petra - personal trader corretora de títulos e valores ... · petra - personal trader corretora de...

3
Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. CNPJ/MF nº 03.317.692/0001-94 Relatório da Administração - 1º semestre de 2014 Apresentamos a seguir o Relatório da Administração da Petra - Personal Trader CTVM S/A referente ao 1º semestre de 2014, de acordo com o que estabelece o Banco Central do Brasil. Eventos Relevantes: O primeiro semestre de 2014 foi marcado pela continuidade do processo de deterioração da economia brasileira bem como pela piora das expectativas em relação ao país. A desaceleração da atividade econômica e a dinâmica altista dos preços já presentes no final de 2013 acabaram se cristalizando em um quadro de estagflação ao final da primeira metade de 2014. Neste sentido, o Boletim Focus do Banco Central traz uma fotografia eloquente do pessimismo em relação ao crescimento econômico doméstico: as estimativas de expansão para 2014 que no final de 2013 rondavam diminutos 2,30% fecharam o primeiro semestre deste ano ainda menores; pouco acima de 1%. Do lado da inflação, as expectativas também se deterioram, com as previsões para o IPCA saindo de 6% e atingindo 6,4%, quase no teto da meta, em meados deste ano. Com a confiança em baixa, empresários têm adiado investimentos e consumidores reduzido o ritmo de suas compras. E nessa economia pouco ativa, o crédito também tem se restringido, seja pelo lado da oferta com as instituições financeiras reduzindo suas linhas, seja pelo lado da demanda com tomadores preocupados com os riscos de virem a se tornar inadimplentes. No primeiro semestre, foi do cenário externo que vieram as notícias que acabaram tornando o ambiente mais ameno. Isso porque a perspectiva de que o Banco Central americano intensificaria seu processo de elevação dos juros acabou não se concretizando. Assim, toda a expectativa existente de uma desvalorização cambial mais forte gerando impactos nos preços e nas taxas de juros domésticas não se materializou, o que fez com que a volatilidade nos mercados fosse menor do que a esperada no início do ano. Sob a ótica específica da Petra Corretora vivemos nosso primeiro semestre sem a atuação no segmento de corretagem de bolsa de valores e com foco na distribuição de nossos fundos. Em virtude do cenário e da moderação dos agentes no que diz respeito a oferta e demanda de crédito, vimos cair o volume de captação nos FIDCs na comparação com o mesmo período de 2013. Por outro lado, a redução em nossas despesas administrativas acabou nos permitindo alcançar um resultado melhor do que o atingido no primeiro semestre do ano passado. Resultados importantes: A geração de receita: No primeiro semestre de 2014 as receitas da Petra Corretora somaram R$ 3,2 milhões, caindo 55% em relação ao mesmo período de 2013 quando ainda atuávamos no segmento de corretagem, mas crescendo 18,50% na comparação com o semestre imediatamente anterior, quando a intermediação no mercado de ações já estava em fase final de desligamento. Os resultados no período: O resultado da Petra Corretora no primeiro semestre de 2014 foi um prejuízo de R$ 125 mil, praticamente a metade do resultado negativo do mesmo período de 2013 e menos de um terço do prejuízo de R$ 454 mil verificado no semestre imediatamente anterior, apontando que o encerramento das operações de corretagem foi uma decisão acertada. As perspectivas: Nossas perspectivas são de que o cenário econômico em 2014 seguirá desafiador no segundo semestre dado que não devemos ter nenhum tipo de mudança na condução da política econômica capaz de reverter o atual quadro de desconfiança. O único fato novo com potencial para interromper a atual dinâmica será o processo eleitoral, cujo desfecho só teremos no final de outubro. Para a Petra Corretora esperamos um segundo semestre melhor do que o primeiro. Inicialmente porque o segundo semestre é tradicionalmente mais aquecido para o segmento dos fundos de recebíveis que mantêm uma correlação positiva com o crescimento da produção no final de ano, o que deve favorecer nossas receitas de distribuição. Depois, porque esperamos a maturação de iniciativas que tomamos relacionadas ao encerramento da área de corretagem que implicarão em reduções adicionais de custos, que se materializarão no futuro próximo favorecendo nossos resultados. continua Notas explicativas às demonstrações contábeis 1. Contexto operacional: A Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (Corretora) foi constituída em 14 de abril de 1999 e iniciou suas atividades em julho de 1999. A Corretora tem por objeto social entre outras atividades: comprar e vender títulos e valores mobiliários, por conta própria ou de terceiros, instituir, organizar e administrar fundos mútuos e clubes de investimentos e exercer outras atividades expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e/ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). a) Reestruturação societária: O Grupo Petra, formado pela Corretora, pelo Banco Petra S.A. (Banco), pela Petra Asset Gestão de Investimento Ltda. (Asset) e pela Holding Petra S.A. (Holding), apesar do controle societário de cada sociedade ser distinto, operava sob a mesma marca “Petra” e administração comum. Por esse motivo, os acionistas das referidas empresas elaboraram um plano de reestruturação societária com o objetivo de que os sócios compartilhassem o controle de todas as empresas do Grupo. A reestruturação societária compreendeu os seguintes eventos: (I) Permuta e ações da Holding por quotas da Asset; (II) Incorporação de ações da Corretora pela Holding e (III) Incorporação de ações da Corretora pelo Banco, e tem como principais justificativas os seguintes aspectos: • maior capacidade de geração de resultado devido à otimização e compartilhamento dos recursos; • melhoria na precificação dos produtos e serviços disponibilizados pelas empresas do grupo em função do fornecimento integrado dos serviços e produtos, concentração das atividades de administração de risco, uma vez que todas as empresas já atuam sob a mesma marca e administração comum, compartilhando estruturas operacionais; • redução de custos de funcionamento das áreas corporativas de suporte (RH, marketing, tecnologia, jurídico e outras). Os acionistas receberam resposta positiva do Banco Central do Brasil (BACEN) em 16 de agosto de 2011 com relação ao plano de reestruturação societária protocolizado no dia 01 de fevereiro de 2011. Com isso, submeteram os documentos e as informações necessários à instrução do processo, em especial os atos societários relativos à alteração de controle acionário em comento. Como resultado desta consolidação, a Corretora se tornou uma subsidiária integral do Banco. Os documentos societários foram aprovados em definitivo pelo Banco Central em 28 de março de 2012. b) Redirecionamento dos negócios: A partir de 2011, a Corretora redirecionou seus negócios, reduzindo substancialmente o atendimento de clientes de varejo e direcionando a sua atuação para clientes de maior porte como: Fundos de Pensão, Family Offices, Private Banking, Asset Managers e outros. Como parte desse redirecionamento estratégico, medidas de adequação da estrutura foram implementadas a partir de 2011, o que resultou em uma redução significativa dos custos relacionados ao mercado de varejo. Do ponto de vista das receitas, o novo negócio com maior volume e valor agregado tem trazido receitas significativas, o que fez com que a Corretora, obtivesse lucro fiscal em 2012, invertendo a linha de tendência dos resultados, de acordo com a expectativa de seus acionistas e administradores. Em 2013, a Administração da Corretora decidiu descontinuar a linha de corretagem de bolsa, sendo efetivada em dezembro, a comunicação de desativação de corretora de bolsa a BM&FBOVESPA. 2. Apresentação das demonstrações contábeis: 2.1. Base de preparação: As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, observando as diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), Conselho Monetário Nacional (CMN), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e os novos pronunciamentos, orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovados pelo BACEN. As estimativas contábeis são determinadas pela Administração, considerando fatores e premissas estabelecidas com base em julgamento, que são revisados a cada semestre. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas, as provisões para contingências, marcação a mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos, entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, o comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu diversos pronunciamentos relacionados ao processo de convergência contábil internacional, porém a maioria não foi homologada pelo BACEN. Desta forma, a Corretora, na elaboração das demonstrações contábeis, adotou os seguintes pronunciamentos já homologados pelo BACEN: a) Pronunciamento conceitual básico (R1) “Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro”, homologado pela Resolução CMN nº 4.144/2012; b) CPC 01 “Redução ao valor recuperável de ativos”, homologado pela Resolução CMN nº 3.566/2008; c) CPC 03 “Demonstrações do fluxo de caixa”, homologado pela Resolução CMN nº 3.604/2008; d) CPC 05 “Divulgação de partes relacionadas”, homologado pela Resolução CMN nº 3.750/2009; e) CPC 10 “Pagamento baseado em ações”, homologado pela Resolução CMN nº 3.989/2011; homologado pela Resolução CMN nº 4.007/2011; f) CPC 23 “Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro”, homologado pela Resolução CMN nº 4.007/2011; g) CPC 24 “Contabilização e divulgação de eventos subsequentes”, homologação pela Resolução nº 3.973/11; h) CPC 25 “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, homologado pela Resolução CMN nº 3.823/09. Atualmente, não é possível estimar quando o BACEN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e se a utilização dos mesmos será de maneira prospectiva ou retrospectiva. 2.2. Reapresentação das demonstrações contábeis: Em maio de 2014 o Conglomerado Financeiro PETRA identificou inconsistências no cálculo de Requerimento Mínimo de Capital, originadas de interpretação equivocada de normativos. As principais alterações no cálculo são: 1. Ponderação de ativos para o cálculo do RWA CPAD e PEPR; 2. Critérios adotados no cálculo do RWA OPAD e POPR. As correções dos valores não causam impactos de não cumprimento regulatório para o Conglomerado Financeiro PETRA, pois estes sempre mantiveram-se dentro dos parâmetros mínimos exigidos. Os efeitos dessas alterações estão demonstrados abaixo: Publicado dez-13 Valor Ajustado dez-13 Patrimônio de Referência 27.015 12.898 Nível I 27.046 12.898 Capital Principal 12.898 Capital Complementar Nível II (31) Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 39.107.513 56.465 Crédito - RWA CPAD 5.727 23.937 Mercado - RWA MPAD 360 360 Operacional - RWA OPAD 14.557 32.168 Índice Basiléia 105% 23% Publicado jun-13 Valor Ajustado jun-13 Patrimônio de Referência 12.395 12.390 Nível I 12.488 12.436 Nível II (94) (46) Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 2.372 4.302 Crédito - PEPR 1.042 1.360 Mercado - (PJUR + PACS) 30 30 Operacional - POPR 1.300 2.912 Índice Basiléia 57% 22,8% 3. Resumo das principais práticas contábeis: As principais práticas contábeis adotadas pela Corretora na elaboração das demonstrações contábeis são: a) Caixa e equivalentes de caixa: Para fins de demonstração do fluxo de caixa, caixa e equivalentes de caixa correspondem aos saldos de disponibilidades e aplicações Balanços patrimoniais Ativo Notas 2014 2013 Ativo circulante 3.258 6.825 Disponibilidades 4 7 159 Aplicações interfinanceiras de liquidez 5 2.077 4.330 Operação compromissada 2.077 4.330 Títulos e valores mobiliários 6 131 1.183 Carteira própria 131 Vinculados à prestação de garantia 1.183 Outros créditos 958 1.045 Rendas a receber 7 572 253 Negociação de intermediação de valores 8 4 450 Diversos 9 382 342 Outros valores e bens 85 108 Despesas antecipadas 85 108 Realizável a longo prazo 979 893 Títulos e valores mobiliários 979 893 Carteira própria 979 893 Permanente 155 518 Investimentos 10 112 140 Títulos patrimoniais 112 105 Participação em controlada 35 Imobilizado de uso 11 41 373 Outras imobilizações de uso 87 553 (Depreciações acumuladas) (46) (180) Intangível 2 5 Ativos intangíveis 11 12 (Amortizações acumuladas) (9) (7) Total do ativo 4.392 8.236 Passivo e Patrimônio Líquido Notas 2014 2013 Passivo circulante 2.011 5.227 Outras obrigações 2.011 5.227 Fiscais e previdenciárias 12 134 97 Negociação de intermediação de valores 8 1.600 4.856 Diversas 9 277 274 Exigível a longo prazo 752 808 Outras obrigações 752 808 Diversas 9 752 808 Patrimônio líquido 13 1.629 2.201 Capital de domiciliados no país 5.930 5.930 Reservas de capital 72 65 Ajuste de avaliação patrimonial (51) (48) Prejuízos acumulados (4.322) (3.746) Total do passivo e patrimônio líquido 4.392 8.236 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstrações contábeis para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e de 2013 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) Demonstrações do resultado Notas 2014 2013 Receitas da intermediação financeira 155 274 Resultado de aplicações interfinanceiras de liquidez 65 193 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 90 81 Resultado bruto da intermediação financeira 155 274 Outras receitas/(despesas) operacionais (289) (336) Receitas de prestação de serviços 14 3.070 7.114 Despesas de pessoal (1.242) (881) Outras despesas administrativas 15 (1.426) (5.066) Despesas tributárias (338) (720) Resultado de participações em controladas 10 11 Outras receitas operacionais 23 55 Outras despesas operacionais 16 (376) (849) Resultado operacional (134) (62) Resultado não operacional 10 2 Resultado antes da tributação sobre o resultado (124) (60) Imposto de renda e contribuição social 17 (1) (179) Imposto de renda e contribuição social - correntes (1) (179) Prejuízo líquido do semestre (125) (239) Nº de ações 5.930.000 5.930.000 Prejuízo por ação (em R$) (0,02) (0,04) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Ajuste de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2012 5.930 62 (10) (3.507) 2.475 Atualização de título patrimonial 3 3 Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários (38) (38) Prejuízo líquido do semestre (239) (239) Saldos em 30 de junho de 2013 5.930 65 (48) (3.746) 2.201 Saldos em 31 de dezembro de 2013 5.930 68 (32) (4.197) 1.769 Atualização de título patrimonial 4 4 Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários (19) (19) Prejuízo líquido do semestre (125) (125) Saldos em 30 de junho de 2014 5.930 72 (51) (4.322) 1.629 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstrações dos fluxos de caixa 2014 2013 Atividades operacionais Prejuízo do semestre (125) (239) Ajustes ao lucro (prejuízo) do semestre 17 760 Depreciações e amortizações 8 32 Resultado de participação em controlada (11) Provisão para passivos contingentes 9 739 Variações em ativos e passivos 436 (1.716) Redução em títulos e valores mobiliários 989 (28) Redução/(aumento) em outros créditos (482) 1.071 Aumento em outros valores e bens (59) (77) (Redução)/aumento em outras obrigações (13) (2.861) Imposto de renda e contribuição social pagos 1 179 Caixa líquido aplicado em atividades operacionais 328 (1.195) Aumento/(redução) de caixa e equivalentes de caixa 328 (1.195) Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 1.756 5.684 Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 2.084 4.489 Aumento/(redução) de caixa e equivalentes de caixa 328 (1.195) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis interfinanceiras de liquidez com conversibilidade imediata ou com prazo original de resgate igual ou inferior a 90 dias. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez: Representam operações a preços fixos referentes às compras de títulos com compromisso de revenda e aplicações em depósitos interfinanceiros e estão demonstradas pelo valor de resgate, líquidas dos rendimentos a apropriar correspondentes a períodos futuros. c) Títulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários, conforme determinado pela Circular BACEN nº 3.068/2001, foram classificados na seguinte categoria: Títulos disponíveis para venda: são aqueles que não se enquadram como para negociação ou como mantidos até o vencimento e são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários. d) Demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo (não circulantes): Demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias pro-rata dia incorridos e as variações cambiais, deduzidos das correspondentes provisões para perdas ou ajuste ao valor de mercado e rendas a apropriar. e) Investimentos: Os títulos patrimoniais estão demonstrados ao custo de aquisição, acrescidos dos ajustes de avaliação patrimonial. f) Negociação e intermediação de valores: Registram-se os créditos decorrentes das relações com o mercado (sistema e clientes) relativamente à negociação de valores (títulos, ações, mercadorias e ativos financeiros) por conta própria e por conta de terceiros. g) Imobilizado de uso: Demonstrado ao custo de aquisição. A depreciação doimobilizado de uso é computada pelo método linear, com base nas taxas anuais mencionadas na Nota nº 11, que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. h) Intangível: O ativo intangível é composto por ativos não monetários identificáveis sem substância física. Os valores registrados como ativo intangível são relativos a softwares. A Corretora irá obter benefícios desses softwares em até cinco anos. i) Redução ao valor recuperável de ativo: É reconhecida como perda, quando o valor de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa registrado contabilmente for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxo de caixa, substanciais, independentemente de outros ativos ou grupos de ativos. As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas no resultado do período em que foram identificadas. j) Ativos e passivos contingentes: O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes são efetuados de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 25 “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis de 15 de setembro de 2009, em observância à Resolução CMN nº 3.823/2009, conforme descrito a seguir: • ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; • passivos contingentes são provisionados quando as perdas forem avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança, os passivos contingentes avaliados como de perdas possíveis são divulgados, e aqueles não mensuráveis com suficiente segurança e como de perdas remotas não são provisionados e/ou divulgados; • as obrigações legais são registradas como exigíveis,independentemente da avaliação sobre as probabilidades de êxito. k) Passivo circulante e exigível a longo prazo: Demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias em base pro-rata dia incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. l) Provisão para imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda foi constituída à razão de 15% sobre o lucro real, acrescido de adicional de 10% sobre a parte desse lucro que excedeu a R$ 240 no ano. A contribuição social é calculada sobre o lucro líquido antes do imposto de renda, à alíquota de 15%. m) Apuração do resultado: As receitas e despesas das operações ativas e passivas são apropriadas pelo regime de competência. Os valores sujeitos à variação monetária são atualizados “pro rata” dia. n) Resultado por ação: O lucro líquido/(prejuízo) por ação é calculado em reais com base na quantidade de ações em circulação, na data dos balanços.

Upload: lekien

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores ... · Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. ... elaboraram um plano de reestruturação

Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.CNPJ/MF nº 03.317.692/0001-94

Relatório da Administração - 1º semestre de 2014Apresentamos a seguir o Relatório da Administração da Petra - Personal Trader CTVM S/A referente ao 1º semestre de 2014, de acordo com o que estabelece o Banco Central do Brasil. Eventos Relevantes: O primeiro semestre de 2014 foi marcado pela continuidade do processo de deterioração da economia brasileira bem como pela piora das expectativas em relação ao país. A desaceleração da atividade econômica e a dinâmica altista dos preços já presentes no final de 2013 acabaram se cristalizando em um quadro de estagflação ao final da primeira metade de 2014. Neste sentido, o Boletim Focus do Banco Central traz uma fotografia eloquente do pessimismo em relação ao crescimento econômico doméstico: as estimativas de expansão para 2014 que no final de 2013 rondavam diminutos 2,30% fecharam o primeiro semestre deste ano ainda menores; pouco acima de 1%. Do lado da inflação, as expectativas também se deterioram, com as previsões para o IPCA saindo de 6% e atingindo 6,4%, quase no teto da meta, em meados deste ano. Com a confiança em baixa, empresários têm adiado investimentos e consumidores reduzido o ritmo de suas compras. E nessa economia pouco ativa, o crédito também tem se restringido, seja pelo lado da oferta com as instituições financeiras reduzindo suas linhas, seja pelo lado da demanda com tomadores preocupados com os riscos de virem a se tornar inadimplentes. No primeiro

semestre, foi do cenário externo que vieram as notícias que acabaram tornando o ambiente mais ameno. Isso porque a perspectiva de que o Banco Central americano intensificaria seu processo de elevação dos juros acabou não se concretizando. Assim, toda a expectativa existente de uma desvalorização cambial mais forte gerando impactos nos preços e nas taxas de juros domésticas não se materializou, o que fez com que a volatilidade nos mercados fosse menor do que a esperada no início do ano. Sob a ótica específica da Petra Corretora vivemos nosso primeiro semestre sem a atuação no segmento de corretagem de bolsa de valores e com foco na distribuição de nossos fundos. Em virtude do cenário e da moderação dos agentes no que diz respeito a oferta e demanda de crédito, vimos cair o volume de captação nos FIDCs na comparação com o mesmo período de 2013. Por outro lado, a redução em nossas despesas administrativas acabou nos permitindo alcançar um resultado melhor do que o atingido no primeiro semestre do ano passado. Resultados importantes: A geração de receita: No primeiro semestre de 2014 as receitas da Petra Corretora somaram R$ 3,2 milhões, caindo 55% em relação ao mesmo período de 2013 quando ainda atuávamos no segmento de corretagem, mas crescendo 18,50% na comparação com o semestre imediatamente anterior, quando a intermediação no mercado de ações já

estava em fase final de desligamento. Os resultados no período: O resultado da Petra Corretora no primeiro semestre de 2014 foi um prejuízo de R$ 125 mil, praticamente a metade do resultado negativo do mesmo período de 2013 e menos de um terço do prejuízo de R$ 454 mil verificado no semestre imediatamente anterior, apontando que o encerramento das operações de corretagem foi uma decisão acertada. As perspectivas: Nossas perspectivas são de que o cenário econômico em 2014 seguirá desafiador no segundo semestre dado que não devemos ter nenhum tipo de mudança na condução da política econômica capaz de reverter o atual quadro de desconfiança. O único fato novo com potencial para interromper a atual dinâmica será o processo eleitoral, cujo desfecho só teremos no final de outubro. Para a Petra Corretora esperamos um segundo semestre melhor do que o primeiro. Inicialmente porque o segundo semestre é tradicionalmente mais aquecido para o segmento dos fundos de recebíveis que mantêm uma correlação positiva com o crescimento da produção no final de ano, o que deve favorecer nossas receitas de distribuição. Depois, porque esperamos a maturação de iniciativas que tomamos relacionadas ao encerramento da área de corretagem que implicarão em reduções adicionais de custos, que se materializarão no futuro próximo favorecendo nossos resultados.

continua

Notas explicativas às demonstrações contábeis1. Contexto operacional: A Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (Corretora) foi constituída em 14 de abril de 1999 e iniciou suas atividades em julho de 1999. A Corretora tem por objeto social entre outras atividades: comprar e vender títulos e valores mobiliários, por conta própria ou de terceiros, instituir, organizar e administrar fundos mútuos e clubes de investimentos e exercer outras atividades expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e/ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). a) Reestruturação societária: O Grupo Petra, formado pela Corretora, pelo Banco Petra S.A. (Banco), pela Petra Asset Gestão de Investimento Ltda. (Asset) e pela Holding Petra S.A. (Holding), apesar do controle societário de cada sociedade ser distinto, operava sob a mesma marca “Petra” e administração comum. Por esse motivo, os acionistas das referidas empresas elaboraram um plano de reestruturação societária com o objetivo de que os sócios compartilhassem o controle de todas as empresas do Grupo. A reestruturação societária compreendeu os seguintes eventos: (I) Permuta e ações da Holding por quotas da Asset; (II) Incorporação de ações da Corretora pela Holding e (III) Incorporação de ações da Corretora pelo Banco, e tem como principais justificativas os seguintes aspectos: • maior capacidade de geração de resultado devido à otimização e compartilhamento dos recursos; • melhoria na precificação dos produtos e serviços disponibilizados pelas empresas do grupo em função do fornecimento integrado dos serviços e produtos, concentração das atividades de administração de risco, uma vez que todas as empresas já atuam sob a mesma marca e administração comum, compartilhando estruturas operacionais; • redução de custos de funcionamento das áreas corporativas de suporte (RH, marketing, tecnologia, jurídico e outras). Os acionistas receberam resposta positiva do Banco Central do Brasil (BACEN) em 16 de agosto de 2011 com relação ao plano de reestruturação societária protocolizado no dia 01 de fevereiro de 2011. Com isso, submeteram os documentos e as informações necessários à instrução do processo, em especial os atos societários relativos à alteração de controle acionário em comento. Como resultado desta consolidação, a Corretora se tornou uma subsidiária integral do Banco. Os documentos societários foram aprovados em definitivo pelo Banco Central em 28 de março de 2012. b) Redirecionamento dos negócios: A partir de 2011, a Corretora redirecionou seus negócios, reduzindo substancialmente o atendimento de clientes de varejo e direcionando a sua atuação para clientes de maior porte como: Fundos de Pensão, Family Offices, Private Banking, Asset Managers e outros. Como parte desse redirecionamento estratégico, medidas de adequação da estrutura foram implementadas a partir de 2011, o que resultou em uma redução significativa dos custos relacionados ao mercado de varejo. Do ponto de vista das receitas, o novo negócio com maior volume e valor agregado tem trazido receitas significativas, o que fez com que a Corretora, obtivesse lucro fiscal em 2012, invertendo a linha de tendência dos resultados, de acordo com a expectativa de seus acionistas e administradores. Em 2013, a Administração da Corretora decidiu descontinuar a linha de corretagem de bolsa, sendo efetivada em dezembro, a comunicação de desativação de corretora de bolsa a BM&FBOVESPA. 2. Apresentação das demonstrações contábeis: 2.1. Base de preparação: As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, observando as diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), Conselho Monetário Nacional (CMN), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e os novos pronunciamentos, orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovados pelo BACEN. As estimativas contábeis são determinadas pela Administração,considerando fatores e premissas estabelecidas com base em julgamento, que são revisados a cada semestre. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas, as provisões para contingências, marcação a

mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos, entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, o comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu diversos pronunciamentos relacionados ao processo de convergência contábil internacional, porém a maioria não foi homologada pelo BACEN. Desta forma, a Corretora, na elaboração das demonstrações contábeis, adotou os seguintes pronunciamentos já homologados pelo BACEN: a) Pronunciamento conceitual básico (R1) “Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro”, homologado pela Resolução CMN nº 4.144/2012; b) CPC 01 “Redução ao valor recuperável de ativos”, homologado pela Resolução CMN nº 3.566/2008; c) CPC 03 “Demonstrações do fluxo de caixa”, homologado pela Resolução CMN nº 3.604/2008; d) CPC 05 “Divulgação de partes relacionadas”, homologado pela Resolução CMN nº 3.750/2009; e) CPC 10 “Pagamento baseado em ações”, homologado pela Resolução CMN nº 3.989/2011; homologado pela Resolução CMN nº 4.007/2011; f) CPC 23 “Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro”, homologado pela Resolução CMN nº 4.007/2011; g) CPC 24 “Contabilização e divulgação de eventos subsequentes”, homologação pela Resolução nº 3.973/11; h) CPC 25 “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, homologado pela Resolução CMN nº 3.823/09. Atualmente, não é possível estimar quando o BACEN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e se a utilização dos mesmos será de maneira prospectiva ou retrospectiva. 2.2. Reapresentação das demonstrações contábeis: Em maio de 2014 o Conglomerado Financeiro PETRA identificou inconsistências no cálculo de Requerimento Mínimo de Capital, originadas de interpretação equivocada de normativos. As principais alterações no cálculo são: 1. Ponderação de ativos para o cálculo do RWACPAD e PEPR; 2. Critérios adotados no cálculo do RWAOPAD e POPR. As correções dos valores não causam impactos de não cumprimento regulatório para o Conglomerado Financeiro PETRA, pois estes sempre mantiveram-se dentro dos parâmetros mínimos exigidos. Os efeitos dessas alterações estão demonstrados abaixo:

Publicado dez-13 Valor Ajustado dez-13Patrimônio de Referência 27.015 12.898Nível I 27.046 12.898Capital Principal – 12.898Capital Complementar – –Nível II (31) –Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 39.107.513 56.465Crédito - RWACPAD 5.727 23.937Mercado - RWAMPAD 360 360Operacional - RWAOPAD 14.557 32.168Índice Basiléia 105% 23%

Publicado jun-13 Valor Ajustado jun-13Patrimônio de Referência 12.395 12.390Nível I 12.488 12.436Nível II (94) (46)Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 2.372 4.302Crédito - PEPR 1.042 1.360Mercado - (PJUR + PACS) 30 30Operacional - POPR 1.300 2.912Índice Basiléia 57% 22,8%3. Resumo das principais práticas contábeis: As principais práticas contábeis adotadas pela Corretora na elaboração das demonstrações contábeis são: a) Caixa e equivalentes de caixa: Para fins de demonstração do fluxo de caixa, caixa e equivalentes de caixa correspondem aos saldos de disponibilidades e aplicações

Balanços patrimoniais Ativo Notas 2014 2013Ativo circulante 3.258 6.825 Disponibilidades 4 7 159 Aplicações interfinanceiras de liquidez 5 2.077 4.330 Operação compromissada 2.077 4.330 Títulos e valores mobiliários 6 131 1.183 Carteira própria 131 – Vinculados à prestação de garantia – 1.183 Outros créditos 958 1.045 Rendas a receber 7 572 253 Negociação de intermediação de valores 8 4 450 Diversos 9 382 342 Outros valores e bens 85 108 Despesas antecipadas 85 108Realizável a longo prazo 979 893 Títulos e valores mobiliários 979 893 Carteira própria 979 893Permanente 155 518Investimentos 10 112 140 Títulos patrimoniais 112 105 Participação em controlada – 35Imobilizado de uso 11 41 373 Outras imobilizações de uso 87 553 (Depreciações acumuladas) (46) (180)Intangível 2 5 Ativos intangíveis 11 12 (Amortizações acumuladas) (9) (7)Total do ativo 4.392 8.236

Passivo e Patrimônio Líquido Notas 2014 2013Passivo circulante 2.011 5.227Outras obrigações 2.011 5.227 Fiscais e previdenciárias 12 134 97 Negociação de intermediação de valores 8 1.600 4.856 Diversas 9 277 274Exigível a longo prazo 752 808Outras obrigações 752 808 Diversas 9 752 808Patrimônio líquido 13 1.629 2.201 Capital de domiciliados no país 5.930 5.930 Reservas de capital 72 65 Ajuste de avaliação patrimonial (51) (48) Prejuízos acumulados (4.322) (3.746)

Total do passivo e patrimônio líquido 4.392 8.236

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Demonstrações contábeis para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e de 2013 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)Demonstrações do resultado

Notas 2014 2013Receitas da intermediação financeira 155 274 Resultado de aplicações interfinanceiras de liquidez 65 193 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 90 81Resultado bruto da intermediação financeira 155 274Outras receitas/(despesas) operacionais (289) (336) Receitas de prestação de serviços 14 3.070 7.114 Despesas de pessoal (1.242) (881) Outras despesas administrativas 15 (1.426) (5.066) Despesas tributárias (338) (720) Resultado de participações em controladas 10 – 11 Outras receitas operacionais 23 55 Outras despesas operacionais 16 (376) (849)Resultado operacional (134) (62) Resultado não operacional 10 2Resultado antes da tributação sobre o resultado (124) (60)Imposto de renda e contribuição social 17 (1) (179) Imposto de renda e contribuição social - correntes (1) (179)Prejuízo líquido do semestre (125) (239)Nº de ações 5.930.000 5.930.000Prejuízo por ação (em R$) (0,02) (0,04)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Demonstrações das mutações do patrimônio líquidoCapital social Reservas de capital Ajuste de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2012 5.930 62 (10) (3.507) 2.475Atualização de título patrimonial – 3 – – 3Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários – – (38) – (38)Prejuízo líquido do semestre – – – (239) (239)Saldos em 30 de junho de 2013 5.930 65 (48) (3.746) 2.201Saldos em 31 de dezembro de 2013 5.930 68 (32) (4.197) 1.769Atualização de título patrimonial – 4 – – 4Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários – – (19) – (19)Prejuízo líquido do semestre – – – (125) (125)Saldos em 30 de junho de 2014 5.930 72 (51) (4.322) 1.629

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Demonstrações dos fluxos de caixa2014 2013

Atividades operacionaisPrejuízo do semestre (125) (239)Ajustes ao lucro (prejuízo) do semestre 17 760 Depreciações e amortizações 8 32 Resultado de participação em controlada – (11) Provisão para passivos contingentes 9 739Variações em ativos e passivos 436 (1.716) Redução em títulos e valores mobiliários 989 (28) Redução/(aumento) em outros créditos (482) 1.071 Aumento em outros valores e bens (59) (77) (Redução)/aumento em outras obrigações (13) (2.861) Imposto de renda e contribuição social pagos 1 179Caixa líquido aplicado em atividades operacionais 328 (1.195)Aumento/(redução) de caixa e equivalentes de caixa 328 (1.195) Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 1.756 5.684 Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 2.084 4.489Aumento/(redução) de caixa e equivalentes de caixa 328 (1.195)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeisinterfinanceiras de liquidez com conversibilidade imediata ou com prazo original de resgate igual ou inferior a 90 dias. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez: Representam operações a preços fixos referentes às compras de títulos com compromisso de revenda e aplicações em depósitos interfinanceiros e estão demonstradas pelo valor de resgate, líquidas dos rendimentos a apropriar correspondentes a períodos futuros. c) Títulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários, conforme determinado pela Circular BACEN nº 3.068/2001, foram classificados na seguinte categoria: Títulos disponíveis para venda: são aqueles que não se enquadram como para negociação ou como mantidos até o vencimento e são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários. d) Demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo (não circulantes): Demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias pro-rata dia incorridos e as variações cambiais, deduzidos das correspondentes provisões para perdas ou ajuste ao valor de mercado e rendas a apropriar. e) Investimentos: Os títulos patrimoniais estão demonstrados ao custo de aquisição, acrescidos dos ajustes de avaliação patrimonial. f) Negociação e intermediação de valores: Registram-se os créditos decorrentes das relações com o mercado (sistema e clientes) relativamente à negociação de valores (títulos, ações, mercadorias e ativos financeiros) por conta própria e por conta de terceiros. g) Imobilizado de uso: Demonstrado ao custo de aquisição. A depreciação doimobilizado de uso é computada pelo método linear, com base nas taxas anuais mencionadas na Nota nº 11, que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. h) Intangível: O ativo intangível é composto por ativos não monetários identificáveis sem substância física. Os valores registrados como ativo intangível são relativos a softwares. A Corretora irá obter benefícios desses softwares em até cinco anos. i) Redução ao valor recuperável de ativo: É reconhecida como perda, quando o valor de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa registrado contabilmente for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxo de caixa, substanciais, independentemente de outros ativos ou grupos de ativos. As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas no resultado do período em que foram identificadas. j) Ativos e passivos contingentes: O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes são efetuados de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 25 “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis de 15 de setembro de 2009, em observância à Resolução CMN nº 3.823/2009, conforme descrito a seguir: • ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; • passivos contingentes são provisionados quando as perdas forem avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança, os passivos contingentes avaliados como de perdas possíveis são divulgados, e aqueles não mensuráveis com suficiente segurança e como de perdas remotas não são provisionados e/ou divulgados; • as obrigações legais são registradas como exigíveis,independentemente da avaliação sobre as probabilidades de êxito. k) Passivo circulante e exigível a longo prazo: Demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias em base pro-rata dia incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. l) Provisão para imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda foi constituída à razão de 15% sobre o lucro real, acrescido de adicional de 10% sobre a parte desse lucro que excedeu a R$ 240 no ano. A contribuição social é calculada sobre o lucro líquido antes do imposto de renda, à alíquota de 15%. m) Apuração do resultado: As receitas e despesas das operações ativas e passivas são apropriadas pelo regime de competência. Os valores sujeitos à variação monetária são atualizados “pro rata” dia. n) Resultado por ação: O lucro líquido/(prejuízo) por ação é calculado em reais com base na quantidade de ações em circulação, na data dos balanços.

Page 2: Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores ... · Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. ... elaboraram um plano de reestruturação

continua

Notas explicativas às demonstrações contábeiscontinuação4. Caixa e equivalentes de caixa

2014 2013Disponibilidades 7 159

Aplicações interfinanceiras (Nota nº 5) 2.077 4.330

Total 2.084 4.489

5. Aplicações interfinanceiras de liquidezAté 3 meses2014 2013

Operações compromissadas (*) 2.077 4.330(*) São representadas por aplicações no mercado aberto, lastreadas por títulos públicos federais com prazos de vencimento de um dia útil. Estas operações não sofrem alterações no valor de mercado em virtude de sua natureza.

7. Outros créditos - rendas a receber: São rendas a receber de serviço de estruturação de fundos, de distribuição de cotas, taxa de administração dos Clubes e Fundos de Investimentos e das carteiras de clientes administrados pela Corretora, totalizando R$ 572 (R$ 253 em 2013). 8. Outros créditos e outras obrigações - negociação e intermediação de valores: Refere-se basicamente aos saldos das operações por conta de clientes, pendentes de liquidação, dentro do prazo regulamentar, classificados nas seguintes categorias: pessoas físicas e jurídicas, instituições de mercado, diretores, sócios e acionistas e sociedades ligadas, no montante de R$ 4 (R$ 450 em 2013) para o ativo e de R$ 1.600 (R$ 4.856 em 2013) para o passivo. 9. Outros créditos e outras obrigações - diversos: 2014 2013Outros créditos diversos - circulanteCréditos tributários 40 38Impostos e contribuições a compensar 302 230Pagamentos a ressarcir (a) 40 74Total de outros créditos diversos - circulante 382 342Outras obrigações diversas - circulanteDespesas de pessoal a pagar 138 93Outras despesas administrativas (b) 94 132Credores diversos (c) 45 49Total de outras obrigações diversas - circulante 277 274Outras obrigações diversas - longo prazoProvisão para contingências (d) 752 808Total de outras obrigações diversas - longo prazo 752 808(a) Refere-se a valores de despesas de cartório, taxas e impostos de fundos ativos que a Corretora paga e depois solicita reembolso, no montante de R$ 30 (R$ 57 em 2013), e valores que a Corretora antecipou para a abertura de fundos totalizando R$ 10 R$ (17 em 2013), deixando disponível em seu portfólio para futuras comercializações; (b) Refere-se à provisão para pagamento de aluguel e condomínio no montante de R$ 29 (R$ 39 em 2013), comunicações no montante de R$ 8 (R$ 9 em 2013), assistência médica no montante de R$ 33 (R$ 16 em 2013), fornecedores no montante de R$ 5 (R$ 43 em 2013), IPTU no montante de R$ 15 (R$ 19 em 2013) e outros no montante de R$ 4 (R$ 6 em 2013); (c) Representado basicamente pelo ressarcimento de despesas de infraestrutura para a Holding Petra S.A. no montante de R$ 45 (R$ 49 em 2013); (d) Refere-se à provisão para contingências trabalhistas, cíveis e administrativas constituídas sobre processos considerados pelo departamento jurídico da Corretora com chance de perda provável. Abaixo composição das provisões para contingências por natureza:

2014 2013Ações trabalhistas 9 43Ações cíveis 743 615Ações administrativas – 150Total 752 808Movimentação: 2014 2013(=) Saldo inicial em 31 de dezembro 743 69(+) Constituições 132 739(–) Baixas (123) –(=) Saldo final 752 808Perdas possíveis: Em 30 de junho de 2014 não existem ações classificadas como risco de perda possível a serem divulgadas. 10. Investimentos: Em 30 de junho de 2014, o saldo de investimentos é composto por títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Paraná no valor de R$ 112 (R$ 105 em 2013). Em 30 de junho de 2013 a Corretora possuía, também, a participação na Petra Capital Gestão de Investimentos Ltda., conforme demonstrado a seguir: Petra Capital Gestão de

Investimentos Ltda.2014 2013

Informações sobre a coligadaNúmero de cotas de capital – 100.000Patrimônio líquido – 131(–) Distribuição de resultado antecipado – (1.594)Capital social – 100Lucro líquido do semestre – 1.649Informações sobre o investimento na coligadaNúmero de cotas possuídas – 19.000Percentual de participação (%) – 19.000Movimentação dos investimentos no semestreSaldo inicial – 24Resultado de equivalência patrimonial – 11Saldos finais – 35Em 18 de dezembro de 2013 a Corretora alienou sua participação na Petra Capital Gestão de Investimentos Ltda. pelo valor contábil de R$ 46, não gerando resultado. O valor foi recebido durante o 1º semestre de 2014. 11. Imobilizado de uso:

2014 2013% - Taxa Custo Depreciação Saldo Saldo

Instalações (a) 10 – – – 279Móveis e equipamentos de uso 10 40 (10) 30 73Processamento de dados 20 27 (20) 7 12Outros 10 a 20 20 (16) 4 9Total 87 (46) 41 373(a) As baixas no grupo “Instalações”, referem-se à alienação e baixas dos bens das Filiais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto, cujas operações foram encerradasdurante o 2º semestre de 2013. Movimentação do imobilizado: 2014 2013Saldo inicial em 31 de dezembro 47 403Aquisição 2 2Depreciação (8) (32)Saldo em 30 de junho 41 37312. Outras obrigações - fiscais e previdenciárias: 2014 2013PIS e COFINS 30 27Impostos e contribuições sobre salários a recolher 66 28Impostos e contribuições sobre terceiros 6 2Impostos sobre serviços a recolher (a) 31 24Outros 1 16Total - circulante 134 97(a) Representado substancialmente por ISS a pagar de São Paulo no montante de R$ 24 (R$ 18 em 2013) e ISS a pagar de Curitiba no montante de R$ 7 (R$ 6 em 2013). 13. Patrimônio líquido: a) Capital social: O capital social subscrito e integralizado por acionistas domiciliados no país está representado por 2.965.000 ações ordináriasnominativas e por 2.965.000 ações preferenciais nominativas, no valor de R$ 1,00 cada uma.

b) Reserva de capital: A reserva de capital é decorrente da atualização de títulos patrimoniais, podendo ser utilizada para futuro aumento de capital social e/ou compensação de prejuízos acumulados. c) Reserva de lucro: Conforme determina o Artigo 193. da Lei nº 6.404/1976, 5% (cinco por cento) do lucro líquido será aplicado na constituição de reserva legal, antes de qualquer outra destinação, até o limite de 20% do capital social integralizado, podendo ser utilizada para futuro aumento de capital social e/ou compensação de prejuízos acumulados. d) Dividendos: O estatuto social determina que seja assegurado aos acionistas o pagamento do dividendo mínimo obrigatório de 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/1976 das Sociedades por Ações. As ações preferenciais terão direito a receber, com prioridade, um dividendo não cumulativo, calculado à taxa de 6% (seis por cento) ao ano, sobre o respectivo saldo contábil. Nos semestres findos em 30 de junho de 2014 e de 2013 não foram realizadas nenhuma antecipação de dividendos. e) Ajuste de avaliação patrimonial: Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria disponíveis para venda são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitostributários. 14. Receita de prestação de serviços: 2014 2013Rendas de corretagem – 1.817Distribuição e colocação de cotas (a) 2.227 4.642Rendas de custódia 7 104Taxa de administração de fundos 620 70Renda de comissão de colocação de títulos – 55Outras receitas de serviços 216 426Total 3.070 7.114(a) Refere-se ao recebimento de comissões sobre a intermediação financeira realizada na coordenação, colocação e distribuição pública de cotas emitidas pelos Fundos Administrados pela Corretora (em 2014 Fundo UEG FIRF no montante de R$ 128, UEG START no montante de R$ 73, FIDC Prospecta no montante de R$ 336, FIDC Atlantic no montante R$ 200, FIDC Lavoro no montante de R$ 315, FIDC Credit Brasil no montante R$ 419, FIDC Plata no montante R$ 120, FIDC Sifra Star no montante de R$ 447, entre outros). O percentual da comissão varia de 0,25% a 6%, sobre o montante de cotas efetivamente colocado junto aos investidores. 15. Outras despesas administrativas: 2014 2013Despesas de serviços técnicos especializados (a) 654 3.882Despesas de aluguéis 206 281Despesas de processamento de dados 150 241Despesas de serviços do sistema financeiro 119 219Despesas de comunicação 75 83Despesas de transportes 13 53Despesas de viagens 12 31Despesas de depreciação e amortização 8 31Despesas de material 15 27Despesas de água, energia e gás 17 24Despesas de manutenção e conservação de bens 10 18Despesas de promoções e relações públicas – 10Despesas de publicações 8 10Outras despesas administrativas 139 156Total 1.426 5.066(a) Para o serviço de coordenação e distribuição pública de cotas emitidas pelos Fundos Administrados pela Corretora, mencionado na Nota 14, a Corretora pode contratar agentes autônomos de investimentos. As despesas de serviços técnicos especializados referem-se substancialmente ao pagamento de comissões sobre a intermediação financeira realizada pelos agentes autônomos no montante de R$ 575 (R$ 2.167 em 2013). Adicionalmente, referem-se a serviços de auditoria no montante R$ 25 (R$ 47 em 2013), serviços de consultoria no montante de R$ 35 (R$ 0 em 2013) e a utilização de serviços técnicos de contabilidade, assessores jurídicos, assessoria de recursos humanos, consultoria e assessoria na emissão de certificados no montante de R$ 19 (R$ 1.668 em 2013). 16. Outras despesas operacionais: 2014 2013Provisão para passivos contingentes (Nota nº 9.d) 132 739Perdas passivos contingentes 116 –Estruturação/outras despesas fundos 112 21Outras despesas operacionais 16 89Total 376 84917. Imposto de renda e contribuição social: a) Conciliação do imposto de renda e contribuição social no resultado: No primeiro semestre de 2014, a Corretora apresentou lucro fiscal acumulado no montante de R$4 (lucro fiscal de R$ 681 em 2013) e consequentemente, houve recolhimento de imposto de renda e contribuição social no primeiro semestre de 2014. A demonstração do imposto de renda e da contribuição social corrente incidente sobre as operações de 30 de junho de 2014 e 2013 são assim apresentadas: 2014 2013Resultado antes do imposto de renda e contribuição social e após as participações (124) (60)Adições (exclusões): 128 749Brindes – –Equivalência patrimonial – (11)Provisão para passivos contingentes 132 739Outras (4) 13Base de cálculo antes das compensações de prejuízo fiscal 4 681Prejuízo fiscal compensado até a competência (1) (204)Base de cálculo após as compensações de prejuízo fiscal 3 477Imposto de renda total 1 107Imposto de renda 15% 1 71Adicional de imposto de renda 10% – 36Contribuição social sobre o lucro líquido 15% – 72Total Imposto de renda e contribuição social 1 179Devido a Corretora não estar enquadrada nas situações previstas na regulamentação vigente para registro de imposto de renda e contribuição social diferidos (Resolução nº 3.059/2002), não foram constituídos imposto de renda e contribuição social diferidos ativos sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias. Em 30 de junho de 2014 e 2013 os saldos de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social estão assim apresentadas: 2014 2013Base prejuízo 5.444 5.273IRPJ 1.361 1.318CSLL 817 791Total 2.178 2.109

18. Transações com partes relacionadas: a) Principais saldos e resultados de transações com partes relacionadas: As transações com partes relacionadas foram efetuadas em condições pactuadas entre as partes (prazos de vencimento e taxas de remuneração) e os saldos são assim resumidos:

2014 2013Ativo/

(passivo)Receita/

(despesa)Ativo/

(passivo)Receita/

(despesa)Disponibilidades – – 10 –Banco Petra S.A. – – 10 –Credores diversos (45) (394) (49) (300)Holding Petra S.A. (*) (45) (394) (49) (300)(*) Representado pelo ressarcimento de custos e despesas por uso compartilhado de infraestrutura administrativa para a Holding Petra S.A. A partir de 1 de abril de 2011, o critério de rateio foi alterado conforme aditamento assinado entre todas as partes (Holding, Banco e Corretora), passando a Corretora a ressarcir a Holding, na proporção de 10% das despesas. Para apurar o percentual, levou-se em consideração a proporção dos patrimônios líquidos das empresas do grupo para as quais a Holding Petra S.A. presta serviço. b) Remuneração da administração: Os benefícios de curto prazo são compostos pela remuneração fixa do exercício, bem como pela remuneração variável, provisionada no ano base e paga no ano corrente, e totalizaram no primeiro semestre de 2014 R$ 183 (R$ 169 em 2013). 19. Instrumentos financeiros derivativos: Durante o 1º semestre de 2014 e de 2013, a Corretora não realizou operações com instrumentos financeiros derivativos. 20. Gerenciamento de riscos gestão de capital: O dinamismo dos mercados nos conduz a uma constante melhoria da atividade de gestão de riscos, e na busca do aprimoramento do gerenciamento, o Conselho de Administração institui uma nova área de riscos em maio de 2014. A área de riscos coordena diretamente as atividades relacionadas à gestão do capital, aos riscos de liquidez, mercado e operacional e também monitora as atividades relacionadas ao risco de crédito. Esta se reporta diretamente à diretoria de compliance e risco, sendo independente das áreas de negócio e operacionais. A gestão e o monitoramento dos riscos envolvidos nas diversas atividades do Conglomerado Financeiro PETRA são realizados por meio de políticas, controles, estabelecimento de estratégias, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições, estando alinhados às diretrizes do Conselho de Administração e ao apetite de riscos definido. Mais informações sobre a estrutura de Gestão de Riscos e Capital podem ser encontradas no site do Banco e da Corretora (http://www.bancopetra.com.br/compliance.htm e http://www.petracorretora.com.br/compliance.htm). Abaixo está uma descrição sucinta da estrutura de gestão de riscos: a) Gestão de capital: A Gestão de Capital está ligada à gestão dos riscos da instituição, sendo essencial para garantir o uso adequado do capital e a melhor relação risco x retorno para o Conglomerado Financeiro PETRA. Gestão de Capital é um processo contínuo de avaliação, monitoramento, controle do capital frente aos riscos incorridos pela instituição e o planejamento de metas e de necessidade de capital considerando as estratégias adotadas. O Conglomerado Financeiro PETRA mantém um nível adequado de capital em face aos seus ativos e passivos para a efetiva gestão do capital. Isso é feito por meio de um processo compatível e consistente com a gestão dos riscos de liquidez, mercado, crédito, operacional e outros riscos relevantes, bem como com suas metas orçamentárias. A área de Gestão de Riscos é responsável pelas atividades relacionadas à Gestão de Capital, permitindo a segregação de funções e adequando suas atividades à complexidade e as características das operações do Conglomerado Financeiro PETRA. b) Risco de liquidez: O risco de liquidez relaciona-se com a incapacidade de atendimento das necessidades de caixa, ou seja, à ocorrência de descasamentos nos fluxos financeiros entre operações ativas e passivas e os reflexos decorrentes sobre a capacidade de obtenção de recursos financeiros pela instituição para o exercício de suas obrigações. O acompanhamento do risco de liquidez é realizado por meio do monitoramento diário do limite de caixa mínimo disponível, a partir de relatórios de posição de caixa e do fluxo de caixa projetado. Este controle é feito para evitar que o Conglomerado Financeiro tenha dificuldades em honrar suas obrigações futuras de pagamento ou incorrer em custos de captação maiores que aqueles regularmente praticados. Nos critérios e procedimentos aprovados, pelo Conselho de Administração são determinadas as diretrizes de reserva mínima de liquidez, o plano de contingência de liquidez para curto e longo prazo e tipos de ativos elegíveis para composição dos recursos disponíveis. c) Risco de mercado: Risco de mercado está relacionado à probabilidade de perda decorrente dos impactos de flutuações de preços e taxas de mercado sobre as posições ativas e passivas. O risco de mercado é cuidadosamente identificado, mapeado, mensurado, mitigado, controlado, gerenciado e reportado. O perfil de exposição a risco de mercado do Conglomerado Financeiro PETRA é conservador, com diretrizes e limites monitorados diariamente, de maneira independente. O risco de mercado é monitorado por meio do cálculo diário do Value at Risk (VaR*), uma ferramenta estatística que mede a perda máxima potencial da Instituição com determinado nível de confiança, para um certo horizonte de tempo. Além do VaR, são adotados cenários de estresse, verificando os possíveis impactos nas posições. d) Risco de crédito Risco de crédito consiste na possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de obrigações financeiras nos termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, a vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. O risco de crédito do Conglomerado Financeiro PETRA é, atualmente, considerado imaterial devido a atividade desenvolvido por este. O risco de crédito é hoje proveniente de operações que representam baixo risco, sendo elas, basicamente, operações compromissadas e de CDI realizadas junto a instituições financeiras, aquisição de instrumentos de dívida (títulos e valores mobiliários públicos e privados) e estruturação de CCBs e cessão destas para fundos de investimentos. Apesar disso, o Conglomerado PETRA possui uma área independente de crédito, e uma área de Riscos que monitora as atividades, garantindo uma efetiva estrutura de gestão do risco de crédito. e) Risco operacional: Define risco operacional como a possibilidade de perdas resultantes da falha, deficiência ou inadequação de processos internos e externos, conforme Resolução nº 3.380/2006 do CMN. A gestão de risco operacional é considerada pelo Conglomerado Financeiro PETRA essencial para o bom desenvolvimento dos negócios. O Conglomerado Financeiro PETRA possui políticas e procedimentos de identificação, avaliação, controle, monitoramento, mitigação e classificação dos riscos e a área de Gestão Riscos tem a missão de implantar e coordenar a estrutura de avaliação de riscos operacionais, prestando o devido suporte, garantindo um gerenciamento de risco eficaz, por meio da utilização das informações da base de perdas reduzindo assim perdas operacionais e melhorando os controles. O Conglomerado Financeiro PETRA adotou a abordagem do Indicador Básico para apurar capital requerido de risco operacional, conforme estabelecido pela Circular nº 3.640/2013 do Banco Central do Brasil. f) Limite operacional - Acordo da Basiléia: De acordo com as exigências das resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13, o Conglomerado Financeiro PETRA gerencia o capital a fim de cumprir com os requerimentos mínimos exigidos. O Índice de Basiléia tem o objetivo de garantir que os bancos tenham capital compatível com os riscos assumidos. A tabela abaixo sumariza a composição do capital regulamentar, o capital mínimo exigido e o Índice de Basiléia, apurados de acordo com as Resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN nº 4.192/13 e nº 4.193/13 e as normas do Banco Central do Brasil. jun-13* dez-13* jun-14Patrimônio de Referência 12.390 12.898 13.232Nível I 12.436 12.898 13.232Capital Principal – 12.898 13.232Capital Complementar – – –Nível II (46) – –Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 39.108 56.465 59.997Crédito - RWACPAD 12.360 23.937 24.153Mercado - RWAMPAD 276 360 208Operacional - RWAOPAD 26.472 32.168 35.636Índice Basiléia 31,7% 22,8% 22,1%(*) Para efeito de comparabilidade, ajustamos a “Alocação de capital mínimo exigido” de períodos anteriores, visto que passamos a apresentar as parcelas correspondentes do “Ativo ponderado pelo risco - RWA”.

6. Títulos e valores mobiliários: A Corretora possui títulos públicos federais classificados na categoria de “Títulos disponíveis para venda”, conforme demonstrado na tabela a seguir:

2014 2013

TítuloSem vencimento

e até 1 ano Após 1 anoValor de Mercado

Ajuste acumulado no patrimônio líquido,

líquido dos efeitos tributáriosValor de mercado

Ajuste acumulado no patrimônio líquido,

líquido dos efeitos tributáriosCarteira própria 131 979 1.110 (51) 893 –Letras financeiras do tesouro – 979 979 – 893 –Ações (b) 131 – 131 (51) – –Vinculados à prestação de garantias – – – – 1.183 (48)Certificado de depósito bancário (a) – – – – 1.049 –Ações (a) e (b) – – – – 134 (48)Total 131 979 1.110 (51) 2.076 (48)(a) Em 2013, o Banco Paulista era o banco liquidante das operações de Bolsa da Corretora, e em virtude disso era necessário manter como garantia um saldo em CDB, com a descontinuação da linha de corretagem de bolsa, essa garantia não é mais necessária, sendo que este título foi resgatado durante o primeiro semestre de 2014. Para realizar operações junto à CBLC a Corretora mantinha ações vinculadas como garantia, custodiadas no Bradesco, atualmente estas ações estão disponíveis, não estão mais vinculadas a nenhuma operação em virtude do encerramento da linha de corretagem; (b) O valor de mercado das ações é obtido por meio da utilização de preços médios divulgados pela Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA).

Page 3: Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores ... · Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. ... elaboraram um plano de reestruturação

Relatório dos auditores independentesAos Administradores e Acionistas da Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. - Curitiba - PR - Examinamos as demonstrações contábeis da Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (Corretora), que compreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis: A Administração da Corretora é responsável pela elaboração e adequada apresentação destas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.

Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e também que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nesta avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Corretora para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia destes controles internos da Corretora. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião:

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Petra - Personal Trader Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. em 30 de junho de 2014, o desempenho de suas operações e os fluxos de caixa para o semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Ênfase: Sem ressalvar nossa opinião, chamamos a atenção para a Nota Explicativa nº 1, que indica as medidas tomadas pela Administração quanto ao reposicionamento dos negócios e a reversão do cenário de prejuízos acumulados em períodos anteriores. As demonstrações contábeis da Corretora foram preparadas no pressuposto da sua continuidade operacional, que depende da continuidade e sucesso do reposicionamento dos negócios mencionado e não incluem quaisquer ajustes nos saldos de ativos e passivos que seriam necessários no caso de descontinuidade das operações da Corretora. São Paulo, 15 de agosto de 2014.

Rafael Dominguez Barros - Contador CRC SP-208.108/O-0 “S” - PR Grant Thornton Auditores Independentes - CRC 2SP-025.583/O-1

continuação DiretoriaFernando Marques de Marsillac Fontes - Diretor Ricardo Binelli - Diretor Delano Macêdo de Vasconcellos - Diretor Edilberto Pereira - Diretor

ContadorSiane Pauli Binsfeld - CRC 052.179/O-9 PR