planejamento universalização - angra dos reis

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Página 1 de 174 ESTUDOS TÉCNICOS E PLANEJAMENTO PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS

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ESTUDOS TÉCNICOS E PLANEJAMENTO PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS

Página 2 de 174

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.....................................................................................5

2 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................7

3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ........................................................9

3.1 Localização e inserção regional ............................................................9

3.2 Demografia .................................................................................. 10

3.3 Parcelamento, uso e ocupação .......................................................... 11

3.4 Áreas de interesse social .................................................................. 14

3.5 Desenvolvimento humano ................................................................. 15

3.6 Educação .................................................................................... 16

3.7 Saúde ........................................................................................ 17

3.8 Atividades e vocações econômicas ...................................................... 18

3.9 Unidades de Conservação ................................................................. 19

3.10 Áreas de preservação permanente ...................................................... 21

3.11 Disponibilidade hídrica e qualidade das águas ........................................ 21

4 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 32

4.1 Situação da prestação dos serviços de saneamento básico .......................... 32

4.2 Abastecimento de Água ................................................................... 32

4.2.1 Caracterização geral................................................................. 33

4.2.2 Regulação e tarifação ............................................................... 49

4.2.3 Avaliação da oferta e demanda .................................................... 54

4.2.4 Monitoramento da qualidade da água ............................................. 56

4.3 Esgotamento Sanitário .................................................................... 56

4.3.1 Caracterização geral................................................................. 56

4.3.2 Regulação e tarifação ............................................................... 66

4.3.3 Monitoramento da qualidade dos efluentes ...................................... 67

4.3.4 Lançamento de efluentes ........................................................... 67

5 OBJETIVOS E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS .............................. 69

5.1 Projeção Populacional e Definição de Cenários ....................................... 69

5.2 Abastecimento de Água ................................................................... 70

5.2.1 Objetivos .............................................................................. 70

5.2.2 Metas e Indicadores .................................................................. 71

5.2.3 Demanda pelos serviços ............................................................. 73

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5.3 Esgotamento sanitário ..................................................................... 80

5.3.1 Objetivos .............................................................................. 80

5.3.2 Metas e Indicadores .................................................................. 80

5.3.3 Demanda pelos serviços ............................................................. 83

6 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .............................................................. 88

6.1 Programa de Abastecimento de Água ................................................... 88

6.1.1 Obras de ampliação e melhoria .................................................... 88

6.1.2 Obras complementares ............................................................. 135

6.1.3 Consolidação das ações e prazos ................................................. 136

6.2 Programa de Esgotamento Sanitário ................................................... 137

6.2.1 Obras de ampliação e melhoria ................................................... 137

6.2.2 Obras complementares ............................................................. 143

6.2.3 Consolidação das ações e prazos ................................................. 144

6.3 Programa de Desenvolvimento Institucional .......................................... 146

7 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS.............................................. 150

7.1 Abastecimento de água .................................................................. 152

7.2 Esgotamento Sanitário ................................................................... 155

8 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ............................................................... 158

9 INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS ................................................... 163

9.1 Premissas de Investimentos ............................................................. 163

9.1.1 Custos paramétricos e curvas de custo .......................................... 163

9.1.2 Reinvestimento ...................................................................... 163

9.1.3 Outros custos ........................................................................ 163

9.2 Premissas de avaliação de Despesas Operacionais (Opex) .......................... 163

9.2.1 Produtos químicos .................................................................. 164

9.2.2 Energia (kW) ......................................................................... 164

9.2.3 Recursos humanos ................................................................... 164

9.2.4 Transporte de lodo .................................................................. 165

9.2.5 Manutenção das obras civis e equipamentos .................................... 165

9.2.6 Miscelâneas .......................................................................... 165

9.3 Tabelas de Capex e Opex ................................................................ 165

9.4 Fontes de Financiamento ................................................................ 169

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 171

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1. APRESENTAÇÃO

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1 APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o planejamento para a universalização dos sistemas de

abastecimento de água e do esgotamento sanitário do município de Angra dos Reis.

O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está

relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo e

contém um projeto referencial de engenharia com os conceitos para o desenvolvimento das

ações previstas para a universalização dos serviços.

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2. INTRODUÇÃO E

CONTEXTUALIZAÇÃO

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2 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO

A Lei Federal nº 11.445/2007 instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico, tendo

como objetivo consolidar os instrumentos de planejamento e gestão afetos ao saneamento,

com vistas a universalizar o acesso aos serviços, garantindo qualidade e suficiência no

suprimento dos mesmos, proporcionando melhores condições de vida à população, bem como

a melhoria das condições ambientais.

De acordo com essa lei, é obrigação de todas as prefeituras elaborarem seus Planos

Municipais de Saneamento Básico, tendo como prazo final de conclusão o dia 31 de dezembro

de 2019, conforme Decreto Federal nº 9.254/2017 (BRASIL, 2007; 2017). Os Planos Municipais

de Saneamento Básico se configuram em uma ferramenta de planejamento estratégico para

a futura elaboração de projetos e execução de Planos de Investimentos com vistas à

obtenção de financiamentos para os empreendimentos priorizados. São instrumentos que

definem critérios, parâmetros, metas e ações efetivas para atendimento dos objetivos

propostos, englobando medidas estruturais e não estruturais.

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3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO

MUNICÍPIO

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3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

3.1 Localização e inserção regional

O município de Angra dos Reis está localizado na Mesorregião Sul Fluminense nas

coordenadas 23°00'25"Latitude Sul e 44°19'04"Longitude Oeste. De acordo com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município compreende uma área total de

464,76 km2 a qual está subdividida em 6 (seis) distritos: Sede-Angra dos Reis, Abraão,

Cunhambebe, Jacuecanga, Mambucaba e Praia de Araçatiba (IBGE, 2019).

O município faz divisa com 6 (seis) municípios – Bananal, Cunha, Mangaratiba, Paraty,

Rio Claro e São José do Barreiro - e está totalmente inserido na Região Hidrográfica RH-I

Baía da Ilha Grande que compõe a bacia hidrográfica do Médio Paraíba do Sul.

O município dista, aproximadamente, 154 km da capital do Rio de Janeiro, com acesso

principal pelas rodovias RJ-155, RJ-101 e BR-494. Na Figura 1 está apresentada a delimitação

e localização do município de Angra dos Reis.

Figura 1: Localização e delimitação dos Distritos do município de Angra dos Reis

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3.2 Demografia

De acordo com o último Censo do IBGE, para o ano de 2010, o município de Angra dos

Reis possuía um total de 169.511 habitantes, com densidade demográfica de 205,45

hab./km². Para o ano de 2018, a população foi estimada em 203.785 habitantes,

representando um crescimento de aproximadamente 1,20% (IBGE, 2019). Ressalta-se que do

total de habitantes, 96,33% correspondem à população urbana e 3,67% à população rural.

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Urbano do Programa das Nações Unidas

(PNUD), Angra dos Reis apresentou entre os anos de 2000 a 2010, uma taxa média de

crescimento populacional de 3,58% e, ainda nessa década, a taxa de urbanização municipal

foi de 96,33%, acarretando um crescimento de 0,48%. Na década anterior, entre os anos de

1991 a 2000, apresentou crescimento populacional, com taxa média anual de 3,76%, 0,18%

maior quando comparada com a década seguinte. Neste período, a taxa de urbanização

representou um aumento de 4,18%, passando de 91,67% para 95,85% (PNUD, 2013).

Conforme pode ser observado na Figura 2, entre o período de 1991 a 2010, o número de

habitantes da área rural reduziu, atingindo 3,67% da população total no ano de 2010,

segundo informações disponibilizadas pelo PNUD (2013).

Figura 2: Dinâmica populacional de Angra dos Reis

Fonte: PNUD (2013)

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3.3 Parcelamento, uso e ocupação

De acordo com o Plano Diretor Municipal de Angra dos Reis, instituído pela Lei n° 1.754,

de 21 de dezembro de 2006, estão previstas diretrizes para disciplinar e racionalizar o uso e

a ocupação do território no município, proporcionando melhor qualidade do meio ambiente

urbano e rural, além de potencializar os recursos paisagísticos e ambientais destinados às

práticas e atividades turísticas.

Nesse sentido o Plano Diretor abrange todas as áreas do município, incluindo a

plataforma continental que corresponde à Angra dos Reis, regulamentando seu uso e

ocupação, de acordo com os instrumentos de planejamento e gestão que integram o referido

Plano, a saber: (i) Lei de Zoneamento; (ii) Lei do Uso e Ocupação do Solo; (iii) Lei de

Parcelamento do Solo; (iv) Código de Obras; (v) Código de Posturas; (vi) Código Ambiental;

(vii) Lei do Plano de Gerenciamento Costeiro Municipal e (viii) Lei do Sistema de

Acompanhamento da Gestão Democrática.

Destaca-se a Lei sobre o Zoneamento Municipal de Angra dos Reis (Lei nº 2.091, de 23

de janeiro de 2009) que tem por objetivo dividir o território municipal em parcelas distintas

de acordo com as características físicas, sociais e econômicas de cada área, com vistas a

garantir o adequado tratamento urbanístico e ambiental, conforme diretrizes preconizadas

pelo Plano Diretor Municipal. De acordo a Lei sobre o Zoneamento, o município fica dividido

em 03 (três) níveis) – Macrozoneamento, Zoneamento e Microzoneamento.

O Macrozoneamento define as extensões territoriais a serem protegidas, urbanizadas e

enfocadas de forma específica, em função de sua conotação geográfica, apresentando 04

(quatro) Macrozonas:

• Macrozona Rural (MRU) - áreas com características naturais são apropriadas a

atividades da agropecuária além de, em função do seu potencial paisagístico

permitir a atividade do turismo rural;

• Macrozona Urbana (MZU) - compreende as áreas utilizadas para fins urbanos;

• Macrozona da Ilha Grande (MIG) - áreas insulares emersas e imersas da Ilha

Grande e ilhas adjacentes, suas áreas de influência direta, suas vilas, florestas,

praias, manguezais e costões rochosos;

• Macrozona das Demais Ilhas (MDI) - áreas insulares emersas e imersas, suas áreas

de influência direta, suas praias, costões rochosos, florestas e manguezais por

ventura existentes, o solo, o clima e os ambientes marinhos do entorno.

O Zoneamento do município de Angra do Reis é composto de 12 (doze) Zonas, conforme

apresentado a seguir:

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• Zona Residencial (ZR) – área com característica predominantemente residencial

e subdivide-se em:

o ZR 1 - característica residencial unifamiliar;

o ZR 2 - característica residencial multifamiliar vertical;

o ZR 3 - característica residencial multifamiliar horizontal.

• Zona Comercial (ZC) – caracterizada pela presença, predominantemente, de

atividades comerciais, subdividindo-se em:

o ZC 1 - áreas destinadas à comércios varejistas de pequeno porte;

prestação de serviços por profissionais liberais;

o ZC 2 - áreas destinadas à comércios varejistas de médio porte; prestação

de serviços por profissionais liberais;

o ZC 3 - áreas destinadas à comércios varejistas de grande porte; prestação

de serviços por profissionais liberais;

o ZC 4 - áreas destinadas ao comércio varejista e atacadista de médio e

grande porte;

o ZC 5 -áreas destinadas ao comércio atacadista de grande porte, indústrias

em geral.

• Zona de Interesse Turístico (ZIT) – área, que pelo potencial turístico, deve ser

objeto de implantação de equipamentos e serviços turísticos e pode ser

classificada nos seguintes tipos:

o ZIT 1 – áreas com características ambientais e atrativos turísticos naturais

capazes de absorver grandes estruturas hoteleiras, destinada ao turismo;

o ZIT 2 – áreas relacionadas ao ambiente urbano historicamente

preservado, ou com estrutura de lazer urbano, destinada ao turismo;

o ZIT 3 – áreas relacionadas aos atrativos turísticos naturais passiveis de

utilização urbana, destinada ao turismo,

• Zona Especial de Interesse Ambiental, Turístico e de Ocupação Controlada

(ZEIATOC) - espaços territoriais insulares, onde será permitida a implantação de

infraestrutura turística com restrições de densidade e controle do uso e ocupação

do solo, de modo a manter a qualidade ambiental e dos recursos cênicos. As

ZEITOC se dividem em:

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o ZEIATOC 1 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque unicamente residencial unifamiliar;

o ZEIATOC 2 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e

de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 10 UHs e

outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;

o ZEIATOC 3 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e

de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 20 UHs e

outros equipamentos essenciais de serviços e apoio à atividade turística;

o ZEIATOC 4 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e

de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 20 UHs e

outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;

o ZEIATOC 5 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e

de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 40 UHs e

outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;

o ZEIATOC 6 – zona com características ambientais e atrativos turísticos

naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e

de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 60 UHs e

outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística.

• Zona de Interesse Ambiental de Proteção (ZIAP) – áreas caracterizadas por

possuírem atributos naturais de excepcional beleza cênica ou de importância à

manutenção dos processos ecológicos essenciais a vida em todas as suas formas;

• Zona Especial do Centro Histórico de Angra dos Reis (ZECHAR) – áreas que

abrangem o núcleo urbano central do Município, com características históricas

aliadas à concentração de comércio e serviços de maior especialização;

• Zona Rural de Desenvolvimento Especial (ZORDE) - áreas relacionadas com o

ambiente natural bucólico com característica predominantemente rural,

devendo ser objeto de atividades de agropecuária, lazer e turismo rural;

• Zona de Interesse Ambiental e de Ocupação Coletiva (ZAOC) - áreas públicas de

Proteção Ambiental que não possuem subdivisões nem podem sofrer

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parcelamento de solo, sendo destinada ao uso coletivo de recreação, lazer e

estrutura de apoio turístico;

• Zona de Interesse Ambiental e de Ocupação Coletiva do Centro (ZAOCC) – áreas

que possuem a mesma conceituação da Zona de Interesse Ambiental e de

Ocupação Coletiva, contudo sua localização encontra-se na sede urbana do

Município;

• Zonas de Utilização Especial Públicas (ZUEP) - áreas destinadas a atividades

especiais que envolvam grandes complexos industriais, atividades com risco a

saúde ou ao meio ambiente e equipamentos públicos

Cabe mencionar ainda as áreas destinadas aos povos indígenas das tribos Guarani

Nandeva e que constituem a Reserva Indígena (RI), utilizadas para suas atividades produtivas

e imprescindíveis a preservação dos recursos culturais e ambientais necessários a seu bem-

estar dessas populações.

Em relação ao Microzoneamento a denominação Área de Microzoneamento (AMIZ) é

aquela utilizada para os adensamentos urbanos ao longo do território do município,

subdividindo-se em 02 (duas) Áreas, a saber:

o No Continente – englobando as áreas do Perequê; Parque Mambucaba; Vila

Histórica de Mambucaba; Vila Residencial de Praia Brava; Frade; Grande Japuíba;

Camorim; Jacuacanga e Monsuaba;

o Na Ilha Grande – englobando as áreas Vila do Abraão; Praia Grande de Araçatiba;

Praia Vermelha e Praia do Provetá.

Por fim, as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são áreas que se caracterizam por

assentamentos de baixa renda irregulares e consolidados ou áreas subaproveitadas e que

serão detalhadas no item 3.4 destinado às Áreas de Interesse Social.

3.4 Áreas de interesse social

Em concordância com Plano Diretor Municipal de Angra dos Reis (Lei r n° 1.754, de 21

de dezembro de 2006), as Zonas de Especial Interesse Social (ZEIS) são áreas caracterizadas

como assentamentos de baixa renda, irregulares, consolidados e/ou em áreas

subaproveitadas. A demarcação das ZEIS objetiva promover a recuperação urbanística, o

remanejamento, a regularização fundiária e a produção de habitações sociais, incluindo a

recuperação de imóveis degradados e a disponibilização de equipamentos públicos sociais

para as comunidades que residem nesses territórios.

O Plano Diretor ressalta que, em consideração as características de uso e ocupação da

área urbana, as ZEIS subdividem-se em:

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• ZEIS para Urbanização – áreas onde o Poder Públicos priorizará investimentos em

infraestrutura e equipamentos coletivos;

• ZEIS para Regularização Fundiária - áreas onde a situação fundiária não se

apresenta regularizada;

• ZEIS para Assentamento - áreas identificadas como subutilizadas e/ou vazias;

• ZEIS de Congelamento - áreas que, por estarem sendo objeto de regularização

fundiária, assentamento e urbanização, deverão ter sua ocupação controlada;

ou áreas que tenham esgotadas as suas condições de ocupação.

Ainda segundo o Plano, o estabelecimento das limitações urbanísticas específicas para

as ZEIS ocorrerá a partir da avaliação das peculiaridades de cada uma delas e logo após a

regulamentação ocorrerá através de Decreto Municipal.

Importante mencionar ainda, a Lei nº 2.092, de 23 de janeiro de 2009 que institui as

orientações para de uso e ocupação do solo que tem, dentre outros, o objetivo de

condicionar a utilização do solo aos princípios de proteção ao meio ambiente e a valorização

do patrimônio cultural à luz para diretivas do Plano Diretor. Segundo a Lei de Uso e Ocupação

do Solo, a implantação em ZEIS de projetos urbanísticos deverá considerar ainda a adequação

viária para a circulação de veículos destinados aos serviços públicos e atendimento de

emergência.

3.5 Desenvolvimento humano

No que se refere ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), conforme

informações disponibilizadas pelo PNUD (2013), o Município de Angra dos Reis apresenta

evolução em todas as componentes do IDHM: Educação, Renda e Longevidade.

Para o ano de 2010, o IDHM foi de 0,724, classificando Angra dos Reis na faixa de

Desenvolvimento Humano “Alto”. A taxa de crescimento foi de 20,86% referente ao ano

2000, quando apresentava um índice de 0,599. Considerando o período de 2000 a 2010, a

componente que mais apresentou evolução foi Educação; na sequência as componentes de

Longevidade e Renda.

De acordo com informações do PNUD (2013), o município de Angra dos Reis ocupa a

1.191ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Na Figura 3 é possível

observar a evolução de cada uma das componentes do IDHM entre o período de 1991 a 2010.

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Figura 3: Evolução do IDHM de Angra dos Reis-RJ

Fonte: PNUD (2013)

No tocante à renda per capita, nas últimas duas décadas o município apresentou um

crescimento de 104,50%, passando de R$ 390,55 no ano de 1991, para R$ 798,68 no ano de

2010, compreendendo uma taxa de crescimento anual no período de 3,84% (PNUD, 2013).

Ainda de acordo com os dados do PNUD (2013), o Índice Gini, que mede a desigualdade

social, demonstra que município de Angra dos Reis apresentou uma redução de 0,04% no

período de 1991 a 2010. No ano de 1991 o índice de Gini era de 0,54, passando para 0,53 no

ano de 2000 e chegando em 0,50 no último ano de informação (2010).

3.6 Educação

A escolaridade da população jovem e adulta é um importante indicador de acesso ao

conhecimento que também compõe o IDHM Educação. No ano de 2010, 52,11% dos jovens

entre 15 a 17 anos possuíam ensino fundamental completo, sendo que entre os jovens de 18

a 20 anos, a proporção de jovens com ensino médio completo era de 29,69%.

Para a população adulta, com 25 anos ou mais, no mesmo ano (2010), 6,27% eram

analfabetos, 52,65% possuíam ensino fundamental completo; 32,95% ensino médio completo

e 7,42% superior completo. Na Figura 4 está apresentada a evolução da educação da

população adulta no período de 1991 a 2010, conforme informações do PNUD (2013).

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Figura 4: Evolução da Educação da População Adulta de Angra dos Reis-RJ

Fonte: PNUD (2013)

3.7 Saúde

Doenças relacionadas à ausência de saneamento básico ocorrem devido à dificuldade de

acesso da população a serviços adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário,

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Conforme informações contidas no Plano Municipal de Saneamento Básico de Angra dos

Reis, de 2005 a 2010, o município apresentou aumento nos óbitos registrados por doenças

infecciosas e parasitárias.

Na Figura 5 estão apresentados os percentuais de internações e mortes referentes às

doenças infecciosas e parasitárias por faixa etária, conforme disposto no Caderno de

Informações de Saúde do Rio de Janeiro.

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Figura 5: Internações e mortes por doenças infecciosas e parasitárias, de acordo com a

faixa etária

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM (2009)

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) em

Angra dos Reis, ainda de acordo com dados disponíveis do PNUD (2013), reduziu de 20,1

óbitos por mil nascidos vivos no ano de 2000 para 13,0 óbitos por mil nascidos vivos em 2010.

A esperança de vida ao nascer apresentou um aumento de 6,6 anos na última década,

passando de 69,1 anos no ano de 2000 para 75,8 em 2010.

3.8 Atividades e vocações econômicas

Conforme informações disponibilizadas pelo IBGE para o ano 2016, dentre as atividades

econômicas que compreendem o PIB do município, destaca-se: agropecuária, indústria,

serviços, administração, defesa, educação, saúde e seguridade social.

Na Figura 6 está apresentada a porcentagem de contribuição de cada atividade

econômica, sendo que o valor total do PIB equivale a R$ 9.122.561,16 (x 1000).

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Figura 6: Atividades Econômicas de Angra dos Reis

Fonte: IBGE (2016)

3.9 Unidades de Conservação

A Lei Federal n° 9985, de julho de 2000, institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC) que é responsável por regulamentar os critérios, normas e

procedimentos oficiais para a gestão das Unidades de Conservação (UCs), abrangendo essas

áreas nos níveis federal, estadual e municipal.

De acordo com a lei, o SNUC estabelece a classificação das UCs, constituindo 12

categorias de espaços, de acordo com os objetivos, propriedades e características

particulares de cada área. Inicialmente, as categorias são divididas em dois grupos: Unidades

de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral são

responsáveis por preservar a natureza, permitindo apenas o uso indireto de seus recursos

naturais, em atividades como a pesquisa científica e o turismo ecológico. Já as Unidades de

Uso Sustentável têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso

sustentável de parcela de seus recursos naturais (BRASIL, 2000).

O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto por cinco categorias de UC,

enquanto o das Unidades de Uso Sustentável é dividido em sete categorias, como é possível

observar na Tabela 1.

Tabela 1: Classificação das UCs de acordo com o SNUC

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Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável

Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental

Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico

Parque Nacional Floresta Nacional

Monumento Natural Reserva Extrativista

Refúgio da Vida Silvestre Reserva de Fauna

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Fonte: BRASIL (2000)

As divisões das unidades de conservação municipais, em características específicas,

obedecem a categorização disposta na Lei Federal n° 9985, de julho de 2000. Apresenta-se

a seguir a relação das 09 (nove) Unidades de Conservação inseridas no município de Angra

dos Reis de acordo com o Painel de Unidades de Conservação Brasileiras no Ministério do

Meio Ambiente (MMA,2009):

• Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado pelo Decreto Federal nº 68.172, de 04 de

fevereiro de 1971, e abrange também os municípios de Paraty, Areias, Cunha, São José

do Barreiro e Ubatuba;

• Parque Estadual Cunhambebe, criado pelo Decreto Estadual l nº 41.358, de 13 de junho

de 2008, e abrange também os municípios de Itaguaí, Mangaratiba e Rio Claro;

• Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, criada pelo Decreto Estadual nº 9452, de

05 de dezembro de 1982;

• Parque Estadual da Ilha Grande, criado pelo Decreto Estadual nº 15.273, de 26 de junho

de 1971;

• Estação Ecológica de Tamoios, criada pelo Decreto Federal nº 98.864, de 23 de janeiro

de 1990;

• Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, criada pelo Decreto Estadual nº4.972, de 02

de dezembro de 1911;

• Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro, criada pelo Decreto Estadual

nº15.983, de 27 de novembro de 1990;

• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda do Tanguá, criada pelo Decreto

Federal nº 72, de 09 de setembro de 2008;

• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Gleba O Saquinho de Itapirapuá, criada

pela Portaria Federal, nº 03, de 20 de janeiro de 1998.

Em relação a cobertura florestal, no que que se refere aos remanescentes do bioma

Mata Atlântica, de acordo com o Estudo Socioeconômico do Município de Angra dos Reis, no

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período 2015 a 2016, a cobertura vegetal abrangia 78,27% do território municipal, o

correspondente a 61.333 hectares, não tendo sido identificada a incidência de

desmatamento nesse período (TCE-RJ,2018).

3.10 Áreas de preservação permanente

A Lei Federal nº 12.651/2012, denominada de “Novo Código Florestal” estabelece

normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de preservação permanente e áreas de

reserva legal, dentre outras premissas (BRASIL, 2012). De acordo com a referida lei, são

classificadas como APP, em zonas rurais ou urbanas, as seguintes áreas: (i) margens de cursos

d’água; (ii) áreas do entorno de nascentes, olhos d’água, lagos, lagoas e reservatórios; (iii)

áreas em altitudes superiores a 1.800 m; (iv) encostas com declividade superior a 45%; (v)

bordas de tabuleiros e chapadas; (vi) topo de morros, montes, montanhas e serras, com

altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25°.

No que tange às políticas municipais sobre o assunto, cabe destacar a Lei nº1.965, de

24 de junho de 2008, que instituí o Código Ambiental de Angra do Reis. De acordo com a

referida Lei, consideram-se áreas de preservação permanente as florestas e demais formas

de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água; ao redor das

lagoas, lagos ou reservatórios; nas nascentes; no topo de montes; nas encostas ou parte

deles, com declividade superior a 45º e nas restingas, como fixadoras de dunas ou

estabilizadoras de mangues.

Ainda de acordo com a lei são consideradas áreas de preservação permanentes aquelas

sensíveis ecologicamente, como os estuários dos rios, os manguezais, as lajes, os parcéis e

os costões rochosos existentes na Baía da Ilha Grande, e as estruturas artificiais submersas

e que funcionam como recifes de corais. Importante mencionar que todas as áreas citadas

deverão ser identificadas e caracterizadas detalhadamente e serão delimitadas e definidas

por legislação regulamentada pelo Poder Público Municipal.

3.11 Disponibilidade hídrica e qualidade das águas

De acordo com a Resolução nº 107/2013 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos

(CERHI-RJ), o Estado do Rio de Janeiro divide-se em 9 Regiões Hidrográficas para efeito de

planejamento hidrográfico e gestão territorial cujas disponibilidades hídricas estão

apresentadas na Figura 7, por Unidade Hídrica de Planejamento (UHP). Os municípios objetos

desse planejamento estão contidos integralmente ou parcialmente nestas Regiões

Hidrográficas.

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Figura 7: Localização das UHP nas Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro

Fonte: PERH (2019)

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O município de Angra dos Reis está totalmente inserido na região hidrográfica RH-I Baía

da Ilha Grande, que abrange também, em sua totalidade, o município de Paraty; e ainda

parcialmente, o município de Mangaratiba (PERHI-RJ, 2014).

A RH-I Baía da Ilha Grande possui área de 1.758,6km² (Figura 8), representando 4,0%

das regiões hidrográficas do estado do Rio de Janeiro e as principais Bacias que a compõem

são: Bacias Contribuintes à Baía de Parati, Bacia do rio Mambucaba, Bacias Contribuintes à

Enseada de Bracuí, Bacia do Bracuí, Bacias Contribuintes à Baía da Ribeira, Bacias da Ilha

Grande, Bacia do Rio Conceição de Jacareí.

Figura 8: Localização das bacias hidrográficas no município de Angra dos Reis

Fonte: Adaptado de ANA (2019)

Em termos de cobertura vegetal, a RH-I possui 90% do seu território ocupado por

florestas. A título de comparação, no extremo oposto, a maior região hidrográfica, a RH-IX

(Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana), tem a menor cobertura florestal (10%) (PERHI-RJ, 2014).

Na Tabela 2 apresentam-se, segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERHI) do

Rio de Janeiro elaborado em 2014, o balanço hídrico de alguns cursos d’água da RH-I, de

acordo com a UHP na qual estão inseridos.

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Tabela 2: Balanço hídrico por UHP delimitada pelo PERH da RH-I

Região Hidrográfica

UHP Nome UHP Área (km²) Vazões (m³/s)

Q7,10 Q95% QMLT

RH-I

I-a Paraty 704,1 7,1 9,6 37,4

I-b Rio Mambucaba 355,6 4,3 5,4 13,9

I-c Angra dos Reis 494,5 7,2 9,7 29,1

I-d Ilha Grande 180,3 - - -

Fonte: PERH (2014)

O Decreto nº 43.226 de, 07 de outubro de 2011 institui o Comitê da Região Hidrográfica

da Baía de Ilha Grande (CBH BIG), no âmbito do Sistema Estadual de Gerenciamento de

Recursos Hídricos. O referido Comitê é o responsável pelo planejamento do território hídrico

da Bacia e por promover ações para fomento da participação social envolvendo os diversos

setores da sociedade, bem como a gestão e aplicação do Plano de Recursos Hídricos da

Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (PRH-BIG).

O PRH-BIG encontra-se em fase de revisão e a previsão de conclusão do estudo é para o

final do ano de 2020, sendo considerado um período de planejamento 20 anos. Até o

momento de elaboração do presente relatório, foram aprovados pelos órgãos competentes

12 (doze) documentos que compõem o PRH-BIG, dentre eles, cabe citar: (i) Relatório de

Análise da Base de Dados; (ii) Relatório do Uso do Solo; (iii) Nota Técnica – Definição das

UHP; (iv) Relatório de Caracterização Física e Biótica; (v) Diagnóstico das Disponibilidades

Hídricas e (vi) Relatório de Demandas Hídricas.

Ainda no âmbito do PRH-BIG em elaboração, foi emitida Nota Técnica propondo a divisão

da Bacia da Baía da Ilha Grande em Unidades Hidrológicas de Planejamento (UHP), de acordo

com as condições físicas, políticas, administrativas e instituições voltadas para a gestão

hídrica do território da RH I, respeitando os limites hidrográficos da bacia e das respectivas

sub-bacias. Na Figura 9 estão apresentadas as UHP propostas pelo PRH-BIG em sobreposição

às UHP estabelecidas pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos.

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Figura 9: Localização UHP propostas pelo PRH-BIG em elaboração

Fonte: PRH-BIG (2019)

Dessa forma, foram estabelecidas 14 (quatorze) UHP, sendo que, além do Estado do Rio

de Janeiro, 03 (três) delas estão inseridas no Estado de São Paulo, conforme detalhamento

apresentado na Tabela 3 a seguir:

Tabela 3: Caracterização geral das UHP delimitadas pelo PRH-BIG

UHP (PRH-BIG, 2019) Área da UHP (Km²)

UHP (PERH, 2014) Estado do RJ

Estado de SP

Total

I -a

Ponta da Juatinga 144,85 0,00 144,85

Rio Paraty-Mirim 120,66 0,00 126,56

Rio Perequê-Açu 200,32 0,00 175,05

Rios Pequeno e Barra Grande 121,86 0,00 141,22

Rio Taquari 114,66 0,00 114,66

I - b Rio Mambucaba 359,00 388,10 747,10

I - c

Rios Grataú e do Frade 76,26 0,00 76,26

Rio Bracuí 91,03 111,79 202,82

Rio Ariró 152,25 24,76 177,01

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UHP (PRH-BIG, 2019) Área da UHP (Km²)

UHP (PERH, 2014) Estado do RJ

Estado de SP

Total

Rio do Meio 70,79 0,00 70,79

Rio Jacuecanga 65,94 0,00 65,94

Rio Jacareí 35,72 0,00 35,72

I - d Bacias da Ilha Grande 180,00 0,00 180,19

- Ilhas 24,29 0,00 24,29

Fonte: PRH-BIG, 2019

Importante mencionar que na RH I encontram-se diversos rios e córregos importantes

que fazem com essa região apresente um elevado potencial hídrico. Na Tabela 4 encontram-

se listados os principais cursos d’água em cada uma das Unidades de Planejamento Hídrico

descritas anteriormente, bem como os municípios ou localidades inseridas em suas áreas de

abrangência.

Tabela 4: Área de abrangência e caracterização do potencial hídrico das UHP delimitadas

pelo PRH-BIG

UHP Município/ localidade Cursos d’água

Ponta da Juatinga

Trindade, Ponta Negra, Saco do Manguá, Vila Oratório, Pouso de Cajaíba, Praias do Sono, Laranjeiras, Antigos/Antiguinhos, Cajaíba, Grande, do Cruzeiro, Cachadaço e Paraty (porção Sul)

Córrego da Ponta Negra, Córrego da Jamanta, Córrego da Cachoeira Grande e o Córrego Cairuçu

Rio Paraty-Mirim

Patrimônio, Paraty-Mirim, comunidades indígenas - Guarani Araponga e Paraty- Mirim, comunidades quilombolas - Cabral e Campinho, Praias do Sossego, Paraty-Mirim e do Engenho e Paraty (porção Sul)

Paraty-Mirim e o Rio dos Meros

Rio Perequê-Açu Praia Grande, Praia do Corumbê, Pantanal e Paraty (porção intermediária)

Carrasquinho, do Sertão, da Pedra Branca, da Toca de Ouro, do Corisquinho, Perequê-Açú e Mateus Nunes

Rios Pequeno e Barra Grande

Barra Grande, Graúna e Rio Pequeno, terra indígena Tekoha Jevy (Rio Pequeno) e Paraty (porção intermediária)

Rio Pequeno, Barra Grande e Rio da Graúna

Rio Taquari Taquari, Areal do Taquari, São Roque, Vila de Taquari, Praias de Tarituba e São Gonçalo e Paraty (porção norte)

Rio Taquari, São Roque, São Gonçalo e Rio Espigão

Rio Mambucaba Paraty (porção norte) e Angra dos Reis (porção oeste)

Rio Mambucaba, Rio do Funil e recebe águas da bacia de contribuição no Estado de São Paulo.

Rios Grataú e do Frade Frade, Sertãozinho, do Frade, Porto do Frade e Angra dos Reis (porção oeste)

Rios Grataú, do Frade, Córregos do Recife, do Criminoso, Sacher e da Cachoeira Brava

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UHP Município/ localidade Cursos d’água

Rio Bracuí Santa Rita, Bracuí, Sertão do Bracuí, Gamboa, Itinga e Angra dos Reis (porção norte)

Rios Paca Grande, Bonito, Bracuí, tem parte de sua bacia de contribuição no Estado de São Paulo.

Rio Ariró

Frade, do Pontal, Nova Itanema, Floresta, Ariró, Zungu, Água Lindade, Serra D’Água e Angra dos Reis (poção intermediária)

Rios Ariró, Florestão, Floresta, Canela, Zungu, Guarda, Pedra Branca, Jurumirim, Campo Alegre, Figueira e recebe águas da bacia de contribuição do próprio Rio Ariró no Estado de São Paulo

Rio do Meio/Japuíba

Parque Belém, Japuíba, Nova Angra, Banqueta, Campo Belo, Ponta do Sapê, Retiro, Ponta da Ribeira, Tanguá e Bomfim

Rio Cabo Severino e Japuíba, Tanguá e do Meio.

Rio Jacuecanga

Monsuaba, Camorim, Camorim Pequeno, Lambicada, Vila Petrobras, Paraíso, Biscaia Ponta Leste e Jacuecanga e Angra dos Reis (poção leste)

Rios Jacuecanga, Camorim e os Córregos Coroanha, do Cocho, Vermelho e o córrego Monsuaba.

Rio Jacareí Baía de Ilha Grande (porção oriental), Angra dos Reis (porção leste) e a parte do município de Mangaratiba

Rio Jacareí

Bacias da Ilha Grande Ilha Grande Cafundó, da Fazenda, dos Nóbregas, Andorinhas ou Barra Grande e Barra Pequena

Ilhas Todas as ilhas da Baía, excetuando-se a Ilha Grande

Composta por 236 ilhas, ilhotas, lajes e parcéis,

agrupadas e denominadas

Fonte: PRH-BIG, 2019

No que se refere à disponibilidade hídrica subterrânea, na RH I existem 02 (duas) formas

de ocorrência: aquíferos porosos e os aquíferos fraturados, sendo importante destacar que

as rochas cristalinas apresentam a maior expressão em área na RH-I, ou seja, grande parte

das ocorrências de água subterrânea estão relacionadas aos aquíferos fraturados do Sistema

Aquífero Cristalino. Ainda em relação às águas subterrâneas, ressalta-se que, de acordo com

o PRH-BIG em processo de revisão, há uma defasagem de informações relativas à

caracterização quali-quantitativa das águas subterrâneas na RH I, principalmente acerca da

quantidade de poços existentes na região.

No que diz respeito à qualidade da água superficial, de acordo com informações da ANA

(HIDROWEB, 2019) existem 5 (cinco) estações fluviométricas com pontos de medição da

qualidade da água localizadas no município de Angra dos Reis, conforme a Tabela 5.

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Tabela 5: Pontos de monitoramento da água no município de Angra dos Reis

Estações Fluviométricas

Estação Código ANA Corpo Hídrico Responsabilidade Operação

Itapetinga 59372000 Rio Itapetinga ANA ANA Fazenda Santa Rita 59350000 Rio Bracuí ANA ANA Fazenda Fortaleza 59370000 Rio Mambucaba ANA CPRM

Vila Perequê 59373000 Rio Mambucaba INEA-RJ INFOPER Fazenda Fortaleza 59365900 Rio Mambucaba INEA-RJ INFOPER

Nota: ANA – Agência Nacional das Águas; CPRM – Serviço Geológico do Brasil; INEA-RJ – Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro

Fonte: HIDROWEB, 2019

No que diz respeito à qualidade da água superficial, segundo o PRH-BIG, há pontos de

monitoramento ao longo da Baía de Ilha Grande (Figura 10) sendo os mesmos operados pelo

INEA e pela ANA e, em uma análise geral da bacia, a média de todos os cursos hídricos

monitorados é de foi classificada como qualidade “Média´” das águas da área estudada.

Figura 10: Localização das Estações de Qualidade da Água do INEA e da ANA

Fonte: PRH-BIG (2019)

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Na Figura 11 verifica-se a avaliação consolidada dos Índices de Qualidade da Água (IQAs)

dos pontos onde existe monitoramento operados pelo INEA e pelo CPRM, conforme

apresentado no Diagnóstico das Disponibilidades Hídricas elaborado em maio de 2019, no

âmbito dos estudos técnicos para revisão do Plano de Recursos Hídricos da Região

Hidrográfica da Baía da Ilha Grande.

Figura 11: Avaliação consolidada da qualidade da água da RH I –Séries históricas do IQA

Fonte: PRH-BIG (2019)

Conforme os dados apresentados pelo INEA para agosto de 2019, dos 09 (nove) pontos

de monitoramento localizados em Angra dos Reis, 07 (sete) - alocados nos rios Bracuí

(BC0060), Cantagalo (CG0010), Caputera (CT0050), Do Frade/Ambrósio (FR0010), Jurumirim

(JM0030), Mabucaba (MB0080) e Rio do Meio/Japuíba (MI0010) - apresentaram IQA na

classificação “Média”, entre 50 a 70 NSF; já os pontos localizados nos rios Campo Grande

(CA0010) e Jacuecanga (JC0030) apresentaram qualidade considerada “Boa” (entre 70 e 90

NSF) (Tabela 6).

Tabela 6: Parâmetros da Qualidade da Água Superficial nos pontos de monitoramento

localizados no município de Angra dos Reis

QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL

Estação de monitoramento

Município onde está localizada

DBO (mg/L)

OD (mg/L) Coliformes

Termotolerantes (NMP/100mL)

BC0060

Angra dos Reis

< 2,0 9,4 1.700 CA0010 < 2,0 9,0 1.300 CG0010 < 2,0 8,8 23.000 CT0050 <2,0 8,8 3.300 FR0010 < 2,0 8,8 2.300 JC0030 < 2,0 9,4 1.700

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QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL

Estação de monitoramento

Município onde está localizada

DBO (mg/L)

OD (mg/L) Coliformes

Termotolerantes (NMP/100mL)

JM0030 < 2,0 8,8 4.900 MB0080 2,0 8,2 3.300 MI0010 2,0 8,6 13.000

Fonte: INEA, Dados de Qualidade (2019)

Em relação ao enquadramento, a legislação pertinente é a Resolução CONAMA 357/2005,

por exigência da Lei Federal 9.433/97, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água

e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e

padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

O enquadramento tem por objetivo estabelecer a meta de qualidade da água a ser

alcançada ou mantida ao longo do tempo. O Art. 42 da Resolução Conama determina que,

enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas

classe 2, as salinas e salobras classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem

melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente.

No que se refere ao enquadramento da Bacia em questão, verifica-se a importância de

que o tema seja abordado no plano que está em processo de revisão, tendo em vista que o

PDRH-BG elaborado em 2005, apresentou uma proposta de enquadramento, mas a mesma

não passou pelos passos subsequentes da dinâmica de aprovação deste instrumento, uma vez

que tal proposta não foi analisada e discutida no âmbito do CBH, e nem submetida à

aprovação do CERHI (Fernandes et al., 2015c apud Muylaert, 2018).

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4. DIAGNÓSTICO

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4 DIAGNÓSTICO

4.1 Situação da prestação dos serviços de saneamento básico

No que se refere à prestação dos serviços de Abastecimento de Angra dos Reis, os

sistemas de abastecimento de água (SAA) estão sob responsabilidade da Companhia Estadual

de Águas e Esgotos (CEDAE) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Angra dos Reis

(SAAE), enquanto os serviços de esgotamento sanitário estão sob responsabilidade do SAAE.

Dentre as atividades que são de responsabilidade dos prestadores dos serviços, estão

compreendidas para o SAA: operação e manutenção das unidades de captação, adução e

tratamento de água bruta, além de adução, reservação e distribuição de água tratada à

população. Conforme informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS), para o ano de 2017, a cobertura do sistema coletivo de abastecimento de água

compreendia 94,34 % da população total, sendo o SAAE responsável por 72,93% e a CEDAE

por 21,41%.

Em relação ao esgotamento sanitário, o SAAE é responsável pela operação, manutenção

e ampliação do sistema coletivo de esgotamento sanitário (SES). Segundo dados do SNIS,

para o ano de 2017, o índice de coleta de esgoto era de 66,72%, e o índice de tratamento de

esgoto coletado era de 17,12% (SNIS, 2018).

Vale destacar que os dados do SNIS devem ser avaliados com cautela, tendo em vista

que são autodeclarados, não havendo uma fiscalização ou conferência a respeito dos mesmos

e, com isso, o preenchimento pode ocorrer de forma equivocada. Além disso, o

preenchimento do SNIS pela CEDAE retrata apenas a realidade da sua área de abrangência,

o que resulta em um déficit de informações para as demais localidades do município, não

atendidas por ela. Essa colocação é fundamentada, pois é notória a baixa participação das

Prefeituras, geralmente responsáveis pelos sistemas dessas localidades, no preenchimento

dos dados no SNIS. Dessa forma para o presente Planejamento serão adotados índices de

atendimento aferidos no diagnóstico dos sistemas existentes de abastecimento de água e

esgotamento sanitário.

No que se refere aos índices de atendimento para os serviços de abastecimento de água

e esgotamento sanitário, é preciso ressaltar que para o presente estudo este percentual de

atendimento foi determinado através da relação da população atendida em 2016 fornecida

pelo o SNIS e a população resultante urbana da projeção populacional desenvolvida para

esse estudo. Tais cálculos resultaram em índices de 89,7% para abastecimento de água na

sede e distritos para o ano 1 de planejamento. No que se refere ao esgotamento sanitário

admite-se 10% de atendimento na sede e nulo nos distritos e esgotamento sanitário.

4.2 Abastecimento de Água

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4.2.1 Caracterização geral

Conforme pode ser observado na Tabela 7, no ano de 2017, o SAA Angra dos Reis possuía

55.806 economias ativas, das quais 44,5% eram hidrometradas. Constatou-se também que

houve um incremento de 4,4% no número total de ligações no ano de 2017, se comparado

com o ano de 2013. Em relação aos volumes consumidos apresentados na Tabela 8, é

importante ressaltar que houve aumento de 6,0% no período de 2013 a 2017. Quanto aos

volumes produzidos pode-se observar um aumento significativo de 44,4% no mesmo período.

Analisando-se os dados de consumo micromedido (Tabela 9), pode se constatar que

houve redução significativa de 23,0% entre os anos de 2016 e 2017. Já em relação aos dados

de consumo faturado, constata-se uma redução de 18,0% entre os mesmos anos.

Tabela 7: Número de ligações e de economias do SAA

Ano Quantidade de Ligações Quantidade de Economias Ativas

Total (ativas + inativas)

Ativas Ativas

Micromedidas Total (ativas) Micromedidas

2013 44.393 43.255 14.399 54.873 21.652

2014 44.817 43.701 15.094 55.673 22.804

2015 45.216 42.518 15.145 55.919 18.636

2016 45.791 42.356 16.013 56.672 24.413

2017 46.360 42.292 16.793 55.806 24.825

Fonte: SNIS (2018)

Tabela 8: Volume de água produzido, consumido e faturado no SAA

Ano Volumes de Água (1.000 m³/ano)

Produzido Consumido Faturado Macromedido

2013 17.663 17.051,20 16.924,90 0

2014 20.978 16.233,25 17.576,27 0

2015 21.160 18.254,00 19.596,00 0

2016 22.016 18.104,75 17.707,56 0

2017 25.506 18.076,49 17.936,00 0

Fonte: SNIS (2018)

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Tabela 9: Volumes micromedidos e faturados pelo SAA

Ano Consumo micromedido por economia

(m³/mês/econ) Consumo de água faturado por economia

(m³/mês/econ)

2013 40,80 34,44

2014 35,26 35,36

2015 38,88 39,28

2016 42,73 30,73

2017 32,90 25,19

Fonte: SNIS (2018)

O município de Angra dos Reis conta com numerosos sistemas de captação e distribuição

de água dispersos ao longo da costa e, por esse motivo, adota a forma de administração por

regionais. O SAA de Angra dos Reis é composto por 6 (seis) regionais que atendem aos

seguintes distritos: Angra dos Reis – Sede (Regional Centro); Abraão e Praia de Araçatiba

(Regional Ilha); Cunhambebe (Regionais Frade, Japuíba e Monsuaba); Jacuecanga (Regional

Jacuecanga); Mambucaba (Regional Perequê).

O atual sistema de abastecimento de água de Angra dos Reis possui, conforme informado

no Plano Municipal de Saneamento Básico (CBHBIG, 2014), 66 (sessenta e seis) captações,

sendo de responsabilidade da CEDAE apenas as captações de Banqueta e Cabo Severino, que

reforçam o abastecimento de água do Centro de Angra dos Reis, as demais captações ficam

a cargo do SAAE. Existem outras captações que ficam sob responsabilidade de particulares,

como de condomínios e também das empresas estatais: a Eletronuclear e Petrobrás. Tais

sistemas particulares atendem a até 7,2% da população (CBHBIG, 2014).

4.2.1.1 SAA distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro

A Regional Centro é operada pelo SAAE e atende ao distrito Sede e possui os subsistemas:

Sapinhatuba, Centro, Ponta do Cantador, Vila Velha e Bonfim, descritos a seguir.

a) Subistema Sapinhatuba

A captação de água é realizada em mananciais superficiais de abastecimento localizados

em três pontos distintos denominados Pedrão, Toca do Morcego e Barragem Salvador.

Ressalta-se que todas as captações são realizadas em barragem de acumulação - onde é

realizada a etapa de desinfecção por meio da adição de hipoclorito de sódio – e abastecem

a localidade de Sapinhatuba.

A captação Pedrão possui vazão de 8L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de

100 mm de diâmetro para o reservatório de 50 m3.

A captação Morcego possui vazão de 6,7L/s e a água é encaminhada por tubulação de

100 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada.

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A captação Salvador possui vazão captada de 9,2L/s e a água é encaminhada por

tubulação de 150 mm para três reservatórios, sendo 2 (dois) de 100 m3 e 1 (um) de 50 m3.

b) Subsistema Centro

O Sistema Centro é composto por três captações por meio de barragem nos rios Bolão,

Júlia e Abel, sendo que a etapa de desinfecção realizada por adição de hipoclorito de sódio

na barragem.

A captação no rio Bolão possui vazão de 8,30L/s e a água é encaminhada por tubulação

de 150 mm para o reservatório de 15 m3 que abastece a localidade de Santo Antônio.

A captação no rio Julia possui vazão de 20 L/s e água é encaminhada por tubulação de

150 mm para duas estações elevatórias que abastecem a parte alta da localidade de Morro

da Caixa.

A captação no rio Ponta do Cantador possui vazão captada de 11,4L/s e a água é

encaminhada por tubulação de 100 mm para a rede de distribuição que abastece a localidade

do Morro Santo Antônio.

c) Subsistema Ponta do Cantador

A captação é feita em barragem de acumulação no rio Ponta do Cantador com uma vazão

de 3,2 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3

que abastece a localidade de Ponta do Cantador. A desinfecção é realizada com adição de

hipoclorito de cálcio no reservatório.

d) Subsistema Vila Velha

A captação é feita em barragem de acumulação com uma vazão de 3,80 L/s, sendo a

água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada que

abastecem a localidade de Vila Velha. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito

de cálcio em tanque de contato.

e) Subsistema Bonfim

A captação é feita em barragem de acumulação no Rio Bonfim com vazão captada de

4,3 L/s, sendo a água encaminhada por duas tubulações de 75 mm de diâmetro para 7 (sete)

reservatórios com capacidade de 7 m3, 12 m3, 20 m3 e 4 de 10m3 que abastecem a localidade

de Bonfim. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

Na Tabela 10 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da

Regional Centro.

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Tabela 10: Estruturas componentes do SAA de da Regional Centro que abastece o distrito

Sede – Angra dos Reis

Subsistema Local da captação

Tipo de captação Tratamento EAT Reservação

Sapinhatuba

Barragem Pedrão

Barragem de Acumulação Q = 5,85 L/s

UD 50 m3

Barragem Morcego

Barragem de Acumulação Q = 4,9 L/s

UD 10 m3

Barragem Salvador

Barragem de Acumulação Q = 6,7 L/s

UD 2x100 m3

1x100 m3

Centro

Rio Bolão Barragem de

Acumulação Q = 8,30 L/s

UD 15 m3

Rio Julia Barragem de

Acumulação R Q = 14,6 L/s

UD 2 x 20 CV

15 m3

Rio Abel Barragem de

Acumulação Q = 11,4L/s

Ponta do Cantador

Rio Ponta do Cantador

Barragem de Acumulação Q =

3,2L/s UD 10 m3

Vila Velha Barragem Vila

Velha

Barragem de Acumulação Q = 3,80

L/s UD 10 m3

Bomfim Barragem Bonfim

Barragem de Acumulação Q = 3L/s UD

7 m3, 12 m3, 3 x 10 m3 e 20 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.2 SAA distrito de Abraão – Regional Ilha

A Regional Ilha é operada pelo SAAE e atende o distrito de Abraão e possui os seguintes

subsistemas: Abraão, Saco do Céu, Japariz, Bananal, Matariz, Longa, Praia vermelha,

Provetá e Aventureiro, descritos a seguir. Os subsistemas do distrito Abraão abastecem

juntos as localidades: Encrenca, Abraão, Morro do Estado, Saco do Céu, Japiruz, Guaxumã,

Praia de Bananal Praia e Matariz, região centro, sudeste e nordeste da ilha, Praia Vermelha,

Saco do Mico, Provetá, Morro do Céu e Praia do Aventureiro.

a) Subsistema Abraão

O subsistema possui 3 (três) pontos de captação, denominados Morro da Encrenca, Morro

do Cemitério e Morro do Estado, sendo que em todos a água é aduzida em barragem de

acumulação.

A captação na cachoeira da Encrenca possui vazão de 1,5L/s e a água é encaminhada

por tubulação de 75 mm para o reservatório de 80 m3 onde é realizada a desinfecção com

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adição de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição que

atende a localidade de Encrenca, passa ainda por uma caixa de areia.

A captação na cachoeira do Bicão possui vazão de 1,2L/s e a água é encaminhada por

tubulação de 75 mm até 3 (três) reservatórios de 10 m3 cada onde é realizada a desinfecção

com adição de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição

que atende a localidade de Abraão, passa ainda por uma caixa de areia.

A captação do Morro do Estado possui vazão de 1,2L/s e a água é encaminhada por

tubulação de 75 mm para o reservatório de 40 m3 onde é realizada a desinfecção com adição

de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição que atende

as localidades de Morro do Estado e a parte baixa de Abraão, passa ainda por uma caixa de

areia.

b) Subsistema Saco do Céu

A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Fazenda com vazão captada de

0,85 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3

que abastece a localidade Saco do Céu. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio

no reservatório.

c) Subsistema Japariz

A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Japariz com vazão de 0,5 L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3 que

abastece as localidades de Japiruz e Guaxumã. A desinfecção é com adição de hipoclorito

de cálcio no reservatório.

d) Subsistema Bananal

A captação é feita na barragem de acumulação da Cachoeira do Bananal com uma vazão

captada de 0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para três

reservatórios de 10 m3 cada que abastecem a localidade de Praia do Bananal. A desinfecção

é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

e) Subsistema Matariz

A captação superficial ocorre por barragem de acumulação na Cachoeira de Matariz com

0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3

que abastece a localidade de Praia de Matariz. A desinfecção é com adição de hipoclorito

de cálcio no reservatório.

f) Subsistema Longa

A captação é feita na barragem de acumulação da Cachoeira do Longa com vazão de 0,5

L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 e

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5 m3, respectivamente, que abastecem as regiões centro, sudeste e nordeste da ilha. A

desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

g) Subsistema Praia Vermelha

A captação é feita na barragem de acumulação Praia Vermelha com vazão de 0,60 L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 e 5 m3,

respectivamente, que abastecem as localidades de Praia Vermelha e Saco do Mico. A

desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

h) Subsistema Provetá

O Subsistema Provetá é composto por duas captações que se dão em barragem de

acumulação: Provetá 1 - Cafundó e Provetá 2 – Morro do Céu.

A captação superficial Provetá 1 é realizada na Cachoeira do Verga com vazão de 0,50

L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para distribuição que

abastece a localidade de Provetá. Ressalta-se que não existe tratamento por dessa água.

A captação superficial Provetá 2, por sua vez, é feita na Cachoeira do Verga com vazão

de 0,50 L/s, sendo água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3

que abastece a localidade Morro do Céu. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio

no reservatório.

i) Subsistema Aventureiro

A captação é feita na barragem de acumulação no córrego Aventureiro com vazão de

0,50 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 5 m3

que abastece a localidade Praia do Aventureiro. A desinfecção é com adição de hipoclorito

de cálcio no reservatório.

Verifica-se que a Praia do Aventureiro era abastecida por um sistema que se encontra

desativado sendo que sua captação se situa próximo à Cachoeira do Verga, possui uma

tubulação de 75 mm e não há sistema de desinfecção.

Na

Tabela 11 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da

Regional Ilha.

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Tabela 11: Estruturas Componentes do SAA –da Regional Ilha que abastece o Distrito Abraão

Subsistema Local da captação

Tipo de captação Tratamento Reservação

Abraão

Rio Camorim (Morro da Encrenca)

Barragem de Acumulação Q=1,0 L/s UD 80 m3

cacheira do Bicão (Morro do Cemitério)

Barragem de Acumulação Q = 1,0 L/s UD 10 m3

Barragem Morro do Estado

Barragem de Acumulação Q = 0,95 L/s

UD 40 m3

Saco do Céu Rio Fazenda

(Saco do Céu) Barragem de Acumulação

Q = 0,85L/s UD 10 m3

Japariz Rio Japariz Barragem de Acumulação RQ =

0,5L/s UD 10 m3

Bananal Cachoeira Bananal

Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s

UD 3 x 10 m3

Malariz Cachoeira Matariz Barragem de Q = 0,5L/s UD 10 m3

Longa Cachoeira do Longa

Barragem de Acumulação C Q = 0,5L/s UD

5 m3 10 m3

Praia Vermelha Cachoeira da

Praia Vermelha Barragem de Acumulação Q =

0,60 L/s UD 5 m3 10 m3

Provetá

Cachoeira do Verga

(Provetá 1)

Barragem de Acumulação Q = 0,30 L/s

Cachoeira Verga (Provetá 2)

Barragem de Acumulação Q = 0,30 L/s UD 10 m3

Aventureiro Córrego do Aventureiro

Barragem de Acumulação o Q = 0,30 L/s

UD 5 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.3 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Frade

A Regional Frade é operada pelo SAAE e possui os subsistemas Frade, Gamboa do Bracuí,

Bracuí, Ariró, Itanema, Serra d’Água, descritos a seguir. Os subsistemas da Regional Frade

abastecem as localidades de Morro do Costão, Frade, Sertãozinho do Frade, Gamboa do

Bracuí, Santa Rita do Bracuí, Ariró, Itanema, Serra d’Água e Zungu.

a) Subsistema Frade

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O Subsistema Frade abrange as captações Carlos Borges (Pedreira), Tia Antônia I, Tia

Antônia II, Grataú e Sertãozinho, sendo a água aduzida por meio de barragem de acumulação

no rio Grataú.

A captação Morro da Pedreira (Carlos Borges) possui vazão de 4,88 L/s e água é

encaminhada através de uma tubulação de 100 mm para dois reservatórios de 10 m3 e 60 m3

que abastecem as localidades de Morro do Costão e Frade. A desinfecção é com adição de

hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.

A captação Tia Antônia I possui vazão de 3,5 L/s, sendo a água recalcada através de uma

estação elevatória com potência de 5 CV e tubulação de 100 mm para o reservatório de 50

m3 que abastece a localidade do Frade. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio

granulado e pastilhas no reservatório.

A captação Tia Antônia II possui vazão de 3,5L/s, sendo encaminhada por tubulação de

150 mm para dois reservatórios de 50 m3 cada que abastecem a localidade do Frade. A

desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.

As captações Grataú e Frade possuem vazão de 16L/s, sendo a água encaminhada por

tubulação de 150 mm para o reservatório de 300 m3 que abastece as localidades de Frade e

Sertãozinho do Frade. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e

pastilhas no reservatório.

b) Subsistema Gamboa do Bracuí

A captação é feita na barragem de acumulação Gamboa com vazão de 1,0L/s, sendo a

água encaminhada através de uma tubulação de 75 mm para o reservatório de 50 m3 que

abastece as localidades de Gamboa do Bracuí. A desinfecção é com adição de hipoclorito de

cálcio granulado e pastilhas no reservatório.

c) Subsistema Bracuí

O sistema Bracuí abastece as localidades de Santa Rita do Bracuí e Ariró é composto por

duas captações. A primeira captação é feita na barragem de acumulação Bracuí, denominada

de Captação Santa Rita do Bracuí, com vazão de 6,5L/s, sendo a água encaminhada através

de uma tubulação de 100 mm para o reservatório de 112 m3onde é realizada a desinfecção

com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas.

A segunda captação é feita no rio Bracuí, através de estação elevatória com potência

de 10 CV, com vazão captada de 8,5 L/s, sendo a água bombeada para 3 (três) reservatórios

de 60 m3, 20 m3 e 20 m3, respectivamente, onde é realizada a desinfecção com adição de

hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas.

d) Subsistema Ariró

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A captação é feita na barragem de acumulação Ariró com vazão de 2,8 L/s, sendo a água

encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 5m3 que abastece a localidade

de Ariró. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no

reservatório.

e) Subistema Itanema

A captação é feita na barragem de acumulação Itanema com vazão de 1,4 L/s, sendo a

água encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para rede de distribuição que

abastece a localidade de Itanema. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio

granulado e pastilhas na barragem de acumulação.

f) Subsistema Serra D’Água

A captação é feita na barragem de acumulação Serra D´água com vazão de 1,0 L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois pequenos reservatórios de 1,0

m3 e 0,5 m3 que abastecem as localidades de Serra d´Água e Zungu. A desinfecção é com

adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas nos reservatórios.

Na Tabela 12 está apresentada a consolidação das as estruturas que compõem o SAA da

Regional Frade.

Tabela 12: Estruturas componentes do SAA de Regional Frade que abastece do distrito de

Cunhambebe

Subsistema Local da

captação Tipo da captação EAB Tratamento Reservação

Frade

Barragem Morro Pedreira (Carlos Borges)

Barragem de Acumulação Q = 4,88 L/s

UD 10 m3

60 m3

Barragem Grataú

(Tia Antônia I)

Barragem de Acumulação

Q = 3,5 L/s

Q = 3,5

L/s P = 5 CV

UD 50 m3

Tia Antônia II

Barragem de Acumulação Q = 3,5 L/s

UD 50 m3

Barragem Grataú (Grataú e

Sertãozinho)

Barragem de Acumulação

Q = 8 L/s UD 300 m3

Gamboa do Bracuí

Barragem Gamboa do

Bracuí

Barragem de Acumulação Q = 1

L/s UD 50 m3

Bracuí Barragem Bracuí Barragem de Acumulação Q = 6,5 L/s

UD 112 m3

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Subsistema Local da

captação Tipo da captação EAB Tratamento Reservação

Ariró Barragem Ariró Barragem de

Acumulação Q = 2,8 L/s

Itanema Barragem

Itanema

Barragem de Acumulação Q = 1,4 L/s

Serra D’Água Barragem Serra D’Água

Barragem de Acumulação Q = 1,0

L/s UD

0,5 m3

1,0 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.1 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Monsuaba

A Regional Monsuaba é operada pelo SAAE possui os subsistemas Caputera 1, Caputera

2, Água Santa, Monsuaba, Paraíso, Garacutaia, descritos a seguir. Os subsistemas da Regional

Monsuaba abastecem as localidades de Brasfel, Caputera, Água Santa, Morro do Castelo,

Monsuaba, Paraíso, Rua 4, Ladeira do Hugo, Vila dos Pescadores, Cantagalo 2 e Cidade Bíblia.

a) Subsistema Caputera 1

A captação é feita na barragem de acumulação Caputera com vazão de 1 L/s, sendo a

água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 135 m3que abastece a

localidade de Brasfel. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.

b) Subsistema Caputera 2

A captação é feita na barragem de acumulação Caputera com vazão de 2,0L/s, sendo a

água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 3 m3 que abastece a

localidade de Caputera. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.

c) Subsistema Água Santa

A captação é feita em poço profundo com vazão de 2 L/s, sendo a água encaminhada

por tubulação de 75 mm para o reservatório de 60 m3 que abastece a localidade de Água

Santa. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação. Ressalta-se que o

reservatório também é abastecido pela ETA de Jacuecanga operada que pertence à Regional

de mesmo nome e que será descrita no item 4.2.1.1.

d) Subsistema Monsuaba

O subsistema possui duas em barragem de acumulação: captações Galloway e

Paiolzinho. A captação Galloway é feita na barragem de acumulação de mesmo nome com

vazão de 13L/s e a água é encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de

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145 m3 e 82 m3 que abastecem as localidades de Morro do Castelo e Monsuaba. A desinfecção

é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

A captação Paiolzinho, por sua vez, é feita no rio Paiolzinho com vazão captada de 5L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de 20 m3 cada

que abastecem a localidade de Monsuaba. A desinfecção é com adição de hipoclorito de

cálcio nos reservatórios.

e) Subsistema Paraíso

O subsistema possui duas captações que abastecem a localidade de Paraíso, a primeira

feita por poço com vazão de 2L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm de

diâmetro diretamente para rede distribuição. Ressalta-se que não há tratamento para a água

captada por este poço.

A segunda de captação é feita no rio Paraíso com vazão captada de 1 L/s, sendo a água

encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para rede distribuição. A desinfecção é

realizada com adição de hipoclorito de cálcio na barragem.

f) Subsistema Garacutaia

O subsistema possui duas captações em barragem de acumulação, ambas no rio

Garacutaia: Cantagalo I e II.

A captação Cantagalo I possui vazão de 2,0 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação

de 75 mm para 6 (seis) reservatórios – 1 (um) de 10 m3, 1 (um) de 75 m3, 2 (dois) de 40 m3 e

2 (dois) de 20 m3 - que abastecem a localidades da Rua 4, Ladeira do Hugo e Vila dos

Pescadores. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

A captação Cantagalo II possui vazão de 1 L/s, sendo a água é encaminhada por

tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3 que abastece as localidades de Cantagalo

2 e Cidade Bíblia. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na barragem de

acumulação.

Na Tabela 13 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da

Regional Monsuaba.

Tabela 13: Estruturas componentes do SAA da Regional Monsuaba que abastece o distrito

de Cunhambebe

Subsistema Local da captação

Tipo da captação Tratamento EAT Reservação

Caputera

Barragem Caputera I

Barragem de Acumulação Q = 1,9L/s

UD 135 m3

Barragem Caputera I

Barragem de Acumulação

UD 3 m3

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Subsistema Local da captação

Tipo da captação Tratamento EAT Reservação

Q = 0,7L/s

Água Santa Barragem Água santa

Barragem de Acumulação Q = 1,68 L/s

UD 60 m3

Monsuaba

Barragem Galloway

Barragem de Acumulação Q = 13L/s

UD 145 m3

82 m3

Barragem Paiolzinho

Barragem de Acumulação

Q = 5L/s UD 20 m3

Paraíso Barragem Paraíso

Barragem de Acumulação R. Julia Q =

2,2L/s

UD 2 x 20 CV 15 m3

Garacutaia

Barragem Cantagalo I

Barragem de Acumulação Q = 1,0L/s

UD

10 m3

2 x40 m3

3 x 20 m3

75 m3

Barragem Cantagalo I

Barragem de Acumulação Q = 1,9L/s

UD 10 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.2 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Japuíba

A Regional Japuíba é operada pelo SAAE e parcialmente pelo CEDAE e possui os

subsistemas: Japuíba, Areal, Campo Belo, Retiro, Sesc e Cabo Severino. Os subsistemas da

Regional Japuíba abastecem as localidades de Morro do Abel, Centro, Morro da Cruz, Parque

das Palmeiras, Morro da Glória, Bairro Morada do Areal, Areal, Campo Belo, Retiro,

Banqueta, Gamboa e Grande Japuíba.

a) Subsistema Japuíba

A captação é feita na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 152 L/s, sendo

a água encaminhada por tubulação de 500 mm para o reservatório de 1.600 m3. Do

reservatório de 1.600 m3, por sua vez, a água encaminhada para uma estação elevatória,

com potência de 200 cv, e daí para outro reservatório de 200 m3 para que seja distribuída

para as localidades de Morro do Abel, Centro, Morro da Cruz, Parque das Palmeiras e Morro

da Glória. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

b) Subsistema Areal

A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Areal com vazão de 17,8 L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de 30 m3 e 50

m3 que abastecem as localidades de Bairro Morada do Areal e Areal. A desinfecção é com

adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.

c) Subsistema Retiro

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A captação é feita na barragem de acumulação no córrego Retiro com vazão de

2,13 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 30 m3

que abastece a localidade de Retiro. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no

reservatório.

d) Subsistema SESC

Assim como no subsistema Campo Belo, a captação é feita na barragem de

acumulação Banqueta com vazão de 2,10 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de

75 mm de diâmetro para rede de distribuição que atende a localidade de Banquetá. A

desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.

e) Subsistema Cabo Severino

A captação também é na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 24,8 /s,

sendo a água recalcada por uma estação elevatória com potência de 25 cv através de

tubulação de 250 mm de diâmetro para o reservatório de 1.600 m3 de capacidade do qual é

distribuída para mais 3 (três) reservatórios de 10 m3 cada e que abastecem as localidades de

Gamboa e Grande Japuíba. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no

reservatório de 1.600 m3 de capacidade.

f) Subsistema Campo Belo

A captação é feita na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 37,6 L/s, sendo

a água encaminhada por tubulação de 200 mm para o reservatório de 10 m3 que abastece a

localidade de Campo Belo. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no

reservatório.

Na Tabela 14 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA

Regional Japuíba.

Tabela 14: Estruturas componentes do SAA –da Regional Japuíba que abastece o distrito de

Cunhambebe

Subsistema Local de captação

Tipo de captação EAB Tratamento Reservação

Japuiba Barragem Banqueta

Barragem de Acumulação Q = 152L/s

Q = 98,2 L/s P = 200 CV

UD 1.600 m3

200 m3

Areal Rio Areal

Barragem de Acumulação Q = 17,8L/s

UD 30 m3

50 m3

Campo Belo Barragem Banqueta

Barragem de Acumulação Q = 37,6L/s

UD 10 m3

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Subsistema Local de captação

Tipo de captação EAB Tratamento Reservação

SESC Barragem Banqueta

Barragem de Acumulação Q = 2,1L/s

UD

Cabo Severino Barragem Banqueta

Barragem de Acumulação Q = 15,8 L/s

UD 1.600 m3 3 x 10 m3

Retiro Córrego Retiro Barragem de Acumulação Q = 2,13 L/s

UD 20 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.3 SAA distrito de Jacuecanga – Regional Jacuecanga

A Regional Jacuecanga é operada pelo SAAE atende ao distrito Jacuecanga e possui os

seguintes subsistemas: Camorim Pequeno, Camorim Grande, Lambicada e Praia do Machado.

Os subsistemas da Regional Jacuecanga abastecem as localidades: Camorim Pequeno, Morro

da Jaqueira, Camorim Grande, Verolme, Jacuecanga, Lambicada e Praia do Machado.

a) Subsistema Camorim Pequeno

A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Camorim Pequeno com vazão de

16,90L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de

distribuição que abastece a localidade de Camorim Pequeno. A desinfecção é com adição de

hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas na barragem de acumulação.

b) Subsistema Camorim Grande

O Subsistema Camorim Grande é dividido em três captações nomeadas de Camorim

Grande B1, B2 e B3, sendo que em todas elas a água é aduzida em barragem de acumulação

onde é realizada a desinfecção com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas. A

água proveniente dessas captações é armazenada em um sistema de reservação com

capacidade de 223m³.

A captação Camorim Grande B1 é feita no Rio Camorim Grande.com vazão de 12,8L/s e

água é encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de distribuição que

abastece a localidade de Morro da Jaqueira.

A captação Camorim Grande B2 é feita no Rio Camorim Grande com vazão de 13,4 L/s

e a água é encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de distribuição

que abastece a localidade de Camorim Grande.

A captação Camorima Grande B3 é feita no Rio Camorim Grande com vazão de 26,5L/s

e a água é encaminhada por tubulação de 200 mm diretamente para rede de distribuição

que abastece a localidade de Camorim Grande, área baixa.

c) Subsistema Lambicada

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O Subsistema Lambicada dispõe de duas captações tipo barragem de acumulação,

Lambicada 1 e 2, ambas captam água do Manancial do Rio Lambicada e atendem a localidade

de mesmo nome.

As captações são feitas com vazões de 12L/s em cada ponto, sendo as águas

encaminhadas para 2 (dois) reservatórios de 85 m3 cada, um em cada captação onde é

realizada a desinfecção com adição de hipoclorito de cálcio granulados e pastilhas.

d) Subsistema Praia do Machado

A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Vitinho com vazão de 4,5 L/s,

sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 20 m3 que

abastece a localidade de Praia do Machado, parte Alta. A desinfecção é com adição de

hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.

Na Tabela 15 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da

Regional Jacuecanga.

Tabela 15: Estruturas componentes do SAA da Regional Jacuecanga que abastecem o

distrito de mesmo nome

Subsistema Local de Captação Tipo de captação Tratamento Reservação

Camorim Pequeno

Barragem de Acumulação Rio

Camorim Pequeno

Barragem de Acumulação Q = 16,9 L/s UD

Camorim Grande

Barragem de Acumulação Rio

Camorim Grande (B1)

Barragem de Acumulação Q = 12,8 L/s

UD

Camorim Grande (B2) Barragem de Acumulação Q = 13,4 L/s UD

Barragem de Acumulação Rio

Grande (B3)

Barragem de Acumulação Q = 26,5 L/s UD

Lambiscada

Barragem de Acumulação R. Lambicada (I)

Barragem de Acumulação Q = 12,8 L/s UD 85 m3

Barragem de Acumulação R. Lambicada (II)

Barragem de Acumulação Q = 13 L/s

Praia do Machado

Barragem de Acumulação Rio

Vitinho

Q = 4,5 L/s UD 20 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.4 SAA distrito de Mambucaba – Regional Perequê

A Regional Perequê é operada pelo SAAE e atende ao distrito de Mambucaba e possui os

seguintes subsistemas: Itapicu – Perequê, Morro da Boa Vista, Praia Vermelha e Vila

Histórica. Os sistemas da Regional Perequê abastecem as localidades: Perequê, Mambucaba,

Morro da Boa Vista, Praia Vermelha e Vila Histórica.

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a) Subsistema Itapicu – Perequê

A captação é feita por barragem de acumulação, com o nome de Barragem de Itapicu a

qual é abastecida pelo manancial do Rio Itapicu. A vazão captada é de 85 L/s e a água é

encaminhada através de uma tubulação de 250 mm para o reservatório de 360 m³ que

abastece as localidades de Perequê e Mambucaba. A desinfecção é com adição de hipoclorito

de cálcio granulado e pastilhas, em tanque de contato antes do reservatório.

b) Subsistema Morro da Boa Vista

A captação é feita por barragem de acumulação, com o nome de Barragem Boa Vista,

sendo a vazão captada de 3,5 L/s e a água encaminhada através de uma tubulação de 75

mm para dois reservatórios de 40 m3 e 150 m3, respectivamente, que abastecem o Morro da

Boa Vista Ressalta-se que a água captada não é submetida a tratamento.

c) Subsistema Praia Vermelha

A captação é feita por barragem de acumulação, a vazão captada é de 0,6 L/s e a água

é encaminhada através de uma tubulação de 75 mm diretamente para rede de distribuição

que abastece a Praia Vermelha. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de

cálcio granulado ou pastilhas na rede.

d) Sistema Vila Histórica

A captação é feita por barragem de acumulação no manancial Mambucaba com vazão

de 3,2 L/s e a é encaminhada através de uma tubulação de 75 mm para 3 (três) reservatórios

de 10 m3, cada, que abastecem a Vila Histórica. A desinfecção é realizada com adição de

hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas em tanque de contato antes do reservatório.

Na Tabela 16 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da

Regional Perequê.

Tabela 16: Estruturas componentes do SAA Regional Perequê que abastece o distrito de

Mambucaba

Subsistema Local de captação

Tipo de captação Tratamento Reservação

Itapicu - Perequê Rio Itapicu Barragem de Acumulação Q

= 85 L/s UD 360 m3

Morro da Boa Vista

Barragem de Acumulação Boa

Vista

Barragem de Acumulação Q = 3,5 L/s UD

40 m3 150 m3

Praia Vermelha Barragem de

Acumulação Praia Vermelha

Barragem de Acumulação Q = 0,6 L/s

UD

Vila Histórica Manancial Mambucaba

Barragem de Acumulação a Q = 3,2 L/s

UD 3 x 10 m3

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Subsistema Local de captação

Tipo de captação Tratamento Reservação

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.1.5 SAA distrito Praia de Araçatiba – Regional Ilha

O distrito de Praia de Araçatiba é abastecido um sistema operado pelo SAAE e composto

por 3 (três) captações, todas realizada por meio de barragem de acumulação: Folha, Morro

do Castelo e Cotias. Este SAA não está submetido às Regionais e abastece as seguintes

localidades: Morro de Araçatiba, Viana, Morro do Castelo e Região Central, Praia da

Cachoeira, Araçatiba e Canto da Praia.

A captação Folha é feita na Cachoeira do Benedito com vazão de 0,5 L/s, sendo a água

encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada que abastecem

as localidades do Morro de Araçatiba e Viana. A desinfecção é com adição de hipoclorito de

cálcio nos reservatórios.

A captação Morro do Castelo é feita na Cachoeira Longa com vazão de 0,5 L/s, sendo a

água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 40 m3 e 60 m3,

respectivamente, que abastecem as localidades do Morro de Araçatiba parte Alta, Morro do

Castelo e Região Central. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos

reservatórios.

A captação Cotias é feita na barragem de acumulação na Cachoeira do Benedito com

vazão captada de 0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o

reservatório de 10 m3 que abastece as localidades Praia da Cachoeira, Araçatiba e Canto da

Praia. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no reservatório. Na Tabela 17

está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA que abastecem o distrito

de Praia de Araçatiba.

Tabela 17: Estruturas componentes do –SAA que abastece o distrito de Praia de Araçatiba

Local da captação Tipo de captação Tratamento Reservação

Cachoeira do Benedito (Folha)

Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 10 m3

Cachoeira Longa (Castelo) Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 40 m3 60 m3

Cachoeira do Benedito (Cotias) Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 10 m3

Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção

4.2.2 Regulação e tarifação

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A regulação de serviços públicos de saneamento básico, conforme estabelecido pela Lei

Federal nº 11.445/2011, poderá ser delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora

constituída dentro dos limites do respectivo Estado (BRASIL, 2011). O município de Angra

dos Reis não possui regulação dos serviços de abastecimento de água prestados pelo SAAE.

Os serviços prestados pela CEDAE, por sua vez, são regulados pela Agência Reguladora de

Energia e Saneamento Básico (AGENERSA), que é responsável por regulamentar e fiscalizar

a prestação dos serviços públicos de saneamento na área correspondente à concessão dos

seus serviços. A agência foi criada pela Lei Estadual n° 4.556, de 06 de junho de 2005 e

regulamentada pelo Decreto Estadual n° 45.344, de 17 de agosto de 2015, sendo que ainda

atende o que determina o Decreto Estadual nº 553, de 16 de janeiro de 1976 (CEDAE, s.d.).

Desde agosto de 2016 até agosto de 2020, as revisões tarifárias serão anuais, devendo

ser previamente submetidas à AGENERSA para aprovação. A partir de 2020, contudo, está

prevista a primeira revisão tarifária quinquenal da Concessionária.

A AGENERSA poderá recomendar ou determinar mudanças nos procedimentos, advertir

e multar a Concessionária, com o objetivo de adequar ou aperfeiçoar a prestação dos

serviços públicos à população de acordo com a norma em vigor e sua previsão. A infração às

leis, aos regulamentos ou às demais normas aplicáveis aos serviços públicos de

abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, bem assim a inobservância dos

deveres previstos na legislação, sujeitará a CEDAE às penalidades de advertência e multa,

cujo percentual aplicado pelo órgão fiscalizador não poderá exceder a 0,1% do montante da

arrecadação da concessionária nos últimos 12 (doze) meses anteriores à ocorrência da

infração.

Na Tabela 18 estão apresentados os valores tarifários vigentes, de acordo com as

categorias de usuários dos serviços prestados pela CEDAE e seguindo o princípio da

progressividade do consumo. Destaca-se que o município de Angra dos Reis se encontra na

área de abrangência referente à tarifa “B”.

Tabela 18: Valores tarifários aplicados pela CEDAE para o serviço de abastecimento de

água

Estrutura tarifária vigente

TARIFA 1 - ÁREA A

CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)

DOMICILIAR (CONTA MÍNIMA) 1,00 3,97628 59,64

PÚBLICA ESTADUAL* 0-15 1,32 5,248689 78,72

>15 2,92 11,610736 601,17

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Estrutura tarifária vigente

TARIFA 1 - ÁREA B

CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)

DOMICILIAR (CONTA MÍNIMA) 1,00 3,487958 52,30

PÚBLICA ESTADUAL* 0-15 1,32 4,604103 69,06

>15 2,92 10,184835 527,34

TARIFA 2 E 3 - ÁREA A

CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)

DOMICILIAR

0-15 1,00 4,555225 68,32

16-30 2,2 10,021496 218,63

31-45 3,00 13,665677 423,60

46-60 6,00 27,331355 833,56

>60 8,00 36,441807 1.197,97

COMERCIAL

0-20 3,40 15,487767 309,74

21-30 5,99 27,285803 582,59

>30 6,40 29,153445 1.165,65

INDUSTRIAL

0-20 5,20 23,687174 473,74

21-30 5,46 24,871533 722,45

>30 6,39 29,107893 1.304,59

PÚBLICA 0-15 1,32 6,012898 90,18

>15 2,92 13,301259 688,72

TARIFA 2 E 3 - ÁREA B

CATEGORIA FAIXA MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)

DOMICILIAR

0-15 1,00 3,995804 59,92

16-30 2,20 8,790768 191,77

31-45 3,00 11,987412 371,57

46-60 6,00 23,974825 731,18

>60 8,00 31,966433 1.050,84

COMERCIAL

0-20 3,40 13,585733 271,70

21-30 5,99 23,934867 511,04

>30 6,40 25,573147 1.022,50

INDUSTRIAL

0-20 4,70 18,780279 375,60

21-30 4,70 18,780279 563,40

31-130 5,40 21,577343 2.721,10

>130 5,70 22,776084 2.948,86

PÚBLICA 0-15 1,32 5,274462 79,11

>15 2,92 11,667747 604,12

Os valores das contas se referem aos limites superiores das faixas sendo, nas faixas em aberto (MAIOR), equivalentes aos seguintes consumos:

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Estrutura tarifária vigente

Área A Área B

RESIDENCIAL 70M³/MÊS RESIDENCIAL 70M³/MÊS

COMERCIAL 50M³/MÊS COMERCIAL 50M³/MÊS

INDUSTRIAL 50M³/MÊS INDUSTRIAL 140M³/MÊS

PÚBLICA 60M³/MÊS PÚBLICA 60M³/MÊS Nota: (1) Tarifa diferenciada "A" e "B", conforme localidade (Decreto 23.676, de 04/11/1997); (2) * Os valores das contas se referem aos limites superiores das faixas, sendo, nas faixa sem aberto (>), equivalentes ao seguinte consumo: Público: 60m³/mês; (3)Tarifa social: Considera 1 economia e cobrança de 30 dias; Valor de conta para Unidade Predial (atendida com cobr./água e sem esgoto): R$ 18,45. A cobrança de esgoto é igual à cobrança de água.

Fonte: CEDAE (2019)

No que se refere aos serviços prestados pelo SAAE, a cobrança é realizada de acordo

com as categorias de usuários e faixa de consumo, seguindo o princípio da progressividade

do consumo. Na Tabela 19, são apresentados os valores para consumo hidrometrados e na

Tabela 20 os valores para quando não há micromedição, quando o consumo é estimado.

Tabela 19: Valores tarifários aplicados pelo SAAE para o serviço de abastecimento de água

- consumo hidrometrado

Categoria Faixas de consumo (m³) Preço por m³ (R$)

Residencial

até 10 2,1

de 11 a 15 3,01

de 16 a 20 3,19

de 21 a 30 5,48

acima de 30 8,82

Comercial

até 10 2,54

de 11 a 15 3,83

de 16 a 20 4,03

de 21 a 30 6,74

acima de 30 11,02

Industrial

até 10 3,28

de 11 a 15 4,84

de 16 a 20 5,09

de 21 a 30 8,57

acima de 30 13,91

Outros

até 10 1,98

de 11 a 15 2,74

de 16 a 20 3,01

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Categoria Faixas de consumo (m³) Preço por m³ (R$)

de 21 a 30 5,11

acima de 30 8,4

Fonte: SAAE-AR (2019)

Tabela 20: Valores tarifários aplicados pelo SAAE para o serviço de abastecimento de água

- consumo estimado, sem hidrometração

Categoria Tipo Área do Imóvel

(m²) Consumo Estimado

em (m³) Valor da Tarifa

Mensal (R$)

Residencial

1 até 40 10 21

2 de 41 a 60 15 36,05

3 de 61 a 100 20 52

4 de 101 a 150 30 106,8

5 acima de 150 50 283,2

Comercial

1

10 25,4

2 30 132,1

3 50 352,5

4 80 683,1

5 100 903,5

6 150 1.454,50

7 200 2.005,50

Industrial

1

50 446,35

2 100 1.141,85

3 200 2.532,85

4 300 3.923,85

5 400 5.314,85

Outros

1

10 19,8

2 50 267,65

3 100 687,65

4 200 1.527,65

5 300 2.367,65 Notas: (1) Tipologias Comercial, Industrial e Outros de acordo com atividade do imóvel, conforme anexo I-A, em: http://www.saaeangra.com.br/arq/anexos_servicos.pdf

Fonte: SAAE (2019)

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No que tange ao Plano Plurianual (PPA) de Angra dos Reis, foram identificados

investimentos previstos para o abastecimento de água no período de 2018 a 2021, a serem

dispendidos pela autarquia – SAAE, conforme Tabela 21.

Tabela 21: Investimentos previstos para o SAA (2018 – 2021)

Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL

ENCAMPAÇÃO DA CEDAE À ESTRUTURA DO SAAE

100.000,00 10.000,00 10.000,00 100.000,00 220.000,00

AMPL. E MELHORIA DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

110.000,00 350.000,00 363.000,00 375.000,00 1.198.000,00

CONSTRUÇÃO DE RESERVATÓRIO DE ÁGUA POTÁVEL NO BAIRRO DO BRACUÍ

806.700,00 400.000,00 0,00 0,00 1.206.700,00

RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA - MONSUABA

8.297.800,00 8.298.000,00 0,00 0,00 16.595.800,00

RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA - GARATUCAIA E CANTAGALO

5.257.700,00 5.259.000,00 0,00 0,00 10.516.700,00

ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MAMBUCABA

0,00 2.500.000,00 3.000.000,00 3.000.000,00 8.500.000,00

TOTAL 14.572.200,00 16.817.000,00 3.373.000,00 3.475.000,00 38.237.200,00

Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)

Foram identificadas ainda outras previsões de investimentos para saneamento no

município, mas que não diferenciam as despesas de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário, conforme apresentado na Tabela 22.

Tabela 22: Investimentos previstos para SAA e SES (2018 – 2021)

Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL

CADASTRAMENTO E RECADASTRAMENTO DE ECONOMIAS

100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 400.000,00

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Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL

PROJ. SANEAMENTO BACIA G CENTRO

2.639.900,00 0,00 0,00 0,00 2.639.900,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA

0,00 300.000,00 300.000,00 300.000,00 900.000,00

MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO

716.000,00 1.993.000,00 2.363.000,00 2.468.000,00 7.540.000,00

SANEAMENTO BÁSICO 34.851.300,00 34.852.000,00 8.713.000,00 0,00 78.416.300,00

SANEAMENTO BÁSICO 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 200.000,00

TOTAL 38.357.200,00 37.295.000,00 11.526.000,00 2.918.000,00 90.096.200,00

Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)

4.2.3 Avaliação da oferta e demanda

De acordo com informações do Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, publicado

em 2010 pela Agência Nacional de Águas (ANA, 2010), o município de Angra dos Reis faz

parte da Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste, especificamente na Sub-bacia

Hidrográfica da Baía da Ilha Grande que, por sua vez, apresenta significativa disponibilidade

hídrica em relação às águas superficiais, em função dos corpos hídricos existentes, dentre

eles: Rio Jacuecanga, Rio Jurumirim, Rio Zungu, Rio Ariró, Rio Canela, Rio Caracatinga, Rio

Vermelho, Rio Mambucaba, Ribeirão do Veado, Rio do Funil.

A avaliação de oferta e demanda realizada na fase de elaboração do Atlas Brasil –

Abastecimento Urbano de Água indicou que os sistemas produtores de Angra dos Reis não

atenderão satisfatoriamente à demanda de 100% da população urbana1 projetada para o ano

de 2025 (Tabela 23). Salienta-se que estes sistemas, que atendem a área urbana, são

responsáveis por apenas 45% do abastecimento de Angra dos Reis, uma vez que existem uma

série de sistemas e mananciais no município.

Tabela 23: Mananciais de abastecimento da população de Angra dos Reis

Mananciais Sistema Participação no

abastecimento do município

Situação até 2025

Barragem Banqueta Isolado – Angra dos Reis 1 35% Requer ampliação do

sistema

1 O Atlas Brasil trabalhou com a população urbana equivalente a 142.318 habitantes, conforme dados do IBGE (2007).

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Rio Cabo Severino Isolado – Angra dos Reis 2

10% Requer novo manancial

Fonte: Adaptado de ANA (2010)

Segundo o Relatório Gerencial (PERH-RJ, 2014), os sistemas de abastecimento de água

da Sede de Angra dos Reis não seriam suficientes para atender a demanda a partir de 2015,

com os mananciais utilizados, Barragem Banqueta, Rio Cabo Severino e as Captações Julia,

Bolão, Abel e Bulé. A vazão necessária para o ano de 2030 foi estimada em 487,11 L/s e uma

nova captação, de até 220 L/s, poderia ser realizada no Rio Bracuí.

No município de Angra dos Reis existem cadastrados 35 (trinta e cinco) poços profundos

que disponibilizam uma vazão efetiva de 29.428,44 m3/ano e uma vazão instalada de 65.962

m3/ano.

A oferta para o SAA Angra dos Reis se apresenta na Tabela 24.

Tabela 24: Demandas x Vazões aduzidas para o Sistema Angra dos Reis

Distritos

População atendida

atual (2018)

Demanda atual (2018) (L/s)

Manancial utilizado

Vazão aduzida

atual (L/s)

Balanço atual (L/s)

Vazão outorgável

(L/S)

Sede 49.593 166,12

Barragem Banqueta 180,00

106,88

81,57

Rio Cabo Severino 54,00 22,18

Captações Bolão 39,00

Captações Julia 0,78 Captações Abel 1,81

Abraão 2.044 5,83

Cunhambebe 83.847 244,22

Jacuecanga 25.781 75,09

Mambucaba 25.577 74,50

Praia de Araçatiba 2.687 7,82

Totais 189.529 573,60 Notas: Apenas o distrito Sede dispunha das informações necessárias sobre as vazões aduzidas.

No tocante aos pontos de outorga no município de Angra dos Reis, conforme informações

disponibilizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro, existem 9

(nove) licenças outorgadas em seu território para captação de água, sendo apenas uma para

os SAA emitida em favor do SAAE, por outro lado, não existe outorga emitida para as

captações da CEDAE. Existem ainda 3 (três) outorgas emitidas em favor da Eletronuclear e 4

outorgas para captação superficial e subterrânea de empresas e uma de pessoa física.

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4.2.4 Monitoramento da qualidade da água

Como preconizado pela Portaria de Consolidação (PRC), nº 5, de 28 de setembro de

2017, Anexo XX, para o controle da qualidade da água tratada, são realizadas as análises de

cor, turbidez, pH, cloro residual, flúor, ferro, manganês, coliformes totais, Escherichia coli

e bactérias heterotróficas. Ainda de acordo com esta legislação, também são feitas análises

de mercúrio e agrotóxicos, substâncias orgânicas e inorgânicas, desinfetantes e produtos

secundários de desinfecção e radioatividade (BRASIL, 2017).

Os relatórios com os resultados dos parâmetros de qualidade da água dos sistemas de

abastecimento de água de Angra dos Reis não foram disponibilizados pelos prestadores: SAAE

e CEDAE. No entanto, frisa-se a importância da análise e divulgação desses dados tendo em

vista a garantia da saúde pública da população abastecida pelos sistemas, o que deve ser

abordado quando da elaboração da revisão do PMSB.

4.3 Esgotamento Sanitário

4.3.1 Caracterização geral

De acordo com informações do SNIS, no ano de 2017, o índice de coleta de esgoto era

de 66,72% (SNIS, 2018). Ainda segundo os dados do SNIS, entre esses anos o número de

ligações ativas apresentou um significativo acréscimo de 285,8%, conforme apresentado na

Tabela 25. O número de economias ativas e de economias residenciais ativas, foi informado

apenas entre 2013 e 2015, quando apresentaram aumentos de 220,5% e 227,1%,

respectivamente, durante este período. A população urbana atendida por SES aumentou

297,8% no mesmo período.

Tabela 25: Evolução do atendimento pelo SES do município de Angra dos Reis, no período

de 2013 a 2017

Ano População

urbana atendida (hab.)

Ligações ativas (unid.)

Economias ativas (unid.)

Economias residenciais

ativas (unid.)

2013 22.434 5.782 6.756 6.619

2014 85.072 21.268 21.268 21.268

2015 86.606 21.651 21.651 21.651

2016 81.665 20.416 - -

2017 89.237 22.309 - -

Fonte: SNIS (2018)

As extensões da rede coletora de esgoto para o ano 1 de planejamento, em todos os

distritos, totalizam 95.128 m (Tabela 26).

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Tabela 26: Estimativa de extensão de rede coletora de esgoto para o ano 1 de

planejamento

Distrito Extensão de Rede Coletora (m)

Sede 17.847

Abraão 5.199

Cunhambebe 46.208

Jacuecanga 11.737

Mambucaba 14.137

Praia de Araçatiba 0

Total 95.128

Os SES do município são divididos em 6 (seis) regionais. A seguir são descritas as

informações de cada um dos SES identificados nos distritos, de acordo com as regionais.

4.3.1.1 SES distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro

A Regional Centro abrange os bairros: Balneário, Bonfim, Centro, Colégio Naval, Marinas,

Morro Caixa D’água, Morro da Carioca, Morro da Cruz, Morro da Fortaleza, Morro da Glória I

e II, Morro do Abel, Morro do Bulé, Morro do Carmo, Morro do Perez, Morro do Santo Antônio,

Morro do Tatu, Mombaça, Monte Castelo (antigo Sapinhatuba II), Parque das Palmeiras, Praia

da Chácara, Praia do Anil, Praia do Jardim, Praia Grande, Sapinhatuba I e III, Tanguá e Vila

Velha.

A Regional Centro possui 12 (doze) estações de tratamento que totalizam vazão

aproximada de 40 L/s, destacando-se 2 (duas) ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo

Ascendente (RAFA), cujas vazões de tratamento são 13,88 L/s cada. Além destas, há ainda

1 (uma) ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente; 1 (uma) ETE compacta com

tratamento físico-químico (4,63 L/s) e outras 2 (duas) ETE do tipo Reator Anaeróbio

Compartimentado (RAC) seguido de Biofiltro Aerado Submerso de 0,9 L/s e 2 L/s,

respectivamente. As demais estações de tratamento (8) são do tipo tanque séptico e filtro

anaeróbio.

A localidade Bonfim possui rede coletora de esgoto que encaminha os efluentes para a

estação de tratamento tipo RAFA, com tratamento preliminar através de gradeamento

preliminar e caixa de areia. A ETE Bonfim tem capacidade para atender a 2.500 hab./dia.

A localidade Praia Grande não é atendida com rede coletora de esgoto, apenas

tratamento individual adotado em cada residência.

A localidade Sapinhatuba possui sistema de tratamento de esgoto com capacidade de

1.283 hab./dia do tipo fossa-filtro e o destino dos efluentes, após a passagem pelo sistema

de tratamento, é a rede de drenagem existente no local.

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Na localidade Monte Castelo o esgoto gerado é encaminhado para o sistema de

tratamento denominado Praia da Chácara, que é um Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente.

As redes coletoras encaminham os efluentes para a elevatória, localizada no CEA que, por

sua vez, é recalcado para a ETE Praia da Chácara.

A localidade Sapinhatuba III não tem destinação final com tratamento adequado e todo

o efluente é lançado em corpos hídricos da região, sem qualquer tipo de tratamento.

A localidade Vila Velha possui rede coletora de esgoto com tubos em PVC que direcionam

os efluentes para um sistema de gradeamento preliminar para sólidos grosseiros e

desarenador. Após tratamento preliminar, o efluente é recalcado para a estação de

tratamento do tipo RAC com quatro câmaras para biodigestão, seguidas de biofiltros com

capacidade 500 hab/dia. Todo o efluente, após passar pelo sistema de tratamento

(RAC+FBAS+DEC), é lançado na praia Vila Velha, atendendo padrões de qualidade exigidos.

Em Ponta do Cantador é formada por um condomínio particular de alto padrão e cada

residência possui um sistema de tratamento de esgoto individual, cujos sistemas de

tratamento não foram identificados (CBHBIG, 2014).

4.3.1.2 SES distritos Abraão e Praia de Araçatiba - Regional Ilha

Esta regional é formada pelas três grandes ilhas do município de Angra dos Reis - Ilha

Grande, Ilha da Gipóia e Ilha da Barra - onde existem várias localidades e aglomerados

urbanos, a saber: Abraãozinho, Araçatiba, Aventureiro, Bananal, Dois Rios, Enseada das

Estrelas, Enseada das Palmas, Enseada do Sítio Forte, Freguesia de Santana, Guaxuma, Ilha

da Barra, Ilha da Gipóia, Lopes Mendes, Matariz, Parnaioca, Ponta dos Castelhanos, Praia da

Formiga, Praia Vermelha da Ilha Grande, Provetá e Vila do Abraão.

A regional possui ao menos 5 (cinco) ETE, em operação ou não, que visam tratar os

esgotos de algumas das localidades, dentre elas: Enseada das Estrelas, Provetá, Vila do

Abraão e Praia de Araçatiba.

Possui uma estação de tratamento do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, cuja

vazão de tratamento é 13,9 L/s.

A localidade de Enseada das Estrelas é formada pelas praias Saco do Céu e Praia de Fora,

possui rede coletora de esgoto em PVC e aguarda a licença de operação das estações

elevatórias de esgoto (EEE) e da ETE.

Na localidade de Guaxuma, formada pelas praias de Japariz, Guaxuma e Maresia, não

existe rede de esgoto implantada e os efluentes são lançados diretamente nos corpos hídricos

e galerias de drenagem.

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Na localidade de Provetá, com população total de 1.100 habitantes, existe rede coletora

de esgoto em parte da comunidade e a ETE é do tipo RAFA+FBAS+DEC em três módulos,

entretanto os efluentes domésticos da região são encaminhados aos corpos hídricos.

A Vila do Abraão possui rede coletora de esgoto, 6 (seis) EEE e 1 (uma) ETE do tipo RAFA,

com capacidade para tratar os efluentes de 7.500 hab./dia.

Conforme apresentado no PMSB (CBHBIG, 2014) a localidade de Araçatiba foi

contemplada por Convênio Estadual onde foram construídas rede coletora, estações

elevatórias de esgotos (EEE) e 1 (uma) ETE qual encontrava-se em processo de licenciamento

ambiental para entrar em operação, no momento da elaboração do referido documento.

4.3.1.3 SES distrito Cunhambebe – Regional Frade

A Regional do Frade compreende as seguintes localidades: Grataú, Usina, Aldeia

Indígena Guarani de Bracuí, Frade, Piraquara, Porto do Frade, Gamboa do Bracuí, Praia do

Recife, Ilha do Jorge, Bracuí, Ilha Comprida, Itanema, Ariró, Santa Rita do Bracurí, Serra

D’água, Sertão do Itanema, Sertão do Bracurí e Zungu.

A Regional possui 3 (três) estações de tratamento de esgotos, destacando-se a ETE do

tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, cuja vazão de tratamento é 9,07 L/s. As demais

estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro anaeróbio.

A localidade de Frade possui o maior contingente populacional do município e, apesar,

disso não possui rede coletora implantada em toda sua extensão, a parte à oeste da rodovia

BR-101 que corta a localidade tem alguns trechos de rede coletora de esgoto já instalada. O

PMSB de Angra dos Reis, elaborado em 2014, previu que a localidade do Frade seria atendida

por uma ETE, em dois módulos, que atenderia 7.500 hab./dia. A leste da rodovia, a rede

coletora de esgoto está implantada, mas não está em funcionamento e este setor apresenta

ainda 2 (duas) elevatórias. Ressalta-se que havia, ainda segundo o PMSB, um projeto de

ampliação do SES Frade o qual previa a contribuição de três sub-bacias interligadas cujos

efluentes domésticos serão transportados por 15.940 m à ETE do tipo Reator Anaeróbio de

Fluxo Ascendente, seguido de Lodos Ativados por Batelada (LAB), que seria construída para

complementar o tratamento da ETE já existente. Sobre este sistema proposto, uma quarta

elevatória seria implantada para integrar a rede já existente a este novo sistema E, quando

concluído, teria capacidade de atendimento de 17.277 hab./dia. Ainda na localidade, Porto

Frade e Ilha do Frade são constituídos por condomínios independentes, sendo o tratamento

de esgoto de responsabilidade dos moradores.

Na localidade de Piraquara não há sistema de coleta de esgoto, sendo os efluentes são

tratados em fossas sumidouro.

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Em Sertãozinho do Frade, o tratamento de esgoto é realizado em uma fossa-filtro com

capacidade de tratamento de 380 hab./dia. Após tratado, o efluente é lançado no Rio

Ambrósio.

Na localidade Grataú não existe rede coletora nem tratamento dos efluentes.

Em Gamboa do Bracuí, há uma rede de coleta de esgotos que destina os efluentes a uma

fossa filtro com capacidade de tratamento para 250 hab./dia; porém, o sistema não está em

funcionamento e, assim, o esgoto coletado pela rede é lançado diretamente no córrego

local, sem tratamento.

Em Praia do Recife, de acordo com o PMSB (CBHBIG, 2014) existe rede coletora

executada pelos moradores da localidade e o tratamento é feito por fossa sumidouro

coletiva.

Em Bracuí uma parte da localidade possui rede de coleta de esgotamento sanitário da

com 4 (quatro) estações elevatórias de esgoto (EEE) e a estação de tratamento de esgoto

(ETE) da regional, do tipo RAFA, seguido de LAB. Segundo o SAAE, este sistema tem

capacidade para atender 1.360 habitantes. Ainda na localidade, na área chamada de Itinga

a rede de esgotamento sanitário não é separada da rede de drenagem de águas pluviais e,

assim, toda a água pluvial drenada se mistura ao esgoto coletado, essa mistura escoada

diretamente para o córrego da localidade. Para solucionar os problemas de falta de coleta

e tratamento dos esgotos da localidade, existe um projeto que prevê para implantação de

24.655 metros de rede coletora, 3 (três) EEE e uma ETE com capacidade que de atender de

até 11.720 hab./dia. O Condomínio Morada do Bracuí, por sua vez, possui coleta de

esgotamento sanitário e rede de drenagem de águas pluviais.

A Localidade de Itanema possui rede de drenagem, mas esta recebe esgotamento

sanitário sem tratamento, despejando efluentes no córrego local. Há um projeto de

implantação de uma rede de coleta de esgotos sanitários, com 1.232 m de extensão, que

levará o efluente para ser tratado em uma unidade com tratamento por fossa filtro e terá

capacidade para atender 404 hab./dia.

Em Ariró o tratamento de esgoto é realizado pelos próprios moradores em suas

propriedades, não havendo rede coletora de esgotamento instalada.

Em Santa Rita do Bracuí não há rede de esgotamento sanitário separadora, e os efluentes

domésticos são lançados na rede de drenagem já existente ou mesmo a céu aberto.

Serra D’água possui uma unidade de tratamento de esgoto do tipo Tanque Imhoff + Filtro

Anaeróbio que atende 20 residências, tendo capacidade para 120 hab./dia.

Em Sertão do Itanema, Sertão do Bracuí e Zungu não existem sistemas de esgotamento

sanitário.

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Ilha Comprida possui poucos moradores e o tratamento é individual em cada residência.

4.3.1.4 SES distrito Cunhambebe - Regional Monsuaba

Sua área de abrangência envolve os seguintes bairros/localidades: Água Santa, Biscaia,

Caetés, Cantagalo, Caputeras I e II, Cidade da Bíblia, Garatucaia, Maciéis, Paraíso, Ponta

Leste, Portogalo, Terminal da Petrobrás, Vila da Petrobrás, Vila dos Pescadores e Monsuaba.

Possui 4 (quatro) estações de tratamento de esgoto que totalizam uma vazão

aproximada de 17,07 L/s. Destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente,

seguido de Lodos Ativado por Batelada, localizada na praia de Monsuaba, cuja vazão de

tratamento é 16,26 L/s, contudo esta não se encontra em operação e deveria atender 8.500

hab./dia

Na localidade Água Santa, o sistema de esgotamento sanitário é composto por duas

fossas filtro das quais, uma é construída em fibra de vidro e a outra é construída em anéis

de concreto. A coleta do efluente se dá através de rede em PVC de 100mm, com travessias

em 150mm, atendendo, parcialmente, à população local.

Garacutaia é atendida, parcialmente, por um sistema fossa filtro.

Na Localidade de Monsuaba, apesar das ruas serem dotadas de rede coletora separadora,

os efluentes não recebem tratamento, sendo lançados diretamente em galerias pluviais.

Outra pequena parcela da população é atendida por sistemas de tratamento de esgoto tipo

fossa filtro em três unidades de tratamento que recebem os efluentes por tubulação em

PVC, descritas conforme a seguir:

• Fossa filtro 1 – com capacidade de operação para aproximadamente 308 hab/dia

e lançamento em galeria de águas pluviais;

• Fossa filtro 2 – com capacidade de operação de aproximadamente 240 hab/dia e

lançamento dos efluentes em córrego próximo à unidade de tratamento;

• Fossa filtro 3 - em conjunto com Reator UASB, com capacidade de operação para

100 hab/dia e lançamento do efluente tratado em um córrego próximo ao local.

Conforme mencionado, encontra-se implantada na localidade ainda uma unidade de

tratamento de esgoto do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, seguido de Lodo

Ativado por Batelada, localizada na Praia de Monsuaba. Sua capacidade de operação é para

aproximadamente 8.500 hab./dia e não se encontra em operação, sendo que em idêntica

situação encontra-se a EEE, também localizada na Praia de Monsuaba, que recalcaria os

esgotos para a estação de tratamento citada.

Em Paraíso, além do tratamento realizado por fossas sumidouro individuais, existe uma

fossa coletiva que atende aos moradores da região de cota maior, sendo o esgoto tratado

lançado no corpo hídrico que deságua na Praia do Jordão.

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Na localidade Ponta Leste o tratamento dos efluentes é realizado de forma individual.

Portogalo é um condomínio independente cujo sistema de esgotamento sanitário

particular é de responsabilidade dos moradores.

No Terminal da Baia de Ilha Grande, área de propriedade privada da Petrobrás, há rede

separadora de esgoto particular a qual encaminha os efluentes domésticos a uma estação

elevatória de esgoto que, por sua vez, recalca o esgoto coletado até a estação de tratamento

de esgoto, do tipo Lagoa Facultativa de Estabilização, sendo o efluente tratado é lançado

no Rio Caputera.

Nas demais localidades não existe sistema separador público de esgotamento sanitário

implantado e os moradores utilizam fossa sumidouro individual e alguns destinam o efluente

doméstico gerado diretamente em córregos próximos.

Por fim, a Regional Monsuaba apresenta ainda alguns sistemas projetados e não

implantados, conforme descrito a seguir:

• Sistema Monsuaba: foram projetados 7.619 metros de rede, mais 743 metros de

interceptores, eliminando sistemas existente. O sistema prevê duas estações

elevatórias de esgoto bruto e uma estação de tratamento de esgoto, com dois

módulos de tratamento do tipo RAFA+LAB, para atender a 8.500 economias

totalizando cerca de 17.000 habitantes. De acordo com o projeto, ETE possuirá dois

módulos com biodigestores que servirão para o tratamento dos efluentes;

• Sistema Caputeras: o projeto é dividido em duas sub-bacias - Caputeras I e II e, e

com previsão de 2.146 m de redes a serem implantadas. Para atender à área de

projeto, seriam construídas duas ETE do tipo RAFA+LAB que atenderiam 1.400

habitantes (1.200 em Caputera I e 200 em Caputera II).

4.3.1.5 SES distrito Cunhambebe - Regional Japuíba

Os bairros/localidades que compõem a Regional Japuíba são: Aeroporto, Areal,

Banqueta, Caieira, Campo Belo, Encruzo da Enseada, Enseada, Gamboa do Belém, Japuíba,

Nova Angra, Parque Belém, Ponta da Cruz, Ponta da Ribeira, Ponta do Partido, Ponta do

Sapê, Pontal, Praia da Ribeira e Retiro.

A Regional Japuíba possui 7 (sete) estações de tratamento de esgotos que totalizam uma

vazão aproximada de 6,05 L/s e destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo

Ascendente seguido de Biofiltro Aerado cuja vazão de tratamento é 3,5 L/s; contudo, esta

não está operando. As demais estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro

anaeróbio.

O sistema Areal-Japuíba conta com 7 (sete) estações elevatórias de esgoto, das quais

três s estão situadas na margem de montante da rodovia, enquanto as outras quatro, na área

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de jusante da rodovia. A ETE da Regional de Japuíba é do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo

Ascendente que, quando atingir sua capacidade máxima de operação, atenderá cerca de

7.500 hab./dia. Na localidade de Areal existe ainda uma EEE e uma ETE do tipo fossa que

atende aos domicílios da Morada do Areal cujas unidades estão localizadas no Horto

Florestal. A capacidade de tratamento da ETE é de 440 hab./dia e esta lança o efluente

tratado no Rio Japuíba.

Em Banqueta existe uma unidade de tratamento de esgoto do tipo fossa filtro com

capacidade operacional de 240 hab./dia.

A localidade Campo Belo possui rede de coletora de esgoto do tipo PVC 100 mm e uma

unidade de tratamento do tipo fossa filtro, com capacidade operacional para 193 hab./dia.

A localidade Encruzo da Enseada não dispõe de rede coletora pública de efluentes e

utiliza o sistema de drenagem pluvial como receptor dos efluentes domésticos gerados.

Na localidade de Enseada inexiste sistema de coleta publica de efluentes domésticos

que são lançados nas redes de drenagem pluvial.

Em Gamboa do Belém também há lançamento irregular de esgoto no sistema de

drenagem pluvial.

No Bairro Parque Belém foram instaladas redes de esgotamento sanitário em parte da

localidade, sendo o efluente doméstico encaminhado às 7 (sete) unidades de tratamento do

tipo fossa filtro situadas no bairro e com capacidade de operação entre 12 a 250 hab./dia.

Existem ainda projetos para ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto

para atender às localidades de Gamboa do Belém, Japuíba, Parque do Belém, Pontal e Praia

da Ribeira.

4.3.1.6 SES distrito Jacuecanga - Regional Jacuecanga

A Regional Jacuecanga é formada pelos bairros: BNH, Camorim Grande, Camorim

Pequeno, GDV, Jacuecanga.

Na Regional existem 5 estações de tratamento de esgotos com capacidade total

aproximada de 2,8 L/s e destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio e Filtro biológico

Percolador cuja vazão de tratamento é 1,16 L/s. Nesta regional consta ainda uma ETE

composta por desarenador, decantador primário e biodigestor, porém a sua vazão não foi

informada. As demais estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro anaeróbio.

A localidade Camorim Grande não possui sistema de tratamento para o efluente gerado

no bairro e todas as ligações de esgoto lançam diretamente na galeria de águas pluviais, sem

nenhum tipo de tratamento.

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Na localidade Camorim Pequeno todo o esgoto gerado é lançado de forma irregular na

galeria de águas pluviais, sem qualquer tipo de tratamento. Neste sentindo, o SAAE prevê a

ampliação da rede de esgoto e construção de uma estação de tratamento (ETE) que, após

concluída, terá a capacidade de atender a totalidade dos habitantes. O projeto consiste em

aproximadamente 3.000 metros de rede coletora, uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) e

uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente,

seguido de Lodos Ativados por Batelada - RAFA+LAB.

A localidade de Lambicada possui rede coletora de esgoto e sistema de tratamento

coletivo por fossa e filtro com capacidade de operação de 737 hab./dia. A rede coletora de

esgoto é construída com tubulação em PVC em toda sua extensão.

A localidade Morro do Moreno não possui rede coletora de esgoto.

A localidade Praia do Machado possui rede coletora de esgoto e sistema de tratamento

duplo de fossa filtro em fibra de vidro. Porém, a área de atendimento é insatisfatória, apenas

10% da população residente no local.

4.3.1.7 SES distrito de Mambucaba - Regional Perequê

Nessa regional estão presentes 9 (nove) sistemas de tratamento de efluentes nos

seguintes bairros e localidades: Morro da Boa Vista, Parque Mambucaba, Parque Perequê,

Praia Brava, Praia das Goiabas, Praia Vermelha, Sertão de Mambucaba e de Mambucaba.

As 9 (nove) estações de tratamento totalizam uma vazão aproximada de 12,20 L/s,

destacando-se 3 (três) ETE do tipo Reator Sequencial por batelada, cujas vazões de

tratamento são 3,70 L/s, 3,26 L/s e 2,12 L/s. As demais estações de tratamento são do tipo

tanque séptico e filtro anaeróbio.

Em Morro da Boa Vista a rede coletora tem três galerias que conduzem o efluente

sanitário a 3 (três) unidades de tratamento, sendo 1 (uma) do tipo Tanque Séptico com

capacidade de atendimento para cerca de 520 hab./dia e as s outras 2 (duas) do tipo com

capacidade de 348 hab./dia e 220 hab./dia. Após tratados, os efluentes são escoados para

os corpos hídricos.

Na região do Parque Mambucaba, o sistema de esgotamento sanitário é formado por 3

(três) sub-bacias que, por meio de suas redes de galerias, direcionam o efluente a 3 (três)

ETE do tipo LAB, com uma EEE cada. Estas estações de tratamento são localizadas próximas

ao Rio Mambucaba, com capacidade de tratamento para cerca de 5.000 hab./dia.

Na localidade do Parque Perequê estava em construção uma estação de tratamento de

esgoto do tipo RAFA que, quando concluída, atenderá a 7.500 hab./dia. Em Praia Vermelha

não há sistema público de coleta e tratamento de efluentes. Sertão de Mambucaba possui

tratamento dos efluentes através de fossas sumidouro individuais em suas residências. Na

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Vila Histórica de Mambucaba o tratamento de efluentes é feito por fossa sumidouro

individual. Na Tabela 27 se apresenta a relação dos sistemas de tratamento existentes no

município de Angra dos Reis e capacidade.

Tabela 27: Sistemas de tratamento existentes no Município de Angra dos Reis

DISTRITO REGIONAL VAZÃO TRATAMENTO (L/s)

SEDE CENTRO 40,0

MAMBUCABA PEREQUÊ 9,5

MAMBUCABA MORRO BOA VISTA 2,0

MAMBUCABA VILA HISTÓRICA 0,7

ABRAÃO VILA DO ABRAÃO 2,9

ABRAÃO PROVETÁ 1,7

PRAIA DE ARAÇATIBA ARAÇATIBA 6,95

JACUECANGA CAMORIM PEQUENO 0,5

JACUECANGA CAMORIM 1,5

JACUECANGA LAMBICASA 0,7

JACUECANGA PRAIA DO MACHADO 0,1

CUNHAMBEBE JAPUIBA 4,2

CUNHAMBEBE AREAL 0,5

CUNHAMBEBE CAMPO BELO 1,03

CUNHAMBEBE CABO SEVERINO 0,67

CUNHAMBEBE FRADE 3,6

CUNHAMBEBE MONSUABA 16,8

É importante frisar que em todos os distritos do município existem edificações que

possuem sistemas individuais do tipo fossa séptica como forma de tratamento e disposição

final de seus esgotos sanitários.

4.3.2 Regulação e tarifação

Não foram diagnosticados instrumentos normativos (decretos ou leis municipais) que

definem a regulação das dimensões técnica, econômica e social da prestação dos serviços

de esgotamento sanitário no município, como estabelecido no Art. 23 da Lei nº 11.445 de

2007. Isso demonstra mais uma fragilidade da administração local, que deve ser priorizada

com vistas a aprimorar a qualidade dos serviços de esgotamento sanitário oferecidos à

população.

O SAAE de Angra dos Reis não realiza cobrança tarifária pelos serviços de coleta e

tratamento de esgotos no município (CBHBIG, 2014).

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No que tange ao Plano Plurianual (PPA) de Angra dos reis, foram identificados

investimentos previstos para o sistema de esgotamento sanitário do município no período de

2018 a 2021, a serem executados pelo SAAE, conforme Tabela 28.

Tabela 28: Investimentos previstos para o SES (2018 – 2021)

Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL AMPL. E MELHORIA DO SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

122.000,00 309.000,00 130.000,00 136.000,00 697.000,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO MONSUABA

6.390.000,00 8.200.000,00 0,00 0,00 14.590.000,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO MAMBUCABA

11.522.000,00 0,00 0,00 0,00 11.522.000,00

TOTAL 18.034.000,00 8.509.000,00 130.000,00 136.000,00 26.809.000,00

Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)

4.3.3 Monitoramento da qualidade dos efluentes

A qualidade de uma determinada água é função das suas condições naturais e do uso e

da ocupação do solo na bacia hidrográfica. Assim, não apenas a interferência do homem,

que pode ocorrer de forma concentrada (pela geração de despejos domésticos e industriais,

por exemplo) ou dispersa (por meio da aplicação de defensivos agrícolas no solo, por

exemplo), contribui para a introdução de compostos na água. Em Angra dos Reis tal situação

torna-se ainda mais crítica pelo fato de parte do esgoto gerado no município ser lançado in

natura nos corpos d’água que cortam seu território e, apesar disso, não foram obtidas

informações se há rede de monitoramento do efluente lançado.

4.3.4 Lançamento de efluentes

No município de Angra dos Reis, o monitoramento da qualidade da água em locais à

montante e à jusante de alguns pontos de lançamento de esgotos tratados e não tratados é

realizado. Conforme mencionado no item 3.11, que trata de disponibilidade hídrica, há 9

(nove) pontos de monitoramento das águas no município de Angra dos Reis para os quais a

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e o teor de Oxigênio Dissolvido (OD) estão dentro do

limite estabelecido pela CONAMA 357/2005 e o Índice de Qualidade de Água (IQAnsf) está

enquadrado na categoria “Boa” ou “Média” de qualidade de água.

Conforme já mencionado, uma parte do esgoto coletado em Angra dos Reis não passa

por tratamento, sendo lançado in natura nos cursos d’água que cortam o município, o que

acarreta deterioração dos cursos d’água da bacia hidrográfica da Baía da Ilha Grande e

reforça a urgência da implantação de medidas para ampliação da coleta e tratamento do

esgoto sanitário.

Para atender à legislação vigente, portanto, levar em conta a Resolução nº 430 de 13 de

maio de 2011 que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,

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complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional do

Meio Ambiente-CONAMA. Sobre a referida norma, destaca-se a Seção III - Das Condições e

Padrões para Efluentes de Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários – que em seu Art.

21 discorre sobre as condições e padrões específicos para o lançamento direto de efluentes

oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários e o Art. 22° que determina as

condições para o lançamento de esgotos sanitários por meio de emissários submarinos. Neste

aspecto deve-se atender também a NT-202R – 10 – “Critérios e Padrões de Lançamento de

Efluentes Líquidos”, válidos para o estado do Rio de Janeiro.

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5. OBJETIVOS E METAS PARA

UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

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5 OBJETIVOS E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

As diretrizes gerais adotadas para a elaboração dos objetivos e metas para a

universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município

de Angra dos Reis tiveram como base fundamental a Lei Federal nº. 11.445/2007, que

estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Além desta, a elaboração dos

objetivos e metas foi amparada nos seguintes produtos: (i) no Diagnóstico das condições do

saneamento do município; (ii) em leis, decretos, resoluções e deliberações concernentes aos

recursos hídricos e (iii) Planos setoriais em âmbito municipal, estadual e federal.

5.1 Projeção Populacional e Definição de Cenários

As projeções de crescimento populacional e demandas futuras são importantes para

auxiliar a elaboração das metas de atendimento de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, com vistas à universalização da prestação desses serviços dentro do período de

planejamento de 35 anos adotado.

As projeções populacionais foram desenvolvidas utilizando o Método dos Componentes

Demográficos para projetar as populações futuras que, por sua vez, trata-se de um modelo

sofisticado de simulação de dinâmica demográfica que considera individualmente cada um

dos componentes demográficos: fecundidade, mortalidade e saldos migratórios.

Não obstante, o modelo utilizado no presente estudo relaciona as três variáveis básicas

já citadas e as compatibiliza com os dados de população obtidos nos Censos Demográficos

realizados pelo IBGE no período de 1980 até 2010. Desta forma, tanto as populações como

as taxas de fecundidade são ajustadas pelo modelo, resultando em valores diferentes

daqueles observados nos últimos censos.

As projeções desenvolvidas pela aplicação do Método dos Componentes Demográficos

sustentam-se na continuidade das tendências observadas no passado, além de levarem em

conta tendências verificadas em outras regiões e municípios brasileiros ou mesmo de outros

países que se encontram em patamares mais avançados de desenvolvimento. Devido às suas

características, este tipo de projeção é denominado inercial.

Além da projeção inercial, foi desenvolvida uma outra projeção mantendo-se os valores

projetados de fecundidade e mortalidade, porém elevando-se os saldos migratórios, de tal

maneira que esta segunda projeção possa ser considerada o limite superior possível para a

população de estudo.

Na Tabela 29 está sintetizado o resultado da projeção populacional para o município de

Angra dos Reis, sendo apresentados os contingentes populacionais projetados e utilizados

para a determinação das demandas por serviços coletivos de abastecimento de água e

esgotamento sanitário no município.

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Tabela 29: Projeção populacional no período de planejamento

Número de habitantes

Ano

Distrito

Sede-Angra dos Reis

Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba

Total Área Urbana

1 50.911 2.279 99.234 29.874 30.099 3.059 215.456 5 56.092 2.416 111.446 32.842 33.451 3.248 239.495 10 60.834 2.552 120.598 35.604 35.972 3.432 258.992 15 64.443 2.664 126.197 37.778 37.517 3.574 272.173 20 66.719 2.742 128.671 39.234 38.193 3.665 279.224 25 67.746 2.787 128.736 39.995 38.191 3.709 281.164 30 67.710 2.802 127.035 40.143 37.681 3.710 279.081 35 67.002 2.793 124.667 39.857 36.981 3.684 274.984

5.2 Abastecimento de Água

5.2.1 Objetivos

Conforme preconiza a lei federal nº 11.445/2007, o objetivo geral para os serviços de

abastecimento de água é alcançar a universalização do acesso nas áreas urbana e rural e

garantir que sejam prestados com a devida qualidade a todos os usuários efetivos e

potenciais durante o período de planejamento adotado. Neste planejamento considera-se

apenas a área urbana dos municípios.

Quanto aos objetivos específicos, destacam-se:

• Garantir à população o acesso à água de forma a atender os padrões de potabilidade

vigentes, reduzir as perdas reais e aparentes dos sistemas e ofertar serviços com

qualidade e regularidade para atendimento das demandas da população durante

todo o período de planejamento;

• Fomentar a adequação das infraestruturas dos sistemas para que estejam aptos a

atender com eficiência e qualidade as populações que deles dependem;

• Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação à

outorga, regularização ambiental dos empreendimentos e atendimento aos padrões

de qualidade da água;

• Viabilizar a sustentabilidade econômico-financeira do serviço de abastecimento de

água; e

• Conscientizar a população sobre sustentabilidade ambiental e uso racional da água.

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5.2.2 Metas e Indicadores

Para atingir os objetivos do Plano, foram propostas alternativas para suprir as carências

e deficiências identificadas no Diagnóstico em relação aos serviços de abastecimento de

água.

De forma geral, para os municípios que estão inseridos na área de concessão da CEDAE,

metas estão apresentadas na Tabela 30. Em relação ao município de Angra dos Reis, ressalta-

se que possui população com número de habitantes maior do que a média populacional da

área de estudo da CEDAE.

Tabela 30: Período estimado para atingir as metas de atendimento para os serviços de

abastecimento de água

Municípios

Período para atingir a meta de atendimento para serviços de

abastecimento de água

Meta maior que 70% Meta menor que 70%

Rio de Janeiro 8 anos

População maior que a média populacional da área de concessão da CEDAE

10 anos 12 anos

População menor que média populacional da área de concessão da CEDAE

12 anos 14 anos

O índice de atendimento de abastecimento de água estimado é de 89,7% da população

urbana no ano 1 de planejamento e propõe-se que a universalização de acesso aos serviços

seja atingida no ano 10.

Na Tabela 31 estão apresentadas as metas propostas para o período de planejamento.

Tabela 31: Metas de atendimento para os sistemas coletivos de abastecimento de água

Metas – Atendimento de Abastecimento de Água (ano de planejamento)

1 5 10 15 20 25 30 35

89,7% 93,8% 98,0% 99,0% 99,0% 99,0% 99,0% 99,0%

Indicadores podem ser entendidos como instrumentos de gestão essenciais para as

atividades de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico,

tornando possíveis as seguintes avaliações necessárias: acompanhar o alcance de metas;

identificar avanços e necessidades de melhoria, correção de problemas e/ou readequação

do sistema; avaliar a qualidade dos serviços prestados; dentre outras. No setor do

saneamento, indicador é uma medida quantitativa da eficiência e da eficácia de uma

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entidade gestora relativamente a aspectos específicos da atividade desenvolvida ou do

comportamento dos sistemas (ALEGRE et al., 2000).

Na Tabela 32 estão apresentados os indicadores selecionados pelo PLANSAB e as

respectivas metas para a região Sudeste. Como alguns dos indicadores do PLANSAB não se

aplicam aos municípios, pois tratam de análises regionais, estes não são apresentados no

presente documento.

Tabela 32: Indicadores do PLANSAB aplicáveis para a escala municipal e os dados e metas

para abastecimento de água na região Sudeste

Indicadores 2023 2033

A1 % de domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna

99 100

A2 % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna

100 100

A3 % de domicílios rurais abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna 95 100

A5 % de economias ativas atingidas por paralisações e interrupções sistemáticas no abastecimento de água no mês

18 14

A6 % de perdas na distribuição de água 32 29

Como pode ser observado na Tabela 32 os indicadores que apresentaram maiores

evoluções no período foram o A3 e o A5, evidenciando a maior necessidade de investimentos

nas áreas rurais e nos sistemas de captação/tratamento/distribuição de água,

respectivamente.

Sugere-se alguns indicadores, conforme apresentado na Tabela 33. Esse conjunto de

indicadores foi dividido em cinco grupos: Ambientais, Saúde, Financeiros, Operacionais e de

Satisfação.

Tabela 33: Indicadores dos serviços de abastecimento de água

Indicador Como calcular Periodicidade

Ambientais Índice de atendimento à vazão outorgada (%) (Vazão captada / Vazão outorgada) x 100 Semestral

Índice de conformidade da quantidade de captações outorgadas (%)

Nº de captações outorgadas / Nº de captações outorgáveis (capta água, mas não possui outorga)

Anual

Saúde

Índice de atendimento aos padrões de potabilidade (%)

(Nº de amostras de turbidez, coliformes totais e Escherichia coli dentro do padrão de potabilidade - PRC nº 05 de 28 de setembro de 2017, Anexo XX/ Nº de amostras de turbidez, coliformes totais e Escherichia coli realizadas) x 100

Mensal

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Indicador Como calcular Periodicidade

Financeiros

Índice de sustentabilidade financeira (%)

(Arrecadação própria com o abastecimento de água / Despesa total com o abastecimento de água) x 100

Semestral

Operacionais

Índice de regularidade (%) (Economias ativas não atingidas por paralisações e interrupções sistemáticas no abastecimento de água / Nº de economias ativas totais) x 100

Mensal

Índice de capacidade de tratamento (%)

(Vazão tratada / Vazão máxima de projeto) x 100 Mensal

Satisfação Índice de reclamações na ouvidoria por serviços de abastecimento de água (Reclamações/mês)

Número de reclamações sobre os serviços de abastecimento de água na ouvidoria da CEDAE Mensal

5.2.3 Demanda pelos serviços

O SAA do município de Angra dos Reis abrange os 6 (seis) distritos, que são divididos em

7 (sete) regionais operadas pelo SAAE e pela CEDAE. Os sistemas foram analisados, visando

determinar para todos os anos do período de planejamento a demanda por produção e

reservação de água.

5.2.3.1 Metodologia de Cálculo

Para estimar a demanda por produção de água e o volume de reservação necessários

para o período de planejamento, foram utilizados os parâmetros e critérios descritos

adiante.

Cabe ressaltar que os parâmetros e critérios de cálculo utilizados no estudo de demanda

foram definidos com base nas recomendações normativas NBR 12.211 NB 587 da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para estudos e projetos de Sistemas de Abastecimento

de Água (SAA).

a) Consumo per capita de água

O consumo per capita médio de água corresponde ao valor médio do consumo diário de

água por pessoa, expresso em L/hab.dia. Os dados utilizados para o cálculo das demandas,

foram realizados a partir das informações do Sistema Nacional de Informações de

Saneamento, tendo como referência o ano de 2016. No município de Angra dos Reis, foram

considerados os consumos per capita de 150 L/hab.dia e 164 L/hab.dia para o ano 1 de

planejamento, respectivamente para o distrito Sede e para os demais distritos, sendo estes

valores reduzidos de forma gradativa até o ano de 2030, quando o consumo per capita

passará a ser 150 L/hab.dia, e mantido até o último ano que compreende o período de

planejamento, conforme apresentado na Tabela 34.

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Tabela 34: Metas de redução de consumo per capita de água no período de planejamento

Período Meta de redução de consumo per capita (L/hab.dia) – Distrito Sede

Meta de redução de consumo per capita (L/hab.dia) – Demais distritos

1 150 164

2 150 162

3 150 161

4 150 159

5 150 158

6 150 156

7 150 155

8 150 153

9 150 152 10 150 150

11 a 35 150 150

b) Coeficientes do dia e hora de maior consumo

O consumo de água em uma localidade varia ao longo do dia (variações horárias), ao

longo da semana (variações diárias) e ao longo do ano (variações sazonais). Em um dia, os

horários de maior consumo geralmente ocorrem no início da manhã e no início da noite. Para

os cálculos de demanda de água, foram adotados os seguintes coeficientes de variação da

vazão média de água:

• k1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo)

• k2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo)

c) Índice de Perdas Totais na Distribuição

As perdas de água em um sistema de abastecimento correspondem aos volumes não

contabilizados, incluindo os volumes não utilizados e os volumes não faturados (Heller e

Pádua, 2010). O controle e a diminuição das perdas físicas são convertidos em diminuição

de custos de produção e distribuição, uma vez que se reduzem o consumo de energia,

produtos químicos, dentre outros. Nesse contexto, uma medida para reduzir as perdas físicas

seria a otimização das instalações existentes, aumentando a oferta dos serviços, sem a

necessidade de expansão do sistema produtor.

Para o período de planejamento, devem ser consideradas ainda as metas de perdas

propostas no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) que prevê, para a região

Sudeste, valores de perdas de 33% em 2018, 32% em 2023 e 29% em 2033. Assim, na tentativa

de compatibilizar as propostas previstas com a realidade do município de Angra dos Reis e,

tendo em vista a melhoria da eficiência do sistema, previu-se a progressiva redução no índice

de perdas para todos os sistemas, sendo as metas previstas apresentadas na Tabela 35.

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Tabela 35: Metas de perdas na rede de distribuição para o período de planejamento

Período Meta de perdas prevista

1 30,0%

2 29,4%

3 28,9%

4 28,3%

5 27,8%

6 27,2%

7 26,7%

8 26,1%

9 25,6%

10 25,0%

11 a 35 25,0%

d) Demanda de água

O cálculo do consumo de água representa a vazão necessária para abastecer a população

e leva em consideração o consumo per capita efetivo de água e a população atendida em

cada um dos sistemas em questão (Equação 1).

� =� � ���

1.000 Equação 1

Em que,

C: Consumo de Água (m3/dia)

P: População Atendida (hab.)

qpc: Consumo per capita (L/hab.dia)

A demanda de água (D) representa a oferta de água para cada economia ativa de água

e, por conseguinte, no seu cálculo (Equação 2) leva-se em consideração a perda de água

física no sistema, onde:

� = �(1 − ��) Equação 2

Em que,

C: Consumo de água (m3/dia)

D: Demanda de água (m3/dia)

IA: Índice de Abastecimento de Água (%)

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e) Vazões de distribuição e produção de água

O cálculo de vazões produção de água e de distribuição levam em consideração as perdas

físicas na produção e distribuição de água. O Sistema Nacional de Informações de

Saneamento, refere-se às perdas totais na distribuição, indicador que considera as perdas

físicas e aparentes do sistema. Tendo como objetivo não majorar as vazões de produção e

distribuição, adotou-se como premissa que as perdas físicas correspondem a 2/3 das perdas

totais. As Equações 3, 4 e 5 foram empregadas para o cálculo das projeções de demandas

médias, máximas diárias e máximas horárias de água.

��é� =1

�1 − ����∙ �� Equação 3

��á�� = �� ∙ ��é� Equação 4

��á�� = �� ∙ ��á�� Equação 5

Em que,

Dméd: Demanda média de distribuição de água (m³/dia)

Dmáxd: Demanda máxima diária de distribuição de água (m³/dia)

Dmáxh: Demanda máxima horária de distribuição de água (m³/dia)

Ipf: Índice de perda físicas na distribuição (%)

K1: Coeficiente de máxima vazão diária (1,2)

K2: Coeficiente de máxima vazão horária (1,5)

Para o cálculo da vazão de produção de água, foi adicionado à vazão máxima diária o

percentual de perdas na produção de água (Equação 6).

�� =1

(1 − � !∙ ��á�� Equação 6

Em que,

Qp: Vazão de produção de água (m³/dia)

IPP: Índice de perdas na produção (8,0%)

f) Demanda de reservação de água

Para a determinação da demanda de reservação, foi adotado o volume equivalente à

1/3 da vazão máxima diária do período de projeto.

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5.2.3.2 Resultados da demanda

A seguir são apresentadas as disponibilidades e necessidades em relação ao serviço de

abastecimento de água no cenário adotado, traçado para o horizonte do plano (35 anos).

Conforme pode ser observado na Tabela 36 e na Tabela 37 as estruturas de produção de

água existentes na sede e no distrito de Abraão são suficientes para atender a população da

área de abrangência desses sistemas durante todo o período de planejamento. Observa-se

ainda que os distritos mais carentes são o de Cunhambebe e Praia de Araçatiba.

A análise da capacidade de atendimento das infraestruturas de reservação (Tabela 38 e

Tabela 39), em virtude do crescimento populacional ao longo do período de planejamento

evidenciou que apenas o distrito de Abraão apresentará saldo de reservação ao longo de todo

o período de planejamento. Todos os demais distritos possuem déficits de reservação desde

o primeiro ano.

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Tabela 36: Demanda de produção projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água na Sede (Angra dos Reis), Abraão e

Cunhambebe

Ano

Sede Abraão Cunhambebe Demanda Máxima

Diária (L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção (L/s)

Demanda Máxima

Diária (L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção

(L/s)

Demanda Máxima Diária

(L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção

(L/s) 1 155,9 312,8 156,9 5,4 9,0 3,5 231,6 137,4 -94,2 5 187,6 312,8 125,2 5,9 9,0 3,1 274,5 137,4 -137,2 10 216,1 312,8 96,7 6,3 9,0 2,7 301,5 137,4 -164,1 15 228,9 312,8 83,9 6,7 9,0 2,3 315,5 137,4 -178,1 20 237,0 312,8 75,8 6,9 9,0 2,1 321,7 137,4 -184,3 25 240,6 312,8 72,2 7,0 9,0 2,0 321,8 137,4 -184,5 30 240,5 312,8 72,3 7,0 9,0 1,9 317,6 137,4 -180,2 35 238,0 312,8 74,8 7,0 9,0 2,0 311,7 137,4 -174,3

Tabela 37: Demanda de produção projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água em Jacuecanga, Mambucaba e Praia de Araçatiba

Ano

Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba Demanda

Máxima Diária (L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção

(L/s)

Demanda Máxima Diária

(L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção

(L/s)

Demanda Máxima Diária

(L/s)

Produção Atual (L/s)

Saldo Produção

(L/s) 1 70,4 93,3 22,9 70,4 88,8 18,4 7,3 1,8 -5,5 5 80,2 93,3 13,1 81,7 88,8 7,1 7,9 1,8 -6,2 10 87,5 93,3 5,8 88,4 88,8 0,4 8,4 1,8 -6,7 15 94,4 93,3 -1,1 93,8 88,8 -5,0 8,9 1,8 -7,2 20 98,1 93,3 -4,8 95,5 88,8 -6,7 9,2 1,8 -7,4 25 100,0 93,3 -6,7 95,5 88,8 -6,7 9,3 1,8 -7,5 30 100,4 93,3 -7,1 94,2 88,8 -5,4 9,3 1,8 -7,5 35 99,6 93,3 -6,3 92,5 88,8 -3,7 9,2 1,8 -7,5

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Tabela 38: Demanda de reservação projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água na Sede (Angra dos Reis), Abraão e

Cunhambebe

Ano

Sede Abraão Cunhambebe

Reservação Requerida (m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação

(m3)

Reservação Requerida

(m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação (m3)

Reservação Requerida (m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação (m3)

1 4.491 2.454 -2.037 156 265 109 6.670 1.509 -5.162 5 5.402 2.454 -2.948 170 265 95 7.907 1.509 -6.398 10 6.223 2.454 -3.769 181 265 84 8.683 1.509 -7.175 15 6.592 2.454 -4.138 192 265 73 9.086 1.509 -7.578 20 6.825 2.454 -4.371 197 265 68 9.264 1.509 -7.756 25 6.930 2.454 -4.476 201 265 64 9.269 1.509 -7.760 30 6.926 2.454 -4.472 202 265 63 9.147 1.509 -7.638 35 6.854 2.454 -4.400 201 265 64 8.976 1.509 -7.468

Tabela 39: Demanda de reservação projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água em Jacuecanga, Mambucaba e Praia de

Araçatiba

Ano

Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba

Reservação Requerida (m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação

(m3)

Reservação Requerida

(m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação (m³)

Reservação Requerida (m³)

Reservação Atual (m³)

Saldo Reservação (m3)

1 2.029 190 -1.839 2.029 580 -1449 210 130 -80 5 2.309 190 -2.119 2.352 580 -1772 228 130 -98 10 2.519 190 -2.329 2.546 580 -1966 243 130 -113 15 2.720 190 -2.530 2.701 580 -2121 257 130 -127 20 2.825 190 -2.635 2.750 580 -2170 264 130 -134 25 2.880 190 -2.690 2.750 580 -2170 267 130 -137 30 2.890 190 -2.700 2.713 580 -2133 267 130 -137 35 2.870 190 -2.680 2.663 580 -2083 265 130 -135

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5.3 Esgotamento sanitário

5.3.1 Objetivos

Conforme preconiza a lei federal nº 11.445/2007, o objetivo geral para os serviços de

esgotamento sanitário é alcançar a universalização do acesso nas áreas urbana e rural e

garantir que sejam prestados com a devida qualidade a todos os usuários efetivos e

potenciais durante o período de planejamento adotado.

Para isso, é necessário a ampliação e melhoria da cobertura por sistemas individuais ou

coletivos de esgotamento sanitário a fim de promover a qualidade de vida e saúde da

população, bem como a redução da poluição dos cursos de água.

Quanto aos objetivos específico, destacam-se:

• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de esgotamento sanitário de forma

adequada, atendendo às demandas da população (urbana e rural) durante todo o

período de planejamento;

• Promover o controle ambiental e a preservação do meio ambiente, solo e águas

subterrâneas e superficiais;

• Reduzir e prevenir a ocorrência de doenças na população; e

• Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação aos

padrões de lançamento de efluentes nos cursos de água e de qualidade da água, de

acordo com sua classe de enquadramento.

5.3.2 Metas e Indicadores

Para atingir os objetivos do Plano, foram propostas alternativas para suprir as carências

e deficiências identificadas no Diagnóstico em relação aos serviços de esgotamento sanitário.

De forma geral, para os municípios que estão inseridos na área de concessão da CEDAE,

adotaram as metas que estão apresentadas na Tabela 40. Em relação ao município de Angra

dos Reis, ressalta-se que possui população com número de habitantes maior do que a média

populacional da área de estudo da CEDAE.

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Tabela 40: Período estimado para atingir as metas de atendimento para os serviços de

esgotamento sanitário

Municípios

Período para atingir a meta de atendimento para serviços de

esgotamento sanitário

Meta maior que 70% Meta menor que 70%

Rio de Janeiro 15 anos

População maior que a média populacional da área de concessão da CEDAE 15anos 18 anos

População menor que média populacional da área de concessão da CEDAE

18 anos 20 anos

Para o ano 1 de planejamento, o índice de coleta de esgotos adotado na sede do

município de Angra dos Reis é 10% da população urbana e nulo para os distritos no ano 1 de

planejamento e propõe-se que o acesso aos serviços de esgotamento sanitário atinja 90% da

população urbana no ano 18 e que esse índice seja mantido até o fim de plano.

Na Tabela 41 estão apresentadas algumas das metas propostas para o período de

planejamento.

Tabela 41: Metas de atendimento de coleta de esgotos para o município de Angra dos Reis

Metas – Atendimento de Esgoto (ano de planejamento) - Sede

1 5 10 15 20 25 30 35

10,0% 26,8% 47,9% 68,9% 90,0% 90,0% 90,0% 90,0%

Metas – Metas – Atendimento de Esgoto (ano de planejamento) – Demais Distritos

0,0% 18,9% 42,6% 66,3% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8%

Em relação ao tratamento do esgoto coletado, o planejamento das ações prevê uma

rápida evolução do índice de tratamento nas áreas urbanas atendidas por sistema coletivo,

para, em curto prazo, o índice de tratamento atingir 100 % do esgoto coletado.

Cabe salientar que as estações de tratamento de esgotos estão previstas para serem

implantadas com plena capacidade de tratamento, ou seja, com dimensionamento para o

horizonte final de planejamento, juntamente com toda a infraestrutura de estações

elevatórias e linhas de recalque de esgotos.

O Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (BRASIL, 2013), analogamente ao

abastecimento de água, definiu metas a serem atendidas pelos municípios, por região do

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país, e são avaliadas através dos seguintes indicadores para os serviços de esgotamento

sanitário que se aplicam ao presente estudo, conforme apresentado na Tabela 42.

Tabela 42: Indicadores do PLANSAB aplicáveis para a escala municipal e os dados e metas

para esgotamento sanitário na região Sudeste

Indicador 2023 2033

E1 % de domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes ao total de domicílios (PNAD/Censo)

92 96

E2 % de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes aos domicílios urbanos (PNAD/Censo)

95 98

E3 % de domicílios rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes aos domicílios rurais (PNAD/Censo)

64 93

E4 % de tratamento de esgoto coletado (PNSB) 72 90

E5 % de domicílios urbanos e rurais com renda até três salários mínimos mensais que possuem unidades hidrossanitárias (PNAD/Censo) 99 100

Como pode ser observado na Tabela 42, os indicadores que apresentaram maiores

evoluções no período são o E3 e o E4, evidenciando a maior necessidade de investimentos

nas áreas rurais e em tratamento de esgoto, respectivamente.

Sugere-se alguns indicadores, conforme apresentado na Tabela 43. Esse conjunto de

indicadores foi dividido em cinco grupos: Ambientais, Saúde, Financeiros, Operacionais e de

Satisfação.

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Tabela 43: Indicadores dos serviços de esgotamento sanitário

Indicador Como calcular Periodicidade

Ambientais Índice de atendimento aos padrões de lançamento e do curso d’água receptor (%)

(Nº de análises em conformidade com as resoluções / Nº de análises realizadas) x 100 Mensal

Saúde

Índice de atendimento aos padrões de lançamento e do curso d’água receptor (%)

(Nº de análises em conformidade com as resoluções / Nº de análises realizadas) x 100

Mensal

Financeiros

Índice de sustentabilidade financeira (%)

(Arrecadação própria com o sistema de esgotamento sanitário / Despesa total com o sistema de esgotamento sanitário) x 100

Semestral

Operacionais

Índice de extravasamento de esgoto (Nº/km.ano)

Nº de extravasamentos de esgoto registrados no ano / Extensão total da rede coletora por bairro ou regiões previamente definidas

Anual

Índice de capacidade de tratamento (%)

(Vazão tratada / Vazão máxima de projeto) x 100

Mensal

Satisfação Índice de reclamações na ouvidoria por serviços de esgotamento sanitário (Reclamações/mês)

Número de reclamações sobre os serviços de esgotamento sanitário na ouvidoria da DAE S.A.

Mensal

5.3.3 Demanda pelos serviços

O sistema de esgotamento sanitário (SES) do município de Angra dos Reis é composto

por uma série de sistemas abrangendo os 6 (seis) distritos municipais. Tais sistemas foram

analisados, visando determinar para todos os anos do período de planejamento a demanda

por coleta e tratamento de esgoto.

5.3.3.1 Metodologia de Cálculo

Para estimar a demanda por coleta e tratamento de esgoto para o período compreendido

de planejamento foram utilizados os parâmetros e critérios descritos adiante.

Os parâmetros e critérios de cálculo no estudo de demanda foram definidos com base

nas recomendações normativas NBR 12211 NB 587 da ABNT para estudos e projetos de

Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e, consequentemente, para os Sistemas de

Esgotamento Sanitário (SES), que estima as contribuições de esgoto sanitário a partir da

adoção do coeficiente de retorno em relação ao consumo de água.

Para a determinação da vazão de contribuição de esgoto deve-se somar a parcela

referente a vazão de infiltração na rede coletora de esgoto, que é função das extensões de

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rede coletora de esgoto existentes e a serem implantadas em cada uma das localidades, e

de suas condições físicas de integridade.

As premissas e parâmetro considerados foram:

• Coeficiente de retorno água/esgoto: 0,80;

• Coeficiente de infiltração: 0,2 L/s.km.

A partir das projeções de consumo total de água, pôde-se calcular, utilizando a Equação

7, as contribuições de esgoto coletado, considerando para tanto o coeficiente de retorno e

o índice de coleta de esgoto projetado para cada uma das localidades estudadas.

�" = (# � �$� �!� (1 + &'! Equação 7

Em que,

Qe: Vazão média de esgoto (m³/dia)

c: Coeficiente de retorno (0,8)

Ic: Índice de coleta de esgoto (%)

C: Consumo de água (m3/dia)

Ti: Taxa de Infiltração 2 (17,28 m³/dia.km)

Para o cálculo das projeções de vazão de tratamento de esgoto será utilizada a Equação

8, que considera o índice de tratamento de esgoto de cada localidade.

�( = �( ∙ �" Equação 8

Em que,

QT: Vazão tratada de esgoto (m³/dia)

IT: Índice de tratamento de esgoto (%)

Qe: Vazão média de esgoto (m³/dia)

5.3.3.2 Resultados da demanda

As projeções de demanda de tratamento dos SES de Angra dos Reis, apresentaram

déficits nos distritos Sede, Cunhambebe, Jacuecanga e Mambucaba, e apresentaram saldo

positivo nos distritos de Abraão e Praia de Araçatiba, conforme apresentado na Tabela 44 a

Tabela 49.

2 Conversão da contribuição linear, 0,2 L/s.km, para m³/dia.

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Tabela 44: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Sede

Ano

Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária (L/s)

Infiltração (L/s)

Total (L/s) Tratada

Atual (L/s) Tratamento (L/s)

1 10,0 2,0 12,1 40,0 27,9 5 33,2 6,6 39,8 40,0 0,2 10 60,0 12,0 72,0 40,0 -32,0 15 89,0 17,8 106,8 40,0 -66,8 20 142,2 23,7 165,9 40,0 -125,9 25 120,3 24,1 144,4 40,0 -104,4 30 120,2 24,0 144,3 40,0 -104,3 35 119,0 23,8 142,8 40,0 -102,8

Tabela 45: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Abraão

Ano

Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária (L/s)

Infiltração (L/s)

Total (L/s) Tratada

Atual (L/s) Tratamento (L/s)

1 0,0 0,0 0,0 5,0 5,0 5 0,8 0,2 0,9 5,0 4,1 10 1,6 0,3 1,9 5,0 3,1 15 2,5 0,5 3,0 5,0 2,0 20 4,1 0,7 4,8 5,0 0,2 25 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8 30 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8 35 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8

Tabela 46: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Cunhambebe

Ano

Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária (L/s)

Infiltração (L/s)

Total (L/s) Tratada

Atual (L/s) Tratamento (L/s)

1 0,0 0,0 0,0 9,0 9,0 5 40,5 8,1 48,6 9,0 -39,6 10 83,7 16,7 100,5 9,0 -91,5 15 131,5 26,3 157,7 9,0 -148,7 20 193,0 32,2 225,2 9,0 -216,2 25 160,9 32,2 193,1 9,0 -184,1 30 158,8 31,8 190,6 9,0 -181,6 35 155,8 31,2 187,0 9,0 -178,0

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Tabela 47: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Jacuecanga

Ano

Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária (L/s)

Infiltração (L/s)

Total (L/s) Tratada

Atual (L/s) Tratamento (L/s)

1 0,0 0,0 0,0 2,0 2,0 5 10,7 2,1 12,9 2,0 -10,9 10 22,3 4,5 26,7 2,0 -24,7 15 35,4 7,1 42,5 2,0 -40,5 20 58,9 9,8 68,7 2,0 -66,7 25 50,0 10,0 60,0 2,0 -58,0 30 50,2 10,0 60,2 2,0 -58,2 35 49,8 10,0 59,8 2,0 -57,8

Tabela 48: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Mambucaba

Ano

Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária (L/s)

Infiltração (L/s)

Total (L/s) Tratada

Atual (L/s) Tratamento (L/s)

1 0,0 0,0 0,0 13,0 13,0 5 10,9 2,2 13,1 13,0 -0,1 10 22,5 4,5 27,0 13,0 -14,0 15 35,2 7,0 42,2 13,0 -29,2 20 57,3 9,5 66,8 13,0 -53,8 25 47,7 9,5 57,3 13,0 -44,3 30 47,1 9,4 56,5 13,0 -43,5 35 46,2 9,2 55,5 13,0 -42,5

Tabela 49: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Praia de Araçatiba

Praia de Araçatiba

Ano Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo

Média Diária

(L/s) Infiltração

(L/s) Total (L/s)

Tratada Atual (L/s)

Tratamento (L/s)

1 0,0 0,0 0,0 7,0 7,0 5 1,1 0,2 1,3 7,0 5,7 10 2,1 0,4 2,6 7,0 4,4 15 3,4 0,7 4,0 7,0 3,0 20 5,5 0,9 6,4 7,0 0,6 25 4,6 0,9 5,6 7,0 1,4 30 4,6 0,9 5,6 7,0 1,4 35 4,6 0,9 5,5 7,0 1,5

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6. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

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6 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

Os programas e as ações propostos para a prestação dos serviços de abastecimento de

água e esgotamento sanitário no município de Angra dos Reis visam determinar meios para

que os objetivos e metas do possam ser alcançados ao longo do horizonte de 35 anos.

As diretrizes gerais adotadas para a elaboração dos Programas, Projetos e Ações a serem

implementadas no município de Angra dos Reis tiveram como base fundamental a Lei Federal

nº. 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.

A seguir estão apresentados os programas e ações propostos, por eixo do saneamento,

bem como os prazos previstos para execução. Para a maioria das ações, a data informada

refere-se ao prazo inicial para sua implementação.

As ações propostas irão considerar as metas de curto, médio e longo prazo, conforme

apresenta a Tabela 50.

Tabela 50: Prazos das Ações Propostas

Prazo Duração

Curto 5 anos

Médio 13 anos

Longo 17 anos

6.1 Programa de Abastecimento de Água

A universalização dos serviços de abastecimento de água se dará pela implantação e

adequação de infraestruturas de produção, reservação e distribuição de água para cada

distrito do município.

A descrição das obras é apresentada a seguir, de acordo com o sistema existente em

cada distrito, sendo subdivididas nas seguintes obras de acordo com o tipo de intervenções

propostas, a saber:

• Obras de ampliação e de melhoria do sistema existente;

• Obras complementares.

Nos diagramas apresentados, as obras de implantação estão apresentadas em vermelho,

as de melhoria em amarelo sendo as demais estruturas mantidas na composição do sistema

de abastecimento.

6.1.1 Obras de ampliação e melhoria

6.1.1.1 SAA Distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro

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As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito Sede, de

forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização, estão

apresentadas seguir.

a) Subsistema Sapinhatuba

Na Figura 12 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e

as obras previstas são:

Captação Pedrão (Sapinhatuba I)

• Construção de dois reservatórios de 100 m3, cada.

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

Captação Morcego (Sapinhatuba II)

• Construção de reservatórios de 200 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

Captação Salvador (Sapinhatuba III)

• Construção de reservatório de 15 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 12: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro– Subsistema

Sapinhatuba

b) Subsistema Centro

Nas figuras seguintes (Figura 13 a Figura 15) estão apresentadas as intervenções no

sistema existente, e as obras previstas são:

Captação Bolão

• Construção de reservatório de 300 m3.

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

Captação Júlia

• Construção de dois reservatórios de 300 m3, cada;

• Ampliação da estação elevatória em 5 L/s;

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• Reforma da unidade de tratamento existente.

Captação Abel

• Construção de reservatório de 350 m3;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

Figura 13: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Centro /

Captação Bolão

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Figura 14: Diagrama simplificado do Subsistema Centro – Captação Julia

Página 94 de 174

Figura 15: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Centro /

Captação Abel

c) Subsistema Ponta do Cantador

Na Figura 16 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e

as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 80 m3;

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 16: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Ponta do

Cantador

d) Subsistema Vila Velha

Na Figura 17 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e

as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 100 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 17: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Vila Velha

e) Subsistema Bonfim

Na Figura 18 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e

as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 50 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 18: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Bonfim

6.1.1.2 SAA Distrito Abraão – Regional Ilha

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de Abraão,

de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização, estão

apresentadas seguir.

a) Sistema Abraão

Na Figura 19 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 19: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Abraão

b) Sistema Saco do Céu

Na Figura 20 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 15 m3;

• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;

• Reforma dos reservatórios existentes;

Página 99 de 174

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

Figura 20: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Saco do Céu

c) Sistema Japariz

Na Figura 21 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 21: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Japariz

d) Sistema Bananal

Na Figura 22 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

Página 101 de 174

Figura 22: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Bananal

e) Sistema Matariz

Na Figura 23 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 10m3;

• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 23: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Matariz

f) Sistema Longa

Na Figura 24 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 24: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Praia Longa

g) Sistema Praia Vermelha

Na Figura 25 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 25: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Praia Vermelha

h) Sistema Provetá

Na Figura 26 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 26: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Provetá

i) Sistema Aventureiro

Na Figura 27 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;

• Ampliação da captação em 0,5 L/s;

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 27: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Aventureiro

6.1.1.3 SAA Distrito de Cunhambebe – Regional Frade

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de

Cunhambebe – Regional Frade, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa

de universalização, estão apresentadas seguir.

a) Subsistema Frade

Captação Carlos Borges

Na Figura 28 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 70 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 28: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Frade / Captação Carlos Borges

Captação Tia Antônia I

Na Figura 31 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 50 m3;

• Ampliação UT 4 L/s;

• Reforma da elevatória de água bruta;

• Reforma de reservatório existente.

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Figura 29: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Frade / Captação Tia Antônia I

Captação Tia Antônia II

Na Figura 32 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 100 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 30: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Frade / Captação Tia Antônia II

Captação Grataú e Sertãozinho

Na Figura 31 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Ampliação da UT 5 L/s;

• Construção de reservatório de 300 m3;

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 31: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Frade / Captação Sertãozinho

b) Subsistema Gamboa do Bracuí

Na Figura 34 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 32: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Gamboa do Bracuí

c) Subsistema Bracuí

Na Figura 33 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Ampliação UT 3 L/s;

• Construção de dois reservatórios de 100 m3 e 200 m3;

• Reforma da estação elevatória de água bruta;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

Página 112 de 174

Figura 33: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Bracuí

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d) Subsistema Ariró

Na Figura 36 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 70 m3

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

Figura 34: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Ariró

e) Subsistema Itanema

Na Figura 35 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 70 m3

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 35: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Itanema

f) Subsistema Serra D’Água

Na Figura 38 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 30 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 36: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema

Serra D´água

6.1.1.4 SAA Distrito de Cunhambebe – Regional Monsuaba

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de

Cunhambebe – Regional Monsuaba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a

premissa de universalização, estão apresentadas seguir.

a) Subsistema Caputera I

Na Figura 37 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 37: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Caputera I

b) Sistema Caputera II

Na Figura 38 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 25 m3;

• Reforma do reservatório existente;

• Reforma da unidade de tratamento existente.

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Figura 38: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Caputera II

c) Subsistema Água Santa

Na Figura 39 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma do reservatório existente.

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Figura 39: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Água Santa

d) Subsistema Monsuaba

Na Figura 40 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de dois reservatórios de 250 e 200 m3;

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes, com ampliação UT 6 L/s.

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Figura 40: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Monsuaba

e) Subsistema Paraíso

Na Figura 41 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e

as obras previstas são:

• Construção de reservatório 45 m3.

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Figura 41: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Paraíso

f) Subsistema Garacutaia

Na Figura 42 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Reforma dos reservatórios existentes;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 42: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema

Garacutaia

6.1.1.5 SAAA Distrito de Cunhambebe – Regional Japuíba

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de

Cunhambebe – Regional Japuíba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa

de universalização, estão apresentadas seguir.

a) Subsistema Japuíba

Na Figura 43 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de um reservatório de 500 m³ e dois de 1.000 m³;

• Reforma de estação elevatória de água;

• Reforma de reservatórios existentes;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 43: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema

Japuíba

b) Subsistema Areal

Na Figura 44 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 450 m³;

• Reforma de reservatórios existentes;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 44: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema

Areal

c) Subsistema Campo Belo

Na Figura 45 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de dois reservatórios de 550 m3, cada;

• Reforma de reservatório existente;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 45: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema

Campo Belo

d) Sistema Retiro

Na Figura 46 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 45 m3;

• Reforma de reservatório existente;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 46: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuiba – Sistema

Retiro

e) Subsistema SESC

Na Figura 47 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 100 m3;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 47: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Sistema SESC

f) Subsistema Cabo Severino

Na Figura 48 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de dois reservatórios de 550 m3, cada;

• Reforma de reservatório existente;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 48: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Sistema

Cabo Severino

6.1.1.6 SAA Distrito de Jucuecanga – Regional Jucuecanga

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de

Jucuecanga – Regional Jucuecanga, de forma a adequar o sistema de abastecimento a

premissa de universalização, estão apresentadas seguir.

a) Subsistema Camorim Pequeno

Na Figura 49 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de um reservatório de 500 m³;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 49: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Camorim Pequeno

b) Subsistema Camorim Grande

Na Figura 50 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de um reservatório de 750 m³ e dois de 400 m³;

• Reforma das unidades de tratamento existentes.

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Figura 50: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Camorim Grande

c) Subsistema Lambicada

Na Figura 51 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de dois reservatórios de 300 m³;

• Reforma de reservatórios existentes;

• Reforma de unidades de tratamento existentes.

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Figura 51: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Lambicada

d) Subsistema Praia do Machado

Na Figura 52 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 150 m³;

• Reforma de reservatório existente;

• Reforma de unidades de tratamento existentes.

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Figura 52: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Praia do Machado

6.1.1.7 SAA Distrito de Mambucaba – Regional Perequê

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de

Mambucaba – Regional Perequê, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa

de universalização, estão apresentadas seguir.

a) Subsistema Itapicu - Perequê

Na Figura 53 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de dois reservatórios de 1.100 m³;

• Acréscimo de captação de em 3 L/s;

• Reforma e reabilitação na UT para incremento de hipoclorito de cálcio;

• Ampliação da Estação de Tratamento em mais 3 L/s;

• Reforma no reservatório de 360 m3.

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Figura 53: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –

Subsistema Itapicu

b) Subsistema Morro da Boa Vista

Na Figura 54 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Implantação de UT para tratamento com hipoclorito de cálcio

• Reforma de reservatórios existentes de 40 e 150 m³.

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Figura 54: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –

Subsistema Morro da Boa Vista

c) Subsistema Praia Vermelha

Na Figura 55 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório elevado de 20 m3;

• Reforma de unidade de tratamento existente de hipoclorito de cálcio.

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Figura 55: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê – Sistema

Praia Vermelha

d) Subsistema Vila Histórica

Na Figura 56 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de reservatório de 65 m3;

• Reforma de três reservatórios existentes de 10 m³, cada;

• Reforma de unidade de tratamento existente.

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Figura 56: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –

Subsistema Vila Histórica

6.1.1.8 SAA Distrito de Praia de Araçatiba

As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de Praia

de Araçatiba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização,

estão apresentadas seguir.

a) Sistema Praia de Araçatiba

Na Figura 57 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e

reservação, e as obras previstas são:

• Construção de Reservatório de 150 m3;

• Acréscimo de captação de 10 L/s;

• Construção de reservatório de 150 m³;

• Reforma de reservatórios existentes;

• Reforma de unidades de tratamento existentes.

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Figura 57: Diagrama simplificado do Distrito Praia de Araçatiba

6.1.2 Obras complementares

As obras complementares compreendem a instalação e/ou substituição de acessórios

para a melhoria na operação da rede de abastecimento de água do município, sendo

contempladas as seguintes intervenções: Instalação de novos hidrômetros na rede existente,

substituição de hidrômetros existentes, substituição periódica de novos hidrômetros,

substituição de rede de distribuição de água existente, construção de rede de água

incremental e execução de ligações incrementais, conforme se apresenta na Tabela 51 .

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Tabela 51: Obras Complementares para o SAA do município de Angra dos Reis

Item Sede Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de

Araçatiba Instalação de Novos Hidrômetros (unid.)

987 45 1.907 580 580 60

Substituição periódica dos hidrômetros (unid) 47.989 2.014 93.135 28.154 27.700 2.665

Substituição da rede existente (m) 2.370 275 3.510 1.390 1.395 370

Construção de rede incremental (m)

55.442 1.981 102.316 33.293 29.183 2.565

Execução de novas ligações prediais (unid) 3.281 117 6.054 1.970 1.727 152

6.1.3 Consolidação das ações e prazos

Na Tabela 52 estão apresentadas as principais intervenções que devem ser realizadas,

bem como, o prazo de execução previsto para cada uma delas.

Dentre as ações previstas para a universalização do serviço de abastecimento de água,

algumas delas serão executadas de forma gradual de acordo com o crescimento da demanda

em virtude do acréscimo populacional ao longo dos anos de planejamento. Compreendendo

essas ações pode-se citar expansão da rede de distribuição de água, implementação de ações

de combate à perda na distribuição, instalação de hidrômetros, fiscalização de perdas na

distribuição, dentre outras.

Tabela 52: Consolidação das principais ações previstas para o SAA do município de Angra

dos Reis

Prazo Tratamento EEAT Reservação

Sede

Curto - Ampliar em 5 L/s

3x100 m3

1x200m3

1x15 m3

3x300 m3

1x350m3 Reforma de reservatórios

Longo - - 1x80 m3 1x50 m3

Distrito Abraão

Curto 2 UTs Acréscimo de captação de 0,5 L/s Reforma das UTs

- 1x15 m3 1x10 m3 Reforma dos reservatórios

Distrito Cunhambebe

Curto

5 UTs - Acréscimo de captação de 24 L/s Reforma das UTs

3x70 m3 1x50 m3 3x100 m3 1x300 m3

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Prazo Tratamento EEAT Reservação

2x200 m3 1x30 m3 1x250 m3 1x25 m3 2x45 m3 1x2.000 m3 1x500 m3 1x450 m3 2x550 m3 Reforma dos reservatórios

Distrito Jacuecanga

Curto Reforma das UTs

1x1.550 m3 1x500 m3 2x300 m3 1x150 m3 Reforma dos reservatórios

Distrito Mambucaba

Curto 1 UT Reforma das UTs

2 x 1.100 m3 1 x 20 m3 1x 65 m3 Reforma dos Reservatórios

Médio Ampliação ETA em 3,0 L/s

Curto Acréscimo na captação + 10 L/s

1x 150 m3

6.2 Programa de Esgotamento Sanitário

A ampliação dos serviços de esgotamento sanitário se dará pela implantação de

infraestrutura de coleta e tratamento de esgotos para cada distrito do município. A descrição

das obras é apresentada a seguir, por distrito, e são particularizadas nas seguintes

intervenções:

• Obras de ampliação e melhoria do sistema existente;

• Obras complementares.

6.2.1 Obras de ampliação e melhoria

6.2.1.1 SES Distrito Sede – Regional Centro

Para o SES da Sede de Angra dos Reis estão previstas obras de ampliação e melhoria,

conforme segue:

• Reforma de ETE Existente, com capacidade de 40L/s;

• Construção de ETE Centro com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 84 L/s;

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• Construção de ETE Sapinhatuba com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 13 L/s;

• Construção de Unidades Individuais de tratamento na bacia 06.

Também está prevista a construção de 5 (cinco) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 53.

Tabela 53: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito Sede

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-2 3+1 138 30

EEB-3ª 3+1 26 12

EEB-3B 3+1 94 27

EEB-3C 3+1 79 18

EEB-5 2+1 10 6

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

• DN400mm PVCDeFoFo 340m

• DN150mm PVCDeFoFo 550m

• DN300mm PVCDeFoFo 415m

• DN300mm PVCDeFoFo 275m

• DN100mm PVCPBA 400m

6.2.1.2 SES Distrito de Abraão

As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de Abraão

são as seguintes:

• Construção de ETE Provetá com processo secundário e desinfecção, para capacidade

de 2L/s;

• Construção de ETE Maratriz com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 1L/s;

• Construção de ETE Bananal com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 1L/s;

• Reforma de ETE Vila do Abraão, com capacidade de 2,9 L/s;

• Reforma de ETE Provetá, com capacidade de 1,7L/s.

Também está prevista a construção de 2(duas) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 54.

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Tabela 54: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito de Abraão

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-1 1+1 3 1

EEB-2 1+1 3 1

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

• DN100mm PVC PBA 90m

• DN100mm PVC PBA 140m

6.2.1.3 SES Distrito de Cunhambebe

As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de

Cunhambebe são as seguintes:

• Construção de ETE Gamboa do Bracuí com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 4L/s;

• Construção de ETE Parque Belém com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 21L/s;

• Construção de ETE Praia da Ribeira com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 12L/s;

• Construção de ETE Japuíba com processo secundário e desinfecção, para capacidade

de 3L/s;

• Construção de ETE Nova Angra com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 11L/s;

• Construção de ETE Aeroporto com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 3L/s;

• Construção de ETE Campo Belo com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 9L/s;

• Construção de ETE Areal com processo secundário e desinfecção, para capacidade

de 7L/s;

• Construção de ETE Enseada com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 2L/s;

• Construção de ETE Frade com processo secundário e desinfecção, para capacidade

de 15L/s;

• Construção de ETE Santa Rita do Bracuí com processo secundário e desinfecção,

para capacidade de 19L/s;

• Construção de ETE Bracuí com processo secundário e desinfecção, para capacidade

de 57L/s;

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• Construção de ETE Água Santa com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 1L/s;

• Construção de ETE Garatucaia com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 21L/s;

• Construção de Unidades Individuais de tratamento na bacia 01;

• Reforma da ETE Monsuaba, com capacidade de 17 L/s;

• Reforma da ETE Japuíba com capacidade de 4 L/s;

• Reforma da ETE Campo Belo com capacidade de 17L/s;

• Reforma da ETE Frade com capacidade de 17 L/s.

Também está prevista a construção de 20 (vinte) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 55.

Tabela 55: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito de Cunhambebe

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-2 1+1 3 3

EEB-4 1+1 3 1

EEB-5 1+1 6 2

EEB-7 1+1 11 6

EEB-9 1+1 7 4

EEB-10 1+1 9 6

EEB-16 1+1 4 1

EEB-18 2+1 20 8

EEB-21 2+1 23 8

EEB-22 2+1 19 16

EEB-23 2+1 28 10

EEB-24 1+1 10 5

EEB-25ª 3+1 29 18

EEB-25B 3+1 29 36

EEB-27 1+1 3 1

EEB-28 1+1 3 3

EEB-29 1+1 3 1

EEB-30 1+1 3 1

EEB-33 1+1 10 4

EEB-34 1+1 11 8

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

DN100mm PVC PBA 1.085m

DN100mm PVC PBA 275m

DN100mm PVC PBA 100m

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DN100mm PVCPBA 300m

DN100mm PVC PBA 515m

DN100mm PVC PBA 620m

DN100mm PVC PBA 200m

DN150mm PVCDeFoFo 230m

DN150mm PVCDeFoFo 100m

DN150mm PVCDeFoFo 645m

DN150mm PVCDeFoFo 150m

DN100mm PVC PBA 200m

DN150mm PVCDeFoFo 520m

DN150mm PVCDeFoFo 1.370m

DN100mm PVC PBA 50m

DN100mm PVC PBA 480m

DN100mm PVC PBA 340m

DN100mm PVCPBA 240m

DN100mm PVC PBA 170m

DN100mm PVC PBA 505m

6.2.1.4 SES Distrito de Jacuecanga

As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de

Jacuecanga são as seguintes:

• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 46L/s;

• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 11 L/s;

• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 7L/s;

• Reforma de ETE Camorim, com capacidade de 2 L/s.

Também está prevista a construção de 9 (nove) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 56.

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Tabela 56: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito Jacuecanga

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-1 1+1 9 3

EEB-2 1+1 2 3

EEB-3 2+1 13 12

EEB-4 2+1 21 6

EEB-5 1+1 4 2

EEB-6 2+1 12 8

EEB-7 3+1 33 9

EEB-8 3+1 65 18

EEB-9 3+1 78 15

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

DN100mm PVC PBA 450m

DN100mm PVC PBA 375m

DN150mm PVCDeFoFo 135m

DN150mm PVCDeFoFo 125m

DN100mm PVC PBA 570m

DN100mm PVCPBA 445m

DN200mm PVCDeFoFo 100m

DN250mm PVCDeFoFo 655m

DN300mm PVCDeFoFo 240m

6.2.1.5 SES Distrito de Mambucaba

As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de

Mambucaba são as seguintes:

• Construção de ETE Perequê com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 45 L/s;

• Construção de ETE Morro Boa Vista com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 1 L/s;

• Construção de ETE Vila Histórica com processo secundário e desinfecção, para

capacidade de 7 L/s;

• Construção de Unidades Individuais de tratamento nas bacias 06 e 07;

• Reforma de ETE Perequê com capacidade de 9,5L/s;

• Reforma de ETE Boa Vista com capacidade de 2,0L/s;

• Reforma de ETE Vila Histórica capacidade de 0,7L/s.

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Também está prevista a construção de 5 (cinco) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 57.

Tabela 57: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito Mambucaba

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-1 1+1 10 10

EEB-2 3+1 9 91

EEB-4 1+1 5 5

EEB-5 1+1 3 3

EEB-8 1+1 6 6

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

DN100mm PVC PBA 775m

DN300mm PVCDeFoFo 545m

DN100mm PVC PBA 320m

DN100mm PVCPBA 120m

DN100mm PVCPBA 1.560m

6.2.1.6 SES Distrito de Praia de Araçatiba

As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de Praia

de Araçatiba são as seguintes:

• Reforma de ETE Araçatiba com capacidade de 6,9L/s.

Também está prevista a construção de 2 (duas) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto

(EEB), conforme as características descritas na Tabela 58.

Tabela 58: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem

implantadas no distrito Praia de Araçatiba

Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)

EEB-1 1+1 5 2

EEB-2 1+1 5 2

Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:

DN100mm PVC PBA 440m

DN100mm PVC PBA 550m

6.2.2 Obras complementares

Em relação às obras complementares propostas para o SES, são consideradas a instalação

de rede incremental para a coleta do esgotamento sanitário do município e a execução de

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novas ligações prediais, a fim de expandir o número de ligações de esgoto existentes por

distritos.

a) Extensão da rede

Neste item é quantificada a rede incremental do SES de cada um dos distritos por

diâmetro, variando de 150 mm a 300 mm. As extensões foram definidas por localidade, em

função do arruamento existente. Na Tabela 59 estão apresentadas as extensões, totalizando

em 291.883 m de rede coletora.

Tabela 59: Quantificação da extensão de rede coletora do SES do município de Angra dos

Reis

Distrito Extensão de Rede Coletora (m)

150mm 200mm 250mm 300mm Total

Sede 29.440 1.132 971 809 32.352

Abraão 16.074 0 0 0 16.074

Cunhambebe 139.874 5.380 4.611 3.843 153.707

Jacuecanga 36.424 1.401 1.201 1.001 40.027

Mambucaba 41.740 1.605 1.376 1.147 45.869

Praia de Araçatiba 3.855 0 0 0 3.855

Total 267.407 9.518 8.159 6.799 291.883

b) Execução de novas ligações prediais incrementais

Nesse item estão quantificadas as novas ligações a serem implementadas ao longo do

período de planejamento totalizando 29.681 ligações. A taxa utilizada é de 3,34

economias/ligação. Para o município de Angra dos Reis estão previstas novas ligações de

esgoto, conforme listado abaixo:

• Sede 6.745 ligações

• Abraão 297 ligações

• Cunhambebe 13.821 ligações

• Jacuecanga 4.322 ligações

• Mambucaba 4.100 ligações

• Praia de Araçatiba 396 ligações

6.2.3 Consolidação das ações e prazos

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Na Tabela 60 está apresentado o resumo das principais obras de esgotamento sanitário

nos distritos do município de Angra dos Reis e o ano de execução das mesmas.

Considerando as ações previstas para a ampliação do serviço de esgotamento sanitário,

serão implementadas obras de caráter contínuo considerando o período de planejamento

como expansão e substituição da rede coletora existente, fiscalização da existência de

ligações cruzadas, novas ligações de esgoto, monitoramento de qualidade de efluente,

dentre outras.

Tabela 60: Consolidação das principais ações previstas para o SES do município de Angra

dos Reis

Prazo Tratamento EEB REC

Sede

Curto ETE CENTRO - 84L/s ETE SAPINHATUBA - 13L/s ETE 40 L/s - Reformar

EEB-2 - 3+1 138L/s 30cv EEB-3A - 3+1 26L/s 12cv EEB-3B - 3+1 94L/s 27cv EEB-3C - 3+1 79L/s 18cv EEB-5 - 2+1 10L/s 6cv

LR2 - 340m DN 400mm LR3A - 550m DN 150mm LR3B - 415m DN 300mm LR3C - 275m DN 300mm LR5 - 400m DN 100mm

Longo

Distrito Abraão

Curto

ETE - 2L/s ETE - 1L/s ETE - 1L/s ETE Vila do Abraão – reformar ETE Provetá - reformar

EEB-2A - 1+1 3L/s 1cv EEB-2B - 1+1 3L/s 1cv

LR2A - 90m DN 100mm LR2B - 140m DN 100mm

Distrito Cunhambebe

Curto

ETE - 4L/s ETE - 21L/s ETE - 12L/s ETE - 3L/s ETE - 11L/s ETE - 3L/s ETE - 9L/s ETE - 7L/s ETE - 2L/s ETE - 15L/s ETE - 19L/s ETE - 57L/s ETE - 1L/s ETE - 21L/s ETE Monsuaba – reformar ETE Japuíba – reformar ETE Campo Belo – reformar ETE Frade - reformar

EEB-2 - 1+1 3L/s 3cv EEB-4 - 1+1 3L/s 1 cv EEB-5 - 1+1 6L/s 2cv EEB-7 - 1+1 11L/s 6cv EEB-9 - 1+1 7L/s 4cv EEB-10 - 1+1 9L/s 6cv EEB-16 - 1+1 4L/s 1cv EEB-18 - 2+1 20L/s 8cv EEB-21 - 2+1 23L/s 8cv EEB-22 - 2+1 19L/s 16cv EEB-23 - 2+1 28L/s 10cv EEB-24 - 1+1 10L/s 5cv EEB-25A - 3+1 29L/s 18cv EEB-25B - 3+1 29L/s 36cv EEB-27 - 1+1 3 L/s 1cv EEB-28 - 1+1 3L/s 3cv EEB-29 - 1+1 3L/s 1cv EEB-30 - 1+1 3L/s 1cv EEB-33- 1+1 10L/s 4 cv EEB-34 - 1+1 11L/s 8cv

LR2 - 1085m - DN100mm LR4 - 275m - DN100mm LR5 - 100m - DN100mm LR7 - 300m - DN100mm LR9 - 515m - DN100mm LR10 - 620m - DN100mm LR16 - 200m - DN100mm LR18 - 230m - DN150mm LR21 - 100m - DN150mm LR22 - 645m - DN150mm LR23 - 150m - DN150mm LR24 - 200m - DN100mm LR25A - 520m - DN150mm LR25B - 1370m - DN150mm LR27 - 50m - DN100mm LR28 - 480m - DN100mm LR29 - 340m – DN100mm LR30 - 240m – DN100mm LR32 - 170m - DN100mm

LR33 - 505m - DN100mm

Distrito Jacuecanga

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Prazo Tratamento EEB REC

Curto

ETE - 7L/s ETE - 11L/s ETE - 46L/s ETE Camorim - reformar

EEB-1 - 1+1 9L/s 3cv EEB-2 - 1+1 2L/s 3cv EEB-3 - 2+1 13L/s 12cv EEB-4 - 2+1 21L/s 6cv EEB-5 - 1+1 4L/s 2cv EEB-6 - 2+1 12L/s 8cv EEB-7 - 3+1 33L/s 9cv EEB-8 - 3+1 65L/s 18cv EEB-9 - 3+1 78L/s 15cv

LR1 - 450m DN 100mm LR2 - 375m DN 100mm LR3 - 135m DN 150mm LR4 - 125m DN 150mm LR5 - 570m DN 100mm LR6 - 445m DN 100mm LR7 - 100m DN 200mm LR8 - 655m DN 250mm LR9 - 240m DN 300mm

Distrito Mambucaba

Curto

ETE - 45L/s ETE - 1L/s ETE - 7L/s ETE Perequê – reformar ETE Boa Vista – reformar ETE V. Histórica – reformar

EEB-1 - 1+1 10L/s 6cv EEB-2 - 3+1 91L/s 24cv EEB-4 - 1+1 5L/s 2cv EEB-5 - 1+1 3L/s 1cv EEB-8 - 1+1 6L/s 14cv

LR1 - 775m DN 100mm LR2 - 545m DN 300mm LR4 - 320m DN 100mm LR5 - 120m DN 100mm LR8 - 1560m DN 100mm

Distrito Praia de Araçatiba

Curto ETE Araçatiba - reformar EEB-1 - 1+1 5L/s 2cv EEB-2 - 1+1 5L/s 2cv

LR1 - 440m DN 100mm LR2 - 550m DN 100mm

6.3 Programa de Desenvolvimento Institucional

Apesar do presente relatório não abordar o planejamento de todos os eixos de

saneamento e se ater em detalhes dos serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, faz-se necessário mencionar algumas ações em âmbito institucional as quais devem

ser definidas durante a elaboração/revisão de cada PMSB, juntamente com diversos atores

estratégicos de cada município.

Dessa forma, cita-se os seguintes objetivos para o Programa de Desenvolvimento

Institucional:

• Integrar e constituir o arcabouço jurídico-normativo da Política Municipal de

Saneamento Básico;

• Estabelecer instrumento para o financiamento de investimentos e subsídios sociais dos

serviços de saneamento, conforme determina a Lei nº. 11.445/2007;

• Instituir a Comissão de Acompanhamento para organizar, otimizar e concentrar as

questões relativas ao saneamento;

• Definir forma de regulação e fiscalização desses serviços de saneamento;

• Direcionar o desenvolvimento e implementação de mecanismos de gestão do

saneamento e implantação de um sistema municipal de informações;

• Implementar instrumentos para o controle social dos serviços de saneamento; e

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• Incentivar a implementação de programas de educação sanitária e ambiental.

Outras ações relativas à institucionalização do saneamento básico, a saber: (i)

Constituição de uma comissão de fiscalização, acompanhamento e avaliação, responsável

por acompanhar e avaliar a implementação do PMSB; (ii) Elaboração de relatórios periódicos

de acompanhamento do PMSB; (iii) Elaboração de relatórios periódicos de análise que

apresentem cunho administrativo em relação ao progresso do PMSB;

Propõe-se ainda as seguintes ações institucionais, mais especificamente para os SAA e

SES: (i) Criação ou associação do ente regulador dos serviços de saneamento, (ii) Criação de

ente de controle social ou mecanismos para esse fim (conselho municipal), (iii) Criar

mecanismo legal para investimento de 5% da receita no sistema de água (inicialmente, 5%

serão acrescidos na tarifa); (iv) Criar instrumento legal para que em

loteamentos/condomínios onde não existem soluções de abastecimento de água, sejam

implantadas pelo SAAE (o empreendedor será o responsável pela implantação nos novos

parcelamentos com aprovação do gestor municipal) e (v) Implantar instrumento legal na lei

de saneamento que possibilite a participação de parcerias públicas privadas.

Sugere-se ações, conforme apresentado na

Tabela 61.

Tabela 61: Sugestões de ações no âmbito institucional para o município de Angra dos Reis

Ações Responsáveis

Curto Prazo

Designação dos responsáveis pela fiscalização das soluções individuais Prefeitura Municipal/SAAE

Interação, compatibilização e capacitação dos agentes envolvidos na prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário para preenchimento correto dos dados do SNIS ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA

Estabelecimento de procedimentos padrão entre os órgãos envolvidos com a prestação municipal de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário

Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA;

Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento

Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura

Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA

Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de

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Ações Responsáveis

Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA

Médio Prazo

Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de Água e Esgoto de Angra dos Reis¹

Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA

Interação, compatibilização e capacitação dos agentes envolvidos na prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário para preenchimento correto dos dados do SNIS e no módulo de disponibilização das informações ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA;

Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento

Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura/SAAE e CONCESSIONÁRIA

Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA;

Comunicação e Mobilização social para a divulgação e revisão PMSB ¹

Prefeitura Municipal; CONCESSIONÁRIA

Longo Prazo

Acompanhamento das atividades do Plano Municipal de Água e Esgoto pelo Grupo Técnico de Acompanhamento de acordo com a ação 2 proposta ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; Câmara Municipal;

CONCESSIONÁRIA; Grupo Técnico de Acompanhamento

Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento

Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹

Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura

Municipal/SAAE e CONCESSIONÁRIA

Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA;

Comunicação e Mobilização social para a divulgação e revisão PMSB ¹

Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA

Nota: (1) - Ações Contínuas durante o período do projeto.

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7. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E

CONTINGÊNCIAS

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7 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

O Plano de Contingências e Emergências é constituído de documentos normativos que

objetivam orientar garantir (i) a segurança das instalações operacionais que compõem os

sistemas coletivos de abastecimento de água e esgotamento sanitário; e (ii) a tomada de

decisão para prevenção, resposta e mitigação de eventos que possam comprometer o seu

funcionamento. A partir do Plano, portanto, será possível preparar para o enfrentamento de

uma situação atípica, através de ações que aumentem a segurança dos sistemas e reduzam

a vulnerabilidade e os riscos associados a incidentes.

O Plano deverá prever o treinamento, a organização e a orientação dos gestores e

operadores dos sistemas, tendo em vista a tomada de decisão eficiente em caso de uma

situação crítica. Assim, objetiva-se a manutenção da operação das condições normais de

funcionamento, através de respostas às variações de parâmetros operacionais ocorridas

durante o monitoramento de rotina. Em suma, as ações contidas no plano podem ser:

• Preventivas: são parte do planejamento e da gestão dos sistemas de abastecimento

de água e esgotamento sanitário durante suas operações de rotina e tem como

objetivo evitar a ocorrência de eventos indesejáveis;

• Emergenciais: devem sem tomadas durante a ocorrência de situações adversas para

minimizar os danos aos sistemas, às pessoas e ao ambiente; e

• De readequação: aplicada em período posterior à ocorrência do evento adverso para

a readequação dos sistemas. Constitui-se na avaliação das falhas ocorridas,

verificando eventuais elementos não identificados durante o período de

planejamento, os quais deverão ser incorporados ao Plano.

Na Tabela 62 está apresentado o conteúdo básico exigido para um plano de

contingências.

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Tabela 62: Conteúdo básico de um plano de contingências

Temas Conteúdo

Aspectos Gerais

1. Objetivos e abrangência do Plano de Contingências. 2. Data da última revisão. 3. Informação geral sobre os objetos a serem protegidos:

• Designação do objeto; • Entidade gestora; • Elemento(s) de contato para o desenvolvimento e manutenção do

Plano; e • Telefone, fax e endereço eletrônico do(s) elemento(s) de contato.

Planos de Emergência

1. Tipos de Ocorrência e Estados de severidade ou alerta. 2. Resposta inicial:

• Acionamento do sistema de gestão de emergências; • Procedimentos para notificações internas e externas; • Procedimentos para avaliação preliminar da situação; • Procedimentos para estabelecimento de objetivos e prioridades de

resposta aos incidentes; • Procedimentos para a implementação do plano de ação; e • Procedimentos para a mobilização de recursos.

3. Continuidade da resposta. 4. Ações de encerramento e acompanhamento.

Manuais de Procedimentos Operacionais

1. Informações sobre o objeto: • Mapas; • Esquemas de funcionamento; e • Descrição das instalações/layout.

2. Notificação: • Notificações internas; • Notificações à comunidade; e • Notificações a entidades oficiais.

3. Sistema de gestão da resposta: • Generalidades; • Planejamento; • Cadeia de comando; • Operações; • Instruções de segurança; • Plano de evacuação; • Logística; e • Finanças.

4. Documentação de incidentes. 5. Análise crítica, revisão do plano e alterações. 6. Análise de conformidade.

Estratégias de

Comunicação

1. Procedimentos para informação de incidentes.

2. Síntese das informações para os usuários.

3. Sistema de comunicação entre operadoras, entidades e usuários.

4. Elaboração de periódicos mensais e anuais.

Fonte: Adaptado de Vieira et al (2006)

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Recomenda-se que a atualização do plano de Saneamento e de Contingência sejam

realizadas no mesmo momento, não ultrapassando o prazo de 4 anos previsto na Lei nº

11.445/2007. Além disso, faz-se necessária a atualização do plano de contingências sempre

que houver alterações nos sistemas que devam ser protegidos.

No que se refere ao plano de emergências, este deve incluir ações descritivas, com um

diagrama de fluxo operacional, detalhando todos os responsáveis e suas respectivas funções

para a solução de cada situação. Devem ser estabelecidos níveis de emergência ou alerta

que classificam a gravidade da situação enfrentada pelo sistema, conforme indicado na

Tabela 63.

Tabela 63: Estados de Alerta de Emergência

Situação de atenção

Incidente, anomalia ou suspeita que, pelas suas dimensões ou confinamento, não é uma ameaça para além do local onde foi produzida.

Situação de perigo

Acidente ou situação que pode evoluir para situação de emergência se não for considerada uma ação corretiva imediata, mantendo-se, contudo, o sistema em funcionamento.

Situação de emergência

Acidente ou situação grave ou catastrófica, descontrolada ou de difícil controle, que originou ou pode originar danos pessoais, materiais ou ambientais; requer ação corretiva imediata para a recuperação do controle e minimização das suas consequências.

Fonte: VIEIRA et al (2006)

7.1 Abastecimento de água

As adversidades que podem afetar a prestação do serviço de abastecimento de água

podem estar relacionadas à operação ou às características do manancial, podendo acarretar

a falta de água parcial ou generalizada, dependendo do tipo e do local do acidente ocorrido.

Em virtude da ocorrência das situações ora mencionadas, como medida de emergência

a ser tomada, destaca-se a comunicação imediata com a Defesa Civil e a população, além

da prioridade no abastecimento de estabelecimentos como hospitais, unidades básicas de

Saúde (UBS), creches, escolas etc.

Dentre as medidas de acionamento das estruturas emergenciais de captação, de

transferência ou de transposição de vazões de água bruta, vale destacar que estas podem

ser realizadas através da utilização de reservatórios ou estruturas mantidas preventivamente

para o atendimento do abastecimento de água para situações emergenciais.

A seguir estão apresentadas as possíveis situações adversas às quais o sistema de

abastecimento de água pode estar exposto.

• Mananciais de abastecimento: um dos eventos é a ocorrência de período de estiagem,

o que diminui a disponibilidade hídrica para o atendimento da demanda. Nesses

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casos, cabe ao município controlar a captação no manancial onde a disponibilidade

está mais vulnerável. Além disso, deve se considerar acidentes que podem prejudicar

qualitativamente a disponibilidade hídrica do manancial, como contaminações

causadas por vazamento/derramamento de produtos químicos nos cursos d'água;

• Estações de tratamento de água: podem ser acometidas por problemas como (i) falha

ou pane no sistema elétrico da estação ou interrupção no fornecimento de energia

elétrica; (ii) falhas nos equipamentos eletromecânicos ou estruturais; e problemas

referentes à falta de produtos químicos que impedem o efetivo tratamento da água

bruta; e

• Redes de captação, adução e distribuição de água: no caso incidentes que afetem a

integridade e o funcionamento de unidades relacionadas à essas etapas, o

abastecimento pode ser prejudicado, necessitando que, de forma imediata e

simultânea, sejam tomadas medidas emergenciais e de reparos nas estruturas

atingidas. Vale ressaltar que deve fazer parte da rotina de operação, o

monitoramento preventivo de verificação das estruturas, identificando as possíveis

falhas e efetuando as correções necessárias.

Para o município de Angra dos Reis, o Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado

em 2014, contemplou as ações de emergências e contingências referentes ao abastecimento

de água, determinando os procedimentos a serem adotados de acordo com a ocorrência,

conforme apresentado a seguir.

• Em caso de danificação de estruturas:

o Executar reparos das estruturas danificadas;

o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;

o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com

caminhões tanque/pipa;

o Acionar a Polícia Militar para investigação do ocorrido;

o Implantar a executar serviço permanente de manutenção e monitoramento do

sistema de captação;

o Executar reparos das instalações danificadas e troca de equipamentos;

o Comunicar a prestadora (para que acione socorro e fonte alternativa de água);

o Transferir água entre setores de abastecimento; e

o Promover abastecimento das áreas atingidas com caminhões pipa/tanque.

• Em caso de ocorrência de falta de energia elétrica:

o Comunicar a prestadora dos serviços para que busque socorro e acione fonte

alternativa de água;

o Comunicar a companhia fornecedora de energia local;

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o Comunicar à prestadora de serviço para que acione socorro e busque fonte

alternativa de água;

o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;

o Transferir água entre setores de abastecimento.

• Em caso de ocorrência de falta de água devido a consumos atípicos:

o Comunicar a prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de

água; e

o Comunicar a companhia fornecedora de energia local.

• Em caso de deficiência na qualidade da água:

o Implementar sistema de monitoramento da qualidade da água dos mananciais;

o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;

o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com

caminhões tanque/pipa;

o Implementar sistema tarifário diferenciado para os períodos de estiagem

prolongada, como forma de contingenciamento do recurso hídrico; e

o Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de atender

temporariamente à população atingida, pela falta de água localizada.

• Em caso de ocorrência da contaminação do SAA e de mananciais:

o Comunicar à população, instituições, autoridades e polícia local, defesa civil,

corpo de bombeiros e órgãos de controle ambiental;

o Comunicar a prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de

água;

o Interromper o abastecimento de água da área atingida até que se verifique a

extensão da contaminação e que seja retomada a qualidade da água para a

captação;

o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios não

atingidos pela contaminação;

o Utilizar a capacidade ociosa de mananciais não atingidos pela ocorrência de

contaminação;

o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com

caminhões tanque/pipa;

o Interditar/interromper as atividades que resultaram na contaminação até se

avaliar o ocorrido; e

o Detectar o local e extensão da contaminação.

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7.2 Esgotamento Sanitário

Os acidentes no sistema de esgotamento sanitário podem ocorrer em qualquer uma de

suas fases de coleta, transporte, bombeamento, tratamento e lançamento em cursos d’água.

Dentre as causas, cita-se o vazamento nas redes, inundações ou extravasamento nas

instalações, falta de energia elétrica, movimentação de terra ou deslizamentos.

Tais acidentes, além de impedir o tratamento e a destinação do efluente tratado para

o corpo receptor, podem acarretar a contaminação dos corpos d’água e do solo,

prejudicando o meio ambiente e colocando em risco a saúde pública.

A primeira medida a ser tomada é o acionamento imediato de uma equipe para

atendimento emergencial para avaliar o acidente de tomar as ações necessárias. De forma

análoga ao sistema de abastecimento de água, quando a paralisação da elevatória é

consequência de falta de energia elétrica, sistemas de geração autônoma de energia podem

solucioná-lo. Faz-se necessária, portanto, a adoção de medidas para a identificação das

estruturas e da abrangência das áreas afetadas pela ocorrência.

Em casos de contaminação, deve ser efetuado o acionamento de agentes ligados à

vigilância sanitária e para vazamentos que comprometam a qualidade da água do manancial,

faz-se necessário também o acionamento das ações de contingência e de emergência para o

sistema de abastecimento de água, a fim de garantir a qualidade da segurança da água.

Considerando que na área rural do município são utilizados sistemas individuais para o

tratamento de esgoto, é importante que haja fiscalização do monitoramento de possíveis

ocorrências de extravasamento dos tanques sépticos que possam se tornar fontes de

contaminação do solo e do lençol freático ou de corpos hídricos próximos. Faz-se necessária

a verificação do comprometimento dos mananciais utilizados para o abastecimento público

e daqueles utilizados para abastecimento individual, muito comum em áreas rurais. Nesse

caso, deve-se pensar em alternativas para garantir o abastecimento de água como, por

exemplo, a utilização de caminhões pipa.

Os problemas referentes à falta dos serviços de saneamento podem causar impactos

como a contaminação de mananciais para o abastecimento público e a exposição do efluente

para a população. Tais situações acarretam problemas referentes à disseminação de doenças

de veiculação hídrica ou relacionadas à falta de saneamento, dentre elas podemos citar,

diarreias, hepatite, febres entéricas ou tifóide, esquistossomose, leptospirose, teníases,

micoses, entre outras. As ações de emergência devem ser realizadas principalmente nos

sistemas e nos corpos hídricos, em especial no manancial utilizado para o abastecimento,

pois a sua contaminação coloca em situação de risco o abastecimento do município.

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Para o município de Angra dos Reis, o Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado

em 2014, contemplou as ações de emergências e contingências referentes ao esgotamento

sanitário, determinando os procedimentos a serem adotados de acordo com a ocorrência,

conforme apresentado a seguir.

• Em caso de ocorrência de falta de energia elétrica e danos nos equipamentos:

o Comunicar a interrupção à companhia fornecedora de energia local;

o Adicionar gerador alternativo de energia;

o Instalar tanques de acumulação de esgoto extravasado;

o Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre os problemas com os

equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de

tratamento;

o Instalar equipamentos reserva;

o Acionar a Polícia Militar para investigação do ocorrido;

o Comunicar a prestadora dos serviços; e

o Executar reparo das instalações danificadas com urgência.

• Em caso de ocorrência de extravasamento de movimentação de massa em travessias

canais e fundo de vale:

o Executar reparo da área danificada com urgência;

o Comunicar a prestadora dos serviços;

o Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes

o Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma

parte do sistema de coleta de esgoto; e

o Comunicar as autoridades de trânsito sobre o rompimento da travessia.

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8. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES

PROGRAMADAS

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8 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E

EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS

No âmbito do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), os mecanismos e

procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas

apresentam estratégias que permitam o acompanhamento e monitoramento da

implementação do PMSB, bem como a realização da sua avaliação periódica e revisão,

conforme previsto na Lei Federal nº 11.445/2007. Deve conter ainda os mecanismos de

divulgação do acompanhamento e dos resultados da execução do Plano, de representação

da sociedade e de controle social.

O desenvolvimento dos Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática deve

ser dividido nos seguintes itens:

• Estruturação jurídico institucional;

• Mecanismos de monitoramento e avaliação;

• Mecanismos de divulgação;

• Mecanismos de representação da sociedade;

• Orientações para revisão do Plano; e

• Estruturação jurídico institucional.

O estabelecimento da estruturação jurídico institucional visa à gestão adequada dos

serviços de saneamento básico, indicando as alternativas jurídico-institucionais e

relacionando-as com a situação atual do município e as ações propostas para melhoria do

saneamento básico neste aspecto. A prestação adequada dos serviços de saneamento básico

compreende as seguintes etapas:

• Planejamento;

• Execução;

• Regulação e Fiscalização;

• Monitoramento;

• Avaliação; e

• Controle Social.

Em relação à execução, o SAAE e a CEDAE são responsáveis pela gestão dos sistemas

coletivos de abastecimento de água no município. O município de Angra dos Reis não possui

ou participa de entidade reguladora. O esgotamento sanitário em todo o território municipal

é de responsabilidade do SAAE de Angra dos Reis e não foi identificado órgão fiscalizador.

Entre os instrumentos de gestão sugeridos para o acompanhamento da implementação

do Plano, destaca-se o Sistema de Informações Municipal de Saneamento Básico, o qual

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consiste em um módulo com informações sobre a prestação dos serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário. Este sistema apresentará quais indicadores definidos para

o acompanhamento e a avaliação dos programas, projetos e ações propostos e para o alcance

das metas e objetivos propostos pelo Plano. A partir da análise e acompanhamento da

evolução destes indicadores é possível realizar uma avaliação do impacto das ações

propostas na melhoria da situação de cada serviço e, consequentemente, na melhoria na

qualidade de vida da população.

Com o objetivo de garantir o monitoramento eficaz do Plano, sugere-se que gestores

responsáveis pelos sistemas elaborem Relatório Periódicos de Avaliação do Plano o qual deve

abranger as seguintes informações:

• Evolução dos indicadores ao longo período de planejamento, considerando as metas

propostas;

• Análise da implementação dos programas propostos, apontando prazos, situação

(concluídas, em implantação ou atrasadas) e comentários dificuldades e

oportunidades identificadas, bem como investimentos realizados e eventualmente

necessários; e

• Análise da satisfação da população que poderá ser realizada por meio de pesquisas e

da análise das reclamações feitas através dos canais de ouvidoria, por exemplo.

Para promover a articulação, organização e sistematização de dados e informações

referentes aos projetos, obras e ações de saneamento básico deve se propor ainda a criação

de uma Comissão Permanente com representantes de Prefeitura Municipal, dos prestadores

e da Sociedade Civil. Outro mecanismo importante de divulgação do Plano é a realização de

eventos públicos de acompanhamento, onde será apresentado o relatório de avaliação anual

do plano. Desta forma, são garantidos à população o direito de tomar conhecimento da

situação e discutir possíveis adequações ou melhorias.

Conforme preconiza a Lei Federal nº 11.445/20017, o PMSB deve ser atualizado pelo

menos a cada 4 anos, de preferência em períodos coincidentes com o Plano Plurianual (PPA),

pelo órgão municipal da gestão do saneamento. Nesta revisão devem ser ajustados os

programas, projetos e ações previstos, abordando o cronograma de execução, prazos

estabelecidos, entre outros elementos, de acordo com o aferido nos relatórios de avaliação

anual, eventos públicos de acompanhamento do PMSB e outros eventos que discutam

questões relativas ao saneamento básico.

Para garantir a participação da população, deve ser elaborada uma versão preliminar da

revisão do Plano a qual deverá ser apresentada em Consulta Pública para a população. A

Consulta Pública deve ser amplamente divulgada pelos principais meios de comunicação

existentes no município, com antecedência mínima adequada, sendo imprescindível a

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participação efetiva da sociedade com intuito de contestar ou aprovar o PMSB. A partir daí,

considerando as questões abordadas na Consulta Pública, deve se elaborar a Versão Final da

Revisão do Plano. Desta forma, se concretizam os mecanismos para que a tomada de

decisões, no setor de abastecimento de água e esgotamento sanitário, seja mais democrática

e participativa.

Quanto aos recursos humanos e administrativos, é sugerido a constituição de uma

comissão de fiscalização, acompanhamento e avaliação, responsável por acompanhar e

avaliar a implementação do PMSB, monitorando a execução das ações e os resultados

alcançados, garantindo que os objetivos do plano sejam gradativamente atingidos. Tal

comissão deverá ser composta por representantes das instituições do poder público

municipal, estadual e federal relacionadas com o saneamento básico. Cabe ressaltar que a

comissão poderá contar com membros representantes de organizações da sociedade civil

(entidades do movimento social, entidades sindicais e profissionais, grupos ambientalistas,

entidades de defesa do consumidor, dentre outras).

Ainda deverão ser definidos recursos materiais, tecnológicos e econômico-financeiros,

indispensáveis para a gestão do monitoramento, fiscalização e avaliação do plano, bem como

da eficácia das ações programadas e dos resultados alcançados e das justificativas para os

resultados não alcançados:

• Utilização dos indicadores do PMSB: visando avaliar e monitorar os cenários atuais

e futuros dos eixos do saneamento no município. O uso dos indicadores permite a

verificação dos sistemas de saneamento com relação a diversos aspectos, bem como

a identificação de anormalidades e ocorrência de eventualidades no sistema,

indicando a necessidade de análise quanto à existência de falhas operacionais e

adoção de medidas gerenciais e administrativas para solucionar os problemas;

• Elaboração de relatórios periódicos de acompanhamento do PMSB: a serem

elaborados com periodicidade anual estes relatórios deverão conter o

acompanhamento de todos os indicadores, comparando sua evolução com a linha de

base e o objetivo ainda a ser alcançado; o resumo das atividades realizadas de acordo

com a programação do PMSB; os avanços da implantação do PMSB; a identificação de

eventual variação existente; e por fim as medidas corretivas adotadas ou

recomendadas. Os relatórios de acompanhamento deverão ser apresentados aos

responsáveis pelo seu acompanhamento;

• Elaboração de relatórios periódicos de análise que apresentem cunho

administrativo em relação ao progresso do PMSB: os relatórios de análise devem

ser elaborados com a periodicidade de uma vez a cada quatro anos, em conformidade

com a Lei Federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre as diretrizes

nacionais para o saneamento básico. O relatório deverá incluir análises referentes ao

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desempenho do PMSB, comparando os fatores de sucesso e os de insucesso; a

identificação das restrições e imprevistos que afetaram a execução do plano, suas

causas e as medidas corretivas adotadas; e os eventuais novos delineamentos de

metas e readequações operacionais. Os relatórios analíticos permitirão manter o foco

de longo prazo do PMSB ativo, permeando suas ações e objetivos para os demais

setores da administração municipal. Devido ao seu caráter estratégico, recomenda-

se que tais relatórios sejam devidamente publicados e disponibilizados à sociedade

civil, podendo motivar fóruns e debates sobre os temas específicos que se façam

pertinentes.

Por fim, considera-se que devido a atualização periódica do plano, o sistema com todos

os indicadores poderá ser reavaliado e implantado gradativamente. As informações

estratégicas sobre os serviços de saneamento básico deverão ser colocadas à disposição do

governo federal e estadual, dentro dos padrões solicitados e em articulação com o SNIS.

Além disso, cabe ressaltar que os instrumentos de gestão para monitoramento, fiscalização

e avaliação propostos no PMSB podem ser incrementados durante a aplicação dos mesmos,

para a avaliação do plano.

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9.INVESTIMENTOS E CUSTOS

OPERACIONAIS

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9 INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS

9.1 Premissas de Investimentos

Para cálculo de custos de obras e serviços de engenharia (Capex), foram adotadas as

seguintes planilhas referenciais:

• Boletim do EMOP – Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, base

Dezembro/2018;

• SINAPI-RJ - Dez/18, excepcionalmente na falta de algum custo unitário do EMOP;

• Orçamentos referenciais da CEDAE.

Para os Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), foi utilizado o valor de 24%, valor médio

admitido pelo TCU para obras de saneamento básico.

9.1.1 Custos paramétricos e curvas de custo

Para a elaboração do Capex foram utilizadas duas metodologias: determinação de custos

paramétricos e elaboração de curvas de custo.

Os custos paramétricos foram utilizados para as seguintes obras: redes de distribuição

de água e de coleta de esgoto, ligações prediais de água e de esgoto, ligações

intradomiciliares, substituição de hidrômetros, poços profundos, adutoras e linhas de

recalque e atuação nas áreas irregulares.

Foram elaboradas curvas de custo para as seguintes obras: captação de água bruta,

estações de tratamento de água e de esgoto, estações elevatórias de água e de esgoto e

para reservatórios de água.

9.1.2 Reinvestimento

Para reinvestimento adotaram-se os seguintes percentuais em relação aos ativos da

CEDAE, sejam eles existentes ou a construir:

Equipamentos 5% ao ano

Telemetria e automação 5% ao ano

9.1.3 Outros custos

Para automação e telemetria foi considerado o custo equivalente a 5% sobre o CAPEX

de obras civis e equipamentos das obras correlatas (captações, estações de tratamento e

estações elevatórias e reservatórios) e para estudos e projetos o valor equivalente a 5% do

custo total da obra, que engloba os serviços de geotecnia e cadastramento topográfico. Para

desapropriações custo unitário do terreno foi obtido através de pesquisa via internet.

9.2 Premissas de avaliação de Despesas Operacionais (Opex)

Página 166 de 174

As despesas operacionais significativas são recursos humanos, energia elétrica, produtos

químicos e transporte de lodo, além de outras tais como manutenção da obra civil de

equipamentos e miscelâneas.

9.2.1 Produtos químicos

Foram admitidos os seguintes consumos de produtos químicos, resumidos na Tabela 64.

Tabela 64: Produtos químicos para água e esgoto

Produtos Químicos - Água

Sulfato de Alumínio 40 mg/L

Cal 20 mg/L

Cloro 3 mg/L

Polímero para lodo 5 kg/ton. lodo

Ácido fluossilícico 1 mg/L

Produtos Químicos - Esgoto

Cloro 8 mg/L

Polímero para lodo 5 kg/ton. lodo

9.2.2 Energia (kW)

As seguintes tarifas unitárias foram disponibilizadas pela CEDAE, considerando que o

custo de demanda está incluso no consumo.

BT: 0,514448 R$/kWh (classe de tarifa B3 – até 2,3 kV)

MT: 0,425795 R$/kWh (classe de tarifa A4 – 2,3 kV a 25 kV)

AT: 0,332477 R$/kWh (classe de tarifa A3 – 69 kV a 138 kV)

A definição da classe de tensão para cada instalação depende de uma série de fatores,

tais como disponibilidade de rede na área, normas da concessionária de energia elétrica,

potência instalada, dentre outros, de maneira que para determinação do custo de energia

utilizou-se o seguinte critério:

Baixa tensão até 150cv

Média tensão de 150 a 3.000cv

Alta tensão Maior que 3.000cv

9.2.3 Recursos humanos

Propõe-se para o custo de Recursos Humanos, o valor de R$118.000,00/colaborador,

com base no custo médio do operador privado no RJ atualmente

No que se refere à produtividade foi proposto 643 ligações/funcionário, com base na

produtividade das principais concessionárias do país.

Página 167 de 174

9.2.4 Transporte de lodo

O lodo gerado nos ETAs e ETEs serão transportados até o bota fora licenciado mais

próximo. A distância média considerada de transporte é de 40 (quarenta) quilômetros.

O volume de produção de lodo estimado para a estação de tratamento de água e de

esgotos são os seguintes:

• Lodo ETA: )*³

�,-� �

�...../ 0123

• Lodo ativado com leito de secagem: 95 g/hab.dia;

• Lodo ativado com centrífuga: 127 g/hab.dia

• UASB + Filtro com leito de secagem: 27 g/hab.dia;

• UASB + Filtro com centrífuga: 40 g/hab.dia

• Lagoa: 20 g/hab.dia.

O custo unitário de transporte e disposição de lodo são os seguintes:

• Custo de transporte: 3,80 R$/ton*km;

• Custo de disposição: 68,00 R$/ton. (base CEDAE)

9.2.5 Manutenção das obras civis e equipamentos

O critério utilizado foi de considerar o parâmetro de 68,50 R$/ligação.

9.2.6 Miscelâneas

Como miscelâneas consideram-se como principais custos: outorgas, locação e máquinas

equipamentos e veículos, aluguel de imóveis, custos de seguros, veiculação de publicidade

e propaganda, comunicação e transmissão de dados anúncios e editais, serviços de

laboratórios, serviços gráficos, tarifas bancárias, mobilidade (veículos), materiais

(administrativos e limpeza), outorgas, licenciamentos, etc. O critério utilizado foi de

considerar o parâmetro de 54 R$/ligação.

9.3 Tabelas de Capex e Opex

Nas Tabela 65 e

Tabela 66 estão apresentados, respectivamente, os custos de Capex e Opex dos SAA e dos

SES dos distritos de Angra dos Reis. Nas

Página 168 de 174

Tabela 67 e Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do

período de planejamento (35 anos).

Tabela 68 estão as estimativas de investimentos totais durante todo o período de

planejamento.

Página 169 de 174

Tabela 65: Custos de Capex e Opex dos Sistemas de Abastecimento de Angra dos Reis

Estruturas Distritos

Total Sede-Angra dos Reis

Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de

Araçatiba

SIST

EMA

DE

ABA

STEC

IMEN

TO

DE

ÁG

UA

Captação / Poço (Mil R$) 138 138 138 88 38 38 578

Elevatória (Mil R$) 2.010 0 119 0 0 0 2.129

Adutora (Mil R$) 0 117 0 0 0 0 117

ETA (Mil R$) 156 37 96 152 43 5 489

Reservatório (Mil R$) 10.792 633 6.885 3.249 3.882 136 25.577

Rede (Mil R$) 19.143 409 46.910 11.488 10.106 531 88.587

Ligação (Mil R$) 868 31 1.602 521 457 40 3.519

Hidrometração (Mil R$) 6.060 264 11.627 3.545 3.471 332 25.299

Reinvestimento (Mil R$) 9.214 101 833 392 337 26 10.903

Telemetria e Projetos (Mil R$) 2.127 63 2.835 1.011 883 33 6.952

Ambiental (Mil R$) 2.853 0 0 0 0 0 2.853

Total CAPEX (Mil R$) 53.361 1.793 71.044 20.447 19.216 1.140 167.001

Materiais de Trat. (Mil R$) 4.380 130 3.107 2.126 1.794 40 11.577

Energia (Mil R$) 56.352 433 7.378 3.239 2.840 72 70.314

Pessoal (Mil R$) 21.095 881 40.870 12.415 12.172 1.177 88.610

Manutenção (Mil R$) 6.997 292 13.555 4.118 4.037 390 29.389

Outros Custos (Mil R$) 13.815 577 26.765 8.130 7.972 771 58.030

Total OPEX (Mil R$) 102.638 2.315 91.675 30.028 28.815 2.451 257.922

Página 170 de 174

Tabela 66: Custos de Capex e Opex dos Sistemas de Esgotamento Sanitário de Angra dos Reis

Estruturas Distritos

Total Sede Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba

Praia de Araçatiba

SIST

EMA

DE

ESG

OT

AM

ENT

O S

AN

ITÁ

RIO

Rede (Mil R$) 13.929 5.751 66.179 17.233 19.749 1.379 124.220

Ligação (Mil R$) 20.981 844 42.979 13.428 12.750 1.119 92.101

EEE (Mil R$) 4.031 269 6.208 3.840 1.966 361 16.675

LR (Mil R$) 887 26 1.837 763 739 143 4.395

ETE (Mil R$) 18.940 15.117 78.669 19.252 20.208 1.128 153.314

Reinvestimento (Mil R$) 13.419 9.909 46.104 12.302 14.864 2.191 98.789

Telemetria e Projetos (Mil R$) 1.753 998 7.182 1.919 2.027 138 14.017

Ambiental (Mil R$) 2.258 916 916 916 916 916 6.838

Total CAPEX (Mil R$) 76.198 33.830 250.074 69.653 73.219 7.375 510.349

Materiais de Trat. (Mil R$) 12.996 692 13.272 5.780 6.291 722 39.753

Energia (Mil R$) 12.208 945 18.716 7.307 6.088 682 45.946

Pessoal (Mil R$) 14.955 597 27.778 8.499 8.254 797 60.880

Manutenção (Mil R$) 4.960 198 9.213 2.819 2.738 264 20.192

Outros Custos (Mil R$) 9.794 391 18.191 5.566 5.405 522 39.869

Total OPEX (Mil R$) 54.912 2.823 87.170 29.969 28.776 2.986 206.636

Página 171 de 174

Tabela 67: Estimativas de custos para implantação e operação dos SAA ao longo do período de planejamento

Ano Custo por distrito (Mil R$)

Custo total (Mil R$) Sede-Angra dos Reis

Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de

Araçatiba 5 17.879 1.081 29.456 8.569 9.218 417 66.620 10 9.972 286 19.211 4.397 4.354 272 38.492 15 11.623 117 9.404 2.553 2.167 135 25.999 20 4.783 99 5.824 1.956 1.414 108 14.184 25 3.710 83 3.037 1.390 821 85 9.126 30 2.811 69 2.107 901 630 65 6.583 35 2.583 59 2.005 681 611 58 5.997

Total 53.361 1.793 71.044 20.447 19.216 1.140 167.001

Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do período de planejamento (35 anos).

Tabela 68: Estimativas de custos para implantação e operação dos SES ao longo do período de planejamento

Ano Custo por distrito (Mil R$)

Custo total (Mil R$) Sede-Angra dos Reis

Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de

Araçatiba 5 31.657 17.533 108.883 30.467 29.504 2.619 220.663 10 11.027 3.518 33.487 9.318 10.740 1.321 69.411 15 12.187 3.536 38.612 10.595 11.640 1.067 77.637 20 12.831 3.728 40.669 11.331 12.293 1.122 81.974 25 3.749 2.090 12.491 3.567 3.906 484 26.287 30 2.429 1.717 7.983 2.242 2.572 383 17.326 35 2.320 1.708 7.949 2.133 2.563 378 17.051

Total 76.198 33.830 250.074 69.653 73.219 7.375 510.349

Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do período de planejamento (35 anos).

Página 172 de 174

9.4 Fontes de Financiamento

Os recursos destinados ao saneamento básico provem, em sua maioria, dos recursos do

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) com aportes do BNDES (Avançar Cidades) e

outras fontes de recursos, como os obtidos pela cobrança pelo uso da água. Existem também

os programas do Governo Estadual e outras fontes externas de recursos de terceiros,

representadas pelas agências multilaterais de crédito como, por exemplo, o Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID). Outra possibilidade é a obtenção de recursos

privados através de parcerias, concessões e outras variáveis previstas em Lei.

Entretanto, a fonte primária de recursos para o setor se constitui nas tarifas, taxas e

preços públicos. Estas são as principais fontes de encaminhamento de recursos financeiros

para a exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário que,

além de recuperar as despesas de exploração dos serviços, podem gerar um excedente que

fornece a base de sustentação para alavancar investimentos, quer sejam com recursos

próprios e/ou de terceiros.

Página 173 de 174

10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Página 174 de 174

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de

Página 175 de 175

setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24

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