileia-

Epitaciolândia/Cobija (2012), Cáceres/San Matías (2013) e Guajará-

Mirim/Guayaramerín (2013). Essa política de integração fronteiriça busca

trazer efetivas melhorias à população local.

Participação do Brasil no Comercial da Bolívia (US$ milhões)

Descrição 2010 2011 2012 2013 2014

Var. % 2010/2

014

Exportações do Brasil para a Bolívia (X1) 1.163 1.511 1.473 1.534 1.612 38,7%

Importações totais da Bolívia (M1) 5.604 7.936 8.590 9.353 10.492 87,2%

Part. % (X1 / M1) 20,75% 19,05% 17,15% 16,40% 15,37% -25,9%

Importações do Brasil originárias da Bolívia (M2) 2.233 2.863 3.431 4.035 3.816 70,9%

Exportações totais da Bolívia (X2) 6.965 9.144 11.814 12.207 12.856 84,6%

Part. % (M2 / X2) 32,06% 31,31% 29,04% 33,06% 29,69% -7,4%

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/AliceWeb e UN/UNCTAD/ITC/TradeMap. As discrepâncias observadas nas estatísticas das exportações brasileiras e das importações da Bolívia e vice-versa explicam-se pelo uso de fontes distintas e também por diferentes metodologias de cálculo.

Composição das Exportações Brasileira para a Bolívia (US$ milhões)

Grupo de Produtos

2013 2014 2015

Valor Part.%

no Total Valor

Part.% no Total

Valor Part.%

no Total

Máquinas mecânicas 229,1 14,9% 238,9 14,8% 230,5 15,6%

Ferro e aço 177,1 11,5% 196,9 12,2% 148,6 10,0%

Plásticos 108,1 7,0% 113,1 7,0% 109,5 7,4%

Automóveis 119,1 7,8% 133,4 8,3% 107,6 7,3%

Máquinas elétricas 100,5 6,5% 128,1 7,9% 102,2 6,9%

Obras de ferro ou aço 68,6 4,5% 71,5 4,4% 61,1 4,1%

Combustíveis 93,8 6,1% 71,9 4,5% 60,8 4,1%

Papel 44,6 2,9% 52,3 3,2% 52,3 3,5%

Calçados 46,0 3,0% 47,4 2,9% 50,3 3,4%

Móveis 34,9 2,3% 40,6 2,5% 39,7 2,7%

Subtotal 1.022 66,6% 1.094 67,9% 963 65,0%

Outros produtos 513 33,4% 518 32,1% 519 35,0%

Total 1.534 100,0% 1.612 100,0% 1.482 100,0%

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/Aliceweb, Janeiro de 2016.

Page 34: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

33

No departamento de Beni, as principais atividades econômicas que atraem

fluxos populacionais para o departamento são as da indústria madeireira e a

pecuária. O departamento possui o maior rebanho do país, estimado em mais de 3

milhões de cabeças (MACA, 2005). Já a atividade madeireira se estrutura

principalmente no norte do departamento em áreas da floresta amazônica

estendendo a frente madeireira que existia no estado de Rondônia para além do

limite internacional (Ministério da Integração/Retis, 2005). Neste departamento as

principais concentrações populacionais não estão situadas na zona de fronteira, as

maiores cidades estão localizadas junto à rodovia que liga a capital, Trinidad, a

Santa Cruz de La Sierra.

A Cordilheira dos Andes contém abundantes recursos minerais, devido à

idade de suas rochas formadoras, que datam do Proterozóico, sendo a exploração

destes recursos dificultada pelo difícil relevo e grandes deficiências de meios de

transporte adequados para viabilizá-la, requerendo infraestrutura de baixo custo

para acesso aos mercados consumidores.

4.5 Fronteira Estado de Rondônia

O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar nº 41 de 22 de

dezembro de 1981. Atualmente está dividido em 52 municípios e ocupa uma área de

237.590,864 km². Localizado na Amazônia Ocidental é uma das onze Unidades

Federativas que fazem parte da Faixa de Fronteira nacional e, no Plano de

Desenvolvimento do Governo Federal está incluído no Arco Central de Fronteira. O

Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, banhada pelos

rios Guaporé, Mamoré, Madeira e Abunã. Possui uma superfície de 237.590,86 km²

e população de 1.768.204 habitantes. Produto Interno Bruto – PIB do Estado em

2013 registrou um montante de R$ 31.092 (trinta e um bilhões, noventa e dois

milhões de reais) representando 10,64% doPIB da Região Norte e 0,6 do Brasil. O

Estado tem 52 municípios dos quais 27 fazem parte da Faixa de Fronteira, com uma

população na Faixa de Fronteira aproximada de 1.063.595 habitantes.

Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas áreas

destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas) o que, pelo modelo

atual de desenvolvimento, inviabiliza qualquer forma de crescimento econômico.

Page 35: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

34

PIB da Região Norte – Ano 2013

Fonte: IBGE, Instituições de Pesquisa e Secretarias de Planejamento Estaduais.

4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia

A região que ora se encontra o Estado de Rondônia já foi ocupada por vários

povos nômades e sedentários. Era habitada por tribos incaicas e tribos do litoral

brasileiro, ambos fugindo do conquistador Europeu.

Foi se consolidando como fronteira política entre Portugal e Espanha de 1500

até o séc. XVIII – ocupação remota, incentivados principalmente pela catequese

jesuítica e a política de “conservação de fronteiras” de Sebastião José de Carvalho e

Mello, o Marquês de Pombal. Ocasião em que foi construído o Real Forte Príncipe

da Beira (1776), localizado no município de Costa Marques.

O Estado Novo, através do Aviso n° 518 (MG), de 23 de setembro de 1932,

criou três contingentes especiais de fronteira em locais estratégicos:

- Forte Príncipe da Beira com 19 efetivos.

- Guajará Mirim com 34 efetivos.

- Porto Velho com 34 efetivos.

A Política de Fronteira no Estado Novo (1943 – 1955) caracterizou-se pela

ocupação da fronteira, através de colônias agrícolas em áreas estratégicas como:

- Colônia Agrícola do Iata na embocadura do rioYata (Bolívia).

Page 36: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

35

- Colônia Agrícola de Vila Bela na embocadura do Beni com Madre de Dios.

- Colônia Agrícola de Forte Príncipe.

Com o início da criação de Guajará Mirim e Porto Velho,através do Decreto

5812, de 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Guaporé.Em

1956 passou a denominar-se Território Federal de Rondônia, em homenagem ao

Marechal Cândido Mariano de Rondon que implantou a Linha Telegráfica Cuiabá -

Porto Velho.

A Lei Federal Complementar 4,1 de 22 de dezembro de 1981,elevou

Rondônia de Território à Estado, que possuía naépoca 13 municípios. A partir de

então, através de Leis Estaduais, foram criados mais 39 municípios, Como citado

anteriormente, atualmente existem 52 municípios.

O desenvolvimento do Estado pautou-se inicialmente em ciclo econômicos

sendo:

Oprimeiro período, o Ciclo da Borracha natural no Século XIX, que trouxe

um grande número de imigrantes gerando transformações para região dos vales.

Com a expansão da borracha e incorporação de novas áreas de exploração levaram

os brasileiros a ocuparem parte do território da Bolívia, gerando um conflito

internacional que culminou com a incorporação do Acre ao Brasil.Como parte do

pagamento de indenização (Tratado de Petrópolis, firmado no ano de 1903), o Brasil

se comprometeu a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré concluída em

1912, numa extensão de 366 km, ligando Guajará-Mirim a Porto Velho, permitindo o

acesso da Bolívia ao rio Madeira, abaixo do último trecho encachoeirado, e daí com

saída para o rio Amazonas e o Oceano Atlântico. Na época surgem os povoados ao

longo da EFMM, as vilas de Abunã e Murtinho.

Ainda neste período, em 1907, o Governo Federal decidiu implantar uma rede

telegráfica, sob o comando de Cândido Mariano da Silva Rondon, com início em

1907 e conclusão em 1915, entre Cuiabá e Porto Velho, como consequências

surgiram povoados ao longo da rede, hoje municípios de Vilhena, Pimenta Bueno,

Ji-Paraná, entre outros. Também deu origem à construção da BR-29, posteriormente

denominada BR-364.

O segundo ciclo também da borracha natural, ocorreu no período da II

Guerra Mundial (1939-1945), renasceu a importância dos seringais nativos da

Page 37: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

36

Amazônia e começou o Segundo Ciclo da Borracha. Novamente o Governo Federal

estimulou a migração para a região, composta quase que exclusivamente de

nordestinos, denominados de “Soldados da Borracha”.

Ainda em 1943, o Presidente Getúlio Vargas criou os territórios federais, entre

eles o Território Federal do Guaporé, posteriormente Território Federal de Rondônia,

desmembrado de terras do Amazonas e Mato Grosso.

Noterceiro Ciclo do Extrativismo, entre 1958 e 1970, toda a economia se

desenvolveu a sombra da exploração da cassiterita, sob forma de garimpo manual.

Concomitantemente ao fluxo de garimpeiros, no final da década de 60, surgiram

também migrantes agricultores e foram criadas as colônias agrícolas em Porto

Velho.

A partir de março de 1971, através da Portaria Ministerial n.º 195/70, expedida

pelo Ministério das Minas e Energia, houve proibição sumária da garimpagem

manual, a exploração passa a ser mecanizada, encerrando o Ciclo da Cassiterita.

No Quarto Ciclo, denominado de Agrícola, datado do final de 1968, a BR-29

(atual BR-364) foi consolidada permitindo que, a partir de 1970, fosse iniciado o

Ciclo Agrícola do então Território Federal de Rondônia, passando a ter seu processo

de desenvolvimento dinamizado pela expansão da colonização agrícola implantado

pelo Governo Federal através do INCRA.

O Programa Integrado do Noroeste do Brasil (POLONOROESTE), financiado

com recursos do Governo Brasileiro e do Banco Mundial foi a principal e mais

importante fonte de recursos para financiar este processo.

O objetivo do POLONOROESTE foi o de contribuir para maior integração

nacional e promover a ocupação demográfica da região noroeste do Brasil,

abrangendo a área de influência da rodovia 364 entre Cuiabá e Porto Velho. Houve

destacada oferta de terras, distribuídas gratuitamente para quem viesse para esta

região. Como resultado, uma explosão do fluxo migratório de todas as partes do

país, chegando a média de 17% ao ano.

Migrantes de toda parte do Brasil se deslocaram, principalmente, para as

áreas rurais, o que fez crescer o desmatamento, estimulado pelo processo de

colonização com consequente substituição da floresta tropical por cultivos agrícolas

e pastagens, além de formação acelerada de aglomerados urbanos.

Page 38: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

37

Para corrigir as distorções decorrentes do POLONOROESTE, foi criado em

1992, o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia (PLANAFLORO), também

financiado pelo Banco Mundial com a participação de 73% e contrapartida dos

Governos Federal e Estadual com 27%. O objetivo era prover o desenvolvimento

sustentável do Estado por meio de ações voltadas ao ordenamento territorial,

especialmente para conter o desmatamento predatório das florestas, recuperar

áreas desmatadas e ecossistemas mais frágeis, recuperar áreas de capoeira,

orientar a ocupação racional, econômica e não predatória, melhorar a infraestrutura

econômica e a qualidade de vida da população. O Programa encerrou em 2002.

Mais recentemente, a partir de 2007, teve início uma nova fase de

desenvolvimento, financiada com recursos públicos e privados voltados para o setor

energético, agroindústrias, indústrias e saneamento.

4.5.2 Rondônia: um Estado Estratégico

Rondônia está no coração da América do Sul, a posição geográfica do Estado

é estratégica, possibilita a projeção de um grande polo de desenvolvimento

sustentável. As oportunidades para a realização de investimentos no Estado

apontam, entre outras condições, a sua potencialidade hídrica e recursos naturais, o

desenvolvimento agroindustrial, a disponibilidade do 3° polo de geração de energia

hidroelétrica do Brasil, somado a tudo isso, a logística de acesso ao mercado interno

e externo. Rondônia faz fronteira com a Bolívia, estrategicamente próximo dos

países Andinos e Amazônicos, com acesso aos países asiáticos através da rodovia

Interoceânica, conhecida como Rota do Pacífico, a qual em breve será um corredor

de exportação rodoviário via Oceano pacífico.

A rodovia BR-364 que liga Rondônia, Acre e Peru, será o primeiro eixo

multimodal Atlântico-Pacífico, tornando Rondônia um entreposto para prestação de

serviços de logística, o que facilitará a exportação da produção principalmente das

regiões Norte e Centro-Oeste, via Oceano Pacífico.

A Rota do Pacífico e a Hidrovia do Madeira, juntas, formaram um canal

obrigatório de passagem dos produtos Importados de países ligados ao Oceano

Pacífico, destinados ao parque industrial de Manaus e outros estados da Região

Norte. Por outro lado, no sentido inverso às exportações de nossos produtos

Page 39: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

38

destinados à Ásia, em especialmente a china, que passou a ser um dos maiores

parceiros comerciais do Brasil.

Rota do Pacífico – Rondônia, Acre e Peru

Posição Estratégica do Estado de Rondônia

Page 40: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

39

A expansão geoeconômica de Rondônia possibilita a abertura de novas

fronteiras de mercado, bem como, em um futuro bem próximo, começarão novas

grandes obras no estado, como: a ponte binacional Brasil/Bolívia em fase de projeto

a ser construída na cidade de Guajará-Mirim, sobre o Rio Mamoré e a usina

hidroelétrica binacional no Rio Madeira foz do Rio Ribeirão a 69 quilômetros da

cidade de Guajará-Mirim.

Rondônia tem todos os motivos para comemorações antecipadas de um

mercado intercambial promissor entre os países em desenvolvimento que vem

crescendo nos últimos anos.

4.5.3 Potencialidades do Estado

O Estado tornará um grande polo de desenvolvimento sustentável da região

norte, com receitas oriundas do sistema exportador e verbas de compensação e

royalties da geração de energias das hidroelétricas do Madeira. A implantação de

grandes projetos pelo governo federal em Rondônia demonstra a importância de

nosso estado para a integração com os países da América do Sul.

Fonte SEPOG, 2015.

Como resultado desse processo, registra-se o crescimento de 307,99% na

Receita Própria do Tesouro Estadual nos últimos cinco anos. Em 2003, a receita era

de aproximadamente R$ 1.797.894.316,00 (um bilhão setecentos e noventa e sete

milhões,oitocentos e noventa e quatro mil, trezentos e dezesseis reais)

Page 41: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

40

passando,em2015, para R$ 7.335.040.167,00 (sete bilhões, trezentos e trinta e

cinco milhões, quarenta mil e cento e sessenta e setereais). O gráfico a baixo

apresenta a evolução da receita do Estado de Rondônia no período de 2011 a 2015,

período de maior crise nacional, mesmo assim, as receitas do Estado cresceram

mais de 28%.

4.5.3.1. Energia

O Estado de Rondônia já é referência nacional em energia limpa renovável,

atualmente é o 3º polo de geração de energia hidroelétrica do Brasil, interligada ao

sistema de transmissão do país. A capacidade de geração das usinas de Santo

Antonio e Jirau, no Rio Madeira, é de, aproximadamente, 6.900MW.

Encontra-se em andamento os estudos para construção da hidroelétrica

binacional Ribeirão no Rio Madeira na divisa do Brasil com a Bolívia, a 69

quilômetros da cidade Guajará-Mirim.

4.5.3.2. Mineração

O substrato geológico de Rondônia demonstra uma potencialidade para uma

vasta gama de recursos minerais de interesse econômico.

O estado possui jazidas de cassiterita, ouro, calcário, columbita, nióbio,

topázio, ametista, diamante, manganês, rochas ornamentais e agregados de uso

imediato na construção civil.

4.5.3.3. Agronegócio

Rondônia é um Estado jovem criado em dezembro de 1981, mas já apresenta

forte potencial no setor primário como:

a) Pecuária:5º maior exportador de carne do país; detém o 7º maior rebanho de

corte com 13,2 milhões de cabeças de gado (2015). Ocupa o 2º lugar na

Região Norte com 27,6% do rebanho, ficando atrás apenas do Estado do

Pará.

Page 42: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

41

O Estado realiza anualmente uma feira regional voltada para setor, a

“Rondônia Rural Show” considerada a maior feira do agronegócio da Região Norte,

com participação internacional dos países vizinhos, Bolívia e Peru. Nas últimas

quatro edições, movimentou mais de 1,6 bilhões de reais em negócios ligados ao

setor agropecuário, proporcionando o desenvolvimento econômico e social do

Estado.

b) A Agricultura do estado é bem diversificada e ocupa lugar de destaque na

Região Norte:3ª posição em produção de grão; 1º lugar na produção de café

e feijão;2º lugar em soja, milho e cacau; 3º na produção de arroz e banana e,

o 4º lugar na produção de mandioca.

4.5.3.4. Pescado

A região Norte assumiu a liderança na produção de peixe entre as grandes

regiões, com 139,1 mil toneladas. Esse crescimento foi impulsionado por Rondônia,

que subiu para a primeira posiçãono ranking nacional, com a despesca

(recolhimento de peixes criados em cativeiro) de 75 mil toneladas de peixes,

segundo IBGE/2014, tendo como estratégias o uso de águas públicas e o

incremento da área de tanques escavados.

4.5.4 Deficiência do Estado

Page 43: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

42

Rondônia configura-se como uma região pouco desenvolvida

economicamente, historicamente abandonada pelo Estado, marcada pela dificuldade

de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de coesão social, pela

inobservância de cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças.

A complexidade das relações provenientes da integração e o

desenvolvimento da Faixa de Fronteira, nos limites territoriais do Estado de

Rondônia, impõem a urgência da participação e atuação conjunta das instituições

públicas, das instituições privadas e da sociedade civil organizada, com

concentração de esforços, para promover a construção das melhores propostas de

integração e desenvolvimento. Estes atores político-econômicos e sociais se

constituem ação necessária à gestão integrada e à otimização de recursos, ao evitar

ações em duplicidade e descontinuidade, que impossibilitem eleger prioridades

regionais.

A reversão deste cenário implicará na criação de mecanismos eficientes de

empoderamento institucional dos municípios fronteiriços. Uma primeira proposta

seria a criação de localizadores específicos no orçamento do Estado e da União,

para a Faixa de Fronteira, cuja materialização deverá ser objeto de um articulado

processo de negociação dos gestores municipais, junto aos responsáveis

pelaelaboração do orçamento - PPA nos órgãos de governo.

Page 44: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

43

5 Diagnóstico Revisão da Realidade Fronteiriça

5.1 Contextualização

Historicamente, os governos vêm atuando nas fronteiras de forma

fragmentada e sem uma estratégia indutora de desenvolvimento, adicione-se a isto,

a falta de recursos previstos nos orçamentos governamentais, que não dão a devida

importância, diferente da região litorânea que recebe bilhões em investimentos e

tecnologia de última geração, enquanto a fronteira fica esquecida carente de

infraestrutura básica.

As Ações do Plano de Desenvolvimento e Integração da Fronteira – PDIF/RO,

não foram incorporadas ao PPA 2016 – 2019 do Estado e muito menos da União.

Comoconsequência as políticas de desenvolvimento regional socioeconômico do

Governo Federal e Estadual não sairão do papel.

A revisão do diagnóstico teve como base os documentos fornecidos pelos

órgãos e ou entidades envolvidas na Faixa de Fronteira. Foram analisadas e

descritas ações em curso na área, as previstas no PDIF/RO, com o foco em

reorganizá-las evitando a descontinuidade e/ou a sobreposição de ações, visando à

articulação concreta das iniciativas do governo federal, estadual e municipais, de

modo a aproveitar complementaridades e proporcionar desenvolvimento e

sustentabilidade das políticas implementadas ou propostas.

Com esse objetivo, foram identificados os programas e projetos existentes,

considerados relevantes na esfera federal, estadual, municipal ou privadas, que

possam integrar ou convergir em ações transfronteiriças, definidos como objeto da

revisão do PDIF a serem propostas e ou revisadas para a Faixa de Fronteira.

Foi adotada a mesma metodologia na fase de elaboração de agrupar em

eixos temáticos, os programas e os projetos recebidos pelo Núcleo Estadual de

Integração de Fronteira de Rondônia - NEIFRO. Os Eixos Temáticos considerados

nos trabalhos são: Educação, Saúde, Infraestrutura, Interesses Econômicos,

Segurança Nacional, Inserção e Integração Social e Sustentabilidade Ambiental.

Page 45: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

44

5.2. Educação

A Educação sempre foi uma preocupação constante de modo geral, a

pressão por este serviço tem continuado ao longo do tempo e os sucessivos

governos estaduais têm tentado suprir as necessidades, principalmente pela

obrigatoriedade da aplicação de 25% dos recursos orçamentários em Educação,

sendo efetivamente esta obrigação a grande responsável pelos ganhos quantitativos

observados nas últimas décadas.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2013 mostra

que o País ultrapassou as metas previstas para os anos iniciais (1º ao 5º anos) do

ensino fundamental em 0,3 pontos. O IDEB nacional nessa etapa ficou em 5,2,

pontos, enquanto em 2011 havia sido de 5,0 pontos.

Os anos iniciais do ensino fundamental são oferecidos prioritariamente pelas

redes municipais, que respondem por 81,6% das matrículas da rede pública nessa

etapa. O total de estudantes nos primeiros anos do fundamental é de 15.764.926,

sendo 13.188.037 de escolas públicas. As metas da rede municipal de ensino foram

alcançadas por 69,7% dos municípios brasileiros.

A rede estadual, que atende apenas 18% das matrículas públicas nessa fase,

também superou suas metas. Em 75,7% dos municípios, as escolas estaduais

superaram a nota 5,0 prevista para 2013.

A meta do Brasil é chegar a nota 6,0 na 4ª série e a nota 5,5 na 8ª série em

2021. O índice leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação:

O primeiro fator é o rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e

abandono) e o segundo é a média de desempenho na Prova Brasil.

A escala usada pela UNESCO/ONU para a educação e cultura vai de 0 a 10.

O índice médio dos países desenvolvidos é igual 6,0. O Brasil ocupa uma posição

baixa, o 88º lugar de 127 no ranking de educação feito pela UNESCO. Com isso, o

país fica atrás da Argentina e do Chile e até mesmodoEquador e da Bolívia.

Rondônia

O IDEB 2015 nos anos iniciais da rede pública atingiu a meta e cresceu, mas

não alcançou a nota 6,0. Pode melhorar para garantir mais alunos aprendendo e

com um fluxo escolar adequado.

Page 46: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

45

A média de anos de estudo da população de Rondônia aumentou de 4,5 anos

em 2003 para6,0 anos em 2008. Entretanto, ainda reconhecidamente distantes do

índice desejável de 11anos.

Evolução do IDEB - Rondônia

Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2015)

5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2013)

Pesquisa do INEP mostra que 50% das escolas públicas em Rondônia

obtiveram notas abaixo da meta estipulada pelo governo federal, para os anos finais

do ensino fundamental, que equivale o ciclo da 4ª série/5ª série IDEB igual 5,4 e da

8ª série/9ª série IDEB igual a 3,7. O estudo foi feito com base nos dados do Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2013, divulgados pelo Ministério da

Educação - MEC.

Relação dos Municípios da Faixa de Fronteira -População PIB e IDEB

POPULAÇÃO, PIB E IDEB DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

Município Classificação Pop (2015) *

IDEB Ensino Público (2013)

4ª série 8ª série

Alta Floresta d'Oeste Linha de fronteira 25.578 5.3 3.9

Alto Alegre dos Parecis Linha de fronteira 13.940 5.8 5.2

Alvorada d’Oeste Faixa de Fronteira 17.063 5.6 4.0

Buritis Faixa de Fronteira 37.838 6.3 3.8

Cabixi Linha de fronteira 6.355 *** 4.1

Page 47: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

46

Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 14.220 5.2 3.8

Cerejeiras Faixa de Fronteira 17.986 6.6 3.6

Chupinguaia Faixa de Fronteira 10.129 5.6 3.7

Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 18.817 6.1 3.6

Corumbiara Faixa de Fronteira 8.842 5.9 4.7

Costa Marques Linha de fronteira 16.651 5.2 2.8

Guajará-Mirim Cidade-gêmea 46.632 4.4 3.5

Nova Brasilândia d’Oeste Faixa de Fronteira 21.592 7.1 5.8

Nova Mamoré Linha de fronteira 27.600 5.0 3.9

Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 10.276 5.4 4.4

Parecis Faixa de Fronteira 5.697 5.4 3.8

Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 37.512 5.8 4.0

Pimenteiras do Oeste Linha de fronteira 2.424 3.7

Porto Velho Linha de fronteira 502.748 4.8 3.2

Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 3.501 *** 3.8

Rolim de Moura Faixa de Fronteira 56.242 5.6 3.9

Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 8.532 5.9 4.7

São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 6.103 5.2 3.8

São Francisco do Guaporé Linha de fronteira 19.002 5.4 3.8

São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 23.933 5.9 4.4

Seringueiras Faixa de Fronteira 12.581 4.4 3.6

Vilhena Faixa de Fronteira 91.801 6.3 4.1

TOTAL (IDEB do Estado) 1.063.595 5,4 3,7

Taxa de Analfabetos do Estado (IPEA 2004-2009)

7,5%

Taxa de Analfabetos Funcionais do Estado (IPEA 2004-2009)

13,9%

Fonte: INEP/MEC 2013

5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas

A Educação Escolar Quilombola tem como objetivo específico, a valorização e

afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, tendo como base a Lei

10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do

ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Parecer CNE/CEB 07/2010 e

na Resolução CNE/CEB 04/2010 institui a educação escolar quilombola como

modalidade da educação básica, institui as Diretrizes Curriculares Gerais para a

Educação Básica. Isso significa que a regulamentação da Educação Escolar

Quilombola nos sistemas de ensino deverá ser consolidada em nível nacional.

Page 48: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

47

Deverá seguir, também, as orientações do Parecer CNE/CP 03/2004 e Resolução

CNE/CP 01/2004, bem como as demais orientações e resoluções do CNE voltadas

para a educação nacional.

A educação para as comunidades tradicionais localizadas na Faixa de

Fronteira atende em média duzentos alunos. Realizada na modalidade multisseriada

pelas prefeituras nas séries iniciais, ao término, os alunos ficam sem opção da

continuidade. Aguardam a idade de 15 anos para cursar a Educação de Jovens e

Adultos – EJA, causando sérios prejuízos, pois muitos destes não retornam mais a

sala de aula, ou saem da comunidade para dar sequência nas sedes dos municípios

não retornando mais as suas origens.

5.3 Saúde

O diagnóstico tem como base as informações obtidas dos trabalhos

executados pelo projetoSistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS(Ministério da

Saúde), o qual foi executado em todos os municípios de fronteira.

Ao considerar as condições de gestão é possível perceber que o sistema de

saúde, apesar de receber os investimentos de recursos do governo, mostra-se ainda

muito precário. A falta de planejamento operacional que possibilite promover um

melhor diagnóstico situacional da saúde e de outros aspectos, como administração

pública e orçamentária, objetivando o melhor gerenciamento e aplicação dos

escassos recursos para a saúde.

Os municípios de fronteira não possuem controle efetivo de fluxo e demanda

de atendimento a estrangeiros e necessita, portanto, avançar na apresentação de

projetos conjuntos com o vizinho boliviano.

O contingente da população vivendo em condições de extrema miséria e

pobreza, associada às precárias condições de saneamento básico, infraestrutura e

abastecimento e consumo de água impróprios contribuem para o grande aumento

de doenças relacionadas às más condições de vida dos moradores, doenças

infectocontagiosas e parasitárias, que ainda acometem enormes contingentes da

população (22,89%), além da incidência de hepatites virais, dengue, entre outras

doenças vinculadas a proliferação de vetores.Faltam dados para caracterizar a

vigilância ambiental, epidemiológica e sanitária.

Page 49: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

48

Por outro lado, a falta de pessoal médico é problema frequente do lado

brasileiro, como observado em Guajará-Mirim, o que estimula a vinda de

profissionais do país vizinho que, no entanto, não podem exercer sua atividade

legalmente devido às exigências dos Conselhos de Medicina. Em diversas cidades-

gêmeas é cada vez mais comum que os nacionais da cidade vizinha queiram ter

seus filhos do lado brasileiro de forma a garantir o atendimento posterior, o que nem

sempre é compreendido pelas prefeituras, gerando desconforto de parte a parte.

No entanto, o problema da saúde na fronteira requer ações que fogem ao

âmbito municipal. Como:

- Regulamentação do atendimento a estrangeiros e a brasileiros residentes no

exterior, nos Sistemas Locais de Saúde de municípios fronteiriços;

- Elucidação e previsão de recursos para cobrir os gastos com usuários de

fronteira;

- Regulamentação governamental do trabalho de profissionais da área de

saúde, para exercerem a profissão na área de fronteira;

- Carência de postos adequados de vigilâncias nos municípios.

5.4 Infraestrutura

O planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de

cargas da AmazôniaLegal definido no Projeto do Norte Competitivo – PNC -

elaborado pela MACROLOGÍSTICA, aponta que confrontando-se a demanda de

movimentação de cargas com a infraestrutura atual, tornou-se possível apontar os

principais gargalos de infraestrutura existentes, os quais poderão se multiplicar no

futuro se nada for feito. Além disto, haverá deterioração da qualidade das estradas

e, por conseguinte, a redução da velocidade média, diminuição na capacidade de

movimentação de cargas, o que só tende a piorar o cenário. Hoje, todo o fluxo de

carga usa a BR-364 e a hidrovia do baixo Madeira. É preciso a construção de

ferrovias e eclusas no rio Madeira

5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira

O Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, toda a

extensão definida pelos rios Guaporé, Mamoré e Abunã. O acesso rodoviário a linha

de fronteira só é possível em quatro localidades, sendo:

Page 50: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

49

O primeiro ao sul do estado pela BR-435 (antiga RO-399) que liga a cidade de

Vilhena a Pimenteiras, a rodovia com pavimentação inacabada, ou seja, 32 km sem

asfalto.

O segundo acesso na parte central pela RO-135, que liga a cidade de Alta

Floresta ao Distrito de Porto Rolim na linha de fronteira, rodovia estadual sem

pavimentação.

O terceiro acesso também na parte central BR-429 que liga Presidente Médici

na BR-364 à Costa Marques, rodovia com pavimentação concluída, restando parte

das obras de artes (em construção 16 pontes).

Oquarto e último acesso ao norte pela BR-425 que liga Abunãna BR-364 a

Guajará-Mirim, rodovia com a pavimentação em fase de conclusão, adequada aos

padrões rodoviário do DNIT, restando concluir as obras de artes (pontes sobre o Rio

Araras e Ribeirão).

Outro acesso é por meio da “Estrada Parque”em caráter emergencial, porém

com pendências judiciais a BR-421,que liga Ariquemes a Campo Novo sem

restrições,com 80km asfaltados. Já o trechodacontinuação da BR-421de Campo

Novo a Guajará-Mirim, enfrenta a burocracia judicial. A construção deste trecho

aberto no bioma de preservação ocorreu em consequência da grande cheia de 2014

e articulação do governo do estado junto ao governo federal e poder judiciário

Fonte: SEDAM/RO

A “Estrada Parque” está sendo muito bem preservada e cuidada pelos órgãos

estadual e federal, permitindo apenas o tráfego de veículos utilitários transportando

Page 51: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

50

alimentos perecíveis e de passeio das 7 às 18 horas. Bem sinalizada, a velocidade

não pode ultrapassar os 30 km.

5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira

A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais de

demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A hidrovia é o

meio de transporte mais econômico e sustentável. Somente em termos da redução

do impacto ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é evidente por si mesma,

considerando a ordem de grandeza de emissão de monóxido de carbono de 1 para

hidrovia, 10 para ferrovia e 50 para rodovia. A hidrovia é o modelo de transporte

menos oneroso que qualquer outra modalidade disponível no mundo. Mas, no Brasil,

onde há condições geográficas bastante favoráveis a esse tipo de operação, os

investimentos no setor andam na contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário,

que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.

Falta a sensibilização do Governo Federal para que venha realizar ou

impulsionar os investimentos hidroviários, que sempre ficaram em segundo plano.

Há um conflito antigo entre geração de energia por meio de hidrelétricas e a

navegação. Historicamente, a geração vem se impondo como uso prioritário dos

caudais dos rios, deixando a hidrovia em segundo plano. Por esse motivo os

reservatórios fluviais em geral, não contam com eclusas para dar a oportunidade à

navegação e ao transporte hidroviário.

A situação da hidrovia do rio Madeira não é diferente do restante do país,

para ligar o baixo Rio Madeira com a Bolívia, necessita da construção de três

eclusas, sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira

eclusa onde será construída a hidroelétrica de Ribeirão Binacional Brasil-Bolívia a

aproximadamente 75 km da cidade de Guajará-Mirim.Com a construção dessas

eclusas a navegação se estenderá até os rios Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se

possível ligar o leste do Mato Grosso ao Oceano Atlântico. A hidrovia tem grande

vantagem para o desenvolvimento da região, como Rondônia, Acre e Sul do

Amazonas, que irão gerar volumes crescentes de carga, em áreas não sujeitas à

influência de outros corredores. Inclui-se a soja da Bolívia.

Page 52: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

51

Segundo a PCE – Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda, a implantação

da hidrovia do Madeira-Guaporé com as eclusas das UHE´s do Madeira irá

representar uma redução de custo/melhoria de cerca de U$D 15,0/ton de soja,

representando um acréscimo de mais 12% na receita do produtor. Sendo

importantíssima para diversificação e segura ampliação da produção regional de

grãos.

A Hidrovia do Madeira é umas das maiores hidrovias do país, em volume na

navegação interior, transportou mais de 4.785.638 toneladas em 2014, ficando atrás

apenas da Hidrovia Solimões-Amazonas, esta com o dobro da tonelagem. A

Hidrovia do Madeira também se destaca pelo volume de soja transportado, 2,2

milhões de toneladas, que corresponde a 50% do total de carga transportado na

hidrovia.

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO TKU POR GRUPO DE MERCADORIA NO RIO MADEIRA - 2014

Fonte: SDP/ANTAQ

Transporte de cargas realizado pela hidrovia madeira no ano de 2014. Para a

elaboração do quadro valeu-se de dois indicadores de produtividade: tonelada útil

transportada (t) e tonelada quilômetro útil (TKU).

TRANSPORTE DE CARGAS HIDROVIA DO MADEIRA 2014

Tipo de Navegação Quantidade (t) TKU

Estadual 4.784.856 5.123.072.998

Internacional 781

Total Geral 4.785.638 5.123.072.998 Fonte: SDP/ANTAQ

Page 53: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

52

5.4.3 Porto Graneleiro

O transporte aquaviárioé um dos meios mais importantes para a logística

nacional. De commodities a hortifrutigranjeiros, quer seja em grandes navios

cargueiros ou em pequenas embarcações mistas (passageiros e carga), de tudo se

transporta pela aquavia brasileira.

Os rios Guaporé e Mamoré são navegáveis numa extensão de 1.168 km de

Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, até Guajará-Mirim e, por eles

poderiam ser transportadas a soja produzida na região de SapezalnoMatoGrosso.

Na época da colheita estes rios estão com os seus níveis hídricos bastante

elevados, meses de fevereiro e março, o que persiste ate o final de mês de maio ou

junho. Também, a Bolívia poderia escoar parte da produção de soja boliviana

nesses meses pelo rio Mamoré desde Puerto Vila na Bolívia.

Todo esse trecho dos rios Guaporé e Mamoré não tem nenhum tipo de porto.

Hoje, apenas embarcações de pequeno porte navegam nos rios e ancoram

diretamente no barranco dos rios. O mapa ilustra a redução da distância dos

mercados internacionais da soja e milho produzidos no oeste de Mato Grosso e

Rondônia.

Fonte: LabTrans (2014)

Page 54: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

53

5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim

A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso

projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de

produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile,

sendo também saída para o pacífico.

A construção da ponte se arrasta há várias décadas e faz parte do Tratado de

Petrópolis firmado em 1903 entre os dois países. Um acordo para a construção da

ponte foi firmado entre Brasil e a Bolívia em 14 de fevereiro de 2007 e promulgado

através do Decreto n° 6.858/25, de maio de 2009. Também foi constituída uma

Comissão Mista Brasil/Bolívia, em 20 de novembro de 2008, para acompanhar a

execução da mesma.

A ponte terá 1.220 (mil e duzentos e vinte metros) de extensão sobre o rio

Mamoré, entre o município de Guajará-Mirim do lado brasileiro e Guayaramerín,

cidade boliviana.

Em 16 de janeiro de 2009 foi lançado o Edital 0013/09/00 para a contratação

de empresa para elaboração do Projeto Básico Ambiental de Estudos Florestais. O

projeto de engenharia já foi concluído, mas ficou muito caro, em função disso, um

novo projeto de engenharia foi elaborado e aprovado pelo Departamento Nacional

de Infraestrutura de Transporte – DNIT.

Atualmente, a travessia de brasileiros e bolivianos no rio Mamoré é feita em

simples voadeiras e o transporte de cargas em balsa.

Projeto da Ponte Binacional em Guajará-Mirim

Fonte: EIA/RIMA - DNIT

Page 55: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

54

A construção da ponte, na avaliação da população de Guajará-Mirim é um

marco histórico, por resgatar o passado e projetar um novo futuro para Rondônia e a

Bolívia.

Audiência Pública realizada em 15/12/2009. EIA/RIMA concluído e Licença

Prévia Ambiental emitida em, 08/04/2010, com validade de 4 anos. A Licença se

encontra vencida. A previsão de licitação da ponte para o ano de 2016.

5.4.5 Infraestrutura Urbana

As cidades de fronteira carecem de infraestruturas básicas, necessita de

construção de equipamentos urbanos, implantação de infraestrutura social de apoio

à produção, construção de obras civis, saneamento, canalização, tratamento e

abastecimento de água e transportes, dentre outros. Essas ações têm como

finalidade melhorar a qualidade de vida nos municípios fronteiriços,

proporcionaraspopulações da Faixa de Fronteira maior nível de satisfação. Falta a

sensibilização do Governo Federal e Estadual, para investir em áreas sociais que

venham mudar o padrão de qualidade de vida. Os gestores sempre deixaram em

segundo plano o investimento em infraestrutura urbana, por serem obras que não

aparecem politicamente e causam transtornos durante sua execução.

5.5 Interesses Econômicos

A região de fronteira fica fora do Eixo de Desenvolvimento do Estado, ou seja,

a área de influência da BR-364, onde se concentram as maiores cidades e a maior

economia de Estado.

Se não bastassem todas as dificuldades, a região de fronteira é de difícil

acesso, fica afastada dos grandes centros consumidores e, a falta de infraestrutura

logística encarece o produto final. Somado a tudo isso, a população tem baixo nível

escolar e com pouco grau de organização coletiva.

A população da linha de fronteira caracterizada por ribeirinhos,

remanescentes de quilombos, indígenas, pescadores e seringueiros presentes

desde o povoamento do estado, ali permaneceu e tornou-se aliada de grande

importância na ocupação fronteiriça, segurança nacional, diversidade

socioambiental, econômica e cultural.

Page 56: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

55

Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas áreas

destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas), o que pelo modelo

atual de desenvolvimento, inviabiliza o crescimento econômico. Sua economia é

baseada na agropecuária e no extrativismo, sendo as principais culturas: a castanha

do Brasil, o cupuaçu, o açaí, borracha, madeira, cacau e plantas medicinais como:

copaíba e andiroba. Esses produtos da biodiversidade continuam a ser a base

econômica de muitas famílias na Faixa de Fronteira. Apesar de enfrentar crises de

preço, ocasionadas pela concorrência com outros produtos. O extrativismo é uma

atividade que ainda recebe pouco apoio dos órgãos públicos; falta estímulo

econômico e fiscal para seu pleno desenvolvimento.

Grande parte das empresas atua na informalidade, o que dificulta uma

estratégia de desenvolvimento, na qual a combinação de elementos econômicos,

políticos, sociais e institucionais conduzem ao crescimento da produção, do

emprego, da inovação, do progresso tecnológico e à elevação nos níveis de bem-

estar da sociedade.A falta de oportunidades provoca o esvaziamento sócio-político-

econômico de sua população, especialmente pelos seus habitantes mais jovens que

migram para os grandes centros.

São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda

sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de movimentação,

disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido caminho para a

mercadoria chegar ao consumidor, destino final do produto.

5.5.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC)

Área de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO no Município de Guajará-

Mirim abrange uma superfície de 82,5 quilômetros quadrados, incluindo o perímetro

urbano, criada através da Lei no. 8.210/1991, para livre comércio de importação e

exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de promover o

desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do Estado e com o

objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a

política de integração latino-americana, uma vez que empresários de todo o Brasil

buscam a Área de Livre Comércio para incrementar seus negócios, com isso aquece

Page 57: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

56

a economia local, gerando emprego e renda e trazendo mais bem estar social para o

município.

Arrecadação Federal: AC,AM,AP,RO E RR (Valores em R$)

ANOS ESTADOS

ACRE AMAZONAS AMAPÁ RONDÔNIA RORAIMA

2003 95.812.416 2.883.491.705 171.604.449 395.929.974 115.847.050

2004 114.246.991 4.340.150.439 181.735.621 453.271.582 150.343.992

2005 124.129.204 4.141.966.827 158.708.522 423.640.562 106.297.771

2006 159.822.075 4.899.466.496 156.839.073 460.903.487 120.298.740

2007 177.177.899 5.633.288.895 208.695.071 518.981.896 145.588.001

2008 204.212.564 7.156.453.867 230.155.420 635.407.362 181.049.941

2009 244.750.129 6.283.046.181 225.847.874 686.396.463 200.919.292

2010 292.796.134 7.448.084.151 245.506.619 799.615.604 223.238.967

2011 352.978.868 8.599.259.853 439.324.543 1.145.925.409 363.214.779

2012 385.309.712 8.958.752.913 461.889.797 2.478.513.152 418.393.818

Fonte: Secretaria da Receita Federal

A SUFRAMA tem muita importância como gerenciadora da Área de Livre

Comércio de Guajará-Mirim - ALCGM. Os incentivos fiscais que teoricamente trariam

bons resultados para os munícipes e toda região, no entanto, na prática, os

resultados não são positivos. As restrições legais para circulação de caminhões

adquiridos na ALCGM anula o incentivo, por isso,é preciso altera a lei para permitir

aos caminhões circularem dentro do estado. A SUFRAMA em Guajará-Mirim gera

uma arrecadação enorme para a autarquia, o que faz de Guajará-Mirim uns dos

municípios que mais arrecada no Estado de Rondônia,mas isso não gera receita

para o município e nem para a região.

Entre as muitas atribuições da SUFRAMA, uma delas é a INTERIORIZAÇÃO

DO DESENVOLVIMENTO. Para isto,ela faz parcerias com governos estaduais e

municipais, instituições de ensino e pesquisa, entidades de classe e cooperativas

para viabilizar projetos de apoio à infraestrutura econômica, produção, turismo,

Page 58: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

57

pesquisa e desenvolvimento, formação de capital intelectual e ainda capacitação,

treinamento e qualificação profissional. Entretanto, isto não tem ocorrido em Guajará

Mirim.

Existem vários projetos protocolados na SUFRAMA, aguardando aprovação,

porém, as respostas obtidas são que não existem recursos financeiros, uma vez que

tudo está contingenciado no Tesouro Nacional.

A presença da SUFRAMA em Guajará-Mirim não deve se ater somente ao

status de Área de Livre Comércio, ela é maior e deve estar presente como um

instrumento do Governo Federal e não do Estado do Amazonas. A SUFRAMA se

preocupa muito com Manaus e pouco com os demais Estados da Região. Não se

justifica o isolamento da cidade de Guajará-Mirim.

A localização inadequada das instalações da SUFRAMA no município,

conjugada com a chegada de aproximadamente 100 (cem) carretas por dia, gera

grande transtorno no trânsito tanto no perímetro urbano quanto na BR-425; gera

muitos acidentes; torna as ruas esburacadas e uma verdadeira desordem no

trânsito.

A população tem reclamado do descaso da SUFRAMA com o município, pois

Guajará-Mirim não recebe investimentos desta autarquia para ajudar a melhorar a

infraestrutura do município.

5.5.2 Free Shop

A Lei nº 12.723/2012 autorizou a instalação de lojas francas (Free shop) em

Cidade Gêmea de municípios da faixa fronteira com outros países. Comuns nos

aeroportos internacionais, essas lojas vendem mercadorias nacionais e estrangeiras

com regime tributário diferenciado, sem cobrança de impostos de importação. As

transações também podem ser feitas em moeda nacional ou estrangeira.

Cidades gêmeas são aquelas com mais de 2 mil habitantes e que ficam uma

ao lado da outra, mas em países diferentes. Essas áreas podem ser caracterizadas

como economias regionais atualmente isoladas dos centros dinâmicos e de decisão

nacionais e com potencial de desenvolvimento.

Page 59: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

58

Guajará-mirim se enquadra nas exigências legais para instalação de Free

Shop, que se encontra em fase de estudo.

5.5.3 Zona Franca Verde (MDIC)

O município de Guajará-Mirim, beneficiado pela Zona Franca Verde, Lei nº

11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 8.597,

de 18 dezembro de 2015, cria Zona Franca Verde em seis municípios da Região

Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles. Com a regulamentação da Zona Franca

Verde, os municípios beneficiados passam a receber a concessão de incentivos

fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas

regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

O primeiro critério é o de preponderância absoluta, onde a matéria-prima

regional deverá compor a partir de 50% do produto final, ou seja, se um

determinando produto tiver, no mínimo, metade da sua composição (volume, peso)

constituída de matéria-prima regional, então sua fabricante poderá ser beneficiada

pelas isenções da ZFV. Outra norma é a preponderância relativa, cuja análise será

feita caso a caso. Já no critério de importância, o produto industrializado pode ter

baixo percentual de matéria-prima na composição, no entanto, se ela tiver uma

grande importância nas características finais, o manufaturado também se enquadra

nos parâmetros de fabricação da ZFV.

Os benefícios de incentivos fiscais previsto na ALC e ZFV,para a região só

terão resultados positivos no desenvolvimento, com a implantação de um polo

industrial da sociobiodiversidade em Guajará-Mirim, caso contrário migraram para

outras regiões é o caso dos recursos arrecadados pela SUFRAMA.

5.5.4 Arranjos Produtivos Locais – APL (sociobiodiversidade)

Atualmente os APLs existentes no Estado de Rondônia têm o Município Sede

no Eixo da BR-364, muito além dos 150 km da linha de fronteira, o que torna difícil a

integração dos atores representados pelas organizações públicas e privadas

voltadas para o setor como as universidades, instituições de pesquisa, empresas de

consultoria e de assistência técnica, órgãos públicos, organizações privadas e não

Page 60: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

59

governamentais, entre outros, que ajudam a formar um Arranjo. Falta para a Faixa

de Fronteira vontade política dos Governos no apoio fundamental para o

desenvolvimento dos APLs, ou seja:

a) prover infraestrutura que suporte o crescimento dos APLs;

b) apoiar o ensino e treinamento de mão-de-obra;

c) apoiar atividades e centros de pesquisa e desenvolvimento;

d) financiar investimentos cooperativos que permitam aos empresários atingir

escalas e oferecer serviços especializados antes não disponíveis no APL;

e) fazer investimentos públicos que gerem externalidades;

f) ser interlocutor, estruturador e promover o aperfeiçoamento das entidades

representativas dos empresários da cadeia produtiva.

APLs Priorizados Pelo NEAPL/RO – MIDIC – Ano 2012

Nº APL Município Polo

1 APL Apicultura Vilhena

2 APL Piscicultura Pimenta Bueno

3 APL Piscicultura Ariquemes

4 APL Pecuária de Leite Ji-Paraná

5 APL SAFs Ouro Preto

6 APL Madeira Móveis Ariquemes

7 APL Fruticultura Porto Velho

8 APL Confecção de Pimenta Bueno/Cacoal; Pimenta Bueno

9 APL Cafeicultura de Cacoal; Cacoal

10 APL Hortigranjeiro em Porto Velho; Porto Velho

11 APL Turismo Guajará Mirim

12 APL Fruticultura Cacoal/ Rolim de Moura Rolim de Moura

13 APL da Sociobiodiversidade da Região do Mamoré

Guajará Mirim

O Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais - NEAPL/RO, criado através

do Decreto Estadual nº 13666 de 16/06/2008, sob a coordenação da Secretaria de

Page 61: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

60

Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão -SEPOG, atualmente é constituído

por 28 instituições governamentais e não governamentais.

Atualmente o NEAPL/RO está sob a coordenação da SEAGRI com 28

instituições. Neste contexto foram focadas ações para capacitação e divulgação da

Política Estadual de APL, através da realização de seminários e formação de

Grupos Regionais de APL e estruturação de comitê gestores de APL. Foram

identificados novos APLs ficando atualmente a seguinte configuração:

5.5.5 Turismo

Rondônia é um estado com potencial para o turismo de patrimônios histórico.

Guajará-Mirim e Porto Velho, municípios da linha de fronteira e cidades

consideradas históricas, surgiram durante o primeiro ciclo da borracha no Século XX

e com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

O patrimônio histórico do estado foi valorizado pelo Instituto de Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com o tombamento da Estrada de Ferro

Madeira Mamoré e diversos materiais a ela relacionados, nos municípios de

Guajará-Mirim e Porto Velho, bem como, o Forte Príncipe da Beira no Município de

Costa Marques. Entretanto, o turismo histórico não tem recebido a devida atenção

das instituições públicas. Porém, parte do patrimônio foi recuperado com verbas de

compensações das hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, mas não houve a devida

conservação das mesmas pelas instituições responsáveis e por isso novamente

estão deterioradas, para não dizer abandonadas.

O Turismo Ecológico não é explorado, o Estado tem um potencial enorme,

mas não dispõe de infraestrutura para receber os turistas.

5.6 Segurança na Fronteira

O eixo segurança,principalmente no que diz respeito à fronteira, é o mais bem

atendido pelo Governo Federal, através do Ministério da Defesa com o Programa

Calha Norte - PCN e do Ministério da Justiça, visando a Estratégia Nacional de

Segurança Pública nas Fronteiras–ENAFRON -tem destinado recursos financeiros

Page 62: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

61

ao Estado para implantar os projetos previstos no Plano Nacional de Segurança na

Fronteira.

Segundo estudo da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, no arranjo

espacial do narcotráfico, o Brasil mesmo não figurando no cenário internacional

como um grande mercado consumidor é um importante corredor para o tráfico. O

conjunto de condições do Brasil, na rede do narcotráfico deve-se a sua ampla

fronteira continental que facilita o movimento de grandes quantidades de

entorpecentes no país. Autoridades de segurança brasileira reconhecem que as

apreensões de entorpecentes alcançam em torno de 20% do quantitativo de drogas

que circulam no país.

O narcotráfico se estrutura sob as redes de: produtores da coca, dos

formuladores do trânsito dos subprodutos de coca, que incluem os laboratórios e das

redes de lavagem de dinheiro, contrabando, descaminhos e outras atividades em

apoio à rede.

O desafio no Estado de Rondônia, que se apresenta neste momento histórico

da gestão da segurança pública, é o de realizar o efetivo monitoramento das ações,

atribuídas às instâncias executivas e a avaliação dos impactos destas sobre a

realidade que se deseja transformar:

Compartilhar informações.

Cronograma de operações integradas.

Realização de planejamento conjunto.

Estabelecer um protocolo de cooperação.

Aquisição e distribuição de equipamentos de logística e comunicação.

Intensificar as vistorias em embarcações.

Intensificar as fiscalizações veicular.

Intensificar as fiscalizações nas entradas e saídas de estradas vicinais.

5.7 Inserção e Integração Social

5.7.1 Estudos do IICA

Page 63: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

62

Segundo os estudos do Instituto Interamericano de Cooperação para

Agricultura – IICA (Projeto de Cooperação Técnica para Consolidação das Políticas

Nacionais de Desenvolvimento Regional, 2009/2012)naFaixa de Fronteira

identificaram ações do Governo Federal, através dos ministérios e órgãos que direta

ou indiretamente possuem interface no processo e a conclusão dos estudos

realizados é que, não raro, os órgãos desconheciam as ações e projetos um dos

outros, o que tem ocasionado superposição de esforços em detrimento de outras

áreas mais carentes dentro da Faixa de Fronteira. Essa situação lamentavelmente

permanece inalterada.

Faz-se necessário ações do Governo Federal para coibir duplicidades de

esforços e reduzir os efeitos de descontinuidades no processo de implementação

das políticas públicas para a região.

Analisando o conjunto de programas e ações que compõe o PPA 2008/2011

do Governo Federal, é possível verificar que o Governo Federal possui apenas um

programa com localizador específico para a Faixa de Fronteira, o PDFF, cujo

orçamento para o ano de 2009, totalizou um montante de R$ 337.766.462,00 ou

2,6% do orçamento do Ministério da Integração. “A distribuição de seus recursos,

que nem sempre ocorre de forma equitativa entre os territórios, havendo

invariavelmente uma concentração naqueles de maior poder político institucional.”

A fronteira do Brasil com a Bolívia se caracteriza pela ausência de

investimentos do Governo Federal, seja em infraestrutura ou social. O

reconhecimento da cidadania é extrema importância na integração regional da Faixa

de Fronteira. Este assunto tem sido objeto de vários protocolos internacionais em

especial no MERCOSUL, como por exemplo, o Acordo entre o Brasil e o Uruguai

que permite ao cidadão Uruguaio, fixar Residência no Brasil, bem como, estudar e

trabalhar. Decretos sobre vigilância sanitária de alimentos e de animais em zonas de

fronteira também foram aprovados, demonstrando uma maior preocupação com a

manutenção de padrões sanitários da produção animal brasileira de exportação,

sujeita a maior controle internacional no MERCOSUL.

Finalmente, observa-se que várias medidas institucionais adotadas pelo

Governo Federal não tem atendido ao Estado de Rondônia. Porém, falta muito a

fazer para que seja incluído Rondônia em territóriotransfronteiriço, bem como, a

Page 64: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

63

parte Boliviana nesta empreitada, sem essa inclusão comprometerá o êxito de

quaisquer programas e projetos da zona de fronteira.

5.7.2 Política sobre Drogas

A Bolívia apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar

uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é

apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal.

O uso indevido da planta na forma de drogas causa um círculo vicioso,

geralmente conduzido por complicações sociais, como: a violência, a corrupção, o

desemprego, desajustes familiares e problemas de saúde.

A produção de coca pelos países tradicionais como Colômbia, Peru e Bolívia,

envolve aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, com o cultivo dessa planta, esses

produtores são denominados de cocaleros.

As Nações Unidas vem estimulando programas alternativos, para desenvolver

outras culturas agrícolas como renda aos agricultores que abandonarem cultivos de

drogas ilícitas. O fundo de doadores internacionais em 2013 destinou mais 283

milhões de dólares para América do Sul, desse montante, a Bolívia recebeu

aproximadamente 8,3%.

Segundo o Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime – UNODC, a

área de cultivo da coca boliviana vem diminuindo. O quadro abaixo ilustra a redução

do cultivo ilícito de coca na Bolívia:

Cultivo Ilícito de Coca no Período de 2010-2013 - Bolívia

Ano 2010 2011 2012 2013

Área Cultivada em Hectares 31.000 27.200 25.300 23.000

Produção em Toneladas 40.900 33.500 30.400 24.300

Fonte: UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime

Segundo o Relatório Brasileiro sobre Drogas de 2009 o estado de Rondônia é

o que apresenta as maiores taxas da Região Norte, seguido do estado de Amazonas

com relação à posse para o uso de drogas ilegais, sendo que a média de Rondônia

é de 37,99 enquanto do Amazonas é de 21,26. O Observatório do Crack, através da

Page 65: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

64

Polícia Federal aponta que nos últimos 5 anos, a coca tem sido plantada cada vez

mais próxima da fronteira, para facilitar a entrada no país.

A fronteira de Rondônia tem 1.342 km de extensão com a Bolívia, fator que

fragiliza o estado pelo fácil acesso a drogas ilícitas. Conforme pesquisas

apresentadas no Livro publicado pela Câmara dos Deputados “Crack, leva

segurança pública a jogar dinheiro no ralo”. No estado de Rondônia,1742 dos presos

(Infopenjun 2013 – G1) tem envolvimento com drogas, sendo que o percentual de

presos por tráfico é superior aos demais estados em virtude de sua localização

geográfica.

5.8 Sustentabilidade Ambiental

A biodiversidade em Rondônia ainda conserva 63% de seu território em áreas

protegidas. No estado há 87 áreas protegidas que totalizam 14.970.058,15 hectares

e correspondem a 63 % de sua extensão territorial. Destas, 73 são áreas protegidas

de uso sustentável, das quais 30 são terras indígenas e 24 são reservas

extrativistas, o que representa uma extensão territorial de mais de 7,5 milhões de

hectares. Juntas, correspondem a 33,65 % do território de Rondônia, habitadas por

mais de 20 etnias, além de outras populações tradicionais, abrangendo uma

população de 15 mil pessoas.

A área de Fronteira do Brasil/Bolívia, trata-se de uma região

predominantemente caracterizada pela presença de Áreas Protegidas, sob jurisdição

federal e estadual brasileira,requeros devidos cuidados com a presença das

diversas categorias de Unidades de Conservação, implicando em alguns casos,

respeito às populações nas unidades, como é o caso das Reservas Extrativistas -

Resex’s, Áreas Indígenas e da população ribeirinha.

Há um sistema de leis ambientais que observam o uso adequado de áreas

protegidas, Sistema Nacional de Unidades de Conservação –

SNUC.Precisamosconhecer as leis que regulamentam o sistema ambiental da

Bolívia. É neste sentido que surgem as necessidades prioritárias de consenso

binacional para atender às demandas.

Neste contexto, alguns questionamentos surgem, tais como atender as

necessidades da população regional sem conflitar com os interesses

socioambientais das populações tradicionais, sem o radicalismo de preservar o meio

Page 66: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

65

ambiente, sem esquecer que o homem é parte fundamental deste. Daí porque a

ordem é a da sustentabilidade ambiental.

A sustentabilidade passa pelo Zoneamento Socioeconômico-Ecológico do

Estado de Rondônia (ZSEE-RO). É o ponto de partida para a territorialização, com

zonas e subzonas definidas pelo ZSEE-RO e uso determinado em Lei. Observamos

ainda a Lei Federal nº 6.938/1981 Política Nacional de Meio Ambiente e o Decreto

Federal nº 7.378/2010 Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal.

Unidades de Conservação de Rondônia

Fonte: Coordenadoria de Unidades de Conservação–CUC / SEDAM

Page 67: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

66

Parque Nacional de Pacaás Novos

Fonte: Carlos Rangel (blogspot.com - Pacaás Novos)

Apesar da regulamentação dessas áreas, há constantes invasões e ou uso

indevidos diferentes daqueles previstos na Lei do Zoneamento.

A proteção dessas áreas são garantidas e asseguradas pela Constituição

Federal, Leis e Decretos. Na esfera federal a Lei nº 9985 de 18 de julho de 2000 -

Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC regulamentado pelo

Decreto nº 5092 de 21 de maio de 2004. Na Constituição do Estado, Decreto Lei

nº 1144 de 12 de dezembro de 2002, Sistema Estadual de Unidades de

Conservação – SEUC e Lei 1143 de 12 de dezembro de 2002 (Regulamenta o art.

80, incs. XVI e XVII e o art. 219, incs. I, II, III e V da Constituição Estadual, que

dispõem sobre o uso sustentável das Florestas Estaduais e Reservas Extrativistas

do Estado de Rondônia, e dá outras providências.).

TERRA LEGAL - Instituído em junho de 2009, o Programa Terra Legal tem

como objetivo solucionar os problemas fundiários de propriedades com menos de 15

módulos fiscais nos nove estados que compõem a região amazônica: Acre, Amapá,

Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O

Page 68: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

67

“Terra Legal” é coordenado pela Secretaria Extraordinária de Regularização

Fundiária na Amazônia Legal (Serfal), órgão vinculado à Secretaria Especial da

Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). “A regularização tem de

ser feita de modo que respeite as comunidades tradicionais, que respeite as

unidades de conservação, de modo que não haja qualquer problema ou conflito na

área. A ação tem que resultar em paz no campo”.

Conforme a pesquisa intitulada “Regularização Fundiária e Efeitos do

Programa Terra Legal no Desmatamento”, de autoria de LeithMcIndewar, com a

supervisão de Tiago Reis, o aumento da governança sobre a terra tem um papel

importante para controlar o desmatamento na região amazônica, juntamente com

outras estratégias.

De acordo com os pesquisadores, as ocupações cadastradas no programa

entre 2010 e 2014 apresentaram redução no desmatamento após terem sido

georreferenciadas. Isso indica que o aumento da governança na Amazônia, por meio

da titulação de terras públicas das áreas ocupadas pela agricultura familiar e a

conservação de ativos ambientais tem um impacto ambiental positivo e ao mesmo

tempo cria condições de acesso do agricultor às políticas de fomento do governo

federal, investindo com segurança em sua propriedade.

Em Rondônia, nos últimos cinco anos, foram entregues aproximadamente

6.700 títulos rurais, sendo 1.155 títulos na faixa de fronteira.

5.8.1 Declaração Trinidad - Meio Ambiente Rondônia - Beni

Em junho de 2003, na cidade de Trinidad, capital do Departamento de Beni,

autoridades do Estado de Rondônia e do país fronteiriço firmaram o documento de

integração denominado Declaração Trinidad e Agenda do Meio Ambiente Rondônia

– Beni, cuja principal finalidade principal era o de concretizar ações tendentes ao

cumprimento do princípio fundamental da terra sobre o desenvolvimento sustentável,

e tratar sobre os assuntos do meio ambiente como aspectos prioritários e

fundamentais, analisando as possibilidades de aproveitamento das potencialidades

da região amazônica, rica em recursos naturais, recursos genéticos e diversidade

biológica. Tais medidas deveriam ser desenvolvidas no ano de 2006 em relação à

política de meio-ambiente dos dois países. Em que pese a relevância do assunto,

Page 69: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

68

até o momento não há maiores referências atuais sobre ele, estando este como um

dos pontos de pauta a ser retomado entre os países envolvidos, especialmente num

momento em que projetos envolvendo o Brasil e a Bolívia encontram-se na pauta

das ações governamentais.

5.8.2 AÇAÍ

A colheita dos frutos da floresta, em especial a do açaí e castanha é uma

prática dos povos tradicionais da Amazônia que demonstra, de forma sustentável, a

perfeita harmonia entre o homem e a natureza, onde o resultado final é a melhoria

das condições de vida dessas populações através do consumo e venda dos

produtos e subprodutos desses frutos, dentre outros.

A exploração do Açaíé realizada em várias regiões, em especial Guajará-

Mirim, pela Associação dos Açaizeiros de Guajará-Mirim – ASAGUAM, onde ele é

processado, embalado e comercializado no Município. O beneficiamento é realizado

de forma tradicional (semi-industrial) de 31.000 toneladas de açaí. As áreas de

coleta dos frutos estão distribuídas em vários municípios com destaque a Guajará-

Mirim e Nova Mamoré, áreas ribeirinhas e de terra firme, em reservas federais

extrativistas (RESEX) e reservas federais biológicas (REBIO) e terras indígenas.

Page 70: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

69

As cadeias de produção de produtos florestais não-madeireiros,especialmente

aquelas operadas por pequenos produtores agroextrativistas e comunidades

tradicionais, têm sido alvo de recentes programas e planos do governo federal.

Esses programas propõe a realização de ações de gestão e fomento ao manejo em

florestas que sejam utilizadas pelos pequenos agricultores e agroextrativistas e

contempla uma perspectiva ampla do desenvolvimento sustentável prevendo o uso

múltiplo dos recursos naturais,incluindo bens e serviços da floresta.

A Constituição Brasileira de 1988, assim como os tratados internacionais que

o Brasil é signatário, preconiza a responsabilidade dos governantes em garantir o

respeito à integridade dos povos tradicionais, bem como a promoção e a realização

dos seus direitos socioeconômicos e culturais, seus costumes e tradições visando o

perfeito equilíbrio do homem com a natureza de maneira sustentável.

Finalmente faz-se necessário chamar a atenção dos gestores públicos, para

que viabilizem o acesso das populações tradicionais às políticas públicas,com ações

reais junto às comunidades rurais e indígenas da região.

5.8.3 Castanha

A exploração desta árvore é protegida por lei (Decreto 1282, de 19 de outubro

de 1994) e seu fruto tem elevado valor econômico como produto extrativo florestal,

mas não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento tanto em plantios

puros quanto em sistemas consorciados.

A castanheira apresenta várias aplicações:

a. "ouriços" como combustível ou na confecção de objetos;

b. o maior valor é a amêndoa, alimento rico em proteínas, lipídios e

vitaminas;

c. do resíduo da extração do óleo da amêndoa, obtém-se torta ou farelo

usada como misturas em farinhas ou rações;

d. "leite" de castanha, que é de grande valor na culinária regional;

e. madeira com boas propriedades, sendo indicada para reflorestamento e

empregada tanto na construção civil como naval.

Page 71: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

70

Segundo o IBGE/2013, Rondônia ocupa o 4º Lugar no ranking de produção

da castanha do Brasil. Com um potencial de produção ainda aserexplorado. Porém,

necessita dos princípios básicos da estruturação da cadeia produtiva, como:

Acesso aos mercados institucionais;

Qualificação do processo produtivo;

Acesso aos mercados formais e isenção tributária por parte de

iniciativas comunitárias e;

Isenção tributária dos produtos da sociobiodiversidade advindas das

Associações e Cooperativas Formalizadas

Pacto das Águas - Entidade sem fins lucrativos que atua na estruturação das

cadeias produtivas enquanto estratégia de renda, empoderamento dos povos das

florestas.

Objetivo Geral: Consolidar uma cadeia de valor para Castanha do Brasil

enquanto estratégia de geração de renda nas áreas protegidas. Revitalização dos

castanhais nativos e qualificação do processo produtivo. Empoderamento das

formas de organização para a sustentabilidade social / institucional na gestão dos

negócios da Floresta. Agregação de Valor à Castanha do Brasil e ao acesso aos

mercados formais e institucionais.

Previsão com a estruturação da cadeia de valor da castanha, que o Estado

alcance tranquilamente a produção de 3.000 toneladas, com uma geração de renda

de R$ 9 milhões a R$15milhões de reais/ano.

Page 72: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

71

5.8.4 Reciclagem de Resíduos Sólidos

É inexistente nas cidades da região de fronteira, qualquer investimento

significativo na questão de aterros sanitários, tendo os lixões sempre nas

proximidades das áreas urbanas, prejudicando o cartão postal das mesmas

contribuindo para a proliferação de doenças resultantes de depósito de lixo

inadequado.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), prevista na Lei nº 12.305, de

02 de agosto de 2010, que entre outras importantes providências de alcance, visa

garantir a inclusão sócio-produtiva dos catadores de materiais recicláveis, nos

termos prescritos pela legislação federal. Em Rondônia a política estadual vem

sendo trabalhada de forma lenta, não cumpriu o primeiro prazo legal para extinção

dos lixões (Lei nº 12.305/2010). O PERS/RO ainda não foi concluído, desde 2013

vem se arrastando em sua elaboração. O contrato com a empresa DRZ vencedora

da primeira licitação foi rescindido. Está em andamento um novo processo Licitatório

para a conclusão PERS/RO, sob a responsabilidade da SEDAM. Está previsto no

PERS/RO: a) Proposta de Regionalização de Gestão de Resíduos Sólidos; b)

Proposta de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos; c) Proposta para a Formação e

Constituição de Consórcios Regionais de Gestão e Manejo de Resíduos Sólidos.

Mesmo sem a conclusão do PERS/RO, o Governo tem algumas ações sociais

voltadas para enfrentar o problema, como o Projeto Recicla Rondônia, sob a

coordenação da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social-

SEAS.

Page 73: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

72

II POLÍTICA FRONTEIRIÇA REGIONAL

1. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR)

A base territorial das ações do Governo Federal para a Faixa de Fronteira

estabelece como áreas de planejamento três grandes Arcos, definidos a partir da

proposta de reestruturação do Programa de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira

- PDFF - 2005, com base na Política Nacional de Desenvolvimento Regional –PNDR

- do Ministério da Integração. O primeiro é o Arco Norte que compreende a Faixa de

Fronteira dos Estados do Amapá, Pará, Amazonas e os Estados de Roraima e Acre,

o segundo é o Arco Central, que compreende a Faixa de Fronteira dos Estados de

Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o terceiro é o Arco Sul, que inclui a

fronteira dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Arco Central abrange a Faixa de Fronteira dos Estados de Rondônia, Mato

Grosso e Mato Grosso do Sul. Oito sub-regiões foram identificadas, um indicador de

grande diversidade nos tipos de organização territorial. A unidade do Arco deriva do

caráter de transição entre a Amazônia e o Centro-Sul do país e de sua posição

central no subcontinente. É nele que se encontram as duas grandes bacias

hidrográficas sul-americanas, a Bacia Amazônica e a Bacia do Paraná–Paraguai.

Como nos outros Arcos, diferenças na base produtiva e na identidade cultural foram

os critérios para a divisão em sub-regiões.

A maior parte da população do Arco Centralseconcentra no eixo da BR-364 e

da hidrovia rio Madeira, sendo 80% urbana, a principal cidade, Porto Velho, é que

concentra o maior número das indústrias de alimentos, as indústrias de confecções,

desdobramentos de madeira, metalomecânica e de construção, além de importante

rede hoteleira. A polarização exercida por Porto Velho dificulta o crescimento de

empreendimentos industriais no restante da sub-região. Outro problema relevante

neste arco é o tráfico de drogas existente, que estimula e reforça correntes de

contrabando na fronteira.

O Arco Norte e o Arco Central configuram-se como uma região pouco

desenvolvida economicamente, historicamente abandonada pelo Estado, marcada

Page 74: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

73

pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de coesão social,

pela inobservância de cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças.

Ilustração dos Arcos e Sub-Regiões da Fronteira

Fonte: MI/SPR/PDFF – 2009

Relação dos Municípios dentro do Arco Central e Sub-Regiões de Fronteira

Sub-Região VII: Campo Novo de Rondônia, Buritis, Guajará-Mirim, Nova

Mamoré e Porto Velho, no Estado de Rondônia.

Sub-Região VIII: Costa Marques, Seringueiras, São Miguel do Guaporé,

Alvorada, Nova Brasilândia d’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Rolim de Moura, Alta

Floresta d’Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, Corumbiara,

Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste e Cabixi, no Estado de Rondônia.

Page 75: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

74

Sub-Região IX: Chupinguaia, Colorado do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno,

Primavera de Rondônia, Santa Luzia d’Oeste, São Felipe do Oeste e Vilhena, no

Estado de Rondônia.

No Projeto Norte Competitivo – PNC, o Desenvolvimento da Amazônia Legal

analisou a complexa realidade socioambiental e geográfica da Região Norte,

propondo a implementação de uma infraestrutura de transporte, baseada em eixos

de desenvolvimento, que forme um sistema de logística integrado, sem fronteiras

estaduais, e intermodal, privilegiando aqueles de menor custo.

São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda

sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de movimentação,

disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido caminho para a

mercadoria chegar ao seu destino integrando diversas modalidades de transporte.

O alto custo da logística do transporte de cargas no Brasil se deve a falta de

investimentos, o país investe em infraestrutura de transporte, em média, apenas

0,49% do PIB ao ano, enquanto a China investe 5%, a Índia, 4%, e a Rússia, 5%1.

O custo da logística no Brasil é de 12,6% do PIB. Nos Estados Unidos tal valor baixa

para 8,2%. No caso dos transportes, o custo no Brasil é de 7,5% do PIB, e nos

Page 76: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

75

Estados Unidos, de 5%; em armazenagem, Brasil e Estados Unidos gastam 0,7%;

em estoques, Brasil gasta 3,9% e Estados Unidos, 2,1%; em administração, o gasto

do Brasil é 0,5% e dos Estados Unidos, 0,4%.

Segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 104° lugar

em qualidade de infraestrutura de transporte, sendo o 110° lugar em rodovias; o 91°

em ferrovias; o 122° em aerovias e o 130° em portos.

Os congestionamentos que ocorrem em portos nacionais importantes no

escoamento da safra agrícola, como Santos (SP) e Paranaguá (PR), mostram a

deficiência da nossa logística para participar com competitividade do mercado

global.

O país necessita urgentemente de implantar um processo de planejamento

estratégico que lhe permita gastar bem os poucos recursos disponíveis para a

infraestrutura de transporte. Implementar ações prioritárias para evolução da

multimodalidade e para dar maior fluidez à produção, por meio da integração

eficiente e moderna dos portos, estradas, ferrovias, hidrovias, aeroportos e dutovias.

Page 77: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

76

2. Abrangência do Plano

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia é

voltado para os municípios que fazem fronteira ou estão na faixa dos 150 km da

linha de fronteira, veja a relação nos quadros a baixo.

Indicadores dos Municípios da Faixa de Fronteira de Rondônia

RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA - PIB E POPULAÇÃO (ano - 2009)

Município Classificação PIB (R$ mil) Ren. Perc.

R$ População

Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 340.407 13,309 25.578

Alto Alegre do Parecis linha de fronteira 182.830 13,115 13.940

Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 191.275 11,210 17.063

Buritis Faixa de Fronteira 426.171 11,263 37.838

Cabixi linha de fronteira 96.308 15,155 6.355

Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 179.620 12,632 14.220

Cerejeiras Faixa de Fronteira 341.314 18,977 17.986

Chupinguaia Faixa de Fronteira 225.640 22,277 10.129

Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 242.168 12,870 18.817

Corumbiara Faixa de Fronteira 168.680 19,077 8.842

Costa Marques linha de fronteira 149.648 8,987 16.651

Guajará-Mirim cidade-gêmea 767.600 16,461 46.632

Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 229.122 10,611 21.592

Nova Mamoré linha de fronteira 307.892 11,156 27.600

Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 113.211 11,017 10.276

Parecis Faixa de Fronteira 71.151 12,489 5.697

Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 767.795 20,468 37.512

Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 77.851 32,117 2.424

Porto Velho linha de fronteira 11.464.619 22,804 502.748

Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 47.820 13,659 3.501

Rolim de Moura Faixa de Fronteira 920.736 16,371 56.242

Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 126.269 14,799 8.532

São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 70.915 11,620 6.103

São Francisco do Guaporé linha de fronteira 245.293 12,909 19.002

São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 395.297 16,517 23.933

Seringueiras Faixa de Fronteira 157.229 12,497 12.581

Vilhena Faixa de Fronteira 1.974.911 21,513 91.801

TOTAL 20.281.772

1.063.595

IBGE/SEPOG/RO

Page 78: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

77

Número de Indústrias e empregos por municípios na Faixa de Fronteira

N° DE INDÚSTRIAS E EMPREGOS NOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

Ord. Municípios (RO) Classificação Total

Indústrias Total

Empregados

1 Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 107 439

2 Alto Alegre dos Parecis linha de fronteira 22 98

3 Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 52 173

4 Buritis Faixa de Fronteira 154 801

5 Cabixi linha de fronteira 19 70

6 Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 25 65

7 Cerejeiras Faixa de Fronteira 109 490

8 Chupinguaia Faixa de Fronteira 37 588

9 Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 92 602

10 Corumbiara Faixa de Fronteira 29 112

11 Costa Marques linha de fronteira 46 101

12 Guajará-Mirim cidade-gêmea 105 292

13 Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 48 167

14 Nova Mamoré linha de fronteira 50 300

15 Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 21 95

16 Parecis Faixa de Fronteira 14 63

17 Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 294 3836

18 Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 7 21

19 Porto Velho linha de fronteira 2473 47885

20 Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 8 12

21 Rolim de Moura Faixa de Fronteira 346 4306

22 Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 30 234

23 São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 9 7

24 São Francisco do Guaporé linha de fronteira 70 151

25 São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 82 1089

26 Seringueiras Faixa de Fronteira 22 194

27 Vilhena Faixa de Fronteira 675 4810

Total: 4.946 67.001

Fonte: FIERO/Rondônia

Page 79: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

78

Mapa dos Municípios da Faixa de Fronteira Com a Bolívia

Indicadores da Participação dos Municípios de Fronteira em Rondônia - 2013

População Total de Rondônia (IBGE 2013) 1.768.204 hab.

PIB do Estado de Rondônia (1000.000 R$) R$ 31.092

Área Total de Rondônia 237.590,86km²

População MRF de Rondônia 1.063.595 hab.

PIB MRF de Rondônia (1000 R$) R$ 20.281.772

Área MRF de Rondônia 163.375,50

Taxa de Representação Populacional (População MRF/População Total)

60,15 %

Taxa de Representação Econômica (PIB MRF/PIB Total) 65,23 %

Taxa de Representação Territorial (Área MRF/Área Total) 68,77 %

Fonte: SEPOG/IBGE – 2013

Page 80: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

79

2.1 Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira

A linha de fronteira com a Bolívia no vale dos Rios Guaporé e Mamoré trata-

se de uma região predominantemente caracterizada pela presença de Áreas

Protegidas, sob jurisdição federal e estadual, portanto, requer planos de

desenvolvimento adequado a questão ambiental e a condição de área fronteiriça.

A região conta com diversas categorias de Unidades de Conservação, como

também, existem vários tipos de populações presentes nas unidades, como é o caso

das Reservas Extrativistas - Resex’s, áreas Indígenas e da população ribeirinha,

povoados e cidades.

2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira:

Brasil- Pimenteira, Costa Marques e Guajará-Mirim;

Bolívia- Guayaramerin.

2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira:

Brasil - Santa Cruz, 03 de Julho, Flor de Ouro, Acurizal, Ilhas das Flores,

Laranjeiras, Porto Rolim, Santo Antonio, Pedras Negras, Pau D óleo, Santa Fé,

Mequéns, Forte Príncipe, Surpresa, Sagarana, Pacaás Novos.

Bolívia - Cafetal, Suzana, Matrinxã, Versalhes, Bellas Vistas, Taquaral e

Mateguá.

2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil)

A proteção dessas áreas são garantidas e asseguradas pela Constituição

Federal, Leis e Decretos. Na esfera federal a Lei nº 9985 de 18 de julho de 2000 -

Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC regulamentado pelo

Decreto nº 5092 de 21 de maio de 2004. Na Constituição do Estado, Decreto Lei

nº 1144 de 12 de dezembro de 2002, Sistema Estadual de Unidades de

Conservação – SEUC e Lei 1143 de 12 de dezembro de 2002 (Regulamenta o art.

80, incs. XVI e XVII e o art. 219, incs. I, II, III e V da Constituição Estadual, que

Page 81: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

80

dispõem sobre o uso sustentável das Florestas Estaduais e Reservas Extrativistas

do Estado de Rondônia, e dá outras providências.).

Segundo as características naturais e os objetivos específicos da

conservação das áreas, estas são agrupadas em 2 (dois) grandes grupos com

diferentes categorias de manejo, Proteção Integral (Reserva Biológica, Estação

Ecológica, Parque, Monumento Natural,Refugio da Vida Silvestre) e Uso Sustentável

(Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva

Extrativista, Floresta Nacional, Floresta Estadual de Rendimento Sustentado

Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do

Patrimônio Natural).

Relação das Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil)

Unidades de Conservação localizadas na Faixa de

Fronteira e município de Fronteira

Unidades de Conservação localizadas fora Faixa

de Fronteira e Municípios de Fronteira

Parque Estadual Guajará- Mirim Estação Ecológica de Samuel

Parque Estadual Corumbiara FERS Gavião

Parque Estadual Serra dos Reis FERS Mutum

Reserva Biológica Rio Ouro Preto FERS Periquitos

Reserva Biológica Traçadal FERS Tucano

Estação EcológicaSerra Três Irmãos FERS Araras

RESEX Rio Cautario FERS Cedro

RESEXPacaás Novos RESEXRoxinho

RESEX Curralinho RESEX Mogno

RESEX Pedras Negras RESEXAngelim

RESEX Jaci Parana RESEXIpe

RESEXCastanheira

FERS Rio Vermelho C RESEXFreijó

FERS Rio Madeira B RESEXMassaranduba

FERS Rio Pardo RESEX Maracatiara

FERS Rio Machado RESEXSeringueira

RESEXGarrote

APA Rio Pardo RESEXPiquia

APA Rio Madeira RESEXItauba

RESEXJatobá

RESEXSucupira

Fonte: Coordenadoria de Unidades de Conservação–CUC / SEDAM

Page 82: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

81

3. Ações em Curso na Faixa de Fronteira

3.1 Educação

- Escola Técnica Binacional

- Intercâmbio de Professores

3.1.1 Escola Técnica Binacional

Em 2012 a Prefeitura de Guajará-Mirim doou um terreno ao IFRO - Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, onde foi construído o seu

campus no valor de R$ 7.200.000,00. Inaugurado em julho de 2016, com

capacidade para 300 alunos entre cursos semipresencial e presencial. A portaria n.

378/2016, publicada no D.O.U, em 10 de maio de 2016, autorizou o funcionamento

do Campus com o curso técnico em Manutenção e Suporte em Informática, com

mais de 110 alunos.

Cursos e Matrículas no Campus IFRO - ano de 2016

Cursos Alunos

Presencial A distância Total

Técnico em Manutenção e Suporte Em Informática 118 0 118

TécnicoemFinanças 0 53 53

FicInglêsBásico 0 25 25

FicEspanholBásico 0 25 25

FicLínguaEspanhola 11 0 11

Fic Tecnologia da Linguagem e Promoção Humana 15 0 15

FicOperador de Computador 20 0 20

Total Alunos 164 103 267

Page 83: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

82

3.1.2 Intercâmbio de Professores

O Governo de Rondônia por intermédio da SEDUC/RO está discutindo o

intercâmbio de professores, que ensinam Espanhol na rede pública estadual de

Rondônia para fazer estágio na Bolívia. Da mesma forma, os profissionais da Bolívia

que ensinam a língua portuguesa virão fazer estágio em Rondônia. A proposta é que

na área de fronteira os estudantes sejam formados nas duas línguas para integração

maior dos países.

3.2 Saúde

SIS Fronteira

Vigilância Sanitária Animal

3.2.1 SIS Fronteira/MS

Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS(Ministério da Saúde)

voltado para os municípios da linha de fronteira, na formulação e acompanhamento

das políticas de saúde, visando à implementação de ações de vigilância em saúde,

garantir o acesso dos usuários aos serviços de média e alta complexidade de forma

ágil e resolutiva, reestruturação da assistência farmacêutica nos municípios de

fronteira, efetividade da Secretaria Municipal de Saúde como unidade gestora do

Sistema Único de Saúde.

SIS Fronteira - Sistema de Legislação da Saúde:

Portaria nº 1.120/GM/MS, de 6 de julho de 2005 - que institui o Sistema

Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS Fronteiras);

Portaria nº 1.189/GM/MS, de 5 de junho de 2006, aprova o Termo de

Adesão ao SIS Fronteiras;

Portaria nº 3.301/GM/MS, de 22 de dezembro de 2006, Aditivo ao Termo

de Adesão ao SIS Fronteiras;

Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o

financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os

serviços de saúde.

Page 84: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

83

Portaria nº 622, de 23 de abril de 2014, dispõe sobre os prazos para

conclusão daimplementação das ações previstas no SistemaIntegrado de

Saúde das Fronteiras (SIS Fronteiras) esobre o repasse de incentivo

financeiro.

Os Municípios que ainda fazem jus ao recebimento de recursos financeiros da

Fase III do SIS Fronteiras deverão protocolar requerimento, com esse pedido,

juntamente com o Plano Operacional aprovado na Comissão IntergestoresBipartite

(CIB), conforme previsto no art. 6º da Portaria nº 1.189/GM/MS, de 5 de junho de

2006, no Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência (DAHU/SAS/MS), e

consignar como destinatária a Coordenação de Urgência e Emergência-SIS-

Fronteiras (CGUE-SIS Fronteiras/DAHU/SAS/MS)

Uma vez publicado o ato específico de que trata o parágrafo único do art. 3º,

o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para o repasse dos

recursos financeiros do fundo de saúde do ente federativo beneficiário, conforme

disponibilidade orçamentária.

A conclusão das ações previstas nos Planos Operacionais (SIS Fronteiras) de

todos os Municípios beneficiados com recursos previstos na Portaria nº

1.189/GM/MS, de 2006, e recebidos nos termos desta Portaria, deverá ocorrer no

prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do repasse dos

recursos financeiros da Fase III.

3.2.2 Vigilância Sanitária Animal

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia -

IDARON, com base no Convênio de Sanidade Animal em áreas de fronteira

Brasil/Bolívia, promulgado pelo Decreto nº 83.309, de 04 de abril de 1979, no

Memorando de Entendimento sobre Cooperação Técnica entre as autoridades

sanitárias da República Federativa do Brasil e da República da Bolívia, de 27 de

março de 2003 e na Portaria nº 051 – SDA/MAPA, de 07 de agosto de 2003, criou

um grupo objetivando desenvolver as atividades na Região de Fronteira entre a

República Federativa do Brasil e a República da Bolívia, que venham buscar solução

para resolver os problemas suscitados na referida fronteira visando a erradicação da

Febre Aftosa.

Page 85: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

84

Técnicos da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de

Rondônia (Idaron) vacinaram parte do rebanho boliviano na faixa de fronteira com o

Estado. No 30º Ciclo de Vacinação contra Febre Aftosa, realizado de dezembro

2015 a meados de janeiro de 2016, foram vacinados aproximadamente 40 mil

bovinos e bubalinos pertencentes a 478 produtores rurais. O custo operacional foi de

R$ 3,15 por animal vacinado, percorrendo uma distância aproximada 90 km, em

alguns trechos da fronteira entre o Estado de Rondônia com o Departamento de

Beni. Teve a participação de 6 Órgãos: Superintendência Federal de Agricultura em

Rondônia - SFA/RO; Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de

Rondônia - IDARON; Fundo de Apoio à Defesa Sanitária Animal do Estado de

Rondônia - FEFA/RO; Serviço Nacional de Sanidad Agropecuária e Inocuidad

Alimentaria da Bolívia - SENASAG/BO; Federação dos Ganadeiros do

Departamento do Beni - FEGABENI/BO.

Fonte: Idaron

3.3 Infraestrutura

Ponte em Abunã

Pavimentação BR-435

Pavimentação RO-135

Pavimentação BR-429

Pavimentação BR-425

Page 86: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

85

Pavimentação BR-421

Hidroelétrica de Santo Antônio

Hidroelétrica de Jirau

Hidrovia do Baixo Madeira

Sistema de Esgoto Guajará-Mirim

Infovia Banda Larga

Aeroporto de Guajará-Mirim

Sistema de Esgoto

3.3.1 Ponte Sobre o rio Madeira em Abunã/RO - BR-364

A construção da ponte faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento

PAC-2, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Transportes – DNIT. A

obra foi contratada por R$ 128 milhões, sendo executada pela empresa Arteleste

Construções LTDA. A ponte terá 1.084 metros de comprimento. Os trabalhos de

execução estão em andamento com 25 bases de pilastras já executas e a pista de

rolamentojá em execução. Prazo de construção previsto para dois anos e conclusão

em 2017.

Page 87: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

86

3.3.2 Rodovias: BR-435, RO-135, BR-429, BR-425 e BR-421

BR-435 (antiga RO-399) liga a cidade de Vilhena a Pimenteiras, a rodovia

com pavimentação inacabada, faltando 32 km para conclusão do asfaltamento.

RO-135 liga a cidade de Alta Floresta ao Distrito de Porto Rolim na linha de

fronteira, rodovia estadual sem pavimentação.

BR-429 liga Presidente Médici na BR-364 à Costa Marques, rodovia com

pavimentação concluída, restando parte das obras de artes (em construção 16

pontes).

BR-425 liga Abunã na BR-364 a Guajará-Mirim, rodovia com a pavimentação

em fase de conclusão, adequada aos padrões rodoviário do DNIT, restando concluir

as obras de artes (pontes sobre o Rio Araras e Ribeirão).

BR-421 Estrada Parque em caráter emergencial, porém com pendências

judiciais, a rodovia liga Ariquemes a Campo Novo sem restrições, com 80 km

asfaltado. Já o trecho da continuação da BR-421 de Campo Novo a Guajará-Mirim,

enfrenta a burocracia judicial. Vale salientar, que a “Estrada Parque” está sendo

muito bem preservada e cuidada pelos órgãos estadual e federal, permitindo apenas

o tráfego de veículos utilitários transportando alimentos perecíveis e de passeio das

7 às 18 horas. Bem sinalizada, a velocidade não pode ultrapassar os 30 km. (texto

contido no item 5.4.1)

3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (rio Madeira)

Considerado referência em construção de hidrelétrica de forma sustentável, o

projeto envolve tecnologia de última geração - menos agressiva ao meio ambiente.

O reservatório da UHE Santo Antônio terá uma área de 350 km², o que significa uma

ótima relação entre área alagada e potência instalada.As áreas inundadas serão

praticamente as mesmas que ocorrem durante as cheias anuais do rio Madeira.

A Hidroelétrica Santo Antônio está a 7 km de Porto Velho, no Rio Madeira.

Investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, Queda d’água 13,9 metros, Potência

3.568 MW, turbinasTipoBulbo 50, sistemas de transmissão corrente contínua e

alternada, obra prevista no PAC. Quarenta e quatro turbinas já estão em

Page 88: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

87

funcionamento comercial e as seis restantes, com a conclusão prevista para o final

de 2016.

3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (rio Madeira)

A Hidroelétrica do Complexo rio Madeira, a 120 km de Porto Velho, com

reservatório de 258 km². A usina terá capacidade instalada de 3.750MW, gerada por

50 turbinas do tipo bulbo.Custo inicial de R$ 15,4 bilhões de reais. Obra prevista no

PAC em fase de conclusão prevista para 2016.

3.3.5 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara)

O Governo Federal vem investindo na melhora da navegabilidade no Rio

Madeira e modernização do terminal de carga de Porto Velho/RO, incluindo

ampliação e aquisição de equipamentos. A Hidrovia do Baixo Madeira, trecho entre

a cidade de Porto Velho (RO) e a cidade de Itacoatiara (AM) de 1.156 km, receberá

investimentos que chegam à cifra de R$ 190 milhões, para a adequação do corredor

do rio Madeira. O DNIT se encarregará dos estudos (EVTEA), do projeto de

manutenção e da realização das respectivas obras de manutenção: dragagem,

sinalização e balizamento em todo o corredor. Meta: dragagem de 6,16 milhões de

m3, com investimentos de R$ 140 milhões, sendo R$ 11 milhões para estudos e

projetos. Executor: DNIT/CODOMAR/AHIMOC.

Os Projetos Básicos da dragagem e da sinalização estão finalizados. Os

editais para a contratação dos serviços de dragagem, sinalização, monitoramento e

educação ambiental encontra-se em processo licitatório, através do DNIT por meio

do RDC (Regime Diferenciado de Contratação), para a contratação de empresa

especializada. A contratada atenderá à hidrovia pelo prazo de 5 anos, nos Estados

de Rondônia e Amazonas. O valor da obra para etapa está estimado em R$

81.825.643,70.

3.3.6 Aeroporto de Guajará-Mirim

A reforma, ampliação e modernização do aeroporto de Guajará-Mirim é uma

necessidade por se tratar de um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo

Page 89: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

88

rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comércio. É

considerada uma cidade gêmea de fronteira, com potencial turístico histórico. O

projeto está pronto custo aproximado de 5 milhões, porém a licitação está parada há

vários anos, sob a responsabilidade do Banco do Brasil.

3.3.7 Sistema de Esgoto

O Sistema de Esgoto de Guajará-Mirim está sendo executado com recursos

federais, administrado pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. Atualmente já

foi executado aproximadamente 10% da malha urbana. Valor estimado em R$ 55

milhões.

As demais cidades na linha de fronteira não têm sistema de esgoto.

3.3.8 Infovia - Plano Nacional de Banda Larga

A Infovia é uma iniciativa do Governo do Estadual em parceria com órgãos

públicos e empresas privadas, com objetivo de melhorar e expandir a infraestrutura

e os serviços de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação em todos os 52

municípios de Rondônia. Trata-se de uma rede de fibras ópticas e rádios, que opera

integrada com a infraestrutura privada de Telecomunicações (Satélites, Telefonia

Celular, Telefonia convencional e Fibras ópticas, etc..) conectando cidades, prédios

e órgãos em alta velocidade, possibilitando novas formas de relacionamento entre

pessoas, organizações e oEstado.

A Infovia está alinhada com a Infraestrutura de telecomunicações do governo

Federal de forma a evitar a sobreposição de investimentos e suprir as deficiências

de Telecomunicações de Rondônia. Atualmente apenas vinte dos cinquenta e dois

municípios estão interligados através de fibra óptica por uma única empresa com

cobertura estadual.

A Infovia torna possível fornecer internet, para uso de equipamentos médicos

conectados à rede, ensino a distância, Internet, processos eletrônicos, a um custo

correspondente a 1% do total pago às operadorashoje.

A implantação iniciou em Porto Velho, como fase Piloto, utilizando- se o anel

de fibras ópticas da Segurança Publica, interligando prédios em alta velocidade

Page 90: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

89

(complexo Administrativo e seus anexos, o Tudo Aqui, a Junta Comercial, a

SESDEC, o DETRAN, a SOPH e Seis escolas da Rede Estadual de Ensino).

Estão em andamento os serviços para conexão de 211(duzentos e onze)

prédios em Porto Velho e 30 (trinta) em Ariquemes. Está em fase de elaboração o

termo de referência para ampliar a Infovia para onze novos municípios do interior do

estado (Guajará-Mirim, Cacoal, Candeias do Jamari, Espigão D’Oeste, Jaru, Ji

Paraná, Ouro Preto D’Oeste, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Rolim de Moura e

Vilhena), que somados a Porto Velho e Ariquemes, beneficiará 70% do Estado de

Rondônia. Os demais Municípios dependem da definição do modelo de negócio e

personalidade jurídica do órgão gestor da Infovia.

O Governo de Rondônia utiliza-se da rede de fibras ópticas da

Eletronorte/Telebrás e ou Rádio, para interligar os municípios entre si e as áreas

urbanas.

Mapa - Projeção da Cobertura da Infovia em agosto de 2017

3.4 Área Econômica

Page 91: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

90

Área de Livre Comércio Guajará-Mirim (SUFRAMA)

Free shop

Turismo

3.4.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC)

Áreas de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO, criada no Município de

Guajará-Mirim, através da Lei no. 8.210/1991, uma área de livre comércio de

importação e exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de promover

o desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do Estado e com o

objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a

política de integração latino-americana.

3.4.2 Free Shop

A Lei nº 12.723/2012 autorizou a instalação de lojas francas (Free shop) em

Cidade Gêmeas de municípios da faixa fronteira com outros países. Essas lojas

vendem mercadorias nacionais e estrangeiras com regime tributário diferenciado,

sem cobrança de impostos de importação. As transações também podem ser feitas

em moeda nacional ou estrangeira.

A cidade de Guajará-Mirim se enquadra nas exigências legais para instalação

de Free Shop, que se encontra em fase de estudo.

3.4.3 Turismo

Festa do Divino Espírito Santo no Vale do Guaporé - é a mais antiga

manifestação cultural de Rondônia na fronteira do Brasil com a Bolívia, pode se

tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Consiste em uma manifestação cultural

de caráter religioso, o evento acontece anualmente desde 1894, nas cidades

brasileiras, bolivianas e comunidades quilombolas do Vale do Guaporé, trazida pelos

negros vindos de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso.

Page 92: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

91

3.5 Segurança

- Plano Integrado de Segurança na Fronteira (ENAFRON)

- Programa Calha Norte

3.5.1 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas

FronteirasSENASP/Ministério da Justiça

Plano Integrado de Segurança na Fronteira do Estado de Rondônia.

OBJETIVO GERAL - Integrar ações do Estado de Rondônia e Governo Federal para

a redução da criminalidade, garantindo a manutenção e preservação da ordem

pública na Faixa de Fronteira, inibindo os fatores geradores da violência, bem como

promover as condições favoráveis ao desenvolvimento regional;implantar medidas

para a fiscalização efetiva e eficiente e consequente redução anual dos índices de

crimes praticados na Faixa de Fronteira; exercer maior controle sobre a fronteira

brasileira, especialmente no que se refere aos crimes de narcotráfico, tráfico de

armas, munições e crimes contra a vida, de forma permanente.

Atendendo aos termos do acordo firmado com o Governo Federal, no sentido

de implementar e criar uma unidade integrada de policiamento especializado para

atender às comunidades englobadas pela Faixa de Fronteira.A Gerência

Page 93: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

92

Especializada em Segurança de Fronteira – GESFRONSESDEC/RO, articulada em

12 (doze) Unidades Especializadas em Segurança de Fronteiras (UNESFRON).

As bases das UNESFRON instaladas em unidades policiais (quartéis ou

delegacias já existentes nos Municípios localizadas na Faixa de Fronteira),servem

como pontos de apoio para ações e operações desenvolvidas pelas unidades na

região.

Localização das UNESFRON em Rondônia

Resultados Esperados-Com a construção de instalações físicas adequadas,

aquisição de equipamentos, armamentos, munições letais e não letais, equipamento

de proteção individual, viaturas, embarcações, aeronaves e criação de equipes de

investigação, perícia, estatística e análise criminal objetiva-se, na Faixa de Fronteira,

obter os seguintes resultados:

Redução anual dos índices de crimes praticados contra a vida,

narcotráfico, tráfico de armas e munições, tráfico de pessoas, abigeato,

além de outros delitos característicos da Faixa de Fronteira;

Aumentar substancialmente a apreensão de drogas, materiais oriundos de

descaminho e contrabando, animais oriundo do tráfico, além da prisão de

criminosos em cometimento de delitos relacionados com a fronteira;

Page 94: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

93

Localizar, identificar, mapear e catalogar locais, instrumentos, pessoas e

atividades ou ações que tenham ligação com crimes transfronteiriços;

Maior controle da entrada de estrangeiros no país;

Coibir a prática de crimes contra o meio ambiente;

Diminuição da evasão de divisas;

Diminuição dos roubos de veículos;

Maior fiscalização à entrada de produtos estrangeiros no país;

Maior arrecadação do fisco federal e estadual;

Maior controle das fronteiras, portos e aeroportos.

3.5.2 Programa Calha Norte

O Programa Calha Norte - PCN (Ministério da Defesa) foi criado em 1985 pelo

Governo Federal com o objetivo de “aumentar a presença do poder público na

região contribuindo para a defesa nacional, proporcionando assistência às suas

populações e fixando o homem na Região”, visa promover a ocupação e o

desenvolvimento ordenado da Amazônia Setentrional. A implementação do

programa tem encontrado algumas dificuldades, como por exemplo, os vazios

demográficos, causados pelos obstáculos naturais, a pouca presença dos

equipamentos estatais, principalmente nas áreas de saúde, comunicação, educação

e transporte.

3.6 Sócio-Político

Consórcio Binacional – CBDIS

Mesa da Irmandade

3.6.1 Consórcio Bi-Nacional – CBDIS

Existem algumas iniciativas da sociedade civil no âmbito da Faixa de

Fronteira, as quais estão vinculadas aos interesses comuns de brasileiros e

bolivianos, através dos municípios de Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e

Guayaramerin (Beni/Bolívia), para o desenvolvimento sustentável.

Page 95: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

94

Nesse sentido, foi criado logo nos primeiros anos da década de 2000, o

Comitê Bi-Nacional de Fronteira, uma instituição internacional de caráter não

governamental e sem fins lucrativos, composta em sua estrutura organizacional por

brasileiros e bolivianos, demonstrando que é possível caminhar juntos quando se

trata de problemas comuns entre as cidades gêmeas.

Em 2011 foi criado o Consórcio Bi-Nacional para a Integração e

Desenvolvimento Sustentável – CBDIS, também uma entidade não governamental e

sem fins lucrativos que busca a integração sociocultural, econômica e tecnológica da

Faixa de Fronteira entre o Brasil e a Bolívia, através da discussão das grandes obras

de infraestrutura que estão sendo executadas e em planejamento para a referida

região.

3.6.2 Mesa da Irmandade(Acordo Internacional)

A Mesa da Irmandade assegurada pelo Decreto Legislativo nº 503, de

11/12/2013 que homologa a Declaração de Irmandade que celebra o Governo do

Estado de Rondônia e o Departamento Autônomo de Beni - Bolívia, com objetivo

fortalecer a amizade e a cooperação entre Rondônia e o Beni - Bolívia, para a

integração Regional.

Composição da Mesa da Irmandade: A mesa permanente de Integração

Regional Rondônia/Beni, será composta pelos seguintes membros: por parte de

Rondônia:Governador do Estado, Secretário Chefe da Casa Civil, Secretário de

Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretário de Estado da Agricultura,

Secretário de Estado do Meio Ambiente, Secretário de Estado de Assuntos

Estratégicos, Presidente da Frente Parlamentar Permanente de Integração

Binacional Rondônia/Beni.As mesmas autoridades do Departamento Autônomo do

Beni devem compor o grupo.

A Mesa Permanente de Integração se reúne ordinariamente uma vez a cada

semestre, de forma alternada entre o Estado de Rondônia e o Departamento do

Beni.

Page 96: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

95

III ESTRATÉGIA PROPOSTA

A construção de uma nova Política para a Faixa de Fronteira com a

Bolíviaalinhada com a Política do Governo Federal para diminuir as desigualdades

regionais e integração nacional é m marco histórico por ser o primeiro plano

participativo de entidades públicas e sociedade organizada, voltado para a Faixa de

Fronteira de Rondônia e Bolívia.

A nova proposta elaborada pelo Núcleo Estadual mantém o objetivo de

estruturar as ações do plano em eixos temáticos, elencando projetos e programas

integradores para a região fronteiriça que visaa inclusão socioeconômica, melhoria

da qualidade de vida e preservação ambiental.

Page 97: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

96

1. Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira

O desenvolvimento de uma região tem que ser fundamentado na cultura, nos

costumes e nos anseios das comunidades locais. O PDIF de Rondônia não poderia

ser diferente para uma região de fronteira com característica tão peculiar e ao

mesmo tempo, tão carente de apoio dos governantes. Comunidade essa que ao

longo de sua história vem sobrevivendo sem as mínimas condições de infraestrutura

básica, como: sistema de esgoto, água tratada e equipamentos comunitários tão

importantes para a vida urbana.

A proposta do PDIF visa à integração das políticas públicas e as ações das

três esferas governamentais, somada a participação da comunidade local na busca

dos anseios coletivos e integradores da população transfronteiriça, visando o

empoderamento e sustentabilidade com qualidade de vidadaqueles que ali vivem.

Audiências Públicas na Faixa de Fronteira/2011 - 1ª Versão do PDIF

Foto: Natan Oliveira

Page 98: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

97

2. Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça

A política regional promove a dinamização econômica dos espaços pouco

desenvolvidos, enfrentando um conjunto de desafios para superar a desigualdade da

região de fronteira com resto do país. É preciso romper a estagnação ou má

distribuição da atividade econômica, bem como da baixa capacidade de oferta de

serviços públicos básicos de qualidade, para melhorar as condições de vida dos

brasileiros que ali vivem.

2.1 Governo Federal

PNDFF – Plano Nacional de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira

PDR – Plano de Desenvolvimento Regional

PRDA - Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia

Brasil Maior

Brasil Sem Miséria

Cidade Digital

2.2 Governo Estadual

PDIF – Plano de Desenvolvimento Integrado da Faixa de Fronteira

PEDES – Plano Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social

PIDISE – Programa Integrado de Desenvolvimento de Inclusão

Socioeconômico

A estratégia de atuação proposta pelo PDIF visa a interação com todos os

programas do Governo Federal e os programas do Governo Estadual buscando a

eficiência na atenção das metas prioritárias do governo, referentes ao

desenvolvimento e integração regional, a qual seguirá três grandes linhas de ação: a

primeira ação é alinhar e priorizar todos os programas sociais do Governo Federal

com o Governo Estadual para as Cidades Gêmeas e as cidades da Linha de

Fronteira. Asegunda é a Integração dos Planosde Desenvolvimento PDFF, PDR e

Page 99: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

98

PRDA do Governo Federal com o PDIF, PEDES e PIDISE Governo Estadual,

também os priorizando para as Cidades Gêmeas e as Cidades da Linha de

Fronteira. Aterceira será a extensão paratoda a Faixa de Fronteira, visando a

Melhoria das Condições Econômicas, Sociais e de Cidadania das comunidades

locais.

O desenvolvimentosocialintegrado das Cidades-Gêmeastem como base os

projetos prioritáriosque atendam as cidades concentrada na Linha de Fronteira,

focando as potencialidades locais, de ambos os lados das cidades contíguas, que

constituem uma oportunidade para fortalecer e catalisar os processos de integração

social e institucional fundamentais para a competitividade. Posteriormente, se

estenderá a todos os municípios da Faixa de Fronteira, fortalecendo suas

potencialidades produtivas voltadas para geração de emprego e renda.

O Governo do Estado em observância às diretrizes e metas dos Programas

sociais do Governo Federal, como Plano Brasil Sem Miséria, Brasil Maior entre

outros, alinhou-se como planejamento extratégico para a Faixa de Fronteira as

ações previstas nos planos: PDIF e PEDES -Plano de Desenvolvimento Sustentável

do Estado de Rondônia.

2.1 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Rondônia

O Plano tem como base o conhecimento de sua realidade e nas políticas

públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico, mediante a execução de um

conjunto de diretrizes, programas e projetos, visando reduzir as desigualdades entre

as regiões de planejamento do Estado e direcionar o potencial da diversidade

existente para o desenvolvimento regional sustentável.

O Plano foi construído a partir de um esforço conjunto do governo federal e

governo estatal, materializado em um Acordo de Cooperação Técnica por intermédio

do Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão firmado em 07.02.2014. A elaboração ficou sob a

responsabilidade do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA)

e a Empresa Consultoria e Serviços Socioeconômico e Ambiental Ltda(CON&SEA

LTDA). Para efetivação dos trabalhos foram envolvidas as secretarias de Estado e

instituições públicas, privadas e não governamentais vinculadas e articuladas com

Page 100: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

99

as demandas sociais. Cabe destacar que as demandas sociais foram levantadas por

meio de diversas oficinas de trabalho, realizadas no Estado e pelo acompanhamento

e monitoramento das secretarias de governo.

O PDES/RO 2015-2030 considerada as peculiaridades regionais com vistas a

possibilitar a diminuição das desigualdades entre as regiões do Estado, no que se

refere ao nível de vida, bem como a favorecer a integração fronteiriça e aumentar a

riqueza com responsabilidade social e ambiental.

2.2 Articulação PrioritáriadasMesorregiões, PDFF, PDRA

Quatro mesorregiões em que o Governo Federal já vem atuando de forma

importante – Alto Solimões (AM), Vale do Rio Acre (AM e AC), Grande Fronteira do

MERCOSUL (PR, SC e RS) e Metade Sul do Rio Grande do Sul (RS) – encontram-

se em áreas coincidentes com a Faixa de Fronteira.

Essas mesorregiões são beneficiadas pelas ações do PNDFF e PDR de

modo que, complementarmente, os programas federais em questão, possam

garantir o desenvolvimento sustentável dessas sub-regiões, que já estão em

processo de consolidação de uma base local de desenvolvimento, envolvendo

articulação de estratégias e ações do Governo Federal com os Estados, Municípios

e as sociedades locais organizadas. Visando esta estratégia de desenvolvimento do

Governo Federal, o Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira PDIF do

Estado de Rondônia constitui uma oportunidade para o aproveitamento de sinergias

das ações públicas e privadas para a Faixa de Fronteira com a Bolívia.

2.3 MelhoriasSocioeconômicas das Sub-regiões Faixa de Fronteira

As ações aqui propostas têm o objetivo de articular os atores da Faixa de

Fronteira em torno de projetos de desenvolvimento comuns e de construção de

percepções da realidade local e sub-regional, assim como provocar a elaboração de

agenda para a superação dos obstáculos e utilização das potencialidades,

englobando, em sua estratégia de atuação, o fortalecimento da sociedade civil, o

incentivo a Arranjos Produtivos Locais - APLs, a promoção da articulação dos atores

e o estímulo à infraestrutura econômica, social e gerencial.

Page 101: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

100

2.4 Interação PDIF com as Ações Prioritárias do PIDISE

O Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do

Estado de Rondônia PIDISE tem em seu objetivo geral a ampliação e modernização

da infraestrutura social e econômica do estado, através da organização do processo

de desenvolvimento, com sustentabilidade e inclusão social. O Programa trará

benefício para toda a população do estado especialmente as dos municípios

localizados no eixo da BR 364, complexo Hidrelétrico do Rio Madeira e Linhas de

Transmissão de Energia Elétrica. De forma integrada, serão beneficiários diretos do

projeto os pequenos e médios produtores da cadeia produtiva do pescado e da

agroindústria; famílias de baixa renda contempladas em programas de proteção

social e de habitação; comunidades escolares da área rural e urbana, usuários dos

serviços públicos de segurança, saúde, saneamento, empresários e instituições

públicas.

Serão investidos através de empréstimo financiado pelo BNDES no valor de

R$ 488.364.300,00 com contrapartida de R$ 54.262.700,00 do governo do estado de

Rondônia totalizando um investimento do programa de R$ 542.627.000,00 que

serão empregados numa estrutura de 10 programas quais sejam:

Quadro Resumo dos Investimentos do PIDISE

COMPONENTES Valor em R$

1,00

Segurança Pública e Direitos Humanos 111.446.000,00

Ampliação e Modernização da Infraestrutura da Educação, Desporto e Lazer 101.970.000,00

Implantação, Melhorias e Ampliação dos Serviços de Saúde e Saneamento 53.230.000,00

Desenvolvimento do Turismo e Preservação e Conservação do Patrimônio Histórico e Cultural

28.250.000,00

Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos

91.898.000,00

Modernização da Infraestrutura Fazendária 37.595.000,00

Tecnologia da Informação 35.088.000,00

Habitação de Interesse Social 54.000.000,00

Fortalecimento e Modernização da Infraestrutura da Assistência Social 24.150.000,00

Gerenciamento e Monitoramento do PIDISE 5.000.000,00

Page 102: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

101

3. Organização dos Programas e Projetos em Eixos Estratégicos

Eixo Educação

Eixo Saúde

Eixo Infraestrutura

Eixo Econômico

Eixo Segurança

Eixo Ambiental

3.1 Definição dos Programas Estruturantes

O Estado de Rondônia necessita urgentemente de programas de

desenvolvimento para continuar crescendo, tendo como base, diferentes

alternativas, conforme a natureza do problema a ser enfrentado.

3.1.1 Eixo Educação

Programa para a educação intercultural com propósito de promover a

construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural com ênfase no ensino

de português e espanhol, sobretudo nas cidades-gêmeas levando em conta as

peculiaridades e seu potencial cultural.

3.1.2 Eixo Saúde

Projeto do Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da

Saúde), que tem atuação na área de saúde em todos os municípios de fronteira em

especial aquelas voltadas para vigilância epidemiológica; vigilância sanitária e

ambiental; saúde intercultural (povos indígenas) e desenvolvimento de capacidades

para o atendimento a pacientes portadores de HIV/AIDS.

Page 103: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

102

3.1.3Eixo Infraestrutura

3.1.3.1Infraestrutura logística

Programa de apoio logístico de transporte hidroviário nos Rios Guaporé e

Mamoré interligados com o Rio Madeira, visando aumentar o grau de

competitividade diminuindo o alto custo da logística do transporte de cargas.

A Bacia do Madeira é considerada o maior potecial de integração regional que

pode ser estabelecido entre o Brasil, a Bolívia e o Peru, mediante a integração de

suas redes de transportes intermodal fluviais, terrestre e o potencial energético.

3.1.3.2Infraestrutura Urbana

Urbanização das cidades por meio da construção de equipamentos urbanos,

implantação de infraestrutura social de apoio à produção, construção de obras civis,

saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e transporte urbano,

dentre outros. Essa ação tem como finalidade melhorar a qualidade de vida nos

municípios fronteiriços, para proporcionar maior nível de satisfação das populações

da Faixa de Fronteira.

3.1.4 EixoEconômico

3.1.4.1APL

Implantação de Arranjos Produtivos Locais - APLs, visando à estruturação

socioeconômica dos municípios fronteiriços, entorno de uma estratégia de

desenvolvimento de produção, industrialização e comercialização dos produtos

regionais em bases sustentáveis e resultados imediatos na dinamização das

economias locais em especial a sociobiodiversidade.

3.1.4.2Turismo

O Vale do Guaporé é rico em patrimônio histórico, manifestações culturais,

oportunidades de visitas às comunidades caboclas e indígenas e visita à Bolívia

para compras. Belezas naturais, rica em fauna e flora, a região encanta os visitantes

Page 104: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

103

que apreciam aventuras mais radicais. De trekkings pela Floresta Amazônica ou no

pantanal rondoniense, a pesca esportiva no Rio Mamoré e nos seus afluentes, lugar

ideal para um mergulho em meio aos peixes da região. É possível fazer um rapel de

120 metros num paredão na cordilheira dos Pacaás Novos, até o rio que leva o

mesmo nome.

Construção de pousadas para hospedagens integradas à natureza.

3.1.4.3 Polo Industrial Sociobiodiversidade

O desenvolvimento regional pretendido pelos benefíciosfiscais,previstos na

ALC e ZFV só ocorrerá se for materializado com a criação de um polo industrial

voltado para a sociobiodiversidade, conforme a proposta da Zona Franca Verde Lei

nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº

8.597, de 18 dezembro de 2015, o qual criou a Zona Franca Verde em seis

municípios da Região Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles.

Com a regulamentação da Zona Franca Verde, os municípios beneficiados

passam a receber a concessão de incentivos fiscais para indústrias de

beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas regionais de origem

florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

3.1.5 Eixo Segurança

Estratégia Nacional de Segurança nas Fronteiras -ENAFRON - Conjunto de

políticas e projetos do Governo Federal, que tem por finalidade melhorar a

percepção de segurança pública junto à sociedade e garantir a presença

permanente das instituições policiais e de fiscalização na região de fronteira do

Brasil, otimizando a prevenção e a repressão aos crimes transfronteiriços, por meio

de ações integradas de diversos órgãos federais, estaduais e municipais.

Promover a articulação dos atores governamentais, das três esferas de

governo, no sentido de incentivar e fomentar políticas públicas de segurança,

uniformizar entendimentos e ações e otimizar o investimento de recursos públicos

nas regiões de fronteira.

Page 105: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

104

Enfrentar os ilícitos penais típicos das regiões de fronteira e promover um

bloqueio e a desarticulação das atividades de financiamento, planejamento,

distribuição e logística do crime organizado e dos crimes transnacionais, cujos

efeitos atingem os grandes centros urbanos e a sociedade brasileira com um todo.

3.1.6 Eixo Ambiental

Plano de exploração da Reserva Extrativista do Pacaás Novos, Reserva

Extrativista do Rio Cautário, Reserva Extrativista de Pedras Negras, Reserva

Extrativista do Curralinho, Reserva biológica do Guaporé, Parque Estadual Serra

dos Reis, Parque Estadual de Curumbiara, Terra Indígena Ribeirão, Terra Indígena

Lages, Terra Indígena de Pacaás Novos e Terra Indígena do Rio Guaporé.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que entre outras

importantes providências de alcance visa garantir a inclusão sócio-produtiva dos

catadores de materiais recicláveis, nos termos prescritos pela legislação federal.

A Política Estadual vem desenvolvendo ações comooProjeto Recicla

Rondônia, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Assistência e

Desenvolvimento Social SEAS.

3.1.7Eixo Sócio-Político

3.1.7.1Emprego - tratar o fluxo de trabalhadores na transfronteira com uma

política diferenciada, formatada de acordo com o lugar geográfico, os interesses

brasileiros e a relação com o país vizinho nas cidades-gêmeas. Em termos de

administração é problemático o desenvolvimento regional da faixa, tendendo a

reforçar, em vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias quase sempre

hostis à integração subcontinental. É preciso programar ações que objetivem

legalizar a residência e o trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, nos moldes

recepcionados no Acordo de Residência do MERCOSUL em vigor.

3.1.7.2 Aduanas - o funcionamento integrado das aduanas dá maior agilidade

no desembaraço das cargas, com Despachante Aduaneiro prestadores de serviços

bem treinados, com abrangência cada vez maior nas atividades inerentes ao

Page 106: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

105

comércio de importação e exportação, viabilizando economia e agilidade para as

empresas aumentarem o grau de competitividade.

Aduanas integradas com equipamentos modernos e profissionais da atividade

de repressão devidamente treinados e uma legislação aduaneira moderna acordada

com o país vizinho, tendo com objetivo a evolução dinâmica do comércio exterior e

ao mesmo tempo coibir de maneira eficaz os ilícitos e fraudes aduaneiras,

protegendo os interesses dos dois países.

3.2 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores

Ver Anexo III Resumo - Planilhas das Propostas

3.2.1 Eixo Educação

Desenvolvimento de Escolas Binacionais de Fronteira

Instituto Técnico de Fronteira

Intercâmbio de Professores Brasil/Bolívia

Intercâmbio de Estudantes Brasil/Bolívia Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

3.2.1.1 Projeto Intercultural Bilíngue Escolas de Fronteira(Ministérioda

Educação)

Projeto Escolas Bilíngües de Fronteira tem como propósito promover a

construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural como marco de uma

cultura de paz e de cooperação interfronteiriça. O Projeto consiste em um modelo

comum de ensino em escolas de zona de fronteira, a partir do desenvolvimento de

um programa para a educação intercultural com ênfase no ensino do português e do

espanhol, em Guajará-Mirim cidade-gêmea e Costa Marques.

Com base na proximidade geográfica e os laços estreitos entre os povos dos

dois países, esse projeto prevê o desenvolvimento de um modelo de ensino comum,

apoiada por professores e alunos para formalizar a comunicação e educação em

Português e Castelhano ao mesmo tempo.

Page 107: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

106

Planejamento das aulas experimentais na língua do "outro" e em diferentes

disciplinas conduzidas por professores de ambos os lados, com o assessoramento

de especialistas em educação das universidades envolvidas.

Assim, não só a língua, mas também vários costumes são conhecidos entre

os estudantes brasileiros na Bolívia, fortalecendo os laços de integração precoce.

Com a inclusão desses aspectos no conteúdo de todas as disciplinas, desde

matemática para a artea integração de conteúdo e pluralidade de aprendizado da

fronteira torna-se um ambiente de interação educacional, cultural e linguística.

3.2.1.2Projeto Escolas Técnicas de Fronteira (SETEC/Ministério da

Educação).

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO

iniciou as atividades em 2011 na Guajará-Mirim em prédio cedido pela Prefeitura,

destinado a atender a macrorregião, que conta com mais de 100 mil habitantes,

segundo o Censo do IBGE 2010, além da população boliviana de fronteira que

também poderá participar, configurando dessa forma um pólo binacional de

educação técnica.

3.2.1.3 Projeto Intercâmbio de Professores

O intercâmbio de professores que ensinam Espanhol na rede pública estadual

de Rondônia para fazer estágio na Bolívia. Da mesma forma, os profissionais da

Bolívia que ensinam a língua portuguesa virão fazer estágio em Rondônia.

Apropostaé que na área fronteiriça os estudantes sejam formados nas duas línguas

para maior integração dos dois países.

3.2.1.4Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

Projeto Integração Histórica Política e Cultural da Região de Fronteira

Brasil/Bolívia (Universidade Federal de Rondônia – Miguel Nenevé e Valdir

Aparecido de Souza).

Page 108: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

107

O projeto tem como base a política pública de integração que leve em

consideração o respeito às culturas locais de fronteira, sejam elas urbanas e

modernas, rurais e povos da floresta, bem como indígenas e quilombolas. Com foco

na História Oral, Método Etnográfico, Abordagem Sociológica, Política e Hibridismo

Cultural - Português, Espanhol e Línguas Indígenas. Visando diminuir a exclusão

social e o preconceito entre as culturas.

O público alvo são as Comunidades Ribeirinhas na fronteira de Rondônia e

Bolívia, de Abunã à Cabixi.

O produto inicial é um currículo comum na área da educação entre as

comunidades e entre os países, objetivando a implantação de Escolas Binacionais

de Fronteira.

3.2.2Eixo Saúde

Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da Saúde).

Intercâmbio de médicos e outros profissionais de saúde exclusivamente na

Faixa de Fronteira.

Campanhas de Vacinação Integrada.

3.2.2.1. Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS

O Sistema, iniciado em 2006, é uma proposta da Secretaria Executiva do

Ministério da Saúde, e tem como objetivo contribuir para o fortalecimento e

organização dos sistemas locais de saúde de 121 municípios fronteiriços, de norte a

sul do paíscontempladosno“MAIS SAÚDE” – Direito de Todos – 2008-2011, no eixo

da Cooperação Internacional, o SIS-Fronteira visa atender a toda extensão territorial

das fronteiras do Brasil.

3.2.3 Eixo Infraestrutura

Infraestrutura Urbana

Infovia

Hidrovia da Bacia do Madeira

Page 109: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

108

Portos Hidroviários (Guajará-Mirim, Costa Marques e Cabixi)

Ponte Binacional em Guajará-Mirim

Hidroelétrica Binacional do Ribeirão em Guajará-Mirim

Rodovia do Pacífico Brasil/Peru

Logística do Transporte de Cargas

3.2.3.1Infraestrutura Urbana

Dinamização das economias locais, com resultados imediatos por meio da

construção de equipamentos urbanos, implantação de apoio à produção, construção

de obras civis, implantação de sistemas, saneamento, canalização, tratamento e

abastecimento de água e transportes, dentre outros.

3.2.3.2 Infovia–Aduanas Integradas/Banda Larga

Aduanas Integradas Brasil/Rondônia e Bolívia/Beni ligadas pela Infovia, que

se encontra em execução no Estado de Rondônia. A InfoviaTrata-se de uma rede de

fibras ópticas e rádios, que opera integrada com a infraestrutura privada de

Telecomunicações (Satélites, Telefonia Celular, Telefonia convencional e Fibras

ópticas, etc..) conectando cidades, prédios e órgãos em alta velocidade,

possibilitando novas formas de relacionamento entre pessoas, organizações e

países.

3.2.3.3Hidrovia da Bacia do Madeira

A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais de

demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A hidrovia é o

meio de transporte mais econômico e sustentável. Somente em termos da redução

do impacto ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é evidente por si mesma,

considerando a ordem de grandeza de emissão de monóxido de carbono de 1 para

hidrovia, 10 para ferrovia e 50 para rodovia. A hidrovia é o modelo de transporte

menos oneroso que qualquer outra modalidade disponível no mundo. Mas, no Brasil,

onde há condições geográficas bastante favoráveis a esse tipo de operação, os

Page 110: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

109

investimentos no setor andam na contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário,

que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.

A Hidrovia da bacia do rio Madeira necessita da construção de três eclusas,

sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira eclusa onde

será construída a Hidroelétrica Binacional Brasil-Bolívia perto da cidade de Guajará-

Mirim. Com a construção dessas eclusas a navegação se estenderá até os rios

Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se possível ligar o leste do Mato Grosso ao

Oceano Atlântico.

ECLUSAS- A Agência Nacional de Transportes Aquaviários- ANTAQ tem o

projeto para construção das eclusas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, onde

dois consórcios empresariais instalam as duas maiores obras do Programa de

Aceleração do Crescimento - PAC para geração de energia limpa da Amazônia

Ocidental.

Page 111: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

110

Conforme Informações da ANTAQ, as duas obras serão financiadas com

recursos do PAC-2, uma vez que o país necessita recuperar o tempo perdido e

ingressar definitivamente na era do multitransporte. No Brasil, mesmo com suas

dimensões continentais só foram construídas até agora 20 eclusas, 12 delas na

hidrovia Paraná/Tocantins.

Em comparação com a Bélgica, país menor do que o Rio de Janeiro dá para

ter uma ideia de como o Brasil não aproveita bem os seus mais de 24 mil

quilômetros de recursos hidroviários disponíveis. Na Bélgica há 17 eclusas e a

Holanda construiu 96, totalizando 41.526 quilômetros quadrados de hidrovias.

No Brasil, dos 13 mil quilômetros de rios navegados, 9 mil quilômetros

pertencem às bacias hidrográficas da Amazônia Ocidental, onde é possível realizar

o transporte de cargas e passageiros com menor custo e maior lucro. “A hidrovia do

Madeira é a maior e mais importante delas”.

Situação da Hidrovia do Baixo MadeiraPorto Velho (RO)-Itacoatiara (AM):

ampliação e modernização do terminal de Porto Velho, no valor de R$ 20 milhões,

incluído no PAC, sem previsão para o término; navegabilidade do rio Madeira entre

Porto Velho e Itacoatiara, no valor de R$ 220 milhões; navegabilidade, sem previsão

de execução.

3.2.3.4Construção dos Portos hidroviários

Porto de Guajará-Mirim

ODepartamento Nacional de Infraestrutura e Transporte - DNIT tem o projeto

básico para a construção do porto hidroviário do Município de Guajará-Mirim. Porém,

existem alguns impedimentos técnicos em relação à área. Faz-se necessário alguns

ajustes legais em relação a área destinada à construção do Terminal Hidroviário de

Guajará-Mirim/RO, para fins de avaliação por técnicos das condições locais e

posteriormente a construção do Porto, avaliado em aproximadamente R$ 10

milhões. (informações da DAQ/DNIT -29/03/12).

Os rios Guaporé e Mamoré são atualmente navegados numa extensão de

1.168 km de vila bela da santíssima Trindade no Mato Grosso até Guajará-mirim em

Rondônia, e dependendo de estudos poderá ser navegado de Pontes Lacerda onde

Page 112: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

111

é cruzado pela BR-364, até o ponto hoje navegado. Desafogando o tráfego da BR-

364.

Porto de Cabixi

Os rios Guaporé e Mamoré são navegáveis entre os dois extremos,poreles

poderia se transportar a soja produzida na região de Sapezal no Mato Grosso e na

região sul de Rondônia. A colheita de grãos dessas regiões coincide com a cheia

desses rios, época em que o nível hídrico está bastante elevado, ou seja, a partir de

fevereiro até o final de mês de maio ou junho. No sentido inverso importaria insumos

agrícolas e mercadoria para abastecer a região.

Porto de Costa Marques

Posição estratégica no centro da linha de fronteira, a região é grande

produtora de bovinos e madeira para exportação. Não existe projeto para construção

do porto de Costa Marques

3.2.3.5Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim

A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso

projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de

produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile,

sendo também essencial para a saída para o pacífico.

Marco Jurídico: Acordo firmado entre o Brasil e a Bolívia, para a construção

da referida ponte foi assinado em 14 de fevereiro de 2007 e promulgado através do

Decreto nº 6.858/25 de maio de 2009. A Comissão Mista Brasileiro-Boliviana foi

constituída em 20 de novembro de 2008.

Empreendimento binacional onde o Brasil arcará com os custos.O projeto já

foi elaborado, a ponte terá extensão de 1.220 metros; Largura de 17,30 metros e

Aduanas integradas. Área de platô: 78.206,67 m2. Área construída: 8.764,23 m2. A

previsão de licitação da ponte para o ano de 2016.

3.2.3.6 Logística do Transporte de Cargas

Page 113: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

112

Conta com uma única rodovia a BR-364 em condições precárias e a hidrovia

do rio Madeira, com porto de carga e graneleiro, o sistema intermodal precisa de

investimento para se tornar uma hidrovia de fato.

3.2.4 Eixo Econômico

Zona de Processamento de Exportação – ZPE/Porto Velho

Zona Franca Verde Guajará-Mirim

Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Guaporé

Inclusão Produtiva (APLs)

Polo Industrial de transformação Guajará-Mirim

Turismo

O Estado quer a infraestrutura rodoviária necessária para incrementar o

intercâmbio comercial com os bolivianos. Rondônia está de olho, sobretudo, na

importação de insumos para a produção agrícola, como os fertilizantes sal.

3.2.4.1 Zona de Processamento de Exportação–ZPE / PORTO VELHO/RO

A Zona de Processamento de Exportação – ZPE de Porto Velho/ROfoicriada

através do Decreto de 15 de julho de 2015. A implantação da ZPE de Porto

Velho/RO ocupará uma área de 258 hectares, junto ao novo complexo portuário de

Porto Velho, a 20 quilômetros do centro da Capital.

A Resolução CZPE nº 11, de 24 de novembro de 2015, prorrogou o prazo

para constituição de pessoa jurídica, com função específica de ser a Administradora

da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Rondônia, no Município de

Porto Velho , Estado de Rondônia, até o dia 14 de janeiro de 2016.

O projeto está em fase de elaboração com previsão de custo aproximado de

R$ 18 milhões com recursos do BNDES (PDISE), para a construção de um polo

Page 114: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

113

industrial de exportações do Estado, em especial através da Hidrovia do Madeira e

da Rodovia Interoceânica.

3.2.4.2Zona Franca Verde

O município de Guajará-Mirim, beneficiado pela Zona Franca Verde, Lei nº

11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 8.597,

de 18 dezembro de 2015, cria Zona Franca Verde em seis municípios da Região

Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles. Com a regulamentação da Zona Franca

Verde, os municípios beneficiados passam a receber a concessão de incentivos

fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas

regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

Os benefícios de incentivos fiscais previsto na ALC e ZFV, para a região só

terão resultados positivos no desenvolvimento, com a implantação de um polo

industrial da sociobiodiversidade em Guajará-Mirim, caso contrário os recursos

migrarão para outras regiões. É o caso dos recursos arrecadados pela SUFRAMA.

3.2.5Eixo Segurança

3.2.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia

Visa combater a entrada de drogas, armas e munições que abastecem

organizações criminosas no país. O Plano contempla a Gerência Especializada em

Segurança de Fronteira-GESFRON, o que através de articulação em 12 (doze)

Unidades abrangendo toda a Faixa de Fronteiras, em fase de instalação com

equipamentos de última geração.

A atuação prevista no plano para a GESFRON, que já é uma realidade em

suas operações atualmente, é de forma integrada com a participação de policiais

civis, militares e peritos criminais, devidamente treinados com capacitação

continuada por meio da própria estrutura do Estado e dos convênios firmados com a

SENASP através dos Programas de Capacitação do DEPAID, com vistas aos

objetivos do Programa ENAFRON.

Page 115: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

114

3.2.6 Eixo Sócio-Político

Acordos Internacionais Fronteiriços

Questões Migratórias Emprego (Ministério do Trabalho e Emprego)

Funcionamento Integrado de Aduanas

3.2.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia)

Há várias propostas de legislação para dinamizar o processo de

desenvolvimento da Zona de Fronteira, o poder legislativo tem apresentado valiosas

contribuições. Tem aproximadamente 41 propostas legislativas em curso no

Congresso Nacional, sendo: 9 tratam de questões Fundiárias, 7 Segurança, 6

Desenvolvimento Econômico, 9 Cidadania, 4 de ao apoio à implementação de

Infraestrutura, 4 aos aspectos institucionais e 2 tratam de questões ambientais.

Ano Acordos e Projetos Entre o Brasil e a Bolívia

1997 Acordo por troca de notas, para a criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro.

2003 Acordo para Restituição de Veículos Automotores Roubados ou Furtados.

2004 Ingresso e Trânsito de veículos Nacionais em seus territórios.

2005 Acordo sobre Regularização Migratória.

2006 Bolívia regulamenta nacionalização do setor de hidrocarbonetos.

2007 Acordo Brasil e Bolívia para a construção da ponte sobre o rio Mamoré, entre as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerin

2009 Inauguração de dois trechos do futuro Corredor Interoceânico Brasil-Bolívia-Chile. Aprofundam as discussões sobre infraestrutura regional, narcotráfico e comércio bilateral.

2011 Criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro.

a) Acordo sobre LocalidadesFronteiriçasestabelece o direito da

população fronteiriça trabalhar, estudar, residir e ser atendida em hospitais públicos

de ambos os países. Proposta nos moldes do acordo vigente com o Uruguai, que

concede carteira aos cidadãos fronteiriços.

Page 116: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

115

b) Acordo para Estabelecimento Comercial em Regime Especial cria

regime especial de comércio de subsistência e transporte. Esse acordo simplificará a

importação de mercadorias para subsistência da população residentes nas cidades

gêmeas e localidades de difícil acesso.

c) Acordo sobre Trânsito de Veículos Particulares e Interconexões

Viáriasregulamentará o transporte na região fronteiriça, principalmente ônibus

urbanos, táxis e veículos fretados.

d) Consórcio Binacional Para Integração e Desenvolvimento Sustentável

– CBIDS.O consórcio é a organização não governamental mais atuante na fronteira,

formado por vários segmentos da sociedade fronteiriça como: Instituto de Arquitetos

do Brasil - IAB/Guajará-Mirim, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia - CREA-RO, consulado da Bolívia, Associação Comercial de Guajará-

Mirim, Sindicato dos Engenheiros - SENGE-RO.

Tem como objetivo a integração sociocultural, econômica e tecnológica

desses dois povos na Faixa de Fronteira. Assim como, participar e dar conhecimento

a população local dos grandes projetos binacionais de energia, transporte,

comunicação, meio ambiente, ciência e tecnologia que venha contribuir para o

desenvolvimento de Rondônia e aos departamentos de Beni e Pando, na Bolívia.

O CBIDS vem debatendo com as autoridades dos dois países os principais

projetos como construção das usinas hidrelétricas de Ribeirão próximo de Guajará-

Mirim com capacidade de gerar 3 mil megawatts e Cachoeira da Esperança na

Bolívia 780 megawatts incluindo as eclusas, bem como a construção das eclusas

nas usinas de Santo Antonio e Jirau, visando a hidrovia do Madeira com saídas para

os oceanos atlântico e Pacífico e a ponte binacional ligando os dois países.

Page 117: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

116

Fonte: DICOM/RO

e) Mesa da Irmandade (Acordo Internacional)

A Mesa da Irmandade assegurada pelo Decreto Legislativo nº 503, de

11/12/2013 que homologa a Declaração de Irmandade que celebra o Governo do

Estado de Rondônia e o Departamento Autônomo de Beni - Bolívia, com objetivo

fortalecer a amizade e a cooperação entre Rondônia e o Beni - Bolívia, para a

integração Regional, “É um tripé que envolve o executivo, o legislativo e a classe

empresarial dos dois países”. (Dep. Fed. Marinha Raupp).

Composição da Mesa da Irmandade- A mesa permanente de Integração

Regional Rondônia/Beni será composta pelos seguintes membros: por parte de

Rondônia: Governador do Estado, Secretário Chefe da Casa Civil, Secretário de

Estado de Planejamento, Orçamento e GestãoSecretário de Estado da Agricultura,

Secretário de Estado do Meio Ambiente, Secretário de Estado de Assuntos

Estratégicos, Presidente da Frente Parlamentar Permanente de Integração

Binacional Rondônia/Beni.As mesmas autoridades do Departamento Autônomo do

Beni devem compor o grupo.

Page 118: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

117

A Mesa Permanente de Integração se reunirá ordinariamente uma vez a cada

semestre, de forma alternada entre o Estado de Rondônia e o Departamento do

Beni.

3.2.6.2 Questões Migratórias Emprego

No caso do Brasil, não existe um marco regulatório único para tratar fluxos de

trabalhadores transfronteira. Em geral, adota-se uma política diferenciada, formatada

de acordo com o lugar geográfico, os interesses brasileiros e a relação com o país

vizinho. Embora justificados pela diferença entre as cidades-gêmeas e entre os

países, os efeitos dessa política são problemáticos em termos de administração e

desenvolvimento regional da faixa e da zona de fronteira, tendendo a reforçar, em

vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias quase sempre hostis à

integração subcontinental.

Uma das reivindicações recorrentes em todos os fóruns de discussão do tema

é o avanço na implantação de ações que objetivem legalizar a residência e o

trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, recepcionados no Acordo de

Residência do MERCOSUL em vigor.

4. Detalhamento Executivo dos Projetos

Ver anexo

5. Estratégia de Financiamento

Ver anexo

Page 119: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

118

IV GESTÃO DO NEIFRO

A gestão do NEIFRO está baseada no modelo de gestão do PRDA da

Amazônia em termos de inovação, cooperação, alianças estratégicas, governança e

as complexas demandas do mercado e dos movimentos sociais. Portanto, o modelo

de gestão proposto para o NEIFRO é fortemente baseado na abordagem de redes

como expressão dos novos tempos.

O paradigma gerencial contemporâneo baseado nos princípios da confiança e

da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de

estruturas, descentralização de funções e incentivos à criatividade, contrapondo-se

ao formalismo e ao rigor técnico da burocracia. A abordagem de redes para a gestão

do NEIFRO parece ser a forma mais adequada para expressar novos arranjos

institucionais fundamentais para o sucesso da execução do plano.

Assim, propugna-se que a gestão do NEIFRO deve estar relacionada com um

modelo de que expresse as novas demandas da sociedade local e dos Municípios

que compõe a Faixa de Fronteira. O conceito de redes delineia uma lógica que

demanda articulações, clareza nos objetivos, cooperação, capital social e redução

de atritos e conflitos. Utilizam-se das modernas tecnologias de informação para

viabilizar a articulação virtual, em tempo real, dos indivíduos e organizações,

inclusive as públicas, redimensionando, assim, os territórios de influência e ação.

O modelo de gestão em redes difere frontalmente do modelo tradicional

burocrático e hierárquico nas quais uma organização se sobrepõe a outra. O que

predomina neste modelo é a cooperação e pactuação em substituição à competição

visando-se atingir um propósito comum. Todavia, nesse modelo é pertinente a

existência de um coordenador, formado por representantes das partes interessadas

capaz de assumir o papel de mediador para a concretização das metas propostas. O

que se objetiva nesta estratégia de gestão é procurar envolver e corresponsabilizar

as três esferas do governo (federal, estadual e municipal), os diferentes órgãos

públicos e as lideranças existentes na sociedade na promoção do aumento da

competitividade local e da desejável promoção do desenvolvimento integrado da

Faixa de Fronteira sustentável.

Page 120: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

119

1. Núcleo Estadual de Fronteira

O Decreto Estadual n° 16.612, de 29 de março de 2012, institui o Núcleo

Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO,

visando à inteiração com a Comissão Permanente para o Desenvolvimento e

Integração da Faixa de Fronteira - CDIF, criada por meio do Decreto de 08 de

setembro de 2010 do Governo Federal.

O Núcleo Estadual foi atualizado através do Decreto nº 20.275, de 13 de

novembro de 2015, permanecendo vinculado e coordenadopela Secretaria de

Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPOG, com o objetivo de

mobilizar atores atuantes na Faixa de Fronteira no Estado de Rondônia, bem como,

sistematizar as demandas locais, analisar propostas de ações, revisar e ou formular

Planos de Desenvolvimento e Integração Fronteiriço, em observânciaa organização

e o alinhamento articulado das ações macros desenvolvidas pelos Municípios e o

Estado, em consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas

temáticas de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

O modelo de gestão do Núcleo Estadual deve expressar as novas demandas

da sociedade local e dos Municípios, que compõe a Faixa de Fronteira. Objetivando

a democratização do Núcleo Estadual,foicriado, na sua

composição,CâmarasTemáticas,comafinalidadede representar cada segmento.

1.1 Composição do Núcleo

1.1.1 Coordenação Geral:

Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG

1.1.2 Membros:

I - Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG (coord.);

II - Casa Civil;

III - Superintendência Estadual de Assuntos Estratégicos - SEAE;

IV - Superintendência Estadual de Turismo - SETUR;

V - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM;

Page 121: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

120

VI - Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social - SEAS;

VII - Secretaria de Estado da Agricultura - SEAGRI;

VIII - Secretaria de Estado da Saúde - SESAU;

IX - Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania - SESDEC;

X - Secretaria de Estado da Educação - SEDUC;

XI - Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia -

IDARON;

XII - Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia - SUDER; e

XIII - Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer - SEJUCEL.

1.1.3 Secretaria Executiva

A Secretaria Executiva tem por atribuições secretariar o NEIFRO nas

Plenárias e apoio as Câmaras Temáticas. A Secretaria Executiva será responsável

pela articulaçãoesuporte para o desenvolvimento de estudos, elaboração de

propostas e encaminhamento dos temas específicos, para a plenária do NEIFRO,

que farão parte de propostas para formulação de políticas públicas ou projetos a

serem encaminhados à CDIF/Ministério da Integração.

1.1.4Câmaras Temáticas

A Câmara Temática coordenada por um membro do NEIFRO reúne

representantes do poder público e da sociedade civil organizada integrante da

estrutura, através de acordos de cooperação técnica, com a finalidade de subsidiar o

Núcleo Estadual na formulação de estudos e propostas de projetos para a Faixa de

Fronteira, com a participação social e integração das políticas públicas de

Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

I – Câmara Temática Eixo Infraestrutura;

II - Câmara Temática Eixo Educação

III - Câmara Temática Eixo Econômico (Investimento/Produção);

IV - Câmara Temática Eixo Segurança;

Page 122: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

121

V - Câmara Temática Comércio Exterior e Integração Internacional;

VI – Câmara Temática Acordos Internacional;

NÚCLEO ESTADUAL DE FRONTEIRA DE RONDÔNIA

1.2Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão

Caberá a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG

garantir o apoio administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos do

Núcleo, exercendo as atribuições de secretaria-executiva do Núcleo e das Câmaras

Temáticas.

Será destinado um espaço físico, devidamente equipado, dentro da estrutura

da SEPOG, bem como, servidores com participação nos trabalhos da Faixa de

Fronteira, que terão como responsabilidade as providências de ações (dentro de

suas competências) que resultem no bom andamento das atividades do Núcleo.

Recurso humano: Coordenador, Subcoordenador, Membros, Colaboradores e

apoio administrativo.

Page 123: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

122

As despesas com os deslocamentos dos representantes dos órgãos e/ou

entidades do Núcleo poderão correr à conta de dotações orçamentárias do órgão de

origem, entidades ou da SEPOG/RO.

Page 124: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

123

V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O sistema de documentação e comunicação do NÚCLEO tem como objetivo a

integração fronteiriça, com total transparência e facilidade de acesso aos mesmos,

por todos os interessados.

Será criado um portal de divulgação – site, interligado com o Ministério da

Integração e os demais Núcleos. O qual será alimentado pela coordenação do

Núcleo com dados obtidos junto aos integrantes da Faixa de Fronteira. Podendo

ocorrer cadastramento de novas propostas ou ajustes nos inúmeros projetos que

serão capitaneados, bem como, apoiar politicamente as ações de integração

fronteiriça.

Os projetos serão catalogados ordenadamente por Eixos Temáticos, com

acesso compartilhado com órgãos externos.

Page 125: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

124

VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF

1. Definição de Indicadores

Os indicadores serão dados em conformidades com os projetos, políticas

públicas e ou programas dos eixos temáticos.

Monitoramento e avaliação do PDIF, semestral;

Relatório de avaliação do PDIF, semestral;

Reunião para avaliação das ações do PDIF, semestral;

Estabelecer conjunto de metas físicas;

Estabelecer um segundo nível de indicadores que deverá ser acompanhado

pelo MI, integrando e comparando os diferentes núcleos.

2. Impactos e Resultados

2.1 Os Impactos Esperados:

Uma nova forma de gestão dos recursos públicos com estimulo à

participação da sociedade civil, em torno dos projetos de

desenvolvimento na Faixa de Fronteira.

Melhoria da governança e estruturação dos Arranjos Produtivos Locais

e transfronteiriços.

2.2Os Resultados Esperados:

Redução da desigualdade regional e integração com o país vizinho.

Melhoria das condições de cidadania da população local, com acesso

aos bens e serviços públicos.

Melhora do IDH da Faixa de Fronteira.

Fortalecimento nas Cidades-Gêmeas da pluralidade de aprendizado da

fronteira, torna-se um ambiente de interação educacional e cultural.

Page 126: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

125

VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF

ALVES, C. B. A integração regional e a desecuritização da Amazônia. Porto Alegre, TCC Bacharelado em Relações Internacionais/Economia – UFRGS, 2009.

BRASIL, Câmara dos Deputados. Crack leva a segurança pública a jogar dinheiro pelo ralo. Brasília. 2012.

CASTRO, E. Estado e Políticas Públicas na Amazônia em Face da Globalização e da Integração de Mercados. In: Coelho, M., Mathis, A., Castro, E, Hurtienne, T. Estado e Políticas Públicas na Amazônia: gestão do desenvolvimento regional. Belém, Cejup: UFPA-NAEA.2001.

FIERO- Federação das Indústrias do Estado de Rondônia.

FILHO, J. A., A Endogeneização no Desenvolvimento Econômico Regional e Local. In Planejamento e Políticas Públicas nº 23. IPEA. Junho, 2001.

FURTADO, C. Introdução ao Desenvolvimento. Enfoque Histórico-Estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. Seminário Faixa de Fronteira: Novos Paradigmas. Brasília, 2004, 108 p.

http://cptrondonia.blogspot.com/2012/03/titulacao-de-terras

http://ecosolro.blogspot.com/

http://educacaobilingue.com/2012/04/11/

http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=836&id=12586&optio

http://www.ecodebate.com.br/2012/05/16/indigenas-e-quilombol.ROSENDAHL, Zeni e CORREA Roberto Lobato. Manifestação da Cultura no Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. Geografia: Temas Sobre Cultura e Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. OLIVEIRA, Roberto Cardoso e BAINES, Stephen Grant. Nacionalidade e etnicidade em fronteiras. Brasília: Universidade de Brasília, 2005.

http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=99220

http://www.mapsi.unir.br/submenu_arquivos/166_biletramento_p

http://www.tjro.jus.br/noticia/faces/jsp/noticiasView.jsp;js

http://www2.capes.gov.br/rbpg/images/stories/downloads/RBPG

IBGE – Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística

IISA - INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA AGRICULTURA 89

LEX – Legislação Brasileira 1939-1964. Marginália.

LIMA, R. R. A conquista da Amazônia: reflexos na segurança nacional. Belém, Fac. Ciências Agrárias/SUDAM, 1973.

MAGNOLI, D. O corpo da pátria. S. Paulo, EDUNESP, 2002.

MD/SPEAI/DPE - Ministério da Defesa - Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais - Departamento de Política e Estratégia - Programa Calha Norte- Diagnóstico de Investimentos de Faixas de Fronteira - 2008 e 2009.

MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fruticultura Porto Velho.

MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Piscicultura Pimenta Bueno.

MDIC/SDP - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Mapeamento de Convergência de APLs prioritários para a região de fronteira.

MI/SPDR - Boletim Regional da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - nº7/2008.

MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Proposta do Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF).

MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Atas de Reuniões do GTI Fronteira.

MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. Brasília, 2009.

Page 127: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

126

MRE - Ministério das Relações Exteriores - Relação dos Acordos Internacionais - 2009. MS/SE -Ministério da Saúde - Secretaria Executiva do - O Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras - SIS-Fronteira 2006.

N 935 Nova Cartografia Social da Amazônia: Quilombolas de Santa Fé – Costa Marques, RO / coordenador, Alfredo Wagner Berno de Almeida - Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / UEA Edições, 2009.

RABELO, Zilene Santana Silva. Uma história a ser contada: a participação dos assistentes sociais no desenvolvimento do Estado de Rondônia. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) Universidade Federal de Rondônia / UNIR, Porto Velho, Rondônia, 2009

ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia.

ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia.

Rondônia, uma memória em disputa. Assis, Tese Doutoramento/UNESP, 2011.

SACHS, I. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

SEN, A. K. Desenvolvimento como Liberdade. Tradução LauraTeixeira Mota, São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SOUZA MARTINS, J. Fronteira. A degradação do Outro nos confins do humano. S. Paulo, Contexto, 1998.

SOUZA, V. A. (Des) Ordem na Fronteira: Ocupação militar e conflitos sociais na bacia do Madeira-Guaporé (30-40). Assis, Mestrado História/UNESP, 2003.

SUDAM – Plano regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) 3/04/2012.

UDC - III Conferência Internacional Desenvolvimento Urbano em Cidades de Fronteira - Integração e Sustentabilidade - 2009.

UNODC, Relatório Mundial sobre Drogas WDR 2012.

Page 128: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

127

VIII EQUIPE TÉCNICA EQUIPE TÉCNICA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO – SEPOG Bernadete Araújo da Silva Camila Markeline da Silva Celino Campos Guimarães Conceição Rúbia Lima de Sousa Geralda Fernanda Costa Silveira Dettmann Heleone Machado Fochezatto Marcelo Ferreira Vasconcelos Maria Beatriz Almeida Cavalcante Maria Lúcia Leal Santos Michelle Tavernard da Rocha CASA CIVIL Mac-DonaldRivero Júnior Dabson Bueno da Silva AGÊNCIA DE DEFESA SANITÁRIA AGROSILVOPASTORIL DO ESTADO DE RONDÔNIA – IDARON Avenilson Gomes Trindade Rodrigo Othan SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATEGICOS – SEAE Flávia Beatriz Rêgo Pedro Paulo Almeida Martins SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – SEAGRI Evandro Cesar Padovani José Santos de Oliveira SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SEAS Massimo Araújo de Mesquita Eliane Gomes da Silva SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL – SEDAM Eliezer de Oliveira Sidney Serafim Rodrigues SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE RONDÔNIA- SEDUC Eliane Monteiro Carvalho Luíza Pereira Zamora SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - SESAU Maria Arlete da Gama Baldez Luiz AndroaldoArmaniniTagliane SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA – SESDEC André Luiz Glanert Jesus de Souza Castro SOCIEDADE DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – SOPH Vanderlei da Costa Jucilene Monteiro Gadelha Amaral SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA – SUDER

Page 129: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

128

Pedro Teixeira Chaves Alisangela Lima Ferreira ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DE MUNICÍPIOS – AROM Wayner Oliveira Dúlcio da Silva Mendes CONSÓRCIO BINACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA FAIXA DE FRONTEIRA – CBIDS Jorge Luiz da Silva Alves CENTRO GESTOR E OPERACIONAL DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA - CENSIPAM/RO Tokio Nakashima Filho Tania Mara Azevedo Guimarães Barauna FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO E EMPRESARIAIS DE RONDÔNIA – FACER Genivaldo Gonçalves P. de Campos Cícero Alves de Noronha Filho FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE RONDÔNIA – FECOMERCIO Cileide de Macedo Ribeiro FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – FIERO Vera Motomya Giovana Lopez INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA – IFRO UberlanoTiburtino Leite Maria Goreth Araújo Reis SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE/RO Lucas Manoel Alves Santana Silaine Guedes SINDICATO DOS ENGENHEIROS – SENGE Edison Rigoli Gonçalves Jorge Luiz da Silva Alves FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR José Octávio Valiante George Queiroga Estrela

Page 130: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

129

ANEXO - I

NasPlanilhas referentes ao anexo, constam os projetos levantados pelos

fóruns feitos nas cidades de Costa Marques e Pimenteiras, que tiveram como

respostas os apelos da população, os projetos levantados pelas demandas das

Secretarias Estaduais, dos Municípios da Faixa de Fronteira e terceiro setor. São 78

projetos prioritários para a área de fronteira, projetos depurados dos que foram

trabalhados em eixos prioritários conforme planejamento estratégico do Estado de

Rondônia: Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Ambiental, Infraestrutura,

Saúde e Educação.

VALOR PROPOSTO POR EIXO

Discriminação do Eixo Valor em R$

Desenvolvimento Ambiental 6.333.559,00

Desenvolvimento Econômico 80.489.300,00

Educação 3.950.000,00

Infraestrutura 447.214.755,00

Saúde 1.740.000,00

VALOR TOTAL DO PDIFF 539.727.614,00

Page 131: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

130

ANEXO - II ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO

1. CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Existem inúmeras oportunidades no Orçamento da União para transferência

de recursos federais a projetos de Prefeituras, ONGs e Instituições de Ensino (sem

reembolso ou a fundo-perdido), que podem promover o desenvolvimento dos

municípios e viabilizar a melhoria da qualidade de vida da população.

No entanto, boa parte dos municípios, estados e entidades não tem acesso a

esses recursos porque não sabem de sua existência ou desconhecem a

possibilidade de apoio federal a seus projetos ou, ainda, porque não dispõem de

equipes capacitadas para elaborar suas propostas.

Recursos não Reembolsáveis - Instituições de fomento.

1.1 Programas Federais (SICONV)

Os Programas podem ser acessados no endereço eletrônico

(http://www.snel.org.br/wpcontent/themes/snel/docs/Catalogo_Programas_Federais.

pdf). Os recursos são disponibilizados pelos Ministérios periodicamente no site

www.convenios.gov.br/siconv/.

1.2 Emenda Parlamentar

De acordo com a Constituição, a emenda parlamentar é o instrumento que o

Congresso Nacional possui para participar da elaboração do orçamento anual, visa

melhorar a alocação dos recursos públicos. É a oportunidade para atender as

demandas das comunidades que representam. Além das emendas individuais

existem as coletivas, como as de Bancada, produzidas em conjunto pelos

parlamentares de estados e regiões em comum.

1.3 BNDES

Page 132: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

131

1.3.1 BNDES Fundo Social

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar projetos de caráter social nas áreas de geração de emprego

e renda, serviços urbanos, saúde, educação e desportos, justiça, meio ambiente,

desenvolvimento rural e outras atividades vinculadas ao desenvolvimento regional e

social. Modalidades de Operação: Seleção de projetos, premiação e apoio

continuado. O BNDES oferece apoio permanente a projetos com foco na inclusão

social, de acordo com regras e condições operacionais do BNDES Fundo Social.

1.3.2 BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec)

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar projetos que estimulem o desenvolvimento tecnológico e a

inovação de interesse estratégico para o País, em conformidade com os Programas

e Políticas Públicas do Governo Federal.

Modalidade de Operação: apoio continuado.

1.3.3BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP)

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar a realização de pesquisas ou estudos que contribuam para a

formulação de políticas públicas ou a geração de projetos relacionados ao

desenvolvimento econômico e social do Brasil e da América Latina.

Modalidade de Operação: chamadas públicas.

1.3.4 BNDES Fundo Cultural - Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro

O apoio é direcionado à preservação e revitalização do patrimônio no âmbito

do Fundo Cultural, nas seguintes categorias:

Patrimônio material (monumentos, conjuntos urbanos, ruínas etc);

Patrimônio imaterial (como práticas e expressões reconhecidas como

parte do patrimônio cultural de uma comunidade);

Page 133: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

132

Acervos memoriais (acervos museológicos, arquivísticos e bibliográficos),

portadores de referência à identidade e à memória dos diferentes grupos

formadores da sociedade brasileira;

Instituição cultural (de caráter histórico ou portadora de referência à

identidade cultural brasileira).

1.4 Fundo Amazônia

Origem dos recursos: doações de investidores externos.

Objetivo: apoiar ações de prevenção, monitoramento e combate ao

desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas

no bioma amazônico, nos termos do Dec. 6.527, de 1º de agosto de 2008.

Modalidade de Operação: apoio continuado.

1.4.1 Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (reembolsável)

É uma linha de crédito com recursos do Fundo de Desenvolvimento da

Amazônia (FDA), destinada a projetos de empresas privadas com empreendimentos

na Amazônia Legal, por meio da avaliação de viabilidade técnica, econômica e

administrativa dos projetos encaminhados à Caixa pela Superintendência de

Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O financiamento é destinado à

implantação, ampliação, diversificação ou modernização de empreendimentos. O

prazo total máximo da operação é de até 12 anos, incluindo o período de carência,

podendo ser estendido para até 20 anos após justificativa da Caixa e análise da

Sudam.

1.5Fundação Banco do Brasil

A Fundação Banco do Brasil, instituição do Terceiro Setor criada pelo Banco do

Brasil em 1985, realiza investimentos sociais por meio de programas próprios,

estruturados e fundamentados no conceito de Tecnologia Social, com foco na

sustentabilidade. Sua atuação tem como premissas: protagonismo social,

solidariedade econômica, cuidado com o meio ambiente e respeito às culturas

locais. As ações são realizadas principalmente nas regiões menos desenvolvidas do

Brasil em parceria com outras instituições.

Page 134: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

133

Apoia projetos em diversas áreas por meio de edital de forma não reembolsável;.

(http://bb.com.br/portalbb/page4,8305,4882,0,0,1,6.bb).

1.6 FEDAF– Fundo Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento da

Agricultura Familiar

Poderão ser beneficiários exclusivos finais dos recursos do FEDAF os

agricultores familiares, conforme estabelecido na Lei Feral nº 11.326, d 24 de julho

de 20062, nos projetos pactuados junto ás instituições oficiais de crédito e

cooperativas de crédito rural estabelecidas no estado de Rondônia.

1.7 FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade

Aportar recursos estratégicos para a conservação da biodiversidade junto ao

Funbio. O Fundo é uma associação civil sem fins lucrativos, que iniciou sua

operação em 1996. É um mecanismo financeiro inovador, criado para desenvolver

estratégias que contribuam para a implementação da Convenção sobre Diversidade

Biológica (CDB) no Brasil. Ao longo dos seus 19 anos de operação, o Funbio atua

como parceiro estratégico do setor privado, de diferentes órgãos públicos estaduais

e federais e da sociedade civil organizada.

Essas parcerias viabilizam os investimentos socioambientais das empresas e

a redução e mitigação de seus impactos, bem como o cumprimento de suas

obrigações legais. Na esfera pública, visam consolidar políticas de conservação e

viabilizar programas de financiamento ambiental.

1.8 EMBAIXADAS

Diversos países apoiam instituições públicas e entidades privadas sem fins

lucrativos, na captação de recursos para desenvolver projetos socioambientais por

meio de suas embaixadas no Brasil. Podem ser acessadas no site eletrônico:

(http://www.unilab.edu.br/embaixadas-e-consulados-estrangeiros-no-brasil/).

Page 135: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

134

ANEXO – IIIPLANILHAS DAS PROPOSTAS

Page 136: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

135

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

1 Infraestrutura

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL/ SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO

Drenagem pluvial

FEDERAL LONGO PRAZO

DEOSP População

Implantar nas cidades do cone sul do Estado de Rondônia, sistema drenagem pluvial nas cidades

A necessidade de drenagem em todos os municípios do Cone sul. Vilhena existente 20%; Colorado do Oeste 5%; Cerejeiras 15%; não tem nas demais cidades Cabixi, Chupinguaia; Corumbiara e Pimenteiras.

População local, e

regional.

Guajará Mirim e Costa

Marques (1ª Etapa)

55.000.000,00

2 Infraestrutura DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Pavimentação do trecho de 32Km BR-435.

FEDERAL MÉDIO PRAZO

DER/ União DNIT.

Estado

Pavimentação Asfáltica em TSD.

Necessidade completar a pavimentação e investimentos na área de manutenção e conservação da pavimentação existente nospadrões do DNIT.

População local, e regional

Cerejeiras e Pimenteiras

53.333.280,00

3 Infraestrutura DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Investimento em infraestrutura urbana e Pavimentação asfáltica nas BR (ROS)

FEDERAL MÉDIO PRAZO

DENIT/ DEOSP

População

Proporcionar melhor qualidade de vida para a população urbana e rural.

Pavimentar as ROS, em especial a do Forte Príncipe da Beira e de Porto Murtinho e construir galerias, bueiros e pontes necessárias para a melhoria do setor urbano nas cidades da faixa de fronteira.

População local e regional.

Cidades Fronteiriças, em especial

Forte Príncipe da Beira e

Porto Murtinho

8.333.325,00

4 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Construção de Porto para embarque e desembarque em Cabixi e Pimenteiras.

ESTADO MÉDIO PRAZO

DEOSP População

Facilitar as embarcações e transporte seja a trabalho ou a lazer.

Não existe local paraembarcações atracar, dentro das normas da Marinha do Brasil, o desembarque podecolocar em risco a vida das pessoas que utilizam o rio, seja a lazer ou a trabalho.

Turistas, comerciantes e profissionais da área marítima.

Cabixi e Pimenteiras

600.000,00

5 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Energia e Luz para a Fronteira

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Implantar projeto de captação e utilização de energia elétrica de baixo custo e alta eficiência para comunidades na região de fronteira do Estado, com vistas à redução do uso de combustíveis fósseis e não renováveis e melhoria do bem estar familiar com mudanças positivas na rotina diária e na renda.

Para a população de baixa renda e de difícil acesso aos serviços, em regiões com baixa densidade e comunidades isoladas, assim umnova formas de energia limpas e sustentáveis. Faz-se necessário capacitar e treinarpara o uso de energias renováveis visando o sustentável das comunidades.

Professores e alunos da instituição.

Porto Velho 342.000,00

Page 137: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

136

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

6 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Instalações Elétricas Residenciais Solidárias na Fronteira

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Elaboração dos projetos elétricos solidários adequados para a NBR 5410.

A falta de projeto elétrico residencial tem gerado uma série de acidentes fatais, alto consumo de energia nas residências, como conseqüência da falta normas concessionárias, e esta situação se agrava nas regiões de fronteira.

Comunidades fronteiriças

Porto Velho 656.000,00

7 Infraestrutura PROGRAMA DE INFRAESTRUTURA ESPORTIVA

Construção de 3 centros poliesportivos nos municípios da área de fronteira.

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover a qualidade de vida, desenvolvendoatividades esportivas e criando alternativas para os jovens evitando o cominho dacriminalidade.

Fomentar a atividade esportiva, e fazer o trabalho de educação preventiva pelo esporte através da gestão do espaço, promover também ações que reduzam o índice de criminalidade.

População em geral.

Guajará Mirim, São Francisco do Guaporé, Cerejeiras

1.400.000,00

8 Infraestrutura SERVIÇOS URBANOS DE AGUA E ESGOTOS

Águas de Costa Marques

ESTADO MEDIO PRAZO

PM de Costa Marques

Estado

Ampliar o sistema de esgotamentosanitário da cidade de Costa Marques.

Integrar as obras existentes e em execução ao projeto de Sistema de Esgoto Sanitário. População de

Costa Marques Costa Marques 36.000.000,00

9 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Construção de Porto para embarque e desembarque em Guajará-Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

DEOSP - Departamento de Obras e serviços Públicos

População

Facilitar as embarcações e transporte seja a trabalho ou a lazer.

Não existe um ponto no qual as embarcações possam atracar, em conformidade com as normas da Marinha do Brasil, ocorrendo o desembarque sem asegurança devida e colocando em risco a vida das pessoas que navegam no rio, seja a lazer ou a trabalho.

Turistas, comerciantes e profissionais da área marítima.

Guajará Mirim

10.000.000,00

10 Infraestrutura SERVIÇOS URBANOS DE AGUA E ESGOTOS

Estações de tratamento de esgoto para os municípios do cone sul.

ESTADO MEDIO PRAZO

PAC População

Controlar todo tipo de resíduo e obter uma destinação correta evitando doenças, sujeira entre outros.

Pelo fato de não existir esta estação de tratamento em nenhum município do cone sul.

Governo, município e população.

Todos os municípios da

área de fronteira

200.000.000,00

Page 138: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

137

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

11 Infraestrutura PROJETO BEIRA

RIO

Urbanização da orla urbana

(calçadão, meio fio, ciclovia,

avenida, iluminação)

FEDERAL MEDIO PRAZO

DEOSP E DNIT (PAC)

População

Criar um ambiente de lazer à população, um espaço alternativo, valorizando as belezasda regiãofortalecendo o APL do Turismo

Guajará-Mirim e Costa Marques, são os principais centros urbanos da linha de fronteira Brasil/Bolívia, possuem as maiores taxas de preservação ambiental do Estado. Guajará-Mirim tem93% de seu território em reservas e áreas protegidas. A urbanização da beira rio proporcionará um elemento urbano de grande valor social, fortalece a identidade da região, valorizando o meio ambiente permitindo a integração cultural entre a comunidade e os turistas que vem em busca de aventuras, contato com a natureza, culinária local, comércio com a Bolívia e da história da EFMM.

População local,regional,

nacional e internacional.

Guajará Mirim e Costa Marques

20.000.000,00

12 Infraestrutura

PROGRAMA ESPORTE E LAZER - PRAÇA DA JUVENTUDE

Construção de uma praça em cada município da faixa de fronteira (12 na primeira ETAPA I)

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover qualidade de vida relacionado a atividades de lazer, esportivas no intuito de exploração da área e redução da criminalidade.

Construção de praças em todos os municípios da área de fronteira. Que contemple um parque infantil, dando opção de lazer para a população local.

População em geral.

Cabixi, Pimenteiras, Chupinguaia, Cerejeiras, Colorado,

Costa Marques, S. Francisco, São Miguel, Rolim,, Nova Brasilândia,

Campo Novo

1.800.000,00

13 Infraestrutura

PROGRAMA BRASIL RESTAURAÇÃO DO PATRIMONIO CULTURAL

Projeto de Reativação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré - EFMM, entre Guajará-Mirim e Iata

ESTADUAL MEDIO PRAZO

SEDES /SETUR/ SECEL

ALCGM

Valorizar não só a história regional, como permitir que as futuras gerações do Brasil conheçam o símbolo máximo que definiu o desenho definitivo do território brasileiro. Portanto, resgatar um pequeno trecho da EFMM é valorizar a cultura,neste ousado empreendimento e, acima de tudo, resgatar a identidade da região alicerçada no contexto da borracha.

A EFMM é um marco histórico-cultural de Rondônia e do relacionamento comercial do Brasil com a Bolívia. Assim, o pequeno trecho recuperado da ferrovia servirá como opção turística, de lazer e de educação cívica. O empreendimento marca o fim dos conflitos territorial etransforma no principal símbolo de aliança entre os dois países.

Turistas e população do Município e

Distrito.

Guajará Mirim

28.000.000,00

Page 139: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

138

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

14 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Ampliação e Modernização do aeroporto municipal de Guajará-mirim

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR ALCGM

Inserir Guajará-Mirim na rota comercial de vôos nacionais e internacionais

Guajará-Mirim é um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comércio. Possuir o segundo maior contingente das forças armadas no Estado, ter como cidade vizinha o município de Nova Mamoré com o 3º rebanho bovino e a 4ª bacia leiteira de Rondônia são pontos que justificam proposta.

Comunidade em geral e

setores governamentai

s e não-governamentai

s

Guajará Mirim

10.000.000,00

15 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção do Bumbódromo de Guajará-Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR ALCGM

Fomentar o Festival Folclórico de Guajará-Mirim, principal evento cultural de Rondônia e o segundo no Brasil ligado ao folclore do Boi Bumbá.

A construção do Bumbódromo atende uma reivindicação do Festival Folclórico Duelo da Fronteira. A imponência do evento exige uma estrutura adequada para o público. Esta obra é de extrema relevância para incrementar o Turismo, O Bumbódromoumespaço alternativo para os grandes eventos culturais da regiãoolimpíadas indígenas.

População local e setor

governamental Guajará Mirim

15.000.000,00

16 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção de um teatro adequado a um Centrode Convenção Internacional

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR - Superintendência Estadual de Turismo

ALCGM

Concentrar a população em um ponto turístico local, incentivar a cultura, difusão cultural entre os dois países Brasil/Bolívia

A criminalidade vem crescendo nos municípios de Guajará-Mirim e Costa Marques. A construção de um Teatro, em cada município, servirá de ambiente de integração cultural com a Bolívia, através de eventos internacionais, bem como através da promoção de espetáculos regionais, também servirá como escola para formação teatral de jovens e adultos, valorizando os grupos de artes cênicas locais.

Comunidade local e turistas.

Guajará-Mirim e Costa Marques

2.500.000,00

Page 140: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

139

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

17 Infraestrutura PROGRAMA DE INFRAESTRUTURA ESPORTIVA

Construção de 2 centros poliesportivos binacional

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover qualidade de vida, com atividades esportivas no intuito de exploração da área e redução da criminalidade.

Fomentar a atividade esportiva, e fazer o trabalho de educação preventiva pelo esporte através da gestão do espaço, promover também ações que reduzam a

criminalidade.

População e turistas.

Guajará Mirim, Costa Marques

2.600.000,00

18 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE INFRAESTRUTURA TURÍSTICA

Estudo da potencialidade do Turismo organizadopara o Estado de Rondônia

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR População Promover a oferta turística

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos para fomentar o setor do artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas para osetor de turismo local

População local e turistas.

Guajará Mirimcosta Marques e Pimenteiras

150.000,00

19 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Ampliação e Modernização do aeroporto municipal de Guajará-mirim

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR ALCGM

Inserir Guajará-Mirim na rota comercial de vôos nacionais e internacionais

Guajará-Mirim é um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comércio. Possuir o segundo maior contingente das forças armadas no Estado, ter como cidade vizinha o município de Nova Mamoré com o 3º rebanho bovino e a 4ª bacia leiteira de Rondônia são pontos que justificam proposta.

Comunidade em geral e

setores governamentai

s e não-governamentai

s

Guajará Mirim

10.000.000,00

20 Infraestrutura

PROGRAMA DE

APOIO A

INFRAESTRUTURA

TURISTICA

Ampliação do terminal e Modernização do aeroporto municipal

ESTADO LONGO PRAZO

ESTADO DER

Inserir Costa Marques na rota comercial de vôos nacionais e internacionais

Costa Marques é um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo hidroviário, Possuircontingente das forças armadas. Região com grade produção agropecuária e Sociobiodiversidade

Comunidade em geral e

setores governamentai

s e não-governamentai

s

Costa Marques

10.000.000,00

Page 141: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

140

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

21 Infraestrutura

Plano Nacional de

Banda Larga

Implantação de Infovia Aduanas Integrada

ESTADO MÉDIO PRAZO

ESTADO SEPOG

Aduanas Integradas através de Infovia Banda LargaGuajará-Mirim/BR e Beni/BO

Aduanas Integradas através de Infovia Banda LargaBrasil/Rondônia e Bolívia/Beni ligadas . A Infovia trata-se de uma rede de fibras ópticas e rádios, que opera integrada com a infraestrutura privada de Telecomunicações (Satélites, Telefonia Celular, Telefonia convencional e Fibras ópticas, etc..) conectando cidades e países em alta velocidade

Comunidade em geral e

setores governamentai

s e não-governamentai

s

Guajará-Mirim 150.000,00

22 Desenvolvimento

Ambiental

REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Contenção às margens do Rio Guaporé

FEDERAL LONGO PRAZO

SEDAM População

Promover a contenção das margens do rio Guaporé e o desbarrancamento das mesmas.

Constantes cheiasde inverno no rio Guaporé, provocam o desbarrancamento e invasão do perímetro urbano nas cidades de Pimenteiras, na AV. Brasil, numa extensão de 2km, o mesmo ocorrendo em Cabixi e Distrito de Vila Neide, colocando a população em risco.

População local.

Pimenteiras, Cabixi e Distrito de Vila Neide

1.800.000,00

23 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Aquisição de máquinas e equipamento

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER, SEDAM

Estado

Amenizar as grandes distâncias entre o setor produtivo e o escoamento da produção local.

Devido às dificuldades que os produtores extrativistas rurais enfrentam neste setor, visando melhorar o padrão de qualidade de vida.

População fronteiriça.

Vale do Guaporé.

55.000,00

24 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes Alternativas Sustentáveis (Transporte e escoamento da produção)

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM/EMATER/ SEAGRI

Estado

Promover o desenvolvimento sustentável do Vale do Guaporé.

O Vale do Guaporé é uma região carente de infraestrutura e possui baixo IDH. Há dificuldades referentes à distância para outros municípios.

Turistas e população do

Vale do Guaporé

Vale do Guaporé

279.839,00

25 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Alternativas Sustentáveis (Apicultura)

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM Estado

Desenvolver alternativas sustentáveis envolvendo a comunidade para geração de emprego e renda.

A região do Vale do Guaporé possui uma consciência deconservação ambiental muito forte, a produção de mel não tem agressão.

População do Vale dos Rios

Guaporé e Mamoré

Santo Antonio do Guaporé e

Pedras Negras 250.000,00

Page 142: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

141

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

26 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Alternativas Sustentáveis ( Engenho de Açúcar)

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM/ EMATER/SEAGRI

Estado

Dotar a ECOVALE de uma unidade de produção de açúcar mascavo com uso deengenho de cana de açúcar, que irágerar emprego e renda no distrito.

Existe grande aceitação no mercado do açúcar mascavo, sendo o solo da localidade de Santo Antonio do Guaporé adequado para o cultivo.

População do Vale dos Rios

Guaporé e Mamoré

Vale do Guaporé e Mamoré

98.720,00

27 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Curso de Ecoturismo e o Turismo Real

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM Estado

Objetivo do curso é levar aos participantes a vivência na prática das atividades do turismo em áreas protegidas do estado, objetivando obter dados para planejar ações no curto, médio e longo prazo.

Geração de emprego e renda, organização e capacitação das comunidades tradicionais.

Técnicos da SEDAM

Todos os municípios da

área de fronteira

250.000,00

28 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Cooperativa de Produtos Recicláveis Oriundos do Lixo

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Criar e implantar uma cooperativa deprodutos recicláveis de resíduos sólidos no município de Vilhena.

Não existe coleta seletiva de resíduos sólidos nosmunicípios do cone sul do estado. A coleta irá gerarmaterial para a Cooperativa de Vilhena.

População local e regional

Vilhena 350.000,00

29 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Desenvolvi-mento do Ecoturismo em Rondônia.

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Promover o desenvolvimento do turismo sustentável no Estado de Rondônia.

Rondônia tem nos recursos naturais e culturais um grande potencial para desenvolver a atividade ecoturística.

População local e turistas.

Porto Velho, Guajará, Nova Mamoré, Costa Marques, Alto

Alegre, Pimenteiras e

Cabixi.

700.400,00

30 Desenvolvimento

Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Curso em desenvolvi-mento ambiental atividades e ações.

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Capacitar técnicos setoriais para fomentar a educação ambiental.

Capacitação técnica para dar estrutura às comunidades locais e administração pública (em nível médio e

superior). Proporcionar suporte ao produtor, fortalecendo as famílias tradicionais (educação ambiental).

Técnicos da SEDAM

Em todos os municípios de

fronteira 150.000,00

Page 143: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

142

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

31 AMBIENTAL

Plano de Manejo Florestal Comunitário nas Reservas Extrativistas - RESEX

Certificação orgânica da Castanha do Brasil

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População das Florestas e Tradicionais

Melhorar a qualidade dos produtos resultante da coleta e manejo dos produtos da florestal, dando suporte técnico e aproveitando as potencialidades das RESEX

A baixa produtividade e as dificuldades que os produtores extrativistas rurais enfrentam neste setor, visando melhorar o padrão de qualidade da Castanha do Brasil e aumentar a renda das comunidades tradicionais.

Comunidades tradicionais

Municípios Fronteiriços

600.000,00

32 AMBIENTAL

Plano de Manejo Florestal Comunitário nas Reservas Extrativistas - RESEX

Construção de armazenamento para a Castanha do Brasil

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População das Florestas e Tradicionais

Constituir um sistema de

armazenamento e

comercialização da castanha do Brasil Terras

Indígenas e RESEXs

Falta monitoramento e

rastreabilidade do processo produtivo da Castanha.

A baixa produtividade e as dificuldades que os produtores extrativistas

enfrentam, pela Falta de um

sistema de armazenamento e comercialização da castanha

do Brasil

Comunidades tradicionais

Municípios Fronteiriços

1.500.000,00

33 AMBIENTAL

Plano de Manejo Florestal Comunitário nas Reservas Extrativistas - RESEX

Concessão de Floresta Nacional

ESTADO MEDIO PRAZO

SEDAM ESTADO Explorar as riquezas das reservas de forma sustentável

Criar fonte de renda para os município fronteiriços

Empresas regionais

Municípios Fronteiriços

2.500.000,00

34 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVI-MENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

Fortalecimento da Agricultura Familiar

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Fortalecer a agricultura familiar dando suporte técnicos e aproveitando as potencialidades produtivas em todo o estado

A baixa produtividade, aparecimento de pragas e doenças, excesso de produção sem mercado definido e baixo índice de beneficiamento, são problemas dosagricultores familiares, neste sentido apoio com políticas públicas com assistência técnica, insumos apropriados, apoio a instalação defarinheiras e agroindústrias.

Agricultor Familiar

Municípios Fronteiriços

2.000.000,00

35 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVI-MENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

Fortalecimento da Agricultura Familiar

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Fortalecer a agricultura familiar dando suporte técnicos e aproveitando as potencialidades produtivas em todo o estado

A baixa produtividade, aparecimento de pragas e doenças, excesso de produção sem mercado definido e baixo índice de beneficiamento, são problemas dosagricultores familiares, neste sentido apoio com políticas públicas com assistência técnica, insumos apropriados, apoio a instalação defarinheiras e

Agricultor Familiar

Municípios Fronteiriços

2.000.000,00

Page 144: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

143

agroindústrias.

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

36 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Industrialização do Urucum

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População Fomentar a industrialização do Urucum.

A região conta com uma indústria de urucum em Cabixi, com capacidade de expansão. O incentivo governamental impulsiona o cultivo do urucum, visando a crescente demanda do mercado nacional e ao mesmo tempo aumento de renda dos produtores. Pois, além de ser um plantio simples, a espécie garante estabilidade financeira ao agricultor.

Médios produtores

rurais e respectivas

famílias,

Cone sul 800.000,00

37 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Fortalecimento do Agronegócio

ESTADO LONGO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População Fortalecer o agronegócio na região (fortalecimento dos APLs)

Os produtos da atividade agropecuária apresentam pouco valor econômico agregado, com baixo uso tecnológico. O segmento apresenta-se desarticulado necessitando de intervenção e apoio a iniciativa privada com ações voltadas ao fortalecimento do agronegócio, em toda a cadeia produtiva e os segmentos que estãoemAPLs.

Produtores Ruraise

Extrativista

Municípios Fronteiriços

2.500.000,00

Page 145: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

144

38 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGROPECUÁRIO

Viabilização da Regularização Fundiária

ESTADO LONGO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Viabilizar a regularização das propriedades (fazer um estudo técnico da real necessidade de transações fundiárias com todo o seu levantamento)

A maioria das propriedades rurais não tem a documentação legal depropriedade da terra. Documentos essesnecessários para o acesso ao crédito. A maioria não consegue atender as exigências referentes às normasambientais, bem como certificações de produtos. O setor carece de apoio governamental para o desenvolvimento sustentável.

Pecuaristas, Agricultores, Agricultores Familiares

Municípios Fronteiriços

450.000,00

Page 146: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

145

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

39 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Instalação de Agroindústria

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População

Instalar pequenas agroindústrias subsidiadas, destinadas as associações e grupos de iniciativa privada.

Aproveitar os recursos gerados na região e ajudar a gerar empregos para a população.

Médios produtores

rurais, comunidades e organizações

rurais.

Municípios Fronteiriços

8.000.000,00

40 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA ARTESANATO BRASILEIRO - ESTRUTURAÇÃO DE NÚCLEOS PRODUTIVOS DO SEGMENTO ARTESANAL

Estruturação de Núcleos Produtivos do Segmento Artesanal. Capacitação de Artesãos e Multiplicadores

ESTADO MEDIO PRAZO

Secretaria Esporte e Cultura e

Lazer

População Fortalecer o segmento do

artesanato

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos nos setores que não deram continuidade no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local.

Empresários e autônomos da

cadeia do turismo

Municípios Fronteiriços

500.000,00

41 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE ESTRUTURAÇÃO DOS SEGMENTOSTURÍSTICOS

Dinamização do Turismo de Rondônia

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR População Promovera oferta turística(formar a PP do Turismo em Rondônia)

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos nos setores que não deram continuidade no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local.

Empresários e autônomos da cadeia do turismo

Municípios Fronteiriços

200.000,00

42 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Crédito Fundiário

Estado MEDIO PRAZO

SEAGRI População

Contribuir para evitar o êxodo rural, facilitando o acesso a terra para o público, na maioria arrendatários, posseiros, meeiros e comodatários estabelecidos no estado

Em virtude do aumento dos conflitos agrários, êxodo rural conforme dados do IBGE de

2010, demonstra apenas 22% da população na zona rural, favorecendo assim a escassez de alimento no mercado interno, além de sabermos também pelo IBGE que a média de idade das pessoas do campo está acima dos 50 anos

Agricultores, Agricultores Familiares

Municípios Fronteiriços

46.000.000,00

Page 147: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

146

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

43 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

Projeto EMPREENDER Rondônia

FACER, ESTADO e PARCERIA

CURTO PRAZO

FACER/RO MPE, Micro

empreendedores Individuais

O Projeto EMPREENDER busca promover a competitividade das MPE e dos Micros Empreendedores Individuais (MEI), por meio da oferta de serviços de consultoria coletiva nas áreas de gestão e acesso ao mercado, visando fortalecer as empresas locais e Associações Empresariais visando o desenvolvimento sustentável.

O projeto visa osassociados com programas e ações de qualificação. A FACER poderá contribuir, para o crescimento e desenvolvimento sustentável das MPEna faixa de fronteira, que soma 89% de microempresas associados, a entidade se volta para esses agentes da economia, responsáveis pela maior parte dos empregos.

População em geral

Área de fronteira

1.519.300,00

44 Desenvolvimento

Econômico

PROMOÇÃO COMERCIAL DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

EXPORTA RONDONIA

ESTADO MÉDIO PRAZO

FACER Estado

A globalização e a internacionalização dos mercados provocam grandes impactos na atividade de comércio exterior. Onde é preciso desenvolver a competitividade e modelo de gestão apropriado aos aspectos operacionais e legais das relações internacionais, garantindo vínculos comerciais sólidos e duradouros.

A experiência das empresas com o comércio internacional acontece de forma limitada ou deixa de acontecer, devido à falta de qualificação de profissionais e de conhecimentos a cerca dos diferentes mercados mundiais. Faz-se necessário a qualificação de profissionais com a habilidades técnicas e gerenciais para ocomércio exterior.

Aproximadamente 150

empresas situadas na

faixa de fronteira.

Guajará-Mirim 570.000,00

Page 148: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

147

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

45 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE APOIO As INDÚSTRIAS DA SOCIOBIODIVERSI-DADE

Polo industrial SócioBiodiversi-dade - MPE

ESTADO LONGO PRAZO

PMG/ SEAGRI

ESTADO

Construir um pólo industrial preferencial para as pequenas e microempresas ligadas a sóciobiodiversidade. Será oferecido as empresas todas as vantagens ALCs e Zona Franca Verde-ZFV e incentivos do Estado e Município.

O Pólo Industrial da Sociobiodiversidade se justifica porque as Áreas de Livre Comércio – ALCs – foram criadas na Amazônia Brasileira com a finalidade de impulsionar o crescimento socioeconômico das cidades de fronteira internacional, dinamizando-as, de tal sorte que foram concedidos incentivos fiscais semelhantes aos da Zona

Franca de Manaus - ZFM, porém com algumas restrições (GARCIA, 2004)

Município de Guajará-Mirime

Estado Guajará-Mirim 10.800.000,00

46 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAM DO ARTESANATO DE RONDÔNIA

Artesanato Comércio (Turismo)

ESTADO LONGO PRAZO

SEJUCEL ESTADO

Criar ponto de cultura e artesanato de fronteira para fortalecer o turismo e gerar renda aos artesões.

O ponto de cultura e artesanato é um atrativo para o turismo eimpulsionando crescimento socioeconômico da cidade

Artesões Fronteiriços

Municípios Fronteiriços

1.200.000,00

47 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAM DO ARTESANATO DE RONDÔNIA

Feira Binacional de Artesanato

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEJUCEL ESTADO

Realizar feira de artesanato binacional criar oportunidades de integração e divulga o artesanato de fronteira e gera renda aos artesões.

A Feira Binacional como evento gera mais oportunidade e aquecimento do turismoimpulsionando crescimento socioeconômico da cidade

Artesões Fronteiriços

Municípios Fronteiriços

600.000,00

48 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE AQUICULTURA

Construção de Frigorífico/fábrica de Gelo-Pescado (Guajará-Mirim)

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER, SEDAM

ESTADO

Criar infraestrutura de apoio a produção de pescado, viabilizando o beneficiamento do pescado

O pescado na região de fronteira é comercializado in natura. A infraestrutura de armazenamento do mesmo é inadequada sua comercialização é feita por intermediários. Modelo trás prejuízo aos pescadores piscicultores com baixa remuneração pelo produto. A instalação de frigoríficos fortalecerá da cadeia

Pescador, Produtor rural,

Agricultura Familiar

Municípios Fronteiriços

2.500.000,00

Page 149: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

148

produtiva agregando valor econômico ao produto e aumento da renda

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

49 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMEN-TO DO AGRONEGÓCIO

Incentivo a Piscicultura

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER /SEAGRI

População

Incentivar a piscicultura para a reposição de peixes no Vale do Guaporé e Mamoré e para produção de pescado em tanques.

Incentivando a piscicultura do Vale do Guaporé e Mamoré com geração de mais empregos e renda para a população local.

Médios produtores

rurais, comunidades e organizações

rurais.

Municípios Fronteiriços

700.000,00

50 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DOAPL da SOCIOBIODIVERSIDADE

Estruturar o APL da Sóciobiodiversidade

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEPOG ESTADO

Incentivar a economia da sociobiodiversidadeno Vale do Guaporé e Mamorépara produção sustentável de manejo das reservas extrativistas

Incentivando a economia da sociobiodiversidadedo Vale do Guaporé e Mamoré com geração de mais empregos e renda para a população local.

Médios produtores

comunidades organizadas

Municípios Fronteiriços

650.000,00

51 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Construção de um Posto de Saúde em Surpresa.

ESTADO MÉDIO PRAZO

DEOSP Estado

Atender a necessidade da população em relação à saúde.

O município possui uma demanda cada vez maior em atendimento à saúde.

População fronteiriça, migrantes e imigrantes.

Distrito de Surpresa

780.000,00

52 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Procedimento Operacional Padrão Fronteira Internacional

ESTADO MÉDIO PRAZO

IDARON Estado

O projeto objetiva as ações referentes à vigilância veterinária na fronteira internacional entreRondônia e a Bolívia.

Devido à vulnerabilidade de agente etiológico através da introdução de animais produtos e subprodutos para disseminar a região.

População dos Municípios

Fronteiriços.

Guajará-Mirim, Costa Marques, Rolim de Moura e Pimenteiras.

500.000,00

53 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Implantação das salas de vacinas nas Fronteiras.

ESTADO MEDIO PRAZO

AGEVISA ESTADO

Controlar as doenças endêmicas nas áreas de fronteiras, devido à grande circulação de migrantes e imigrantes.

Salas de vacinas estão desativadas há mais de cinco anos tornando vulnerável a região de grande circulação de migrantes e imigrantes.

População fronteiriça, migrantes e imigrantes.

Vale do Guaporé

460.000,00

54 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Integração Histórica, Política e Cultural da Região de Fronteira Brasil/Bolívia

ESTADO MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Documentar e produzir material cultural para uso e divulgação sobre as comunidades para o grande público.

O projeto está assentado numa tripla perspectiva,de análise e acompanhamento se utiliza de três áreas de ciências humanas: a História, a Literatura e as Línguas Portuguesas e Espanholas. A partir dessas áreas temos aslinhas: estudos do Pós-colonialismo, da Filosofia Política e do imaginário social. Atuação da UNIR compreende três sub-regiões na faixa de fronteiras conforme o MI.

População ribeirinha da

Ponta do Abunã a Cabixi,

área de aproximadame

nte 800 Km.

Ponta do Abunã e Cabixi

150.000,00

Page 150: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

149

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM - DEMANDA

OBJETIVO JUSTIFICATIVA PÚBLICO

ALVO TERRITÓRIO VALOR R$

55 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Implantar duas escolas bi-nacionais, (O1) em Guajará Mirim, (01) em Costa Marques.

ESTADO LONGO PRAZO

DEOSP/PAC

População

Tem como proposta uma identidade regional bi ligue e intercultural.

Implantação de escola bi-nacional de ensino básico para estudantes dos países fronteiriços, promovendo a inclusão social dos mesmos. No caso das cidades de Costa Marques e Guajará Mirim, estas vem de encontro às necessidades Brasil e/Bolívia.

Estudantes binacionais dos municípios de Guajará Mirim

e Costa Marques.

Costa Marques e Guajará-

Mirim 3.000.000,00

56 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Planejamento, Cultura e Diversidade na Fronteira Brasil-Bolívia

FEDERAL LONGO PRAZO

UNIR Acadêmica

Desenvolver um estudo comparativo educacional desenvolvido peloBrasil e Bolívia, identificando a presença de valores e conceitos da diversidade cultural, a educação ambiental, identificar ações relacionadas ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC's

As peculiaridades relativas a cada contexto sócio-cultural e educacional presentes nos documentos legais podem ser analisadas e referenciadas a partir de um olhar científico que contribua para resignificar o Planejamento Educacional dos sistemas envolvidos, com objetivo de fortalecer a integração de práticas educativas e a interculturalidade.

Acadêmicos e professores do Campus de Guajará e da Rede de ensino Estadual e Municipal de Guajará e Nova Mamoré e professores de Guayaramerim e Riberalta na Bolívia.

Guajará-Mirm, Nova Mamoré, Guayaramerim

e Riberalta/ Bolívia.

800.000,00

Page 151: PLANO DE DESENVOLVIMENTO RONDÔNIA - NEIFRO REVISADO - FINAL II... · Secretaria de Estado da Educação – SEDUC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM Secretaria

150