planejamento custo

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PLANEJAMENTO E CUSTO PLANEJAMENTO E CUSTO Professor : Professor : Jean da Silva Rodrigues Jean da Silva Rodrigues [email protected] [email protected] INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA. PARÁ - IFPA. CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA Disciplina: Disciplina:

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Page 1: Planejamento Custo

PLANEJAMENTO E CUSTOPLANEJAMENTO E CUSTO

Professor :Professor :Jean da Silva RodriguesJean da Silva Rodrigues

[email protected]@yahoo.com.br

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA.PARÁ - IFPA.CURSO TÉCNICO EM MECÂNICACURSO TÉCNICO EM MECÂNICA

Disciplina:Disciplina:

Page 2: Planejamento Custo

-CÁLCULO DE HOMEM HORACÁLCULO DE HOMEM HORA

- DEFINIÇÃO DE CARGA DE TRABALHODEFINIÇÃO DE CARGA DE TRABALHO

- ELABORAÇÃO DE CRONOGRAMAELABORAÇÃO DE CRONOGRAMA

- CONTROLE DE GRANDES PARADASCONTROLE DE GRANDES PARADAS

- CUSTO DA PRODUÇÃOCUSTO DA PRODUÇÃO

- ORÇAMENTOORÇAMENTO

EMENTA DA DISCIPLINAEMENTA DA DISCIPLINA

Page 3: Planejamento Custo

1.0 – A ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE1.0 – A ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

Em um sistema produtivo o planejamento e

controle de produção recebem da direção as metas a

serem atingidas e a partir daí começa a formular planos

para atingi-las, administrando os recursos humanos e

físicos com base nos planos e acompanha as ações

corrigindo prováveis desvios.

Page 4: Planejamento Custo

1.0 – A ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE1.0 – A ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

Page 5: Planejamento Custo

Quando o empreendedor planeja constituir uma empresa, ele precisa dimensionar todo o volume de recursos que serão necessários para tal.

Nesta etapa, dois fundamentos são primordiais para a vida da nova empresa: o Investimento Fíxo e o Capital de Giro.

2.0 – CONCEITOS BÁSICOS PARA A CONSTITUIÇÃO 2.0 – CONCEITOS BÁSICOS PARA A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESADE UMA EMPRESA

Page 6: Planejamento Custo

2.1- Investimento Fíxo

São os investimentos necessários para a operação da empresa:

• terreno;• galpão;• máquinas e equipamentos;• móveis e utensílios;• veículos;• eventuais (10% do valor do investimento fixo).

Page 7: Planejamento Custo

2.2 - Capital de Giro

É o valor mínimo que deve ser mantido em caixa para a manutenção do negócio. Matematicamente é a diferença entre o dinheiro em caixa (ativo circulante) e as dívidas a curto prazo (passivo circulante).

• caixa mínimo (recursos para despesas rotineiras);• matérias-primas e materiais secundários;• financiamento das vendas;• insumos e serviços básicos;• mão-de-obra.

2.3 - Investimento Total Investimento Fixo + Capital de Giro

Page 8: Planejamento Custo

Definida a área de atuação do empreendimento, é necessário que o empreendedor analise inicialmente seu mercado de atuação e a legislação pertinente da área.

3.0 – ESTUDOS PRELIMINARES PARA CONSTITUIÇÃO 3.0 – ESTUDOS PRELIMINARES PARA CONSTITUIÇÃO DA EMPRESADA EMPRESA

Page 9: Planejamento Custo

Representa o conjunto de consumidores que demanda os produtos/ serviços que sua empresa oferece.

3.1 – O Mercado Consumidor

Necessário conhecê-los:

- Quem são meus clientes ?- Existem parâmetros para quantificá-los ?- Qual seu nível de renda ?- Por que esse cliente compraria os produtos da minha empresa ?

Page 10: Planejamento Custo

Necessário levantar as pessoas/ empresas que ofereçam produtos idênticos ou semelhantes aos seus e que concorram direta ou indiretamente com o negócio.

3.2 – O Mercado Concorrente

- Quem são os concorrentes ?- quantos são ?- aonde estão localizados ?- qual o preço e qualidade dos seus produtos ?- adotam política pós venda ?- quanto tempo está no mercado ?

Page 11: Planejamento Custo

Os fornecedores precisam ser encarados como parceiros do negócio.

3.3 – Fornecedores

- Quais são os produtos/serviços necessários para o funcionamento de sua empresa ?- Quem são os principais fornecedores para sua empresa ?- Como trabalham seus fornecedores ? (preços, prazos, condições de pagamento, pontualidade na entrega de produtos, qualidade, relacionamento, localização, etc)

Page 12: Planejamento Custo

É necessário se conhecer as leis que regulamentam o negócio que se pretende montar. Neste estudo nos deteremos nas micro e pequenas empresas.

3.4 – Legislação Específica

As microempresas e as empresas de pequeno porte recebem tratamento jurídico diferenciado e favorecido no Brasil, assegurado pela Constituição Federal no art. 179 e pela Lei Geral das micro e pequenas empresas.

Page 13: Planejamento Custo

3.4.1 - Conceituação Legal

- MicroempresasSão as sociedades empresárias, as sociedades simples e o empresário individual, cuja receita bruta anual não ultrapassa R$ 240.000,00 - Empresas de Pequeno Porte São as sociedades empresárias, as sociedades simples e o empresário individual, cuja receita bruta anual é maior que R$ 240.000,00 e não ultrapassa R$ 2.400.000,00

3.4 – Legislação Específica

Page 14: Planejamento Custo

3.4.2 – Vantagens Asseguradas

a) Licitações Públicas-Comprovação de regularidade fiscal somente para efeito de assinatura de contrato;

- Como critério de desempate, será assegurado preferência pela ME ou EPP;

- Na modalidade pregão, o empate será considerado quando a ME/EPP apresentar proposta até 5% superior à melhor proposta.

3.4 – Legislação Específica

Page 15: Planejamento Custo

3.4.2 – Vantagens Asseguradas

b) Área Trabalhista;

c) Juizados Especiais Cíveis;

d) Linhas de Crédito;- Linhas de crédito especiais;- Programas de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica;- Redução de alíquota do IPI, COFINS, PIS/PASEP, para ME/EPP do setor de inovação tecnológica.

3.4 – Legislação Específica

Page 16: Planejamento Custo

3.4.2 – Vantagens Asseguradas

e) Atos societários;-ME/EPP estão desobrigadas de realização de reuniões e assembléias, sendo conduzida pelo sócio majoritário, salvo quando estiver em risco a continuidade da empresa;

f) Tributação- Super simples – não é um imposto único, mas um regime especial de tributação;

3.4 – Legislação Específica

Page 17: Planejamento Custo

3.4.2 – Vantagens Asseguradasf.1) Abrangência do super simples:

-IRPJ;- IPI;- Contribuição sobre o Lucro Líquido – CSLL;- COFINS;- PIS/PASEP;- Contribuição para a Seguridade Social;- ICMS;- ISS.

3.4 – Legislação Específica

Page 18: Planejamento Custo

Constituída a empresa, é vital para a saúde desta que o empreendedor possua absoluto controle sobre seus custos.

O preciso conhecimento dos custos envolvidos em um empreendimento não diminui seus riscos, mas fornece elementos fundamentais para o controle das operações desenvolvidas e desempenho do empreendimento.

4.0 – CUSTOS4.0 – CUSTOS

Page 19: Planejamento Custo

4.1 - Custos Fixos

São os custos que ocorrem independentemente da produção e vendas:

• salários + encargos sociais (mão-de-obra indireta)• “pró-labore”;• contabilidade;• depreciação;• aluguéis• manutenção• material expediente

Page 20: Planejamento Custo

4.2 - Custos Variáveis

Variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas:

• matérias-primas• mão-de-obra direta e encargos• materiais secundários• embalagens• insumos• impostos• fretes• comissões sobre vendas

Page 21: Planejamento Custo

4.3 - Custos anuais totais

custos fixos + custos variáveis.

4.4 - Custo unitário do produto

Rateio dos custos fixos e custos variáveis diretos:• compreende a soma entre: custo fixo unitário (custo fixo ÷ unidades produzidas) + custo variável direto unitário (matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta, insumos ÷ unidades produzidas).

Page 22: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de Obra

A Legislação trabalhista brasileira garante ao empregado um salário equivalente a 220 horas mensais, mesmo que ele não tenha trabalhado todo esse tempo.

O custo de mão-de-obra deve ser calculado isoladamente caso a caso, em função da realidade de cada empresa.

Page 23: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de Obra

EXEMPLO: Calcular o custo real da hora trabalhada de um empregado contratado por R$ 500,00 por mês.

-A Jornada máxima permitida é de 44 horas semanais.

44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas p/ dia = 7 hs e 20 min. P/ dia

Page 24: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de ObraENCARGOS SOCIAIS FGTS – 8% sobre todas as verbas pagas aos empregados. INSS – 20% - alíquota geral 3% - SAT - Seguro acidentes do trabalho 2,5% - salário educação 1,5% - SESI ou SESC 1,0% - SENAI ou SENAC 0,2% - INCRA 0,6% - SEBRAETotal 28,8%

Page 25: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de Obra

1º PASSO – CALCULO DO DESEMBOLSO – Salário 500,00 x 12 meses.........................6.000,00– 13º Salário = um mês de salário....................500,00– Acrésc. 1/3 sobre férias = 500 ÷ 3...................166,67– FGTS 8% x 6.666,67 ....................................533,33– INSS + Terc. 28,8% x 6.666,67....................1.920,00

TOTAL DO DESEMBOLSO..............................9.120,00

Page 26: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de Obra 2º PASSO – CÁLCULO HORAS TRABALHADAS– Ano.........................365 dias– Domingos............... (52)– Férias......................(26)– Feriados..................(12)Líquido 275 dias

275 dias x 7,33333 hs = 2.016,7 Horas

CHT = Custo Hora Trabalhada = Total desembolso Nº Hrs trabalhadas CHT = 9.120,00 = $ 4,52 P/ hora (custo real da HT) 2.016,70

Page 27: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de ObraPercentual de Acréscimo = CHT - 1 x 100 CHCCHC - Custo da Hora Contratada

CHC = $ 500,00 CHC = $ 2,27 p/ hora 220 Hs

P.A. = ( CHT - 1 ) x 100 = ( 4,52 - 1 ) x 100 CHC 2,27

P.A. = 99,12%

Page 28: Planejamento Custo

4.5 – Custo de Mão de Obra

O Custo mínimo da hora trabalhada é 99,12% maior do que o custo da hora contratada. Este é o valor mínimo, pois nos cálculos não estão computados:

-Redução da jornada durante o aviso prévio; -Multa de 50% do FGTS na despedida; -Faltas abonadas; etc.

Page 29: Planejamento Custo

4.5.1 – Adicional de Horas Extras

Terá direito ao adicional de horas extras, todo empregado que trabalhar mais de 44 horas semanais. Uma hora extra será acrescida de no mínimo 50% da hora contratada, que é igual ao resultado do salário mensal contratado, dividido por 220 horas, limitando-se a 2 por dia.

Ex: – Salário Mensal Contratado $ 500,00– Salário hora contratado = 500,00 = $ 2,27 p/ hora 220 Hora extra mínima = $ 2,27 + 50% = 2,27 x 1,5 = $ 3,40 p/ hora extra

4.5 – Custo de Mão de Obra

Page 30: Planejamento Custo

4.5.1 – Adicional de Horas Extras

Toda hora extra trabalhada deve compor o RSR-Repouso Semanal Remunerado, que é igual a 16,67% do total de horas extras. 

Quando as horas extras são feitas com habitualidade (todo mês), a média mensal de horas extras integra o valor do salário para todos os efeitos (13º salário, férias, aviso prévio, etc.)

4.5 – Custo de Mão de Obra

Page 31: Planejamento Custo

4.5.1 – Adicional de Horas ExtrasEXEMPLO: Calcule o custo real da hora trabalhada de um operário contratado por $ 450,00 por mês, e que fará 15 horas extras por mês todos os meses.   Salário 450,00 x 12...................................................................5.400,00

– H. Extras {(450,00 ÷ 220) x 1,5} x (15 x 12)..........................551,00

– R.S.R. 551,00 ÷ 6 ou 551,00 X 16,67%...............................91,83

– 13º Salário (5.400 + 551,00 + 91,83) ÷ 12..............................503,57

– Acrésc. 1/3 sobre férias 503,57 ÷ 3........................................167,85

– FGTS 8% x 6.714,25.................................................................537,14

– INSS 28,8% x 6.714,25...........................................................1933,70

Total do desembolso.....................................................................9.185,09

Page 32: Planejamento Custo

4.5.1 – Adicional de Insalubridade

Terá direito ao adicional de insalubridade, todo empregado que exercer atividade em contato direto com agentes prejudiciais à saúde, como fumaça, poeira, calor, frio, ruído, produtos químicos, etc. O adicional de insalubridade incidirá sobre o valor do salário mínimo nos seguintes percentuais:

- Insalubridade em grau mínimo - 10% do sal. mínimo-Insalubridade em grau médio - 20% do sal. Mínimo-Insalubridade em grau máximo - 40% do sal. mínimo OBS.: O grau de insalubridade será definido mediante perícia técnica de profissional credenciado no MT.

4.5 – Custo de Mão de Obra

Page 33: Planejamento Custo

4.5.1 – Adicional de Insalubridade

EXEMPLO: Determinar o custo anual de um operário contratado por $ 2,90 por hora, que faz 14 horas extras por mês durante todo o ano em atividade insalubre em grau máximo. Salário mínimo $ 465,00. – Salário (2,90 x 220) x 12 meses................................................7.656,00– Insalubridade ( 465,00 x 40%) x 12 meses...............................2.232,00– H. Extras = [{2,90 x 1,5] x (14 x 12)..............................................730,80– D.S.R. 730,80 6..........................................................................121,80– 13º Salário (7.656 + 2.232,00+ 730,80+ 121,80) 12.................895,05– acrésc. 1/3 s/ Férias 895,05 3..........................................298,35– FGTS 8% x 10.947,95..........................................................875,84– INSS 28,8% x 10.947,95...................................................3.153,01

Total do desembolso...................................................................15.962,85

4.5 – Custo de Mão de Obra

Page 34: Planejamento Custo

4.5.3 – Adicional de Periculosidade

Todo empregado que trabalha em atividade que ofereça risco de vida, terá direito a um adicional de 30% sobre o seu salário contratado. São exemplos de atividades consideradas perigosas:

Redes de alta tensão, explosivos e inflamáveis. OBS.: Os adicionais de periculosidade e insalubridade incorporam-se ao salário para todos os efeitos.

4.5 – Custo de Mão de Obra

Page 35: Planejamento Custo

É o desgaste natural sofrido por um bem (máquina, equipamento, móveis, etc) durante sua vida útil, pela ação do tempo ou do uso.

No nosso estudo vamos quantificá-la pelo método da depreciação por quota fixa, onde a taxa é encontrada efetuando-se a divisão do valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem.

D = (C – Vr) / nOnde:D – depreciação C – Custo inicial corrigidoVr – valor residual n – tempo de vida útil do bem

5.0 – DEPRECIAÇÃO

Page 36: Planejamento Custo

5.0 – DEPRECIAÇÃOA legislação do Imposto de Renda estabelece os

seguintes critérios para a depreciação:

Page 37: Planejamento Custo

6.0 – PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK EVEN POINT)

É o ponto em que a receita gerada é igual a todos os seus custos fixos e variáveis decorrentes.

Pode ser calculada pela expressão:

P x Q = F + (V x Q)

Onde:P = preço por unidade vendidaQ = quantidade produzida e vendida (PE)F = custos fixosV = custos variáveis

Page 38: Planejamento Custo

6.0 – PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK EVEN POINT)

Graficamente, é representado da seguinte forma:

Page 39: Planejamento Custo

7.0 – IMPLANTAÇÃO DE UMA SERRALHERIA – ESTUDO DE CASO

A partir de agora, vamos dimensionar nosso Plano de Investimento para a implantação de uma pequena serralheria.

A definição da área de atuação da empresa e do nível de produção desejado, implica diretamente sobre os custos que incidirão sobre a produção, já que o regime de tributação (super simples ou tributação normal) é definido nesta fase e a empresa é constituída já enquadrada no regime previsto.

Para efeitos didáticos, vamos considerar a empresa dentro do regime normal de tributação, independente de sua receita bruta prevista.

Page 40: Planejamento Custo

7.1 – Plano de Investimentos

7.1.1 – Aspectos Gerais

Por se tratar de indústria que produz sob encomenda, deve-se adequar o maquinário e a mão-de-obra ao mercado, que é bem diversificado.

• OBJETIVO: fabricar janelas, portões, portas de abrir e correr, grades de proteção, basculantes, etc., para uso na construção civil;

• MATÉRIA PRIMA: laminados e tubos de ferro;

• MERCADO CONSUMIDOR: indústria da construção civil, lojas de materiais de construção e proprietários de imóveis sob reforma.

Page 41: Planejamento Custo

7.1.2 – Requisitos para Produção

• Estimativa de produção anual (Meta): 3.500 m²;

• Cronograma de operação: 8 horas/dia; 300 dias/ano;

• Terreno: 360 m²;

• Galpão, incluindo escritório e Instalações sanitárias: 97 m²;

• Mão de Obra:

Direta IndiretaFuncionário Qt.

Serralheiro 02

Ajudante 02

Pintor 01

Funcionário Qt.

Secretária 01

Gerente 01

Page 42: Planejamento Custo

7.1.2 – Requisitos para Produção• Máquinas e equipamentos principais:

Descrição Qt.

Furadeira de coluna até ¾” equipada com morsa 01

Furadeira manual 01

Lixadeira manual 01

Moto esmeril de bancada com pot. de 0,75 HP p/ 2 rebolos 8”

01

Máquina de corte Policorte 2 HP 01

Tornos de bancada fixos nº 5 02

Tesoura manual p/ corte chapas 01

Máquina de solda elétrica (ER) 250 A 02

compressor de ar 01

Bigorna de 80 Kg 01

Page 43: Planejamento Custo

7.1.2 – Requisitos para Produção• Equipamentos secundários:

Descrição Qt.

Armário em aço para ferramentas c/ gavetas e chave;

01

Bancada 1,70 x 0,90 em madeira

01

Prateleira em aço para material

01

Arco de serra de comp. graduável

02

Lima chata bastarda de 10” 02

Lima quadrada bastarda de 8”

02

Martelo de bola de 300 g 02

Punção de bico 02

Riscador de aço 02

Compasso riscador de 6” 02

Esquadro p/ traçagem 6” 02

Talhadeira 02

Descrição Qt.

Jogo de broca aço rápido de 5/64” a 3/8”

01

Máscara c/ filtro (p/ pintor) 01

Desandador para torcer ferro chato até 1/8” x ¾”

02

Desandador para torcer ferro quadrado até ½”

02

Lâmina e serra p/ arco de 10” com 24 dentes por polegada

04

Jogo de macho de 3/16” W a ¼” W

01

Banco alt. Regulável p/ soldador

02

Avental de couro 02

Máscara p/ soldador c/ lente 02

Par de luva de raspa de couro

02

Page 44: Planejamento Custo

7.1.2 – Requisitos para Produção• Matéria Prima:

Descrição Qt.

Ferro chato de ¼” x 1”

Ferro redondo de ½”

Ferro quadrado ½”

Cantoneira 1” x 1/8”

Ferro tubular 4”

Descrição Qt.

Lixa para ferro nº 120 a 600

Tinta esmalte p/ superfícies metálicas

Rebolo de desbaste 8”

Disco para corte 9”

Disco p/ lixadeira 4 ½”

Eletrodo E6013 (ESAB OK 46)

• Consumíveis da Produção:

Page 45: Planejamento Custo

7.1.2 – Requisitos para Produção• Insumos de Produção e Depreciação:

Descrição Qt.

Consumo Energia Elétrica máquinas produção

Manutenção equipamentos

Depreciação máquinas e instalações

Para a previsão do consumo de energia elétrica, podemos estimar o tempo de uso de cada máquina (em hs) da produção e multiplicar pela sua potência nominal.

Descrição Pot Nom

Tempo uso

Custo kWh

Furadeira de coluna

Lixadeira manual

Moto esmeril de bancada

Máquina de corte Policorte 2 HP

Máquina de solda elétrica 250 A

compressor de ar

Page 46: Planejamento Custo

7.1.3 – Etapas Básicas do Processo Produtivo

• determinar, de acordo com o desenho da peça a ser produzida, a quantidade e dimensões de cada componente da peça;

• efetuar o corte dos componentes;

• retirar as rebarbas;

• desempenar, marcar e furar os componentes;

• estampar, quando necessário;

• montagem: serviços de solda, principalmente;

• acabamento: esmerilhar, prender parafusos e rebites, e pintura.

Page 47: Planejamento Custo

7.1.4 – Lay Out da Empresa

Page 48: Planejamento Custo

7.1.5 – Cálculo do Investimento Fíxo

a) Aquisição do Terreno

Vamos estimar o custo para a aquisição do terreno de 360 m² em R$ 85.000,00.

b) Custo de Construção do Prédio

O custo para a construção do prédio de 97 m² fica estimado em R$ 49.500,00.

Page 49: Planejamento Custo

7.1.5 – Cálculo do Investimento Fíxo

c) Aquisição de Máquinas e Equipamentos Principais

Descrição Qt. P. Unit. (R$)

Sub-Total

Furadeira de coluna até ¾” com morsa

01 1.650,00 1.650,00

Furadeira manual 01 320,00 320,00

Lixadeira manual 01 400,00 400,00

Moto esmeril de bancada com pot. de 0,75 HP p/ 2 rebolos 8”

01 450,00 450,00

Máquina de corte Policorte 2 HP 01 650,00 650,00

Tornos de bancada fixos nº 5 02 90,00 180,00

Tesoura manual p/ corte chapas 01 320,00 320,00

Máquina de solda elétrica (ER) 250 A

02 1.100,00 2.200,00

compressor de ar 01 990,00 990,00

Bigorna de 80 Kg 01 375,00 375,00

TOTAL GERAL 7.535,00

Page 50: Planejamento Custo

7.1.5 – Cálculo do Investimento Fíxo

d) Aquisição de Equipamentos Secundários

Descrição Qt. P. Unit. (R$)

Sub-Total

Armário em aço para ferramentas 01 360,00 360,00

Bancada 1,70 x 0,90 em madeira 01 300,00 300,00

Prateleira em aço para material 01 400,00 400,00

Arco de serra de comp. graduável 02 14,00 28,00

Lima chata bastarda de 10” 02 9,90 19,80

Lima quadrada bastarda de 8” 02 12,00 24,00

Martelo de bola de 300 g 02 15,00 30,00

Punção de bico 02 17,00 34,00

Riscador de aço 02 19,00 38,00

Compasso riscador de 6” 02 21,00 42,00

Esquadro p/ traçagem 6” 02 25,00 50,00

Talhadeira 02 7,00 14,00

Page 51: Planejamento Custo

7.1.5 – Cálculo do Investimento Fíxo

d) Aquisição de Equipamentos Secundários

Descrição Qt. P. Unit. (R$)

Sub-Total

Jogo de broca aço rápido de 5/64” a 3/8”

01 99,90 99,90

Máscara c/ filtro (p/ pintor) 01 175,00 175,00

Desandador para torcer ferro chato

02 43,00 86,00

Desandador para torcer ferro quadrado

02 55,00 110,00

Lâmina e serra p/ arco de 10” com 24 dentes por polegada

04 6,50 26,00

Jogo de macho de 3/16” W a ¼” W 01 90,00 90,00

Banco alt. Regulável p/ soldador 02 35,00 70,00

Avental de couro 02 45,00 90,00

Máscara p/ soldador c/ lente 02 40,00 80,00

Par de luva de raspa de couro 02 14,00 28,00

TOTAL GERAL 2.194,70

Page 52: Planejamento Custo

7.1.5 – Cálculo do Investimento Fíxo

- RESUMO

Descrição Sub-Total

Aquisição Terreno 360 m² 85.000,00

Construção prédio 97 m² 49.500,00

Aquisição máquinas e equipamentos principais

7.535,00

Aquisição equipamentos secundários 2.194,70

Mobiliário e equipamentos escritório 2.000,00

TOTAL GERAL 146.229,70O volume de recursos necessários ao investimento

fíxo é de R$ 146.229,70.

Page 53: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo do Capital de Giro

a)Custo de mão-de-obra (MO)Para a apropriação do custo da MO no capital de

giro, vamos considerar somente um mês da folha:

- DiretaFuncionário Qt. Salári

o Custo Ano

Custo Mês

Serralheiro 02 1.500,00

54.720,00

4.560,00

Ajudante 02 500,00 18.240,00

1.520,00

Pintor 01 700,00 12.768,00

1.064,00

TOTAL 7.144,00

- IndiretaFuncionário Qt. Salári

oCusto Ano

Custo Mês

Secretária 01 700,00 12.768,00

1.064,00

Gerente 01 1.500,00

27.360,00

2.280,00

TOTAL 3.344,00

Page 54: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Girob) Custo de matéria prima

Descrição Qt. (m)

ml (kg/m)

Massa (kg)

R$/kg

Custo(R$)

Ferro chato 1”x 1/4”

1,00 1,20 1,20 2,40 2,88

Ferro circ. de ½”

9,00 1,05 9,45 2,40 22,68

Cantoneira 1” x 1/8”

4,00 1,45 5,80 2,40 13,92

TOTAL 16,45 39,48

Para estimar o valor que deve ser considerado para matéria prima, vamos estabelecer a quantidade de ferro necessária para se fabricar um m² de grade simples e multiplicar esse valor pela massa específica por metro linear do ferro (ml)

Page 55: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Girob) Custo de matéria prima

De posse do índice de consumo de ferro por m² de grade produzida e seu custo, vamos multiplicar pela meta de produção mensal para estimar o custo com matéria prima por mês para esse modelo de grade.

Meta mensal = 3.500 (m²/ano) = 291,70 m²/mês 12 (meses)

Estimativa custo = 291,70 (m²/mês) x 39,48 (R$/m²)

Estimativa custo = R$ 11.516,32 / mês

Page 56: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

c) Consumíveis da Produção

Para estimar o custo dos consumíveis, vamos utilizar o índice aplicado no MANUAL DO PEQUENO EMPREENDEDOR PARA A ÁREA DE SOLDAGEM. (disponível em www.infosolda.com.br/nucleo/downloads/pp.pdf)

No MANUAL, calcula-se o custo dos consumíveis como sendo 10% do valor do custo da matéria prima.

Custo Consumíveis = R$ 11.516,32 x 10%

Custo Consumíveis = R$ 1.151,63 / mês

Page 57: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

d) Insumos da Produção e DepreciaçãoPara estimarmos o consumo de energia elétrica do setor

de produção, precisamos estimar o tempo necessário para a execução de cada etapa básica do processo produtivo.

Etapa Processo Equipamento P (kW) T (h) kWh

Preliminar Determinar qtdade e dimensão componentes

- - 0,08

Fabricação Desempenar, traçar, marcar e dobrar - 0,25

Fabricação Efetuar corte dos componentes Policorte 1,50 0,33 0,495

Fabricação Retirar rebarbas com lima manual - - 0,16

Fabricação Furar Furadeira Coluna 1,00 0,50 0,50

Fabricação Soldar componentes Máq. Solda ER 4,50 0,75 3,375

Acabamento

Retirar rebarba e esmerilhar pontos soldados

Esmerilhadeira manual

0,75 0,16 0,12

Acabamento

Limagem e lixamento manual superfícies

- 0,25

Acabamento

Pintura com uso de pistola e compressor

Compressor 2,00 0,30 0,6

TOTAL 2,78 5,09

Page 58: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

d) Insumos da Produção e Depreciação

O tempo estimado para a produção de 1 m² de grade é de 2,78 hs, com um consumo de energia elétrica de 5,09 kWh. Para calcularmos o custo referente à energia elétrica da produção, multiplicaremos esse consumo pelo custo do kWh fornecido pela concessionária de energia elétrica.

Custo Energia = 5,09 kWh x R$ 0,47* = R$ 2,39/m²

Custo Energia = R$ 2,39/m² x 291,70 m²/mês

Custo Energia = R$ 697,16/mês

* Custo do kWh da REDECelpa no mês de Dez/2009, incluindo o ICMS.

Page 59: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

d) Insumos da Produção e Depreciação

Para estimarmos o valor que será apropriado ao capital de giro referente à manutenção dos equipamentos, vamos utilizar o índice estabelecido por (ZHANG et al, 2003) que calcula o custo de manutenção/ano como sendo 2% do total de investimentos.

C. Manutenção = R$ 146.229,70 x 2,00%

C. Manutenção = R$ 2.924,59/ano

C. Manutenção = R$ 2.924,50 / 12 meses

C. Manutenção = R$ 243,72/mês

Page 60: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

d) Insumos da Produção e DepreciaçãoPara estimarmos o valor que será apropriado ao

capital de giro referente à Depreciação, vamos utilizar os índices de depreciação estabelecidos na lei do Imposto de Renda.

Page 61: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

d) Insumos da Produção e Depreciação

- Ferramentas e equipamentos secundários

Depreciação = custo eq. Sec x 20% = R$ 2.194,70 x 20%12 meses 12

Depreciação = R$ 36,58/mês

- Máquinas e equipamentos principais

Depreciação = custo eq. Princ. x10% = R$ 7.535,00 x 10%12 meses 12

Depreciação = R$ 62,79/mês

Page 62: Planejamento Custo

7.1.6 – Cálculo Capital de Giro

Para finalizarmos a contabilização do capital de giro, vamos estabelecer um valor para os custos administrativos do escritório (telefone, energia elétrica, água e material expediente para o escritório) que vamos estimar em R$ 900,00 por mês.

- RESUMO

Descrição Sub-Total

MO Direta 7.144,00

MO Indireta 3.344,00

Matéria Prima 11.516,32

Consumíveis produção 1.151,63

Energia elétrica produção 697,16

Manutenção 243,72

Depreciação 99,37

Custos administrativos 900,00

TOTAL GERAL 25.096,20

Page 63: Planejamento Custo

8.0 – PREÇO DE VENDA E ORÇAMENTO

Após calculados todos os parâmetros necessários para a implantação da empresa, o empresário tem condição de estabelecer sua empresa no mercado.

Para o início das atividades da empresa, se faz necessário que seu corpo técnico estabeleça o preço de venda dos produtos que deseja oferecer ao mercado consumidor.

Para estabelecer o preço de venda, vamos utilizar toda a estrutura de custos que já calculamos para a serralheria.

Page 64: Planejamento Custo

8.1 – Preço de Venda (PV)

PV = Custo unitário produto 1 - (custo comercialização % + Lucro %)

Para calcularmos o preço de venda da nossa produção, vamos utilizar a seguinte equação:

- Incidências sobre o custo de comercialização:– ICMS................................................18,00%– PIS e COFINS...................................9,25%– ISS.....................................................5,00%TOTAL................................................32,25%

Page 65: Planejamento Custo

8.1 .1 – Cálculo dos Custos Fíxos

Vamos utilizar os valores já determinados no cálculo do capital de giro, em base mensal.

Descrição Sub-Total

MO Indireta 3.344,00

Manutenção 243,72

Depreciação 99,37

Pró-labore 2.000,00

Contabilidade 600,00

Custos administ. (energia+água+luz+mat. Exp.)

900,00

TOTAL GERAL 7.187,09

Page 66: Planejamento Custo

8.1.2 – Cálculo dos Custos Variáveis

Vamos utilizar os valores já determinados no cálculo do capital de giro, em base mensal.

Descrição Sub-Total

MO Direta 7.144,00

Matéria Prima 11.516,32

Consumíveis produção 1.151,63

Energia elétrica produção 697,16

TOTAL GERAL 20.509,11

Page 67: Planejamento Custo

8.1.3 – Cálculo dos Custos Unitários

Custo Unitário = Custos Fíxos + Custos Variáveis Produção Mensal

Custo Unitário = R$ 7.187,09 + R$ 20.509,11 291,70 m²

Custo Unitário = R$ 94,95

Page 68: Planejamento Custo

8.1.4 – Cálculo do Preço de Venda (PV)

PV = Custo unitário produto 1 - (custo comercialização % + Lucro %)

PV = R$ 94,95 1 - (0,3225 + 0,20)

PV = R$ 198,85 por m² de grade produzida

Page 69: Planejamento Custo

8.2 – Orçamento

Estabelecido o preço de venda por metro quadrado de grade a ser produzida, torna-se bastante simplificado o cálculo de orçamentos, bastando para tal, multiplicar o preço de venda pela metragem de grade solicitada pelo cliente.

Deve ser lembrado que custos/despesas não previstas no estabelecimento do preço de venda, como comissões sobre venda, despesas com fretes e entregas, por exemplo, devem ser considerados na elaboração do orçamento.