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GENIVALDO PEREIRA DOS SANTOSADVOGADO

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ _ _ VARA DE ACIDENTES DE TRABALHO DA COMARCA DE SO PAULO-SP.

JO O FELIPE RIBEIRO, brasileiro, motorista de nibus, data de nascimento em 24/06/1961, portador do RG n 135.363.07 IIRGD.SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o n 057.046.668/76, residente e domiciliado na Rua Maria Branca, 540 CEP.: 08021-020, por meio de seu advogado, (mandato doc. 01) que esta subscreve, vm presena de Vossa Excelncia, com fulcro no artigo 5. , inciso XXXV, propor a presente:

Ao de Restabelecimento de Auxlio Doena Acidentrio Com Converso em Aposentadoria Por Invalidez/Auxlio- Acidenteem face do INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, Autarquia Federal, com endereo: Viaduto Santa Ifignia, n 266 Centro So Paulo/SP Agncia da Previdncia Social SUZANO - CENTRO, CEP.: 08674-020 SP pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

Rua Dr.Sebastio de Lima, 90 - CEP: 02555-100 - So Paulo - SP Fones : (011) 3965-3110 e-mail : [email protected]

I - DOS BENEFCIOS DA JUSTIA GRATUITAAntes de adentrarmos no mrito da presente lide, requer a concesso dos benefcios da Justia Gratuita, tendo em vista que o requerente no possui condies financeiras de arcar com as custas processuais, sem que isso ocasione prejuzo para seu sustento e de sua famlia, nos termos das leis 1.060/50 e 7.115/83, conforme declarao em anexo (doc. 02).

II - DOS FATOSLo mbocia ta l gi a secu nd r i o a radic ul opat ia por hr n i a discal lomba r extr u sa fora mi n a l L5 S1 ... Se m condies para o trabal ho. Reco me nd a - se afasta me n to do trabal ho... (docs. 53/53a ) Dr. Edil so n Toshio CRM/S P 119.004 05/1 0/1 0 Quadro psqu ia tr i co crnico, em trata me n to com medicao psicoativ a . Leso discal lombar . Inapto para a direo veic ul ar .. . (docs. 10/10a ) Dr. Al berto F. Sabbag CRM/S P 3497 0 30/09/1 0

Destarte, nos ltimos dois anos, apresenta como confirmadas as seguintes patologias: Espondilose da coluna lombo-sacra, Discopatia degenerativa no nvel L5-S1, Abaulamento discal difuso no nvel L5-S1 destacando-se componentes em situao lateral direita, Radiculopatia crnica L5-S1 direita e L5 esquerda, Leve desvio do eixo lombar para a direita, Labiaes osteofitrias marginais, Discoartropatia degenerativa em L5-S1, Protruso discal posterior/paramediana direita em L5-S1, Complexos disco-osteofitrios-foraminais em L4-L5 e L5, Espondilodiscoartrose, Abaulamento discal difuso em L1-L2, Hrnia discal centro lateral direita e, L5-S1. (docs. 12/20).M51.0 Transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais; M51.1 Transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia; M51.2 Outros deslocamentos de discos intervertebrais; M54.4 Lumbago com citica. G54.1 Transtorno do plexo lombossacral; F06.4 F32.2 F34.1 F41.9 F43.1 F43.2 Transtornos da ansiedade orgnicos; Episodio depressivo grave s/sntomas psicticos Distimia Transtorno ansioso no especificado Estado de stress ps-traumtico Transtorno de adaptao

O requerente beneficirio do Instituto-Ru desde 07/06/2004, inscrito nos benefcios de n.s 502.204.571-7/534.471.779-9. (docs. 70/70a).II

Desde o inicio da incapacidade a patologia se mostrou definitiva, sendo que os prprios peritos dos INSS solicitaram a aposentadoria por invalidez em 11/02/08, mas indeferido em data de 06/06/08. (doc. 26) Frise-se que o requerente exerceu as funes de cobrador de nibus durante o perodo de 08/03/88 a 30/10/96, j as funes de motorista de nibus exerce desde 01/11/96 at o momento, portanto, totalizando mais de 22 anos. O requerente teve seu beneficio cessado por diversas vezes, mas obtendo seu restabelecimento graas aos seus constantes pedidos de prorrogaes, contudo, de forma inexplicvel teve seu beneficio cessado definitivamente em 24/09/2010. (doc. 70a)

III DA ARBITRARIEDADE DA ALTA MDICA PROGRAMADAA alta dada pela Autarquia Previdenciria, chamada alta programada um absurdo tcnico e social, pois quer forar pessoas impossibilitadas de retornarem ao servio, contrariando todas as normas legais e sociais existentes. Com a alta dada pela Autarquia Previdenciria, no pode o requerente ver-se obrigado a retornar as atividades laborativas, ainda com graves problemas fsicos, e como se no bastasse, vem o requerente se submetendo a tratamento psiquitrico desde 2006, fazendo uso constante de medicamentos que recomendam evitar a direo de automotores. O art. 59 da Lei 8.213/91, ao reger sobre o auxlio-doena assim define: Art.59. O auxlio-doena ser devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o perodo de carncia exigida nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Art.62. O segurado em gozo de auxlio-doena, insuscetvel de recuperao para sua atividade habitual, DEVER submeter-se a processo de reabilitao profissional para o exerccio de outra atividade. NO cessar o beneficio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, for aposentado por invalidez. O requerente no foi submetido a processo de reabilitao. O requerente para dar inicio a atuao profissional deveria ter recebido uma certificao de capacidade laboral, logo aps a reabilitao, o que tambm no ocorreu.

III

Art.92. Concludo o processo de habilitao ou reabilitao profissional social e profissional, a Previdncia Social EMITIR certificado individual, indicando as atividades que podero ser exercidas pelo beneficirio, nada impedindo que este exera outra atividade para a qual se capacitar. Desse modo, se no expedido tal certificado atestando para outras atividades laborativas, de acordo com sua reabilitao, o mesmo que o colocar a condio de risco e agravamento sua sade. Ante a arbitrariedade do requerido e a impossibilidade de laborar que o requerente necessita seja restabelecido/concedido, por meio da presente ao, o auxilio previdencirio, cessado indevidamente no dia 24/09/2010, o que, reiterase, um equivoco ante sua situao mdica e as seqelas que o afligem. Veja, Vossa Excelncia, patente a arbitrariedade do mdico-perito da Autarquia Previdenciria, tendo em vista que no possvel que ante toda documentao mdica que o INSS possui a respeito do estado de sade do requerente, entenda haver condies laborativas. PREVIDENCIARIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE PARA QUALQUER TRABALHO. DOENAS DEGENERATIVAS. PROCEDENCIA.

I.Comprovado atravs de pericia medica que a autora esta incapacitada permanentemente para qualquer trabalho, uma vez que padece de males degenerativos e sem qualquer possibilidade de tratamento medico que indiquem a sua recuperao, configurada est incapacidade que gera o direito aposentadoria por invalidez, uma vez implementada os requisitos legais exigidos. II.A prpria legislao previdenciria assegura o direito percepo do beneficio pleiteado quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento da referida doena, nos termos do artigo 42, pargrafo 2, da Lei 8213/91. III. defeso ao INSS proceder ao cancelamento sumario do beneficio por alta medica sem antes submeter a programa de reabilitao profissional, com expedio do certificado individual previsto no caput do artigo 140 do Decreto 3048/99, Regulamento da Previdncia Social.

Ainda que entendido pela Autarquia Previdenciria que o requerente j se encontrava apto para exercer suas atividades laborativas, seria o caso de se avaliar se o mesmo teria direito a percepo ao auxilio-acidente, tendo em vista que as particularidades de suas atividades forosamente seriam exercidas comIV

maior esforo. Tratou-se no caso concreto pela cessao unilateral do beneficio previdencirio. Art.86. O auxilio-acidente ser concedido, como indenizao, ao segurado quando aps consolidao das leses decorrente de acidente de qualquer natureza, resultarem seqelas que impliquem reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. Pargrafo 2. O auxilio-acidente ser devido a partir do dia seguinte ao da cessao do auxlio-doena, independentemente de qualquer remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com qualquer aposentadoria.Causas para sua incapacidade: Sofrer exposio vibrao por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profisso dirigir realizar freqentes levantamentos so os maiores fatores de risco pra leso da coluna lombar. Cargas comp re ss i v a s repet iti va s coloca m a col una em uma condio pior para suste nt a r cargas mai s al tas apl icadas direta me n t e aps a exposio vibr ao por longo perodo de tempo, tal como dirig i r diver sa s horas . (Mag nu s s on ML, Pope ML, Wil der DG, 1996.) Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar esto: Trabalho fsico pesado, Postura de trabalho esttica, Inclinar e girar o tronco freqentemente, Levantar, empurrar e puxar, Trabalho repetitivo, Vibraes. Fonte: http://www.herniadedisco.com.br/doencas-dacoluna/hernia-de-disco

Desde o evento do acidente de trabalho 28/04/2004 at o presente momento jamais receber alta de seus mdicos, como bem comprova declarao da empresa. Assim o autor recebeu pela empresa os primeiros 15 dias e aps encontra-se em gozo de beneficio previdencirio at os dias atuais. Neste ponto, devem-se dar melhores contornos ao trabalho realizado pela pericia do rgo requerido. Data vnia, o exame dos mdicos peritos do Instituto Requerido foi feito de forma superficial, no sendo requisitado um exame sequer para verificao da existncia de alguma doena ou leso. Em que pese o conhecimento profissional destes peritos, no crvel que uma mera anlise superficial da pessoa periciada d elementos de convencimento para que se indefira um beneficio de auxlio-doena. Essas condutas tomadas pelo Instituto Requerido e por seus peritos afastam direitos daqueles que contribuem para a previdncia, que ao pleitear um beneficio, no vo busca de um favor, mas de um direito assegurado por lei. Veja, Vossa Excelncia, que o autor exerce uma funo de alto grau de risco. Motorista de nibus conduz veiculo de +/- 10 toneladas, responsabilizandose pela prpria segurana, bem como centenas de passageiros. Se no estiverV

nas melhores condies fsicas e/ou mentais certamente poder vir causar acidentes graves e fatais. Impossibilitado de voltar s atividades laborativas, porque correta a deciso da empresa ao impedir o seu retorno ao trabalho e sem receber seu to necessrio beneficio previdencirio, o requerente, dirigiiu-se ao DETRAN na data de 30/09/2010, para recuperar sua carteira de motorista, que, diga-se de passagem, encontra-se retida at o presente momento.

Sem qualquer dvida, a mnima dvida, o Dr. Alberto F. Sabbag, atestou o autor I N A P T O para a direo veicular. (docs. 10 e verso).A Comunicao de Acidente do Trabalho CAT foi prevista inicialmente na Lei n 5.316/67, com todas as alteraes ocorridas posteriormente at a Lei n 9.032/95, regulamentada pelo Decreto n 2.172/97. A Lei n 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doena profissional dever ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omisso. (Fonte:http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297).

Tratou-se aqui de notria substituio da discricionariedade dos atos administrativos pela arbitrariedade advinda da conduta do requerido. O requerido no observou o ordenamento jurdico pertinente, mormente a Constituio Federal, ao expedir a cessao. Em relao discricionariedade Celso Antonio Bandeira de Mello preleciona que: (...) no h como conceber nem como apreender racionalmente a noo de Discricionariedade sem remisso lgica existncia de limites a ela, que defluem da lei e do sistema legal como um todo salvante a hiptese de reduzi-la a mero arbtrio, negador de todos os postulados do Estado de Direito e do sistema positivo brasileiro (...) (grifo nosso). Com a deciso absurda de alta dada pelo INSS, no pode o autor ver-se obrigado a retornar as atividades laborativas, ainda com graves problemas, como bem afirma os mdicos ESPECIALISTAS (docs. 34/69a)

II - DOS FUNDAMENTOSVI

Peo vnia, para citar os autos da Apelao Cvel n 659.741-5/0-00, da Comarca de So Paulo, em que o apelante Gaston Vitorio da Silva sendo apelado Instituto Nacional do Seguro Social. So Paulo, 02 de setembro de 2008. Na referida ao e conseqente apelao foi prequestionado o Inqurito Civil n 024/2001 da Promotoria de Justia de Acidentes do Trabalhado da Capital, tendo como investigada a empresa So Paulo Trannsportes S/A SPTrans, onde foram apontadas irregularidades de cunho ergonmico, que assim so descritas: Longas jornadas de trabalho. Sobrecarga muscular esttica prolongada, exposio vibrao de corpo inteiro, ausncia de pausas regulamentadas, assentos que apresentam deficincia para ajuste do motorista. Solicitao freqente dos membros superior direito (passagem de marchas) e inferior esquerdo (ao sobre a embreagem). Vibrao de corpo todo tem sido identificada como um fator que contribui para gerao de lombalgia entre motoristas de nibus. Wilder e Pope elaboraram uma reviso dos estudos sobre a associao entre a exposio vibrao e dor lombar. Segundo o autor, os estudos epidemiolgicos sugerem que a vibrao um fator de risco importante. Motoristas apresentam em risco particular se as exposies excederem os limites definidos pela ISSO 2631. Uma outra reviso sobre os efeitos a longo-prazo provocados pela exposio vibrao de corpo-todo (VCT) foi empreendida por Winkstron e colegas. Revelou-se que VCT pode contribuir para o surgimento de leses e outros problemas da regio lombar (fls. 196 e 200)... Dessa forma, a percia realizada pelos peritos do Instituto Requerido, no foi realizada de forma adequada para verificao de qualquer leso ou doena, no merecendo uma confiabilidade absoluta e, data vnia, sequer relativa. No caso da leso por abaulamento discal, hrnia discal, faz com que seu estado fsico seja agravado por conta de suas atividades laborativas, haja vista, serem desenvolvidas na direo de veculos pesados (transporte coletivo de passageiros durante jornada mnima de 8 horas de segunda s sextas-feiras e possivelmente aos sbados, domingos e feriados) requerendo do autor maior esforo fsico.

Essas leses/doenas provocam dores insuportveis e retiram do requerente qualquer capacidade de exercer suas atividades habituais. Portanto, diante do histrico patolgico do requerente, do exame pericial a ser realizado, no se pode afastar o seu direito percepo do auxlio-doena, com base em

VII

uma simples percia realizada sem os exames que pudessem constatar de fato a ocorrncia ou no da doena. vlido lembrar, que o requerente est atualmente, sem condio alguma de exercer suas atividades habituais e com srias dificuldades de se manter, em face de seu acidente e, como segurado tem o direito ao beneficio cessado em 24/09/2010. (70a). Estabelece a Lei 8.213/91 em seu artigo 59, transcrito abaixo: ... O auxlio-doena ser devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o perodo de carncia exigida nesta lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos... Da mesma forma, estabelecem os artigos 69 e 141 do Decreto 2.172 de 05/03/97, este ltimo transcrito abaixo: ... O auxlio-doena ser devido ao acidentado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos, ressalvado o disposto no pargrafo 3 do artigo 143... O requerente preencheu todos os requisitos necessrios para a obteno do auxlio-doena, com exceo da percia mdica desfavorvel a partir de 24/09/10. Relembre-se que o Requerente vem se submetendo a tratamento mdico, estando afastado de suas atividades laborativas desde 13/05/2004 - 14/06/2004. (doc. 08 e 11) Acrescenta-se que, concedido o beneficio, ficando constatada a impossibilidade de recuperao para sua atividade habitual, dever o Requerente passar por processo de reabilitao profissional e, se no conseguir xito, ser aposentado por invalidez, conforme determina os artigos 62 em conjunto com o artigo 101 da Lei 8.213/91, e do artigo 77 do Decreto 2.172 de 05/03/97. ... O segurado em gozo de auxlio-doena, insuscetvel de recuperao para sua atividade habitual, dever submeter-se ao processo de reabilitao profissional para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia, ou, quando considerado no recupervel, seja aposentado por invalidez... Observe, Vossa Excelncia, os atestados fornecidos pelos mdicos que acompanham o Requerente explicando seu estado de sade e indicando e/ou sugerindo seus conseqentes afastamentos:

VIII

Veja, Vossa Excelncia, em nenhum momento o periciado recebeu alta de seus mdicos para voltar atividade laborativa. Seu estado clnico nunca esteve desejvel, muito pelo contrrio. O acidente do trabalho sofrido e as condies agressivas observadas (transporte coletivo de passageiros durante jornada mnima de 8 horas de segunda s sextas-feiras e possivelmente aos sbados, domingos e feriados) s agravaro sobremodo suas condies fsicas. H que ser lembrado, que cada paciente responde de forma individual ao tratamento a que submetido e conseqentes afastamentos so indicados tendo por base o estado de sade do paciente, podendo claro, ser elastecido ou reduzido. Fato: O Requerente portador de diversas patologias e infelizmente tem necessitado de tais afastamentos. Portanto, diante do que foi exposto, verifica-se que no deve prevalecer concluso da percia mdica realizada pelo rgo Requerido e, estando os demais requisitos preenchidos para a concesso do beneficio pleiteado, o Requerente faz jus as prestaes impagas durante o perodo 24/09/2010 em diante. Estes so os fatos e fundamentos.

III - DO PEDIDOEx Positis, requer-se a Vossa Excelncia:1. O deferimento do pedido dos benefcios da justia gratuita;

A) O restabelecimento/manuteno

do auxlio-doena acidentrio at a total recuperao do requerente ou at a concesso de aposentadoria por invalidez a este E;

B) A antecipao premente da pericia judicial tendo em vista o quadro clinico do requerente;

2.

Que Vossa Excelncia, desde j determine a intimao do Sr. Perito Judicial E;

A) O 3.

perito judicial a ser intimado deve possuir a seguinte especialidade: Ortopedia e Traumatologia; Que seja averiguada pela peritagem, entre outras possveis patologias, as seguintes enfermidades: M51.0 Transtornos de discos lombares ede outros discos intervertebrais; M51.1 Transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia; M51.2 Outros deslocamentos de discos intervertebrais; M54.4 Lumbago com citica. ;

IX

B) Que Vossa Excelncia advirta expressamente o Sr. Perito acerca daimpretervel necessidade de integrais e fundamentadas respostas a todos os quesitos elaborados pelo requerente;

C) Que, na

data da pericia, constatando-se a extino das patologias supramencionadas, devido o decurso de tempo entre o ajuizamento da ao e a pericia judicial: a) Determine o perito, de forma estimada, a data da extino da patologia, valendo-se todos os direitos do autor at esta data; b) Sendo invivel a estimativa pericial acima, fixe este juzo como momento final da patologia o instante do ajuizamento da ao, visto que o segurado no pode ter seu direito prejudicado em funo da morosidade dos exames periciais judiciais; c) Que este juzo, considere os laudos acostados ao ajuizamento da exordial, como prova plena da existncia da patologia; aps os tramites normais, seja a presente julgada integralmente procedente, e aps vistos e analisados toda esta exordial, ao final, seja concedido: a) Aposentadoria por invalidez, SUCESSIVAMENTE; a) A manuteno/restabelecimento do auxilio doena acidentrio OU

D) Que

b) c)

No caso de alta: auxilio-acidente E;

a)

A

concesso

do

beneficio

de

A reabilitao do requerente com o adimplimento do auxlio-doena acidentrio at o final do processo reabilitatrio, conforme disposio legal;

d) Condene-se o INSS a adimplir todos os benefcios que no foram pagos. E) Ao final condene-se o INSS a conceder o beneficio pleiteado pagando todas as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde a DIB da primeira concesso, mais juros de mora, despesas processuais e honorrios advocatcios; estes, na forma do artigo 260 do CPC;

F) Que ao final, provado que o infortnio em momento algum

cessou, condene-se o INSS a pagar todas as parcelas que foram inadimplidas sob falsa alegao, advinda das pericias realizadas no INSS, de INEXISTENCIA DE INCAPACIDADE LABORAL ou NO CONSTATAO DE INCAPACIDADE LABORAL do requerente, uma

X

vez que a cura do mal jamais se dera em funo da ininterruptividade da patologia e suas conseqncias;G) Que oficie-se o INSS para informao (hiscre histrico de

crditos acerca de todos os meses em que o beneficio deveria ter sido adimplido, inclusive aqueles em que o requerente deixou de receber sua prestao por conta do inadimplemento por parte da Autarquia Previdenciria, a contar da data do primeiro beneficio;

H) Que a requerida efetue devidamente o clculo da RMI segundo o artigo 29 da Lei 8213/91; I) Que o Institututo-Ru faa chegar aos autos todos os documentos contidos nos processos administrativos; J) E finalmente ao pagamento de honorrios advocatcios razo de 20% (vinte por cento) sobre o valor total da condenao, custas processuais e demais cominaes legais; Protesta pelo deferimento da utilizao de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a juntada dos documentos que acompanham a inicial, oitiva de testemunhas e do representante legal da requerida sob pena de confisso, pericias, vistorias e juntada de documentos novos. D-se causa o valor de R$ 18.476,88 (Dezoito Mil, Quatrocentos e Setenta e Seis Reais e Oitenta e Oito Centavos).

Nesses termos, Pede e Espera deferimento. So Paulo, 11 de novembro de 2010.

___________________________________

Genivaldo Pereira dos Santos OAB/SP N 220.283

QUESITOS FORMULADOS PARA A REALIZAO DA PERCIA:O Requerente, vem apresentar os seguintes quesitos, requerendo sejam respondidos pelo Sr.Perito Judicial, na ocasio da pericia mdica, que ser realizada no curso do processo:XI

123-

Qual a atividade profissional desenvolvida pelo Requerente ? O Requerente possui alguma leso ou doena ? Se afirmativa, qual ? No caso de a resposta acima ser afirmativa, possvel a cura desta doena ?, a mesma gradativa ?

4- Essa leso provoca dores ?

5-

Se positivo o quesito n 1, Em caso afirmativo, a incapacidade uniprofissional, multiprofissional ou ominiprofissional. transitria ou permanente ? Quando o Requerido cessou o pagamento do beneficio previdencirio, j era o Requerente portador desta doena ou leso ? De acordo com quesito n 4, qual atividade poderia ser desenvolvida pelo Requerente levando-se com conta suas caractersticas pessoais, principalmente o fato de que sempre desenvolveu todas as suas atividades como motorista por mais de vinte anos ? Havendo possibilidades de o Requerente desenvolver suas atividades habituais e laborativas, quais seriam elas e qual o prejuzo no tocante readaptao ?

67-

8-

9- Havendo reduo da capacidade laborativa, qual seria o seu grau ?

10- O

Requerido submeteu o Requerente a algum tipo de reabilitao ? Em que consistiu tal reabilitao ?

O requerente informa que no possui condies financeiras para nomeao de assistente tcnico, protestando pela apresentao de quesitos suplementares.

XII