planejamento financeiro familiar: um estudo sobre o controle orçamentário das famílias de josé...

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0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ CAMPUS CLÓVIS MOURA COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM CONTÁBEIS ELLEN CRISTINA FERREIRA DA SILVA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA FAMILIAR: UM ESTUDO SOBRE O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO DAS FAMÍLIAS DE JOSÉ DE FREITAS – PI

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Planejamento financeiro familiar: um estudo sobre o controle orçamentário das famílias de José de Freitas

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAU

CAMPUS CLVIS MOURA

COORDENAO DO CURSO DE BACHARELADO EM CONTBEIS

ELLEN CRISTINA FERREIRA DA SILVA

ADMINISTRAO FINANCEIRA FAMILIAR: UM ESTUDO SOBRE O CONTROLE ORAMENTRIO DAS FAMLIAS DE JOS DE FREITAS PI

TERESINA

2014

ELLEN CRISTINA FERREIRA DA SILVA

ADMINISTRAO FINANCEIRA FAMILIAR: UM ESTUDO SOBRE O CONTROLE ORAMENTRIO DAS FAMLIAS DE JOS DE FREITAS PI

Monografia apresentada a UESPI como trabalho final da disciplina TCC e requisito para obteno do Ttulo de Bacharela em Contbeis.

Orientador: Prof Lucdio Beserra Primo

TERESINA

2014

ELLEN CRISTINA FERREIRA DA SILVA

ADMINISTRAO FINANCEIRA FAMILIAR: UM ESTUDO SOBRE O CONTROLE ORAMENTRIO DAS FAMLIAS DE JOS DE FREITAS-PI

Monografia apresentada a UESPI como trabalho final da disciplina TCC e requisito para obteno do Ttulo de Bacharela em Contbeis.

Orientador: Lucdio Beserra Sobrinho.

APROVADA EM: ______/______/______

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Presidente: Lucdio Beserra Primo

Mestre em Controladoria (FACESP)

_________________________________________

2 Membro: Joselita Silva Chantal

Especialista em Auditoria Contbil e Financeira (CESVALE)

________________________________________

3 Membro: Maria Valria Santos Leal

Especialista em Contabilidade (UFPI)

Dedico esta monografia a Deus por ser o meu tudo, aos meuspaisque no mediram esforos para eu chegar at aqui, ao meu noivo que esteve ao meu lado, me ajudou e nunca mediu esforos, aos meus amigos que sempre me mostram que eu sou capaz de ir alm do que imagino. Obrigada por tudo!

AGRADECIMENTOS

A Deus, pois por mim mesma nada tenho, tudo Graa!

A Nossa Senhora, por interceder a cada instante por mim e me envolver no seu regao acolhedor;

minha famlia, por sua capacidade de acreditar em mim e investir em mim. Me, seu cuidado e dedicao foi o que deram, em alguns momentos, a esperana para seguir. Pai, obrigada por acreditar em mim e no medir esforos para minha felicidade;

Ao meu noivo Everton, com quem quero partilhar toda a minha vida. Obrigada pela pacincia, pela ateno, pelo companheirismo, por se empenhar junto comigo na luta por essa conquista;

A minha av Vicncia, por desde criana instigar em mim o interesse pelos estudos, o amor pelos nmeros;

A minha Tia Betinha, por toda preocupao, toda dedicao, todo carinho, por me tratar como filha, por ser como uma irm, uma amiga;

A Thaizy e Emanuela, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas;

Ao Joaquim, pela dedicao a nossa amizade, por ser para mim um exemplo de determinao;

A Mari e a Francisca, por terem me dado algumas orientaes para a concluso desse trabalho; Mari, voc sabe que nossa!

Aos meus amigos de Curso, em especial a Jacimara por todo o apoio, toda ajuda que me ofereceu durante esses 04 anos de curso;

Aos amigos do Retiro Novo Caminho, por sempre terem me levado a Deus, por ajudar na minha formao como pessoa e crist;

Ao Prof Lucdio, pelos conhecimentos partilhados, pela pacincia e confiana. Obrigada Mestre!

A todos aqueles que de alguma forma estiveram e esto prximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.

O que importa no quanto dinheiro voc ganha, mas quanto dinheiro voc conserva.

Robert Kiyosaki

RESUMO

O tema central deste estudo est focado no oramento familiar, a fim de analisar se famlias de Jos de Freitas fazem o seu planejamento financeiro. Cada vez mais as famlias deparam-se com dificuldades no controle das despesas que compem o oramento familiar, o que pode ocasionar atrasos nos pagamentos das contas e a inadimplncia. Para tanto, este trabalho utilizou-se de um estudo de campo, atravs de pesquisa no-probabilstica de moradores da cidade de Jos de Freitas, com carter descritivo, visando o conhecimento de fenmenos e o planejamento oramentrio familiar. A coleta de informaes dos moradores se deu atravs de questionrio, a captao dos dados foi tabuladaa com o auxlio de um sistema online e encaminhado para algumas pessoas por meio de link. Tomou-se como base para este trabalho, o referencial terico acerca de vrias disciplinas que fazem parte da administrao empresarial, como conceitos administrativos, contbeis, financeiros, econmicos e do oramento familiar. Esses temas foram necessrios para o desenvolvimento da pesquisa, a fim de demonstrar de que forma as famlias podem implantar e controlar o seu controle oramentrio. Ficou constatado no estudo que a maioria das pessoas entrevistadas tem um controle financeiro dos seus gastos e se apresentam como consumidores conscientes.

PALAVRAS-CHAVE: Oramento familiar. Planejamento financeiro. Controle.

ABSTRACT

The central theme of this study is focused on the family budget in order to examine whether families of Jose de Freitas do their financial planning. Increasingly, families are faced with difficulties in controlling expenses that make up the family budget, which may cause delays in the payment of bills and delinquency. Therefore, this work was used in a field study using non - probabilistic survey of residents of the town of Jose de Freitas, with descriptive, seeking knowledge of phenomena and family budgeting. The collection of information from residents was through questionnaire, the capitation data were tabulated with the aid of an online system and routed to some people through a link. Was taken as the basis for this work, the theoretical framework about various subjects that are part of corporate governance, as administrative concepts , accounting , financial, economic and family budget. These themes were necessary for the development of research in order to demonstrate how families can deploy and control your budget control. It was demonstrated in the study that most of the people interviewed have a financial control of your spending and present themselves as conscious consumers.

KEYWORDS: Family budget. Financial planning. Control.

SUMRIO

1INTRODUO12

1.1CARACTERIZAO DO PROBLEMA DE PESQUISA13

1.2 HIPTESE13

1.3OBJETIVOS13

1.3.1Geral13

1.3.2 Especficos14

1.4METODOLOGIA14

1.5JUSTIFICATIVA15

2ASPECTOS CONCEITUAIS DE ORAMENTO FAMILIAR16

2.1ORAMENTO FAMILIAR16

2.2 RECEITAS19

2.3DESPESAS20

2.3.1 Separando as despesas por grupo21

2.4PLANEJAMENTO FINANCEIRO22

3DEMOSNTRAES UTILIZADAS NA GESTO PESSOAL27

3.1BALANO PATRIMONIAL27

3.2DEMONSTRAO DO RESULTADO DRE OU DEMONSTRAO DE RENDA E GASTOS28

3.3GESTO DE CAIXA29

4RESULTADO DA PESQUISA32

4.1TIPO DE PESQUISA32

4.1.1Amostra de pesquisa32

5CONSIDERAES FINAIS42

REFERNCIAS44

APNDICE - QUESTIONRIO ADMINISTRAO FINANCEIRA FAMILIAR46

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFCConselho Federal de Contabilidade

CLTConsolidao das Leis do Trabalho

CNCConfederao Nacional do Comrcio

CPFCadastro de Pessoa Fsica

DIEESEDepartamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos

DREDemonstrao do Resultado do Exerccio

IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

IEFInstituto de Estudos Financeiros

IPTUImposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana

IPVAImposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores

SPCServio de Proteo de Crdito

LISTA DE ILUSTRAES

FIGURAS

Figura 1. Pirmide de Maslow18

GRFICOS

Grfico 1. Registro de inadimplentes: distribuio por faixa etria25

Grfico 2. Soma dos rendimentos mensal familiar33

Grfico 3. Educao financeira infantil34

Grfico 4. Despesas comparadas com receitas36

Grfico 5. Comportamento da amostra acerca das anotaes das receitas e despesas mensais37

Grfico 6. Conhecimento dos indivduos sobre ativos e passivos37

Grfico 7. Situao financeira das famlias38

Grfico 8. Uso do carto de crdito39

Grfico 9. Comportamento dos indivduos no ato das compras40

QUADROS

Quadro 1. Balano Patrimonial Pessoal28

Quadro 2. Demonstrao do Resultado do Exerccio29

Quadro 3. Fluxo de Caixa Pessoal30

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distribuio das fases financeiras por faixa etria23

Tabela 2. Quantidade de pessoas na famlia33

Tabela 3. Conduta da amostra acerca das receitas aplicadas com educao35

Tabela 4. Conduta da amostra acerca das receitas aplicadas com alimentao35

Tabela 5. Conduta da amostra acerca das receitas aplicadas com lazer36

1 INTRODUO

Atualmente mais de 50% (cinquenta por cento) das famlias brasileiras encontram-se endividadas, o que no favorece para que o nosso pas tenha um bom panorama econmico, pois para uma nao progredir necessrio que primeiramente haja uma prosperidade financeira dos seus indivduos. A Confederao Nacional do Comrcio (CNC), realizou em abril de 2011 uma pesquisa com 17.800 consumidores. Desta amostra, 64,85% consideraram-se endividados e entre estes, apenas 8,4% assumiram no ter condies de arcar com suas dvidas.

A CNC realizou outra pesquisa em maio de 2013 sobre endividamento e inadimplncia do consumidor e o percentual de famlias com dvidas subiu pelo segundo ms consecutivo no mesmo perodo, alcanando o maior patamar desde maro de 2011 e o terceiro maior da srie iniciada em janeiro de 2010. Entretanto, a percepo das famlias em relao ao seu endividamento positiva, e a proporo de famlias que se declararam muito endividadas permaneceu em patamares baixos.

Cada vez mais as pessoas encontram dificuldades de como administrar o seu dinheiro, se iludem com as facilidades que o mercado oferece e terminam por se encontrarem mergulhadas em dvidas por conta de no terem um devido controle oramentrio dos seus gastos. Acreditam que tem que trabalhar sempre mais e no percebem que no importa o quanto ganham e sim como elas conservam o que recebem.

Segundo Kiyosaki e Lechter (2000, p.11):

A inteligncia financeira o processo mental pelo qual resolvemos nossos problemas financeiros. T-la algumas vezes vale mais do que o dinheiro no bolso, saber planejar o que recebe com o que se gasta, controlar suas entradas e sadas isso que estar faltando.

Diante do exposto, nota-se que a noo de como administrar os ganhos mais importante do que ter o dinheiro em si e esse conhecimento torna-se fundamental na evoluo do patrimnio familiar.

1.1 CARACTERIZAO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Dados comprovam que cada vez mais as pessoas esto se tornando consumistas. Uma falsa necessidade pessoal de ascenso social, de status, uma competio em adquirir o que h de mais novo no mercado, sempre em busca de uma felicidade de curto prazo.

A falta de um devido planejamento financeiro nas famlias causa danos que saem do mbito familiar e engloba uma proporo maior do que se imagina. A maioria das pessoas at sabem o quanto recebem, mas no sabe para onde o seu dinheiro vai, como muitas dizem meu dinheiro dura at o quinto dia til do ms.

Diante do exposto, este trabalho pretende discutir, averiguar e responder por meio deste estudo a seguinte questo:

As famlias de Jos de Freitas-PI esto fazendo o devido controle financeiro das suas receitas e despesas?

1.2 HIPTESE

A falta de um controle oramentrio financeiro nas famlias pode causar o endividamento. Faz-lo uma garantia de melhor condio de vida tanto hoje como no futuro.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

O presente trabalho tem a finalidade de analisar se famlias de Jos de Freitas fazem o seu planejamento financeiro.

1.3.2 Especficos

Para alcanar o objetivo principal delineia-se os seguintes objetivos especficos.

Descrever a formao histrica das finanas pessoais por meio de uma reviso de literatura sobre o tema;

Estudar os mtodos de controles do oramento familiar;

Fazer um levantamento sobre o controle do oramento das famlias de Jos de Freitas-PI;

Sugerir possveis redues e melhorias, atravs de tcnicas financeiras, econmicas e oramentrias, atravs de planilhas e aplicativos;

1.4 METODOLOGIA

O presente trabalho tem o propsito de fazer um estudo sobre a forma de controle oramentrio das famlias de Jos de Freitas.

Quanto forma de pesquisa, caracteriza-se como descritiva. Segundo Gil (2008):

Pesquisa descritiva: Tem como objetivo primordial a descrio das caractersticas de determinadas populaes ou fenmenos. Uma de suas caractersticas est na utilizao de tcnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionrio e a observao sistemtica.

Com relao aos procedimentos tcnicos, esta pesquisa caracteriza-se primordialmente como bibliogrfica, para que atravs da contribuio de outros autores possa-se chegar a um entendimento sobre a hiptese apresentada. Para Gil (2008), Pesquisa bibliogrfica: desenvolvida com base em material j elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos [...].

A pesquisa ser realizada por meio de um estudo de campo com aplicao de um questionrio em algumas famlias de Jos de Freitas-PI. Gil (2008) caracteriza o estudo de campo como uma pesquisa por meio da observao direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicaes e interpretaes do ocorrem naquela realidade.

1.5 JUSTIFICATIVA

Vivemos em um sistema capitalista e em uma sociedade de consumo, onde explicitamente as pessoas confessam o hedonismo, ou seja, consideram ser o prazer, a finalidade da vida. Alm disso, sempre em busca de uma felicidade imediatista, o ter em detrimento do ser.

As pessoas encontram-se em um ideal de consumismo desenfreado, algo que traz prejuzos s famlias em vrios aspectos, como o desgaste na relao conjugal, o estresse, a ansiedade, o constrangimento familiar provocado pela insistente cobrana dos credores e a queda do rendimento no trabalho.

Mediante o exposto, sentiu-se a necessidade de realizar um trabalho de pesquisa mais aprofundado, tendo em vista que as pesquisas trazem contribuies de grande valia, aspecto que se levou a decidir por esta temtica: controle oramentrio familiar.

A partir dos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso Bacharelado em Cincias Contbeis, em que uma boa parte dos contedos estudados so voltados para a administrao pblica e privada, sentiu-se o interesse em direcionar o olhar para a administrao pessoal.

Alm disso, buscou-se tambm aplicar os assuntos vistos como o controle interno, controle oramentrio, os ativos e passivos, as demonstraes financeiras, fluxos de caixa, entre outros assuntos no mbito familiar, de forma a proporcionar uma forte contribuio no controle do oramento familiar.

2 ASPECTOS CONCEITUAIS DE ORAMENTO FAMILIAR

Para se entender como se d o controle oramentrio das famlias de Jos de Freitas, torna-se necessrio retomar alguns conceitos fundamentais sobre o oramento familiar.

2.1 ORAMENTO FAMILIAR

Oramento o ato de estimar uma situao futura, com base em uma realidade presente, com o objetivo de alcanar uma nova situao projetada. um instrumento de importncia fundamental nas empresas. Quando se leva em conta que o lar uma empresa domstica o oramento torna-se totalmente eficaz para a execuo do planejamento familiar.

O oramento familiar ou pessoal uma previso de receitas (renda, juros, aluguis, etc.) e despesas num determinado perodo de tempo (ms, trimestre, ano, etc.). (IEF).

No se sabe ao certo quando se comeou a falar sobre oramento familiar. Os primeiros dados estatsticos pesquisados sobre o padro de vida, que se tem noticia, datam de 1958, realizados pelo Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (DIEESE). Este foi o perodo em que sindicatos de trabalhadores paulistanos decidiram calcular um ndice do custo de vida, mediante a ao sistemtica dos empresrios que utilizavam ndices de custo de vida sem qualquer critrio tcnico explcito, e claramente, voltados para justificar reajustes salariais irrisrios.

Funcionria do DIEESE desde 1994, Carla Maria Bernaderi Massabk explica que a pesquisa feita pelo Departamento com as famlias era realizada por meio de um trabalho dado para uma famlia inteira fazer, onde todos os membros da famlia precisavam fazer as suas anotaes. Ela relata ainda que era muito importante que as anotaes fossem bem feitas e completas, o que no dava para a famlia entender, cabia equipe esclarecer.

Para a qualidade do oramento necessrio prtica das anotaes oramentrias, assim expe o Instituto de Estudos Financeiros:

Um oramento escrito indica a existncia de um maior interesse pela sua utilizao e fornece informaes de melhor qualidade. Se o oramento no est escrito (apenas na memria da pessoa), fornecendo-lhe informaes sem uma maior preciso, sua efetiva utilidade ser bem menor. (IEF)

O oramento apresenta-se como uma ferramenta para atingir o planejamento financeiro. Atravs de um planejamento financeiro possvel estabelecer metas de consumo realistas e planejar aquisies de mdio e longo prazo, como aquisio de veculo, imveis ou investimento em educao.

Perante a discusso sobre a importncia do oramento, Clason (2005) esclarece que:

O propsito de um oramento ajud-los a juntar dinheiro. Uma maneira de garantir que vocs consigam o necessrio e, na medida em que se mostrem acessveis, seus outros desejos. capacit-los a perceber seus mais profundos anseios, defendendo-os contra aquisies meramente casuais. Como uma luz brilhando numa caverna escura, o oramento deixa a descoberto os vazamentos em suas bolsas, dando-lhes condies de estanc-los e destinar as despesas a propsitos definidos e gratificantes.

Controlar aquilo que se ganha e o que se gasta fundamental para ter sucesso financeiro. fato que, com controle financeiro possvel ter uma renda no muito alta e qualidade de vida. O contrario tambm ocorre, pessoas com rendimentos altos e nenhum controle parecem ver seu dinheiro escorrer entre os dedos devido o mau uso deste.

Sobre o porque se consome, a princpio deveria ser para a satisfao das necessidades. Mas a questo : quais so as necessidades do homem?

O psiclogo americano Abraham Maslow organizou as necessidades em nveis e colocou-as em uma pirmide que ficou conhecida como pirmide de Maslow. Para Maslow, o indivduo buscava atender a cinco necessidades especficas: fisiolgicas, de segurana, sociais, status e de auto-realizao, como ilustra a figura:

FIGURA 1 PIRMIDE DE MASLOW

Fonte: Administradores / Adaptao (2013)

De acordo com Maslow, asnecessidades bsicasconstituem a sobrevivncia do indivduo e a preservao da espcie: alimentao, sono, repouso, abrigo, etc. Asnecessidades de segurana constituem a busca de proteo contra a ameaa ou privao, a fuga e o perigo. Asnecessidades sociaisincluem a necessidade de associao, de participao, de aceitao por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. As necessidades de auto estimaenvolvem a auto apreciao, a autoconfiana, a necessidade de aprovao social e de respeito, de status, prestgio e considerao, alm de desejo de fora e de adequao, de confiana perante o mundo, independncia e autonomia. Asnecessidades de auto realizaoso as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu prprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. Em resumo, apenas e to somente, quando uma necessidade for satisfeita, o ser humano ter necessidade da prxima.

O que se percebe que hoje as pessoas esto confundindo necessidade com desejo. Basicamente a necessidade est ligada ao que precisamos para sobreviver. No esta ligada diretamente a um prazer. Como j diz a prpria palavra necessidade aquilo que no conseguiramos viver sem. J o desejo estaria ligado a um prazer, saindo assim do grupo da necessidade. Atualmente, por exemplo, praticamente todos tem a necessidade de possuir um aparelho celular, mas para muitos tem se a necessidade de possuir um celular novo a cada evoluo que estes apresentam. E assim gera uma sociedade de um consumismo totalmente exacerbado.

comum ouvir falar em programas de televiso, em jornais e revistas sobre consumo consciente. o exercido de forma voluntria no qual no se deixa levar pelo marketing das grandes empresas e indstrias, onde se procura apenas aquilo que se necessrio ou que, mesmo desnecessrio, se traz mais conforto e at alguma satisfao pessoal.

O consumidor consciente aquele que alm do preo e da marca leva em conta ao escolher os produtos que compra, o meio ambiente, a sade humana e animal, as relaes justas de trabalho. Ele busca o equilbrio entre a sua satisfao pessoal e a sustentabilidade.

2.2 RECEITAS

Segundo Leite (1997, p.55), receitas so acrscimos brutos de ativos que so obtidos sem a ampliao das dvidas ou do capital da empresa.

Diante dessa citao possvel interpretar que receitas, no caso de pessoas jurdicas, correspondem a acrscimos ao Patrimnio Lquido e resultam da venda de mercadoria ou prestao de servios. Para as pessoas fsicas, as receitas so oriundas de salrio, venda de algum bem, ou renda de investimentos.

Para esclarecer e tirar dvidas da maioria das pessoas sobre receitas, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) relacionou as principais fontes de receitas, so elas: Salrio, salrio bruto, salrio lquido, dedues, impostos e taxas, frias, dcimo terceiro salrio, gratificao e prmios e anunio.

Segundo o CFC estas so normalmente as fontes de renda daqueles empregados com vnculo empregatcio, ou seja, que tm a sua relao de emprego formal baseada na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Mas h outros tipos de renda desenvolvidas por aqueles que preferem fazer o seu prprio horrio de trabalho ou negcio prprio.

O IBGE conceitua Rendimento Mensal Familiar como a soma dos rendimentos mensais dos componentes da famlia, inclusive os das pessoas cuja condio na famlia fosse pensionista, empregado domstico ou parente do empregado domstico.

Sobre o conceito de riqueza e renda, John R. Hicks em sua obra Value and Capital (1939), citado por Leite (1997, p. 50), deduz que renda ou lucro auferido por algum corresponde ao mximo valor que poderia ser consumido por uma pessoa durante uma semana e ainda se manter to bem ao final da semana quanto ela estava no incio da semana. Diante desse conceito, renda o produto da riqueza que pode ser consumido sem diminuir o estoque de riqueza que a gerou.

2.3 DESPESAS

Despesas so consumos de ativos incorridos com o objetivo de obteno de recursos, correspondem a redues do Patrimnio Lquido. (LEITE, 1997, p. 55).

Comumente na contabilidade das empresas se ouve falar em gastos, custos e despesas. Sendo gastos o sacrifcio financeiro com que a entidade arca para a obteno de um produto ou servio qualquer, sacrifcio esse representado por entrega de ativos, normalmente dinheiro. Despesas sendo o bem ou servio consumido direta ou indiretamente para a obteno de receitas. E custo, o gasto relativo a um bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou servios.

Mas, quando se fala em finanas pessoais o conceito de despesas e custos no so apropriados para referenciar a sada de dinheiro, pois no h a produo de bens ou servios, e nem desembolso de recursos para obteno de receita. Neste trabalho os termos custos, gastos ou despesas sero empregados de forma indistinta para significar desembolso, pagamento ou perdas.

As despesas e/ou gastos relacionados famlia podem ser divididos em diferentes classes, mas a maioria dos autores costumam relacionar apenas duas: as fixas e variveis. Existem autores que trabalham ainda com o grupo dos gastos eventuais com manutenes espordicas e grupo dos gastos de carter especfico e urgente como doenas, falecimentos e emergncias. No presente trabalho sero abordadas as despesas fixas, variveis e financeiras:

As despesas fixas so as realizadas mensamente, so relacionadas s necessidades bsicas da famlia no seu dia a dia. As despesas variveis podem no ser constantes, ou seja, no serem realizadas mensamente, geralmente envolvem bens e servios relacionados ao bem estar. As despesas financeiras, ou gastos financeiros so representados por todos os pagamentos efetuados pela pessoa fsica relacionados com operaes financeiras.

2.3.1. Separando as despesas por grupo

As despesas pessoais ou familiares podem ser agrupadas de acordo com a destinao, conforme a seguir:

a) Grupo da Habitao: prestao da casa ou aluguel, IPTU, seguro residencial, condomnio, gua, energia eltrica, gs encanado ou de cozinha, telefone fixo, manuteno da casa;

b) Grupo da Alimentao: gastos com alimentao bsica em geral, despesas em supermercado (inclusive produtos de limpeza e higiene pessoal);

c) Grupo da Sade: assistncia mdica e odontolgica, farmcia, academia de esportes;

d) Grupo da Educao: escola e material didtico dos filhos, cursos, seminrios, congressos, livros tcnicos;

e) Grupo do Transporte: prestao do carro, IPVA, seguro obrigatrio, seguro do veculo, combustvel, multas, transporte coletivo, estacionamento e manuteno do carro;

f) Grupo da Cultura e Lazer: cinema, teatro, restaurantes, bares, assinatura de revistas, TV a cabo, provedor de acesso Internet;

g) Grupo das Despesas Financeiras: tarifas bancrias, juros de cheque especial e emprstimos, juros embutidos em financiamentos;

h) Grupos dos Diversos: telefone celular, vesturio e acessrios, empregada domstica, previdncia privada.

2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Segundo Cerbasi, o planejamento financeiro pessoal, apesar de no ser uma das principais preocupaes dos brasileiros, uma onda que ainda est comeando a se formar, mas que veio para ficar.Ele diz ainda que em um futuro breve, a preocupao com o desempenho das finanas da famlia ser to intensa quanto hoje a preocupao com os hbitos alimentares.

Essa ideia compartilhada por Sousa e Torralvo quando admitem que:

A administrao das finanas pessoais um tema que vem ganhando destaque no Brasil, principalmente, aps a implantao do Plano Real, em 1994, com a estabilizao da moeda. Desde ento, nota-se que o planejamento financeiro pessoal alcanou prazos mais longos, sendo possvel prever o valor do dinheiro ao final de alguns meses e at anos.

No universo familiar, grandemente caracterizado por laos de afeto, a questo financeira pode influenciar de forma negativa nas relaes que se estabelecem, visto que o descontrole oramentrio e a falta de planejamento e comunicao sobre gastos so capazes de gerar desarmonia e conflitos.

Na Inglaterra, segundo Filocre (2004), um estudo demonstrou que 88% dos entrevistados tinham depresso em funo das dificuldades financeiras. Bussinger (2005), por sua vez, lista problemas que podem advir dos problemas financeiros tais como: a ansiedade, o estresse, o desgaste na relao conjugal, o constrangimento familiar provocado pela insistente cobrana dos credores e a queda do rendimento no trabalho.

Borges apud Macedo Junior (2007), relata que a populao brasileira, em sua grande maioria, tem dificuldades para administrar suas dvidas, dificuldades para adquirir bens e despreparo para enfrentar momentos de desemprego. Motivos como a facilidade na obteno de crdito e a desorganizao financeira so fortes indcios que levam as pessoas a se endividarem.

O planejamento financeiro o gerenciamento das sadas e entradas (gastos e receitas) com o objetivo de alcanar algo que se deseja, como satisfao pessoal. O oramento financeiro familiar uma ferramenta eficaz para a execuo do planejamento financeiro. Quando se fala em planejamento financeiro familiar, todos que compem a casa tm que participar, mesmo que no contribuam para a obteno de recursos, a exemplo das crianas que tm que ser ensinadas como a lidar com o dinheiro desde pequenas.

Em relao idade, Sabia apud Administradores (2007), explicita as diferentes fases financeiras na vida do indivduo. Cada fase tem suas caractersticas, necessidades e objetivos, sempre visando ao longo prazo. Sabia dividiu as fases da seguinte maneira:

TABELA 1 DISTRIBUIO DAS FASES FINANCEIRAS POR FAIXA ETRIA

FASES

FAIXA ETRIA

Pr-aprendizado

0 a 13 anos

Largada e formao

14 a 23 anos

Perodos e tentativas

24 a 33 anos

A vida comea aos 40

34 a 43 anos

Meia-idade

44 a 53 anos

Preparao para as mudanas

54 a 64 anos

Merecidas aposentadorias

acima de 65 anos

Ps-aposentadoria

Fonte: SABIA (2007) / Adaptao 2013

A fase pr-aprendizado a fase da educao financeira, na qual se formaro os consumidores, poupadores e investidores de amanh. A fase largada e formao a onde a sade financeira comea. nela que se formam os consumidores e gastadores conscientes.

A fase perodos e tentativas considerada a das tentaes, onde mercado est atrs das pessoas nesta fase com propostas "irrecusveis" de crdito e financiamento. Fase ideal para assumir riscos maiores e traar metas. Os investimentos que comearem nesta etapa sero importantes e essenciais para seu futuro e tranquilidade financeira.

Na fase a vida comea aos 40 com os filhos na escola, essa a poca de focar em sua carreira e educao. Perodo de acumular patrimnio. A fase meia-idade com os filhos na faculdade a fase de pensar na aposentadoria. Indagar-se o quanto voc j tem e quanto tempo tem para guardar mais. Considerada pelo o autor a poca de fazer seguros. A fase preparao para as mudanas a poca de agir com cautela e conservadorismo

A fase merecidas aposentadorias o momento das respostas de tudo o que voc fez nas primeiras fases. Quanto voc guardou? Como est sua situao financeira? E por fim a fase ps-aposentadoria hora de aproveitar!

O importante viver cada fase, pensar no futuro, mas sem esquecer do presente. Conforme as fases acima possvel perceber que as etapas esto interligadas e que o sucesso de cada uma depende da forma como lidamos com a outra.

Dessa forma, fica claro que elas precisam se preocupar ainda mais em como planejar o futuro financeiro. A maior tarefa, e talvez a mais complicada, o acmulo patrimonial. Nesse ponto, as mulheres ainda se encontram em desvantagem. No s recebem menos (na mdia) do que os colegas do sexo masculino, o que acaba refletindo nas contribuies previdencirias e capacidade de poupana, como tambm correm o risco de se ausentar por alguns perodos do mercado, para garantir a criao dos filhos.

o que comprova a ltima pesquisa realizada pelo Servio de Proteo de Crdito (SPC Brasil), na qual leva em conta mais de 150 milhes de CPFs. Segundo dados da entidade, 59,24% das compras a prazo no ms se outubro foram realizadas com CPFs cujos titulares eram do sexo feminino, enquanto que as demais compras (40,76%) foram feitas por homens.

O levantamento tambm revela que a maior parte dos cadastros negativos concentra-se em CPFs de consumidores entre 30 e 39 anos de idade (27,98%), seguido pelos que tm entre 40 e 49 anos (19,60%) e pelos que tm entre 50 e 64 anos (16,02%).

No ms de outubro em relao a setembro, houve um ligeiro aumento da participao de consumidores mais jovens entre os inadimplentes. No entanto, o SPC Brasil considera que o movimento pode representar um efeito estatstico e que necessrio aguardar os dados dos prximos meses para verificar se realmente se trata de uma tendncia.

GRFICO 1- REGISTROS DE INADIPLENTES: DISTRIBUIO POR FAIXA ETRIA

Fonte: SPC Brasil (2013)

O planejamento consiste na orientao, direo e controle que uma pessoa necessita para alcanar seus objetivos. Embora o planejamento tenha caractersticas bsicas, no h um modelo pr-definido para sua aplicao, pois cada indivduo tem um comportamento diferenciado. A importncia de se adotar um planejamento est no auxlio s tomadas de decises, permitindo concentrao no objetivo principal definido. Segundo Periolo (2010):

O primeiro passo para melhorar a situao financeira familiar, avaliar como andam os gastos, receitas e despesas da casa. Para um controle desses gastos, devemos primeiramente saber quem e quais pessoas podero contribuir com determinada quantia. Aps isso, faa uma lista das despesas, separando-as em despesas fixas (pagas todos os meses) e despesas variveis (que sofrem variaes). Atravs disso, temos que nos projetar no futuro, pensando o que possivelmente poder ser consumido.

Assim, quando planejam suas finanas, os indivduos se deparam com a necessidade de alocar recursos para a satisfao de necessidades bsicas e desejos de consumo. A partir do momento em que esse planejamento seguido de maneira sistemtica para o perodo programado, provvel que decises de impacto sejam menos constantes e que o consumidor seja menos influenciado por fatores externos.

Diante do dilema recursos escassos e necessidade ilimitadas, no qual as necessidades humanas a serem satisfeitas atravs do consumo dos mais diversos tipos de bens (alimentos, roupas, casas etc.) e servios (transporte, assistncia mdica etc.) so infinitas e ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos (mquinas, fbricas, terras agricultveis, matrias-primas etc.) disposio da sociedade so insuficientes para se produzir o volume de bens e servios necessrios para satisfazer, tem se a necessidade de controlar as finanas pessoais.

H algumas dicas para fazer o controle em meio a esse problema de escassez, como:

No dar certo deixar as contas na cabea

No gaste mais do que ganha

No descarte as notas fiscais e comprovantes de carto

Liberte-se da escravido do limite de crdito

Cuidado com os seus sonhos

Cuidado com as promoes.

Reserve uma verba para extravagncias

No faa parcelamentos justos ao seu salrio.

Pare de achar que tudo barato.

Segundo Eker (2006), talvez esse tema no tenha muito glamour, mas ele se resume a isto: o que distingue o sucesso do fracasso financeiro a capacidade que a pessoa tem de administrar o prprio dinheiro. simples: para controlar dinheiro, necessrio administr-lo. Quem pensa pequeno administra mal suas finanas ou evita esse tema completamente. Muitos indivduos no gostam de gerir a sua vida financeira porque, segundo dizem, isso lhes tira a liberdade ou porque no tm dinheiro suficiente para controlar.

3 DEMONSTRAES UTILIZADAS NA GESTO PESSOAL

As Demonstraes Contbeis, na contabilidade, permite aos gestores compreender a estrutura patrimonial das empresas por reunir relevantes informaes necessrias para se administrar com competncia suas atividades operacionais.

Essas demonstraes utilizadas pelas pessoas jurdicas podem perfeitamente serem aplicadas na contabilizao do patrimnio pessoal e familiar, sendo feitas pequenas modificaes, permitindo perceber para onde est indo o dinheiro.

3.1 BALANO PATRIMONIAL

Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade.

Diante disso, Leite (1997, p. 51) afirma que:

O balano patrimonial uma demonstrao financeira por excelncia. Ela traz, em determinado instante, as fontes de financiamento e as aplicaes de recurso que existem nesse momento. O objetivo do balano patrimonial demonstrar a composio e o financiamento de um estoque de riqueza. Por isso mesmo, esta demonstrao financeira somente tem sentido em determinada data (31/12/19X7, por exemplo).

Observando essa citao entende-se que no balano patrimonial, as contas devero ser classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da empresa.

Segundo Kiyosaki e Lechter (2000), se algum tem interesse em ser rico tudo que ele precisa saber a diferena entre um ativo e um passivo. Eles expressam ainda que a maioria das pessoas tem dificuldades financeiras porque no conhecem a diferena entre ambos.

QUADRO 1 BALANO PATRIMONIAL PESSOAL

BALANO PATRIMONIAL PESSOAL

Ativo

Valor

Passivo

Valor

Disponvel Caixa

Contas a pagar

Aplicao Financeira

Carto de Crdito Parcelado

Poupana

Prestaes e Financiamentos

Total Circulante

Outros Dbitos a Pagar

Total Circulante

Automvel

Casa

Total Ativo

Aes

(-) Total Passivo Circulante

Previdncia

(=) Total Patrimnio Lquido

Outros Bens

Total Permanente

Total Ativo

Total Passivo

Fonte: MACEDO (2007) / Adaptao (2013)

3.2 DEMONSTRAO DO RESULTADO DRE OU DEMONSTRAO DE RENDA E GASTOS

A Demonstrao do Resultado do Exerccio tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relao ao conjunto de operaes realizadas num determinado perodo, normalmente, de doze meses.

Nas finanas pessoais esse relatrio apresenta em valores monetrios, todos os rendimentos ganhos pela pessoa fsica como: salrios, ganhos de capital, rendimentos etc e gastos envolvidos como: alimentao, vesturio, lazer, transportes etc .

tambm nesta demonstrao que est expresso o valor do resultado positivo ou negativo (lucro ou prejuzo), em um determinado perodo.

QUADRO 2 - DETALHAMENTO DAS DESPESAS

RECEITAS .

Salrios

Aluguis

Demais rendas

TOTAL DE RECEITAS

GASTOS FIXOS

Plano de Sade (mdico e Odontolgico)

Pagamento de Aluguel, condomnio, e IPTU

Cuidados Pessoais (cabelo, unha, depilao etc)

Faxineira

Supermercado, padaria, feira

Roupas e calados

Diverso

Tarifas Bancrias

Escolas

TOTAL DOS GASTOS FIXOS

GASTOS VARIVEIS

Manuteno, seguros e impostos de veculos

Contas de gua, luz, telefones, gs.

Combustvel do carro

Outras despesas variveis

TOTAL DOS GASTOS VARIVEIS

GASTOS FINANCEIROS

Tarifas bancrias (IOF,CPMF)

Juros de emprstimos,

Juros de financiamentos,

Juros de cheque especial

TOTAL DE GASTOS FINANCEIROS

= LUCRO OU PREJUIZO

Fonte: Silva (2008) apud Cerbasi (2005)

3.3 GESTO DE CAIXA

So as alteraes e ou modificaes que influenciam o caixa em qualquer momento.

Segundo Marion (1998, p. 380):

A Demonstrao de Fluxo de Caixa (DFC) indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicao de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado perodo, e, ainda o Resultado do Fluxo Financeiro.

Esse mesmo conceito se aplica para as finanas familiar, atravs dessa demonstrao pode se ter uma melhor administrao e gerenciamento do patrimnio pessoal.

QUADRO 3 - FLUXO DE CAIXA PESSOAL

FLUXOGRAMA DE CAIXA PESSOAL

DIAS

HISTRICO

Atras.

Dia

Jan

Fev.

ENTRADAS

1

Salrios (renda familiar)

2

13 Salrio

3

Outros rendimentos

4

...

5

TOTAL DAS ENTRADAS (1+2+3..)

SADAS

6

Aluguel

7

gua, luz e telefone

8

Colgio

9

Conduo

10

Compras no supermercado

11

Prestaes a pagar

...

TOTAL DAS SADAS (6+7+8...)

SALDOS

SALDO DO MS

DINHEIRO NO CAIXA OU NO BANCO

SALDO ACUMULADOS ATE O MS

Fonte: Planejamento Financeiro Familiar (2010)

Alm das demonstraes financeiras apresentadas, assim como as pessoas jurdicas, as pessoas fsicas podem contar com a ajuda de alguns aplicativos desenvolvidos para ajudar a lidar com o seu dinheiro, no Windows, no Android e IOS. Facilitando para que os gastos e receitas sejam anotados no momento do seu acontecimento.

Para quem quer controlar os gastos, mas no tem pacincia para atualizar os dados em ferramentas no PC, dar-se a dica de fazer isso no smartphone. Com os aplicativos de finanas pessoais, pode-se registrar todos os seus gastos dirios, contas a pagar e vrios outros itens diretamente no Android ou IOS.

Um exemplo desses aplicativos o Controle Financeiro. A ferramenta possui uma interface bastante intuitiva e capaz de apresentar resumos de tudo o que foi registrado no banco de dados. possvel visualizar os gastos utilizando filtros e classificando tudo em categorias. Com isso, pode-se decidir em que contas economizar e assim continuar no azul. Alm disso, pode conseguir criar contas para separar os gastos da sua movimentao pessoal.

4 RESULTADO DA PESQUISA

Ser apresentado os resultados relativos pesquisa que foi feita atravs da anlise de grfico e tabelas, onde buscou-se uma tabela para cada questo apresentada no questionrio.

4.1 TIPO DE PESQUISA

O presente estudo um levantamento de dados primrios do tipo quantitativo, descritivo, que utilizou o questionrio como mtodo de pesquisa indireta que segundo Marconi e Lakatos (2007) um instrumento de coleta de dados constitudo por uma srie ordenada de perguntas que visa responder s necessidades de conhecimento de certo problema ou fenmeno.

Utilizou-se no referido questionrio, perguntas fechadas de carter scio-demogrfico com o objetivo de buscar a caracterizao destas famlias envolvidas na pesquisa. A capitao dos dados foram tabuladas com o auxlio de um logiciel, um software online que permite a criao de questionrio e anlise dos resultados, Eval & go, o link do questionrio foi enviado para 45 (quarenta e cinco) pessoas, e teve o retorno de 20 (vinte) pessoas.

4.1.1 Amostra da Pesquisa

Participaram deste estudo indivduos moradores da cidade de Jos de Freitas, situada a 48 km da capital piauiense, composta, segundo os dados do IBGE 2010, por 37.085 habitantes.

Dos 20 (vinte) entrevistados, 50% as suas famlias eram compostas de cinco a seis pessoas, o artigo da Constituio Federal, 226, 4 que dispe entende-se, tambm, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

TABELA 2 QUANTIDADE DE PESSOAS NA FAMLIA

Pessoas por famlia

Entrevistados

Percentual dos entrevistados

1 a 2 pessoas

2

10%

3 a 4 pessoas

8

40%

5 a 6 pessoas

10

50%

TOTAL

20

100%

Fonte: Elaborao da autora (2013)

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios realizada pelo IBGE (2012), o nmero mdio de pessoas por famlia em domiclio particular no Piau de 3,1, levando em considerao a pequena amostra, a quantidade de pessoas em domiclio particular em Jos de Freitas est a cima da mdia em relao ao estado.

Quando questionados a respeito de quantas pessoas da casa trabalham, 35% da amostra total responderam que de uma a duas pessoas, 55% responderam que de trs a quatro pessoas trabalham e somente 10% de cinco a seis pessoas.

O grfico a seguir (Grfico2) refere-se soma dos rendimentos mensais familiar dos entrevistados. Como visto em receitas, a soma dos rendimentos mensal familiar corresponde ao montante dos rendimentos mensais de todos os componentes da famlia.

GRFICO 2- SOMA DOS RENDIMENTOS MENSAL FAMILIAR

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Em relao renda familiar o grfico 2 mostra que 60% dos entrevistados afirmam que a soma dos rendimentos de quatro a cinco salrios mnimos. recomendvel envolver todos os componentes do lar, at os que no contribuem para a obteno dos recursos, como por exemplo, as crianas.

Questionados sobre a quantidade de crianas em casa e se a elas eram ensinado educao financeira, 21,05% afirmaram que nas suas casas tem crianas e a elas ensinado educao financeira, 26,32% disseram que no h ensino sobre a educao financeira a elas e 52,63% afirmaram no ter crianas em casa.

GRFICO 3- EDUCAO FINANCEIRA INFANTIL

Fonte: Elaborao da autora (2013)

De acordo com a especialista em educao financeira infantil, Filocre, o momento certo de comear a ensinar a criana a lidar com as finanas anunciado pela prpria, na primeira vez que pede aos pais para lhe comprarem alguma coisa. Isso costuma acontecer por volta dos dois anos e meio, e nesta hora, o pequeno mostra que j percebeu o que dinheiro, e que o dinheiro compra as coisas que ele pode vir a querer.

Na tabela a seguir esto demonstrados os resultados relacionados s receitas aplicadas com educao. Da amostra, 40% da amostra afirma que gasta de 10% a 15% dos seus rendimentos com educao, 15% afirmam que as receitas aplicadas variam de 5% a 10%, 20% tm mais de 15% das suas receitas direcionadas a educao e 20% afirmam no saberem.

TABELA 3 CONDUTA DA AMOSTRA ACERCA DAS RECEITAS APLICADAS COM EDUCAO

% DAS RECEITAS COM EDUCAO

ENTREVISTADOS

PERCENTUAL DOS ENTREVISTADOS

0 a 5%

1

5%

De 5% a 10%

3

15%

De 10% a 15%

8

40%

Mais de 15%

4

20%

No sabe

4

20%

TOTAL

20

100%

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Decidiu-se tambm questionar quanto s receitas aplicadas com alimentao, j que esta uma necessidade bsica e de primeiro nvel, segundo o psiclogo Abraham Maslow, como j foi discutido neste estudo. Na cidade de Jos de Freitas, a maioria dos entrevistados gasta de 30% a 40% de suas receitas com alimentao. Apenas um indivduo da amostra afirma no saber o quanto gasta. Observa-se que, comparado ao grfico anterior, os gastos com alimentao no municpio em estudo so maiores do que os gastos com educao.

TABELA 4 CONDUTA DA AMOSTRA ACERCA DAS RECEITAS APLICADAS COM ALIMENTAO

% DAS RECEITAS COM ALIMENTAO

ENTREVISTADOS

PERCENTUAL DOS ENTREVISTADOS

0 a 20%

1

5%

De 20% a 30%

6

30%

De 30% a 40%

7

35%

Mais de 40%

5

25%

No sabe

1

5%

TOTAL

20

100%

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Levando-se em considerao que o lazer tambm inclui uma necessidade do indivduo que pode interferir diretamente em sua qualidade de vida, optou-se tambm por questionar a respeito das receitas gastas neste mbito. Constata-se que na cidade estudada os gastos com lazer so pequenos, j que, diante das respostas obtidas, observa-se que uma minoria de 5% dos entrevistados gastam mais de 40% com lazer e 60% gastam de 0 a 20% com esse tipo de atividade. Dos quesitos educao, alimentao e lazer, o ltimo, ento, o que recebe menor quantidade de investimento por parte dos entrevistados.

TABELA 5 CONDUTA DA AMOSTRA ACERCA DAS RECEITAS APLICADAS COM LAZER

% DAS RECEITAS COM LAZER

ENTREVISTADOS

PERCENTUAL DOS ENTREVISTADOS

0 a 20%

12

60%

De 20% a 30%

4

20%

De 30% a 40%

2

10%

Mais de 40%

1

5%

No sabe

1

5%

TOTAL

20

100%

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Um conselho para uma boa gesto do oramento familiar ter conscincia dos seus ganhos e dos seus gastos. Se os gastos forem maiores do que os ganhos a situao considerada negativa, se as receitas forem maiores que os gastos a situao positiva, e se forem iguais h um ponto de equilbrio. O grfico a seguir revela que 35% dos entrevistados esto com a sua situao financeira positiva. 25% da amostra afirmam que as suas despesas so maiores que as receitas, 30% esto em equilbrio de receitas e despesas e h uma pequena parcela de 10% que diz no ter controle das suas receitas e despesas.

GRFICO 4- DESPESAS COMPARADAS COM AS RECEITAS

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Para a pergunta Voc anota todas as receitas e despesas decorrentes do ms?, teve como resposta s vezes 65% dos entrevistados, 20% responderam sempre que ocorre e sempre mesmo antes de acontecer (previso) 15%.

GRFICO 5 COMPORTAMENTO DA AMOSTRA ACERCA DAS ANOTAES DAS RECEITAS E DESPESAS MENSAIS

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Quando questionados sobre onde aprenderam a controlar o seu patrimnio, 15% dos indivduos responderam ter sido da escola, 65% em casa com familiares, 5% com amigos e 15% afirmaram no saber controlar o seu patrimnio. Nota-se que o ambiente familiar responsvel por boa parte da construo do conhecimento em relao s finanas pessoais.

Kiyosaki e Lechter (2000) lembram que a inteligncia financeira o processo mental pelo qual resolvemos nossos problemas financeiros.

A pergunta Voc sabe a diferena entre ativos e passivos, teve 89,47% de resposta afirmativa.

GRAFICO 6- CONHECIMENTO DOS INDIVIDUOS SOBRE ATIVOS E PASSIVOS

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Para Kiyosaki e Lechter (2000), a maioria das pessoas tem dificuldades financeiras por no conhecerem a diferena entre um ativo e um passivo.

Quanto situao financeira da famlia, 30% dos entrevistados responderam que tm muitas dvidas, mas tem recursos para pag-las, poucas dvidas, somente as bsicas e tem como pagar afirmaram 60%, 5% disseram que tm muitas dvidas e no tm recursos para honr-las e 5% que tm muitas dvidas, e para honr-las necessita recorrer a terceiros. Nenhum dos entrevistados selecionaram a opo no tem dvida alguma.

GRFICO 7 SITUAO FINANCEIRA DAS FAMLIAS

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Quanto a recorrer a financiamentos, 35% dos entrevistados responderam que nunca recorreram a financiamento, 45% que sim, mas raramente e 20% responderam que recorrem frequentemente.

necessrio fica atento mediante a tanta facilidade na obteno de crdito, pois atrs delas escondem-se armadilhas que podem levar o consumidor a se enredar em dvidas.

A prxima figura est representando o comportamento dos entrevistados em relao ao carto de crdito e do uso do pagamento mnimo oferecido por ele. O uso do carto de crdito proporciona algumas vantagens, como segurana, pode ser til se voc passar por uma situao emergencial e no tiver a quem recorrer, pode parcelar pagamentos, sem juros, dentre outras. Mas, traz consigo tambm desvantagens, como a ilusria sensao que o carto traz de dinheiro no bolso, voc pode facilmente perder a noo de quanto gastou (a invisibilidade do dinheiro). Pequenos gastos vo se somando e sem demora se transformam em uma quantia imensa, difcil de ser paga. E quando se fala em carto de crdito importante ainda pagar sempre o valor total, pois os pagamentos inferiores ao pagamento mnimo acarretaro a cobrana de altos juros sobre o restante, a taxa de juros considerada a segunda maior do mercado.

GRAFICO 8 - USO DO CARTO DE CREDITO

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Assim como uma boa parcela da populao brasileira, 80% dos entrevistados afirmaram que fazem o uso do carto de crdito, e um fator positivo desses entrevistados que apenas 10% recorrem ao pagamento mnimo.

O grfico seguinte referente como os entrevistados se comportam no momento das compras.

GRFICO 9 COMPORTAMENTO DOS INDIVDUOS NO ATO DAS COMPRAS

Fonte: Elaborao da autora (2013)

Aproveitar uma boa promoo e compra o que tiver foi resposta dada por 20% dos entrevistados quando questionados como agem nas compras, 5% responderam que compram algo que viram em uma propaganda mesmo que no esteja precisando, e a maioria dos entrevistados, 75% afirmaram fazer pesquisa de preo antes de comprar. Atravs desses dados, nota-se que a maioria dos entrevistados tem uma boa conscincia em relao a compras. Onde se indica nunca comprar por impulso, gastar apenas o planejado. Neste sentido, reafirma as concepes de Torralvo & Sousa ao afirmarem que:

Pelo planejamento financeiro pessoal, possvel para o consumidor delimitar objetivos e tomar decises de forma a atingi-los, algo que tende a ser uma boa opo para administrar bem os prprios recursos, ou seja, satisfazer necessidades bsicas como desejos de consumo e, paralelamente, formar uma poupana que sirva de suporte em caso de problemas inesperados e como garantia de uma aposentadoria sem maiores turbulncias no tocante rea financeira.

A populao deve indispor-se da incredulidade de que no possvel realizar este controle. O que falta em muitas realidades uma boa orientao, j que a imaturidade leva ao consumismo, gerando uma alienao nos seres humanos. Os atrativos do mercado capitalista vo alm das propagandas de televiso, pois realizam um jogo psicolgico como os indivduos, a poluio das cidades com outdoors de propagandas dentre outros meios que so utilizados como estratgias para um nico fim: compar.

5 CONSIDERAES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar se as famlias de Jos de Freitas fazem seu planejamento financeiro. O trabalho foi desenvolvido mediante a anlise do referencial terico sobre administrao financeira e controle oramentrio familiar bem como a aplicao de um questionrio para recolher informaes sobre a administrao financeira das famlias freitenses.

A partir deste estudo foi possvel observar como a contabilidade com seus conceitos e demonstrativos servem de ferramenta na elaborao de planejamentos financeiros e oramentos pessoais, informando, quantificando, analisando, comparando, ajudando na tomada de deciso pessoal.

Observou-se que a maioria dos entrevistados tem certo controle e planejamento do seu patrimnio. Afirmam que o conhecimento a respeito disso, na maioria dos casos, se deu em seus prprios lares, diante dos problemas financeiros encarados por cada um. Em contrapartida, quando questionados sobre a educao financeira infantil, a maioria afirma no educar as crianas em relao ao dinheiro.

Constatou-se que as famlias entrevistadas de Jos de Freitas s vezes anotam suas despesas e receitas e possuem noo sobre ativo e passivo. Mostraram-se consumidores conscientes, fazendo pesquisas antes de comprarem algo. Apresentam suas receitas maiores que suas despesas, possuindo poucas dvidas e para o pagamento dessas, boa parte das famlias entrevistadas afirmou que j recorreu a financiamento, mesmo que de forma rara. Notou-se ainda que a maioria tem uma noo sobre a contabilidade.

Em Jos de Freitas, a porcentagem da receita gasta com alimentao, pelas famlias, maior do que com a educao e por ser uma cidade pequena, sem muitas atraes de entretenimento, observou-se um gasto pequeno com lazer. Verificou-se o uso do carto de crdito por uma boa parte dos entrevistados, e um fator positivo desse uso que a minoria recorre ao pagamento mnimo.

Por meio das informaes impetradas pode se afirmar que os conceitos e tcnicas contbeis para a administrao e controle das finanas de empresas, podero ser revertidos e utilizados para anlise, comparao e tomada de decises durante toda a vida financeira de uma pessoa. A contabilidade pode ajudar as pessoas na organizao de sua vida financeira, direcionando para a busca da melhor alternativa na utilizao de seus recursos. Ela permite uma anlise dos dados possibilitando a qualquer pessoa entender e relacionar seus bens e direitos com suas obrigaes, e atravs do planejamento poupar para a evoluo do seu patrimnio.

O presente estudo no encerra o assunto e apresenta a sugesto de incentivos e ensinos de educao financeira, principalmente pela parte do governo, j que a falta de um controle financeira por parte das famlias pode vir acarretar fatores negativos para o comercio nacional.

E leva ainda a se questionar se isto facilitaria o empreendedorismo. As pessoas, a partir do controle de seus oramentos, se sentiriam mais motivadas para o trabalho? Haveria melhor desempenho e cuidados no trabalho a partir da compreenso do funcionamento de receitas, despesas e do oramento?

REFERENCIAS

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APNDICE - QUESTIONRIO ADMINISTRAO FINANCEIRA FAMILIAR

1) Por quantas pessoas composta a famlia?

a) 1 a 2 pessoas

b) 3 a 4 pessoas

c) 5 a 6 pessoas

d) 7 a 8 pessoas

2) Quantas trabalham?

a) 1 a 2 pessoas

b) 3 a 4 pessoas

c) 5 a 6 pessoas

d) 7 a 8 pessoas

3) Somando todos os rendimentos, qual a renda mensal familiar?

a) De 1 a 2 salrios mnimos

b) De 3 a 4 salrios mnimos

c) De 4 a 5 salrios mnimos

d) Acima de 6 salrios mnimos

4) Se tiver criana em casa, ensinado a elas educao financeira?

a) Sim

b) No

c) No tem criana em casa

5) O percentual da R.F gasta com educao?

a) 0% a 5%

b) De 5% a 10%

c) De 10% a 15%

d) Mais de 15%

e) No sabe

6) O percentual da R.F gasto com alimentao?

a) 0% a 20%

b) 20% a 30%

c) 30% a 40%

d) Mais de 40%

e) No sabe

7) O percentual da R.F com lazer ?

a) 0% a 20%

b) 20% a 40%

c) 40% a 60%

d) Mais de 60%

8) As despesas da famlia, em geral, mensal?

a) Menor que a R.F

b) Exatamente a R.F

c) Maior que a R.F

d) No sabe

9) Voc anota as receitas e despesas decorrentes do ms?

a) Nunca

b) s vezes

c) Sempre que ocorre

d) Sempre, mesmo antes de acontecer (prevista)

10) Onde aprendeu a controlar seu patrimnio?

a) Na escola

b) Em casa com familiares

c) Com amigos

d) No sei controlar meu patrimnio

11) Voc sabe a diferena entre ativo e passivo?

a) Sim

b) No

12) Como voc classifica a situao financeira da sua famlia?

a) Muitas dvidas, mas tem recursos para pagar

b) Poucas dvidas, somente as bsicas e tem como pagar

c) Muitas dvidas, e no tem recursos para honr-las

d) Muitas dvidas, e para honr-las precisa recorrer a terceiros

e) No tem dvidas alguma

13) Sua famlia recorre a emprstimos ?

a) Nunca

b) Sim, raramente

c) Sim, frequentemente

d) Sim, sempre

14) Fazem o uso do carto de crdito e recorrem ao pagamento mnimo?

a) Sim, mas no recorre ao pagamento mnimo

b) Sim, e recorre ao pagamento mnimo;

c) No

15) Voc age nas compras?

a) Aproveita uma boa promoo e compra o que tiver

b) Compra algo que viu em uma propaganda mesmo que no esteja precisando

c) Faz pesquisa de preo antes de comprar

d) No compra o que precisa e espera ganhar

Auto-realizao

Necessidades sociais

Necessidades de segurana

Necessidades de Status ou Auto Estima

Necessidades bsicas ou fisiolgicas