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Revist a Marcia Dessen: Administradora e especialista em finanças identifica as vantagens da locação de automóveis Mudanças na legislação de trânsito entram em vigor no segundo semestre Tecnologia é aliada das locadoras de veículos na prevenção de fraudes Chip de identificação automotiva pode se tornar uma realidade #67 2016 JULHO – AGOSTO Impostos podem representar cerca da metade do valor de um veículo. A complexidade dos tributos brasileiros é um dos fatores que mais afetam a locação de automóveis Carga mais que pesada IPI DPVAT IPVA ICMS Cofins PIS

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Revista

Marcia Dessen: Administradora e especialista em finanças identifica as vantagens da locação de automóveis

Mudanças na legislação de trânsito entram em vigor no segundo semestre

Tecnologia é aliada das locadoras de veículos na prevenção de fraudes

Chip de identificação automotiva pode se tornar uma realidade

#672016

JULHO – AGOSTO

Impostos podem representar cerca da metade do valor de um veículo. A complexidade

dos tributos brasileiros é um dos fatores que mais afetam a locação de automóveis

Carga mais que pesada

IPI DPVAT

IPVA ICMSCofins

PIS

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Palavra do Presidente

Manter a roda girando

AQUELES QUE JÁ me conhecem mais de perto sabem que uma das características que busco ter sempre ao meu lado, inclusive desde que decidi ser um empreendedor, é a de tentar en-xergar as coisas com otimismo. Agora, nesse momento em que já entramos no segundo se-mestre deste turbulento ano de 2016, entendo que essa visão ganha novo significado.

Vejo, principalmente nessa segunda metade do ano, oportunidades importantes para o nos-so setor, inclusive começando pela realização, no mês de agosto, em Brasília (DF), do III Fó-rum Jurídico da ABLA e da FENALOC. Trata-se do encontro exclusivo e gratuito para os advo-gados e assessorias jurídicas das locadoras de veículos e dos SINDLOCS, que consideramos essencial para orientar o nosso setor no curto e no médio prazo.

A ADIN 5452, sobre o Estatuto dos Portado-res de Deficiência e suas consequências para as empresas do setor; o novo Código de Pro-cesso Civil, que abre chance de superação da Súmula 492; as leis estaduais de IPVA e de li-cenciamento compulsório para locadoras de veículos; e até o regime jurídico que engloba os motoristas que trabalham para as locado-ras, dentre outros temas que estarão na pro-gramação definitiva, são apenas alguns a si-nalizar a relevância de termos um diagnóstico abrangente sobre temas muito peculiares da locação de automóveis no Brasil.

É fato que temos pela frente um segundo se-mestre que exigirá priorizar os pontos de maior interesse a serem trabalhados em benefício

das locadoras que atuam no Brasil, de Norte a Sul. Porém, ao compartilharmos essas e outras experiências sobre as soluções de interesse da indústria de locação de veículos, certamente se abrirá um novo leque de possibilidades de atua-ção para a ABLA e para a FENALOC, exatamente sobre as questões que mais afetam – e de modo imediato – a força do ambiente de negócios no qual as locadoras de veículos estão inseridas.

Como o espaço aqui é curto, para resumir essa mensagem de otimismo para a segunda metade de 2016, desejo então que todos nós tenhamos o dom de enxergar e de tomar parte naquilo que realmente dará certo. Porém, não “por mera adivinhação”, mas sim por saber que a força que define o que vai funcionar está mui-to mais nas competências, no profissionalismo e no inegável potencial que as empresas do nos-so setor possuem quando atuam em conjunto.

Teremos, inclusive, a chance de demonstrar essa união na prática, com a presença maciça das locadoras no 29° Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, no próximo mês de novembro. Essa será outra realização marcante do nosso setor, já que as locadoras associadas terão acesso total a esse evento, na medida em que a ABLA terá um estande especial no Salão.

Resultado da continuidade da parceria com a Reed Exhibitions, o estande da ABLA será a “casa do associado” dentro do Salão do Auto-móvel, atuando como uma verdadeira Central de Informações para que cada locadora apro-veite ao máximo o evento. Considero, sem dú-vida, essa a maior oportunidade que teremos para checar bem de perto e com nossos pró-prios olhos em que ritmo estará caminhando a recuperação da indústria automotiva.

Temos agora pouco mais, pouco menos, de seis meses para ajudar a transformar 2016 e chegar com a satisfação interna de saber que cada um de nós fez seu melhor – e que ao final obtivemos o máximo daquilo ao que nos dedi-camos a fazer. Isso implica em não abandonar o otimismo necessário para trabalhar dentro de um Brasil que, hoje, com certeza precisa muito mais de realizações efetivas do que das compli-cadas teorias econômicas. Vamos em frente!

Paulo NemerPresidente do Conselho Nacional

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Ano XII – No 67 – julho/agosto 2016Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA.18

Impostos recordes encarecem os veículos brasileiros

14Capa 34

5012Na FrentePreparativos para o III Fórum Jurídico ABLA/Fenaloc

18Rent a CarPrevenção de fraudes no radar das locadoras

22ComunicaçãoEm breve, ABLA terá site completamente novo

24QualificaçãoCurso sobre Gestão de Multas de Trânsito da ABLA percorre o país

26ABLA JovemControle de processos como fator de produtividade

28ProteçãoRessarcimento de Prejuízos por Sinistros Causados por Terceiros

30RegionalAs peculiaridades dos mercados de Mato Grosso e Rio Grande do Norte

34Brasil ViagemOs encantos do Rio Grande do Sul, em roteiros perfeitos para o carro alugado

36Por DentroC3 1.2 chega com o motor mais econômico do mercado

40Ao VolanteFábrica da Jaguar Land Roverentra em operação

46LegislaçãoDispositivos do Código de Trânsito Brasileiro sofrem alteração

50TecnologiaSINIAV (Sistema de Identificação Automática de Veículos) passa a ser obrigatório ainda este ano para caminhões de carga

53Eu, MotoristaMedidas simples que podem salvar vidas

55Marketing DigitalNova série da revista Locação começa falando sobre CRM

57Fim de PapoEspecialistas falam sobre o cuidado no “approach” com o cliente, a partir do CRM

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Modernidade CAROS LEITORES,

A Revista Locação está sintonizada com o sopro de moder-nidade que embala a ABLA.

No momento em que a associação prepara seu novo website, tendo o cuidado de adotar as mais atualizadas ferramentas de indexação e funcionalidade, esta publica-ção inaugura a vinheta “Marketing Digital”, que trará uma série de artigos destinados a desvendar para o associa-do ABLA as oportunidades de se atingir com eficácia o cliente da locação de automóveis a partir da comunicação por meios eletrônicos, começando pelos sistemas de CRM (Customer Relationship Management).

Buscamos ainda abordar a tecnologia que poderá possibi-litar a implantação do SINIAV, o sistema baseado em um chip de identificação automotiva que divide opiniões en-tre os que defendem a privacidade do condutor e os que enxergam a ferramenta como uma medida essencial para dotar o Brasil de maior segurança viária.

Tecnologia e segurança também dão o tom em matéria so-bre prevenção a fraudes no rent a car.

E expandimos as possibilidades da revista ao avançar em questões que estão presentes no dia-a-dia dos condutores – os clientes da locação, que, como tal, merecem também ser alvo de nossos textos, sempre com o objetivo de apri-morar os serviços prestados pelas locadoras. A vinheta “Eu, Motorista” é exemplo dessa nova disposição.

O leitor notará também que a revista está mais arejada e agradável de ser lida.

Enfim, são algumas das novidades que preparamos para que o associado ABLA e todos os nossos leitores possam sentir igualmente o impulso de novos ventos que poderão levar a atividade a mais uma arrancada rumo à superação.

Boa leitura.

Os Editores

Expediente Editorial

CONSELHO GESTORPaulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos César Rigolino Jr.(Vice-Presidente do Conselho Nacional), Carlos Faustino, Célio Fonseca, Flavio Nabhan, Marcelo Fernandes, Marconi Dutra, Nildo Pedrosa, Paulo Eduardo Sorge, Paulo Miguel Jr., Saulo Fróes e Simone Pino.

CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)Amadeu Oliveira, Bernard da Costa Teixeira, Cleide Brandão Alvarenga, Gustavo do Carmo Azevedo, Leonardo Soares, Luís Olavo Nezello, Luiz Carlos Lang, Lusirlei Albertini, Márcio Castelo Branco Gonçalves, Nilson Oliveira Filho, Otávio Meira Lins e Tércio Gritsch.

CONSELHO FISCALAlberto Faria, Alvani Laurindo, Eduardo Correa, Jacqueline Moraes de Mello, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito Santo.

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)Aleksander Rangel, Eládio Paniágua Jr., Márcio Campos Palmerston, Marco Antonio de Almeida Lemos, Miguel Ferreira Júnior e Rodrigo Selbach.

CONSELHO CONSULTIVOAdriano Donzelli, José Zuquim Militerno e Paulo Gaba Jr.

COORDENAÇÃO GERALMarconi Dutra, Jorge Machado e Olivo Pucci.

PUBLICIDADEJorge Pontual e Francine Evelyn(11) 5087-4100.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLASite: www.abla.com.brE-mail: [email protected] São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar – CEP 04011-904 – (11) 5087.4100. Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.

COORDENAÇÃO EDITORIALEm Foco Comunicação EstratégicaE-mail: [email protected](11) 3816.0732Editor: Nelson LourençoTextos: Nelson Lourenço, Ana Cândida Pena, Aurea Figueira, Priscilla Oliveira, Kaiqui Macaulay Arte: Yvonne SaruêTiragem: 4.000 exemplaresImpressão: Meltingcolor

A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

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Entrevista

Pagar pelo uso é uma escolha racional

Marcia Dessen: “Ter um carro custa muito mais do que imaginamos”

REVISTA LOCAÇÃO: Você defende a cultu-ra de pagar pelo uso em vez de pagar pela posse como uma forma de reduzir o custo do transporte no orçamento. Acredita que essa visão pode vir a ser adotada por mais pessoas no Brasil? Essa cultura é algo mais arraigado lá fora, ou o estrangeiro também prefere ter a posse do carro? Marcia Dessen: A cultura de posse é nor-te-americana, e ela exerce forte influência sobre os brasileiros. O europeu, por outro lado, tende a valorizar os meios de trans-porte alternativos. É claro que uma oferta ampla e de boa qualidade de transporte público também ajuda a derrubar a pre-ferência pela posse. Infelizmente, não é o caso aqui no Brasil, o que “empurra” o bra-sileiro para a opção pela compra.

LOCAÇÃO: Isso também implica no des-conhecimento das pessoas sobre o con-ceito de “custo de oportunidade”? Marcia Dessen: O custo de oportunidade aqui no Brasil é muito alto. Se em vez de comprar, o cidadão aplicasse o dinheiro no mercado financeiro, ganharia cerca de 1% lí-quido de juros ao mês. Um custo de oportu-nidade muito alto que também não entra na conta quando se calcula o preço da posse.

LOCAÇÃO: Alguns estudos indicam que a economia é significativa quando se opta

Entrevista

pelo táxi, desde que as distâncias percor-ridas todos os dias não sejam muito gran-des. Locadoras de automóveis oferecem diárias de carros econômicos a partir de R$ 90. É possível traçar um paralelo da comparação com os táxis se a opção for a locação? Ou seja: você aconselha colocar na ponta do lápis se vale a pena alugar ou manter um carro próprio?Marcia Dessen: Não é preciso ser proprie-tário do carro para desfrutar do serviço de transporte quando você quiser ou precisar. Vale a pena pensar nas alternativas e ava-liar se hoje a opção escolhida é a melhor do ponto de vista financeiro. Com certeza a opção pelo aluguel, ou pelo táxi, deve ser mais vantajosa dependendo da distância média percorrida.

LOCAÇÃO: Quais são os aspectos a serem considerados nessa comparação?Marcia Dessen: Ter um carro custa muito mais do que imaginamos. Normalmente as pessoas levam em consideração apenas os gastos com combustível na hora de fa-zer essa conta, sem lembrar da manuten-ção, despesas com IPVA e licenciamento ou mesmo a lavagem do veículo. É preciso colocar na conta também os gastos com transporte público em dias de rodízio. Se o carro está financiado, o peso dele no orça-mento aumenta ainda mais.

No livro “Finanças Pessoais – O que fazer com o meu dinheiro” (Editora Trevisan, 2014), Marcia Dessen não economiza ensinamen-tos sobre como lidar com os recur-sos financeiros, seja para planejar

o futuro ou mesmo enfrentar um período de “vagas magras”.

Marcia escreve regularmente so-bre finanças pessoais, usando mui-to de sua experiência como execu-tiva do Citibank, onde permaneceu

Falamos com Marcia Dessen, administradora e consultora de finanças, sobre as

possibilidades de a locação de automóveis ser incorporada ao orçamento do brasileiro

por mais de 20 anos. Depois foi empreendedora e liderou, por mais 20 anos, a BMI Brazilian Management Institute, que atua na área de educação executiva.

Atualmente, ela é planejado-ra financeira pessoal certificada e diretora do IBCPF - Instituto Brasileiro de Certificação de Pro-fissionais Financeiros.

A locação de automóveis en-trou no radar de Marcia como uma alternativa racional para equilibrar as despesas com trans-porte. “Infelizmente, o brasileiro não faz conta”, diz ela. “A opção pelo aluguel pode ser vantajosa”, completa Marcia.

Confira a entrevista a seguir com a especialista.

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Entrevista

LOCAÇÃO: Na sua opinião, como essa cul-tura do aluguel de automóveis poderia ser disseminada? Marcia Dessen: Acredito que a “cultura” co-meça com quem já é usuário de aluguel e se propaga com a recomendação desses usu-ários no seu grupo de amigos. Ele pode ga-nhar desconto a cada amigo que aproxima. Como sabemos, o brasileiro não faz conta. Sugiro então à ABLA e às locadoras em geral oferecerem um simulador onde o cidadão pode preencher com seus dados para des-cobrir quando faz sentido alugar um carro.

LOCAÇÃO: As redes sociais também po-dem ser úteis nesse sentido? Marcia Dessen: As redes sociais também são um excelente canal de divulgação se o simu-lador apontar vantagem para o aluguel. Mes-mo que não aponte, e não haverá de apontar em todos os casos, acho que a transparência pega bem. Muitas empresas já definiram que é muito mais barato pagar pelo uso do que pela propriedade de um automóvel e, por isso, deixam de ter uma frota própria e passam a terceirizar. O mesmo pensamen-to pode ser aplicado à pessoa física.

Locação diária para pessoa físicaSegundo o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2016, a locação diária para pessoa física corresponde a 44% do mercado de locação no país.

¾ Carteira de Habilitação em dia e válida. Eventualmente, a locadora poderá solicitar também o RG (Registro Geral) e o CPF (Cadastro de Pessoa Física)

¾ Procurar as locadoras com antecedência elimina o risco de não encontrar o veículo desejado.

¾ As tarifas diárias (24 horas) variam conforme a categoria do carro ou escolha por tipo de cobertura de danos causados ao veículo locado.

¾ Na maioria das vezes, a locadora oferece descontos progressivos: quanto maior o período de locação, menores são as tarifas diárias cobradas.

¾ Nas épocas de baixa estação, que variam de estado para estado, a maior parte das locadoras realiza promoções, inclusive baixando o valor das diárias como forma de estimular ainda mais o aluguel de veículos.

¾ A opção de pagar com o cartão de crédito válido facilita a aprovação do cadastro e o atendimento. Caso o cliente opte por outras formas de pagamento, será atendido, porém o automóvel somente poderá ser entregue após a locadora fazer a análise de crédito.

¾ Alugar um modelo popular custa o equivalente a uma corrida de táxi de aeroportos mais afastados até as regiões centrais das cidades. Praticamente pelo mesmo valor de uma corrida de táxi, você tem um veículo à sua disposição por 24 horas.

¾ As locadoras que trabalham com o rent a car não estão presentes apenas nos aeroportos, podem ser encontradas em todas as cidades do país.

¾ Ao locar um automóvel, o usuário terá de imediato a garantia do contrato de locação, que obedece aos princípios do Código de Defesa do Consumidor e é o documento válido entre o cliente e a locadora para a efetiva prestação do serviço.

Documentação

Reservas

Tarifas

Descontos

Promoções

Pagamento

Custo-benefício

Abrangência

Segurança

A publicação traz ainda informações im-portantes que merecem ser levadas pelas locadoras ao público potencialmente inte-ressado em alugar:

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III Fórum Jurídicopromove troca de experiências

entre advogados do setor

Rodrigo Reda é um dos fundadores e integrante da Comissão ABLA JOVEM

Na Frente

Evento que acontece em agosto, em Brasília, ainda está com

inscrições abertas

Na Frente

ASSESSORIAS JURÍDICAS e o corpo jurídi-co que prestam serviços para as locadoras e para os SINDLOCS terão a oportunidade de se reunir para trocar experiências na terceira edição do Fórum Jurídico da Indústria de Lo-cação de Veículos.

O evento será realizado entre os dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, no edifício da Confede-ração Nacional do Transporte (CNT), que tam-bém abriga as sedes da ABLA e da FENALOC na Capital Federal.

No primeiro dia, o evento terá início às 14h e os trabalhos se estenderão até às 19h, sendo finalizado com um jantar de confraternização entre os participantes. Já no dia 12, o Fórum começa no período da manhã, às 9h, e encer-rará as atividades por volta das 16h.

Para o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Nemer, o Fórum Jurídico é um encontro técnico que visa abordar, sob diver-sos ângulos, questões imediatas da área legal, sempre ligadas ao setor de locação. “O evento é uma oportunidade de reunirmos, num mes-mo local, advogados com experiência no setor de locação, e promover troca de informações entre eles. Tenho certeza que os resultados extraídos do encontro serão muito positivos e contribuirão para nosso desenvolvimento”, avalia Nemer.

A terceira edição do Fórum Jurídico da In-dústria de Locação de Veículos será ministrada pelo Dr. Adriano Castro, consultor jurídico da

ABLA e da FENALOC. “Estamos definindo junto ao doutor Adriano os assuntos que serão dis-cutidos durante os debates. Só posso adian-tar que os temas serão extremamente atuais e muito pertinentes para o mercado”, explica Paulo Gaba Júnior, presidente da FENALOC.

Para participar é muito simples. Basta pre-encher gratuitamente o formulário disponível no site da ABLA (www.abla.com.br) e enca-minhar para Paula Camilla, via email ([email protected]).

As vagas são limitadas e as locadoras e os SINDLOCS interessados em aproveitar a opor-tunidade somente terão de arcar com os in-vestimentos de viagem de seus participantes. Há inclusive tarifas diferenciadas de hospeda-gem, junto ao hotel oficial do evento.

Para aqueles que quiserem contribuir com a programação, no próprio formulário há espa-ço para sugestões de temas que estão afetan-do o ambiente de negócios do setor. O diag-nóstico auxiliará na elaboração de políticas de atuação jurídica da ABLA e da FENALOC, além de permitir priorizar os pontos de interesse a serem debatidos.

“Teremos profissionais de diversas regiões do país, com vivências completamente dife-rentes. A ideia é dar espaço para que esses advogados possam compartilhar suas expe-riências individuais como profissionais do Direito na defesa de cada locadora”, comple-ta Paulo Gaba.

III FÓRUM JURÍDICO DA INDÚSTRIA DE

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

Datas: 11 e 12 de agosto de 2016

Horários: dia 11, das 14h às 19h

Dia 12, das 9h às 16h

Local: Sede da ABLA em Brasília

Endereço: SAUS – Quadra 01 – Bloco J – Torre A –

Sala 510 – Edifício CNT

Informações: [email protected]

Grupo de participantes reunidos na última edição: evento volta a acontecer em Brasília

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Donzelli: “A complexidade tributária do Brasil nos acarreta um alto custo”

Capa

TECNOLOGIA EMBARCADA, acessórios mo-dernos, sistema flex de combustível. Todo veículo produzido no Brasil carrega uma série de novidades para atrair compradores. Mas a carga maior por aqui ainda são as taxas e os impostos incidentes sobre os veículos.

No caso das compras das locadoras, a carga tributária incide praticamente da mesma forma que nas vendas de veículos para o varejo. Não é levado em consideração que, para as empresas de locação, os veículos são as ferramentas de trabalho essenciais para o desenvolvimento da atividade e para a sobrevivência no mercado.

Assim, na prática as locadoras arcam com uma espécie de “Custo Brasil” dos veículos, já que incidem sobre sua “matéria-prima” todos os impostos e as taxas como ICMS, IPI, CO-FINS, PIS, IPVA, Licenciamento e DPVAT. (veja a lista completa na página 17).

Em um estudo divulgado recentemente, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores) chega à con-clusão de que a carga tributária brasileira é a maior do mundo, e incide de 37,2% a 43,7% do valor do automóvel. Mesmo tomando a faixa menor de tributação, referente aos carros 1.0, o Brasil ocupa com larga vantagem a lideran-ça no ranking de impostos aplicados ao mer-cado automotivo.

No estudo apresentado pela Anfavea, os vice-campeões estão bem longe de arcarem

Capa

O peso dos impostosBrasil é recordista em taxas que

incidem sobre a venda de automóveis

Brasil – 43,7% (carros 1.0 a 2.0 – gasolina)

Brasil – 37,2% a 41,2% (carros 1.0 a 2.0 – flex)

Itália – 22%

Argentina – 21%

Reino Unido – 20%

Chile – 19%

Fonte: Anfavea, OCDE

Zuquim: o número de impostos é elevado

Alemanha – 19%

Turquia – 18%

México – 16%

Coréia do Sul – 10%

EUA – 7,5%

Japão – 5%

com a montanha de impostos que temos por aqui. A lista vai da Itália (22%), passando pe-los vizinhos Argentina (21%) e Chile (19%), até chegar ao Japão, onde o percentual de tributos sobre o preço final do automóvel é de apenas 5%.

E como fica a indústria da locação nessa história?

Se ter um carro já significa pagar de ante-mão muito imposto, imagine o impacto dessa tributação excessiva na frota de uma locado-ra. “São impostos de todos os gêneros, pagos logo na compra do automóvel”, assinala José Zuquim Militerno, membro do Conselho Con-sultivo da ABLA.

E se não bastassem os impostos, há ainda as deficiências com a infraestrutura precária – péssimas condições das estradas, por exem-plo –, e os encargos com os juros.

É por essas e outras que podemos afirmar: gerir uma locadora é atividade que exige uma série de cuidados e atualizações constantes. “Não é só o valor do imposto que acarreta mais custos. É toda a complexidade tributária que existe no Brasil, desde a composição de impostos até as normativas recorrentes que recebemos da Receita Federal sobre alterações no regime vigente e as informações apropria-das para termos acesso a eventuais créditos e benefícios”, acrescenta Adriano Donzelli, do Conselho Consultivo da ABLA.

Donzelli: complexidade dos tributos aumenta o custo

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Capa Capa

VANTAGEM PARA OS CLIENTES

Os impostos sobre a compra e venda de veículos, que os clientes do setor de locação deixam de pagar quando optam pelo aluguel em vez das frotas próprias, têm influência direta na economia ge-rada pela terceirização. Trata-se de não mais ter a obrigação de fazer um inves-timento inicial alto para a compra de car-ros, escapar da depreciação e de todos os impostos e taxas incidentes sobre a frota, que já são pagos pelas locadoras.

Essas vantagens que a terceirização proporciona também são válidas como estratégia para o setor público. O alu-guel ajuda a preservar significativamen-te os cofres de estados, municípios e da União, se comparado aos gastos com carros próprios.

Além de manter a frota sempre em atividade, diante de carros próprios mui-tas vezes parados devido à burocracia para manutenção e reposição de peças, o aluguel gera recolhimento de taxas e impostos. A carga tributária é paga e re-colhida pelas empresas do setor e, assim, também no caso da locação para o setor público, se reverte em benefício dos pró-prios estados, municípios e União.

TRIBUTOS E MAIS TRIBUTOS

Produto PIS Cofins ICMS IPI Outros TotalVeículo 2.0 1,65% 7,6% 12% 13% 4,45% 38,7%

Por trás de cada uma dessas siglas está um tributo diferente que afeta o preço final do automóvel novo:

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços. É um tributo estadual, que incide sobre o valor de custo do carro. A alíquota (12%) é a mesma em todos os estados para os veículos novos.

IPI – Imposto sobre Produtos Industriali-zados. Tributo federal, possui uma tabela progressiva de incidência, que começa a partir dos veículos com motor até 1.0 (7%). Carros importados pagam a maior alíquo-ta (30%).

• Motor até 1.0: 7%

• Motor entre 1.0 e 2.0 flex: 11%

• Motor entre 1.0 e 2.0 gasolina: 13%

• Motor acima de 2.0 flex: 18%

• Motor acima de 2.0 gasolina: 25%

• Utilitário: 4% e 8%

• Importados: 30%

PIS e Cofins – Respectivamente, Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. Tri-butos federais. O objetivo do PIS é finan-ciar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como privadas. A Cofins, por sua vez, é uma contribuição que tem como objetivo financiar a Seguri-dade Social, em suas áreas fundamentais, incluindo a Previdência Social, a Assistên-cia Social e a Saúde Pública.

APÓS A COMPRA DO VEÍCULO:

• IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

• Licenciamento – Taxa Federal (Detran)

• DPVAT – Seguro Obrigatório Contra Da-nos Pessoais Causados por Veículos Auto-motores

Paulo Gaba Jr., também integrante do Conse-lho Consultivo, concorda com ele. “Sem dúvida, a redução dessa carga tributária e da burocracia seria um caminho para a diminuição de custos, com benefícios para todo o mercado”, completa.

HISTÓRIA: A REDUÇÃO TEMPORÁRIA DO IPI

Nos últimos anos, o setor de loca-ção enfrentou “diversas peripécias” praticadas pelo Governo em relação ao mercado automotivo, além de inúmeras portarias e resoluções que mudaram as bases de PIS e COFINS, sem contar com a guerra fiscal de IPVA e ICMS.

Um dos casos mais emblemáticos começou em 2008, ano em que pela primeira vez o governo lançou mão da redução temporária do IPI para o setor automotivo. A medida prejudicou dire-tamente a reposição de frota das loca-doras, pois os veículos comprados an-tes da redução temporária, adquiridos com IPI cheio, no momento da venda ficaram bastante desvalorizados.

O setor demonstrou maturidade sufi-ciente para administrar a situação, “mas o episódio do IPI serviu para mostrar o quanto é importante que as regras do jogo não mudem repentinamente”, diz Paulo Gaba Jr., presidente da FENALOC e integrante do Conselho Consultivo da ABLA. Desde que as regras se mante-nham, “as empresas se planejam e con-seguem atuar, seja dentro de um mercado com impostos mais altos ou mais baixos”, acrescenta Adriano Donzelli, também do Conselho Consultivo da ABLA.

O conselheiro José Zuquim Militerno enfatiza que a ABLA sempre lutou por uma política automotiva de longo pra-zo, “que permita de fato o planejamento dos investimentos do setor”. Na prática, mudanças de regras repentinas, como as verificadas no passado recente, dificul-tam a desmobilização dos ativos das lo-cadoras e impedem o acesso das empre-sas a uma parte importante dos recursos necessários para o crescimento da frota.

“Não é que os impostos incidentes sobre os veículos sejam baixos, mas, além deles, há ain-da o custo das locadoras com a depreciação ex-cessiva, taxa de juros alta e principalmente com a escassez de financiamento.”

O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) calcula que um veículo 2.0 recolha 38,7% de impostos. Segundo o instituto, a composição desses tributos é a seguinte:

Gaba Jr.: além de imposto, o custo das locadoras é afetado por outros fatores

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Rent a Car

Contra fraudes, invista em tecnologia e conhecimento

Treinamento de colaboradores, análise de dados e monitoramentos estratégicos evitam falsificação de documentos

físicos e fraudes em ambiente digital

A TECNOLO-GIA trouxe ferramentas pioneiras na garantia da legalidade e proteção de informações, mas também abriu espaço para o surgi-mento de cybercriminosos e de outras ameaças. Muito tem se falado sobre o cuidado pessoal no ambiente virtual, sobre o que compartilha-mos em redes profissionais e sociais na internet. Mas não são menores os riscos oferecidos pelos hackers a empresas e instituições.

Institucionalmente, a existência de um ban-co de dados exige diversos cuidados com o uso e guarda de informações, como os sistemas criptografados que protegem dados de tercei-ros. Por outro lado, a checagem de dados dos clientes é fundamental e pode ser feita a partir de sistemas de integração automáticos, assina-tura digital e biometria facial, se expandindo muito além da obrigação de agentes do Estado.

As próprias empresas podem e devem buscar este tipo de serviço, usufruindo da variedade de soluções em tecnologias e sua crescente viabili-dade financeira. Para as locadoras de veículos, a atenção à falsificação passa principalmente

por cartões de crédito e do-cumentos de identificação, como Carteira de Identidade e Carteira de Habilitação.

Quanto ao ambiente vir-tual, a gestão

de um grande número de dados de terceiros deve ser feita de forma cuidadosa, utilizando tecnologias de privacidade adequadas para usuário e locadora. Uma comunicação eficaz com os clientes impede ainda o envio de in-formações fraudulentas ou a interceptação por cybercriminosos, ataques que podem diminuir a credibilidade da empresa.

Especialista em detecção de fraudes com mais de 15 anos de experiência em análise de documentos e auditoria em instituições bancá-rias, Manoel Affonso, da consultoria Acert, ex-plica que a implementação de mecanismos de prevenção de fraudes por parte das organiza-ções é fundamental no combate a este proble-ma complexo, que envolve ainda deficiências dos órgãos oficiais de fiscalização e a dificul-dade frente à burocracia.

Confira nas próximas páginas algumas de suas dicas.

Manoel Affonso é hoje diretor da Acert, con-sultoria especializada em prevenção de perdas financeiras. Como resultado de uma pesquisa direcionada, ele resume aqui os três pilares para a prevenção a fraudes em locadoras de veículos.

Inicialmente, é fundamental o investimento em tecnologias de identificação de fraudes que existem hoje em abundância no mercado e são utilizadas por diversos segmentos dos setores privados e públicos. Já existem ferramentas de identificação de fraudes em documentos por celular, tablets e demais dispositivos que uti-lizam métodos de identificação por biometria facial e assinatura digital. Com a atenção de profissionais bem treinados e o apoio da tec-nologia de ponta disponível, os riscos de frau-des e falsificações diminuem drasticamente.

O segundo pilar seria o treinamento dos co-laboradores para a redução dos riscos de possí-veis ataques e identificação de comportamentos suspeitos. Sinais como nervosismo devem ser levados em consideração. Manoel garante ain-da que a intuição ou um incômodo frente a um documento apresentado muitas vezes acaba por denunciar uma falsificação. Recomenda-se ain-da cautela por parte dos funcionários: qualquer irregularidade deve ser reportada às autoridades competentes, pois é grande a probabilidade de falsificadores estarem ligados a outros crimes.

“Assim como os demais segmentos, em-presas de locação de veículos precisam manter seus colaboradores atualizados. O colaborador qualificado contribui significati-vamente na redução de riscos em possíveis ataques e aprende a identificar fraudes em comportamentos, assinaturas e documentos. A recompensa é garantida para ambas as partes”, completa. Uma das dicas é contabi-lizar as fraudes efetivadas antes e depois da capacitação dos colaboradores para analisar a progressão da equipe.

Em paralelo aos sistemas modernos de segurança, o treinamento dos colaboradores é o eixo principal no combate às mais diver-sas fraudes, com ações simples como aná-lise de relatórios internos e conhecimento sobre falsificação de assinaturas. Finalmen-te, o monitoramento interno é fundamental na prevenção de fraudes e permite conhecer o perfil do provável infrator e os pontos de falha em segurança.

A avaliação de riscos está diretamente re-lacionada com o aprimoramento e padroniza-ção dos procedimentos, e tem efeitos diretos na eficiência operacional. Com a integração destes três ciclos, as locadoras conseguem fechar o cerco contra as fraudes, reduzindo perdas e aumentando a produtividade das equipes, contribuindo ainda como exemplo para a proteção de toda a sociedade.

BASES PARA TER SUCESSO NA PREVENÇÃO

“A intuição tem um papel impor-

tante na detecção de fraudes.

50% dos casos que nos chamam

atenção em um primeiro momen-

to se comprovam como falsifica-

ções posteriormente.”

“A região Sudeste apresenta maior

índice de tentativas de fraudes

documentais do Brasil, com

quase 50% dos casos (48,1%)”

Rent a Car

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Segundo Manoel Affonso, a CNH e a Carteira de identidade são documentos de maior dificul-dade na identificação de falsificações, em razão de especificidades de sua emissão, o que deman-da uma atenção ainda maior por parte das loca-doras de veículos. “Em teoria, a carteira de iden-tidade brasileira pode ser emitida 27 vezes por cidadão, considerando que todas as Unidades da Federação possuem sua própria numeração e cadastro. Mas neste caso, a comunicação en-tre cartórios de diferentes estados seria uma forma de conferência eficiente dos dados, inde-pendente de agentes do Estado”, complementa.

No final de 2014 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu adiar, por tempo in-determinado, diversas mudanças previstas no tocante ao combate à falsificação de documen-tos, pelas quais estariam previstas a instalação de chips de identificação de veículos e modifi-cações para a carteira de habilitação (CNH) e os certificados de Licenciamento de Veículo (CRLV). O objetivo das mudanças seria combater fraude de documentos e a clonagem de veículos, que estão entre os crimes mais comuns no Brasil.

Os novos documentos teriam código de bar-ras e elementos para dificultar reproduções ca-seiras, enquanto os agentes de trânsito pode-

riam verificar os documentos por meio de um aplicativo de celular.

Segundo estimativa do Denatran, apenas no estado de São Paulo a reemissão das car-teiras de habilitação significariam um investi-mento de R$ 8 milhões. Sem um estudo maior de viabilidade financeira, a implementação na-cional das medidas teve de ser postergada. No caso da instalação dos chips, o Detran ainda está em negociação com estados.

Independente das condições de controle ofi-ciais, os usos de criptografia das páginas ins-titucionais, cruzamento de dados em sistemas automáticos e investigações internas são gran-des aliados do empresário e, se coordenados de forma adequada, incentivam a equipe de co-laboradores e aumentam a rentabilidade do ne-gócio. Em tempos de crise, é uma oportunidade de otimização para todas as áreas.

CNH E CARTEIRA DE IDENTIDADE EXIGEM ATENÇÃO REDOBRADA

Nova CNH chegaria a ter 28 dispositi-vos de segurança contra falsificação, como uso de relevos não reproduzí-

veis e técnica de microimpressão.

“O mundo digital dá abertura para

fraudes em função da quantidade de

informações que pode ser encontra-

da online. O cuidado com as infor-

mações que se disponibiliza em re-

des sociais, por exemplo, não deve

ser apenas da pessoa física, mas as

empresas também devem evitar al-

guns comportamentos.”

Rent a Car

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A ABLA TERÁ em breve um website totalmente novo. Os associados e o público em ge-ral poderão conferir as novida-des da página da associação na internet, após um necessário período de testes, para garan-tir aos associados, parceiros comerciais, clientes do setor e interessados em geral um website agradável, de fácil e rápido carregamento de infor-mações. Uma das mudanças é a experiência de visualização com redimensionamento para diferentes dispositivos, tais como computadores pessoais, notebooks, tablets e smartphones.

“Não se trata apenas de uma reforma ou de uma remodelação do Portal ABLA, mas sim da criação de um website totalmente novo e muito mais funcional”, explica o diretor comercial da associação, Jorge Pontual. Ele adianta que se-rão acrescentadas novidades e facilidades a que todos os associados terão acesso assim que o novo portal entrar no ar, inclusive com uma es-trutura muito mais apropriada para a chamada “navegação intuitiva”. Isso significa garantir que os visitantes sempre encontrarão o que precisam rapidamente, em poucos cliques. “Em termos gerais, essa será uma facilidade importantíssima oferecida pelo novo site”, assinala Pontual.

A ABLA espera um aumento considerável no fluxo de internautas que buscam informações so-bre a associação na net, tendo inclusive providen-ciado para seu novo website a integração com o sistema de análise Google Analytics, que medirá o número de acessos, tempo de permanência e o mapeamento de tráfego interno. “Esse é um fator importante para sabermos quem é a audiência, de onde ela vem e também para termos um histó-rico e tomarmos atitudes estratégicas no futuro”, acrescenta o diretor comercial da ABLA.

O novo site adota as mais modernas lin-guagens de desenvolvimento: em HTML/PHP, HTML5, Javascript, Jquery e integração com CMS (Wordpress), que permitirá muito mais

rapidez na inserção e altera-ção de conteúdo. Além disso, estará adequado para Search Engine Optimization (SEO), ou seja, haverá inserção de títulos, descrições e tags em todas as páginas, para me-lhor “ranqueamento” nas fer-ramentas de busca.

“Somada à total segurança em ambiente web que propor-cionaremos aos visitantes, te-mos plena convicção no subs-tancial aumento de acessos, principalmente por parte de nossos associados e parceiros comerciais”, avalia Pontual.

O processo de criação passou pelo desen-volvimento de arquitetura de informação e de layout, baseados na identidade visual da ABLA. Portanto, dessa forma, o portal também será útil para valorizar a identidade visual da associação. Somente após os ajustes e a aprovação criteriosa do layout por parte do Conselho Gestor da ABLA é que o parceiro escolhido para o projeto (a agência DIO, de São Paulo) passou a se dedicar à programação propriamente dita do website.

Outra etapa importante do desenvolvimento foi a pesquisa por amostragem com os associa-dos para entender o que eles mais utilizavam e valorizavam no site que será substituído. Tudo o que foi apontado no levantamento será man-tido, porém redesenhado para facilitar a nave-gação e utilização dos inúmeros serviços que atualmente já são prestados pelo portal, como, por exemplo, a atualização cadastral, a emissão de segunda via de boletos e consultas ao birô de crédito parceiro dos associados, entre outros diversos serviços e informações disponíveis.

Todas essas mudanças têm como objetivo tornar o website 100% voltado para os associa-dos e parceiros comerciais, mas sem deixar de lado clientes do setor e interessados em geral sobre a locação de veículos no Brasil. A ABLA estará assim, com seu novo portal, adequada ao que é feito de mais moderno e interativo em termos de websites no Brasil e no exterior.

Endereço eletrônico www.abla.com.br vai ao ar com uma série de novidades

Vem aí o novo website da ABLAComunicação

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Qualificação

Diante da complexidade das leis de trânsito, e das dificuldades das locadoras em fazerem a gestão de multas, a ABLA passou a oferecer para seus associados o curso “Gestão de Multas de Trânsito”. Ministrado por Marcelo Araújo, advogado especializado em trânsito e ex-secretário Municipal de Trânsito da cidade de Curitiba (PR), a iniciativa pretende ajudar

as locadoras a fazerem a gestão das multas cometidas pelos usuários, sempre com foco em resultados positivos. O curso já passou pela Bahia, Alagoas e Recife e até o final do ano deverá percorrer diversas outras capitais do Brasil. Para entendermos melhor este processo, conversarmos com o instrutor Marcelo Araújo. Confira.

“Gestão de Multas de Trânsito” é tema do novo curso ABLA

Conhecimentos transmitidos auxiliarão as locadoras

a melhorarem suas relações com os clientes

Qualificação

REVISTA LOCAÇÃO: Qual a importância de um curso sobre multas de trânsito para as locadoras?

Marcelo Araújo – O tema é o “calcanhar de Aquiles” na relação entre a locadora e o locatário, no sentido que o atendimento, o veículo e o preço podem ter superado as expectativas – tudo ótimo –, mas na hora do contato para cobrança de multas é que se inicia o martírio. Especificamente para as locadoras é um ponto de fragilida-de que pode comprometer todo um bom resultado financeiro, caso não haja um controle rigoroso. E o primeiro passo para isso é conhecer seu funcionamento.

LOCAÇÃO: Quais os objetivos deste curso?

Marcelo Araújo – A ideia é inspirar os parti-cipantes a criarem seus próprios modelos de gestão de multas cometidas pelos loca-tários, bem como sugerir novas formas de abordagem e postura nestas cobranças.

LOCAÇÃO: Qual o conteúdo?Marcelo Araújo – Inicialmente, o parti-cipante tem um panorama geral sobre o papel de cada órgão do Sistema Nacio-nal de Trânsito, cujo objetivo é simplificar aquilo que é complexo. Em seguida, ele é convidado a conhecer a fundo o processo administrativo punitivo. A todo momento, procuro associar teoria e prática, mostran-do que aquelas regras que parecem chatas, enfadonhas, estão no dia a dia da locadora, precisam ser digeridas e compreendidas.

LOCAÇÃO: Qual o impacto de um curso como este para o setor de locadoras?

Marcelo Araújo – Queremos minimizar os problemas que surgem da delicada rela-ção entre locatários, locadoras e órgãos de trânsito. Para fazer essa aproximação, nós sempre convidamos representantes do órgão de trânsito da cidade para que conheçam a realidade e peculiaridades do setor de locação, e para que os pro-fissionais do setor entendam as dificul-dades dos órgãos públicos. É uma troca onde todos se beneficiam.

LOCAÇÃO: Mas afinal, há alguma diferen-ça entre os procedimentos de multas para locadoras e multas para pessoas físicas?

Marcelo Araújo – Sim! Quando se fala em “pessoa física”, estamos falando em nú-mero reduzido de veículos e de pessoas que os conduzem, geralmente em âmbi-to familiar, se relacionando com o órgão municipal e estadual de trânsito de onde residem. Dentre os setores relacionados com frotas (como transportadoras), o de locação é o mais complexo, pois falamos de empresas que podem ter centenas ou milhares de veículos circulando pelo país e se relacionando com uma infinidade de órgãos municipais, estaduais e rodoviários, com um número indeterminado de condu-tores. É um outro mundo tendo que seguir as mesmas regras.

LOCAÇÃO: Em termos gerais, quais são as implicações para as locadoras que “to-mam” indiretamente essas multas?

Marcelo Araújo – Procuro deixar claro que, nessa questão das multas, a locadora fica apenas no vértice da relação entre órgão de trânsito e o locatário. Não foi a locado-ra quem colocou a fiscalização eletrônica ou os agentes que o locatário entende como abusivos e ilegais. Nem foram elas que desobedeceram as regras de trânsito. As locadoras apenas cederam o veículo e contratualmente, precisam ser ressarcidas do que estão sendo cobradas.

Marcelo Araújo é advogado com es-

pecialização em trânsito e professor

de direito de trânsito. Foi secretário

municipal de Trânsito de Curitiba e

presidente da comissão de trânsito

da OAB/PR. Sua relação com o setor

de locação começou há mais de 10

anos, após um trabalho feito para o

SINDILOC/PR.

Marcelo Araújo: o primeiro passo para uma boa gestão é conhecer o funcionamento das multas

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ABLA Jovem ABLA Jovem

Controle dos processos é fator de

competitividade

“A implantação da gestão por processos requer uma nova postura cultural: precisa ser implantada de forma gradual e, para isso, é necessário seguir

algumas etapas para que seja eficaz e traga realmente resultados positivos.”

COM A AMPLA EVOLUÇÃO nos concei-tos empresariais e diante de um cená-rio de instabilidades, transformações e grande concorrência, as empresas estão cada vez mais procurando e adotando mecanismos de estabelecimento de es-tratégias que as posicionem de forma

a organização poderá, com mais facilida-de, adaptar-se a qualquer oportunidade ou ameaça externa, resultando em uma ferra-menta de apoio para tomada de decisões mais assertivas.

Porém, como qualquer outra mudança dentro das organizações, a implantação da gestão por processos requer uma nova postura cultural: precisa ser implantada de forma gradual e, para isso, é necessário seguir algumas etapas para que seja eficaz e traga realmente resultados positivos.

Por isso a ABLA iniciou esse trabalho pelo mapeamento geral dos processos, aos quais serão definidos padrões de ma-neira clara, a demonstrar todo potencial de integração entre as atividades da associa-ção. Posteriormente, serão definidos indi-cadores de desempenho para avaliação e controle de todo o sistema, de forma a ter monitoramento para a melhoria, cresci-mento e evolução contínua da associação.

Na busca por processos mais profissio-nalizados, para que o foco esteja sempre em alcançar benefícios aos associados e ao setor de locação de automóveis, o Sr. Célio Fonseca, Conselheiro Gestor responsável pela área de processos, dentro da Governan-ça Corporativa da ABLA, juntamente com o meu apoio e o de toda equipe interna, “arre-gaçou as mangas” e está trabalhando para transformar mais esse projeto em realidade.

Trata-se de um desafio de fôlego, sem dúvida, que a ABLA decidiu enfrentar pelo bem dos associados e, consequentemente, de todo o nosso setor. Já estamos trilhando o caminho correto para superá-lo.

Jaqueline Denadai é integrante da Comissão ABLA JOVEM

competitiva no mercado. Trata-se de fa-tor fundamental para atender as neces-sidades e expectativas dos seus clientes e demais interessados.

Com o constante surgimento de teo- rias adaptadas às ultimas transforma-ções no mundo empresarial, levando às

empresas inúmeras modalidades de ge-renciamento, cabe ao empresário avaliar em que nível estas novas propostas con-tribuem, podem e devem ser aplicadas em sua empresa.

Isso porque o desenvolvimento e a evolu-ção de uma empresa ou organização estão diretamente relacionados à capacidade or-ganizacional de aprendizado. O foco está na melhoria contínua e superação dos desafios impostos pelos clientes com relação à qua-lidade dos produtos e serviços prestados, e também pelas exigências legais e ambientais.

É nesse amplo contexto que muitas com-panhias adotam a gestão baseada em proces-sos, com o objetivo de também reduzir riscos e ter maior domínio dos recursos emprega-dos para evitar o desperdício e o retrabalho. Busca-se ainda a evolução de desempenho, a previsibilidade dos resultados e a implan-tação sistemática de inovações e melhorias.

A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), como entidade em progresso contínuo e em defesa dos interesses dos associados e do segmento, iniciou a implantação dessa ferramenta de gestão baseada em processos. Em parale-lo com outras ações estratégicas, a iniciati-va também implica em desenvolver ainda mais o profissionalismo e alcançar mais e novos resultados para as locadoras do quadro associativo, sem deixar de lado as demais partes interessadas, incluindo seus colaboradores.

Essa estratégia busca a interação entre as atividades, incluindo mais dinamismo e flexibilidade às suas rotinas. Com isso

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QUANDO UM SINISTRO for causado por terceiro, decorrendo daí danos ao veículo da locadora, esta deve buscar os seus direi-tos no sentido de se res-sarcir dos prejuízos que causem ao seu veículo, dos seus ocupantes e, também, de perda de receitas pelos dias que o veículo ficar imobilizado para reparos.

Caso o terceiro não possua seguro e não proceda à indenização dos prejuízos que cau-sou, de forma amigável, a alternativa será pleitear os direitos que têm, via judiciário. Neste caso deverá a locadora buscar os servi-ços de advogado de sua confiança. Este artigo não tem como objetivo tratar os ressarcimen-tos no âmbito judicial.

Entretanto, se o causa-dor do acidente possuir o seguro de responsabi-lidade civil para cobertu-ra de danos que cause a terceiros, deve a locadora buscar receber da segu-

radora o ressarcimento das despesas para o reparo do seu veículo e, se for o caso, a inde-nização por perda total.

Além dos danos causados no veículo, po-derá ainda pleitear o ressarcimento por perda de receita, pelo período que o veículo ficou imobilizado, ou seja, desde o dia do acidente até a conclusão dos reparos ou indenização por perda total do veículo. Este pleito deverá ser solicitado diretamente à seguradora, que, em havendo saldo de importância segurada na

Ressarcimento de Prejuízos porSinistros Causados por Terceiros

Proteção

“É prudente transferir para o

mercado segurador os riscos

que são possíveis”

apólice do terceiro, indenizará a locadora. Este direito é reconhecido pelas seguradoras, face o entendimento pacífico que o veículo repre-senta a única fonte de receita para a locadora.

Entretanto, as seguradoras relutam em pagar 100% do valor das diárias que com-provadamente a locadora deixou de receber, entendendo que o veículo imobilizado deixa de originar despesas de manutenção e de administração. Para manter a discussão do valor da indenização por perda de receita pela via administrativa com a seguradora, é importante que a locadora demonstre o seu real prejuízo pelo tempo de imobilização do veículo. Caso, comprovadamente, tenha tido que ceder um carro reserva ao locatário, o valor a ser pleiteado deve ser de 100% do custo de locação pelo período que o veículo sinistrado ficou indisponível para locação.

Se do sinistro decorrer danos corporais aos ocupantes do veículo, e desde que haja cobertura contratada na apólice do causador para este fim, os prejuízos também estarão cobertos até o limite da importância segu-rada. Os prejuízos indenizáveis poderão de-correr por morte de ocupantes do veículo locado, despesas médico-hospitalares, com remédios, fisioterapia, pensão aos herdeiros legais e demais despesas que sejam compro-vadamente decorrentes do acidente coberto pela apólice. Em alguns casos, dependen-do da complexidade do sinistro ou dúvidas quanto ao valor a ser indenizado, poderá a seguradora deixar que a solução seja plei-teada pela locadora e ocupantes através da justiça e por esta definida.

A corretora, escolhida pela locadora para a contratação do seguro da sua frota, deverá as-sessorar na tramitação de todo o processo jun-to à seguradora do terceiro, objetivado fazer com que o processo de indenização seja célere e atenda o que o direito ampara a locadora.

É importante lembrar que, assim como as locadoras têm o direito a buscar o res-sarcimento dos prejuízos que lhe tenham sido causados por terceiros, o contrário também é verdadeiro.

Pela Súmula 492 do STF, sobre a qual este artigo não discutirá o seu mérito, as locadoras são solidariamente culpadas pelos danos que seus locatários causarem a terceiros, obser-

vando-se os limites que a lei assim determina. Considerando que os danos materiais e

corporais causados a terceiros poderão envol-ver vultosas indenizações, as locadoras de-vem estar atentas às consequências danosas em seu patrimônio e até mesmo comprome-tendo a sua sobrevivência e de seus sócios, mantendo como política a contratação de apólices cobrindo danos materiais, corporais e morais que seus veículos possam causar a terceiros, incluindo a definição por importân-cias seguradas que realmente atendam sinis-tros de expressiva monta.

As seguradoras evoluíram, face a atuação de corretoras de seguros que têm expertise neste mercado de locação, para soluções im-portantes, como é o caso da contratação de seguro de responsabilidade civil a segundo risco, que possibilita uma redução acentuada de custos de contratação desta modalidade de seguro, quando se pretende cobrir os sinistros causados a terceiros, de grande monta.

Os riscos a que os empreendedores deste mercado de locação estão sujeitos, pelas ca-racterísticas do seu modelo de negócio, não devem ser bancados por si próprios na sua totalidade e diversidade, sendo de todo pru-dente transferir para o mercado segurador aqueles que são possíveis, como é o caso do seguro de responsabilidade civil por danos causados a terceiros, sempre buscando a assessoria de corretora que conheça profun-damente as necessidades da locadora e que tenham condições de identificar seguradoras sólidas e comprometidas com a qualidade na entrega de seus serviços.

Por fim, pelas limitadas margens que o momento atual da economia tem exigido de todos para se manter competitivos e diante da acirrada concorrência, o preço do seguro é muito importante, mas não deve ser o único a pesar na decisão dos gestores das locadoras, e sim o conjunto de benefícios e vantagens que a corretora de seguros possa proporcio-nar à locadora, em especial, de assessorar na definição de coberturas e importâncias segu-radas, propondo modalidade de contratação que melhor se ajuste ao perfil do modelo de negócio da locadora e o assessoramento téc-nico nos eventuais sinistros que ocorrerem ao longo da vigência da apólice.

Proteção

Ildebrando Gozzo, diretor da ST Corretora de Seguros, consultor da FENAUTO e diretor da ACIB – Associação

Comercial e Industrial de Bauru (SP)

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Regional

“Positividade é o melhor caminho para contornar os momentos de crise”

ESTAMOS DIANTE DE um momento delicado, é verdade. Todos os setores brasileiros sofreram de alguma ma-neira os efeitos da dita crise. Porém, não gosto de usar a palavra “crise” porque dá a impressão que é algo que não vai terminar nunca. Mas este é

apenas um ciclo e vai chegar ao fim como tantos outros. Aqui no Mato Grosso, especificamente, acreditamos que no último trimestre do ano a eco-nomia vai começar a melhorar, pelo menos um pouco e continuaremos a ter um PIB positivo.

Amadeu: um dos maiores desafios na região tem sido esclarecer que a locação vale a pena

Regional

Ao contrário de outras regiões, no Mato Grosso o cenário turístico é cres-cente. Pessoas de outros estados e até de outros países, costumam vir conhe-cer as belezas do Pantanal e da Chapada dos Guimarães, mas o forte mesmo são as viagens de negócios.

Estamos em um estado com cerca de três milhões de habitantes, onde a principal atividade que movimenta a economia é o agronegócio. Antes da crise, o crescimento econômico podia ser comparado ao da China e atingia em torno dos 8%. O cenário mudou com todas as incertezas que assolam o país, porém o crescimento da região ainda se manteve acima da média na-cional, segundo o IBGE.

Para o setor de locadoras, um dos maiores desafios na região tem sido esclarecer para as pessoas que a lo-cação vale a pena. Até pouco tempo, havia mais resistência por parte do pú-blico, mas aos poucos esta cultura e o cenário vêm mudando. Em parte, por-que os grandes centros – como São Paulo, Rio de Janeiro e outros – pas-saram a ver a locação de carros com novos olhos, uma vez que acaba sendo mais econômico alugar um carro que manter um. O ditado popular diz que quem tem um carro, tem uma segunda família para criar. Em tempos de reces-são, isso pode gerar um impacto enor-me no modo de vida de um indivíduo.

Por outro lado, o interesse das pes-soas pela locação de veículos tam-bém cresceu, devido às facilidades que este mercado proporciona: basta ter uma carteira de habilitação e um cartão de crédito que você aluga um carro em no máximo quinze minutos. E em alguns casos, as locadoras até parcelam as transações.

Por aqui, ainda predomina a locação rent a car, no entanto, a terceirização tem ganhado espaço nos últimos anos. Também reflexo do que tem acontecido em outros estados, os empresários co-meçaram a perceber as vantagens des-te modelo de negócio. Se antes o pro-prietário mantinha sua própria frota, agora ele terceiriza essa frota e utiliza a diferença que ele gastaria na manu-tenção desses veículos para investir em seu negócio. Ou seja, sobra dinheiro e ele não precisa se preocupar com mais nada. Este é um dos nossos grandes trunfos: oferecemos comodidade para os nossos clientes.

Devido ao baixo número de habitan-tes (quando comparados aos grandes centros) e às grandes distâncias que temos que percorrer para nos deslo-carmos pela região – ou seja, carro é uma necessidade – não detectamos ameaças em termos regionais ao setor de locação no curto prazo. O mercado é amplo e há espaço para todo mundo.

Devido a essas características, a re-gião acabou sofrendo menos que o res-tante do país com a dita crise. Sentimos um pouco este impacto, afinal, não esta-mos imunes, mas os negócios se man-tiveram. Atualmente, existem 182 loca-doras em atividade por aqui e poucas fecharam as portas devido à recessão.

Então, a palavra de ordem para o momento é “positividade”. Falar so-mente que a crise afetou não ajudará a mudar a situação, mas, ao pensarmos positivo, conseguimos olhar a situação por outros ângulos e criar alternativas para contornar o cenário atual. Agora, já é possível vislumbrar uma luz no fim do túnel. E não. Não é a luz de um trem que vai nos engolir. É a luz da esperan-ça de que dias melhores virão.

Por Amadeu Oliveira – Diretor Regional da ABLA em Mato Grosso

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O MERCADO ESTÁ cada vez mais competiti-vo, e o momento é de reflexão e aperfeiço-amento dos serviços oferecidos ao público.

Até 2008, o estado do Rio Grande do Nor-te – e sua capital Natal – vivia seus tempos áureos. Cercada pela natureza, rapidamente se tornou um dos principais destinos turísti-cos brasileiros e atraía visitantes do mundo todo. A procura pela região cresceu muito e, com ela, a oferta dos mais diversos ser-

viços. Mesmo sendo uma atividade sazonal, as locadoras de automóveis entraram nes-te contexto. Com o grande fluxo de turistas nas cidades, o número de locadoras cresceu de maneira acelerada. O mercado estava aquecido e muitos empreendedores viram neste setor uma oportunidade para expan-direm seus negócios. Até então, predomi-navam as locações rent a car destinadas ao turismo de lazer.

Regional

“A crise é a oportunidade que precisamos para aperfeiçoar

os nossos serviços”Por João Bosco da Silva, Diretor Regional

da ABLA no Rio Grande do Norte

Conto essa história para mostrar como tudo isso impacta os dias atuais. O ano de 2008 chegou e com ele a crise mundial, que atingiu principalmente a Europa, maior polo emissor de turistas internacionais para a nossa região. O fluxo de estrangeiros co-meçou a diminuir por aqui. Por outro lado, devido à baixa do dólar em nosso país, o tu-rista nacional, vindo em grande parte da re-gião Centro Sul do Brasil, considerada maior polo emissor interno de turistas para nossa região, passou a priorizar o turismo interna-cional, fazendo com que o nosso mercado ficasse retraído.

Muitas locadoras que haviam surgido an-tes deste período não aguentaram e fecha-ram as portas. Outras tantas se viram obri-gadas a repensar seus modelos de negócios e passaram a oferecer também a terceiriza-ção de frotas.

De lá para cá, muita coisa mudou e estes serviços estão bem equilibrados. Em Natal, por exemplo, é possível encontrar ambos os tipos de locação. Atualmente cerca de 60% das locadoras focam o rent a car e 40% focam o serviço de terceirização de frota.

Hoje, a região Nordeste do Brasil, inclusive a nossa cidade, Natal, continua cara para o turista internacional. Com o agravamento da crise brasileira, a região se tornou onerosa também para o turismo interno, que até en-tão vinha segurando a economia local.

Para agravar a situação, ainda temos al-gumas dificuldades inerentes ao negócio. Por ser uma atividade de risco para os em-presários, cabe a eles as responsabilidades por tudo o que acontece, de bom ou de ruim. Um dos maiores problemas que enfrenta-mos hoje é o alto número de infrações de trânsito cometidas por clientes internacio-nais no rent a car.

O cliente aluga um carro, comete a infra-ção e quando a multa chega, dias depois, não temos como cobrá-la. No caso dos brasilei-ros, conseguimos mandar a fatura via cartão de crédito, porém, para os estrangeiros, de-

vido às restrições dos cartões internacionais, isso é praticamente impossível. Então, quem acaba assumindo a dívida e o prejuízo é a própria locadora, que só consegue recuperar em torno de 20% do valor.

Outro vilão deste tipo de negócio é o serviço clandestino. Contamos com aproxi-madamente 120 locadoras regularizadas na região, porém existem pessoas físicas que acabam disponibilizando carros próprios para aluguel por um valor abaixo do merca-do. À primeira vista, não parece significativo, mas isso impacta cerca de 20% do mercado local de locadoras.

O custo operacional do negócio atualmen-te também é alto. Somado com a grande concorrência e a retração da nossa economia, isso dificulta o crescimento do tarifário e do tíquete médio, que se encontra praticamente congelado há 15 anos. Para nos sobressair-mos, precisamos fazer cada vez mais, cobran-do menos do consumidor final, ou seja, fazer mais por menos.

Com a atual alta das moedas, princi-palmente do euro e do dólar americano, a expectativa é que o turismo nacional e in-ternacional volte a crescer na nossa região. Mas, enquanto isso não acontece, precisa-mos ter em mente que é necessário estar-mos em constante aperfeiçoamento dos serviços e criar diferenciais para atrair pos-síveis clientes.

O mercado, com clientes cada vez mais exigentes, não aceita empresários amado-res, e os momentos de crise devem ser vistos como oportunidades para olharmos para o setor com mais atenção e detectarmos onde podemos melhorar.

Em primeiro lugar, o nosso compromisso é com os nossos clientes. Então, essa é a hora de pensarmos positivo, acreditarmos em nós mesmos e nos prepararmos. Porque assim que a nossa economia reagir e melhorar, es-taremos prontos para oferecer o que temos de melhor, cativando e fidelizando de uma vez por todas os nossos novos clientes.

João Bosco: o mercado não aceita amadores

Regional

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Rio Grande do Sul: recanto europeu no Brasil

Conhecer as paisagens gaúchas em um carro alugado é um mergulho nas raízes da imigração alemã e italiana, que garantiram ao estado uma

formação cultural única, graças à influência europeia em solo brasileiro

ESTADO MAIS MERIDIONAL do Brasil, o Rio Grande do Sul tem uma formação cultural bem diferente de outras regiões brasileiras, que sofre-ram influência mais forte da cultura portuguesa e africana. Recebeu majoritariamente imigrantes alemães e italianos, e estes transformaram o es-tado num verdadeiro pedaço da Europa no Brasil.

Rodrigo Selbach, diretor regional da ABLA no Rio Grande do Sul, indica a região da serra gaúcha como principal destino turístico do esta-do. “Visite as principais cidades que compõem a região, como Gramado, Canela, Bento Gon-çalves, Nova Petrópolis, Carlos Barbosa, Caxias

Torres

do Sul, Farroupilha, Garibaldi, São Francisco e Cambará. No verão temos as praias gaúchas, porém a serra é o principal destino”.

Com a ajuda de um carro alugado, a viagem pode ser melhor aproveitada. É aconselhável que, em visita à Serra Gaúcha, o turista e sua família possam visitar o máximo de cidades que conseguirem. “Com o carro alugado, o turista tem como se deslocar entre as cidades, definir os próprios destinos e horários”, afirma Rodrigo.

Partindo de Porto Alegre, Caxias do Sul fica a 127 quilômetros da capital. Segundo Rodrigo, um veículo básico 1.0 é suficiente para quem

Canela

GramadoA cidade mais popular da serra gaúcha nem sempre contou com imigrantes europeus. A região era habitada pelos índios caingangues e durante os séculos XVIII e XIX foi colonizada por descendentes de açorianos. Somente em 1913 é que os alemães e os italianos chegaram.

Gramado é constituída pela junção dos diferentes povos que colonizaram a região. A arquitetura da cidade, a gastronomia e as festas foram influenciadas pelos costumes desses imigrantes. Alguns eventos também marcam a cidade, como o Natal Luz, o Fes-tival de Cinema de Gramado, a Chocofest, a Festa das Hortênsias e a Festa da Colônia.

Não deixe de conhecer na serra gaúcha■ Praça da República, Nova Petrópolis: tam-bém conhecida como Praça das Flores, o jar-dim conta com várias espécies de flores, além de um labirinto verde.■ Igreja São Pelegrino, Caxias do Sul: maior patrimônio artístico da cidade, a igreja é famo-sa pelos painéis pintados por Aldo Locatelli.■ Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, Ga-ribaldi e Monte Belo do Sul: a região conta com mais de 30 vinícolas, queijarias e restau-rantes especializados em culinária italiana. Porto Alegre

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pretende conhecer a serra. “Nos-sas estradas são boas e não re-querem nenhum tipo específico de veículo, todos podem aten-der a necessidades básicas. Porém, o cliente pede conforto. Fica a critério da capacidade financeira e de exigências de cada usuário optar por um car-ro melhor. Só recomendamos aos clientes que viajam nas estações frias do ano a utilizar gasolina como combustível para facilitar a ignição”, explica o diretor da ABLA.

Outra cidade da serra gaú-cha que vale a pena conhecer é Canela. Localizada a 133 qui-lômetros de Porto Alegre, é lá que está o Parque do Caracol. A cascata que dá nome ao par-que é um dos principais cartões postais do estado. O parque oferece aos seus visitantes um passeio de trem, que narra aos turistas um pouco da história da imigração, fala sobre as primeiras viagens de trem na região e sobre preservação ambiental.

Mas nem só de frio vive o gaúcho. O litoral reserva, sobretudo, paisagens exuberantes. A cidade de Torres é conhecida por ser a única que tem praias com paredões rochosos à beira mar e a única ilha marítima do estado, a Ilha dos Lo-bos. Passeios de barcos são populares devido à presença de lobos e leões marinhos para entre-ter principalmente as crianças.

A praia do Imbé é uma das mais populares, com uma orla bem estruturada para receber os turistas durante o verão. Bares, restaurantes e quiosques lotam na alta temporada.

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Por Dentro

MODERNO, REQUINTADO e elegante, sem deixar de ser robusto, o novo C3 com moto-rização 1.2 chegou às lojas no final de junho. Trata-se de um compacto Premium sedutor, tanto por seus atributos de estilo, quanto pelo desempenho e pela tecnologia. O motor, fabri-cado na França, passou por vários testes para se adequar às condições brasileiras.

Assim, em terras locais, o novo PureTech 1.2 Flex se tornou o melhor no que se refere ao ní-vel de consumo entre os motores existentes no mercado brasileiro. Em comparação com o mo-tor anterior, o PureTech proporciona uma redu-

ção de consumo de combustível de até 32% em trânsito urbano, permitindo ao modelo al-cançar até 16,6 km/l na estrada e a classificação “AAA” no programa “Etiqueta Nacional de Con-servação de Energia”, do Inmetro. Isso significa receber letra A nas três categorias disponíveis no PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular): Compacto, Geral e Emissões.

Dando sequência a uma estratégia de down-sizing da marca, que prevê uma diminuição do tamanho do motor aliado à melhor eficiência (já lançada no C4 Lounge), o PureTech substitui o motor de 1,5 litro Flex nas versões Origine,

Citröen C3 PureTech Flex chega às lojas com o motor mais econômico do Brasil

Novo motor PureTech é o mais econômico do mercado nacional, segundo classificação do Inmetro

Por Dentro

Attraction e Tendance. Visual-mente, a única mudança no C3 é a placa do monograma “PureTech” na tampa traseira, abaixo da lanterna esquerda.

A nova versão do C3 conta com tecnologias de última ge-ração, como o sistema de par-tida a frio com aquecimento no injetor (elimina o “tanqui-nho”), duplo comando de vál-vulas variável e o sistema de arrefecimento Split Cooling. Para aumentar sua agilidade no trânsito urbano, há tam-bém bomba de óleo variável, coletor de escapamento inte-grado ao cabeçote, e ampla disponibilidade de torque – 127 Nm a 2.750 rpm – e potên-cia – 90 cv a 5.750 rpm.

Lançamento conta com tecnologia de última geração

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Por DentroPor Dentro

Design e tecnologia marcam presença

O estilo e o design do C3 são ca-racterísticas marcantes, nesse que é um dos compactos mais populares da Citroën no Brasil. Visto de lado, o Citroën C3 exibe formas fluidas. A traseira é marcada por lanternas em formato de bumerangue invertido, que dão uma sensação de maior lar-gura ao carro, contribuindo para o aspecto geral de robustez.

Na dianteira, a sensação de ro-bustez é estimulada pelos para-cho-ques largos, associados a uma gra-de pronunciada, na qual se destaca o símbolo “chevron”, e ao capô de linhas fortes e vincadas. Abaixo dos faróis, as lanternas diurnas de LED transmitem personalidade e sofis-ticação próprias de segmentos su-periores. O para-choque foi desen-volvido integralmente no Brasil e os vincos, acentuados, para melhor refletir a luminosidade do país.

O C3 pode ser equipado com uma avançada central multimídia com tela touchscreen de sete polegadas, que inclui diversas tecnologias de conectividade. Por meio de uma prá-tica tela tátil de sete polegadas, po-de-se manipular todos os recursos de áudio, navegação e conectividade oferecidos pela central multimídia: rádio AM/FM, Bluetooth (áudio stre-aming), USB (áudio com exibição de capas e photo viewer), entrada auxi-liar, calculadora e calendário.

A Citroën também disponibiliza para o C3 a tecnologia mirror scre-en. O mirroring, ou espelhamento, é uma função que permite a exibi-ção da tela de seu smartphone na tela do veículo. Esta funcionalidade apresenta as seguintes vantagens: compatibilidade assegurada tanto para Android quanto para IOS pelo CarPlay; utilização do mesmo pa-cote de dados do cliente sem custo adicional de uma segunda assinatu-ra mensal; e exibição e controle das aplicações compatíveis desde a tela tátil de sete polegadas.

Ficha técnica Citroën C3 Pure Tech Flex

Modelo/ Versão Citroën C3 PureTech Manual OrigineMotor 1.2lNúmero de cilindros 3 Potência Gasolina: 84 cv a 5750 rpm Álcool: 90 cv a 5750 rpmNúmero de eixos 2 (dois)Comprimento 3.944 mmAltura 1.521 mmLargura 1.708 mmPorta-malas 300 litros Reservatório de combustíveis 55 litros

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A JAGUAR LAND ROVER inaugurou em junho sua primeira fábrica no Brasil em Itatiaia, sul do estado do Rio de Janeiro. Com um investimento total de R$ 750 milhões, essa é a primeira fábrica de uma montadora britânica na América Latina.

A unidade brasileira da montadora fabricará inicialmente os dois modelos mais vendidos da empresa no Brasil: o Range Rover Evoque e o Dis-covery Sport. Porém, como a planta é totalmente flexível, outros modelos podem ser produzidos futuramente. Os primeiros veículos nacionais ti-nham previsão para chegar às concessionárias em todo Brasil ainda no mês de junho.

Ocupando uma área de 60 mil m2, a nova fá-brica terá capacidade de produzir 24 mil veícu-los por ano, mas no início operará com 70% da capacidade. No processo de montagem, forne-cedores nacionais, parceiros da montadora bri-

Jaguar Land Roverinaugura primeira fábrica no Brasil

Ao Volante

A RENAULT divulgou em seu site detalhes do novo Twingo GT, que será mostrado na próxima edição do Festival de Velocidade de Good- wood, na Inglaterra. Apesar da po-tência de 110 cv, com tração e o motor traseiros o veículo promete surpreender ao volante, principal-mente em curvas.

Sem previsão de lançamento por aqui, o Twingo GT teve ajustes na suspensão, controle de estabilidade e na direção, com relação de trans-missão variável. A nova versão traz consigo uma nova cor: laranja. E também será disponibilizada nas cores preta, branca e cinza.

Volkswagen inova com tecnologia Easy Open

Renault revela detalhes do Twingo

DISPONÍVEL NO Brasil, presente como acessório de série no Novo Passat, a tecnologia Easy Open da Volkswagen é revolucionária no quesito facilidade de acesso. Ela é uma evolução da tecnologia de “chave presencial”, pela qual, com o auxílio de um sensor, o veículo identifica a presença da chave e destrava as portas do carro.

Além de identificar a presença da chave e destravar as portas, o Easy Open conta com um sensor abaixo do para-choque traseiro que, ao identificar movimento (dos pés), “entende” que o usuá-rio precisa acessar o porta-malas, e este abre sozinho.

Ao Volante

tânica, serão responsáveis por fabricar bancos, vidros e sistema de escapamento. O motor é importado da Inglaterra e não tem previsão de ser nacionalizado.

A nova empreitada da Jaguar Land Rover no Brasil traz consigo uma série de projetos ambientais, como o recolhimento de águas pluviais e o plantio de mais de 1,2 mil árvores nativas para ajudar a preservar e melhorar o ecossistema do entorno.

A montadora deseja alcançar o mundial-mente reconhecido ouro no certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) de sustentabilidade, tornando-se a primeira fábrica de automóveis no Brasil a conquistar o selo. A planta possui tecnologias avançadas de fabricação e instalações de Certi-ficações e Conformidade de Emissões que são referência na América do Sul.

Além da fábrica, a Jaguar Land Rover tam-bém abriu no Brasil seu primeiro Centro Educa-cional (Educational Business Partnership Cen-tre – EBPC) fora do Reino Unido. O projeto visa atender até 12 mil crianças de escolas locais por ano, com atividades que possam inspirá-las a seguirem uma futura carreira na montadora.

Como de costume, a Jaguar Land Rover trabalha em estreita colaboração com as comunidades próximas às suas instalações de produção em todo o mundo. Ela preten-de gerar oportunidades para 12 milhões de pessoas até 2020. Nos últimos 18 meses, a Jaguar Land Rover criou vínculos fortes com

as pessoas de Itatiaia e das proximidades de Resende, oferecendo novos programas para inspirar a próxima geração de engenheiros automotivos.

O novo Centro Educacional é coordena-do em conjunto com o SENAI e vai oferecer programas de educação para alunos de 5 a 18 anos. Os cursos são voltados para áreas como engenharia, manufatura e outras atividades relacionadas ao negócio automotivo. Lançado em 2015, o programa “Inspirando os Trabalha-dores de Amanhã” já capacitou mais de 100 alunos, que hoje estão empregados na indús-tria automotiva da região.

NOVO CENTRO EDUCACIONAL

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Ao Volante

COM SEIS VERSÕES, todas trazendo de série mais recursos, o Fiat Punto 2017 con-tinua como referência em seu segmento, devido à sua excelente dirigibilidade e ele-vado nível de tecnologia. Seu modelo mais simples (Attractive 1.4) passa a contar em sua lista de série com rádio CD/MP3/USB, volante em couro com comandos do rádio e vidros elétricos traseiros com one touch e antiesmagamento.

A versão top de linha (Blackmotion Dualo-gic 1.8) traz de série central Multimídia Ucon-nect, volante em couro com comandos do rádio e telefone. Todas as versões contam com acessórios opcionais, como: câmera de ré no retrovisor, alarme antifurto, rodas de liga leve e pedaleiras esportivas.

Fiat Punto 2017 chega ao mercado bem equipado

A VERSÃO 2017 da picape chega ao mer-cado com design refinado e recursos tecnológicos sofisticados. Percebe-se a mudança na parte dianteira, onde o capô ganhou esportividade com a cavidade esculpida na parte posterior. A grade foi alongada até os faróis, que também foram completamente redesenhados e podem ter uma guia de luz em LED.

São quatro versões de acabamento (LS, LT, LTZ e High Country), três opções de cabine (simples, dupla e chassis cab) e duas de motorização (2.8 TurboDiesel e 2.5 SIDI Flex). Pressionando um botão no retrovisor interno, o motorista é co-nectado a uma central com atendimen-to humano que oferece serviços como pesquisas rápidas na internet, reservas e informações sobre situações de tráfego (vias alagadas ou bloqueadas).

Chevrolet S10 tem visual repaginado

O NOVO PRIUS integra a nova geração de híbridos da Toyota, que até 2050 pretende mitigar 90% da emissão de CO2 por veículos novos. Ele conta com motor a gasolina de 1.8 litro e 98 cv de potência. Entre os acessórios de segurança destacam-se sete airbags; alerta sonoro para uso do cinto de segu-rança; câmera de ré projetada na tela de LCD com alerta sonoro; luz auxiliar de freio; sistema de alar-me com acionamento à distância, travas de segu-rança para crianças nas portas traseiras e cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes.

A tecnologia marca forte presença no Prius. Conta com o ar-condicionado dual zone com co-mando S-Flow, capaz de concentrar o fluxo de ar apenas nas áreas da cabine onde há ocupação. O modelo dispõe ainda de carregador de celular sem fio, sistema de navegação integrado, head-up dis-play colorido e TV digital.

Quarta geração do Toyota Priuschega ao Brasil

Ao Volante

VINTE UNIDADES da edição limitada do Mercedes GLE 450 AMG 4MATIC Black Edition serão disponibilizadas aos clien-tes brasileiros. Essa edição especial con-ta com o Pacote Night, que garante ao SUV design esportivo. As rodas de liga leve são predominantemente pretas, com a face diamantada, aros de 21” e raios múltiplos.

Internamente, o veículo conta com es-tofamento em couro e teto solar panorâ-mico com abertura por comando elétrico. Em relação à potência, é equipado com motor V6 de 3,0 litros e 367 cv da linha AMG Sport, além do sistema 4MATIC, de tração integral nas quatro rodas de série, que garante mais segurança e proporcio-na melhor dirigibilidade.

Mercedes GLE ganha edição limitada

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Ao Volante

O MODELO 2017 da Ford EcoSport está disponível nas lojas em duas versões (SE e FreeStyle) com motor 1.6 Flex e a opção de transmissão manual ou automática sequencial de dupla embreagem, além da Ti-tanium automática e da 4WD, estas últimas com motor 2.0 Flex.

O kit de segurança traz sistema Isofix para fixação de cadeiras in-fantis e chave de segurança MyKey. A versão FreeStyle acrescenta gra-de dianteira, capa dos retrovisores e rodas de liga leve de 16”, sensor de estacionamento traseiro, vidros elétricos traseiros e abertura e fe-chamento global. A topo de linha Titanium, além de todos os itens anteriores, conta com grade dian-teira cromada, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e abertura e fechamento do porta--malas com sensor de presença.

Ford EcoSport 2017 com versões 1.6 e 2.0

A TRANSMISSÃO XTRONIC CVT é constituída de duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma correia metálica, sendo que a pri-mária (conhecida como condutora) recebe o torque do motor, e a secundária (ou conduzi-da) o transmite ao diferencial. O câmbio con-tinuamente variável, por exemplo, não dá os famosos trancos nas trocas de marchas das caixas automáticas tradicionais, pois não fun-ciona com engrenagens, mas sim com duas polias que variam de tamanho, de acordo com a velocidade requisitada na condução.

A tecnologia, já disponível em veículos de segmentos superiores da marca, como Sentra e Altima, agora também estará dis-ponível em veículos compactos. A novidade estará disponível para versões equipadas com motor 1.6 16V.

March e Versa equipados com transmissão XTRONIC CVT

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FOI PUBLICADA no no Diário Oficial

da União (DOU), do dia 5 de maio de

2016, a Lei nº 13.281, que alterou diver-

sos dispositivos do Código de Trânsito

Brasileiro (CTB), sendo que as princi-

pais alterações somente entrarão em

vigor após 180 dias, ou seja, a partir do

dia 5 de novembro de 2016. Conforme

análise realizada pelo assessor jurídi-

co do SINDLOC/BA, Dr. Luís Cláudio

Ventura, elencamos abaixo as altera-

ções que terão impacto no segmento

de locação de veículos: Reajuste nos

valores das multas por infrações de

trânsito (art.258) Os aumentos nos

valores das multas ficaram entre 53%

e 66%, conforme tabela a seguir, po-

dendo ser corrigidos pelo CONTRAN

de acordo com o Índice Nacional de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Mudanças serão válidas a partir de

5 de novembro; confira análise feita pelo

consultor jurídico Luís Ventura

Lei 13281 alteradispositivos do CTB

Legislação Legislação

VALORES DAS MULTAS

Tipo de Infração Valor Antigo Novo Valor % de aumento

Leve (3 pontos) R$ 53,20 R$ 88,38 66%

Média (4 pontos) R$ 85,13 R$ 130,16 53%

Grave (5 pontos) R$ 127,69 R$ 195,23 53%

Gravíssima (7 pontos) R$ 191,54 R$ 293,47 53%

As maiores repercussões serão nos casos das infrações gravíssimas, punidas com mul-tas agravadas com fator multiplicador, como por exemplo:“ Art. 162. Dirigir veículo:

I – sem possuir Carteira Nacional de Habili-tação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor:Infração – gravíssima;Penalidade – multa (três vezes) e apreensão do veículo; ”

VALORES DAS MULTAS

Tipo de Infração Valor Antigo Novo Valor % de aumento

Gravíssima (7 pontos) x 3 R$ 574,62 R$ 880,41 53%

“ Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:

Infração – gravíssima;Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.”

VALORES DAS MULTAS

Tipo de Infração Valor Antigo Novo Valor % de aumento

Gravíssima (7 pontos) x 10 R$ 1.915,40 R$ 2.934,70 53%

Cumpre registrar, ainda, outras infra-ções que foram adicionadas ou alteradas, a exemplo de:

Estacionar nas vagas reservadas às pes-soas com deficiência ou idosos, sem cre-dencial que comprove tal condição (Art. 181, XX) passa a ser considerada infração gravíssima, com valor de R$ 293,47.

Usar ou manusear telefone celular en-quanto estiver ao volante (Art.252, parágrafo

único), uma das infrações mais cometidas pelos locatários, atualmente considerada de natureza média, com valor atual de R$ 85,13, passará a ser considerada gravíssi-ma, com valor de R$ 293,47.

Vale lembrar que a pessoa jurídica pode ser penalizada com multa por não apre-sentação de condutor infrator (Art. 257, § 8º do CTB), razão pela qual recomenda-se que as locadoras adotem procedimentos

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de controle para evitar o recebimento de notificações de cobrança por não apresen-tação de condutores infratores.

Possibilidade de notificação por meio eletrônico ao proprietário ou condutor do veículo (Art. 282-A)

Importante alteração, uma vez que os ór-gãos de trânsito apenas utilizam a remessa postal para o envio das notificações de au-tuação e de imposição de penalidade, ape-sar de expressa determinação contida no artigo 282 quanto à possibilidade da noti-ficação também ser expedida por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade.

Com a alteração, caberá ao proprietário do veículo ou condutor autuado optar por ser notificado por meio eletrônico, se o ór-gão oferecer essa opção. Nesta hipótese, por exemplo, o cadastro do proprietário ou condutor deverá estar atualizado junto ao órgão executivo de trânsito, sendo que o sistema de notificação por meio eletrônico deverá ser certificado digitalmente, de for-ma a garantir a segurança do envio e rece-bimento das notificações.

Inspeção Técnica Veicular (Art.104, §§7º e 8º)

Foram acrescidos os parágrafos 6º e 7º ao artigo104, do Código de Trânsito Brasi-leiro, que trata da inspeção técnica veicu-lar. Essas alterações estabelecem a obriga-toriedade de inspeção técnica para a frota nacional de veículos. Os veículos novos, categoria particular, com capacidade para até sete passageiros, a partir dos três anos, sendo, a partir de dois anos, para os de-mais veículos.

A redação dos parágrafos acrescidos ao artigo 104, observe-se, não é um primor de técnica, conforme pode ser verificado na transcrição a seguir, mas acredito que não causará maiores problemas para o setor, uma vez que a idade média dos veículos das locadoras é de 19,5 meses.

“Art. 104. ........................................................§ 6º Estarão isentos da inspeção de que tra-ta o caput, durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veículos novos classificados na categoria particular, com capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que mantenham suas características originais de fábrica e não se envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.§ 7º Para os demais veículos novos, o pe-ríodo de que trata o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas caracte-rísticas originais de fábrica e não se envol-vam em acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.” (NR)

A Inspeção Técnica Veicular deverá ser regulamentada por meio de Resolução do CONTRAN.

Dispensa da utilização do lacre para pla-cas que possuírem tecnologia que permita a identificação do veículo. (Art.115, §9º)

Alteração que certamente reduzirá os custos das locadoras com o pagamento de taxas de lacração junto aos DETRANS, quando do primeiro emplacamento, no caso de furto ou rompimento de lacres, sendo que a matéria ainda depende de re-gulamentação pelo CONTRAN.

Dispensa do porte do Certificado de Licen-ciamento Anual (CLA) nos casos em que a fis-calização tenha acesso aos dados cadastrais do veículo. (Art.133, parágrafo único)

Outra alteração relevante, já que os da-dos cadastrais do veículo referentes ao licenciamento, IPVA e DPVAT podem ser verificados em tempo real, por agentes da autoridade de trânsito, que disponham de meios tecnológicos hábeis para a realização de consultas nas operações de fiscalização de trânsito, sem falar dos casos em que haja demora na entrega do CLA, em virtude de greve de servidores, greve de funcionários dos Correios, ou atrasos dos DETRAN’S na emissão do referido documento.

Legislação

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Tecnologia Tecnologia

“Chip” de identificação automotiva deve entrar em vigor ainda este ano

Medida será válida inicialmente apenas para caminhões de carga

APÓS DIVERSOS ADIAMENTOS, final-mente o SINIAV (Sistema de Identificação Automática de Veículos) deverá entrar em vigor em agosto deste ano. Mas ao con-trário da proposta inicial, neste primeiro momento ele será obrigatório somente para caminhões que transportam cargas terceirizadas, de acordo com informações divulgadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

e cargas, bem como clonagem de placas, além de possibilitar uma fiscalização tributária mais eficiente sobre os proprietários que estão com documentos ou impostos atrasados.

O assunto não é recente e vem sendo discutido desde 2006. Em 2012, a previsão era equipar todos os veículos, in-cluindo carros, motos, cami-nhões, reboques e outros tipos, a partir de 1º de janeiro de 2013. Mas, devido a problemas técni-cos, a data foi adiada para me-ados de 2014. Como as entida-des envolvidas na mudança não chegaram a um consenso sobre o financiamento do sistema, a data foi adiada mais duas vezes.

A resolução Contran (núme-ro 537/2015) instituiu em todo o território na-cional o SINIAV, tendo como data de início para o emplacamento eletrônico o dia 1º de janei-ro de 2016. Mas a resolução não estabeleceu quanto será gasto com o projeto, nem quem irá arcar com os custos da instalação dos chips e dos demais equipamentos do sistema.

“A maior dúvida dos Detrans é o fato de não termos orçamento específico para essa ativi-dade, que tem um custo expressivo, porque envolve tecnologia para chips e torres de mo-nitoramento. Não há nada definido em relação à transferência de custos para o cidadão”, afir-mou Marcos Traad, presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND), responsáveis pela implementação do projeto.

No entanto, Marcos Traad vê a questão com bons olhos. Para ele, uma parceria entre os se-tores públicos e privados é uma alternativa para custear o projeto. Inclusive, este modelo está sendo testado no Paraná e, se tiver sucesso, po-derá se estender para outras regiões.

“O Estado precisa ver as coisas de forma mais ampla. O sistema SINIAV pode oferecer muitas vantagens, mas é preciso integrar as diversas áreas envolvidas”, diz Traad. Segundo ele, o SINIAV poderia ser usado pelas locadoras, por exemplo, na cobrança de multas por infra-ções. Hoje, nem sempre é possível cobrar o va-lor da multa do real infrator e a locadora acaba ficando com o prejuízo.

O SINIAV consiste na identificação de veículos por radiofrequência, através de um chip instalado no para-brisa. Sem uso de GPS, a leitura da “placa eletrônica” é feita apenas por meio de antenas instala-das em lugares estratégicos, muito seme-lhante ao sistema usado para pagamento de pedágio eletrônico nas estradas.

Em princípio, a implementação deste sis-tema serviria para coibir roubos de veículos

Polêmicas e questões jurídicas impediram a implantação do sistema

Em outros países, existem sistemas dis-ponibilizados por empresas privadas, que são contratados pelo próprio dono do carro e funcionam de forma muito parecida com o SINIAV. Na Europa, a legislação prevê que os automóveis zero km serão obrigados a insta-lar um dispositivo semelhante para que sejam localizados em caso de emergência. Mas, al-gumas entidades europeias de proteção aos direitos individuais tentam derrubar a medida. Aqui no Brasil, a discussão esbarra nas mes-mas questões.

Em 2015, os veículos já deveriam sair da fá-brica com o dispositivo SIMRAV (muito pareci-do com o SINIAV, mas ao invés de antenas, ele utilizaria sinal de GPS para ser monitorado). Porém, o projeto acabou barrado na justiça por ter sido considerado um risco à privacidade.

Mauricio Januzzi Santos, presidente da co-missão de direito viário da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB-SP) diz que o sistema, além de ferir o direito à privacidade, “vai con-tra o princípio da não autoincriminação”, ou seja, ninguém pode ser forçado a criar provas contra si mesmo.

Para Luís Cláudio Ventura, assessor jurídico do SINDLOC/BA, o SINIAV, de forma louvável e salutar, terá de estabelecer regras e medidas

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Eu, Motorista

Talvez seja clichê repetir a importância de se acionar a seta no veículo ao mudar de faixa, ou falar sobre os altos riscos de se utilizar telefone celular ao volante, mas a verdade é que alguns procedimentos simples podem minimizar, e muito, os riscos de acidentes de trânsito. Esta nova vinheta da Revista Locação vai trazer questões direcionadas ao motorista e que afetam diretamente as locadoras de veículos, como cuidados no trânsito e dicas que podem ser repassadas ao condutor. Um exemplo é a entrada em vigor, a partir de julho de 2016, da lei que obriga motoristas ao uso do farol baixo ao trafegarem em rodovias e túneis sem iluminação no Brasil, mesmo de dia. Até então esta era apenas uma recomendação do Código Brasileiro de Trânsito. Agora, o descumprimento da norma será considerado infração média, com perda de quatro pontos na CNH

e multa de R$ 85,13. Nem todos os motoristas estão informados sobre essa atualização na lei, o que pode gerar multas e complicações desnecessárias.Alertar os clientes sobre questões de segurança garante às locadoras a oferta de um melhor serviço, pois mesmo motoristas experientes estão expostos a surpresas frente a mudanças na legislação, além de proporcionar menores riscos aos veículos, o que também é interesse de locadoras e clientes.A importância do cinto de segurança no banco traseiro, por exemplo, é velha conhecida do motorista, mas ainda permanece como uma regra que sofre resistência por parte dos usuários. Já o celular, apontado por diversas pesquisas como um risco ainda maior ao motorista do que o consumo de bebidas alcóolicas, continua sendo usado de forma indisciplinada ao volante.

Tecnologia

que melhor possam promover a identificação veicular, coibindo práticas criminosas, de for-ma a subsidiar a fiscalização de trânsito e tri-butária, bem como os mecanismos para auxi-liar a própria segurança pública.

O assessor explica que, antes de mais nada, é preciso estruturar e interligar os sistemas dos órgãos fiscalizadores para que o moni-toramento seja feito em tempo real, já que é uma ferramenta de tecnologia. Além disso, é preciso que estes órgãos estejam equipados e tenham condições para cumprir suas funções, o que nem sempre é uma realidade. “Em áre-as mais distantes das capitais, nem sempre os órgãos fiscalizadores têm meios para fazerem cumprir a regra. Às vezes não há viatura dispo-nível, como eles irão atrás de uma carga rou-bada, por exemplo? ”, questiona Luís.

A integração entre órgãos componentes do Sistema Nacional de Trânsito com as demais polícias é fundamental para viabilizar o funcio-namento e a fiscalização dos veículos, o que ainda não é realidade no Brasil. “Se um veículo é roubado no interior do estado, a polícia judi-ciária local nem sempre tem meios para efeti-var o registro do roubo através do Renavam, o Registro Nacional de Veículos Automotores, limitando-se apenas ao registro do boletim de ocorrência e posterior envio para as delegacias especializadas. O intervalo entre o roubo do

carro ou da mercadoria e a comunicação para a entidade que irá de fato cuidar do caso é grande e, muitas vezes, impossibilita o rastrea-mento do veículo”, explica Luís Ventura.

A discussão ainda é ampla e há muitas ques-tões para serem respondidas. Por enquanto, se não houver nenhuma mudança de planos, o SINIAV será obrigatório somente para os caminhões de cargas terceirizadas, conforme cronograma definido pela ANTT.

Investir em sistemas mais modernos é uma tendência para agentes e instituições públicas e, por mais que a burocracia e falta de verba seja um empecilho complexo dentro do Esta-do brasileiro, a inserção da tecnologia tem que ser levada a sério em seu potencial para toda a sociedade. No caso de agentes de fiscaliza-ção de veículos, as melhorias e facilidades de incremento aos serviços públicos serão desco-bertas com o uso.

Apesar de sua inegável utilidade e neces-sidade para a modernização dos mecanismos de identificação da frota nacional, é fato que o SINIAV não pode ser um sistema acabado, estanque e imutável. Ao contrário, deve ser desenvolvido e aperfeiçoado continuamente, com a participação e experiência dos diversos setores envolvidos, inclusive do segmento em-presarial, já que acertos e erros acontecerão de forma indubitável.

PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO SINIAV

Positivos NegativosMelhor gestão do trânsito Perda da privacidade

Melhor controle tributário Falta de integração entre os sistemas

Melhorar segurança pública Ainda não foi definido quem pagará o projeto

Entenda as diferenças entre SINIAV e SIMRAV

O que é?

Quando entra em vigor?

O que ele faz?

SINIAV

chip que emite ondas de radiofrequência instalado em veículos, SEM GPS

Em agosto de 2016, somente para caminhões com cargas terceirizadas

Registra a passagem do veículo por uma torre de monitoramento (localização) e envia dados do veículo para autoridades de trânsito

Para salvar vidas

O país tem o quarto pior desempenho do continente americano quanto a mortes no trânsito, uma

combinação de imprudência dos motoristas e estruturas inadequadas; soluções e atitudes simples podem

melhorar nossa posição nessas tristes estatísticas

SIMRAV

chip SIM como de celular comum, com GPS e blo-queio remoto do veículo

Sem previsão

Localiza e envia dados do veículo às autoridades de trânsito; se o proprietário quiser, rastreia e bloqueia o veículo

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Simples e eficazAlgumas medidas simples são mais efica-

zes do que imaginamos. Atenção às condições adversas da via, cuidado na ultrapassagem e observância dos limites de velocidade são pro-cedimentos conhecidos por todos nós, e que podem e devem ser reforçados no momento da locação de um veículo.

O condutor deve sempre pesquisar as condi-ções que vai enfrentar na estrada e saber como agir em caso de neblina, chuvas fortes e ruas alagadas. Nem todas as estradas terão boas condições de iluminação correta, muito menos o clima favorável, mas o motorista deverá estar atento à sua condição de saúde e disposição. É um tremendo risco dirigir com sono.

Direção Defensiva É possível evitar situações de riscos ob-

servando os pilares da direção defensiva, que são: Conhecimento, Atenção, Previsão, Deci-são e Habilidade.

Um curso de direção defensiva inclui o aprendizado sobre a dose certa de pressão no pedal no momento da frenagem, a depender da distância do próximo veículo, tipos e condições da pista, como água da chuva ou óleo, e a me-lhor forma de realizar desvios rápidos de obstá-culos sem perder a estabilidade.

Seguir as leis de trânsito garante segurança

As leis do código de trânsito têm como ob-jetivo garantir a segurança de motoristas, pe-destres, ciclistas e motociclistas, além da orga-nização do tráfego. Seu descumprimento gera multas e pontos na carteira. Depois de alguns anos dirigindo, criamos pequenos vícios na di-reção e começamos a esquecer alguns detalhes que parecem inofensivos mas podem causar graves problemas.

Quem nunca se distraiu e acabou dirigindo com apenas uma mão? Totalmente proibido. Assim como a ultrapassagem pela direita.

Estacionar na contramão ou muito próximo da esquina nunca é permitido, mesmo quando a região está vazia e há espaço e visibilidade de sobra. E pra quem se esqueceu, não só as altas velocidades geram multas ao condutor, mas em faixas rápidas andar a um ritmo menor do que a metade da velocidade da via também é infração, passível de multa média.

Teste: você é um bom motorista?A seguir, preparamos um pequeno teste

com algumas pegadinhas que podem ficar es-quecidas com o tempo e talvez sejam pouco usadas, mas permanecem muito importantes. Veja como está sua memória:

1) Na maioria das regiões do Brasil, o telefone de emergência 190 é usado quando se deseja acionar:• �a. A Polícia Militar• �b. O SAMU• �c. O Resgate do Corpo de Bombeiros

2) Em certa rodovia, há um acentuado desní-vel entre a pista e o acostamento. Por descuido, você sai com as duas rodas da direita para fora da pista. A conduta correta nesta situação é:• �a. Retornar à pista imediatamente• �b. Sinalizar e retornar à pista imediatamente• �c. Diminuir a velocidade, verificar se não há veículos próximos, sinalizar e retornar à pista

3) A placa acima indica: • �a. Proibido circulação de veículos• �b. Abismo à frente • �c. Alfândega

4) Vítima que usava cinto de segurança está inconsciente dentro do veículo. O que fazer em primeiro lugar?• �a. Colocar a vítima em uma posição con-fortável e dar água para ela beber• �b. Sinalizar a área com triângulo e chamar o resgate• �c. Colocar a vítima no veículo e levá-la para o hospital mais próximo

5) Você não se deu conta de que o combustí-vel estava acabando e o carro parou, Você:• �a. Mantém o veículo onde ele parou, sina-liza com o triângulo e liga para a locadora• �b. Tira o veículo da pista e sinaliza com o triângulo. Liga para a locadora e espera, sa-bendo que vai levar multa• �c. Mantém o veículo onde ele parou, sina-liza com o triângulo e vai a pé até um posto comprar um pouco de combustível

Marketing Digital

Comunicação e Relacionamento fazem a diferença para o sucesso digital

Conheça um pouco mais sobre o CRM, software de gestão que integra a área comercial e o atendimento para

um serviço mais eficaz e rentável

O CAMINHO trilhado entre a prospecção e a fidelização de clientes é a chave para um negócio bem-- s u c e d i d o . Sabemos que aperfeiçoar os relacionamen-tos é indispen-sável para desenvolver uma empresa e ampliar vendas, mas como garantir o padrão de qualida-de ao longo do tempo?

Os Sistemas CRM, sigla em inglês para Cus-tomer Relationship Management, são uma ex-celente alternativa para gerenciamento de re-lacionamentos, combinando tecnologia digital e estratégias de impulsionamento de vendas dentro de um mesmo software. Como um siste-ma que atua na área comercial e de marketing, é uma ferramenta de gestão de serviços, e pode ser personalizado em cada empresa.

A aplicação de um Sistema CRM incentiva a organização e direcionamento de forças, onde todos os setores são capazes de trabalhar com o mesmo objetivo, por meio de estratégias unifica-

das e com o foco na necessidade do cliente. As ferramentas de análise de da-dos devem ser alocadas estra- t e g i c a m e n t e em cada em-presa e localiza- das dentro dos campos de mar-

keting, vendas ou ambos. Um Sistema CRM Operacional trabalha na

gestão de dados sobre captação de clientes qualificados e a presença em mídias, uma ferramenta importante de análise estratégica. Além de relacioná-los automaticamente, cada cadastro é atrelado a uma ficha completa,

CRM é um ótimo parceiro para otimizar processos, incentivar a equipe comercial e personalizar serviços

Eu, MotoristaResultados: 1.a; 2.c; 3.c; 4.b; 5.b

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passível de constante atualização e de fácil con-sulta, inclusive para ex-clientes.

A inteligência do Sistema CRM Analítico é transformar a classificação em relatórios qualitativos, com estatísticas para análise de rendimento dos clientes e funcionários, com-parativos mensais, volume de negociações e muitos outros diferenciais. Um controle digital simples e eficiente.

Como o próprio nome indica, o Sistema CRM colaborativo permite ao gestor uma organiza-ção funcional e ampla de todos os pontos de contato com o cliente, disseminando informa-ções obtidas pelo CRM Analítico e Operacional. Mais importante ainda, o Sistema CRM auxilia na identificação da melhor estratégia comercial e de comunicação para o negócio, levando em conta atuais e futuros clientes.

Percebe-se que os Sistemas CRM não estão focados somente na empresa, nos produtos e serviços que ela vende, mas nas necessidades e nos comportamentos do público com o qual in-terage. A consolidação de informações em um só banco de dados traz economia e agilidade na segmentação de estratégias de comunica-ção, ao identificar o envolvimento de um cliente com a empresa, aumentando as possibilidades de gerar negócios.

Para clientes atuais, a análise de dados permi-te determinar o serviço mais adequado e o dire-cionamento correto de informações sobre pro-dutos e serviços, encurtando o ciclo de vendas e possivelmente aumentando o faturamento.

O potencial de redução de custos aparece em vários momentos desse processo de análise, pois já não é novidade que a digitalização é aliada da economia.

O processo de atendimento ao cliente tam-bém pode ser acompanhado através de um Sistema CRM. Ele auxilia a gestão da equipe, mostrando o status de cada etapa e facilitando também a análise de cada atendimento, para que ele seja sempre aprimorado.

A ferramenta permite uma organização eficiente de todas as informações relevantes de clientes e prospects, eliminando a superfi-cialidade e estreitando o relacionamento que leva à fidelização.

Quando integrado com outras estratégias de Marketing Digital, os Sistemas CRM otimizam o relacionamento com a base de clientes e ga-rantem clientes e funcionários satisfeitos com a marca. Menos processos, mais motivação.

A inteligência do Sistema CRM é estreitar o relacionamento da empresa com o cliente por meio da personalização do atendimento.

Fonte: Reweb (www.reweb.com.br).

Fim de Papo

“Na era da conectividade, estamos todos expostos”

Vamos falar sobre CRM?Mariana França e Andrea Ozeki

CRM É UM TERMO usa-do para administrar o relacionamento com o cliente, ou ainda um sis-tema integrado de ges-tão com foco no cliente. Reúne vários processos/atividades como estra-tégia de negócio voltada ao entendimento e ante-cipação das necessida-des e potenciais de uma empresa, fomentando a confiança e potenciali-zando os resultados. Os principais tipos de CRM são: Operacional, Analítico e Colaborativo.

Mas vamos direto ao ponto. Vamos falar de CRM com foco no cliente, que traz um conceito geral sobre o universo dessa relação entre em-presa x cliente.

Podemos começar pela importância do mai-ling. De nada adiantará desenvolver novos pro-dutos, novos programas e parcerias, se a base de clientes estiver obsoleta. Se evitar falar com o seu cliente e permanecer com uma atitude passiva, terá apenas um vasto banco de dados com informações antigas e desatualizadas. Isso é até mais perigoso do que não contar com es-sas informações, já que o planejamento e as ações serão feitas em bases frágeis e que não refletem a realidade.

Seu cliente é o seu principal ativo e tem que ser uma fonte de inspiração para tomada de de-cisões inovadoras todos os dias.

Não valerá a pena fazer investimentos em ferramentas de CRM de ponta se os serviços que as qualificam como empresa, aquilo que faz por core business, não for entregue para o cliente que o adquiriu. Ou se a empresa é cam-peã de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Não basta empunharem a bandeira do DNA de excelência no relacionamento com os seus clientes, se de fato não cumprirem com o que foi proposto ou se deixar de ouvi-los.

Na atual era da conectividade, estamos to-dos expostos, principalmente as empresas.

Nada, nenhum acordo, ne-nhum negócio, nenhuma relação é mais particular e oculta. Simplesmente tudo se torna público de uma forma ou de outra. Temos que avaliar bem as nossas práticas e ações, porque elas se tornarão públicas rapidamente.

Com a situação econô-mica que o país se encon-tra, os recursos para satis-fazer o cliente são escassos e trazem à tona o velho pro-cesso de executar as ativi-

dades com baixo custo. Claro que as empresas precisam dar lucros e serem sólidas, mas só é possível atingir esse objetivo dando o verdadei-ro valor ao cliente. Algumas empresas com esse propósito surgiram, mas elas pouco aplicavam sua proposta original. Existe muita vontade de faturar, porém pouca preocupação com o cliente.

Com a chegada das ferramentas de CRM, fi-nalmente estava criada a junção perfeita, uma febre enorme em torno da promessa de qual tecnologia iria permitir o relacionamento indivi-dual com um cliente fiel. Enfim, esse relaciona-mento iria realmente acontecer, como uma má-gica, graças à tecnologia. A ilusão estava criada.

O CRM iria mudar o mundo e trazer muitos lucros, utilizando o conceito de segmentação em larga escala. Realmente trouxe um encan-tamento às empresas e os fornecedores dessas plataformas ganharam muito dinheiro. As em-presas caíram na falsa armadilha de achar que a tecnologia seria capaz de resolver sua vida.

Num mundo onde tudo muda e de forma rá-pida, onde a informação se espalha na velocida-de da luz, as mudanças de hábitos, conceitos, consensos e atitudes são frequentes. As empre-sas precisam se adequar e saber interagir com as diversas gerações (babyboomers, geração X e geração Y). A nova classe C vira sinônimo de consumo. Assistimos também à era da “mulher decide”. Ela consome muito mais que os homens e também influencia nas decisões.

Andrea Ozeki e Mariana França são sócias-diretoras da empresa “One by One Gestão de Relacionamento”

(www.onebyonegr.com.br).

Marketing Digital

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Enfim, o consumidor não para de evoluir. Consumidores se tornam digitais e colabora-tivos. A maior parte é consumidor real time. Consumidores querem satisfazer suas expec-tativas AGORA e não “daqui a pouco”.

A Multicanalidade se torna regra. Empresas necessitam e utilizam diferentes canais, am-bientes e pontos de interação. Elas precisam estar preparadas para se comunicar com essas diversas gerações e todos esses canais, preva-lecendo a mesma característica em todos eles, em todas as áreas, seja ela na ponta de vendas, na cobrança, no atendimento, no suporte, na as-sistência técnica, por telefone, presencialmente, pelas redes sociais, por e-mail ou por chat. O encantamento tem que ser de ponta a ponta.

O fato é que tudo evolui e não há mais es-paço para quem quer “enrolar” o cliente, dar soluções e respostas invasivas, se envolver em processos burocráticos, morosos, redundan-tes. O senso de urgência e justiça deve estar presente e ser aplicado sempre.

Nesse cenário, nasce a busca pelo relacio-namento Um a Um. Se a era atual baseia-se de fato na atitude de cortejar o cliente, então que seja para cortejar de maneira individual e estratégica.

Dar esse passo rumo ao relacionamento One by One (retirando a conotação marqueteira do termo), requer mais que investimento em equi-pe e estrutura: requer uma profunda mudança nos valores e práticas de relacionamento e tra-tamentos com os seus clientes. É uma mudança de aculturamento por toda uma organização. É entender o cliente para atender bem.

Mas, cuidado! O conceito de que cliente tem sempre razão, de que o cliente é o rei, o cliente sempre vem em primeiro lugar, são paradigmas aos quais precisamos tomar aten-ção: uma faca que corta dos dois lados. Desta forma, podem-se criar clientes mal-intencio-nados, mal-acostumados, eternamente insa-tisfeitos e infiéis, mas isso é irreversível para qualquer empresa ou mercado. Tudo tem que ser medido, avaliado imparcialmente. É preci-so haver senso de justiça.

Um erro que as empresas cometem é que dão muita importância quando um futuro clien-te ainda é um prospect, e investem em diversos mecanismos e táticas de encantamento sedu-toras para atraí-lo. Infelizmente, tudo isso dei-xa de ser feito quando ele se torna cliente. E aí esse cliente encantado passa muitas vezes a ser apenas um código, um login, um número.

Essa falha fica evidente quando todos os investimentos e encantamentos para atrair o cliente para sua base ao longo do tempo

passam a deixar de existir, porque passam a ser vistos como aumento de despesas, tendo que manter áreas de pós-venda, suporte, assistên-cia técnica, ouvidoria, SAC, Call Center. Clientes ligam para reclamar, pedir garantias, e manter tudo isso “custa caro e não traz dinheiro”.

Infelizmente, para muitas empresas investir em relacionamento em atendimento qualifica-do de pós-vendas passa ser um passivo e não um ativo. Mas, deixar de investir gerará no-vos custos, porque o cliente acaba desejando ir embora e a empresa gastará ainda mais com planos de retenção. É muito importante cultivar sua base, que é sua maior riqueza, e mantê-la sempre limpa e atualizada, possibilitando inte-grar as áreas que se relacionam com o cliente e interagir durante todo o processo.

Esse passa ser o principal desafio para as Áreas de Gestão de Relacionamento: Manter o cliente na base e agregar valor à corporação. O pensamento e atitudes deverão ser os mesmos desde o pré-venda até o pós-venda. Criar experi-ências de encantamento, andar lado a lado com seu cliente em todas as etapas. É uma cadeia fracionada onde todas as partes são envolvidas. Anuncie menos e surpreenda mais! Invista mais no que tem e os outros virão consequentemente.

Afinal, qual o segredo de um relacionamen-to de sucesso? Quem é o maior ativo para a empresa? Os acionistas, os colaboradores ou o cliente? Nós respondemos que é um tripé! Ne-nhum sobrevive sem o outro. É o mesmo que querer extrair do corpo humano o coração, um pulmão ou o fígado – o corpo morre.

Relacionamento inteligente é o relaciona-mento equilibrado entre acionistas, colabora-dores e clientes. Para fazer CRM, não precisa apenas entender de gente, mas principalmente gostar de gente!

Cuide bem de seu cliente, haja eticamente, cumpra contratos, prazos e compromissos as-sumidos e ele permanecerá. Se tiver que ir... ele voltará!

E desta forma sua empresa e sua equipe esta-rão preparados para atender esse consumidor de hoje, que é cada vez mais mutante, infiel, engaja-do em redes e comunidades. Gente que fala bem e mal da sua marca, de tendências, conhece os seus direitos e defende pontos de vistas. Pesso-as que querem saber, que exigem preço vs. valor, querem retorno rápido e atendimento em todos os canais que a empresa disponibilizar.

Ele quer e quer agora, compara influência, gerando mídia e conteúdo em redes sociais. Não tem problema em elogiar, recomendar, criticar, processar. Mas se ele voltar pra você, hum, aí certamente... Você fez a coisa certa!

Fim de Papo