piso salarial nacional do magistério: dois anos de atraso ... · denilson bento da costa (df)...

58
Dossiê CNTE Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

Upload: habao

Post on 30-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Dossiê cntePiso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

PresidenteRoberto Franklin de Leão (SP)Vice-presidenteMilton Canuto de Almeida (AL)Secretário GeralDenilson Bento da Costa (DF)Secretária de FinançasJuçara M. Dutra Vieira (RS) *Secretária de Relações InternacionaisFátima Aparecida da Silva (MS)Secretário de Assuntos EducacionaisHeleno Araújo Filho (PE)Secretário de FormaçãoGilmar Soares Ferreira (MT)Secretária de Assuntos MunicipaisMarta Vanelli (SC)Secretária de OrganizaçãoMaria Inez Camargos (MG)Secretária de Políticas SociaisRosana Sousa do Nascimento (AC)Secretária de Imprensa e DivulgaçãoAntonia Joana da Silva (MS)Secretária de Assuntos Jurídicos e LegislativosRejane Silva de Oliveira (RS)Secretária de Relações de GêneroIsis Tavares Neves (AM)Secretário de Política SindicalRui Oliveira (BA) *Secretário de SaúdeAlex Santos Saratt (RS) Secretário de Direitos HumanosMarco Antonio Soares (SP) *Secretária de Aposentados e Assuntos PrevidenciáriosMaria Madalena Alexandre Alcântara (ES)Secretário Adjunto de Assuntos EducacionaisJoel de Almeida Santos (SE)Secretário Adjunto de Política SindicalJosé Carlos Bueno do Prado – Zezinho (SP)Secretário Adjunto de Política SindicalJosé Valdivino de Moraes (PR)Secretária Adjunta de Assuntos EducacionaisMaria Antonieta da Trindade Gomes Galvão (PE)DiretorJosé Geraldo Correa Jr. (SP)

* Licenciados até 3 de outubro de 2010

Suplentes à Direção Executiva da CNTE Janeayre Almeida de Souto (RN)Paulina Pereira Silva de Almeida (PI) Odisséia Pinto de Carvalho (RJ) Cleber Ribeiro Soares (DF)Silvinia Pereira de Sousa Pires (TO) Joaquim Juscelino Linhares Cunha (CE)

Conselho Fiscal da CNTE (Titulares)Odair José Neves Santos (MA)Mário Sérgio Ferreira de Souza (PR)Miguel Salustiano de Lima (RN)Guilhermina Luzia da Rocha (RJ)Ana Íris Arrais Rolim (RO)

Conselho Fiscal da CNTE (Suplentes)Rosália Maria Fernandes da Silva (RN)Selene Barbosa Michelin Rodrigues (RS)Marco Túlio Paolino (RJ)

Coord.do Depto. de Funcionários de Escola (DEFE)João Alexandrino de Oliveira (PE)Coord. do Depto. de Especialistas em Educação (DESPE)Zenaide Honório (SP)

Gestão 2008/2011Direção Executiva da CNTE

EndereçoSDS Ed. Venâncio III, salas 101/108, Asa Sul, CEP 70393-900, Brasília, DF, Brasil. Telefone: + 55 (61) 3225-1003 Fax: + 55 (61) 3225-2685E-mail: [email protected] » www.cnte.org.br

PresidenteRoberto Franklin de Leão (SP)Vice-presidenteMilton Canuto de Almeida (AL)Secretário GeralDenilson Bento da Costa (DF)Secretária de FinançasJuçara M. Dutra Vieira (RS) *Secretária de Relações InternacionaisFátima Aparecida da Silva (MS)Secretário de Assuntos EducacionaisHeleno Araújo Filho (PE)Secretário de FormaçãoGilmar Soares Ferreira (MT)Secretária de Assuntos MunicipaisMarta Vanelli (SC)Secretária de OrganizaçãoMaria Inez Camargos (MG)Secretária de Políticas SociaisRosana Sousa do Nascimento (AC)Secretária de Imprensa e DivulgaçãoAntonia Joana da Silva (MS)Secretária de Assuntos Jurídicos e LegislativosRejane Silva de Oliveira (RS)Secretária de Relações de GêneroIsis Tavares Neves (AM)Secretário de Política SindicalRui Oliveira (BA) *Secretário de SaúdeAlex Santos Saratt (RS) Secretário de Direitos HumanosMarco Antonio Soares (SP) *Secretária de Aposentados e Assuntos PrevidenciáriosMaria Madalena Alexandre Alcântara (ES)Secretário Adjunto de Assuntos EducacionaisJoel de Almeida Santos (SE)Secretário Adjunto de Política SindicalJosé Carlos Bueno do Prado – Zezinho (SP)Secretário Adjunto de Política SindicalJosé Valdivino de Moraes (PR)Secretária Adjunta de Assuntos EducacionaisMaria Antonieta da Trindade Gomes Galvão (PE)DiretorJosé Geraldo Correa Jr. (SP)

* Licenciados até 3 de outubro de 2010

Suplentes à Direção Executiva da CNTE Janeayre Almeida de Souto (RN)Paulina Pereira Silva de Almeida (PI) Odisséia Pinto de Carvalho (RJ) Cleber Ribeiro Soares (DF)Silvinia Pereira de Sousa Pires (TO) Joaquim Juscelino Linhares Cunha (CE)

Conselho Fiscal da CNTE (Titulares)Odair José Neves Santos (MA)Mário Sérgio Ferreira de Souza (PR)Miguel Salustiano de Lima (RN)Guilhermina Luzia da Rocha (RJ)Ana Íris Arrais Rolim (RO)

Conselho Fiscal da CNTE (Suplentes)Rosália Maria Fernandes da Silva (RN)Selene Barbosa Michelin Rodrigues (RS)Marco Túlio Paolino (RJ)

Coord.do Depto. de Funcionários de Escola (DEFE)João Alexandrino de Oliveira (PE)Coord. do Depto. de Especialistas em Educação (DESPE)Zenaide Honório (SP)

Gestão 2008/2011Direção Executiva da CNTE

EndereçoSDS Ed. Venâncio III, salas 101/108, Asa Sul, CEP 70393-900, Brasília, DF, Brasil. Telefone: + 55 (61) 3225-1003 Fax: + 55 (61) 3225-2685E-mail: [email protected] » www.cnte.org.br

ÍndiceApresentação 05

Depoimentos por Região Norte 09Nordeste 11Centro-Oeste 38Sudeste 42Sul 49

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

7 •

Senhores(as) Ministros(as) do Supremo Tribunal Federal:

Neste dia 16 de setembro completam-se dois anos e dois meses da sanção da Lei nº 11.738, a qual regulamentou o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica (PSPN), a que se refere o art. 60, III, “e” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Na qualidade de Amicus Curiae na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.167, interposta por cinco Governadores de Estado contra a referida Lei, e, representando mais de 2,5 milhões de professores da educação básica pública no Brasil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) dirige-se a Vossas Excelências para apresentar diversos relatos de educadores(as) das cinco regiões do país – recolhidos através de “blog” da CNTE na internet – que revelam as dificuldades vividas por grande parte da categoria para ter acesso aos preceitos da Lei do Piso do Magistério.

Antes, porém, tomamos a liberdade de tecer algumas considerações sobre a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, e o julgamento da ADI 4.167.

Sobre a Lei nº 11.738 Dada sua vigência finita – de 14 anos, a mesma do Fundo da Educação Básica (Fundeb), que a financia – preocupa-nos o fato de estarmos caminhando para completar o segundo ano, desde a apreciação da cautelar da ADI 4.167, sem que se julgue o mérito da ação.

Como bem sabem Vossas Excelências, a Lei do Piso do Magistério tem por objetivos resgatar as condições laborais e sociais dos profissionais do magistério, criar equidade para o trabalho desses profissionais em todo o País e tornar a profissão mais atrativa para os jovens que, embora a ela vocacionados, por razões estruturais de renda e pensando na aposentadoria, optam por outras profissões que lhes garantam essas condições ao longo da vida.

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 8

Por evidente, o caráter de equidade das condições de trabalho do(a) professor(a) brasileiro(a) teria a virtude de proporcionar condições também equânimes ao aprendizado das crianças, jovens e adultos usuários da escola pública, de maneira universal. Por essa razão, o Congresso Nacional aprovou uma Lei de Piso Salarial – após ano e meio de intensos debates em audiências públicas nas cinco regiões do país – procurando conciliar três pilares da valorização profissional do magistério: salário (na forma de vencimento inicial das carreiras), jornada de trabalho (com tempo definido para trabalhos pedagógicos e de formação continuada) e nível de formação profissional.

Sobre as interpretações à cautelar da ADI 4.167

Afora os efeitos da cautelar da ADI 4.167, as dificuldades para se aplicar a Lei do Piso do Magistério decorrem, basicamente, de duas situações, ambas pendentes do julgamento do mérito da ADI 4.167.

O primeiro impasse refere-se ao descumprimento total da norma federal, por parte de muitos gestores, que insistem na tese de que a Lei do Piso é inconstitucional, até que se julgue o mérito das pendências da ADI 4.167. Já o segundo problema provém das inúmeras interpretações decorrentes do acórdão proferido no julgamento da cautelar da ADI 4.167, em 17.12.2008, que têm possibilitado a postergação ou mesmo a anulação de direitos dos profissionais do magistério, sobretudo no âmbito dos planos de carreira da categoria e da definição consensual do valor nominal do PSPN.

Sobre o valor nominal (e real), os(as) professores(as) entendem que, não obstante a decisão do STF de determinar a vigência do Piso a partir de 1º de janeiro de 2009, o seu valor, de R$ 950,00 - negociado após estudos de viabilidade financeira junto aos entes federados com dados financeiros de 2008 – deveria ter sido reajustado, em 1º de janeiro de 2009, na forma do art. 5º da Lei nº 11.738, que coincide com o critério de correção do valor mínimo anual do Fundeb, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Sob esta ótica, para a CNTE, o Piso, em 2010, após dois reajustes, alcançaria o valor de R$ 1.312,85 enquanto, para os gestores, apoiados em Parecer da Advocacia Geral da União, seria de somente R$ 1.024,67 – correspondente a um único reajuste.

Com relação à aplicação do art. 6º da Lei nº 11.738, que determina a elaboração ou adequação dos planos de carreira do magistério ao PSPN até 31.12.2009 – prazo, portanto, já expirado – subsiste grave problema. Se, por um lado, parte expressiva dos

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

9 •

entes federados não atendeu a esse preceito legal, passando, em muitos lugares, o Piso Nacional à condição de Teto Salarial – ou seja, todos(as) os(as) professores(as) percebem o mesmo valor –, por outro, onde o gestor optou por remunerar de acordo com a “sugestão” de valor nominal do Piso indicada pelo Ministério da Educação, os regramentos locais de progressão (leis de planos de carreira) foram desrespeitados, sem qualquer discussão prévia com os Sindicatos ou aval das Assembleias Legislativas ou Câmaras Municipais.

Sobre o mérito da ADI 4.167

Em relação ao mérito da ADI 4.167, não poderíamos esconder nossa preocupação com a possibilidade de ser decretada a inconstitucionalidade de dois dispositivos em questão.

O primeiro é a definição do Piso Nacional vinculado aos vencimentos iniciais das carreiras dos estados e municípios. Essa é uma condição essencial tanto para a atratividade de novos profissionais – lembrando que o país já conta com déficit de professores em diversas áreas de conhecimento – quanto para a valorização efetiva dos que já estão nas redes de ensino. É comum, em todo país, a prática de vencimentos de carreira do magistério muito baixos, e que são complementados por gratificações e abonos que nem sempre se incorporam à aposentadoria. Já para os funcionários públicos regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, a situação é ainda mais penosa, pois os baixos salários-base (sem gratificações) projetam a aposentadoria da maioria dos servidores da educação para valores próximos ao do Salário Mínimo. A alegação de muitos gestores para substituir o vínculo do PSPN aos vencimentos pela referência a remunerações não subsiste diante da norma legal que obriga a União a praticar suporte financeiro aos entes que provarem insuficiência de recursos.

Quanto às horas dispensadas às atividades pedagógicas (horas-atividades) dentro da jornada de trabalho, não há como pensar o desempenho profissional de um educador sem tempo para planejar, avaliar produção dos alunos, realizar reuniões com a comunidade escolar ou mesmo para viabilizar sua formação continuada. Além de o art. 67, V da Lei 9.394, de 1996, prever essa condição, também o Plano Nacional de Educação, no item 10.3 de seu Título IV faz referência à necessidade das horas-atividades, e a estipula, em nível nacional, no patamar entre 20% e 25% da carga de trabalho. O que a Lei nº 11.738 faz, à luz dos novos indicadores para a qualidade da educação, é aumentar esse percentual para um mínimo de 33%. Lembramos que na educação superior o professor é obrigado a dar oito aulas numa carga de 40 horas semanais. Ademais, entendemos que tal prerrogativa encontra total guarida no art. 24, IX e §§ 3º e 4º da Constituição, corroborando o voto do ministro relator da matéria.

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 10

Como o financiamento público tem impedido a efetiva valorização dos profissionais da educação?

Aproveitando o ensejo, apresentamos a Vossas Excelências outra situação polêmica envolvendo a remuneração dos profissionais da educação, que perdura desde a vigência do Fundo do Ensino Fundamental (Fundef) e que se aviva na atual discussão de implantação do Piso do Magistério. Diz ela respeito à pseudo-incompatibilidade da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estipula percentuais máximos de gasto com pessoal, em relação ao que dispõe o art. 212 da Constituição Federal, que vincula percentuais mínimos de impostos exclusivamente para a educação.

Sobre este assunto, o Conselho Nacional de Educação tem orientado, de forma assertiva, do nosso ponto de vista, o cumprimento integral do art. 212 da CF/88, devendo as demais despesas dos entes federados se adaptarem às suas receitas remanescentes de tributos. Dessa forma, fica muito mais plausível superar as pretensas dificuldades em adaptar a Lei do Piso (vinculado à Carreira Profissional) à Lei de Responsabilidade Fiscal. De sorte que seria da máxima valia essa Egrégia Corte manifestar-se sobre este tema, a fim de pacificar a segurança jurídica dos recursos vinculados à educação.

Expostos os presentes argumentos, que refletem parte das angústias dos e das profissionais da educação em ver superadas as barreiras que impedem sua valorização profissional, e que são determinantes para focar a educação na inclusão social, econômica e cultural de todos(as) os(as) brasileiros(as), sobretudo num momento em que o país demanda cada vez mais trabalhadores qualificados para expandir seu processo de desenvolvimento, reiteramos a Vossas Excelências o pedido de urgência na votação do mérito da ADI 4.167, a fim de que o País coloque em prática, definitivamente, uma demanda social convertida em Lei, por unanimidade, pelo Congresso Nacional.

Diretoria ExecutivaConfederação Nacional dos Trabalhadores em Educação

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

11 •

Região

norte•

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 12

• ACREBujari No município de Bujari conseguimos implantar os 2/3 do piso, porém ainda não foi feita integralidade e falta o prefeito pagar o retroativo.Marileide Martins de Souza===

Rio Branco No Acre, o governo não valoriza os professores com formação no magistério. Re-cebemos R$ 707,00.Rosangela Castro

• PARÁNova Ipixuna Em Nova Ipixuna (PA) só se pode falar em piso quando se somam as gratificações, pois o salário-base do docente em início de carreira é de um salário mínimo. Não vejo in-teresse do Poder Público Municipal em mudar esse quadro, principalmente enquanto a questão estiver sobre júdice. Precisamos ter uma definição do STF para podermos agir.Werventon dos Santos Miranda===

Nova Ipixuna Sou um dos coordenadores da subsede do SINTEPP em Nova Ipixuna onde a lei do piso nunca foi cumprida e nem tem indício que será, principalmente enquanto o STF não julgar a ADI. Desde 2004/5 o salário base do magistério é o salário míni-mo e para quem tem licenciatura o base é 50% a mais (isso para 20h semanais). Ou seja, no município, um professor iniciante recebe bruto (com acréscimo de insalu-bridade e hora atividade) por 20h semanais R$ 765,00 ou R$ 1530,00, mas enquan-to o STF não se manifesta o gestor municipal alega que está pagando acima do piso.Werventon dos Santos Miranda

• TOCANTINS Porto Nacional É lamentável que após dois anos de aprovada a Lei do Piso ainda seja pauta em qua-se todos os estados e municípios. Isso demonstra a total falta de compromisso dos nossos gestores com a Educação. Sou professora da municipal e diretora do meu sindicato, estamos de greve porque estamos reivindicando que seja pago o PISO.No estado do Tocantins são poucos os municípios que estão pagando o PISO.Clea Eloisa do Rego

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

13 •

Região

nordeste•

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 14

• ALAGOASMaragogi Sou professor da rede pública municipal da cidade de Maragogi – 2º pólo turísti-co de Alagoas, situado no litoral norte do estado – e quero aqui demonstrar a mi-nha indignação pelo não cumprimento do PSPN, aprovado no Congresso e sancio-nado pelo Presidente Lula desde 2008. O nosso gestor público vem protelando des-de o ano passado a implementação do Piso e até agora nada. Sabemos que o Fundeb da nossa cidade é suficiente para implantação do Piso sem a necessidade da com-plementação da União.Professor João Macêdo===

São Sebastião É muito triste quando a maior corte da justiça de um país emperra uma Lei que be-neficia uma categoria tão mal tratada como os professores desse país. Isso só confir-ma o descaso com a educação pública brasileira, que país é esse que uma lei é apro-vada no Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República, mas é bar-rada pelo STJ? Que vergonha.Paulo Cesar Porfirio dos Santos

• BAHIABahiaSaudações!É uma vergonha esse Piso! O judiciário não decide, o MEC propõe o valor ridícu-lo de R$1.024 (2 salários mínimos). Na Bahia, pouquíssimos municípios implemen-taram o Piso, mesmo porque, na maioria já pagam 2 salários mínimos para a jor-nada de 40 horas. Até agora, a Lei não trouxe nenhuma novidade para o magisté-rio bahiano, apenas a confirmação da falta de compromisso de nossos governantes!Fábio Leite===

Cardeal da Silva No meu município tem o regime de trabalho com carga horária de 20 horas e de 40 horas, sendo que para a primeira o vencimento inicial é de R$ 512,34 e a última é de R$1.024,64. Aos dois tem o acréscimo das gratificações.Janice Maria===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

15 •

CoribeO Piso Salarial pago pelo meu município é de R$ 512,00 por jornada de trabalho de 20 horas semanais. O valor foi baseado na orientação do MEC que é de R$ 1.024,00 por uma jornada de 40 horas semanais.Edoilson Pereira dos Santos===

Fátima Os professores da rede municipal de Fátima já estão todos enquadrados no Piso Nacio-nal do Magistério. Veja como ficaram os salários dos Professore da rede Municipal de Fátima, os valores abaixo já estão descritos com todas as vantagens do Plano de Car-reira do magistério e acordos com o executivo municipal. Professor ( I ) com magis-tério 20 horas semanal admitido em 1998, lecionando de 1º a 4ª serie do fundamental R$: 900,00 reais Professor ( II ) com Graduação 20 horas semanal admitido em 1998, lecionando de 1º a 4ª serie do fundamental R$: 1.350,00 reais Professor ( III ) com Pós Graduação 20 horas semanal admitido em 1998, lecionando de 1º a 4ª serie do funda-mental R$: 1.650,00 reais Professor ( I ) com Magistério 20 horas semanal admitido em 2005, lecionando de 1º a 4ª serie do fundamental R$:700,00 reais Professor ( II ) com Graduação 20 horas semanal admitido em 2005, lecionando de 1º a 4ª serie do funda-mental R$:1.050 Reais Professor ( III )com Pós Graduação 20 horas semanal admitido em 2005, lecionando de 1º a 4ª serie do fundamental R$: 1.300,00 reaisAntonio Xavier===

Guanambi Quero informar que o município de Guanambi – governado por partido de direita PSDB – está querendo implantar um Plano de Carreira onde crucifica os professo-res com diversas proibições. Não organizou a jornada de trabalho, implantou o Piso de R$ 1.024,00 sem avaliar as perdas salariais, quer tirar o incentivo que paga aos professores pelo planejamento e faz perseguição política com assédio moral. Além disso, fez da educação inclusiva uma verdadeira bagunça eleitoreira.Marlene Morais===

Ibititá Isto é uma vergonha já se passsaram dois anos e até agora não foi implantado o Piso Salarial Nacional na Bahia onde um governo falava tanto do anterior e até agora nunca resolveu pagar. Eu acho que o piso vai ser iqual ao FUNDEF que passaram 10 anos para implantar. Orlando Pereira Dourado===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 16

IbititáNo nosso estado o governo só está pagando R$ 521,00 por 20 horas semanais e o município só está pagando o salário mínimo por vinte horas semanal.Orlando Pereira Dourado===

Ipirá Dois anos se passaram e a maioria dos municípios baianos ainda não implementa-ram a lei do piso.Fábio Leite===

Jandaíra Aqui na minha região, litoral norte da Bahia, já tivemos muitas dificuldades com a implantação do PSPN, paulatinamente temos derrubado as investidas dos prefeitos contra o piso. Alguns ainda resistem, porém estamos incansáveis: A luta continua!Cassiano Benevides===

Jequié O meu município, Jequié, não paga o Piso Salarial. Os trabalhadores em educação participaram de uma greve que durou 29 dias e, mesmo assim, a prefeitura e secre-taria de educação mantiveram-se na mesma posição, ou seja, não pagar o piso. Hoje, o piso do professor municipal é de 475,00 para 20h semanais. Outro fator que cha-ma a atenção é o numero excessivo de contratações através do REDA e estagiários, muitas vezes, sem formação adequada.Claudenice Barbosa Santana===

JussaraOlá, sou professor em Jussara, na Bahia, há 12 anos e ainda não respeitam o Piso por aqui. A nossa luta é ferrenha, o Plano de Carreira do município está para ser aprovado. Não se acha o Prefeito para nos esclarecer a situação, nem ninguém que o represente para termos nosso salário pago em dia (que não é o Piso) tivemos que en-trar na Justiça e pagar advogado. Aqui ainda estamos assim mas vai mudar!Rubenilson Amorim Cedro===

Miguel CalmonAqui em minha cidade ainda recebemos um piso de R$ 417,00 para 20h. Isso é uma vergonha!Rejane Rios===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

17 •

Miguel CalmonNa cidade de Miguel Calmon o Piso Salarial Nacional não está sendo cumprido.Cristina da Silva Santos===

Miguel Calmon Na minha cidade o gestor não paga o Piso. Recebemos apenas R$ 417,00 por 20h. Como pode um piso abaixo do salário mínimo?Maria Miranda===

Ouriçangas O sindicato dos trabalhadores no Serviço Público Municipal de Ouriçangas (SIN-DIUORI) está adequando o Plano de Cargo e Carreira e Salários do magistério exis-tente, em concordância com a lei do Piso Nacional, após um ano de negociação com o governo, que só cedeu após a data limite estabelecida pelo governo federal e no-tificação do ministério.Sérgio Chagas===

Paripiranga O município onde moro é um caso a ser estudado. Não paga o piso, não dá valor aos trabalhadores em educação, não dá valor à própria educação. Os trabalhadores em educação do município de PARIPIRANGA- BA estão em greve desde o dia 4 de junho, tendo sido a mesma suspensa no período de 18 de junho a 5 de julho em ra-zão do recesso.O poder executivo não cede às negociações sobre o Plano de Carrei-ra e Estatuto do Magistério Público que foram discutidos e aprovados pela comis-são paritária.O mesmo encaminhou à Câmara de Vereadores um Plano de Carreira que desvaloriza, desrespeita e desqualifica a categoria. Hoje, o município ainda se encontra em greve e não tem previsão de acabar, a não ser que o gestor receba a ca-tegoria ou a comissão que a representa para negociar; o que estamos achando meio difícil de acontecer, pois o mesmo está irredutível.Jessilene Ferreira Andrade===

Santanopolis Aqui foi aprovado duas jornadas uma de 20h outra de 40h. Resumindo, meu base para 20h é de R$ 585,00 mais 10%. Resumindo, não mudou nada. Outro detalhe: uma meia dúzia tem 40h. Continuamos nas trevas.Luciano===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 18

Santo Estevão No Nordeste do Brasil acredito que poucos são os municípios que cumprem o Piso Salarial Nacional. Em Santo Estevão (BA) o professor com formação em nível su-perior trabalha 40 horas e tem um piso em torno de R$ 1.300,00. Nos últimos anos estamos vendo os nossos salários retroagirem por conta dos baixíssimos reajustes. A situação não esta melhorando em nada.Ildo Rodrigues Oliveira===

Serrolândia Apesar das várias manifestações da APLB-SINDICATO, nossa cidade ainda não paga o Piso Salarial.Carlos Augusto de Almeida Moreira

• CEARÁBarbalha Em Barbalha (CE) todo professor está recebendo igual ou superior a R$ 1.025,00. O valor está incorporado a ref. de classe. A diferença do iniciante para o pleno é de 25%; do pleno para o pós-graduado há uma variável de 10 a 30%.Teresa Maria Sampaio===

CearáAqui no Ceará, o governador, que aliás, está entre os que entram com recurso na justiça alegando inconstitucionalidade da lei, elaborou um cálculo onde incorpora as antigas gratificações, e no final é como elas não existissem mais. O salário sem descontos fica de R$1.327 para 40 horas. No entanto, isto seria o mínimo para quem tem ensino médio e não para quem tem graduação, que deveria ser outro valor já calculado pelo sindicato, e enviado na proposta de PCC ao governo que continua a fingir que está tudo bem.Joana Dantas===

CearáSou professor da Rede Pública Estadual, no estado do Ceará. A situação dos profes-sores é de pesar pelo não acatamento da lei do piso por parte do governador Cid Go-mes. Entende o governo que a lei fere a autonomia dos estados e por isso, se recu-sa a pagar esse benefício à classe trabalhadora em educação. Além do mais, a cate-goria está revoltada com o anúncio de reajuste de apenas 4,8%. Não temos o plano

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

19 •

de cargos e carreiras que vem expresso também na lei, estamos com salários defa-sadíssimos, há gastos aviltantes com as escolas profissionalizantes em detrimento das escolas convencionais. Não existem funcionários administrativos concursados na educação, todos são remanejados para a efetivação antes de 1988 ou são terceiri-zados. Os membros dos sindicatos são chamados a conversar com o Governo à por-tas fechadas e fica tudo do jeito que o governo quer. Josué Pereira de Sousa===

Fortaleza É inadmissível que a entidade judicial superior não tenha julgado imoral a ADIN impetrada por pessoas jurídicas analfabetas. O judiciário no Brasil é desacreditado com tanta pasmaceira e analfabetismo. O Salário Base é onde deve estar implanta-do o Piso Nacional. O piso salarial jamais, com este procedimento, será alcançado pelo magistério. Os problemas políticos são mais abençoados pelo judiciário. Quan-ta roubalheira, sonegação e falta de vergonha campeiam neste País.José Nunes Rodrigues ===

Fortaleza O município de Fortaleza resiste contra a implantação do piso salarial do magisté-rio. Os indicadores que medem a educação de qualidade tão alardeada pelo municí-pio mostram em números que qualidade de educação temos. Educação de qualidade aqui no município significa professores sem tempo para planejar aulas com quali-dade, e submetidos à carga horária estafante, para prover suas necessidades básicas. Professores sem autonomia e criticidade, formam cidadãos autônomos e críticos?Nilce Ferreira===

PentecosteNo PCCR aqui de Pentecoste-Ce o professor não cresce na evolução funcional. O pessoal que trabalha na educação não tem qüinqüênio – direito dado pela lei orgâ-nica – nem evolução na carreira, só na justiça. Direito de licença prêmio também dado pela a lei orgânica não existe. Esperamos que um dia as coisas melhorem, até porque nós professores merecemos.AbraçosGeraldo Antonio de Lima

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 20

• MARANHÃOCodóAqui no município de Codó-MA, foi implantado o Plano de Carreira, Cargos e Sa-lários (PCCS), com uma carga horária de 25h semanais. O salário para professor com nível médio é de R$774,64 com 5% a cada cinco anos de exercício. Para pro-fessores com nível superior, o salário é de R$1162,00 com 5% a cada cinco anos de exercício. Porém não houve reajuste salarial, que deveria ocorrer no início do ano de 2010. Ademais ainda não foi cumprido pela atual administração, a escolha dos di-retores de escola que, de acordo com o plano, os gestores devem ser efetivos, no en-tanto, temos dezenas de pessoas contratadas para exercer o cargo de diretor. Mas a luta continua e o sindicato do município (Sindicato dos Servidores no Serviço Pú-blico Municipal de Codó-MA-SINDSSERM), já está requerendo esses direitos na justiça e vamos vencer. Na luta por direitos e justiça social.Antonio Celso Moreira===

Lago dos RodriguesAqui em Lago dos Rodrigues (MA) o piso e de R$600,00 mais 15% para curso su-perior, 10% para 360h, 5% por quinquênio, 15% para 20h. Queremos mais. O mu-nicípio alega que não tem condição para pagar maisAgamenon===

MaranhãoNa nossa capital (São Luis), a tabela em início de carreira está da seguinte forma:PROFESSOR(A) NÍVEL SUPERIOR 40h: 2.799,36 (vencimento);PROFESSOR(A) NÍVEL SUPERIOR 24h: 1.679,62 (vencimento);PROFESSOR(A) NÍVEL SUPERIOR 20h: 1.399,68 (vencimento);PROFESSOR(A) NÍVEL MÉDIO 40h: 1.694,20 (vencimento); ePROFESSOR(A) NÍVEL MÉDIO 24h: 1.016,52 (vencimento).Nesse exato momento, estamos em greve há 59 dias, pleiteando um reajuste de 27,5%, que representa o acumulado dos percentuais repassados ao FUNDEB de 2009, restantes (11%) somado com os 15,94 deste ano. O governo está oferecendo apenas 8%, já adicionado aos valores acima.Sempre lembramos aos negociadores da administração que o Piso em vigor é para os professores com nível médio, e não com superior. Lembramos também que a car-ga horária deixa em aberto até 40 horas, que há necessidade de se criar um Piso para os professores com nível superior. Piso não é teto, como imaginam a maioria dos administradores públicos.

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

21 •

Ressaltamos que aqui só temos o vencimento e um percentual de 1% a cada ano tra-balhado, chamado de anuênio. Só isso.Leonel Torres===

São Luís Na nossa capital maranhense, os gestores confundem (propositalmente) Piso com Teto Salarial. O vencimento inicial do professor com ensino médio é de R$ 1.026,00. Abaixo daquilo que a CNTE tem orientado. E mais de 95% dos professores da rede municipal têm curso superior.Leonel Torres

• PARAÍBAAlagoa GrandeSou da Paraíba e trabalho no Município de Alagoa Grande. O Prefeito constituinte começou a pagar o “Piso” no meio do ano e não nos pagou os retroativos, alegando falta de dinheiro. Infelizmente nosso sindicato fez um acordo em abdicar dos retro-ativos para que se pudesse implementar o piso Mas o Piso é de R$937,50 para 40 Horas semanais, nível médio e de R$750 mais 20% quem tem nível superior, ficando em torno de R$940, liquido R$860 reais. Ele não leva em consideração o novo “Piso” do MEC de R$1.024. O concurso realiza-do aqui foi para 25 horas semanaisRafael Aguiar Marinho===

Bananeiras Acompanhei com muita expectativa a aprovação do Piso Salarial da Educação. Sou professor contratado no estado da Paraíba e o que recebo é uma vergonha: apenas R$ 600. Já como efetivo no município de Cacimba de Dentro (PB) recebo R$ 680. Até agora o piso só serviu para nos unir mais e buscar o respeito para a nossa cate-goria. Parabéns CNTE.Djael Vagne Ccosta===

Bananeiras Sou professor em duas cidades do interior da Paraíba (Bananeiras e Belém) sou con-cursado como professor do Ensino Fundamental I desde 2003 na primeira e 2004 na segunda, sou habilitado para lecionar na primeira fase do Ensino Fundamental, li-cenciado em geografia e especialista em PROEJA (Educação Profissional Integrada

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 22

à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos), meus vencimentos são R$867,00 e R$976,00 para 25 e 30 horas semanais respectivamente.Sérgio===Barra de Santa Rosa A Câmara Legislativa aprovou, em maio, um valor proporcional para 30 horas, que é de R$ 756,00 para o professor com licenciatura plena.Jonas José da Silva===Belém Olá, aqui recebemos 749,00 para 25 horas/aula: 20 horas corridas e 5 horas departa-mental. Isto para as séries iniciais das quais sou professor. Será que está certo esse piso? Também foi aprovado um plano de carreiras. Porém tenho especialização em Educação profissional EJA, na área de Educação com 360horas/aulas e na prefeitu-ra não estão aceitando minha progressão. Só aceitariam se eu tivesse um curso aci-ma de 180 horas como os PCN`s. Estou pensando de recorrer na justiça. Acho que esse PCCR não nos valoriza.José Aylton===CajazeirasOlá colegas, trabalho no município de Cajazeiras – PB , aqui o PSPN ainda é um sonho, não sei o que acontece, mas aqui a luta é grande com o poder público mas até agora nada. Wendel Pires===Campina Grande Sou professor de nível superior concursado da prefeitura de Alagoa Grande (PB) e a gestão atual está pagando um piso inicial de R$ 930 brutos, para 25 horas semanais.Rafael Aguiar Marinho===Campina GrandePiso salarial dos Professores, discórdia e mediocridade. Depois do Piso Nacional dos Policiais e Bombeiros aprovado no dia 3 de março de 2010, na Câmara dos De-putados Federais, no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) causou uma “inveja otimista” aos professores de todo o país. Pois, sem os professores, os poli-ciais não seriam os profissionais que reivindicavam um piso de R$ 4.500,00 confor-me a PEC 300/08 que já nascia inconstitucional: a constituição não delibera sobre valores salariais, a exemplo do salário mínimo.

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

23 •

Logo, a Constituição não pode determinar quanto deve ser o salário de um médico ou de um auxiliar de enfermagem. Governo das contradições, que no dia 16 de julho de 2008, assinou uma lei do piso dos profissionais da educação de forma equivoca-da, apenas reconhecendo o piso para o professor com formação em nível médio, na modalidade normal, conforme Art. 2º da lei 11.738/2008. Porém, esqueceu de de-terminar o piso dos professores com formação em nível superior, ampliando equi-vocadamente o piso de forma genérica para todos, nivelando por baixo os profissio-nais, indistintamente velados como “Educação Básica”, ou seja, o golpe traiçoeiro.Neste sentido, independentemente da formação, o piso é para todos, no valor de R$ 950,00 reais, que hoje se encontra defasado. Mesmo assim, 85% dos municípios do Brasil não pagam sequer este valor, que segundo a lei deveria ser incorporado aos salários dos professores desde o ano de 2009 e, a partir de 2010, seria obrigatório e corrigido de acordo com o diferencial do percentual do custo aluno/ano, que ficou em torno de 15,93%. Ou seja, a partir de 2010, um professor com formação em nível médio, em inicio de carreira, não era para receber menos do que R$ 1.101,33. Isto é Lei, conforme Art. 5º. Confira Portaria Interministerial nº 1.227, de 28 de dezembro de 2009, que estabelece o custo aluno para o ano de 2010, no valor de R$ 1.415,97.O outro lado da moeda, a discórdia. Exemplo comum: poderíamos citar o ex-sena-dor da Paraíba, José Maranhão, que enquanto senador aprovou a Lei do Piso, mas enquanto governador, hoje, a mediocridade prevalece quando diz que o piso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, e que o valor do piso é para quem trabalha 40 horas semanais. Ele afirmou que vários governadores impetraram uma Ação de Inconsti-tucionalidade da Lei do piso dos professores e que havia sido convidado para subs-crever e recusou, conforme destacou o Coordenador do SINTEP Antonio Arruda.O piso dos policiais já nasceu morto. O curioso é que este valor do piso seria exten-sivo aos profissionais que se aposentaram de 2003 até a presente data. Oportuno o questionamento: como ficarão aqueles professores aposentados com formação superior? Seus salários serão corrigidos de acordo com o piso do profes-sor com formação em ensino médio, modalidade normal? Esta é a problemática da mediocridade do piso. Neste caso, a lei que o criou devia passar por uma atualiza-ção, pois joga todos os profissionais numa vala comum de formação, modalidade – “normal”, leia-se, ensino médio.Outro ponto nevrálgico se refere ao cumprimento máximo da carga horária de 40 horas semanais, conforme o Art. 2º, no seu parágrafo primeiro. É aqui pela qual a mediocridade dos prefeitos e governadores vampirizam o sangue dos profissionais, tratando todos como analfabetos e alienados da interpretação da lei. Ou seja, pas-sam para a opinião pública que se o professor quiser ganhar o piso, terá que cumprir

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 24

tal carga horária, e para massificar o poder impostor da alienação da lei, manda no Art. 6º. – que todos os estados e municípios deverão atualizar os seus planos de car-gos e carreira. Logo, aqueles gestores “alienados” lerão que a nova carga horária do profissional do magistério será de 40 horas semanais.Para quem trabalha 20 horas e ganha salário mínimo, já está acima do piso, portanto não podem reclamar, como exemplo podemos citar o secretário de educação de Cam-pina Grande que vai ao rádio afirmar que já paga acima do piso, tendo o valor do piso não como referencial, mas como teto salarial. Na mesma opinião, seguem muitos pre-feitos analfabetos da lei espalhados por todo o Brasil. Eles confundem mínimo com máximo. Se fossem no mínimo 40 horas semanais, o discurso estaria correto, mas é no máximo. Isso quer dizer que o critério da proporcionalidade ficará estabelecido de for-ma flexibilizada de acordo com o perfil do plano de carreira de cada estado ou municí-pio. Contradição comum poderemos encontrar nos sindicatos que defendem os direitos dos trabalhadores em educação, que de forma equivocada, fazem uma proporcionali-dade da carga horária depreciando o salário dos profissionais para baixo e, ao mesmo tempo, colocando todos os profissionais com curso superior em pé de igualdade con-forme o Art. 2º da citada lei que criou o piso.Poderíamos afirmar que no Brasil existe um piso salarial para professor com formação em nível médio – na modalidade Normal, para ensinar nas primeiras séries do ensino fundamental menor, pois o fundamental maior pressupõe formação superior, a exem-plo do ensino médio. Logo, é preciso repensar a lei que criou o citado piso salarial. Gilson Cruz Nunes – Ex-Diretor do SINTAB e Consultor Sindical===

Campina GrandeDeixo aqui minha mensagem de insatisfação pelo não cumprimento da Lei do piso, no Estado da Paraíba, principalmente no município de Campina Grande, que paga 765,00 mais 15% de GED aos professores de nível superior. É uma vergonha.Rita de Cássia Costa de Araújo===

Cruz do Espírito SantoCruz do Espírito Santo (PB) não está pagando o piso salarial. Hoje o salário pago para profissionais de nível superior é de R$ 630,00 com R$ 25,00 no total em gra-tificações. Um absurdo! Já entramos com um processo no Ministério Público, mas nada foi resolvido.Inácio Nunes===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

25 •

Guarabira Olá, amigos da CNTE e do Brasil. Esta iniciativa é de fundamental importância para as políticas de educação e os estudos na área. Sou pesquisador em políticas pú-blicas de educação no estado da Paraíba, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, em nível de Mestrado, da UFPB, e tenho acompanhado o processo de discussão sobre o Piso em mais de 50 municípios do interior paraibano. Meu ob-jetivo é mapear os vencimentos dos professores no estado, contribuindo com a dis-cussão sobre a valorização do magistério público. Para atingir este objetivo, conto com a colaboração ativa de dezenas de professores reunidos em grupos de estudos. Nossa meta é estudar, coletar os dados, analisar e publicar em livros, revistas e si-tes, resultando, posteriormente em um livro-mapa.Alguns dados divulgados recentemente indicam que os municípios de Pilar (PB), Sapé (PB), Serra da Raiz (PB), Pirpirituba (PB), Sobrado (PB), Casserengue (PB), Arara (PB), Remígio (PB), Serraria (PB), Belém (PB), Caiçara (PB), Logradouro (PB), Tacima (PB) e Araruna (PB) são os municípios com os piores salários dentre os mais de 50 que pesquisamos. Nestes, os salários iniciais para o professor de ní-vel médio variam de R$ 465,00 a R$ 540,00 para 20 e/ou 30 horas semanais de tra-balho. O município de Serra da Raiz (PB), acima citado, paga o menor salário que, com os descontos, o professor de ensino médio recebe menos do que o salário mí-nimo, abaixo de R$ 400,00.Destacamos, ainda, que o menor município da região de pesquisa, Pilõezinhos (PB), é o município que paga o salário menos defasado, com R$ 850,00 ao professor de ensino médio iniciante, para 30 horas. Os municípios de Guarabira (PB), Bananei-ras (PB), Borborema (PB), Cuitegi (PB), Mari (PB), Duas Estradas (PB), Sertãozi-nho (PB) e Araçagi (PB) pagam entre R$ 660,00 a R$ 790,00 aos professores de ní-vel médio, para 20 ou 30 horas semanais. Assim, considerando apenas os vencimen-tos, concluímos que o maior salário de um professor de nível médio neste cenário é de R$ 850,00 para 20 ou 30 horas. Estes dados estão baseados na análise de contracheques enviados por professores colaboradores da pesquisa, obedecendo aos procedimentos éticos. Somente alguns destes municípios alteraram os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do magistério. Na verdade, a alteração constatada é apenas no aumento da carga ho-rária de trabalho, de 20 para 25 ou 30 horas semanais, com alteração proporcional de salário. Outro aspecto muito importante é que, conforme análise documental, os PCCR destes municípios foram feitos por uma pessoa, contratada pelo Executivo, pois a estrutura, expressões, artigos e incisos, tabelas e outros anexos são absoluta-mente iguais, mudando apenas os valores e termos que especificam os municípios.

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 26

A metodologia de discussão é sempre a mesma. Forma-se uma comissão para ler e aprovar, claro, a proposta do executivo. Quando tem sindicato atuante, não vincula-do aos interesses partidários, a discussão flui melhor e podemos vislumbrar alguns mínimos avanços. Outra questão sobre os PCCR é que eles não estão incorporando as diretrizes da Resolução n.º 2, de maio de 2009, do CNE. Não há nem discussão sobre a aludida resolução. Vamos continuar a luta.Assis Souza de Moura===

João PessoaInfelizmente o município de João Pessoa não é diferente dos demais, o professor de Educação Básica I recebe um vencimento inicial de 693,25 + 207,97 de docência to-talizando = 901,22 que está abaixo do piso. O professor licenciado tem como ven-cimento inicial 924,36 + 277,30 de docência = 1.201,66.Maria da Penha Araújo===

Junco do Seridó O valor do piso aqui no município está sendo pago de acordo com as determina-ções do MEC, ou seja, para 25 horas nível médio vencimento de R$640 inicial,e a cada dois anos de serviço aumenta 2%, se tiver especialização mais 10% e nível su-perior 25 horas, inicial de R$ 896,00, e a cada dois anos de serviço aumenta 2%, se tiver especialização aumenta 10%, mestrado 20% e Doutorado 30%, seguiu o au-mento do MEC de 7.86% e o plano de carreira que existia também foi aproveitado, falta a questão do um terço da carga horária, estamos esperando que o supremo jul-gue o mérito da ADI.João Bosco Coelho de Sousa===

Mamanguape Em nossa cidade não é pago o Piso Salarial Nacional.Orlando Lopes===

Pilar Sou da cidade de Pilar-PB e na mesma a Prefeitura já paga desde 2009 de forma proporcional às 40h, uma vez que nossa jornada de trabalho é de 25h, conforme o PCCR de nosso município. No entanto, o mais lamentável é que quando nossa ca-tegoria tão sofrida e desvalorizada conseguiu um direito que consta em lei, LDB e na própria que regulamentou o piso, veio também com aumento de uma CARGA de trabalho exorbitante, enquanto que em outras categorias há teto salarial e jornada

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

27 •

de trabalho de menos. Um outro ponto a salientarmos é que a interpretação do tex-to de até 40h nunca é para menos e sim sempre para mais. Nossos representantes legais não demonstram interesse nem compromisso com a Educação, os mesmos a veem como gastos e não como investimento. Por que será?José Pedro===

Santana de Mangueira Caros amigos da CNTE, somos gratos a todos os esforços envidados na aplicação da Lei do Piso, só que ainda há uma longa jornada a ser trilhada. Mas já que come-çamos a trilhá-la só devemos parar somente quando lá chegarmos.Aqui – depois de muitas lutas – conseguimos aprovar o PCCR do magistério, só que com jornada de 30 horas e o valor de reajuste que foi utilizado como referência foi o do MEC. Isto ocorreu em 27 de março e, até agora, a Prefeitura não repassou aos nossos salários os retroativos previstos na Lei que se referem aos meses de janeiro, fevereiro e março.Outro elemento é a criação, por meio de Decreto Lei da GDM (Gratificação por De-sempenho do Magistério), que pelo PCCR deveria ser feita em até 90 dias após a aprovação da Lei e até agora nenhuma linha foi editada, o que fazer?Paulo César R. Silva===

São Miguel de TaipúSou professor de matemática e trabalho quatro dias na semana. Recebo R$580,00 livre.Jaelson===

Santa Cecília Na minha Cidade o piso está sendo aplicado em R$ 950,00 para 25 horas. Infeliz-mente nosso salário não passa de R$ 670,00.Josenilda===

Santana dos Garrotes Sou professora há 32 anos na rede estadual. Aqui no município de Santana dos Gar-rotes não podemos dizer que o piso foi implantado, apenas um faz de conta. Às ve-zes penso que o piso jamais será implantado e que os nossos gestores, independen-temente da esfera de governo, não levam educação a sério, embora já tenhamos tido alguns avanços. Continuaremos lutando porque um dia seremos revolucioná-rios através do trabalho que realizamos.Maria das Graças Pinto===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 28

Sapé Na minha cidade, Sapé – PB, o Piso Nacional está em vigor, mas não como deve-ria, pois está sendo pago proporcionalmente às horas trabalhadas, e calculado em R$1024,00.Nos municípios, os gestores sempre embolsam parte dos recursos advindos dos pro-gramas federais. Aqui é uma luta constante entre o Sindicato e Prefeitura. No mo-mento, estamos com os salários atrasados, já entramos com denúncia no Ministério Público. Estamos aguardando a promotoria notificar a administração para assina-tura de ajuste de conduta. Esperamos que isso resolva o problema. O município de Sapé já é conhecido, os três últimos prefeitos foram cassados em virtude da fiscali-zação do Sindicato dos Servidores Públicos.Mariza Alexandre

• PERNAMBUCOBelo Jardim Me sinto frustrada em relação às leis que regem o nosso país, principalmente no que diz respeito aos profissionais em educação. É uma vergonha! Sou professo-ra em duas prefeituras do estado de Pernambuco e por mais lutas que enfrentemos para ver a Lei do Piso ser concretizada, tudo é em vão! Os gestores municipais jo-gam a culpa para o governo federal, dizendo que não tem recurso e continuamos a ser roubados.Jackeline Tavares===

CabrobóOs trabalhadores em educação da Rede Municipal de Ensino de Cabrobó, em As-sembleia Geral realizada no dia 12 de agosto de 2010, enviaram ao Prefeito de Ca-brobó, com cópia para a Secretaria de Educação, ofício para informar que entrarão com uma representação no Ministério Público de Pernambuco contra a Prefeitura, por não cumprimento da Lei Federal n. 11.738/09, que trata do Piso Salarial Profis-sional Nacional do Magistério Público da Educação Básica e que irão denunciar ao Tribunal de Contas do Estado o não cumprimento da Lei Federal n. 11.738/09 e as orientações da Advocacia Geral da União, do Ministério da Educação e do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco sobre o tema.Heleno Araújo===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

29 •

Camutanga Em Pernambuco não existe piso. Não temos o que comemorar. Esse piso é uma ver-gonha para os professores. Tenho vergonha de mostrar meu salário até mesmo para alunos que já trabalham e recebem muito mais que um professor de Pernambuco.Adalberto===

Cortês Sou professor da rede municipal de Educação do município de Cortês/PE, onde se paga o pior piso salarial do estado. O professor iniciante com magistério recebe R$ 577,00. Infelizmente temos que conviver com esta situação. O governo municipal não demonstra interesse em regularizar a situação, inclusive o nosso sindicato im-petrou uma ação na justiça. Espero ter contribuído e me coloco a disposição para dar maiores informações.José Edson Lima da Silva===

Escada Infelizmente aqui no município de Escada, interior de Pernambuco, a situação é muito crítica, pois o nosso DITADOR prefeito Jandelson Gouveia, além de não pa-gar aos professores o piso salarial certo, como rege a lei, ainda nos ameaça se procu-rarmos nossos direitos. Já denunciamos ao ministério público e nada. Sabem quan-to é o salário de professora de primário com graduação e 16 anos de sala de aula? É R$ 586,35 , esse é o nosso salário.Kátia Cilene===

GaranhunsGaranhuns já está pagamento o Piso de R$ 1.132,40, desde janeiro, só falta o PCCV que esta em fase de conclusão.Luciano Florêncio===

Jaboatão dos GuararapesAqui em Jaboatão dos Guararapes- Pe, o prefeito procura a todo momento diminuir os percentuais entre as classes do nosso PCC, com o objetivo de oferecer um valor de R$1132 , apenas para os que estão na classe I (o curso de magistério). Congelan-do os salários de 90% daqueles/as que tiveram as progressões por titulação do nos-so PCC.Lupércio Monte===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 30

Jatobá Na minha cidade ainda não se cumpre efetivamente a lei do piso…espera-se como em outras cidades, a definição da ADI.4167. E durante este período estamos tendo perdas consideráveis sobre o nosso salário.Verônica Daltro===

Jucati O piso para 150h/aulas mensais está em R$ 805,20 bruto. O líquido fica em R$ 724,68.Marcos Mergulhão===

LajedoSou professora com apenas o magistério e estou há 13 anos na profissão. Meu ven-cimento é de R$624,25, com as gratificações e o desconto da previdência. Recebo um salário de R$722,27 para 30 horas semanais, um professor com 40 ho-ras recebe um vencimento de R$964,00. Com as gratificações e o desconto da pre-vidência eles recebem um salário de R$1024,00. Até quando isso vai continuar?! Não vamos desistir!Mônica Simone da Silva Simões===

Moreilândia Primeiro agradeço a todos que fazem a CNTE pelo brilhante trabalho que vem de-senvolvendo.Em Moreilândia, após intensa luta, inclusive uma greve no último mês de abril, con-seguimos aprovar o PCCR. A luta continua, pois os valores que conseguimos (R$ 768,50 para o nível médio e como teto) estão, ainda, muito abaixo do que manda a Lei. Vamos lá companheiros, não podemos deixar a luta parar! Até por que se não nos valorizarmos, quem vai nos valorizar?Erivan Alencar===

Olinda No meu município estamos recebendo o piso desde janeiro 2010, porém de modo in-corporando as gratificações.Laura Leite===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

31 •

Olinda Trabalho para Rede Municipal de Olinda – PE desde o início de 2007. Hoje meu sa-lário base está em R$ 420,00 e somando os abonos os professores com o título de magistério só recebem R$ 730,00 ao mês. Não há resposta quanto o PCCV nem o Piso por parte da prefeitura. Isto é um absurdo!Cecília===

OricóOs Trabalhadores e as Trabalhadoras em Educação da Rede Municipal de Ensi-no de Orocó, em Assembleia Geral realizada no dia 12 de agosto de 2010, deli-beraram por aguardar até o dia 10 de setembro a posição do governo sobre a aplicação da Lei Municipal que definiu o valor de R$ 1.132,00 para a professo-ra, com formação em nível médio, para uma carga de trabalho de 40 horas au-las por semana, mantendo o percentual de 20%, sobre este valor, a título de gra-tificação pelo exercício do magistério, bem como, a definição de um prazo, ain-da este ano, para reformular e aprovar o plano de cargos, carreira e remunera-ção dos profissionais da educação do Município. Dependendo da posição do governo realizará um grande ato político sindical no dia 16 de setembro ou, atra-vés de uma comissão representativa, protocolar o dossiê da educação e das es-colas de Orocó nos três poderes do Estado, representados na esfera municipal.

PernambucoNo meu estado não é tão diferente dos demais, com uma única diferença: é o pior salário do Brasil. Estou falando de Pernambuco.Temos que nos unir e pressionar mais de perto esses senhores de Brasília e esses prefeitos que não cumpre com o PCCR.Geunice Oliveira===

RecifeSou professora da rede municipal de Recife e estou dirigente sindical do SIMPERE (Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino de Recife). Aqui, estamos numa luta árdua pela implementação adequada da Lei do Piso.O Prefeito usa a proporcionalidade, sendo o Piso transformado em teto. E, além da questão financeira, exigimos as condições de trabalho também previstas na Lei como a garantia de 1/3 de aula atividade, mas o gestor se nega a aplicar, mesmo fa-zendo parte de um partido que não lançou mão da Adin para contestar a Lei.Bianca Lima

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 32

RecifeSou professora com especialização, lecionando 145 h/a na capital de Pernambuco (que ainda não paga o piso nacional do magistério) e após deflagração de greve da categoria houve um reajuste de 4,66% e atualmente recebo R$ 1.294,85, bruto. Em minha segunda jornada de trabalho, no município de Abreu e Lima, distante 20 km da capital recifense, tenho o vencimento de R$743,00 + 28% de gratificação sala de aula, totalizando R$951,00, bruto.Tanta burocracia e tantos problemas para implantação de um piso cujo valor está aquém dos esforços, dedicação e empenho com o qual desempenhamos nossas atribuições. Po-rém, quando se trata de altos salários e muitas vantagens, neste país só quem tem é políti-co. Precisamos lutar para unir ainda mais nossas forças e cobrarmos a implantação do Piso.Jany===

Rio Formoso Sou professor do município de Rio Formoso (PE) e a situação aqui acho que ainda é pior do que dos outros municípios, pois temos um PPCV que não é cumprido e um sa-lário achatado. O salário bruto inicial para quem tem 150 ou 200 horas-aulas mensais, com formação em magistério, é o mesmo (R$ 950,00), sendo que o piso estipulado pelo MEC é de R$1.024,67. A diferença entre as faixas, classes e matrizes de vencimento não são aplicadas. O salário bruto inicial de quem tem graduação e 200 horas-aulas é de R$857,80 + um complemento em forma de abono de R$92,20 somando R$950 mensais. Na verdade, pelo PCCV de Rio Formoso deveria ser 32,5% maior que o de quem tem formação em magistério. Ou seja, deveria ser (R$ 1.357,69) e estamos rece-bendo R$407,69 a menos de salário por mês. Inventaram que estão reformulando o PCCV e não pagam o nosso salário certo. O reflexo disso foi a queda do IDEB de nosso município.Paulo Fernandes===

TuparetamaOs Trabalhadores e as Trabalhadoras em Educação da Rede Municipal de Ensino de Tuparetama, reunidos/as em Assembleia Geral no dia 9 de agosto enviaram oficio ao Prefeito do múnicípio no qual informam que aceitam a proposta do poder execu-tivo municipal de pagar os valores retroativos referentes ao Piso Salarial Profissio-nal Nacional do Magistério Público da Educação Básica, em três parcelas. Sendo a primeira parcela no salário do mês de outubro de 2010, a segunda no salário do mês de novembro de 2010 e a terceira e última parcela no salário de dezembro de 2010.

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

33 •

O não cumprimento dos prazos, apresentados pelo poder executivo municipal, acar-retará na suspensão imediata das atividades educacionais no Município e conse-quentemente o não fechamento do ano letivo de 2010.Heleno Araújo

PIAUÍ

Bonfim do Piauí Sou Professor do Município de Bonfim do Piaui, no Piauí. Aqui no meu município a situação não é nem um pouco agradável, pois até então não foi sequer atualizado o Plano de Carreira e nem pago o Piso Salarial Nacional, pois o Gestor local alega que o município não dispõe de recursos para pagar o Piso. E continuamos na luta para que esse direito seja cumprido.João de Deus===

Bonfim do Piauí Gostaria de ressaltar que, até então, no meu município, o gestor vem descumprindo a Lei do Piso Salarial Nacional. Ele alega que o município não tem dinheiro para cum-prir tal Lei. Espero que a justiça pressione estes gestores e os façam cumprir a Lei.João de Deus Ribeiro Braz===

Francisco SantosA prefeitura de Francisco Santos não paga o Piso Salarial Nacional.Ioná Sousa===

Jatobá Meu município é Jatobá do Piauí. Estamos passando por um verdadeiro descaso. Es-tamos em julho e até agora o Piso não foi implantando. Já tivemos várias conversas com o secretário de educação e prefeito Macedo, mas eles, em surdina, enviaram pra câmara um PCCS reformulando o que tínhamos tentando retirar. Algumas van-tagens como mudança de classe A para B é 40% no plano, eles queriam baixar pra 20%; especialização de 8% p/ 5%; mudança de classe de 5% para 4%; sem contar na licença prêmio que querem retirar. Os vereadores da ala do prefeito estão prote-lando pra tentar aprovar. Resumindo, o piso para os professores de Jatobá esta cada vez mais distante, nossos servidores estão sofrendo um descaso total com a classe.Eleneide Santos

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 34

Parnaíba Nós do município de Parnaíba, já estamos com o Piso estabelecido por lei que é o valor R$ 1.312, 85.Maira do Carmo Lima Fontenele===

PiauíBom dia, mas uma vez estamos enfrentando uma situação humilhante no Piauí. Vá-rias paralisações ocorreram até junho de 2010, pedindo o Piso e melhoria salarial, o reajuste foi prometido e logo retirado, com a alegação de ser um ano eleitoral. A realidade é essa: sou professora 40 h,com especialização e tenho um vencimento de R$1.437,29 e a regência de 260,00,que acaba ficando nos descontos,recebendo um líquido de 1.100,00.O piso não diz sobre a formação e nem a carga horária?Às vezes me desanimo com a situação do magistério brasileiro, a desvalorização do professor aumenta a cada dia, mas não devemos desistir.Marlucia Lima===

TeresinaNa rede estadual do Piauí, os professores de nível médio recebem R$512,34 (20ho-ras) e R$1.024,68 (40horas). Já os professores com licenciatura plena recebem R$718,60 (20 horas) e R$1.437,20 (40horas). Os funcionários de escola tiveram seus salários definidos de acordo com as suas funções. Eles foram distribuídos em três funções: o agente operacional de serviços, com 40 horas recebe R$510,00; o agente técnico de serviços, com 40 horas recebe R$559,39 e o agente superior, com 40 ho-ras recebe R$923,33. Todos os salários, tanto de professores, como de funcionários são referentes ao inicio de carreira.Odeni Silva===

TeresinaNa rede pública municipal de ensino em Teresina, a situação é a seguinte: para pro-fessor com formação em nível médio, o salário inicial é de R$ 1.024,70 + gratifica-ção de regência de R$ 237,94, totalizando R$ 1.262,64 – por uma jornada de 40h. Para professores com formação em nível superior, início de carreira os valores são: R$ 1.250,00 + gratificação de regência de R$ 290,25 totalizando R$1.540,25 – tam-bém por 40 horas. A diferença entre os valores por formação é insignificante.Magna

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

35 •

• RIO GRANDE DO NORTE

Alexandria Aqui em Alexandria as coisas custam acontecer porque a justiça é muito lenta e a cultura do povo e daquelas que seguem sempre ao seu senhor. Já estamos quase che-gando ao final do ano e o piso ainda não foi pago devido a um plano de carreira que queriam que fosse aprovado deixando o professor ficar com muitas perdas. Fizemos uma campanha e o projeto veio a baixo, e agora dizem que não vão pagar o piso. Diante desse impasse resolvemos acionar a justiça e vamos esperar para ver o que acontece. Esperamos justiça. Não é justo que assassine nossos sonhos.Helenilda Carlos===

Alexandria Na nossa cidade não recebemos o Piso Salarial dos Professores e o Plano de Carrei-ra também não foi atualizado. Foi enviado um plano para a Câmara sem a partici-pação da classe e com uma tabela salarial em que o educador em fim de carreira re-ceberia 1.024 reais. A Câmara votou contra e não tivemos melhora no salário. Nos-so salário base hoje é R$ 510,00.Mariane Maria===

Caicó Aqui em Caicó foi feito greve, mas o Prefeito bateu no peito e disse que não paga-va. Após mais de um mês de greve voltamos sem nada! O que O STF está fazendo que não julga a Ação Direta de Inconstitucionalidade?João===

Macau Em nossa cidade não é diferente dos demais estados e municípios em relação ao desrespeito com a Lei do Piso. Desde de 2009, nós professores da rede municipal recebemos os mesmos salários – R$ 950,00 -, sem nenhum reajuste. Os professores formados também estão recebendo a mesma coisa.O nosso plano de carreira foi elaborado pela nossa categoria, mas até agora o nosso gestor irresponsável não está nem aí para aprová-lo. Sabemos que isso só está acon-tecendo porque não temos uma política séria em nosso país. O que os irresponsá-veis dos governadores e prefeitos entendem é o que lhes é obrigado. Como até agora a Lei do Piso está nesse chove não molha, eles não estão nem aí para nós.João Maria Gomes do Nascimento

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 36

MacauEm nosso município a lei do piso não é respeitada, pois desde o ano passado que é pago o valor de R$ 950,00 para o ensino médio, mas os demais níveis ficaram com o mes-mo valor, isso por causa do plano de cargos carreira e remuneração que não tinha sido nem elaborado, nem aprovado, mas em nosso município já existia o estatuto do magis-tério com a progressão dos níveis e mesmo assim, o estatuto foi desrespeitado, já que os salários dos professores de nível superior ficaram com o mesmo valor, isso é, não teve nem um aumento. O gestor alegou que isso iria ser consertado com a elaboração do PCCR e que ele teria até o dia 31 de dezembro de 2009 para elaborá-lo e aprová-lo, mais chegamos em 2010 e o PCCR foi elaborado e entregue através dos esforços dos representantes de nossa categoria. O nosso gestor mais uma vez engavetou o PCCR alegando que não tinha examinado o mesmo ainda e para completar ele continua a pa-gar o valor de R$ 950,00 como se fosse um teto, ou seja, como em 2009 ele soma tudo para dar o valor e os profissionais de nível superior continuam com o mesmo salário.João Maria Gomes do Nascimento===

ParelhasAqui em nosso município o prefeito sancionou o Plano de Cargo e Salários desde o dia 01/01/10 e até hoje, dia 30/08/10, não cumpriu nem deu aumento aos professo-res da rede municipal. É uma pena que um prefeito, que também é professor, des-preze tanto uma categoria.Edmar José da Silva===

Parelhas Aqui na minha cidade sou professor com nível superior e ganho R$ 849,00 em quanto um agente penitenciário com nível médio ganha R$ 2.200,00.Alex===

ParelhasAqui, o piso foi votado e sancionado pelo prefeito no valor de R$ 712,00. Passou a vigorar desde o 1º de janeiro de 2010, mas infelizmente até hoje o prefeito vem des-cumprindo a Lei que ele próprio sancionou. Isto é, continua pagando o valor do ano passado que equivale a R$ 599,00 para o iniciante do magistério.Socorro Silva===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

37 •

Pedra PretaO descaso deste município com a educação é sem precedentes. Como salário dos professores, está sendo cumprido o piso de 2009 e os gestores se negam a se reu-nir com os professores e também não prestam contas da situação. O pior é que tam-bém não temos conhecimento de quem são os representantes do conselho do FUN-DEB. Hoje, um professor com nível II e carga horária de 25 horas tem como salário base R$ 849,84. Sou também funcionário estadual, e neste segmento temos um pro-blema também muito sério: onde alguns funcionários, até o mês de junho, ainda re-cebem o valor do piso de 2009 e outros estão recebendo como complemento desde março deste ano. O problema é que quem assumir a direção de escola, e ultrapassar um teto que é o valor do piso R$ 1.024,00 é retirado o excedente.José Luiz Araújo de Abreu===

Rio Grande do NorteAqui no Rio Grande do Norte, o Piso para professor em início de carreira está em torno de R$ 1.070,00, mas chega a esse valor com um complemento. Na verdade o piso é R$864 e há um complemento. O Plano de Carreira ficou muito a desejar e as promoções levam uma eternidade para serem incorporadas. Por isso, precisamos lu-tar muito para que de fato tenhamos melhorias de fato.João Maria===

Rio Grande do NorteNo Rio Grande do Norte o Estado não age diferente. O piso é adaptado para a car-ga horária de 30h e nele está a incorporação de todas as conquistas, ou seja, o Piso para o estado do RN virou teto.Mas o Sinte-RN comemora a aprovação do PCC dos funcionários da educação – magis-tério não incluso – no qual o asg de nível fundamental começa a carreira com, aproxima-damente, R$ 800,00 quantia igual à carreira inicial de um professor com nível superior.O que fazer quando o próprio sindicato da categoria não age de acordo com as ne-cessidades de toda uma categoria?Cláudio

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 38

São Francisco do OesteSou professora da rede municipal de ensino e o meu piso é R$731,00. Tenho 19 anos de sala de aula e quero informar que aqui no nosso município ainda não foi implan-tado o piso salarial. Esse ano, depois de muita luta, o gestor público deu 20% de au-mento no mês de maio, no entanto, o meu piso é este citado. Isto porque há 3 anos fundamos o sindicato dos servidores, mas mesmo assim ainda somos carentes de ajuda pra lutar contra o poder público. O nosso plano de carreira também está defasado. Já tentamos arrumar essa situa-ção, mas até agora não foi regularizado. Já fui ao Ministério Público, mas nada re-solvido. Quero aqui denunciar o meu município porque aqui a corrupção é grande. Tem pessoas contratadas recebendo do FUNDEB. Maria Vilma Viana===

Santa Cruz Sou professor em exercício há 21 anos e recebo R$ 1.093.68.João Maria de Medeiros Dantas===

Tangará Aqui em Tangará (RN) a categoria não tem problemas quanto à implantação e exe-cução do Piso Salarial. O mesmo foi implementado no início de 2009 e corrigido em janeiro de 2010. Aqui o PCCR foi elaborado pela coordenação do Núcleo Sindical e discutido com a Secretaria. A nossa luta aqui é presente e ativa: corrigimos todos os valores e acrescentamos os níveis e valores correspondentes. Já estamos trabalhan-do para a correção de janeiro de 2011 e as licenças da categoria. Gilson Filho===

• SERGIPEBoquim Sou professor da cidade de Boquim/SE. Desde antes de a Lei do Piso ser aprovada solicitamos ao prefeito atual para que fosse feita uma comissão junto ao SINTESE. A primeira resposta foi que “Não via necessidade de fazer comissão alguma”. Ago-ra, com 2 anos de vida, o Piso ainda está em negociação: por meio de decreto foi feito uma complementação, em forma de abono, para a remuneração. O piso de fato não existe e ainda estamos na luta para que esse direito seja realidade. Boquim não tem o que comemorar dos 2 anos da Lei 11.738/08.José de Jesus Santos===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

39 •

Propriá Olá amigos da CNTE, sou professor da Rede Estadual de Ensino de Sergipe e da Rede Municipal de Ensino de Cedro de São João a 95 Km da capital Aracaju. Sobre a implantação da lei do piso salarial nacional para os professores vivo situações dis-tintas. Na Rede Estadual, após intensa luta do SINTESE (Sindicato dos Trabalha-dores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe) o governador do Estado sancionou a lei que estipula o valor de R$ 1.024,67, recomendado pelo MEC, como vencimento inicial para professores de nível médio. Acrescentando a esse va-lor gratificações que constam no plano de carreira (regência, triênios, etc). A dife-rença entre o nível médio e o superior ficou em 40%. Levando em consideração o salário pago ao um professor de nível superior do estado de SE em 2008, o salário de 2010 aumentou em 81%.Já na Rede Municipal de Ensino de Cedro de São João-SE vivemos uma triste reali-dade. O SINTESE também atuou forte na luta pela implantação do piso salarial dos professores, porém não houve êxito algum. Recebemos em junho de 2010, o mes-mo salário de agosto de 2005, data do último reajuste salarial. Foi discutido e apro-vado na câmara de vereadores em 2009, uma tabela referente à incorporação de 2/3 do valor do piso salarial de R$ 950,00. A lei foi aprovada, mas nunca foi cumprida. Com a mesma carga horário da Rede Estadual, um professor de nível médio rece-be R$ 728,00, acrescendo a este valor as gratificações (regência – 10% menor que na Rede Estadual, triênios, etc). Já um professor de nível superior recebe 84% a me-nos que um da Rede Estadual. Uma realidade que tortura o exercício profissional do magistério naquele município.O judiciário e o Ministério local são omissos com as administrações daquele muni-cípio. No mais, agradeço a oportunidade de lhes relatar a situação que um mesmo professor pode viver trabalhando em duas redes de ensino desse Brasil. Um abraço a todos! Professor Michell Souto.Michell Souto

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 40

Região

centro-Oeste

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

41 •

• GOIÁSAparecida de Goiânia Aqui, no estado de Goiás, os professores não têm o direito de lutar pelo piso. Toda vez que a luta acontece através de greve ou paralisações a justiça declara a greve ilegal, obrigando os professores a trabalhar abaixo do piso. Olha o exemplo de Goi-ânia, os professores entraram em greve pelo direito ao piso e a greve foi declarada ilegal. Não entendo, se o piso é lei, por que lutar pela lei é ilegal? A justiça no Bra-sil tem dois pesos e duas medidas? Que vergonha!Sheila P. Maia===

Corumbá de Goiás Meu nome é Jefferson Isac dos Santos, resido em Corumbá de Goiás e minha tia é professora municipal. Ela, como milhares de professores pelo Brasil afora, tem sido penalizada pela má gestão da educação. Aqui em nossa cidade, para burlar o texto da Lei, o Prefeito Municipal não tem aplicado de forma correta o Piso Nacional. Em vez de pagar o Piso e depois aplicar as gratificações, quinquênios e etc, ele paga um salário bem menor – R$ 600 ou R$ 700 – que juntando às gratificações, quinquê-nios e outros chega ao Piso de R$ 950.Aqui temos outro fato interessante: a carga horária definida no plano de carreira é de 30 horas. Isso pode estar influenciando na remuneração.Ante toda esta explanação lhes pergunto encarecidamente. É legal esta postura, ele está amparado por alguma Lei? Em caso de ser ilegal qual a medida que eu poderia tomar? Já há muito tempo essa situação vem ocorrendo e imagino que ela tenha di-reito a recuperar um valor retroativo desde que a Lei entrou em vigor. Não entendo muito bem essas questões, mas gostaria muito de poder ajudar a minha tia a garan-tir seus direitos. Estou fazendo uma pesquisa na internet para colher o maior núme-ro de informações possível.Jefferson Isac===

Goiânia Nós, professores municipais, estamos em greve há 85 dias. Estamos sofrendo reta-liações, ameaças de corte de ponto, perda da dobra e até exoneração caso não vol-temos a trabalhar imediatamente. Tudo isso por estarmos reivindicando valorização de nossa carreira e cumprimento de uma lei federal. Onde está a justiça deste país? O prefeito é um fora da lei e nós é que temos que ser punidos!? Façam valer o Piso!Michele===

centro-Oeste

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 42

Goiânia A prefeitura de Goiânia vem acintosamente desrespeitando a legislação federal ao estipular piso diferenciado aos professores. É desgastante viver só de esperança de dias melhores e ser obrigada a optar por dupla jornada de trabalho para custear os estudos de filhos e remédios caros para diabetes e pressão arterial. Confio no STF para que se faça cumprir a referida lei.Francisca===

Valparaiso de GoiásO piso é mais que um direito, é um dever do Estado Democrático. Quando Entrei no Estado de Goiás um professor com licenciatura plena ganhava o mesmo salário de um tenente da PM que hoje está cinco vezes a mais que salário do professor. A CNTE e os demais sindicatos devem se empenhar nesta luta, fazer valer o piso e re-ajustá-lo até chegar a um patamar que realmente represente o valor do profissional em seu trabalho, para que haja dignidade e respeito.Hércules de Campos

• MATO GROSSO CláudiaCom uma greve que durou mais de 90 dias, entre março e maio de 2010, a categoria cobrava reestruturação do PCCS, aplicação do Piso Salarial defendido pela CNTE e pelo SINTEP/MT. Aqui ressaltamos que o poder executivo usou das mais diversas tá-ticas agressivas, que foram da intimidação por demissão chegando ao fato de ameaçar a vida dos dirigentes e demais profissionais em greve. Com apoio total e irrestrito da população, de pais e alunos e de outras entidades sociais como o MST, acamparam em frente a prefeitura exigindo o cumprimento da lei do piso. Entre reuniões com a promo-toria, vereadores, secretariado e prefeito, um grupo de cerce de 100 profissionais, pais e alunos deixam o município de Cláudia e se refugiam no alojamento do SINTEP/MT em Cuiabá MT, a fim de se protegerem das ameaças do prefeito. Ficam na capital por 10 dias e depois de diversas visitas à Assembléia Legislativa, reuniões com a Secreta-ria de Segurança Pública, Deputados e com o próprio governador, que em determina-do momento intermediou junto ao prefeito da cidade um acordo, a categoria encerra o movimento em 21 de maio de 2010. Deste acordo fizeram parte a formação e um gru-po de trabalho para estudos das receitas e despesas da educação; restituição integral do pagamento dos salários dos dias paralisados que estavam suspensos; suspensão das demissões dos contratados temporariamente e processos administrativos aos efetivos.Gilmar

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

43 •

Glória D’OesteO município de Glória D’Oeste, Mato Grosso, até agora não paga o Piso Nacional. Não foi feito nada para os professores em relação ao plano de carreira.Rosangela Rodrigues de Lima===

Mato GrossoSou diretor regional do Sintep/MT responsável por 11 municípios, localizados ao norte de Mato Grosso. Aqui estamos com um piso de R$ 867,00 para o magistério e o gestor acha que está pagando muito acima. A aprovação do Piso Nacional trou-xe para a região uma luta muito grande de enfrentamento aos gestores para aplica-ção do Piso Nacional. Depois de enfrentarmos greves conseguimos avançar, entre-tanto ainda não obtemos a plenitude do piso. Até porque a nossa carga horária é de 30h semanal, e o MEC tem feito um discurso equivocado que o piso é para 40 horas.Fernando Alves da Silva===

Novo Mundo Os Educadores do município estavam sem reposição salarial desde 2002 e a partir das mobilizações de 2009, conquistaram a reestruturação do PCCS com a inclusão de todos os profissionais da educação, com jornada de 30 horas e piso de R$ 768,50 para o ensino médio e R$ 1.152,75 para ensino superior, com os mesmos valores para os Técnicos Administrativos Profissionalizados. Gilmar

===

Poconé Sou professora municipal e Presisente do FUNDEB. Luto com todas as forças para que no meu município a Lei do Piso seja cumprida, porém não obtenho resultados eficientes já que a nossa classe não é ouvida pelas autoridades. O que devemos fa-zer? Quais atitudes devemos tomar em relação à implantação do piso.E ainda sou obrigada a ouvir que isso é um sonho que está fora da nossa realidade.Leticia Gisele Pinto de Moraes Queiroz

• MATO GROSSO DO SULInhapim Aqui nunca recebemos o Piso Salarial Nacional e, para piorar a situação, o nosso governo quer colocar nosso salário em forma de subsidio.Getulio Fernandes da Silva

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 44

Região

Sudeste•

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

45 •

• ESPÍRITO SANTOGuarapari Lendo os comentários constata-se que o Brasil mais uma vez criou uma lei que ain-da não se efetivou por falta de vontade política de gestores nada comprometidos com a educação desse país. Aqui em Guarapari a situação não é diferente. Estamos na luta com o SINDIUPES para que os gestores implantem de uma vez por todas o piso nacional em sua integralidade e que ele seja incorporado à base do Plano de carreira. Várias manifestações e ações judiciais foram feitas para que a lei se cum-pra, que fique claro aos prefeitos e governadores que o parecer da AGU não tem for-ça de lei. A própria lei do piso determina o reajuste à cada ano.Firmes na luta!Adriano Albertino===Itapemirim Não é verdade que Itapemirim paga o piso, pois um professor receber R$620 é lasti-mável. Isso sem falar que o parecer do MEC é um equívoco que distorce a Lei do Piso.Paulo Loureiro===Itapemirim Não é o que gostaríamos de receber, mas em meu município, Itapemirim – ES, está pagando o Piso como foi declarado no MEC em dezembro.Adalgisa===Mantenópolis O meu município não paga os professores conforme a Lei do Piso Salarial.Wagner da Cunha Oliveira===São Gabriel da Palha Vejo que é chegada a hora do Governo Federal como um todo mobilizar-se junto ao STF sensibilizando-o e mostrando ao Supremo que o julgamento da ADI4167 é do seu interesse. Afinal de contas, dos onze Ministros (se não estou enganado), sete foram indicação do Presidente da República. Quem sabe se não é esta a manifesta-ção que está faltando para que a educação deste país finalmente possa se concreti-zar na prática. E comemorar o grande feito histórico deste governo, em prol da va-lorização do magistério.José Fernando Píres Encarnação

===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 46

Vila Velha Sou professor do Estado e até hoje não recebo o Piso Salarial Nacional.Kleber Bodart===Vitória No estado do Espírito Santo só um município cumpre a lei como nós entendemos. O município de Nova Venécia, mesmo assim ainda não reajustou o valor e mantém R$ 950,00 para vinte cinco horas semanais. O resto é muita briga.Paulo Loureiro

• MINAS GERAISBelo Horizonte Em Minas gerias os professores da rede estadual não recebem o piso nacional. Hoje, o piso do professor de licenciatura plena é de 550 reais, uma vergonha. E o governo ainda cria uma política remuneratória para 2011 chamada de subsídio em que nós iremos perder todos os nossos direitos adquiridos biênios, quinquênios etc.Bretana Lúcia Rezende===Curvelo Aqui em Curvelo-MG só agora o Plano de Carreira está pronto para ir à Câmara, mesmo assim aplicando a “proporcionalidade” para o cálculo do piso que será de R$655,00 para 24h de trabalho. Na rede estadual, a situação é pior: o governo esta-dual vai nos pagar em forma de subsídio engolindo todas as nossas vantagens ad-quiridas ao longo dos anos com suor e sacrifício. Pior para quem: para a população que vê seus professores se desdobrando para trabalhar em várias escolas para cui-dar de sua família e a qualidade da educação caindo a cada dia. O piso deveria ser aplicado integralmente para a carga horária do plano de carreira e não ao “bel-pra-zer” dos governantes. Que tal se estes colocassem seus filhos na escola pública? Aí sim dariam valor aos professores.Rogério Trindade===Divino Sou professora da rede municipal de ensino da minha cidade, o piso salarial é R$ 640,00. Isto porque a categoria fez greve, pois antes era R$570,00.Adriana Piler

===

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

47 •

Divisópolis Em nossa cidade, não é pago o piso salarial. Temos um vencimento básico de 600 reais. O que fazer, pois o STF nos massacra com atitudes nefastas e os nossos res-ponsáveis são omissos. Não seria ideal uma federalização da educação? Será que nosso país ainda suportará mais anos de descaso com educação?Charles Marques Pereira===Minas GeraisAqui em Minas Gerais não tem Piso Salarial e até direitos adquiridos são retirados.Eva da Penha===Espera FelizEm minha cidade Espera Feliz o prefeito está esperando o pronunciamento do STF para poder pagar o que é de direito do professor.Paulo Eduardo Silva===Eugenópolis Nós não só não recebemos o piso, como também ainda não temos um plano de car-reira do magistério, embora o prazo tenha expirado em 31/12/2009.Guenael Dornelas===JanaúbaSou funcionário público estadual, área educacional, porém trabalho em escola no estado de Minas Gerais, precisamente no norte de Minas, Janaúba. Como bem sa-bemos esses governantes do PSDB sem exceção no Brasil, não adotam, nem nun-ca irão adotar o Piso Salarial aprovado pelo Governo Federal, entraram até mesmo no STF com uma ação de inconstitucionalidade. Isso porque todos esses neoliberais querem um povo sem cultura, dominados e com a tal gestão mínima. É isso que ocorre aqui em Minas, valorização em educação mínima. Mas quanto à valorização na área de segurança estamos vendo a cada dia o fortalecimento des-tes, inclusive com o Piso Salarial. Não tão bom – digo apenas com o 2º grau – , mas em vista de professor é razoável: R$ 1.800, enquanto professor é R$850, com cur-so superior. Significa que está tudo errado, por isso temos que fazer campanha em prol de tirarmos esses que não valorizam nossa educação em nosso país e em espe-cial em Minas Gerais.Osnildo Paiva

===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 48

MachadoAqui em Machado- MG, quem é contratado recebe como salário base, R$950,00 e

nós efetivas, recebemos salário base em média de R$600,00 e complementação até

os R$950,00. Com isso, quem tem mais anos de efetividade, menos recebe de com-

plementação. Somos Profissionais de Educação Infantil e Adolescentes, trabalhan-

do 40 horas semanais. Segundo o jurídico da cidade estamos em caráter precário

e provisório. Não entendemos os porquês, pois todas as profissionais concluíram

o Magistério de Nível Médio e estamos terminando o curso de Pedagogia. Os be-

nefícios adquiridos ao longo dos anos servindo a prefeitura, não são incluídos nos

R$950,00. E outra coisinha, o Piso Salarial não foi atualizado esse ano em R$1.024?

Rosana

===

Minas GeraisAqui em Minas Gerais, foram feitas várias tentativas de negociação com o governo,

que só resolveu conversar com os trabalhadores em educação após uma greve de 49

dias e, mesmo assim, devido a proximidade do processo eleitoral. O sindicato apre-

sentou várias melhorias que poderiam ser feitas, entre elas a implantação imedia-

ta do Piso Sempre alegando, ora a tal “Lei de responsabilidade fiscal”, ora o calen-

dário eleitoral, iam nos empurrando com a barriga. De repente, eis que apresentam

uma tabela com subsídio, ignorando biênios e quinquênios. Enfim, nem uma pra-

ta, tudo para o ano que vem. Minha situação é a seguinte: professor há 10 anos gra-

duado e pós-graduado, por 24h ganho R$560 + R$300 dos penduricalhos = R$860.

Luciano José Rodrigues

===

Minas GeraisAqui em Minas, que se diz terra da “liberdade”, o PSDB, através do ex-governador

Aécio Neves, congelou o salário dos professores em R$935,00 para uma jornada de

trabalho de 24 horas semanais. Não importa escolaridade, tempo de serviço ou titu-

lação. Aqui se diz que Minas avança sem deixar ninguém pra trás!

Clayton Lúcio Coelho

===

Minas GeraisAqui está do mesmo jeito: também compraram a justiça e a mesma declarou nossa

greve ilegal. Infelizmente ainda não recebemos o Piso Nacional de acordo com a lei.

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

49 •

O governador e seus aliados dizem na mídia que pagam, mas o salário do professor

mineiro está bem abaixo do piso nacional.

Joanita

===

Minas GeraisEm Minas Gerais o governo paga um piso menor que o salário mínimo (R$369,00)

para uma jornada de 24 horas semanais.

Edna Carvalho

===

Minas GeraisAqui em Minas, o problema é a jornada de 24h semanais. O governo diz que paga

o piso proporcional. Mas o que ocorre é que em vez de piso o governo paga um teto

salarial. Recentemente foi votada uma nova forma de pagamento, chamada de sub-

sídio, o que na verdade é uma maneira de regulamentar o teto salarial com um nome

mais bonitinho. Criou uma grande disparidade entre o professor em início de car-

reira e aquele que está na ativa há mais tempo. Disse que é para estimular o ingres-

so na carreira, mas acaba por desestimular o profissional de carreira. Isso é Minas

Gerais. Eu sou professora há 15 anos e terei o mesmo salário de quem entrar no ma-

gistério amanhã. Muito injusto e desmotivador.

Andréa Oliveira

===

PitanguiAqui em Pitangui (MG) está um disparate contra os professores, pois o mandatá-

rio não cumpre o que promete e muito menos respeita as leis especificamente a Lei

11.738. O salário dos professores hoje é uma lástima de R$511,50 e ainda tem a ou-

sadia de falar que está uma maravilha. Maravilha está, mas no bolso dele e de seus

aspones que tem uma bagatela de R$11.000 mensais.

Não temos Plano de Carreira e ainda envia à Câmara um projeto de R$550,00 para

o magistério e os demais servidores recebem também R$511,50 a cada dia a irres-

ponsabilidade assombra e afronta a sociedade, trabalhadores do nosso paÍs. Vamos

cortar o oxigênio deles nas urnas em outubro.

João Batista Penha Silva

===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 50

Ponte Nova Aqui em Ponte Nova o salário base para o nível médio é R$ 563,51.Solange Monteiro Reis

• RIO DE JANEIRORio de JaneiroSou agente de creche no município do Rio de Janeiro. Há dois anos exerço a função de docente, trabalhando 40 horas semanais, mas o município do RJ não paga o Piso correto. Nosso piso hoje é de R$ 537,00 sem contar que somos explorados e faze-mos atribuições que não são nossas.Marcos Filho===Rio de Janeiro Aqui no Estado do Rio o governador Cabral paga R$ 650,00 líquido para um pro-fessor dar aula no Ensino Médio, 40 professores pedem exoneração por dia. O aban-dono da educação estadual é total. Fomos a menor nota do Ideb. Faltam professores em todas as escolas, os alunos ficam no pátio ouvindo músicas nos horário de aulas por falta de professores.Adalberto Alves===Varre-Sai Amigos Professores,Sou professor do município de Varre-Sai, interior do estado do Rio de Janeiro, e aqui o Piso AINDA não foi implantado. Foi feito no fim de 2009 um novo plano de carreira para os professores, mas o piso inicial da carreira é de R$842,00 (oitocen-tos e quarenta e dois reais) bruto, fora os descontos. Até quando vamos esperar para que a Lei do Piso seja cumprida?Cristóvão Benígno de Oliveira Fabre

• SÃO PAULOBarueriEm Barueri, implantaram a jornada de 33%, e o salário está bem acima do piso, ou seja, está bom. No entanto, no SEE-SP o salário a cada ano perde valor, e ainda fo-mos recebidos a bala pelo governo Serra.

Goulart

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

51 •

Região

Sul•

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 52

• PARANÁMandirituba Sou educadora infantil concursada, trabalho 40hrs semanais, fiz magistério, ganho R$650,00. Esse é o salário inicial do Plano de Cargo e Carreira do Município de Mandirituba – PR. Gostaria de saber se temos direito ao piso salarial nacional e o que fazemos para recebe se for de direito nosso. Berenice Amabile===

Rio NegroBoa tarde companheiros,Em Rio Negro, nós professores e outros profissionais da educação temos o menor salário da região. O governo municipal não se importa com a valorização dos pro-fissionais de educação, apenas preferiu garantir cargos de confiança para sua espo-sa na função de secretária da saúde, e também garantiu secretaria para a irmã dele. A câmara de vereadores não foge à regra.O salário de nosso prefeito é maior do que o salário do nosso governador do estado. Mas os dos servidores de carreira, como já disse é o menor, sem contar que os ser-vidores públicos municipais se quer tem um Plano de Saúde.Trabalho também como professora no município de Mafra – SC lá também o piso dos profissionais de Educação não é cumprido. Ou seja, as leis existem, mas o cum-prir fica apenas para os descamisados.Professora Maria de Fátima da Rocha===

São Miguel do Iguaçu Em nosso município temos profissionais que trabalham na educação infantil e pos-suem concurso como educador infantil de 40 horas. No entanto, para o plano de car-gos e salários estes profissionais ficaram de fora do quadro do magistério pertencen-do ao quadro geral dos servidores com alegação de que não tinham concurso para professores. Deparamos-nos com uma injustiça no meu ponto de vista. Como tra-balham com educação consideramos profissionais da educação, mas não recebem o Piso Nacional. Estamos em luta para conseguirmos esse entendimento com o mu-nicípio , porém é um processo muito lento. Pergunto: Estamos errados opor pensar que esses profissionais possuem este direito?Roseli Baritieri

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

53 •

• RIO GRANDE DO SULAlecrim No município de Alecrim não cumprem com a referida Lei. Conto com o apoio dos ministros do STF na votação contra a inconstitucionalidade da Lei do Piso Nacio-nal impetrada por alguns estados, entre os quais está o RS.Neide Ames===

Bagé Caros, em minha cidade, Bage-RS, o piso já foi implantado e todos os professores estão contemplados. Em Aceguá-RS, cidade vizinha, os trabalhadores em educação ainda não conseguiram se organizar em sindicato e o Piso não está contemplado. No estado do Rio Grande do Sul, como é de conhecimento da maioria o Piso está sendo questionado na justiça, portanto ainda não estamos incluídos.Gerson Yamin===

PelotasCaros companheiros, sou professor sindicalizado ao Centro de Professores do RS, estado governado pela besta paulista, e que é candidata novamente. Eu proponho aos senhores um movimento nacional em todas as capitais, articulados com a CUT e sindicatos que apóiam nossa causa, pois é ano de eleição e agora é o momento es-tratégico para pressionarmos os politicos, e até mesmo o STF a liberar o pagamento do piso. Nosso prefeito aqui diz a mesma coisa: que não paga o piso porque o STF não liberou, não julgou ainda o mérito da lei, o que eu acho absurdo. Na verdade é mais uma desculpa para não pagar o piso, e ainda se acham com a razão. Faço um apelo aos senhores nesse sentido, de buscarmos uma saída para esse impasse. Sem mais agradeço a atenção.Vanderley Pimentel===

PelotasSou professora da rede municipal de Pelotas/RS, aqui não existe Piso do magisté-rio, mas sim teto. O salário bruto está congelado há mais de um ano em R$ 950,00. Esta situação precisa mudar! Alguém sabe nos informar quando é q o STF irá fazer algo por nossa categoria? Isto é uma vergonha!Lisane Peglow Bilharva===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 54

Pelotas É condenável a ação da governadora do RS e outros. Ainda mais lamentável a de-mora do STF em votar a Lei do Piso Nacional. Essa é a esperança do resgate sala-rial e profissional dos educadores do Brasil. Precisamos pressionar o STF pela vota-ção imediata e favorável da ação.Antonio Andreazza===

Porto Alegre Olá,Na rede municipal de Porto Alegre o Piso para o padrão M1 - formação magistério de 900,00 para 20h. Estamos mantendo esse padrão mínimo com greves e mobili-zações. Conquistando reposição da inflação e algumas perdas.Alexandre Machado===

Rio Grande do SulEsperamos que o nosso Piso seja implementado segundo a Lei, pois em nosso esta-do ainda não ocorreu. a proposta de implementação transformou Piso em Teto sala-rial, o que não é a proposição da Lei, que também foi contestada pela governadora em exercício junto ao STF. Ou seja, nenhuma vontade de torná-la realidade.Contamos com a sensibilidade, bom senso e integridade de nossos ministros em jul-gar o mérito da ADI 4.167 para que se faça justiça social, reconhecendo a importân-cia do papel desempenhado pelos educadores.Cecília===

Rio Grande do SulSou professora do estado do Rio Grande do Sul e aqui também o PSDB faz seus es-tragos na educação. Meu piso de 20h/semanais é R$330,00. Sem comentários!Magali Brewda D’Avila===

Santa MariaSou professor da UFSM, leciono a disciplina “Políticas Públicas e Gestão na Educa-ção Básica”, que é obrigatório nos cursos de licenciaturas. Acompanho os debates e troco opiniões com os meus alunos e professores da rede municipal de Santa Maria. Infelizmente, até o presente momento, o Prefeito Municipal tem ignorado as mani-festações da categoria dos professores, não reconhecendo este direito líquido e jus-to, afinal temos uma Lei assinada por um governo democrático. O mais chocante é que o atual prefeito, quando Deputado Federal (PMDB), fez parte da comissão que

Piso Salarial Nacional do Magistério: dois anos de atraso na implementação

55 •

elaborou o relatório para aprovação da lei, naquele instante ele foi favorável e ago-ra, que tem o poder da caneta, esqueceu ou ignora a importância da educação para o desenvolvimento da democracia e do país?Claudio E. G. Dutra

• SANTA CATARINAAgrolândiaFico frustrada com a Lei em vigor e no nosso município encontra tantos argumen-tos e legislações para não pagar o que é nosso por direito.Roselmeri Jochem Necke===

ConcórdiaSanta Catarina ainda não está pagando o piso salarial para os professores.Zenaide===

CriciúmaEm nosso Estado o governo não nos paga o piso e ainda concede R$ 100,00, divi-didos em 4 parcelas, dadas de três em três meses. Porém aos oficiais da PM, é con-cedido um abono de R$ 2.000.00 mensais, com o pagamento total em 2 vezes. Isto é um abuso, gostaria de saber dos ministros que irão julgar a ADIN, se acham isso correto e se eles foram alfabetizados pelos governadores ou pelos PMs.Marco Aurélio Stopassoli===

Criciúma É uma completa humilhação o que vivenciamos em nosso estado. O professor aqui é tratado sem nenhum respeito. Tivemos que passar pela vergonha de ter um gover-nador que não valoriza os profissionais da educação – deve ter nascido alfabetiza-do – e que compactuou com a ADIN contra o Piso. Mas o que mais me decepciona é a demora do STF para dar seu parecer quanto a este absurdo. Isso só mostra que a educação ainda não é prioridade neste país.Janaína Batista===

Florianópolis Tenho licenciatura plena em Língua Portuguesa e meu piso é R$ 950.Marlise Keller===

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 56

Gravatal O município de Gravatal (SC) não paga o piso salarial na íntegra e a administração municipal informou que irá pagar após o julgamento do STF.Cenilma de Abreu===

Joinville O Piso Nacional não está sendo implementado em nossa região.Rodrigo Anderson da Silva===

Timbó Em nosso município querem pagar o Piso de R$ 1.024, mas com um porém: para pagar os atrasados do piso nacional querem incluir horas extras e prêmio de 100 re-ais que recebemos como gratificação e eficiência. Sendo assim, não receberemos o reajuste merecido.Flávia Vicente===

Timbó Olá, sou profissional da Educação Infantil no Município de Timbó – SC. Nossa in-dignação é muito grande, já tentamos conversar com nosso sindicato e com o secre-tário da educação do nosso município, mas não conseguimos nenhuma abertura da parte deles. O nosso salário para 40 hs é de R$ 850,00 aproximadamente e não te-mos previsão para o município começar a pagar a diferença, sem contar no plano de carreira. Não há jeito de conseguirmos que ele inicie a reenquadração.Mari===

TubarãoNosso estado não adota o piso nacional, pois não valoriza o professor.Kátia

EnTidadES FiliadaS à CnTE:

SinTEaC/aC - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre

SinTEal/al - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas

SinTEaM/aM - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas

SinSEPEaP/aP - Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá

aPlB/Ba - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia

SiSPEC/Ba - Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari

SindiUTE/CE - Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará

aPEOC/CE - Sindicato dos Professores de Estabelecimentos Oficiais Ceará

SaE/dF - Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar no Distrito Federal

SinPRO/dF - Sindicato dos Professores no Distrito Federal

SindiUPES/ES - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo

SinTEGO/GO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás

SinPROESEMMa/Ma - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Estadual e Municipais do Maranhão

Sind-UTE/MG - Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais

FETEMS/MS - Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul

SinTEP/MT - Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso

SinTEPP/Pa - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará

SinTEP/PB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba

SinTEM/PB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa

SinTEPE/PE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco

SinPROJa/PE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município do Jaboatão dos Guararapes

SinTE/Pi - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí

aPP/PR - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná

SiSMMaC/PR - Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba

SinTE/Rn - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública do Rio Grande do Norte

SinTERO/RO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia

SinTER/RR - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima

CPERS-SindiCaTO/RS - Centro dos Professores do Rio Grande do Sul - Sindicato dos Trabalhadores em Educação

SinTERG/RS - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande

SinTE/SC - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina

SinTESE/SE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Sergipe

SindiPEMa/SE - Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju

aFUSE/SP - Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação

aPEOESP/SP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

SinPEEM/SP - Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo

SinTET/TO - Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins

EnTidadES FiliadaS EM aGOSTO dE 2010:

SiSE/Ba - Sindicato dos Servidores em Educação no Município de Campo Formoso - Bahia

SinTERPUM/Ma - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Timon

SiMPERE/PE - Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial de Recife

SinPROSUl/Pi - Sindicato dos Professores Municipais do Extremo Sul do Piauí

SinPROSM/RS - Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria / RS

DOSSIÊ CNTE - Setembro 2010

• 58