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Camila Dallavechia de Col¹, Natalia Stedile¹, Mirian Salvador¹ 1 Instituto de Biotecnologia, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS. INTRODUÇÃO METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO OBJETIVO CONCLUSÃO Referências Agradecimentos Quarenta e nove mulheres participaram do estudo. Os principais dados do grupo estudado encontram-se na Tabela 1. Embora iniciais, estes dados mostram uma variação significativa da capacidade antioxidante da dieta de mulheres saudáveis e poderão ser utilizados em bancos nutricionais em estudos futuros. Capacidade antioxidante da dieta e marcadores de estresse oxidativo em mulheres saudáveis Avaliar o consumo de alimentos antioxidantes e marcadores séricos de estresse oxidativo em mulheres saudáveis. O consumo de frutas, legumes e verduras tem sido associado à diminuição da ocorrência de doenças relacionadas ao estresse oxidativo, tais como as doenças cardiovasculares 1 e alguns tipos de câncer 2 . Ainda não estão totalmente esclarecidos quais os componentes da dieta são responsáveis por esses efeitos, porém, frequentemente, assume-se que os antioxidantes desempenham um papel importante a esse respeito 3 . Desta forma, estimar a ingestão dos antioxidantes da dieta torna-se fundamental para avaliar os seus efeitos protetores contra os danos causados pelos radicais livres. Mulheres (18 a 35 anos), sedentárias e praticantes de atividade física regular, sem queixas/sintomas em relação à saúde. Tabagistas e que fazem uso de medicação de uso contínuo (com exceção do contraceptivo oral) e/ou suplementação antioxidante. Critérios de inclusão Critérios de exclusão Lipídios (quantificação dos produtos resultantes da peroxidação lipídica capazes de reagir com o ácido tiobarbitúrico - TBARS) 6 Proteínas (determinação do grupo carbonil - PC) 7 Parâmetros oxidativos Recordatório Alimentar Específico de 24h Avalia o consumo de alimentos ricos em antioxidantes ingeridos no dia anterior a coleta de dados Capacidade antioxidante total (TAC) da dieta Soma da atividade antioxidante de cada alimento 4 com base na porção consumida nas 24 horas do dia anterior. n= 49 Variáveis n % Idade em anos (média ±DP) 24,77 (3,40) IMC (média ± DP) 21,90 (3,50) Escolaridade Superior incompleto Superior completo Pós-graduação incompleta Pós-graduação completa 24 4 9 12 49,0 8,1 18,4 24,5 Atividade física Não Sim 25 24 51,0 49,0 Renda familiar (R$) > 15.300,00 7.350,00 a 15.300,00 3.060,00 a 7.650,00 1.020,00 a 3.060,00 <1.020,00 3 9 29 5 3 6,1 18,4 59,2 10,2 6,1 Tabela 1. Principais dados do grupo estudado (n = 49) Os 10 alimentos que mais contribuíram para elevar a TAC da dieta das voluntárias encontram-se na Figura 2. Estes alimentos, além de possuírem alto teor de polifenóis, foram bastante consumidos pela população estudada. 0 2000 4000 6000 8000 TAC (mg VCE) 1 DAUCHET L.; AMOUYEL P.; HERCBERG S.; DALLONGEVILLE J. Fruit and vegetable consumption and risk of coronary heart disease: a meta-analysis of cohort studies. J Nutr 136:2588-93, 2006. 2 KEY T.J.; ALLEN N.E.; SPENCER E.A. et al. The effect of diet on risk of cancer. Lancet 360:861-8, 2002. 3 WILLETT W.C. Micronutrients and cancer risk. Am J Clin Nutr. 53: Suppl:265S–9S, 1991. 4 FLOEGEL A.; KIM D.O.; CHUNG S.J. et al. Development and validation of an algorithm to establish a total antioxidant capacity database of the US diet. Int J Food Sci Nutr. 2010 Sep;61(6):600-23. 5 RE R.; PELLEGRINI N.; PROTEGGENTE A. et al. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radical Biology & Medicine. 26(9/10): 1231–1237, 1999. 6 LEVINE R.L.; GARLAND D.; OLIVER C.N. et al. Determination of carbonyl content in oxidatively modified proteins. Methods Enzymol. 186, 464-478, 1990. 7 WILLS E.D. Mechanism of lipid peroxidation formation in animal tissues. Biochem J. 99, 76-667, 1966. Figura 2. Alimentos que mais contribuíram para a TAC. Resultados expressos em miligramas de Equivalente de Vitamina C por dia (mg VCE/dia) Em relação à alimentação, a média de ingestão energética total, calculada a partir dos registros alimentares aplicados foi de 2.000,62 kcal/dia (±536,68 DP). As variações encontradas na TAC e danos oxidativos encontram-se na Figura 1. TAC 40,91 à 1842,43 mg VCE/dia TBARS 1,71 à 5 nmol TBARS/mL PC 2,47 à 7 nmol DNPH/mg de proteína Figura 1. Variações da Capacidade antioxidante total (TAC) da dieta, Produtos resultantes da peroxidação lipídica (TBARS) e Grupos carbonil (PC). Preenchimento do questionário Idade ▪ Peso ▪ Altura ▪ ▪ Grau de escolaridade ▪ Prática de exercício físico ▪ Renda familiar Sigla do projeto: Dieta - antioxidante PIBIC / CNPq

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Camila Dallavechia de Col¹, Natalia Stedile¹, Mirian Salvador¹

1Instituto de Biotecnologia, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS.

INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

RESULTADOS E DISCUSSÃO

OBJETIVO

CONCLUSÃO Referências

Agradecimentos

Quarenta e nove mulheres participaram do estudo. Os principais dados do grupo estudado encontram-se na Tabela 1.

Embora iniciais, estes dados mostram uma variação significativa da capacidade antioxidante da dieta de mulheres saudáveis e poderão ser utilizados em bancos nutricionais em estudos futuros.

Capacidade antioxidante da dieta e marcadores de estresse oxidativo em mulheres saudáveis

Avaliar o consumo de alimentos antioxidantes e marcadores séricos de estresse oxidativo em mulheres saudáveis.

O consumo de frutas, legumes e verduras tem sido associado à diminuição da ocorrência de doenças relacionadas ao estresse oxidativo, tais como as doenças cardiovasculares1 e alguns tipos de câncer2. Ainda não estão totalmente esclarecidos quais os componentes da dieta são responsáveis por esses efeitos, porém, frequentemente, assume-se que os antioxidantes desempenham um papel importante a esse respeito3. Desta forma, estimar a ingestão dos antioxidantes da dieta torna-se fundamental para avaliar os seus efeitos protetores contra os danos causados pelos radicais livres.

Mulheres (18 a 35 anos), sedentárias e praticantes de atividade física regular, sem queixas/sintomas em relação à saúde.

Tabagistas e que fazem uso de medicação de uso contínuo (com exceção do contraceptivo oral) e/ou suplementação antioxidante.

Critérios de inclusão Critérios de exclusão

Lipídios (quantificação dos produtos resultantes da peroxidação lipídica capazes de reagir com o ácido tiobarbitúrico - TBARS)6

Proteínas (determinação do grupo carbonil - PC)7

Parâmetros oxidativos

Recordatório Alimentar Específico de 24h Avalia o consumo de alimentos ricos em antioxidantes ingeridos no dia anterior a coleta de dados

Capacidade antioxidante total (TAC) da dieta

Soma da atividade antioxidante de cada alimento4 com base na porção consumida

nas 24 horas do dia anterior.

n= 49

Variáveis n %

Idade em anos (média ±DP) 24,77 (3,40)

IMC (média ± DP) 21,90 (3,50)

Escolaridade Superior incompleto Superior completo Pós-graduação incompleta Pós-graduação completa

24 4 9

12

49,0 8,1

18,4 24,5

Atividade física Não Sim

25 24

51,0 49,0

Renda familiar (R$) > 15.300,00 7.350,00 a 15.300,00 3.060,00 a 7.650,00 1.020,00 a 3.060,00 <1.020,00

3 9

29 5 3

6,1 18,4 59,2 10,2 6,1

Tabela 1. Principais dados do grupo estudado (n = 49)

Os 10 alimentos que mais contribuíram para elevar a TAC da dieta das voluntárias encontram-se na Figura 2. Estes alimentos, além de possuírem alto teor de polifenóis, foram bastante consumidos pela população estudada.

0

2000

4000

6000

8000

TAC

(m

g V

CE)

1 DAUCHET L.; AMOUYEL P.; HERCBERG S.; DALLONGEVILLE J. Fruit and vegetable consumption and risk of coronary heart disease: a meta-analysis of cohort studies. J Nutr 136:2588-93, 2006. 2 KEY T.J.; ALLEN N.E.; SPENCER E.A. et al. The effect of diet on risk of cancer. Lancet 360:861-8, 2002. 3 WILLETT W.C. Micronutrients and cancer risk. Am J Clin Nutr. 53: Suppl:265S–9S, 1991. 4 FLOEGEL A.; KIM D.O.; CHUNG S.J. et al. Development and validation of an algorithm to establish a total antioxidant capacity database of the US diet. Int J Food Sci Nutr. 2010 Sep;61(6):600-23. 5 RE R.; PELLEGRINI N.; PROTEGGENTE A. et al. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radical Biology & Medicine. 26(9/10): 1231–1237, 1999. 6 LEVINE R.L.; GARLAND D.; OLIVER C.N. et al. Determination of carbonyl content in oxidatively modified proteins. Methods Enzymol. 186, 464-478, 1990. 7 WILLS E.D. Mechanism of lipid peroxidation formation in animal tissues. Biochem J. 99, 76-667, 1966.

Figura 2. Alimentos que mais contribuíram para a TAC.

Resultados expressos em miligramas de Equivalente de Vitamina C por dia (mg VCE/dia)

Em relação à alimentação, a média de ingestão energética total, calculada a partir dos registros alimentares aplicados foi de 2.000,62 kcal/dia (±536,68 DP). As variações encontradas na TAC e danos oxidativos encontram-se na Figura 1.

TAC 40,91 à 1842,43 mg VCE/dia

TBARS 1,71 à 5 nmol TBARS/mL

PC 2,47 à 7 nmol DNPH/mg de proteína

Figura 1. Variações da Capacidade antioxidante total (TAC) da dieta, Produtos resultantes da peroxidação lipídica (TBARS) e Grupos carbonil (PC).

Preenchimento do questionário

Idade ▪ Peso ▪

Altura ▪

▪ Grau de escolaridade ▪ Prática de exercício físico ▪ Renda familiar

Sigla do projeto: Dieta - antioxidante

PIBIC / CNPq