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A CÓPIA IMPRESSA DESTE DOCUMENTO É CONSIDERADA NÃO CONTROLADA ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Requisitos Gerais do Sistema ABNT de Medição e Certificação da Pegada de Carbono de Produtos PG-17.01 Data: Mar.2016 Pág. Nº 1/30 SUMÁRIO 0 Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Siglas 5 Solicitação de serviços 6 Requisitos de Medição do Sistema 7 Requisitos e orientações para elaboração da RCP Histórico das revisões Revisão Data Descrição da alteração Observações 01 30/03/2016 Elaboração Elaboração Verificação Aprovação Isabel Sbragia Coordenadora Técnica Guy Ladvocat Gerente de Certificação de Sistemas Antonio Carlos B. Oliveira Diretor Adjunto de Certificação

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Requisitos Gerais do Sistema ABNT de Medio e Certificao da

Pegada de Carbono de Produtos

PG-17.01 Data: Mar.2016 Pg. N 1/30

SUMRIO 0 Introduo 1 Objetivo 2 Referncias normativas 3 Definies 4 Siglas

5 Solicitao de servios

6 Requisitos de Medio do Sistema

7 Requisitos e orientaes para elaborao da RCP Histrico das revises

Reviso Data Descrio da alterao Observaes

01 30/03/2016 Elaborao

Elaborao Verificao Aprovao

Isabel Sbragia Coordenadora Tcnica

Guy Ladvocat Gerente de Certificao de Sistemas

Antonio Carlos B. Oliveira Diretor Adjunto de Certificao

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Requisitos Gerais do Sistema ABNT de Medio e Certificao da

Pegada de Carbono de Produtos

PG-17.01 Data: Mar.2016 Pg. N 2/30

0 Introduo

O programa de Pegada de Carbono da ABNT, de carter voluntrio, visa a demonstrar a medio de

emisses de gases de efeito estufa de produtos ao longo do ciclo de vida destes produtos em

conformidade as normas ABNT ISO/TS 14067:2015 e GHG Protocol Product Life Cycle Accounting and

Reporting Standard (pelo nome em ingls).

1 Objetivo

Este procedimento fornece os requisitos e orientaes para a quantificao e comunicao da pegada

de carbono de um produto e estabelece a sistemtica para concesso e manuteno da certificao de

pegada de carbono de produtos.

Este procedimento tambm prov diretrizes para o desenvolvimento ou adoo de regras de categoria de

produto.

2 Referncias normativas

Os documentos relacionados a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem

requisitos vlidos para este procedimento. Para referncias datadas, aplicam-se somente as edies

citadas. Para referncias no datadas aplicam-se as edies mais recentes do referido documento

(incluindo emendas).

- ABNT NBR ISO 14020:2002 - Rtulos e declaraes ambientais - Princpios Gerais

- ABNT NBR ISO 14025:2015 - Rtulos e declaraes ambientais Declaraes ambientais de Tipo III Princpios e procedimentos

- ABNT NBR ISO 14040:2009 - Gesto ambiental - Avaliao do ciclo de vida - Princpios e estrutura (Verso Corrigida: 2014)

- ABNT NBR ISO 14044:2009 - Gesto ambiental Avaliao do ciclo de vida Requisitos e orientaes

- ABNT NBR ISO 14050:2012 - Gesto ambiental Vocabulrio

- ABNT ISO/TS 14067:2015 - Gases de efeito estufa Pegada de carbono de produtos Requisitos e orientaes sobre quantificao e comunicao

- GHG Protocol:2011 - Product Life Cycle Accounting and Reporting Standard

- PAS 2050:2011 - Specification for the assessment of life cycle greenhouse

gas emissions of goods and services

- PG-16 - Sistema Operacional e Estrutura de Governana do Sistema ABNT de Medio e Certificao da Pegada de Carbono de Produtos

- PG-18 - Requisitos de Comunicao do Sistema ABNT de Medio e Certificao da Pegada de Carbono de Produtos

OBS.: Os documentos PG-16, PG-17 e PG-18 podem ser encontrados na sua verso mais atualizada no link abaixo:

http://www.abntonline.com.br/sustentabilidade

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3 Definies

Para os efeitos do presente procedimento aplicam-se as definies constantes nos documentos de

referncia citados no item 2, bem como as definies abaixo.

3.1 Sistema ABNT de Medio e Certificao da Pegada de Carbono de Produtos

Sistema que tem como finalidade permitir as organizaes interessadas compilarem e avaliarem as

entradas, sadas, e os potenciais impactos de GEE do processo produtivo ao longo do ciclo de vida de

um determinado produto.

3.2 Rtulo de Pegada de Carbono Identificao que evidencia que a pegada de carbono do produto avaliada est em conformidade com os critrios do Sistema ABNT de Medio e Certificao da Pegada de Carbono de Produtos. 4 Siglas

As siglas empregadas no texto deste procedimento so as seguintes:

- ABNT/CTC-27 - Comit Tcnico de Certificao de Pegada de Carbono

- RCP - Regras de Categoria de Produto

- RMS - Requisitos de Medio do Sistema

- RQ - Registro da Qualidade

- SKU - Stock Keeping Unit

5 Solicitao de servios

Qualquer Organizao interessada pode solicitar um servio de certificao de pegada de carbono atravs do preenchimento de formulrio especfico (RQ-167_QAP Verificao de Pegada).

Aps o preenchimento do formulrio de solicitao de certificao, as organizaes solicitantes so informadas se existe uma RCP relevante no sistema ou em sistemas relacionados, e tambm so informadas se a RCP completa, simples ou mnima [ver 7.2]. Existindo uma RCP, sero feitas as modificaes que forem necessrias em funo da realidade local para posterior aprovao pelo Comit. Se uma RCP existe, as Organizaes devem: Usar a RCP j existente;

Desenvolver uma RCP de categoria superior, se aplicvel. Se a RCP no existe, as Organizaes devem criar uma nova RCP. Veja a seo 7 para obter detalhes sobre como criar uma nova RCP e decidir se opta por uma RCP completa, RCP simples ou RCP mnima.

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O diagrama 7.1 descreve a sequncia de eventos para criar uma RCP completa. O modelo para criar uma nova RCP pode ser encontrado no RQ-174. 5.1 Controle operacional As Organizaes devem ter controle operacional sobre a fabricao, projeto e marca do produto [ver anexo B.1]. As Organizaes devem deter ou controlar a transformao dos materiais de entrada no produto final*. Se este no for o caso a Organizao tem duas opes: Solicitar ao fornecedor que fabrica o produto que obtenha uma certificao da pegada de carbono do

bero ao porto.

Trabalhar junto com o fornecedor para completar a pegada de carbono do produto, interpretando quem detm, opera e controla para incluir tanto suas operaes quanto as do fornecedor. Ou seja, incluir dados primrios de operaes da prpria Organizao, e das operaes dos fornecedores.

Nota: Transformao pode incluir, por exemplo: montagem, moldagem por injeo, processamento de agricultura, processos qumicos e misturas. Embalagem e marcao de um produto fabricado por outra empresa no deve ser considerado suficiente.

6 Requisitos de Medio do Sistema

6.1 Ferramentas da pegada de carbono

Qualquer ferramenta de clculo de pegada de carbono pode ser usada para cumprir com os requisitos do Sistema. No entanto, recomenda-se a utilizao de uma ferramenta de pegada de carbono validada, que contenha conformidade inerente com os requisitos apresentados neste procedimento. A lista das ferramentas de pegada de carbono validadas pode ser encontrada no site www.abntonline.com.br/sustentabilidade.

6.1.1 Critrios ambientais Este sistema certifica a pegada de carbono de um produto, abrangendo todos os gases de efeito estufa, convertidos para emisses de CO2 equivalente, usando o fator do Potencial de Aquecimento Global (GWP, na sigla em ingls) de 100 anos. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve cumprir os requisitos para os fatores de emisses e fator GWP. Se uma ferramenta de pegada de carbono aprovada for usada, os dados estaro em conformidade com esses requisitos.

6.2 O sistema do produto a ser estudado

A transparncia essencial para o sistema de rotulagem, sendo importante especificar qual produto est sendo estudado. As informaes do rtulo de pegada de carbono no podem conter ambiguidades. Organizaes devem definir claramente para cada produto: Quais unidades de manuteno de estoque (SKU*, na sigla em ingls) se enquadram na definio

deste produto [ver 6.2.1].

A Unidade de Anlise da pegada de carbono [ver 6.2.2].

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* O termo Stock Keeping Unit (SKU), em portugus, Unidade de Manuteno de Estoque, definido como um identificador nico de um produto e utilizado para manuteno de estoque.

6.2.1 Definindo as unidades de manuteno de estoque

Um produto pode incluir uma ou muitas SKU. Para agrupar as distintas SKU de um produto todos os requisitos abaixo devem ser cumpridos: Todas as SKU tm uma funo equivalente, isto , a mesma Unidade Funcional (ou Fluxo Final de

Referncia se a pegada for do bero ao porto).

Todas as SKU esto sob um nvel de controle equivalente pela Organizao.

o Por exemplo, uma SKU de uma marca e a SKU de um distribuidor no podem ser combinadas.

Todas as SKU tm cadeias de suprimento e fornecimento de manufatura/servio, materialmente similares, isto , variaes at o ponto onde o produto deixa o porto da Organizao afetam a pegada de carbono total em menos de 5%.

o Por exemplo, frequentemente corantes ou aromatizantes variam a pegada de carbono em menos de 5%.

o Por exemplo, existem cinco SKU com o mesmo contedo, a mesma Unidade funcional as quais variam apenas pelo tamanho da embalagem - se a embalagem afeta a pegada de carbono em menos de 5%, elas podem ser combinadas.

Todas as SKU tm materialidade similar na pegada de carbono de atividades downstream, isto a variao nas atividades downstream afetam a pegada de carbono total (para um produto vendido dentro de uma determinada regio geogrfica) em menos de 5% [ver 6.2.4].

o Por exemplo, dois carros cumprem os trs primeiros requisitos: um tem um motor que emite 140gCO2e/km; o outro 200gCO2e/km estes no podem ser combinados.

6.2.2 Unidade de Anlise, Unidade Funcional ou Fluxo Final de Referncia

O Sistema ABNT de Medio e Certificao da Pegada de Carbono de Produtos permite que produtos sejam nivelados. essencial que este nivelamento seja baseado em uma unidade de anlise confivel e vlida para nivelamento. A unidade de anlise: Para um produto final (bero ao tmulo), deve ser a unidade funcional.

Para um produto intermedirio (bero ao porto), deve ser o fluxo final de referncia.

Se for usada uma RCP existente, a Organizao deve seguir o critrio para determinar qual unidade de anlise deve ser usada na RCP. Se uma nova RCP criada, a Seo 7.4 deste documento deve ser cumprida.

Nota: As RCP podem definir informaes adicionais de desempenho do produto que devem ser reportadas para

permitir decises comparativas por clientes do negcio, por exemplo, produtos com grandes perodos de tempo de uso (tais como motores eltricos) devem reportar informaes permitindo que a fase de uso seja calculada.

6.2.3 Definindo os limites do Sistema

O rtulo fornece Organizao informaes para: Unidade de manuteno de estoque (SKU) [ver 6.2].

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rea geogrfica de vendas/uso [ver 6.2.4].

Perodo de tempo da coleta de dados [ver 6.2.7].

6.2.4 Regio geogrfica de vendas

A Organizao deve definir cada regio geogrfica para as quais a certificao da pegada de carbono requerida. Isto se deve as emisses de transporte associadas. A pegada de carbono deve produzir um resultado separado para cada regio, cada uma das quais necessita ser verificada.

6.2.5 Bero ao porto ou bero ao tmulo

O principal critrio para definir se o estudo deve ser feito do bero ao tmulo ou do bero ao porto refere-se a unidade funcional do produto: Se a unidade definida, o estudo deve ser feito do bero ao tmulo;

Se a unidade funcional no definida, o estudo deve ser feito do bero ao porto. Pegadas de carbono do bero ao porto devem: Sempre ser calculadas at o porto de sada da fbrica da Organizao. Esta a pegada de carbono

que utilizada na certificao.

Onde a Organizao tambm detm, opera ou controla o transporte externo, uma segunda pegada de carbono pode ser calculada, e ambas pegadas de carbono verificadas.

Requisitos adicionais neste tpico so definidos na RCP [ver7.1]. Nota: Porto ao porto no suportado por este sistema neste momento, futuras revises podem contemplar esse

componente.

6.2.6 Fluxograma do processo A Organizao deve encaminhar um fluxograma detalhado descrevendo o processo do ciclo de vida do produto para que o verificador tenha uma base para a pegada de carbono.

No mnimo, o fluxograma do processo dever: Fornecer os processos chave do ciclo de vida, incluindo as entradas e sadas desses processos.

Incluir entradas com menor materialidade combinada em grupos, j que elas sero modeladas1.

Incluir processos das atividades a jusante para pegada de carbono do bero ao tmulo.

Realar qualquer informao a ser excluda da pegada de carbono da Organizao.

Realar processos pertencentes, operados ou controlados pela Organizao2.

Realar processos pertencentes, operados ou controlados pelos fornecedores da Organizao, se forem includos

2.

As sadas de cada processo devem ser definidas como: Produtos produtos finais a serem certificados

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Produtos intermedirios sadas que se tornam entradas para outro processo;

Co-produtos produtos que so vendidos para outras cadeias de valor3; ou

Resduos sadas sem valor de um processo. Processos devem ser direcionados para estgios do ciclo de vida

4.

Nota

1: Processos com muitas entradas, mas com uma pequena contribuio percentual para a pegada de carbono

total, podem ser agrupados em uma entrada representativa, para reduzir o nmero de clculos [ver 6.3.3].

Nota2: Reveja 5.1 Organizaes devem ter suficiente domnio e controle do produto.

Nota3: E, portanto, carregam algum impacto ambiental com eles.

Nota4: Fases do ciclo de vida podem ser "matrias-primas", "fabricao", "distribuio", "uso", "fim de vida".

6.2.6.1 Simplificando o nmero de processos Todas as Organizaes devem procurar minimizar o nmero de processos, sem afetar significativamente a forma como os materiais e utilitrios so atribudos a cada produto; nem como os impactos de co-produtos e emisses fugitivas afetam a pegada de carbono de produto. Processos que simplesmente continuam a transformao do produto intermedirio do processo anterior devem ser investigados para avaliar se ambos os processos podem ser combinados. Caso no seja possvel garantir as quantidades certas de materiais e insumos atribudos a cada produto intermedirio, recomendvel que os processos no sejam combinados. A mesma recomendao se aplica no caso de a combinao de resduos significativos, co-produtos ou emisses fugitivas derivados de qualquer processo no garanta que os impactos sejam atribudos a cada produto. 6.2.6.2 Excluses de processos Todos os processos no atribuveis, ou seja, processos, servios, materiais e energia que no fazem parte direta do ciclo de vida do produto estudado, devem ser excludos da pegada de carbono, a menos que sejam requeridos em uma RCP.

6.2.7 Perodo de tempo da coleta de dados

Todos os modelos de pegada de carbono usam dados histricos primrios.

Coleta de dados primrios: Deve ser por um perodo de 12 meses para evitar impactos da sazonalidade*;

Pode comear em qualquer ms;

Pode comear em meses diferentes para diferentes fornecedores;

o No caso da agricultura melhor realizar a medio ao longo de uma estao de crescimento contnua (ou seja, no comear no meio da estao de crescimento), que muitas vezes diferente dos perodos de fabricao.

Os perodos de tempo devem ser claramente documentados para todos os dados primrios;

Os perodos de coleta de dados devem terminar no mximo 15 meses antes do incio do processo de certificao.

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* Ressalvas exigncia do perodo de 12 meses para a coleta de dados primrios so:

o Impactos sazonais so comprovadamente imateriais, um perodo de tempo de trs meses pode ser usado.

o Produtos agrcolas podem ter uma mdia mvel da pegada de carbono em perodos acima de cinco anos (requisitos podem ser definidos nas RCPs)

o Quando um produto sazonal, ou no produzido de maneira contnua, deve ser utilizado o perodo de tempo associado com a produo do produto.

6.2.8 Fase de uso A pegada de carbono do bero ao tmulo deve ser clara e precisa. Calculada em uma fase de uso representativa, com base em uma definio de estgio de uso. Nota: Materialidade vital neste ponto [ver 6.3.3] deve ser dispendido um esforo na modelagem da fase de uso,

dependendo da materialidade para garantir que os dados cumpram os requisitos de qualidade [ver 6.3.6].

Se usada uma RCP existente, deve-se seguir a definio de fase de uso na RCP.

Se uma nova RCP criada, deve-se cumprir a seo 7.5 deste documento. 6.2.9 Estgio de fim de vida Se uma a ferramenta de pegada de carbono no aprovada usada, as emisses de fim de vida" devem ser calculadas em conformidade com a norma. Se uma ferramenta aprovada de pegada de carbono usada, a calculadora de "fim de vida" deve ser utilizada para atender os requisitos. Para esclarecimento: Quando resduos so reutilizados nas fases de fabricao, a pegada de carbono deve incluir os

processos que permitem a reutilizao (exemplo re-fuso).

Dados padro especficos de uma categoria de produtos, devem ser utilizados conforme as instrues da RCP.

6.2.10 Alocao A alocao requerida em trs reas, que devero ser avaliadas de forma independente: Alocao de uma entrada entre vrios produtos [ver 6.2.10.1]. Alocao do impacto do carbono entre o produto e seus co-produtos [ver 6.2.10.2]. Alocao associada reciclagem [ver 6.2.10.3].

6.2.10.1 Alocao de entradas

Muitas entradas, em especial insumos como energia e gua, no so quantificadas e, por isso, precisa-se de critrios para aloc-los, desde o nvel mais bsico onde existam valores disponveis at o nvel do produto. Para cada alocao de uma entrada de processo, um critrio de alocao chave deve ser claramente definido e justificado.

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Alguns aspectos podem ser considerados:

Selecione um critrio de alocao chave para alocar as emisses entre produtos da maneira mais equitativa: por exemplo, pelo nmero de produtos, pela massa dos produtos (kg), por volume de produtos (m

3), por rea de produo (m

2), etc.

Critrios de alocao chave requeridos para o mesmo fim em sistemas financeiros, podem ser usados, se for aplicvel.

Critrios de alocao chave podem ser definidos nas RCP. Entradas diferentes de processos podem usar diferentes critrios de alocao chave. Alocao pode exigir mais de uma etapa. Por exemplo: etapa 1, alocar entre injeo de plstico e montagem; etapa 2a, alocar a energia da injeo de plstico entre as partes; etapa 2b, alocar a energia da montagem entre produtos acabados - este exemplo requer 3 critrios de alocao chave diferentes.

6.2.10.2 Alocao entre produtos e co-produtos

Quando um processo gera duas ou mais sadas, as quais no podem ser produzidas sem a produo da outra e possuem um valor de mercado, ambas as sadas devem ser consideradas como produtos e co-produtos. Sadas sem valor monetrio so consideradas resduos. No referente definio de sadas no fluxograma do processo [ver 6.2.6], a alocao pode ser requerida entre qualquer combinao do produto final, produtos intermedirios e co-produtos vendidos. Alocao necessria entre co-produtos. Os dados e mtodos de alocao utilizados entre as sadas devem ser claros e justificados. Alocao econmica deve ser seguida por padro. 'Expanso do Sistema' e alocao fsica no ser considerada vivel a no ser que seja definida numa RCP. Isto devido quantidade de dados, complexidade da pesquisa e acordos setoriais requeridos. Os valores econmicos utilizados para produtos e co-produtos devem ser aqueles aplicveis no ponto em que os co-produtos so fabricados (ou seja, o seu valor antes de qualquer tratamento posterior). Se uma RCP define valores econmicos ou, as fontes de valores, ou mtodos para a alocao, deve-se utiliz-los. Caso contrrio: Valores comerciais de mercado devem ser utilizados, e no preos de transferncia internos. Deve ser utilizada uma fonte respeitvel. Uma mdia de preos ao longo de trs anos deve ser usada para evitar flutuaes. Um mecanismo deve ser colocado em prtica para rever esses valores. 6.2.10.3 Reciclagem Para cada insumo contendo material reciclado, e para cada material reciclado no final do ciclo de vida, as Organizaes necessitam determinar qual dos dois mtodos de alocao relativa a reciclagem deve ser usado. O mtodo aproximao, circuito fechado, 0:100 deve ser utilizado se um dos critrios abaixo atendido: 1. Todo o material reciclado em um circuito fechado, e volta para o mesmo sistema do produto ou; 2. Nenhuma alterao ocorre nas propriedades inerentes do material, e a demanda excede a oferta. Caso contrrio, o mtodo "contedo reciclado, circuito aberto, 100:0 deve ser utilizado.

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No mtodo 100:0 os benefcios da reciclagem vo para os produtos que usam o contedo reciclado. No mtodo 0:100 vo para os produtos que so reciclados. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve atender aos requisitos da norma para calcular a alocao de reciclagem. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, estes requisitos so inerentemente atendidos. Nota: As RCP podem determinar qual mtodo de alocao se aplica quando se trata de uma determinada categoria de produto.

6.2.11 Tratamento de carbono fssil e carbono biognico

Emisses biognicas e fsseis devem ser reportadas separadamente. A certificao deve usar as pegadas de carbono calculadas incluindo as emisses biognicas, ou seja, emisses lquidas. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve separar emisses biognicas e fsseis. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, os requisitos so inerentemente atendidos.

6.2.12 Tratamento de eletricidade Deve ser usada uma mdia dos fatores de emisso. Importante: no use somente fatores de emisso de combusto empregados no inventrio organizacional. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, fatores de emisso de eletricidade devem contar para emisses no ciclo de vida total do sistema de fornecimento de eletricidade. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, os dados includos atendem os requisitos. Veja anexo B para explicaes adicionais.

6.2.12.1 Gerao de energia local Quando a energia gerada a partir de uma fonte alternativa a rede de abastecimento nacional ou regional, fatores especficos de origem correspondentes ao mtodo de gerao e ao combustvel utilizado devem ser aplicados.

6.2.13 Mudanas no uso da terra Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve atender os requisitos da norma para o clculo da mudana direta de uso da terra. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, os dados includos atendem os requisitos. Mudana indireta no uso da terra excluda. Mesmo usando a norma ABNT ISO/TS 14067, recomendado o uso do Anexo B do Greenhouse Gas Protocol:2011 - Product Life Cycle Accounting and Reporting Standard para calcular a mudana de uso do solo, uma vez que oferece uma excelente descrio do que fazer.

6.2.13.1 Mudana de carbono no solo No est includo. Futuras revises podem contemplar este item.

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6.2.13.2 Armazenamento de carbono em produtos Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve atender aos requisitos da norma para armazenamento de carbono em produtos. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, os dados includos atendem os requisitos, contudo as Organizaes talvez precisem selecionar qual norma esto usando.

6.2.14 Emisses fugitivas e por processos

Emisses fugitivas so as emisses de gases de efeito estuda tais como perda de gs refrigerante. Emisses por processos so as emisses de gases de efeito estufa de processos tais como reaes qumicas. As emisses de gases de efeito estufa fugitivas e por processos devem ser calculadas, se forem relevantes. Se for usada uma RCP existente, o mtodo e clculos definidos na RCP devem ser seguidos. Se for criada uma nova RCP, as emisses fugitivas devem ser calculadas usando um mtodo e clculos reconhecidos. Emisses de N2O e CH4 provenientes de pecuria, adubo e solos devem ser calculadas se forem relevantes. Estas podem ser calculadas usando as Diretrizes para Inventrios de Gases de Efeito Estufa Nacionais do IPCC.

6.2.15 Emisses de aeronaves

Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono no aprovada, o modelo deve atender os requisitos da norma para clculo de emisses de aeronaves. Se for utilizada uma ferramenta de pegada de carbono aprovada, os dados includos atendero aos requisitos, contudo as Organizaes podem necessitar selecionar a norma que ser usada.

6.3 Coleta de dados, qualidade dos dados e rastreabilidade

6.3.1 Orientao: atendendo os requisitos de qualidade dos dados a baixo custo As Organizaes que procuram a conformidade com os requisitos do sistema podem buscar um mtodo de baixo custo para alcanar o requisito mnimo de qualidade dos dados descrito nesta seo. Ao usar maiores recursos a preciso e incerteza de qualquer pegada de carbono podem ser continuamente melhoradas. Definir esta abordagem de baixo custo pode ser alcanada atravs de um enfoque interativo: Primeiro, calcule uma pegada de carbono com os dados disponveis e utilize estimativas quando

necessrio (dados de baixo custo).

Em seguida, avalie a qualidade dos dados da pegada de carbono resultante e compare com os requisitos do sistema.

Se no existe conformidade com os requisitos, deve-se melhorar a qualidade dos dados ao baixo custo, por exemplo, dados primrios de um fornecedor; melhores dados secundrios; monitoramento de um processo para evitar a localizao; coleta de melhores dados de atividades downstream.

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Um ponto central em toda pegada de carbono a determinao do que bom o suficiente para o propsito em que ser usada a pegada de carbono. Esta seo define o que aceitvel para este sistema. O que aceitvel determinado ao revisar a pegada de carbono global, e a contribuio de dados individuais para a qualidade geral dos dados. Em geral, pontos de dados suficientes, que tm grandes contribuies para a pegada de carbono global precisam ser de alta qualidade para atender aos requisitos definidos. Lembrete: A pegada de carbono a soma total de uma srie de eventos de emisses, calculadas como:

Pegada de Carbono=Dados da Atividade x Fatores de Emisses de GEE Dados da Atividade podem ser dados primrios ou secundrios (ex. uso anual de eletricidade, kWh).

Fatores de Emisses de GEE so normalmente dados secundrios (ex. emisses nacionais de eletricidade, kgCO2e/kWh).

6.3.2 Rastreabilidade dos dados: Suporte e manuteno da certificao

As Organizaes so responsveis por fornecer a documentao adequada que comprove a conformidade com o sistema. A documentao deve ser clara e transparente para permitir a tomada de decises de certificao. A Organizao deve: Divulgar a fonte dos dados primrios; o perodo de tempo a que se referem; e uma pessoa de contato.

o Isto feito de forma mais eficaz com grupos de dados a partir da mesma fonte, e no para cada ponto de dados.

Quando o dado secundrio no est no banco de dados da ferramenta de pegada de carbono nem fornecido pela RCP, a Organizao pode obt-lo de fontes confiveis. Neste caso, as Organizaes devem divulgar a fonte, referncia onde pode ser encontrado, nmero da verso, nome exato do ponto de dado, e como foi atribudo o ndice de qualidade - IQD

Divulgar e prestar ateno s unidades de medida.

o Esta uma das fontes mais frequentes de erros (exemplo so kg ou so toneladas?).

Especificar se os dados da atividade so calculados ou estimados, ao invs de medidos.

Documentar tudo o que foi estimado e incluir uma justificativa escrita para esta estimativa e indicar a fonte com detalhes suficientes para convencer o verificador.

o A fonte pode ser o nome de um especialista.

o Fornecer ao verificador os dados primrios na formatao original da fonte de dados, e assegurar que a forma na qual o dado foi processado (frmulas e fontes) esteja clara para o verificador.

Divulgar todos os critrios de alocao chave requeridos para processar os dados.

o Codificao predefinida de clculos uma fonte comum de erros, tornando a certificao difcil ou impossvel.

Se for requerido pr-processamento dos dados em uma planilha separada antes de inserir no modelo/ferramenta de pegada de carbono, ento esta planilha tambm deve ser submetida ao verificador.

o Se as Organizaes pr-processarem os dados e falharem na divulgao de como o dado resultante foi criado, o verificador no ter certeza que um erro no foi introduzido.

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Boa prtica: Valide o dado no momento da coleta. Nota: Boa rastreabilidade da procedncia dos dados, como so manipulados e o porqu das decises serem

tomadas; ajuda a tornar o modelo mais fcil de ser mantido/atualizado, e mais facilmente adaptado para auxiliar na reduo.

6.3.3 Materialidade, Significncia e Critrios de Excluso

As Organizaes devem compreender a materialidade de cada elemento da pegada de carbono como uma percentagem do total. As Organizaes devem usar a materialidade para utilizar seus recursos apenas onde requeridos (especialmente para atender ao requisito mnimo de qualidade dos dados a baixo custo). Elementos da pegada de carbono com: Alta materialidade e sensibilidade devem ser modelados com dados de alta qualidade, isto medidos.

Baixa materialidade e sensibilidade podem ser modelados com menor qualidade de dados, isto , estimativas, valores de referncia.

o Dados de baixa qualidade so preferveis excluso de um elemento.

Materialidade = contribuio para a pegada de carbono total. Sensibilidade = extenso em que a pegada de carbono muda com diferentes escolhas de dados. No mais de 5% da pegada de carbono deve ser estimada. Contribuies no materiais podem ser excludas se a maior estimativa razovel no exceder 0,2% da pegada de carbono total. Onde uma RCP no justificar, as Organizaes devem documentar uma justificativa simples para estas

excluses. As Organizaes devem seguir uma abordagem iterativa, j que a compreenso da materialidade de cada elemento melhorada gradualmente.

6.3.4 Dados da atividade

Upstream (cadeia de fornecimento) Coleta de dados primrios de fornecedores somente deve ser requerida se for necessrio para atender

aos requisitos mnimos de qualidade dos dados*. Operaes prprias Dados primrios devem ser coletados para os estgios do ciclo de vida nos quais a Organizao tem

controle operacional*. Downstream (se a pegada for do bero ao tmulo) Dados primrios suficientes devem ser coletados para cumprir o requisito mnimo de qualidade dos

dados (tais como dados coletados a partir de procedimentos de teste e pesquisa de consumo) [ver 6.3.6], embora o dado secundrio da atividade seja muitas vezes suficiente para as atividades posteriores, especialmente quando:

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o Dado secundrio relevante que j tenha sido coletado por uma fonte reconhecida com qualidade razovel ou boa.

o Se estiver definida nas RCP, ou mantida no modelo de ferramenta para o clculo de pegada de carbono aprovada**.

Se for utilizada uma ferramenta para o clculo de pegada de carbono aprovada, dados primrios devem ser coletados para serem inseridos nos modelos de calculadoras usados para modelar processos posteriores, apropriado materialidade.

Se for utilizada uma ferramenta de clculo de pegada de carbono no aprovada, dados primrios devem ser coletados para modelar processos posteriores, apropriado materialidade. As Organizaes devem mostrar claramente como os clculos de modelagem de cada estgio das atividades downstream atendem aos requisitos da norma e o impacto sobre a qualidade dos dados.

* Lembre-se 5.1 Os candidatos devem ter propriedade e controle operacional suficiente do produto. Nota: dados primrios podem ser coletados por meio de amostragem, extrapolao ou uso de indicadores [ver

6.3.4.1]. ** Muitos dados de atividades posteriores tomam esta forma.

6.3.4.1 Multi-sites: Amostragem, extrapolao ou uso de indicadores

Quando se coletam dados para uma operao multi-site (por exemplo, muitas fazendas semelhantes ou lojas de varejo) diferentes tcnicas podem ser usadas para reduzir custos, evitando a necessidade de coletar dados de todas as unidades [ver 6.3.1]. A tcnica selecionada necessita garantir suficiente representatividade da populao e consequentemente a qualidade do resultado. Se a amostragem for definida na RCP, a RCP deve ser seguida.

Se a amostragem no for definida na RCP, selecione, divulgue e justifique a tcnica das listadas abaixo:

1) Extrapolao ou uso de indicadores para unidades como pouca materialidade Unidades com baixa materialidade podem ser contabilizadas via extrapolao ou uso de indicadores de outras unidades onde dados so coletados. O impacto resultante sobre a qualidade dos dados deve ser avaliado. 2) Nvel de amostragem Selecionar uma das alternativas abaixo: A) Dados coletados de cada unidade Encontrar uma forma econmica e eficaz de coleta de dados de todas as unidades sempre a melhor opo.

No deve ser usada amostragem quando o nmero for inferior a 20 unidades.

A pegada de carbono do produto X uma mdia ponderada* da pegada de carbono dos produtos X de cada unidade**.

* Deve-se usar uma mdia adequada, como o volume de vendas ou receita.

** Contabilizao de extrapolao e uso de indicadores descritos no ponto 1.

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B) Amostragem aleatria Este o mtodo de amostragem padro; o mais simples.

Um nmero mnimo de unidades deve ser amostrado (interpolando entre os pontos dados):

Nmero total de unidades 20 30 40 50 70 100 150 200 300 400 500 1000

Unidades a serem amostradas

20 23 28 33 41 49 59 65 73 78 81 88

Taxa de amostragem (%) 100 77 70 66 59 49 39 33 24 20 16 9

Quando as unidades so de tamanhos similares* deve-se usar amostragem aleatria pura; no entanto, quando um nmero limitado de unidades significativamente maior* do que a mdia, as Organizaes devem assegurar que a amostra seja representativa.

A pegada de carbono do produto X uma mdia ponderada* da pegada de carbono dos produtos X de cada unidade amostrada.

C) Amostragem baseada em agrupamentos por atributos chave Se uma Organizao tem informaes adicionais sobre atributos chave que contribuem para a pegada

de carbono entre diferentes unidades, ento a populao pode ser dividida em grupos para reduzir a taxa de amostragem.

Primeiro, agrupe as unidades por atributos chave em 4 grupos. A base para agrupar as unidades deve ser claramente justificada, demonstrando os atributos chave que foram considerados.

Colete dados das duas maiores* unidades de cada grupo, mais uma amostra adicional de N (onde N a populao total de unidades) atravs de todos os grupos.

Nmero total de unidades 20 30 40 50 70 100 150 200 300 400 500 1000

Unidades a serem amostradas

12 13 14 15 16 18 20 22 25 28 30 40

Taxa de amostragem (%) 62 45 36 30 23 18 13 11 8 7 6 4

A pegada de carbono do produto X uma mdia ponderada* da pegada de carbono dos produtos X de cada grupo; onde esta pegada de carbono mdia do grupo uma mdia ponderada* das pegadas de carbono dos produtos X de cada unidade amostrada.

* Deve-se usar uma mdia adequada, como o volume de vendas ou receita.

D) Mtodos de amostragem alternativos Os Mtodos de A a C so preferveis. Contudo, quando se justifica que estes mtodos no so apropriados, podem ser usados mtodos de amostragem alternativos com base em princpios estatsticos quantitativos. A estratgia de amostragem e justificativa de apoio deve ser claramente documentada.

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6.3.4.2 Novos produtos, prottipos e alteraes do produto

Os dados da atividade devem ser representativos do produto, da forma como vendido no mercado: Dados primrios de prottipos no devem ser considerados representativos.

Modelos de pegada de carbono para novos produtos que compartilham: cadeias de fornecimento, locais de fabricao e processos downstream com produtos j existentes podem ser considerados representativos por meio de extrapolao de dados de produtos atuais.

6.3.5 Fatores de emisses secundrias de GEE

Fatores de emisses secundrios devem ser selecionados de preferncia nesta ordem: Aqueles definidos nas RCP, ou em bases de dados requeridos pelas RCP.

Aqueles mantidos em uma base de dados de uma ferramenta de pegada de carbono aprovada.

Outra fonte confivel. Onde o dado selecionado de outra fonte confivel, esta seleo deve ser justificada. Onde a escolha entre mltiplos fatores de emisses secundrios potencialmente vlidos requerida, esta escolha deve ser justificada. Determinar os dados mais apropriados requer a deciso de qual fator de emisso melhor representa essa entrada especfica para a pegada de carbono do produto, juntamente com o desejo de dados da alta qualidade.

6.3.6 Requisitos mnimos de qualidade dos dados

A qualidade dos dados de uma pegada de carbono global a soma da qualidade dos dados de cada ponto de dados no modelo multiplicada pela sua contribuio para a pegada de carbono. Esta uma rea importante e complexa da pegada de carbono de produtos. Por este motivo, dois requisitos alternativos so definidos para a qualidade dos dados. As Organizaes devem cumprir com: Requisitos de qualidade dos dados manuais [ver 6.3.6.2], apresentando, claramente, clculos para

certificao; ou

Requisitos de qualidade dos dados automatizados [ver 6.3.6.3]. ndices de Qualidade de Dados (IQDs) devem ser direcionados para pontos de dados para apoiar ambos os mtodos [ver 6.3.6.1]. O mtodo automatizado proporciona um valor mais preciso que exibido continuamente conforme o modelo preenchido, de modo que os meios eficazes para melhorar a qualidade dos dados podem ser rapidamente vistos, e um resumo da pontuao mostra se o requisito foi cumprido antes da apresentao para certificao.

6.3.6.1 Estabelecimento de indicadores de qualidade dos dados (IQD)

A qualidade de cada ponto de dados uma combinao da qualidade dos dados de atividade e os fatores de emisses usados para calcular o valor de CO2e.

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Deve ser atribudo um IQD* a todos os dados de atividades utilizados, sendo primrias ou dados secundrios. Todos os dados secundrios do banco de dados de uma ferramenta de pegada de carbono aprovada ou definida em uma RCP ter o IQD atribudo a ele. Nota: Os mtodos manuais e automatizados usam escalas de IQD diferentes; o mtodo manual mais simples. *Para economizar tempo e custo, os candidatos podem atribuir o mesmo IQD a uma srie de dados de atividade primrias similares - no se deve avaliar cada dado separadamente.

A seguir, apresentamos as orientaes para atribuir um IQD aos dados.

6.3.6.2 Requisitos de qualidade de dados manuais (no aplicvel se for utilizado o mtodo automtico) Ver tabela 1, abaixo. Nvel mnimo de qualidade dos dados A contribuio acumulativa para a pegada de carbono final ser composta de eventos de emisses onde: Pelo menos 70% da pegada de carbono total classificada como tendo Alta qualidade de dados

Pelo menos 95% da pegada de carbono total classificada como tendo Alta ou Mdia qualidade dos dados

Nota: At 5% das emisses podem ser classificadas como baixo, e ainda atender a esse requisito.

Mtodo de clculo As Organizaes devem demonstrar que o nvel mnimo de qualidade dos dados foi atingido. Isto deve ser feito da forma mais simples possvel. Lembre-se que a qualidade dos dados de cada ponto uma combinao dos IQD para os dados da atividade e fator de emisses.

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Tabela 1

Tipo de variveis dos Dados

Quase perfeito Muito Bom Bom Mdio Ruim Muito ruim Inaceitvel

Confidencialidade nos dados

Dados verificveis

baseados em medies

Dados verificveis

baseados em parte em

premissas

Default de fontes

internacional-mente aceitas,

como IPCC.

Default de fontes

nacionalmente aceitas.

Dados verificveis baseados em

premissas

somente

Default de fontes regionais

Dados no verificveis ou de

fontes no conhecidas.

Geogrfico Dados da Empresa

Dados de outras unidades

da empresa

Default do setor para a regio

do pas

Default do setor para o pas

Default do setor para pases da

regio

Default do setor para pases

com caractersticas

similares

Default do setor para pases com caractersticas no similares

Idade dos dados

Dados coletados no mesmo ano que o envio

para a certificao

Dados coletados 1 ano antes do envio

para a certificao

Dados coletados 1,5 anos antes do envio para a certificao

Dados coletados 2

anos antes do envio para a certificao

Dados coletados 5 anos antes do

envio para a certificao

Dados coletados 8

anos antes do envio para a certificao

Dados coletados 10 anos antes do

envio para a certificao

Perodo da coleta dos dados

Dados coletados entre 1 ou 2 anos de

atividade

Dados coletados entre

3 anos atividades

Dados coletados em um perodo de

4 anos atividades

Dados coletados em um perodo de

5 anos atividades

Dados coletados em um perodo de 6 anos atividades

Dados coletados em um perodo de

8 anos atividades

Dados coletados em um perodo

de 10 anos atividades

Consistncia

Utilizar um mtodo

reconhecido ou ferramenta

aprovada pelo sistema

Utilizar uma metodologia

predominante e metodologias

similares excepcional-

mente

Utilizar metodologias

similares

Utilizar ferramentas

no aprovadas pelo sistema

Utilizar metodologias

similares predominante-

mente com metodologias

diferente excepcionalmente

Utilizar metodologias

diferentes

Utilizar metodologias

no conhecidas

Integralidade

100% Dados de todos os

processos no perodo de

tempo

95% dos dados de todos os processos

relevantes no perodo de tempo com

algumas lacunas

estimadas

90% dos dados de todos os processos

relevantes no perodo de tempo com

estimativas das lacunas

existentes

85% dos dados de todos os processos

relevantes no perodo de tempo com

estimativas das lacunas

existentes

80% dos dados de todos os processos

relevantes no perodo de tempo com estimativas

das lacunas existentes

75% dos dados de todos os processos

relevantes no perodo de tempo com

estimativas das lacunas

existentes

Dados de menos de 60% dos processos

relevantes em um perodo de

tempo no representativo

Os IQD de cada ponto de dados devem ser determinados pela tabela abaixo.

Fator de Emisses IQD

Alto Mdio Baixo

Atividade IQD

Alto Alto Alto Mdio

Mdio Alto Mdio Baixo

Baixo Mdio Baixo Baixo

Mtodo de avaliao do IQD A cada ponto de dados deve ser aplicado um ndice de Qualidade de Dados (IQD), usando a escala de 3 nveis: Alto, mdio ou baixo.

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Os IQD dos dados da atividade devem ser avaliados usando a tabela abaixo:

Medido(incluindo impacto de pressupostos). Estimado

Re

pre

se

nta

tiv

ida

de

Ba

ixa

...

....

...

.A

lta

Alto Mdia Baixo

Alto Mdia Baixo

Mdia Baixo Baixo

Representatividade avaliada com base nos impactos devidos a: adequao dos fatores de emisses; alocao; extrapolao; uso de indicadores e amostragem.

Quaisquer novos IQDs de fator de emisses devem ser avaliados usando a tabela abaixo:

Qualidade inerente dos dados

Re

pre

se

nta

tiv

ida

de

Ba

ixa

..

....

....

. A

lta

Alto Mdia Baixo

Alto Mdia Baixo

Mdia Baixo Baixo

Representatividade avaliada com base em: tempo adequado do dado; geografia e tecnologia. No inclui a aplicao para os dados das atividades, mas simplesmente agregam representatividade ao nome do ponto de dados para o sistema.

Dados de qualidade inerente so avaliados com base em: acurcia; preciso; integralidade; consistncia; reprodutibilidade; fonte do dado; e conformidade metodolgica.

6.3.6.3 Requisitos de qualidade de dados automticos (no aplicvel se for utilizado o mtodo manual) Nvel mnimo de qualidade dos dados As Organizaes devem usar uma calculadora de qualidade de dados* aprovada para atender os requisitos deste sistema para o clculo da qualidade de dados automtica**. Para o Sistema ABNT a qualidade dos dados da pegada de carbono deve ser superior a 5.5.

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Mtodo de clculo

A qualidade global dos dados da pegada de carbono calculada automaticamente pelo sistema de modelagem, combinando IQD para dados de atividade e fatores de emisses para cada ponto de dados e a mdia ponderada destes pela contribuio de cada ponto de dados para a pegada de carbono global. Mtodo de avaliao do IQD A cada ponto de dados deve ser aplicado um ndice de Qualidade de Dados (IQD), usando a escala de 7 nveis:

Quase perfeito Muito Bom Bom Mdio Regular Ruim Muito ruim

IQD de dados de atividades devem ser avaliados usando a tabela abaixo:

Medido...(incluindo impactos de presupostos).Estimado

Re

pre

se

nta

tiv

ida

de

Ba

ixa

....

....

....

...A

lta

Quase perfeito Muito Bom Bom Mdio Regular Ruim

Muito Bom Bom Mdio Regular Ruim Muito ruim

Bom Mdio Regular Ruim Muito ruim Muito ruim

A representatividade avaliada com base em impactos baseados em: adequao do fator de emisses; alocao; extrapolao; uso de indicadores para a amostragem.

Quaisquer novos IQD de fator de emisses devem ser avaliados usando a tabela abaixo:

Qualidade de dados inerente

Re

pre

se

nta

tiv

ida

de

Ba

ixa

.

..

Alt

a Quase perfeito Muito bom Bom Mdio

Muito bom Bom Mdio Regular

Bom Mdio Regular Ruim

Mdio Regular Ruim Muito ruim

Regular Ruim Muito ruim Muito ruim

A representatividade avaliada com base em: tempo apropriado do dado; geografia; e tecnologia. No inclui aplicao para os dados das atividades, mas simplesmente agregam representatividade ao nome do ponto de dados para o sistema.

Qualidade inerente do dado avaliada com base em: acurcia; preciso; integralidade; consistncia; reprodutibilidade; fonte do dado; e conformidade metodolgica.

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6.3.6.4 IQD do estgio de uso

Os mtodos descritos no ponto 6.3.6.2 ou 6.3.6.3 no se aplicam diretamente para o estgio de uso. Uma avaliao deve ser feita para atribuir um IQD ao estgio de uso como um todo, com base nos mesmos princpios gerais e mecanismos de classificao tal, como usado nos pontos 6.3.6.2 ou 6.3.6.3.

6.4 Anlise de sensibilidade

A anlise de sensibilidade deve ser realizada para os trs pontos de dados que se acredita que tenham o maior potencial de mudana sobre a pegada de carbono global, tomando valores mais altos e mais baixos possveis, e os resultados documentados.

Isto mais simples substituindo a figura nominal primeiro com o valor mais baixo, e, em seguida, com o valor mais alto; e registrando a variao na pegada total. Nota: Estes no so necessariamente os trs maiores contribuintes para a pegada global.

6.5 Avaliao da incerteza

Para este sistema, o processo de atender ao requisito mnimo de qualidade de dados [6.3], e a realizao completa da anlise de sensibilidade [6.4], devem ser considerados para atender os requisitos relativos avaliao da incerteza.

6.6 Preparao do relatrio da pegada de carbono do produto para a certificao

Deve ser elaborado um relatrio da pegada de carbono de produto. Nesta fase, a seo de certificao deixada em branco, at a divulgao pblica [ver 6.8].

6.7 Certificao: Apresentao dos resultados, conformidade e materialidade Uma vez completado, o relatrio do sistema e o modelo (includos dados de suporte e documentao) ambos devem ser submetidos para certificao de terceira parte. Os candidatos devem apresentar evidncias para demonstrar conformidade com cada requisito do RMS. Essas evidncias englobam a validao do Mtodo de Clculo por um verificador qualificado pela Associao Brasileira de Ciclo de Vida. Disposio Transitria: enquanto no h verificadores qualificados pela Associao Brasileira de Ciclo de Vida, essa etapa ser realizada pelo Organismo de Verificao. Sero avaliados pelo Organismo Verificador as evidncias apresentadas e todos os documentos necessrios para a Certificao, e caso sejam identificados erros, aes corretivas devem ser requeridas para todas as no conformidades. Aps o processo ser finalizado e ter um resultado satisfatrio, dada a concesso da Certificado.

6.8 Divulgao pblica

O relatrio do Sistema ABNT de pegada de carbono deve ser disponibilizado ao domnio pblico. Comparada com a verso apresentada para a certificao [ver 6.6].

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7 Requisitos e orientaes para elaborao da RCP

7.1 Criando uma nova RCP: Informaes Gerais

Uma RCP sempre requerida. No entanto, existem trs verses da RCP, variando desde a mais mais rpida possvel, RCP-Mnima, adequada para produtos mais simples de terem a pegada de carbono calculada; at a RCP-Completa adequada para produtos mais complexos onde potenciais abordagens alternativas de Pegadas de Carbono requerem um acordo multipartidrio. Todos os sistemas de RCP usam os modelos descritos nesta seo; embora a RCP-Mnima no contemple todas as sees. Um modelo de RCP para criar um novo relatrio pode ser encontrado atravs do RQ-174.

7.2 Determinando se apropriada uma RCP-Completa, RCP-Simples ou RCP-Mnima

As trs categorias de RCP esto descritas na tabela abaixo.

Modelo-RCP Componentes Assinado

por: Observaes

RCP-Mnima

Mnimo de Unidade de Anlise, Emisses de processo, Emisses

Fugitivas e Fase de Uso

(se aplicvel)

Somente a Organizao

Comit Tcnico

e/ou Verificador

RCP-Simples Todas as sees

relevantes includas Pelo menos a Organizao

Comit Tcnico

e/ou Verificador

Um grupo de empresas podem inicialmente produzir uma

RCP-simples, com a inteno de completar a pegada de

carbono dos produtos, e em seguida, criar uma RCP-Completa, utilizando os

resultados encontrados na primeira pegada.

RCP-Completa Todas as sees

relevantes includas

Consenso de um Grupo de

trabalho multipartidrio

da RCP, incluindo

membros do Comit Tcnico.

Comit Tcnico

e/ou Verificador

Pode ser necessrio esperar que o Comit Tcnico a

priorize. Sero necessrias negociaes para estabelecer

como ser financiada, uma RCP completa requer de suficiente experincia de trabalho na categoria do

produto para tomar decises legitimas.

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As vantagens e desvantagens so: A RCP-Mnima a opo mais rpida e barata, sem necessidade de trabalho extra. Ela fornece

legitimidade atravs da publicao. Entretanto, a RCP-Mnima no aborda todas as reas que poderiam melhorar a comparabilidade, no suporta modelos da ferramenta de pegada de carbono, e no tem consenso multipartidrio. Esta abordagem funciona para produtos muito simples.

Uma RCP-Simples leva mais tempo para ser concluda. Proporciona maior legitimidade atravs da publicao, possibilita o uso de modelos de ferramentas de pegada de carbono para serem concludas. Entretanto, no possui um consenso multipartidrio. Para produtos com um grau maior de complexidade esta provavelmente a melhor abordagem.

A RCP-Completa pode levar um tempo considervel para ser concluda, vai depender da facilidade com que as partes trabalhem em conjunto, e a extenso das oposies (discordncia). A RCP-Completa fornece a maior legitimidade, pois uma publicao com consenso multipartidrio. Essa a opo de pegada mais aconselhada para produtos complexos. Muitas categorias de produtos comeam com RCP-Simples, e ento, com base nesta criam uma RCP-Completa.

7.3 Publicao da RCP

Todas as RCP devem ser publicadas. O sistema prev um registro geral em:

www.abntonline.com.br/sustentabilidade/pegada

A candidata solicita a criao da RCP completa.

Definir a categoria do produto, isto o escopo dos produtos na RCP.Estimar o tamanho da tarefa, o tamanho do mercado e priorizar.

Montar grupos de trabalho adequados ao tamanho da RCP: Empresas,

Organismos de comrcio, especialistas.

Deciso de prosseguir agora?

Encontrar RCPs relevantes em vigor, procedimentos de teste, pesquisa downstream, resultados publicados e

resultados da empresa com acordo de no divulgao.

Verso preliminar completa do modelo de RCP.

Rever para conformidade com o sistema.

Publicar a RCP completa aprovada :

Validade cinco anos.

Informar as partes interessadas e

atualizao do website

Definir se criar um modelo com a

ferramenta Footprint ExpertTM

NOSIM

EDIO

Candidata

Comit Tcnico

Grupo de trabalho da RCP

Diagrama 7.1: Sequncia de eventos para criar uma RCP-Completa

http://www.abntonline.com.br/sustentabilidade/pegada

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7.4 Unidade Funcional ou Fluxo Final de Referncia

Para permitir uma comparao justa essencial basear os clculos da pegada em unidades de anlise justas e vlidas para a comparao. Para produtos terminados (do bero-ao-tmulo), esta a Unidade Funcional.

Para produtos intermedirios (do bero-ao-porto), este o Fluxo Final de Referncia. A RCP deve definir Unidades de Anlises vlidas para os produtos do setor: Esta deve abranger a funo principal do produto e os requisitos abaixo.

Se mltiplas unidades de anlises vlidas so definidas em uma RCP, especificar claramente os critrios usados para determinar quando usar cada uma.

possvel, embora pouco frequente que um produto tenha mais de um uso, resultando em mais de uma unidade funcional alinhada a cada uso especfico.

Para permitir uma comparao justa e vlida das unidades funcionais podem ser requeridos produtos complementares, que por sua vez podem exigir um consumo maior de energia [ver 7.5 Estgio de Uso para maiores explicaes].

Requisitos Gerais para Produtos Intermedirios Para produtos intermedirios (do bero ao porto), se uma unidade funcional pode ser definida esta deve ser a Unidade de Anlise. Quando isso no possvel, o Fluxo Final de Referncia o mais adequado como Unidade de Anlise. As RCP devem definir informaes adicionais sobre o desempenho do produto, que devem ser reportadas para permitir comparaes pelos clientes empresariais: Por exemplo, produtos com muitos estgios de uso (motores eltricos) devem comunicar informaes

que permitam o clculo da fase de uso pelos clientes.

Por exemplo, os produtos que vm em diferentes concentraes devero reportar a concentrao, ou adotar uma Unidade de Anlise para o principal ingrediente.

Requisitos gerais para Unidades Funcionais A Unidade Funcional dever considerar o uso a partir da perspectiva do usurio final, e fornecer informaes para apoiar os clientes nas decises de compra/escolha de uso.

1. Sem uso ou produtos de um nico uso Para os produtos com nenhum estgio de uso ou que so usados uma vez, a Unidade Funcional deve ser (em ordem de preferncia): Por funo desempenhada (por exemplo, a pintura "por m", pavimentao "por m").

Por quantidade definida de produto (por exemplo, alimentos "por poro de 100g").

Por produto (por exemplo, "por tabela"). A Unidade Funcional deve refletir adequadamente as variaes entre produtos (por exemplo, diferenas de concentraes nos produtos, diferentes tamanhos de embalagem)

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2. Produtos Multiuso Se um produto utilizado vrias vezes a materialidade do Estgio de Uso devem ser comparadas com as outras fases, atravs do clculo a seguir: Pegada por Uso = a/d + b + c/d Pegada Total de vida = a + (b x d) + c

(a) Pegada de atividades que acontecem uma nica vez (ou seja, produo de produtos e sua cadeia de suprimento, transporte para o local de venda e o descarte do produto.)

(b) Pegada de produtos que so usados uma nica vez (c) Pegada de todos os servios, reparos e manuteno

ao longo da vida til do produto (se significante) (d) Vida til do produto (em tempo ou nmeros de uso,

ou combinao de ambos) Se o Estgio de Uso (b x d) : >50% da pegada, a Unidade Funcional deve referir a cada uso (ex. por vez que se barbear, por km)

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4) Manuteno do produto

Em que circunstncias a manuteno devem ser feita.

Definir o mtodo de clculo e quais padres devem ser usados.

5) Tempo de vida do produto

Defina o mtodo de clculo e quais padres que devem ser usados.

A Definio do Estgio de Uso deve incluir uma definio clara de:

.Quaisquer requisitos adicionais (por exemplo, as diretrizes da indstria, os procedimentos de teste ensaio).

Todas as fontes de dados secundrios utilizados para determinar o comportamento tpico do usurio, o consumo mdio de energia, emisses fugitivas e qualquer outro elemento chave do perfil do estgio de uso.

Todas as suposies feitas, e suas justificativas.

A forma em que os dados foram agregados ou a mdia calculada.

Manuteno deve ser includa caso fornecida como parte do produto/servio que est sendo comprado/vendido, e se tem materialidade.

O consumo de energia deve ser includo se:

O produto requer energia, a fim de desempenhar a sua funo especfica (por exemplo, TV, mquina

de lavar); ou

O produto requer energia, como consequncia do uso tpico pelo consumidor final (por exemplo,

cozinhar alimentos, lavar e passar roupas).

Produtos complementares:

Deve-se incluir caso os produtos por si s no possam cumprir a funo definida pela unidade

funcional.

o Por exemplo, se a unidade funcional definida como caneca de 200ml de caf preto, em seguida, o caf por

si s no pode cumprir essa funo, por que requer da adio de gua quente.

Essa uma importante deciso a ser feita quando se define a unidade funcional, se deve considerar:

uso tpico; instruo de uso do produto; e mais til para o cliente tomar uma deciso baseados em

informaes justas e vlidas. o Por exemplo, uma unidade funcional de "colher de ch por 5 gramas de p de caf instantneo", no reflete o

uso tpico, j que o p de caf quase sempre usado para fazer o caf; por outro lado uma Unidade Funcional

de "por kg de acar" reflete o fato de que o acar tem tantos usos alternativos que no h uso tpico

dominante.

Sempre que um produto complementar includo deve ser usada uma pegada do ciclo de vida

completo.

O estgio de uso deve incluir a energia utilizada pelos produtos e produtos complementares usados

junto.

o Por exemplo, caf instantneo requer energia para aquecer gua e o p de caf.

o Nota 1: O acar no est includo na pegada do caf instantneo, uma vez que no necessrio.

o Nota 2: O Estgio de uso de roupas em geral inclui passar a roupa como uso tpico da maioria dos clientes, mas ferros no precisam incluir as pea de roupa como produto complementar.

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Dados Padres:

Dados Padres so particularmente importantes para o Estgio de Uso.

o Por exemplo, a percentagem de fatias de po branco que torrado deve ser definida na RCP para que todos os produtos usem o mesmo valor.

Qualidade dos Dados:

A RCP deve especificar o IQD para os dados, e/ou especificar como o IQD deve ser calculado para o

Estgio de Uso.

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Anexo A: Fatores de Emisso de Eletricidade

A.1 Introduo

Este anexo fornece uma explicao sobre fatores de emisso de energia eltrica e por que aqueles utilizados na pegada de carbono do produto diferem daqueles usados no inventrio da organizao. Esta uma rea que causa muita confuso, para quem no est familiarizado com a pegada de produto.

A.2 Sumrio

As emisses decorrentes da gerao de eletricidade podem ser colocadas nas 4 categorias seguintes*:

1. As emisses de atividades upstream de combustveis utilizados para gerao de eletricidade.

2. Gerao (por exemplo, combusto).

3. Perdas de transmisso e distribuio.

4. As emisses de atividades downstream decorrentes da gerao de energia eltrica.

* Para eletricidade gerada por combustveis fsseis, com algumas variaes para diferentes fontes de energia renovveis.

Normas para inventrio organizacional ou nacional requerem fatores de emisso de eletricidade que contam apenas o item 2 desta lista, que se alinham com os princpios do limite aplicadas para o inventrio. Ou seja, escopo 1 e 2, ignorando os impactos das atividades upstream.

Todos os pases produzem um nmero nacional a ser utilizado para tal atividade.

Normas para a pegada do produto, ou o escopo 3 do inventrio organizacional requerem fatores de emisso de eletricidade que representam todas as categorias 1-4 nesta lista, que se alinham com os princpios do limite aplicadas para essa pegada. Ou seja, um princpio do ciclo de vida completo.

Os pases da UE, e outros, como o Japo e os EUA publicam um nmero nacional a ser utilizado para tal pegada.

Nota: DEFRA, no Reino Unido publica ambos os valores para a maioria dos pases do mundo em seu site. http://www.ukconversionfactorscarbonsmart.co.uk/ Nota: as emisses de atividades downstream tendem a ser pequenas.

A.3 Os seguintes pontos esto includos nas ferramentas de pegada de carbono aprovadas: Para inventrios da organizao:

Nmeros nacionais publicados so utilizados.

Para pegada de produto (isto , o presente sistema):

Se existir um nmero nacional publicado estes so utilizados.

Onde no exista nenhum nmero nacional do ciclo de vida completo da electricidade, uma poro representativa das emisses adicionada (de aproximadamente 10%) para criar um nmero que ser includo dentro da ferramenta de pegada, que as Organizaes possam ver.

Deve ser atualizado anualmente.

Se um fator especfico do fornecedor de electricidade pode ser obtido com confiana tambm pode ser usado (veja abaixo), no entanto, deve ser uma figura de ciclo de vida completo, se no inclui as emisses upstream, o que provvel, ento semelhantes adies devem ser feitas para este fator especfico de fornecedor como fizeram para o fator nacional.

http://www.ukconversionfactorscarbonsmart.co.uk/

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A. 4 Esclarecimentos adicionais de requisitos de fatores de emisses de ciclo de vida

Os requisitos tm uma melhor descrio na seo 6.4.9.3 da norma ABNT ISO/TS 14067. (O mesmo princpio aplica-se no documento de referncia GHG Protocol Product Standard, mas menos detalhado).

Item 6.4.9.3 Tratamento de eletricidade

As emisses de GEE associadas ao uso de eletricidade devem incluir, quando relevante, emisses de GEE provenientes do ciclo de vida do sistema de fornecimento de eletricidade, incluindo, mas no se restringindo a:

emisses de GEE provenientes da gerao de eletricidade, por exemplo, queima de combustveis;

emisses de GEE provenientes da gerao de eletricidade perdida em transmisso e distribuio na rede;

emisses de GEE upstream (por exemplo, minerao e transporte de combustvel para o gerador de eletricidade ou crescimento e processamento de biomassa para uso como combustvel);

emisses de GEE downstream (por exemplo, o tratamento de resduos provenientes da operao de geradores de eletricidade nuclear ou tratamento de cinzas de carvo de a partir de usinas eltricas);

emisses de GEE relacionadas construo, manuteno e desativao do sistema de fornecimento de eletricidade.

Quando eletricidade for produzida e consumida internamente (por exemplo, eletricidade gerada no local) para um produto em estudo, os dados do ciclo de vida para essa eletricidade devem ser usados para tal produto.

Quando um fornecedor de energia eltrica puder oferecer um produto especfico de eletricidade com dados especficos do ciclo de vida e garantir que a venda de eletricidade e as emisses de GEE associadas no sejam contabilizadas duas vezes, os dados do ciclo de vida desse produto de eletricidade devem ser usados.

Quando o fornecedor de energia eltrica no fornece dados especficos de GEE para o produto de eletricidade especfico, as emisses de GEE associadas com rede eltrica nacional em que o estgio do ciclo de vida ocorre devem ser usadas.

Onde um pas no tiver uma rede eltrica nacional, mas tiver vrias redes no conectadas ou vrios pases compartilharem uma rede comum, as emisses de GEE associadas rede relevante a partir da qual a eletricidade obtida devem ser usadas.

Se dados especficos do ciclo de vida em um processo dentro do sistema de fornecimento de eletricidade forem difceis de serem acessados, os dados dos bancos de dados reconhecidos podem ser usados.

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Anexo B: Orientaes adicionais

B.1 Orientao sobre propriedade e controle

Quadro 8.1 do GHG Protocol Product Standard oferece o seguinte texto para definir "propriedade e controle:

Uma empresa dona ou controla um processo se o mesmo est sob seu controle operacional ou

financeiro. O GHG Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard define dois tipos de

controle: controle financeiro e controle operacional.

Uma empresa tem o controle financeiro sobre um processo, se ela tem a competncia de dirigir as

polticas financeiras e operacionais do processo, com vista a obter benefcios econmicos da

atividade. Por exemplo, o controle financeiro geralmente existe se a empresa tem o direito a maioria

dos benefcios da operao. Da mesma forma, uma empresa considerada controladora financeira

de um processo se ela retm a maioria dos riscos e benefcios de propriedade dos ativos da

operao.

Uma empresa tem controle operacional sobre um processo se a empresa ou uma de suas

subsidirias tem a plena autoridade para introduzir e implementar suas polticas operacionais ao

processo. Este critrio consistente com a contabilidade atual e a prtica de muitas empresas que

relatam as emisses de instalaes para as quais detm a licena de funcionamento. Se a empresa

ou uma de suas subsidirias a operadora de uma instalao, espera-se que tenha a plena

autoridade para introduzir e implementar suas polticas operacionais e, portanto, tem controle

operacional, exceto em circunstncias muito raras.

Para mais informaes sobre propriedade e controle, consulte o captulo 3 do GHG Protocol

Corporate Accounting and Reporting Standard.