pim-viii gestão da qualidade e empreendedorismo

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UNIP INTERATIVA Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia GESTÃO DA QUALIDADE E EMPREENDEDORISMO

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Page 1: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

UNIP INTERATIVA

Projeto Integrado Multidisciplinar

Cursos Superiores de Tecnologia

GESTÃO DA QUALIDADE E EMPREENDEDORISMO

Criciúma – Santa Catarina

2012

Page 2: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

UNIP INTERATIVA

Projeto Integrado Multidisciplinar

Cursos Superiores de Tecnologia

GESTÃO DA QUALIDADE E EMPREENDEDORISMO

Nome: Aguinaldo da Silva

RA: 1139586

Nome: Renan Pereira Freitas

RA: 1103479

Nome: Jonatan Bolsoni Vieira

RA: 1115499

Curso: Gestão da Tecnologia da Informação

Semestre: 2º Semestre

Criciúma – Santa Catarina

2012

Page 3: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

RESUMO

A falta de mecanismos de controle e garantia de qualidade normalmente

geram custos e riscos associados com retrabalho ou com perda de processos, como

por exemplo, falha na execução de algumas tarefas. A necessidade de Qualidade

em Software está conduzindo o mercado atual a uma busca incessante pela

excelência no desenvolvimento de projetos

A utilização de processos bem definidos e baseados em modelos como o

CMMI (Capability Maturity Model Integration) na construção de softwares colaboram

diretamente para a qualidade do produto final. A organização deve ter como foco

principal a busca pela satisfação dos seus clientes para sobreviver no mercado.

Para isto, deve produzir produtos de qualidade. A melhora da qualidade do produto

deve ser incorporada no seu processo de desenvolvimento

Um dos fatores importantes para a construção de um software de qualidade

é o processo de desenvolvimento utilizado e como este é implantado na

organização. A inexistência ou a não utilização de processos bem definidos e de

boas práticas de desenvolvimento, mesmo que informais, faz com que o

desenvolvimento de software fique dependente da experiência e do conhecimento

das pessoas envolvidas.

Este cenário resulta na realização de projetos cujos resultados são

imprevisíveis, onde cada um realiza as suas atividades da forma que lhe convém, e

dificulta a reutilização de boas práticas e de lições aprendidas.

Para lidar com a qualidade de um software é necessário lembrar que o

projeto do software, o processo de desenvolvimento e o produto final têm que ter

qualidade.

Palavras chave: CMMI, qualidade, empreendedorismo, ISO/IEC, software.

Page 4: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

ABSTRACT

The lack of control mechanisms and quality assurance typically generate

costs and risks associated with rework or loss processes, such as failure to perform

some tasks. The need for Quality Software is leading the current market to a

relentless pursuit of excellence in project development.

The use of well defined processes and based on models such as CMMI

(Capability Maturity Model Integration) software collaborate on building directly to the

quality of the final product. The organization must have as its main focus the quest

for customer satisfaction to survive in the market. For this, it must produce quality

products. The improvement of product quality should be incorporated into their

development process.

One of the important factors for building a quality software development

process is used and how it is deployed in the organization. The absence or non-use

of well defined processes and best practices development, even if informal, makes

software development becomes dependent on the experience and knowledge of the

people involved.

This scenario results in the realization of projects whose results are

unpredictable, where each performs its activities in the way that suits you, and

hampers the reuse of best practices and lessons learned.

To deal with the quality of software is necessary to remember that the design

of the software development process and the final product must have quality.

Keywords: CMMI, quality, entrepreneurship, ISO / IEC software.

Page 5: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................6

2. MPS.BR.........................................................................................................................7

3. CMMI..............................................................................................................................8

4. ISO 12207......................................................................................................................9

5. ISO 15504....................................................................................................................10

6. PROJETO DE CONSULTORIA DA CONSULTING PARA A SOFTWARE DEVELOPER...............................................................................................................11

6.1. Garantia da qualidade de software..........................................................................12

6.2. Ferramentas para gestão da qualidade...................................................................14

6.2.1.Gráfico de Pareto........................................................................................................14

6.2.2.Diagrama de Ishikawa................................................................................................15

6.2.3.Gráfico de Gantt..........................................................................................................16

6.2.4.PERT e CPM...............................................................................................................17

6.2.5.MS-PROJECT.............................................................................................................18

7. EMPREENDEDORISMO...........................................................................................19

7.1. Empreendedorismo como vantagem competitiva..................................................20

7.2. Intraempreendedorismo.............................................................................................21

7.3. Inovação.......................................................................................................................22

7.4. Identificação de oportunidades.................................................................................22

7.5. Práticas de gestão empreendedora.........................................................................23

8. CONCLUSÃO..............................................................................................................25

9. REFERÊNCIAS...........................................................................................................26

Page 6: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

6

1. INTRODUÇÃO

Realizar a implantação de melhores praticas nos processos de

desenvolvimento de software, de acordo com o Guia de Conhecimentos para

Gerenciamento de Projetos (PMBOK) e com os documentos CMMI-DEV, é uma

difícil tarefa que exige conhecimento e comprometimento de todos os stakeholders.

Realizar a identificação de riscos do projeto, planejar sua mitigação ou

contingência, calcular estimativas de custos e de esforço para melhor execução do

projeto, detalhar os recursos necessários para as atividades, são tarefas essenciais

para determinar o sucesso do projeto.

A qualidade é essencial para a sobrevivência da empresa no mercado e tais

qualidades são representadas através de certificações como: CMMI, MPsBR,

ISO15504 entre outras.

Page 7: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

7

2. MPS.BR

O MPS.BR ou Melhoria de Processos do Software Brasileiro é

simultaneamente um movimento para a melhoria da qualidade (Programa MPS.BR)

e um modelo de qualidade de processo (Modelo MPS). Voltado para a realidade do

mercado de pequenas e médias empresas de desenvolvimento de software no

Brasil, ele é baseado nas normas ISO/IEC 12207 e ISO/IEC 15504 e compatível

com o CMMI. Essas normas são as mesmas que o CMMI é baseado é por isso pode

se dizer que os dois modelos tem equivalência.

Ambos os modelos possuem níveis de maturidade que definem a

capacidade da empresa em trabalhar em projetos grandes e complexos. O CMMI

varia do 1 ao 5 e o MPS.Br varia do G ao A, sendo que ao contrário do CMMI, o

primeiro nível já exige que a empresa tenha determinados processos definidos

A escala de níveis pode ser expressa da seguinte forma:

G – Parcialmente Gerenciado

F – Gerenciado

E – Parcialmente Definido

D – Largamente Definido

C – Definido

B – Gerenciado Quantitativamente

A – Em Otimização.

Uma das principais vantagens do modelo é seu custo reduzido de

certificação em relação as normas estrangeiras, sendo ideal para micro, pequenas e

médias empresas que são a grande maioria no Brasil.

Page 8: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

8

3. CMMI

Resumidamente, o CMMI (Capability Maturity Model Integration) é um

modelo de referência que contém práticas necessárias à maturidade em disciplinas

específicas: engenharia de sistemas, engenharia de software, integração de

produtos e serviços e suprimentos. O CMMI procura estabelecer um modelo único

para o processo de melhoria corporativo, integrando diferentes modelos e

disciplinas.

O CCMI está dividido em cinco níveis:

Nível 1 - Inicial: imaturidade organizacional; compromissos de prazo e

custo não são cumpridos; o planejamento não é feito com base em estimativas e as

chances de sucesso dependem das habilidades pessoais dos gerentes e

desenvolvedores;

Nível 2 - Gerenciado: políticas e procedimentos para gerenciar o

desenvolvimento de software estão definidas e são obedecidas; o planejamento é

baseado em estimativas e na experiência anterior de outros projetos; os projetos

utilizam processos definidos, usados, disseminados, documentados, medidos e

fiscalizados com rotinas de melhoria.

Nível 3 - Definido: os processos utilizados são estabelecidos e

padronizados em toda a organização; processos técnicos passam a ser

considerados ao lado dos processos gerenciais.

Nível 4 - Quantitativamente Gerenciado: são estabelecidas metas

quantitativas para os processos e produtos, medidas de qualidade e produtividade

são coletadas em todos os projetos; é estabelecido controle estatístico de

processos.

Nível 5 - Otimização: a organização está engajada na melhoria contínua

de seus processos; identificação de pontos fracos e defeitos; ações preventivas

sobre causas; mudanças mais significativas de processos são feitas a partir de

análise de custo/benefício com base em dados quantitativos.

Page 9: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

9

A utilização conjunta da biblioteca ITIL, do COBIT e dos níveis de

maturidade descritos no CMMI contribuem para alcançar a excelência na qualidade

de serviços em TI.

4. ISO 12207

A Norma ISO/IEC NBR 12207 foi criada pela ISO (Institute of Organization

for Standardization) e o IEC (International Electrotechnical Commission) dentro de

um esforço conjunto dessas organizações com o objetivo de estabelecer uma

estrutura comum para os processos de ciclo de vida de software. A estrutura contém

processos, atividades e tarefas que servem para ser aplicadas durante o

fornecimento, desenvolvimento, operação e manutenção de produtos de software.

Basicamente a ISO/IEC 12207 abrange todo o ciclo de vida de software,

desde sua concepção até a descontinuidade do projeto de software, e por todos os

envolvidos com produção, manutenção e operação do software, sendo que seus

processos são agrupados de acordo com seu objetivo principal no ciclo de vida de

software.

Existem três classes de processos: Processos Fundamentais, Processos de

Apoio e Processos Organizacionais.

Page 10: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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5. ISO 15504

A ISO/IEC 15504, também conhecida como SPICE, é a norma ISO/IEC que

define processo de desenvolvimento de software. Ela é uma evolução da ISO/IEC

12207 mas possui níveis de capacidade para cada processo assim como o CMMI.

Page 11: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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A Norma ISO/IEC 15504 para a avaliação de processos de software define

um modelo cujo objetivo é a realização de avaliações de processos visando a

melhoria dos processos.

A ISO/IEC 15504 define um modelo de referência e um guia para a

orientação da melhoria de processo Este guia sugere oito etapas seqüenciais, que

inicia com a identificação de estímulos para a melhoria e o exame das necessidades

da organização.

6. PROJETO DE CONSULTORIA DA CONSULTING PARA A

SOFTWARE DEVELOPER

A empresa Software Developer desenvolve sistemas para as áreas de

consórcio, financiamentos e empréstimos tendo como clientes principais instituições

financeiras cujo foco de atuação é as áreas citadas.

Apesar de oferecer softwares adequados às necessidades dos clientes

existem falhas nos processos de documentação, análise de riscos, gerenciamento

de suporte e disponibilidade de serviços.

A Software Developer peca pela falta de organização estratégica e

ferramentas que possam auxiliar no desenvolvimento dos seus produtos. A

empresa necessita de padrões e princípios que irão orientar quais atividades serão

executadas e quais as decisões serão tomadas.

Page 12: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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Orientar as ações para o alcance dos objetivos no sentido de direcionar o

crescimento das organizações de forma sistêmica e estruturada, não é mais uma

questão de necessidade, mas sim de sobrevivência. Por isso através de uma

metodologia dinâmica e flexível, deve-se desenvolver um processo de planejamento

estratégico eficaz e alinhado com as necessidades e características da empresa. As

ferramentas utilizadas primam por uma análise profunda e detalhada dos processos,

estimulando assim a busca pela qualidade total

Para que a Software Developer possa se manter nesse mercado competitivo

de desenvolvimento de software além da inovação e de metas específicas é

necessário ter uma equipe unida e um gestor com foco no resultados e visão

sistêmica da empresa.

Para reverter esse quadro a Empresa Consulting, especializada em

consultoria e implantação das melhores práticas voltadas levantou os problemas e

desenvolveu opções para melhorar o gerenciamento da TI consolidando a Software

Developer no mercado.

6.1. Garantia da qualidade de software

Durante o trabalho de consultoria foi verificado falhas em alguns processos

de desenvolvimento.

Apesar de não ocorrer uma rotatividade alta no quadro de desenvolvedores,

a falta de um framework adequado e de um modelo de desenvolvimento baseado

em normas certificadas internacionalmente, resultou em processos falhos que

culminaram com produtos com erros gerando retrabalho na correção, elevando

custos.

Nesse sentido foi sugerido a diretoria da Software Developer a implantação

das normas ISO/IEC 12207 e ISO/IEC 15504 para melhoria nos processos de

desenvolvimento. Na consultoria anterior já estava sendo empregado o CMMI

visando alcançar a maturidade nível 2. Juntou-se a isso a implementação da

MPS.BR para complementar as boas práticas no desenvolvimento.

Page 13: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

13

“Abordagens importantes como normas ISO

9000 e a ISO/IEC 12207, o modelo CMM

(Capability Maturity Model), agora evoluído para o

CMMI (Capability Maturity Model Integration) e o

SPICE (Software Process Improvement and

Capability dEtermination), que foi a base para se

constituir a norma ISO 15504, sugerem que

melhorando o processo de software, poderemos

melhorar a qualidade dos produtos.” (Pfleeger,

1998)

O trecho acima, retirado do artigo “A importância da qualidade no

desenvolvimento de software” (Ana Cecília Peixoto Zabeu, Sergio Massao Jomori e

Renato Luiz Della Volpe, 2006), nos mostra a importância da adoção das normas de

qualidade.

O processo de implantação das normas iniciou com uma explicação a toda

equipe de desenvolvedores sobre o que eram as normas, onde aplicá-las e quais os

benefícios que a adoção dessas normas traria a empresa e ao trabalho

desenvolvido.

Como já estava em prática à adoção do CMMI e dos conceitos 5s, a

implementação das normas ISO/IEC foi bem recebida pela equipe de

desenvolvimento.

“As implementações de programas de qualidade

têm mostrado que tratá-las como projetos reais,

com planejamento, monitoramento, definição de

marcos, controle de custos e um cronograma pré-

estabelecido é uma boa prática a ser seguida,

além de permitir aos envolvidos enxergar o

trabalho realizado e o que ainda resta para o

alcance dos objetivos” (Raquel Bartz Alves, 2009)

Garantir a qualidade do software gerando menor tempo com retrabalho e

aumentar a credibilidade do produto e da empresa com base no aumento da

confiança do cliente passou a ser o objetivo central da equipe.

Page 14: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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Apenas conceitos não produzem resultados, ações decorrentes dos fatos

necessitam ser tomadas. Para alcançar os resultados desejados foi sugerido durante

a consultoria, além das normas ISO/IEC, a adoção de algumas ferramentas que

auxiliarão no desenvolvimento dos projetos e gerenciamentos dos processos em

cada etapa.

6.2. Ferramentas para gestão da qualidade

Para conduzir o processo de introdução das normas de qualidade, foi

apresentado algumas ferramentas para auxiliar na gestão dos projetos. Essas

ferramentas facilitarão o controle dos processos envolvidos no desenvolvimento do

produto final.

6.2.1. Gráfico de Pareto

Esta ferramenta tem sua funcionalidade gerada através de um gráfico de

barras que identifica as frequências dos registros ou ocorrências em um processo,

de maior para menor, permitindo a priorização no que diz respeito sobre ações.

Para o Diagrama ser aplicado, é importante seguir seis passos básicos:

Determinar o objetivo do diagrama, ou seja, que tipo de perda você

quer investigar;

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Definir o aspecto do tipo de perda, ou seja, como os dados serão

classificados;

Em uma tabela, ou folha de verificação, organizar os dados com as

categorias do aspecto definido;

Fazer os cálculos de freqüência e agrupar as categorias que ocorrem

com baixa freqüência sob a denominação outros, calcular também o

total e a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado;

Traçar o diagrama.

A coleta de dados tem como função realizar o registro das informações

levantadas para o desenvolvimento do gráfico. A seguir um exemplo do gráfico de

Pareto.

6.2.2. Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta

gráfica utilizada no controle da qualidade em diversos processos.

Os problemas são classificados em seis tipos diferentes: método, matéria-

prima, mão-de-obra, máquinas, medição e meio ambiente. Esse sistema permite

estruturar hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema ou

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também uma oportunidade de melhoria, assim como seus efeitos sobre a qualidade

dos produtos.

Esse diagrama envolve todos os agentes do processo em análise. Depois de

identificar qual o problema ou efeito a ser estudado, lista-se as possíveis causas e

depois faz-se o diagrama de causa e efeito.

Para criar o diagrama de causa e efeito é necessário:

Definir o problema (efeito) a ser analisado;

Desenhar a seta horizontal escrevendo o problema no interior de um

retângulo localizado na ponta da seta;

Levantar as possíveis causas que possam estar gerando o problema;

Dividir as causas identificadas em categorias e

Definir as sub-causas.

6.2.3. Gráfico de Gantt

O Gráfico de Gantt é utilizado para mostrar o avanço das diferentes etapas

de um projeto. Nele podem ser visualizadas as tarefas de cada membro de uma

equipe, bem como o tempo utilizado para cumpri-la. Assim, pode-se analisar o

empenho de cada membro no grupo, desde que os estes sejam associados, à

tarefa, como um recurso necessário ao desempenho dela.

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Devido a facilidade de leitura do gráfico de Gantt, essa ferramenta é muito

utilizada em quase todos os projetos, seja ele desenvolvimento em um programa

específico como o MS-Project ou dentro de uma planilha eletrônica como o MS-

Excel.

Resumidamente o gráfico de Gantt mostra o cronograma das fases de um

projeto permitindo o controle sobre os prazos de execução de cada etapa.

6.2.4. PERT e CPM

Os métodos PERT e COM são utilizados em quase todos os projetos

(construção civil, desenvolvimento de software, fabricação de automóveis, etc,).

PERT e CPM utilizam principalmente os conceitos de Redes para planejar e

visualizar a coordenação das atividades do projeto.

Enquanto PERT é o cálculo a partir da média ponderada de 3 durações

possíveis de uma atividade (otimista, mais provável e pessimista), CPM é um

método de apuração do caminho crítico dada uma sequência de atividades, isto é,

quais atividades de uma sequência não podem sofrer alteração de duração sem que

isso reflita na duração total de um projeto.

Visualizando os caminhos que serão seguidos no desenvolvimento do

projeto fica fácil determinar quais serão os caminhos críticos (que tem maior

Page 18: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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duração, por exemplo) e que necessitarão maiores recursos. Dentro desse contexto

pode dizer que o caminho crítico é a sequência de atividades que deverão ser

concluídas nas datas estabelecidas para que o projeto não atrase no final.

6.2.5. MS-PROJECT

O Microsoft Project possui recursos relacionados à gestão de projetos.

Gestão do tempo (cronograma), Gráfico de Gantt, modelo probabilístico, diagrama

de rede e cálculo de custos são alguns dos recursos disponíveis. Além disso possui

uma grande quantidade de relatórios.

Por ser um software bastante completo reunindo todas as principais

ferramentas de gerenciamento de projeto, o MS-Project é fundamental no controle

da qualidade.

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Foi sugerido a Software Developer a utilização do MS-Project devido a sua

maturidade, quantidade de recursos, documentação abundante e centros de

treinamento com cursos em diversos níveis em todo o país.

Além disso, adotar uma ferramenta conhecida no gerenciamento de projetos,

melhora a credibilidade da organização junto aos stakeholders.

A implantação do programa de qualidade com base na gestão de tempo e

recursos e seguindo as normas ISO/IEC irão contribuir para a melhoria dos produtos

e permitindo a organização preparar os colaboradores para os próximos níveis de

maturidade CMMI.

7. EMPREENDEDORISMO

Devido aos casos ocorridos de problemas em alguns Softwares já instalados

com os clientes da Software Developer , foi reforçado a utilização do padrão 5S

implantado na consultoria anterior. Essa medida é importante, pois é comprovado

que a aplicação dela aumenta e muito o rendimento do Gestor e de sua equipe,

otimizando o tempo e melhorando a qualidade do serviço.

Page 20: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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Pensando nessa necessidade de organização, foi sugerido algumas dicas

baseados em estudos organizacionais.

Papel: organizar seus arquivos impressos por ordem alfabética ou

cronológica pode melhorar muito a organização de seus documentos.

Espaço: ordenar objetos e definir locais por áreas da empresa. Por exemplo:

os documentos e objetos da área de finanças ficam em um canto; os de vendas, em

outro.

Gestão do tempo: para gerenciar o tempo é indispensável verificar a agenda

do dia seguinte verificando os eventos e as tarefas.

Esses métodos de organização citados são um impulso para melhorar o

rendimento de toda a equipe da Software Developer, promovendo a melhoria na

produtividade.

7.1. Empreendedorismo como vantagem competitiva

A necessidade de evoluir é fundamental para qualquer empresa, e com base

nessa necessidade o foco tem que estar ligado na inovação e na criatividade.

Para que a Software Developer possa estar um passo a frente as outras

empresas do seguimento de desenvolvimento de software foram elencados dois

conceitos sobre vantagens competitivas:

Ações: força da Inovação

Uma inovação para ser eficaz precisa ser simples e tem que ser

concentrada. A inovação é tanto conceitual como percentual. A empresa deve "sair"

para olhar, perguntar e escutar para que se possa obter um resultado satisfatório

com foco na melhoria do produto ao cliente.

Ações-fraqueza da Inovação

Diversificar, dispersar ou tentar fazer coisas demais logo no início no são

ações – fraqueza da inovação. A empresa não deve inovar para o futuro, a inovação

deve ser para o presente. A empresa não deve tentar ser engenhosa demais

Page 21: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

21

podendo se comprometer com métodos ou produtos ao cliente que não poderão ser

cumpridos ao prazo.

Há estudiosos que defendem que em um mundo competitivo que muda

rápido, nenhuma destas vantagens pode ser mantida a longo prazo. Eles alegam

que a única vantagem competitiva sustentável é construir uma empresa que esteja

tão alerta e ágil que sempre irá encontrar uma vantagem, não importa que

mudanças ocorram.

7.2. Intraempreendedorismo

Durante a consultoria verificou-se que a Software Developer desenvolve

seus produtos de acordo com as exigências dos clientes, ou seja, o fator inovação

não está sendo utilizado para criar novas soluções e recursos facilitadores aos

clientes.

Com base nessa informação sugeriu-se criar uma equipe direcionada ao

intraempreendedorismo. Os intraempreendedores da Software developer usarão

seus relacionamentos, suas habilidades e criatividade para estar um passo a frente

na inovação, descobrindo oportunidades de melhorar o produto surpreendendo os

clientes e abrindo novas possibilidades de negócios.

Esses profissionais serão de grande importância para a empresa, pois terão

a oportunidade de integrar tecnologia e inovação ao produto transformando-o em

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algo mercadologicamente viável. Esses colaboradores deverão possuir as seguintes

competências e perfis: habilidade de conhecer e entender o produto e explorá-lo,

habilidade de realização e operação organizacionais, habilidade de conhecer os

segmentos de mercado e suas tendências, habilidade de influenciar e direcionar

subordinados, habilidade de relacionarem-se com pessoas influentes, formadores de

opinião e tomadores de decisão, habilidade de planejar estrategicamente, habilidade

de reconhecer oportunidades e aproveitá-las.

7.3. Inovação

A Software developer preocupada com a concorrência de mercado

implantará algumas metas que auxiliará o empreendedor a conquistar oportunidades

de negócio.

Projetos serão desenvolvidos em base na pesquisa, inovação e tendência de

mercado como, por exemplo, a aplicação de softwares como serviços; a equalização

do custo benefício apresentando maior qualidade e menor preço; incremento de

funcionalidade ao software aumentando a percepção de valor agregado; mudanças

nos processos organizacionais reduzindo o tempo nas aprovações dos processos.

7.4. Identificação de oportunidades

Na equipe de empreendedores da organização, será selecionado um

colaborador com capacidade de observação e habilidade de identificar as

oportunidades de mercado. Ele deverá identificar chances no mercado competitivo

transformando-os em negócios.

Farão parte das suas atribuições a identificação de oportunidades nas fontes

internas da empresa baseando-se na redução de tempo e custos de um processo;

criar vantagem competitiva ao negócio; comunicar a todos os níveis da empresa a

voz do cliente; estar atento a novas demandas é a melhor forma de aproveitar a

oportunidades.

Esse colaborador deve apresentar a equipe de intraempreendedores suas

observações sobre possibilidades de negócio durante os brainstorms para que todos

possam colaborar para o sucesso do empreendimento.

Page 23: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

23

“Ser um empreendedor é executar os sonhos,

mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas,

mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares

desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar

atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de

que quem vence sem obstáculos triunfa sem

glória. É não esperar uma herança, mas construir

uma história.” (Augusto Cury)

7.5. Práticas de gestão empreendedora

Existem vários nomes consagrados que escreveram sobre praticas de

gestão empresarial, contudo veremos a seguir um dos principais nomes: Henri

Fayol, um dos primeiros a analisar a natureza da atividade empresarial e a definir as

principais atividades do gestor: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Abaixo veremos os 14 princípios gerais sobre gestão que Fayol escreveu:

1. Divisão do Trabalho: dividir o trabalho em tarefas especializadas e

destinar responsabilidades a indivíduos específicos;

2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar

ordens e no poder de se fazer obedecer. Estatutária (normas legais) e

Pessoal (projeção das qualidades do chefe). Responsabilidade

resumindo na obrigação de prestar contas, ambas sendo delegadas

mutuamente;

3. Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;

4. Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber

ordens (ou seja, se reportar) a um único chefe/gerente;

5. Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no

atingimento dos objetivos organizacionais;

6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;

Page 24: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

24

7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços

que sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a

exploração;

8. Centralização: um único núcleo de comando centralizado, atuando de

forma similar ao cérebro, que comanda o organismo. Considera que

centralizar é aumentar a importância da carga de trabalho do chefe e

que descentralizar é distribuir de forma mais homogênea as atribuições

e tarefas;

9. Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também

recomendava uma comunicação horizontal, embrião do mecanismo de

coordenação;

10. Ordem: ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a

direção da organização.

11. Equidade: disciplina e ordem justas melhoram o comportamento dos

empregados.

12. Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do

empregado. Segurança no emprego, as organizações devem buscar

reter seus funcionários, evitando o prejuízo/custos decorrente de novos

processos de seleção, treinamento e adaptações;

13. Iniciativa: estimular em seus liderados a inciativa para solução dos

problemas que se apresentem.Cita Fayol: " o chefe deve saber

sacrificar algumas vezes o seu amor próprio, para dar satisfações

desta natureza a seus subordinados";

14. Espírito de Equipe (União): cultiva o espírito de corpo, a harmonia e o

entendimento entre os membros de uma organização. Consciência da

identidade de objetivos e esforços. Destinos interligados.

( Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol em 08/12/2012)

Page 25: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

25

8. CONCLUSÃO

A integração dos modelos de gestão como CMMI com as normais ISO/IEC,

tem o objetivo de garantir que a empresa terá uma perspectiva de futuro com

crescimento de clientes e usuários dos seus produtos.

As empresas desenvolvedoras devem ser capazes de gerir e controlar todo

o processo de desenvolvimento e manutenção de softwares, para então conquistar

uma gestão eficaz da empresa e o sucesso empresarial.

Deve-se destacar que se pode gerenciar a qualidade do processo e do

produto dos softwares desenvolvidos, através de medições e acompanhamento em

todo seu processo, obtendo uma eficaz correção de defeitos pela revisões

periódicas em cada etapa do projeto. Por isso, a necessidade de seguir estas

normas e avançar nos degraus do CMMI.

Page 26: Pim-Viii Gestão Da Qualidade e Empreendedorismo

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9. REFERÊNCIAS

Comparação do MPS.BR com o CMMI – disponível em http://www.pontodatecnologia.com.br/2006/08/comparao-do-mpsbr-com-o-cmmi.html - acesso em 05/12/2012

Melhoria dos Processos de Software Brasileiro – Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Melhoria_de_Processos_do_Software_Brasileiro - acesso em 05/12/2012

ISO/IEC 12207: Principios fundamentais – disponível em http://www.plugmasters.com.br/sys/materias/539/1/ISO%7B47%7DIEC-12207-Processos-Fundamentais - acesso em 05/12/2012

ISO/IEC 15504 – http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO/IEC_15504 - acesso em 05/12/2012

CMMI para iniciantes – disponível em http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/1401/cmmi-para-iniciantes.aspx - acesso em 05/12/2012

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