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Planejamento Governamental e Avaliação de Políticas Públicas - o caso da Política Industrial - Jackson De Toni Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Maio de 2014 www.abdi.com.br

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Planejamento Governamental e Avaliação de Políticas Públicas

- o caso da Política Industrial -

Jackson De Toni

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Maio de 2014

www.abdi.com.br

O peso da Indústria e ciclos políticos

2Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1059317-participacao-da-indústria-no-pib-recua-aos-anos-jk.shtml

A indústria perde posição

3

A indústria é importante ?

• Mais intensiva em investimento produtivo

• Maior multiplicador do crescimento, cada real

movimenta 2,2 na economia

• Postos de trabalho mais qualificados e bem pagos

• Produtividade é 30% superior ao demais,

transbordamentos para outros setores

• Origem e difusão de inovação, a IT realiza 71% de

todo gasto em P&D

4

5

Queda da taxa de investimento

6

Primarização da pauta...

7

Produtividade do trabalho estagnada

8

9

Visão da CNI

10

Fluxo de Comércio desde 1995

12

Mobilidade Social desde 2002

13

De

sem

pre

go, c

réd

ito

e r

en

dim

en

to

14

IED, desde 2000

15

16

Logística: demanda aquecida

17

18

Safra record em 2013: 185 milhões de toneladas

Fortalecimento do mercado interno de consumo

Expansão dos investimentos em infraestrutura econômica e social

Expansão do investimento para ampliar a capacidade produtiva em recursos naturais

• Transferência de renda (PBF, BBC, RGPS)

• Valorização do salário mínimo

• Expansão do crédito

• Simplificação e desoneração tributária

• Desoneração ao consumo

• Expansão/melhoria dos serviços públicos

• Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

• Programa Minha Casa, Minha Vida

• PIL

• Bancos Públicos

• Programa de Investimento (Pré-sal)

• PAC (energia)

• Programa de concessões (ex. BR 163)

• Crédito rural do Banco do Brasil

• Empresas estatais

Crescimento econômico sustentável

Redução da desigualdade

social e regional

Modelo de desenvolvimento brasileiro(Crescimento econômico com inclusão social)

Vetores de expansãoVetores de expansão

Políticas e ações públicas e privadas

Políticas e ações públicas e privadas

Resultados simultâneosResultados simultâneos

Fonte: Jorge Abrahão

“Circuito da diminuição da desigualdade”

Expansão dos direitos sociais

Aumento do bem estar

Salário minimoRegulação de serviços

Regulação salariais

Ampliação da renda e controle de preços e da oferta de bens e

serviços sociais

Amplia mercado interno

Aumento dos rendimentos das

famílias e do acesso a bens e serviços

públicos

Justiça social

Redução da desigualdade

POLÍTICA SOCIAL

Garantia de renda e de

bens e serviços

POLÍTICA SOCIAL

Regulação

Fonte: Jorge Abrahão

“Circuito do crescimento econômico”

Expansão do mercado interno

Aumento das escalas de produção

Investimentos públicos e privados em infraestrutura

econômica e social

Redução de

custos sistêmicos

Entrada em mercados externos

Aumento dos rendimentos das famílias

Aumento da

produtividade

Crescimento

Política pública

autônoma

Política pública

autônoma

Fonte: Jorge Abrahão

Medidas recentes...

24

• Redução dos juros e spreads

• Redução do custo da energia

• Câmbio mais competitivo

• Desoneração de tributos

• Desoneração da Folha de Pagamentos

• IPI, CIDE, PIS/COFINS, Cesta Básica, SIMPLES

• Mais estímulos aos investimentos

• Aumento da produtividade e competitividade

• Redução de custos

• Redução de tributos

25

Qual o desafio ?

Fazer a transição de uma economia que compete baseada em custos e em

vantagens competitivas naturais, para uma economia que compete baseada em agregação em conhecimento e em

vantagens competitivas construídas

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Prioridades

� Criar e fortalecer competências críticas da economia

nacional

� Aumentar o adensamento produtivo e tecnológico das

cadeias de valor

� Ampliar mercados interno e externo das empresas

brasileiras

� Garantir um crescimento socialmente inclusivo e

ambientalmente sustentável

Plano Brasil Maior em 2011 (PITCE em 2004 e PDP em 2008)

Oportunidades

� Mercado interno grande e dinâmico, com capacidade de sustentar

o crescimento, mesmo no contexto de crise dos países

desenvolvidos

� Manutenção do superávit da balança comercial, graças às condições

no mercado de commodities

� Existência de núcleo de empresas inovadoras com capacidade de

liderar processo de modernização produtiva

� Compras públicas e grandes eventos esportivos: alavanca de novos

negócios e tecnologias

� Acúmulo de competências científicas com potencial para o

desenvolvimento de produtos/serviços de alto conteúdo tecnológico

Oportunidades

� Mercado interno grande e dinâmico, com capacidade de sustentar

o crescimento, mesmo no contexto de crise dos países

desenvolvidos

� Manutenção do superávit da balança comercial, graças às condições

no mercado de commodities

� Existência de núcleo de empresas inovadoras com capacidade de

liderar processo de modernização produtiva

� Compras públicas e grandes eventos esportivos: alavanca de novos

negócios e tecnologias

� Acúmulo de competências científicas com potencial para o

desenvolvimento de produtos/serviços de alto conteúdo tecnológico

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• Pesquisa e Produção de combustíveis renováveis: empregos,

tecnologia e meio ambiente

• Exploração sustentável dos recursos da biodiversidade: P&D,

fármacos e empregos qualificados

• Exploração do pré-sal: investimentos, empregos, desenvolvimento

de tecnologia, adensamento da cadeia de máquinas e

equipamentos, refinaria e atração de IDE

• Aeroespacial: pesquisa de estruturas leves

• Processamento de alimentos destinados ao consumo humano e

animal

• TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação)

• Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016)

Oportunidades

Ameaças e fragilidades

�Baixo esforço tecnológico

empresarial

�Passivos estruturais

� Instabilidade e incerteza

macroeconômica externa

�Restrição fiscal

Condições para responder à atual crise internacional

� Mercado interno dinâmico: geração de

emprego e renda

� Menor dependência dos mercados

externos

� Grande programa de investimento

� Solidez fiscal e acumulação de reservas

� Controle da inflação

Principais Medidas

� Estímulos ao Investimento e à Inovação

� Desonerações Tributárias

� Financiamento ao Investimento e à Inovação

� Marco Legal da Inovação

� Comércio Exterior

� Desonerações das Exportações

� Defesa Comercial

� Financiamento e Garantias para Exportações

� Promoção Comercial

� Defesa da Indústria e do Mercado Interno

� Desoneração da Folha de Pagamento

� Regimes Especiais Setoriais: Automotivo, TIC, Reporto

� Compras Governamentais

Objetivos Estratégicos

34

Desenvolvimento

Sustentável

Ampliação de

Mercados

Adensamento

Produtivo e

Tecnológico das

Cadeias de Valor

Criação e

Fortalecimento de

Competências

Críticas

Aumentar qualificação Aumentar qualificação

de RH

Elevar dispêndio

empresarial em P&D

Ampliar o investimento Ampliar o investimento

fixo

Ampliar valor agregado nacional

Inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e

melhorar a qualidade de vida

Ampliar acesso a bens e

serviços para população

Elevar participação

nacional nos mercados

de tecnologias, bens e

serviços para energias

Diversificar as

exportações e promover

a internacionalização das

empresas brasileiras

Produzir de forma mais

limpa

Fortalecer as micro,

pequenas e médias

empresas

Elevar participação dos

setores intensivos em

conhecimento no PIB

1. Ampliar o investimento fixo em % do PIB

– Posição Base (2010): 18,4%

– Meta: 22,4%

2. Elevar dispêndio empresarial em P&D em % do PIB

– Posição Base (2010): 0,59%

– Meta: 0,90% (Meta compartilhada com ENCTI)

2.1. Meta Complementar: Elevar o dispêndio governamental em P&D em relação ao PIB de 0,62% (2010) para 0,90% (2014)

3. Aumentar qualificação de RH: % dos trabalhadores da indústria com pelo menos nível médio

– Posição Base (2010): 53,7%

– Meta: 65%

3.1. Meta Complementar 1: Aumentar em 50% o número de formandos em cursos técnicos e profissionalizantes.

3.2. Meta Complementar 2: Aumentar de 7% (2009) para 10% (2014) a participação dos trabalhadores na indústria com nível superior completo.

3.3. Meta Complementar 3: Aumentar a participação dos formados em engenharia no total dos trabalhadores com curso superior na indústria de 5,9% (2009) para 11,8% (2014)

Metas e Indicadores

4. Ampliar valor agregado nacional: aumentar Valor da Transformação Industrial/ Valor

Bruto da Produção (VTI/VBP)

– Posição Base (2009): 44,3%

– Meta: 45,3%

4.1. Meta Complementar 1: Aumentar a participação da indústria de transformação no

PIB, de 15,8% (2010) para 17% (2014).

4.2. Meta Complementar 2: Ampliar participação do VTI da indústria de alta e média-

alta tecnologia no PIB, de 7,4% (2009) para 9,0% (2014).

5. Elevar % da indústria intensiva em conhecimento: VTI da indústria de alta e média-alta

tecnologia/VTI total da indústria

– Posição Base (2009): 30,1%

– Meta: 31,5%

6. Fortalecer as MPMEs: aumentar em 50% o número de MPMEs inovadoras

– Posição Base (2008): 37,1 mil

– Meta: 58,0 mil

Metas e Indicadores

7. Produzir de forma mais limpa: diminuir consumo de energia por unidade de PIB industrial (consumo de energia em tonelada equivalente de petróleo - tep por unidade de PIB industrial)

– Posição Base (2010): 150,7 tep/ R$ milhão

– Meta: 137,0 tep/ R$ milhão (estimativa a preços de 2010)

7.1. Meta Complementar: Reduzir o consumo de óleo combustível e carvão mineral na indústria, de 15,6% (2009) para 14% (2014).

8. Diversificar as exportações brasileiras, ampliando a participação do país no comércio internacional

– Posição Base (2010): 1,36%

– Meta: 1,6%

8.1. Meta Complementar 1: Diminuir o déficit da balança comercial de manufaturados e semimanufaturados em relação ao PIB em 40%.

8.2. Meta Complementar 2: Elevar a participação das exportações da indústria de alta e média-alta intensidade tecnológica nas exportações de produtos industriais, de 35,5% (2010) para 40% (2014).

8.3. Meta Complementar 3: Ampliar o estoque de IED das empresas brasileiras no exterior, de US$ 164 bilhões (2010) para US$ 240 bilhões (2014).

Metas e Indicadores

9. Elevar participação nacional nos mercados de tecnologias, bens e serviços para energias: aumentar Valor da Transformação Industrial/ Valor Bruto da Produção (VTI/VBP) dos setores ligados a energia

� Posição Base (2009): 64,0%

� Meta: 66,0%

10.Ampliar acesso a bens e serviços para qualidade de vida: ampliar o número de domicílios urbanos com acesso a banda larga (PNBL)

� Posição Base (2010): 13,8 milhões

� Meta: 40 milhões de domicílios (Meta PNBL)

Agendas EstratégicasSetoriais

• Criados 19 Comitês e Conselhos de Competitividade Setoriais em abril de 2012

• Realizadas 300 reuniões de Comitês e Conselhos desde 2012

• Mais de 1000 pessoas envolvidas na elaboração das Agendas Estratégicas Setoriais

• 320 medidas setoriais programadas

• Medidas priorizadas de acordo com três critérios:

– impactos na indústria

– governabilidade dos Conselhos

– resultados dentro do atual mandato presidencial

1. volume de investimentos programados ou potenciais + capacidadede arrasto intersetorial e poder multiplicador efetivo na economia

brasileira

2. Oportunidades tecnológicas reais para inserir o Brasil nas áreas

críticas do novo paradigma manufatureiro em gestação, fortemente

baseado em TI, novos materiais e biotecnologia

3. Poder de comando das compras públicas e parapúblicas sobre a

trajetória produtiva e tecnológica do setor

4. Potencial enérgico do país, com claras vantagens comparativas

5. Oportunidades tecnológicas efetiva das corporações brasileiras para

criação de novas competências

6. Setores com potencial para reverter a primarização da pauta

comercial e iniciar um processo programado de incentivos para sua

diversificação em manufaturados

Potencial Competitivo

Potencial Competitivo

• Petróleo-Gás e Naval

• Aeuronáutica-Defesa-Aeroespacial

• TICs

• Complexo Industrial da Saúde

• Energias Renováveis (incluindo Etanol)

• Química

• Automobilístico

• Bens de Capital

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http://www.brasilmaior.gov.br/

http://guia.abdi.com.br

Agenda do Complexo da Saúde

• Ampliar parcerias para o desenvolvimento de produtos estratégicos

em programas de saúde (saúde mental, DST Aids, transplantes,

oncologia, doenças negligenciadas, vacinas)

• Definir diretrizes para prática de offset - compensação comercial,

industrial e tecnológica no âmbito do complexo industrial da saúde

• Adequar sistemática do PIS/Cofins de modo a evitar incidência de

alíquotas mais elevadas para novos produtos e associações de

princípios ativos que individualmente estão isentos

• Implantar Programa de Qualificação de Fornecedores para

Equipamentos Médicos e Materiais para Saúde

• Fomentar projetos relacionados com os ensaios pré-clínicos

• Priorizar o exame de pedido de patente relacionado a produtos

farmacêuticos

Agenda Automotiva

• Elaborar legislação de metas compulsórias a serem cumpridas por

veículos pesados e leves comercializados no Brasil a partir de 2017

• Atualizar regulamentos e normas brasileiras sobre desempenho em

ensaios de segurança de veículos de acordo com padrões

internacionais

• Implantar sistema de aferição do conteúdo nacional de peças nos

produtos automotivos (autocertificação e rastreabilidade)

• Auditar e monitorar os produtos do regime automotivo quanto ao

conteúdo nacional, baseado em terceira parte

• Incluir segmento de ferramentaria na nova sistemática de

desoneração da folha de pagamento

• Criar Plano de Saneamento Fiscal das micro, pequenas e médias

empresas da cadeia de autopeças

Agenda de Defesa, Aeronáutica e Espacial• Implantar programa de financiamento para Empresas Estratégicas

de Defesa (EED)

• Implementar o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa

(PAED)

• Viabilizar a instalação do Centro de Tecnologia de Helicópteros

• Estabelecer Política Nacional de Compensação Tecnológica, Industrial

e Comercial - CTIC (offset)

• Definir os requisitos técnicos do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM)

• Contratar o desenvolvimento e produção do VLM

• Elaborar estudo de viabilidade técnica-operacional para a

implementação de programa de plataformas demonstradoras tecnológicas

• Implementar programa de plataformas demonstradoras tecnológicas

a partir da proposição dos três projetos pilotos

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Ver relatório

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Ver relatório

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Ver relatório

52

Ver relatório

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“Pontos de atenção” relativos ao Planejamento

• A PI é muito nova como política pública: interesses difusos

• Baixa eficiência das instâncias de concertação público-privada => maturidade institucional em consolidação

• O PPA não captura a complexidade da PI

• Há muitas assimetrias e dissonâncias cognitivas dentro e fora do governo

• Lógica macroeconômica e PI => diálogo conflitivo

• As relações federativas são ad hoc e pouco estruturadas

• Baixa presença da dimensão territorial => guerra fiscal

• Fragilidades na estratégia => conjuntura externa adversa

• Fragilidades em gestão => baixa capacidade de coordenação

“Pontos de atenção” relativos à AVALIAÇÃO

• Baixa “capacidade avaliativa” da PI (métricas difusas)

• Avaliação ex post é frágil => baixa demanda

• Análise de viabilidade das agendas é muito

heterogênea

• Lógicas ministeriais concorrentes e competitivas

• Insuficiente institucionalidade para A & M

• Precário acesso às bases de dados => avaliação de impacto prejudicada

• Avaliação gera baixo feedback ao processo decisório

• A geração de lições aprendidas é pequena e pouco internalizada no arranjo institucional público-privado

Quais as perspectivas de FUTURO ?

Superação custos sistêmicos e setoriais

• ações em curso do governo federal para enfrentar os

gargalos estruturais da competitividade da indústria

de transformação

• ações imediatas do PBM para enfrentar o

esvaziamento industrial: conteúdo local e defesa do

mercado interno

• formação e qualificação de mão de obra para

enfrentar as restrições de oferta de mão de obra

qualificada e o baixo nível da produtividade industrial

Quais as perspectivas de FUTURO ?

Estratégia da política industrial

• política corporativa e tecnológica para a

competitividade da nova base econômica

• política comercial como condição decisiva da

estratégia industrial

• integração da política comercial e da política deinvestimentos nas relações com os países sul-

americanos e africanos; especialização industrial de

regiões brasileiras de menor industrialização

Quais as perspectivas de FUTURO ?• Fugir da armadilha do baixo crescimento: crescimento do

PIB per capita desde 1980 é de 1,2% ao ano

• Qualificar o setor de serviços => já responde por 70% do

PIB mas não é business services (P&D, TI, design,

marketing, pós-venda,...)

• Recuperar a participação da manufatura nas exportações,

hoje de 38%

• Reduzir a dependência de commodities , sobretudo as não

processadas

• Eliminação dos gargalos de custos sistêmicos e adensar tecnologicamente as cadeias produtivas da base econômica.

• Consolidar a Política Industrial na agenda de Estado !

Desafios de altíssima complexidade

• Superar a lógica do “curto-prazismo” do ciclo eleitoral de

quatro anos

• Qualificar o processo decisório: colegiados que funcionem

cooperativamente com responsividade dos stakehokders

• Superar a fragmentação de centros decisórios

• Mudar o patamar do capital intelectual dos gestores

públicos e privados

• Construir relações não-predatórias entre os poderes da

República e com os entes federativos

• Celebrar acordos político-institucionais sobre as prioridades de desenvolvimento do Brasil e sustentá-los no longo prazo => pactuação de prioridades nacionais!

Obrigado !

Jackson De Toni

Gerente de Planejamento

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Contatos:

[email protected]

www.abdi.com.br

(061) 3962-8700