planejamento estratÉgico: oportunidades de negócios em uma indústria de exploração mineral

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1 FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA Curso de Administração de Empresas JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral Lorena – SP 2007

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O presente trabalho visa mostrar se empresas podem estar deixando de aproveitar oportunidades dentro da sua própria área de atuação. Mostrar às empresas, que dentro do seu próprio negócio existem lacunas importantes da qual podem não ter conhecimento, ou então, o seu próprio processo pode estar dificultando o acesso ao caminho, ou seja, visualização de novas oportunidades. A partir de uma análise dos ambientes internos e externos, pode-se em seus respectivos mercados de atuação, tentar a identificação de fatores que possam a vir a melhorar, e ou prejudicar, projetos, negócios, pela quebra da cronologia de implantação, gerado entre outros fatores pelo imediatismo na apresentação de resultados. Para isto, esta monografia define os termos planejamento estratégico, Gerenciamento Estratégico, Análise SWOT, Sinergia, Oportunidades de Negócios, além de descrever todo o desenvolvimento técnico de produtos para aplicação na exploração mineral, tipos de desmonte e características das mesmas. Após a apresentação da história dos produtos, a descrição do processo de exploração em minas subterrâneas, o trabalho apresenta a análise de um produto de uma organização, defasado em relação a outro com os mesmos propósitos de vantagens e termos de aplicação e lucro, mostrando que a organização pode estar perdendo uma grande oportunidade de desenvolvimento em sua área. Acreditamos ser o tema de grande relevância para estudantes da área de administração, pois visa explanar a importância do crescimento em qualquer organização, que podem encontrar em sua rotina organizações inseridas em áreas com grandes oportunidades podendo não aproveitá-las ou mesmo identificá-las. As oportunidades não aparecem a toda hora, portanto o gestor tem que estar atendo a todos os aspectos organizacionais, tanto internos quanto externamente.

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FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA

Curso de Administração de Empresas

JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças

GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

Lorena – SP

2007

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FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA

Curso de Administração de Empresas

JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças

GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como exigência à parcial obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas.

Professor Orientador: Prof. Esp. André Alves Prado

Lorena – SP

2007

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JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças

GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como exigência à parcial obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas.

Aprovado em:

____/____/_____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________________

Prof. Me. Henrique Martins Galvão

Prof. Esp. André Alves Prado

______________________________________________________________________

Prof. Esp. Mirtes Ribeiro Junior

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4

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a Deus e nossas famílias, que nos apoiaram e deram forças

nas horas difíceis.

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5

AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo, que sempre nos deu forças para superar cada obstáculo que

surgia em nosso caminho, que não nos deixou desanimar. Aos nossos familiares,

colegas e professores da Fatea que nos toleraram e apoiaram durante todo este

período.

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6

EPÍGRAFE

“Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que semeamos”.

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RESUMO

CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Oportunidades de Negócios em uma Industria de Exploração Mineral – Lorena – 2007, 64 p., Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Administração com Habilitação em Recursos Humanos e Finanças, Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena.

O presente trabalho visa mostrar se empresas podem estar deixando de aproveitar oportunidades dentro da sua própria área de atuação. Mostrar às empresas, que dentro do seu próprio negócio existem lacunas importantes da qual podem não ter conhecimento, ou então, o seu próprio processo pode estar dificultando o acesso ao caminho, ou seja, visualização de novas oportunidades. A partir de uma análise dos ambientes internos e externos, pode-se em seus respectivos mercados de atuação, tentar a identificação de fatores que possam a vir a melhorar, e ou prejudicar, projetos, negócios, pela quebra da cronologia de implantação, gerado entre outros fatores pelo imediatismo na apresentação de resultados. Para isto, esta monografia define os termos planejamento estratégico, Gerenciamento Estratégico, Análise SWOT, Sinergia, Oportunidades de Negócios, além de descrever todo o desenvolvimento técnico de produtos para aplicação na exploração mineral, tipos de desmonte e características das mesmas. Após a apresentação da história dos produtos, a descrição do processo de exploração em minas subterrâneas, o trabalho apresenta a análise de um produto de uma organização, defasado em relação a outro com os mesmos propósitos de vantagens e termos de aplicação e lucro, mostrando que a organização pode estar perdendo uma grande oportunidade de desenvolvimento em sua área. Acreditamos ser o tema de grande relevância para estudantes da área de administração, pois visa explanar a importância do crescimento em qualquer organização, que podem encontrar em sua rotina organizações inseridas em áreas com grandes oportunidades podendo não aproveitá-las ou mesmo identificá-las. As oportunidades não aparecem a toda hora, portanto o gestor tem que estar atendo a todos os aspectos organizacionais, tanto internos quanto externamente.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Análise SWOT, Gerenciamento Estratégico.

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ABSTRACT CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Business Opportunities in a Mineral Explotation Industry – Lorena – 2007, 64 p., Work for Course Conclusion– Graduation in Administration with license in Finance and Human Resources, Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena. The present works aims to present IF the companies are loosing opportunities within their actuation area. To show to the companies that within their own areas there are important open spaces that they may not know or, their own process, may be impeding the access to the way, i.e., to visualize new opportunities. Through an analysis of internal and external environments, it is possible within the respective actuation markets, try to identify factors that may improve or prejudice projects and business, due to the lack of implantation chronology, generated, among other factors, by the immediate need to present results. For that, this monograph defines the terms Strategic Planning, Strategic Management, SWOT Analysis, Synergy, Business Opportunities, beyond describing all the products technical development applied at the Mineral Exploitation, types of dismount and their characteristics. After the presentation of the History of the products, the description of the exploitation process of underground quarries, the work presents the analysis of a product from one organization, differing from another with the same purpose of advantages and application and profit, showing that the organization can be loosing a big development opportunity in its area. We believe this subject if of great relevance for the administration area students once it aims to explain the importance of growth in any organization, because in their routine they can find organizations in areas with great growing opportunities and not able to identify or take advantage of them. Opportunities do not appear every hour so the administrator has to pay attention to all aspects of the organization being them internal or external. Key words: Strategic Planning, SWOT Analysis, Strategic Management.

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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................................7

ABSTRACT ...................................................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 11

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... 12

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

1.1 Exposição do Assunto ....................................................................................... 14

1.2 Problema de Pesquisa ...................................................................................... 15

1.3 Justificativa para escolha do tema .................................................................... 16

1.4 Objetivos ........................................................................................................... 17

1.4.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 17

1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 17

1.5 Delimitação do trabalho .................................................................................... 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 19

2.1 Conceito de Planejamento Estratégico ............................................................. 19

2.2 Análise SWOT ................................................................................................... 20

2.3 Alternativas de posicionamento estratégico ....................................................... 22

2.4 Conceito de Sinergia .......................................................................................... 23

2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico ............................................................ 24

2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe .................................................... 24

2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais ........................................... 26

2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão ......................................................... 31

2.9 Tipos de Explosivos Emulsão ............................................................................ 33

2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos .................................................................. 34

2.9.2 Explosivos emulsão ensacados .................................................................... 34

2.9.3 Explosivos emulsão Bulk .............................................................................. 34

2.9.4 Produtos líquidos emulsoid ........................................................................... 35

2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid ...................................................... 35

2.10 Exemplos de vários tipos de produtos .......................................................... 36

2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas .................................................... 36

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................. 42

Page 10: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

10

3.1 Pesquisa Bibliográfica ....................................................................................... 42

3.2 Pesquisa Exploratória ....................................................................................... 42

3.3 Pesquisa de Campo .......................................................................................... 43

3.4 Histórico da Indústria ........................................................................................ 44

4 LEVANTAMENTO TÉCNICO .............................................................................. 48

4.1 ......... Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração

Subterrânea .................................................................................................................... 48

4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada) ......................................................... 53

4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação) ............................................... 53

4.4 Performance Handbulk ..................................................................................... 55

4.5 Recomendações para Uso ................................................................................ 56

4.5.1 Solo Reativo ................................................................................................... 56

4.5.2 Temperatura do Solo ..................................................................................... 56

4.5.5 Qualidade do Produto .................................................................................... 56

4.6 A ISO 9001 ...................................................................................................... 57

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 58

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 59

Proposição do plano de melhoria futura ......................................................................... 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 62

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT ...................................... 21

Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT ....................................... 22

Tabela 3: Performance .................................................................................................. 51

Tabela 4: Performance .................................................................................................. 55

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe ................................................. 25

Figura 2: Fluxograma Anfo .......................................................................................... 50

Figura 3: Frente de lavra ............................................................................................... 52

Figura 4: Perfuração das frentes de serviço .................................................................. 52

Figura 5: Carregamento com ANFO .............................................................................. 53

Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada ................................................ 54

Figura 7: Diagrama de Ishikawa .................................................................................... 61

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1 INTRODUÇÃO

Devido ao cenário atual, as empresas têm de se manter atentas em todas as

esferas do mercado, para continuar crescendo e enfrentando os concorrentes. Hoje em

dia qualquer segmento é competitivo e não pode se acomodar, um pequeno descuido

pode significar uma grande perda, seja de um cliente, uma venda ou a totalidade de um

contrato promissor. Isso pode parecer insignificante, mas sem dúvida alguma pode ser o

início de uma decadência. Qualquer fatia de mercado merece grande atenção, pois a

junção de todas faz parte de um segmento e a organização está ligada a este, qualquer

parte do segmento que seja atingido vai prejudicar todo o conjunto. Outro aspecto ao

qual as organizações têm de se manter atentas é a forma de relacionamento com o a

empresa, os stakeholders (todas as pessoas ou empresas que influenciam ou são

influenciadas pela organização), isso porque eles são a razão de existir de qualquer

organização. A atenção não deve estar voltada apenas para o ambiente externo, é

preciso buscar o aproveitamento das forças, oportunidades que possam estar no

ambiente interno. Como o ambiente externo, o interno também possui grandes

possibilidades para crescimento, quer seja na diminuição dos custos diretos ou indiretos,

aumento de produtividade, sinergias, aplicação de novas tecnologias, etc.

É possível que algumas oportunidades possam estar perdidas no mercado por

falta de investimentos das empresas nos próprios negócios, em ativos ou recursos

humanos. Talvez pela comodidade com os resultados presentes ou miopia estratégica

de médio e longo prazo, não se preocupando em desenvolver novos produtos, técnicas

de aplicação por intermédio de treinamento de pessoal ou de identificação de novas

oportunidades. Isto pode provocar o enxugamento do mercado? Abrindo oportunidades

dentro de seu portfólio (carteira de clientes) de clientes para empresas entrantes ou

antigos fornecedores que passam à uma empresa integrada, com novas propostas que

visam melhorar o desempenho. Dentro do novo contexto empresarial criado pela

globalização dos mercados, a cada dia novas tecnologias, novas tendências, surgem no

mundo dos negócios e é preciso estar em constante movimento de renovação e

pesquisa, adaptando-se às inovações para não perder a oportunidade de aumentar o

crescimento, rentabilidade e market share (participação de mercado).

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Nosso estudo procurará demonstrar os resultados, técnicos e comerciais, de um

produto com maior tecnologia agregada, em substituição a outro defasado

tecnologicamente, podendo sugerir oportunidades ainda não identificadas dentro de

uma visão custo x benefício, aumentando o market share em aproximadamente 20%.

Será desenvolvida uma pesquisa em empresa de mineração, na tentativa de

identificar oportunidades para novos produtos e técnicas de aplicação, no intuíto de

obter maiores lucros nos negócios para clientes e fornecedores, na autêntica procura da

relação de parcerias entre as empresas.

1.1 Exposição do Assunto

O Planejamento Estratégico procura identificar os fatores competitivos de

mercado e potencial interno, para atingir metas e planos de ação que resultem em

melhor aproveitamento, com base na análise sistemática de mudanças ambientais

previstas para um determinado período. Sem o beneficio de uma estratégia unificadora,

setores diferentes da organização podem desenvolver respostas distintas, contraditórias

e ineficazes, o que pode resultar em um desencadeamento de energias das quais a

empresa poderá aplicar recursos em diferentes projetos com o mesmo objetivo. Portanto

o planejamento estratégico busca um modelo de decisões coerentes, unificado e

integrador, no qual determina e revela propósitos da organização, desde a missão,

programas de ação, até as prioridades para alocação de recursos. Com base na

aplicação estratégica, pretende-se buscar as oportunidades de negócio dentro do

próprio negócio, ou seja, pesquisar junto a uma empresa, a ser estudada, a existência

de oportunidades de ampliação do mercado ou resultados financeiros em que atua,

tendo como base a infra-estrutura e portfólio (carteira de produtos) de produtos

existentes, sem a necessidade de grandes investimentos, buscando demonstrar que

pequenas mudanças em seus processos e setup (programação de equipamentos)

obtêm oportunidades de novos negócios para seus produtos e serviços, captando e

agregando valor às práticas e produtos existentes ou em novos projetos.

Muitas empresas acomodam-se por obterem bons resultados, não visualizando

em seu processo defasagem tecnológica nos serviços ou produtos, uma vez que as

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15

margens percebidas lhe são suficientes e estão alinhadas com o orçamento. Sem

precisar sair da área de atuação, o que na maioria das vezes provoca a quebra nas

relações de mercado como empresa entrante, as companhias podem ampliar seus

resultados a partir de um simples processo de assistência técnica no atendimento ao

cliente, por exemplo, identificando as dificuldades e buscando o desenvolvimento de

facilidades criando vínculos importantes em seu negócio. As miopias estratégicas,

imperceptíveis tanto a no curto prazo, como a médio e longo provocam a instabilidade

de toda a corporação, resultando em perda expressiva de mercado que se traduzirá em

menor lucro, menor competitividade, e risco de saída do mercado.

1.2 Problema de Pesquisa

Com a globalização da economia e a integração dos mercados mundiais, as

empresas deixaram de enxergar apenas o quintal de suas casas, ou seja, seu mercado

interno passou a sofrer pressões de concorrentes de todo o mundo. Isto talvez vem

provocando a falência de muitas organizações despreparadas para mercados globais.

Tal situação deve-se a falta de planejamento para mudanças, atualização

tecnológica, mudança de cultura e ajustes internos que se fazem necessários para

garantir a sobrevivência das mesmas. Administradores, podem não ter uma clara visão

de como planejar e implementar tais mudanças de maneira segura. Muitas vezes

depara-se com várias estratégias e a dúvida traz a angústia da escolha, então a opção

permanecia onde está e administrar o resultado existente, colocando em dúvida o futuro

da organização no médio e longo prazos, por falta de experiência, ou mesmo não estar

suficientemente embasado de informações para tomar as decisões alinhadas com as

necessidades do mercado, transformando-se em uma empresa balcão, que aguarda

pelo cliente com produtos tecnologicamente defasados, sem ir de encontro ao mercado

consumidor, sugerindo novos produtos e inovações tecnológicas que busquem

enquadrá-la no processo de melhoramento contínuo, perpetuando a sobrevivência da

organização.

Muitos gestores apostam em novas tecnologias, em mudanças, para solucionar

essas deficiências, essa falta de evolução dentro das empresas para competir em seu

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16

mercado de atuação. Mas isso tem que ser muito bem analisado, embasado com

informações concretas e assim buscar as mudanças a tempo de serem percebidas pelo

mercado, mudar depois que todos seus concorrentes mudaram poderá provocar perda

de competitividade e a migração de fatia importante de mercado, cujo retorno exige

aplicação de recursos e tempo que muitas organizações não dispõem para aplicar. Será

que agregar novas tecnologias, efetuar mudanças no processo, aumentaria a margem

de retorno para o fornecedor e melhoraria o resultado para o cliente? A substituição de

um produto antigo, por outro com maior tecnologia, contribui efetivamente para o

desenvolvimento da organização?

1.3 Justificativa para escolha do tema

Em tempos de globalização, a necessidade de mudanças e adaptação é visível

em todos os segmentos, quer sejam simples ou complexos. Por isso a necessidade de

realizar um estudo para identificar oportunidades dentro da própria empresa e mercado

de atuação, analisando produtos, serviços e processos, visando demonstrar o que pode

estar perdido. Essas oportunidades não precisam de grandes investimentos, porque

pode-se aproveitar boa parte da estrutura e recursos existentes.

Muitas empresas não se preocupam em analisar seus processos em busca de

novas oportunidades, porque se sentem satisfeitas com os resultados obtidos. Existe

uma grande resistência para as mudanças, isso porque os próprios gestores podem

sentir-se inseguros quanto à adaptação e posteriormente não estarem preparados para

o processo de atualização mercadológica. As organizações podem deixar de fazer

investimentos em pesquisas, por julgarem que não recebem nenhum retorno ou são

copiados pela concorrência. Isso faz com que elas deixem de manter e expandir

participação de mercado, aumento nos resultados, perdendo a confiança dos clientes

por não estarem atualizadas, defasadas tecnologicamente, situações que o mercado

exige e das quais pode-se tirar aproveito. O cliente se sente bem mais confiante naquele

fornecedor que procura estar sempre atualizado, em busca de melhoria, oportunidades,

pois de certa forma o fornecimento o mantém atualizado e competitivo no mercado em

que atua.

Page 17: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

17

Buscar as oportunidades que podem não estar sendo aproveitadas e que podem

inserir a empresa em um novo ambiente, em linha com o mundo dos negócios na busca

de uma expansão e melhor lucratividade poderá promover a prosperidade da

organização.

Estamos finalizando esta etapa acadêmica e nos inserindo no mercado de

trabalho como administradores de empresa. Assim nada mais apropriado do que

desenvolver um projeto na área de atuação, por tratar-se de uma prática do mundo

empresarial, planejamento estratégico, e do qual todo gestor tem que ter conhecimento

das oportunidades, das forças e também das dificuldades de se identificar novas

possibilidades de negócio fazendo uso, dentre outras técnicas, do planejamento

estratégico.

Este projeto visa trazer para as organizações questões referentes a

oportunidades de negócios, ainda não identificadas ou amadurecidas, talvez pela

burocracia interna, falta de uma política de mudanças, quebra da zona de conforto,

resistência ao novo. Deve-se estar atento às tendências para não estar defasado em

cenários competitivos. Tentar mostrar à organização que um produto de maior valor

agregado inicial pode render benefícios para as partes envolvidas.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivos Gerais

� Buscar oportunidades de novos e rentáveis negócios dentro da área de atuação

profissional dos pesquisadores, por meio do planejamento estratégico.

� Ampliar o conhecimento e aplicar em nossas respectivas empresas, em busca de

progresso em seus segmentos e maiores oportunidades profissionais.

1.4.2 Objetivos Específicos

� Mostrar as possíveis vantagens de um produto tecnologicamente avançado em

relação a outro defasado;

Page 18: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

18

� Analisar e demonstrar que a substituição de um produto pode ser importantíssimo

para o desenvolvimento das organizações;

� Mostrar que a organização pode estar perdendo oportunidades de crescimento,

sem a necessidade de grandes investimentos.

1.5 Delimitação do trabalho

Para desenvolver este projeto, o foco principal será a identificação de novas

oportunidades de negócios em uma determinada empresa, tendo como base a

aplicação de um produto com maior valor agregado em substituição a outro de menor

valor. Estes produtos são utilizados em minas subterrâneas, mais especificamente na

utilização de um produto com maior tecnologia, emulsão, em substituição a outro,

defasado tecnologicamente, porém também um clorofluorcarbonato.

Essa substituição tem como objetivo identificar se a empresa está deixando de

lucrar, ou mesmo crescer em termos de mercado, ampliando seu negócio. Tal avaliação

será feita com base no estudo dos processos internos, sobre dados obtidos.

Ao concluir este estudo, esperam-se obter dados suficientes para auxiliarem, ou

mesmo encorajar profissionais do meio a analisar profundamente seus processos em

busca de novas oportunidades, que não necessitem de grandes investimentos, podendo

utilizar parte da infra-estrutura existente.

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19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceito de Planejamento Estratégico

Segundo Fischmann, (1991, p. 25).

“O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o comprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar e evitar riscos”.

O planejamento estratégico possibilita a visualização de todos os ambientes da

empresa, conseguindo identificar quais as oportunidades e as ameaças no seu

ambiente interno e externo. Assim tem-se uma base daquilo que pode ser aproveitado,

identificando as possíveis ameaças, que venham ser de um concorrente, uma nova

tecnologia, etc. As empresas que possuem um planejamento estratégico saudável

possuem certamente maiores parâmetros, bases sólidas para tomar decisões, tanto de

um processo especifico quanto de toda organização. Essa administração estratégica

pode capacitar a organização a integrar as decisões administrativas e operacionais com

as estratégias, procurando dar ao mesmo tempo maior eficiência à organização.

O planejamento, como foi definido anteriormente, é o processo pelo qual a partir

de uma visão de futuro, tenta-se planejar ações para os acontecimentos vindouros, de

maneira que as ações sejam implementadas para atingir os objetivos organizacionais. O

planejamento, se bem executado, ajudará o empreendedor a concretizar sua visão, a

corrigir os rumos e a encontrar oportunidades dentro do próprio negócio.

De acordo com Torres (2004, p.5), para que um negócio ganhe a vantagem

competitiva, significa “... resultado necessário do conjunto de recursos e das qualidades

para uma empresa alcançar um desempenho superior aos dos concorrentes [...]”.

Para tanto, a organização deve estabelecer uma estratégia adequada, balizada

fundamente em dois fatores: objetivos coerentes e compreensão do negócio. Em geral,

as empresas estabelecem como bons objetivos não só o retorno financeiro que

desejam, mas, também a sustentabilidade no longo prazo. Alcançar esse objetivo pode

Page 20: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

20

ser uma tarefa difícil e trabalhosa e, além disso, apenas estabelecer metas de

crescimento, de faturamento e de lucro pode não ser suficiente para garantir o sucesso

dos empreendimentos. A dinâmica de mercado e as evoluções tecnológicas e sociais,

constantemente ditam as novas regras da concorrência.

É fundamental procurar compreender o ramo de negócio no qual está inserido,

antes de tomar medidas que afetem seu desempenho interno e a imagem perante a

sociedade. Por exemplo, medidas como redução indiscriminada de preços para

ampliação de uma fatia do mercado ou a desestabilização financeira de outras

organizações, com o objetivo único de expandir os negócios, não asseguram a

vantagem competitiva. Para analisar por completo seu ramo de atividades, pode-se usar

uma ferramenta muito conhecida no mundo dos negócios, a análise SWOT.

2.2 Análise SWOT

A Análise SWOT é uma ferramenta que ajuda na organização do planejamento

estratégico ao estabelecer relações entre pontos fortes, fracos, oportunidades e

ameaças. É conhecida também por FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e

ameaças). (SERRA, 2004 p.86).

Tal instrumento teve origem na década de 1960. A SWOT, que originalmente de

quatro palavras do idioma inglês conforme representado na tabela 01, representou um

passo importante para o planejamento estratégico. A função primordial da análise

SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada – para que se alcancem

determinados objetivos – a partir de uma avaliação crítica dos ambientes internos e

externos. Com o conhecimento dos principais aspectos estudados pela Análise SWOT

(conforme Tabela 02) a empresa tem idéia de seus objetivos e, também se precaver de

possíveis ameaças. Com isso as empresas têm um grande instrumento de avaliação,

pois sabem tanto interna quanto externamente o que pode ser prejudicial ou vantajoso.

Portando podem começar a trabalhar suas estratégias levando em conta o resultado

propiciado pela análise SWOT.

Page 21: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

21

Forças

Strenght

Fraquezas

Weakness

Oportunidades

Opportunities

Ameaças

Threats

Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT Fonte: SERRA, 2004, p.87.

Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças

Estratégia

poderosa

Falta de

estratégias

Novos clientes Novos

concorrentes

potenciais fortes

Forte condição

financeira

Instalações

obsoletas

Expansão

geográfica

Perda de vendas

para substitutos

Marca (imagem ou

reputação) forte

Balanço ruim Expansão da linha

de produtos

Queda no

crescimento do

mercado

Líder de mercado

reconhecido

Custos mais altos

que os

concorrentes

Transferência de

habilidades para

novos produtos

Mudanças nas

taxas de câmbio e

política de

comercio

Tecnologia própria Lucros reduzidos Integração vertical Regulação de

aumento de

produtos

Vantagens de

custo

Atraso em P & D Aquisição de rivais Necessidades

reduzidas do

produto para os

clientes

Page 22: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

22

Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças

Muita propaganda Problemas

operacionais

Tirar mercado dos

concorrentes

Mudanças

demográficas

Talento para

inovação

Linha estreita de

produto

Abertura para

extensão da

marca

Crescimento do

por dos clientes ou

dos fornecedores

Bons serviços ao

cliente

Falta de

habilidades

importantes

Explorar novas

tecnologias

Melhor qualidade

de produto

Falta de talento

com marketing

Aliança ou

parcerias expandir

a cobertura

Alianças ou

parcerias

Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT Fonte: SERRA, 2004, p.88.

2.3 Alternativas de posicionamento estratégico

De acordo com Torres (2004, p.10.) há diversas alternativas de posições que

podem ser adotadas:

1 - O posicionamento com base na variedade: consiste na produção de um subconjunto

de produtos ou serviços dentro de um determinado setor de negócios. Ou seja, a

empresa escolhe oferecer uma maior variedade de produtos ou serviços, em vez dos

segmentos de clientes.

2 - O posicionamento com base nas necessidades: visa atender a maioria de um

determinado grupo de clientes. Para isso é preciso obter informações especificas

desse grupo a qual procura atingir. Portanto deve-se ser cauteloso com esse

direcionamento, pois, se o processo obtiver deficiências a empresa com certeza terá

Page 23: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

23

sérios problemas, tudo por ser direcionado para um grupo especifico. Por outro lado

tendo sucesso, terá bons e rentáveis retornos.

3 - O posicionamento com base no acesso: esse tipo de posicionamento é executado de

acordo com as características geográficas ou de porte dos clientes. Baseado no

perfil dos clientes onde está inserido, direcionam-se as estratégias. Ou seja, não

adianta colocar em uma região onde não há recursos tecnológicos, uma loja com

vendas através da Internet. Portanto há de se analisar o mercado na região a qual

pretende instalar-se, para assim ter certeza daquilo que irá atender as expectativas e

satisfazer as necessidades e desejos dos clientes.

Posicionar, não significa somente desenvolver ou ocupar um nicho. Seja por

variedade, necessidade ou acesso, a conseqüência pode ser ampla. Qualquer um dos

posicionamentos exige um conjunto de atividades sob medida, pois é sempre uma

conseqüência da diferença nas ofertas, ou seja, na diferença das atividades.

2.4 Conceito de Sinergia

Segundo Fischmann (1991, p. 93) “sinergia é um resultado que conseguimos

quando aliamos dois esforços independentes (distintos) que se completam. Este efeito

poderá ser positivo ou negativo, à medida que estes esforços se ajudem ou se

atrapalhem.

Dificilmente as empresas conhecem o conceito de sinergia, as que conhecem

não implantam em seu ambiente. As empresas que conseguem entender e fazer uso

desse conceito terão uma grande vantagem competitiva. Isso porque a sinergia de certa

forma diminui custo, aumenta a participação de mercado, lucro, etc. A sinergia vem do

grego trabalho, que literalmente significa trabalho conjunto. Existe sinergia quando duas

ou mais causas produzem, atuando juntamente, um efeito maior do que a soma dos

efeitos que produziriam atuando individualmente. As empresas necessitam de uma

visão clara, detalhada, de toda a organização para assim identificar pontos em comum,

e com uma ação conjunta obter um resultado melhor do que aquele que obteriam

Page 24: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

24

atuando separadas. Com isso se ganha tempo, diminuem-se custos, aumenta-se a

competitividade, etc.

2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico

Segundo Gracioso, (2001, p. 181-182)

“A estratégia, consiste tomar as decisões operacionais, praticamente no seu dia a dia de negócios, levando em conta os objetivos da organização e as possibilidades estratégicas, ou seja, procurar tomar as decisões respeitando suas possibilidades. Poderia ser também uma adaptação das ações operacionais da empresa as suas premissa máxima do plano estratégico que é a garantia da perenidade da empresa. Sendo a assim a empresa se depara com quatro esferas: Visão estratégica, Orientação para o mercado, Cultura organizacional aberta às inovações e mudanças;, Busca incessante da excelência”.

Portanto, a empresa gerenciada estrategicamente tem que estar embasada com

informações de mercado, sempre que possível com base científica, para melhor decidir

assuntos primordiais, para o momento as quais serão utilizadas para verificar a

intensidade com que se aplicará sobre sua escolha. Para tanto há que se escolher qual

o ritmo a ser seguido, de acordo com os seus adversários, condições de mercado, seus

objetivos e planejamento estratégico.

Em administração, em se tratando de oportunidades de negócios ainda não há

uma bibliografia específica, que trata explicitamente de oportunidades de negócios

dentro do próprio. Esse assunto é tratado mais na prática e menos academicamente.

Para a criação do trabalho, procurou-se pesquisar títulos que pudessem ser referências

adequadas e satisfatórias, além de vinculados à administração.

Com o uso destes conceitos e de obras renomadas no mercado, além de outras

possíveis obras que surgirão no decorrer do trabalho, ao final, pretende-se obter um

material prático e teórico voltado para os administradores. Profissionais que estejam à

procura de uma base para iniciar uma análise em seu negócio para identificar possíveis

oportunidades. Além de disponibilizar um conhecimento maior para os elaboradores

deste trabalho, o qual poderemos utilizar em nosso dia a dia.

2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe

Page 25: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

25

O Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-peixe é uma ferramenta gráfica utilizada

pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em

processos diversos. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa

em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Também é conhecido como: diagrama

causa-efeito, diagrama 4M, diagrama 5M e diagrama 6M (PT.WIKIPEDIA.ORG 2007)

Este diagrama é conhecido como 6M, pois, em sua estrutura, todos os tipos de

problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:

� Método;

� Matéria-prima;

� Mão-de-obra;

� Máquinas;

� Medição;

� Meio ambiente.

Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado

problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade.

Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica

e sintética.

O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de

relações, uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete

Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais

complexa, não hierárquica.Graficamente, a estrutura de um gráfico espinha-de-peixe é

tal como se segue:

Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe Fonte: Site: pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_espinha_de_peixe –

Page 26: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

26

As Sete Ferramentas da Qualidade:

1. Gráfico de Pareto.

2. Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa).

3. Histogramas.

4. Folhas de verificação.

5. Gráficos de dispersão.

6. Fluxogramas.

7. Cartas de controle.

Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser

resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer

trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas

já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para

aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60.

Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos

de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente

quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do

Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade

dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe

mundial, durante as últimas três décadas.

2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais

Os explosivos estão entre as grandes fontes de energia freqüentemente usadas

pelos homens; eles não são usados somente para fins militares (explosivos militares),

mas também, vastamente utilizados em vários setores da economia nacional (explosivos

comerciais ou industriais). Os explosivos têm várias aplicações na economia nacional, e,

portanto, atraem a atenção geral.

A pólvora foi inventada há mais de 200 anos, mas a invenção e a aplicação em

grande escala dos explosivos modernos aconteceu há 100 anos, sendo as últimas duas

décadas o período de maiores mudanças/alterações, de maior desenvolvimento do

Page 27: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

27

mundo dos explosivos comerciais. O parágrafo seguinte listará e descreverá, em ordem

cronológica, algumas descobertas importantes e significantes, e invenções da história

do desenvolvimento dos explosivos industriais:

1. Pólvora negra: bem conhecida no mundo, a pólvora foi inventada pelos

chineses. Esta invenção abriu a primeira era humana de utilização de explosivos – a era

da pólvora. Nos anos 220 BC, os trabalhadores chineses já tinham um conhecimento

primário da pólvora. Por volta dos séculos 11 e 12, a pólvora começou a se espalhar

para os países Árabes e depois para a Europa. Por volta de 1627 a pólvora foi usada

para mineração. Comparando com o método original de quebrar rochas por fogo,

verificou-se que é muito mais eficiente explodir a rocha com pólvora. Portanto, a

aplicação de pólvora em mineração foi considerada um marco no final da Idade Média e

o inicio da Revolução Industrial. Até meados de 1870 a pólvora foi usada como o único

tipo de explosivo, permanecendo como tal por centenas de anos.

2. Mercúrio Fulminado: Em 1803, o inglês Howard compôs mercúrio fulminado e

plantou a fundação para a invenção da espoleta.

3. Nitroglicerina e Nitrocelulose: Em 1845, Sobrero, um Italiano, descobriu a

nitroglicerina e em 1846 Schoenbein, na Suíça, achou a nitrocelulose, ambos fornecem

material base para o desenvolvimento e aplicação prática dos modernos explosivos

industriais.

4. Trinitrotolueno (TNT): Em 1863, Wilbrand descobriu o trinitrotolueno.

5. Dinamite: Em 1865, Alfred Nobel, na Suécia, descobriu o explosivo dinamite,

composto de 75% de nitroglicerina e 25% de Kielselguhr. E, em 1875, Nobel formou

dinamite gelatina a partir de nitriglicerina e nitrocelulose. Devido às suas boas

propriedades explosivas a dinamite rapidamente substitui a pólvora e sem dúvida

dominou o mercado até 1930. Indubitavelmente, este longo período de uso representou

outra era no desenvolvimento dos explosivos comerciais – a era da dinamite. No

desenvolvimento dos explosivos modernos, os descobrimentos ao longo do tempo foram

totalmente confirmados.

No último século, a dinamite representou um papel importante na engenharia de

detonação. Entretanto, sua alta sensibilidade, toxicidade que causa facilmente dores de

cabeça e posteriormente, os custos de produção relativamente altos conduziu às

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28

pesquisas técnicas para diminuir a sensibilidade como também melhorar a segurança e

confiança em seu uso. A nitrificação spray e a linha de produção totalmente automática

e seu produto correspondente – o Dynamex, desenvolvido na Suécia por Nitro Nobel

AB, estavam entre os representantes típicos desta pesquisa e desenvolvimento. O

Dynamex, no geral, mantém o mérito da dinamite, mas melhora muito em segurança.

Por exemplo, a sua sensibilidade ao choque ou à fricção é quatro vezes menor que a da

dinamite.

6. Explosivos Misturados com Base de Nitrato de Amônia (NA): Quase ao mesmo

tempo, enquanto Nobel descobria a dinamite, J. V. Olsson e J. Norrbein inventaram

explosivos mistos feitos de nitrato de amônia e vários combustíveis e lançaram a

fundação dos desenvolvimentos competitivos de explosivos à base de nitrato de amônia

e de explosivos à base de nitroglicerina.

7. Nitramon: Em 1934, a Companhia Dupont, com as patentes norte americanas

Nos. 1 992 216 e 1 992 217 revelou um tipo de explosivo sem nitroglicerina, com alto

conteúdo de nitrato de amônia – o Nitramon. Esta patente foi tão efetiva que durante o

período de 1934 a 1955 o Nitramon se tornou o tipo de explosivo industrial mais popular

usado em minerações de superfície e pedreiras. Neste meio tempo, A União Soviética

também usou um tipo de explosivo de nitrato de amônia chamado “Dynamon”, que

consistia basicamente de nitrato de amônia e serragem de madeira ou outro

combustível.

No início dos anos 30, a China também inventou e usou explosivos compostos de

nitrato de amônia e combustíveis líquidos durante o período da guerra contra os

japoneses, os quais eram formas embrionárias de explosivos de nitrato de amônia –

óleo combustível.

8. Nitrato de amônia – Óleo Combustível (ANFO) e Lamas Explosivas:

começando nos meados dos anos 50, os explosivos industriais entraram em um novo

período de desenvolvimento – a era do agente de detonação moderno, marcada

principalmente pela divulgação e aplicação dos explosivos - nitrato de amônia – óleo

combustível e lamas explosivas.

I) Explosivos (ANFO) Nitrato de Amônia – Óleo Combustível. Em 1943 a Empresa

Canadense Mining and Smelting Corporation desenvolveu e produziu nitrato de amônia

Page 29: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

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poroso (prill). No processo de manufatura, foi adicionada uma pequena quantidade de

Kieselguhr, como revestimento para evitar endurecimento e formação de torrões

(grumos), fornecendo assim condições convenientes para fazer os explosivos e carregá-

los mecanicamente.

Explosivos de nitrato de amônia – óleo combustível foram primeiramente testados

com sucesso em furos em 1954 em uma mineração nos EUA, onde uma mistura de 3.8

litros de óleo diesel e cerca de 36 kg de nitrato de amônia poroso prill, mas, não foram

utilizados como tipo de explosivos industriais, em escala, para mineração, até 1955.

Neste ano a Companhia Cleveland-Cliff nos EUA executou uma série de detonações de

campo nas minas de ferro em Mesabi e Michigan. Dependendo das formas do nitrato de

amônia, este tipo de explosivos pode ser classificado em dois tipos: granulado ou em

pó. Explosivos em forma granular consistem de 94.5% de prills de nitrato de amônia

poroso e 5.5% de combustível, enquanto que os em forma de pó usualmente consistem

em nitrato de amônia, combustível e serragem de madeira. Alguns exemplos da China:

O explosivo ANFO Nº1 consiste de 92% de nitrato de amônia, 4% de serragem de

madeira e 4% de combustível; enquanto que o explosivo ANFO para minerações a céu

aberto consiste de 3% de combustível, 5% de serragem de madeira e a mesma

quantidade de nitrato de amônia.

Em 1958, carregamento mecânico de campo de ANFO prills poroso foi realizado

pela companhia canadense Iron Ore Company e Canadian Industrial Ltda, e baseado

nisto foi desenvolvido o caminhão de carregamento pneumático nos EUA em 1960. Os

explosivos ANFO tem muitas vantagens tais como uma grande fonte de matérias

primas, baixo custo, facilidade de preparo e carregamento mecânico, como também ser

conveniente e seguro para o uso. Conseqüentemente, chamaram a atenção em todo o

mundo, foram desenvolvidos rapidamente e se tornaram o maior tipo – cerca de 70% do

uso total – de explosivos usados em detonação em minerações. Entretanto, deve ser

descrita a maior desvantagem dos explosivos ANFO, que é: falta de resistência à água e

baixo volume de resistência.

II) Lamas Explosivas. Em dezembro de 1956, o Professor M. A Cook da

Universidade de Utah e H.E. Farnam da Companhia Iron Ore Company, inventaram as

lamas explosivas que superaram as duas desvantagens dos explosivos tipo ANFO. A

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30

boa resistência da lama à água vem da seguinte idéia: adicionar água na mistura dos

explosivos ANFO seguida da gelatinização do sistema de modo a parar a incursão de

água ou dissolução de sais oxidantes e a obter densidade relativamente alta, o que

torna a mistura mais fácil de atingir o fundo dos furos com água. O surgimento da lama

representa a nata da química e física moderna e abalou a idéia tradicional dos

explosivos serem incompatíveis com a água. Representa também um salto no

conhecimento dos homens sobre explosivos e uma grande evolução, seguindo a da

dinamite, no desenvolvimento histórico dos explosivos industriais.

A partir de 1950, Cook e Farnam estudaram e desenvolveram lama com TNT e

pó de alumínio como sensibilizador. Em 1963, Irec Chemicals dos EUA desenvolveu

lama explosiva com combustíveis não-metálicos como sensibilizadores e realizaram um

campo “Sistema de Misturas de Lamas” (SMS). Em 1969 a Companhia Du Pont dos

EUA produziu lama (water gel – gel de água) usando nitrato mono-metilamina (MMAN)

como sensibilizador. No inicio dos anos 70, apareceram, um atrás de outro, vindos de

vários países, os explosivos: Não-explosivos sensibilizados, pequeno diâmetro, lamas

explosivas sensíveis a espoletas de vários tipos; maquinário de embalagem relacionado

e técnicas de aplicação, e lamas explosivas de baixo custo, sensibilizadas por bolhas, o

que promoveu e divulgou a aplicação das lamas explosivas. A China começou a sua

pesquisa de lamas explosivas em 1959, e as lamas foram usadas em detonações de

minerações em meados dos anos 60, tendo como representante a lama explosiva nº4.

No inicio dos anos 70 as lamas explosivas se desenvolveram muito rapidamente na

China. Primeiro veio a quebra no gelatificante (goma Sesbania, gelatina de sementes de

árvore pagoda) e técnicas de ligação cruzada, depois o aumento de tipos e marcas, que

foram tipicamente representadas pelo nº10 goma Sesbania, Huai nª1 (sem TNT), nº5,

Poly nª1 e etc. O surgimento da lama explosiva e do caminhão de bombeado

preencheram as necessidades das detonações de superfície das minerações. Hoje, as

lamas explosivas tornaram-se um explosivo industrial independente e uma série

completa de explosivos resistentes à água, e, substituindo a dinamite

tradicional, estão desenvolvendo e competindo com os agentes de detonação secos –

explosivos ANFO.

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31

9. Explosivos - Emulsão: Os explosivos emulsão foram revelados pela primeira

vez por H. F. Bluhm, na patente norte americana Nº 3 447 978 em 3 de junho de 1969.

São um tipo novo de explosivos à base de água - nitrato de amônia e atualmente estão

em grande ascensão.

2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão

Atualmente, na China não foi adquirida ainda uma opinião unificada sobre o nome

deste tipos de explosivos, com nomes relativamente populares como explosivos

emulsão, explosivos óleo-emulsificados, explosivos emulsoid, explosivos com fase

oposto à lama, etc. Nos últimos anos o autor tem trocado opiniões com vários colegas

sobre o nome deste tipo de explosivos e muitos especialistas no assunto acreditam que

o nome apropriado a ser utilizado é explosivos emulsão ou emulsões, considerando as

suas técnicas de preparação e as suas características principais. Portanto, quando nos

referirmos a literaturas correlatas usaremos os nomes explosivos emulsão ou emulsões

mesmo que este não tenha sido o nome utilizado nas outras fontes.

Os explosivos emulsão geralmente se referem à categoria de água-em-óleo (W /

O), tipo emulsoid, explosivos industriais resistentes à água que são fabricados pela

técnica de emulsificação. E, na verdade, é realmente difícil dar a estes tipos de

explosivos uma definição clara e concisa. Geralmente acredita-se que as emulsões são

um tipo de sistema emulsificado, água-em-óleo, no qual pequenas gotas de liquido de

solução de água oxidante, como fase de dispersão, são suspensas em um meio

continuo, composto de substância como óleo e contendo bolhas dispersas ou micro-

balões de cavidades de vidro ou outros materiais porosos. Obviamente, esta definição

não pode incluir emulsões livres de água, que de fato existem.

Considerando-se as composições básicas, as emulsões essencialmente não são

diferentes das lamas e de outros explosivos que contem água, mas, em outros

aspectos, como o efeito de cada componente no sistema, a estrutura interna do sistema,

forma externa, processo de manufatura e etc., são completamente diferentes.

Compostos de nitrato de amônia e outros sais inorgânicos oxidantes dissolvidos em

água como fase continua e combustíveis insolúveis, sensibilizantes (sólido ou liquido)

como fase de dispersão, as lamas são sistemas gelatinosos pertencentes ao grupo óleo-

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em-água (O / W). Em outras palavras, lamas explosivos são controlados pelas

concentrações de oxidante, sensibilizante, gelatina solúvel em água e partículas sólidas

insolúveis, como também o conteúdo de água evitado da coagulação da separação

sólido-líquido - estratificação do líquido-líquido evitada através dos componentes

solúveis de fixação da água. Por outro lado, as emulsões são sistemas emulsificados

que são compostos de solução oxidante de água como fase de dispersão e ingredientes

insolúveis como fase continua. Este sistema pertence ao grupo água-em-óleo. E, é

devido à sua estrutura física interna água-em-óleo que se obtém uma boa resistência à

água e se evita a separação dos componentes.

Devido à solução oxidante de água em emulsões, existir na forma de pequenas

gotículas, os oxidantes estão em contato próximo e suficiente com os combustíveis e a

detonação é fácil de iniciar e propagar. Conseqüentemente não é adicionado nenhum

sensibilizador às emulsões e tudo o que se precisa é uma combinação ingênua de

ingredientes simples. Entretanto, na composição de emulsões o emulsificante do tipo

água-em-óleo é um componente crucial e indispensável. Quando necessário, pequenas

quantidades de aditivos, como fomentadores de emulsificação, modificante em forma de

cristal, estabilizador emulsoid, etc., tem que ser adicionadas para melhorar as

propriedades dos explosivos emulsão.

Sumarizando, os explosivos emulsão contém quatro componentes principais

formando três fases de emulsificação, que são:

1. Componente de solução de sais oxidantes de água formando dispersão, fase

emulsificante. É a base para se fazer emulsões e é basicamente formado pelo

aquecimento de nitrato de amônia e a sua dissolução em água. Certamente também

devem ser incluídos outros oxidantes compatíveis solúveis em água e emulsoid, como

nitrato de sódio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, nitrato de bário, nitrato de zinco,

perclorato de amônia, perclorato de sódio, perclorato de cálcio, nitrato mono-metilamina,

nitrato de uréia e outros.

2. Componentes de combustíveis carbonáceos formando fase continua de

emulsão. Falando no geral, qualquer produto de petróleo com viscosidade apropriada

pode ser escolhido como combustível carbonáceo para explosivos emulsão. Os

princípios de seleção são: ambos tem que formar emusloid estável água-em-óleo e

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33

tornar o sistema de emulsão espesso o suficiente para evitar fluido em temperatura

especifica. Óleo diesel, óleo pesado, óleo de máquina, óleo branco, vaselina, cera

sintética, cera de parafina, cera de micro-cristal, cera de lignina, cera de abelha, cera de

baleia ou outras misturas, são todos combustíveis que podem ser selecionados.

Indubitavelmente outros compostos orgânicos também podem ser candidatos para

seleção, como alcalino, hidrocarbono aromático, hidrocarbono naftalina, álcool mais alto,

ácidos gordos saturados.

3. Componente de gases sensibilizantes formando fase dispersante de emulsão.

Falando no geral, este componente é adicionado como a terceira fase e pode ser

espaços de ar que formam micro-balões e cobertura, que são produzidos a partir da

reação de dissolução pela adição de certos produtos químicos (como nitrato de sódio e

etc). Podem também ser partículas sólidas com gases presos (como micro-balões com

cavidades de vidro, micro-particulas expandidas de perlita, micro-balões de resina com

cavidades, etc).

4. Emulsificantes tipo água-em-óleo. A experiência nos mostra que a maioria dos

emulsificantes (um tipo ou composto de dois) com valor HLB (Balanço Hidrófilo Lipofilo)

de 3 a 7 pode ser selecionado para explosivos emulsão, por exemplo, D-sorbitan mono-

oleato, mono-oleato xylitol (ou éster misturado), etc.

2.9 Tipos de Explosivos Emulsão

Atualmente não há uma opinião geral sobre o método para classificação de

explosivos emulsão. Em geral, os explosivos emulsão podem ser classificados em dois

grupos de sensíveis a espoleta e não-sensíveis a espoleta, de acordo com a

sensibilidade de detonação; ou colocados em outros dois grupos de tipo de rocha e

emulsões permissivas de acordo com o uso; ou classificados de acordo com formas de

produto e embalagem, em cinco grupos: cartuchos, sacos de produto, produtos bulk,

produtos de emulsão liquida e mistura de emulsoid e explosivos ANFO. Abaixo fazemos

uma breve discussão destes cinco tipos de produtos.

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34

2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos

Emulsões encartuchadas são todas sensíveis a espoletas e não necessitam de

iniciador. Estes cartuchos normalmente são produzidos em fábrica e podem ser

estocados por um período relativamente longo. Os materiais de embalagem do cartucho

são: papel encerado, filme plástico recoberto, polietileno e outros. Estes produtos são

principalmente usados em cartuchos de diâmetros pequenos (25-50mm) e diretamente

carregados no furo ou podem ser diretamente iniciados no extremidade superior ou na

extremidade inferior e na direção inversa por um detonador comercial Nº8. As séries de

explosivos emulsão EL e RJ fabricados na China, explosivos emulsão Powermex-series

da Atlas Powder Companhia dos EUA e alguns outros são exemplos típicos deste tipo

de produtos encartuchados.

2.9.2 Explosivos emulsão ensacados

Sacos de emulsões normalmente são de diâmetro largo e os materiais de

embalagem são sacos plásticos de polietileno ou tubos de papel Kraft com filme plástico

recoberto. A maioria destes produtos ensacados não são sensíveis à espoleta e

necessitam de booster durante a detonação. Estes produtos ensacados podem ser

carregados diretamente no furo ou cortados in situ e vazados dentro do furo. As

emulsões series EL-106 e CHL disponíveis na China são este tipo de produtos

ensacados.

2.9.3 Explosivos emulsão Bulk

A maioria dos explosivos emulsão Bulk não são sensíveis a espoletas.

Normalmente são misturados e preparados in situ e diretamente carregados no furo

através de caminhão de mistura ou caminhão de bombeado. Devido a estes tipos de

caminhões usados serem diferentes, os métodos de mistura e carregamento também

variam em duas formas. O primeiro método, que é chamado método de caminhão

mistura-carregamento, é o de transportar matérias primas para colocá-las próximo à

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35

área de detonação seguido de emulsificação e mistura de todos os materiais no mesmo

caminhão, e, depois bombear o material misturado no furo. Um exemplo é o sistema

Gelmaster e a série de explosivos BL correspondente fabricado pela Canadian Industrial

Limited. O segundo método, que é chamado de método de caminhão bombeado-

carregamento, que é enviar materiais base emulsificados, que são emulsificados em

uma fábrica fixa, para o campo e depois, no caminhão, misturados com materiais

sensibilizadores e outros materiais sólidos, e, finalmente bombear todos os materiais no

furo. Um exemplo disto é o caminhão de bombeado EM182 e o correspondente

explosivo emulsão Tovex E, feito pela Du Pont Company, dos EUA.

2.9.54 Produtos líquidos emulsoid

O liquido emulsoid atualmente é um produto semi-acabado e uma solução base

emulsão sem ingredientes explosivos. Os seus custos de mistura e transporte são

baixos e pode ser transportado como liquido comum oxidante nos EUA. Embora possa

ser colocado diretamente em uso, sob a maioria das circunstancias é transportado para

o campo e sensibilizado e misturado em produto final. Um exemplo deste tipo de

produto é o Tovex E da Du Pont Company, dos EUA.

2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid

Este tipo de produtos misturados é produzido misturando-se emulsoid de alta

energia com prills ANFO poroso, e, o conteúdo de emulsoid pode ser de zero a 100%.

Durante o carregamento bulk, a energia por metro de furo para este tipo de produto

pode ser 40% maior do que os explosivos ANFO simples. Quando carregados em

pacotes, podem ser usados em furos molhados com certa resistência à água. Tal

mistura é a combinação de explosivos emulsão com explosivos ANFO e é cheia de

vitalidade. A emulsão prill série BME desenvolvida por Beijing General Institute of Mining

and Matallurgy (BGRIMM) da China e o Power NA da Atlas Powder Company, USA, são

este tipo de produtos misturados.

Page 36: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

36

2.10 Exemplos de vários tipos de produtos

Atualmente os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento sobre emulsões

explosivas estão sendo efetuados na China, Estados Unidos, Suécia, Japão e muitos

outros países, e, há fornecedores (companhias) e distribuidores entre os dez melhores

do mundo, produzindo cerca de mais de centena de tipos de produtos.

2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas

Como já é de conhecimento de todos, o desenvolvimento de explosivos

industriais do tipo de nitroglicerina e do tipo de nitrato de amônia tem competido e tem

se desenvolvido em duas maneiras independentes e em direções diferentes por mais de

um século. As pessoas têm tentado arduamente diminuir a sensibilidade da dinamite e

de outros explosivos nitro-glicerinados, i.e., achar um caminho para aumentar a sua

segurança e mantendo suas propriedades explosivas. Por outro lado, explosivos de

nitrato de amônia tem se desenvolvido na direção de aumentar a sua sensibilidade de

detonação para obter confiabilidade e efetividade em seu uso. Baseado nisto, a emulsão

explosiva tem se desenvolvido para solucionar estes problemas, e o seu surgimento fez

desenvolver dois tipos de explosivos no mesmo nível. No sistema de emulsão explosiva,

devido às áreas de contato entre o nitrato de amônia (e outras soluções oxidantes de

água) e emulsificante, materiais de fase-óleo serem grandes e próximas; e a distância

entre o oxidante e o redutor ser próxima a aquela entre os grupos oxidação-redução em

moléculas de explosivo simples, a detonação, iniciação, propagação e outras

propriedades de explosão demonstram valores ideais (por exemplo, a velocidade de

detonação das emulsões é próxima ao valor teórico), muitos dos quais são diferentes

dos explosivos compostos. Isto é para mostrar que é possível fazer as propriedades

gerais das emulsões explosivas podem atingir o nível da dinamite, mas a sua

segurança ser similar aos explosivos de nitrato de amônia e superior à da dinamite.

Portanto, acredita-se que as emulsões explosivas combinam as propriedades

especificas dos dois tipos de explosivos. Exatamente por causa disto, as emulsões

explosivas são largamente aceitas como o novo tipo de explosivos industriais resistentes

Page 37: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

37

à água e chamam a atenção geral. Esta é a situação geral e discutiremos a seguir os

rumos principais no desenvolvimento de emulsões explosivas.

No processo de desenvolvimento de emulsões explosivas, a sua primeira forma

inicial, era formada misturando-se emulsão água-em-óleo com explosivos comuns lama

com água, foi feita em 1961 por R.S. Egly, e outros do Commercial Solvents

Corporations, EUA, e, em 1963 N.E. Gehrig da Atlas Chemical Industrial Limited, EUA

posteriormente desenvolveu emulsões sem lamas. Embora estas pessoas tenham

obtido patentes individualmente, foi H.F.Bluhm, da Atlas Chemical Industrial Limited

quem primeiro descreveu as técnicas das emulsões explosivas. Portanto, acredita-se

que as emulsões explosivas água-em-óleo foi primeiramente reveladas por Bluhm em 3

de junho de 1969. Estas emulsões reveladas por Bluhm, que não eram sensíveis à

espoleta e iniciavam com a ajuda de uma carga de booster, não satisfaziam as

necessidades para a detonação de furos de diâmetro pequeno nem podiam ser usadas

convenientemente em furos de diâmetro largo. Posteriormente a Atlas Powder

Company, a Du Pont Company, a Imperial Chemical Industries América Incorporation, a

Ireco Chemicals Incorporation e outras nos EUA, todas se envolveram ativamente na

pesquisa de novos tipos e marcas de emulsões, novos equipamentos e técnicas,

emulsificantes e etc. Rapidamente obtiveram progresso e muitas outras patentes foram

publicadas.

Em 1972, G. R. Catermole da Du Pont Company nos EUA, descreveu a formula e

o método de preparação associado, que aumentou a sensibilidade de detonação

usando nitratos amina orgânicos (tais como nitrato amina nonometil) e a partir daí

forneceu um tipo de emulsão explosiva que pode detonar estavelmente em furos de

pequenos diâmetros – 25 – 76mm (1-3in).

Em 1973, Charles G. Wade, da Imperial Chemical Industries American

Corporation publicou sucessivamente duas patentes – emulsões explosivas contendo

catalizador de explosão íon estrôncio, que melhorou a sensibilidade de detonação das

emulsões mas necessitava ingredientes explosivos ou catalizador de explosão.

Em novembro de 1973, E. ª Tomic, da Du Pont Company publicou uma patente

para fazer emulsão explosiva água-em-óleo, livre de fluido, usando ésteratos de amônia

ou esteratos alcalinos como emulsificante. A característica principal aqui é o uso de

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38

esteratos como emulsificante. De acordo com o valor HLB, eles pertencem aos

emulsificantes óleo-em-água onde o Tomic fez com eles a emulsão explosiva água-em-

óleo.

Em 1977, Charles G. Wade, da Atlas Powder Company apresentou emulsões que

não continham sensibilizador explosivo e outros nitratos amina sensibilizantes e podiam

ser confiáveis iniciados por uma espoleta Nº6. Este tipo de explosivos, que obtiveram

patentes nos EUA, Japão e outros países, têm como principal característica ser

sensíveis à espoleta, que é devido à ação sensibilizante atingida através do tamanho

apropriado dos grãos e da boa qualidade dos micro-balões com cavidade de vidro.

Em 1978, Wade publicou outro trabalho sobre a continua produção de

equipamentos e técnicas para emulsões explosivas água-em-óleo. Deve ser notado que

a publicação desta patente e do trabalho do Wade – “Emulsões Viva a Diferença” que

foi publicado em 1978, na Quarta Conferencia sobre Explosivos e Técnicas de

Detonação, mostrou que as emulsões explosivas entraram em um período de produção

industrial e aplicação no campo como um novo tipo de explosivos industriais resistentes

à água. Depois disto, surgiram muitas outras patentes sobre técnicas de controle de

densidade de emulsões, composto emulsificante, equipamento emulsificante e de

processo, caminhões de carregamento no campo, emulsões livres de água, emulsões

explosivas gelatina, emulsões explosivas ANFO, e outras, que apresentaram o rápido

desenvolvimento e as melhorias no aperfeiçoamento das técnicas de emulsões

explosivas.

A Atlas Powder Company nos EUA foi a primeira a realizar produção industrial de

emulsões explosivas para pequenos diâmetros, sensíveis a espoleta e em embalagem

de papel. É dito que esta companhia podia fornecer, em escalas diferentes, as técnicas

e um conjunto completo de equipamentos para a produção continua de emulsões

explosivas, caminhão de carregamento para trabalhos a céu aberto e, podia produzir e

vender, produtos acabados de várias especificações. Agora, o numero de

companhias (ou institutos de pesquisa), que podem vender patentes técnicas de

emulsões explosivas, fornecer serviços de consultoria, ou fabricá-las e vendê-las

aumenta continuamente. As maiores companhias são: Atlas Powder Company, Du Pont

Company, Ireco Chemical Limited nos EUA, Nitro-Nobel Company na Suécia, Japan Oil

Page 39: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

39

Company, Japan Chemical, Beijing General Research Institute of Mining and Metallurgy

(BGRIMM), Changsha Research Institute Of Mining, Fushun Coal Research Institute,

Longyan Iron Mine No.201 Plant, Red-Flag Chamical Plant, Nanling Chemical Plant, etc.,

na China. Entre elas, A Nitro-Nobel Company é a mais ativa em várias partes do mundo.

O fato dos agentes ativos de superfície poderem melhorar as propriedades das

lamas explosivas inspiraram os técnicos e cientistas chineses a achar maneiras de

modificar a estrutura interna das lamas. A introdução total de técnicas de emulsão

conduziu ao nascimento da série EL Emulsões Explosivas – a primeira geração de

emulsões explosivas produzidas na China. Usando processo de produção de batelada,

foi construída uma planta capaz de produzir 1 500 t de emulsões explosivas série EL em

Longyan Iron Mine, na China. Os produtos foram usados em mineração subterrânea e

operações de superfície para mineração e detonações e também em túneis para”Desvio

de Água do Rio Luan para Tianjin”, um projeto com resultados satisfatórios. Na China,

os técnicos de departamentos relevantes deram grande atenção às técnicas de

emulsões explosivas, que se desenvolveram rapidamente. Isto pode ser apresentado

nos principais aspectos a seguir:

1. Novos tipos de emulsões explosivas que satisfazem as diferentes

necessidades para as condições geológicas de minério/rocha e podem ser usadas para

diferentes trabalhos de detonação e, as propriedades dos produtos estão melhorando e

se tornando estáveis o tempo todo, formando séries de produtos com características

chinesas únicas.

2. Baseado nas condições atuais na China, tecnologia de produção apropriada e

métodos de regulagem têm sido desenvolvidos e agora há disponibilidade de processos

de produção em batelada cm equipamentos e maquinário e técnicas de produção

continua com maquinário ou instrumentos apropriados. Neste ínterim, os parâmetros

de emulsificação e fatores impactantes para sistemas específicos de emulsões

explosivas tem sido muito estudados e foram sugeridas algumas técnicas para melhorar

a estabilidade das emulsões.

3. Selecionando materiais de fase-óleo e suas combinações de diferentes tipos e

viscosidades, a aparência externa das emulsões pode variar de uma gelatina de pasta

macia à dura, livre de fluxo (sem colar/aderir). Ao mesmo tempo as emulsões misturas

Page 40: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

40

com explosivos ANFO receberam atenção (para torná-los suplemento uns dos outros) e

para se estudar, produzir e usar emulsões explosivas prill. Como conseqüência

obtiveram-se bons resultados técnicos e econômicos.

4. Na procura de materiais apropriados fase-óleo, foram desenvolvidos novos

tipos de compostos emulsificantes, técnicas de controle de densidade, e muita

experiência prática, o que baixou muito os custos de produção de emulsões explosivas.

5. Usando emulsões em detonações em minerações, estabeleceram

gradualmente as características das emulsões e as regras apropriadas de uso e podem

ser selecionadas várias taxas de combinações de acordo com os diferentes tipos de

propriedades da rocha e do minério para atingir bons resultados técnicos e econômicos.

O progresso e a performance favorável das emulsões explosivas ganharam

vantagem competitiva no desenvolvimento de explosivos industriais. Entretanto, as

emulsões não foram desenvolvidas há muito tempo e ainda há muitos problemas a

serem entendidos e estudados uma vez que são um novo tipo de explosivos

industriais.Continua sendo uma dúvida o caminho que o desenvolvimento das emulsões

irá trilhar. Muitas atividades estão sendo desenvolvidas na China sobre este assunto,

abaixo listamos as mais importantes:

1. Iniciar estudos sistemáticos sobre a teoria básica das emulsões explosivas,

que devem incluir: (a)estudo dos fatores que afetem a estabilidade das emulsões

explosivas e vários outros aditivos; (b)estudo de novos tipos (incluindo os compostos e a

qualidade dos emulsificantes como também a quantidade apropriada de sua

adição;(c)medição e estudo de comportamentos geológicos da emulsão explosiva

matriz; (d)estudo profundo das propriedades de explosão e os fatores que as afetam.

2. Desenvolver tecnologia e equipamento de produção que deve incluir:

(a)processo continuo de emulsificação e sistemas de resfriamento associados;

(b)equipamento de emulsificação de alta eficiência, maquinas de embalagem e sistemas

de controle de dosagem; (c) parâmetros adequados e condições controladas para

processos de produção em batelada.

3. Estudar em série todos os tipos e marcas de emulsões explosivas, que inclui:

(a) pesquisa de formula razoável e barata, matérias primas efetivas; (c) estudo de

Page 41: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

41

suplemento mutuo e combinação de emulsão explosiva e explosivo ANFO para verificar

suas respectivas vantagens.

4. Estudar técnicas de aplicação, que inclui: (a) Pesquisa e Desenvolvimento para

carregamento mecanizado (incluindo ambos, caminhão para carregamento de superfície

e carregador mecânico subterrâneo) e suas aplicações apropriadas; (b) carregamento

misto de diferentes tipos de explosivos.

Page 42: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

42

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Para desenvolver o projeto utilizamos algumas ferramentas aplicadas em

metodologia científica e em administração de empresas Financeira, tais como pesquisa

exploratória, pesquisa bibliográfica, entre outras.

3.1 Pesquisa Bibliográfica

Essa pesquisa é considerada o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica,

sendo também a mais utilizada em trabalhos de conclusão de curso de graduação e

pós-graduação lato sensu (monografia), pois recolhe e seleciona conhecimentos prévios

e informações acerca de um problema ou hipótese já organizado e trabalhado por outro

autor, colocando o pesquisador em contato com materiais e informações que já foram

escritos anteriormente sobre determinado assunto (LEONILDO & ASSOCIADOS, 2006).

Esse tipo de pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de

referências teóricas e documentos que se relaciona com o tema pesquisado. Ressalva-

se que, qualquer pesquisa exige a revisão da literatura, instrumento de pesquisa

bibliográfica, que permite compreender, analisar os conhecimentos científicos e culturais

já existentes sobre o assunto discutido.

As pesquisas qualitativas têm como abordagem valorizar os aspectos qualitativos

dos fenômenos, abrigando diferentes correntes, cujos pressupostos são contrários á

abordagem quantitativa e cujos métodos e técnicas de pesquisa são diferentes dos

abordados nos modelos experimentais (UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, 2006).

Enquanto as pesquisas descritivas descrevem as características de determinadas

população ou estabelecimento de relações entre variáveis (LEONILDO E ASSOCIADOS

2006).

3.2 Pesquisa Exploratória

Tem por finalidade tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem nas

suas mais diferentes manifestações e a maneira como se processam os seus aspectos

Page 43: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

43

estruturais e funcionais, a partir de uma série de interrogações. O objetivo desta é

mapear o processo de análise de investimentos. Ou seja, identificar as estratégias de

análise, as informações adquiridas e respectivas fontes, técnicas e recursos de

processamento utilizados e resultados produzidos (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006).

Portanto a presente monografia terá sua pesquisa elaborada de forma

exploratória, pesquisando o desenvolvimento de uma nova oportunidade (produto)

dentro do próprio negócio, analisando possíveis melhorias em técnicas de

implementação, novas tecnologias, sendo também utilizada a bibliografia para

levantamento de dados conceitos técnicos, históricos, valorizando as características das

diferentes modalidades de pesquisas.

3.3 Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente

como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à

análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica

consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Ciência e

áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da

Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a pesquisa de

campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo

de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade. Como

qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige

também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza

do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e

análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a

pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente

quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente

quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento,

ignorando a complexidade da realidade social (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006).

Portanto esse método nos possibilita a observação do processo atual, estudo,

analise, observação do processo na pratica. Com essa base vamos teremos melhor

Page 44: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

44

embasamento da operação prática de exploração de minas subterrâneas. criando assim

um conceito diferenciado daquele onde apenas estuda-se teoricamente o processo, sem

poder vivenciar a realidade. Sem duvida essa experiência vai proporcionar uma visão

diferente, com uma base sólida sobre o assunto, porque nada melhor do que vivenciar a

pratica para o aprendizado.

3.4 Histórico da Indústria

A Orica Brasil é uma empresa, cujo sua Matriz se localiza na Austrália,

compreende 45% do mercado Brasileiro, mantendo sua liderança em diferentes

segmentos como construção civil e mineração, na fabricação de Explosivos e

Acessórios – para grandes companhias de mineração no País, bem como para paises

de todos os continentes.

Os clientes encontram soluções completas na Orica. Além de fornecer explosivo e os

acessórios industriais, a Orica oferece também serviços com uma equipe técnica

experiente e altamente qualificada. Essa competência técnica é uma das vantagens

mais importante da Orica no mercado Brasileiro e internacional, que faz com que ela

seja líder de mercado, um líder de confiança.

� Objetivo da Indústria

A Orica Brasil tem por objetivo, a busca implacável os melhores resultados

financeiros, como sustentação e sucesso dos seus clientes, possui como ponto forte,

tecnologia e Assistência Técnica, eficiência e qualidade, segurança do Trabalho e

Preservação Ambiental. Esses são os princípios, cujos, são construídos na companhia,

líder de mercado, reconhecido por clientes e por acionistas, como um exemplo do

negócio proeminente de um futuro promissor.

Page 45: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

45

� Produtos Fabricados

Na fábrica de Lorena são produzidos explosivos e acessórios. São fabricadas

também matérias-primas para a utilização na fabricação de explosivos e acessórios.

Entre elas destacam-se :

- NP (Nitropenta)

- AZIDA de CHUMBO

Os principais tipos de explosivos são:

AMPLEX (Booster de alta potência). As séries de reforçadores (booster) amplex

obedecem aos mais rigorosos princípios da detônica, foram projetados para que

ofereçam o máximo desempenho nas operações de iniciação de explosivos. É composto

com uma carga de 50% de Nitropenta e 50% de TNT.

1) EMULSÃO DE NITRATO DE AMÔNEA

É um explosivo que pela sua consistência, facilita o carregamento de furos com as mais

variadas inclinações e níveis hidrostáticos, apresenta resistência à água. Usado em

minerações a céu aberto, em furos a partir de 49 mm de diâmetro.

Os principais tipos de acessórios são:

2) MANTESPO

É a espoleta simples e instantânea, destinada a iniciar cargas explosivas de

pequeno diâmetro, boosters e cordéis detonantes, por meio de estopim. É composta por

uma carga de Azida de chumbo e uma carga de Nitropenta. MANTITOR (Cordão Ignitor)

É um cordão fino, flexível e incendiário que queima com chama vigorosa. Sua principal

função é eliminar a necessidade de acender cada estopim individualmente, permitindo

tiros seqüenciais usando estopim. EXEL é um tubo de plástico capaz de transmitir ultra-

rápido uma onda deflagradora permitindo na outra extremidade a iniciação de uma

Page 46: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

46

espoleta. É um sistema de iniciação não elétrico e é composto no seu interior por uma

massa, que provém da mistura de HMX e Alumínio em pó.

3) MANTICORD (Cordel Detonante)

É um acessório de detonação para dar continuidade. Inicia simultaneamente

cargas explosivas e também pode ser usado como explosivo. Sua aplicação é feita em

operações de desmonte de rocha a céu aberto e subsolo. Seu núcleo é composto de

Nitropenta. São fabricados dois tipos de cordel:

- Manticord (Cordel revestido com uma capa isolante de polietileno)

- Cordtex (Cordel revestido por uma capa de cera de abelha)

4) MANTESPO ll

Acessório de detonação não elétrico que possui um tempo de retardo na ordem

de segundos. É usado em minerações, em subsolo e em construções civis em geral.

5) MANTELEC

Acessório de detonação usado para iniciar simultaneamente e a distância, cargas

explosivas por meio de corrente elétrica. Os tipo “alta amperagem’’ são de alta

segurança contra correntes elétricas parasitas, de origem dinâmica.

� Principais Clientes

Os principais Clientes da Orica Brasil São: Cia. Vale do Rio doce, Anglo Gold,

Votorantim, Lafarge, Holcin, Yamana, Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Norberto

Odebrecht, entre outros.

A evolução alcançada e a aceitação incondicional dos produtos de sua fabricação

se devem, principalmente, à eficiência do seu corpo técnico, ao alto nível de qualidade

apresentado e a assistência técnica e efetiva oferecida pela indústria aos seus

consumidores.

Naturalmente, que outros aspectos de caráter técnico ou mesmo de aplicação

poderiam ser aqui apontadas. Considerando, entretanto, a complexidade do problema e

Page 47: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

47

a variedade dos produtos, deixamos o assunto a cargo de para ser apontada com mais

clareza em uma outra oportunidade, isso por desviar do nosso objetivo principal.

� Missão da Empresa

� Ser o melhor fornecedor de produtos e serviços ao mercado consumidor de

explosivos, desenvolvendo nossa posição de liderança e buscando um

crescimento rentável;

� Satisfazer as necessidades dos clientes, garantindo a excelência em tecnologia,

assistência técnica e qualidade;

� Desenvolver e valorizar o homem, o profissionalismo e o espírito de equipe de

nossos colaboradores;

� Manter o comprometimento com a máxima Segurança, Saúde Ocupacional e

Meio Ambiente.

� Princípios da Empresa

SH&E (Segurança, saúde ocupacional e meio ambiente).

Propriedade Comercial.

Soluções criativas para o cliente

. Trabalhar juntos.

Page 48: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

48

4 LEVANTAMENTO TÉCNICO

Foi analisado dentro de uma organização (Órica) todo o processo de exploração

em minas subterrâneas, onde é utilizado um produto tecnologicamente defasado

(ANFO). Para comparar foi realizado uma análise de um produto (Handbulk) com a

mesma utilidade, que está ganhando grandes proporções no mercado, pois é mais

avançado tecnologicamente e que em muitas empresas vem substituindo os explosivos

granulados. Com esta análise criamos uma base de informações para as vantagens e

desvantagens.

Esse levantamento foi elaborado através de pesquisas de campo, apoio da

empresa para fornecimento de dados, como também através de pesquisas

bibliográficas, em sites, etc.

4.1 Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração

Subterrânea

Os explosivos granulados, desde a chegada no cliente exige maior numero de

funcionários para seu descarregamento, gerando mais horas trabalhadas com

incremento de periculosidade que são crescidas de 30%;

Alguns pontos fracos dos explosivos granulados, em todo o seu processo:

� Exige paiol maior para armazenagem das sacarias;

� Ocorre o empedramento do mesmo caso não seja consumido em tempo apropriado,

necessita de transporte auxiliar para armazená-lo no paiol do subsolo e para

transportá-lo para as frentes do trabalho.

� Exige nova mão de obra para transporte do mesmo no interior da mina;

� Sua utilização nos vasos sob pressão são riscos constantes a cada utilização;

� Necessitam de compressores portáteis ou uma estação de ar comprimido na mina

para aplicação, geralmente com desperdício de ar comprimido;

� Necessita de mangueiras para ar de comprimento razoável para aplicação, o que

causa desperdício de tempo no final do carregamento e aumenta o custo,

Page 49: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

49

� Entupimentos constantes das mangueiras que aplicam o material devido sujeira

provocada nos reabastecimentos de material no vaso de pressão;

� Blasters (especialistas credenciados em aplicação de explosivos) não conseguem

sua aplicação homogenia a cada furo ou frente de trabalho, pois não conseguem

pressão constante e nem tampão iguais para todos os furos, com isto existem furos

com produto em maior ou menor quantidade, furos bem adensados e furos pouco

adensados, o que compromete o resultado do desmonte e os custos;

� Ocorre o desperdício de material devido sopro do produto antes de serem

pulverizados;

� O explosivo que é pulverizado é desperdiçado porque o mesmo é soprado para fora

do furo e não pode ser utilizado em furos úmidos;

� Em furos ascendentes de diâmetros maiores, exigem pressões de trabalho com ar

comprimido maiores, ocorre a queda excessiva de material devido à dificuldade de

agregação às paredes de furo;

� Em furos longos pode ocorrer a geração de energia estática, devido ao atrito do

produto que retorna pelas paredes do furo em contato com a parte externa da

mangueira de carregamento;

� Geração de resíduos das embalagens e do material desperdiçado;

� Re-trabalho com utilização de mão de obra e equipamento com as sobras, e riscos

de perder material que as embalagens danificam;

� Aspiração pelas pessoas que trabalham na atividade de carregamento do material

que pulveriza e retorna do furo carregado;

� Riscos de queimadura na pele, devido contato com o material;

� Gera mais gases após detonação, necessitando mais tempo para retorno a frente de

trabalho, após desmonte;

� Caso ocorra falha de furo, dificuldade de limpeza, pois o produto congela dentro do

mesmo, aumentando risco da atividade;

� Quando cai em poças de água durante o carregamento gera gases que podem até

paralisar a atividade por algum tempo, devido ao risco de contaminação; como

podemos notar o produto granulado desde a chegada ao cliente, a aplicação e após

sua utilização, requer número maior de mão de obra, espaços de armazenagem,

Page 50: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

50

equipamentos de transporte. Além dos de aplicação e geração de resíduos, e

eficiência no desmonte menor comparada com emulsão bombeada.

Fluxograma Anfo

ANFOFabricação em embalagens de

25 kg.

ANFOFabricação em embalagens de

25 kg.

Descarrega nos paióis da superfície

Carregamento para transporte até mina

Descarga e estocagem nos paióis subsolo

Carregamento dos veículos atéfrentes de trabalho

Carregamento dos veículos atéfrentes de trabalho

Carregamento dos vasos sob pressão

Transportado por carreta ou caminhão

Figura 2: Fluxograma Anfo Fonte: Orica Brasil (2007)

Page 51: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

51

4.2 Performance Anfo

Propriedade ANFO

Densidade (g/cm3) 0,80

Diâmetro mínimo do furo (mm) 51

Profundidade máxima do furo (m) 50

Comprimento máximo da carga (m) 45

VOD Típico (km/s) 3,5

Energia Efetiva Relativa (REE)

Peso Relativo da Força

Força Relativa ANFO

100

100

Pentex ou Primer

recomendado para furos

de diâmetro mínimo

> ou = 102 PPP

64 - 102mm H

Tipo de Furo Seco

Sistema de Distribuição Vaso sob pressão

Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do

furo

Saída de CO2 (kg/ton) 130

Tempo de Estocagem 3 meses

Tabela 3: Performance Fonte: Orica Brasil (2007)

Page 52: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

52

Figura 3: Frente de lavra Fonte: Orica Brasil (2007)

Figura 4: Perfuração das frentes de serviço Fonte: Orica Brasil (2007)

Page 53: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

53

Fonte: Órica Brasil

Figura 5: Carregamento com ANFO Fonte: Orica Brasil (2007)

4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada)

4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação)

Handbulk é uma emulsão explosiva bulk (bombeada) sensível a iniciador,

especialmente projetada para aplicações em minerações pequenas, pedreiras e

construções em ambas condições, secas e molhadas.

O Handbulk tem uma aparência de fluido opaco, similar em viscosidade ao óleo

pesado ou à graxa leve. O Handbulk é distribuído através de um sistema de

fornecimento Maxipump (maxi bomba) ou bomba de cavidade progressiva, que combina

a emulsão não-explosiva com um sensibilizador para distribuir o produto explosivo no

furo. O sistema de distribuição Maxipump ou cavidade progressiva é baseado em uma

bomba de pistão de ar acoplado a um tanque com tamanho adequado para aplicação

Page 54: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

54

manual ou da mesma forma por uma bomba de cavidade progressiva. O produto

Handbulk é manufaturado e pode ser distribuído com controle preciso, usando controles

eletrônicos de aplicação em uma taxa adequada para melhorar a sua produtividade.

Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada

EmulsãoMatriz

Cap. 50 ton.Transportado por carreta tanque

Nitrito de SódioCap. 1 ton.

Tanque soluçãoNitrito de SódioCap. 0,2 ton.

RepumpCap. 3,0 ton.

Carregamento dos furossubsolo

Transportado por caminhões tanque

Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada Fonte: Orica Brasil (2007)

Page 55: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

55

4.4 Performance Handbulk

Propriedade Handbulk

Densidade (g/cm3) 1.20

Diâmetro mínimo do furo (mm) 76

Profundidade máxima do furo (m) 50

Comprimento máximo da carga (m) 45

VOD Típico (km/s) 4.4 – 6.3

Energia Efetiva Relativa (REE)

Peso Relativo da Força

Força Relativa Bulk

105

157

Pentex ou Primer

recomendado para furos

de diâmetro mínimo

> ou = 102 PPP

64 - 102mm H

Tipo de Furo Seco, Molhado ou Drenado

Sistema de Distribuição Bombeado

Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do

furo

Saída de CO2 (kg/ton) 113

Tempo de Estocagem 6 meses

Tabela 4: Performance Fonte: Orica Brasil (2007)

Page 56: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

56

4.5 Recomendações para Uso

4.5.1 Solo Reativo

Produtos baseados em nitrato de amônia, como Handbulk, podem reagir com

materiais piriticos no solo e criar situações potenciais de risco.

4.5.2 Temperatura do Solo

Estes produtos estão disponíveis para uso em solo com temperaturas de oº a um

máximo de 55ºC. Se a sua aplicação necessita operar fora desta faixa de temperatura,

entrar em contato com o fornecedor para receber orientações sobre os procedimentos.

4.5.3 Tempo de Gaseificação

O tempo de gaseificação do Handbulk depende da temperatura. A sensibilização

típica se completará em 30 minutos. Pelos menos um intervalo de 60 minutos deve

existir entre o carregamento e o estancamento dos furos quando a temperatura do

produto estiver abaixo de 25ºC.

4.5.4 Características de Segurança

O Handbulk é relativamente insensível à iniciação acidental por choque, fricção

ou impacto mecânico sob condições normais de uso. A detonação pode ocorrer a partir

de impacto forte ou aquecimento excessivo, particularmente sob condições de

confinamento. Não há efeitos adversos à saúde se o produto for manuseado de acordo

com as recomendações. Se houver contato com qualquer parte do corpo, lave com água

abundante e sabão.

4.5.5 Qualidade do Produto

Os explosivos bulk são manufaturados e carregados usando um processo de

qualidade certificado pela ISO 9001. As emulsões explosivas Handbulk foram

desenvolvidas na Austrália especificamente para a industria de mineração e construção

usando processos de Engenharia e Pesquisa certificados pela ISO 9001.

Page 57: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:  Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

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4.6 A ISO 9001

A série ISO 9000 é um conjunto de normas que formam um modelo de gestão da

qualidade para organizações que podem, se desejarem, certificar seus sistemas de

gestão através de organismos de certificação. Foi elaborada através de um consenso

internacional sobre as práticas que uma empresa pode tomar a fim de atender

plenamente os requisitos de qualidade do cliente. A ISO 9000 não fixa metas a serem

atingidas pelas empresas a serem certificadas, a própria empresa é quem estabelece as

metas a serem atingidas. A sigla ISO denomina a International Organization for

Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização. Ela é uma

organização não governamental que está presente hoje em cerca de 120 países. Esta

organização foi fundada em 1947 em Genebra, e sua função é promover a

normatização de produtos e serviços, utilizando determinadas normas, para que a

qualidade dos produtos seja sempre melhorada. No Brasil, o órgão que representa a

ISO chama-se ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A ISO 9000 é um

modelo de padronização. A organização deve seguir alguns passos e atender alguns

requisitos da ISO 9001 para serem certificadas, dentre esses requisitos podemos citar:

• Padronização de todos os processos chaves do negócio, processos que afetam o

produto e conseqüentemente o cliente;

• Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a

qualidade do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios;

• Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a

rastreabilidade do processo;

• Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando

necessário; e

• Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua

eficácia. (PORTALQUALIDADE, 2007).

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5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Após análise da pesquisa pode-se notar a grande diferença entre os produtos,

tendo em vista que foram analisados para o mesmo fim, ou seja, desmonte de rochas

em minas subterrâneas, mostrando-se bem diferentes nas comparações.

Com as vantagens e desvantagens apresentadas pode-se observar que o ANFO

apresenta inúmeras desvantagens em relação do Handbulk, desde o transporte após a

fabricação, carga e descarga nos paióis, armazenamento, manuseio, transporte até o

ponto de utilização dentro da mina, ergonomia, embalagem, resíduos, produtividade,

geração de gases, segurança na aplicação, performance de trabalho e meio ambiente

pelo descarte de embalagens.

O desperdício do próprio material durante a aplicação é grande, por ocorrer o

sopro antes do produto ser pulverizado. Durante a pulverização o produto é

desperdiçado por efeito do sopro para fora do furo e não pode ser utilizado em furos

úmidos por ser hidroscópico. Os cuidados para manuseio, aplicação, os recursos

necessários como mangueiras, compressores de ar comprimido, vasos sob pressão,

veículos especiais para transporte, tudo impacta diretamente na eficiência e custos

gerados pelo produto durante o processo.

A emulsão bombeada (Handbulk) tem grandes vantagens conforme a pesquisa

mostrou. Dentre elas podemos citar o menor custo de fabricação, menor manuseio do

produto acabado, produtividade no transporte e aplicação, menor risco em relação a

saúde ocupacional e segurança dos funcionários envolvidos no processo, pois melhora

o ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de Nitrato de amônia oriundo

da utilização do ANFO, e vasos sob pressão para aplicação. Os espaços para

armazenagem são menores e mais seguros, uma vez que o produto só se torna

explosivo após o bombeamento nos furos, atendimento as normas de meio ambiente

pois não há embalagens a serem descartadas no desmonte. O aumento da

produtividade do desmonte também é outro fator relevante, por possuir melhor relação

custo x benefício.

Para tanto o produto ANFO está defasado em comparação ao Handbulk. Tendo

em vista as vantagens e desvantagens demonstradas pela pesquisa realizada sobre os

produtos utilizados (ANFO) e o produto sugerido (Handbulk).

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CONCLUSÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso propôs uma mostra aos discentes

da Fatea, bem como a profissionais interessados na busca de Novas Oportunidades de

Negócio dentro do próprio cenário, principalmente do seguimento de mineração, mas

precisamente em exploração de minas subterrâneas, demonstrando as oportunidades

que podem ser descobertas com uma análise dos cenários do mercado, do processo ou

até mesmo da própria organização, sem a necessidade de grandes investimentos.

Além das análises e resultados apresentados, deve-se conhecer na prática, o

perfil da empresa em que se trabalha, para assim desenvolver um planejamento

adequado às necessidades da organização, por isso a importância da prática

profissional para os alunos, pois não adiantaria o conhecimento de planejamento

estratégico sem o conhecimento, a convivência a pratica do mercado, onde se buscará

a implementação de um planejamento em busca de novas oportunidades.

O conhecimento adquirido no curso está intrinsecamente ligado ao conhecimento

prático, tornando-se assim importante fonte de conhecimento para o crescimento

profissional dos administradores de empresa.

Proposição do plano de melhoria futura

Com os resultados obtidos a partir do processo de movimentação da análise

efetuada, podemos sugerir as seguintes melhorias com a substituição do ANFO pelo

Handbulk (Emulsão bombeada), tendo em vista que o produto atual (ANFO) está

defasado tecnologicamente.

� Diminuição da perfuração específica com o aumento da malha;

� Aumento da capacidade de produção de perfuração e desmonte;

� Maior produtividade na operação de carregamento dos furos devido a menor

necessidade de reabastecimento da unidade (em comparação com os “anfo loaders”

= vazos sob pressão para carregamento) e kg/min;

� Controle efetivo da quantidade de explosivo carregado por furo;

� Melhoria em saúde ocupacional e atendimento as normas internacionais de

manuseio de peso devido à eliminação das embalagens de 25 kg do ANFO.

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� Atendimento às normas de meio ambiente quanto à destinação das embalagens do

produto utilizado no desmonte.

� Facilidade de estocagem, pois a emulsão matriz é um oxidante e não explosivo;

� Maior segurança em todas as etapas das operações de carregamento e

armazenagem, uma vez que o produto torna-se explosivo somente após o

bombeamento;

� Possibilidade de variação na energia aplicada pela alteração da densidade do

produto final;

� Melhora na qualidade do ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de

Nitrato de Amônia oriunda do bombeamento do ANFO;

� Melhora na fragmentação, proporcionando:

� Menor índice de fogo secundário;

� Menor desgaste e conseqüente custo de manutenção dos equipamentos de

escavação e transporte, pelo manuseio de material melhor fragmentado;

� Melhora na produtividade de escavação e transporte (horizontal e vertical);

� Melhora na produtividade da britagem e moagem.

� Redução global do custo de produção.

� Melhora no rendimento dos desmontes por maior avanço em m;

� Redução do ciclo operacional do desenvolvimento;

� Redução do custo do desenvolvimento (R$/m de avanço);

� Melhora na fragmentação/arranque, aumentando a produtividade de carregamento

na escavação e transporte.

� Redução no custo de supply chain (cadeia de suprimentos)

� Redução no custo do inventário ( produtos em estoque superfície e subsolo);

� Melhora na condição ergonômica dos trabalhadores pelo não manuseio de sacos e

caixas.

Podemos sintetizar os benefícios pela aplicação deste sistema de desmonte, através

da figura esquemática abaixo:

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Figura 7: Diagrama de Ishikawa Fonte: Orica Brasil (2007)

PPrreeppaarraaççããoo ddoo ddeessmmoonnttee

BBllaassttiinngg

PPóóss -- ddeessmmoonnttee

Tempo de carregamento

Carga

Unidade de bombeamento bombeamento Cost

Diluição

Segurança

Custos operacionais

Manutenção de equipamentos

Tempo de carregamento e limpeza

Segurança e meio ambiente

Britagem primária

Remoção

Tonelada desmontada

Controle de piso

Fogo secundário

Fragmentação

Início

Bombeamento e manuseio

Custo de perfuração Costs Segurança

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