pichação carioca

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“Aqui não tem Dublê “, Nuno DV 40º - “A vida é uma Aventura”, Mory LD 5* - “Para o meu sonho “ , Tud

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Page 1: Pichação Carioca

“Aqui não tem Dublê “, Nuno DV 40º - “A vida é uma Aventura”, Mory LD 5* - “Para o meu sonho “ , Tud

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A História

A pichação é um efeito colateral do sistema que não vaibem, é a válvula de escape de uma determinada seção dapopulação que não se adapta as pressões da nova era.

A pichação carioca pode ser considerada uma das pioneirasneste tipo de vandalismo na cena nacional. Surgida na décadade 70, com linguagem própria e diferenciada das demaiscidades do Brasil, possui sua origem nos escritos de protestocontra a ditadura militar e em outras situações que sem ocontexto da repressão a desenvolveu descompromissada coma ideologia política atingindo os moldes em que se encontrahoje.

A popularização dos nomes passou a ser o objetivoprincipal. Esta disputa pela dominação de áreas e hoje em diadominação de topos, aonde o Rei é aquele que possui maisnomes e em locais mais difíceis, é um esporte chamado “Xarpi”,uma arte proibida, como dizem seus praticantes.

“Xarpi” é uma palavra originária da “língua do TTK”, dialetooriginário das prisões e difundido no bairro do Catete pelospichadores com o objetivo de confundir as demais pessoas.Para que isso ocorra as palavras são faladas “de trás parafrente” explicando assim o “xar-pi” / “pi–xar”, lembrando quepela norma culta da língua portuguesa a escrita correta é“pichar”, mas acabou sendo adotada com “x” por seuspraticantes.

Deste tempo antigo alguns nomes ficaram marcados nagaleria da fama da pichação carioca como “Ley14” (nome quefazia alusão a Lei estatal contra pichadores), “Zargo” (gozarna língua do TTK), “Jan”, “Rolê”, “Snoopy”, “Mad”, “Osca”, “Kil”,“Canto”, “Néon”, “Smal”, “Pão”, “Bin”, “Tay”, “Lebre”, “Omo”além de siglas como DGL (Demônios da Glória), RC (Rebeldes

do Centro), TPI (Turma pirata de Inhaúma) e LD (Legião Diabólica). É importante destacar que o pichador “Tay” até hojenunca parou de pichar mantendo-se sempre na ativa e conquistando a maioria dos territórios do Rio de Janeiro.

Daquele tempo até hoje muita coisa mudou no país, desde a dinâmica da cidade até a maneira de se expressar. Noprincípio, qualquer lugar era lugar para pichar, tinha muito espaço e quase nada de concorrência; com o tempo, os“xarpis” foram percebendo que era mais prático escolher locais em que os nomes não apagassem tão rápido, acumulandoassim a maior quantidade de nomes pela cidade e surgindo então a cultura da pedra, do tijolinho, da pastilha ou seja, aidéia do “eterno” que teve como um de seus precursores e como o maior ídolo o legendário “Tane”, que hoje, mesmotanto tempo depois, ainda possui nomes nas maioria das pedras em todos os bairros do Rio de Janeiro. Apesar de vivo,“Tane” enlouqueceu por conta das drogas e muito pouco fala sobre aquela época, como conta “Playboy FR”, um dos poucosque ainda mantém contato com o ex-pichador.

Depois de dominar as pedras e os eternos rasteiros, os pichadores se multiplicaram e começaram a concorrer nosespaços. Percebeu-se então que os lugares mais altos chamavam mais atenção para os seus nomes, e assim nasceu acultura da dificuldade aonde os maiores escaladores eram venerados pelos demais surgindo desta época o rei da pichaçãocarioca e um dos mais famosos pichadores do Brasil, o Vinga, que apesar de morto a alguns anos atrás (como a maioriados pichadores acreditam), é venerado até hoje pela criação de seqüências em prédios dificílimos de escalar e por picharmuitas igrejas como a da Candelária que fica no cruzamento das duas ruas mais importantes do centro do Rio, e ainda,principalmente pelas inúmeras matérias nos principais jornais(inclusive no New York Times) que não só anunciavam oacontecido como destacavam o abuso e a coragem do pichador do “Relógio da Central”, localizado no topo de um dosedifícios mais altos do Rio e que abriga a principal estação final de trens, a famosa Central do Brasil. O Relógio da Centralfoi pichado duas vezes por Vinga ganhando destaque em inúmeros jornais impressos e televisivos consagrando-se desdeentão.

1- Entrada do cemitério de Botafogo, Vinga 2- Uma das muitas matérias em jornais que mostra-

vam as pichações do Vinga no Relógio da Central

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“Que o Mundo veja”, Kadu - “Para os Meus Filhos”, Sirp CM - “Acima de Mim Só Deus”, Vinga - “Picho Porquê sou Revoltado” Vinga - “Eu Faço Parte de uma História”, Tas CM - “Nós é Luxo, o Resto é Lixo”, Kadu e Kabal - Alpinmismo Urbano”, Nuno e Ari 40 Graus

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A Caligrafia e os Novos Tempos

A evolução em relação à estética da caligrafia também foigrande, percebendo na letra diferenças de traços finos, rápidos,circulares e legíveis do princípio para os nomes pontiagudos,vagarosos, foscados, ilegíveis e muitas vezes simbólicos danossa atualidade.

Diferente de outras áreas do Brasil, a pichação carioca éconstituída por letras em estilo tag e exclusivamente feitas comspray. No ultimo ano percebemos o aparecimento e “destruição”da Costa Verde do Rio de Janeiro com pichações ainda em formatotag, porém feitas com tinta látex e rolinho nos mais diversoslocais, inclusive trens. Esta nova técnica tem origem na sigla“K.” (kabulosos) formada por ex integrantes da “AR” (Amantesdo Rabisco) como “Irak” e “Sor” que afirmam que essa mudançaocorreu pela falta de acesso ao spray e pela tranqüilidade namadrugada do local que não exige tanta rapidez como naspichações de zonas mais movimentadas. Também fazem partedeste novo estilo nomes como “Arpa” e “Bobe” (Vencedor doprêmio “Melhor do Topo” do Xarpi Rap Festival por pichar muitosos topos em todo o caminho da linha do trem – ainda da AR,uma das mais tradicionais siglas da pichação carioca.

São tempos de mudanças aonde muitas coisas inexplicáveisaconteceram. Uma dessas foi o que chamamos de “O Boom doXarpi” que aconteceu no ano de 2005 aonde antigos pichadoresda década de 80 - nomes como “Tico”, “Claidy”, “Mr.Zoom”,“Panda”, “Pezão”, “Fos”, “Stu”, “Zak” , “Joe”, “Sar”, “Kinka” e“Mik” além de siglas como GA (Grafiteiros Anarquistas) e a jácitada LD – que hoje são professores, policiais, bombeiros,empresários entre outras profissões, voltaram à ativaestimulando a pichação tanto na galera antiga quanto nos novosadeptos da cultura.

Tudo começou com a febre dos flogs de pichação na internete as comunidades virtuais do Orkut aonde pichadores de diversasgerações tiveram a oportunidade de se reencontrarem ocorrendoassim um estímulo mútuo que nesta brincadeira de “relembraros velhos tempos de moleque”, surgiu através da idéia do “Ranes”um dos mais antigos pichadores do Rio que teve grande famaem sua época e até hoje conserva o seu respeito e admiração -a G80 que como ele mesmo fala tinha o objetivo de reunir os“Xarpinossauros” da década de 80.

Com a criação da G80 e a revigorarão da pichação atravésdo reaparecimento dos antigos, foi possível a criação de inúmeroseventos. Reapareceu a antiga reunião da Penha e criou-se ochurrasco toda primeira quarta-feira do mês e ainda surgiu o“Xarpi Rap Festival” que inspirado no “Hutúz Rap Festival” tevesua primeira edição em novembro de 2007 contando com apresença de mais de 500 pessoas entre os maiores pichadoresvivos da história carioca além das almas dos falecidos, comobrinca Tokaya um dos organizadores do festival e famoso procriar bordões como o já clássico “ O mais subterrâneo do

para a caligrafia nova (Sous):

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3 - Diferença de caligrafia antiga (Tane) e nova(Sous); 4 - Xarpi de Rolo (Raiders e Irak); 5 - Bobe

AR, ganhador do prêmio “Melhor Topo” do XarpiRap Festival 2007

“Que o Mundo veja”, Kadu - “Para os Meus Filhos”, Sirp CM - “Acima de Mim Só Deus”, Vinga - “Picho Porquê sou Revoltado” Vinga - “Eu Faço Parte de uma História”, Tas CM - “Nós é Luxo, o Resto é Lixo”, Kadu e Kabal - Alpinmismo Urbano”, Nuno e Ari 40 Graus

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submundo” que foi estampado no subtítulo do Flyer do eventoe todos os principais fotologs de pichação. Outro bordãoclássico é “A Penha é relíquia e nada mudará nossa conduta”que é uma frase antiga do Poeirinha, atendente do bar da réue que acabou criando identidade com os pichadores quesofreram diversas pressões para mudança do local feita porpoliciais, moradores além do pessoal da SuperVia (a reuniãofica perto da estação de trem) mas que nunca cederam e porisso foi adotada pela galera e hoje é a frase mais repetida domundo da pichação. Além da votação dos melhores do ano ,aonde votaram em categorias como e “Destaque do Ano”maisde 470 pessoas, o Xarpi Rap Festival conta com show de rape batalha de freestyle com os principais MCs do Rio de Janeiro,troféu e apresentação de old Dirty Bacon, ilustre e tradicionalintegrante da Cachaça Crew. Já em sua segunda edição, oevento foi realizado em um clube fechado a pedido da políciaque registrou na primeira edição realizada debaixo do viadutoda Penha mais de 130 ligações em menos de 5 horas de eventocom reclamações que iam desde som alto, molequespendurados nas janelas do bairro à pichações em massa.

Organizado pela “Família 5 Estrelas”, a reunião da Penhae o Xarpi Rap Festival mudou todo o conceito de reunião e foio divisor de águas da pichação carioca, e o que antes era ummero encontro semanal virou um grande acontecimento e omaior evento da historia da pichação nacional.

A família 5 Estrelas que também pode ser chamada deONG pela sua ideologia e organização - com diz Anão um dosfundadores do grupo - é mais um marco na história poisdiferente de outros lugares, no Rio escreve-se o nome dopichador destacado como elemento principal e por fim e nemsempre presente em tamanho bem menor, a sigla, que é ogrupo que aquele pichador pertence e que dificilmente passade 15 integrantes. Muitos desses preferem seguir “carreirasolo” pichando unicamente o seu nome. Com a criação da 5Estrelas, inspirada na idéia da G80 aonde vários malucos devárias siglas diferentes colocam a grife como uma união maior,a 5 Estrelas surgiu com o objetivo de unir amigos de siglasdiferentes, mas com um pensamento em comum: humildade,igualdade, disposição e democracia.

Um pouco mais tarde surgiu a “40°”: “- Como eu nãoqueria tacar 5 Estrelas eu fundei a 40º, é um direito meu.”Como diz Dosi em uma entrevista para um documentário depichação que irá para o mercado ilegal dos DVDs piratas daUruguaiana ainda este ano. Também parte das entrevistas dodocumentário, Ari FL, outro 40º afirma: “- 40º e 5 Estrelassão tudo amigo.” Quebrando qualquer possibilidade dedesavença ou rincha entre as duas grifes. Além destedocumentário da reunião da Penha, podemos conferir noYoutube outros trailers de filmes de pichação como oacessadícimo “Que o Mundo veja”, do diretor Dom e que decara abre com uma “escalada” de Kadu, um dos grandes nomesda geração 2000 do Rio de Janeiro.

Cenas do Filme da Reunião da Penha - Donos da Rua, 5*-Dig e Bola (Ganhador de 3 categorias no Xarpi Rap

Festival, entre elas destaque do Ano)

Bola 5 Estrelas e Dosi 40º  A Paz se fortalece com a união

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União, Respeito e Integração

É importante destacar que os pichadores cariocas - com poucas exeções de desentendimentos pessoais - sãomuito unidos o que possibilitou todos esses tipos de uniões e confraternizações, pois brigas são escassas e o respeitosempre prevalece. Existem regras básicas e tradicionais como a relação direito de espaços e distâncias entre osnomes o que acaba amenizando os desentendimentos sobre o assunto. Uma pichação, por exemplo, não pode nuncatocar a outra e também é proibido infiltrar-se na seqüência de nomes de outros pichadores e nunca, jamais, deveexistir o atropelo. Como em quase 100% dos casos as regras fundamentais são seguidas, muito poucas confusõessão causadas acabando favorecendo a união dos grupos. Quando alguém quebra as regras, na maioria das vezes porfalta de experiência, é tirado como que chamamos de “comédia” gerando no indivíduo a necessidade de conhecer asregras e se adaptar para ser aceito e respeitado. Para esses casos foi criado na votação do “Xarpi Rap Festival” acategoria “Cagão do ano” aonde o pichador Sow de Caxias ganhou com mais de 50% dos votos e foi “premiado” como troféu abacaxi de 2007 além do fotolog “foimalvaleu” que mostra os mais absurdos atropelos e sufocações do xarpi.

Outra situação de mudança que vem acontecendo e o fato das siglas de pichações estarem aceitando a integraçãocom grafiteiros. Esses que antes guerrilhavam com as pichações, hoje procuram se integrar e respeitar formandogrupos cada vez mais unidos, como aconteceu com a DV (Destruidores do Visual) que era conhecida como uma Crewde graffiti, mas que tem uma história antiga vinculada a pichação que só veio a tona depois do “Boom do Xarpi” comoconta Nuno, pichador antigo da sigla. O grafiteiro Acme em seus tempos de moleque era envolvido com pichação eassinava a sigla, quando migrou para o graffiti continuou mantendo-a sempre viva integrando-a com outros grafiteiroscomo Sopa e Cove. Com o “Boom do Xarpi” e a volta do Nuno a ativa, acabou integrando a crew de graffiti à sigla depichação e mesmo possuindo integrantes que atropelavam e não respeitavam as pichações, a DV superou estasdificuldade conseguindo criar uma boa dinâmica entre os grafiteiros e os pichadores.

Ainda temos a já citada AR que é a única sigla que nasceu no final dos anos 80 e que conseguiu atravessar asdécadas ativa e sempre se renovando graças a seu líder, o Vely , ícone da pichação carioca, vive para a mesma epossui uma vasta coleção de jornais, revistas, assinaturas e vídeos gravados de telejornais e ainda as mais “relíquias”assinaturas pela parede interna de sua casa. Graças a esta dedicação para com a pichação, Vely conseguiu tornar aAR a sigla com maior durabilidade de todos os tempos, são mais de 17 anos e a cada ano mais novos pichadoresdesejam fazer parte desta família. O vínculo com o graffiti se deu quando um de seus membros decidiu ir além dapichação buscando algo mais estratégico como o graffiti. Não que este tenha que ser uma arte aceitável ou comercial,mas sim um graffiti no qual possui em sua essência na pichação e a transgressão das leis . Já com um integrantegraffiteiro na sigla, Vely, que trabalha com airbrush e sempre simpatizou com o graffiti decidiu que era hora de iradiante e convidou mais um graffiteiro para a família. Stile 22 da primeira geração do graffiti carioca foi convidadopelo destaque que consegue na dominação de áreas, causando burburinhos de comentários como o do tipo do TasCM, um dos organizadores da votação do “Xarpi Rap Festival” : “- Como Grafiteiro ele é um grande pichador pq tema ideologia do xarpi na mente e no sangue deixando na prática muito pichador pra trás.”

Além dessas duas siglas mais tradicionais, outras siglas e crews misturam a diversidade do Xarpi e do graffitisurgindo um novo estilo de intervenção e cultura muito mais receptiva aonde o respeito é a palavra chave por quecomo diz mais um bordão 5 Estrelas, o importante é se sentir bem.

Kia AR - 5*e Stile AR - 5* - União Graffiti e Pichação

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Os Direitos Humanose O Problema com a Polícia

A verdade é que a polícia não gosta de pichador,mas o grafiteiro por já ter o rótulo de “Artista” sempretem um desenrolo, mas na hora da infração aonde épego em fragrante não importa que seja fazendoum bomber “na casa dos outros” ou pintando umtrem; pichando ou grafitando o ato de vandalismo éigual e a lei é aplicada da mesma forma. Diante desta Matéria sobre a morte do pichador Caixa VR

6 - Xapri Rap Festival Segunda Edição realizado em 2008 em um clube; 7 - Xarpi Rap Festival 2007, contagem dosvotos na escolha dos melhores do ano; 8 - Foto retirada de telejornal sobre invasões da polícia nas favelas do Rio;

9 - Vely em sua casa com paredes de pichações relíquias, colagem de matérias de jornais, fotos de nomes etc.

Texto: Panmela Castro - Pesquisadora em artes e movimentos juvenis; fotos: Panmela Castro, fotologs diversos e imagens do filme da reunião da Penha;Agradecimentos(entrevistas): Tas, Bola, Tokaya, Palyboy, Luno, Velho, Mory, Fit, Dig, Digo, Vuca, Sucas, Fox, CMS, Nuno, Naty, Ari, Tala, Tol, Dosi, Ete, Jax, Sase,Bobe, Dino, Vely, Arpa, Kabal, Gaio, Zuly, Ira, Raiva, Woo, Runk, Pequeno, Lirow, Museu(SP), Sor e todos que contribuíram com as 44 entrevistas realizadas paraa matéria. Homenagens (Entrevistados falecidos durante o período das entrevistas): Pé AR e Mc Ta Ligado (Vencedor da Batalha de Mcs do Xarpi Rap Festival).

situação, muitos já sofreram. Tomar tapas e ser pitando é o mínimo do abuso dos policiais para com esses jovens, pois muitas vezesoutros tipos de torturas gratuitas são aplicadas e algumas vezes o infrator é levado a morte. O desrespeito com os direitos humanosé claro. As leis foram criadas para garantir uma punição diante de um julgamento justo, mas aqui no Brasil a morte é algo naturalnão só para os policiais, mas como para os seguranças e os próprios moradores que por uma questão cultural acham que a violênciaé o correto para estas situações. Temos muitos exemplos de assassinatos de pichadores. Um acontecimento que chamou atençãofoi o do pichador Caixa da VR (Vício Rebelde) que saiu estampado nos jornais do Rio, agora não por sua proeza nas janelas dosprédios, mas sim com a foto do seu cadáver e um texto que contava que o rapaz foi morto pichando.

Com todas estas mudanças e aperfeiçoamento da cultura em direção algo mais democrático e menos discriminatório, tornoupossível vivermos um momento único em que triunfa a união de todas as épocas desde adolescentes dominados pelo espírito derevolta aos “coroas” que usam a pichação como “Xarpi terapia” - como citou Nuno em uma entrevista e com um grande sentimentode nostalgia. Com certeza a ligação sentimental entre os amigos, grupos, siglas é e sempre será o melhor da pichação para essemundo de pessoas que podem estar aonde menos esperamos desde no nosso gerente do banco aos nossos filhos.

Para ver mais:www.fotolog.com/xarpicm - Ganhador do prêmio de melhor fotolog 2007www.fotolog.com/familia5estrelas - Fotolog da família 5 Estrelaswww.fotolog.com/antigos_atuais07 - Fotolog com imagens dos xarpis antigoswww.fotolog.net/foimalvaleu - As piores ratações da história!www.nunodv.blogspot.com - Blog de entrevistas com pichadores famososwww.youtube.com/watch?v=FL0HMkr1fLQ - Trailer da Reú da Penha no Youtubewww.youtube.com/watch?v=NlNvqOWgyks&feature=related - Trailer do filme “Que o mundo Veja”

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