petiÇÃo inicial no cÓdigo de defesa do consumidor · petiÇÃo inicial no cÓdigo de defesa do...
TRANSCRIPT
PETIÇÃO INICIAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
1
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
AULA 6
Case jurídico: inscrição indevida no nome do consumidor nos
cadastros de restrição de crédito
2
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Petição Inicial - Artigo 319 do CPC
Prática Forense no Direito do Consumidor
3
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Competência opcional
- Art. 46 do CPC (réu)
A ação fundada em direito pessoal ou em direito sobre bensmóveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Prática Forense no Direito do Consumidor
4
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Competência opcional
- Art. 101, inc. I, do CPC (autor)
Prática Forense no Direito do Consumidor
Conceito de Petição Inicial
Petição inicial é o ato formal do autor que dá início à
causa. É um requerimento que contém a exposição do
fato e dos fundamentos jurídicos do pedido sobre o qual
incidirá a tutela jurisdicional.
5
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A petição inicial indicará:
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - ARTIGO 319 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
6
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Endereçamento
Qualificação das partes
Fato e os fundamentos jurídicos do pedido
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
7
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Conceitos de fato e de fundamentos jurídicos do
pedido
Fato é todo acontecimento, natural ou humano,
suscetível de produzir efeitos jurídicos.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
8
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Fundamento Jurídico é o motivo que justifica a
existência da ação, baseado nos princípios de ordem
jurídica.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
9
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Pedido (arts. 322 ao 329 do CPC)
• Opção ou não pela audiência de conciliação ou de
mediação (artigo 319, inciso VIII, do CPC)
• Requerimento para a citação (opcional)
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
10
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• ENFAM (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados)
• ENUNCIADO 35
“Além das situações em que a flexibilização do procedimento
é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de
ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às
especificidades da causa, observadas as garantias
fundamentais do processo.”
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
11
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Provas (a partir do art. 369 do CPC)
• Valor da causa (arts. 291 ao 293 do CPC)
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
12
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
13
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Tutela Provisória de Urgência - Art. 300 do CPC
A tutela de urgência será concedida quando houverelementos que evidenciem a probabilidade do direito e operigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idôneapara ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,podendo a caução ser dispensada se a parte economicamentehipossuficiente não puder oferecê-la.
PEDIDOS IMPORTANTES
14
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Prioridade do andamento do feito
• Inversão do ônus da prova (art. 6º, inc. VIII, do CDC)
• Prioridade no andamento do feito, quando preenchidos os requisitos legais (art. 1.048, inc. I, do CPC)
• Artigo 71 do Estatuto do Idoso
• Artigo 71, § 5º, do Estatuto do Idoso (maiores de 80 anos)
15
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Leading Case
Decisão que tenha constituído regra importante em torno da
qual outras gravitam.
Cria precedente com força obrigatória para casos futuros.
16
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Case Jurídico
Inscrição indevida do nome do consumidor nos órgãos de
restrição de crédito no valor de R$ 1.000,00 (mil reais)
Pedido: Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada
com Indenização de Danos Morais
17
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Relação de consumo
• Inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII, do CDC)
• Responsabilidade objetiva (fato impeditivo – art. 373, inc. II, do CPC)
• Trazer contrato original para perícia
18
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Fundamentação Legal
Art. 1º, inciso III, da CF
Art. 5º, inc. V, da CF
Art. 5º, inc. X, da CF
Art. 12 do CC
Art. 186 do CC
Art. 947 (pedido do dano “in re ipsa” – extensão do dano –
Média R$ 10.000,00 (dez mil reais))
19
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Súmula 326 do Superior do Tribunal de Justiça
Na ação de indenização por dano moral, a condenação
em montante inferior ao postulado na inicial não implica
sucumbência recíproca.
20
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
*AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C.C. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL. Compra e venda. Restrição anotada no cadastro de inadimplentes contra
a autora, que alega desconhecer o débito. Pedido de tutela antecipada deferido para
determinar a exclusão provisória do nome da autora do banco de dados do SCPC
referente ao débito questionado na inicial. Ré citada por edital. SENTENÇA de parcial
procedência para declarar a inexigibilidade do débito, com a determinação da exclusão do
nome da autora do órgão de proteção ao crédito e condenar a ré a pagar indenização
moral de R$ 7.000,00, com correção monetária a contar da sentença e juros a contar da
citação, arcando a ré com o pagamento das custas e despesas processuais, além da verba
honorária devida ao Patrono da autora arbitrada em 10% do valor da condenação.
APELAÇÃO só da autora, que pede a elevação da indenização moral e da verba
honorária. ACOLHIMENTO PARCIAL. Restrição de crédito decorrente de contrato que a
consumidora alega desconhecer. Não comprovação da existência da relação jurídica e da
regularidade da cobrança pela ré. Restrição indevida. Dano moral configurado "in re ipsa".
Indenização que comporta elevação para R$ 10.000,00, ante as circunstâncias do caso
concreto e os critérios da razoabilidade e da proporcionalidade. Correção monetária que
deve ter incidência desde o sentenciamento, "ex vi" da Súmula 362 do C. STJ, contando-se
os juros de mora desde a restrição, "ex vi" da Súmula 54 do C. STJ. Sentença
parcialmente reformada. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJSP; Apelação 1022816-79.2016.8.26.0007; Relator (a): Daise Fajardo Nogueira Jacot;
Órgão Julgador: 27ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VII - Itaquera - 5ª Vara
Cível; Data do Julgamento: 27/02/2018; Data de Registro: 27/02/2018)
21
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
C/C COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS CADASTROS DE RESTRIÇÃO
AO CRÉDITO. DÉBITO INEXISTENTE. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
REJEITADA. EXISTÊNCIA PRÉVIA DE OUTROS APONTAMENTOS NO
CADASTRO RESTRITIVO AO CRÉDITO PELA IMPONTUALIDADE.
PROPOSIÇÃO DE DEMANDAS IDÊNTICAS A ESTA JULGADAS
PROCEDENTES, DECLARANDO INEXISTENTES AS DÍVIDAS.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 385 DO STJ. AUSÊNCIA DE RELAÇÃO
NEGOCIAL ENTRE AS PARTES. DEVER DE INDENIZAR QUE SE IMPÕE. ATO
ILÍCITO CONFIGURADO. DESNECESSIDADE DE PROVA DA OFENSA À
HONRA. DANO IN RE IPSA. ABALO PRESUMIDO. DEVER DE INDENIZAR
INARREDÁVEL. "Necessidade de comprovação do dano. Jurisprudência desta
Corte no sentido de que nos casos de protesto indevido de título ou inscrição
irregular em cadastros de inadimplentes o dano moral configura-se in re ipsa, ou
seja, prescinde de prova. Precedentes" (Agravo Regimental no Agravo em
Recurso Especial n. 796447/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Marco Buzzi, j. em 2-2-
2016). DECISÃO REFORMADA NESTE TOCANTE. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA
A ENCARGO DA PARTE VENCIDA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(TJSC, Apelação Cível n. 2014.007525-1, de Palhoça, rel. Des. José Everaldo
Silva, Quarta Câmara de Direito Comercial, j. 07-06-2016).