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Professores Estagiários: Pedro Gomes, Pedro Cardigos, João
Carronha, Joana Silva
Professora Cooperante: Dra. Júlia Gomes
Orientadora da FADEUP: Mestre Mariana Cunha
Mestrado do 2º
Ciclo em
Ensino de
Educação
Física nos
Ensinos Básico
e Secundário
Agrupamento de
Escolas António
Nobre/Escola EB
2/3 Nicolau Nasoni
Porto, 2012/2013
PLANEAMENTO
GERAL
Índice
Introdução__________________________________________________Pág.3
Módulo I – Análise do lugar da Educação
Física no currículo Escolar___________________________________Pág.4-21
Módulo II – Análise das condições de aprendizagem_____________Pág.22-33
Módulo III – Análise dos Alunos______________________________Pág.34-38
Módulo IV – Extensão e Sequência da matéria de ensino__________Pág.39-46
Módulo V – Definição de Objetivos___________________________Pág.47-52
Módulo VI – Configuração da Avaliação_______________________Pág. 53-57
Módulo VII – Opções Metodológicas
e a especificidade do contexto_______________________________Pág.58-59
Bibliografia________________________________________________Pág. 60
3 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Introdução
Este documento apresenta-se como um instrumento fundamental no
âmbito do Estágio Pedagógico para que possamos ter em conta aspetos
importantes para melhorarmos o processo ensino-aprendizagem.
O Planeamento Geral em questão vai de encontro a um ensino eficaz,
assentando num prática refletida, orientada e balizada pelas normativas
emanadas dos Serviços de Administração Central. O esquema abaixo espelha
o que cada Módulo comportará. Respetivamente:
Este trabalho será realizado pelo núcleo de estágio que é composto por:
Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva e João Carronha. A professora
cooperante, Júlia Gomes, será um apoio importante para que possamos
realizar um bom trabalho e para nos dar suportes fiáveis para que possamos
realizar o trabalho da melhor maneira possível.
É um trabalho que escrutina vários aspetos importantes que podem
ajudar-nos neste ano de estágio profissional e com certeza fará com que
possamos evoluir enquanto futuros professores.
Módulo 1 Análise do Lugar da Educação Física no Currículo Escolar
Módulo 2 Análise das Condições de Aprendizagem
Módulo 3 Análise dos Alunos
Módulo 4 Extensão e Sequência da Matéria de Ensino
Módulo 5 Definição de Objetivos
Módulo 6 Configuração da Avaliação
Módulo 7 Opções Metodológicas e a Especificidade do Contexto
4 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo I - Análise do Lugar da Educação Física no Currículo
Escolar
A Educação Física como Área Curricular Disciplinar do 1º ao 12º Ano
Conforme o homologado e aprovado em sede própria, a disciplina de
Educação Física encontra-se presente no Currículo Escolar, desde o primeiro
Ciclo do Ensino Básico até ao Ensino Secundário (Lei de Bases do Sistema
Educativo).
No que se refere à carga horária da disciplina, podemos referir que no
segundo e terceiro Ciclos, esta é de 135 minutos semanais (um bloco de 45
minutos e um de 90). Relativamente ao Ensino Secundário, tendo em mente a
atual revisão curricular, a carga horária de Educação Física foi ampliada para
três horas, o que origina a possibilidade de se aumentar o número de sessões
de prática, sendo o cenário ideal para a sua distribuição o seguinte: 45’+ 45’+
45’+ 45’, admitindo-se, caso não seja viável, a hipótese alternativa de três
sessões semanais, respetivamente: 2x45´ e 1x90´ (in Programa de Educação
Física do 3º Ciclo, 2001).
O Programa de Educação Física apresenta uma estrutura coerente,
simbiótica e encadeada, mas diferenciada, do 1º ao 12º ano.
Neste sentido, do 5.º ao 9.º ano, desenha-se um bloco estratégico, no
qual se estabelece o tratamento das matérias na sua forma característica,
tendo presente as atividades e conquistas consumadas no 1º Ciclo do Ensino
Básico. Por outro lado, o 9º ano será dedicado à revisão das matérias e
aperfeiçoamento ou recuperação dos alunos (absorção do conjunto de
competências associadas ao 3º Ciclo), enquanto o 5.º ano cumpre a mesma
função, em relação ao 1º Ciclo, assegurando as bases de desenvolvimento
posterior.
No Ensino Secundário, mais concretamente no 10º ano, almeja-se
consolidar e eventualmente completar a formação diversificada do Ensino
Básico, mantendo-se os objetivos estipulados para o 9° ano. No 11º e 12º
anos, admite-se um regime de opções no seio da Escola, entre as turmas do
mesmo horário, de modo que cada aluno possa aperfeiçoar-se nas seguintes
matérias (conforme os objetivos gerais): duas de Jogos Desportivos Coletivos,
5 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
uma da Ginástica ou uma do Atletismo, Dança e duas das restantes (matérias
alternativas).
Composição Curricular
“Prevê-se igualmente que, em cada escola, o grupo de Educação Física
e os professores estabeleçam um quadro diferenciado de objetivos, com base
na avaliação formativa, peça metodológica fundamental para a adequabilidade
dos programas a cada realidade particular.” (in Programa de Educação Física
do 3º Ciclo, 2001)
O plasmado nos Programas de Educação Física deverá ser adaptado ao
contexto e à especificidade do mesmo (plasticidade), em função da seguinte
perspetiva tripartida: temporal, espacial e humana.
A aplicação do Programa implica que os espaços admitam a
possibilidade de se realizarem atividades de aprendizagem de todas as áreas
ou subáreas. Certas instalações deverão oferecer melhores condições para o
tratamento de determinadas matérias, o que deve ser considerado ao nível do
Grupo de Professores de Educação Física no sistema de rotação das
instalações (roulement), aplicando-se os critérios mais convenientes de
circulação das turmas pelos espaços, de acordo com: o conjunto de objetivos
dos Programas para cada ano e as prioridades entre as matérias; as
características das diferentes etapas ao longo do ano letivo (avaliações, testes
de aptidão física, etc.); a caracterização das possibilidades de cada espaço de
aula.
Todos estes aspetos de adequabilidade remetem-nos
concomitantemente para os recursos humanos, assim como, para os
temporais, no sentido de a operacionalização de um dado número de intenções
ser viável.
O conteúdo de cada uma das matérias encontra-se especificado em três
níveis:
Introdutório: inclui as habilidades, técnicas e conhecimentos que
representam a aptidão específica ou preparação de base, representa os
“fundamentos”;
6 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Elementar: discriminam-se os conteúdos que representam o domínio
(mestria) da matéria nos seus elementos principais e já com caráter mais
formal, relativamente aos modelos de prática e organização da atividade
referente;
Avançado: estabelece os conteúdos e formas de participação nas
situações típicas da atividade referente, correspondentes ao nível superior
que poderá ser atingido no âmbito da disciplina de Educação Física.
Passaremos então a inferir sobre a composição curricular da disciplina de
Educação Física, percorrendo os diversos anos de escolaridade.
Matérias: 1º e 2º Ano do 1º Ciclo do Ensino Básico
Exploração da Natureza (descoberta do meio ambiente, através da sua
exploração);
Deslocamentos e Equilíbrio (Controlo postural);
Rítmicas e Expressivas: (Expressão corporal);
Jogos;
Atividades de Manipulação;
Oposição e Luta.
Matérias: 3º e 4º Ano do 1º Ciclo do Ensino Básico
Jogos Pré-desportivos;
Andebol;
Basquetebol;
Futebol;
Voleibol;
Atletismo;
Ginástica;
Natação.
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2º Ciclo do Ensino Básico
Podemos dividir as matérias em duas dimensões, sendo estas:
Matérias Nucleares, ou seja, de caráter obrigatório: Jogos Desportivos
Coletivos: Futebol, Voleibol, Basquetebol, Andebol; Ginástica: Solo,
Aparelhos, Rítmica; Atletismo; Combate/Luta; Patinagem/Atividades
Rítmicas Expressivas: Dança; e Atividades de Exploração da Natureza:
Percursos na Natureza.
Matérias Alternativas a serem adotadas localmente, de acordo com as
características próprias ou condições especiais existentes em cada
escola: Corfebol, Hóquei em Campo, Râguebi, Raquetas (Ténis de
Mesa), Tiro com Arco, Natação, Combate (Judo), Jogos Tradicionais
Populares (Jogo do Pau Português), Atividades de Exploração da
Natureza (Campismo, Canoagem, Montanhismo, entre outras).
Como já havíamos referido o 2º ciclo e o 3º ciclo articulam-se de forma
a realizarem um bloco estratégico onde é estabelecido o tratamento das
atividades a lecionar na sua forma característica, alargando as competências
ganhas no 1º Ciclo do Ensino Básico.
3º Ciclo do Ensino Básico
A finalidade da Educação Física nesta fase é tripartida, sendo
direcionada para três grandes dimensões:
Atividades Físicas Desportivas: dimensão técnica e tática, regulamentar
e organizativa;
Atividades Físicas Expressivas: dimensão técnica, composição e
interpretação;
Atividades Físicas de Exploração da Natureza: dimensões: técnica,
organizativa e ecológica.
As áreas são: Jogos, Jogos Desportivos Coletivos, Ginástica, Atletismo,
Raquetas, Patinagem, Combate (Luta), Atividades Rítmicas Expressivas
(Dança), Percursos na Natureza, incluindo também as Matérias alternativas.
8 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Ensino Secundário
10º Ano (Fase de Consolidação)
Interessa consolidar e, eventualmente completar a formação
diversificada do Ensino Básico, mantendo-se os objetivos estipulados para o 9°
ano.
11º/12º Anos (Fase Aquisitiva)
Níveis avançados das matérias nucleares:
Evoca-se um regime de opções no seio da Escola, entre as turmas do
mesmo horário, de modo que cada aluno possa aperfeiçoar-se nas seguintes
matérias (conforme os objetivos gerais): duas de Jogos Desportivos Coletivos,
uma da Ginástica ou uma do Atletismo, Dança e duas das restantes (matérias
alternativas: Jogos de Raquetas, Luta, Judo, Patinagem Artística, Hóquei em
Patins, Jogos Tradicionais Populares, Atividades de Exploração da Natureza,
Natação, entre outras).
9 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
10 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Análise das Competências Gerais, Transversais e Específicas
"Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se
ensina e como se aprende." César Coll
A Educação Física tem como premissa criar um vínculo afetivo com os
alunos durante os doze anos em que estes são abrangidos por esta Área
Disciplinar, no sentido de lhes proporcionar uma formação integral através do
“movimento”, construindo-se uma cultura do movimento que deve estar
impregnada na sua identidade (que tornará a prática desportiva autónoma uma
realidade). A cultura do movimento (termo proveniente da língua Holandesa e
Alemã) incorpora um conjunto de ações e interações como o Desporto, a
Dança ou outras atividades inerentes ao fitness. Esta enfatiza o exercício, o
jogo e o Desporto como mais do que simples atividades físicas, abarcando uma
componente axiológica demarcada (Crum, B. J., 1993).
Chegada a esta fase passaremos a referenciar as competências gerais,
transversais e específicas almejadas com a Educação Física nos distintos anos
de escolaridade, em função do especificado no Programa de Educação Física
emanado do Ministério de Educação (in Programa de Educação Física do 3º
Ciclo, 2001).
Competências Gerais
Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e
do grupo:
Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros,
quer no papel de parceiros quer no de adversários;
Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento
próprio, bem como as opções dos outros e as dificuldades reveladas por
eles;
Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com
oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o
aperfeiçoamento e satisfação própria e dos outros;
11 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização,
escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente
relacional, na atividade da turma;
Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da
atividade individual e do grupo, considerando também as que são
apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e
preparação das atividades individuais e ou de grupo, cumprindo com
empenho e brio as tarefas inerentes.
Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas,
aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação,
ética desportiva, etc.
Interpretar crítica e corretamente os acontecimentos na esfera da
Cultura Física, compreendendo as atividades físicas e as condições da
sua prática e aperfeiçoamento como elementos de elevação cultural dos
praticantes e da comunidade em geral.
Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e
poluição como fatores limitativos da Aptidão Física das populações e
das possibilidades de prática das modalidades da Cultura Física.
Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas
gerais, particularmente, de Resistência Geral de Longa e Média
Durações; da Força Resistente; da Força Rápida; da Velocidade de
Reação Simples e Complexa, de Execução, de Deslocamento e de
Resistência; das Destrezas Geral e Específica.
Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da
Condição Física de uma forma autónoma no seu quotidiano.
Conhecer e interpretar fatores de saúde e risco associados à prática das
atividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança.
Competências Transversais
Melhorar a condição física, elevando as capacidades motoras de modo
harmonioso e adequado às necessidades de desenvolvimento do aluno.
12 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Assegurar a aprendizagem de um conjunto de matérias, promovendo o
desenvolvimento multilateral e harmonioso do aluno, através da prática:
De atividades físicas desportivas nas suas dimensões técnica, tática,
regulamentar e organizativa;
De atividades físicas expressivas (Dança), nas suas dimensões
técnicas, de composição e interpretação;
De atividades físicas de exploração da Natureza, nas suas dimensões
técnica, organizativa e ecológica;
De Jogos tradicionais e populares.
Promover o gosto pela prática regular de atividade física (almejando a
prática desportiva autónoma) e aprofundar a compreensão da sua
importância como fator de saúde e componente da cultura (cultura do
movimento), na dimensão individual e social.
Promover a formação de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à
interpretação e participação nas estruturas sociais, no seio das quais se
desenvolvem as atividades físicas, valorizando:
A iniciativa, a responsabilidade pessoal, a cooperação e a solidariedade;
A ética desportiva;
A higiene, a segurança pessoal e coletiva;
A consciência cívica, na preservação das condições de realização das
atividades físicas.
Competências Específicas
3º Ciclo do Ensino Básico
Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo dos Jogos
Desportivos Coletivos, realizando com oportunidade e correção as ações
técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição
em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas
também como árbitro.
Compor, realizar e analisar, da Ginástica, as destrezas elementares de
acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas
individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica,
13 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
expressão e combinação, e apreciando os esquemas de acordo com
esses critérios.
Realizar e analisar, do Atletismo, saltos, lançamentos, corridas e
marcha, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e
do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.
Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas
elementares dos jogos de raquetas, garantindo a iniciativa e
ofensividade em participações “individuais” e “a pares”, aplicando as
regras, não só como jogador, mas também como árbitro.
Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição
em atividade de combate, utilizando as técnicas elementares de
projeção e controlo, com segurança (própria e do opositor) e aplicando
as regras, quer como executante quer como árbitro.
Utilizar adequadamente os patins, em combinações de deslocamentos e
paragens, com equilíbrio e segurança, realizando as ações técnico-
táticas elementares em jogo e as ações de composições rítmicas
“individuais” e “a pares”.
Apreciar, compor e realizar sequências de elementos técnicos
elementares da Dança em coreografias individuais e ou em grupo,
aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das
composições.
Praticar e conhecer jogos tradicionais populares de acordo com os
padrões culturais característicos.
Realizar percursos de nível elementar, utilizando técnicas de orientação
e respeitando as regras de organização, participação, e de preservação
da qualidade do ambiente.
Deslocar-se com segurança no meio aquático, coordenando a
respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas
selecionadas.
Cursos Profissionais
Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo dos Jogos
Desportivos Coletivos, realizando com oportunidade e correção as ações
14 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
técnico-táticas, em todas as funções, conforme a posição em cada fase do
jogo, aplicando as regras, não só como jogador mas também como árbitro.
Compor, realizar e analisar esquemas individuais e em grupo da Ginástica
(Acrobática, Solo, Aparelhos), aplicando os critérios de correção técnica,
expressão e combinação das destrezas e apreciando os esquemas de
acordo com esses critérios.
Realizar atividades de exploração da Natureza, aplicando correta e
adequadamente as técnicas específicas, respeitando as regras de
organização, participação e, especialmente, de preservação da qualidade
do ambiente. Deslocar-se com segurança no meio aquático, coordenando a
respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas
selecionadas.
Apreciar, compor e realizar sequências de elementos técnicos da Dança em
coreografias individuais e de grupo, correspondendo aos critérios de
expressividade, de acordo com os motivos das composições.
Objetivos das Áreas de Opção
Realizar e analisar provas combinadas do Atletismo (saltos, lançamentos,
corridas e marcha) em equipa, cumprindo corretamente as exigências
técnicas e do regulamento, não só como praticante mas também como juiz.
Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas de Jogos de
Raquetas, garantindo a iniciativa e ofensividade em participações
individuais e a pares, aplicando as regras não só como jogador mas
também como árbitro.
Utilizar adequadamente os patins, em combinações de deslocamentos e
paragens, com equilíbrio e segurança, em composições rítmicas individuais
e a pares (Patinagem Artística), cooperando com os companheiros nas
ações técnico-táticas em jogo de Hóquei em Patins, ou em situação de
Corrida de Patins.
(in Programa de Educação Física dos Cursos Profissionais de Nível
Secundário, 2004).
15 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Orientações Metodológicas
Condições de Aplicação dos Programas e de Desenvolvimento da
Educação Física
Decisões ao Nível do Currículo dos Alunos:
Procurar incluir no Projeto Educativo e no Projeto Curricular de Escola ou
Agrupamento de Escolas, intenções educativas que valorizem a área de
Educação Física na formação dos jovens, concomitantemente criando as
condições necessárias para que os objetivos e finalidades da Educação
Física sejam assumidos pela comunidade educativa e pelos órgãos de
gestão e de coordenação pedagógica, como referência e critérios de
sucesso educativo.
Articular os Projetos de Educação Física, promovendo a coordenação entre
Escolas, otimizando os processos e efeitos das atividades físicas
curriculares e de complemento curricular, assim como, a gestão e
aproveitamento de tais recursos.
Combinar o Currículo nas Escolas, permitindo aumentar a coerência no
percurso educativo dos alunos, dando-lhe uma sequencialidade e
encadeamento próprios.
Incluir no Currículo de Educação Física matérias alternativas, de acordo
com as características da população escolar, o meio onde a escola se
insere e os recursos disponíveis na comunidade educativa, ou seja, em
função das especificidades gerais e particulares do contexto.
(in Programa de Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 19)
Decisões ao Nível dos Recursos Temporais
“A organização dos horários é uma condição de garantia de qualidade
da Educação Física que não pode ser descurada, sob pena de coartar o
desenvolvimento dos alunos, designadamente ao nível das possibilidades de
desenvolvimento da Aptidão Física e do seu efeito sobre a Saúde.” (in
Programa de Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 20)
16 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Aspetos Críticos na Organização dos Recursos Temporais
- Número de sessões semanais
- Forma como são distribuídas ao longo da semana
O Programa foi elaborado na condição de existirem no mínimo três sessões
de Educação Física por semana, preferencialmente em dias não
consecutivos.
Por motivos que se prendem, entre outros, com a aplicação dos princípios
do treino e o desenvolvimento da Aptidão Física na perspetiva de Saúde.
É reconhecido cientificamente que realizar atividade física diariamente é a
condição ideal para se obterem efeitos ao nível da melhoria da aptidão
física e que a frequência mínima que possibilita esses benefícios é de três
sessões semanais.
A organização do tempo de aula em períodos de tempo útil cria a
necessidade do Professor de Educação Física colaborar com os órgãos
responsáveis da Escola, na definição de critérios que visem encontrar os
melhores cenários de organização dos horários de Educação Física,
garantindo as condições necessárias à plena realização da mesma.
Quando os Professores acharem conveniente, deverão aplicar estratégias
que envolvam o conjunto das suas turmas. A interação de alunos de turmas
diferentes permite não só a demonstração de competências em outros
contextos (porventura mais favoráveis a alguns alunos, como por exemplo
nos Jogos Desportivos Coletivos ou na Dança), como a atribuição de outros
papéis a alunos com aptidões mais elevadas em determinadas matérias
(ensino recíproco).
A realização de atividades comuns possibilita ainda a diferenciação do
papel dos Professores, de modo a aproveitar capacidades especiais destes.
17 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Decisões ao Nível dos Recursos Materiais
“A organização pedagogicamente adequada das atividades em EF é
frequentemente limitada pelas reduzidas possibilidades de prática de matérias
diferentes, que a maior parte dos espaços de aula oferece.” (in Programa de
Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 20)
Certas instalações oferecem melhores condições para o tratamento de
determinadas matérias, o que deve ser considerado pelo Grupo de
Professores de Educação Física no sistema de rotação das instalações
(roulement), aplicando-se os critérios mais convenientes de circulação
das turmas pelos respetivos espaços, em função do:
Do conjunto de objetivos dos Programas para cada ano e as prioridades
entre as matérias;
Das características das diferentes fases do ano letivo (Avaliações,
Testes de Aptidão Física, entre outros);
Da caracterização das possibilidades de cada espaço destinado à
prática.
“Estas informações são preciosas para se estabelecerem prioridades na
aquisição, melhoria e manutenção das instalações, equipamentos e
materiais didáticos, rentabilizando os recursos subaproveitados. Não se
deve desprezar a possibilidade de se estabelecerem protocolos com
instituições cujas instalações e/ou equipamentos permitam uma
utilização pontual ou periódica, podendo ampliar os benefícios
educativos da disciplina (como por exemplo: piscinas, pistas de
atletismo, campos de hóquei, râguebi, etc).” (in Programa de Educação
Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 21)
Decisões ao Nível dos Recursos Humanos
“A realização de processos coerentes de formação contínua de
professores é outro dos fatores de desenvolvimento da Educação Física.” (in
Programa de Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 21)
Dar seguimento à formação geral e específica previamente adquirida é algo
absolutamente fundamental na vida do profissional docente, no sentido de se
18 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
enveredar por um caminho ascético, que encara o desenvolvimento profissional
com a premência que lhe está associada. Nesta nota, a formação contínua
adquire obviamente um papel preponderante:
Refletir individual e coletivamente, abrir canais de comunicação intra e
inter Grupo de Educação Física, divulgar boas práticas, promover ações
de formação significantes para a comunidade educativa são
condimentos fulcrais.
No que concerne aos Cursos Profissionais, as orientações
metodológicas são idênticas. Todavia, procedem-se a dados
reajustamentos em função da especificidade do próprio Curso,
respetivamente:
Deve ser garantida a existência de duas sessões de Educação Física
por semana, com tempo útil de 45 minutos, em dias não consecutivos,
por motivos que se prendem, entre outros, com a aplicação dos
princípios do treino e o desenvolvimento da Aptidão Física na perspetiva
de Saúde.
Avaliação
“Os objetivos do Ciclo constituem as principais referências no processo
de avaliação dos alunos, incluindo o tipo de atividade em que devem ser
desenvolvidas e demonstradas atitudes, conhecimentos e habilidades
comuns às áreas e subáreas da Educação Física e as que caracterizam
cada uma delas. Considera-se que o reconhecimento do sucesso é
representado pelo domínio/demonstração de um conjunto de
competências que decorrem dos objetivos gerais.” (in Programa de
Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 27)
Os objetivos por sua vez são uma categoria didática e balizam os
critérios, os métodos e os meios.
“Os critérios de avaliação estabelecidos pela Escola, pelo
Departamento de Educação Física e pelo professor permitirão
determinar, concretamente esse grau de sucesso. Os critérios de
avaliação constituem, portanto, regras de qualificação da participação
dos alunos nas atividades selecionadas para a realização dos objetivos
19 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
e do seu desempenho nas situações de prova, expressamente
organizadas pelo Professor para a demonstração das qualidades
visadas.” (in Programa de Educação Física do 3º Ciclo, 2001, pág. 27)
No que se refere à especificidade dos Cursos Profissionais, a avaliação é
feita de acordo com a seguinte abordagem tripartida: Atividades Físicas;
Aptidão Física; conhecimentos relativos aos processos de elevação e
manutenção da condição física e à interpretação e participação nas estruturas
e fenómenos sociais no seio dos quais se realizam as atividades físicas.
Atividades Físicas
Jogos Desportivos Coletivos (JDC)
Módulos Referência para o Sucesso
JDC I Nível Introdução num JDC
JDC II Nível Introdução noutro JDC
JDC III Nível Elementar num JDC
Ginástica (GN)
Módulos Referência para o Sucesso
GIN I
Nível Introdução na Ginástica de solo e
num aparelho da Ginástica de
Aparelhos
GIN II
Nível Elementar na Ginástica de solo e
num aparelho da Ginástica de
Aparelhos
GIN III Nível Introdução na Ginástica
Acrobática
Atletismo/Desportos de Raquetas/Patinagem (ALT/RAQ/PATI)
Módulos Referência para o Sucesso
ALT/RAQ/PAT I Nível Introdução numa matéria deste
grupo
ALT/RAQ/PAT II Nível Introdução noutra matéria deste
20 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
grupo ou nível Elementar na matéria
selecionada para o módulo anterior.
Atividades de Exploração da Natureza (ACT.EXPL.NAT)
Módulos Referência para o Sucesso
ACT.EXPL.NAT Nível Introdução numa das matérias
desta área.
Área da Dança
Módulos Referência para o Sucesso
DANÇA I
Uma Dança do nível Introdução das
Danças Sociais ou Tradicionais
Portuguesas.
DANÇA II
Outra Dança do nível Introdução das
Danças Sociais ou Tradicionais
Portuguesas.
DANÇA III
Tendo por objetivo a concretização do
nível Elementar numa Dança Social ou
Dança Tradicional Portuguesa.
Desenvolvimento das Capacidades Coordenativas e Condicionais
Aptidão Física
Módulos Referência para o Sucesso
Aptidão Física O aluno encontra-se na Zona
Saudável de Aptidão Física.
Conhecimentos sobre Desenvolvimento da Condição Física e Contextos onde
se realizam as Atividades Físicas (ACT.FIS/CONTEXTOS E SAÚDE I)
Módulos Referência para o Sucesso
ACT.FIS/CONTEXTOS E SAÚDE I O aluno revela domínio dos
conhecimentos essenciais definidos a
21 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
nível da Escola, relativos aos objetivos
especificados no Programa.
ACT.FIS/CONTEXTOS E SAÚDE II
O aluno revela domínio dos
conhecimentos essenciais definidos a
nível da Escola, relativos aos objetivos
especificados no Programa.
ACT.FIS/CONTEXTOS E SAÚDE III
O aluno revela domínio dos
conhecimentos essenciais definidos a
nível da Escola, relativos aos objetivos
especificados no Programa.
EM SUMA
O conjunto de normativas emanadas dos Programas de Educação Física
pressupõe, aquando da sua implementação numa dada Escola, um certo grau
de flexibilidade e de plasticidade, que permite ajustar o plasmado às
especificidades gerais e particulares do contexto, tendo como premissa ir ao
encontro das suas necessidades e às necessidades dos seus alunos e alunas.
22 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo II – Análise das Condições de Aprendizagem
Cidade do Porto
O Porto é uma cidade portuguesa situada no noroeste
da Península Ibérica. Esta cidade possui uma área com 41,66
km² e tem uma população de 237.584 habitantes (2011). A
cidade é a capital do Distrito e da Área Metropolitana, esta
última constituída pelos municípios adjacentes que formam entre si um único
aglomerado urbano (segunda maior do país).
A cidade do Porto representa um concelho composto por quinze
freguesias – Aldoar, Bonfim, Campanhã, Cedofeita, Foz do Douro, Lordelo do
Ouro, Massarelos, Miragaia, Nevogilde, Paranhos, Ramalde, Santo Ildefonso,
São Nicolau, Sé e Vitória.
Ao Porto é também dado o nome de Cidade Invicta. É
ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas
suas pontes e arquitetura antiga e contemporânea.
Em 1996, perante a irrefutável riqueza histórica da cidade,
sobretudo na sua parte antiga, a Unesco conferiu à cidade o
estatuto de “Cidade Património Mundial”.
Em 2001, o Porto, juntamente com Roterdão, é Capital Europeia da
Cultura.
História
A existência de vestígios pré-históricos está há muito assinalada na área
demarcada da cidade e da região do Porto.
Com a conquista da península ibérica pelos romanos, a região assiste a
profundas mudanças, quer a nível da organização espacial, quer a nível
económico, religioso e político. A Sé era o centro da atividade romana e o seu
ponto estratégico mais importante. Na época romana designava-se Cale ou
Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal.
O Porto é conhecido por "cidade da Virgem", "Antiga”, “Mui Nobre”,
“Sempre Leal” e “Invicta", epítetos que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos
séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes,
Brasão
Bandeira
23 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
nomeadamente o famoso cerco do Porto, que levou à atribuição, pela rainha D.
Maria II, do título “Invicta Cidade do Porto”.
A cidade pode ainda orgulhar-se de ter sido o berço do Infante D.
Henrique, o navegador.
Em 1414, o infante D. Henrique, de apenas 20 anos, dirige-se ao Porto
(sua cidade natal) para preparar a expedição a Ceuta. A população do Porto
voltou a mobilizar-se para apoiar a preparação da armada, tendo para isso
oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as
tripas. Daqui advirá a alcunha de “tripeiros” dos habitantes do Porto, uma vez
que estes teriam oferecido toda a carne que tinham, reservado apenas para si
as tripas. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade é as
"tripas à moda do Porto".
A cidade do Porto partilha com a sua vizinha Gaia o título de cidade das
pontes. São seis, as estruturas que se erguem sobre as águas do rio e unem
as duas cidades localizadas na foz do Douro: D. Luís I, Maria Pia, São João,
Arrábida, Freixo e Infante D. Henrique.
Turismo/ Pontos de interesse
Como pontos turísticos, destacam-se a
Torre dos Clérigos, da autoria de Nicolau Nasoni,
a Fundação de Serralves, um museu de arte
contemporânea, o Centro Histórico, Património
da Humanidade, e a Foz, zona altamente
turística, por muitos considerada a zona mais
bela da cidade. Ainda em evidência está o
Mercado do Bolhão, um símbolo arquitetónico de
comércio tradicional.
A cidade do Porto contempla ainda outros
espaços igualmente agradáveis de visitar, como
por exemplo a Estação de S. Bento, o Jardim
Botânico, a Livraria Lello e Irmão, o Mercado
Ferreira Borges, o Pavilhão Rosa Mota, ou a
Praça da Batalha.
Parque de Serralves
Pavilhão Rosa Mota
24 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Para além de todos estes pontos de interesse e devido aos seus longos
anos de existência, o Porto é detentor de um largo património imobiliário, onde
se destacam as Igrejas e as Casas e Palácios.
Por fim referência para as Bibliotecas, Museus e Parques e Jardins,
mais alguns dos espaços destinados à cultura e lazer.
Transportes
O transporte público na cidade do Porto existe desde 1872, altura em
que a Companhia Carril Americano do Porto foi pioneira ao iniciar a sua
exploração em Portugal. Um ano depois é criada a Companhia Carris de Ferro
do Porto. A fusão das duas empresas deu origem à Sociedade de Transportes
Coletivos do Porto (STCP). A STCP tem a seu cargo a exploração dos
autocarros e as linhas de elétrico.
Esta, juntamente com o Metro do Porto, possibilita a circulação na região
metropolitana, enquanto os Comboios de Portugal (CP), através da rede
ferroviária suburbana, permite a ligação com as cidades e regiões periféricas
(Aveiro, Braga, Guimarães, Penafiel e Caíde).
Para além destes a cidade do Porto dispõe
do Aeroporto Internacional Francisco Sá
Carneiro, aeroporto funcional e de arquitetura
contemporânea com capacidade para receber
até 16 milhões de passageiros por ano,
considerado por diversas entidades
internacionais como o melhor da Europa na sua
categoria, e do Porto de Leixões.
Economia
O Porto e a região Norte constituem a região onde se situam a maioria
das pequenas e médias empresas e onde se situam as regiões agrícolas mais
produtivas, particularmente vocacionadas para a produção de vinhos.
A agro-indústria do Vinho do Porto, foi a atividade que desenvolveu
decididamente a relação de complementaridade entre o grande centro urbano
do litoral e o vale do Douro.
Metro do Porto
25 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Apesar da progressiva terciarização, a atividade industrial continua com
grande relevância. As indústrias têxtil, calçado, metalomecânica, cerâmica,
móveis e ourivesaria são as que têm uma presença maior nesta região.
Sendo a cidade mais importante da zona do litoral norte de Portugal,
muitos grupos económicos do país e de diversos setores de atividade têm a
sua sede na cidade do Porto ou na sua área metropolitana
Desporto
A cidade do Porto recebe eventos desportivos de várias modalidades,
tais como a Maratona do Porto, as corridas históricas do Circuito da Boavista
ou a "Red Bull Air Race". Nesta cidade têm ainda lugar provas internacionais
dos mais variados desportos, como é o caso do hipismo. Neste desporto, em
particular, há mesmo uma candidatura para uma qualificativa da taça do
mundo.
O Porto conta com grandes clubes
desportivos, onde se destacam o Futebol
Clube do Porto e o Boavista Futebol Clube.
Existem ainda numerosos clubes de menor
dimensão, mas com função social de
grande relevo.
O Estádio do Dragão, casa do
Futebol Clube do Porto, é o local desportivo de maior visibilidade. Neste
estádio são realizados jogos de Futebol, tanto de competições nacionais como
internacionais. Aliás, as primeiras partidas de futebol em Portugal realizaram-se
na cidade do Porto, por influência das famílias inglesas que exploravam o
negócio do vinho do Porto.
A nível individual, a personalidade desportiva mais famosa é a atleta
Rosa Mota. Natural da cidade Porto foi vencedora da medalha de ouro da
maratona nos Jogos Olímpicos de Seul e de bronze nos Jogos Olímpicos de
Los Angeles.
Estádio do Bessa – Boavista F.C.
26 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Freguesia de Campanhã
Campanhã é uma freguesia do concelho do Porto, com uma área de
8,13 km² e 32 652 habitantes (2011). Densidade populacional é de 4 016,2
hab/km².
O Vale de Campanhã está situado na parte mais oriental da cidade do
Porto, ocupando uma área total de 374 ha. É limitado a sul pelo rio Douro e a
nascente pelo concelho de Gondomar. A norte e a ocidente os seus limites
acompanham, grosso modo, a linha de caminho-de-ferro (Minho e Douro).
A sua formação resultou da ação de diversos agentes erosivos, em
especial dos seus cursos de água mais importantes (rios Tinto e Torto).
Rico em recursos hídricos, com um solo extremamente fértil e uma
posição geográfica privilegiada, o vale de Campanhã ofereceu desde sempre
condições muito favoráveis à fixação de populações.
A presença humana nesta área está documentada desde os períodos
mais recuados da Pré-História, tendo sido encontrados alguns vestígios que
indicam a ocupação deste vale já na era do Paleolítico.
A presença romana é também um dado evidente e traduz-se, desde
logo, no próprio topónimo "Campanhã".
No século XI Campanhã já ocorre na documentação coeva como sendo
a sede de uma "villa" relativamente importante, a "villa campaniana", uma
propriedade rural de tradição romana.
Nos séculos finais da Idade Média Campanhã assiste a uma expansão
muito significativa da sua área cultivada, acompanhada de um crescimento
bastante expressivo da população. Beneficiando das suas imensas riquezas
Estádio do Dragão – F.C. Porto
27 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
naturais, o vale converte-se lentamente numa importante reserva agrícola, cuja
principal função é abastecer a cidade de géneros alimentares básicos.
Em todo o caso, ainda que a agricultura representasse a atividade mais
importante, a população de Campanhã, era ainda composta por pescadores e
moleiros, ambos tirando partido da proximidade dos cursos de água.
Com o século XIX chega o tempo das destruições provocadas pela
guerra. Primeiro com as invasões napoleónicas e depois com a guerra civil e o
célebre Cerco do Porto. Durante o período que durou o cerco, o vale foi palco
de numerosos confrontos entre liberais e absolutistas.
No entanto, o século XIX, apesar das dificuldades das primeiras
décadas, representa um período de crescimento e prosperidade (aumento da
população e rápida ampliação da estrutura industrial). Para além da moagem e
a tecelagem surgem fábricas e oficinas que se dedicam à marcenaria, à
produção de cal ao fabrico de fósforos de cera, à destilaria, à saboaria e ainda
aos curtumes. Este desenvolvimento industrial deve-se em grande parte, à
expansão dos meios de transporte, em especial do caminho-de-ferro.
Nas décadas de 50 e 60 do século XX o vale converteu-se numa das
zonas preferenciais para a construção de bairros de iniciativa camarária. A sua
população aumenta e o setor secundário deixa de ser o principal, dando lugar
progressivamente às áreas ligadas aos serviços.
Atualmente, Campanhã continua repartida entre a tradição rural, que
permanece viva na paisagem e em muitos aspetos do quotidiano, e os traços
cada vez mais visíveis da modernidade.
Nicolau Nasoni
Nicolau Nasoni nasceu a 2 Junho de 1691, na
Toscana, e faleceu a 30 de Agosto de 1773 no Porto.
Antes de se mudar para a cidade do Porto viveu em
Siena, onde aprendeu pintura, artes decorativas e
arquitetura. Aos vinte e um anos de idade, Nicolau foi o
responsável pela construção do catafalco da Catedral de
Siena. Mais tarde, para melhor se inserir no meio
artístico, ingressou no Istituto dei Rozzi (academia de
Nicolau Nasoni
28 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
artes). Pela ocasião da nomeação do novo arcebispo de Siena (1715) o Istituto
dei Rozzi escolheu Nasoni para a execução dos trabalhos artísticos
relacionados com a sua receção.
As obras deste artista causavam sucesso, quer pela riqueza das
decorações, quer pela técnica de construção utilizada.
Em Malta Nasoni dá os primeiros passos na arquitetura, ao assinar e
pintar um teto no Palácio de Valeta. O trabalho terá sido muito apreciado e
Nasoni é convidado a deixar a ilha de Malta, rumo a uma cidade que se
encontrava em plena revolução artística.
Não é conhecida a data exata em que
Nasoni chegou à cidade do Porto. Sabe-se
apenas que em Novembro de 1725 iniciou um
trabalho de pinturas na Sé do Porto.
Em 1729 casou com Isabel Castriotto
Ricardi, uma fidalga napolitana, que em 1730 lhe
deu o seu primeiro filho de nome José. No
entanto, a sua mulher viria a falecer na sequência
de complicações no parto.
Em 1731 foi-lhe pedido um projeto para a
Igreja dos Clérigos, trabalho que o ocupou durante mais de 30 anos, embora o
tenha feito gratuitamente, e o imortalizou. Nesse mesmo ano voltou a casar,
desta vez com Antónia Mascarenhas Malafaia uma rapariga proveniente de
Santo Tirso, da qual teve cinco filhos.
Nasoni dedicou-se a inúmeros trabalhos artísticos, desde a pintura à
ourivesaria, com singulares tradições no Porto. Contando com o apoio de ricos
mecenas, tornou-se uma espécie de Miguel Ângelo da cidade que, em pouco
tempo, lhe soube reconhecer o devido valor. A partir daí, realizou inúmeros
trabalhos no Porto e um pouco por todo o Norte de Portugal.
Na Quinta do Freixo, nasceu o Palácio do Freixo (1750). Após a
edificação deste palácio, Nasoni dedicou-se ao desenho e construção de
diversas casas na cidade do Porto e arredores. Quinta da Bonjoia, Quinta da
Prelada e Parque do Chantre são alguns dos exemplos.
Igreja dos Clérigos
29 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Após o terramoto de 1755, Nicolau Nasoni recolheu-se ao descanso,
não só pelo pesar da idade, mas também pelo mudar das tendências
arquitetónicas.
Morreu na pobreza a 30 de agosto de 1773, sendo sepultado na obra
que as suas próprias mãos ergueram – Igreja dos Clérigos – embora o local
exato seja desconhecido.
A fama de Nasoni é de tal destaque no Porto, que muitos dos cidadãos,
na ausência provas e de documentação precisa lhe atribui sem hesitar a
autoria da maioria dos edifícios e esculturas barrocas da cidade.
Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni
A Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni fica localizada na cidade do Porto, mais
concretamente, na Rua de Santo António de Contumil, pertencente à freguesia
de Campanhã. Faz parte do Agrupamento de Escolas de António Nobre,
formado no ano letivo 2011/2012 e constituído pelas Escolas EB 2/3 Nicolau
Nasoni, EB 1/JI São João de Deus, EB 1 Monte Aventino, EB 1 Montebello, EB
2/3 da Areosa e pela Escola ES 3 António Nobre, onde o agrupamento está
sediado.
A Escola Nicolau Nasoni serve a comunidade desde 1992.
A Escola é composta por 2 edifícios principais. Num dos edifícios está
presente o Pavilhão Polidesportivo que é constituído por diversos espaços
direcionados para a prática desportiva. No outro edifício situam-se todas as
salas de aula, órgãos administrativos, gabinetes de docência, quartos de
banho, cozinha, refeitório, bar, secretaria, reprografia, e um conjunto de
serviços indispensáveis ao funcionamento da instituição.
Esta Escola possui um espaço ao ar livre com uma vasta área
arborizada, nada comum em instituições das grandes áreas urbanas. Este
espaço encontra-se preparado para a prática desportiva.
Relativamente ao espaço físico, a escola contempla, então, espaços de
ensino e de apoio ao ensino, espaços de circulação, campo de jogos,
instalações gimnodesportivas, recreios descobertos e jardins. Destaque para o
Pavilhão Polidesportivo que apresenta condições muito boas. Este espaço é
constituído por um recinto Multiusos com bancada, uma sala de Ginástica com
espelho, seis balneários, um gabinete médico, um gabinete para a
30 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
administração, uma sala de professores, dois quartos de banhos e uma
arrecadação para o material desportivo. Neste local existem ainda três saídas
de emergência com portas blindadas que garante a segurança do espaço em
casos de urgência. No exterior existe um campo de jogos que contempla
balizas de andebol e futsal, cestos de basquetebol e ainda uma pista de
atletismo. Como tal, possibilita a prática de diversas modalidades e funciona, à
semelhança do pavilhão, como uma opção válida para as aulas de Educação
Física. Para além disso, permite aos alunos a prática desportiva informal nas
horas de intervalo. Desta forma, e tendo em conta o atual cenário escolar, onde
a inexistência ou degradação das instalações desportivas são a regra e não a
exceção, esta escola representa um verdadeiro “Oásis” para os docentes de
Educação Física, proporcionando excelentes condições materiais e espaciais
para o desenvolvimento das ações pedagógicas.
Material disponível
MATERIAL QUANTIDADE
EXTERIOR INTERIOR
ANDEBOL
Redes de baliza 6
Bolas 18 + 17 de Couro
HÓQUEI
Bolas 4
Sticks 7
BADMINTON
Raquetes 15
Caixa de volantes 1
Postes 2
Rede 1
TÉNIS
Raquetes 2
Bolas 4
GINÁSTICA
Bancos Suecos 6
Bocks 2
Colchões multiusos 6
Colchões de queda 2
Plintos 3
Trampolim Reuther 1
Trave Olímpica 1
Mini-trampolim 2
Arcos 12
31 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Bolas de Ginástica Rítmica
5
Cordas 4
ATLETISMO
Discos 4
Bolas medicinais 6 Grandes + 3 Pequenas
Postes de salto em altura
2
ESCALADA
Cordas 3
FUTEBOL
Balizas 4 2
Bolas 12
Redes de mini - futebol 2
BASQUETEBOL
Tabelas de Basquetebol
6 4 Fixas + 2 Móveis
Redes de Basquetebol 0 6
Bolas 29
VOLEIBOL
Bolas de iniciação 14
Bolas 7 9
Postes de Voleibol 6
Redes de Voleibol 2
RÂGUEBI
Bolas 6
Saco de transporte de bolas
1
Fitas de Tag Râguebi 16
Coletes de Tag Râguebi
10
VÁRIOS
Mesa de apoio à aparelhagem
1
Amplificador 1
Equipamento de registo e
reprodução de som 1
Leitor de CD’S 1
Cones 16
Sinalizadores 78
Marcadores de mesa 2
Compressor 1
Steps 20
Tapetes 2
32 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Perante alunos fora da escolaridade obrigatória e que não completaram
a escolaridade básica a Escola decidiu, há já oito anos, iniciar os Cursos de
Educação e Formação (CEF). Neste momento, estão em funcionamentos os
cursos CEF de Operadores (Tipo 1 e Tipo 2) de Informática, de Cozinheiro e de
Acompanhante de Acção Educativa. Estes cursos têm a duração de 1 (Tipo I)
ou 2 anos (Tipo 2), equivalendo ao 6º e 9º anos, respetivamente. A escolha
destes Cursos é ponderada, sendo tidos em atenção os recursos materiais e
humanos existentes e as hipóteses de saída profissional na zona envolvente,
de forma a oferecer uma diversidade de percursos educativos que motivem
alunos cuja experiencia escolar não foi positiva.
No que concerne aos Cursos Profissionais (Curso Profissional de
Técnico de Gestor de Restauração; Curso Profissional de Técnico de Design),
a idade mínima de acesso é quinze anos e a escolaridade mínima de acesso é
o 9º ano.
A Sala de Ginástica é um espaço com bastante iluminação natural, com
quatro espaldares na parede e um espelho.
Cronómetros 2
Apitos 1
Redes para bolas 3
Sacos de transporte de bolas
2
Coletes de Desportos Coletivos
46
Coletes da Escola segura
13 Azuis + 17 Verdes
Camisolas 45
Calções 39
Camisolas de guarda-redes
6
Calções de guarda-redes
3
Luvas de guarda-redes 2
Conquilhas de guarda-redes
2
Camisolas de árbitro 2
Elástico para saltar 1
Jogos indiaka 5
33 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Ambos os espaços possuem um excelente sistema de som que poderá
ser utilizado na organização de eventos e em aulas de Dança e Fitness.
O grupo de Educação Física da Escola é composto por cinco
professores: Professor José Mário, Professor Francisco Batista, Professor
Wlodzimierz Podstawski e Professora Júlia Gomes.
O horário de ocupação dos espaços (Roulement) indica a cada
professor, qual o espaço que lhe está destinado. A proposta de rotatividade é
a seguinte:
Horas Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
08:30/09:15 6º D 7º C 9º B 7º A 9º C 6º B 9º A
09:15/10:00 6º D 7º C 9º B 7º A 9º C 6º C 9ºA
10:20/11:05 6º C 7º A 6º B 9 CEF 8º A 5º C 5º B
11:05/11:50 6º C 6º A 6º B 9 CEF 6º D 5º C 5º B
12:00/12:45 6º E 5º D 8º B 5º A 8º C 7º C 6º A 9º B
12:45/13:30 6º E 5º C 5º D 5º B 5º A 8º C 5º D 6º A 6º E 5º A
13:40/14:25
14:25/15:10
15:20/16:05 8º C 8º A 9º C 9º A 7 CEF 12º D 7º B 11º RB 8º B
16:05/16:50 8º A 7º B 7 CEF 12º D 7º B 11º RB 8º B
Em jeito de conclusão, podemos afirmar que após a descrição de todos
estes aspetos essenciais é possível afirmar que a Escola EB 2/3 Nicolau
Nasoni possui excelentes condições (a todos os níveis) e providencia aos
professores ferramentas válidas para a leccionação desta disciplina e das
várias modalidades que lhe estão inerentes.
Professor Francisco Professora Júlia e Estagiários
Professor José Mário Professor Podstawski
34 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo III – Análise dos alunos
O nosso trabalho enquanto professores é centrado na aprendizagem dos
alunos, portanto é fundamental ter conhecimento máximo possível acerca das suas
capacidades, conhecimentos, vivências, formação pessoal para conseguirmos ter
uma prática eficaz quando os confrontamos no terreno. É necessario perceber a sua
linguagem, a sua transformação corporal e mental tendo em conta as faixas etárias
em que se encontram.
O nosso Núcleo de Estágio de Educação Física irá lecionar aulas desde o 7º
ao 12º ano, sendo que cada turma orientada em contextos diferentes, coube-nos
fazer um apanhado de informação acerca das generalizações feitas nestas
diferentes faixas etárias. Portanto, as caraterizações são realizadas tendo em conta
a 1ª e 2ª fase pubertária, bem como as diferentes formas de agir tanto dos rapazes
como das raparigas.
Esta recolha de informação permite-nos conhecer as divergências que
existem nas diferentes faixas etárias, para que tenhamos uma maior capacidade
para prevenir problemas, fraquezas e dificuldades contrariando com boas soluções e
tomadas de decisão, potenciando assim as suas qualidades e principais
caraterísticas e ultrapassando essas mesmas dificuldades, esses obstáculos que
serão o grande desafio não só para nós Estudantes Estagiários que queremos o
melhor para os alunos, mas também para estes que apercebem-se da persistência
que deve ser feita para os ultrapassar. Assim se consegue chegar ao êxito.
As atitudes dos alunos face à prática desportiva, bem como as suas
experiências e vivências, as quais proporcionam que os mesmos assumam
estatutos derivados da sua vida social que são diferentes daqueles que se assumem
numa escola ou, sendo mais específico, numa aula de Educação Física.
Temos de conseguir moderar estes aspetos, pois há uma heterogeneidade na
turma derivado de uma sempre diferente formação pessoal de cada um. Para que
isso aconteça, é fundamental haver uma interação com regras, normas e padrões
que permitam que a turma caminhe toda no mesmo sentindo, fazendo assim com
que os diferentes elementos se compreendam e entedam, o que propociona um
conhecimento aprofundado das caraterísticas de cada um.
35 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
A avaliação em causa terá como base em Mitra, G., Mogos, A., 1982, na sua
obra: “O Desenvolvimento das Qualidades Motoras no Jovem Atleta.”´
O ser humano, ao longo da sua evolução enquanto jovem passa por
diferentes fases: 1ª Infância até aos 3 anos, 2ª Infância dos 3 aos 7 anos, 3ª Infância
dos 6/7 anos à Pré – puberdade, Pré-puberdade dos 10/11 anos ao início da
puberdade, 1ª Fase Pubertária dos 11/12 anos aos 12/13 anos para as raparigas e
12/13 – 14/15 para os rapazes, 2ª Fase Pubertária dos 13/14 anos aos 17/18 anos
para as raparigas e 14/15 aos 18/19 anos para os rapazes.
Consideramos importante o conhecimento destas etapas enumeradas. No
nosso caso as etapas que estão a sublinhada têm um caráter mais específico
porque é aquilo que vamos encontrar no terreno, portanto a nossa ação enquanto
professores de Educação Física é estimulada conforme esta informação.
Temos de perceber que a aplicabilidade das habilidades motoras dos alunos
é diferente consoante as diferentes idades; as mudanças no corpo dos alunos,
derivado de um crescimento repentino, poderá proporcionar diferentes formas de
ação na prática desportiva, por um lado o aluno pode se adaptar a essas mesmas
mudanças, por outro a capacidade percetiva não acompanha o crescimento das
estruturas do corpo; há também uma diferente forma de agir dos alunos no que se
refere aos grupos de confiança, muitos preferem os seus pares na escola, outros
ligam-se mais à familia ou mesmo até aos professores.
Assim, compreendendo estes aspetos, o professor poderá:
Conseguir intervir de uma forma mais assertiva na resolução de
problemas derivados de comportamentos diferentes do normal;
Planear, agir e refletir, tendo em conta tudo o que está por detrás
daquilo que mostra uma simples cara do aluno, daí uma extrema
importância a caraterização de uma turma, conhecendo-os e aplicando
de forma eficaz e eficiente.
Caracterização da 1ª Fase Pubertária
A primeira fase pubertária (12-15 anos de idade) carateriza-se por ser uma fase
em que os jovens sofrem um conjunto de modificaçoes corporais, contudo é possivel
36 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
ecnontrar-se crianças com um nível maturacinal diferente, apesar de serem da
mesma idade cronológica. Mesmo assim, em média, as raparigas atingem esta fase
dois anos mais cedo em relação aos rapazes, o que faz com que exista,
principalmente em indivíduos do 7º e 8º anos uma grande heterogeneidade no que
diz respeito à idade maturacional dos alunos.
Para proporcionar uma melhor análise dividimos a evolução em diferentes
áreas:
Crescimento Físico – Há um aumento das dimensões corporais do aluno
(estatura e peso), assim como algumas alterações ao nível do sistema
cardiorrespiratório, nervoso e endócrino. Há ainda uma instabilidade no
crescimento das estruturas do corpo, sendo que estas têm tempos de
crescimento diferentes. Existe um crescimento mais rápido nas raparigas,
sendo que este ocorre primeiramente nelas comparativamente aos rapazes,
contudo estes acabam por ultrapassar as raparigas tanto em estatura como
peso corporal numa última fase desta etapa (o seu crescimento apenas é
mais tardio). Importante constatar também que os rapazes têm uma
tendência para um aumento da massa muscular e as raparigas para um
aumento da massa adiposa.
Desenvolvimento Motor – Os rapazes possuirão maiores índices de aptidão
aeróbia derivados de alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório.
A potência aeróbia máxima decorre de forma idêntica para os dois sexos,
sendo que a evolução das raparigas estanca aos 14 anos e a dos rapazes
prossegue até aos 18. No que diz respeito à aptidão anaeróbia, os níveis de
lactato são semelhantes em ambos os sexos, não havendo grandes
diferenças significativas. Em relação à força muscular, esta é semelhante
para ambos os sexos até aos 12 anos, sendo que a partir desta altura os
rapazes “explodem”. Em relação à velocidade, esta apresenta dois pontos
críticos: aos 8 e aos 12 anos de idade nas raparigas e entre os 12-15 anos
nos rapazes. No que à flexibilidade diz respeito, os segmentos articulares
não apresentam o mesmo tipo de evolução no corpo, por isso não
37 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
coincidem uns com os outros, ainda assim, esta diminui com o crescimento
e as raparigas têm mais sucesso que os rapazes nesta vertente.
Desenvolvimento Cognitivo – A capacidade cognitiva evolui, permitindo que
os jovens consigam realizar mais terafas com facilidades, assim como
também conseguem utilizar raciocínios mais evoluídos. Os alunos começam
a questionar-se sobre a sua pessoa, tendo um raciocínio introspetivo, com
opiniões pessoais sobre os diferentes assuntos da atualidade
Características Psico-Sociais – Neste período os jovens atingem alguma
instabilidade emocional que se coaduna com as escolhas de com estar. O
jovem é influenciado pelo ambiente que o envolve e questiona-se sobre o
que deve fazer. O seu grupo de amigos passar a ser de ambos os sexos,
pelo que os jovens tentam-se compreender e estabelecem relações entre si.
Caracterização da 2ª Fase Pubertária
Nesta fase, o jovem no seu todo já possui uma identidade corporal e psíquica.
As áreas referidas anteriormente estabilizam a sua evolução e o jovem possui uma
estabilidade e um equilíbrio nas suas capacidades.
Os alunos nesta fase apresentam uma boa capacidade de aprendizagem
motora e principalmente no sexo feminino as capacidades coordenativas
praticamente se desenvolvem pouco, já que a sua fase de maturação acabou.
Nesta fase decidimos dividir pelas mesmas áreas da fase anterior:
Desenvolvimento Motor – Existe uma evolução do sistema nervoso que
desencadeia uma melhoria da capacidade coordenativa, e também uma
melhoria da força muscular e a velocidade atinge valores próximos do
adulto, principalmente nos rapazes, na qual esta mesma evolução poderá
ter o seu pique entre os 17 e os 21 anos;
Domínio Psicológico – O aluno desenvolve o seu sentido crítico e de
emancipação, pelo que é importante este sentir-se que a tarefa que
realiza tem um objetivo. Há uma maior estabilidade em termos anímicos
que pressupõe uma melhor compreensão de tudo o que o rodeia. Esta
38 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
proporciona a que nós professores tenhamos um discurso mais cuidado e
elaborado;
Desenvolvimento Social – Os alunos apresentam outra motivação para
trabalhar em equipa e um maior interesse no jogo, e existe uma maior
confiança entre os elementos da sua turma. O jovem começa a
interessar-se pela sua aparência, o que em muitos casos poderá
desencadear atitudes de exibicionismo. Normalmente há uma maior
preocupação por parte do aluno em estar com os amigos em detrimento
da família, apesar de gostar de estar na sua própria casa. Relativamente
à fase anterior, aqui os jovens aparentam ser mais compreensivos,
tolerantes e agradáveis para com as outras pessoas.
39 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo IV - Extensão e Sequência da Matéria de Ensino
Modalidades a Abordar
1º
Per
íod
o
ATLETISMO
BASQUETEBOL
FUTEBOL
2 º
Per
íod
o
TAG-RUGBY
BADMINTON
ANDEBOL
3º
Per
íod
o
JUDO
VOLEIBOL
40 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Justificação da Escolha das Modalidades
Para o ano letivo que se inicia, a selecção das modalidades a serem
abordadas e a sua distribuição ao longo do tempo, teve por base o Programa
de Educação Física do 3º Ciclo do Ensino Básico, proveniente do Ministério da
Educação, a caracterização da Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni, a elencagem do
material existente para a prática desta disciplina, o Projeto Educativo
(conjuntamente com os demais documentos norteadores), a consecução dos
objetivos gerais e específicos intimamente associados à Educação Física, o
roulement e o estipulado pelo Grupo de Educação Física. Este processo é sem
dúvida repleto de situações dilemáticas que foram resolvidas através da
reflexão e da troca de impressões e opiniões levada a cabo entre os elementos
do núcleo e a Professora Cooperante da Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni.
Chegou-se assim ao conjunto de modalidades supracitadas na tabela anterior.
Após a escolha das modalidades, cada uma destas foi distribuída por um
dado período, oferecendo aos alunos experiências no âmbito dos desportos
coletivos e individuais. Assim, foi igualmente designado por cada modalidade, o
número de aulas a serem leccionadas (estando este número sujeito a
alterações, mediante as características de cada uma das turmas, sua evolução
ao longo do tempo e quaisquer constrangimentos que possam eventualmente
surgir).
Este Planeamento foi feito no início do ano com o Núcleo de Estágio e a
professora cooperante (Júlia Gomes). Achamos que seria preponderante dar
continuidade às disciplinas lecionadas no ano anterior em algumas das turmas
(Atletismo; Basquetebol; Futebol; Tag-rugby; Badminton; Andebol; Judo;
Voleibol).
No que toca ao Atletismo, ficou decidido em reunião que apenas iriamos
trabalhar a resistência aeróbia durante 3 semanas e meia para preparar os
alunos para o corta-mato. O facto do corta-mato só se realizar no final do
período pode ser um impedimento para que os alunos “transportem” a
aprendizagem realizada mas cabe-nos a nós, professores, incutir nos alunos
41 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
conhecimentos da matéria em questão para que intrinsecamente os alunos os
utilizem de forma correta quando praticam a modalidade.
No que toca ao Basquetebol, a professora cooperante referiu que as
turmas não tinham grandes conhecimentos e que apresentavam várias lacunas
nesta modalidade. Ficou então combinado que teríamos que fazer um trabalho
de “formação” e aprendizagem inicial que desse bases aos alunos sobre o
basquetebol.
No Futebol, ficamos a saber que a comunidade escolar gosta muito
deste deporto em particular e que não seria muito difícil lecionar esta
modalidade. É uma modalidade muito importante em termos de motivação,
porque como os alunos gostam há que complementar o ensino de forma
correta para que evoluam e apreciem a maneira como lecionamos o Futebol. O
facto de termos dois elementos que seguiram a Metodologia de Futebol, que
foram treinadores e que praticam a modalidade pode ser um fator positivo para
o núcleo de estágio.
O Tag-Rugby é uma modalidade completamente desconhecida para o
núcleo de estágio, mas que rapidamente percebemos através da professora
cooperante que é uma particularidade desta Escola. Foi introduzida e muito
bem aceite pelos alunos e desde então que é uma opção de ensino para o ano
letivo. Ainda precisamos de conhecer e estudar melhor esta modalidade
através do professor Podstawski e de todos os meios que pudermos utilizar
para melhorarmos o processo ensino aprendizagem.
No que concerne ao Badminton, foi escolhido por ser uma modalidade
individual à qual os aluno aderem de forma positiva. Depois de conversarmos
pensamos que vai ser uma modalidade fácil de adaptar ao MED e na qual
podemos realizar coisas interessantes e que motivem os alunos.
Segundo a professora cooperante, o Andebol é uma modalidade que
normalmente não é lecionada na Escola mas que ultimamente os alunos têm
mostrado algum interesse por causa das visitas do “Dragon Force” à Escola.
Penso que será uma mais-valia para nós, núcleo de estágio, pois é uma
modalidade que tivemos oportunidade de lecionar o ano passado noutra
escola. Podemos utilizar o conhecimento adquirido para melhorar o processo
ensino aprendizagem.
42 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
O Judo é outra modalidade que teve muita adesão numa ação de
formação realizada no ano anterior e o facto de ter sido disponibilizado muito
material para que possamos lecionar esta modalidade à Escola, achamos por
bem escolher esta disciplina. É algo diferente que pode marcar pela positiva o
nosso Ensino. O facto de termos um elemento que pratica um género diferente
de lutas pode ser benéfico para o ensino desta modalidade.
No que toca ao Voleibol, acontece exatamente o mesmo que no Andebol
pois já temos uma experiência realizada no ano anterior, ainda que tenha sido
em grupo pode ser “transportada” para esta realidade. O facto de termos um
elemento que escolher a Metodologia de Voleibol e que é observador de uma
equipa de 1ª liga da modalidade pode ser benéfico para o núcleo de estágio e
consecutivamente para os alunos.
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
2º F
1
1
3ª F 2 1 Dia de Ano Novo 2 INÍCIO 3.ºP
4ª F 3 2 3 1 Dia do Trabalhador
5ª F 4 1 Dia de Todos os
Santos 3 INÍCIO 2.ºP 4 2
6ª F 5 Implantação da
República 2 4 1 1 5 3
S 1 6 3 1 Restauração da
Independência 5 2 2 6 4 1
D 2 7 4 2 6 3 3 7 5 2
2º F 3 8 5 3 7 4 4 8 6 3
3ª F 4 9 6 4 8 5 5 9 7 4
4ª F 5 10 7 5 9 6 6 10 8 5
5ª F 6 11 8 6 10 7 7 11 9 6
6ª F 7 12 9 7 11 8 8 12 10 7 FIM 3.ºP
S 8 13 10 8 Dia da Imaculada
Conceição 12 9 9 13 11 8
D 9 14 11 9 13 10 10 14 12 9
2º F 10 INÍCIO 1.ºP 15 12 10 14 11 11 15 13 10 Dia de Portugal
3ª F 11 16 13 11 15 12 Carnaval 12 16 14 11
4ª F 12 17 14 12 16 13 13 17 15 12
5ª F 13 18 15 13 17 14 14 18 16 13
6ª F 14 INÍCIO 1.ºP 19 16 14 FIM 1.ºP 18 15 15 FIM 2.ºP 19 17 14 FIM 3.ºP
S 15 20 17 15 19 16 16 20 18 15
D 16 21 18 16 20 17 17 21 19 16
2º F 17 22 19 17 21 18 18 22 20 17
3ª F 18 23 20 18 22 19 19 23 21 18
4ª F 19 24 21 19 23 20 20 24 22 19
5ª F 20 25 22 20 24 21 21 25 Dia da Liberdade 23 20
6ª F 21 26 23 21 25 22 22 26 24 21
S 22 27 24 22 26 23 23 27 25 22
D 23 28 25 23 27 24 24 28 26 23
2º F 24 29 26 24 28 25 25 29 27 24
3ª F 25 30 27 25 Natal 29 26 26 30 28 25
4ª F 26 31 28 26 30 27 27
29 26
5ª F 27
29 27 31 28 28 Sexta-Feira Santa 30 Dia do Corpo de
Deus 27
6ª F 28 30 28
29 31 28
S 29
29 30
29
D 30 30 31 Páscoa 30
2º F 31
44 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
1.º PERÍODO: ENTRE 10 A 14 DE SETEMBRO ATÉ 14 DE DEZEMBRO
INTERRUPÇÃO: 17 DE DEZEMBRO A 02 DE JANEIRO
2.º PERÍODO: 03 DE JANEIRO A 15 DE MARÇO
INTERRUPÇÃO: 11 A 13 DE FEVEREIRO E 18 DE MARÇO A 01 DE ABRIL
3.º PERÍODO: 2 DE ABRIL A 07 DE JUNHO (6.º, 9.º, 11.º E 12.º ANOS) E 14 DE JUNHO (5.º, 7.º, 8.º E 10.º ANOS)
CURIOSIDADES:
O 1º Período é composto por 13 semanas, onde se inserem 13 aulas de 90’ e 12
aulas de 45’o que representa um total de 25 aulas. De realçar que:
Serão lecionadas 6 aulas de Atletismo; 9 de Basquetebol e 10 de Futebol;
Verifica-se a existência de um feriado (5 Outubro – Implantação da
República);
O corta-mato realizar-se-á na última semana do período, ainda sem data
pré-definida;
No dia 22 de Novembro realizar-se-á uma ação de formação de Boxe.
O 2º Período é composto por 11 semanas, onde se inserem 9 aulas de 90’ e 11
aulas de 45’o que representa um conjunto de 20 aulas. A tomar em conta que:
Serão lecionadas 7 aulas de Tag Rugby, 5 de Badminton e 8 de Andebol;
Verifica-se a existência de 3 dias sem aulas no Carnaval (dia 11-13
inclusivé);
Durante este período irão ocorrer as seguintes Ações de Formação:
(ainda por definir)
O 3º Período é composto por 10 semanas, que se dividem em 9 aulas de 90’ e 10
aulas de 45’o que demonstra um conjunto de 19 aulas. A tomar em consideração que:
Legenda:
ATLETISMO BASQUETEBOL FUTEBOL TAG RUGBY BADMINTON ANDEBOL JUDO VOLEIBOL FERIADOS FÉRIAS
45 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Serão lecionadas 8 aulas de Judo e 11 de Voleibol
Verifica-se a existência de dois feriados: dia 25 de Abril (dia da
liberdade) e dia 1 de Maio (dia do trabalhador);
No final do período realizar-se-á o Evento Culminante que se apresenta
como uma ação de formação.
46 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Agrupamento de Escolas António Nobre/Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni
Plano Anual de Atividades 2012/2013
Atividade Objetivos Data Intervenientes/
Dinamizadores
Local de
Realização Destinatários
1º
Per
íod
o
Ação de
Formação de
Kickboxing
- Promover a prática dentro da comunidade
escolar para a integração e socialização dos
alunos;
- Familiarizar os alunos com os
fundamentos e principais regras do Boxe;
- Promover o diálogo com atletas e
professores que praticam a modalidade –
partilha de experiências.
22 ou 29 de
Novembro
Quinta-feira
Professora Estagiária
Joana Silva
Núcleo de Estágio de EF
Escola Comunidade Escolar
Corta-Mato
- Promover o gosto pela modalidade;
- Promover a melhoria da condição física e
saúde.
Dezembro
Última semana de
aulas
Núcleo de Estágio de EF Escola 2º e 3º Ciclo, CEFS,
Cursos Profissionais
2º
Per
íod
o
Visita de alguns
jogadores da
Equipa Sénior do
Porto- Andebol
(?)
- Proporcionar aos alunos um contacto
direto com o andebol, bem como com as
vivências da prática de um jogador
federado;
- Proporcionar aos alunos um pequeno
circuito de exercitação de conceitos
técnicos base (drible; passe; remate);
- Promover o gosto pela modalidade e
participação fora da escola.
A definir
Professores Estagiários
Pedro Gomes e Pedro
Cardigos
Núcleo de Estágio de EF
Escola Comunidade Escolar
Acção de
formação de
Defesa Pessoal
(?)
- Promover a prática dentro da comunidade
escolar para a integração e socialização dos
alunos;
- Promover o diálogo com atletas e
professores;
- Promover a prática fora da escola.
A definir
Professor Estagiário João
Carronha
Núcleo de Estágio de EF
Escola Comunidade Escolar
Jogos de Futebol
Professores
contra alunos e
Professoras
contra alunas
- Fomentar o gosto pelo Desporto, mais
nomeadamente o Futebol;
- Promover uma situação de prática
conjunta Professor-Aluno;
- Incentivar os alunos a praticar Desporto.
A definir
Professores Estagiários
Pedro Gomes e Pedro
Cardigos
Núcleo de Estágio de EF
Escola
Alunos do
7ºA;7ºC;9ºA;9ºB;
8ºA; 11ª TD;
12ºCPTDN
3º
Per
íod
o
Evento
Culminate
- Fomentar o gosto pelo Desporto no geral;
- Colmatar um conjunto de aulas e ter um
último momento de competição;
- Convívio entre pais, professores, alunos e
restante comunidade educativa;
- Aproveitar para mostrar a toda a
comunidade escolar a festividade existente
no desporto.
A definir Núcleo de Estágio de EF Escola
Alunos do
7ºA;7ºB;9ºA;9ºB;
8ºA; 11ª TD;
12ºCPTDN
47 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo V – Definição de Objetivos
Após análise e sequenciação das várias modalidades que serão abordadas
neste ano letivo sucede-se a definição dos objetivos. Com estes, o professor
traça metas, demonstrando o projeto pedagógico que tem intenção de
concretizar, colocando-o em movimento e à prova. É através da sua
estruturação que conseguimos orientar e ordenar o ensino. Os objetivos são
uma categoria didáctica, balizam os critérios, métodos e meios, servem de
referência e critério para avaliar se o trabalho está a resultar e permitem
analisar e avaliar o ensino, ou seja, a qualidade do trabalho desenvolvido.
Remetem-nos para uma declaração consciente de intenções, demonstrando
até que ponto o professor é capaz de provocar alterações nos comportamentos
dos alunos, estabelece-se um compromisso.
Tendo em conta o que está redigido no Programa De Educação Física, o
nosso entendimento sobre o mesmo e a especificidades gerais e particulares
do contexto, estipulamos os seguintes objetivos:
Ajudar os alunos a serem desportivamente competentes e literatos,
compreendendo e valorizando os vários papéis que podem assumir no
desporto;
Fomentar o gosto pela prática regular de atividade física e aprofundar a sua
compreensão e importância, no que se refere às dimensões sociais, da
saúde e da cultura;
Promover a formação de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à
interpretação e participação nas variadas experiências educativas,
valorizando:
A autonomia e responsabilidade dos alunos na realização e regulação da
sua própria actividade;
A cooperação, a solidariedade e entre ajuda;
A ética desportiva;
A higiene e a segurança pessoal e colectiva.
48 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Alterar a opinião dos alunos relativamente à disciplina de Educação Física,
demonstrando a sua importância para a construção pessoal, efectuando e
demonstrando um trabalho competente, entusiasta e apelativo.
Categorias transdisciplinares da Educação Física:
1- Cultura desportiva
2- Fisiologia do treino e Condição física
3- Habilidades motoras
4- Conceitos psicossociais
Cultura Desportiva
O aluno:
Conhece as características gerais das modalidades abordadas;
Conhece, de modo geral, o regulamento técnico, aplicando o regulamento
básico de uma dada modalidade, bem como a sinalética utilizada, sendo
capaz de arbitrar ou supervisionar uma dada atividade;
Domina os aspetos chave para uma execução correta das habilidades
abordadas;
Identifica os erros mais frequentes na execução de uma dada habilidade,
sendo capaz de identificar o erro primário e de corrigir os colegas;
Conhece a origem e evolução da modalidade, assimilando as suas
transformações mais relevantes, de modo a enquadrá-las na realidade
actual;
Entende o objetivo do jogo, a função e as principais ações técnico - táticas;
Conhece e aplica as regras de segurança subjacentes a cada modalidade;
Utiliza a terminologia inerente a cada modalidade e consequentemente à
disciplina de Educação Física;
49 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Conhece e distingue as diversas capacidades condicionais e coordenativas,
alcançando a importância das mesmas no desenvolvimento e manutenção
da qualidade de vida;
Identifica os fatores associados a um estilo de vida saudável,
nomeadamente o desenvolvimento das capacidades motoras, a
composição corporal, a alimentação, o repouso, a higiene e a qualidade do
meio ambiente;
Identifica, interpreta e critica correctamente os acontecimentos na esfera da
cultura desportiva, compreendendo as atividades físicas, as condições da
sua prática e a melhoria do rendimento desportivo-motor, como aliados na
elevação cultural da comunidade em geral;
Compreende a relação entre o doseamento, a intensidade e a duração do
esforço na evolução de uma dada atividade, de modo a garantir a
realização da atividade física favoravelmente;
Conhece e identifica os factores de saúde e risco associados à prática de
actividades físicas.
Fisiologia do Treino e Condição Física
No que concerne à Fisiologia do Treino e Condição Física, temos como
finalidade proporcionar, elevar o nível funcional das capacidades condicionais e
coordenativas, particularmente:
Resistência (de longa e média duração);
Força (máxima, de resistência, rápida, isométrica, concêntrica e excêntrica);
Velocidade (de reacção simples e complexa);
Flexibilidade (activa, passiva, estática, dinâmica);
Coordenação;
Destrezas (gerais e específicas de cada modalidade).
Resistência
O aluno:
Percorre a maior distância possível durante um tempo determinado, sem
diminuição nítida do ritmo de corrida e resistindo à fadiga.
Força
50 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
O aluno:
Vence a resistência de obstáculos, levanta, lança ou transporta pesos
através de contrações máximas voluntárias – força máxima;
Efetua contrações musculares durante esforços de longa duração,
resistindo à fadiga muscular e sem perder a eficácia e a eficiência na
execução – força de resistência;
Produz movimentos a uma velocidade elevada, sem perder a eficácia e
eficiência na execução – força rápida;
Efetua contrações musculares, mantendo uma tensão constante e
combatendo a fadiga – força isométrica;
Realiza movimentos de contrações dinâmicas, vencendo a resistência
exterior ou do próprio peso corporal – força concêntrico e excêntrica.
Velocidade
O aluno:
Percorre uma dada distância no menor tempo possível;
Reage a um dado estímulo o mais rápido possível – velocidade de reação;
Executa um determinado gesto técnico o mais rápido possível – Velocidade
de execução;
Mantém a velocidade máxima durante o maior tempo possível – velocidade
de resistência.
Flexibilidade
O aluno:
Realiza ações motoras com grande amplitude à custa de elevada
mobilidade articular e elasticidade muscular, sem ajuda externas –
flexibilidade ativa;
Realiza ações motoras com grande amplitude à custa de elevada
mobilidade articular e elasticidade muscular, com ajuda externa –
flexibilidade passiva;
Mantém uma determinada posição da articulação durante um tempo
determinado – flexibilidade estática;
51 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Utiliza a amplitude de movimentos de uma articulação e a elasticidade
muscular na execução de habilidades que lhe são propostas – flexibilidade
dinâmica.
Coordenação
O aluno:
Emprega corretamente os movimentos dos músculos esqueléticos, de
forma a tornar a ação motora mais eficiente, plástica e económica;
Domina, através da ação motora eficiente, o corpo no espaço, controlando
os movimentos extrínsecos à habilidade pretendida.
Destreza Geral
O aluno:
Realiza movimentos de deslocação no espaço, associados a movimentos
segmentares, estáticos ou dinâmicos, com alternância de ritmos e
velocidade, em combinações simples e/ou complexas, globalmente bem
coordenadas.
Habilidades Motoras
O aluno:
Realiza com oportunidade e correção as ações técnico - táticas elementares
em cada modalidade, no que se refere aos Jogos Desportivos Colectivos
(JDC);
Coopera com os colegas, para o alcance do objetivo dos JDC.
Realiza as habilidades motoras elementares do Atletismo, cumprindo
corretamente as exigências técnicas e regulamentares como praticante;
Aprecia, compõe e realiza sequências de elementos técnicos elementares
de Dança em coreografias individuais e/ou em grupo, aplicando os critérios
de expressividade, de acordo com os motivos das composições;
Realiza com oportunidade e correção as ações técnico – táticas
elementares dos Jogos de Raquetes, alcançando o objetivo desta
modalidade, garantindo a iniciativa e ofensividade em exercitações
individuais e/ou em equipa (pares), aplicando as regras como jogador;
52 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Compõe, realiza e analisa, da Ginástica, as destrezas elementares da
acrobacia e de aparelhos, em esquemas individuais e/ou em grupo,
aplicando os critérios de correção técnica, expressão e combinação e
apreciando os esquemas de acordo com esses critérios;
Realiza com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em
atividade de combate, utilizando as técnicas elementares de projeção e
controlo, com segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras como
executante;
Desloca-se com segurança no meio aquático, coordenando a respiração
com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.
Conceitos Psicossociais
O aluno:
Utiliza o Desporto como veículo para treinar uma série de habilidades que
extravasam a disciplina de Educação Física, como por exemplo o saber
estar em comunidade;
Participa em todas as situações e procura o êxito pessoal e do grupo;
Interessa-se e apoia os esforços dos companheiros com oportunidade,
promovendo a entre ajuda, de forma a favorecer o aperfeiçoamento e
satisfação própria e a do(s) outro(s);
Evidencia capacidade de superação face às dificuldades existentes;
Fomenta o respeito pelo adversário, colegas e pelo resultado de forma a
alcançar o sucesso colectivo;
Coopera nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as
ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na
actividade da turma.
53 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Módulo VI - Configuração da Avaliação
A avaliação dos alunos é importante e faz parte do típico funcionamento da
escola.
Em Educação Física, a avaliação dos alunos realiza-se de maneira
equivalente às restantes disciplinas do currículo, aplicando-se as normas e
princípios gerais que a regulam (Programa Educação Física, 2001).
“No que se refere à especificidade da disciplina, a avaliação decorre dos
objetivos de ciclo e de ano os quais explicitam os aspetos em que deve incidir a
observação dos alunos nas situações apropriadas.” (Programa Educação
Física, 2001, p. 27).
“Os objetivos de ciclo constituem as principais referências no processo de
avaliação dos alunos, incluindo o tipo de atividade em que devem ser
desenvolvidas e demonstradas atitudes, conhecimentos e capacidades (…)”
(Programa Educação Física, 2001, p. 27).
A avaliação deve ser um processo contínuo, podendo ser formal ou
informal. A avaliação informal, ao contrário da formal permite, mais facilmente,
a generalização para a vida real (Siedentop & Tannehill, 2000).
No processo de construção do sistema de avaliação o Departamento de
Educação Física tem um papel fundamental na definição dos instrumentos,
modalidades e momentos da avaliação, devendo esse processo constituir um
fator coerente da estratégia pedagógica da Escola.
A avaliação e mais concretamente a classificação não pode ser uma
situação desfasada da realidade, nem a disciplina vista como um espaço de
lazer. Para isso é preciso acreditar que a avaliação é um aspeto fundamental
para o sucesso dos alunos e, acima de tudo, fazer um bom planeamento da
mesma.
Funções da Avaliação
Podemos perspetivar a avaliação em Educação Física, com base nas suas
distintas funções. As diferentes informações obtidas relacionam-se e
completam-se durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
54 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Avaliação Inicial
Esta avaliação tem como objetivo verificar o nível de entrada dos alunos,
com maior destaque para o domínio motor. Para isso serão utilizadas, no caso
dos jogos desportivos coletivos, diferentes formas de jogo, enquanto no caso
dos das modalidades individuais essa observação incidirá na realização de
determinados elementos técnicos isolados.
A Avaliação Inicial será feita no início de cada Unidade Temática, através
da utilização de uma ficha de registo (escala de apreciação ou lista de
verificação).
Avaliação Formativa
A Avaliação Formativa, geralmente informal, será realizada ao longo de
cada Unidade Temática, utilizando-se, para o efeito, uma escala de apreciação.
Proporciona informação relevante para a validação ou não do efetuado até
então, ou seja, remete-nos para a adequabilidade do processo e das
estratégias adotadas.
Sugere ajustamentos ao processo de ensino e aprendizagem e providencia
feedback (direccionado para os alunos e professor) com o intuito de reformular
o processo de instrução (Siedentop & Tannehill, 2000).
Avaliar, na aceção formativa é determinar em que medida o comportamento
dos alunos corresponde ou não às expectativas estabelecidas, quais as suas
principais dificuldades e qual a sua origem. Ser avaliado, em termos formativos,
é colocar-se perante o seu próprio progresso ou reconhecer as suas
dificuldades, situando-se perante os obstáculos, compreendendo-os e
refletindo sobre os meios que poderão conduzir à sua resolução. Deste modo,
o professor modifica a sua intervenção, retarda ou acelera o desenvolvimento
do programa e substitui este ou aquele conteúdo, enquanto o aluno corrige a
sua metodologia de trabalho e concentra-se nos aspetos que requerem maior
esforço.
Nas avaliações a realizar no decurso da Unidade Temática procuraremos:
Escolher situações que sejam simultaneamente de avaliação e de
exercitação das habilidades ou competências em causa;
55 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Selecionar situações que permitam observar facilmente, aquilo que
elegemos como objeto de avaliação;
Encontrar critérios que permitam avaliar o desempenho global do aluno e as
suas particularidades, mas não o pormenor;
Conceber procedimentos de recolha e registo, através de um sistema fácil,
eficiente e eficaz.
Avaliação Sumativa
A Avaliação sumativa é formal, ocorre no final do ensino de determinada
matéria e baseia-se na classificação dos alunos.
A escala utilizada no 3º ciclo compreende os valores 1, 2, 3, 4 e 5, na qual o
nível 1 corresponde ao mínimo possível, e o 5 ao máximo que poderá ser
obtido.
No que se concerne aos Cursos Profissionais, esta varia entre o valor 1 e o
valor 20.
Critérios de Avaliação
Alunos que realizam as aulas normalmente
Domínio Motor - 60% da nota final
Domínio Cognitivo - 15% da nota final (ex: perguntas feitas na aula aos
alunos; conhecimento das regras; entre outros)
Domínio Psicossocial – 25% da nota final:
Assiduidade/pontualidade – 10%
Motivação/Atenção/Envolvimento – 15%
Alunos com atestado médico
Os alunos que não puderem realizar a aula e apresentarem atestado
médico devem permanecer na aula enquanto respondem a um relatório de
observação da mesma.
A avaliação sumativa terá em atenção os seguintes parâmetros:
Domínio de Conhecimento – 60%:
56 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Relatórios de observação das aulas – 25%
Trabalho de desenvolvimento sobre um tema a definir pelo
professor – 35%
Domínio de Ação – 20%:
Colaboração nas tarefas da aula (exemplo: preparar e arrumar o
material) – 10%
Ajudas específicas nos exercícios – 10%
Domínio de Atitude – 20%:
Assiduidade/pontualidade – 10%
Motivação/atenção/envolvimento – 10%
Alunos com Necessidades Educativas Especiais (Paralisia Cerebral
Domínio Motor – 40%
Teste escrito – 25%
Resposta às questões colocadas ao longo da aula acerca dos
exercícios propostos e da modalidade em causa – 15%
Domínio Cognitivo – 15%
Domínio da ação - 20% - Colaboração nas tarefas de gestão do tempo
destinado a cada exercício, participação/ajuda (dentro das limitações)
nos exercícios propostos.
Domínio Psicossocial – 25%:
Assiduidade/Pontualidade – 10%
Motivação/Atenção/Envolvimento – 15%
No fim de cada período somar-se-ão os resultados obtidos nos diferentes
domínios e nas diversas modalidades.
Relativamente à Avaliação Sumativa do domínio motor, caso exista uma
diferença significativa no número de aulas lecionadas, nas diferentes
modalidades, será atribuída a cada modalidade uma diferente percentagem, de
acordo com a seguinte fórmula:
Peso de cada Unidade Temática (UT) = Número de Aulas da UT x 100/
Número Total de Aulas
57 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Posteriormente realizar-se-á o somatório das diferentes modalidades, com
as respetivas percentagens, de forma a obter a avaliação Sumativa deste
domínio: (UT x y%) + (UT x r%) + (UT x e%).
No que diz respeito à assiduidade/pontualidade quer nos casos de dispensa
por atestado médico, quer nos casos em que a avaliação decorre dentro dos
parâmetros normais, os alunos serão avaliados da seguinte forma:
- Todas as aulas da Unidade Didática = 100%
- Percentagem do aluno = (número de presenças x 10) / Número de aulas
As faltas de material corresponderão a meia presença. É necessário ter em
conta que três faltas de material corresponderão a uma presença, e que as
aulas assistidas contarão como presenciais, desde que precedidas por uma
justificação plausível (assinada pelo Encarregado de Educação) ou por um
atestado médico.
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Módulo VII – Opções Metodológicas e a Especificidade do
Contexto
O Núcleo de Estágio de Educação Física 2012/2013 da Escola EB 2/3
Nicolau Nasoni, para realizar qualquer tipo de planeamento que vai de encontro
às suas aulas de Educação Física, teve de fazer uma análise dos Programas
Nacionais de Educação Física, para depois poder planear e aplicar as ações e,
consequentemente, poder refletir sobre elas. Portanto, esta leitura e análise é
inerente ao sistema escolar, contudo, a Educação em Portugal reconhece um
sistema de Escolas em que cada escola tem a sua cultura, a sua identidade
que é espelho do contexto em que está inserida.
Cabe-nos conseguir adaptar os conteúdos daquilo que está nos
Programas Nacionais de Educação Física no contexto da Escola EB 273
Nicolau Nasoni, tendo em conta os alunos, o seu ambiente social, fases de
desenvolvimento motor e, também a própria conceção escolar.
Sendo que fomos informados, através da nossa professora cooperante
acerca do que os alunos tinham aprendido até agora nas diferentes
modalidades, foi-nos dito que os alunos apresentam uma disponibilidade
motora muito boa, mas com poucos conhecimentos das modalidades coletivas
que, à partida já deveriam ter aprendido. A priori apresentavam dificuldades ao
nível da cultura desportiva, organização do jogo e tomada de decisão.
Após conferenciarmos entre todos, concluímos que as aulas vão assumir
exercícios que terão sempre uma progressões que ajudem o aluno a atingir as
habilidades motoras em contexto de jogo/competição, acreditamos que esta é a
melhor forma de os fazer sentir verdadeiros atletas, fazendo com que
percebam como tudo funciona naquilo que é principal nas modalidades: o jogo
e a competição.
Mesmo assim, e apesar do nosso ensino ser planeado, aplicado e
refletido, pensamos que a evolução dos alunos em algumas vezes não vai
corresponder àquilo que supostamente era expectável, portanto irão ser
abordados formas analíticas que sejam passiveis de corrigir os erros que os
alunos apresentam.
59 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Podemos então reforçar que acreditamos que a melhor forma de os
alunos aprenderem e assimilarem aquilo que tentamos transmitir é ao serem
confrontados com problemas, soluções específicas de jogo, com tarefas
desafiantes e que inspirem a prática desportivamente culta, entusiasta e
competente.
Condição Física dos alunos
Tendo em conta que as aulas terão como parte fundamental a
direcionada para a modalidade que está a ser abordada, na parte final as
capacidades motoras serão abordadas respeitando uma sequência que vai do
menos para o mais intenso sendo que os intervalos de recuperação serão
sempre tidos em conta. Por outro lado, as capacidades motoras poderão estar
inerentes à modalidade a ser abordada, de forma contextualizada com o jogo.
Cultura Desportiva
A metodologia utilizada por nós será sempre através de pequenas
instruções, curtas e concisas, com ajuda de “feedbacks” corretivos que serão
sempre necessários aquando dos erros dos alunos na prática dos exercícios.
Sempre que pudermos iremos questionar os alunos acerca das suas tomadas
de decisão, erros de arbitragem, princípios táticos, entre outros. Portanto,
iremos seguir sempre uma lógica de questionamento aos alunos durante as
aulas, propiciando o estímulo do seu pensamento e iniciativa própria.
Conceitos Psicossociais
Utilizar exercícios que proporcionem interação entre os elementos que
participam no jogo direta ou indiretamente (jogadores, árbitros, treinadores,
estatísticos). Propiciar interação entre os alunos na escolha do nome das
equipas, grito, bem como no planeamento de estratégias para conseguirem
chegar ao sucesso. Iremos incentivar para que os alunos se ajudem uns aos
outros emitindo “feedbacks” quando estão de fora.
60 Núcleo de Estágio FADEUP, Pedro Gomes; Pedro Cardigos; Joana Silva; João Carronha
Bibliografia
História da cidade. Consult. 3 Jan 2013 disponível em http://www.cm-
porto.pt/gen.pl?sid=cmp.sections/57
Nicolau Nasoni. Consult. 3 Jan 2013 disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Nasoni
Nicolau Nasoni (1691-1773). Consult. 3 Jan 2013 disponível em
http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1006465
Porto. Consult. 3 Jan 2013 disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto
Programa Educação Física (2001). Consult. 29 Dez. 2012, disponível em
http://www.dgidc.min-
edu.pt/ensinobasico/index.php?s=directorio&pid=54&ppid=3
Siedentop, D. & Tannehill, D. (2000). Developing teaching skills in
Physical Education (4th ed.). California: Mayfield Publishing Company.