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PFI – Projeto De Formação Individual

Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni

Estágio Profissional 2012/2013

Professor Orientador: Mestre Mariana Cunha Professora Cooperante: Dr.ª Júlia GomesProfessora Estagiária: Joana Isabel Teixeira da Silva

Índice Geral

1. Introdução……………………………………………………………..3

2. Enquadramento Pessoal…………………………………………….5

3. Enquadramento institucional………………………………………..9

4. Enquadramento Operacional………………………………………14

a. Área 1………………………………………………………….14

b. Área 2 e 3……………………………………………………..17

c. Área 4………………………………………………………….18

i. Projeto de Estudo…………………………………….19

5. Conclusão…………………………………………………………….22

6. Bibliografia…………………………………………………………….23

1

Índice de Tabelas

Tabela 1: Área 1 – Organização do Ensino e da Aprendizagem……………….14

Tabela 2: Área 2 e 3 - Participação na Escola e relações com a comunidade.17

Tabela 3: Área 4 – Desenvolvimento Profissional………………………………..18

2

1. Introdução

O Projecto de Formação Individual (PFI) surge no âmbito do 2º Ciclo de

Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino da Educação Física nos

Ensinos Básico e Secundário, da Faculdade de Desporto da Universidade do

Desporto. O PFI é um projeto de trabalho, concreto e de carácter individual,

que tem como ponto de partida a perceção que cada Estudante-Estagiário (EE)

tem do seu estado atual (conhecimentos, capacidades, atuações, dificuldades)

confrontada com os desafios e objetivos que lhe são colocados no Estágio

Profissional (EP).

Durante este mestrado, através do Estágio Profissional, e da elaboração

do PFI, caminharei no sentido de desenvolver competências pedagógicas,

didáticas e científicas, associadas a um desempenho profissional crítico e

reflexivo.

Relativamente ao Estágio Profissional da FADEUP, está inserido no 2º

ciclo de estudos em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário, mais especificamente nos 3º e 4º semestres e é constituído pela

Prática de Ensino Supervisionada (estágio anual em contexto real de ensino,

na escola). Este ensino supervisionado é feito por um professor cooperante,

um professor de educação física experiente que acolhe e orienta os

estudantes-estagiários. Este estágio deve comtemplar uma combinação

complexa de contributos científicos, pedagógicos e técnicos, mas que tem

como ancora os próprios professores, sobretudo os mais experientes, “Uma

formação de professores construída dentro da profissão”, (Nóvoa, s/d), para

que as aprendizagens, e as vivenciais sejam cheias de significado.

Este documento encontra-se estruturado em três grandes áreas:

enquadramento pessoal, enquadramento institucional e enquadramento

operacional. O enquadramento pessoal é constituído pela apresentação do

estagiário (percurso e actualidade), as expectativas em relação ao estágio, e o

entendimento que o estagiário tem sobre o Estágio Profissional. O

enquadramento institucional contém uma breve reflexão sobre a escola como

instituição, uma apresentação da escola EB 2/3 Nicolau Nasoni, e ainda uma

reflexão acerca da comunidade educativa interna e externa desta escola.

3

Espero realmente, que neste ano, com o estágio profissional, com o

projecto de formação, e todas as demais experiências, consiga desenvolver ao

máximo as minha competências, e o meu trabalho enquanto professora de

Educação Física, promovendo o sucesso educativo dos meus alunos.

“Educar é crescer. E crescer é viver.

Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra".

( Anísio Teixeira )

4

2. Enquadramento Pessoal

O imaginário das crianças leva-as para os mais diversos locais, fazendo-

as viver os mais diversos sonhos, as mais diversas fantasias. Quanto a mim,

desde muito jovem, que as minhas pretensões estão ligadas ao ensino.

Sempre que algum adulto, familiar, amigo, professor, me fazia a trivial pergunta

«o que queres ser quando cresceres?», a minha resposta era sempre a

mesma, «Quero ser professora primária.» Isto porque desde pequena que

considero que o ato de ensinar é do mais belo que há, um professor que pega

num grupo de alunos e os ensina a ler, a escrever, a contar, a questionarem o

porquê das coisas, a querer compreende-las é magnífico; é aqui que tudo

começa. Sem os professores que ensinam a ler, a escrever, a fazer contas,

que estimulam as nossas mentes, como poderia haver médicos, advogados,

engenheiros, polícias, professores?! Todos, independente da profissão,

precisam de ser ensinados, para adquirirem conhecimento especializado, para

o «saber», e o «saber fazer», para que haja profissionais competentes,

capazes de prestarem os mais diversos serviços à sociedade, da qual fazem

parte. Foi sempre com este olhar, com esta perspetiva, que encarei o meu

percurso enquanto estudante, em suma, a minha propensão durante a infância

passava por ser professora.

Quanto às minhas vivências desportivas, até aos 15 anos, foram apenas

no âmbito escolar. Mas tive o privilégio de ter frequentado uma escola com

ótimas condições, piscina, um pavilhão gimnodesportivo muito bem equipado,

dois campos de futebol ao ar livre, e um campo de voleibol, que me permitiram

desfrutar ao máximo de experiências enriquecedoras, positivas e variadas, que

fizeram despertar o meu gosto e interesse por uma futura profissão ligada ao

desporto. Foi esta dimensão institucional, ou seja, as ótimas condições para a

prática desportiva, associadas a consequentes boas experiências de prática,

que estiveram na base da minha decisão na passagem do 9.º ano de

escolaridade para o 10.º ano. E por isso, no 10º ano de escolaridade, optei pelo

Curso de Gestão e Dinamização Desportiva, onde a componente prática e

teórica orientada para o Desporto contribuíram para desenvolver esta minha

paixão pelo Desporto.

5

Com este interesse em seguir uma profissão ligada ao desporto, decidi

começar a praticar uma modalidade desportiva, para poder vivenciar este

fenómeno em toda a sua plenitude. E tendo eu apenas 15 anos, estando por

isso naquela fase da adolescência em que existe uma profunda ânsia de

afirmação, vontade de fazer algo diferente, conhecer coisas novas, decidi

entrar para uma equipa de kickboxing. Esta foi uma experiencia deveras

enriquecedora, que marcou sem dúvida a minha vida. Ao fim de um ano a

praticar este desporto por lazer, decidi Federar-me e entrar em competições.

Aqui começou o meu percurso enquanto atleta, cheguei a conquistar títulos

regionais, nacionais, e cheguei mesmo a representar a Seleção Nacional.

Pratico esta modalidade há 8 anos, e durante todo este tempo, vivi

experiências, momentos, que contribuíram para a minha formação enquanto

atleta e pessoa, o espírito de sacrifício, a humildade, a coragem, o

relacionamento com os outros, características estas importantes para quem

vive o desporto.

Ainda, durante o secundário, no 12.º ano, uma vez que estava num

curso tecnológico, estagiei num ginásio, onde experienciei, para além da

musculação, aulas de grupo: aeróbica, ginástica localizada, e step. Este leque

variado de atividades permitiu-me, além de uma aprendizagem em vários

domínios, o convívio com as pessoas, presenciando e participando da sua

satisfação e bem-estar com o exercício físico. Durante este ano, desenvolvi

ainda, juntamente com os meus colegas, ativades desportivas com alunos do

infantário (4 e 5 anos), e da primária (6 e 7 anos). Esta foi sem dúvida uma

experiência maravilhosa, a evolução das crianças foi notória, e a sua felicidade

contagiante. Foi um trabalho bastante gratificante para todos, os alunos do

Curso de Desporto adquiriram a experiência do trabalho com crianças, as

crianças beneficiaram ao nível do desempenho motor e da satisfação pessoal,

e até mesmo os pais, professores e educadores de infância ficaram bastante

satisfeitos com o trabalho desenvolvido. Estas duas experiências foram sem

dúvida bastante gratificantes e enriquecedoras, além de ter aprendido imenso,

contribuíram muito para a minha decisão de escolher o desporto como

caminho. Pois o trabalho desenvolvido através do desporto, quer seja na

escola, no clube, no ginásio, com adultos, jovens ou crianças, é extremamente

6

gratificante não só para quem pratica, mas também para quem leva o Desporto

até essas pessoas, até esses lugares, e Eu, quis ser uma dessas pessoas.

Foi então que decidi juntar o meu sonho de infância de ser professora,

com a paixão pelo Desporto, que fui desenvolvendo durante a minha

adolescência, através das experiencias proporcionadas por este, e assim, fiz a

escolha que iria definir o meu percurso profissional.

Tendo em consideração tudo o que foi dito anteriormente, sobre os

meus sonhos, as minhas pretensões, os meus anseios, as minhas vivências,

no ano de 2008 candidatei-me à Faculdade de Desporto da Universidade do

Porto, onde entrei e frequentei a licenciatura em Ciências do Desporto durante

três anos. Durante este período de tempo desfrutei de um leque variado de

disciplinas e conhecimentos que contribuíram imenso para a minha formação

enquanto profissional do Desporto. Contudo, faltava algo, uma experiência

ligada ao ensino, ao contacto com as crianças, e então, no ano de 2011, após

o término da Licenciatura, ingressei no Mestrado em Ensino da Educação

Física nos Ensinos Básico e Secundário. No primeiro ano deste Mestrado,

especialmente no 2º semestre, tive contacto com aquilo que realmente ansiava,

a escola, o contacto com os alunos, e a experiência de ensinar; isto através

das didácticas específicas, onde lecionei e observei aulas, onde desenvolvi as

primeiras tarefas de conceção, planeamento, realização e avaliação. Tudo isto

foi um “cheirinho” daquilo que me espera no Estágio Profissional, e no meu

futuro enquanto profissional da Educação Física.

O Estágio permitirá dar continuidade à minha aprendizagem e

desenvolver as minhas competências como docente da disciplina de Educação

Física, através do contacto e interação com tudo o que o meio escolar me

proporcionará este ano, assumindo as funções e responsabilidades de

docência de uma turma. Assim terei a oportunidade de perceber e testar todos

os conhecimentos que adquiri ao longo do meu percurso escolar, pessoal e

profissional até ao momento. O Estágio Profissional marca a minha entrada no

mundo real, no contexto real da escola, daquilo que a profissão me aguarda,

aqui terei a oportunidade de transformar os meus conhecimentos, no sentido

de os adequar às exigências contextuais e concretas da prática. Aliás, tal como

está expresso nas normas orientadoras do Estágio Profissional, este é “um

projecto de formação do estudante com a integração do conhecimento

7

proposicional e prático necessário ao professor, numa interpretação actual da

relação teórica prática e contextualizando o conhecimento no espaço escolar”1.

Em termos de objectivos, “O Estágio Profissional visa a integração no

exercício da vida profissional de uma forma progressiva e orientada, em

contexto real, desenvolvendo as competências profissionais que promovam

nos futuros docentes um desempenho critico e reflexivo, capaz de responder

aos desafios e exigências da profissão. Estas competências profissionais,

associadas a um ensino da Educação Física e Desporto de qualidade,

reportam-se ao Perfil Geral de Desempenho do Educador e do Professor”2.

O Estudante-Estagiário terá de desenvolver tarefas de conceção,

planeamento, realização e avaliação, conduzindo um processo de ensino-

aprendizagem promotor da educação e formação do aluno no âmbito da

Educação Física. Deve também procurar envolver-se nas actividades que

ultrapassam o âmbito da leccionação da turma que acompanha, assumindo

como objectivo a sua integração na comunidade educativa, através de uma

intervenção responsável, em cooperação com os membros da comunidade

educativa envolvente. Por último, pretende-se que o estudante-estagiário

desenvolva a sua competência profissional, numa lógica de procura

permanente do saber, através da reflexão, investigação e acção.

Atualmente estou a estagiar na Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni,

pertencente ao Agrupamento de Escolas de António Nobre. Neste ano letivo

que se apresenta, através do estágio profissional, espero conseguir

desenvolver a minha capacidade de relação e comunicação, não só com os

alunos, mas também com a comunidade educativa envolvente. Através da forte

componente prática que este estágio compreende, espero trabalhar e

desenvolver ao máximo as minhas práticas pedagógicas, contribuindo assim

para a aprendizagem dos meus alunos, pretendo desenvolver as minhas

ferramentas de trabalho, aprimorando-as, através do trabalho em equipa, e da

aprendizagem com profissionais mais experientes. Será um ano trabalhoso,

mas só com trabalho e dedicação se conseguem atingir os objetivos.

1 Preâmbulo das Normas Orientadoras da unidade curricular Estágio Profissional do ciclo de estudos conducente ao

grau de mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da FADEUP.

2 Artigo 2º do Regulamento da unidade curricular Estágio Profissional do ciclo de estudos conducente ao grau de

mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da FADEUP.

8

O contacto com os alunos, a resolução dos problemas, a gestão da

turma, a construção das práticas pedagógicas, será um verdadeiro desafio, as

responsabilidades serão inúmeras, mas são estes desafios que fazem

amadurecer e ajudam na construção de uma identidade profissional. Pretendo

com esta experiência enriquecer o meu reportório enquanto docente, e

aumentar a minha capacidade de trabalho e de resolução de problemas.

Espero, verdadeiramente, conseguir desenvolver uma relação de

partilha e transmissão de conhecimentos e experiências, com o grupo de

estágio, o grupo de educação física, o professor cooperante e o orientador da

faculdade. Aprendendo com a partilha de experiências com os meus pares,

através das aulas observadas, reuniões e reflexões sobre o nosso trabalho.

Aprender com os profissionais mais experientes, sabendo ouvir e tendo sempre

uma atitude ativa, critica e positiva face às situações que se apresentarem.

Relativamente à comunidade educativa espero ter uma intervenção bastante

activa, marcando não só a minha presença, mas também a diferença,

promovendo junto de todos momentos de partilha de experiencias e

conhecimentos. Em relação aos alunos, espero potenciar ao máximo as suas

capacidades e potencialidades, promovendo o seu desenvolvimento pessoal

(físico, mental, cultural, emocional e social).

As minhas expectativas para este ano vindouro são bastante positivas,

espero conseguir desenvolver ao máximo as minhas capacidades enquanto

docente e membro da comunidade educativa, participando em projetos e

iniciativas. No final espero estar preparada para enfrentar o mundo real.

3. Enquadramento institucional

Na minha opinião, a instituição escola é um meio que deve garantir a

educação para todos, deve assegurar a formação pessoal, intelectual, cultural,

social, e física de todas as crianças e jovens da nossa sociedade, deve atender

às dificuldades de cada um, para que todos possam desfrutar de

aprendizagens plenas e enriquecedoras, para que as suas potencialidades

sejam exploradas ao máximo, afinal, a Educação é um direito de todos!

9

“A Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada e proclamada

pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, constitui o documento que

consagra, entre outros, o direito à educação” (Silva, s/d). Este é um direito

universal, e legítimo, de todos os cidadãos, e é através da instituição escola,

que este direito é garantido. O Governo assume a Educação como serviço

público universal e defende como princípios o esforço, a disciplina e a

autonomia.

Segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC), a Educação

determina o futuro do país e deve gerar igualdade de oportunidades para as

gerações futuras. Para obter bons resultados é necessário determinação e

rigor. A cooperação de pais, professores e alunos é fundamental para a criação

de um ambiente de trabalho favorável, que privilegie a exigência. A escola

constitui-se, por isso, como um dos mais importantes redutos morais da

sociedade, a ela, cabe a missão de preservar a formação do indivíduo na sua

totalidade, procurando formar indivíduos competentes e preparados para o

futuro de amanhã.

As escolas devem ser entendidas como oportunidades privilegiadas,

onde os jovens podem aceder a uma sólida base cultural comum, capaz de

combinar eficientemente as dimensões cognitivas, expressivas e valorativas do

desenvolvimento humano. Para saberem viver juntos com os demais humanos

e em equilíbrio com a natureza (Azevedo, 2006).

A escola deve respeitar a singularidade e especificidade dos alunos, nos

quais se deverá apoiar todo o trabalho pedagógico, por forma a garantir o seu

pleno desenvolvimento, tal como diz Valentim (cit. por Batista et al, 2006).

Atualmente, além de uma escola de massas, com alunos oriundos de

diferentes estratos sociais, a sociedade e o Estado também exige que a escola

seja inclusiva, acolhendo grupos sociais, grupos étnicos, crianças com

necessidades educativas especiais, e crianças portadoras de doenças graves

(Cunha, 2008). Esta conceção da escola exige também uma nova concepção

do professor, ao professor letrado, bem formado, bondoso, acrescentou-se o

professor selectivo (distinguir os mais aptos, ajudar os menos aptos) (Cunha,

2008). Nas palavras de Ruivo, (1997) o professor não pode apenas ser

encarado como um especialista nas matérias que ensina, mas um técnico

altamente qualificado nas diversas áreas do saber.

10

A minha jornada na escola e na educação, enquanto docente, começa

agora, com o estágio profissional, na Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni,

pertencente ao Agrupamento de Escolas de António Nobre.

O Estágio Profissional, inserido no 2º Ciclo de estudos em Ensino da

Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da FADEUP, surge como a

última fase da minha formação académica e perspectiva-se como um enorme

desafio, talvez o maior até hoje, cuja concretização implicará um enorme

empenho, dedicação e trabalho. Torna-se, assim, essencial conhecer as

necessidades, qualidades e objetivos do contexto em que estou inserida, para

que a minha ação seja correta e consciente ao longo do processo de ensino e

aprendizagem.

A Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni fica localizada na freguesia de

Campanhã, na Rua de Santo António de Contumil, na cidade do Porto. Esta

zona é constituída por uma população heterogénea, e os alunos desta escola

reflectem essa diversidade populacional, quer a nível sócio-económico, quer a

nível cultural. Desde 2008/2009 que foi autorizado o funcionamento do ensino

secundário, destinado exclusivamente a Cursos Profissionais.

A Escola Básica de Nicolau Nasoni desenvolve desde 1992 uma filosofia

de escola inclusiva, centrando-se nas necessidades e anseios de todos os

seus alunos. Tendo como missão promover uma Educação e Ensino de

Qualidade a todos os alunos que a frequentam. Contando para isso, com a

motivação, o interesse, e o apoio dos professores, dos auxiliares de educação,

dos funcionários, e dos pais e encarregados de educação.

 Esta escola contempla espaços de ensino e de apoio ao ensino,

espaços de circulação, campo de jogos, instalações gimnodesportivas, recreios

descobertos e jardins. O campo de jogos no espaço exterior permite a prática

de diferentes modalidades e é composto por uma pista de atletismo. Este

espaço exterior permite ao professor ter uma opção extra de trabalho, ao

mesmo tempo que representa um convite à atividade e prática desportiva

durante os intervalos.

O Pavilhão Polidesportivo está em muito boas condições e é constituído

por um recinto Multiusos com bancada, uma sala de Ginástica com espelho,

seis balneários, três gabinetes de apoio (um gabinete médico, um para a

administração e uma sala de professores), dois quartos de banhos e uma

11

arrecadação para o material. Na entrada do Pavilhão existe uma escadaria de

acesso às bancadas e um espaço de receção. Existem ainda três saídas de

emergência com portas blindadas que garante a segurança do espaço em

casos de emergência. A escola fornece assim, todas as condições espaciais,

materiais e humanas, para que os alunos tenham aprendizagens plenas,

enriquecedoras e harmoniosas.

Em relação à comunidade educativa, desde os funcionários da escola,

aos professores e ao director, todos nos receberam com simpatia e agrado,

fazendo-nos sentir como parte integrante da escola. Quanto ao núcleo de

Educação Física é constituído por 4 professores. Confesso que fiquei um

pouco decepcionada com o trabalho que vi desenvolvido por parte de alguns

destes professores, não vi interesse, nem trabalho, no sentido do

desenvolvimento pleno e harmonioso dos alunos, ao contrário do que se

espera dos professores mais experientes. Relativamente ao meu Núcleo de

Estágio, estou deveras satisfeita com a relação que estabeleci com os meus

colegas estagiários, temos uma relação muito boa entre todos, e partilhamos

sempre o trabalho, as ideias, e os pensamentos, conseguimos criar um bom

ambiente. O professor cooperante assume o acompanhamento da prática

pedagógica, orientando-a e reflectindo-a, tal como é referenciado na literatura

por Albuquerque et al (cit. por Cunha, 2008, p. 145). A orientadora até agora

tem-se revelado uma pessoa disponível, e exigente, incentivando-nos a sermos

reflexivos, e fundamentados.

Por último em relação à minha turma, o 7º A, é composto por 21 alunos,

13 dos quais são do género feminino e 8 do género masculino. Os alunos desta

turma são, regra geral, bons alunos, contudo são muito conversadores. Dos 21

alunos da turma, 13 nasceram no ano de 2000, 1 em 1997, outro em 1998 e 2

em 1999, ou seja, esta turma tem 4 repetentes.

Os alunos desta turma são bastante interessados, motivados e

participativos, contudo têm algumas dificuldades a nível do desempenho motor,

especialmente as meninas. Mas regra geral os alunos têm dificuldades porque

não foram estimulados, trabalhados nos anos anteriores. Contudo é uma turma

aplicada e trabalhadora, e rapidamente colmatam as suas dificuldades.

Relativamente às questões de saúde, nesta turma existem 2 casos que

exigem algum cuidado, nomeadamente a Iara Fonseca que tem asma, e o

12

Pedro Alves tem um problema de coluna e os batimentos cardíacos

acelerados. Algo que tem de mudar nesta turma, é a questão da pontualidade,

há alunos, especialmente meninas, que chegam sistematicamente depois dos

5 minutos de tolerância.

No decorrer desta minha jornada, pelo Estágio Profissional, espero

conseguir potenciar ao máximo o desenvolvimento e as aprendizagens dos

meus alunos, para que estes se tornem cidadãos plenos.

13

4. Enquadramento operacional

Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem - Esta área engloba a concepção, o planeamento, a realização e a avaliação do

ensino. O objetivo desta área liga-se com a construção de uma estratégia de intervenção, orientada por objetivos pedagógicos, que respeitem o

conhecimento válido no ensino da Educação Física (nos campos da conceção, do planeamento, da realização e da avaliação do ensino e da

aprendizagem), para que o processo de educação e formação do aluno na aula de Educação Física seja conduzido com eficácia pedagógica.

Tabela 1: Área 1 – Organização do Ensino e da Aprendizagem

Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem

Área Objetivos Dificuldades Recursos Estratégias Controlo Data

1

Analisar os documentos

referentes ao Estagio

Profissional.

Organizar e perceber a

sequência do trabalho a ser

elaborado, individual e

coletivamente.

Documentos fornecidos

pela Faculdade.

Leitura e análise

individual;

Discussão em

grupo, com o Núcleo

de Estágio e a

Professora

Cooperante

Reflexão individual e

em conjunto com os

colegas de estágio.

Mês de Set.

1Analisar os programas de

Educação Física, e os

planos curriculares.

Análise de documentos

centrais e locais.

Adaptar os programas à

realidade escolar, à turma

e ao ambiente escolar.

Documentos do

Ministério da

Educação.

Programas Nacionais

de Educação Física;

Plano anual de

atividades;

Reflexão coletiva e

individual com o

núcleo de estágio e

professora

cooperante.

Discussão e reflexão

com o núcleo de

estágio;

Sugestões fornecidas

pela Professora

Cooperante e o

Grupo de Educação

Física.

Mês de Set.

a Nov.

14

C

o

n

c

e

ç

ã

o

1

Recolher informação

relativa aos alunos, a fim

de caracterizar a turma, e

os alunos.

Adaptar o processo ensino –

aprendizagem às

facilidades/dificuldades dos

alunos, para que todos

vivenciem o sucesso.

Aulas. Preenchimento das

fichas de

caracterização

individual do aluno;

Observação dos

alunos durante as

aulas.

Discussão com o

grupo de estágio, e a

Professora

Cooperante.

Reflexão individual.

Fichas

individuais

(Mês de

Set.)

1

Planificar o ensino a nível

anual.

Gerir as aulas no decorrer

do ano letivo, destinadas

para cada modalidade,

tendo em atenção as

necessidades dos alunos, e

o espaço disponível.

Orientação da

Professora

Cooperante;

Documentos:

roulement.

Documentos centrais

e locais (PEE, PCT,

programas, planos de

atividades)

Discussão com o

núcleo de estágio e

Professora

Cooperante.

Reflexão individual e

coletiva, com os

colegas de estágio.

Ao longo do

ano letivo.

15

Pla

neam

ento

1

Planear as unidades

temáticas e as aulas.

Otimizar o tempo potencial

de aprendizagem e a

densidade motora nos

vários domínios;

Criar exercícios adaptados

à turma e às suas

dificuldades/potencialidade

s.

Observação das

aulas;

Feedback dos

colegas do núcleo de

estágio e da

professora

cooperante;

Livros e matéria de

apoio das diferentes

modalidades.

Refletir sobre as

observações

efetuadas pela

Professora

Cooperante e pelos

colegas estágio.

Discussão e reflexão

com o núcleo de

estágio;

Sugestões fornecidas

pela Professora

Cooperante.

Ao longo do

ano letivo.

Rea

lizaç

ão

1

Desenvolver e promover

aprendizagens

significativas, fomentar a

noção de competência

no aluno, envolvendo-o

de forma ativa no

processo de

aprendizagem.

Adaptar o processo ensino

– aprendizagem à turma

(heterogeneidade);

Otimizar o tempo potencial

de aprendizagem nos

vários domínios;

Qualidade de instrução e

do feedback pedagógico;

Gestão da aula, o clima e a

orientação ativa dos

alunos.

Documentos de apoio

sobre as diferentes

modalidades, e

estratégias de ensino.

Unidades didáticas.

Discussão em

grupo, com o Núcleo

de Estágio e

Professora

Cooperante.

Refletir após a

aula/U.D sobre as

aprendizagens dos

alunos.

Resultados obtidos

pelos alunos em cada

aula/evolução;

Ajustamentos do

planeamento quando

necessário.

Ao longo do

ano letivo.

16

Ava

liaçã

o

1

Utilizar as diferentes

modalidades de

avaliação (diagnóstica,

formativa e sumativa)

como elemento regulador

e promotor da qualidade

do ensino, da

aprendizagem e da

avaliação do aluno.

Utilizar e adequar as

diferentes modalidades de

avaliação.

Definição dos critérios de

avaliação.

Documentos do

agrupamento de

Educação Física_

Critérios de

avaliação;

Grelhas de

avaliação;

Fichas de registo ;

Orientação da

Professora

Cooperante.

Selecionar e construir

instrumentos de

avaliação.

Reajustamento das

grelhas tendo como

suporte as indicações e

feedbacks da

Professora Cooperante.

Ao longo do

ano letivo

Área 2 e 3 – Participação na Escola e relações com a comunidade. Esta área engloba a conceção e planeamento de actividades.

O objetivo desta área é contribui para a promoção do sucesso educativo, no reforço do papel do professor de Educação Física na escola

e na comunidade local, bem como na disciplina de Educação Física, através de uma intervenção contextualizada, cooperativa, responsável e

inovadora.

Tabela 2: Área 2 e 3 Participação na Escola e relações com a comunidade

Área 2 e 3 Objetivos Dificuldades Recursos Estratégias Controlo Data

1.Ação de

Formação de

Kickboxing

Promover a prática dentro

da comunidade escolar;

para a integração e

Organização e gestão do

evento.

Divulgação do evento com

cartazes;

Entrega de convites aos

Reuniões e trabalho

em conjunto com

todo o núcleo de

Orientação do professor

cooperante; 1º Período

17

socialização dos alunos. professores;

Convite de uma equipa

federada.

estágio. Sensibilizar os alunos para

a pertinência/importância

do evento.

2. Organização

do Corta-mato

Promover a prática dentro

da comunidade escolar;

para a integração e

socialização dos alunos.

Angariar patrocínios;

Motivar um elevado

número de participantes.

Professora cooperante e

entreajuda do núcleo de

estágio.

Divisão de tarefas

pelo grupo;

Reunir com

regularidade e

preparação com

antecedência.

Reuniões prévias

1º Período

A definir 2º Período

4. Ação de

Formação de

Defesa Pesoal

Promover a prática dentro

da comunidade escolar;

para a integração e

socialização dos alunos.

Organização e gestão do

evento.

Divulgação do evento com

cartazes;

Entrega de convites aos

professores;

Convite de uma equipa.

Reuniões e trabalho

em conjunto com

todo o núcleo de

estágio.

Orientação do professor

cooperante;

Sensibilizar os alunos para

a pertinência/importância

do evento.

2º Período

5. Ação de

Formação de

Zumba

Promover a prática dentro

da comunidade escolar;

para a integração e

socialização dos alunos.

Organização e gestão do

evento.

Divulgação do evento com

cartazes;

Entrega de convites aos

professores;

Convite de uma equipa.

Reuniões e trabalho

em conjunto com

todo o núcleo de

estágio.

Orientação do professor

cooperante;

Sensibilizar os alunos para

a pertinência/importância

do evento.

3º Período

Área 4 – Desenvolvimento profissional - Esta área reúne atividades e vivências importantes na construção da competência profissional,

promovendo assim uma reflexão acerca do que foi realizado, numa perspetiva do seu desenvolvimento ao longo da vida profissional,

promovendo o sentido de pertença e identidade profissionais, a colaboração e a abertura à inovação.

18

Tabela 3: Área 4 – Desenvolvimento Profissional

Área 4

Objetivos Dificuldades Recursos Estratégias Controlo Data

Partilhar os problemas e

desenvolver o espírito de

colaboração (em geral, na

escola e em particular, no

departamento e no núcleo de

estágio).

Criar hábitos de

investigação/reflexão e ação;

Elaboração do PFI, e do projecto de

estudo.

Documentos

fornecidos pela

Professora

Cooperante e pela

Orientadora da

Faculdade;

Documentos e artigos

de apoio.

Reflexões

individuais;

Diálogo com a

Professora

Cooperante,

Orientadora de

Estágio, e colegas

do núcleo de

estágio;

Manter os

documentos

atualizados;

Ao longo do

ano letivo.

Desenvolver competências de

argumentação e de

comunicação, orais e escritas.

Conseguir adequar a linguagem e

escrita, suportando-me na literatura com

vista à elevação da capacidade reflexiva.

Os colegas

estagiários e

Professora

Cooperante.

Conclusões acerca

da experiência

prática;

Reflexão

pessoal.

Ao longo do

ano letivo.

19

Projeto de Estudo

Tema do estudo

Integração de uma aluna com Necessidades Educativas Especiais

(NEE), na aula de Educação Física.

Fundamentação

Nos finais do século XX a Educação Especial passou por grandes

reformulações, “como resultado das enormes convulsões sociais, de uma

revisão gradual da teoria educativa e de uma série de decisões legais

históricas que assentam num pressuposto simples: a escola está à disposição

de todas as crianças em igualdade de condições e é obrigação da comunidade

proporcionar-lhes um programa público e gratuito de educação adequado às

suas necessidades” (Correia, 1997, p.14). Nascia assim, o conceito de

“Educação Integrada”, entendida como o “atendimento educativo específico,

prestado a crianças e adolescentes com Necessidades Educativas Especiais

(NEE) no meio familiar, no jardim-de-infância, na escola regular ou noutras

estruturas em que a criança ou adolescente estejam inseridos” (Correia, 1997,

p.19). No âmbito da escola, o conceito de “Educação Integrada” “relaciona-se

com a noção de escola como espaço educativo aberto, diversificado e

individualizado, em que cada criança possa encontrar resposta à sua

individualidade, à sua indiferença” (Correia, 1997, p.19). A lei especifica que

todos os alunos com NEE “têm direito a uma educação pública gratuita

adequada, sendo da responsabilidade da escola a elaboração de um Plano

Educativo Individualizado (PEI) para cada um destes alunos. O PEI tem por

base uma avaliação multidimensional realizada por uma equipa multidisciplinar”

(Correia, 1997, p.23).

O sucesso da integração dos alunos com NEE dependerá do

“desenvolvimento de programas de formação de professores que promovam a

aquisição de novas competências de ensino, que lhes permitam ser

responsivos às necessidades educativas da criança, e o desenvolvimento de

atitudes positivas face à integração” (Correia, 1997, p.161). As interacções

entre professores da educação especial e professores do ensino regular são

decisivas para o êxito da integração (Correia, 1997).

20

Hoje em dia, nas escolas, como já foi referido anteriormente, procuram-

se aplicar políticas de educação inclusiva, através da integração de alunos com

NEE. Infelizmente essa integração nem sempre é otimizada da melhor

maneira, pelo menos no que diz respeito às aulas de Educação Física, uma

vez que as limitações físicas são um forte factor limitativo da participação

destes alunos, juntamente com a falta de condições materiais das escolas.

Numa das turmas sob a minha responsabilidade, durante este ano de Estágio

Pedagógico, tenho uma aluna com NEE, com muitas dificuldades de

movimentação. “A aluna em questão apresenta um grave atraso de

desenvolvimento psicomotor que dificulta todas as suas posições e

movimentos devido ao facto de ser portadora de paralisia cerebral”.3 Esta aluna

usufrui de um PEI, pois apresenta NEE de carácter permanente. “A aluna

necessita de áreas alternativas, no sentido de permitir um maior

desenvolvimento das suas capacidades de realização”.3 “Esta é uma jovem

interessada e empenhada academicamente, e a sua família acompanha de

perto o seu percurso escolar. A aluna apresenta maior apetência para as áreas

das línguas, ciências sociais e naturais. As suas motivações também se

centram no prosseguimento de estudos nestas áreas.”3

A minha intenção com o desenvolvimento deste projecto, Inclusão de

alunos com NEE nas aulas de Educação Física, é possibilitar que os alunos

consigam desfrutar de experiências enriquecedoras, nas aulas de Educação

Física, assim como fazem com as restantes disciplinas. Garantindo um

desenvolvimento pleno e harmonioso nas mais diversas áreas. Para não falar,

que os alunos com NEE, devido às limitações físicas e motoras que têm, são

quem mais precisa de desenvolver trabalho nestas áreas, para conseguirem ter

alguma independência e melhor qualidade de vida. Claro que para ocorrer este

tipo de adaptações é necessário um trabalho a longo prazo, e por isso, para

além da inclusão dos alunos com NEE nas alunas de Educação Física, os

professores devem procurar que os alunos levem a afiliação ao desporto para

fora dos muras da escola, procurando clubes com desporto adaptado.

No caso especifico da minha aluna, trouxe até ela o boccia, devido às

suas grandes limitações necessitei de entrar em contacto com um Clube

Desportivo, o Estrela Vigorosa, que tem desporto adaptado, para pedir

21

emprestado um capacete e uma calha. O meu objectivo a longo prazo é

conseguir levar a aluna para o Estrela Vigorosa.

InstrumentoPara este estudo, serão observadas aulas para visualizar as atitudes e

comportamentos da aluna, e ainda, um questionário para identificar o nível de

satisfação pessoal da aluna. Este questionário será aplicado não só à aula,

mas também às pessoas mais próximas dela (país, professores do ensino

especial). O questionário e o instrumento de observação ainda não foram

escolhidos.

22

5. Conclusão

O presente trabalho permitiu refletir mais uma vez, sobre a

responsabilidade que recai sobre o ser Estudante-Estagiário. Como tal, é

fundamental trabalhar e permanecer em constante aprendizagem, de modo a

conseguir ter a capacidade de refletir sobre os mais variados assuntos que se

desenrolam à volta do estágio, e aos quais tenho de dar uma resposta. Desta

forma, desenvolverei diferentes formas de pensar que me ajudem a encontrar o

melhor caminho a percorrer, do desempenho da minha função enquanto

Estudante Estagiário.

A situação de Estágio Profissional é o processo pelo qual os candidatos

vão passando de uma participação periférica para uma participação mais

interna, mais ativa e mais autónoma, no seio da comunidade e da escola,

através de um processo gradual e reflectido. O Estágio Profissional deve ser

um espaço de diálogo, de experiência reflectida, e de construção de

identidades profissionais comprometida com a renovação da educação física e

da qualidade da educação. Durante o estágio, o Estudante-Estagiário tem a

oportunidade de transformar os conhecimentos, no sentido de os adequar às

exigências contextuais e concretas da prática (Batista et al., 2012).

“A primeira actividade profissional do candidato a professor deve

constituir um momento que será, como uma rampa de lançamento no mundo

profissional. E, ao mesmo tempo, deve também assumir-se como uma etapa

de transição entre a universidade e a oportunidade de aplicar o conhecimento

adquirido” (Sarmento, 2011, cit. por Batista et al., 2012, p. 144).

“O Núcleo de Estágio, constituído pelos Estudantes-Estagiários,

professores cooperantes e orientador da faculdade deve funcionar como uma

comunidade prática que tem como propósito formar os novos professores”

(Batista et al., 2012, p.98).

A elaboração do PFI revela-se assim uma tarefa extremamente útil que

me permitiu sistematizar algumas ideias e definir objetivos a cumprir durante

este ano de Estágio Profissional.

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6. Referências Bibliográficas

Correia, L.M. (1997) Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas

Classes Regulares. Porto Editora. Coleção Educação Especial.

Cunha, A. C. (2008) Ser Professor: Base de uma Sistematização Teórica.

Braga: Casa do Professor

Congresso Científico-Pedagógico da Associação da Educação Pluridimensional

e da Escola Cultural VI Évora 2000 - Educação e formação profissional : as

perspectivas do movimento da escola cultural. Porto : Porto

Editora, 2006.  (Mundo de Saberes).

Ministério da Educação e Ciência. Consult. 17 de Nov 2012, disponível em

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-

ciencia.aspx

Nóvoa, A. (s/d) Para uma formação de professores construída dentro da

profissão. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Construção da Identidade Profissional em Educação Física: da formação à

intervenção. Florianópolis: Ed. da UDESC - Universidade do Estado de Santa

Catarina, 2012. (Temas em movimento).

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