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SEAP - ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS13/04/2023 -
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Engenharia do ProjetoPROJETOCliente CPF/CGC Data
Projeto
PETRA ENERGIA S/A 07.243.291/0001-98 01/06/2011
Agente Financeiro: BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Agência
:
Belo Horizonte/MG
13.0 LOCALIZAÇÃO
A sede da empresa fica localizada na Avenida Rio Branco, n.º.: 157 – 12.º.
Andar – Centro, no município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.
O projeto ora pleiteado está localizado na Bacia do Parnaíba, Estado do
Maranhão, e está dividido em 02 (dois) Campos chamados de Gavião Azul e Gavião
Real, localizados no BLOCO PN-T-68, sob contrato de concessão BT-PN-8, Nº
48610.001418/2008-48, de 12 de março de 2008 (9.ª. rodada), compreende as atividades
de exploração envolvendo a execução de (a) levantamentos geológicos e geofísicos em
alvos específicos e (b) perfurações de poços de exploração e desenvolvimento do bloco
de concessão para exploração e produção de petróleo e gás natural.
14.0 PLANO DE DESENVOLVIMENTO – CAMPO DE GAVIÃO AZUL E CAMPO DE
GAVIÃO REAL
14.1 Campo de Gavião Azul
O Plano de Desenvolvimento apresentado contempla o Campo de Gavião Azul,
localizado no interior do Estado do Maranhão, a cerca de 250 km ao sul da cidade de São
Luis, capital do Estado.
Foi descoberto no bloco PN-T-68, na Bacia do Parnaíba, sob o contrato de
concessão BT-PN-8, no. 48610.001418/2008-48, de 12 de março de 2008 (9ª Rodada).
As empresas concessionárias neste contrato são: 1) a OGX Maranhão Petróleo
e Gás Ltda. (operadora), sociedade formada entre OGX S.A. (66,67%) e MPX Energia S.A.
(33,33%), com 70% de participação, e 2) a PETRA ENERGIA S.A., que detém os 30%
restantes.
O Campo de Gavião Azul foi descoberto com a perfuração do poço 1-OGX-16-
MA (Prospecto Califórnia), iniciada em julho de 2010, onde foi constatada a presença de
hidrocarboneto (gás) nos arenitos da Formação Cabeças, de idade devoniana, entre as
profundidades de 1.654,5 e 1.748 m.
O volume original in situ do campo é de 36.055 milhões de m³ de gás e os
volumes recuperáveis, considerando o potencial dos reservatórios, são estimados em
22.951 milhões de m³ de gás e 0,643 milhões de m³ de condensado.
No entanto, considerando apenas a demanda de uma central térmica que será
instalada na região, são estimados volumes recuperáveis de 11.151 milhões de m³ de gás
e 0,313 milhões de m³ de condensado. A Tabela 1.1, a seguir, resume algumas
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informações gerais sobre este campo:
TABELA 1.1 - INFORMAÇÕES GERAIS DO CAMPO
NOME DO CAMPO Gavião AzulSIGLA DO CAMPO GVA
BACIA SEDIMENTAR ParnaíbaESTADO Maranhão
RODADA (BID) 9ªOPERADOR DO BLOCO OGX Maranhão
PICOS DE PRODUÇÃODO CAMPO
GÁS (MIL M3/D) - 2013 2240COND (M3/D) - 2013 63ÁGUA (M3/D) - 2027 250
A concepção para o desenvolvimento do Campo de Gavião Azul compreende a
produção de gás através de 11 poços produtores verticais, incluindo o aproveitamento do
poço exploratório 1-OGX-16-MA.
O Campo de Gavião Azul irá compartilhar com o Campo de Gavião Real,
também sob concessão do mesmo consórcio e localizado ao lado do Campo de Gavião
Azul, no Bloco PN-T-68, parte das facilidades de produção. O Campo de Gavião Real foi
descoberto com a perfuração do poço exploratório 1-OGX-22-MA.
No Campo de Gavião Azul, o sistema de coleta da produção será composto
por um manifold, projetado para reunir os poços produtores. Deste manifold derivam
duas linhas: uma para teste dos poços e outra para a coleta da produção dos poços,
alinhada com a estação de produção do Campo de Gavião Real, que será compartilhada
com o Campo de Gavião Azul. Da estação de produção, o gás será enviado, junto com o
gás do Campo de Gavião Real, para o ponto de entrega a uma central termelétrica,
localizada próxima a estação.
Os poços deverão operar com a pressão compatível com as condições da
estação de produção e de entrega.
Os processos de separação, tratamento, armazenamento e escoamento da
produção do Campo de Gavião Azul serão realizados na estação de produção do Campo
de Gavião Real, com capacidade para processar 6.000 k m3/d de gás natural, 230 m3/dia
de condensado e 1.100 m3/dia de água.
O processo de tratamento é simplificado dado ao alto grau API; a baixa
viscosidade da mistura e o aquecimento do fluido na entrada dos separadores. Este
tratamento prevê a remoção de sedimentos e especifica o teor de condensado requerido
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para garantir uma efetiva injetividade no descarte por injeção em poços.
O gás transferido para as termelétricas deverá ser filtrado, medido e entregue
ao consumo sem líquidos (condensado e água) e sólidos, na pressão e temperatura
acordadas contratualmente. O condensado será transportado por carretas.
O Campo de Gavião Azul é um campo de gás não associado, com previsão de
produção de condensado. Com o decorrer do tempo, espera-se uma produção de água,
entretanto, sem previsão de problemas de escoamento. As linhas de produção entre os
poços e o manifold de coleta e do manifold até a estação de produção estão
dimensionadas considerando as vazões máximas de condensado e água.
Os investimentos foram estimados considerando o uso compartilhado da
estação de produção e tratamento de gás e do sistema de coleta e escoamento. Como
critério de rateio dos valores foi utilizado o valor percentual da proporção de cada campo
em relação ao volume total recuperável de gás dos dois campos. O percentual adotado
foi de 26% para o Campo de Gavião Azul e 74% para o Campo de Gavião Real.
No Campo de Gavião Azul foram considerados como investimentos a
perfuração de 10 poços e completação de 11 poços; o projeto, aquisição, construção e
montagem dos sistemas de coleta, escoamento e da estação de tratamento de gás.
Adicionalmente foi considerada a perfuração de 1 poço exploratório direcional no ano de
2011.
Os investimentos totais no Campo de Gavião Azul somam aproximadamente
US$ 207 milhões.
O estudo de viabilidade econômica do Campo de Gavião Azul apresentou
Valor Presente Líquido (VPL) positivo, de US$ 178 milhões, e Taxa Interna de Retorno
(TIR) superior à taxa mínima de atratividade (TMA), de 30%. A data base considerada
para o estudo foi abril de 2011.
O tempo de retorno dos investimentos será de aproximadamente cinco anos.
Para execução do projeto estima-se que serão gerados 100 empregos.
14.2 Localização do Campo
O Campo de Gavião Azul, apresentado neste Plano de Desenvolvimento, está
inserido no bloco exploratório PN-T-68, localizado no interior do Estado do Maranhão, a
250 km ao Sul da cidade de São Luis, capital do Estado (Figura 2.1), possuindo cotas
altimétricas entre 40 e 120 m.
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A Figura 2.2 apresenta a área requerida para o desenvolvimento do campo,
que engloba a estrutura mapeada com hidrocarboneto (gás) e o aquífero.
A Tabela 2.1 apresenta as áreas e coordenadas geográficas do ring fence
definido para o campo e a Figura 2.3 o desenho do mesmo, que totaliza 180,5 km2 de
área plana, correspondente a 177,96 km2 de área corrigida:
TABELA 2.1 – ÁREAS E COORDENADAS DO RING FENCE DO CAMPO DE GAVIÃO AZUL
CAMPO ÁREA PLANA (KM2) ÁREA CORRIGIDA (KM2)
Gavião Azul 180,5 177,96
VÉRTICE POLÍGONODATUM SAD 69
LATITUDE LONGITUDE1 Gavião Azul 4° 38' 7.500" S 44° 21' 33.750" W2 Gavião Azul 4° 38' 7.500" S 44° 15' 46.875" W3 Gavião Azul 4° 47' 39.375" S 44° 15' 46.875" W4 Gavião Azul 4° 47' 39.375" S 44° 18' 54.375" W5 Gavião Azul 4° 47' 1.875" S 44° 18' 54.375" W6 Gavião Azul 4° 47' 1.875" S 44° 20' 46.875" W7 Gavião Azul 4° 45' 28.125" S 44° 20' 46.875" W8 Gavião Azul 4° 45' 28.125" S 44° 21' 33.750" W9 Gavião Azul 4° 38' 7.500" S 44° 21' 33.750" W
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Figura 2.1 - Mapa de localização do Bloco PN-T-68 com o ring fence do Campo de Gavião Azul
2CP-01
1 km
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Figura 2.2 - Área de desenvolvimento do Campo de Gavião Azul, contendo o mapa estrutural em tempo do topo do reservatório
Figura 2.3 - Ring fence do Campo de Gavião Azul
14.3 Geologia e Reservatórios
14.3.1 Histórico da Exploração
A Bacia do Parnaíba está localizada na porção norte - ocidental da Região
Nordeste do Brasil; abrange área de cerca de 600.000 km2 e engloba grandes porções
dos estados do Maranhão e do Piauí, partes dos estados do Pará e do Tocantins e
pequenas porções nos estados do Ceará e da Bahia (Figura 3.1).
Limita-se ao Norte pelo Arco Ferrer - Urbano Santos que a separa das bacias
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de São Luis e de Barreirinhas, ao Sul pelo Arco de São Francisco, que a separa da bacia
homônima, a Oeste pelo Arco do Tocantins, que a separa do Cráton Amazônico e da Bacia
do Marajó, e a Leste pelo Lineamento Transbrasiliano, que a separa da Província do
Borborema, do Nordeste Brasileiro (Figura 3.1).
A Bacia do Parnaíba apresenta seu arcabouço tectono-estratigráfico
constituído por cinco megassequências:
megassequência rifte, proterozóico-ordoviciana continental,
caracterizada por siliciclásticos grossos e rochas vulcanoclásticas;
megassequência siluriana, de sinéclise, caracterizada pela deposição
de siliciclásticos grossos a finos, de ambiente continental a marinho
raso;
megassequência devoniano-eocarbonífera, de sinéclise continental a
marinho raso, onde estão os principais geradores e reservatórios
siliciclásticos da bacia;
megassequência neocarbonífera-permo-triássica, também de sinéclise
continental a marinho-raso, siliciclástica, com o topo representado por
desertificação, com carbonatos, anidritas e silexitos; e
megassequência juro-cretácea, de sinéclise continental a marinho raso,
recoberta por sedimentos depositados durante a fase rifte, associada à
separação do continente Sul-Americano do Africano.
Destaca-se ainda, o grande volume de rochas intrusivas (diabásios) e
extrusivas (basaltos) entremeadas nas diversas seqüencias.
Na área deste Plano de Desenvolvimento foram perfurados dois poços
exploratórios com presença de gás, a saber: o poço 2-CP-1-MA, perfurado pela Petrobras
nos finais da década de 1980, em diabásio fraturado/arenitos da Fm. Cabeças e o poço 1-
OGX-16-MA (Prospecto Califórnia), em arenitos da Fm. Cabeças (Figura 3.2).
Embora alguns poços perfurados anteriormente na região tenham se
mostrado com indícios significativos, tanto de gás quanto de óleo, com a identificação de
gás no poço pioneiro 1-OGX-16-MA, foi feita a primeira descoberta de acumulação de
hidrocarbonetos em quantidades comerciais na Bacia do Parnaíba.
O Campo de Gavião Azul possui uma área de 177,96 km2 a ser
comercialmente produzida e alvo do Plano de Desenvolvimento apresentado (Tabela 3.1).
A acumulação de hidrocarboneto (gás) descoberta pelo poço 1-OGX-16-MA
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(Campo de Gavião Azul), situa-se na megassequência devoniano-eocarbonífera, em
rochas siliciclásticas de idade givetiano-frasniana (Neo-Devoniano), mais precisamente
em arenitos permoporosos da Formação Cabeças, depositados num contexto geológico
de mar baixo, em fácies flúvio-deltáica e glacial.
As tabelas 3.2 e 3.3 apresentam o histórico e as coordenadas geográficas dos
poços com ocorrência de gás no Bloco PN-T-68.
Figura 3.1 - Mapa de Localização da Bacia do Parnaíba
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Figura 3.2 - Mapa de Localização dos poços perfurados no Bloco PN-T-68 e ring fence do Campo de Gavião AzulTABELA 3.1 - DADOS GERAIS (DATAS)
CAMPO DE GAVIÃO AZUL
Início contratual do bloco exploratório original 12/03/2008Descoberta do Campo 12/08/2010
Poço Descobridor 1-OGX-16-MADeclaração de Comercialidade 29/04/2011
TABELA 3.2 - HISTÓRICO DOS POÇOS
POÇO ANO PERF. CATEGORIA TIPO SITUAÇÃO ATUAL
1-OGX-16-MA 2010 Exploratório Pioneiro Abandono provisório2-CP-1-MA 1987 Exploratório Estratigráfico Abandonado
TABELA 3.3 - COORDENADAS DOS POÇOS (GEOGRÁFICA)
POÇOCABEÇA OBJETIVO PROFUNDIDAD
ELATITUDE LONGITUDE LATITUDE LONGITUDE
1-OGX-16-MA 4° 46’ 7,727” S44° 18’ 13,489”
W4° 46’ 7,727”
S44° 18’ 13,489” W 3169 m (-3061m)
2-CP-1-MA 4° 45’ 49,61” S44° 17’ 49.130”
W4° 45’ 49,61”
S44° 17’ 49.130” W 3423 m (-3311m)
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14.3.1.1 Levantamentos Geofísicos Executados
No período compreendido entre março de 2008 e março de 2011, foram
levantados, pela Georadar, 300 km2 de sísmica 3D, na parte centro-oeste do bloco PN-T-
68, e adquiridos 752,77 km de dados sísmicos 2D, no interior do bloco (Figura 3.3).
14.3.1.2 Interpretação Geológica e Geofísica
Os dados sísmicos 2D pré-existentes e aqueles adquiridos pela Georadar,
tanto 2D quanto 3D, foram utilizados para o mapeamento dos refletores sísmicos
equivalentes às unidades estratigráficas regionais e às soleiras de diabásio. Os mapas
sísmicos que representam a base das soleiras constituem o topo dos arenitos
reservatórios principais, pois os mesmos estão imediatamente sotopostos às soleiras de
diabásio.
No Campo de Gavião Azul, o reservatório a ser produzido é o arenito da Fm.
Cabeças, pois nos poços perfurados 1-OGX-16-MA e 2CP-1-MA o arenito Poti encontra-se
acima do capeador (soleira de diabásio).
Para a conversão dos dados sísmicos e mapas de tempo para profundidade foi
criado um modelo de velocidade 3D, que utilizou os seguintes dados: horizontes regionais
interpretados, que representam mudanças litológicas bem definidas e que apresentam
bom contraste de impedância acústica e, conseqüentemente, de velocidade; informações
de velocidade de poços provenientes de perfis; e, marcadores geológicos chaves
identificados no dado sísmico que permitiram a obtenção do par tempo-profundidade
Figura 3.3 - Levantamentos sísmicos no Bloco PN-T-68 e ring fence do Campo de Gavião Azul
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para cada marcador, em todos os poços disponíveis através da realização do sismograma
sintético.
No caso do campo em estudo foram utilizadas as camadas de anidrita,
soleiras de diabásio e o topo do embasamento como limite inferior do modelo. Com este
conjunto de dados foi criada uma série de camadas formando o modelo layer-cake de
velocidade. A primeira etapa consistiu no ajuste sísmica-poço que foi realizado através da
confecção do sismograma sintético utilizando os perfis sônicos e densidade. A segunda
etapa compreendeu a incorporação dos dados de velocidade RMS (VELAN), utilizados no
processamento sísmico, ao modelo de velocidade após sua conversão, através de
processos matemáticos, em velocidades médias. Os valores de velocidades médias
obtidos dos VELANS costumam ser mais altos que as velocidades médias dos poços e
para a utilização destes dados no modelo 3D de velocidade aplicou-se uma técnica
geoestatística chamada de krigagem com deriva externa (KDE). Na técnica KDE, as
velocidades médias sísmicas constituíram a deriva externa (dado soft) e as velocidades
médias dos poços o dado hard que foram honrados no volume de velocidade média final.
De posse do volume 3D de velocidade média foram convertidos para profundidade o
dado sísmico e todos os mapas sísmicos interpretados.
A linha sísmica em profundidade W-E (Figura 3.4), que passa pelos poços 1-
OGX-16-MA e 2-CP-1-MA, foi utilizada como base para a confecção da seção geológica
esquemática retratada na Figura 3.5.
A linha sísmica em profundidade que passa pelos poços 1-OGX-16-MA e 2-CP-
1-MA (Figura 3.4) mostra a estrutura mapeada que também está representada na seção
geológica da Figura 3.5. Já nas figuras 3.6 e 3.7, que correspondem, respectivamente, a
uma seção sísmica arbitrária e uma seção geológica SW – NE, são identificadas as
acumulações do Campo de Gavião Azul e do Campo de Gavião Azul, este último
descoberto com a perfuração do 1-OGX-22-RJS, cujo Modelo Geológico 3D será
apresentado no item 3.2.
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Figura 3.4 - Seção Sísmica em profundidade na estrutura perfurada pelos poços 2-CP-1-MA e 1-OGX-16-MA
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Figura 3.5 - Seção Geológica W-E no poço 1-OGX-16-MA - Campo de Gavião Azul
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Figura 3.6 - Seção Sísmica em profund. nos poços 1-OGX-16-MA (Campo de Gavião Azul) e 1-OGX-22-MA (Campo de Gavião Real)
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Figura 3.7 - Seção Geológica nos poços 1-OGX-22-MA e 1-OGX-16-MA baseada na linha sísmica da Figura 3.6
14.3.2 Modelo Geológico da Área do Campo
14.3.2.1 Estratigrafia da Área
Os arenitos reservatório de hidrocarboneto (gás) encontra-se na Formação
Cabeças (Figura 3.8), na Seqüência Devoniana (Grupo Canindé). A principal rocha
geradora da área pertence à Formações Pimenteiras do Grupo Canindé. São compostas
por folhelhos cinza-escuros a pretos, ricos em matéria orgânica. Em seguida à Formação
Pimenteira, depositou-se a Formação Cabeças composta por arenitos finos e bem
selecionados, de ambiente nerítico dominado por marés ou correntes oceânicas, com
eventual influência periglacial (diamictitos). Acima dela, ocorreu novo evento
transgressivo, que marca a sedimentação da bacia, representado pela Formação Longá,
composta por folhelhos, siltitos e arenitos finos, depositados em ambiente nerítico de
plataforma. A seqüência devoniana se encerra e no Carbonífero Inferior ocorre a
deposição da Formação Poti, constituída por arenitos com intercalações de folhelhos e
siltitos, depositados em deltas e planícies de maré.
No Campo de Gavião Azul, o principal intervalo portador de hidrocarboneto
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(gás) ocorreu nos arenitos do topo da Fm. Cabeças, sotopostos, e consequentemente
selados, por espessa soleira de diabásio. Esse intervalo portador de gás se situa entre as
profundidades de 1.654,5 e 1.748 m.
14.3.2.2 Geologia Estrutural da Área
No Campo de Gavião Azul, a feição estrutural perfurada, mapeada através de
levantamentos sísmicos disponíveis (Figura 3.9), situa-se ao nível da base da soleira de
diabásio que, neste pioneiro, encontra-se sobrejacente aos principais reservatórios
arenosos da Formação Cabeças (neodevoniano). Essa soleira de diabásio (Figuras 3.9 e
3.10) está alojada nos folhelhos basais da Formação Longá, propiciando um trapeamento
quaquaversal aos arenitos da Formação Cabeças. Trata-se, portanto, de uma trapa
estrutural cuja feição é apresentada no mapa estrutural da base da soleira/topo do
reservatório Cabeças (Figura 3.10).
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Figura 3.8 - Carta Estratigráfica da Bacia do Parnaíba
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Figura 3.9 - Mapa Estrutural em tempo da base da soleira de diabásio dos topos dos reservatórios da Fm. Cabeças - Campo de Gavião Azul
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Figura 3.10 - Mapa Estrutural em profundidade do topo do reservatório da Fm. Cabeças - Campo de Gavião Azul
14.3.2.3 Sistema Petrolífero
Geração
Os folhelhos negros da Fm. Pimenteiras são considerados os principais
geradores da Bacia do Parnaíba (Figura 3.11). Essas rochas foram depositadas durante
um evento anóxico ocorrido no Devoniano (Frasniano), durante um período de máxima
inundação marinha. São caracterizadas em perfis elétricos pela alta radioatividade, alta
resistividade e baixa densidade.
No Campo de Gavião Azul, a Fm. Pimenteiras alcança espessuras da ordem
de 280 m, sendo que o intervalo potencialmente gerador tem espessura aproximada de
35 m e apresenta COT de cerca de 2%. A maturação é atribuída, em grande parte, ao
efeito térmico gerado pelas intrusões do diabásio, uma vez que o soterramento de
aproximadamente 2.400 m não seria suficiente para a maturação térmica destes
folhelhos. São também considerados geradores potenciais os folhelhos da Fm. Tianguá
(Siluriano) e Longá (Devoniano-Fameniano).
São também considerados geradores potenciais os folhelhos da Fm. Tianguá
(Siluriano) e Longá (Devoniano-Fameniano). A Fm. Tianguá apresenta espessura de cerca
de 200 m no Campo de Gavião Azul com COT de cerca de 1%. Os dados de reflectância
de vitrinita indicam que essas rochas se encontram termicamente maturas, maturação
esta incrementada por rochas ígneas intrusivas.
Migração
A área dos poços 1-OGX-16-MA e 2-CP-1-MA situa-se na borda de um alto
regional do embasamento, fato este que a privilegiou como área de focalização de
hidrocarbonetos para todos os reservatórios do pacote sedimentar. A migração foi
facilitada pela ocorrência de falhas decorrentes dos efeitos da orogenia Eoherciniana e
uma fase tectônica tardia representada por falhas de perfil reverso, gerado
provavelmente durante o evento transpressivo do Cretáceo. A eficiência da migração foi
comprovada pela recuperação de gás no teste de formação realizado nos arenitos do
topo da Fm. Cabeças, sotopostos à espessa soleira de diabásio intrudida nos folhelhos da
Fm. Pimenteiras.
Reservatório
O principal reservatório da Bacia do Parnaíba é representado pelos arenitos
devonianos da Fm. Cabeças. Esse reservatório está posicionado em uma situação
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bastante favorável, pois foi depositado em contato direto sobre os folhelhos da Fm.
Pimenteiras. Essa unidade estratigráfica apresenta, na área do Campo de Gavião Azul,
espessura de cerca de 400m e porosidade variando de 6% a 21%. Outros reservatórios
potenciais são representados por arenitos permianos da Fm. Pedra de Fogo, arenitos
carboníferos da Fm. Poti, arenitos devonianos da Fm. Itaim e arenitos silurianos na Fm.
Ipú. Os reservatórios das unidades mais antigas se mostraram fechados e os permianos,
a despeito de ocorrerem com boas porosidades, apresentaram-se saturados por água da
formação.
Trapeamento
O trapeamento do reservatório portador de gás do o campo consiste em uma
estrutura quaquaversal (Figura 3.11). Esse trapeamento foi formado por esforços
orogênicos no eocarbonífero, os falhamentos originados durante esse evento foram
posteriormente reativados como falhas de perfil reverso durante o evento transpressivo
do Cretáceo.
Selo
No Campo de Gavião Azul, o reservatório principal portador de gás são os
arenitos do topo da Fm. Cabeças, sendo o selo principal a espessa ocorrência de intrusão
de diabásio (Figura 3.11).
Sincronismo
Admite-se que as intrusões ígneas de diabásio ocorreram concomitantemente
com evento tectônico que propiciou a formação de trapas estruturais e a geração e
migração de hidrocarbonetos. Tectonismos posteriores remobilizaram hidrocarbonetos já
trapeados e formaram trapas para eventual geração tardia de hidrocarboneto.
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Figura 3.11 - Sistema Petrolífero14.3.3 Modelo Geológico de Reservatório
14.3.3.1 Zoneamento Estratigráfico
A acumulação de gás do Campo de Gavião Azul está intimamente relacionada
aos aspectos estruturais e estratigráficos. A estratigrafia associada a essas acumulações
é composta pelas formações Poti, Longa, Cabeças e Pimenteiras (Figura 3.12). Tais
unidades estratigráficas foram intrudidas por uma soleira de diabásio, que no presente
contribui como rocha capeadora dos reservatórios e no passado foi coadjuvante no
processo de geração de hidrocarbonetos, através da irradiação de calor para o interior da
rocha fonte. Em termos estruturais essa soleira contribuiu também de forma significativa
para a definição das estruturas responsáveis pelas trapas. Entretanto, o fato de cruzar os
estratos dificultou a elaboração do modelo geológico 3D puramente com base nos
princípios da estratigrafia. Assim, a base da soleira corresponde ao topo do reservatório
Cabeças do Campo de Gavião Azul. Nessa área as unidades Poti e Longa ocorrem acima
da soleira. Falhas geológicas foram interpretadas nos dados sísmicos, porém, ainda não
foram incluídas no modelo geológico 3D.
A zona produtora no campo é constituída pelos arenitos da Formação Cabeças
(Tabela 3.4). Intercalado aos arenitos do reservatório Cabeças, existe um nível bastante
argiloso, rico em pirita, que pode restringir verticalmente o movimento dos fluidos. Além
disso, dificulta também as avaliações do volume poroso e da saturação de
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hidrocarbonetos, podendo até mesmo ser uma barreira que justifique um detalhamento
do zoneamento desse reservatório no futuro.
O contato gás/água do Campo de Gavião Azul está definido a -1630 m,
indicando que a estrutura não estaria completamente preenchida (Figura 3.13), porém,
não se descarta a possibilidade da presença de falha definindo um ponto de
derramamento, a qual não foi mapeada devido à resolução dos dados sísmicos
existentes.
O reservatório da acumulação é constituído de arenitos finos, com cimentação
silicosa e porosidades variando de 11 a 17%. Análises petrográficas preliminares
elaboradas em amostras laterais coletadas no poço 1-OGX-16-MA revelam sistemas de
poros primários reduzidos por processos diagenéticos, conseqüentes de sobrecarga,
dissoluções de grãos originais e precipitação de minerais e argilas, como por exemplo, a
ilita. O resultado final é a presença, tanto de poros primários reduzidos por cimentação e
compactação, como dissolução de grãos do arcabouço granulométrico.
14.3.3.2 Dados Estruturais e de Fluidos
A interpretação Petrofísica foi realizada utilizando-se o software de
interpretação Interactive Petrophysics (IP) da Senergy Co. Foi utilizada para o cálculo de
Saturação de água (Sw) a equação de Simandoux, levando-se em consideração os
valores de Resistividade, Densidade e Porosidade para os folhelhos adjacentes aos
intervalos portadores de gás. Para cálculo de porosidade utilizaram-se as curvas de
Porosidade, Neutrão e Densidade, aplicando-se a correção de Gaymar para os intervalos
portadores de hidrocarboneto, onde a separação entre estas curvas, em função da
presença de gás, era proeminente (Tabela 3.5).
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Figura 3.12 - Seção Estratigráfica pelos poços 1-OGX-16-MA e 2-CP-001-MA
TABELA 3.4 - ZONAS PRODUTORAS
FORMAÇÃO GRUPO LITOLOGIANOME DO
RESERVATÓRIONOME DA ZONA
PRODUTORA
IDADE DA ZONA
PRODUTORA
Cabeças Canindé Arenitos Cabeças Cabeças Devoniano
TABELA 3.5 - DADOS ESTRUTURAIS E DE FLUIDOS - ZONAS COM GÁS
POÇOS FORMAÇÃO TOPO (M) BASE (M) ISÓPAC
A
ISÓPAC
A GÁS
POROSIDA
DE ()SW
%
SG
%
H M HSG
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(H)
PROF
.COTA
PROF
.COTA (M) (M) %
1-OGX-16-
MACabeças
1654,
5
1538,
5
2065,
0
1949,
0410,5 78,78 10,6
34,
1
65,
98,38 4,58
MAPAS ESTRUTURAIS DE TOPO E BASE DO RESERVATÓRIO
Figura 3.13 - Mapa estrutural de topo e base do Reservatório Cabeças – Campo de Gavião Azul14.3.3.2.1 Mapas Volumétricos
A Formação Cabeças (Figuras 3.16, 3.17 e 3.18), no Campo de Gavião Azul,
apresenta área fechada de 60 km2 e um volume de gás in situ de 36,055 bilhões de m3
(metros cúbicos), ou seja, 1,273 Tcf (trilhões de pés cúbicos), considerando-se o contato
gás-água a 1748 m (-1630 m).
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Figura 3.14 - Mapa volumétrico – Isópacas do Reservatório Cabeças no Campo de Gavião Azul
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Figura 3.15 - Mapa volumétrico – Espessura Porosa com gás do Reservatório Cabeças no Campo de Gavião Azul14.3.3.3 Análise de Testemunhos
Até o momento não foram realizadas testemunhagens. Estão programadas
coletas de testemunhos na Formação Cabeças no próximo poço a ser perfurado no
Campo de Gavião Azul. A testemunhagem terá por objetivo a obtenção de informações
de reservatório, tais como, permeabilidades relativa e absoluta, estudos
sedimentológicos e petrofísicos em geral.
14.3.3.4 Amostras Laterais
No poço 1-OGX-16-MA, foram realizadas 160 amostragens laterais onde
somente 122 foram recuperadas, sendo algumas parcialmente. A ordem, profundidade e
litologia das amostras laterais encontram-se na Tabela 3.6, a seguir.
TABELA 3.6 - AMOSTRAS LATERAIS ROTATIVAS
POÇO PROF. (M) UNIDADE ESTRATIGRÁFICA LITOLOGIA
1-OGX-16-MA 767,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 771,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 774,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 801,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 810,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 839,0 Fm. Pedra de fogo ARENITO1-OGX-16-MA 842,0 Fm. Pedra de fogo FOLHELHO1-OGX-16-MA 860,0 Fm. Pedra de fogo SILTITO1-OGX-16-MA 881,0 Fm. Pedra de fogo SILTITO1-OGX-16-MA 888,0 Fm. Pedra de fogo SILTITO1-OGX-16-MA 898,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 938,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 959,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 1139,5 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 1150,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 1156,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 1163,0 Fm. Piauí ARENITO1-OGX-16-MA 1165,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1195,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1212,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1274,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1314,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1328,0 Fm. Poti ARENITO1-OGX-16-MA 1515,0 Fm. Longá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 1575,0 Fm. Longá DIABÁSIO
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1-OGX-16-MA 1659,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1661,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1663,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1664,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1672,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1673,3 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1676,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1680,5 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1689,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1711,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1713,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1750,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1756,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1769,0 Fm. Cabeças ARENITO
POÇO PROF. (M) UNIDADE ESTRATIGRÁFICA LITOLOGIA1-OGX-16-MA 1778,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1785,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1801,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1813,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1827,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1835,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1840,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1861,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1877,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1887,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1900,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1907,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1914,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1921,0 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-16-MA 1951,0 Fm. Cabeças ARENITO
1-OGX-16-MA 2059,0 Fm. PimenteirasMETASEDIMENT
O
1-OGX-16-MA 2065,0 Fm. PimenteirasMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2136,0 Fm. Pimenteiras DIABÁSIO
1-OGX-16-MA 2158,0 Fm. PimenteirasMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2175,1 Fm. Pimenteiras DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2215,1 Fm. Pimenteiras DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2260,0 Fm. Pimenteiras DIABÁSIO
1-OGX-16-MA 2270,0 Fm. PimenteirasMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2315,0 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-16-MA 2347,5 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-16-MA 2387,0 Fm. Pimenteiras FOLHELHO
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1-OGX-16-MA 2420,0 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-16-MA 2440,0 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-16-MA 2456,0 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-16-MA 2459,5 Fm. Itaim ARENITO
1-OGX-16-MA 2468,0 Fm. ItaimMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2470,5 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2477,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2505,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2512,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2517,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2520,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2533,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2535,0 Fm. Itaim SILTITO1-OGX-16-MA 2548,0 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-16-MA 2605,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2610,0 Fm. Jaicós ARENITO
POÇO PROF. (M) UNIDADE ESTRATIGRÁFICA LITOLOGIA1-OGX-16-MA 2624,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2638,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2675,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2708,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2725,2 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2740,0 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2745,0 Fm. Jaicós FOLHELHO1-OGX-16-MA 2748,5 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2764,6 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2800.1 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-16-MA 2806,6 Fm. Jaicós ARENITO
1-OGX-16-MA 2817,0 Fm. JaicósMETASEDIMENT
O
1-OGX-16-MA 2836,0 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O
1-OGX-16-MA 2856,3 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O
1-OGX-16-MA 2860,0 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O
1-OGX-16-MA 2861,5 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2867,0 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2867,5 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2867,9 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2892,0 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 2917,0 Fm. Tianguá DIABÁSIO
1-OGX-16-MA 2927,1 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O
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1-OGX-16-MA 2936,1 Fm. TianguáMETASEDIMENT
O1-OGX-16-MA 2943,1 Fm. Tianguá FOLHELHO1-OGX-16-MA 2955,1 Fm. Tianguá FOLHELHO1-OGX-16-MA 2960.1 Fm. Tianguá ARENITO1-OGX-16-MA 2980.0 Fm. Tianguá FOLHELHO1-OGX-16-MA 3009.1 Fm. Tianguá FOLHELHO1-OGX-16-MA 3025,1 Fm. Tianguá SILTITO1-OGX-16-MA 3032,0 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-16-MA 3040,0 Fm. Tianguá SILTITO1-OGX-16-MA 3045,0 Fm. Ipú ARENITO1-OGX-16-MA 3050,0 Fm. Ipú ARENITO1-OGX-16-MA 3054,0 Fm. Ipú ARENITO1-OGX-16-MA 3145,0 Fm. Ipú ARENITO1-OGX-16-MA 3151,0 Fm. Ipú ARENITO
14.3.3.5 Testes de Formação
O poço 1-OGX-16-MA foi avaliado a partir de dois testes de formação a poço
revestido (TFR-01 e TFR-02). O primeiro foi realizado na Fm. Pedra de Fogo e não
apresentou resultados satisfatórios. O TFR-02 foi realizado no intervalo 1654-1665 m
(prof. medida) da Fm. Cabeças, sendo o mesmo identificado como portador de gás, com
AOF (Absolute Open Flow) em torno de 323.000 Nm³/d, com permeabilidade efetiva ao
gás estimada em 4,8 mD e raio de investigação (RD) de 60 m. A pressão inicial do
reservatório foi estimada em cerca de 175 kgf/cm² @ 1617 m (prof. medida) e a
temperatura registrada foi de cerca de 57ºC, na mesma profundidade.
Os principais resultados dos testes de formação realizados estão
apresentados na Tabela 3.7.
14.3.3.6 Pré-Testes e Testes a Cabo
No poço 1-OGX-16-MA foram realizados, durante as fases de perfilagem, 114
pré-testes, dos quais 57 foram efetivos e 57 foram falhos. Os 57 pré-testes falhos foram
suspensos devido à baixíssima permeabilidade (fechado) ou falta de selo. Foram
realizados 4 testes a cabo, sendo 3 efetivos e 1 um falho.
Os principais resultados dos testes a cabo realizados estão apresentados na
Tabela 3.8. A tabela 3.9 apresenta os dados de pré-teste do poço 1-OGX-16-MA.
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TABELA 3.7 - TESTES DE FORMAÇÃO
POÇOTEST
EDATA ZONA
INTERVAL
O (M) TEMPOS DE
FLUXO/ESTÁTI
CA (MIM)
ºAPICHOKE
(/64´)
PROF.
REG. (M)
RGO
(M³/M³)
PCAB
(KGF/CFM²
)
1-OGX-16-MATFR-
02
11/8/10
14/8/10
FM
CABEÇAS
1654-1665 37 / 101
439 / 883
- 32
1617 - 71,3
QO (M³/D)
IP (M³/D/KGF/CM²)
K
(MD)
PRESSÃO
(KGF/CM²)
PRESSÃO DATUM
(KGF/CM²)
QG (M³/D)RD
(M)TEMPERATURA (ºC)
-AOF 323.600 M³/D
4,8 174,9 A 1617 M -
155.419 60 56,96
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TABELA 3.9 - PRÉ-TESTE - POÇO 1-OGX16-MA
PROFUNDIDADE (COTA) (M)
FORMAÇÃOLITOLOGI
AK
(MD)PRESSÃO (KGF/CM²)
655 PEDRA DE FOGO 578,7 74,63
666 PEDRA DE FOGO3040,
275,72
674 PEDRA DE FOGO 448,4 76,51
684 PEDRA DE FOGO1742,
377,5
694 PEDRA DE FOGO 645,7 78,49723,2 PEDRA DE FOGO 468,5 81,59723,3 PEDRA DE FOGO 494,8 81,62790,5 PIAUI 224,1 89,7794,8 PIAUI 687 90,16822,5 PIAUI 9,6 93,22843 PIAUI 195,7 95,29
860,5 PIAUI 164,7 97,23952,2 PIAUI 306,1 107,99963,2 PIAUI 12,5 109,2971,8 PIAUI 31,9 110,141001 POTI 30 113,41010 POTI 643,4 114,381023 POTI 125,1 115,81
1033,5 POTI 25,7 116,971058,5 POTI 5,1 119,811072 POTI 0,4 122,261087 POTI 34,8 122,961099 POTI 13,8 124,31113 POTI 22,1 125,86
1149,8 POTI 44,8 130,061185,5 POTI 38,05 134,021224,5 POTI 12,1 138,411233,5 POTI 12,4 139,371541 CABEÇAS 0,4 179,16
1542,5 CABEÇAS 4,7 177,11544,5 CABEÇAS 11,8 175,581545,7 CABEÇAS 5,5 175,881551,5 CABEÇAS 13,4 175,761554,3 CABEÇAS 3,3 175,641556 CABEÇAS 5,1 175,63
1557,1 CABEÇAS 3,6 175,591557,4 CABEÇAS 5,5 175,691557,4 CABEÇAS 1,7 175,65
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1564 CABEÇAS 0,3 183,291565,5 CABEÇAS 8,2 177,951566 CABEÇAS 1 177,57
1571,6 CABEÇAS 4,3 177,491574,4 CABEÇAS 32,9 177,71576,5 CABEÇAS 51,2 178,011586,5 CABEÇAS 8,4 179,411590,5 CABEÇAS 12 179,821596,5 CABEÇAS 1,1 181,671602,5 CABEÇAS 50,2 180,811614,5 CABEÇAS 41,2 182,21628 CABEÇAS 0,6 185,651628 CABEÇAS 0,7 186,361628 CABEÇAS 0,2 184,95
1629,5 CABEÇAS 0,8 184,91631,5 CABEÇAS 0,8 184,781632 CABEÇAS 9,5 184,041640 CABEÇAS 52,5 185,04
1663,5 CABEÇAS 0,9 188,081699 CABEÇAS 11,4 191,811733 CABEÇAS 69,2 195,6
1761,8 CABEÇAS 48,6 198,891791,5 CABEÇAS 79,4 202,411791,5 CABEÇAS 32,5 202,391810,3 CABEÇAS 9,3 204,611844,3 CABEÇAS 0,6 228,731884,3 CABEÇAS 0,6 217,722395,5 ITAIM 0,2 272,822405 ITAIM 0,4 283,23
2408,8 ITAIM 0,1 285,852629,2 JAICÓS 0,1 314,322651 JAICÓS 0,3 301,41
2680,5 JAICÓS 0,05 310,412820,5 TIANGUÁ 0,3 322,462934 IPU 0,2 341,732943 IPU 11,2 332,8
2950,8 IPU 27,1 333,742957 IPU 2,1 334,51
14.3.3.7 Perfilagens
A tabela 3.10 apresenta a suíte de perfis corridos no poço 1-OGX-16-MA.
No poço 1-OGX-16-MA foram efetuados, durante a perfilagem convencional a
cabo, os perfis de AIT/DSI/GR/TLD/CNL/MSIP/MRX/USIT/CBL. Além destes, foram realizadas
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perfilagens especiais em intervalos específicos de MDT e MSCT. Todos os perfis foram
realizados pela Schlumberger. Não foram realizadas perfilagens LWD durante a
perfuração.
TABELA 3.10 - PRÉ-TESTE - POÇO 1-OGX16-MA
POÇO PERFILTOPO (M)
BASE (M)
TEMP. NO FUNDO
(°F)DATA
CIA DE PERFILAGEM
OCORRÊNCIAS RELEVANTES
1-OGX-16-MA
(Fase 12 ¼)
AIT/PEX/DSI 761 1649
134 03-06/8/2010 Schlumberger
AIT/PEX/DSI toparam 2 vezes
a 818m sendo necessário
recondicionar o poço
MSCT: cortadas 47 amostras
recuperadas 25
MSCT 767 1575
MDT 771 1349
1-OGX-16-MA
(Fase 8 ½ apoio)
AIT/PEX 1653 2075
15217-
22/08/2010Schlumberger
Tempo perdido de 13:34
horas devido falha na
ferramenta CMR
MDT 1657 2000
CMR 1666 2059
USIT/CBL 450 1650
1-OGX-16-MA
(Fase 8 ½ final)
AIT/PEX/DSI/HNGS 2075 3169
215,620/09/2010-
03/10/2010
Tempo perdido de 23:15h
sendo 8,5h com MDT Dual
Packer e 15h com MSCT.
Devido mal funcionamemto
do MSCT foram feitas 9
descidas para recuperar 85
amostras
MRX 1665 3166
XPT 1680 3044
MSCT 1676 2375
FMI/SONICO 2375 3125
MDT Dual Packer 1672,8 3045,5
14.3.3.7.1 Perfis - Tipo por Reservatório
Os reservatórios arenosos da Formação Cabeças com indícios de ocorrência
de hidrocarbonetos, atravessados pelo poço 1-OGX-16-MA, apresentaram, em estudos
preliminares, porosidades entre 9 e 21%, saturações de HC entre 50 e 90% e uma
espessura porosa (net-pay) de cerca de 78 m (Tabela 3.5 e Figura 3.16), em uma zona
com gross-pay de 93,5m. Dessa forma, considerando-se o contato gás-água a 1748 m (-
1630 m), a Formação Cabeças, nesse pioneiro, apresenta área fechada de 60 km2 e um
volume de gás in situ de cerca de 36 bilhões de m3 (metros cúbicos), ou seja, cerca de
1,27 Tcf (trilhões de pés cúbicos).
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Figura 3.16 - Perfil-tipo da Zona de interesse e características petrofísicas da Fm. Cabeças
14.3.3.8 Análise de Fluidos
No poço 1-OGX-16-MA, foram coletadas amostras de gás em superfície
durante o teste de formação a poço revestido TFR-02, realizado na Fm. Cabeças.
As análises PVT das amostras de gás coletadas durante o teste de formação a
poço revestido citado estão em elaboração. Os resultados das análises de fluido do tipo
flash são apresentados na tabela 3.11.
A partir dos resultados das análises do tipo flash obtidos, foi feita uma
previsão dos envelopes de fases para cada amostra utilizando o simulador de PVT e
propriedades de fluidos PVTsim, de propriedade da empresa CALSEP. Conforme pode ser
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observado na figura 3.17, a amostra de gás do 1-OGX-16-MA é apresentada como sendo
gás seco em condições de reservatório.
Figura 3.17 - Envelope de fases para a amostra de gás coletada em TFR no poço 1-OGX-16-MA (Fm. Cabeças)
TABELA 3.11 - ANÁLISE DO GÁS PRODUZIDO
POÇO ZONAC1 C2 C3 IC4
NC4
IC5 NC5 C5+ N2 CO2
(% Vol.)
1-OGX-16-MAFm.
Cabeças
89,93 5,06 0,870,11
0,18
0,06 0,08 0,113,43
0,18
90,11 4,79 0,770,10
0,46
0,06 0,06 0,083,41
0,16
DENS. RIQUEZA Z PMM PCS PCI
- - - - - -
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0,61 - - - - -
14.3.4 Engenharia de Reservatórios
O modelo geológico descrito no item anterior e a demanda de gás acordada e
requerida para atender a uma central térmica foram os balizadores da estratégia de
desenvolvimento apresentada.
Com base em análises de fluido do tipo flash, obtidas a partir de amostras de
superfície coletadas durante teste de formação a poço revestido, verificou-se que
ocorrerá fluxo dominantemente monofásico (somente fase gás) em condições de
reservatório, suportando a utilização de um modelo de balanço de materiais para as
previsões de produção, elaborado no programa MBAL, de propriedade da empresa
Petroleum Experts.
A princípio, considerando-se a demanda requerida e o potencial de produção
dos poços em cada formação, definiu-se que o campo será drenado através de 11 poços
verticais (10 poços de desenvolvimento mais o poço exploratório 1-OGX-16-MA, que será
aproveitado para a explotação).
No início da fase de desenvolvimento, visando a obtenção de informações de
reservatório, está prevista a perfuração de um poço direcional no Campo de Gavião Azul
(Notificação de Perfuração de Poço, NPP, do prospecto 3-OGX-CALIFÓRNIA-1D-MA). Em
função do seu resultado, este poço poderá ser aproveitado para o desenvolvimento,
substituindo um dos poços verticais previstos para o campo, ou poderá ser realizada a
perfuração e teste de um poço horizontal, a partir deste direcional, na Formação
Cabeças. Em função da produtividade apresentada neste teste, o poço horizontal poderá
ser aproveitado para a produção e, como consequência, o tipo de poço de
desenvolvimento poderá ser revisto, adotando-se poços produtores horizontais em lugar
de verticais.
Os poços produtores serão localizados nas melhores porções do reservatório,
buscando-se as maiores espessuras porosas com gás e/ou as melhores características
permo-porosas, afastados ao máximo do contato gás/água. Procurou-se, com isso,
garantir boa produtividade, permitindo adequação do número necessário de poços para a
drenagem eficiente.
Adicionalmente, está prevista a perfuração, no Campo de Gavião Real, vizinho
ao Campo de Gavião Azul, de um poço vertical para descarte da água produzida, no
aquífero da Formação Poti, em um intervalo isolado do reservatório produtor. Caso a
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injetividade seja inferior à prevista, será necessária a perfuração de um segundo poço
vertical para descarte de água.
14.3.4.1 Mecanismo Primário de Recuperação
Em se tratando apenas de fase gás em condições de reservatório, a
compressibilidade do fluido será o mecanismo dominante e, portanto, o mecanismo
primário de recuperação considerado será o de expansão do gás no reservatório. A
recuperação final por depleção será eficiente, considerando-se que não haverá
precipitação de líquidos no reservatório.
Nos estudos realizados, foi considerada a presença de aquífero de pequeno
volume no reservatório, havendo incertezas quanto à efetividade deste na manutenção
da pressão, que será avaliada ao longo da produção.
14.3.4.2 Manutenção de Pressão do Reservatório
O projeto de desenvolvimento do campo considera como principal mecanismo
de produção a expansão do gás, com leve contribuição do aquífero, não havendo a
previsão de recuperação suplementar.
Dadas as características do gás (comportamento dominantemente monofásico
em condições de reservatório), foi descartada a injeção de água para manutenção de
pressão do reservatório, evitando tanto o trapeamento de gás (em benefício do fator de
recuperação), como também a ocorrência de problemas operacionais futuros.
14.3.4.3 Estudo de Reservatório
14.3.4.3.1 Caracterização do Reservatório
A caracterização geológica do reservatório do campo, apresentada no item
3.3 deste capítulo, contempla mapas de topo, espessura porosa, espessura total, dados
de porosidade, permeabilidade e saturações de água.
Os mapas de topo, espessura total e espessura porosa com gás foram obtidos
a partir dos dados sísmicos disponíveis, ajustados com dados de poço.
Os dados petrográficos e petrofísicos foram obtidos a partir das amostras
laterais de rocha retiradas dos poços e de perfis.
Foram utilizadas análises de perfil para a avaliação da porosidade, da
saturação de água e da razão reservatório com gás/reservatório total (NTG).
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Foram coletadas amostras de gás na superfície, durante o teste de formação a
poço revestido realizado no poço 1-OGX-16-MA (gás do reservatório da Formação
Cabeças). A partir destas amostras, foram feitas análises do tipo flash e as propriedades
PVT do gás foram estimadas através de correlação disponível na literatura (Lee et al,
1966).
As curvas de permeabilidade relativa foram obtidas através de correlação
(Corey), devido à não disponibilidade de testemunhos e, consequentemente, testes
laboratoriais. As saturações iniciais foram estimadas através da interpretação de perfis,
adotando-se como saturação de água irredutível, para este modelo, a saturação mínima
de água obtida acima do contato gás/água (Swi = 25%). Na verdade, como há
expectativa de que o escoamento no reservatório seja predominantemente monofásico
(apenas da fase gasosa), a aproximação utilizada é suficiente para a qualidade das
previsões de produção. As curvas de permeabilidade relativa usadas podem ser
visualizadas na figura 3.18.
Figura 3.18 - Permeabilidade relativa gás-água utilizada no modelo do reservatório da Fm. Cabeças - Campo de Gavião Azul
A seguir, são apresentados os mapas de saturação inicial e de saturação final
do gás para o reservatório produtor Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul. Como pode
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produção, conforme calculado com auxílio do programa MBAL.
MAPA DE SATURAÇÃO INICIAL
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Figura 3.19 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Cabeças, no Campo de Gavião Azul (no nível onde os poços serão completados)
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MAPA DE SATURAÇÃO FINAL
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Figura 3.20 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Cabeças, no Campo de Gavião Azul (no nível onde os poços serão completados)
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14.3.4.3.2 Simulação de Comportamento de Reservatório
Para a simulação do comportamento de reservatório, utilizou-se um modelo
de balanço de materiais (programa MBAL), considerado suficiente para regime
monofásico dominante.
Tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido,
para as previsões de produção do projeto foi considerada uma razão gás-condensado
(RGC) de 280x10-7 m³/m³, apesar de, até o momento, não ter sido identificada produção
de condensado.
As propriedades PVT do gás utilizadas foram obtidas pela correlação de Lee,
conforme já comentado anteriormente.
Para atender a demanda de gás acordada, foram considerados 11 poços
produtores verticais para drenagem do reservatório (10 poços de desenvolvimento mais
o poço exploratório 1-OGX-16-MA, que será aproveitado).
Cabe observar que, no início da fase de desenvolvimento, está planejada,
como contingência, a perfuração de um poço horizontal e um teste na Formação
Cabeças. Em função da produtividade apresentada neste teste, este poço poderá ser
aproveitado para a produção e também, como consequência, o tipo de poço de
desenvolvimento poderá ser revisto, adotando-se poços produtores horizontais em lugar
de verticais.
Os poços verticais no Campo de Gavião Azul serão completados apenas no
reservatório da Formação Cabeças, obedecendo-se o limite mínimo requerido de pressão
de entrada na estação de produção (40 kgf/cm² - 3923 kPa).
Os potenciais de produção iniciais dos poços foram baseados na AOF
(absolute open flow) obtida no teste de formação a poço revestido realizado. Na
Formação Cabeças, a AOF foi calculada em 324 mil Nm³/d de gás, a partir do teste no
poço 1-OGX-16-MA. A vazão total do campo ficou atrelada à demanda de gás de 5,72
milhões Nm³/d, que deverá ser atendida por Gavião Azul em conjunto com Gavião Real,
inferior à capacidade total dos poços destes campos.
O desempenho dos poços previstos neste estudo foi estimado através da
equação empírica de Rawlins e Schellhardt (1936), ajustando-se os coeficientes C & n.
Os dados de pressão utilizados na inicialização do modelo estão descritos na
tabela 3.12, a seguir.
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TABELA 3.12 - DADOS DE PRESSÃO INICIAL NO DATUM
RESERVATÓRIODATUM DE
REFERÊNCIA (M)PRESSÃO(KPA ABS)
PRESSÃO(KGF/CM² ABS)
Gavião Azul – Fm. Cabeças -1565,0 17328,0 176,7
Considerou-se que o primeiro gás ocorrerá em agosto de 2012.
Observe-se que o uso de modelo de balanço de materiais (MBAL) não permite
a consideração de barreiras naturais ao aquífero identificado. Além disso, as curvas de
permeabilidade relativa, obtidas a partir de correlação, favorecem o deslocamento da
água em relação ao gás. Essas duas condicionantes geram uma maior previsão de
produção de água, com início mais precoce do que a realidade do campo indica. Os
futuros dados de produção do campo serão usados para ajustar os futuros modelos de
simulação.
14.3.4.4 Metodologia de Gerenciamento de Reservatórios
Uma vez implantado o projeto e iniciada a operação, as pressões e produções
dos poços serão monitoradas, permitindo uma contínua aferição do modelo de simulação,
que servirá como principal instrumento de análise do comportamento do reservatório.
Sensores de pressão e temperatura serão instalados nas árvores de natal para permitir o
acompanhamento contínuo desses dados, além da monitoração no espaço anular. Se
necessário, serão realizados testes com fechamento (estática) programados. Outros
dados de produção, tais como vazões de gás e líquidos, serão monitorados através de
testes periódicos nos poços, visando um bom gerenciamento dos reservatórios,
prevenção de problemas e planejamento de intervenções.
Caso existam desvios no comportamento observado em relação ao previsto
no projeto, os modelos geológico e de fluxo serão ajustados, considerando novos dados e
informações de forma integrada, visando reproduzir o histórico, tornando mais acurados
os resultados das projeções futuras.
O desenvolvimento do campo foi planejado de modo a otimizar a recuperação
de gás, considerando-se que a produção de gás, a princípio, dependerá da demanda de
uma central térmica. O gerenciamento de reservatório permitirá mitigar possíveis
problemas, através de ações como recompletação, limpeza, estimulação e restauração
dos poços, podendo-se, inclusive, ajustar a drenagem através da perfuração de novos
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poços, caso seja identificado potencial de ganho.
14.4 Reservas
14.4.1 Volumes Originais, Reservas e Produção Acumulada
Os volumes in situ originais e os volumes recuperáveis (recursos gaseíferos e
petrolíferos) descritos na Tabela 4.1 resultam do estudo mais recente do Campo de
Gavião Azul. Os estudos para classificação de reservas, de acordo com o Regulamento
Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural da ANP, encontram-se em andamento,
devendo ser concluídos ao final de 2011, após a aprovação do Plano de Desenvolvimento,
e entregue até 15 de janeiro de 2012, conforme Portaria ANP no 9, de 21.1.2000.
O volume recuperável total de gás para a acumulação (recurso gaseífero),
considerando a demanda de gás prevista para uma central térmica, aponta para valores
da ordem de 11,151 bilhões de Nm³. O volume recuperável total, considerando o
potencial de produção da acumulação até o fim da concessão (em 2038), é de 22,951
bilhões de Nm³.
Embora as análises de fluido do tipo flash, obtidas a partir de amostras de
superfície coletadas durante o teste de formação, indiquem gás seco em condições de
reservatório, por razões de projeto da estação de produção, foi utilizada uma razão gás-
condensado (RGC) de 280x10-7 m³/m³ para a estimativa do volume de condensado
produzido, tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido.
Portanto, este volume estimado de recuperação de condensado (recursos petrolíferos)
precisará ser confirmado durante a implantação do projeto de desenvolvimento e
produção. Não há produção acumulada no campo.
TABELA 4.1 - VOLUMES IN SITU ORIGINAIS E RECUPERÁVEIS (RECURSOS GASEÍFEROS E
PETROLÍFEROS)
CAMPO -
RESERVATÓRI
O
FLUIDO
VOLUMES IN
SITU ORIGINAIS
DE GÁS
(MILHÕES M³)
VOLUMES
RECUPERÁVEIS
DE GÁS –
DEMANDA
(MILHÕES M³)
FR -
DEMANDA
(%)
VOLUMES
RECUPERÁVEIS
DE GÁS –
POTENCIAL
(MILHÕES M³)
FR -
POTENCIAL
(%)
VOLUMES
RECUPERÁV
EIS
DE
CONDENSAD
O -
DEMANDA
(MILHÕES
M³)
VOLUMES
RECUPERÁV
EIS
DE
CONDENSAD
O -
POTENCIAL
(MILHÕES
M³)
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GAVIÃO AZUL
FM. CABEÇASGÁS 36.055,709 11.151,300 30,93 22.951,300 63,66 0,313 0,643
TOTAL GAVIÃO AZUL 36.055,709 11.151,300 30,93 22.951,300 63,66 0,313 0,643
14.5 Previsão de Produção e Movimentação de Fluidos
14.5.1 Previsão de Produção do Campo de Gavião Azul
A previsão de produção apresentada para o Campo de Gavião Azul reflete o
resultado dos estudos de Reservatórios e a demanda de gás acordada para os campos de
Gavião Azul e de Gavião Real, considerando o período contratual, compreendido entre o
início da produção, em agosto de 2012, e o término da demanda de gás, em dezembro
2027.
Cabe observar que o volume recuperável total do Campo de Gavião Azul, que
considera o potencial de produção da acumulação até o fim da concessão (em 2038), é
de 22,951 bilhões de Nm³ e que o perfil de produção do volume recuperável
remanescente (correspondente à diferença de 11,800 bilhões de Nm³) dependerá de
outras demandas futuras, não consideradas nas previsões de produção apresentadas
neste Plano de Desenvolvimento.
Tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido,
para as previsões de produção do projeto foi considerada uma razão gás-condensado
(RGC) de 280x10-7 m³/m³, apesar de, até o momento, não ter sido identificada produção
de condensado.
A Figura 5.1 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais de
gás, condensado e água do campo.
As previsões de produção do campo foram geradas através de balanço de
materiais (MBAL), levando-se em consideração as premissas apresentadas no item 3.4.4.
Não há previsão de manutenção de pressão através da injeção de água ou recuperação
melhorada para o reservatório.
A Figura 5.2 apresenta as produções acumuladas totais de gás e condensado
do campo.
Cabe observar que o uso de modelo de balanço de materiais (MBAL) não
permite a consideração de barreiras naturais ao aquífero identificado. Além disso, as
curvas de permeabilidade relativa, obtidas a partir de correlação, favorecem o
deslocamento da água em relação ao gás. Essas duas condicionantes geram uma
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previsão de produção de água maior e mais precoce do que a realidade do campo indica.
Os modelos futuros serão ajustados usando-se os dados de produção.
Figura 5.1 - Previsão de produção do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)
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Figura 5.2 - Produção Acumulada do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)A Tabela 5.1 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais
de gás, condensado e água do campo e também as produções acumuladas totais de gás
e condensado.
TABELA 5.1 - PREVISÃO DE PRODUÇÃO DO CAMPO DE GAVIÃO AZUL(RESERVATÓRIO DA FM. CABEÇAS)
ANO
PROD. GÁS (MIL
M³/DIA)
PROD. ACUM. GÁS (MILHÕES
M³)
FRAC. REC. GÁS (%)
PROD. CONDENSAD
O (M³/DIA)
PROD. ACUM.
CONDENSADO
(MILHÕES M³)
PROD. ÁGUA
(M³/DIA)
PRESSÃO
(KGF/CM²)
2012 802,04 293,55 0,8 22,51 0,008 20,69 1742013 2239,90 1111,11 3,1 62,88 0,03 104,40 1702014 2171,71 1903,78 5,3 60,96 0,05 130,67 1662015 2065,82 2657,81 7,4 57,99 0,08 142,39 1632016 2237,23 3476,64 9,6 62,80 0,10 170,29 1592017 2204,82 4281,40 11,9 61,89 0,12 182,22 1552018 2139,99 5062,49 14,0 60,07 0,14 189,34 1512019 2074,83 5819,81 16,1 58,24 0,16 194,62 148
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2020 1970,88 6541,15 18,1 55,32 0,18 194,57 1452021 1916,68 7240,74 20,1 53,80 0,20 198,05 1422022 1859,09 7919,30 22,0 52,19 0,22 200,29 1392023 1798,70 8575,83 23,8 50,49 0,24 201,43 1362024 1740,39 9212,81 25,6 48,85 0,26 202,08 1332025 1686,83 9828,50 27,3 47,35 0,28 202,64 1302026 1676,88 10440,60 29,0 47,07 0,29 208,12 1272027 1946,86 11151,20 30,9 54,65 0,31 250,05 124
A Figura 5.3 apresenta a fração recuperada de gás, ao longo do tempo, no
Campo de Gavião Azul.
A Figura 5.4 apresenta a pressão estática média, ao longo do tempo, no
Campo de Gavião Azul (que é a própria pressão estática média no reservatório Fm.
Cabeças).
Figura 5.3 - Fator de Recuperação do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)
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Figura 5.4 - Pressão Estática média do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)14.5.2 Previsão de Produção por Reservatório
14.5.2.1 Previsão de Produção do Reservatório da Fm. Cabeças do
Campo de Gavião Azul
As previsões apresentadas refletem o resultado do estudo de reservatórios,
considerando o período compreendido entre o início da produção, em agosto de 2012, e o
término da demanda de gás do campo, em dezembro 2027.
A Figura 5.5 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais de
gás, condensado e água do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul.
A Figura 5.6 apresenta a fração recuperada de gás, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul.
A Figura 5.7 apresenta a pressão estática média, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul.
A Tabela 5.2 apresenta as médias anuais previstas para as produções de gás,
condensado e água, a fração recuperada de gás e a pressão estática média do
reservatório da Fm. Cabeças do de Campo de Gavião Azul, ao longo do tempo.
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Figura 5.5 - Previsão de produção do reservatório da Fm. Cabeças - Campo de Gavião Azul
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Figura 5.6 - Fração Recuperada do reservatório da Fm. Cabeças - Campo de Gavião Azul
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Figura 5.7 - Pressão Estática do reservatório da Fm. Cabeças - Campo de Gavião AzulTABELA 5.2 - PREVISÃO DE PRODUÇÃO DO RESERVATÓRIO DA FM. CABEÇAS
CAMPO DE GAVIÃO AZUL
ANO
PROD. CONDENSAD
O (M³/DIA)
PROD. GÁS (MIL M³/DIA)
PROD. ÁGUA
(M³/DIA)
PRESSÃO ESTÁTICA (KGF/CM²)
FRAC. REC. GÁS (%)
2012 22,51 802,04 20,69 174 0,82013 62,88 2239,90 104,40 170 3,12014 60,96 2171,71 130,67 166 5,32015 57,99 2065,82 142,39 163 7,42016 62,80 2237,23 170,29 159 9,62017 61,89 2204,82 182,22 155 11,92018 60,07 2139,99 189,34 151 14,02019 58,24 2074,83 194,62 148 16,12020 55,32 1970,88 194,57 145 18,12021 53,80 1916,68 198,05 142 20,12022 52,19 1859,09 200,29 139 22,02023 50,49 1798,70 201,43 136 23,82024 48,85 1740,39 202,08 133 25,62025 47,35 1686,83 202,64 130 27,32026 47,07 1676,88 208,12 127 29,02027 54,65 1946,86 250,05 124 30,9
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14.5.3 Mapas de Saturação
As figuras 5.8 e 5.9 apresentam as saturações médias iniciais e finais de gás,
respectivamente, do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul.
14.5.4 Previsão de Movimentação de Fluidos
O projeto prevê que as bombas de processo, as bombas de descarte da água
em poços e os compressores serão acionados por motores elétricos.
Do total das produções médias diárias dos dois campos, será retirada a vazão
de 15,0 k m3/d de gás combustível para os aquecedores de gás instalados na estação de
produção.
Por tratar-se de produção de campo de gás não associado não está sendo
considerada queima de gás, mesmo em situações de emergência, uma vez que nestes
casos os poços serão automaticamente fechados.
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Figura 5.8 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul (no nível onde os poços serão completados)
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Figura 5.9 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Azul (no nível onde os poços serão completados)
14.6 Poços
14.6.1 Perfuração
No bloco PNT-68 já foram perfurados três poços exploratórios verticais (1-
OGX-16-MA, 1-OGX-22-MA e 1-OGX-34-MA) e um poço de extensão vertical encontra-se
em fase final de perfuração (3-OGX-38-MA).
Também está prevista a perfuração de um poço direcional no Campo de
Gavião Azul (3-OGX-CALIFÓRNIA-1D-MA). Em função do seu resultado, este poço poderá
ser aproveitado para o desenvolvimento, substituindo um dos poços verticais previstos,
ou poderá ser realizada a perfuração de um poço horizontal na Formação Cabeças.
Para o desenvolvimento, de forma a atender a demanda de gás acordada,
foram considerados 11 poços produtores verticais para drenagem dos reservatórios (10
poços de desenvolvimento mais o poço exploratório 1-OGX-16-MA, que será aproveitado
para a explotação).
Os poços verticais do Campo de Gavião Azul serão completados apenas no
reservatório da Formação Cabeças.
Conforme a produtividade do poço horizontal contingente ao resultado do
direcional a ser perfurado, como citado anteriormente, o tipo de poço de
desenvolvimento poderá ser revisto, adotando-se poços produtores horizontais em lugar
de verticais.
A Figura 6.1 apresenta o mapa estrutural de topo com as locações dos poços
de desenvolvimento, incluindo o poço exploratório aproveitado, do Campo de Gavião Azul
(1-OGX-16-MA e locações de desenvolvimento P1 a P10).
A Figura 6.2 apresenta o mapa de isópacas com as locações dos poços de
desenvolvimento (incluindo o poço exploratório aproveitado) no Campo de Gavião Azul
(1-OGX-16-MA e locações de desenvolvimento P1 a P10).
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Figura 6.1 - Mapa estrutural de topo com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)
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Figura 6.2 - Mapa de isópacas com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Azul (reservatório da Fm. Cabeças)
Na Tabela 6.1 (folha anexa) são apresentadas as coordenadas geográficas, no
Datum Sad-69, das locações das cabeças dos poços de desenvolvimento e exploratório
previstos para o Campo de Gavião Azul. Nestas tabelas também constam as coordenadas
geográficas dos topos e bases dos objetivos, como também as profundidades finais de
cada poço e o tipo de poço.
Adicionalmente, está prevista a perfuração de um poço vertical para descarte
da água produzida no Campo de Gavião Real, no aquífero da Formação Poti, em um
intervalo isolado do reservatório produtor.
Na Tabela 6.2 (folha anexa) são apresentadas as coordenadas geográficas, no
Datum Sad-69, do poço de descarte da água produzida previsto para o Campo de Gavião
Real (DESC1).
Os 10 poços a serem perfurados, assim como o Poço 1-OGX-16-MA, serão
todos produtores, verticais e surgentes, não estando previsto nenhum tipo de
equipamento de elevação artificial ao longo da vida do campo.
Os sistemas de cabeça de poço serão de dimensões 13 5/8”, com pressão de
trabalho de 5000 psi.
O projeto de revestimento para os 21 poços situados em ambos os campos,
conforme ilustrado na Figura 6.3, é composto por um revestimento superficial de 13 3/8,”
assentando 30 m dentro da Fm. Motuca, e um revestimento de produção de 9 5/8”,
assentado 80 m abaixo da base do último reservatório.
A metalurgia dos equipamentos na cabeça de poço e revestimentos será
convencional, já que não é esperada presença de H2S ou CO2 nos fluídos produzidos.
A Figura 6.3 mostra o perfil dos poços verticais com as profundidades
estimadas para o assentamento das sapatas dos revestimentos, topos de cimento e tipos
de fluídos de perfuração usados em cada fase.
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POÇO REVESTIMENTO CIMENTO FLUIDO
8.6 ppg PP
15 ppg FG
8.6 a 8.9 ppg PP
?? ppg FG
SUPERFICIEFluído Base Água
Thixotrópico.8.6 - 9.3 ppg
Fluído SintéticoParadrill
9.3 ppg a 10 ppg
COLUNA LITOLÓGICA PROFUNDIDADE (BRT) TEMP
88 °F
104 °F
152 °F
500 m MD/TVD (30 m dentro da Fm. Motuca).
1990 m MD/TVD (Base do Reservatório)
13 5/8" 5M COMPACTA
0 - 1990 m 9 5/8"43.5 lb/ft, P-110 VAM TOP
TOC @ 470 m
0 - 500 m 13 3/8" 61 lb/ft, N-80, DINO VAM
17 1/2"
12 1/4"
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Figura 6.3 - Perfil do poço tipo Vertical14.6.1.1 Aspectos Relevantes sobre a Perfuração
O reservatório do campo é constituído principalmente por rochas
sedimentares intercaladas com soleiras de rocha vulcânica apresentando em toda a
extensão perfurada perfil normal de pressão e temperatura.
Os arenitos superficiais são caracterizados por sua alta permeabilidade e são
responsáveis por induzir perdas parciais de circulação por infiltração, sem comprometer a
integridade do poço.
As soleiras de Diabásio são caracterizadas por sua alta dureza e baixa taxa de
penetração, sendo necessária a utilização de tecnologia de turbina no BHA, assim como
brocas impregnadas de diamante. Nestas rochas, foram observadas fraturas naturais,
onde também se observam perdas parciais de circulação.
Como a exploração neste bloco tem como objetivo a produção de gás, a
perfuração dos arenitos produtores se dá com altas concentrações de gás em superfície.
Para minimizar riscos de descontrole de poço, medidas preventivas e mitigatórias devem
estar presentes nos programas de perfuração.
14.6.2 Completação dos Poços
No Campo de Gavião Azul serão completados 11 poços, todos para produção
de gás (Figura 6.4).
Cada poço será equipado com conjunto de gravel pack para prevenir produção
de areia. Os poços serão revestidos e o revestimento será canhoneado. Um conjunto de
telas será instalado com um packer (sump packer) na parte inferior e outro packer
(packer de gravel pack), com extensão selante (seal bore extension), na parte superior.
Será feito empacotamento de areia no espaço anular entre telas e revestimento, entre os
dois packers.
A seguir, uma cauda intermediária será instalada com uma junta de expansão,
para os períodos de produção, e uma junta de desconexão, para atender as ocasiões em
que se fizer necessária intervenção para manutenção. Além da junta de desconexão, uma
válvula de isolamento da formação pode ser necessária para isolar a formação quando
manobrar a COP. Alternativamente, pode ser instalado na coluna um nipple com perfil
para receber plug ou válvula a ser instalada com operações com arame. Os poços serão
equipados com DHSV, válvula de segurança de subsuperfície, controlada por pressão
hidráulica da superfície.
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A coluna de produção terá 4 1/2” de diâmetro externo, com metalurgia
comum de aço carbono, com roscas premium, com selo metal x metal.
A árvore de natal será do tipo convencional, com diâmetro de passagem de
4”, pressão de trabalho de 5000 psi e metalurgia convencional, já que não há previsão de
produção de H2S ou CO2.
TABELA 6.3 – COMPLETAÇÃO
POÇOCOLUNA DE PRODUÇÃO OU INJEÇÃO
ÁRVORE DE NATAL
DIÂM. (POL.)
METALURGIA
EQUIPAMENTOS TIPO
Todos 4 ½” Aço Carbono
DHSV, Packer, Junta de Extensão, Nipple, Packer, Válvula de Isolamento,
Safety Sub, Tela de 5 ½”, Sump Packer.
Convencional Flangeada.
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Figura 6.4 - Esquema de completação dos poços produtores14.7 Sistema de Coleta da Produção
A abrangência do sistema de coleta do Campo de Gavião Azul vai desde as
conexões das linhas de surgência com as árvores de natal dos poços até conexão de
cada uma das linhas ao manifold de produção incluindo, a ligação deste manifold à
estação de produção do Campo de Gavião Real a ser compartilhada, conforme
esquematizado na Figura 7.1.
14.7.1 Linhas
O sistema de coleta da produção será composto por um manifold, projetado
inicialmente para 15 poços.
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As linhas de surgência que interligam os poços ao manifold de produção
deverão ser enterradas e eventualmente aéreas sobre suportes (pipe ways), quando
comprovadamente justificadas sob o ponto de vista econômico e ambientalmente
aceitas.
A partir do manifold de produção derivam duas linhas: uma para teste e outra
para coleta da produção, alinhada com a estação de produção do Campo de Gavião Real.
Da estação de produção do Campo de Gavião Real, será construída uma linha
de gás para o ponto de entrega para fornecimento de gás a uma central térmica,
localizada próxima a estação, compartilhada para a venda de gás dos dois campos.
14.7.1.1 Características Técnicas das Linhas de Produção e Descarte
de Água
Tanto as linhas de produção quanto as linhas de teste serão rígidas, de aço
carbono, revestidas com proteção contra corrosão e enterradas, conforme mostrado na
Tabela 7.1.
A linha de injeção de água será compartilhada com a do Campo de Gavião
Real, também rígida, de aço carbono, revestida com proteção contra corrosão e
enterrada, utilizando-se também do mesmo poço de injeção do Campo de Gavião Real.
O fluido transportado será gás, condensado e água produzidos dos
reservatórios, após o processo de separação e condicionamentos indicados.
TABELA 7.1 - DADOS FÍSICOS DE PROJETO DO SISTEMA DE ESCOAMENTO
DUTO TIPOVAZÃO
COMPR.
DIÂM.
K M3/DIA
KM POL.
Produção (Manifold Gav. Azul – Est. Produção Gavião Real)
Rígido 2.400 7,5 14
Teste (Manifold Gav. Azul – Est. Produção Gavião Real)
Rígido 420 11,0 8
Linha de descarte de água (*) Rígido 1,10 2,0 10(*) Linha compartilhada com a do Campo de Gavião Real
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Serão utilizadas as técnicas tradicionais de lançamento de dutos através de
abertura de valas com o uso de escavadeiras, enterramento e sinalização de
subsuperfície e de superfície conforme as normas aplicáveis. Os tubos serão soldados
com preparação e procedimentos realizados no campo.
Figura 7.1 - Diagrama esquemático do sistema de escoamentoNa construção dos dutos será feito o levantamento do perfil topográfico do
terreno onde será instalado e a determinação do tipo de material da base mais
adequado, de acordo com os diâmetros, espessuras e curvas e conexões especificados.
O acoplamento e o abaixamento da tubulação na vala serão realizados por
maquinário específico para este tipo de trabalho, utilizando-se a técnica de Side Booms.
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O material a ser utilizado terá como matéria prima os aços típicos para dutos
terrestres classificados como ARBL (Alta resistência e baixa liga) pertencentes ao código
API (American Petroleum Institute), sendo o API 5LX 70.
14.8 Unidades de Produção
O Campo de Gavião Azul compartilhará as facilidades de produção com o
Campo de Gavião Real, situado mais ao sul deste, também no Bloco exploratório PN-T-
68, como pode r visto, esquematicamente, na Figura 8.1 a seguir.
Figura 8.1 - Localização do sistema de produçãoEm uma primeira etapa, duas diferentes áreas farão parte do escopo do
projeto, sendo elas: a do Campo de Gavião Azul e a da estação de produção do Campo de
Gavião Real, próxima ao ponto de entrega do gás.
Para assegurar a produção de gás nos volumes requeridos, os poços deverão
operar com a pressão de 40 kgf/cm2g na cabeça (à jusante da válvula de controle ou
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choke). Esta pressão será suficiente para atender as condições de entrega do gás à
pressão entre 33,40 e 28,12 kgf/cm2g sem unidades de compressão, para suprimento a
uma central térmica.
Com o avanço da produção de gás haverá a redução da pressão na cabeça
dos poços para 15 kgf/cm2g, ocasião em que será necessária, a instalação de um sistema
de compressão para garantir as mesmas condições de entrega.
A destinação da produção dos poços, e todo o processo de separar,
especificar, comprimir (quando necessário) e transferir o gás; separar; estabilizar,
armazenar e transportar o condensado; separar, tratar e descartar a água; testar os
poços e realizar todas as medições fiscais e operacionais de acordo com as exigências do
órgão regulador e as medições exigidas pelo contrato de venda (transferência de
custódia) será realizado na estação de produção do Campo de Gavião Real, com que
compartilhará as instalações.
O gás será transferido para as térmicas após ser filtrado, medido e entregue
ao consumo sem líquidos (condensado e água) ou sólidos, na pressão e temperatura
acordadas contratualmente, utilizando-se também as instalações do Campo de Gavião
Real.
14.8.1 Estações Coletoras Terrestres
a) Localização das estações
A estação de produção será compartilhada com a do Campo de Gavião Real
localizada nas proximidades do ponto de entrega (coordenadas UTM S[m] 9467427 e
E[m] 571536) para a central térmica a, aproximadamente, 7,5 km do Campo de Gavião
Azul.
b) Área para instalação
Não haverá estação coletora própria. Será utilizada, por compartilhamento, a
estação de produção do Campo de Gavião Real.
c) Capacidades de processamento
As capacidades de processamento primário do gás, condicionamento do
condensado e tratamento da água estão apresentadas na Tabela 8.1.
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TABELA 8.1 - CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO TOTAL DOS FLUIDOS
DESCRIÇÃO UNIDADE VALOR
Produção de gás natural k m3/dia 2.400Produção de condensado m3/dia 70
Produção de água m3/dia 250
Toda a produção do Campo de Gavião Azul será processada nas instalações
do Campo de Gavião Real através de compartilhamento das instalações.
d) Capacidade de armazenamento do condensado
O condensado produzido será armazenado nos tanques do Campo de Gavião
Real que possui capacidade suficiente para atender as produções máximas de projeto de
70 m3/dia, a medição fiscal individualizada por campo e para um volume de segurança
que permita a continuidade da produção, em situações excepcionais, sem transferência,
por pelo menos 10 dias.
e) Capacidade de compressão de gás natural
O projeto considera que, num determinado tempo da vida produtiva do
campo, a pressão na cabeça dos poços e de operação da estação de produção será
reduzida de 40kgf/cm2g para 15 kgf/cm2g.
A necessidade futura de compressão para a produção de 2.400 k m3/dia de
gás natural será atendida pelas instalações projetadas para o Campo de Gavião Real que
leva em conta a existência de reserva operacional, para garantir a continuidade da
operação em situações de manutenções corretivas e preventivas, incluindo a unidade de
recuperação de vapores associada ao sistema de estabilização de condensado
14.9 Processamento de Fluidos e Utilidades
Os processos de separação, tratamento, armazenamento e escoamento da
produção serão projetados para atender as produções de gás, condensado e água dos
campos de Gavião Real e de Gavião Azul, que compartilharão estas instalações. Será
projetada uma estação de produção centralizada com capacidade total para processar as
produções indicadas na Tabela 8.1.
14.9.1 Processamento Primário
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A estação de produção será compartilhada com a do Campo de Gavião Real
que será composta por separadores e purificadores para a produção dos poços e
separadores de teste, dedicados para cada área, sistema de tratamento e descarte de
água, estabilização e transferência do condensado, desidratação, compressão do gás de
baixa e filtragem para a entrega do gás.
14.9.1.1 Fluxograma do Processamento Primário
A Figura 9.1 mostra as principais etapas do processo de produção da estação
de produção que será utilizada do Campo de Gavião Real compreendendo as instalações
dos poços, as operações existentes na estação de produção e as instalações do ponto de
entrega.
A Figura 9.2 apresenta o fluxograma simplificado de processo do gás,
condensado e água com a indicação dos principais equipamentos (separadores,
purificadores e tratadores), incluindo o balanço material contendo as vazões, pressões e
temperaturas dos principais fluxos, do Campo de Gavião Real, que leva em conta as
produções do Campo de Gavião Azul.
Figura 9.1 - Etapas do processo de produção
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Figura 9.2 - Fluxograma de processo
14.9.1.2 Unidades de tratamento de gás natural
a) Tipo de Processo Utilizado no Tratamento
O gás separado deverá ser desidratado para alcançar um teor de umidade
máximo de 3,0 lb/milhão de pés cúbicos. A desidratação do gás será através de absorção
por tri-etileno glicol (TEG), com sistema de regeneração do TEG por evaporação da água
e de contaminantes
A Figura 9.3 apresenta o fluxograma da unidade a ser instalada no Campo de
Gavião Real e compartilhada com o Campo de Gavião Azul.
Todo o processo de desidratação será compartilhado com a unidade projetada
para o Campo de Gavião Real.
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b) Fluxograma de Processo da Unidade
Figura 9.3 - Fluxograma típico da unidade de desidratação
c) Balanço de Materiais Simplificado
O sistema de desidratação para atender ao Campo de Gavião Azul fará parte
do projeto do Campo de Gavião Real tendo, entretanto sua instalação condicionada a sua
necessidade, visto que o sistema de aquecimento previsto para a planta garante uma
temperatura do gás com afastamento adequado em relação ao seu ponto de orvalho em
água.
14.9.2 Sistema de Injeção de Fluidos
Não aplicável.
14.9.3 Utilidades
Conforme projeto compartilhado do Campo de Gavião Real.
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14.9.4 Tratamento de Efluentes
14.9.4.1 Características dos Processos de Tratamento de Água
Produzida
Conforme projeto compartilhado do Campo de Gavião Real.
14.9.4.2 Características dos Processos de Tratamento de Borras
Oleosas
Conforme projeto compartilhado do Campo de Gavião Real.
14.9.4.3 Métodos de Descarte e Disposição Final de Efluentes e
Resíduos
A destinação final da água produzida será realizada através de descarte em
reservatórios de subsuperfície utilizando-se os mesmos poços do projeto do Campo de
Gavião Real, destinados a este fim. O projeto da unidade de tratamento e descarte do
Campo de Gavião Real será dimensionado, considerando a produção do Campo de
Gavião Azul que compartilha estas instalações. O sistema de tratamento e descarte de
água está apresentado, também no fluxograma geral da estação (Figura 9.2).
14.9.4.4 Fluxograma do Sistema de Tratamento e Descarte de
Efluentes
A Figura 9.4 apresenta o fluxo do Campo de Gavião Real, indicando que a
água produzida proveniente dos separadores de produção passando através de
coalescedor, pré-filtros e alimentando a torre desaeradora pela parte superior, em contra
corrente com um fluxo gás. A água tratada passa através de filtros finos, sendo em
seguida armazenada e bombeada.
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Figura 9.4 - Fluxograma típico da unidade de tratamento e descarte de água14.9.5 Compartilhamento de Instalações
O projeto de produção do Campo de Gavião Azul compartilha as instalações
projetadas para o Campo de Gavião Real, entretanto, os sistemas de separação da
produção e separação de teste serão individualizados para cada um dos campos
permitindo que as medições fiscais e operacionais sejam individualizadas para cumprir os
requisitos da ANP.
Os sistemas de tancagem, tratamento de água, tocha, compressão,
bombeamento, estabilização de condensado e utilidades serão compartilhados.
A Tabela 9.1 indica a proporcionalidade do compartilhamento do Campo de
Gavião Azul nos três principais sistemas do processamento na estação do Campo de
Gavião Real.
TABELA 9.1 - PROPORCIONALIDADE DO COMPARTILHAMENTO DAS INSTALAÇÕES
DESCRIÇÃOUNIDAD
ETOTA
LGAVIÃO
AZUL%
Separação, compressão, queimador, desidratação k m3/dia 6.000 2.400 40
Estabilização, tancagem, bombeamento de condensado
m3/dia 230 70 30
Tratamento, tancagem e descarte de água m3/dia 1.100 250 23
14.10 Sistema de Escoamento da Produção
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O gás após passar pelo condicionamento na estação de produção será
transferido para uma central térmica, o condensado transportado por carretas e a água
produzida será descartada em poços.
14.10.1 Dados dos Dutos de Escoamento
O gás produzido no Campo de Gavião Azul será transferido da estação de
produção compartilhada, junto com o gás do Campo de Gavião Real, para a área da
central térmica através de uma pequena interligação dada a proximidade entre ambas.
14.10.1.1 Características Técnicas dos Dutos
O escoamento do gás se dará através de uma pequena ligação entre a
estação de produção do Campo de Gavião Real e o ponto de entrega à central térmica,
dada a proximidade das duas unidades. A Tabela 10.1 mostra as principais características
desta ligação que atende a totalidade do gás produzido nos dois campos.
TABELA 10.1 – DUTO DE ESCOAMENTO
DUTO TIPOVAZÃO COMP.
DIÂMETRO
K M3/DIA KM POL.Estação de Produção – Ponto de
entregaRígido 6.000 0,5 14
14.10.1.2 Revestimentos Térmicos
Não haverá nenhum tipo de revestimento especial com a finalidade de
isolamento térmico nas linhas de escoamento.
14.10.1.3 Técnicas de Lançamento dos Dutos
O lançamento do trecho entre a estação e o ponto de entrega será realizado
com a utilização de técnicas tradicionais, através de abertura de valas com o uso de
escavadeiras, enterramento e sinalização de subsuperfície e de superfície conforme as
normas aplicáveis.
O acoplamento e o abaixamento da tubulação na vala serão realizados por
maquinário específico para este tipo de trabalho, utilizando-se a técnica de Side Booms.
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O material a ser utilizado são os aços típicos para dutos terrestres
classificados como ARBL (Alta resistência e baixa liga) pertencentes ao código API
(American Petroleum Institute), sendo o API 5LX 70.
14.10.2 Bombas e Compressores
Conforme projeto compartilhado do Campo de Gavião Real.
14.10.3 Unidades de Armazenamento
O projeto da estação do Campo de Gavião Real prevê a instalação de tanques
para armazenamento do condensado, testes e armazenamento da água produzida do
Campo de Gavião Azul.
14.10.3.1 Informações Sobre Tancagem
Estão previstas as instalações de dois tanques para armazenamento da
produção de condensado originado da produção do Campo de Gavião Azul (produção e
transferência) nas instalações de produção do Campo de Gavião Real, considerando um
estoque de segurança de 10 dias. Adicionalmente será instalado um tanque em separado
para os testes dos poços.
Da mesma forma está prevista a instalação de um tanque com capacidade
para armazenar as produções das duas áreas produtoras por pelo menos 10 dias de
produção.
14.11 Sistema de Medição
Os sistemas de medição de gás natural, condensado e água serão projetados
e instalados estação de produção compartilhada com o Campo de Gavião Real
obedecendo aos requisitos do Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás
Natural da ANP/INMETRO (Portaria Conjunta Nº 1, de 19/06/2000).
Nas estações de produção que compõem o projeto está prevista a instalação
de sistemas de medição em linha ou em tanques conforme descritos a seguir:
Medição fiscal da produção de gás natural e condensado nas
instalações das estações de produção;
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Medição da produção de gás natural e condensado em testes de poços;
Medição para controle operacional que inclui medições de petróleo e
gás natural para consumo como combustível ou para qualquer outra
utilização dentro do campo; ventilado ou queimado em tocha; da água
produzida, injetada, captada ou descartada; do condensado
transferido; do gás natural para processamento; do condensado e gás
natural transportado, estocado, movimentado com transferência de
custódia.
A) Diagrama Esquemático
A Figura 11.1 apresenta um diagrama esquemático das instalações de
produção do Campo de Gavião Azul com as principais correntes de condensado, gás
natural e água, assim como a localização dos pontos de medição fiscal da produção, as
medições compartilhadas e para apropriação e os pontos de medição para controle
operacional e transferência de custódia.
Os procedimentos de medição atenderão, no mínimo, ao Regulamento
Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural da ANP/INMETRO.
As medições realizadas nas condições de pressão e temperatura de operação
serão referenciadas nas condições padrões, de 20 ºC e 1 atm, atendendo aos
requerimentos do órgão regulador.
A periodicidade das medições dos testes dos poços e análise da qualidade dos
produtos atenderá aos requerimentos da ANP.
Os medidores de gás, condensado e água serão calibrados a cada seis meses.
B) Medições Compartilhadas
O Campo de Gavião Azul compartilhará as instalações com as do Campo de
Gavião Real e conseqüentemente as produções serão misturadas antes do ponto de
medição, incorrendo em necessidade de medição fiscal compartilhada dos volumes de
produção dos dois mais campos.
A produção de cada campo será determinada por apropriação, com base na
produção medida em medidores de apropriação ou estimada com base nos testes dos
poços de cada campo e no tempo de produção de cada poço no mês.
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As medições dos separadores de testes dos poços serão medições fiscais para
apropriação e serão utilizadas para determinar os volumes de produção a serem
apropriados a cada.
Os resultados das medições dos testes, tanto dos poços do Campo de Gavião
Azul, quanto das do Campo de Gavião Real serão utilizados para apropriação da
produção. Os testes terão periodicidade mensal, com um intervalo entre testes
sucessivos, não superiores a 42 dias, ou sempre que houver mudanças nas condições de
operação ou quando forem detectadas variações na produção.
Os sistemas de medição compartilhada destes dois campos serão projetados,
construídos e obtida a aprovação da ANP, antes do início da produção.
Figura 11.1 - Diagrama esquemático dos pontos de medição
14.12 Garantia de Escoamento
O Campo de Gavião Azul é de gás não associado, com produção de
condensado. Com o decorrer do tempo espera-se a produção de água, entretanto sem
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previsão de problemas de escoamento. As linhas de produção entre os poços e o
manifold e do manifold até a estação de produção estão dimensionadas considerando as
vazões máximas de condensado e água.
14.12.1 Sistemas de Coleta e Escoamento da Produção
a) Deposição de sólidos orgânicos e inorgânicos
Não há previsão de deposição de sólidos orgânicos, entretanto todas as linhas
de produção estarão equipadas com lançadores e recebedores de pigs escova, entre
outros, para remoção de deposição de qualquer tipo de sólidos que venham a ocorrer,
além da acumulação de líquidos.
Análises laboratoriais de fluido indicam que, apesar da redução da
temperatura na cabeça dos poços, não haverá formação de hidratos durante todo o
processo de escoamento da produção. Mesmo assim está prevista a instalação de pontos
de injeção de inibidores de hidratos nas cabeças dos poços.
b) Corrosão acentuada provocada por componentes específicos dos
fluidos produzidos
De acordo com as análises efetuadas não há presença de compostos de H2S e
o teor de CO2 é consideravelmente baixo (<0,2%), entretanto está prevista a injeção de
inibidor de corrosão na cabeça dos poços e no manifold de produção.
c) Erosão de equipamentos provocada por produção de areia
Para os reservatórios formados por arenitos todos os poços estarão equipados
com sistema de retenção de areia (gravel packing), impedindo a produção de areia e
protegendo toda a coluna de produção, árvore de natal e instalações de superfície.
14.12.2 Medidas para Eliminação ou Mitigação de Ocorrências
Indesejáveis
As seguintes medidas estão previstas para a garantia do escoamento da
produção: passagem de pigs para remoção de líquidos e sólidos depositados; injeção de
inibidores de corrosão na cabeça dos poços; pontos de injeção de inibidores de hidratos
na cabeça dos poços; e Instalação de retentores de areia no fundo dos poços.
14.13 Mapeamento do Sistema de Produção
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A Figura 13.1 mostra o arranjo dos poços, linhas, manifold e as instalações
dos sistemas de produção a ser compartilhada com as do Campo de Gavião Real.
14.13.1 Mapeamento dos Poços
A Figura 13.1 mostra também, de forma simplificada, o mapeamento da
posição das cabeças dos 11 poços do campo, incluindo o poço descobridor 1-OGX-16-MA
e o poço destinado ao descarte da água produzida.
14.13.2 Mapeamento do Sistema de Coleta
A Figura 13.1 mostra esquematicamente o mapeamento do traçado para as
linhas do sistema de surgência dos poços, do manifold, das linhas de produção e de teste
a partir do manifold.
14.13.3 Mapeamento das Unidades de Produção
Está também mapeado o ponto central onde estarão localizadas a estação de
produção e o ponto de entrega do gás na central térmica.
14.13.4 Mapeamento do Sistema de Escoamento da Produção
O escoamento do gás se dará através de uma pequena ligação entre a
estação de produção e o ponto de entrega à central térmica, dada a proximidade das
duas unidades.
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Figura 13.1 - Mapeamento do sistema de produção14.14 Segurança Operacional e Preservação Ambiental
14.14.1 Bases Conceituais para o Gerenciamento das Instalações do
Campo
O Consórcio através do seu operador OGX adota as premissas do PDCA
(planejar, desenvolver, controlar e avaliar) visando uma abordagem sistêmica de forma a
definir nos controles operacionais e práticas seguras para a realização das atividades e
gerenciamento de risco, utilizando ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de
SMS etc. – conforme contemplado no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS”
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da OGX.
Além da aplicação do manual citado acima, antes do inicio das atividades
operacionais, o Consórcio através do seu operador OGX estabelece o “Documento
Ponte” junto com seus parceiros, tendo como principais objetivos:
Identificar as interfaces entre os Sistemas de Gestão de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional;
Compatibilizar os critérios dos Sistemas de Gestão da empresas, solucionando
qualquer conflito entre os requisitos estabelecidos;
Prover um canal de comunicação permanente entre as empresas durante a
realização das atividades em situação normal e de emergência;
Estabelecer objetivos e metas, conjuntos de desempenho em segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional para o período de realização das atividades;
Estabelecer a sistemática de avaliação periódica do desempenho em
Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, definindo ações corretivas quando
necessárias.
14.14.2 Procedimentos e Ações para a Resposta a Emergências
O procedimento do Consórcio através do seu operador OGX define as
atribuições e responsabilidades da Estrutura Organizacional de Resposta – EOR da OGX, a
fim de possibilitar a rápida e eficaz resposta a emergências diante de prováveis cenários
acidentais, os quais extrapolem os limites da instalação operacional - conforme
contemplado no procedimento PG.SMS.008, “Preparação e Resposta a Emergência” da
OGX.
Adicionalmente ao supracitado procedimento, antes do inicio de qualquer
operação, o Consórcio através do seu operador OGX contempla no já mencionado
“Documento Ponte” - estabelecido junto aos seus parceiros operacionais, a definição dos
limites das ações necessárias a serem realizadas em resposta a possíveis emergências.
Desta forma, o Consórcio promove a continuidade de suas ações de resposta a
emergência, dentro e fora de suas instalações operacionais.
14.14.3 Inspeção e Manutenção do Sistema de Produção
O Consórcio através do seu operador OGX adota como premissa a realização
de Estudos de Avaliação de Riscos – EAR para o desenvolvimento de suas atividades –
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conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de Risco”.
Estes estudos balizam a estruturação de programas preventivos (e se necessário,
corretivos e preditivos), de inspeção e manutenção dos sistemas operacionais instalados
para que seja garantida a integridade funcional e estrutural de seus principais
componentes.
O procedimento do Consórcio através do seu operador OGX define a Gestão
de Equipamentos Críticos, a fim de evitar falhas que possam ocasionar incidentes com
conseqüências para o meio ambiente, comprometer a segurança e a saúde da força de
trabalho, causar danos ao patrimônio e a levar descontinuidade operacional –
PG.SMS.007, “Gestão de equipamentos Críticos”.
E ainda, o Consórcio através do seu operador OGX adota controles
operacionais e práticas seguras para a realização das atividades e gerenciamento de
risco, utilizando ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de SMS e etc. –
Conforme contemplado no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS” da OGX.
14.14.4 Bases Conceituais para o Gerenciamento das Instalações do
Campo
Conforme explicitado no item anterior, o planejamento da manutenção e
inspeção dos componentes do sistema de produção, incluindo os seus equipamentos
críticos, serão desenvolvidos e implementados por orientação de estudos de análise de
riscos – conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de
Risco”.
Para os campos terrestres, o Consórcio através do seu operador OGX garante
que os sistemas e subsistemas analisados no Estudo de Avaliação dos Riscos correlatos
contemplarão os principais equipamentos de plantas de processo, utilidades, estocagem
e tratamento de fluídos.
Observa-se que as medidas e programas de prevenção e mitigação dos
cenários acidentais encontrados, relacionados a cada um dos sistemas e subsistemas
estudados, quando consolidados, formarão o plano de gerenciamento de riscos da
operação.
14.14.5 Segurança Operacional em Atividades que incluam o
manuseio de Substâncias Tóxicas
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Para garantir a segurança operacional em atividades que incluam o manuseio
de substâncias tóxicas perigosas, o Consórcio através do seu operador OGX investe no
treinamento e capacitação do seu corpo funcional, na disseminação contínua de valores
intrínsecos à gestão de SMS e na identificação e avaliação dos aspectos e impactos de
suas atividades operacionais.
Para tal, o Consórcio através do seu operador OGX possui procedimentos que
estabelecem:
A sistemática de treinamento e capacitação que abrange o seu corpo
funcional – Conforme PG.GRH.002, “Competência, Treinamento e Conscientização”.
As etapas necessárias para o Gerenciamento de Contratadas, definindo a
forma de exercer a influência nos aspectos de SMS – Conforme PG.SMS.009,
“Gerenciamento de Contratadas”.
As condições necessárias e exigíveis para a identificação de aspectos de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e a avaliação dos impactos associados às atividades,
produtos e serviços da OGX, a fim de determinar aqueles que são significativos, os quais
mereçam receber maior influência por parte da organização – Conforme PG.SMS.003,
“Identificação e Avaliação de Aspecto e Impactos”.
14.14.5.1 Destinação Final de Incrustações Radiotivas
Caso seja encontrada a possibilidade de ocorrência, na fase de
desenvolvimento, de destinação final de incrustações radioativas através da realização
de Estudos de Avaliação de Riscos (conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de
Estudo de Avaliação de Risco” da OGX) – premissa adotada pelo Consórcio através do
seu operador OGX, haverá as proporcionais medidas preventivas e mitigadoras dos riscos
correlacionados.
O Consórcio através do seu operador OGX estabelecerá a metodologia para a
coleta, armazenamento temporário, transporte terrestre e destinação final de todos os
resíduos oriundos das atividades operacionais onshore da OGX – não somente dos
resíduos gerados por possíveis incrustações radioativas, atendendo a todos os padrões e
exigências de possíveis órgãos e instituições reguladores, conforme PO.OG.SMS.006,
“Procedimento de Gerenciamento de Resíduos Onshore”.
14.14.6 Características dos Fluidos de Perfuração a serem Utilizados
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Para as atividades de perfuração no campo está prevista a utilização de
fluidos de perfuração de base aquosa e de base sintética da empresa Mi Swaco conforme
listagem abaixo:
Fluido PARADRIL - Base sintética.
Fluido Catiônico ECOHIB-C (concentrações 9,0 e 9,5 lb/gal)
Fluido PARALAND
Fluido DRILLPEX
Fluido CONVENCIONAL
A seguir nas tabelas 14.1, 14.2, 14.3, 14.4 e 14.5 são apresentadas as
composições e as funções de cada produto constituinte dos fluidos mencionados acima.
TABELA 14.1- COMPOSIÇÃO DO FLUIDO PARADRIL
PARADRIL
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂOCONCENTRAÇÃ
OIB/BBL KG/M³
Água Solvente - 87,64 249,65
Barita Adensante Sulfato de bário (BaSO4) 102,60 292,27
BIO-BASE 360Aditivo de fluido de
perfuraçãoHidrocarbonetos acíclicos 157,17 447,71
Carbonato de cálcio
Agente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 15,02 42,80
Cloreto de cálcio, 90%
Inibidor de folhelho Sal Inorgânico (KCI) 33,70 96,01
ECOTROL F (EMI-770)
Controlador de filtrado
Copolímero de estireno acrilato
1 2,85
ECOTROL RDControlador de
filtradoCopolímero de estireno
acrilato0,5 1,43
HRP (VERSA) Viscosificante Poliamida 0,5 1,43
LIME (CAL) Modificador de pH Base inorgânica (Ca(OH)₂) 7,01 19,97
M-I BR CLAY PLUS
Viscosificante Argila Organofílica 5 14,27
NOVAMULEmulsificante
primárioPreparado a base de amina e
ácido graxo7,01 19,91
NOVAWET II/Plus HumectantePreparado a base de
Imiadazolina e Dietilenotriamina
2 5,71
VG SUPREME Viscosificante Argila Organofílica 1,5 4,28
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TABELA 14.2 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO CATIÔNICO ECOHIB-C
ECOHIB-C (9,0 LB/GAL)
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂOCONCENTRAÇÃ
OIB/BBL KG/M³
Soda Ash Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na2CO3) 0,5 1,44
Ecohib-C (Catiônico)
Inibidor de argila Alquil Quaternário de Amônio 4 11,31
HP AmidoControlador de
filtradoHidroxipropilamido 6 17
M-I Bac 40 Biocida Biocida contendo glutaraldeído 0,5 1,44
Defoam AS SurfactanteProduto composto de silicone e
agentes emulsionantes0,1 0,20
Duotec Viscosificante Goma Xantana 1,5 4,25
Drilkleen II Detergente Tensoativo aniônico 0,3 0,87
Óxido de Magnésio
Controlador de pH Óxido de Magnésio (MgO) 1 2,81
CMC POLYSAFE ADS II
Controlador de pH Carboximetilcelulose 2 5,60
Carbonato de cálcio 2.44
Agente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 5 14,19
ECOHIB-C (9,5 LB/GAL)*
Duotec Viscosificante Goma Xantana 2 5,68
Carbonato de Cálcio 2.44
Agente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 15 42,5
*A única diferença na composição do ECOHIB-C (9,5lb/gal) são os valores das concentrações do Duotec e do Carbonato de cálcio 2.44, os demais compostos são os mesmos do ECOHIB-C (9,0lb/gal) nas mesmas concentrações.
TABELA 14.3 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO PARALAND
PARALAND
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂOCONCENTRAÇÃ
OIB/BBL KG/M³
Carbonato de Cálcio 2.44
Adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 25 70,88
Bio Base 360 Fluido base Mistura de parafinas 197 558,5
Ecomul-WEmulsificante
para fluidoDerivados de ácidos graxos 8 22,69
HRP ViscosificanteÉter monobutílico de Trietileno de glicol, Carbonato de propileno e
poliamida1,5 4,25
Ecosal 60 Aditivo para Mistura de sais inorgânicos e 52 147,44
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fluido de perfuração
nitrogenados
M-I BR Clayplus Viscosificante Argila organofílica e sílica 6 17
M-I BR LiquidtrolControlador de filtrado
Ácido policarboxílico e óleo mineral 3 8,5
M-I BAR @ 4,15 (Barita)
Adensante Sulfato de bário (BaSO4) 60 170,13
LPM IAgente selante
Mistura de material granular e fibroso 5 14,19
LPM IIAgente selante
Mistura de material granular e fibroso 5 14,19
TABELA 14.4 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO DRILPLEX
DRILPLEX
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Soda Ash Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na2CO3) 0,5 1,44
M-I Gel Pro Viscosificante Bentonita 1 2,81
Drilplex HDDModificador reológico
para fluidos HDD
Composto de sódio, composto de magnésio e
composto de alumínio1 2,81
Soda Caustica 96% Modificador de pH Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,5 1,44
FloplexControlador de
filtradoAmido modificado 2 5,68
TABELA 14.5 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO CONVENCIONAL
CONVENCIONAL
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Bentonita ViscosificanteArgila natural para fluido de
perfuração25 70,88
Soda Caustica 96% Modificador de pH Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,5 1,44
14.14.6.1 Fluidos de Contingência
Além dos produtos previstos na composição original dos fluidos de perfuração
apresentados, poderá haver a necessidade de alteração da formulação dos fluidos devido
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a situações extraordinárias possíveis de ocorrer durante a perfuração. Nestes casos, são
adicionados à mistura original dos fluidos, produtos denominados de contingência. Estes
produtos estão relacionados na Tabela 14.6 a seguir.
TABELA 14.6 - LISTAGEM DOS PRODUTOS DE CONTINGÊNCIA
PRODUTO FUNÇÃO DESCRIÇÃO
Ácido Cítrico Modificador de pH Ácido Orgânico
Barrilha leve Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na₂CO₃)
Bicarbonato de sódio Precipitante de cálcio Sal inorgânico (NaHCO₃)
Cal hidratadaModificador de pH / fonte de
cálcioBase inorgânica (Ca(OH)₂)
Carbonato de cálcio Adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃)
C-SealControlador de perdas / Selante
fibrosoGrafite
DEFOAM AS Surfactante Emulsão a base de silicone
DUOVIS (n) Viscosificante Biopolímero
FORM-A-SET Material para perda de circulação Fibras de celulose
FORM-A-SQUEEZETampão para a perda de
circulaçãoFibras de celulose
FORM-A-SET RET Material para perda de circulação Solução de sal orgânico
GELEX Extendedor de bentonitaMistura de poliacrilato /
poliacrilamida
GOMA GUAR Viscosificante Polímero natural
G-SEAL PLUSControlador de perdas / selante
fibrosoGrafite
M-I BR BAC 40 Bactericida Glutaraldeído 40%
M-I BR TRACE Traçador químicoFluoresceína sódica
(C₂₀H1₁₀2NaO5)
Mica Material para perda de circulação Mica
MIX IIMaterial para controle de perda
decirculação
Celulose
NUT PLUGmaterial para controle de perda
de circulaçãoFibra de celulose
Óxido de Zinco Sequestrante de H2S Óxido de Zinco (ZnO)
PIPE LAX ENV Fluido localizadorProduto derivado de ácidos
graxos
RESINEX Estabilizador de folhelhoMistura de Ignita / polímero
causticizada
SUPER SWEEP FIBER Viscosificante Polipropileno
TANNATHIN (n) Dispersante Lignita
VINSEAL (n) Material para controle de perda de
Celulose
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circulação
Durante o processo de perfuração dos poços de desenvolvimento não haverá
descarte do fluido de perfuração, o excedente do mesmo será armazenado em tanques
que poderão ser destinados ao fabricante para reciclagem ou aproveitado em outra
perfuração.
Quanto aos cascalhos impregnados pelo fluido de perfuração, há a
necessidade de coletá-los e peneirá-los para recuperação do fluido e armazenar
seletivamente todo este material, para posterior envio a tratamento e disposição
adequados realizada por empresa especializada.
14.14.7 Áreas das Instalações que Requerem Classificação Especial
A classificação especial destinada a áreas que receberão equipamentos
elétricos, proteção contra incêndio, ou que demandem o estabelecimento de
procedimentos especiais de trabalho, será delineada, acordada e programada dentro das
medidas preventivas e mitigadoras dos riscos contemplados nos Estudos de Avaliação de
Riscos, a serem elaborados para subsidiar o desenvolvimento da produção – conforme o
já mencionado procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de Risco”.
Adicionalmente, no manual de controles operacionais das práticas seguras
para a realização das atividades e gerenciamento de risco da OGX, são utilizadas
ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de SMS, e etc. – conforme contemplado
no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS”.
Cabe, mais uma vez, citar que além da aplicação do Manual de Gestão, antes
do início de suas operações, a OGX estabelece o “Documento Ponte” junto aos seus
parceiros operacionais, definindo as ações e os aspectos que garantam a manutenção da
segurança operacional de suas operações.
14.14.8 Preservação Ambiental
A etapa de planejamento da atividade de perfuração de poços inclui a
inspeção da locação proposta com vista ao levantamento das melhores alternativas de
acessos e de instalação da base de forma a minimizar/evitar a supressão vegetal de
áreas florestadas e da movimentação de terra nas atividades de terraplanagem. Desta
maneira, ao longo da atividade exploratória poços foram realocados para evitar a
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supressão vegetal.
Para a instalação da estação de tratamento de gás, das bases dos poços
produtores e do lançamento dos dutos a mesma metodologia será aplicada como meio de
minimização do desmatamento. Uma medida a ser adotada, especialmente a locação da
estação de tratamento, será realizar a instalação da mesma na área da Usina
Termoelétrica da MPX Energia, a qual já atende a legislação quanto a supressão vegetal e
ao estabelecimento da respectiva reserva legal a ser preservada.
Na fase de diagnóstico ambiental do bloco PN-T-68, foi realizado um
mapeamento de solos e as respectivas classes de erodibilidade das terras. De uma
maneira geral, a região apresenta suscetibilidade à erosão moderada a fraca, estando à
classe forte presente somente em menos de 2% do total da área mapeada, normalmente
relacionada às áreas de borda de tabuleiros e colinas. Há que se considerar a classe de
erodibilidade intermediária moderada/forte que representa quase que 30% do total,
estando incluídas as classes dos Luvissolos com argilas mais ativas a até expansivas e os
Argissolos com elevado gradiente textural que podem, dependendo do relevo, assumir
uma forte suscetibilidade à erosão.
Conforme exposto acima, a escolha das locações dos poços inclui uma
investigação prévia de forma a propiciar que as bases sejam construídas aproveitando-se
áreas planas nas locações ou aterrando pequenos trechos de forma a manter a superfície
mais plana e estável. Algumas providências, como a impermeabilização, são necessárias
para que se evitem processos erosivos derivados do escoamento pluvial superficial,
assim como a compactação e inclinação adequada como prevenção de
desmoronamentos nas bordas da base (talude) devido à perda de estabilidade do
terreno.
A adoção de medidas físicas utilizadas para evitar o desenvolvimento de
processos erosivos como as informadas acima, bem como a construção de canais para a
drenagem de água acumulada, são formas de prevenção e controle do impacto ambiental
decorrentes da instalação das bases dos poços a serem perfurados.
14.14.9 Sistemas de Contenção de Derramamentos
O Consórcio através do seu operador OGX, durante a atividade de
perfuração, utilizará um método integrado para a remoção de sólidos do fluido de
perfuração que é projetado para usar o conceito de “Locação Seca”. Este conceito busca
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atender as exigências dos regulamentos ambientais que restringem ou impossibilitam o
descarte de líquiidos e sólidos sem tratamento na locação.
A Figura 14.1 demonstra como será o sistema de controle de sólidos a ser
utilizado na atividade de perfuração no campo.
Figura 14.1 - Esquema do sistema de controle de sólidos. Fonte: Adaptado de Mi Swaco
Durante a perfuração são verificados os maiores riscos de acidentes
ambientais, sendo o mais importante a possibilidade de ocorrer produção descontrolada
(blowout) de fluidos das formações geológicas atravessadas pela coluna de perfuração.
PeneirasPeneiras
RoscaRosca
Centrífuga Vertical
Centrífuga Vertical
Centrífuga HorizontalCentrífuga Horizontal
Sistema de VácuoSistema de Vácuo
Todo o fluido recuperado retorna ao poço
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Estes acidentes, embora relativamente freqüentes no início da história da prospecção de
petróleo, são atualmente considerados raros, em virtude dos procedimentos de controle
de poço atualmente empregados e da instalação de válvulas de segurança que permitem
fechar o poço em caso de descontroles que possam ocasionar vazamentos.
Durante as atividades de perfuração, também se acumulam resíduos líquidos
gerados pela limpeza de equipamentos, por perdas eventuais de fluidos de perfuração
durante as operações, chuvas que caem no perímetro da locação da sonda e alguns
resíduos oleosos provenientes da manutenção de motores e bombas. Esses resíduos
também deverão ser coletados, armazenados, identificados e tratados e/ou destinados da
mesma forma que os cascalhos.
Algumas medidas de prevenção e controle de impactos potenciais causados
por vazamentos foram definidas para a fase de perfuração. São elas:
Proteger a base do poço contra derrames acidentais de óleos e graxas;
Instalar mureta de proteção em torno do poço para prevenir vazamentos;
Dispor materiais de combate a derrames em pontos de contenção distribuídos
pela área da base.
Por tratar-se de uma acumulação de gás natural, detectores de gás serão
instalados junto a unidade de tratamento de gás natural como forma de monitorar
continuamente qualquer vazamento que possa ocorrer e propiciar o acionamento do
plano de contingência. Quanto às linhas de escoamento, planos de inspeção periódica,
assim como os dispositivos de controle de pressão garantirão a identificação e
conseqüente combate a vazamentos.
14.14.10 Populações Locais, Conservação dos Recursos Naturais e
Prevenção de Danos aos Ecossistemas Sensíveis
Na área de influência da instalação do sistema de produção e escoamento de
gás natural no campo não foi identificada a existência de qualquer unidade de
conservação (UC) e de áreas de preservação permanente, logo ecossistemas sensíveis
não foram mapeados. Destaca-se que a região em questão é antropizada, com a prática
de agricultura, silvicultura e pecuária.
A movimentação de trabalhadores e máquinas irá alterar as condições de vida
da população que vive nas áreas imediatamente vizinhas aos poços de desenvolvimento
a ao traçado dos dutos. Como forma de minimizar riscos sociais serão implementados os
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Programas de Comunicação Social e Treinamento Ambiental dos Trabalhadores.
Na há presença de reservas indígenas na área de influencia do
empreendimento e em toda a extensão do campo.
Completada cada fase de perfuração do poço, o mesmo será revestido e
cimentado, de modo que os aqüíferos sejam preservados e não haja contaminação das
formações perfuradas, seja pelo fluído usado em cada fase da perfuração ou por
comunicação entre aqüíferos.
14.15 Desativação do Campo
As premissas a serem adotadas nas atividades de descomissionamento do
campo e das instalações baseiam-se em princípios que prevêem:
A redução e/ou mitigação dos efeitos potenciais de dano ao meio ambiente;
A recuperação das áreas degradadas;
A reutilização e/ou reversão das instalações e/ou equipamentos em um
processo industrial ou outro qualquer;
A reciclagem e disposição final dos materiais.
Por ocasião do encerramento antecipado do Contrato de Concessão –
Terminação Antecipada, ou da conclusão da Fase de Produção, em situação de devolução
parcial ou total da área de concessão, será elaborado um Plano de Desativação das
Instalações, o qual guardará estrita coerência com a última versão vigente do Plano de
Desenvolvimento – PD e com o Programa Anual de Trabalho e Orçamento – PAT vigente
da Concessão.
Este Plano de Desativação das Instalações seguirá a regulamentação prevista
na Resolução ANP Nº 27, de 18.10.2006 – DOU 19.10.2006, e conterá orientações aos
responsáveis pelas ações, procedimentos, atividades e movimentações a serem
executadas, bem como um Programa de Desativação das Instalações, que será
submetido à análise e aprovação dos órgãos regulamentadores.
Este Programa de Desativação das Instalações conterá as seguintes
informações:
Localização geográfica da área de concessão na bacia sedimentar,
municípios e estados envolvidos;
Relação das instalações a serem desativadas;
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Relação das instalações a serem reutilizadas e/ou revertidas e/ou
recicladas;
Disposição final dos materiais;
Descritivo das ações redução e/ou mitigação dos efeitos potenciais de
dano ao meio ambiente;
Descritivo da recuperação das áreas degradadas.
As instalações de produção retiradas definitivamente de operação terão sua
desativação e/ou destinação final executadas conforme o Plano de Desativação das
Instalações e o Programa de Desativação das Instalações, compreendendo a desativação
e/ou destinação de:
Poços produtores;
Poços de descarte;
Instalações terrestres (tubulações, linhas e dutos de escoamento da
produção);
Instalações terrestres (equipamentos e tubulações das estações
coletoras, de descarte, de compressão, de bombeamento e de
tratamento, edificações, vias de acesso, instalações elétricas e
telefônicas, diques e outras intervenções de superfície).
Os registros de todas as ações, procedimentos, atividades e movimentações a
serem executadas do processo de desativação e/ou destinação, serão mantidos em
arquivos disponíveis à auditoria dos órgãos reguladores a qualquer momento, ao seu
critério.
Ao final das ações de desativação das instalações, em todo ou parte, será
emitido um Relatório de Verificação Final das atividades, através de contratação de
empresa especializada, contendo a auditoria realizada por esta terceira parte nas ações,
procedimentos, atividades e movimentações concluídas, bem como parecer final, o qual
também ficará em arquivos disponíveis à auditoria dos órgãos reguladores a qualquer
momento, ao seu critério.
Todos os procedimentos de recuperação de áreas descritos aplicam-se as
áreas ocupadas por servidão ou aquelas de propriedade do concessionário.
Não se aplicam tais procedimentos para os bens considerados como
reversíveis de acordo com a legislação e contrato de concessão.
Durante a fase de execução das ações, procedimentos, atividades e
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movimentações de desativação e/ou descomissionamento, será contratada uma empresa
com especialização neste tipo de atividade que acompanhará, verificará e documentará
estas ações, procedimentos, atividades e movimentações e emitirá ao final um parecer
final sobre o processo.
14.15.1 O Abandono de Poços de Produção
A Figura 15.1 ilustra um esquemático de poço produtor incluindo o sistema de
Cabeça de Poço.
Revestimento deSuperfície de 13 3/8”.
Revestimento deProdução de 9 5/8”.
Coluna de Produçãode 4 ½”
Tela de 5 ½”
Intervalo deProdução
Ante-PoçoCabeça de Poço13 5/8” 5000M
Figura 15.1 - Poço Produtor Tipo
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O abandono dos poços será feito de acordo as seguintes etapas:
a. Substituir, por circulação, os hidrocarbonetos existente no poço através
das facilidades do sistema de produção;
b. Instalar e testar os equipamentos de segurança da sonda que vai operar
no poço;
c. Retirar a coluna de produção do poço;
d. Isolar zona de produção com utilização de tampões mecânicos e de
cimento de acordo com as determinações da Portaria ANP nº 25, de
06.03.2002 - DOU 07.03.2002;
e. Realizar tampão de cimento de superfície;
f. Retirar Árvore de Natal e Cabeça de Poço e cimentar todo o interior do
ante-poço.
A Figura 15.2, a seguir, exemplifica um poço abandonado definitivamente.
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Revestimento deSuperfície de 13 3/8”.
Revestimento deProdução de 9 5/8”.
Tela de 5 ½”
Intervalo deProdução
Ante-Poço
Figura 15.2 - Poço Produtor Abandonado
14.15.2 Remoção das Linhas e Equipamentos.
As linhas de surgência dos poços, a linha de produção e teste e a linha de
entrega serão lavadas com água para deslocamento do gás, condensado e água,
remanescentes, utilizando pigs raspadores com o recolhimento do condensado na caixa
API e tanque e o gás alinhado para o queimador.
Após a lavagem, as linhas serão desconectadas dos equipamentos de
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superfície como válvulas, lançadores, recebedores e etc. os quais serão armazenados
adequadamente e reaproveitados.
Após a inertização as linhas serão desenterradas, cortadas e transportadas
para venda como sucata ou outros usos com as devidas restrições.
Desde que justificados economicamente e previamente autorizado pelos
órgãos ambientais os dutos enterrados serão preenchidos com água, selados e
devidamente deixados no local.
14.15.3 Desativação das Unidades de Produção
Todos os vasos, equipamentos e linhas de conexões da estação de produção e
os manifolds de produção serão drenados para a caixa API ou tanques. Em seguida serão
lavadas com água alinhadas para caixa API ou tanques e o gás direcionado para o
queimador.
Os vasos, equipamentos e linhas de conexões serão acondicionados e
armazenados em local adequado, até a sua destinação para re-aproveitamento em
outros projetos e/ou disposição final. Os equipamentos e linhas inservíveis serão
destinados a sucata ou outros usos com as devidas restrições e os resíduos transportados
para aterros devidamente autorizados pelos órgãos ambientais.
As estruturas em alvenaria, como escritórios, dormitórios, galpões etc., serão
vendidos, doados ou destruídos e os entulhos transportados para destinação final em
locais autorizados pelos órgãos ambientais.
14.15.4 Reabilitação da Área da Unidade
As valas abertas serão tamponadas e o terreno recuperado, segundo as
melhores práticas utilizadas em áreas degradadas, buscando recompor o ecossistema
previamente existente ou de acordo com o uso atual das terras adjacentes (áreas de
plantios).
As vias de acesso, avaliadas pelos órgãos ambientais e governamentais como
sem finalidades, serão recuperadas segundo as melhores práticas utilizadas em áreas
degradadas, buscando recompor o ecossistema previamente existente ou de acordo com
o uso atual das terras adjacentes (áreas de plantios).
14.15.5 Reabilitação das Áreas de Locação de Poços
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As áreas dos poços terão todos os equipamentos de superfície removidos, as
bases de concreto retiradas, os entulhos transportados para destinação final e o terreno
recuperado, segundo as melhores práticas utilizadas em áreas degradadas, buscando
recompor o ecossistema previamente existente ou de acordo com o uso atual das terras
adjacentes (áreas de plantios).
14.15.6 Provisão de Fundos para a Desativação do Campo
Os custos estimados para o abandono das instalações e área dos poços, linhas
de surgência, manifolds, dutos, estações coletoras, dutos de escoamento e ponto de
entrega dos campos em questão, serão determinados em função do tipo e da quantidade
de operações necessárias. As provisões destes custos são constituídas mensalmente com
base numa taxa proporcional ao quociente da produção realizada no mês pela reserva
remanescente em cada uma das concessões. Desse modo, quando houver a extinção das
reservas de hidrocarbonetos, o saldo provisionado será utilizado para o abandono total do
campo, fazendo ajuste do valor, quando necessário. Da mesma forma, quando ocorrer
abandono de algum poço durante a Fase de Produção, será utilizado este mesmo
procedimento.
Mensalmente, o saldo provisionado será atualizado em função da variação
cambial e das novas curvas de produção/reservas. A revisão das estimativas para o
abandono será efetuada anualmente.
14.16 Cronograma das Atividades
O cronograma de atividades para o desenvolvimento dos reservatórios de gás
natural dos campos de Gavião Azul e de Gavião Real é apresentado na Figura 16.1. O
cronograma é único, uma vez que o desenvolvimento de ambos os campos se dará de
forma conjunta, compartilhando os recursos tais como sondas, empresas prestadoras de
serviços, equipamentos etc.
Alguns poços exploratórios de avaliação e aquisição de dados já perfurados ou
previstos poderão ser reaproveitados para o desenvolvimento da produção. Neste caso,
proceder-se-ia a reentrada e completação destes poços, equipando-os para produção.
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Figura 16.1 - Cronograma de Atividades
15.1 Campo de Gavião Real
O Plano de Desenvolvimento apresentado contempla o Campo de Gavião Real,
localizado no interior do Estado do Maranhão, a cerca de 250 km ao sul da cidade de São
Luis, capital do Estado.
Foi descoberto no bloco PN-T-68, na Bacia do Parnaíba, sob o contrato de
concessão BT-PN-8, no. 48610.001418/2008-48, de 12 de março de 2008 (9ª Rodada).
As empresas concessionárias neste contrato são 1) a OGX Maranhão Petróleo
e Gás Ltda. (operadora), sociedade formada entre OGX S.A. (66,67%) e MPX Energia S.A.
(33,33%), com 70% de participação, e 2) a Petra Energia S.A., que detém os 30%
restantes.
O Campo de Gavião Real foi descoberto com a perfuração do poço 1-OGX-22-
MA (Prospecto Fazenda São José), iniciada em setembro de 2010, onde o principal
intervalo portador de hidrocarboneto gasoso ocorreu nos arenitos da Formação Poti, de
idade eo-carbonífera. Além desse intervalo, foi detectada outra zona portadora de gás,
em arenitos da Formação Cabeças, de idade devoniana.
O volume original in situ do Campo é de 76.718 milhões de m³ de gás e os
volumes recuperáveis, considerando o potencial dos reservatórios, são estimados em
49.248 milhões de m³ de gás e 1,379 milhões de m³ de condensado.
No entanto, considerando apenas a demanda de uma central térmica que será
instalada na região, são estimados volumes recuperáveis de 31.109 milhões de m³ de gás
e 0,873 milhões de m³ de condensado.
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A Tabela 1.1 a seguir resume algumas informações gerais sobre este campo:
TABELA 1.1 - INFORMAÇÕES GERAIS DO CAMPO
Nome do Campo Gavião RealSigla do Campo GVR
Bacia Sedimentar ParnaíbaEstado Maranhão
Rodada (BID) 9ªOperador do Bloco OGX Maranhão
Picos de Produçãodo Campo
Gás (mil m3/d) - 2028 5.719Cond (m3/d) - 2028 161Água (m3/d) - 2032 805
A concepção para o desenvolvimento do Campo de Gavião Real compreende a
produção de gás através de 12 poços produtores verticais, incluindo o aproveitamento do
poço exploratório 1-OGX-22-MA.
O Campo de Gavião Real irá compartilhar com o Campo de Gavião Azul,
também sob concessão do mesmo consórcio e localizado ao lado do Campo de Gavião
Real, no Bloco PN-T-68, parte das facilidades de produção. O Campo de Gavião Azul foi
descoberto com a perfuração do poço exploratório 1-OGX-16-MA.
No Campo de Gavião Real, o sistema de coleta da produção será composto
por um manifold, projetado para reunir os poços produtores. Deste manifold derivam
duas linhas: uma para teste dos poços e outra para a coleta da produção dos mesmos,
alinhada com a estação de produção do campo, que será compartilhada com o Campo de
Gavião Azul. Desta estação de produção, será construída uma linha de gás para escoar a
produção dos dois campos para o ponto de entrega a uma central termelétrica, localizada
próxima a estação.
Os poços deverão operar com a pressão compatível com as condições de
entrega a uma central termelétrica.
Os processos de separação, tratamento, armazenamento e escoamento da
produção do Campo de Gavião Real serão realizados na estação de produção do campo,
compartilhada com o Campo de Gavião Azul, com capacidade para processar
6.000 k m3/d de gás natural, 230 m3/dia de condensado e 1.100 m3/dia de água.
O processo de tratamento é simplificado dado ao alto grau API; a baixa
viscosidade da mistura e o aquecimento do fluido na entrada dos separadores. Este
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tratamento prevê a remoção de sedimentos e especifica o teor de condensado requerido
para garantir uma efetiva injetividade no descarte por injeção em poços.
O gás transferido para as termelétricas deverá ser filtrado, medido e entregue
ao consumo sem líquidos (condensado e água) e sólidos, na pressão e temperatura
acordadas contratualmente. O condensado transportado por carretas.
O Campo de Gavião Real é um campo de gás não associado, com previsão de
produção de condensado. Com o decorrer do tempo espera-se uma produção de água,
entretanto sem previsão de problemas de escoamento. As linhas de produção entre os
poços e o manifold de coleta e do manifold até a estação de produção estão
dimensionadas considerando as vazões máximas de condensado e água.
Todas as instalações comuns, compartilhadas com o Campo de Gavião Azul,
estão alocadas no Campo de Gavião Real.
Os investimentos foram estimados considerando o uso compartilhado da
estação de produção e tratamento de gás e do sistema de coleta e escoamento. Como
critério de rateio dos valores foi utilizado o valor percentual da proporção de cada campo
em relação ao volume total recuperável de gás dos dois campos. O percentual adotado
foi de 74% para o Campo de Gavião Real e 26% para o Campo de Gavião Azul.
No Campo de Gavião Real foram considerados como investimentos a
perfuração de 11 poços e completação de 12 poços; a recompletação de 9 poços; o
projeto, aquisição, construção e montagem dos sistemas de coleta, escoamento e da
estação de tratamento de gás. Adicionalmente foi considerada a perfuração de um poço
de descarte de água no ano de 2011.
Os investimentos totais no Campo de Gavião Real somam aproximadamente
US$ 264 milhões.
O estudo de viabilidade econômica do campo apresentou Valor Presente
Líquido (VPL) positivo, de US$ 398 milhões, e Taxa Interna de Retorno (TIR) superior à
taxa mínima de atratividade (TMA) de 31%. A data base considerada para o estudo foi
abril de 2011.
O tempo de retorno dos investimentos será de aproximadamente cinco anos.
Para execução do projeto estima-se que serão gerados 100 empregos.
15.2 Localização do Campo
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O Campo de Gavião Real, apresentado neste Plano de Desenvolvimento, está
inserido no bloco exploratório PN-T-68, localizado no interior do Estado do Maranhão, a
250 km ao Sul da cidade de São Luis, capital do Estado (Figura 2.1), possuindo cotas
altimétricas entre 40 e 120 m.
A Figura 2.2 apresenta a área requerida para o desenvolvimento do campo,
que engloba as estruturas mapeadas e os aqüíferos, considerando os possíveis contatos
gás/água definidos.
A Tabela 2.1 apresenta as coordenadas geográficas do ring fence definido
para o campo e a Figura 2.3 o desenho do mesmo, totalizando 375,01 km2 de área plana,
correspondente a 369,79 km2 de área corrigida.
TABELA 2.1 - COORDENADAS DO RING FENCE DO CAMPO DE GAVIÃO REAL
VÉRTICE POLÍGONODATUM SAD 69
LATITUDE LONGITUDE1 Gavião Real 4° 43' 35.625" S 44° 21' 33.750" W2 Gavião Real 4° 45' 28.125" S 44° 21' 33.750" W3 Gavião Real 4° 45' 28.125" S 44° 20' 46.875" W4 Gavião Real 4° 47' 1.875" S 44° 20' 46.875" W5 Gavião Real 4° 47' 1.875" S 44° 18' 54.375" W6 Gavião Real 4° 47' 39.375" S 44° 18' 54.375" W7 Gavião Real 4° 47' 39.375" S 44° 16' 33.750" W8 Gavião Real 4° 55' 37.500" S 44° 16' 33.750" W9 Gavião Real 4° 55' 37.500" S 44° 27' 1.875" W
10 Gavião Real 4° 43' 35.625" S 44° 27' 1.875" W11 Gavião Real 4° 43' 35.625" S 44° 21' 33.750" W
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Figura 2.1 - Mapa de localização do Bloco PN-T-68, com o ring fence do Campo de Gavião Real
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Figura 2.2 - Área de desenvolvimento do Campo de Gavião Real, contendo o mapa estrutural em tempo do topo do reservatório Poti
Figura 2.3 - Ring fence do Campo de Gavião Real
15.3 Geologia e Reservatórios
15.3.1 Histórico da Exploração
A Bacia do Parnaíba está localizada na porção norte-ocidental da Região
Nordeste do Brasil; abrange área de cerca de 600.000 km2 e engloba grandes porções
dos estados do Maranhão e do Piauí, partes dos estados do Pará e do Tocantins e
pequenas porções nos estados do Ceará e da Bahia (Figura 3.1).
Limita-se ao Norte pelo Arco Ferrer - Urbano Santos, que a separa das bacias
de São Luis e de Barreirinhas, ao Sul pelo Arco de São Francisco, que a separa da bacia
homônima, a Oeste pelo Arco do Tocantins, que a separa do Cráton Amazônico e da Bacia
do Marajó, e a Leste pelo Lineamento Transbrasiliano, que a separa da Província do
Borborema, do Nordeste Brasileiro (Figura 3.1).
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A Bacia do Parnaíba apresenta seu arcabouço tectono-estratigráfico
constituído por cinco megassequências:
megassequência rifte, proterozóico-ordoviciana continental,
caracterizada por siliciclásticos grossos e rochas vulcanoclásticas;
megassequência siluriana, de sinéclise, caracterizada pela deposição
de siliciclásticos grossos a finos, de ambiente continental a marinho
raso;
megassequência devoniano-eocarbonífera, de sinéclise continental a
marinho raso, onde estão os principais geradores e reservatórios
siliciclásticos da bacia;
megassequência neocarbonífera-permo-triássica, também de sinéclise
continental a marinho-raso, siliciclástica, com o topo representado por
desertificação, com carbonatos, anidritas e silexitos; e
megassequência juro-cretácea, de sinéclise continental a marinho raso,
recoberta por sedimentos depositados durante a fase rifte, associada à
separação do continente Sul-Americano do Africano.
Destaca-se ainda, o grande volume de rochas intrusivas (diabásios) e
extrusivas (basaltos) entremeadas nas diversas seqüencias.
Na área do Campo de Gavião Real, foram perfurados, na fase exploratória,
dois poços com presença de gás, a saber: o poço 1-OGX-22-MA (Prospecto Fazenda São
José), nas formações Poti e Cabeças; e, para delimitação dos reservatórios da Fm. Poti e
Fm. Cabeças foi perfurado o poço 3-OGX-38-MA (Figura 3.2).
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Figura 3.1 - Mapa de Localização da Bacia do Parnaíba
Figura 3.2 - Mapa de Localização dos poços perfurados no Bloco PN-T-68 com destaque para o ring fence do Campo de Gavião Real
O Campo de Gavião Real possui uma área de 369,79 km2 a ser
comercialmente produzida e alvo do Plano de Desenvolvimento apresentado (Tabela 3.1).
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A acumulação de hidrocarboneto (gás), descoberta pelo poço 1-OGX-22-MA
(Campo de Gavião Real), situa-se na megassequência devoniano-eocarbonífera, em
rochas siliciclásticas de idade tournaisiana (Eocarbonífero) da Fm. Poti, representadas por
arenitos permoporosos depositados em ambiente deltaico e flúvio-deltaico e em arenitos
de idade givetiano-frasniana (Neo-Devoniano) da Formação Cabeças, depositados num
contexto geológico de mar baixo, em fácies flúvio-deltáica e glacial.
As tabelas 3.2 e 3.3 apresentam o histórico e as coordenadas geográficas dos
poços com ocorrência de gás no Campo de Gavião Real.
TABELA 3.1 - DADOS GERAIS (DATAS)
CAMPO DE GAVIÃO REALInício contratual do bloco exploratório original 12/03/2008
Descoberta do Campo 23/11/2010Poço Descobridor 1-OGX-22-MA
Declaração de Comercialidade 29/04/2011TABELA 3.2 - HISTÓRICO DOS POÇOS
POÇO ANO PERF. CATEGORIA TIPO SITUAÇÃO ATUAL
1-OGX-22-MA 2010 Exploratório Pioneiro Abandono provisório3-OGX-38-MA 2011 Exploratório Extensão Perfurando
TABELA 3.3 - COORDENADAS DOS POÇOS (GEOGRÁFICA)
POÇOCABEÇA OBJETIVO PROFUNDIDA
DELATITUDE LONGITUDE LATITUDE LONGITUDE
3-OGX-38-MA4° 50’ 20,481”
S44° 24’ 12,987”
W4° 50’ 4,481”
S44° 24’ 12,987”
W1990 m (-1874m)
1-OGX-22-MA 4° 51’ 3.970” S44° 22’ 39.545”
W4° 51’ 3.970”
S44° 22’ 39.545”
W2997 m (-2879m)
15.3.1.1 Levantamentos Geofísicos Executados
No período compreendido de 12 de março de 2008 a março de 2011, foram
levantados, pela Georadar, 300 km2 de sísmica 3D, na parte centro-oeste do bloco PN-T-
68 e adquiridos 752,77 km de dados sísmicos 2D, no interior do bloco (Figura 3.3).
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Figura 3.3 - Mapas dos levantamentos sísmicos no Bloco PN-T-68 com destaque para o ring fence do Campo de Gavião Real
15.3.1.2 Interpretação Geológica e Geofísica
Os dados sísmicos 2D pré-existentes e aqueles adquiridos pela Georadar,
tanto 2D quanto 3D, foram utilizados para o mapeamento dos refletores sísmicos
equivalentes às unidades estratigráficas regionais e às soleiras de diabásio. Os mapas
sísmicos que representam a base das soleiras constituem o topo dos arenitos
reservatórios principais, pois os mesmos estão imediatamente sotopostos às soleiras de
diabásio.
No campo, os reservatórios a serem produzidos são os arenitos da Fm. Poti e
da Fm. Cabeças, identificados nos poços 1-OGX-22-MA e 3-OGX-38-MA.
Para a conversão dos dados sísmicos e mapas de tempo para profundidade foi
criado um modelo de velocidade 3D, que utilizou os seguintes dados: horizontes regionais
interpretados, que representam mudanças litológicas bem definidas e que apresentam
bom contraste de impedância acústica e, conseqüentemente, de velocidade; informações
de velocidade de poços provenientes de perfis; e, marcadores geológicos chaves
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identificados no dado sísmico, que permitiram a obtenção do par tempo-profundidade
para cada marcador, em todos os poços disponíveis, através da realização do
sismograma sintético.
No caso da área em estudo, foram utilizadas as camadas de anidrita, soleiras
de diabásio e o topo do embasamento como limite inferior do modelo. Com este conjunto
de dados, foi criada uma série de camadas, formando o modelo layer-cake de velocidade.
A primeira etapa consistiu no ajuste sísmica-poço que foi realizada através da confecção
do sismograma sintético utilizando os perfis sônico e densidade. A segunda etapa
compreendeu a incorporação dos dados de velocidade RMS (VELAN), utilizados no
processamento sísmico, ao modelo de velocidade após sua conversão, através de
processos matemáticos, em velocidades médias. Os valores de velocidades médias
obtidos dos VELANS costumam ser mais altos que as velocidades médias dos poços e
para a utilização destes dados no modelo 3D de velocidade aplicou-se uma técnica
geoestatística chamada de krigagem com deriva externa (KDE). Na técnica KDE as
velocidades médias sísmicas constituíram a deriva externa (dado soft) e as velocidades
médias dos poços o dado hard que foram honrados no volume de velocidade média final.
De posse do volume 3D de velocidade média foram convertidos para profundidade o
dado sísmico e todos os mapas sísmicos interpretados.
A linha sísmica em profundidade que passa pelo poço 1-OGX- 22-MA (Figura
3.4) mostra a estrutura mapeada. Já nas figuras 3.5 e 3.6, que correspondem
respectivamente a uma seção sísmica arbitrária e uma seção geológica SW – NE, são
identificadas as duas acumulações dos campos de Gavião Azul e de Gavião Real, cujo
Modelo Geológico 3D será apresentado no item 3.2.
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Figura 3.4 - Seção Sísmica em profundidade na estrutura perfurada pelo poço 1-OGX-22-MA
Figura 3.5 - Seção Sísmica em profundidade nos poços 1-OGX-16-MA e 1-OGX-22-MA
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Figura 3.6 - Seção Geológica nos poços 1-OGX-22-MA e 1-OGX-16-MA baseada na linha sísmica arbitrária apresentada na Figura 3,5
15.3.2 Modelo Geológico da Área do Campo
15.3.2.1 Estratigrafia da Área
Os arenitos reservatório de hidrocarboneto (gás) encontram-se nas Formações
Cabeças e Poti (Figura 3.7), ambas na Seqüência Devoniana (Grupo Canindé). A principal
rocha geradora da área pertence à Formação Pimenteiras do Grupo Canindé. São
compostas por folhelhos cinza-escuros a pretos, ricos em matéria orgânica. Em seguida à
Formação Pimenteiras, depositou-se a Formação Cabeças, composta por arenitos finos e
bem selecionados, de ambiente nerítico dominado por marés ou correntes oceânicas,
com eventual influência periglacial (diamictitos). Na sequência, ocorreu novo evento
transgressivo, que marca a sedimentação da bacia, representado pela Formação Longá,
composta por folhelhos, siltitos e arenitos finos, depositados em ambiente nerítico de
plataforma. A seqüência devoniana se encerra e no Carbonífero Inferior ocorre a
deposição da Formação Poti, constituída por arenitos com intercalações de folhelhos e
siltitos, depositados em deltas e planícies de maré.
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No Campo de Gavião Real, foi identificado o intervalo portador de
hidrocarboneto (gás) nos arenitos da porção mediano-basal da Fm. Poti, sotopostos, e
consequentemente selados, por espessa soleira de diabásio. Esse intervalo portador de
gás se situa entre as profundidades de 1508 a 1561 m. Além dele, foi interpretada,
através de avaliação de perfis, outra zona portadora de gás, em arenitos da Fm. Cabeças,
no intervalo de 1758 a 1821m.
15.3.2.2 Geologia Estrutural da Área
No Campo de Gavião Real, a feição estrutural perfurada, mapeada nos dados
sísmicos disponíveis, situa-se ao nível da base da soleira de diabásio (Figuras 3.8 e 3.9)
que, neste pioneiro, encontra-se sobrejacente aos principais reservatórios arenosos da
Formação Poti (Eocarbonífero). Está associada a um “salto” de soleira que normalmente
está alojada nos folhelhos da Fm. Longá, tal como ocorre regionalmente e, como
exemplo, no poço próximo, o 1-OGX-16-MA (Califórnia). Esse “salto” de soleira propiciou
um trapeamento quaquaversal dos arenitos da Fm. Poti entre a soleira e os folhelhos da
unidade subjacente (Figura 3.9). Trata-se, portanto, de uma trapa mista (estrutural-
estratigráfica). Já para os reservatórios arenosos da Fm. Cabeças, a trapa é puramente
estrutural, com fechamento four-way, onde os folhelhos da Fm. Longá selam aqueles
reservatórios portadores de gás (Figura 3.10).
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Figura 3.7 - Carta Estratigráfica da Bacia do Parnaíba
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Figura 3.8 - Mapa Estrutural em tempo da base da soleira de diabásio que corresponde ao topo do reservatório da Fm. Poti no Campo de Gavião Real
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10 km
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Figura 3.9 - Mapa estrutural da base da soleira - topo do reservatório Fm. Poti no Campo de Gavião Real
Figura 3.10 - Mapa Estrutural em profundidade do topo do reservatório - Fm. Cabeças no Campo de Gavião Real
15.3.2.3 Sistema Petrolífero
Geração
Os folhelhos negros da Fm. Pimenteiras são considerados os principais
geradores da Bacia do Parnaíba (Figura 3.11). Essas rochas foram depositadas durante
um evento anóxico ocorrido no Devoniano (Frasniano), durante um período de máxima
10 km
OGX-22
OGX-38
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inundação marinha. São caracterizadas em perfis elétricos pela alta radioatividade, alta
resistividade e baixa densidade.
No Campo de Gavião Real, a Fm. Pimenteiras alcança espessuras da ordem de
360m, sendo que o intervalo potencialmente gerador tem espessura aproximada de 85 m
e apresenta COT de cerca de 2%. A maturação é atribuída em grande parte ao efeito
térmico gerado pelas intrusões do diabásio, uma vez que o soterramento de
aproximadamente 2.000m não seria suficiente para a maturação térmica destes
folhelhos.
São também considerados geradores potenciais os folhelhos da Fm. Tianguá
(Siluriano) e Longá (Devoniano-Fameniano). A Fm. Tianguá apresenta espessura de cerca
de 120 m no Campo de Gavião Real com COT de cerca de 1%. Os dados de reflectância
de vitrinita indicam que essas rochas se encontram termicamente maturas, maturação
essa incrementada por rochas ígneas intrusivas.
Migração
A área dos poços 3-OGX-38-MA e 1-OGX-22-MA situa-se na borda de um alto
regional do embasamento, fato este que a privilegiou como área de focalização de
hidrocarbonetos para todos os reservatórios do pacote sedimentar. A migração foi
facilitada pela ocorrência de falhas decorrentes dos efeitos da orogenia Eoherciniana e
uma fase tectônica tardia representada por falhas de perfil reverso, gerada
provavelmente durante o evento transpressivo do Cretáceo. A eficiência da migração foi
comprovada pela recuperação de gás no teste de formação realizado nos arenitos da Fm.
Poti na área do poço 1-OGX-22-MA, também sotopostos à espessa soleira de diabásio
intrudida nos folhelhos da Fm. Pimenteiras (Figura 3.11). Ainda nesta área também
ocorre zona de gás em arenitos da Fm. Cabeças.
Reservatório
O principal reservatório da Bacia do Parnaíba é representado pelos arenitos
devonianos da Fm. Cabeças. Este reservatório está posicionado em uma situação
bastante favorável, pois foi depositado em contato direto sobre os folhelhos da Fm.
Pimenteiras. Outros reservatórios potenciais são representados por arenitos permianos
da Fm. Pedra de Fogo, arenitos carboníferos da Fm. Poti, arenitos devonianos da Fm.
Itaim e arenitos silurianos na Fm. Ipú. Os reservatórios das unidades mais antigas se
mostraram fechados e os permianos, a despeito de ocorrerem com boas porosidades,
apresentaram-se saturados por água da formação. Na área do poço 1-OGX-22-MA, o
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arenito Cabeças apresentou espessura de cerca de 193 m e porosidades variando de 6%
a 15%. Os arenitos carboníferos da Fm. Poti, que também é um reservatório importante
na Bacia do Parnaíba, apresentaram espessura de cerca de 50 m, net-pay de cerca de 48
m e porosidades de 9% a 27%. Realizou-se, neste intervalo, um teste de formação a poço
aberto, com packer assentado no revestimento, alcançando AOF de 3.300.000 Nm3/d. Os
reservatórios das unidades mais antigas se mostraram fechados e saturados por água de
formação.
Trapeamento
O trapeamento dos reservatórios principais portadores de gás no campo
consiste em uma estrutura quaquaversal (Figura 3.11). Esse trapeamento foi formado por
esforços orogênicos no eocarbonífero. Os falhamentos originados durante esse evento
foram posteriormente reativados como falhas de perfil reverso, durante o evento
transpressivo do Cretáceo.
Selo
No Campo de Gavião Real, os reservatórios areníticos portadores de gás na
porção mediana da Fm. Poti, têm como selo principal a espessa intrusão de diabásio. Para
os reservatórios portadores de gás da Fm. Cabeças, o selo efetivo foram os folhelhos da
Fm. Longá (Figura 3.11).
Sincronismo
Admite-se que as intrusões ígneas de diabásio ocorreram concomitantemente
com evento tectônico que propiciou a formação de trapas estruturais e a geração e
migração de hidrocarbonetos. Tectonismos posteriores remobilizariam hidrocarbonetos já
trapeados e formariam trapas para eventual geração tardia de hidrocarboneto.
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Figura 3.11 - Sistema Petrolífero15.3.3 Modelo Geológico de Reservatório
15.3.3.1 Zoneamento Estratigráfico
As acumulações de gás do Campo de Gavião Real estão intimamente
relacionadas por aspectos estruturais e estratigráficos. A estratigrafia associada a essas
acumulações é composta pelas formações Poti, Longa, Cabeças e Pimenteiras (Figura
3.12). Tais unidades estratigráficas foram intrudidas por uma soleira de diabásio, que no
presente contribui como rocha capeadora dos reservatórios e no passado foi coadjuvante
no processo de geração de hidrocarbonetos, através da irradiação de calor para o interior
da rocha fonte. Em termos estruturais, essa soleira contribuiu também de forma
significativa para a definição das estruturas responsáveis pelas trapas.
Entretanto, o fato de cruzar os estratos dificultou a elaboração do modelo
geológico 3D puramente com base nos princípios da estratigrafia. Assim, a base da
soleira foi considerada como o topo do reservatório Poti (Figura 3.13). Falhas geológicas
foram interpretadas nos dados sísmicos, porém, ainda não foram incluídas no modelo
geológico 3D.
No Campo de Gavião Real, as zonas produtoras são constituídas dos arenitos
das formações Cabeças e Poti, (Tabela 3.4), que estão separados pela espessa camada
de folhelhos da Formação Longa. Como conseqüência, tais reservatórios retêm
acumulações independentes e, devido à magnitude da espessura de arenitos, aliada à
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exigüidade da presença de intercalações argilosas, não se vislumbram barreiras
significativas que dificultem a movimentação vertical de fluidos internamente nesses
reservatórios. Entretanto, no reservatório Cabeças, existe um nível bastante argiloso, rico
em pirita, correlacionável nos poços perfurados, que pode restringir verticalmente o
movimento dos fluidos. Além disso, dificulta também as avaliações do volume poroso e
da saturação de hidrocarbonetos, podendo até mesmo ser uma barreira que justifique um
detalhamento do zoneamento desse reservatório no futuro.
A estrutura ao nível do reservatório Cabeças, na área do Campo de Gavião
Real, está completamente preenchida até o ponto de derramamento, definido a -1703 m
de profundidade (Figura 3.14). Não se descarta, no entanto, a possibilidade da presença
de falha definindo um ponto de derramamento, a qual não foi mapeada devido à
resolução do dado sísmico existente. Os reservatórios são constituídos de arenitos finos,
com cimentação silicosa e porosidades variando de 11 a 17%.
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Figura 3.12 - Seção Estratigráfica pelos poços 1-OGX-16-MA, 2-CP-001-MA e 1-OGX-22-MA
TABELA 3.4 - ZONAS PRODUTORAS
FORMAÇÃO
GRUPO LITOLOGIANOME DO
RESERVATÓRIONOME DA ZONA
PRODUTORA
IDADE DA ZONA
PRODUTORACabeças Canindé Arenitos Cabeças Cabeças Devoniano
Poti Canindé Arenitos Poti Poti Carbonífero
15.3.3.2 Dados Estruturais e de Fluidos
A interpretação Petrofísica foi realizada utilizando-se o software de
interpretação Interactive Petrophysics (IP) da Senergy Co. Foi utilizada para o cálculo de
saturação de água (Sw) a equação de Simandoux, levando-se em consideração os valores
de Resistividade, Densidade e Porosidade para os folhelhos adjacentes aos intervalos
portadores de gás. Para cálculo de porosidade utilizou-se as curvas de Porosidade,
Neutrão e Densidade, aplicando-se a correção de Gaymar para os intervalos portadores
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de hidrocarboneto, onde a separação entre estas curvas, em função da presença de gás,
era proeminente (Tabela 3.5).
TABELA 3.5 - DADOS ESTRUTURAIS E DE FLUIDOS - ZONAS COM GÁS
POÇOS FORMAÇÃO
TOPO (M) BASE (M)ISÓPAC
A
ISÓPAC
A GÁS
(H)
POROSIDA
DE () SW
%
SG
%H M HSG
PROF
.COTA
PROF
.COTA (M) (M) %
3-OGX-38-
MAPOTI
1502,
0
1391,
01663 1552 161,0 43,0 20,0
19,
9
80,
18,60 6,88
1-OGX-22-
MAPOTI
1512,
0
1394,
0
1653,
0
1535,
0141,0 47,58 16,0
21,
0
79,
07,61 6,01
1-OGX-22-
MACABEÇAS
1758,
0
1640,
0
1950,
0
1832,
0192,0 52,31 12,1
41,
5
58,
56,33 3,70
MAPAS ESTRUTURAIS DE TOPO E BASE DOS RESERVATÓRIOS
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Figura 3.13 - Mapa estrutural de topo e base do Reservatório Poti – no Campo de Gavião Real
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Figura 3.14 - Mapa estrutural de topo e base do Reservatório Cabeças – Campo de Gavião Real
15.3.3.2.1 Mapas Volumétricos
O reservatório arenoso da Formação Cabeças, atravessado pelos poços 1-
OGX-22-MA e 3-OGX-38-MA, apresentou, através de análises de perfis, porosidades entre
6 e 15% (média de 12%), saturações de HC entre 50% e 75% (SHC média de 59%) e uma
espessura porosa média de 52 m baseado apenas no poço 1-OGX-22-MA (Figuras 3.15 e
3.17).
Para esta estrutura, considerando-se o contato gás-água a 1821 m (-1703 m),
ter-se-ia uma área fechada de 87 km2 (Figuras 3.14, 3.15 e 3.17) e um volume de gás in
situ de 31,266 bilhões de m3, ou seja, 1,1 Tcf (trilhões de pés cúbicos).
Os reservatórios arenosos da Formação Poti (1512m a 1561m), atravessados
pelos poços 1-OGX-22-MA e 3-OGX-38-MA (Figuras 3.13 e 3.16), com ocorrência de
hidrocarbonetos, apresentaram, em estudos preliminares, porosidades entre 9 e 27%
(média de 18%), saturações de hidrocarboneto entre 70 e 90% (média de 80%) e uma
espessura porosa (net-pay) de cerca de 45 m (Figura 3.16).
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Para esta descoberta da Fm. Poti, considerando o contato gás-água a 1561 m
(-1443 m), ter-se-ia uma área de 54 km2 (Figuras 3.13 e 3.16) e um volume de gás in situ
de cerca de 45,452 bilhões de m3, ou seja, 1,6 Tcf (trilhões de pés cúbicos).
Figura 3.15 - Mapa volumétrico – Isópacas do Reservatório Cabeças no Campo de Gavião Real
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0 2 km
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Figura 3.16 - Mapa volumétrico – Espessura Porosa com gás do Reservatório Poti no Campo de Gavião Real
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Figura 3.17 - Mapa volumétrico – Espessura Porosa com gás do Reservatório Cabeças no Campo de Gavião Real
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15.3.3.3 Análise de Testemunhos
Até o momento não foram realizadas testemunhagens no campo.
15.3.3.4 Amostras Laterais
Para o poço 1-OGX-22-MA foram realizadas 95 amostragens laterais, sendo
que 92 tiveram recuperação total, 02 parcial e 01 fragmentada. A ordem, profundidade e
litologia das amostras laterais encontram-se na Tabela 3.6, a seguir.
TABELA 3.6 - AMOSTRAS LATERAIS ROTATIVAS
AMOSTRAS LATERAIS ROTATIVAS
PROF. (M)UNIDADE
ESTRATIGRÁFICALITOLOGIA
1-OGX-22-MA 1523,80 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1524,00 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1529,00 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1542,50 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1548,00 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1552,50 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1567,00 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1639,00 Fm. Poti ARENITO1-OGX-22-MA 1688,00 Fm. Longá SILTITO1-OGX-22-MA 1707,00 Fm. Longá FOLHELHO1-OGX-22-MA 1707,10 Fm. Longá FOLHELHO1-OGX-22-MA 1757,00 Fm. Longá FOLHELHO1-OGX-22-MA 1762,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1765,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1810,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1816,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1819,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1825,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1870,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1935,00 Fm. Cabeças ARENITO1-OGX-22-MA 1958,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 1959,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 1959,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 1975,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 1976,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 1976,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2030,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2031,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2031,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2051,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO
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1-OGX-22-MA 2051,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2052,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2052,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2069,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2070,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2070,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2115,00 Fm. Pimenteiras SILTITO1-OGX-22-MA 2125,00 Fm. Pimenteiras SILTITO1-OGX-22-MA 2215,00 Fm. Pimenteiras METASEDIMENTO1-OGX-22-MA 2235,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2314,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2315,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2315,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2329,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2330,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2330,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2332,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2333,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO
POÇO PROF. (M)UNIDADE
ESTRATIGRÁFICALITOLOGIA
1-OGX-22-MA 2333,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2354,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2355,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2355,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2359,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2360,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2360,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2369,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2370,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2370,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2374,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2375,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2375,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2379,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2380,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2380,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2389,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2390,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2390,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2424,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2425,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2425,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2444,95 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2445,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2445,05 Fm. Pimenteiras FOLHELHO
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1-OGX-22-MA 2460,00 Fm. Pimenteiras FOLHELHO1-OGX-22-MA 2475,00 Fm. Pimenteiras METASEDIMENTO1-OGX-22-MA 2538,50 Fm. Itaim METASEDIMENTO1-OGX-22-MA 2549,00 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-22-MA 2587,00 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-22-MA 2594,00 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-22-MA 2621,00 Fm. Itaim FOLHELHO1-OGX-22-MA 2640,00 Fm. Itaim FOLHELHO1-OGX-22-MA 2647,00 Fm. Itaim ARENITO1-OGX-22-MA 2670,00 Fm. Itaim FOLHELHO1-OGX-22-MA 2700,00 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-22-MA 2739,50 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-22-MA 2792,50 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-22-MA 2810,00 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-22-MA 2830,00 Fm. Jaicós ARENITO/SILTITO1-OGX-22-MA 2859,50 Fm. Jaicós ARENITO1-OGX-22-MA 2877,00 Fm. Jaicós ARENITO
1-OGX-22-MA 2899,40 Fm. TianguáÍGNEA NÃO
IDENTIFICADA
1-OGX-22-MA 2899,50 Fm. TianguáÍGNEA NÃO
IDENTIFICADA
1-OGX-22-MA 2927,00 Fm. TianguáÍGNEA NÃO
IDENTIFICADA/METASEDIMENTO
1-OGX-22-MA 2955,00 Fm. Tianguá DIABÁSIO1-OGX-22-MA 2960,00 Fm. Tianguá DIABÁSIO
15.3.3.5 Testes de Formação
No poço 1-OGX-22-MA foram realizados cinco testes de formação a poço
revestido (TFR-01, TFR-02/02A, TFR-03 e TFR-04). Apenas o TFR-01, realizado na Fm. Poti
(1510 - 1520 m, prof. medida), apresentou resultados significativos: intervalo portador de
gás, com AOF em torno de 3.300.000 Nm³/d, permeabilidade efetiva ao gás avaliada em
73 mD e raio de investigação (RD) de 480 m. A pressão inicial do reservatório foi
estimada em cerca de 160 kgf/cm² @ 1452 m (prof. medida) e a temperatura registrada
foi de aproximadamente 55ºC, na mesma profundidade.
Os principais resultados dos testes de formação realizados estão
apresentados na Tabela 3.7.
15.3.3.6 Pré-Testes e Testes a Cabo
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No poço 1-OGX-22-MA foram realizados, durante as fases de perfilagem, 81
pré-testes, dos quais 47 foram efetivos e 34 foram falhos. Os 34 pré-testes falhos foram
suspensos devido à baixíssima permeabilidade (fechado) ou falta de selo. Foram
realizados 02 testes a cabo, além de 04 testes a cabo do tipo TIV (teste de influência
vertical), sendo todos efetivos.
Os principais resultados dos testes a cabo realizados estão apresentados na
Tabela 3.8. A tabela 3.9 apresenta os dados de pré-teste do poço 1-OGX-22-MA.
TABELA 3.7 - TESTES DE FORMAÇÃO
POÇOTEST
EDATA ZONA
INTERVAL
O (M) TEMPOS DE
FLUXO/ESTÁTI
CA (MIM)
ºAPICHOKE
(/64´)
PROF.
REG. (M)
RGO
(M³/M³)
PCAB
(KGF/CFM²
)
1-OGX-22-MATFR-
01
16/11/1
0
18/11/1
0
FM POTI
1510 –
1520646 / 701
- 32
1452 - 137,09
QO (M³/D)
IP (M³/D/KGF/CM²)
K
(MD)
PRESSÃO
(KGF/CM²)
PRESSÃO DATUM
(KGF/CM²)
QG (M³/D)RD
(M)TEMPERATURA (ºC)
-AOF 3.300.000 M3/D
73 159,7 A 1452 M -
343.554 480 54,54
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TABELA 3.9 - PRÉ-TESTE - POÇO 1-OGX22-MA
PROFUNDIDADE (COTA) (M)
FORMAÇÃO LITOLOGIA K (MD)PRESSÃO (KGF/CM²)
1398,5 Fm Poti 232,1 159,371402 Fm Poti 88,7 159,411408 Fm Poti 251,5 159,491413 Fm Poti 91,2 159,541420 Fm Poti 327,8 159,621428 Fm Poti 56,9 159,711432 Fm Poti 32,1 159,761436 Fm Poti 566,3 159,811440 Fm Poti 353 159,86
1442,5 Fm Poti 49,9 159,881445,5 Fm Poti 128,1 160,161449 Fm Poti 160 160,62
1453,5 Fm Poti 63,9 161,091467,5 Fm Poti 746 162,671488,5 Fm Poti 8,8 165,181493,6 Fm Fm Poti 79,3 160,551493,6 Fm Fm Poti - 160,531496 Fm Fm Poti 335,3 160,631496 Fm Fm Poti - 160,651504 Fm Poti 6,2 166,911521 Fm Poti 18,1 168,921527 Fm Fm Poti 25,5 160,911527 Fm Fm Poti - 160,91
1529,4 Fm Fm Poti 43,8 160,991529,4 Fm Fm Poti - 1611675 CABEÇAS 0,8 186,23
1688,8 CABEÇAS 0,2 190,581688,8 CABEÇAS 4,3 190,651691,8 CABEÇAS 0,5 190,581692 CABEÇAS 0,5 191,121698 CABEÇAS 1 190,761702 CABEÇAS 6,8 190,73
1706,7 CABEÇAS 1,6 191,421707 CABEÇAS 3,4 191,42
1709,8 CABEÇAS 4,2 191,57
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1714,5 CABEÇAS 6,7 192,031736 CABEÇAS 0,8 194,681752 CABEÇAS 1,1 196,611780 CABEÇAS 1,1 199,92
1783,6 CABEÇAS 0,03 194,151783,6 CABEÇAS - 104,541786 CABEÇAS 0,4 191,971786 CABEÇAS 0,2 192,31786 CABEÇAS - 191,671786 CABEÇAS - 192,3
1788,4 CABEÇAS 0,2 192,631788,4 CABEÇAS - 191,931794 CABEÇAS 0,4 201,56
1819,7 CABEÇAS 0,4 204,772715,5 JAICÓS 0,07 297,92718 JAICÓS 0,04 299,062737 JAICÓS 0,07 299,58
2851,5 JAICÓS 0,07 313,322854,4 JAICÓS 0,06 314,22858,3 JAICÓS 0,08 313,63
15.3.3.7 Perfilagens
A tabela 3.10 apresenta a suíte de perfis corridos no poço 1-OGX-22-MA.
No poço 1-OGX-22-MA foram efetuados, durante a perfilagem convencional a
cabo, os perfis de AIT/DSI/GR/TLD/CNL/MSIP/MRX/USIT/CBL. Além destes, foram realizadas
perfilagens especiais em intervalos específicos de MDT e MSCT. Todos os perfis foram
realizados pela Schlumberger. Não foram realizadas perfilagens LWD durante a
perfuração.
TABELA 3.10 - PRÉ-TESTE - POÇO 1-OGX22-MA
POÇO PERFILTOPO (M)
BASE (M)
TEMP. NO FUNDO
(°F)DATA
CIA DE PERFILAGEM
OCORRÊNCIAS RELEVANTES
1-OGX-22-MA
(Fase 12 ¼)AIT/PEX/DSI 262 1513 142 11-12/11/2010 Schlumberger
Operações sem
anormalidades
1-OGX-22-MA
(Fase 8 ½
apoio)
AIT/PEX/DSI 1512 2063
151 21-23/11/2010 Schlumberger
Tempo perdido de 5:00
horas devido falha na
ferramenta MDT
XPT 1516,5 2011,6
MDT 1567 1825
1-OGX-22-MA
(Fase 8 ½ final)
AIT/PEX/MSIP 1512 2989 190 09-14/12/2010 Tempo perdido de 9,5h
devido falha com AIT.
Cortadas 95 amostras MDT 2010 2882
MDT (TIV) 1517,5 1810
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laterais com MSCT
MSCT 1523,8 2960
USIT/CBL 400 1510
MRX 1521,5 2900
15.3.3.7.1 Perfis-Tipo por Reservatório
No poço 1-OGX-22-MA, a Formação Poti apresentou sua metade inferior com
indícios significativos de hidrocarbonetos. A principal zona portadora de gás no poço
pioneiro (1512/1561 m) apresentou ainda alterações no background do detector de gás
(62 a 320 UGT). Estudos preliminares, através de perfis elétricos, mostram reservatórios
com porosidades entre 9 e 27% (média de 16%), saturações de água entre 30 e 10% (Sw
média de 21%) e, dentro de uma zona com gross-pay de 49 m, uma espessura porosa de
48 m (Tabela 3.5 e Figura 3.18).
Já a Formação Cabeças apresentou seu topo com indícios significativos de
hidrocarbonetos. A principal zona portadora de gás no pioneiro (1758/1821 m)
apresentou ainda alterações no background do detector de gás (25 a 746 UGT). Estudos
preliminares, através de perfis elétricos, mostram reservatórios com porosidades entre 6
e 15% (média de 12%), saturações de água entre 25 e 50% (Sw média de 41%) e uma
espessura porosa de 52 m (Tabela 3.5 e Figura 3.19).
Dentro desse intervalo, foi realizado um teste de formação a poço revestido
(TFR-04; 1803/1811 m), não conclusivo quanto ao fluido e pressões, motivo pelo qual se
intenciona a realização de novo teste nessa unidade.
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Figura 3.18 - Perfil-tipo da Zona de interesse e características petrofísicas da Fm. Poti
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Figura 3.19 - Perfil-tipo da Zona de interesse e características petrofísicas da Fm. Cabeças
15.3.3.8 Análise de Fluidos
No poço 1-OGX-22-MA foram coletadas amostras de gás em superfície
durante o TFR-01 na Fm. Poti.
Para ambos os poços, as análises PVT das amostras de gás coletadas
durante os testes de formação a poço revestido citados estão em elaboração. Os
resultados das análises de fluido do tipo flash são apresentados na tabela 3.11.
A partir dos resultados das análises do tipo flash obtidos, foi feita uma
previsão dos envelopes de fases para cada amostra utilizando o simulador de PVT e
propriedades de fluidos PVTsim, de propriedade da empresa CALSEP. Conforme pode ser
observado na figura 3.20, as duas amostras de gás são apresentadas como sendo gás
seco em condições de reservatório.
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Figura 3.20 - Envelope de fases para as amostras de gás coletadas em TFR no poço 1-OGX-22-MA (Fm. Poti)
TABELA 3.11 - ANÁLISE DO GÁS PRODUZIDO
POÇO ZONAC1 C2 C3 IC4
NC4
IC5 NC5 C5+ N2 CO2
(% Vol.)
1-OGX-22-MA Fm. Poti91,78 3,48 0,64
0,08
0,12
0,04 0,04 0,073,64
0,11
91,18 3,70 0,650,09
0,13
0,04 0,04 0,213,81
0,14
DENS. RIQUEZA Z PMM PCS PCI
0,60 - - - - -- - - - - -
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15.3.4 Engenharia de Reservatórios
O modelo geológico descrito no item anterior e a demanda de gás acordada e
requerida para atender a uma central térmica foram os balizadores da estratégia de
desenvolvimento apresentada.
Com base em análises de fluido do tipo flash, obtidas a partir de amostras de
superfície coletadas durante os testes de formação a poço revestido, verificou-se que
ocorrerá fluxo dominantemente monofásico (somente fase gás) em condições de
reservatório, suportando a utilização de um modelo de balanço de materiais para as
previsões de produção, elaborado no programa MBAL, de propriedade da empresa
Petroleum Experts.
A princípio, considerando-se a demanda requerida e o potencial de produção
dos poços em cada formação, definiu-se que o campo será drenado através de 12 poços
verticais (11 poços de desenvolvimento mais o poço exploratório 1-OGX-22-MA, que será
aproveitado para a explotação). Em função de novas demandas de gás ou dos resultados
do poço 3-OGX-38-MA, cuja perfuração encontra-se em andamento, a drenagem proposta
poderá ser revista.
No início da fase de desenvolvimento, visando a obtenção de informações de
reservatório, está prevista a perfuração de um poço direcional no Campo de Gavião Azul
(3-OGX-CALIFÓRNIA-1D-MA), vizinho ao Campo de Gavião Real. Em função do seu
resultado, este poço poderá ser aproveitado para o desenvolvimento, substituindo um
dos poços verticais previstos para o campo, ou poderá ser realizada a perfuração e teste
de um poço horizontal na Formação Cabeças. Em função da produtividade apresentada
neste teste, o poço horizontal poderá ser aproveitado para a produção e, como
consequência, o tipo de poço de desenvolvimento poderá ser revisto, adotando-se poços
produtores horizontais em lugar de verticais.
Os poços produtores serão localizados nas melhores porções dos
reservatórios, buscando-se as maiores espessuras porosas com gás e/ou as melhores
características permo-porosas, afastados ao máximo dos contatos gás/água. Procurou-se,
com isso, garantir boa produtividade, permitindo adequação do número necessário de
poços para a drenagem eficiente.
Adicionalmente, está prevista a perfuração de um poço vertical para descarte
da água produzida no próprio Campo de Gavião Real, no aquífero da Formação Poti, em
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um intervalo isolado do reservatório produtor. Caso a injetividade seja inferior à prevista,
será necessária a perfuração de um segundo poço vertical para descarte de água.
15.3.4.1 Mecanismo Primário de Recuperação
Em se tratando apenas de fase gás em condições de reservatório, a
compressibilidade do fluido será o mecanismo dominante e, portanto, o mecanismo
primário de recuperação considerado será o de expansão do gás no reservatório. A
recuperação final por depleção será eficiente, considerando-se que não haverá
precipitação de líquidos no reservatório.
Nos estudos realizados, foi considerada a presença de aquiferos de pequeno
volume em todos os reservatórios, havendo incertezas quanto à efetividade destes na
manutenção da pressão, que será avaliada ao longo da produção.
15.3.4.2 Manutenção de Pressão do Reservatório
O projeto de desenvolvimento do campo considera como principal
mecanismo de produção a expansão do gás, com leve contribuição do aquífero, não
havendo a previsão de recuperação suplementar.
Dadas as características do gás (comportamento dominantemente monofásico
em condições de reservatório), foi descartada a injeção de água para manutenção de
pressão do reservatório, evitando tanto o trapeamento de gás (em benefício do fator de
recuperação), como também a ocorrência de problemas operacionais futuros.
15.3.4.3 Estudo de Reservatório
15.3.4.3.1 Caracterização do Reservatório
A caracterização geológica dos reservatórios do campo, apresentada no item
3.3 deste capítulo, contempla mapas de topo, espessura porosa, espessura total, dados
de porosidade, permeabilidade e saturações de água.
Os mapas de topo, espessura total e espessura porosa com gás foram obtidos
a partir dos dados sísmicos disponíveis, ajustados com dados de poço.
Os dados petrográficos e petrofísicos foram obtidos a partir das amostras
laterais de rocha retiradas dos poços e de perfis.
Foram utilizadas análises de perfil para a avaliação da porosidade, da
saturação de água e da razão reservatório com gás/reservatório total (NTG).
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Foram coletadas amostras de gás na superfície durante o teste de formação a
poço revestido realizado no poço 1-OGX-22-MA (gás do reservatório da Formação Poti). A
partir destas amostras, foram feitas análises do tipo flash e as propriedades PVT do gás
foram estimadas através de correlação disponível na literatura (Lee et al, 1966).
As curvas de permeabilidade relativa foram obtidas através de correlação
(Corey), devido à não disponibilidade de testemunhos e, consequentemente, testes
laboratoriais. As saturações iniciais foram estimadas através da interpretação de perfis,
adotando-se, para esta modelagem, como saturação de água irredutível a saturação
mínima de água obtida acima do contato gás/água (Swi = 25% para a FM. Cabeças e Swi
= 10% para a FM. Poti). Na verdade, como há expectativa de que o escoamento nos
reservatórios seja predominantemente monofásico (apenas da fase gasosa), a
aproximação utilizada é suficiente para a qualidade das previsões de produção. As curvas
de permeabilidade relativa usadas para cada reservatório podem ser visualizadas nas
figuras 3.21 e 3.22.
Figura 3.21 - Permeabilidade relativa gás-água utilizada no modelo do reservatório da Fm. Cabeças no Campo de Gavião Real
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Figura 3.22 - Permeabilidade relativa gás-água utilizada no modelo do reservatório da Fm. Poti no Campo de Gavião Real
A seguir, são apresentados os mapas de saturação média do gás, inicial e
final, para cada reservatório produtor: Fm. Cabeças e Fm. Poti do Campo de Gavião Real.
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MAPAS DE SATURAÇÕES INICIAIS
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Figura 3.23 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Cabeças no Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
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Figura 3.24 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Poti no Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
MAPAS DE SATURAÇÕES FINAIS
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Figura 3.25 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Cabeças no Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
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Figura 3.26 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Poti no Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
15.3.4.3.2 Simulação de comportamento de reservatório:
Para a simulação do comportamento de reservatórios utilizou-se um modelo
de balanço de materiais (programa MBAL), considerado suficiente para regime
monofásico dominante.
Tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido,
para as previsões de produção do projeto foi considerada uma razão gás-condensado
(RGC) de 280x10-7 m³/m³, apesar de, até o momento, não ter sido identificada produção
de condensado.
As propriedades PVT do gás utilizadas foram obtidas pela correlação de Lee,
conforme já comentado anteriormente.
Para atender a demanda de gás acordada, foram considerados 12 poços
produtores verticais para drenagem dos reservatórios (11 poços de desenvolvimento
mais o poço exploratório 1-OGX-22-MA, que será aproveitado). Em função de novas
demandas de gás ou dos resultados do poço 3-OGX-38-MA, cuja perfuração encontra-se
em andamento, a drenagem proposta poderá ser revista.
Cabe observar que, no início da fase de desenvolvimento, está planejada,
como contingência, a perfuração de um poço horizontal e um teste na Formação
Cabeças, no Campo de Gavião Azul, vizinho ao Campo de Gavião Real. Em função da
produtividade apresentada neste teste, este poço poderá ser aproveitado para a
produção e também, como consequência, o tipo de poço de desenvolvimento poderá ser
revisto, adotando-se poços produtores horizontais em lugar de verticais.
Os poços verticais no Campo de Gavião Real serão inicialmente completados
no reservatório inferior (Fm. Cabeças) e, posteriormente, à medida que cada poço atinja
o limite mínimo requerido de pressão de entrada na estação de produção (40 kgf/cm² -
3923 kPa), será recompletado no reservatório superior (Fm. Poti).
Os potenciais de produção iniciais dos poços foram baseados nas AOF’s
(absolute open flow) obtidas nos testes de formação a poço revestido realizados. Na
Formação Cabeças, a AOF foi calculada em 324 mil Nm³/d de gás, a partir do teste no
poço 1-OGX-16-MA, situado no Campo de Gavião Azul (vizinho ao Campo de Gavião Real),
e na Formação Poti, a AOF foi calculada em 3,3 milhões Nm³/d de gás, a partir do teste no
poço 1-OGX-22-MA. A vazão total do campo ficou atrelada à demanda de gás de 5,72
milhões Nm³/d, inferior à capacidade total dos poços dos dois campos.
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O desempenho dos poços previstos neste estudo foi estimado através da
equação empírica de Rawlins e Schellhardt (1936), ajustando-se os coeficientes C & n.
Os dados de pressão utilizados na inicialização do modelo estão descritos na
tabela 3.12, a seguir.
TABELA 3.12 - MAPA DE SATURAÇÃO FINAL DE GÁS DO RESERVATÓRIO DA FM. POTI
CAMPO DE GAVIÃO REAL (NO NÍVEL ONDE OS POÇOS SERÃO COMPLETADOS)
RESERVATÓRIODATUM DE
REFERÊNCIA (M)PRESSÃO(KPA ABS)
PRESSÃO(KGF/CM² ABS)
Gavião Real – Fm. Poti -1443,5 15573,0 158,8Gavião Real – Fm. Cabeças -1703,0 18701,0 190,7
Considerou-se que o primeiro gás ocorrerá em agosto de 2012.
Observe-se que o uso de modelo de balanço de materiais (MBAL) não permite
a consideração de barreiras naturais aos aquíferos identificados nos reservatórios. Além
disso, as curvas de permeabilidade relativa, obtidas a partir de correlação, favorecem o
deslocamento da água em relação ao gás. Essas duas condicionantes geram uma maior
previsão de produção de água, com início mais precoce do que a realidade do campo
indica. Os futuros dados de produção dos campos serão usados para ajustar os futuros
modelos de simulação.
15.3.4.5 Metodologia de Gerenciamento de Reservatórios
Uma vez implantado o projeto e iniciada a operação, as pressões e produções
dos poços serão monitoradas, permitindo uma contínua aferição do modelo de simulação,
que servirá como principal instrumento de análise do comportamento do reservatório.
Sensores de pressão e temperatura serão instalados nas árvores de natal para permitir o
acompanhamento contínuo desses dados, além da monitoração no espaço anular. Se
necessário, serão realizados testes com fechamento (estática) programados. Outros
dados de produção, tais como vazões de gás e líquidos, serão monitorados através de
testes periódicos nos poços, visando um bom gerenciamento dos reservatórios,
prevenção de problemas e planejamento de intervenções.
Caso existam desvios no comportamento observado em relação ao previsto
no projeto, os modelos geológico e de fluxo serão ajustados, considerando novos dados e
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informações de forma integrada, visando reproduzir o histórico, tornando mais acurados
os resultados das projeções futuras.
O desenvolvimento do campo foi planejado de modo a otimizar a recuperação
de gás, considerando-se que a produção de gás, a princípio, dependerá da demanda de
uma central térmica. O gerenciamento de reservatório permitirá mitigar possíveis
problemas, através de ações como recompletação, limpeza, estimulação e restauração
dos poços, podendo-se, inclusive ajustar a drenagem através da perfuração de novos
poços, caso seja identificado potencial de ganho.
15.4 Reservas
15.4.1 Volumes Originais, Reservas e Produção Acumulada
Os volumes in situ originais e os volumes recuperáveis (recursos gaseíferos e
petrolíferos) descritos na Tabela 4.1 resultam do estudo mais recente do Campo de
Gavião Real. Os estudos para classificação de reservas, de acordo com o Regulamento
Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural da ANP, encontram-se em andamento,
devendo ser concluídos ao final de 2011, após a aprovação do Plano de Desenvolvimento,
e entregue até 15 de janeiro de 2012, conforme Portaria ANP no 9, de 21.1.2000.
O volume recuperável total de gás para as acumulações (recurso gaseífero),
considerando a demanda de gás prevista para uma central térmica, aponta para valores
da ordem de 31,109 bilhões de Nm³. O volume recuperável total, considerando o
potencial de produção das acumulações até o fim da concessão (em 2038), é de 49,248
bilhões de Nm³.
Embora as análises de fluido do tipo flash, obtidas a partir de amostras de
superfície coletadas durante os testes de formação, indiquem gás seco em condições de
reservatório, por razões de projeto da estação de produção, foi utilizada uma razão gás-
condensado (RGC) de 280x10-7 m³/m³ para as estimativas do volume de condensado
produzido, tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido.
Portanto, estes volumes estimados de recuperação de condensado (recursos petrolíferos)
precisarão ser confirmados durante a implantação do projeto de desenvolvimento e
produção.
Não há produção acumulada nos campos.
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TABELA 4.1 – VOLUMES IN SITU ORIGINAIS E VOLUMES RECUPERÁVEIS (RECURSOS GASEÍFEROS E PETROLÍFEROS)
CAMPO -
RESERVATÓRI
O
FLUIDO
VOLUMES IN
SITU ORIGINAIS
DE GÁS
(MILHÕES M³)
VOLUMES
RECUPERÁVEIS
DE GÁS –
DEMANDA
(MILHÕES M³)
FR -
DEMANDA
(%)
VOLUMES
RECUPERÁVEIS
DE GÁS –
POTENCIAL
(MILHÕES M³)
FR -
POTENCIAL
(%)
VOLUMES
RECUPERÁV
EIS
DE
CONDENSAD
O -
DEMANDA
(MILHÕES
M³)
VOLUMES
RECUPERÁV
EIS
DE
CONDENSAD
O -
POTENCIAL
(MILHÕES
M³)
Gavião Real –
Fm. PotiGás 45.452,000 12.331,200 27,13 28.533,300 62,78 0,0346 0,799
Gavião Real –
Fm. CabeçasGás 31.266,000 18.778,200 60,06 20.714,900 66,25 0,527 0,580
TOTAL GAVIÃO REAL
76.718,000 31.109.400 40,05 49.248,200 64,19 0,873 1,379
15.5 Previsão de Produção e Movimentação de Fluidos
15.5.1 Previsão de Produção do Campo de Gavião Real
A previsão de produção apresentada para o Campo de Gavião Real reflete a
demanda de gás acordada para os campos de Gavião Azul e de Gavião Real e o resultado
do estudo de reservatórios, considerando o período contratual, compreendido entre o
início da produção, em agosto de 2012, e o término da demanda de gás, em dezembro
2032.
Cabe observar que o volume recuperável total, que considera o potencial de
produção das acumulações até o fim da concessão (em 2038), é de 49,248 bilhões de
Nm³ e que o perfil de produção do volume recuperável remanescente (correspondente à
diferença de 18,139 bilhões de Nm³) dependerá de outras demandas futuras, não
consideradas nas previsões de produção apresentadas neste Plano de Desenvolvimento.
Tendo em vista as incertezas ainda existentes na caracterização do fluido,
para as previsões de produção do projeto foi considerada uma razão gás-condensado
(RGC) de 280x10-7 m³/m³, apesar de, até o momento, não ter sido identificada produção
de condensado.
A Figura 5.1 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais de
gás, condensado e água do campo.
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As previsões de produção do campo foram geradas através de balanço de
materiais (MBAL), levando-se em consideração as premissas apresentadas no item 3.4.4.
Não há previsão de manutenção de pressão através da injeção de água ou recuperação
melhorada para os reservatórios.
A figura 5.2 apresenta as produções acumuladas totais de gás e condensado
do Campo de Gavião Real.
Também cabe observar que o uso de modelo de balanço de materiais (MBAL)
não permite a consideração de barreiras naturais ao aquífero identificado. Além disso, as
curvas de permeabilidade relativa, obtidas a partir de correlação, favorecem o
deslocamento da água em relação ao gás. Essas duas condicionantes geram uma
previsão de produção de água maior e mais precoce do que a realidade dos campos
indica. Os modelos futuros serão ajustados usando-se os dados de produção.
A Tabela 5.1 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais
de gás, condensado e água do campo e também as produções acumuladas totais de gás
e condensado.
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Previsão de Produção
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Anos
Vaz
ão d
e co
nden
sado
/águ
a(m
³/di
a)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Vaz
ão d
e gá
s(m
il m
³/di
a)
água (m³/d) condensado (m³/d) gás (mil m³/d)
Figura 5.1 - Previsão de produção do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças e Fm. Poti)
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Produção Acumulada
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
Anos
Pro
dução A
cum
ula
da
Gás (
MM
m³)
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
Pro
dução A
cum
ula
da d
e
Condensado (
MM
m³)
Gp (MM m³) Np (MM m³)
Figura 5.2 - Produção Acumulada do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças e Fm. Poti)
A fração recuperada de gás e a pressão estática média, ao longo do tempo, no
Campo de Gavião Real, estão apresentados nas figuras 5.3 e 5.4, respectivamente..
Fração recuperada de Gás
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Anos
Fra
ção R
ecupera
da
(%)
Frac. Rec. Gás
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Figura 5.3 - Fator de Recuperação do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças e Fm. Poti)
Pressão Estática
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Anos
Pre
ssão
(kgf/
cm
²)
Pressão
Figura 5.4 - Pressão Estática média do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças e Fm. Poti)
TABELA 5.1 - PREVISÃO DE PRODUÇÃO DO CAMPO DE GAVIÃO REAL (RESERVATÓRIOS DA FM. CABEÇAS E FM. POTI)
ANO
PROD. GÁS
(MIL
M³/DIA)
PROD.
ACUMULADA
GÁS (MILHÕES
M³)
FRAC.
REC. GÁS
(%)
PROD.
CONDENSAD
O
(M³/DIA)
PROD. ACUM.
CONDENSADO
(MILHÕES M³)
PROD.
ÁGUA
(M³/DIA)
PRESSÃO
ESTÁTICA
(KGF/CM²)
2012 566 207 0,3 16 0,01 15 174
2013 3441 1463 1,9 97 0,04 190 170
2014 3547 2758 3,6 100 0,08 272 166
2015 3653 4091 5,3 103 0,11 332 163
2016 3481 5365 7,0 98 0,15 357 159
2017 3514 6647 8,7 99 0,19 374 155
2018 3579 7954 10,4 100 0,22 393 152
2019 3644 9284 12,1 102 0,26 410 149
2020 3748 10655 13,9 105 0,30 422 145
2021 3802 12043 15,7 107 0,34 436 142
2022 3859 13452 17,5 108 0,38 450 139
2023 3920 14882 19,4 110 0,42 463 135
2024 3978 16338 21,3 112 0,46 475 132
2025 4032 17810 23,2 113 0,50 487 129
2026 4042 19285 25,1 113 0,54 494 126
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Projeto
PETRA ENERGIA S/A 07.243.291/0001-98 01/06/2011
Agente Financeiro: BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Agência
:
Belo Horizonte/MG
2027 4807 20662 26,9 135 0,58 534 123
2028 5719 22755 29,7 161 0,64 644 120
2029 5719 24842 32,4 161 0,70 684 115
2030 5719 26929 35,1 161 0,76 723 111
2031 5719 29016 37,8 161 0,81 763 107
2032 5719 31109 40,6 161 0,87 805 103
15.5.2 Previsão de Produção por Reservatório
15.5.2.1 Previsão de Produção do Reservatório da Fm. Cabeças do
Campo de Gavião Real
As previsões apresentadas refletem o resultado do estudo de reservatórios,
considerando o período compreendido entre o início da produção, em agosto de 2012, e o
término da demanda de gás do campo, em dezembro 2032.
A Figura 5.5 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais de
gás, condensado e água do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real.
A Figura 5.6 apresenta a fração recuperada de gás, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real.
A Figura 5.7 apresenta a pressão estática média, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real.
A Tabela 5.2 apresenta as médias anuais previstas para as produções de gás,
condensado e água, a fração recuperada de gás e a pressão estática média do
reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real, ao longo do tempo.
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Agente Financeiro: BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Agência
:
Belo Horizonte/MG
Previsão de Produção
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Anos
Vazão d
e á
gua
(m3/d
ia)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Vazão d
e g
ás
(mil m
3/d
ia)
água (m³/d) condensado (m³/d) gás (mil m³/d)
Figura 5.5 - Previsão de produção do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real
Fração Recuperada de Gás
0
10
20
30
40
50
60
70
Anos
Fra
ção R
ecupera
da
(%)
Frac. Rec. Gás
Figura 5.6 - Fator de Recuperação do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real
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Agente Financeiro: BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Agência
:
Belo Horizonte/MG
Pressão Estática
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Anos
Pre
ssão
(kgf/
cm
²)
Pressão
Figura 5.7 - Pressão Estática do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião RealTABELA 5.2 - PREVISÃO DE PRODUÇÃO DO RESERVATÓRIO DA FM. CABEÇAS
CAMPO DE GAVIÃO REAL
ANO
PROD. CONDENSAD
O (M³/DIA)
PROD. GÁS (MIL M³/DIA)
PROD. ÁGUA
(M³/DIA)
PRESSÃO ESTÁTICA (KGF/CM²)
FRAC. REC. GÁS
(%)
2012 16 566 15 189 0,72013 97 3441 190 181 4,72014 100 3547 272 173 8,82015 103 3653 332 166 13,12016 98 3481 357 158 17,22017 92 3292 371 151 21,02018 88 3134 382 145 24,72019 84 2981 390 138 28,12020 78 2785 388 133 31,42021 74 2634 389 127 34,52022 70 2494 389 122 37,42023 66 2350 385 117 40,12024 62 2207 380 113 42,72025 58 2072 373 108 45,12026 54 1932 363 104 47,42027 51 1807 354 100 49,5
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Agente Financeiro: BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Agência
:
Belo Horizonte/MG
2028 51 1807 369 97 51,62029 51 1807 385 93 53,72030 51 1807 401 89 55,82031 51 1807 420 85 57,92032 51 1807 439 81 60,1
15.5.2.2 Previsão de Produção do Reservatório da Fm. Poti do Campo
de Gavião Real
As previsões apresentadas refletem o resultado do estudo de reservatórios,
considerando o período compreendido entre o início da produção, em agosto de 2012, e o
término da demanda de gás do campo, em dezembro 2032.
A Figura 5.8 apresenta as médias anuais previstas para as produções totais de
gás, condensado e água do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real.
A Figura 5.9 apresenta a fração recuperada de gás, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real.
A Figura 5.10 apresenta a pressão estática média, ao longo do tempo, do
reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real.
A tabela 5.3 apresenta as médias anuais previstas para as produções de gás,
condensado e água, a fração recuperada de gás e a pressão estática média do
reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real, ao longo do tempo.
Previsão de Produção
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Anos
Vazão d
e c
ondensado/á
gua
(m3/d
ia)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
Vazão d
e g
ás
(mil m
3/d
ia)
água (m³/d) condensado (m³/d) gás (mil m³/d)
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:
Belo Horizonte/MG
Figura 5.8 - Previsão de produção do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real
Fração Recuperada de Gás
0
5
10
15
20
25
30
Anos
Fra
ção R
ecupera
da
(%)
Frac. Rec. Gás
Figura 5.9 - Fator de recuperação do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real
Pressão Estática
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Anos
Pre
ssão
(kgf/
cm
²)
Pressão
Figura 5.10 - Pressão estática do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real
TABELA 5.3 - PREVISÃO DE PRODUÇÃO DO RESERVATÓRIO DA FM. POTI CAMPO DE GAVIÃO REAL
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Belo Horizonte/MG
ANO
PROD.
CONDENSADO
(M³/DIA)
PROD. GÁS
(MIL M³/DIA)
PROD. ÁGUA
(M³/DIA)
PRESSÃO ESTÁTICA
(KGF/CM²)
FRAC. REC.
GÁS (%)
2012 0 0 0 160 0,0
2013 0 0 0 160 0,0
2014 0 0 0 160 0,0
2015 0 0 0 160 0,0
2016 0 0 0 160 0,0
2017 6 222 3 159 0,2
2018 12 445 10 159 0,5
2019 19 663 19 158 1,1
2020 27 962 34 157 1,8
2021 33 1168 47 155 2,8
2022 38 1366 62 154 3,9
2023 44 1570 78 152 5,1
2024 50 1771 95 150 6,6
2025 55 1960 114 147 8,1
2026 59 2110 131 145 9,8
2027 84 3000 180 142 11,4
2028 110 3911 275 138 14,6
2029 110 3911 299 133 17,7
2030 110 3911 322 128 20,8
2031 110 3911 344 124 24,0
2032 110 3911 366 119 27,1
15.5.3 MAPAS DE SATURAÇÃO
As figuras 5.11 e 5.12 apresentam as saturações médias iniciais e finais de
gás, respectivamente, do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real.
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Figura 5.11 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
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Projeto
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Projeto
PETRA ENERGIA S/A 07.243.291/0001-98 01/06/2011
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Belo Horizonte/MG
Figura 5.12 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Cabeças do Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
As figuras 5.13 e 5.14 apresentam as saturações médias iniciais e finais de
gás, respectivamente, do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real.
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Belo Horizonte/MG
Figura 5.13 - Mapa de saturação inicial de gás do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
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Figura 5.14 - Mapa de saturação final de gás do reservatório da Fm. Poti do Campo de Gavião Real (no nível onde os poços serão completados)
15.5.4 Previsão de Movimentação de Fluidos
O projeto prevê que as bombas de processo, as bombas de descarte da água
em poços e os compressores serão acionados por motores elétricos.
Do total das produções médias diárias dos dois campos, será retirada a vazão
de 15,0 k m3/d de gás combustível para os aquecedores de gás instalados na estação de
produção.
Por tratar-se de produção de campo de gás não associado não está sendo
considerada queima de gás, mesmo em situações de emergência, uma vez que nestes
casos os poços serão automaticamente fechados.
O Campo de Gavião Real compartilha as instalações da estação de produção
com o Campo de Gavião Azul.
.
15.5.6 Poços
15.5.6.1 Perfuração
No bloco PNT-68 já foram perfurados 3 poços exploratórios verticais (1-OGX-
16-MA, 1-OGX-22-MA e 1-OGX-34-MA) e 1 poço de extensão vertical encontra-se em
perfuração (3-OGX-38-MA).
Para o desenvolvimento, de forma a atender a demanda de gás acordada,
foram considerados 12 poços produtores verticais para drenagem dos reservatórios (11
poços de desenvolvimento mais o poço exploratório 1-OGX-22-MA, que será aproveitado
para a explotação).
Os poços verticais do Campo de Gavião Real serão inicialmente completados
no reservatório inferior (Fm. Cabeças) e, posteriormente, à medida que cada poço atinja
o limite mínimo requerido de pressão de entrada na estação de produção (40 kgf/cm² -
3923 kPa), será recompletado no reservatório superior (Fm. Poti).
O tipo de poço a ser adotado no desenvolvimento do campo poderá ser
revisto em função dos resultados do poço direcional 3-OGX-CALIFÓRNIA-1D-MA, em
perfuração no Campo de Gavião Azul. Caso se decida pela perfuração de um poço
horizontal na Formação Cabeças a partir dele, e caso a produtividade deste poço
horizontal seja um sucesso, poderão ser adotados poços produtores horizontais em lugar
de verticais.
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Projeto
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:
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As figuras 6.1 e 6.2 apresentam as locações dos poços de desenvolvimento
(incluindo o poço exploratório aproveitado) no Campo de Gavião Real (1-OGX-22-MA e
locações de desenvolvimento P11 a P21). Em função de novas demandas de gás ou dos
resultados do poço 3-OGX-38-MA, cuja perfuração encontra-se em andamento, o plano de
drenagem apresentado poderá ser revisto.
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Figura 6.1 - Mapa estrutural de topo com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças)
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Figura 6.2 - Mapa estrutural de topo com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Real (Fm. Poti)As figuras 6.3 e 6.4 apresentam os mapas de isópacas com as locações dos
poços de desenvolvimento (incluindo o poço exploratório aproveitado) no Campo de
Gavião Real (1-OGX-22-MA e locações de desenvolvimento P11 a P21). Em função de
novas demandas de gás ou dos resultados do poço 3-OGX-38-MA, cuja perfuração
encontra-se em andamento, o plano de drenagem apresentado poderá ser revisto.
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Figura 6.3 - Mapa de isópacas com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Real (Fm. Cabeças)
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Figura 6.4 - Mapa de isópacas com as locações de desenvolvimento do Campo de Gavião Real (Fm. Poti)Na tabela 6.1 são apresentadas as coordenadas geográficas, no Datum Sad-
69, das locações das cabeças dos poços de desenvolvimento e exploratório previstos
para o Campo de Gavião Real. Nesta tabela também constam as coordenadas
geográficas dos topos e bases dos objetivos, como também as profundidades finais de
cada poço e o tipo de poço.
Adicionalmente, está prevista a perfuração de um poço vertical para descarte
da água produzida, no aquífero da Formação Poti, em um intervalo isolado do
reservatório produtor.
Na Tabela 6.2 são apresentadas as coordenadas geográficas, no Datum Sad-
69, do poço de descarte da água produzida previsto para o Campo de Gavião Real
(DESC1).
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POÇO REVESTIMENTO CIMENTO FLUIDO
8.6 ppg PP
15 ppg FG
8.6 a 8.9 ppg PP
?? ppg FG
SUPERFICIEFluído Base Água
Thixotrópico.8.6 - 9.3 ppg
Fluído SintéticoParadrill
9.3 ppg a 10 ppg
COLUNA LITOLÓGICA PROFUNDIDADE (BRT) TEMP
88 °F
104 °F
152 °F
500 m MD/TVD (30 m dentro da Fm. Motuca).
1990 m MD/TVD (Base do Reservatório)
13 5/8" 5M COMPACTA
0 - 1990 m 9 5/8"43.5 lb/ft, P-110 VAM TOP
TOC @ 470 m
0 - 500 m 13 3/8" 61 lb/ft, N-80, DINO VAM
17 1/2"
12 1/4"
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Figura 6.5 - Perfil do poço tipo VerticalOs 11 poços a serem perfurados, assim como o Poço 1-OGX-22-MA, serão
todos produtores, verticais e surgentes, não estando previsto nenhum tipo de
equipamento de elevação artificial ao longo da vida do campo.
Os sistemas de cabeça de poço serão de dimensões 13 5/8”, com pressão de
trabalho de 5000 psi.
O projeto de revestimentos para os 11 poços situados em ambos os
reservatórios, conforme ilustrado na Figura 6.5, é composto por um revestimento
superficial de 13 3/8” assentando 30 m dentro da Fm. Motuca e um revestimento de
produção de 9 5/8” assentado 80 m abaixo da base do último reservatório.
A metalurgia dos equipamentos na cabeça de poço e revestimentos será
convencional já que não é esperada presença de H2S ou CO2 nos fluídos produzidos.
A Figura 6.5 mostra o perfil dos poços verticais com as profundidades
estimadas para o assentamento das sapatas dos revestimentos, topos de cimento e tipos
de fluídos de perfuração usados em cada fase.
15.5.6.1.1 Aspectos Relevantes sobre a Perfuração
Os reservatórios do campo são constituídos principalmente por rochas
sedimentares intercaladas com soleiras de rocha vulcânica apresentando em toda a
extensão perfurada perfil normal de pressão e temperatura.
Os arenitos superficiais são caracterizados por sua alta permeabilidade e são
responsáveis por induzir perdas parciais de circulação por infiltração, sem comprometer a
integridade do poço.
As soleiras de Diabásio são caracterizadas por sua alta dureza e baixa taxa de
penetração, sendo necessária a utilização de tecnologia de turbina no BHA, assim como
brocas impregnadas de diamante. Nestas rochas, foram observadas fraturas naturais
onde também se observam perdas parciais de circulação.
Como a exploração neste bloco tem como objetivo a produção de gás, a
perfuração dos arenitos produtores se dá com altas concentrações de gás em superfície.
Para minimizar riscos de descontrole de poço, medidas preventivas e mitigatórias devem
estar presentes nos programas de perfuração.
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15.6.2 Completação dos Poços
No Campo de Gavião Real serão completados 12 (doze) poços, todos para
produção de gás.
Cada poço será equipado com conjunto de gravel pack para prevenir produção
de areia. Os poços serão revestidos, e o revestimento será canhoneado. Um conjunto de
telas será instalado com um packer (sump packer) na parte inferior, e outro packer
(packer de gravel pack) com extensão selante (seal bore extension) na parte superior.
Será feito empacotamento de areia no espaço anular entre telas e revestimento, entre os
dois packers.
A seguir, uma cauda intermediária será instalada com uma junta de expansão
para os períodos de produção, e uma junta de desconexão para atender as ocasiões em
que se fizer necessária intervenção para manutenção. Além da junta de desconexão, uma
válvula de isolamento da formação pode ser necessária para isolar a formação quando
manobrar a COP. Alternativamente, pode ser instalado na coluna um nipple com perfil
para receber plug ou válvula a ser instalada com operações com arame. Os poços serão
equipados com DHSV, válvula de segurança de subsuperfície, controlada por pressão
hidráulica da superfície.
A coluna de produção será de 4 1/2” de diâmetro externo, com metalurgia
comum de aço carbono, com roscas premium, com selo metal x metal.
A árvore de natal será do tipo convencional, com diâmetro de passagem de
4”, pressão de trabalho de 5000 psi e metalurgia convencional, já que não há previsão de
produção de H2S ou CO2.
TABELA 6.3 – COMPLETAÇÃO
POÇOCOLUNA DE PRODUÇÃO OU INJEÇÃO
ÁRVORE DE NATAL
DIÂM. (POL.)
METALURGIA
EQUIPAMENTOS TIPO
Todos 4 ½” Aço Carbono
DHSV, Packer, Junta de Extensão, Nipple, Packer, Válvula de
Isolamento, Safety Sub, Tela de 5 ½”, Sump Packer.
Convencional Flangeada.
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Figura 6.6 - Esquema de completação dos poços produtores
15.7 Sistema de Coleta da Produção
A abrangência do sistema de coleta do Campo de Gavião Real vai desde as
conexões das linhas de surgência com as árvores de natal dos poços até conexão de
cada uma das linhas ao manifold de produção e este interligado à estação de produção.
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O projeto de Gavião Real terá suas instalações compartilhadas com o Campo de Gavião
Azul, conforme esquematizado na Figura 7.1.
15.7.1 Linhas
O sistema de coleta da produção será composto por um manifold, projetado
inicialmente para 15 poços.
As linhas de surgência que interligam os poços ao manifold de produção
deverão ser enterradas e eventualmente aéreas sobre suportes (pipe ways), quando
comprovadamente justificadas sob o ponto de vista econômico e ambientalmente
aceitas.
A partir do manifold de produção derivam duas linhas: uma para teste dos
poços e outra para coleta da produção dos poços, alinhada com a estação de produção.
Da estação de produção, será construída uma linha de gás para o ponto de
entrega para fornecimento de gás a uma central térmica, localizada próxima a estação.
15.7.1.1 Características Técnicas das linhas de Produção e Descarte
de Água.
Tanto as linhas de produção, quanto as linhas de testes e de injeção de água
serão rígidas, de aço carbono, revestidas com proteção contra corrosão e enterradas,
conforme mostrado na Tabela 7.1.
O fluido transportado será gás, condensado e água produzidos dos
reservatórios, após o processo de separação e condicionamentos indicados.
TABELA 7.1 - DADOS FÍSICOS DE PROJETO DO SISTEMA DE ESCOAMENTO
DUTO TIPOVAZÃO
COMP.
DIÂM.
K M3/DIA
KM POL.
Produção (Manifold Gavião Real – Est. Produção) Rígido 5.719 4,5 16Teste (Manifold Gavião Real – Est. Produção) Rígido 890 8,0 10
Linhas de surgência dos poços Rígido 890 3,5 8
Linha de descarte de água Rígido 1,10 2,0 10
Deverão ser utilizadas as técnicas tradicionais de lançamento de dutos
através de abertura de valas com o uso de escavadeiras, enterramento e sinalização de
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subsuperfície e de superfície conforme as normas aplicáveis. Os tubos serão soldados
com preparação e procedimentos realizados no campo.
Na construção dos dutos será feito o levantamento do perfil topográfico do
terreno onde será instalado e a determinação do tipo de material da base mais
adequado, de acordo com os diâmetros, espessuras e curvas e conexões especificados.
O acoplamento e o abaixamento da tubulação na vala serão realizados por
maquinário específico para este tipo de trabalho, utilizando-se a técnica de Side Booms.
O material a ser utilizado terá como matéria prima os aços típicos para dutos
terrestres classificados como ARBL (Alta resistência e baixa liga) pertencentes ao código
API (American Petroleum Institute), sendo o API 5LX 70.
Figura 7.1 - Diagrama esquemático do sistema de escoamento
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15.8 Unidades de Produção
O Campo de Gavião Real está localizado na parte mais ao sul do Bloco
exploratório PN-T-68 e terá suas instalações de produção compartilhadas com as do
Campo de Gavião Azul, mais ao norte, como podem ser vistos, esquematicamente, na
Figura 8.1.
Figura 8.1 - Localização do sistema de produção
Em uma primeira etapa, duas diferentes áreas farão parte do escopo do
projeto, sendo elas: a área do Campo de Gavião Real e a área onde será instalada a
estação de produção, próxima ao ponto de entrega do gás.
Para assegurar a produção de gás nos volumes requeridos, os poços deverão
operar com a pressão de 40 kgf/cm2g na cabeça (à jusante da válvula de controle ou
choke). Esta pressão será suficiente para atender as condições de entrega do gás à
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pressão entre 33,40 e 28,12 kgf/cm2g sem unidades de compressão, para suprimento a
uma central térmica.
Com o avanço da produção de gás haverá a redução da pressão na cabeça
dos poços para 15 kgf/cm2g, ocasião em que será necessária, a instalação de um sistema
de compressão para garantir as mesmas condições de entrega.
A estação de produção será projetada para receber a produção dos poços,
separar, especificar, comprimir (quando necessário) e transferir o gás; separar;
estabilizar, armazenar e transportar o condensado; separar, tratar e descartar a água;
testar os poços e realizar todas as medições fiscais e operacionais de acordo com as
exigências do órgão regulador e as medições exigidas pelo contrato de venda
(transferência de custódia).
O gás transferido para as térmicas deverá ser filtrado, medido e entregue ao
consumo sem líquidos (condensado e água) ou sólidos, na pressão e temperatura
acordadas contratualmente.
15.8.1 Estações Coletoras Terrestres
a) Localização das estações
A estação de produção estará localizada nas proximidades do ponto de
entrega (coordenadas UTM S[m] 9467427 e E[m] 571536) para a central térmica,
distante aproximadamente 4,5 km do Campo de Gavião Real.
b) Área para instalação
Para a instalação da infra-estrutura necessária ao sistema de produção,
separação, tratamento, condicionamento, utilidades, armazenamento, casa de controle e
supervisão e escoamento do gás, condensado e água, inclusive as instalações prediais
correlatas será utilizada uma área com cerca de 10 hectares.
c) Capacidades de processamento
As capacidades de processamento primário do gás, condicionamento do
condensado e tratamento da água estão apresentadas na Tabela 8.1.
TABELA 8.1 - CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO TOTAL DOS FLUIDOS
DESCRIÇÃO UNIDADE VALOR
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Produção de gás natural k m3/dia 6.000Produção de condensado m3/dia 230
Produção de água m3/dia 1.100
A capacidade de projeto da estação de produção inclui os valores de projeto
de 2.400 k m3/dia de gás, 70 m3/dia de condensado e 250 m3/dia de água produzidos do
Campo de Gavião Azul que serão processados por compartilhamento das instalações.
d) Capacidade de armazenamento do condensado
Para o armazenamento do condensado serão instalados dois tanques de
5.000 barris, suficientes para atender as produções máximas de projeto, a medição fiscal
individualizada por campo e para um volume de segurança que permita a continuidade
da produção, em situações excepcionais, sem transferência, por pelo menos 10 dias. Será
instalado um tanque de 200 barris para utilização em testes dos poços.
O sistema de carregamento do condensado deverá ser projetado para o
embarque da produção diária total em 6 horas, equivalente a uma vazão de
carregamento de aproximadamente 27 m3/hora.
Estes valores de projeto consideram 70 m3/dia de condensado produzido pelo
Campo de Gavião Azul que compartilha estas instalações.
e) Capacidade de compressão de gás natural
O projeto considera que, num determinado tempo da vida produtiva do
campo, a pressão na cabeça dos poços e de operação da estação de produção será
reduzida de 40kgf/cm2g para 15 kgf/cm2g.
O sistema de compressão fará parte do projeto, tendo, entretanto sua
instalação condicionada a sua necessidade. Este sistema deve conte um número de
unidades que leve em conta a existência de reserva operacional, para garantir a
continuidade da operação em situações de manutenções corretivas e preventivas.
A compressão total de 6.000 k m3/dia de gás irá requerer um sistema de
compressores boosters com cerca de 14.000 HP, sem considerar reserva operacional.
O projeto deverá prever espaço e facilidades para a instalação futura do
sistema de compressão de alta pressão.
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Para a unidade de recuperação de vapores associada ao sistema de
estabilização de condensado (gás de baixa pressão) está prevista a instalação de duas
unidades de compressão de 100 HP, para uma vazão de projeto de 15 k m3/dia cada uma.
Estes valores de projeto consideram a vazão de 2.400 k m3/dia de gás natural
produzido pelo Campo de Gavião Azul que compartilha estas instalações
15.9 Processamento de Fluidos e Utilidades
Os processos de separação, tratamento, armazenamento e escoamento da
produção serão projetados para atender as produções de gás, condensado e água dos
campos de Gavião Real e de Gavião Azul que compartilhará estas instalações. Será
projetada uma estação de produção centralizada com capacidade total para processar as
produções indicadas na Tabela 8.1.
15.9.1 Processamento Primário
A estação de produção será composta por separadores e purificadores para a
produção dos poços e separadores de teste, dedicados para cada área, sistema de
tratamento e descarte de água, estabilização e transferência do condensado,
desidratação, compressão do gás de baixa e filtragem para a entrega do gás.
Será instalado um sistema de aquecimento elétrico a montante dos vasos
separadores em conseqüência da redução da temperatura esperada na descompressão
do gás nas cabeças dos poços.
O projeto deverá prever a instalação de um sistema de tocha para atender
aos casos de queima de emergência da planta, em situações especiais de
despressurização, mesmo com o fechamento dos poços.
O projeto da estação contempla o processamento da produção de gás,
condensado e água do Campo de Gavião Real e de Gavião Azul que compartilha as
instalações.
15.9.1.1 Fluxograma do Processamento Primário
A Figura 9.1 mostra as principais etapas do processo de produção
compreendendo as instalações dos poços, as operações existentes na estação de
produção e do ponto de entrega.
A Figura 9.2 apresenta o fluxograma simplificado de processo do gás,
condensado e água com a indicação dos principais equipamentos (separadores,
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purificadores e tratadores), incluindo o balanço material contendo as vazões, pressões e
temperaturas dos principais fluxos.
Dois sistemas de compressão estão indicados com a finalidade recuperação
de vapores da torre de estabilização do condensado e para a recompressão do gás dos
separadores.
Figura 9.1 - Etapas do processo de produção
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Figura 9.2 - Fluxograma de processo15.9.1.2 Unidades de Tratamento de Gás Natural
a) Tipo de Processo Utilizado No Tratamento;
O gás separado deverá ser desidratado para alcançar um teor de umidade
máximo de 3,0 lb/milhão de pés cúbicos. A desidratação do gás será através de absorção
por tri-etileno glicol (TEG). O sistema é fechado com regeneração do glicol rico em água
retornando ao processo, passando por trocadores e vasos de expansão (Figura 9.3).
b) Fluxograma de Processo da Unidade
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Figura 9.3 - Fluxograma típico da unidade de desidratação
c) Balanço de Materiais Simplificado
O sistema de desidratação fará parte do projeto tendo, entretanto sua
instalação condicionada a sua necessidade, visto que o sistema de aquecimento previsto
para a planta garante uma temperatura do gás com afastamento adequado em relação
ao seu ponto de orvalho em água
O projeto deverá prever espaço e facilidades futuras para a instalação do
sistema de desidratação do gás.
15.9.2 Sistema de Injeção de Fluidos
Não aplicável.
15.9.3 Utilidades
15.9.3.1 Água Industrial
O consumo de água industrial para a planta de processo, para o sistema de
refrigeração e para o sistema de segurança será atendido por companhia supridora das
cidades circunvizinhas, inclusive para atender ao consumo de água potável.
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Na impossibilidade deste suprimento a alternativa será a perfuração de poço
artesiano ou captação em mananciais próximos, com a prévia autorização dos órgãos
ambientais. Serão instalados os tratamentos indicados para cada tipo de uso e os
respectivos armazenamentos.
O sistema de resfriamento será em circuito fechado com água doce. Este
sistema alimentará os principais consumidores: compressores principais, compressor de
recuperação de vapor, compressor de ar de instrumentos e serviço, motores dos
geradores de emergência etc. O sistema trocará calor com resfriadores elétricos a ar, de
forma a garantir a temperatura requerida para cada equipamento ou sistema.
15.9.3.2 Energia Elétrica
O suprimento de energia elétrica será através de rede existente próximo ao
local das instalações na área de concessão. A alimentação de energia elétrica necessária
à iluminação, à continuidade operacional e à segurança será feita por geração própria,
através de geradores a Diesel, inclusive para o sistema de emergência e sinalização.
O sistema de geração principal será composto por, no mínimo, dois grupos de
geradores acionados por turbinas, tipo bicombustível, incluindo um conjunto para reserva
operacional.
A estação de produção será dotada de um grupo gerador de emergência
dimensionado para atender às cargas essenciais da unidade. Será também instalado um
grupo gerador auxiliar, o qual será capaz de entrar em operação independente da
geração principal ou de emergência.
15.9.3.3 Combustíveis
Dada a disponibilidade de energia elétrica no local não está prevista a
utilização de gás natural como combustível. Os aquecedores serão elétricos e as bombas
e os compressores serão acionados também por motores elétricos. Será utilizado o óleo
Diesel para o acionamento dos geradores de emergência.
15.9.4 Tratamento de Efluentes
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15.9.4.1 Características dos Processos de Tratamento de Água
Produzida
A água produzida será removida no separador trifásico de produção e no
separador trifásico de teste, com o teor de óleo em água (TOG) especificado de acordo
com os requisitos do tratamento de água. Posteriormente esta corrente é enviada para o
sistema de tratamento indicado para o descarte em poços.
O processo de tratamento é simplificado devido ao alto grau API, a baixa
viscosidade da mistura e o aquecimento do fluido na entrada dos separadores. Este
tratamento prevê a remoção de sedimentos e especifica o teor de condensado requerido
para garantir uma efetiva injetividade no descarte por injeção em poços.
a) Equipamentos específicos do tratamento
O sistema de descarte de água será constituído por filtros de média filtração,
sistema de desaeração por gás stripping, filtros finos de cartucho e sistema de
bombeamento para descarte da água em poços.
A água será filtrada, desaerada e receberá a adição de sequestrante de
oxigênio para atingir a concentração final requerida pelo projeto desta unidade
necessária para limitar a corrosão das linhas e da coluna do poço de descarte.
A água desaerada é enviada para o sistema de tratamento, armazenamento e
posterior descarte na subsuperfície.
b) Tancagem para estocagem dos efluentes
Para o armazenamento da água produzida será instalado um tanque de
70.000 barris, suficientes para atender a previsão de produção máxima de projeto, a
capacidade de tratamento e vazão de descarte e para um volume de segurança que
permita a continuidade da produção sem tratamento ou bombeamento para o descarte,
em situações excepcionais, por 10 dias.
Estes valores de projeto consideram 250 m3/dia de água produzida pelo
Campo de Gavião Azul que compartilha estas instalações.
c) Principais características do sistema de transferência de efluentes
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O sistema de descarte da água tratada será projetado para que o
bombeamento da produção diária total de projeto se dê em 12 horas, o que equivale a
uma vazão de injeção de cerca de 92 m3/hora.
O sistema de bombeamento será projetado considerando um número de
unidades que leve em conta a existência de reserva operacional para garantir a
continuidade da operação em situações de manutenções corretivas e preventivas.
d) Produtos químicos utilizados no tratamento.
Serão previstos sistemas de tancagem para os produtos químicos com
capacidade para atender ao consumo contínuo de 10 dias de operação. Os produtos
químicos necessários para a continuidade operacional da planta são os seguintes: inibidor
de hidrato, inibidor de corrosão, sequestrante de oxigênio e biocidas.
15.9.4.2 Características dos processos de tratamento de borras
oleosas
A produção de hidrocarboneto líquido associada ao gás é um condensado de
alto grau API e baixa viscosidade, tendo sofrido um pré-aquecimento na entrada dos
separadores. Todo resíduo produzido será direcionado para uma caixa de decantação
(Tipo API), não sendo esperada formação de borras.
15.9.4.3 Métodos de descarte e disposição final de efluentes e
resíduos
A destinação final da água produzida será realizada através de descarte em
reservatórios de subsuperfície utilizando-se poços destinados a este fim. O projeto da
unidade de tratamento e descarte será dimensionado para uma vazão de 1.100 m3/dia,
considerando a produção do Campo de Gavião Azul que compartilha estas instalações. O
sistema de tratamento e descarte de água está apresentado, também no fluxograma
geral da estação (Figura 9.2).,
15.9.4.4 Fluxograma do sistema de tratamento e descarte de
efluentes
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A Figura 9.4 apresenta o fluxo de água produzida proveniente dos
separadores de produção passando através de coalescedor, pré-filtros e alimentando a
torre desaeradora pela parte superior, em contra corrente com um fluxo gás. A água
tratada passa através de filtros finos, sendo em seguida armazenada e bombeada.
Figura 9.4 - Fluxograma típico da unidade de tratamento e descarte de água
15.9.5 Compartilhamento de Instalações
O projeto de produção do Campo de Gavião Real compartilha suas instalações
com a produção do Campo de Gavião Azul, entretanto, os sistemas de separação da
produção e separação de teste serão individualizados para cada um dos campos
permitindo que as medições fiscais e operacionais sejam individualizadas para cumprir os
requisitos da ANP.
Os sistemas de tancagem, tratamento de água, tocha, compressão,
bombeamento, estabilização de condensado e utilidades serão compartilhados.
A Tabela 9.1 indica a proporcionalidade do compartilhamento do Campo de
Gavião Azul nos três principais sistemas do processamento na estação do Campo de
Gavião Real.
TABELA 9.1 - PROPORCIONALIDADE DO COMPARTILHAMENTO DAS INSTALAÇÕES
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DESCRIÇÃOUNIDAD
ETOTAL
GAVIÃO AZUL
%
Separação, compressão, queimador, desidratação
k m3/dia 6.000 2.400 40
Estabilização, tancagem, bombeamento de condensado
m3/dia 230 70 30
Tratamento, tancagem e descarte de água m3/dia 1.100 250 23
15.10 Sistema de Escoamento da Produção
O gás após passar pelo condicionamento na estação de produção será
transferido para uma central térmica, o condensado transportado por carretas e a água
produzida será descartada em poços.
15.10.1 Dados dos Dutos de Escoamento
O gás produzido será transferido da estação de produção para a área da
central térmica através de uma pequena interligação dada a proximidade entre ambas.
15.10.1.1 Características Técnicas dos Dutos
O escoamento do gás se dará através de uma pequena ligação entre a
estação de produção e o ponto de entrega à central térmica, dada a proximidade das
duas unidades. A Tabela 10.1 mostra as principais características desta ligação.
TABELA 10.1 – DUTO DE ESCOAMENTO
DUTO TIPOVAZÃO
COMP.
DIÂMETRO
K M3/DIA KM POL.Estação de Produção – Ponto de
entregaRígido 6.000 0,5 14
15.10.1.2 Revestimentos Térmicos
Não haverá nenhum tipo de revestimento especial com a finalidade de
isolamento térmico nas linhas de escoamento.
15.10.1.3 Técnicas de lançamento dos dutos
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O lançamento do trecho entre a estação e o ponto de entrega será realizado
com a utilização de técnicas tradicionais, através de abertura de valas com o uso de
escavadeiras, enterramento e sinalização de subsuperfície e de superfície conforme as
normas aplicáveis.
O acoplamento e o abaixamento da tubulação na vala serão realizados por
maquinário específico para este tipo de trabalho, utilizando-se a técnica de Side Booms.
O material a ser utilizado são os aços típicos para dutos terrestres
classificados como ARBL (Alta resistência e baixa liga) pertencentes ao código API
(American Petroleum Institute), sendo o API 5LX 70.
15.10.2 Bombas e Compressores
No desenvolvimento da produção do Campo de Gavião Real, haverá produção
de gás não associado, condensado e água.
O gás será produzido, condicionado e entregue para consumo final
inicialmente sem compressão. Com o declínio da pressão será instalado, no futuro, um
sistema de compressão.
O condensado produzido será estabilizado, estocado e transferido através de
caminhões para o processamento final em local a ser definido.
15.10.2.1 Características do Sistema de Bombeamento do
Condensado
O condensado será armazenado e bombeado, dos tanques para o caminhão
através de bombas centrífugas, acionadas por motor elétrico, com vazão de projeto de 40
m3/hora, para transferir a produção máxima diária de projeto em 6 horas.
A água produzida será tratada, armazenada e bombeada para descarte em
poços com bombas alternativas, acionadas por motor elétrico, com vazão de projeto de
100 m3/hora, para injetar a produção máxima diária de projeto em 12 horas.
15.10.2.2 Características do Sistema de Compressão
A primeira fase da produção do Campo de Gavião Real produzirá com no
máximo 40 kgf/cm2g na cabeça dos poços. Com a redução da produtividade dos campos
esta pressão será reduzida para 15 kgf/cm2g. Para manter o mesmo nível de pressão na
entrega haverá a necessidade da instalação de recompressão.
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O sistema de compressão prevê número de unidades que leva em conta a
necessidade de reserva operacional para garantir a continuidade da operação em
situações de manutenções corretivas e preventivas.
O sistema de gás combustível deverá ter unidades de tratamento específicas
que garantam um fornecimento isento de água líquida e condensado e com especificação
do ponto de orvalho requerido pelo consumidor.
15.10.3 Unidades de Armazenamento
O projeto prevê a instalação de tanques para armazenamento do condensado,
testes e armazenamento da água produzida.
15.10.3.1 Informações sobre Tancagem
Estão previstas as instalações de dois tanques para armazenamento da
produção de condensado originado da produção do Campo de Gavião Real (produção e
transferência) e dois para o Campo de Gavião Azul, que compartilhas as instalações de
produção, considerando um estoque de segurança de 10 dias. Adicionalmente será
instalado um tanque em separado para os testes dos poços.
Para a água produzida estão previstos a instalação de um tanque com
capacidade para armazenar as produções das duas áreas produtoras por pelo menos 10
dias de produção.
15.11 Sistema de Medição
Os sistemas de medição de gás natural, condensado e água serão projetados
e instalados de acordo com os requisitos do Regulamento Técnico de Medição de Petróleo
e Gás Natural da ANP/INMETRO (Portaria Conjunta Nº 1, de 19/06/2000).
Nas estações de produção que compõem o projeto está prevista a instalação
de sistemas de medição em linha ou em tanques conforme descritos a seguir:
Medição fiscal da produção de gás natural e condensado nas
instalações das estações de produção;
Medição da produção de gás natural e condensado em testes de poços;
Medição para controle operacional que inclui medições de petróleo e
gás natural para consumo como combustível ou para qualquer outra
utilização dentro do campo; ventilado ou queimado em tocha; da água
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produzida, injetada, captada ou descartada; do condensado
transferido; do gás natural para processamento; do condensado e gás
natural transportado, estocado, movimentado com transferência de
custódia.
a) Diagrama Esquemático
A Figura 11.1 apresenta um diagrama esquemático das instalações de
produção com as principais correntes de condensado, gás natural e água, assim como a
localização dos pontos de medição fiscal da produção, as medições compartilhadas e
para apropriação e os pontos de medição para controle operacional e transferência de
custódia.
Os procedimentos de medição atenderão, no mínimo, ao Regulamento
Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural da ANP/INMETRO.
As medições realizadas nas condições de pressão e temperatura de operação
serão referenciadas nas condições padrões, de 20 ºC e 1 atm, atendendo aos
requerimentos do órgão regulador.
A periodicidade das medições dos testes dos poços e análise da qualidade dos
produtos atenderá aos requerimentos da ANP.
Os medidores de gás, condensado e água serão calibrados a cada seis meses.
b) Medições Compartilhadas
O Campo de Gavião Real terá suas instalações compartilhadas com o Campo
de Gavião Azul e conseqüentemente as produções serão misturadas antes do ponto de
medição, incorrendo em necessidade de medição fiscal compartilhada dos volumes de
produção dos dois mais campos.
A produção de cada campo será determinada por apropriação, com base na
produção medida em medidores de apropriação ou estimada com base nos testes dos
poços de cada campo e no tempo de produção de cada poço no mês.
As medições dos separadores de testes dos poços serão medições fiscais para
apropriação e serão utilizadas para determinar os volumes de produção a serem
apropriados a cada.
Os resultados das medições dos testes, tanto dos poços do Campo de Gavião
Real, quanto do Campo de Gavião Azul serão utilizados para apropriação da produção. Os
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testes terão periodicidade mensal, com um intervalo entre testes sucessivos, não
superior a 42 dias, ou sempre que houver mudanças nas condições de operação ou
quando forem detectadas variações na produção.
Os sistemas de medição compartilhada destes dois campos serão projetados e
obtida autorização da ANP, antes do início da produção.
Figura 11.1 - Diagrama esquemático dos pontos de medição
15.12 Garantia de Escoamento
O Campo de Gavião Real é um campo de gás não associado, com produção de
condensado. Com o decorrer do tempo espera-se a produção de água, entretanto sem
previsão de problemas de escoamento. As linhas de produção entre os poços e o
manifold e do manifold até a estação de produção estão dimensionadas considerando as
vazões máximas de condensado e água.
15.12.1 Possibilidades de ocorrências nos poços e sistemas de coleta
e escoamento da produção
a) Deposição de sólidos orgânicos e inorgânicos
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Não há previsão de deposição de sólidos orgânicos, entretanto todas as linhas
de produção estarão equipadas com lançadores e recebedores de pigs escova, entre
outros, para remoção de deposição de qualquer tipo de sólidos que venham a ocorrer,
além da acumulação de líquidos.
Análises laboratoriais de fluido indicam que, apesar da redução da
temperatura na cabeça dos poços, não haverá formação de hidratos durante todo o
processo de escoamento da produção. Mesmo assim está prevista a instalação de pontos
de injeção de inibidores de hidratos nas cabeças dos poços.
b) Corrosão acentuada provocada por componentes específicos dos
fluidos produzidos
De acordo com as análises efetuadas não há presença de compostos de H2S e
o teor de CO2 é consideravelmente baixo (<0,2%), entretanto está prevista a injeção de
inibidor de corrosão na cabeça dos poços e no manifold de produção.
c) Erosão de equipamentos provocada por produção de areia
Para os reservatórios formados por arenitos todos os poços estarão equipados
com sistema de retenção de areia (gravel packing), impedindo a produção de areia e
protegendo toda a coluna de produção, árvore de natal e instalações de superfície.
15.12.2 Medidas para Eliminação ou Mitigação de Ocorrências
Indesejáveis
As seguintes medidas estão previstas para a garantia do escoamento da
produção:
Passagem de pigs para remoção de líquidos e sólidos depositados;
Injeção de inibidores de corrosão na cabeça dos poços;
Pontos de injeção de inibidores de hidratos na cabeça dos poços;
Instalação de retentores de areia no fundo dos poços.
15.13 Mapeamento do Sistema De Produção
A Figura 13.1 mostra o arranjo dos poços, linhas, manifold e as instalações
dos sistemas de produção concebidos para o Campo de Gavião Real.
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15.13.1 Mapeamento dos Poços
Simplificadamente é apresentado o mapeamento da posição das cabeças dos
12 poços do Campo de Gavião Real, incluindo o poço descobridor 1-OGX-22-MA e o poço
destinado ao descarte da água produzida.
15.13.2 Mapeamento do Sistema de Coleta
A Figura 13.1 mostra esquematicamente o mapeamento do traçado para as
linhas do sistema de surgência dos poços, do manifold, das linhas de produção e de teste
a partir do manifold.
15.13.3 Mapeamento das Unidades de Produção
Está também mapeado o ponto central onde estarão localizadas a estação de
produção e o ponto de entrega do gás na central térmica.
15.4 Mapeamento do Sistema de Escoamento da Produção
O escoamento do gás se dará através de uma pequena ligação entre a
estação de produção e o ponto de entrega à central térmica, dada a proximidade das
duas unidades.
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Figura 13.1 - Mapeamento do sistema de produção 15.14 Segurança Operacional e Preservação Ambiental
15.14.1 Bases Conceituais para o Gerenciamento das Instalações do
Campo
O Consórcio através de seu operador OGX adota as premissas do PDCA
(planejar, desenvolver, controlar e avaliar) visando uma abordagem sistêmica de forma a
definir nos controles operacionais e práticas seguras para a realização das atividades e
gerenciamento de risco, utilizando ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de
SMS etc. – conforme contemplado no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS”
da OGX.
Além da aplicação do manual citado acima, antes do inicio das atividades
operacionais, o Consórcio através de seu operador OGX estabelece o “Documento
Ponte” junto com seus parceiros, tendo como principais objetivos:
Identificar as interfaces entre os Sistemas de Gestão de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional;
Compatibilizar os critérios dos Sistemas de Gestão da empresas, solucionando
qualquer conflito entre os requisitos estabelecidos;
Prover um canal de comunicação permanente entre as empresas durante a
realização das atividades em situação normal e de emergência;
Estabelecer objetivos e metas, conjuntos de desempenho em segurança, Meio
Ambiente e Saúde Ocupacional para o período de realização das atividades;
Estabelecer a sistemática de avaliação periódica do desempenho em
Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, definindo ações corretivas quando
necessárias.
15.14.2 Procedimentos e Ações para a Resposta a Emergências
O procedimento do Consórcio através de seu operador OGX define as
atribuições e responsabilidades da Estrutura Organizacional de Resposta – EOR da OGX, a
fim de possibilitar a rápida e eficaz resposta a emergências diante de prováveis cenários
acidentais, os quais extrapolem os limites da instalação operacional - conforme
contemplado no procedimento PG.SMS.008, “Preparação e Resposta a Emergência” da
OGX.
Adicionalmente ao supracitado procedimento, antes do inicio de qualquer
operação, o Consórcio através de seu operador OGX contempla no já mencionado
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“Documento Ponte” - estabelecido junto aos seus parceiros operacionais, a definição dos
limites das ações necessárias a serem realizadas em resposta a possíveis emergências.
Desta forma, o Consórcio promove a continuidade de suas ações de resposta a
emergência, dentro e fora de suas instalações operacionais.
15.14.3 Inspeção e Manutenção do Sistema de Produção
O Consórcio através de seu operador OGX adota como premissa a realização
de Estudos de Avaliação de Riscos – EAR para o desenvolvimento de suas atividades –
conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de Risco”.
Estes estudos balizam a estruturação de programas preventivos (e se necessário,
corretivos e preditivos), de inspeção e manutenção dos sistemas operacionais instalados
para que seja garantida a integridade funcional e estrutural de seus principais
componentes.
O procedimento do Consórcio através de seu operador OGX define a Gestão
de Equipamentos Críticos, a fim de evitar falhas que possam ocasionar incidentes com
conseqüências para o meio ambiente, comprometer a segurança e a saúde da força de
trabalho, causar danos ao patrimônio e a levar descontinuidade operacional –
PG.SMS.007, “Gestão de equipamentos Críticos”.
E ainda, o Consórcio através de seu operador OGX adota controles
operacionais e práticas seguras para a realização das atividades e gerenciamento de
risco, utilizando ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de SMS e etc. –
Conforme contemplado no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS” da OGX.
15.14.4 Bases Conceituais para o Gerenciamento das Instalações do
Campo
Conforme explicitado no item anterior, o planejamento da manutenção e
inspeção dos componentes do sistema de produção, incluindo os seus equipamentos
críticos, serão desenvolvidos e implementados por orientação de estudos de análise de
riscos – conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de
Risco”.
Para os campos terrestres, o Consórcio através de seu operador OGX garante
que os sistemas e subsistemas analisados no Estudo de Avaliação dos Riscos correlatos
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contemplarão os principais equipamentos de plantas de processo, utilidades, estocagem
e tratamento de fluídos.
Observa-se que as medidas e programas de prevenção e mitigação dos
cenários acidentais encontrados, relacionados a cada um dos sistemas e subsistemas
estudados, quando consolidados, formarão o plano de gerenciamento de riscos da
operação.
15.14.4 Segurança Operacional em Atividades que incluam o
manuseio de Substâncias Tóxicas
Para garantir a segurança operacional em atividades que incluam o manuseio
de substâncias tóxicas perigosas, o Consórcio através de seu operador OGX investe no
treinamento e capacitação do seu corpo funcional, na disseminação contínua de valores
intrínsecos à gestão de SMS e na identificação e avaliação dos aspectos e impactos de
suas atividades operacionais.
Para tal, o Consórcio através de seu operador OGX possui procedimentos que
estabelecem:
A sistemática de treinamento e capacitação que abrange o seu corpo
funcional – Conforme PG.GRH.002, “Competência, Treinamento e Conscientização”.
As etapas necessárias para o Gerenciamento de Contratadas, definindo a
forma de exercer a influência nos aspectos de SMS – Conforme PG.SMS.009,
“Gerenciamento de Contratadas”.
As condições necessárias e exigíveis para a identificação de aspectos de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e a avaliação dos impactos associados às atividades,
produtos e serviços da OGX, a fim de determinar aqueles que são significativos, os quais
mereçam receber maior influência por parte da organização – Conforme PG.SMS.003,
“Identificação e Avaliação de Aspecto e Impactos”.
15.14.4.1 Destinação Final de Incrustações Radiotivas
Caso seja encontrada a possibilidade de ocorrência, na fase de
desenvolvimento, de destinação final de incrustações radioativas através da realização
de Estudos de Avaliação de Riscos (conforme procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de
Estudo de Avaliação de Risco” da OGX) – premissa adotada pelo Consórcio, haverá as
proporcionais medidas preventivas e mitigadoras dos riscos correlacionados.
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O Consórcio através de seu operador OGX estabelecerá a metodologia para a
coleta, armazenamento temporário, transporte terrestre e destinação final de todos os
resíduos oriundos das atividades operacionais onshore da OGX – não somente dos
resíduos gerados por possíveis incrustações radioativas, atendendo a todos os padrões e
exigências de possíveis órgãos e instituições reguladores, conforme PO.OG.SMS.006,
“Procedimento de Gerenciamento de Resíduos Onshore”.
15.14.5 Características dos Fluidos de Perfuração a serem utilizados
Para as atividades de perfuração no campo está prevista a utilização de
fluidos de perfuração de base aquosa e de base sintética da empresa Mi Swaco conforme
listagem abaixo:
Fluido PARADRIL - Base sintética.
Fluido Catiônico ECOHIB-C (concentrações 9,0 e 9,5 lb/gal)
Fluido PARALAND
Fluido DRILLPEX
Fluido CONVENCIONAL
A seguir nas tabelas 14.1, 14.2, 14.3, 14.4 e 14.5 são apresentadas as
composições e as funções de cada produto constituinte dos fluidos mencionados acima.
TABELA 14.1 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO PARADRIL
PARADRIL
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Água Solvente - 87,64 249,65
Barita Adensante Sulfato de bário (BaSO4) 102,60 292,27
BIO-BASE 360Aditivo de fluido de
perfuraçãoHidrocarbonetos acíclicos 157,17 447,71
Carbonato de
cálcioAgente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 15,02 42,80
Cloreto de cálcio,
90%Inibidor de folhelho Sal Inorgânico (KCI) 33,70 96,01
ECOTROL F (EMI-
770)Controlador de filtrado Copolímero de estireno acrilato 1 2,85
ECOTROL RD Controlador de filtrado Copolímero de estireno acrilato 0,5 1,43
HRP (VERSA) Viscosificante Poliamida 0,5 1,43
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LIME (CAL) Modificador de pH Base inorgânica (Ca(OH)₂) 7,01 19,97
M-I BR CLAY PLUS Viscosificante Argila Organofílica 5 14,27
NOVAMUL Emulsificante primárioPreparado a base de amina e
ácido graxo7,01 19,91
NOVAWET II/Plus HumectantePreparado a base de Imiadazolina
e Dietilenotriamina2 5,71
VG SUPREME Viscosificante Argila Organofílica 1,5 4,28
TABELA 14.2 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO CATIÔNICO ECOHIB-C
ECOHIB-C (9,0 lb/gal)
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂOCONCENTRAÇ
ÃOIB/BBL KG/M³
Soda Ash Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na2CO3) 0,5 1,44
Ecohib-C (Catiônico) Inibidor de argila Alquil Quaternário de Amônio 4 11,31
HP Amido Controlador de filtrado Hidroxipropilamido 6 17
M-I Bac 40 Biocida Biocida contendo glutaraldeído 0,5 1,44
Defoam AS SurfactanteProduto composto de silicone e
agentes emulsionantes0,1 0,20
Duotec Viscosificante Goma Xantana 1,5 4,25
Drilkleen II Detergente Tensoativo aniônico 0,3 0,87
Óxido de Magnésio Controlador de pH Óxido de Magnésio (MgO) 1 2,81
CMC POLYSAFE ADS II Controlador de pH Carboximetilcelulose 2 5,60
Carbonato de cálcio 2.44
Agente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 5 14,19
ECOHIB-C (9,5 lb/gal)*
Duotec Viscosificante Goma Xantana 2 5,68
Carbonato de Cálcio 2.44
Agente adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 15 42,5
*A única diferença na composição do ECOHIB-C (9,5lb/gal) são os valores das concentrações do Duotec e do Carbonato de cálcio 2.44, os demais compostos são os mesmos do ECOHIB-C (9,0lb/gal) nas mesmas concentrações.
TABELA 14.3 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO PARALAND
PARALAND
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Carbonato de Cálcio 2.44
Adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃) 25 70,88
Bio Base 360 Fluido base Mistura de parafinas 197 558,5
Ecomul-WEmulsificante para
fluidoDerivados de ácidos graxos 8 22,69
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HRP ViscosificanteÉter monobutílico de
Trietileno de glicol, Carbonato de propileno e poliamida
1,5 4,25
Ecosal 60Aditivo para fluido de
perfuraçãoMistura de sais inorgânicos e
nitrogenados52 147,44
M-I BR Clayplus Viscosificante Argila organofílica e sílica 6 17
M-I BR Liquidtrol Controlador de filtradoÁcido policarboxílico e óleo
mineral3 8,5
M-I BAR @ 4,15 (Barita)
Adensante Sulfato de bário (BaSO4) 60 170,13
LPM I Agente selanteMistura de material granular
e fibroso5 14,19
LPM II Agente selanteMistura de material granular
e fibroso5 14,19
TABELA 14.4 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO DRILPLEX
DRILPLEX
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Soda Ash Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na2CO3) 0,5 1,44
M-I Gel Pro Viscosificante Bentonita 1 2,81
Drilplex HDDModificador
reológico para fluidos HDD
Composto de sódio, composto de magnésio e
composto de alumínio1 2,81
Soda Caustica 96% Modificador de pH Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,5 1,44
FloplexControlador de
filtradoAmido modificado 2 5,68
TABELA 14.5 - COMPOSIÇÃO DO FLUIDO CONVENCIONAL
CONVENCIONAL
PRODUTO FUNÇÂO DESCRIÇÂO
CONCENTRAÇÃO
IB/BBL
KG/M³
Bentonita ViscosificanteArgila natural para fluido de
perfuração25 70,88
Soda Caustica 96% Modificador de pH Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,5 1,44
15.14.5.1 Fluidos de Contingência
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Além dos produtos previstos na composição original dos fluidos de perfuração
apresentados, poderá haver a necessidade de alteração da formulação dos fluidos devido
a situações extraordinárias possíveis de ocorrer durante a perfuração. Nestes casos, são
adicionados à mistura original dos fluidos, produtos denominados de contingência. Estes
produtos estão relacionados na Tabela 14.6 a seguir.
TABELA 14.6 - LISTAGEM DOS PRODUTOS DE CONTINGÊNCIA
PRODUTO FUNÇÃO DESCRIÇÃO
Ácido Cítrico Modificador de pH Ácido OrgânicoBarrilha leve Modificador de pH Carbonato de Sódio (Na₂CO₃)
Bicarbonato de sódio Precipitante de cálcio Sal inorgânico (NaHCO₃)
Cal hidratadaModificador de pH / fonte de
cálcioBase inorgânica (Ca(OH)₂)
Carbonato de cálcio Adensante Carbonato de cálcio (CaCO₃)
C-SealControlador de perdas / Selante
fibrosoGrafite
DEFOAM AS Surfactante Emulsão a base de siliconeDUOVIS (n) Viscosificante Biopolímero
FORM-A-SET Material para perda de circulação Fibras de celulose
FORM-A-SQUEEZETampão para a perda de
circulaçãoFibras de celulose
FORM-A-SET RET Material para perda de circulação Solução de sal orgânico
GELEX Extendedor de bentonitaMistura de poliacrilato /
poliacrilamidaGOMA GUAR Viscosificante Polímero natural
G-SEAL PLUSControlador de perdas / selante
fibrosoGrafite
M-I BR BAC 40 Bactericida Glutaraldeído 40%
M-I BR TRACE Traçador químicoFluoresceína sódica
(C₂₀H1₁₀2NaO5)Mica Material para perda de circulação Mica
MIX IIMaterial para controle de perda
de circulaçãoCelulose
NUT PLUGmaterial para controle de perda
de circulaçãoFibra de celulose
Óxido de Zinco Sequestrante de H2S Óxido de Zinco (ZnO)
PIPE LAX ENV Fluido localizadorProduto derivado de ácidos
graxos
RESINEX Estabilizador de folhelhoMistura de Ignita / polímero
causticizadaSUPER SWEEP FIBER Viscosificante Polipropileno
TANNATHIN (n) Dispersante Lignita
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VINSEAL (n) Material para controle de perda de circulação
Celulose
Durante o processo de perfuração dos poços de desenvolvimento não haverá
descarte do fluido de perfuração, o excedente do mesmo será armazenado em tanques
que poderão ser destinados ao fabricante para reciclagem ou aproveitado em outra
perfuração.
Quanto aos cascalhos impregnados pelo fluido de perfuração, há a
necessidade de coletá-los e peneirá-los para recuperação do fluido e armazenar
seletivamente todo este material, para posterior envio a tratamento e disposição
adequados realizada por empresa especializada.
15.14.6 Áreas das Instalações que requerem Classificação Especial
A classificação especial destinada a áreas que receberão equipamentos
elétricos, proteção contra incêndio, ou que demandem o estabelecimento de
procedimentos especiais de trabalho, será delineada, acordada e programada dentro das
medidas preventivas e mitigadoras dos riscos contemplados nos Estudos de Avaliação de
Riscos, a serem elaborados para subsidiar o desenvolvimento da produção – conforme o
já mencionado procedimento PG.SMS.002, “Elaboração de Estudo de Avaliação de Risco”.
Adicionalmente, no manual de controles operacionais das práticas seguras
para a realização das atividades e gerenciamento de risco da OGX, são utilizadas
ferramentas como permissão de trabalho, diálogo de SMS, e etc. – conforme contemplado
no Manual MG.SMS.001, “Manual de Gestão de SMS”.
Cabe, mais uma vez, citar que além da aplicação do Manual de Gestão, antes
do início de suas operações, a OGX estabelece o “Documento Ponte” junto aos seus
parceiros operacionais, definindo as ações e os aspectos que garantam a manutenção da
segurança operacional de suas operações.
15.14.7 Preservação Ambiental
A etapa de planejamento da atividade de perfuração de poços inclui a
inspeção da locação proposta com vista ao levantamento das melhores alternativas de
acessos e de instalação da base de forma a minimizar/evitar a supressão vegetal de
áreas florestadas e da movimentação de terra nas atividades de terraplanagem. Desta
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maneira, ao longo da atividade exploratória poços foram realocados para evitar a
supressão vegetal.
Para a instalação da estação de tratamento de gás, das bases dos poços
produtores e do lançamento dos dutos a mesma metodologia será aplicada como meio de
minimização do desmatamento. Uma medida a ser adotada, especialmente a locação da
estação de tratamento, será realizar a instalação da mesma na área da Usina
Termoelétrica da MPX Energia, a qual já atende a legislação quanto a supressão vegetal e
ao estabelecimento da respectiva reserva legal a ser preservada.
Na fase de diagnóstico ambiental do bloco PN-T-68, foi realizado um
mapeamento de solos e as respectivas classes de erodibilidade das terras. De uma
maneira geral, a região apresenta suscetibilidade à erosão moderada a fraca, estando à
classe forte presente somente em menos de 2% do total da área mapeada, normalmente
relacionada às áreas de borda de tabuleiros e colinas. Há que se considerar a classe de
erodibilidade intermediária moderada/forte que representa quase que 30% do total,
estando incluídas as classes dos Luvissolos com argilas mais ativas a até expansivas e os
Argissolos com elevado gradiente textural que podem, dependendo do relevo, assumir
uma forte suscetibilidade à erosão.
Conforme exposto acima, a escolha das locações dos poços inclui uma
investigação prévia de forma a propiciar que as bases sejam construídas aproveitando-se
áreas planas nas locações ou aterrando pequenos trechos de forma a manter a superfície
mais plana e estável. Algumas providências, como a impermeabilização, são necessárias
para que se evitem processos erosivos derivados do escoamento pluvial superficial,
assim como a compactação e inclinação adequada como prevenção de
desmoronamentos nas bordas da base (talude) devido à perda de estabilidade do
terreno.
A adoção de medidas físicas utilizadas para evitar o desenvolvimento de
processos erosivos como as informadas acima, bem como a construção de canais para a
drenagem de água acumulada, são formas de prevenção e controle do impacto ambiental
decorrentes da instalação das bases dos poços a serem perfurados.
15.14.8 Sistemas de Contenção de Derramamentos
O Consórcio através de seu operador OGX, durante a atividade de
perfuração, utilizará um método integrado para a remoção de sólidos do fluido de
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perfuração que é projetado para usar o conceito de “Locação Seca”. Este conceito busca
atender as exigências dos regulamentos ambientais que restringem ou impossibilitam o
descarte de líquiidos e sólidos sem tratamento na locação.
A Figura 14.1 demonstra como será o sistema de controle de sólidos a ser
utilizado na atividade de perfuração no campo.
PeneirasPeneiras Sistema de VácuoSistema de Vácuo
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Figura 14.1 - Esquema do sistema de controle de sólidos. Fonte: Adaptado de Mi Swaco
Durante a perfuração são verificados os maiores riscos de acidentes
ambientais, sendo o mais importante a possibilidade de ocorrer produção descontrolada
(blowout) de fluidos das formações geológicas atravessadas pela coluna de perfuração.
Estes acidentes, embora relativamente freqüentes no início da história da prospecção de
petróleo, são atualmente considerados raros, em virtude dos procedimentos de controle
de poço atualmente empregados e da instalação de válvulas de segurança que permitem
fechar o poço em caso de descontroles que possam ocasionar vazamentos.
Durante as atividades de perfuração, também se acumulam resíduos líquidos
gerados pela limpeza de equipamentos, por perdas eventuais de fluidos de perfuração
durante as operações, chuvas que caem no perímetro da locação da sonda e alguns
resíduos oleosos provenientes da manutenção de motores e bombas. Esses resíduos
também deverão ser coletados, armazenados, identificados e tratados e/ou destinados da
mesma forma que os cascalhos.
RoscaRosca
Centrífuga Vertical
Centrífuga Vertical
Centrífuga HorizontalCentrífuga Horizontal
Todo o fluido recuperado retorna ao poço
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Algumas medidas de prevenção e controle de impactos potenciais causados
por vazamentos foram definidas para a fase de perfuração. São elas:
Proteger a base do poço contra derrames acidentais de óleos e graxas;
Instalar mureta de proteção em torno do poço para prevenir vazamentos;
Dispor materiais de combate a derrames em pontos de contenção distribuídos
pela área da base.
Por tratar-se de uma acumulação de gás natural, detectores de gás serão
instalados junto a unidade de tratamento de gás natural como forma de monitorar
continuamente qualquer vazamento que possa ocorrer e propiciar o acionamento do
plano de contingência. Quanto às linhas de escoamento, planos de inspeção periódica,
assim como os dispositivos de controle de pressão garantirão a identificação e
conseqüente combate a vazamentos.
15.14.9 Populações Locais, Conservação dos Recursos Naturais e
Prevenção de Danos aos Ecossistemas Sensíveis
Na área de influência da instalação do sistema de produção e escoamento de
gás natural no campo não foi identificada a existência de qualquer unidade de
conservação (UC) e de áreas de preservação permanente, logo ecossistemas sensíveis
não foram mapeados. Destaca-se que a região em questão é antropizada, com a prática
de agricultura, silvicultura e pecuária.
A movimentação de trabalhadores e máquinas irá alterar as condições de vida
da população que vive nas áreas imediatamente vizinhas aos poços de desenvolvimento
a ao traçado dos dutos. Como forma de minimizar riscos sociais serão implementados os
Programas de Comunicação Social e Treinamento Ambiental dos Trabalhadores.
Na há presença de reservas indígenas na área de influencia do
empreendimento e em toda a extensão do campo.
Completada cada fase de perfuração do poço, o mesmo será revestido e
cimentado, de modo que os aqüíferos sejam preservados e não haja contaminação das
formações perfuradas, seja pelo fluído usado em cada fase da perfuração ou por
comunicação entre aqüíferos.
15.15 Desativação do Campo
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As premissas a serem adotadas nas atividades de descomissionamento do
campo e das instalações baseiam-se em princípios que prevêem:
A redução e/ou mitigação dos efeitos potenciais de dano ao meio
ambiente;
A recuperação das áreas degradadas;
A reutilização e/ou reversão das instalações e/ou equipamentos em um
processo industrial ou outro qualquer;
A reciclagem e disposição final dos materiais.
Por ocasião do encerramento antecipado do Contrato de Concessão –
Terminação Antecipada, ou da conclusão da Fase de Produção, em situação de devolução
parcial ou total da área de concessão, será elaborado um Plano de Desativação das
Instalações, o qual guardará estrita coerência com a última versão vigente do Plano de
Desenvolvimento – PD e com o Programa Anual de Trabalho e Orçamento – PAT vigente
da Concessão.
Este Plano de Desativação das Instalações seguirá a regulamentação prevista
na Resolução ANP Nº 27, de 18.10.2006 – DOU 19.10.2006, e conterá orientações aos
responsáveis pelas ações, procedimentos, atividades e movimentações a serem
executadas, bem como um Programa de Desativação das Instalações, que será
submetido à análise e aprovação dos órgãos regulamentadores.
Este Programa de Desativação das Instalações conterá as seguintes
informações:
Localização geográfica da área de concessão na bacia sedimentar,
municípios e estados envolvidos;
Relação das instalações a serem desativadas;
Relação das instalações a serem reutilizadas e/ou revertidas e/ou
recicladas;
Disposição final dos materiais;
Descritivo das ações redução e/ou mitigação dos efeitos potenciais de
dano ao meio ambiente;
Descritivo da recuperação das áreas degradadas.
As instalações de produção retiradas definitivamente de operação terão sua
desativação e/ou destinação final executadas conforme o Plano de Desativação das
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Instalações e o Programa de Desativação das Instalações, compreendendo a desativação
e/ou destinação de:
Poços produtores;
Poços de descarte;
Instalações terrestres (tubulações, linhas e dutos de escoamento da
produção);
Instalações terrestres (equipamentos e tubulações das estações
coletoras, de descarte, de compressão, de bombeamento e de
tratamento, edificações, vias de acesso, instalações elétricas e
telefônicas, diques e outras intervenções de superfície).
Os registros de todas as ações, procedimentos, atividades e movimentações a
serem executadas do processo de desativação e/ou destinação, serão mantidos em
arquivos disponíveis à auditoria dos órgãos reguladores a qualquer momento, ao seu
critério.
Ao final das ações de desativação das instalações, em todo ou parte, será
emitido um Relatório de Verificação Final das atividades, através de contratação de
empresa especializada, contendo a auditoria realizada por esta terceira parte nas ações,
procedimentos, atividades e movimentações concluídas, bem como parecer final, o qual
também ficará em arquivos disponíveis à auditoria dos órgãos reguladores a qualquer
momento, ao seu critério.
Todos os procedimentos de recuperação de áreas descritos aplicam-se as
áreas ocupadas por servidão ou aquelas de propriedade do concessionário.
Não se aplicam tais procedimentos para os bens considerados como
reversíveis de acordo com a legislação e contrato de concessão.
Durante a fase de execução das ações, procedimentos, atividades e
movimentações de desativação e/ou descomissionamento, será contratada uma empresa
com especialização neste tipo de atividade que acompanhará, verificará e documentará
estas ações, procedimentos, atividades e movimentações e emitirá ao final um parecer
final sobre o processo.
15.15.1 O Abandono de Poços de Produção
A Figura 15.1 ilustra um esquemático de poço produtor incluindo o sistema de
Cabeça de Poço.
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Revestimento deSuperfície de 13 3/8”.
Revestimento deProdução de 9 5/8”.
Coluna de Produçãode 4 ½”
Tela de 5 ½”
Intervalo deProdução
Ante-PoçoCabeça de Poço13 5/8” 5000M
Figura 15.1 - Poço Produtor Tipo
O abandono dos poços será feito de acordo as seguintes etapas:
a. Substituir, por circulação, os hidrocarbonetos existente no poço através
das facilidades do sistema de produção;
b. Instalar e testar os equipamentos de segurança da sonda que vai operar
no poço;
c. Retirar a coluna de produção do poço;
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d. Isolar zona de produção com utilização de tampões mecânicos e de
cimento de acordo com as determinações da Portaria ANP nº 25, de
06.03.2002 - DOU 07.03.2002;
e. Realizar tampão de cimento de superfície;
f. Retirar Árvore de Natal e Cabeça de Poço e cimentar todo o interior do
ante-poço.
A Figura 15.2 exemplifica um poço abandonado definitivamente.
Revestimento deSuperfície de 13 3/8”.
Revestimento deProdução de 9 5/8”.
Tela de 5 ½”
Intervalo deProdução
Ante-Poço
Figura 15.2 - Poço Produtor Abandonado
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15.15.2 Remoção das Linhas e Equipamentos.
As linhas de surgência dos poços, a linha de produção e teste e a linha de
entrega serão lavadas com água para deslocamento do gás, condensado e água,
remanescentes, utilizando pigs raspadores com o recolhimento do condensado na caixa
API e tanque e o gás alinhado para o queimador.
Após a lavagem, as linhas serão desconectadas dos equipamentos de
superfície como válvulas, lançadores, recebedores e etc. os quais serão armazenados
adequadamente e reaproveitados.
Após a inertização as linhas serão desenterradas, cortadas e transportadas
para venda como sucata ou outros usos com as devidas restrições.
Desde que justificados economicamente e previamente autorizado pelos
órgãos ambientais os dutos enterrados serão preenchidos com água, selados e
devidamente deixados no local.
15.15.3 Desativação das Unidades de Produção
Todos os vasos, equipamentos e linhas de conexões da estação de produção e
os manifolds de produção serão drenados para a caixa API ou tanques. Em seguida serão
lavadas com água alinhadas para caixa API ou tanques e o gás direcionado para o
queimador.
Os vasos, equipamentos e linhas de conexões serão acondicionados e
armazenados em local adequado, até a sua destinação para re-aproveitamento em
outros projetos e/ou disposição final. Os equipamentos e linhas inservíveis serão
destinados a sucata ou outros usos com as devidas restrições e os resíduos transportados
para aterros devidamente autorizados pelos órgãos ambientais.
As estruturas em alvenaria, como escritórios, dormitórios, galpões etc., serão
vendidos, doados ou destruídos e os entulhos transportados para destinação final em
locais autorizados pelos órgãos ambientais.
15.15.4 Reabilitação da Área da Unidade
As valas abertas serão tamponadas e o terreno recuperado, segundo as
melhores práticas utilizadas em áreas degradadas, buscando recompor o ecossistema
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previamente existente ou de acordo com o uso atual das terras adjacentes (áreas de
plantios).
As vias de acesso, avaliadas pelos órgãos ambientais e governamentais como
sem finalidades, serão recuperadas segundo as melhores práticas utilizadas em áreas
degradadas, buscando recompor o ecossistema previamente existente ou de acordo com
o uso atual das terras adjacentes (áreas de plantios).
15.15.5 Reabilitação das Áreas de Locação de Poços
As áreas dos poços terão todos os equipamentos de superfície removidos, as
bases de concreto retiradas, os entulhos transportados para destinação final e o terreno
recuperado, segundo as melhores práticas utilizadas em áreas degradadas, buscando
recompor o ecossistema previamente existente ou de acordo com o uso atual das terras
adjacentes (áreas de plantios).
15.15.6 Provisão de Fundos para a Desativação do Campo
Os custos estimados para o abandono das instalações e área dos poços, linhas
de surgência, manifolds, dutos, estações coletoras, dutos de escoamento e ponto de
entrega dos campos em questão, serão determinados em função do tipo e da quantidade
de operações necessárias. As provisões destes custos são constituídas mensalmente com
base numa taxa proporcional ao quociente da produção realizada no mês pela reserva
remanescente em cada uma das concessões. Desse modo, quando houver a extinção das
reservas de hidrocarbonetos, o saldo provisionado será utilizado para o abandono total do
campo, fazendo ajuste do valor, quando necessário. Da mesma forma, quando ocorrer
abandono de algum poço durante a Fase de Produção, será utilizado este mesmo
procedimento.
Mensalmente, o saldo provisionado será atualizado em função da variação
cambial e das novas curvas de produção/reservas. A revisão das estimativas para o
abandono será efetuada anualmente.
15.16 Cronograma das Atividades
O cronograma de atividades para o desenvolvimento dos reservatórios de gás
natural dos campos de Gavião Azul e de Gavião Real é apresentado na Figura 16.1. O
cronograma é único, uma vez que o desenvolvimento de ambos os campos se dará de
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forma conjunta, compartilhando os recursos tais como sondas, empresas prestadoras de
serviços, equipamentos etc.
Alguns poços exploratórios de avaliação e aquisição de dados já perfurados ou
previstos poderão ser reaproveitados para o desenvolvimento da produção. Neste caso,
proceder-se-ia a reentrada e completação destes poços, equipando-os para produção.
Figura 16.1 - Cronograma de Atividades