pesquisa de opinião pública: desigualdade, pobreza e...

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Sumário Executivo Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros Vox Populi Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Brasília, Maio de 2008

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Sumário Executivo

Pesquisa de Opinião Pública:Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

Vox PopuliSecretaria de Avaliação e Gestão da Informação

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Brasília, Maio de 2008

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Sumário Executivo

Pesquisa de Opinião Pública:Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

1. Apresentação

Com o objetivo de conhecer algumas das opiniões, avaliações e posicionamen-tos dos brasileiros sobre alguns dos principais temas de nossa agenda política e social, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS fez realizar, por meio do instituto de pesquisas Vox Populi, um survey nacional de opinião. A pesquisa de campo aconteceu entre os dias 20 e 26 de maio de 2008, em todo o território nacional, com uma amostra probabilística estratificada, representativa da população brasileira com idade igual ou superior a 16 anos. O questionário inclui 28 perguntas e 86 variáveis, compreendendo as destina-das à caracterização dos entrevistados.

Foram realizadas 2.421 entrevistas face a face, domiciliares, distribuídas de forma a garantir representatividade para o conjunto da população e ainda para cada uma das regiões do país: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. As cotas amostrais utilizadas, a fim de garantir congruência com os dados cen-sitários, foram: sexo, idade, escolaridade, renda familiar e situação perante o trabalho.

As margens de erro – balizadas por um intervalo de confiança de 95% – estão no quadro seguinte:

Amostra “Margem de erro (%)”

Total 2.421 2,0

Centro-Oeste 403 4,9

Nordeste 500 4,4

Sul 463 4,5

Sudeste 655 3,8

Norte 400 4,9

2. Principais resultados

2.1 Desigualdade SocialA associação espontânea e imediata que vem aos entrevistados quando pensam no significado da expressão “desigualdade social” se dá, principalmente, por

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Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

meio da referência a temas claramente econômicos: baixos salários, má distri-buição de renda, falta de emprego ou referências similares. Outras citações, de caráter mais explicitamente social, ético ou político (injustiça, baixo acesso à educação, racismo, preconceito etc.) são lembradas com menos frequência. Ain-da menos frequentes são as respostas que colocam críticas ao Governo, respon-sabilizando-o pela desigualdade. Em outras palavras, a desigualdade social, na percepção dos brasileiros, explica-se, prioritariamente, pela economia.

A primeira associação, quando pensa em desigualdade social

Temas Econômicos 52%

Baixos salários/Distribuição de renda 30%

Falta de emprego/de oportunidade 22%

Temas Sociais 24%

Classses sociais desiguais/Injustiça 13%

Falta de educação/Cultura 4%

Pobreza/Fome 3%

Racismo/Preconceito 3%

Outras questões sociais 1%

Corrupção/Deficiências do Governo 10%

Deficiências governamentais 6%

Corrupção 4%

Outras referências 0%

NS/NR 13%

Base 2.421

Quando comparam o Brasil com os demais países, os pesquisados entendem, em sua maioria, que o nível de corrupção aqui existente não é nem maior nem menor que o que prevalece no resto do mundo. É interessante observar que essa opinião é significativamente mais forte na região Centro-Oeste, prin-cipalmente quando comparada com a região Nordeste. É provável que essa diferença reflita a realidade social e econômica observável em cada uma dessas regiões, sendo a primeira delas, como se sabe, marcada por diferenças sociais menos evidentes que as que prevalecem na segunda.

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Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

A desigualdade social no Brasil e em outros países

Os entrevistados estão divididos em partes aproximadamente iguais, quando perguntados se as diferenças sociais aumentaram, estão no mesmo nível ou diminuíram, durante os últimos cinco anos, no Brasil. Dentre os que pensam que houve um aumento da desigualdade, há apenas dois segmentos em que este posicionamento é ligeiramente menor que a média: os do gênero masculino e os habitantes da zona rural.

Evolução da desigualdade nos últimos 5 anos

Base

35%

52%

8%

6%

BRASIL

2.421

23%

63%

11%

2%

Centro-Oeste

403

40%

38%

12%

10%

Nordeste

500

29%

57%

13%

1%

Norte

400

36%

56%

5%3%

Sudeste

655

29%

55%

8%

8%

Sul

463

A desigualdade no Brasil é uma das maiores do mundo

A desigualdade no Brasil está na média: não é nem das maiores nem das menores do mundo

A desigualdade no Brasil é uma das menores no mundo

NS/NR

Aumentou

Está do mesmo jeito

Diminuiu

NS/NR

BRASIL

36%

32%

28%

4%

Centro-Oeste

33%

31%

33%

2%

Nordeste

34%

31%

39%

6%

Norte

37%

31%

29%

2%

Sudeste

37%

34%

25%

4%

Sul

38%

31%

27%

4%

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2.2 Pobreza“Fome”: esta foi a resposta da maioria dos pesquisados, quando estimulados a dizer a primeira ideia que lhes ocorria ao pensar em pobreza. Em segundo lugar, veio a associação a temas explicitamente econômicos, como “falta de emprego” e “baixos salários” – resultado similar ao obtido nas questões referentes à desi-gualdade social. Citações em que ocorrem conexões mais diretas entre a pobreza e temas mais evidentemente sociais surgiram em menor número (moradia, mi-séria, saúde ruim etc.). E praticamente não houve, nessas respostas, referências críticas ao Governo – apenas 1% das citações contemplou essa associação.

A primeira associação, quando pensa em pobreza

Fome 46%

Temas Econômicos 27%

Falta de emprego/de oportunidade 21%

Baixos salários 7%

Temas Sociais 23%

Moradores de rua/Falta de moradia 8%

Favela/Miséria 5%

Saúde ruim/Doenças 4%

Baixa escolaridade 3%

Referências a sentimentos negativos 1%

Outras referências a temas sociais 1%

Deficiências Governamentais 1%

Outros Temas 0%

NS 2%

Base 2.421

Ainda sobre a pobreza, a pesquisa procura averiguar qual o nível de renda que os entrevistados atribuem àqueles a quem consideram “muito ricos, ricos, etc.” até “extremamente pobres”. O resultado previsto confirmou-se: nas regiões e segmentos mais pobres da população, é maior o número dos que atribuem ren-das relativamente menores aos “ricos e muito ricos”, quando comparados com entrevistados de regiões e segmentos relativamente menos pobres.

O Governo é o grande responsável pelo combate à pobreza. Essa opinião pre-valece em todas as regiões, mas é significativamente maior entre os pesquisados no Nordeste e, em contrapartida, claramente menor que a média entre os das regiões Sul e Sudeste.

Os ricos são menos

ricos na visão dos

mais pobres quando

comparada com a

visão dos mais ricos

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Os pesquisados foram convidados a se posicionar sobre frases que expressam al-guns conceitos e opiniões usuais sobre o tema “pobreza”. De modo geral, a maioria parece alimentar otimismo – mas não ingenuidade – sobre as possibilidades reais de superação da pobreza. Opiniões mais fatalistas e pessimistas, dentre as testadas, como a que afirma que “as pessoas são pobres porque nascem pobres” ou “se os pais de uma pessoa são pobres, é muito difícil que ela deixe de ser pobre”, obtive-ram baixo grau de adesão. No sentido oposto, as duas frases que obtiveram maior grau de adesão afirmam que a pessoa, “com esforço e estudo”, pode deixar de ser pobre e que uma família pode superar a pobreza, caso tenha “oportunidade e apoio”. Trabalho e educação surgiram, fortemente, como vias para a superação da pobreza. Contudo, o Brasil não é visto, por aproximadamente a metade dos pesqui-sados, como um país no qual as pessoas sejam recompensadas pelos seus esforços.

Algumas diferenças de opinião são dignas de nota: os habitantes da zona rural demonstram-se claramente mais fatalistas/pessimistas que os das áreas urbanas em suas opiniões sobre a pobreza. Da mesma forma, os homens, os mais pobres, os de menor escolaridade e os mais velhos tendem a posições mais fatalistas e/ou pessimistas do que, respectivamente, as mulheres, os mais ricos, os de maior escolaridade e os mais jovens.

Grau de concordância com algumas frases sobre a pobreza e sua superação

Otimismo sem

ingenuidade

Concorda totalmente

Concorda em parte Discorda em parte

Discorda totalmenteNão concorda nem discorda

NS/NR

Sem apoio do governo o pobre vai continuar pobre por mais que se esforce

33% 22% 7% 19% 19% 1%

No Brasil as pessoas são pobres porquenão tiveram acesso à educação

35% 32% 9% 12% 10% 1%

Só o trabalho pode tirar umapessoa pobre da pobreza

43% 30% 8% 10% 9%

É possível uma família deixar de ser pobre se tiver oportunidade e apoio

66% 20% 5% 6% 3%

Um filho de família pobre que se esforce e estude pode deixar de ser pobre

69% 21% 4% 4% 2%

No Brasil as pessoas são recompensadas pelas suas qualificações profissionais

32% 26% 10% 15% 14% 2%

No Brasil as pessoas são recompensadas por seus esforços

21% 23% 9% 21% 25% 2%

A pessoa é pobre porque nasceu pobre14% 18% 7% 23% 38%

Mesmo tendo emprego e trabalhando muito a pessoa pode continuar sendo pobre

24% 29% 9% 19% 18% 1%

Se os pais de uma pessoa são pobres é muito difícil que ela deixe de ser pobre

12% 19% 8% 24% 35% 1%

Base 2.421

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Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

O mesmo estado de otimismo pode ser verificado nas opiniões sobre as tendên-cias futuras da situação econômica brasileira, da situação econômica da família do próprio entrevistado e dos níveis de emprego “nos próximos seis meses”. Em todos os casos – e de modo mais evidente na resposta em que a família do entrevistado está em foco –, as opiniões pessimistas são minoritárias diante da percepção de que tudo “vai ficar do mesmo jeito” ou de que “vai melhorar”. A tendência de maior otimismo pode ser verificada nas regiões Nordeste e Norte.

Situação econômica da família do entrevistado nos próximos 6 meses

2.3 Programas sociais do GovernoÉ bastante pequeno o nível de conhecimento dos brasileiros sobre qual órgão do Governo Federal é responsável pela condução das políticas sociais. Apenas 10,4% acertaram, citando o Ministério do Desenvolvimento Social. A maioria absoluta (86%) não quis arriscar um nome e declarou, explicitamente, não saber.

Qual é o Ministério responsável pelos principais programas sociais do Governo Federal?

Ministério do Desenvolvimento Social ou MDS 10,4%

Ministério da Fazenda 0,4% Ministério da Ação Social 0,2%

Ministério da Educação 0,4% Ministério da Assistência Social 0,2%

Ministério do Trabalho 0,4% Ministério da Saúde 0,2%

Ministério do Planejamento e Ação Social 0,3% Ministério da Cultura 0,1%

Ministério do Planejamento 0,3% Ministério das Cidades 0,1%

Ministério da Previdência Social 0,3% Ministério da Integração Social 0,1%

Ministério do Desenvolvimento Econômico 0,2% Outros 0,3%

Ministério Público Federal 0,2% NS/NR 85,9%

Base 2.421

Vai melhorar

Vai ficar do mesmo jeito

Vai piorar

NS/NR

BRASIL Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

56%

37%

5%3%

57%

36%

2% 2%

61%

32%

3%

65%

25%

4% 4%4%7%

52%

40%

6%6%

51%

41%

2%

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O Programa Bolsa Família, ao contrário, foi espontaneamente lembrado por 42%, que, se somados aos que se lembraram do Fome Zero, perfazem 53% do universo pesquisado. O Programa Bolsa Escola é o segundo mais citado.

Conhecimento e avaliação dos programas sociais do Governo Federal

Base 2.421

Conhece

Conhece só de nome/só de ouvir falar

Não conhece/É a primeira vez que ouve falar o nome

Muito bom

Bom

Regular

Ruim

Muito ruim

NS/NR

77% 22% 1%

42% 29% 28%

41% 37% 22%

35% 27% 38%

33% 32% 35%

17% 16% 66%

16% 19% 66%

10% 14% 76%

BPC - Benefício de Prestação Continuada

*Base: Entrevistados que conhecem/ conhecem só de nome/só de ouvir falar

Programa de Aquisição de Alimentos - PAA

Abertura de cisternas

Centro de Referência da Assistência Social - CRAS

De Erradicação do Trabalho Infantil - PETI

Projeto Agente Jovem ou Projovem Adolescente

Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - Sentinela

Restaurantes Populares

Bolsa Família

Programa Conhecimento Avaliação Base

8% 8% 84%

25% 16% 5% 4% 1%49%

34% 6% 1%1% 3%57%

38% 7% 2% 2%4%48%

35% 6% 1% 0 3%55%

26% 13% 4% 2%4%51%

27% 10% 1%1% 6%56%

36% 5% 2%2%4%52%

22% 10%2% 1% 4%59%

25% 13% 2%3%5%51%

2.404

1.737

1.897

1.490

1.577

812

833

2.404

386

Depois de estimulados com uma lista de programas, cresce para 77% o percen-tual dos que se lembram do Programa Bolsa Família. Os Restaurantes Populares surgem em segundo lugar, junto com o Programa de Combate ao Abuso e Explo-ração Sexual de Crianças e Adolescentes. Este divide com o Projeto Agente Jovem (ou Projovem Adolescente) o lugar de programa mais bem avaliado pelos que os conhecem. Os programas citados foram, todos eles, bem avaliados por aqueles que sabem de sua existência.

Os mais altos níveis de conhecimento espontâneo dos Programas Bolsa Família e Bolsa Escola encontram-se nas regiões Nordeste e Norte.

De modo geral, a avaliação dos brasileiros sobre os programas sociais do Gover-no caracteriza-se por não ser simples ou redutível a um modelo simplificado de compreensão. Por um lado, existe uma evidente aprovação desses programas,

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que aparece no alto grau de concordância com frases como: “receber Bolsa Família é um direito do pobre” ou “investimentos em programas sociais são importantes para o crescimento do país”. Contudo, é uma aprovação eivada de senso crítico. São numerosos – majoritários – também os que acreditam que “há famílias que não são pobres recebendo Bolsa Família” e que “as pessoas que rece-bem Bolsa Família se acomodam”.

grau de concordância com algumas frases sobre os programas sociais do Governo

O Fome Zero possui altíssima visibilidade e aprovação. Apenas 3% dos brasilei-ros afirmaram que não o conhecem. A maioria absoluta (68%) entende que o Programa Bolsa Família faz parte do Fome Zero. Essa percepção é bem maior no Nordeste (76%). Em uma escala de 0 a 10, a nota média recebida pelo Fome Zero foi próxima de 7. No Nordeste, próxima de 8. Mais uma vez, a avaliação da efetividade do Fome Zero em resolver o problema da fome no Brasil denota a presença de senso crítico: predomina fortemente a ideia de que “o Fome Zero está ajudando, mas não resolve o problema da fome”. E apenas uma minoria adere à ideia de que o Governo, com o Fome Zero, não ajuda no combate à fome e visa apenas objetivos políticos.

Concorda totalmente

Concorda em parte Discorda em parte

Discorda totalmenteNão concorda nem discorda

NS/NR

As pessoas que recebem Bolsa Família se acomodam

As ações do Governo garantem acesso dos pobres à alimentação

Com relação à pobreza, o Governo sóage visando votos

Investimentos em programas sociais sãoimportantes para o crescimento do país

Receber Bolsa Família é um direito do pobre

Existem famílias que não são pobres e estãorecebendo Bolsa Família

O Bolsa Família tem contribuído para diminuir a pobreza no país

Os programas sociais do Governo resolvemo problema da pobreza

Base 2.421

37%35% 11% 2%8% 8%

37% 26% 10% 10%14% 2%

64% 24% 6% 1%3%3%

39%13% 18% 21%9% 1%

34% 34% 13%8% 9% 1%

34% 33% 10%11% 11% 1%

65% 19% 6% 1%5%4%

67% 16% 5% 4%4%4%

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Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

Efetividade do Fome Zero no combate ao problema da fome

2.4 Mulheres, Indígenas e NegrosPredominam as opiniões de que a situação das mulheres, índios e negros melho-rou, nos últimos 5 anos, no Brasil. Essa posição é mais clara quando a pergunta refere-se às mulheres. Em seguida, vêm os indígenas e, por último, os negros, so-bre quem a percepção de que sua situação teria piorado foi mais frequente, ainda que minoritária. As regiões que menos percebem melhorias para os negros, no período citado, são a Sudeste e a Sul.

Situação das mulheres nos últimos 5 anos

Está resolvendo o problema a fome no Brasil

Está ajudando, mas não resolve o problema da fome no Brasil

Só tem objetivos políticos e não ajuda a acabar com a fome no Brasil

NS/NR

BRASIL Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

6%

72%

20%

2%

6%

73%

13%

2%

8%

68%

22%

2%

7%

68%

24%

2%

9%

66%

22%

2%

8%

69%

20%

2%

Melhorou um poucoMelhorou muito

Está igual

Piorou muito

Piorou um pouco

NS/NR

BRASIL Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

3%

44%

25%

3%3%3%

22%

44%

29%

19%

4%2%2%

40%

34%

17%

4%3%2%

48%

27%

16%

3%3%2%

52%

28%

13%

4%2%2%

41%

31%

4%

21%

1%2%

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Pesquisa de Opinião Pública: Desigualdade, Pobreza e Políticas Sociais do Governo, na Opinião dos Brasileiros

Situação dos indígenas nos últimos 5 anos

Situação dos negros nos últimos 5 anos

Melhorou um poucoMelhorou muito

Está igual

Piorou muito

Piorou um pouco

NS/NR

BRASIL

44%

21%

27%

4%2%2%

Centro-Oeste

27%

37%

30%

2%2%1%

Norte

49%

19%

23%

4%1%5%

Nordeste

25%

21%

46%

1%6%1%

Sudeste

44%

22%

3%

28%

2%2%

Sul

43%

3%

31%

5%2%

16%

Melhorou um poucoMelhorou muito

Está igual

Piorou muito

Piorou um pouco

NS/NR

BRASIL

24%

11% 11%

11%7% 11%10% 13%

13%

30%

30%

30%30%

29%33%

15% 15%14% 14% 14%

14%

16%

16%

8%

Centro-Oeste

35% 31%

Norte

23%

Nordeste

25%

6%6%3% 3%

Sudeste Sul

7%13% 14%14%

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Secretaria de Avaliação e Gestão da InformaçãoDepartamento de Avaliação e MonitoramentoEsplanada dos Ministérios | Bloco A | Sala 410CEP: 70.054-906 Brasília | DFFone: 61 3433-1509 | Fax: 3433-1528www.mds.gov.br/sagi

Execução da pesquisaVox Populi

Unidades Responsáveis

Secretária de Avaliação e Gestão da InformaçãoLaura da Veiga

Diretora de Avaliação e MonitoramentoDiana Sawyer

Coordenadora-GeralJúnia Quiroga

Equipe de acompanhamento da pesquisaGilmar Trindade dos SantosJomar Álace Santana

Chefe de Gabinete do MinistroFrederico Guanais

Equipe de acompanhamentoAntonio ClaretJoão Mendes