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Faculdade Pio Décimo PETIÇÃO INICIAL Trabalho oferecido à disciplina Direito Processual Civil. Aluno: José Acácio dos Santos Souto

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petição de Acácio Souto

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Faculdade Pio Dcimo

PETIO INICIAL

Trabalho oferecido disciplina Direito Processual Civil.

Aluno: Jos Accio dos Santos Souto

Aracaju,2015EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 26 VARA DE FAMLIA E SUCESSES DA COMARCA DE ARACAJU, ESTADO DE SERGIPE.

Sasha Marroni Gasparetto, menor impbere, representado por sua me,Julia Marroni, brasileira, divorciada, telefonista, titular da identidade CI n 425.985-1 e do CPF n 036.587.968-52, residente na Rua Carlos Chagas Menezes, n 345, Bairro Luzia, Aracaju/SE, Cep 49025-231, por sua advogada infra-assinada, conforme procurao inclusa (doc. 1), com escritrio Rua Adrcio Macedo Lima Duarte, 118, Bairro Jardins, Aracaju/SE, CEP 49685-526, onde receber as intimaes, vem perante Vossa Excelncia propor a presenteAO DE PEDIDO DE ALIMENTOSem face deZeca Gaspareto, brasileiro, casado, empresrio, residente na Rua Manoel de Lima Gregrio, n 875, Bairro Farolndia, Aracaju/SE, Cep 49856-685, nos termos dos artigos 1.694 e 1.696 do Cdigo Civil e artigo 229 da Carta Magna, pelos motivos que passa a expor.

DOS FATOS

O Alimentante pai do Alimentando, o qual tem 7 anos de idade. A me do Autor e o Ru conviveram juntos em unio estvel desde outubro de 2005 at maro de 2014.A obrigao do Alimentante de sustentar o Alimentando legtima, visto que aquele pai deste.O Alimentante abandonou o lar na data de maro de 2014, deixando o Alimentando sob a guarda da me. Durante todo este tempo, a me arcou sozinha com as despesas em relao criao e educao do menor. Destaca-se aqui que a me arcava com o pr-citado nus apenas com o seu nfimo salrio de telefonista de uma Concessionria de veculos desta cidade. Isto significa dizer que a me arcava com os custos com educao, sade, lazer, vesturio, dentre outros. Desnecessrio dizer que o Alimentando no estava suprido em sua completude, em virtude de carecer da assistncia paterna. Por outro lado, o Alimentante possui um padro de vida considerado acima da mdia, visto que proprietrio de uma Panificadora, de onde lucra uma renda mensal de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Destaca-se aqui que o Alimentante j recebia esta quantia mensal antes da separao judicial com a me do Alimentando.Diante da diferena e do descaso do Alimentante quanto sorte da prpria filha, vem o Alimentando, a qual passa por diversas privaes, j que a renda mensal da me no se mostra suficiente para atender s necessidades oriundas da sua manuteno e sustento, pedir a colaborao paterna. Frisa-se aqui tambm que o Alimentante possui nova famlia com esposa e filho, havendo distino do padro de vida de ambos os filhos (leia-se: o pai beneficia mais o filho que mora com ele). O Alimentante manda mensalmente uma quantia irrisria sem prvia determinao do valor, que sempre se mostrou insuficiente para o sustento do Alimentando.

Assim, somente a fixao judicial dos alimentos, com desconto em folha de pagamento do Alimentante, poder atender ao menos as necessidades elementares da autora, porquanto, cabe tambm ao Pai, ora Ru, esta obrigao que decorre da Lei e da moral e do compromisso paternal.

DO DIREITO

Diante dos fatos acima citados, expomos os fundamentos legais que embasam esta petio. A comear pelo art. 1694, 1 do Cdigo Civil, o qual afirma que os alimentos devem ser fixados tendo em vista o binmio necessidade-disponibilidade:

Art. 1694, CC: Podem os parentes, os conjugues ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatvel com a sua condio social, inclusive para atender s necessidades de sua educao.1 - Os alimentos devem ser fixados na proporo das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

Dessa forma, entendemos que o Alimentando encontra respaldo legal no artigo 1.695 do Cdigo Civil, o qual afirma que so devidos os alimentos quando quem os pretende no tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, prpria mantena, e aquele, de quem se reclama, pode fornec-los, sem desfalque no necessrio ao seu sustento.

A obrigao do Alimentante clara na Constituio Federal vigente, quando em seu artigo 229 respalda que os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade.

o dever de sustento a base desta petio, como afirma o art. 1634, do Cdigo Civil: Art. 1634: Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situao conjugal, o pleno exerccio do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redao dada pela Lei n 13.058, de 2014)I- dirigir-lhes a criao e a educao;

A jurisprudncia de nossos Tribunais entendem a obrigao do pai de suprir as necessidades do filho menor impbere, para que o futuro do meno no seja comprometido.

TJ-RS - Apelao Cvel AC 70047097340 RS (TJ-RS)Data de publicao: 03/04/2012Ementa:APELAO CVEL. ALIMENTOS. FIXAO. 1. NO VINGA O PEDIDO DE ISENO DE PAGAMENTO DEPENSOALIMENTCIAPARAFILHOMENORDE IDADE, SOB FUNDAMENTO DE QUE A GENITORA DELE POSSUI MELHORES CONDIOES FINANCEIRAS, DEVENDO, INCLUSIVE,PENSOALIMENTCIAAO APELANTE. 2. A FIXAO DE ALIMENTOS EM VALOR INFERIOR AO PEDIDO INICIAL NO SIGNIFICA TENHA O AUTOR DECADO DE SUA PRETENSO, VISTO QUE O PLEITO INICIAL DOS ALIMENTOS TEM CONTEDO MERAMENTE ESTIMATIVO, LOGRANDO XITO O AUTOR EM SUA PRETENSO. NEGARAM PROVIMENTO. UNNIME. (Apelao Cvel N 70047097340, Oitava Cmara Cvel.

TJ-DF - Apelao Cvel APL 115711220088070003 DF 0011571-12.2008.807.0003 (TJ-DF)Data de publicao: 22/04/2010Ementa:DIREITO DE FAMLIA. SEPARAO JUDICIAL. ALIMENTOS FILHA MENOR. PROFISSIONAL AUTNOMO. CONDIO ECONMICA DO ALIMENTANTE. FIXAO DO QUANTUM. TEORIA DA APARNCIA. APLICAO. O PROFISSIONAL AUTNOMO TEM O DEVER DE PROVAR SUA INCAPACIDADE FINANCEIRA DE PAGARPENSOALIMENTCIAPARAFILHOMENOR, FIXADA EM 75% DO SALRIO MNIMO. INEXISTINDO PROVA SEGURA ACERCA DOS GANHOS DO ALIMENTANTE, H DE PREVALECER A LGICA DO VALOR ARBITRADO, LASTREADA EM SINAIS EXTERIORES QUE DEMONSTRAM A CAPACIDADE DO ALIMENTANTE. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO.

TJ-RS - Apelao Cvel AC 41696 RS (TJ-RS)Data de publicao: 18/08/1982Ementa:ALIMENTOS.PENSAOALIMENTICIAPARAFILHOMENOR.DIREITO RECONHECIDO. CRIANA AINDA NA PRIMEIRA INFNCIA. OBRIGACO DO PAI DE SUSTENT-LA E, COMO CONSEQUNCIA, TAMBM SUA GENITORA. VERBA REDUZIDA. RECURSO PROVIDO. (Apelao Cvel N 41696, Quarta Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Bonorino Buttelli, Julgado em 18/08/1982)

DO PEDIDO

Por derradeiro, restando infrutferas todas as tentativas para uma sada suasria, no restou requerente outra alternativa se no a propositura da presente ao de alimento, para que seu genitor, ora requerido, seja compelido a contribuir com o necessrio para que a requerente sobreviva com um mnimo de dignidade. E para tanto requer:

Representante legal da menora) a citao do Alimentante, acima descrito, para que comparea em audincia a ser designada por Vossa Excelncia, sob pena de confisso quanto matria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia.b) O deferimento dos benefcios da justia gratuita por ser pobre na acepo jurdica da palavra, no podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu prprio sustento e de sua famlia.c) O arbitramento de alimentos provisrios, na proporo de 20% do salrio do requerido.d) A intimao do representante do Ministrio Pblico para intervir no feito.e) A procedncia da presente ao, condenando-se o requerido na prestao de alimentos definitivos, na proporo de 20% de seu salrio, sendo estes depositados em conta bancria da representante legal do requerente.f) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios.

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, alm dos documentos que ora junta, depoimento pessoal do requerido, sob pena de confesso e tambm da oitiva de testemunhas arroladas oportunamente, bem como as que se fizerem necessrios.

DO VALOR DA CAUSA

D-se a presente causa o valor de R$ 9.600,00 (nove mil e seiscentos reais), para todos os efeitos legais.

Nestes termos, pede deferimento.

Aracaju, 23 de maro de 2015.

____________________________________________Jos Accio dos Santos SoutoOAB 10.589