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1 PROJETO PEDAGÓGICO TELEVISÃO – UM VEÍCULO PARA TODOS Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP CEP 05051-000 DIVULGAÇÃO ESCOLAR (11) 3874-0884 [email protected] www.editoramelhoramentos.com.br www.facebook.com/melhoramentos

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PROJETO PEDAGÓGICO

TELEVISÃO – UM VEÍCULO PARA TODOS

Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP

CEP 05051-000

DIVULGAÇÃO ESCOLAR

(11) 3874-0884

[email protected]

www.editoramelhoramentos.com.brwww.facebook.com/melhoramentos

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Televisão – Um veículo para todosPR

OJE

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EDAG

ÓG

ICO Autora: Adriana Fernandes

Título: Televisão – Um veículo para todosPesquisa iconográfi ca e ilustrações: Adriana Fernandes, Tempo Composto e Luiz Zico Rocha Soares Formato: 17 x 24,5 cmN.º de páginas: 32Elaboração: Sonia Maria Soares dos Reis

Ficha

Temas principais: tecnologia e comunicaçãoInterdisciplinaridade: Artes, Português, Matemática, Ciências Humanas e Sociais

Quadro sinóptico

O texto de Adriana Fernandes é re-sultado de uma forte síntese retros-pectiva sobre a presença da imagem em nosso cotidiano e sobre como tudo começou – luz, cor, fotografi a, telégrafo, cinema, rádio e televisão.

O livro tem por objetivo levar o leitor a perceber que a história da televisão e a sua infl uência têm relação com a experiência do olhar. O homem obser-va objetos, cenas, a natureza e busca, por meio desse ato, satisfação, distra-ção, conhecimento e algum tipo de resposta para seus questionamentos.

Analisa, ainda, o fenômeno da tele-visão como meio que permite assistir não só a mundos que são fabricados em estúdios, mas também ao mundo marcado pela diversidade e pluralida-de culturais.

A obra Televisão – Um veículo para todos relaciona-se de forma dinâmi-ca com outros discursos. Diversas lin-guagens são usadas simultaneamen-te, o mais das vezes amalgamadas, aproveitando-se de recursos da TV – por exemplo, ao incorporar “cor-tes” próprios da linguagem televisiva. Ocorre também de a autora construir

Resumo

PRO

JETO

PED

AGÓ

GIC

O Adriana Fernandes é graduada e mestra em Televisão de Qualidade para Crianças e Adolescentes pela ECA-USP. Foi produtora e diretora em programas infantojuvenis na TV Cultura, Disney Channel, Discovery Channel e SBT, além de professora universitária de televisão.Foi trabalhando no Midiativa – Cen-

tro Brasileiro de Mídia para Crianças e Adolescentes – e participando de eventos internacionais promovidos pe-la fundação alemã Prix Jeunesse que Adriana consolidou e sistemati-zou seus conhecimentos na área.Ela acredita que os programas de

televisão podem ajudar crianças e jovens a conhecer um pouco mais o mundo e a si mesmos. Para tanto, considera primordial lutar para que todas as etnias, valores, culturas e classes estejam representados na tela, de modo que crianças e jovens se reconheçam e se sintam valoriza-dos. Assim será possível encorajar o crescimento físico e intelectual e dar forças às crianças e adolescentes que a assistem.

A autora

10anos

INDICAÇÃO:

Leitor fl uente:

a partir de

ensinofundamental

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a narrativa substituindo o narrador pelo ponto de vista de uma câmera. A recepção da obra se faz mediante tal diversidade de linguagens, pois o projeto gráfi co explora recursos dos jornais (boxes, infográfi cos etc.) e arte sequencial (planos, grafi smos etc.), estabelecendo interação entre a obra e o leitor por meio do olhar criador, distante do hábito, do estereótipo, do rótulo. Como em todos os títulos da série, o livro de Adriana sugere o uso inteligente de um olhar que percebe, assimila e devolve. A televisão, assim como o livro, com suas múltiplas lin-guagens e propostas diversas, permi-te uma constante redescoberta a seu fruidor-receptor.

O crítico italiano Umberto Eco afi r-ma que a linguagem da televisão é a da imagem. Ela é uma ponte entre o homem e seu imaginário e contém forte carga emocional. Geralmente é usada para eternizar um momen-to agradável ou importante que está sendo vivido. A linguagem televisiva é entendida por Maury Green como resultado de três elementos caracte-

Conversa com o professor

rísticos do processo de comunicação, canalizado por intermédio da televi-são: a importância do visual, o culto da personalidade e a espetacularida-de da informação noticiosa. Desses três componentes combinados resul-ta que a notícia televisiva não esteja sujeita à lógica da linguagem racio-nal, mas à lógica de uma linguagem emocional.

No fi lme Muito Além do Jardim (1979), de Hal Ashby, o personagem principal (Peter Sellers) é um jardinei-ro quarentão que aprendeu tudo o que sabe pela televisão. Durante sua vida, ele serviu a um só patrão, sem nunca ter saído de casa. Nada sabia do que se passava nas ruas, a não ser por intermédio da tela. Com a morte de seu patrão, ele foi obrigado a dei-xar a casa e passou a conviver com as pessoas como se estivesse vivendo um papel interpretado. Foi também por essas imagens que ele conheceu uma mulher e “fez amor” com ela. Ele não tinha consciência do que fa-zia, apenas repetia mecanicamente os gestos que via num programa de ginástica. A imagem impacta direta-mente o sentimento, modela a ima-ginação e, com ela, todo o modo de sentir e de reagir do personagem.

Essa é uma descrição exagerada de

algo que se passa na sociedade con-temporânea. Reproduzimos compor-tamentos dados na forma de clichês pela televisão, pelo cinema etc. A imagem é autossufi ciente; ela se bas-ta. Por isso, segundo a maioria dos críticos, todos nós estamos sujeitos a ela. Atribui-se, com frequência, à televisão uma ascendência totalitá-ria sobre o telespectador. A televisão tem o poder de simular a “realida-de”, substituindo o onírico pelo ime-diatismo cotidiano e familiar das ima-gens. Ela seduz os telespectadores e os convida a participar de seu mun-do, já que seu projeto é incorporá-los em seu espaço. Da mesma maneira assistimos à telenovela para repetir no plano da fantasia certas emoções, vestimos certas roupas, falamos um certo conjunto de palavras e adota-mos certas atitudes que aprendemos ser as adequadas a certa imagem que queremos “vender” de nós mesmos.

Ao se considerar as especifi cidades da linguagem televisiva, ao telespec-tador num primeiro estágio caberia um comportamento passivo. Sabe-mos, entretanto, que a televisão, assim como qualquer suporte, deixa brechas para outras leituras.

Aparentemente, o espectador não teria poder algum, a não ser o de tra-

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duzir o sentido pronto no texto tele-visivo. Mas em toda prática de leitura existe a relação sujeito/objeto, isto é, existe um pacto de leitura que cons-titui o que denominamos interação leitor/texto (correspondente a espec-tador/programa televisivo). Conside-rando a ideia de leitura como trans-gressão, o leitor pode ser compara-do a um viajante que encara “son-dagens sucessivas e diversas”. Daí o papel da escola e dos profi ssionais da educação. É, portanto, necessário ressaltar a importância do trabalho com as diferentes linguagens den-tro de uma abordagem intersemió-tica. Por mais que a linguagem televi-siva seja “um mosaico”, podemos de-senvolver um olhar observador e crí-tico sobre a programação da TV. Em sociedades letradas, ao se considerar o desenvolvimento das habilidades de leitura no processo ensino-aprendiza-gem, ler envolve sempre a escolha de uma trajetória que amplia nosso uni-verso com a ajuda de outros leitores, num incessante processo de troca.

Nesse sentido, o livro Televisão – um veículo para todos, de Adriana Fernan-des, é um convite fascinante à curiosi-dade e à imaginação. A obra tem uma

Criança mais bem informada, se ti-ver livros e boa orientação, prolonga-rá na leitura a curiosidade estimulada pela TV. O mais importante de toda a complexa relação da criança da era

abordagem sintética, porém esclarece-dora, desse veículo de comunicação tão polêmico.

Em relação à televisão, o crítico Artur da Távola (1984) afi rma:

Se, por um lado, a TV rouba algumas horas de leitura, por outro, produz sen-sações sobre as crianças, que vão ter ampliada a carga de curiosidade. A TV é motivadora, indutora. Induz a uma leitura que completa a sua informação sempre ligeira. Operando sobre os me-canismos sensoriais, os meios eletrônicos promovem o alargamento dos canais da sensibilidade, gerando predisposições para a recepção da leitura, bem como a de outras artes.

O nível de curiosidade, de aventu-ra, de conhecimento, de participação possibilitado pela TV pode levar certas crianças a buscar, de outros modos, a aventura do conhecimento, predispon-do-as a encontrar nos livros estímulos diversos. (...)

Nesses casos a TV ajuda a leitura.

eletrônica com o livro é o fato de que ambos – livro e TV – não precisam ser adversários, como habitualmente se pensa. Eles são complementares! Tal afi rmativa pode ser constatada na obra de Adriana Fernandes, que, por meio de constante interlocução com o receptor, estabelece a aproximação entre o leitor e o mundo televisivo, viabilizando o acesso a termos téc-nicos dessa mídia e mostrando que este é um universo a ser explorado – o livro convida o leitor/telespecta-dor a ser um viajante crítico e fazer “sondagens sucessivas e diversas” pelo mundo da telinha.

Televisão Console da General Electric, modelo HM 225-1939, Bridgeport, Connecticut, EUA: © Museu Schenectady; galeria da Fundação da História Eletrônica/Corbis – LatinStock.

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Comentário sobre a obra

Fala-se, e às vezes o tom é cético, que a sociedade atual é a da imagem, prin-cipalmente por causa do sucesso da televisão. A televisão é uma importante conquista da humanidade, que possi-bilita que milhões de pessoas tenham a oportunidade de ver outros mundos, de conhecer outras realidades, bem co-mo de manter contato com os diversos pontos do planeta, envolvendo cada vez mais a população mundial na busca de soluções para os problemas univer-sais, como também divulgando benefí-cios de que outras pessoas desfrutam, provocando o desejo e a consciência de que todos têm direito.Portanto, a imagem sempre esteve pre-sente, com muita intensidade, na vida das pessoas. A televisão, o cinema, a fotografi a e a internet possibilitaram alargar e ampliar esse fascínio humano, que é poder ver, olhar, observar, pen-sar, criar. (Adaptado de Serra, Elizabeth. Litera-tura e Imagem – Salto para o futuro)

como causador de todos os males contemporâneos. A diferença vai de-pender justamente do olhar crítico e construtivo dos pais, educadores e de quem orientar as crianças e os jo-vens sobre a TV.

A coleção Comunicação Hoje pro-picia um processo de relações en-tre as produções humanas, ou seja, mostra como o ser humano transmi-

tiu e transmite seus conhecimentos, suas ideias, sentimentos e emoções cantando, pintando, modelando, es-crevendo, articulando signos verbais e não verbais – as mídias ocorrem como espaço dos intercâmbios, dos confl itos, das vozes que se propa-gam e se infl uenciam sem cessar.

É fundamental, entretanto, perce-ber que em momento algum os au-tores tiveram a pretensão de esgotar o assunto ou discorrer de maneira detalhada sobre os temas enfocados em cada título da série. Ela é um con-vite à pesquisa, à interlocução e, fun-damentalmente, um convite à busca de saberes que devem ser ensinados aos nossos alunos, levando-se em conta a diversidade e abrangência dessas linguagens e meios de comu-nicação; daí o leitor ser um coautor.

Na esteira da coleção, o livro Tele-visão – Um veículo para todos, como alimento fértil e essencial para a ima-ginação e para a criação, apresenta-se como objeto cultural de grande quali-dade, seja no aspecto textual e infor-mativo, seja no que se refere a ima-gens, fotos, infografi as e ilustrações.

A autora mostra que a televisão é, para a maioria dos brasileiros, o mais importante instrumento de acesso à cultura e desmitifi ca o aparelho

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Preparando a leitura

“Meio híbrida, a televisão recebe do cinema a expressão da imagem em mo-vimento e o deslocamento fl uente no tempo e no espaço. Do rádio, herda a voz enviada a distância. O close-up, o intimismo, a mobilidade da câmera e o superdetalhe são marcas defi nidas pela televisão.

Este é o veículo do close.”(JESUS BARBOSA DE SOUZA, 1996)

Primeiro momento Promover atividades de expressão

oral signifi cativa – rodas de conversa e debates temáticos – relacionadas à programação televisiva: Quais/Como são os programas de maior audiência na televisão? Ela atende aos interes-ses dos cidadãos? A que interesses deveria atender? Quais os programas preferidos dos alunos? Por quê? Exis-tem programas que divertem e infor-mam? Com que programas o aluno se diverte?

Depois da conversa, procurar em jornal ou revista a programação da TV e selecionar com a turma uma programação comum a todos. As-sistir e incentivar o debate posterior.

Segundo momento 1. Para experimentar a mobilidade da

câmera, o professor deve distribuir uma folha de papel tamanho A4 aos alunos e pedir que façam uma luneta. Em seguida, deve convidá--los para observar os objetos em seu entorno: carteiras, mochilas, mesa, garrafas etc. Na sequên-cia, pedir que utilizem a “câmera improvisada” (luneta) para enqua-drar um dos objetos – distanciar--se do objeto, aproximar-se, fazer o enquadramento de cima para baixo e de baixo para cima etc. Por fi m, caminhar em um ambiente aber-to e exercitar o deslocamento da câmera.

2. Trazer alguns livros com seleção de telas de pintores famo-sos para a sala ou pesqui-sar na página do Google uma obra específi ca de Jan van Eyck, A Virgem do Chanceler Rolin (ex-posta no Museu do Louvre) e colocá-la em transparência. Elaborar perguntas e suposi-ções acerca das característi-cas da linguagem plástica.

Projetar a tela A Virgem do Chance-ler Rolin e pedir que os alunos obser-vem a reprodução:

Como estão distribuídos os elemen-tos nessa obra?

Podemos perceber movimento nas imagens, mesmo a obra sendo está-tica? Como?

• Em que planos ocorrem as cenas? • Quantas pessoas há no quadro de

Jan van Eyck?

to e exercitar o deslocamento da

2. Trazer alguns livros com seleção de telas de pintores famo-sos para a sala ou pesqui-sar na página do Google uma obra específi ca de

A Virgem do Chanceler Rolin (ex-posta no Museu do Louvre) e colocá-la em transparência. Elaborar perguntas e suposi-ções acerca das característi-cas da linguagem plástica.

Indiozinho, logo da TV Tupi: © acervo Iconographia

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Para completar, sugerimos a leitura de dois títulos da Editora Melhora-mentos: As Paisagens e Os Quadros, da série Minhas Primeiras Descober-tas da Arte. A magia da arte vai se revelar a nossos olhos por intermédio dos fi lmes transparentes, enquadra-mentos e recortes de cenas. O aluno se surpreenderá diante das cenas da tela de Brueghel Jogos Infantis e, em particular, poderá se aproximar ou distanciar-se da cena A Virgem do Chanceler Rolin, de Jan van Eyck. A linguagem é a do enquadramento: nosso olhar desloca-se do mais am-plo (plano geral) para os detalhes das cenas retratadas na tela.

Comentário sobre o quadro

Terceiro momento A arte contemporânea busca, in-

tencionalmente, a multiplicação de signifi cados. Num único livro, o leitor é levado a conviver com uma plurali-dade de histórias, gêneros e direções de leitura. Ao dirigirmos o olhar aten-to às manifestações mais recentes da “arte”, verifi camos uma expressiva tendência à utilização, numa única obra, da combinação de variadas formas artísticas – e, na maioria de-las, coexistem diferentes técnicas,

rompendo a barreira entre os gêneros artís-ticos. Podemos observar que a linguagem utilizada por uma mídia migra, natural-mente, para outro contexto, estabelecendo diálogo entre essas formas de arte:• Mostrar a intertextualidade com livros de

literatura infantojuvenil, como: Zoom, de Istvan Banyai, Ed. Brinque-Book; Dudu Amigo do Mar, de Lúcia Pimentel Góes, Ed. Paulus; Noite de Cão, de Graça Lima, Ed. Paulinas.

• Dividir a turma em três grupos e forne-cer um dos títulos sugeridos para cada grupo. Deixá-los folhear os livros livre-mente.

• Propor os questionamentos: há outra possibilidade de direção de leitura? A leitura só é possível da esquerda para a direita?

• Conversar sobre o enredo dos livros, sa-lientando que os temas propostos são bem diferentes. E quais seriam as seme-lhanças entre eles? O que aproxima as obras? O que as distancia?

• A narrativa associa linguagem verbal e não verbal ou só utiliza linguagem pictó-rica? Quais os materiais utilizados para a ilustração? São semelhantes ou diferen-tes? A linguagem e a técnica são seme-lhantes?

• Escolher um dos livros com a turma para fazer uma releitura. Com papel pardo, tesoura, cola e materiais diversifi cados (objetos concretos) etc., usar a técnica de recorte e colagem (utilizada em um dos livros), empregando a linguagem televisi-va – enquadramento, cortes e planos.

possibilidade de direção de leitura? A leitura só é possível da esquerda para a direita?

livros), empregando a linguagem televisi-va – enquadramento, cortes e planos.

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Intertextualidade: o diálogo da televi-são com a música

Promover a audição da música “Santa Clara”, de Caetano Veloso:

Santa Clara, padroeira da televisãoQue o menino de olho esperto saiba

ver tudoEntender certo o sinal certo se perto

do encobertoFalar certo desse perto e do distante

porto abertoMas calarSaber lançar-se num claro instante.Santa Clara, padroeira da televisãoQue a televisão não seja o inferno;

interno ermo,Um ver no excesso o eterno quase

nada (quase nada)Que a televisão não seja sempre vistaComo a montra condenada, a

fenestra sinistraMas tomada pelo que ela é de

poesia. (...)

Trabalhando a leituraA abordagem do tema pelo com-

positor baiano Caetano Veloso toca no preconceito de atribuir aos espec-tadores passividade que, afi nal, eles não possuem: “Que a TV não seja o inferno; interno ermo / Um ver no ex-cesso o eterno quase nada...”. O mito do teledependente babando de olhos esbugalhados em frente ao apa-relho de TV caiu de vez com o fe-nômeno do zapping. Mesmo que o telespectador não use esse recurso, a programação da TV – com a trans-missão de mensagens, informações – exige um trabalho ativo de interpre-tação. “Que o menino de olho esper-to saiba ver tudo...”

Intertextualidade: o diálogo entre TV e arte sequencial

1. Conversar com os alunos sobre a

letra da música. Em seguida rela-cioná-la ao capítulo “Você e a TV”, do livro de Adriana Fernandes. De-pois, a tarefa é ousar inventar es-sas imagens, ver a canção e elabo-rar as imagens mentalmente.

Serão necessárias algumas pergun-tas para orientar a atividade prática:

• Quantas horas por dia você vê TV? E seus familiares?

• Com que fi nalidade cada membro de sua família assiste à TV (distrair, divertir, obter companhia, unir a família, informar, instruir)?

• Você se considera teledependen-te? Ou é “o menino de olho esper-to”, que sabe ver tudo e entender certo o sinal certo?

O professor deve dividir a turma em dois grupos e fornecer material al-ternativo, como papelão, sucata em geral, cartolina, cola, tesoura, tinta guache, giz de cera etc. O primeiro grupo deverá representar de forma fi gurada as pessoas “que fi cam ba-bando” diante da TV (pode descre-ver, desenhar ou fazer uma mon-tagem com recorte e colagem); o segundo grupo deverá representar o telespectador crítico, utilizando a sua liberdade de escolha diante da programação televisiva.

2. Ler e comentar com os alunos as informações do glossário do livro e a seção “Quer saber mais?”, in-formando-os de que outras mídias também utilizam essas técnicas. Em seguida, projetar (ou distribuir im-presso) uma sequência de quadri-nhos, chamando a atenção para a disposição das imagens, a sequên-cia, o número de quadrinhos, o

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tamanho, os balões, a cor, a dia-gramação. Mostre, também, que a arte sequencial possui planos como elementos de grande importância.

3. Criar uma história ao contrário. For-me grupos com cinco alunos e peça que eles selecionem entre as revis-tas e jornais da classe (cantinho da pesquisa) uma história pequena em que apareçam dois personagens que se contrapõem – mocinho e bandido, princesa e bruxa, super--herói e vilão. Com todo o cuida-do, faça que eles recortem balões e personagens e invertam os papéis, trocando as posições. Colem nova-mente e criem um novo fundo para cada situação. Apresente os traba-lhos juntamente com os demais.

Intertextualidade: o diálogo do livro Te-levisão – Um veículo para todos com os gêneros televisuais

O jornalista Ricardo Arnt contesta a vi-são concentracionista, segundo a qual os veículos de comunicação de massa esta-riam nas mãos de uns poucos donos do poder. Estes se serviriam da mídia para manipular espectadores passivos, telema-rionetes, que passariam a acreditar no que lhes mandam acreditar e comprar acritica-mente o que lhes mandam comprar.

Os pesquisadores ingleses Himmelsweit, Oppenheim e Vince, após pesquisas, che-garam aos seguintes resultados: assistir à televisão favorece uma atividade mental passiva; a TV pode incentivar na criança uma preferência pela vida “fabricada”, em prejuízo da vida “real”; a TV provoca na criança uma atitude de mero espectador dos fatos e perda de iniciativa; o aparelho incapacita a criança a emoções autênticas.

Atitudes antagônicas e cheias de con-trovérsias a respeito da TV são aponta-das nessas poucas citações e, portanto, solicitam ou estimulam a rearticulação de informações pertinentes a essa mídia dentro de um contexto interdisciplinar.

Sugerimos sistematizar essas relações e esclarecer os seus vínculos dentro de

um projeto de redes que envolva os gêneros televisuais.

1. Artes, Português e Matemática – a telenovela

Explorando a leitura

A novela pauta a conversa entre vizi-nhos, a troca de ideias entre patrões e empregados, o programa dos pais com os fi lhos, o debate entre colegas de tra-balho. Assistir e especular sobre o signi-fi cado e os próximos acontecimentos da novela são rituais diários compartilhados por milhares de brasileiros. Fãs mais as-síduos, além de seguir fi elmente os ca-pítulos diários, se informam por meio da imprensa especializada e dos programas de rádio, participam de enquetes, con-somem moda, usam gírias. Fãs menos assíduos não deixam de acompanhar o mínimo necessário para não perder o fi o da meada da história. Há os que fazem questão de execrar o gênero, mas, após o primeiro choque, revelam conheci-mento detalhado das tramas.

(E. HAMBÚRGUER – Folha de S.Paulo, 16 de setembro de 2000)

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1. Reler “Telenovelas e outras formas de história” (p. 22-23) e observar que a autora chama a atenção para o poder de envolvimento das histórias televisivas: “As pessoas se envolvem tanto com as histó-rias das novelas que acabam se emocionando. Os telespectadores assistem a novelas à noite e pas-sam o dia seguinte discutindo no trabalho ou na escola sobre com quem a mocinha deveria casar, como se a garota da história fosse sua melhor amiga”.

• Relacionar o ponto de vista (sobre o gênero telenovela) de Adriana Fernandes e do jornalista da Fo-lha, E. Hambúrguer. O ponto de vista deles é semelhante? Você concorda com eles? Este ano você está acompanhando alguma tele-novela? E sua família? Você tam-bém troca ideias com seus colegas sobre telenovelas?

2. Retomar a atividade “história ao contrário” (item 3) e considerá-la um roteiro para a criação de uma cena típica das telenovelas: observar que houve a ruptura do padrão ma-niqueísta – o diálogo e os papéis dos personagens devem ser invertidos (o herói terá um discurso hipócrita e atitudes traiçoeiras, e o traidor, uma

fala nobre e atitudes humanas e jus-tas; a mocinha será fi ngida, e a vilã, boazinha). Apresentar a cena para o resto da turma.

3. “Os segmentos das telenovelas são formados por miniquadros que se desenrolam sem fortes cargas emoti-vas e que terminam com um quadro fi nal emocionante. Este é geralmente fechado ao som da canção de fun-do, que sobe à altura das vozes dos atores, produzindo a tensão. Após o intervalo comercial – que congela a emoção – retorna-se à cena inter-rompida, e a tensão desfaz-se rapida-mente: os protagonistas relativizam, bagatelizam, reduzem – em suma, esvaziam a emocionalidade criada anteriormente, fraudando o telespec-tador que se envolveu e continuará a cair no golpe da tensão.” (FILHO, Ciro Marcondes)

• Sugerir aos alunos que assistam, durante uma semana, a capítulos de algumas telenovelas e observem os confl itos apresentados, a origem dos confl itos, as características dos personagens neles envolvidos e os principais problemas detectados.

• Listar em um cartaz ou painel o le-vantamento de dados estatísticos sobre os problemas apresentados nas telenovelas:

a) Atividades criminosas ou inde-sejadas: chantagem, bigamia, uso de violência, assassinatos, mortes, veneno, tráfi co etc.

b) Problemas sociais: difi culdades nos negócios, alcoolismo, demissão, envolvimento com drogas, ado-ção, separação familiar e outros.

c) Casos médicos: doença mental, doenças psicossomáticas, gravi-dez indesejada, tratamentos mé-dicos bem-sucedidos, Aids etc.

d) Problemas de amor e de relacio-namento: relações amorosas em difi culdade, casamentos em crise, separações, reconciliação de côn-juges, casamentos à vista e outros.

Em relação ao resultado dessa pes-quisa, fazer um gráfi co de colu-nas ou tipo pizza para evidenciar o resultado. Após a pesquisa, ler, em voz alta, a afi rmativa de Ciro Marcondes Filho sobre o gênero telenovela: a observação dos capí-tulos durante a semana confi rma o discurso do crítico? Em seguida, dividir a turma em quatro grupos. Cada um deles deverá escolher um dos problemas listados no cartaz e criar um momento cênico: o de maior carga emotiva deve ser acompanhado por fundo musical.

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A atividade consiste na escolha de “canções” para aumentar a tensão necessária ao envolvimento do te-lespectador na cena. Salientar que a música (como também a sono-plastia) deve refl etir o contexto da cena, os sentimentos e as emoções dos personagens.

2. Artes, Português, Ciências e Geografi a – programas educativos

Descobrir com os alunos se eles co-nhecem algum programa educati-vo, depois ir à página 21 do livro de Adriana Fernandes e ler seu comen-tário sobre o gênero. Questionar qual é a função desse tipo de pro-grama e a que público se destina.

Levar para a aula a revista Veja de 27 de maio de 2007 ou consultar www.veja.abril.com.br (seção En-trevista). Procurar a entrevista com Gary Knell, o diretor de Vila Sésamo, e comentar a abordagem Vila Sésamo e a Aids. Ler alguns trechos e, se possível, trazer ví-deos de programas antigos dessa série educativa. Salientar que o programa está de volta, na África do Sul, para a formação social e cidadã do povo.

O professor deve conduzir alguns questionamentos:

• Onde surgiu o novo programa? Na África do Sul. Por quê? Qual o objetivo do programa Vila Sésamo e a Aids?

• Uma nova personagem da série – uma órfã de 5 anos portadora do HIV – convive com um bone-co com aparência de urso, Kami, nessa Vila. Que tal conhecer o programa e falar um pouco sobre esse povo?

• Imaginem a África, com sua diversi-dade de pessoas, espaços, culturas, as várias áfricas num enorme conti-nente... O que você sabe dela?

• Para falar sobre a África, que fi ca além-mar, trazer um mapa-múndi para a sala de aula. Pedir aos alu-nos que localizem o continente afri-cano e pintem o espaço referente à África do Sul.

• Formar uma roda, modo de repro-duzir uma situação comum em al-deias, para contar e ouvir histórias do povo africano. Sugerimos dois autores brasileiros que resgatam histórias do povo africano: Joel Ru-fi no dos Santos e Rogério Andrade Barbosa. Escolher algumas histó-rias e partilhá-las.

• Questionar: se você pudesse guar-dar um tesouro para seus netos, o que seria? Que tal dar de presente histórias do passado? Proponha aos alunos esconder presentes para o fu-turo e transformar o velho em novo, fazendo brinquedos de sucata.

• Conversar sobre os costumes e há-bitos do povo sul-africano; organi-zar um álbum com fotografi as do povo, de suas atividades artísticas e culturais. Socializar os conhecimen-tos adquiridos com toda a escola.

– programas educativos

Vila Sésamo é um programa te-levisivo voltado a crianças em ida-de escolar e baseado na série Mu-ppets. Foi o primeiro programa a tentar aproximar entretenimento e educação e transformou-se na série educativa infantil de maior sucesso.

A série foi estruturada em quadros breves, inspirados em técnicas publi-citárias de TV, possibilitando ensinar e divertir crianças, utilizando a atração da televisão e o potencial tecnológico. Em cada quadro, um objetivo pedagó-gico; quadros com bonecos e perso-nagens humanos, animação e música. A TV Cultura produziu a versão brasi-leira em parceria com a TV Globo, que fi cou no ar entre 1972 e 1977.

(Adaptado de TV na Escola e os Desafi os de Hoje – Módulo 2)

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A autora, Adriana Fernandes, em alguns trechos chama atenção para o enquadramento, o plano e o ângulo de visão das cenas grava-das e oferece, no fi nal do livro, um glossário com termos específi cos da mídia televisiva.

O plano pode ser panorâmico, quando aparecem diversos perso-nagens, o lugar onde estão e ou-tros aspectos contextualizadores do espaço físico e social da cena (história). Pode ser geral, quan-do os personagens aparecem de corpo inteiro, mas destacados. O plano americano os focaliza do joelho para cima, e o pla-no médio, apenas a partir da cintura. No primeiro plano, o rosto se destaca. Há ain-da o plano-detalhe, em que só uma parte do per-sonagem ou de um objeto surge no enquadramento.

Devem-se interpretar es-sas escolhas como signifi -cativas dentro da história e não aleatórias. O ângulo de visão constitui a perspecti-va pela qual são enquadra-dos os personagens: de cima para baixo, de baixo para cima etc., de acordo

• Discutir o enfoque do programa Vila Sésamo e a Aids. Observar os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre doenças associadas à Aids na África. Como ajudar o povo e as crianças desse continente no combate à Aids? Que tal criar uma canção de solidariedade (ritmo bem brasileiro) para as crianças africanas vítimas de preconceito e enviá-la aos produtores do programa televisivo?

QUER SABER MAIS?Televisão e histórias em quadrinhos – linguagens afi ns

Quando o quadrinho traz todo o conjunto (cenário e personagens), dizemos que se trata de um “plano geral”. Se a preocupação reside em mostrar o personagem por inteiro, temos o chamado “plano total”, en-quanto o “primeiro plano” limita-se a exibi-lo a partir dos ombros. O “plano médio” apresenta o herói a partir da cintura, e o “plano americano”, a par-tir dos joelhos. Quando apenas um detalhe é mostrado, temos o “pla-no de detalhe”. (IANNONE, Leila R. e IANNONE, Roberto Antônio. O Mun-do das Histórias em Quadrinhos. São Paulo: Moderna, 2000, p. 64)

Homem se alimenta assistindo televisão

©LatinStock

com a intenção de dar-lhes grande-za ou de diminuí-los em importância, que pode ser social, política, psíquica ou de outra natureza.

das e oferece, no fi nal do livro, um glossário com termos específi cos

O plano pode ser panorâmico, quando aparecem diversos perso-nagens, o lugar onde estão e ou-tros aspectos contextualizadores do espaço físico e social da cena (história). Pode ser geral, quan-do os personagens aparecem de corpo inteiro, mas destacados. O plano americano os focaliza do joelho para cima, e o pla-no médio, apenas a partir da cintura. No primeiro plano, o rosto se destaca. Há ain-da o plano-detalhe, em que só uma parte do per-sonagem ou de um objeto surge no enquadramento.

Devem-se interpretar es-sas escolhas como signifi -cativas dentro da história e não aleatórias. O ângulo de visão constitui a perspecti-va pela qual são enquadra-dos os personagens: de cima para baixo, de baixo para cima etc., de acordo

Homem se alimenta assistindo televisão

©LatinStock

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AN

EXO

TEÓ

RICO

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EXO

TEÓ

RICO

“Ler é dotar de sentido, tirar à luz os sentidos possíveis que a obra traz em si e em sua relação com as demais. Cada leitura é uma nova escrita do texto. O ato de criação não seria o autor, mas o leitor” (BELLA JOZEF).

Ao pensarmos sobre releituras e dialogismo e no desafi o do leitor em deslindar um texto com toda a sua com-plexidade, sentimos a necessidade de sugerir um caminho para você, professor. Por isso indicamos a Me-todologia dos Três Olhares, conce-bida por Francisca Nóbrega, no Rio de Janeiro, e a Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss, na Alemanha, como instrumentos valio-sos para auxiliar no processo de lei-tura de textos verbais e não verbais.

Nessa metodologia, o leitor tem “a função de confi rmar a existência do texto e de deslindar seus múlti-plos signifi cados, promovendo o jogo interpretativo que ele quer e exige” (OLIVEIRA, 1996). Ou seja, o texto se mostra ao leitor como algo a ser compreendido, interpre-tado e explorado em sua pluris-signifi cação, reconstruído de acor-do com o horizonte de experiên-cias dele mesmo. TV digital: © Christian Charisius/Reuters.

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MOMENTOS DO OLHAR

1.o MOMENTOOlhar receptivo

2.o MOMENTOOlhar mediador

3.o MOMENTOOlhar ativo

O que aconteceEncontro do leitor com um mundo que não conhece

Encontro do leitor com o mundo signifi cativo

Encontro do leitor com o mundo

novo que agora conhece

O que faz

Uma leitura que apanha os elementos signifi cativos,

sinais, referentes

Uma leitura de diálogo com o texto, por meio

da pergunta e da resposta

Uma leitura de cruzamento do ver e do sentir, do exterior e do interior, ou seja,

cruzar experiências

Como faz Olha e vê Olha, vê, interroga e busca

Olha, encontra, associa, reúne,

interioriza, vê e lê

O que importa

Reconhecer os elementos signifi cativos,

sinais, referentes

O exame da realidade

representada, por meio do

questionamento da busca dos porquês, causas e motivos

A integração do novo que se vê e do antigo que é a experiência

do já visto, fusão de horizontes, ampliação de conhecimento

O que resultaCompreensão

VER-POR--CONHECER

InterpretaçãoVER-E-PENSAR

AplicaçãoVER-PENSAR-LER

Bibliografi a

FILHO, Ciro Marcondes. Televisão – A vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna, 1988.

MORIN, Edgar. Cultura de Massas no Século XX. Rio de Janeiro: Forense, 1980.

SOUZA, Jesus Barbosa de. Meios de Comunicação de Massa – Jornal, televi-são, rádio. São Paulo: Scipione, 1996.

TÁVOLA, Artur da. A Liberdade do Ver. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

Outras obras

BANYAI, Istvan. Zoom. Rio de Janei-ro: Brinque-Book, 1995.

DELAFOSSE, Claude e JEUNESSE, Gallimard. Os Quadros. São Paulo: Me-lhoramentos, 1996.

—. As Paisagens. São Paulo: Melho-ramentos, 1996.

GÓES, Lúcia Pimentel. Dudu, Amigo do Mar. São Paulo: Paulus, 2006.

SANDRONI, Luciana. Ludi na TV – Outra Odisseia da Marquesa. São Pau-lo: Salamandra, 1994.

Método dos três olhares à luz da estética da recepção

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Filmes sugeridos

1. O Poder da ImagemTítulo original – The ImageProdução – Estados Unidos/1989Direção – Peter WernerDistribuição – Warner Home Vídeo

2. Ladrões de SaboneteTítulo original – Ladri di SaponetteProdução – Itália/1989Direção – Maurizio NichettiDistribuição – Alvorada Vídeo

3. Ginger e FredTítulo original – Ginger and Fred Produção – Itália/1985Direção – Federico FelliniDistribuição – Metro Goldwyn Mayer

4. Muito Além do JardimTítulo original – Being ThereProdução – Estados Unidos/1979Direção – Hal AshbyDistribuição – United Artists/Warner Bros

Produção – Estados Unidos/1989

Distribuição – Warner Home

Distribuição – Alvorada Vídeo

and Fred

Distribuição – Metro Goldwyn Mayer

Being ThereProdução – Estados Unidos/1979

Distribuição – United Artists/Warner

1 Atores Representam uma história como se fosse de verdade.2 Operador de áudio Posiciona o microfone na cena para captar o que as pessoas falam.3 Contrarregra Monta e desmonta o cenário e ajuda no que mais for preciso.4 Apresentador É quem apresenta um programa. Se for um telejornal, ele tem de ser formado em jornalismo.

5 Diretor É o chefão que organiza tudo. Escolhe o que a câmera mostra, como o ator ou apresentador devem falar, se a cena é rápida ou lenta, que música vai ser tocada…6 Iluminador Cria e monta a luz do programa.7 Cabo man Sempre fi ca um atrás do operador de câ-mera para enrolar o cabo da câmera (para este não se enroscar e cair).

8 Operador de câmera Grava tudo com a câmera (com ela no ombro ou em um tripé).9 Produtor Deixa tudo prontinho para o diretor gravar um programa: chama os atores, vê se o cenário está pronto…10 Diretor de TV Controla todos os equipamentos (as câmeras, os microfones etc.) e põe a imagem no ar.11 Sonoplasta É um editor especializado em colocar música e efeitos sonoros.

12 Editor Organiza as imagens na ilha de edição, tira as cenas ruins, coloca efeitos especiais, legendas etc.13 Roteirista Escreve a história da novela ou a ordem em que vão aparecer os fatos em um documentário. 14 Cenógrafo Cria os cenários. Desde a mesa do apre-sentador do jornal até as casas que aparecem nas no-velas.15 Maquiador/Cabeleireiro Maquia e/ou penteia os atores e repórteres.

16 Figurinista Cria ou escolhe as roupas que os atores ou repórteres vão vestir. Quem o auxilia são as cama-reiras.

Num telejornal ainda tem o repórter (jornalista que rea-liza as entrevistas na rua) e o editor-chefe (o chefão do telejornal, que escolhe as notícias que vão ao ar e o modo como elas serão contadas).

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