pintura de roma

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História e Cultura das Artes 12 de Março de 2010

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Page 1: Pintura de Roma

História e Cultura das Artes

12 de Março de 2010

Page 2: Pintura de Roma

A pintura Romana

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A pintura em conjunto com os mosaicos é a forma artística que melhor caracteriza e define o modo de vida e de estar dos romanos, narrando, grande parte de vezes, o seu quotidiano.

É ainda, actualmente, muito pouco compreendida, pois o seu estudo é prejudicado pela escassez de relíquias.

A grande escassez do que hoje sabemos sobre a pintura romana deve-se a uma grande tragédia natural. Quando um vulcão entrou em erupção em 79 d.C. e soterrou duas prósperas e importantes cidades de Roma (Pompeia e Herculano).

A maioria dos seus habitantes faleceram, mas felizmente, as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e sob a lava arrefecida e endurecida.

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Através do estudo do que restou se formularam diversas teorias e panoramas sobre a vida artística de Roma. Contudo esse conjunto de obras é apenas uma mínima quantidade de pintura produzida em todo o território romano no percurso de toda a sua longa história.

Roma desde sua origem fora uma ávida consumidora e produtora

de arte.

A pintura está interligada com a arquitectura pois as paredes precisavam de ser adequadamente preparadas para receberem a ornamentação. Utilizavam-se argamassas e cimento.

As origens da pintura romana remontam aos etruscos que tinham por hábito revestir as paredes dos templos e dos túmulos, construídos em terracota ou em madeira, com frescos, que para além de os embelezarem esteticamente e lhes atribuíam um carácter muito simbólico, ajudavam, também, na sua conservação.

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A arte pictórica dos etruscos é de grande vivacidade narrativa e de enorme sentido da realidade, transportando assim uma grande carga expressiva, vigorosa e linear.

Ocorreu também uma influência egípcia.

Influenciou a arte dos retratos. Apresenta-se nas esfinges que evocam os cadáveres.

Assim que conquistou sua independência entrou em contacto directo com a cultura grega, passando a compreender os seus princípios em todos os campos artísticos, inclusive na pintura.

Tornou-se numa tradição a respectiva cópia de obras célebres e a variação sobre diversas técnicas e temas gregos e, segundo os relatos antigos, a produção era enorme.

A importância dos originais e das pinturas gregas eram altamente célebres e cobiçadas.

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Por causa dessa continuidade deve-se a Roma muito do que sabemos hoje em dia respectivamente á pintura grega uma vez que, não restou grande parte de originais em território grego.

Contudo, o que foi importado ou produzido pelos romanos em representação dos gregos também se perdeu quase completamente, exactamente o que ocorrer com a sua produção original.

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Dividiu-se em duas tipologias diferentes: a pintura mural, feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios; e a pintura móvel, realizada a encáustica (técnica pictórica que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal, em que o aglutinante dos pigmentos de cor é a cera quente, diluída), geralmente sobre painéis de madeira;

As principais características da pintura romana foram o realismo, o naturalismo, a atenção ao pormenor e ao detalhe, a noção de perspectiva conseguida; os belíssimos contrastes de claro-escuro e as composições plenas de vivacidade, delicadeza e harmonia;

Quanto aos conteúdos, a pintura romana divide-se nas seguintes temáticas básicas:

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A pintura triunfal - incide sobre cenas históricas (representando episódios de batalhas, cortejos triunfais após vitórias militares, mapas que eram figurados para transparecer pontos-chave das campanhas, façanhas dos chefes, episódios políticos…).Estilisticamente, recorre, tal como ocorre nos relevos, à narrativa contínua onde e figura principal é repetida e as figuras secundárias são colocadas lado a lado. A representação é precisa, quer em pormenores formais, quer nas inscrições que identificam os protagonistas.

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Bodas Aldobrandinas, fresco encontrado numa casa romana do monte Equilino

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A pintura mitológica – aparentemente a mais abundante, este tipo de pintura incide directamente sobre os mitos e todos os mistérios da vida dos deuses e na representação das suas figuras antropomórficas. As cenas são muito fantasiadas, e são-nos contadas em composições riquíssimas de personagens e cor.

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Ménade

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Perseus libertando Andrómeda

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A pintura de paisagem – inspira-se na natureza e em todos os seus componentes.A sua representação tem duas vertentes, ora é fantasista, poética e sonhadora, ora é realista, não possuindo ausência de poesia.

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La Primavera

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Pinturas a fresco da Villa Lívia, em Primaporta, 20 a.C.

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As naturezas-mortas e as cenas de género – são pequenas obras-primas de puro realismo técnico e minuciosidade perante o pormenor.

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Natureza-morta com pássaro

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Pêssegos e jarro de vidro, natureza-morta pintada a fresco.

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Os retratos – Eram elementos importantes no sistema religioso e social de Roma. Existia a longa tradição de retratar os falecidos.A utilização do retrato não era exclusiva dos romanos. Tornara-se numa tradução comum em todo o mediterrâneo, não só em memória dos falecidos, mas também como oferendas aos deuses e como elogio aos vivos, especialmente aos imperadores, generais e outras personalidades importantes. Também os cidadãos comuns podiam possuir retratos, pois a técnica da pintura tinha um custo relativamente baixo (opostamente á estatuária).Os retratos romanos são admiráveis quer pelo seu realismo quase fotográfico, quer pela sugestão psicológica que nos provocam.

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Retratos Romanos

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‘A Poetisa’

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Os romanos utilizavam a pintura em edifícios públicos (basílicas e termas), religiosos (templos e túmulos), oficiais (mansões e palácios) e privados (lares de abastados funcionários, mercados, nas casas privadas sendo nestas revestidas as paredes de várias dimensões, tornando a casa num lugar agradável e acolhedor).

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Fresco de uma casa de Herculano

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Pinturas a fresco das paredes de uma casa em Pompeia

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Pinturas a fresco das paredes das termas de Pompeia

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O Mosaico Romano

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Mosaico ou arte musiva, é constituído por pequenas peças de pedra ou de outros materiais nomeadamente vidro, mármore, cerâmica ou conchas (tesselas), formando determinado desenho.

O objectivo do mosaico é preencher algum tipo de plano, como pisos e paredes.

"Mosaico" tem origem na palavra grega mouseîn, a mesma que deu origem à palavra música, que significa próprio das musas.

É uma forma de arte decorativa milenar, que nos remete à época greco-romana, quando atingiu o seu apogeu (século IV).

Os grandes e principais temas dos mosaicos são idênticos aos da pintura romana e desenvolvem-se em composições figurativas: episódios mitológicos, cenas de caça, jogos, naturezas-mortas e, por vezes passagens humorísticas, com particular evidência para cenas ilusórias.

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Na sua elaboração foram utilizados diversificadíssimos materiais e possuiu diversas aplicações ao longo dos tempos.

Actualmente, o mosaico renasceu, despertando grande interesse, sendo cada vez mais utilizado, artisticamente, na decoração de ambientes interior e exteriormente.

Em Pompeia especificamente, foi um viveiro de mosaicistas que desde os poderosos e os abastados até o povo em geral apreciavam esta arte.

Um outro tipo de mosaico foi o de pequenas tesselas de madeira, usado para decorar mobiliário, caixas e outros objectos. Eram também usados pedaços de marfim e madrepérolas. No século 19 os mosaicos caiem em desuso.

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Mosaicos romanos da cidade de Pompeia

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"Cave Canem", mosaico-tapete de uma casa de Pompeia

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Mosaico da "Batalha de Isso" e pormenor da cabeça de Alexandre

Magno, respectivamente

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Mosaicos decorativos da Casa dos Repuxos em Conímbriga, Portugal

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Trabalho Realizado por:

Joana Santos nº13